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A resistência na clínica psicanalítica A resistência na clínica psicanalítica é um fenômeno central e complexo que se refere às defesas inconscientes que os pacientes apresentam durante o processo terapêutico para evitar o acesso a conteúdos emocionais dolorosos ou ameaçadores. Essas defesas podem se manifestar de várias maneiras e representam um desafio para o progresso terapêutico. Aqui estão algumas das formas como a resistência pode surgir na clínica psicanalítica: 1. Silêncio ou evasão: O paciente pode evitar certos tópicos, mudar de assunto ou se recusar a falar sobre certas experiências ou emoções. Isso pode ocorrer de forma consciente ou inconsciente, como uma maneira de evitar sentimentos desconfortáveis ou ameaçadores. 2. Negação: O paciente pode negar a existência de certos sentimentos, desejos ou experiências, mesmo quando há evidências de sua presença. A negação pode ser uma forma de proteger o ego contra sentimentos de culpa, vergonha ou ansiedade. 3. Deslocamento: O paciente pode redirecionar seus sentimentos ou impulsos para outra pessoa, objeto ou situação menos ameaçadora. Isso pode envolver transferir emoções de uma pessoa significativa para o terapeuta ou focar em problemas externos em vez de lidar com questões internas. 4. Procrastinação ou atraso: O paciente pode resistir ao processo terapêutico adiando sessões, chegando atrasado ou cancelando compromissos. Isso pode ser uma maneira de evitar o confronto com questões difíceis ou desconfortáveis. 5. Intelectualização: O paciente pode se concentrar excessivamente em questões intelectuais ou teóricas, evitando a expressão de emoções ou experiências pessoais. Isso pode criar uma distância emocional que dificulta o trabalho terapêutico mais profundo. A resistência é vista pela psicanálise como uma parte natural do processo terapêutico e não como uma falha do paciente. Na verdade, é considerada uma manifestação das defesas psicológicas do paciente, projetadas para proteger o ego contra a ansiedade ou o desconforto emocional. O trabalho do terapeuta é reconhecer e interpretar essas defesas, ajudando o paciente a explorar e entender as emoções subjacentes que estão sendo evitadas. Ao enfrentar e trabalhar através da resistência, o paciente pode alcançar uma compreensão mais profunda de si mesmo e promover a cura psíquica.
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