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Hepatite viral se divide em 5 tipos entenda

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Hepatite viral se divide em 5 tipos; entenda
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As hepatites virais são infecções do fígado causadas por vírus. Elas se dividem em cinco tipos: A, B, C,
D (também conhecido como Delta) e E, sendo que as três primeiras são as mais comuns no Brasil, de
acordo com o Ministério da Saúde.
No Sistema Único de Saúde (SUS), estão disponíveis testes rápidos para hepatites do tipo B e C. Além
disso, a ciência já desenvolveu vacinas para os tipos A e B.
É importante conhecer cada tipo de hepatite, seus sintomas e principais características. Lembre-se de
que, ao notar qualquer sinal da doença, é fundamental procurar assistência médica imediatamente.
Hepatite A
Causada pelo vírus A (HAV), a hepatite A é uma doença benigna. A transmissão ocorre por meio do
contato de fezes com a boca, água ou vegetais e frutas contaminadas, principalmente em áreas com
baixo nível de saneamento básico e higiene pessoal.
Sintomas da hepatite A
Os primeiros sinais da doença costumam aparecer aproximadamente 15 dias após a infecção pelo vírus.
Inicialmente, a hepatite A pode causar fadiga, mal-estar, febre e dores musculares. Posteriormente,
https://vidasaudavel.einstein.br/hepatites-virais/
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os sintomas evoluem para enjoo, vômitos, dor abdominal, diarreia ou até constipação, além da
urina escura. Após alguns dias, a doença entra em uma fase em que se manifesta a icterícia, deixando
a pele e os olhos amarelados.
Esses sintomas podem ser relativamente leves e desaparecer em algumas semanas. No entanto, em
algumas situações, a hepatite A pode levar a uma doença grave que persiste por vários meses.
Diagnóstico e tratamento 
O diagnóstico da infecção pelo vírus da hepatite A é realizado por meio de exame de sangue. Não existe
um medicamento específico para tratar a doença. O médico avaliará a necessidade de tratamento para
aliviar os sintomas e garantir a hidratação, especialmente se houver diarreia e vômitos. Em casos mais
graves, como insuficiência hepática aguda, pode ser necessária a hospitalização.
Prevenção da hepatite A
A prevenção da hepatite A está diretamente ligada a bons hábitos de higiene, como lavar as mãos após
ir ao banheiro ou trocar fraldas de bebês e antes de manusear alimentos. Alimentos crus devem ser
lavados com água tratada e, de preferência, deixados de molho por 30 minutos antes do consumo. Outra
recomendação é não permitir que crianças brinquem ou tomem banho em riachos, fontes, áreas
inundadas ou locais próximos ao esgoto.
A vacina contra a hepatite A é uma maneira eficaz e segura de prevenir a doença. O SUS disponibiliza
as doses para crianças e pessoas com condições clínicas especiais, como imunodeficiências, doenças
crônicas e transplantados. Nesses casos, as doses são administradas nos Centros de Referência para
Imunobiológicos Especiais (CRIEs).
Hepatite B
A hepatite B pode se manifestar de forma aguda ou crônica. Na forma aguda, a infecção no fígado é de
curta duração. Se persistir por mais de seis meses, é classificada como crônica. Essa doença é
transmitida por meio do contato com fluidos corporais, como sêmen e saliva. Objetos perfurocortantes
não esterilizados, como alicates e lâminas de barbear, também podem ser uma fonte de contaminação.
Uma grávida infectada pode transmitir a doença para o bebê, tornando o pré-natal de extrema
importância.
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https://youtu.be/Hz9s2UaaziA
Ter hepatite B crônica aumenta o risco de desenvolver insuficiência hepática, câncer de fígado ou
cirrose, uma condição que causa cicatrizes permanentes no fígado.
Sintomas da hepatite B
Os sintomas da doença incluem fadiga, mal-estar, febre, dores musculares, enjoo, vômitos, dor
abdominal, urina escura e icterícia, que se manifesta como amarelamento da pele e dos olhos.
Tratamento
A hepatite B não tem cura, mas o tratamento com medicamentos, disponível no SUS, pode controlar a
doença e prevenir complicações e sua progressão. É fundamental interromper o consumo de bebidas
alcoólicas.
Prevenção da hepatite B
Na rede pública de saúde, existe vacina disponível contra a hepatite B para adultos e crianças. O
esquema vacinal para crianças é o seguinte: ao nascer e aos 2, 4 e 6 meses de idade (utilizando a
vacina pentavalente). Já os adultos precisam receber três doses.
Outras medidas eficazes de prevenção incluem o uso de preservativo nas relações sexuais, a não
partilha de lâminas de barbear, depilação, agulhas ou seringas, e a verificação da esterilização de
alicates em salões de beleza. Se preferir, você pode levar o seu alicate de uso pessoal e exclusivo.
Hepatite C
A forma de transmissão da hepatite C é semelhante à da hepatite B, ou seja, ocorre por meio de fluidos
corporais ou sangue de uma pessoa contaminada. No entanto, a hepatite C é um processo infeccioso e
também inflamatório no fígado.
https://youtu.be/Hz9s2UaaziA
https://vidasaudavel.einstein.br/cirrose-hepatica-o-que-e-e-como-tratar/
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Sintomas da hepatite C
Ao contrário das hepatites tipo A e B, o fígado afetado pelo vírus do tipo C não apresenta sinais óbvios
de doença. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 80% dos infectados não manifestam
sintomas. A maioria descobre a infecção por meio de exames de rotina ou após doar sangue.
Tratamento
A hepatite C tem cura em 95% dos casos, desde que o paciente siga rigorosamente as recomendações
e faça o uso dos medicamentos chamados antivirais de ação direta. O tratamento dura de 8 a 12
semanas. Se não tratada, pode evoluir para cirrose ou câncer de fígado.
Prevenção da hepatite C
Não existe vacina disponível para a hepatite C. As medidas preventivas recomendadas incluem evitar o
compartilhamento de objetos como agulhas, seringas, alicates e lâminas de barbear, além do uso de
preservativos nas relações sexuais.
Hepatite D (Delta)
A hepatite D é uma infecção do fígado causada pelos vírus VHD e o vírus da hepatite B. Isso ocorre
porque o vírus da hepatite D necessita do vírus da hepatite B para se reproduzir. A hepatite D é
transmitida quando o sangue ou outros fluidos corporais de uma pessoa infectada com o vírus entram no
corpo de alguém que não está infectado.
Sintomas da hepatite D
Nem sempre esse tipo de hepatite manifesta sintomas. Mas quando ocorrem, os sinais mais comuns são
semelhantes aos da hepatite B: fadiga, mal-estar, febre, dores musculares, enjoo, vômitos, dor
abdominal, urina escura e icterícia, que se manifesta como amarelamento da pele e dos olhos. A
hepatite D também pode causar sintomas graves e levar a doenças que podem resultar em danos ao
fígado ao longo da vida.
Tratamento e prevenção
O tratamento da hepatite D envolve uma classe específica de medicamentos, que deve ser prescrita
pelo médico. Não existe vacina para esta doença. No entanto, pessoas vacinadas contra a hepatite B
têm menos probabilidade de desenvolver a hepatite D. É importante seguir medidas preventivas, como
evitar o compartilhamento de objetos como agulhas, seringas, alicates e lâminas de barbear, bem como
o uso de preservativos nas relações sexuais.
Hepatite E
A hepatite E é rara no Brasil. Sua forma de contaminação é semelhante à da hepatite A, envolvendo o
contato de fezes com a boca, além do consumo de água ou alimentos contaminados. A pessoa também
pode se contaminar ao ingerir carne malcozida ou de animais infectados. Nas gestantes, essa forma de
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infecção pode ser mais grave, levando à morte do bebê e, em casos extremos, evoluindo para hepatite
fulminante.
Sintomas da hepatite E
Quando apresenta sinais, que podem surgir entre 15 a 60 dias após a contaminação, a hepatite E
manifesta sintomas semelhantes aos das outras hepatites: fadiga, mal-estar, febre, dores musculares,
enjoo, vômitos, dor abdominal, urina escura e icterícia.
Tratamento e prevenção
Assim como na hepatite A, os sintomas são observados e tratados. O paciente deve descansar e evitar
o consumo de bebida alcoólica.
A adoção de bons hábitos de higiene se torna uma estratégia eficaz na prevenção da doença. Isso inclui
lavar as mãos após usar o banheiro, após a troca de fraldasde bebês e antes do manuseio de
alimentos.
Alimentos crus devem ser lavados com água tratada e, de preferência, deixados de molho por 30
minutos antes do consumo. A carne de porco deve ser bem cozida antes de ser consumida. Outra
recomendação importante é usar utensílios domésticos limpos e evitar banhos em riachos, chafarizes,
áreas inundadas ou locais próximos ao esgoto.
Revisão técnica: Sabrina Bernardez Pereira, médica da Economia da Saúde do Hospital Israelita
Albert Einstein (HIAE), mestrado e doutorado em Ciências Cardiovasculares pela Universidade
Federal Fluminense.
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