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CAPÍTULO I Da Personalidade e da Capacidade Art. 1 o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Art. 2 o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Art. 3 o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) Art. 4 o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) IV - os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) Art. 5 o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. Art. 6 o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. Art. 7 o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127 II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. Art. 8 o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. Art. 9 o Serão registrados em registro público: I - os nascimentos, casamentos e óbitos; II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida. Art. 10. Far-se-á averbação em registro público: I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação; III - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009) CAPÍTULO II Dos Direitos da Personalidade Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial. Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art8 Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória. Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial. Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. (Vide ADIN 4815) Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes. Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. (Vide ADIN 4815) http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4815&processo=4815 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4815&processo=4815 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4815&processo=4815 A expressão Direito é polissêmica e vaga. O que isso significa? Resposta = Polissêmica: Isso significa que a expressão tem múltiplos significados ou pode ser interpretada de diferentes maneiras dependendo do contexto em que é usada. Vaga: Isso indica que a expressão é imprecisa ou não está claramente definida. Então, quando dizemos que uma expressão no direito é polissêmica e vaga, queremos dizer que ela pode ter vários significados e não está muito claramente definida, o que pode levar a diferentes interpretações e aplicação da lei. Isso pode causar desafios na interpretação e aplicação consistente das regras legais. O que é justiça? 1. qualidade do que está em conformidade com o que é direito; maneira de perceber, avaliar o que é direito, justo. "não há como questionar a j. de sua causa" Justiça é um conceito abstrato que se refere a um estado de interação social ideal onde há um equilíbrio, por si só, razoável e imparcial, entre os interesses, riquezas e oportunidades das pessoas envolvidas em determinado grupo social. Justiça é um sentimento Diferença entre Justiça Distributivae Justiça Corretiva A justiça distributiva foi formulada pelo filósofo Aristóteles, que a considerava como uma forma de estabelecimento da igualdade proporcionalmente, ou seja, baseando-se no mérito do indivíduo, diferenciando-se da justiça corretiva, que prevê a igualdade absoluta. 1. Justiça Distributiva: Imagine que você e seus amigos estão dividindo um bolo. A justiça distributiva diz respeito a como esse bolo deve ser dividido de maneira justa e igualitária entre todos. Por exemplo, se há cinco amigos e um bolo dividido em cinco pedaços iguais, cada amigo deve receber um pedaço para que todos tenham a mesma quantidade. 2. Justiça Corretiva: Agora, suponha que, enquanto dividiam o bolo, um dos seus amigos acidentalmente derramou refrigerante na sua camiseta favorita. A justiça corretiva entra em ação para corrigir essa situação injusta. Nesse caso, a justiça corretiva poderia envolver seu amigo se desculpando e talvez oferecer-se para pagar pela limpeza da sua camiseta ou até mesmo comprar uma nova para substituir a danificada. Resumindo, a diferença básica entre justiça distributiva e justiça corretiva é que a primeira trata da distribuição justa de recursos ou benefícios entre as pessoas, enquanto a segunda trata da correção de injustiças que ocorreram, buscando restaurar o equilíbrio ou reparar danos causados. Véu da ignorância e loteria natural de John Rawls O "véu da ignorância" é uma ideia proposta pelo filósofo político John Rawls em sua obra "Uma Teoria da Justiça". Ele utiliza essa metáfora para criar um experimento mental no qual as pessoas imaginam que estão decidindo princípios de justiça sem saber detalhes específicos sobre si mesmas, como sua posição social, riqueza, habilidades, gênero, etnia, religião, etc. O objetivo é criar um ponto de vista imparcial e objetivo para a formulação de princípios de justiça que seriam aceitáveis para todos, independentemente de sua situação pessoal. Por outro lado, a "loteria natural" de Rawls refere-se ao conceito de que as características pessoais, como talentos naturais, habilidades, e a posição social em que nascemos, são distribuídas de forma aleatória e não dependem do mérito individual. Ele argumenta que, como não escolhemos essas características ao nascer, elas não devem determinar nossas oportunidades e vantagens na sociedade. Portanto, Rawls propõe que a justiça social deve ser baseada em princípios que seriam escolhidos por pessoas por trás do véu da ignorância, ou seja, sem conhecimento de suas próprias características pessoais, incluindo sua loteria natural. Imagine que estamos brincando de fazer regras para um jogo novo. Antes de começarmos, vamos imaginar que estamos usando uma capa mágica que nos deixa completamente escondidos, então ninguém sabe quem é quem. É como se estivéssemos todos iguais, sem saber se somos meninos ou meninas, altos ou baixos, espertos ou não tão espertos. Agora, quando criamos as regras do jogo, precisamos ser justos, certo? Então, não queremos que nenhuma pessoa saiba mais do que as outras ou tenha vantagens só porque é mais rápido ou mais forte. É aí que entra o "véu da ignorância". Ele nos ajuda a pensar nas regras do jogo de uma maneira justa, como se não soubéssemos nada sobre nós mesmos. E sabe aquelas coisas que temos, como ser bom em alguma coisa ou nascer em uma família rica? Bem, o "véu da ignorância" nos faz pensar que essas coisas são como uma sorteio, uma "loteria natural". Ou seja, não escolhemos como seremos antes de nascer. Assim, as regras do jogo não devem favorecer quem tem mais sorte nesse sorteio. Então, o "véu da ignorância" e a "loteria natural" nos ajudam a pensar em regras justas para todos, garantindo que todos tenham as mesmas chances de se dar bem no jogo da vida. Características da Moral: A moral são as regras que nos dizem o que é certo e o que é errado. É como um mapa que nos guia para fazer boas escolhas. Algumas características da moral são: Honestidade: É importante ser honesto e falar a verdade. Respeito: Devemos tratar os outros com respeito, como gostaríamos de ser tratados. Justiça: Todos devem ser tratados de maneira justa e igual. Responsabilidade: Devemos ser responsáveis por nossas ações e suas consequências. Raciocínios na Moral: Isso significa pensar sobre o que é certo e errado. Quando fazemos algo, podemos pensar: "Isso é bom? Isso machuca alguém?" Essas perguntas nos ajudam a tomar decisões morais. Direito Natural e suas três fases: O Direito Natural é como uma ideia de que algumas regras são certas em todas as épocas e lugares. Tem três fases: Fase Teológica: As leis são baseadas em ideias religiosas, como as leis de Deus. Fase Metafísica: As leis são baseadas em princípios naturais, como a ideia de que todos nascem com direitos iguais. Fase Científica: As leis são baseadas na razão e na ciência, e as pessoas pensam em como as leis afetam a sociedade. Introdução ao Juspositivismo: Juspositivismo é uma ideia na lei que diz que as leis são feitas pelos humanos e devemos obedecê-las, mesmo que não concordemos com elas. É como seguir as regras de um jogo, mesmo que não gostemos de todas elas. Escola de Exegese: É uma maneira de interpretar as leis. Em vez de pensar no que as leis significam hoje, olhamos para o que as pessoas que as fizeram queriam dizer. É como tentar entender o que o autor de um livro quis dizer em vez de interpretar as palavras de maneira diferente.
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