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Comportamento Espectral dos Alvos LEB0210 – GEOPROCESSAMENTO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS – LEB/ESALQ Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Profa. Ana Cláudia dos Santos Luciano CONTEÚDO • Conceitos Comportamento Espectral Comportamento espectral da vegetação Comportamento espectral do solo Comportamento espectral da água CONCEITOS: INTERAÇÃO ENERGIA MATÉRIA- SENSOR 3 CONCEITO 4 • O comportamento espectral dos alvos tem relação com a forma que a REM interage com o os objetos da superfície terrestre. • Estudo do comportamento dos objetos ao interagirem com a REM incidente sobre os mesmo: Análise da refletância dos objetos. CONCEITO 5 • Assinatura Espectral dos alvos: forma típica de um objeto refletir a REM incidente, nos diversos comprimentos de onda, devido a suas propriedades físicas, químicas e biológicas; • Corresponde ao espectro de refletância dos objetos; • Cada objeto terá uma assinatura espectral diferente! ASSINATURA ESPECTRAL 6 COMPORTAMENTO ESPECTRAL DOS ALVOS COMPORTAMENTO ESPECTRAL DOS ALVOS 8Fonte: Elisabete Caria Moraes – DSR/INPE COMPORTAMENTO ESPECTRAL DOS ALVOS 9http://www3.inpe.br/unidades/cep/atividadescep/educasere/apostila.htm COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO 10 Visível •Pigmentação (alta absorção) •Clorofila (fotossíntese) •Aumenta da refletância com o envelhecimento nas regiões do azul e vermelho IV próximo •Estrutura fisiológica (alta refletância) •Descontinuidades estruturais IV médio •Teor de água (alta absorção) •Maior absorção do que refletância RG B IVP IVM COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO Visível IV CurtoIV Próximo VIS IVP IVM REFLETÂNCIA, TRANSMITÂNCIA E ABSORTÂNCIA DA FOLHA IV Próximo COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO (visível ~400-760 nm) A pigmentação das folhas altera a resposta espectral das folhas apenas na região do visível. Resposta Espectral - pigmentos das folhas existentes nos cloroplastos No cloroplasto temos: 65% clorofila, 6% carotenos e 29% xantofila. A clorofila a grande responsável pela absorção da R.E.M. no visível (azul- violeta e vermelho) – Fotossíntese (Energia Luminosa – Química). Em geral a cor amarelada ou alaranjada dos carotenoides (carotenos e xantofilas) é mascarada pela cor verde da clorofila, sendo que quando a clorofila é degradada predominam cores mais amarelas a alaranjadas COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO (visível ~400-760 nm) Carotenoides B G R IVP Resposta espectral de folhas de Faia com diminuição dos teores de clorofila na folha (Gitelson, 2011) 440nm 670nm 350 mg/m2 12 mg/ m2 COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO (visível ~400-760 nm) IV Próximo COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO (IVP ~760 -1300 nm) A IV Próximo ao chegar as células do mesófilo esponjoso e às cavidades existente no interior das folhas é espalhado e submete-se as múltiplas reflexões e refração que ocorrem devido a diferença dos índices de refração do ar e das paredes celulósicas hidratadas. A cutícula e o epiderme de uma folha são praticamente transparente a radiação de IV- Próximo. COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO (IVP ~760 -1300 nm) H2O H2O COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO (IVP ~760 -1300 nm) Normal Infiltrada com Água COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO (IVP ~760 -1300 nm) Folha sadia Água na folha COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO (IVP ~760 -1300 nm) IV Médio COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO (IVM ~1300 - 3000 nm) Nessa região a resposta espectral de uma folha sadia é caracterizada principalmente pela absorção de energia pela água que ocorrem próxima aos comprimento de onda do 1500nm, 1900nm e 2700nm. Essa absorção de energia promove as transições dos estados vibratórios e rotacionais das moléculas de água. COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO (IVM ~1300 - 3000 nm) https://www.ofitexto.com.br/comunitexto/o-que-e-reflectancia-infinita/ >IAF > Refletância no IVP COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO - IAF COMPORTAMENTO ESPECTRAL DOS SOLOS Teor de umidade, textura e estrutura • Visível • IVP • IVM • Alto teor de umidade baixa refletância Matéria orgânica • Visível • IVP • Teores altos provocam redução da refletância do solo Óxido de ferro • Visível • Reflete luz vermelha e absorve luz verde Obs: A maior parte de energia incidente sobre o solo é refletida ou absorvia, apenas uma pequena parte é transmitida. COMPORTAMENTO ESPECTRAL DOS SOLOS H2O H2O O solo tem seu comportamento espectral influenciado por diversos fatores, sendo os mais importantes: • UMIDADE • TEOR DE MATÉRIA ORGÂNICA • TEXTURA • COR • TEOR DE ÓXIDOS DE FERRO • CTC • CONDIÇÕES DE SUPERFÍCIE COMPORTAMENTO ESPECTRAL DOS SOLOS COMPORTAMENTO ESPECTRAL DOS SOLOS Solo úmido Solo úmido Solo exposto 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 450 700 950 1200 1450 1700 1950 2200 2450 RQo LVd LVe LVef NVef NVefpp CXef Comprimento de onda (nm) F at o r d e R ef le ct ân ci a Visível IVP IVM COMPORTAMENTO ESPECTRAL DOS SOLOS Elementos que atuam na intensidade da curva espectral: Umidade: com o aumento do teor de umidade no solo temos uma maior absorção de energia radiante em todo o espectro da curva diminuindo a refletância, porém a forma geral da curva não se altera. Teor de matéria orgânica: com aumento do teor de matéria orgânica (>2%) temos uma maior absorção da R.E.M. em todo espectro estudado. Alem disso a matéria orgânica também mascara a presença dos óxidos de ferro, na região do visível, diminuindo a intensidade dos picos de absorção dos óxidos. COMPORTAMENTO ESPECTRAL DOS SOLOS Elementos que atuam na intensidade da curva espectral: COMPORTAMENTO ESPECTRAL DOS SOLOS Quartzo: devido a sua alta refletância solos com maiores quantidades de quartzo apresentam maiores intensidades, ou seja, maiores refletâncias em toda a curva espectral. Magnetita: (mineral proveniente de rochas básicas) Por ser um mineral opaco apresenta grande absorção da R.E.M diminuindo a intensidade de refletância por todo a curva espectral marcando também os picos de absorção em todo o espectro. H2O H2O Bandas de absorção solos: 950nm, 1200 nm, 1400 nm e 1900nm COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA ÁGUA COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA ÁGUA Profundidade da água • Visível • IVP • Quanto mais profundo menor a reflexão Materiais suspensos • Visível • IVP • Reflectância e cor da água Rugosidade • Visível • IVP • Superfície rugosa alta reflectância Estado Físico • Visível • IVP • IVM APLICAÇÕES Monitoramento temporal e espacial de área Manejo Umidade Estresse hídrico Monitoramento temporal e espacial de produtividade Pragas Doenças Impactos climáticos na cultura Referencial Bibliográfico NOVO, E.M.L. de M. Sensoriamento Remoto: Princípios e Aplicações. 3a Edição revista e ampliada, Editora Edgard Blücher Ltda. 2008. JENSEN, J. R., Sensoriamento Remoto do Ambiente: uma perspectiva em recursos terrestres. Editora Parêntese, São José dos Campos, SP. 2009. Índices de Vegetação LEB0210 – GEOPROCESSAMENTO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS – LEB/ESALQ Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Profa. Ana Cláudia dos Santos Luciano http://www3.inpe.br/unidades/cep/atividadescep/educasere/apostila.htm Jensen Índices de Vegetação DEFINIÇÃO E CONCEITOS DEFINIÇÃO Os índices de vegetação exploram as propriedades espectrais da vegetação, em especial, nas regiões do visível e do infravermelho próximo. Os índices tem relação com os parâmetros biofísicos da cobertura vegetal, como por exemplo: biomassa, IAF. IMPORTANTE! Medidas admensionais Indica abundância e atividade da vegetalçao verde Detecção de variabilidade espacial Há muitos disponíveis na literatura Cuidado com redundância Relações entre medidas radiométricas Formulações matemáticas IAF, biomassa, atividade fotossintética,% de cobertura do solo Índice de Vegetação da razão simples (Simple Ratio - SR) Índice de Vegetação da diferença normalizada (Normalized Difference Vegetation Index - NDVI) 𝑆𝑅 = 𝜌𝐼𝑉𝑃 𝜌𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑜 IVP = refletância no infravermelho próximo V= refletância no vermelho 𝑁𝐷𝑉𝐼 = 𝜌𝐼𝑉𝑃 − 𝜌𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑜 𝜌𝐼𝑉𝑃 + 𝜌𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑜 • Os índices aumentam o contraste entre o solo e a vegetação • Sensíveis a resposta do solo NDVI (Rouse et al., 1974) Equivalente ao SR Monitorar mudanças sazonais e interanuais A razão reduz ruídos multiplicativos (nuvens, sombras, topografia) nas bandas usadas. Índice com base em razão Não linear pode ser influenciado por ruídos aditivos da atmosfera Alta correlação com IAF Com o IAF alto há saturação do NDVI Sensível a substrato Solos visíveis sob os dosséis Remote Sensing of the Environment: An Earth Resource Perspective, Second Edition. John R. Jensen. Copyright © 2007 by Pearson Education, Inc. Published by Pearson Prentice Hall. All rights reserved. Remote Sensing of the Environment: An Earth Resource Perspective, Second Edition. John R. Jensen. Copyright © 2007 by Pearson Education, Inc. Published by Pearson Prentice Hall. All rights reserved. Índice de Vegetação Ajustado para o Solo (Soil Adjusted Vegetation Index – SAVI) 𝑆𝐴𝑉𝐼 = 1 + 𝐿 × (𝜌𝐼𝑉𝑃 − 𝜌𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑜) 𝜌𝐼𝑉𝑃 + 𝜌𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ho+L L é um fator de ajuste para o substrato do dossel. Foi observado que um valor de L=0,5 minimiza as variações de brilho dos solos Índice melhorado para ajustar as respostas do solo! Índice de Vegetação Melhorado/Realçado (Enhanced Vegetation Index – EVI) O EVI é um NDVI modificado para ajustar a interferência dos solos (L=1) e da atmosfera (C1= 6 e C2 =7,5) G =2,5 fator de ganho ajustado 𝐸𝑉𝐼 = 𝐺(1 + 𝐿) (𝜌𝐼𝑉𝑃 − 𝜌𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑜) 𝜌𝐼𝑉𝑃 + 𝐶1 × 𝜌𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ho+𝐶2 × 𝜌azul+L Remote Sensing of the Environment: An Earth Resource Perspective, Second Edition. John R. Jensen. Copyright © 2007 by Pearson Education, Inc. Published by Pearson Prentice Hall. All rights reserved. Remote Sensing of the Environment: An Earth Resource Perspective, Second Edition. John R. Jensen. Copyright © 2007 by Pearson Education, Inc. Published by Pearson Prentice Hall. All rights reserved. Índice de Umidade por Diferença Normalizada ou Índice de Água (NDMI ou NDWI ) Altamente correlacionado com conteúdo de água do dossel vegetal 𝑁𝐷𝑀𝐼 = (𝜌𝐼𝑉𝑃 − 𝜌𝐼𝑉𝑀) (𝜌𝐼𝑉𝑃 + 𝜌𝐼𝑉𝑀) BASE DE DADOS ÍNDICES DE VEGETAÇÃO Banco de dados de índices de vegatação Ver aplicações com Rededge Banco de dados da USGS (United States Geological Survey ) Acesso aso produtos disponibilizados pela NASA https://www.indexd atabase.de/ https://earthexplore r.usgs.gov/ https://www.modis.cnpti a.embrapa.br/geonetwork /srv/pt/main.home Index Database Earth Explorer Embrapa https://www.indexdatabase.de/ https://earthexplorer.usgs.gov/ https://www.modis.cnptia.embrapa.br/geonetwork/srv/pt/main.home Aplicações Monitoramento temporal e espacial de área Manejo Umidade Estresse hídrico Monitoramento temporal e espacial de produtividade Pragas Doenças Impactos climáticos na cultura Referencial Bibliográfico JENSEN, J. R., Sensoriamento Remoto do Ambiente: uma perspectiva em recursos terrestres. Editora Parêntese, São José dos Campos, SP. 2009. NOVO, E.M.L. de M. Sensoriamento Remoto: Princípios e Aplicações. 3a Edição revista e ampliada, Editora Edgard Blücher Ltda. 2008. PONZONI, F. J.; SHIMABUKURO, Y.E.; KUPLICH, T.M. Sensoriamento Remoto da Vegetação. Segunda Edição Atualizada e Ampliada. Oficina de Textos, São Paulo, SP. 2012. Sensoriamento remoto em Agricultura. (2017). (n.p.): Oficina de Textos.