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Álcool no organismo saiba o que acontece e como eliminar

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Álcool no organismo: saiba o que acontece e como eliminar
6 minutos para ler
Não há como negar que o consumo de álcool é quase sempre socialmente aceito. Ou seja, é difícil
encontrar situações em que beber é visto como algo que não deve ser feito e frequentemente nos
deparamos com incentivos ao consumo de bebidas alcoólicas. Porém, é preciso sempre considerar o
efeito do álcool no organismo e o risco que isso traz no curto, no médio e no longo prazo.
Se beber demais uma ou duas vezes pode gerar ressacas inesquecíveis, o consumo constante de
quantidades excessivas de álcool pode desencadear uma série de doenças, incluindo a dependência na
substância. Por isso, veja o que precisa saber sobre o assunto para fazer escolhas mais conscientes.
O que acontece no corpo após beber álcool?
O álcool, também chamado de etanol, é uma substância oriunda da fermentação de açúcares, por meio
da ação de leveduras. A partir disso, ele se faz presente em diferentes bebidas, indo da cerveja até os
destilados, passando pelo vinho.
A maior parte da absorção do álcool se dá no estomago e no intestino delgado e começa minutos após a
ingestão da bebida. Em média, o pico da concentração etílica no sangue se dá cerca de 90 minutos
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após o gole na bebida.
Nos primeiros minutos, é comum que o álcool provoque uma leve sensação de euforia e desinibição. Ou
seja, quem bebe se torna mais sociável e fala mais. Contudo, o álcool é, na verdade, um depressor do
sistema nervoso central. Portanto, à medida que a concentração dele no organismo aumenta, a pessoa
se torna sonolenta, com reflexos lentos e tem o senso motor afetado (logo, pode ser difícil até mesmo
andar em linha reta). Esses são os sinais mais característicos da embriaguez.
O que acontece com o excesso de álcool no organismo?
Sob o ponto de vista fisiológico, a partir do momento em que uma dose de álcool entra no organismo,
pouco minutos depois ela se transforma em um derivado da decomposição da substância, que recebe o
nome de acetaldeído. A grande questão é que o acetaldeído é altamente tóxico.
Se poucas doses de álcool forem consumidas, não há maiores problemas: o organismo dá conta de
efetivar processos que vão eliminar esse “veneno” por conta própria. Por outro lado, se o volume de
álcool (e, por consequência, de acetaldeído) foi muito grande, os sintomas mais agudos da intoxicação
dão as caras, ainda que o excesso de álcool no sangue comece a cair assim que se parar de beber.
Quem já exagerou na dose conhece muito bem esses sintomas, já que eles recebem o nome de
ressaca. Os mais comuns são dores de cabeça, boca seca, enjoo, náusea e cansaço, entre outras
sensações nada agradáveis. A ressaca geralmente é um problema que se resolve por conta própria.
Garantir a hidratação adequada e uma boa alimentação pode encurtar a duração dos sintomas.
Excesso de álcool no corpo: é possível fazer alguma coisa?
A partir do momento em que a embriaguez se instala no organismo, não há muito o que fazer. O ideal,
claro, é interromper a bebedeira, se hidratar com água e esperar os efeitos passarem. A maior parte do
álcool é eliminada após ser metabolizada no fígado.
Sem isso, o próximo estágio do efeito do álcool é o coma alcoólico, quando o excesso de álcool no
organismo é tamanho que o corpo “apaga” devido a extrema dificuldade em se manter consciente
provocada pela bebida, associada à depressão de sinais vitais. Ou seja, é normal que a respiração e os
batimentos cardíacos fiquem mais lentos. A situação pode ser agravada se o álcool tiver sido misturado
junto com outras drogas ilícitas ou mesmo determinados medicamentos (como ansiolíticos ou
analgésicos opioides).
Em geral, esse tipo de quadro precisa de suporte médico imediato. Enquanto não se obtém ajuda, é
importante não deixa a pessoa embriagada sozinha. Isso evita mortes por engasgos ou acidentes.
No mais, é preciso sempre levar em conta que o dano gerado pela embriaguez extrema varia de pessoa
para pessoa. Fatores como a velocidade em que o álcool foi ingerido, o peso corporal, a quantidade de
gordura no corpo e a tolerância à bebida são aspectos que podem aumentar ou diminuir a progressão da
embriaguez.
Que partes do corpo o álcool afeta e que doenças estão
associadas ao abuso dessa substância?
https://vidasaudavel.einstein.br/dor-de-cabeca-ou-enxaqueca-2/
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Os riscos do consumo excessivo de álcool não se resumem aos efeitos de curto prazo. No longo prazo,
o consumo regular em grandes quantidades pode gerar uma série de consequências para saúde, tanto
do ponto de vista físico quanto psicológico. Não por menos, a Organização Mundial de Saúde indica que
não existe dose segura para o consumo de álcool.
Além de maior propensão à violência e exposição a comportamentos de risco (como dirigir bêbado, por
exemplo), o consumo de álcool está associado a uma maior chance de desenvolver diferentes tipos de
câncer (na boca, no esôfago, no estômago e no fígado, por exemplo).
Por falar nesse órgão, o excesso de álcool no fígado é uma das principais causas da chamada esteatose
hepática alcoólica, conhecida como gordura no fígado. Sem o devido acompanhamento, a condição
pode desencadear a cirrose hepática e uma série de outras lesões hepáticas, comprometendo a
funcionalidade do órgão.
Em relação à saúde mental, o consumo de álcool pode estar associado a diferentes transtornos de
humor e comportamento. Além disso, a dependência de álcool por si só já é uma doença, que recebe o
nome de alcoolismo. Por isso, quem não consegue deixar de beber por contra própria e vê suas
atividades afetadas, precisa de ajuda para obter o tratamento adequado.
Ou seja, é possível fazer muitos conteúdos apenas descrevendo doenças causadas pelo consumo de
álcool. Diante disso, se você está preocupado com o excesso de álcool no organismo, o ideal é repensar
sua relação com a bebida, sempre em busca de tentá-la manter em um patamar menos arriscado. Além
disso, quando for beber tente alternar cada copo de bebida alcoólica com outras opções sem álcool,
principalmente água. Assim, é possível minimizar os sintomas de uma possível ressaca, prevenir uma
desidratação e beber menos.
Quer reforçar o cuidado com seu fígado? Então confira esse ebook com dicas essenciais sobre esse
tema.
Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa
Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da
Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).
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