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A defesa na clínica psicanalítica Na psicanálise, a defesa refere-se a um conjunto de mecanismos mentais inconscientes que o ego utiliza para lidar com ansiedade, conflitos internos e experiências emocionalmente perturbadoras. Esses mecanismos ajudam a proteger o ego de sentimentos dolorosos ou ameaçadores, permitindo que o indivíduo mantenha uma sensação de equilíbrio psicológico. As defesas psicológicas são desenvolvidas ao longo da vida e podem variar de pessoa para pessoa, dependendo das experiências individuais e das estratégias de adaptação aprendidas. Existem muitos tipos diferentes de defesas psicológicas, e cada uma opera de maneira única para reduzir ou evitar a ansiedade. Aqui estão alguns exemplos comuns de defesas: 1. Racionalização: A racionalização ocorre quando o indivíduo justifica ou explica comportamentos, pensamentos ou sentimentos de uma maneira que parece lógica ou razoável, mesmo que seja uma explicação distorcida da realidade. Por exemplo, uma pessoa que não consegue um emprego pode racionalizar que a empresa não era adequada para ela de qualquer maneira. 2. Repressão: A repressão é um dos mecanismos de defesa mais básicos e envolve a exclusão de pensamentos, desejos ou memórias conscientes da consciência. Por exemplo, uma pessoa pode reprimir memórias traumáticas de sua infância como uma forma de lidar com a dor emocional associada a essas experiências. 3. Projeção: A projeção ocorre quando uma pessoa atribui seus próprios pensamentos, sentimentos ou desejos indesejados a outra pessoa. Por exemplo, alguém que se sente inadequado pode projetar seus sentimentos de inadequação em outras pessoas, acusando-as de serem críticas ou julgadoras. 4. Formação reativa: Na formação reativa, uma pessoa expressa comportamentos ou sentimentos que são opostos aos seus verdadeiros sentimentos inconscientes. Por exemplo, alguém que se sente atraído por uma pessoa pode expressar hostilidade em relação a ela. 5. Deslocamento: O deslocamento envolve redirecionar impulsos ou emoções de uma pessoa ou objeto para outro que seja menos ameaçador ou mais aceitável. Por exemplo, alguém que está com raiva do chefe pode deslocar essa raiva para um colega de trabalho. Essas são apenas algumas das defesas psicológicas que as pessoas usam para lidar com ansiedade e conflitos emocionais. Embora as defesas possam oferecer alívio temporário, elas também podem levar a problemas psicológicos mais graves se forem usadas de forma excessiva ou inadequada. O trabalho terapêutico na psicanálise muitas vezes envolve a identificação e a interpretação das defesas, permitindo ao indivíduo explorar e entender melhor seus sentimentos e comportamentos.
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