Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1/3 Principais desafios de um médico gestor O maior desafio do médico gestor é ter o conhecimento técnico da Medicina aliado a matérias inovadoras como empreendedorismo na saúde, tecnologia, gestão financeira e marketing médico. O médico é um profissional que cursa cerca de dez a doze anos de formação até exercer sua especialidade. São seis anos de faculdade, mais dois ou três de primeira especialidade (como clínica médica ou cirurgia geral) e mais dois ou três de segunda especialidade (no meu caso, a cirurgia vascular). Além de outros cursos e pós-graduações em áreas de atuação. Portanto, para fazer aquilo que pretendemos, investimos muito tempo no desenvolvimento das nossas habilidades em prol de cada vez mais tratarmos melhor os nossos pacientes. A nossa profissão não nos permite sermos “medianos”. [crp] Conciliando o papel de médico e gestor: maiores desafios Agora, você imagina quanto tempo é dedicado a ensinar o médico a cobrar pelos seus serviços, a gerir o seu consultório e a sua carreira? Nenhum ou muito pouco. A Medicina recebe um selo ingrato de “sacerdócio”, que transforma falar sobre dinheiro em pecado. Esse conceito é interessante para todas as fontes pagadoras. Um profissional extremamente capacitado, conceituado perante a sociedade, e que não sabe quanto vale o seu trabalho. Presa perfeita para o mercado. Precisamos falar de dinheiro, de valores, de honorários, de organização financeira, de organização de tempo, de tudo o que tenha relação a gestão de carreira e de negócio. Sim, a Medicina e o consultório são “business“. Com todas as suas peculiaridades, mas são. E entender todos esses pontos, nos faz praticarmos a Medicina de uma forma mais profissional e melhor, com menos vícios de métricas como: “Eu preciso atender mais” em vez de “Preciso cobrar certo“ “Tenho que atender 15 pacientes em uma manhã” em vez de “Peciso ter pacientes curados“ Quando em 2016 abri meu próprio consultório, reparei que eu era o CEO, o CFO, o CMO, o COO, e todos os outros “Chief Officers” possíveis! O médico de consultório privado na maioria das vezes trabalha somente ele mesmo com a sua secretária, às vezes com mais um colega ou outro. https://blog.iclinic.com.br/gerir-carreira-medica/ 2/3 Enfim, são estruturas pequenas, com poucos envolvidos, mas com acúmulo de funções. Fazer a análise detalhada dos números e a criação de metas virou quase uma obsessão por dois motivos: melhor organização do tempo e menor perda financeira. Até porque organização é igual a tempo, tempo é igual a dinheiro, e portanto organização é igual a dinheiro. Começamos então a levantar o faturamento bruto, o número de atendimentos e o ticket médio, e a estabelecer metas equilibradas entre os três. Começamos também a fazer não só análises mensais, mas também semanais e trimestrais, para podermos diminuir deturpações que épocas de feriados longos poderiam criar. Exemplo: o trimestre dezembro, janeiro e fevereiro engloba na maioria das vezes, festas de fim de ano e o carnaval. Analisar esses meses individualmente, na nossa realidade, criava números deturpados de acordo com a quantidade de dias úteis que eram eliminados com os feriados no período. Outra medida foi estabelecer faixas de valores nas métricas e mantê-las equilibradas. Não servia, por exemplo, atendermos mais pacientes e o ticket médio cair, nem ter um ticket médio muito elevado, porém com uma receita bruta baixa. Fazendo essas análises, avaliamos o aumento do número de procedimentos e de exames ambulatoriais (inclusive direcionando a publicidade do consultório), avaliamos o aumento do valor da consulta, a criação de consultas bonificadas, e outras medidas. Nenhuma das medidas de investimento ou de valoração acontece hoje sem a avaliação prévia dos números. Não cabem “achismos” nesses momentos. O ano de 2020 já havia começado com uma queda importante no número de atendimentos, mantendo o ticket médio, no trimestre dezembro, janeirp e fevereiro em comparação a 2019, devido a mudanças locais na minha cidade. E a pandemia terminou de “quebrar a perna”, neste ano, a queda em comparação a 2019 está em 36% até o momento, o que sinceramente consideramos bastante razoável frente a gravidade da situação. A meta este ano era o aumento em 15% do faturamento motivado por aumento do ticket médio. Porém qualquer planejamento feito teve que ser readequado. O objetivo do ano passou a ser sairmos com saúde e mantermos o acolhimento aos nossos pacientes. Começamos, por exemplo, a Teleconsulta e o atendimento em horários diferenciados. O resultado-chave passou a ser fecharmos 2020 com a perda máxima em 33 a 35% em comparação a 2019. Nas visões mais pragmáticas (até mesmo pessimistas), a recuperação da economia por completo acontecerá no período de cinco anos após o fim da pandemia. Levando-se em consideração a vacinação a partir do início de 2021 como Dia Zero, essa recuperação mundial aconteceria apenas ao fim de 2025. https://blog.iclinic.com.br/metas-para-consultorio/ https://blog.iclinic.com.br/dicas-de-saude-financeira-da-clinica/ https://blog.iclinic.com.br/indicadores-financeiros-do-consultorio/ https://blog.iclinic.com.br/contratar-teleconsulta-no-consultorio/ 3/3 Porém, o certo é que quem estiver ciente de seus números, de suas estatísticas e cada vez mais próximo das necessidades de seus pacientes tenderá a se antecipar a essas previsões, independentemente do cenário e do tempo, e largará na frente. Em termos de “business“, a pandemia pode ser encarada como uma oportunidade de se reavaliar o seu consultório e a sua carreira. Buscar formas novas de aproximação com os pacientes, buscar novas ferramentas de controle de sua produção, de cobranças e de recebimentos como a iClinic Pay oferece, buscar um novo posicionamento no mercado, todas essas medidas são válidas. Respeite o seu perfil profissional, as suas características, o seu mercado, mas os conheça a fundo! E os números o ajudarão neste processo. Estamos tendo tempo para repensar a humanidade, portanto, vamos começar por nós mesmos. https://content.iclinic.com.br/medicinae-iclinic
Compartilhar