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Órgãos de Documentação

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Aula 02 - Profº Ricardo
Campanário
CNU (Bloco 7 - Gestão Governamental e
Administração Pública) Conhecimentos -
Eixo Temático 5 - Comunicação, Gestão
Documental, Transparência e Proteção
de Dados - 2024 (Pós-Edital)Autor:
Antonio Daud, Júlia Branco,
Ricardo Campanario
21 de Janeiro de 2024
@Xinyuu_bot - Telegram
Antonio Daud, Júlia Branco, Ricardo Campanario
Aula 02 - Profº Ricardo Campanário
Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Instituições Arquivísticas Brasileiras - AULA SIMPLIFICADA 3
CNU (Bloco 7 - Gestão Governamental e Administração Pública) Conhecimentos - Eixo Temático 5 - Comunicação, Gestão Documental, Transparência e Proteção de Dados - 2024 (Pós-Edital)
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INSTITUIÇÕES ARQUIVÍSTICA BRASILEIRAS 
Órgãos de Documentação 
 
Vamos começar esta aula falando sobre os Órgãos de Documentação: arquivos, bibliotecas, museus 
e centros de documentação. 
Esse é um assunto bastante cobrado em prova, especialmente as principais definições de cada um 
deles, suas semelhanças e diferenças. Portanto, mãos à obra! 
Durante um bom tempo, as percepções destes diversos órgãos de documentação (arquivos, 
bibliotecas, museus e centros de documentação) se confundiam tanto pela finalidade e forma física dos 
documentos como pelo fato de que esses órgãos tinham aparentemente um mesmo objetivo. 
Todos verdadeiramente funcionavam como depósitos de documentos, independentemente de suas 
espécies. 
Com a evolução da disciplina da Arquivologia, da tecnologia e de outros adventos como o surgimento 
da imprensa, estes órgãos de documentação passaram a ter escopos e objetivos distintos, que é o que 
vamos estudar a partir de agora. 
Note que todos eles ainda possuem a função de guarda como atividade principal, o pode ser 
encarado como a maior semelhança entre eles. 
Além disso, podemos assumir que recolher documentos, trata-los, transferi-los e difundir 
informações é o objetivo convergente de todos esses órgãos. 
Por outro lado, há alguns outros objetivos específicos de cada um que atualmente são 
significativamente diferentes. E são justamente esses os mais cobrados pelas bancas. 
Segundo Heloísa Bellotto, "partindo de material diverso e através de mecanismos técnicos 
completamente distintos, essas instituições devem estar aptas a cobrir, da maneira mais 
completa possível, um campo de investigação. Tem em comum, portanto, as finalidades a 
que se destinam e o papel que ocupam no processo social, cultural e administrativo de uma 
sociedade". 
Trago essa afirmativa da arquivista Bellotto pois ela possui conceitos importantes. Note que a 
estudiosa chama a atenção para o uso de mecanismos técnicos completamente distintos por cada um dos 
órgãos. Essa é uma das maiores diferenças que vamos estudar entre os diferentes órgãos de documentação. 
Bellotto chama ainda atenção para o campo de investigação, exclusivo para cada um dos órgãos, 
assim como para o papel comum de todos eles, ou seja, a importância que representam para a sociedade 
Antonio Daud, Júlia Branco, Ricardo Campanario
Aula 02 - Profº Ricardo Campanário
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em relação ao seu processo social, cultural e administrativo e seus objetivos convergentes de recolher 
documentos, trata-los, transferi-los e difundir informações. 
 
Definições básicas 
 
 Feita esta pequena introdução, vamos começar a definir cada um dos órgãos de documentação. Isso 
cai muito em prova e é simples. Basta ter alguma intimidade com os conceitos para faturar alguns pontinhos 
em prova. 
Vou aqui utilizar as definições propostas por Marilena Leite Paes que, em geral, são as mais utilizadas 
pelas bancas. Atenção! 
 
Arquivo - é a acumulação ordenada de documentos, em sua maioria textuais, criados por 
uma instituição ou pessoa, no curso de sua atividade, e preservados para a consecução de 
seus objetivos, visando a utilidade que poderão oferecer no futuro. 
Biblioteca - é o conjunto de material, em sua maioria impresso, disposto ordenadamente 
para estudo, pesquisa e consulta. 
Museu - é uma instituição de interesse público, criada com a finalidade de conservar, 
estudar e colocar à disposição do público conjuntos de peças e objetos de valor cultural. 
Centro de Documentação - é o órgão de documentação que colige (reúne), armazena, 
classifica, seleciona e dissemina toda a informação e documentos sob seu poder. Inclui 
atividades da biblioteconomia, da arquivística e da informática. 
 
Preste atenção à definição de arquivo e lembre-se do que já estudamos nas aulas anteriores. Arquivo 
possui diversas definições. Vamos lembrar das 4 principais, que constam no DBTA: 
Antonio Daud, Júlia Branco, Ricardo Campanario
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1. Conjuntos de documentos produzidos e acumulados por uma entidade coletiva, 
pública ou privada, pessoa ou família, no desempenho de suas atividades, 
independente da natureza do suporte. 
2. Instituição ou serviço que tem por finalidade a custódia, o processamento técnico, 
a conservação e o acesso a documentos. 
3. Instalações onde funcionam arquivos. 
4. Móvel destinado a guarda de documentos. 
Perceba que neste momento estamos falando da definição em negrito, a número 2. Já falamos sobre 
isso. Para responder questões sobre o termo "arquivo" na prova, sempre preste atenção ao contexto antes 
de assinalar qualquer alternativa. 
 As bancas costumam cobrar as definições de arquivos como documentos (é a número 1 acima) ou 
como órgãos de documentação (é a número 2 acima). 
Perceba ainda que a definição número 2 do DBTA é muito parecida com a trazida por Marilena Leite 
Paes. Ambas falam sobre a atividade de custódia/acumulação de documentos e a conservação/preservação 
destes documentos, para o atingimento de objetivos futuros. 
 
(VUNESP/CM-Piracicaba-SP/Arquivista/2019) Arquivos permanentes, bibliotecas, centros de 
documentação e museus, sem esquecer dos chamados centros de memória, são instituições diferentes 
que aplicam procedimentos técnicos diferentes a materiais que possuem origens distintas. Apesar de 
tantas diferenças, todos têm o mesmo objetivo, que é 
a) a elaboração do catálogo institucional para difusão dos serviços prestados ao público na internet. 
b) recolher, tratar, transferir e difundir informações sobre seus respectivos acervos. 
c) digitalizar todo o acervo para acesso online, reaproveitando a sala de consulta para instalação de terminais 
de trabalho. 
d) a elaboração e publicação online do guia do acervo, contendo a descrição detalhada de cada fundo ou 
coleção do acervo, chegando ao nível item da ISAD(G) ou NOBRADE. 
e) recolher e digitalizar documentos de valor intermediário e eliminá-los de acordo com o plano de 
classificação e a tabela de temporalidade da entidade. 
Comentário: 
Note que acabamos de estudar este tema. Embora cada um dos órgãos de documentação tenha suas 
características particulares (já vimos um pouco disso e vamos aprofundar ao longo da aula), todos eles 
mantêm uma função comum que é recolher documentos, trata-los, transferi-los e difundir informações 
Antonio Daud, Júlia Branco, Ricardo Campanario
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sobre seus respectivos acervos. Essa é literalmente uma das alternativas. Dessa forma a alternativa B é a 
correta e gabarito da questão. 
As demais alternativas trazem funções ou atividades referentes a apenas um ou alguns dos órgãos de 
documentação e que, nem sempre, podem ser considerados os objetivos destes órgãos. Vejamos: 
As alternativas A, C e D falam da digitalização ou disponibilização online de catálogos do acervo. Isso aplica-
se certamente a bibliotecas e centros de documentação, podendo também ser aplicado a museus e mesmo 
arquivos, porém, certamente não é o objetivo desses órgãos. 
Pode ser considerada uma atividade meio, ou seja, uma atividade que dá apoio à consecução das atividades-
fim de uma instituição. Também chamada atividade mantenedora (mais uma definição do DBTA!). 
Por último, a alternativa E fala de atividades típicas de arquivo, que não se aplicam a museus, bibliotecas e 
centros de documentação que não seguem, nenhum deles, a rotina de eliminação documental. 
 
(ACEP/Pref. Aracati-CE/Técnico Arquivo/2019) Arquivos e bibliotecas, apesar de serem instituições ligadas 
à documentação e à informação, possuem diferenças fundamentais. Essa afirmação pode parecer estranha 
sob um olhar menos cuidadoso. Contudo, ao adentrar de forma mais profunda nas atividades dessas 
instituições percebe-se que as bibliotecas têm finalidades essencialmente culturais, enquanto os arquivos, 
embora tenham valores culturais, têm finalidades primordialmente funcionais. Marque a alternativa que 
contém característica dos arquivos. 
a) Os documentos são produzidos e conservados com objetivos culturais. 
b) Os documentos são colecionados de fontes diversas adquiridos por compra ou doação. 
c) Há uma significação orgânica entre os documentos. 
d) Os documentos existem em numerosos exemplares. 
Comentário: 
Se voltarmos a definição de arquivos de Marilena Leite Paes: " é a acumulação ordenada de documentos, em 
sua maioria textuais, criados por uma instituição ou pessoa, no curso de sua atividade, e preservados para a 
consecução de seus objetivos, visando a utilidade que poderão oferecer no futuro", e fácil notar que se fala 
de "acumulação ordenada de documentos". 
Lembra-se do Princípio da Cumulatividade, que já estudamos? Pois é. Ele diz que o arquivo é uma formação 
progressiva, natural e orgânica, ou seja, ele é formado naturalmente, ao longo do tempo, por documentos 
que derivam do curso da atividade daquela organização, como também salienta Leite Paes. Sendo assim a 
alternativa C é a correta e gabarito da questão. 
A alternativa A sugere que os documentos nos arquivos são produzidos e conservados com objetivos 
culturais. Não é uma verdade completa. Há sim objetivo cultural nas atividades do arquivo (lembre-se do 
conceito de valor secundário), mas o objetivo principal de um arquivo é prover o acesso aos documentos em 
função de seu valor primário, ou seja, finalidades funcionais. Vamos relembrar as definições: 
Valor Primário - valor atribuído a um documento em função do interesse que possa ter para a entidade 
produtora, levando-se em conta a sua utilidade para fins administrativos, e seu valor legal e fiscal. 
Valor Secundário - valor atribuído a um documento em função do interesse que possa ter para a entidade 
produtora e outros usuários, tendo em vista a sua utilidade para fins diferentes daqueles para os quais foi 
originalmente produzido. 
Antonio Daud, Júlia Branco, Ricardo Campanario
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A alternativa B fala de "coleção". Isso ficará ainda mais claro ao longo da aula, mas, desde já, é bom 
combinarmos que quem "coleciona" é a biblioteca e nunca o arquivo, que, sim, "acumula". Essas são as 
palavras corretas para um e outro e isso cai demais em prova! 
Por fim a alternativa D fala em "numerosos exemplares". Essa é uma outra forma de diferenciar os órgãos 
de documentação como veremos mais adiante. Uma biblioteca geralmente trabalha com múltiplos 
exemplares de seus documentos, já um arquivo não. Essa é a regra, portanto, não caia nessa pegadinha da 
banca. 
 Veremos adiante que o que determina a condição de um documento como sendo de arquivo, 
biblioteca, museu ou centro de documentação é a razão de sua origem e de seu emprego e não o suporte 
sobre o qual está constituído. 
 Dessa forma, a maneira pela qual se origina o acervo em questão e o tipo de documento a ser 
preservado são fundamentais para essa definição: 
- um impresso ou audiovisual resultante de atividade cultural e técnica ou científica, seja ela criação 
artístico-literária, pesquisa ou divulgação -> documento de biblioteca 
- material de gama variável desde que seja oriundo de atividade funcional ou intelectual de 
instituições ou pessoas e produzido de forma natural e relativa à suas funções -> documento de 
arquivo 
- objetos de origem artística ou funcional -> museu 
 Já em relação aos fins, temos: 
Bibliotecas e museus - fins didáticos, culturais, técnicos ou científicos. 
Arquivos - fins administrativos e jurídicos. 
Em resumo, os documentos de biblioteca instruem e ensinam, enquanto os de arquivo provam. 
Por último, os centros de documentação, no que se refere tanto a origem como aos fins (emprego) 
de seus documentos, representam o agrupamento de tudo que foi acima discutido. 
Como podem ser definidos também como a "transposição das informações primárias para outros 
recursos", segundo Heloísa Bellotto, os centros de documentação acabam absorvendo todas as 
características das demais instituições. 
Sendo assim, têm como finalidade informar com objetivos cultural, científico, funcional ou jurídico, 
conforme a natureza do material reproduzido ou referenciado. Note que é uma mescla dos fins estudados 
(culturais e científicos - bibliotecas / administrativos e jurídicos - arquivos), assim como mistura também 
diferentes origens de materiais. 
Vamos estudar isso de forma mais detalhada. 
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Origens 
De acordo com a origem de seus documentos, veja abaixo como cada um dos órgãos de 
documentação pode ser caracterizado: 
 Arquivo - produzidos por entidade público ou privada ou por família ou pessoa no desempenho de 
suas funções naturais, gerando relação orgânica entre esses documentos (lembre-se dos Princípios da 
Organicidade e da Cumulatividade, já estudados nesse curso). Surgem basicamente por motivos funcionais 
administrativos e legais. Devem provar ou testemunhar alguma coisa e podem ser manuscritos, impressos 
ou audiovisuais. Em geral são exemplares únicos produzidos sobre formas e suportes variados. 
 Biblioteca - resultam de criação artística ou pesquisa. Material que informa para instruir ou ensinar 
nos campos científico, humanístico, filosófico, etc. Documentos são geralmente gráficos (impressos, 
manuscritos, mapas, plantas, etc.) ou audiovisuais. Forma usual é, além de impressa, múltipla (muitos 
exemplares, ao contrário dos arquivos). São mais acessíveis e mais conhecidos pelo grande público. 
 Museu - surgem da criação artística ou da produção material de uma comunidade. Testemunham 
épocas ou atividades, informando visualmente a audiência de acordo com a proposta da instituição. 
Geralmente são objetos tridimensionais, dos mais variados tipos, formas, dimensões, etc. 
 Centro de Documentação - são geralmente reproduções ou referências virtuais que podem prover 
de bibliotecas, museusou arquivos. Material sonoro, gravado ou em suporte eletrônico também é 
característico deste órgão de documentação. 
Formas de Entrada 
Arquivo - é um órgão receptor (recolhe naturalmente o que produz a administração do órgão ao qual 
presta serviços). Documentos do acervo são reunidos de acordo com origem e função. Seus objetivos 
primários são jurídicos, funcionais e administrativos; secundários são culturais e de pesquisa histórica. Sua 
fonte geradora é única: a própria organização ou a pessoa ligada ao arquivo. A este processo dá-se a 
denominação de "recolhimento" ou "acessões" por transferência ou por depósito. O arquivista avalia todo 
este material. 
 Biblioteca - é um órgão colecionador (reúne artificialmente o material que surge e interessa a sua 
especialidade). Unidades reunidas pelo conteúdo (assunto). Possui objetivos culturais, técnicos e científicos 
e múltiplos fornecedores (livrarias, editoras, gráficas, etc.). Já a este processo dá-se o nome de "aquisições", 
ou seja, compras, doações e permutas. O bibliotecário seleciona e classifica o material. 
 Museu - também é um órgão colecionador. Coleção é artificial e classificada segundo a natureza do 
material e finalidade do próprio museu. Objetivos educacionais e culturais. 
 Centro de Documentação - é um órgão colecionador e referenciador (quando referencia dados sem 
armazenar documentos). Objetivos exclusivamente científicos. Coleção formada de originais ou 
reproduções. Segundo Viviane Tessitore, no manual “Como implantar Centros de Documentação”, estas 
instituições são mesclas de arquivos, bibliotecas e museus, e podem reunir seu acervo a partir da compra, 
doação ou permuta de suas unidades documentais. 
Antonio Daud, Júlia Branco, Ricardo Campanario
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(IDIB/CREMEPE/Assistente Técnico/2021) A principal característica de um item do acervo de um arquivo, 
que o difere de outros órgãos de documentação como bibliotecas e museus, é que este item 
provavelmente: 
a) tem inúmeros exemplares, pois circularão entre o público. 
b) é uma peça rara com finalidade cultural, histórica ou artística. 
c) é único exemplar, pois foi produzido administrativamente e tem valor de prova. 
d) é um item descartável, pois pode ser facilmente reproduzido. 
Comentário: 
Acabamos de ver que os itens de arquivo são constituídos por exemplares únicos, têm fins administrativos e 
jurídicos (ou seja, surgem em função de seu valor administrativo/primário) e tem valor de prova. Dessa forma 
a alternativa C é a correta e gabarito da questão. 
 
Indo além, arquivos não possuem inúmeros exemplares. Essa é uma característica de bibliotecas (na A); suas 
peças não possuem finalidade artística, o que pode acontecer em bibliotecas e museus (alternativa B) e seus 
itens também não são descartáveis ou reproduzíveis (letra D), visto estarem revestidos de seu caráter único, 
além de só poderem ser eliminados após complexo processo de avaliação e eliminação documental. 
 
(SUGEP/UFR-PE/Aux. Administração/2016) O arquivo possui as seguintes características: 
1) essência funcional/administrativa, constituindo-se de um ilimitado número de cópias. 
2) conteúdo exclusivamente formado por documentos produzidos e/ou recebidos. 
3) origem no desempenho das atividades que o geraram. 
4) natureza organizacional e operacional. 
5) caráter orgânico. 
Estão corretas, apenas: 
a) 1, 2 e 3. 
b) 1, 2 e 4. 
c) 1, 4 e 5. 
d) 2, 3 e 5. 
e) 3, 4 e 5. 
Comentário: 
Antes de avaliar as alternativas, vamos avaliar cada uma das características propostas com base no que 
estudamos até agora sobre o arquivo como órgão documental: 
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1) essência funcional/administrativa, constituindo-se de um ilimitado número de cópias: a essência está 
correta, porém, como acabamos de estudar, um arquivo geralmente tem exemplares únicos à disposição, ao 
contrário das bibliotecas, por exemplo. Portanto, errada. 
 
2) conteúdo exclusivamente formado por documentos produzidos e/ou recebidos: está ok. Lembre-se que 
esta é mesmo a forma de recebimento de documentos de um arquivo, que é um órgão receptor (recolhe 
naturalmente o que produz a administração do órgão ao qual serve), ao contrário de bibliotecas, museus e 
centros de documentação que são órgãos colecionadores, como acabamos de estudar. Está correto. 
 
3) origem no desempenho das atividades que o geraram - certo. Arquivos tem seus documentos natural e 
organicamente gerados pelas atividades relacionadas a função da organização da qual faz parte. Princípio da 
Organicidade, não se esqueça! Correta. 
 
4) natureza organizacional e operacional: esta é um pouco mais complexa. A natureza é na verdade orgânica, 
como vimos acima e não organizacional. O conceito "operacional" também não é o melhor a esta altura. 
Deveria ser usado o conceito "funcional" para arquivo. Dessa forma arquivos tem documentos que são 
gerados de maneira orgânica e funcional e não organizacional e operacional. Errada. 
 
5) caráter orgânico: perfeito. É exatamente o ponto que exploramos em algumas das afirmativas acima. 
Correta. 
 
Desta forma temos as afirmativas 2, 3 e 5 como corretas. A alternativa D é a correta e gabarito da questão. 
Processamento Técnico 
Em relação ao tratamento documental (ou técnico), veja abaixo as principais variações entre os 
métodos empregados pelos órgãos de documentação: 
Arquivo - tratamento técnico não é realizado por unidade, mas por séries documentais, que formam 
agrupamentos lógicos e orgânicos dentro dos diferentes fundos. Nos arquivos usam-se as técnicas de 
registro, arranjo (de acordo com a proveniência) e descrição (constituindo agregado de peças, diferente da 
biblioteca e sua abordagem descritivo individual), gerando guias, inventários, catálogos, etc. 
 Biblioteca - tratamento documental é feito peça por peça, de forma isolada. Usa-se os métodos de 
tombamento, classificação e catalogação descritiva por meio de fichários e de sistemas lógicos pré-
determinados, ao contrário dos arquivos que tem abordagem orgânica e funcional. 
Museu - tratamento documental também é feito peça por peça. Assim como nas bibliotecas, usa-se 
as técnicas de tombamento e de catalogação, com o uso de inventários e catálogos. 
 Centro de Documentação - tratamento varia de acordo com a natureza do material. Dessa forma, 
usa-se, portanto, praticamente todas as técnicas listadas: tombamento, classificação e catalogação, com o 
uso de fichários ou computador. 
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Públicos 
Em relação aos principais públicos usuários, cada um dos órgãos de documentação também tem as 
suas características: 
Arquivo - enquanto nos períodos da primeira e segunda idade (arquivos corrente e intermediário), 
tem seu público composto pelo administrador e demais produtores do documento dentro da organização, 
além de profissionais jurídicos, pesquisadores ou cidadãos. Já no período da terceira idade (arquivo 
permanente), o público passa a ser composto majoritariamente por historiadores ou profissionais cujas 
funções estejam relacionadas com o material disponível. 
 Biblioteca - é o órgão que possui aaudiência mais estendida. Atende a pesquisadores (acadêmicos e 
professores) e o grande público, que vai dos estudantes ao cidadão comum. 
Museu - possui o público ligado ao seu posicionamento e ao que suas dependências oferecem sob o 
ponto de vista de entretenimento e lazer. 
 Centro de Documentação - público composto basicamente por pesquisadores que buscam os mais 
variados tipos de documentos em diferentes suportes, respeitando a especialização do centro. 
Visto tudo isso, conclui-se, de acordo com Heloisa Bellotto, que "arquivos, bibliotecas, 
centros de documentação e museus têm, portanto, fronteiras bem definidas. Não devem 
ser confundidos nem quanto à documentação que guardam, nem quanto ao trabalho 
técnico que desenvolvem a fim de organizar seus acervos e de transferir e disseminar 
informação. Sendo instituições públicas ou particulares preocupadas com a transmissão 
cultural e com a custódia e a divulgação de informações técnicas e científicas, possuem, 
cada uma, per si, um espaço social próprio e independente no qual devem agir". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Trago o quadro abaixo para tentar esquematizar as principais diferenças entre cada um dos órgãos de 
documentação 
 
 ARQUIVO BIBLIOTECA MUSEU 
CENTRO DE 
DOCUMENTAÇÃO 
TIPO DE 
SUPORTE 
Manuscritos, 
impressos, 
audiovisuais, 
exemplar único 
Impressos, 
manuscritos, 
audiovisuais, 
exemplares 
múltiplos 
Objetos 
bi/tridimensionais, 
exemplar único 
Audiovisuais 
(reproduções) ou 
virtual, exemplar 
único ou múltiplo 
TIPO DE 
CONJUNTO 
Fundos; 
documentos 
unidos pela 
proveniência 
(origem) 
Coleção; 
documentos unidos 
pelo conteúdo 
Coleção; 
documentos 
unidos pelo 
conteúdo ou pela 
função 
Coleção; documentos 
unidos pelo conteúdo 
PRODUTOR Máquina 
administrativa 
Atividade humana 
individual ou 
coletiva 
Atividade 
humana, a 
natureza 
Atividade humana 
FINS DE 
PRODUÇÃO 
Administrativos, 
jurídicos, 
funcionais e 
legais 
Culturais, científicos, 
técnicos, artísticos, 
educativos 
Culturais, 
artísticos, 
funcionais 
Científicos 
 
OBJETIVO Provar, 
testemunhar 
Instruir, informar Informar, entreter Informar 
ENTRADA DOS 
DOCUMENTOS 
Passagem 
natural de fonte 
geradora única 
Compra, doação, 
permuta de fontes 
múltiplas 
Compra, doação, 
permuta de fontes 
múltiplas 
Compra, doação, 
pesquisa 
PROCESSMENTO 
TÉCNICO 
Registro, 
arranjo, 
descrição: guias, 
inventários, 
catálogos, etc. 
Tombamento, 
classificação, 
catalogação: 
fichários 
Tombamento, 
catalogação: 
inventários, 
catálogos 
Tombamento, 
classificação, 
catalogação: fichários 
ou computador 
PÚBLICO Administrador e 
pesquisador 
Grande público e 
pesquisador 
Grande público e 
pesquisador 
Pesquisador 
Quadro adaptado de "Arquivos Permanentes - Tratamento Documental" - Bellotto, Heloísa. 
Vamos a mais uma questão para explorar os conceitos estudados até aqui. 
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(IDIB/CREMEPE/Assistente Técnico/2021) Uma das principais características do arquivo, diferentemente 
de bibliotecas e museus, é que ele tem, entre outros objetivos, o de: 
a) provar 
b) instruir 
c) educar 
d) preservar 
Comentário: 
Vimos que umas das principais funções dos documentos arquivísticos é provar, ao contrário do que 
encontramos em bibliotecas e museus. Material voltado à instrução e/ou ensino/educação é tipicamente 
encontrado em bibliotecas e não em arquivos. Já em relação a preservação, em verdade todos os órgãos de 
documentação têm esse objetivo e não só os arquivos. 
Dessa forma a alternativa A é a correta e gabarito da questão. 
 
(FCC/ALE-SE/Arquivologia/2018) Ao contrário do que ocorre com os documentos de museus e bibliotecas, 
os de arquivo 
a) mantêm autonomia uns em relação aos outros. 
b) são dotados de unicidade. 
c) ingressam nas instituições de custódia por compra, doação ou permuta. 
d) têm caráter contingente. 
e) devem ser abordados a partir de seu conteúdo. 
Comentário: 
Essa é uma questão interessante pois tem alguma complexidade. 
A alternativa A fala que os documentos de arquivo mantêm autonomia entre eles. É exatamente o contrário 
do que estudamos, lembra? Veja o que falamos de documentos de arquivo ao longo da aula: para os arquivos 
o "tratamento técnico não é realizado por unidade, mas por séries documentais, que formam agrupamentos 
lógicos e orgânicos dentro dos diferentes fundos", ou seja, os documentos não são independentes como 
alega a banca. Ao contrário, são tratados de maneira orgânica e em conjunto, ao contrário dos documentos 
das bibliotecas. 
Na letra B o Princípio da Unicidade é invocado. Lembra-se dele? Vamos lá: o princípio da Unicidade relata 
que, independentemente de sua forma, gênero, tipo ou suporte, os documentos de arquivo conservam seu 
caráter único, em função de seu contexto de produção. Está correto. Geralmente os documentos de arquivo, 
além de serem exemplares únicos, mantém o seu caráter de Unicidade por terem sido produzidos 
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especificamente por uma razão e dentro de um contexto. Dessa forma a alternativa B é a correta e gabarito 
da questão. 
Na alternativa C o examinador alega que documentos de arquivo entram nas instituições por meio de 
compra, doação ou permuta. Errado! Essas são as características da biblioteca ou do museu. Os arquivos 
possuem fonte geradora única: a própria organização ou a pessoa ligada ao arquivo. A este processo dá-se a 
denominação de "recolhimento" ou "acessões" por transferência ou por depósito. 
A alternativa D fala em caráter contingente, o que está fora do escopo para todos os órgãos. 
Por fim, a alternativa E diz que os documentos de arquivo devem ser abordados a partir do seu conteúdo, o 
que também não procede já que vimos que esses documentos são abordados de acordo com a sua 
proveniência. Vejamos o que estudamos (na tabela acima) no item que tratava do Tipo de Conjunto dos 
órgãos: nos arquivos os documentos são tratados como fundos, ou seja, são unidos pela proveniência 
(origem), ao contrário dos demais órgãos nos quais os documentos são sim tratados pelo conteúdo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Organismos Arquivísticos 
 
Após falarmos sobre cada um dos órgãos de documentação, vamos agora estudar os chamados 
organismos arquivísticos. 
 Mas você pode estar perguntando nesse momento: "O que são esses organismos arquivísticos e quais 
as diferenças entre eles e os órgãos de documentação, já que os nomes são parecidos?!". Pois é, são nomes 
parecidos mesmo, mas são bastante diferentes em relação aos seus papéis. 
Enquanto os órgãos de documentação, como acabamos de ver, são os órgãos que recolhem (recebem 
ou colecionam) documentos, tratam, transferem e difundem informações,dividindo-se em arquivos, 
bibliotecas, museus e centros de documentação, os organismos arquivísticos são instituições que regulam, 
monitoram e normatizam a atividade arquivística nos ambientes que estão sob sua jurisdição. 
Alguns exemplos que talvez você já tenha ouvido falar são o Arquivo Nacional, o CONARQ, o SINAR 
e o SIGA. Conhece algum deles? Se não conhece, não há problema. Estudaremos com calma cada um deles 
logo adiante, mas, antes disso, vamos conhecer um pouco do contexto arquivístico brasileiro e em seguida 
estudamos todos esses organismos. Vamos lá. 
Após cerca de três décadas tentando criar no Brasil uma legislação específica arquivística, em 
08/01/1991 foi finalmente promulgada a Lei 8.159/91 que dispõe sobre a política nacional de arquivos 
públicos e privados. É a chamada Lei Nacional dos Arquivos, um marco na arquivística nacional, a partir do 
momento que estabelece as responsabilidades do Poder Público em relação a gestão documental e a 
proteção especial a documentos de arquivos, assim como disciplina inúmeros outros conceitos, 
responsabilidades e competências no cenário arquivístico brasileiro. 
Atenção, pois, a Lei 8.159/1991 apresenta uma ótima relação custo-benefício em seu processo 
de estudos! Ela tem apenas 28 artigos e tudo que está nela costuma cair em prova! Não deixe de 
estudá-la e revisá-la na véspera de sua prova de Arquivologia. A chance de ter uma pergunta 
cuja resposta está na Lei é altíssima! 
 Já falamos um pouco sobre a Lei 8.159/91 nas aulas anteriores e falaremos ainda mais quando 
chegarmos as aulas de legislação arquivística, mas, por enquanto, é importante saber que a Lei atribuiu ao 
Conarq (Conselho Nacional de Arquivos), a responsabilidade por definir a política nacional de arquivos 
como órgão central do Sistema Nacional de Arquivos (SINAR). 
Vejamos o artigo 26 da Lei, constante em suas disposições finais: 
Artigo 26 - Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos (Conarq), órgão vinculado ao 
Arquivo Nacional, que definirá a política nacional de arquivos, como órgão central de um 
Sistema Nacional de Arquivos (SINAR). 
§ 1º - O Conselho Nacional de Arquivos será presidido pelo Diretor-Geral do Arquivo 
Nacional e integrado por representantes de instituições arquivísticas e acadêmicas, 
públicas e privadas. 
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§ 2º - A estrutura e funcionamento do conselho criado neste artigo serão estabelecidos em 
regulamento. 
Veremos um pouco mais adiante que o Decreto 10.148/2019 cria um pequeno conflito em relação a 
essa definição mas, por enquanto, fiquemos com ela. O mais importante é você gravar que o Conarq define 
a política nacional de arquivos e é o órgão central do SINAR - Sistema Nacional de Arquivos. Essas duas 
referências caem muito em prova! 
Ainda em relação à normatização, em 2023 vem o Decreto 11.437/2023, que também traz alterações 
significativas em relação a estrutura e gestão dos organismos arquivísticos. Tudo isso será abordado mais 
adiante. 
Segundo Marilena Leite Paes, a criação do Conarq foi "um grande passo para o estabelecimento de 
uma eficiente rede de arquivos públicos e privados, que possibilitará o aperfeiçoamento das instituições, a 
simplificação e a racionalização de procedimentos...", entre outros benefícios que exploraremos mais 
adiante. 
 
CONARQ - Conselho Nacional de Arquivos 
Bem, acabamos de ver no tópico anterior que o Conarq é o principal responsável pela elaboração 
das políticas públicas relacionadas a arquivos no Brasil. 
Isso consta no artigo 1o do Decreto 4.073/2002, que é o Decreto que regulamenta a Lei 8.159/91. O 
Decreto 4.073/2002, porém, foi recentemente alterado pelo Decreto 10.148/2019. Vejamos a nova redação 
de seu primeiro artigo: 
O Conselho Nacional de Arquivos - Conarq, órgão colegiado, instituído no âmbito do 
Arquivo Nacional, criado pelo art. 26 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991, tem por 
finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e privados. (Redação dada pelo 
Decreto nº 10.148, de 2019) 
Aqui é importante salientar a diferença entre as duas redações pois isso costuma ser muito cobrado 
e, justamente agora, como temos um conflito normativo, é possível que as bancas explorem essa 
complexidade. 
O Decreto 4.073/2002 dizia que o Conarq era um "órgão colegiado, vinculado ao Arquivo Nacional”. 
Isso é exatamente o que diz a Lei 8.159/1991, que diz que o Conarq é “órgão vinculado ao Arquivo Nacional, 
que definirá a política nacional de arquivos”. Nesse contexto veio o Decreto 10.148/2019 que redefine o 
Conarq como “órgão colegiado instituído no âmbito do Arquivo Nacional”. Note que o novo Decreto não 
menciona mais que o Conarq é um órgão “vinculado” ao Arquivo Nacional, mas sim “instituído no âmbito do 
Arquivo Nacional”. 
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Chamo atenção desse tema pois, embora muito específico, sempre foi um tema cobrado pelas bancas e que 
pode gerar confusão ao aluno. A partir de agora, se a banca não fizer qualquer referência ou citar a Lei 
8.159/1991, o Conarq continua sendo “vinculado” ao Arquivo Nacional, porém, caso cite o Decreto 
10.148/2019, o Conarq passa a ser “instituído no âmbito do Arquivo Nacional” e não mais vinculado. 
Cuidado!! 
Desde sua criação, o Conarq (que deve funcionar "junto" ao Arquivo Nacional, conforme norma 
vigente) tem disponibilizado ao mercado e aos diversos órgãos de documentação do país um robusto 
conjunto de normas que regulam matérias arquivísticas sobre diversos temas relativos à gestão, à 
preservação e ao acesso aos documentos públicos. 
O Conarq é o responsável pela edição de decretos regulamentadores da Lei n. 8.159, e de orientações 
técnicas e resoluções que tratam de temas diversos relativos à gestão de documentos convencionais e 
digitais, microfilmagem, digitalização, transferência e recolhimento de documentos de qualquer suporte, 
classificação, temporalidade e destinação de documentos, acesso aos documentos públicos, capacitação de 
recursos humanos, terceirização de serviços arquivísticos públicos, dentre outros. 
Agora vamos olhar as principais funções e papéis do Conarq. Vale lembrar que o Decreto 
11.437/2023 mantém as competências do Conarq. Vejamos: 
Decreto 11.437/2023 - Seção III 
Do órgão colegiado 
Art. 58. Ao Conselho Nacional de Arquivos cabe exercer as competências estabelecidas 
no Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002. 
Além dos papéis de definidor de políticas e normativas, como já vimos, o Conarq promove ações 
técnico-científicas, como seminários e cursos, por intermédio de suas Câmaras Técnicas e Setoriais, e 
Comissões Especiais, constituídas por especialistas da área arquivística e de outras áreas do conhecimento 
como ciência da informação, biblioteconomia, tecnologia da informação, administração e direito. 
Finalmente, o Conarq, como uma das principais fontes de informação sobre arquivos, padrões e 
melhores práticas arquivísticas, produz e divulga um amplo repertório de publicações técnicas, com o 
objetivo de disseminar conhecimento arquivístico. 
Após a sua criação em 1991, por meio da Lei 8.159, foi regulamentado em 2002 por meio do Decreto 
4.073/02, vejamos todas as suas competências previstas neste mesmo Decreto em seu Artigo 2o (já 
atualizado com a nova redação trazida pelo Decreto 10.148/2019): 
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 Art. 2o Compete ao CONARQ: 
 I - estabelecer diretrizes para o funcionamento do Sistema Nacional de Arquivos - 
SINAR, visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos de arquivos; 
 II - promover o inter-relacionamento de arquivos públicos e privados com vistas ao 
intercâmbio e à integração sistêmica das atividades arquivísticas; 
 III - propor ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública atos normativos 
necessários ao aprimoramento e à implementação da política nacional de arquivos públicos 
e privados; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
 IV - zelar pelo cumprimento dos dispositivos constitucionais e legais que norteiam o 
funcionamento e o acesso aos arquivos públicos; 
 V - estimular programas de gestão e de preservação de documentos públicos de 
âmbito federal, estadual, distrital e municipal, produzidos ou recebidos pelo Poder 
Público; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
 VI - subsidiar a elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo metas 
e prioridades da política nacional de arquivos públicos e privados; 
 VII - estimular a implantação de sistemas de arquivos nos Poderes Executivo, 
Legislativo e Judiciário da União, dos Estados, do Distrito Federal e nos Poderes Executivo 
e Legislativo dos Municípios; 
 VIII - estimular a integração e modernização dos arquivos públicos e privados; 
 IX - identificar os arquivos privados de interesse público e social, nos termos do art. 12 
da Lei no 8.159, de 1991; 
 X - propor ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública a declaração de 
interesse público e social de arquivos privados; (Redação dada pelo Decreto nº 
10.148, de 2019) 
 XI - estimular a capacitação técnica dos recursos humanos que desenvolvam 
atividades de arquivo nas instituições integrantes do SINAR; 
 XII - recomendar providências para a apuração e a reparação de atos lesivos à política 
nacional de arquivos públicos e privados; 
 XIII - promover a elaboração do cadastro nacional de arquivos públicos e privados, 
bem como desenvolver atividades censitárias referentes a arquivos; 
 XIV - manter, por meio do Arquivo Nacional, intercâmbio com outros colegiados e 
instituições, cujas finalidades sejam relacionadas ou complementares às suas, para prover 
e receber elementos de informação e juízo, conjugar esforços e encadear 
ações; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
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 XV - articular-se com outros órgãos do Poder Público formuladores de políticas 
nacionais nas áreas de educação, cultura, ciência, tecnologia, informação e 
informática; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
XVI - propor a celebração, por meio do Arquivo Nacional, de acordos, convênios, parcerias 
e termos de cooperação técnica com órgãos e entidades públicas e privadas em matéria de 
interesse mútuo; e (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
XVII - editar orientações técnicas para a implementação da política nacional de arquivos, 
por meio de resolução. (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
Mais algumas alterações que precisamos prestar atenção a esta altura, todas provocadas pelo 
Decreto 10.148/2019 e que podem ser cobradas em prova justamente pelo seu ineditismo. Preste atenção 
aqui pois se você já estuda faz algum tempo, pode estar defasado em relação as novas competências. Vamos 
analisar duas alterações que têm probabilidade de serem cobradas pois eram textos explorados pelas bancas 
com frequência em seu formato anterior: 
 
Inciso III - a redação antiga dizia que competia ao Conarq propor ao Ministro de Estado da 
Justiça normas legais necessárias ao aperfeiçoamento e à implementação da política 
nacional de arquivos públicos e privados. A nova redação diz que cabe ao Conarq, propor 
ao mesmo Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública atos normativos (e não 
normas legais) necessários ao aprimoramento e à implementação da política nacional de 
arquivos públicos e privados. 
Inciso X - a redação antiga dizia que competia ao Conarq propor ao Presidente da 
República, por intermédio do Ministro de Estado da Justiça, a declaração de interesse 
público e social de arquivos privados. A nova redação diz que cabe ao Conarq, propor ao 
Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública (e não mais ao Presidente da 
República!) a declaração de interesse público e social de arquivos privados. 
 
Avançando, a representatividade do Conarq é assegurada não só entre representantes da esfera 
governamental como entre representantes da sociedade civil. 
O Conselho é presidido pelo diretor geral do Arquivo Nacional e possui membros conselheiros, 
representantes dos 3 Poderes Federais, de instituições de ensino e pesquisa, dos Arquivos Públicos Estaduais, 
Distrital e Municipais, de associações de arquivistas, entre outras entidades representadas. 
A intenção desta pluralidade na representação é justamente equilibrar os interesses do Estado e da 
sociedade. 
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Vamos conhecer a representatividade do Conarq, prevista no Decreto 4.073/2002 em sua nova 
redação, bastante alterada pelo Decreto 10.148/2019: 
 Art. 3o São membros conselheiros do CONARQ: 
 I - o Diretor-Geral do Arquivo Nacional, que o presidirá; 
 II - dois representantes do Poder Executivo Federal; 
 III - um representante do Poder Judiciário federal; (Redação dada pelo Decreto 
nº 10.148, de 2019) 
 IV - dois representantes do Poder Legislativo Federal; 
 V - um representante dos arquivos públicos estaduais e distrital; (Redação dada 
pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
 VI - um representante dos arquivos públicos municipais; (Redação dada pelo 
Decreto nº 10.148, de 2019) 
 VII - um representante de associações de arquivistas; e (Redação dada pelo 
Decreto nº 10.148, de 2019) 
 VIII - quatro representantes de instituições de ensino e pesquisa, organizações ou 
instituições com atuação na área de tecnologia da informação e comunicação, arquivologia, 
história ou ciência da informação. (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
 § 1º Cada membro do CONARQ terá um suplente, que o substituirá em suas ausências 
e impedimentos. (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
 § 2º Os membros do CONARQ e respectivos suplentes serão 
indicados: (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
 § 3º Os membros do CONARQ e respectivos suplentes serão designados pelo Ministro 
de Estado da Justiça e Segurança Pública. (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, 
de 2019) 
 § 4º Os membros do CONARQ de que tratam os incisos VII e VIII do caput e respectivos 
suplentes terão mandato de dois anos. (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 
2019) 
 § 5o O Presidente do CONARQ, em suas faltas e impedimentos, será substituído por 
seu substituto legal no ArquivoNacional. 
Mais uma vez, observe uma alteração que vale a pena ser salientada, novamente provocada pelo 
Decreto 10.148/2019 e que pode ser cobrada em prova. 
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Inciso III - a redação antiga previa dois representantes do Poder Judiciário Federal no 
Conarq. Na nova redação, a representatividade caiu para apenas um, embora o Executivo 
e o Legislativo continuem com dois. Preste atenção pois não é algo intuitivo... 
Para agilizar a operacionalização do SINAR (veremos mais detalhes abaixo), podem ser criadas 
diversas comissões e câmaras técnicas para a elaboração de estudos e normatizações necessárias a áreas 
específicas do cenário de arquivologia brasileiro. Isso está estabelecido no caput do artigo 7o do Decreto. 
Vejamos: 
 Art. 7º O CONARQ poderá instituir câmaras técnicas consultivas com a finalidade de 
auxiliar o Conselho a elaborar estudos e propostas normativas e propor soluções para 
questões da política nacional de arquivos públicos e privados e do funcionamento do 
Sistema Nacional de Arquivos. (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
Por fim, vale lembrar que o Conarq até 2023 esteve vinculado a estrutura do Ministério da Justiça e 
da Segurança Pública, porém, com a publicação do Decreto 11.437/2023 ele passa a fazer parte da estrutura 
do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (assim como o Arquivo Nacional), e não mais 
do Ministério da Justiça, aonde estava acomodado até o início de 2023. Vejamos: 
Art. 2º O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos tem a seguinte 
estrutura organizacional: 
I - órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado da Gestão e da Inovação em 
Serviços Públicos: 
II - órgãos específicos singulares: 
III - órgão colegiado: Conselho Nacional de Arquivos; e 
IV - entidades vinculadas: 
... 
 
 
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(IBADE/Pref. Mun. Mario Andreazza-RO/Agente Administrativo/2020) O órgão vinculado ao Arquivo 
Nacional, que definirá a política nacional de arquivos, como órgão central de um Sistema Nacional de 
Arquivos (SINAR) é a/o: 
a) Biblioteca Nacional 
b) Secretaria da Educação 
c) Central de Arquivos Públicos 
d) Ministério da Educação 
e) Conselho Nacional de Arquivos 
Comentário: 
Conforme acabamos de estudar, a banca está se referindo ao Conarq, e toma como base a redação da Lei 
8.159/1991 e não a nova redação do Decreto 10.148/2019, ou seja, refere-se ao Conarq como órgão 
vinculado ao Arquivo Nacional. 
Desta forma, a alternativa E é a correta e gabarito da questão. 
SINAR - Sistema Nacional de Arquivos 
O art. 26 da Lei nº 8.159/91, criou o Conselho Nacional de Arquivos - Conarq e também institui o 
Sistema Nacional de Arquivos - SINAR, cuja competência, organização e funcionamento também estão 
regulamentados pelo Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002. 
Note que, de acordo com esse dispositivo legal, em seu artigo 10o., o SINAR tem por finalidade 
implementar a política nacional de arquivos públicos e privados, visando à gestão, à preservação, e ao 
acesso aos documentos de arquivo. Isso é o que é mais cobrado em prova sobre o SINAR: implementar a 
política nacional de arquivos. Vejamos o que diz o Decreto 4.073/2002: 
 Art. 10. O SINAR tem por finalidade implementar a política nacional de arquivos 
públicos e privados, visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos de 
arquivo. 
 
Lembre-se que o SINAR é um sistema composto por diversas organizações brasileiras 
(especialmente órgãos de documentação) relacionadas à Arquivística no país. Sua principal 
função é a implementação de uma política nacional de arquivos. Tem como órgão central 
o próprio Conarq. 
De acordo com o Artigo 12 do Decreto 4073/2002, integram o SINAR o Arquivo Nacional, os arquivos 
do Poder Executivo Federal, os arquivos do Poder Legislativo Federal, os arquivos do Poder Judiciário 
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Federal, os arquivos estaduais dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, os arquivos do Distrito Federal 
dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, os arquivos municipais dos Poderes Executivo e Legislativo. 
 
Para ficar mais fácil, grave que todos os arquivos de qualquer poder (Legislativo, Executivo 
e Judiciário) e de qualquer dimensão (Federal, Estadual, Distrital ou Municipal) fazem parte 
do SINAR. Atenção, pois, só há uma exceção e ela costuma cair em prova: o Judiciário 
Municipal. Fácil entender o motivo, correto? Isso. Ele não existe... Não há Judiciário 
Municipal e, obviamente, ele não pode fazer parte do SINAR. 
Vejamos o que diz o Decreto a respeito disso: 
 Art. 12. Integram o SINAR: 
 I - o Arquivo Nacional; 
 II - os arquivos do Poder Executivo Federal; 
 III - os arquivos do Poder Legislativo Federal; 
 IV - os arquivos do Poder Judiciário Federal; 
 V - os arquivos estaduais dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; 
 VI - os arquivos do Distrito Federal dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; 
 VII - os arquivos municipais dos Poderes Executivo e Legislativo. 
 § 1o Os arquivos referidos nos incisos II a VII, quando organizados sistemicamente, 
passam a integrar o SINAR por intermédio de seus órgãos centrais. 
 § 2o As pessoas físicas e jurídicas de direito privado, detentoras de arquivos, podem 
integrar o SINAR mediante acordo ou ajuste com o órgão central. 
Todos esse integrantes devem seguir as diretrizes e normas emanadas do CONARQ, sem prejuízo de 
sua subordinação e vinculação administrativa. Lembre-se que o Conarq define as políticas e o SINAR 
implementa! 
Outro ponto muito cobrado em prova é o artigo 11 do Decreto, que estabelece o Conarq como órgão 
central do SINAR. Fique atento abaixo: 
 Art. 11. O SINAR tem como órgão central o CONARQ. 
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Por fim, o artigo 13 do mesmo Decreto 4.073/2002, lista as competências do Sistema Nacional de 
Arquivos - SINAR. Vejamos na sequência. Esse foi o único artigo do Decreto 4.073/2002 alterado pelo Decreto 
10.148/2019 (inciso XII), no que diz respeito ao SINAR: 
I - Promover a gestão, a preservação e o acesso às informações e aos documentos na sua 
esfera de competência, em conformidade com as diretrizes e normas emanadas do órgão 
central; 
II - Disseminar, em sua área de atuação, as diretrizes e normas estabelecidas pelo órgão 
central, zelando pelo seu cumprimento; 
III - Implementar a racionalização das atividades arquivísticas, de forma a garantir a 
integridade do ciclo documental; 
IV - Garantir a guarda e o acesso aos documentos de valor permanente; 
V - Apresentar sugestões ao Conarq para o aprimoramento do SINAR; 
VI - Prestar informações sobre suas atividades ao Conarq;VII - Apresentar subsídios ao Conarq para a elaboração de dispositivos legais necessários 
ao aperfeiçoamento e à implementação da política nacional de arquivos públicos e 
privados; 
VIII - Promover a integração e a modernização dos arquivos em sua esfera de atuação; 
IX - Propor ao Conarq os arquivos privados que possam ser considerados de interesse 
público e social; 
X - Comunicar ao Conarq, para as devidas providências, atos lesivos ao patrimônio 
arquivístico nacional; 
XI - Colaborar na elaboração de cadastro nacional de arquivos públicos e privados, bem 
como no desenvolvimento de atividades censitárias referentes a arquivos; 
XII - Possibilitar a participação de especialistas de órgãos e entidades, públicos e privados, 
nas câmaras técnicas e na Comissão de Avaliação de Acervos Privados; (Redação dada pelo 
Decreto nº 10.148, de 2019) 
XIII - Proporcionar aperfeiçoamento e reciclagem aos técnicos da área de arquivo, 
garantindo constante atualização. 
 
 
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Arquivo Nacional 
 
O Arquivo Nacional foi afetado recentemente por importantes alterações legislativas que afetam sua 
estrutura de governança e lista de competências. 
De acordo com o Decreto 11.437/2023 o Arquivo Nacional (assim como o Conarq) agora fazem parte 
da Estrutura do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e não mais do Ministério da Justiça, 
aonde estava acomodado até o início de 2023. Vejamos: 
Art. 2º O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos tem a seguinte 
estrutura organizacional: 
I - órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado da Gestão e da Inovação 
em Serviços Públicos: 
... 
II - órgãos específicos singulares: 
... 
h) Arquivo Nacional; 
III - órgão colegiado: Conselho Nacional de Arquivos; e 
IV - entidades vinculadas: 
... 
Desta forma, relembrando o histórico dessas transições (é um tema bastante cobrado pelas bancas), 
a estrutura arquivística nacional está a partir de 2023 subordinada ao Ministério da Gestão e da Inovação 
em Serviços Públicos. Antes disso esteve subordinada ao Ministério da Justiça e da Segurança Pública (entre 
2011 e 2023), por força do Decreto 7.430/2011. Antes disso o Arquivo Nacional ficou décadas subordinado 
ao Ministério da Justiça até que em 2000 sua subordinação foi transferida para a Casa Civil, onde ficou até 
2011 quando retornou ao Ministério da Justiça: 
Até 2000 - Ministério da Justiça 
2000-2011 - Casa Civil 
2011-2023 - Ministério da Justiça 
2023 em diante - Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos 
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Atenção pois o Arquivo Nacional não faz parte do Ministério da Cultura. É muito comum o 
examinador fazer essa troca! E nem está mais na estrutura do Ministério da Justiça em 
função da recente mudança que vimos acima. 
Em relação às competências do Arquivo Nacional, o Decreto 10.148/2019 inseriu o artigo 2oA no 
Decreto 4.073/2002, trazendo as seguintes competências para o órgão: 
 
Art. 2º-A Compete ao Arquivo Nacional, quanto à implementação da política nacional de 
arquivos públicos e privados, no âmbito da administração pública federal: 
I - celebrar acordos, convênios, parcerias e termos de cooperação com órgãos e entidades 
públicas e privadas em matéria de interesse mútuo; 
II - propor atos normativos ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública relativos 
ao aprimoramento e à implementação da política nacional de arquivos públicos e 
privados; 
III - fornecer subsídios para o arquivamento de documentos públicos em meio eletrônico, 
óptico ou equivalente, observado a legislação; e 
IV - estabelecer as diretrizes para a preservação e o acesso aos documentos públicos, 
independentemente de sua forma ou natureza. 
Note que a reorganização estrutural que leva o Arquivo Nacional para a estrutura de outro Ministério 
em 2023 traz alguns conflitos normativos como a do inciso II acima, que continua recomendando a 
proposição de atos normativos ao Ministério da Justiça, a quem o órgão se vinculava anteriormente. Fique 
de olho pois tais ajustes normativos devem ser feitos a qualquer momento! 
Ainda mais recentemente o Decreto 11.437/2023 traz novas competências ao Arquivo Nacional, que 
agora precisam ser observadas em conjunto com as trazidas pelo Decreto 10.148/2019. Confira a seguir: 
Art. 54. Ao Arquivo Nacional, órgão central do SIGA, compete: 
I - implementar e acompanhar, no âmbito da administração pública federal, a política 
nacional de arquivos públicos e privados, definida pelo Conselho Nacional de Arquivos - 
Conarq, nos termos da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; 
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II - preservar os documentos sob sua guarda, e garantir e promover o acesso pleno à 
informação para os diferentes perfis de usuários, de modo a assegurar os subsídios 
necessários às decisões governamentais de caráter político-administrativo e a defesa de 
seus direitos pelos cidadãos; 
III - coordenar a implementação de políticas, projetos, programas e ações de gestão de 
documentos e arquivos na administração pública federal, considerada a variedade dos 
suportes ou da natureza dos documentos, das informações e dos dados neles contidos; 
IV - coordenar, supervisionar e normatizar os procedimentos e as operações técnicas 
referentes à gestão de documentos e arquivos a serem implementadas nos órgãos e nas 
entidades da administração pública federal; 
V - coordenar, supervisionar e normatizar, na condição de autoridade arquivística do Poder 
Executivo federal, o recolhimento, o processamento técnico, a preservação, a custódia e o 
acesso ao patrimônio documental da administração pública federal; e 
VI - firmar acordos, convênios, parcerias e termos de cooperação com órgãos e entidades 
públicas e privadas, nacionais e internacionais, em matéria de interesse mútuo, para 
promover a difusão de informações, estudos, pesquisas e capacitações, em sua área de 
competência. 
 
Avançando e dando um pouco mais de contexto, os grandes arquivos nacionais surgiram 
provavelmente na civilização grega. 
Segundo o arquivista Schellenberg, "nos séculos V e IV a.C. os atenienses guardavam seus 
documentos de valor no templo da mãe dos deuses, isto é, no Metroon, junto à corte de justiça na praça 
pública em Atenas. No templo conservavam-se os tratados, leis, minutas da assembleia popular e demais 
documentos oficiais". 
Note que, desde essa época, já havia o interesse das sociedades em guardar seus documentos mais 
importantes - que registravam sua história, sua evolução e direitos e deveres da sociedade e de cidadãos - 
em locais específicos, públicos e revestidos de simbolismo. 
Vale lembrar também que, ao longo de muito tempo, os documentos adquiriam autenticidade com 
base no local onde eram depositados. Isso é muito importante. Muitos documentos, independentemente de 
serem ou não autênticos, ganhavam credibilidade em função do local de depósito. 
Lembre-se que foi isso que despertou o pensamento crítico em relação a documentos que conferiam 
inúmerosbenefícios e privilégios, sobretudo à igreja e a nobreza, o que incentivou o surgimento de 
disciplinas que objetivavam de fato determinar se o documento era autêntico ou não, como por exemplo a 
Diplomática e a Paleografia. 
Conto tudo isso pois essa foi a origem dos arquivos nacionais e dos grandes arquivos públicos em 
todo o mundo. 
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Aqui no Brasil, o Arquivo Nacional, criado em 1838, está sediado no Rio de Janeiro e é o órgão central 
do Sistema de Gestão de Documentos de Arquivos-SIGA, da administração pública federal, integrante da 
estrutura do Ministério da Justiça e Segurança Pública, tudo isso de acordo com o Decreto 4.915/2003 em 
seu artigo 3o 
De acordo com a Lei 8.159/1991 em seu artigo 18, compete ao Arquivo Nacional a gestão e o 
recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Federal, bem como preservar e 
facultar o acesso aos documentos sob sua guarda, e acompanhar e implementar a política nacional de 
arquivos. 
 
Atenção, pois, é muito comum a confusão em relação à competência sobre o recolhimento 
dos documentos Federais. Cabe ao Arquivo Nacional o recolhimento apenas dos 
documentos do Executivo Federal. 
Documentos do Legislativo e do Judiciário Federal não são recolhidos ao Arquivo Nacional, mas sim 
aos Arquivos Federais dos Poderes Legislativa e Judiciário, respectivamente. Vejamos o que diz a Lei 
8.159/1991 a respeito do tema: 
Art. 18 - Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento dos documentos 
produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Federal, bem como preservar e facultar o 
acesso aos documentos sob sua guarda, e acompanhar e implementar a política nacional 
de arquivos. 
Parágrafo único - Para o pleno exercício de suas funções, o Arquivo Nacional poderá criar 
unidades regionais. 
Art. 19 - Competem aos arquivos do Poder Legislativo Federal a gestão e o recolhimento 
dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Legislativo Federal no exercício das 
suas funções, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda. 
Art. 20 - Competem aos arquivos do Poder Judiciário Federal a gestão e o recolhimento 
dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Judiciário Federal no exercício de suas 
funções, tramitados em juízo e oriundos de cartórios e secretarias, bem como preservar e 
facultar o acesso aos documentos sob sua guarda. 
Já de acordo com o artigo 4o. do Decreto 4.073/02, caberá ao Arquivo Nacional dar o apoio técnico e 
administrativo ao CONARQ. 
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Tudo isso visa garantir o pleno acesso à informação, apoiar as decisões governamentais de caráter 
político-administrativo, o cidadão na defesa de seus direitos e incentivar a produção de conhecimento 
científico e cultural. 
 
SIGA - Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo 
No ano de 1980 têm início o Programa de Modernização do Arquivo Nacional, bem como a retomada 
das relações técnicas com os órgãos e entidades da administração pública federal. Essas ações permitiram 
delinear uma política arquivística para o governo federal. 
Na década de 1990 é concebido o Sistema Federal de Arquivos do Poder Executivo – SIFAR, como a 
primeira tentativa de articulação sistêmica das atividades de gestão de documentos, que entre os anos 
de 2000 e 2001 foi aperfeiçoado, passando a ser denominado Sistema de Gestão de Documentos e 
Informações – SGDI, do Poder Executivo Federal. 
Após esse momento, estudos e proposições são elaboradas visando à concretização do Sistema de 
Gestão de Documentos, o que resulta na edição do Decreto 4.915/03, que cria o Sistema de Gestão de 
Documentos de Arquivo - SIGA, da administração pública federal, organizando, sob a forma de sistema, as 
atividades de gestão de documentos de arquivo no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública 
Federal. 
Vejamos o artigo do Decreto que trata da criação do SIGA (artigo 1o): 
Art. 1º As atividades de gestão de documentos no âmbito dos órgãos e entidades da 
administração pública federal ficam organizadas sob a forma de sistema denominado 
Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos - Siga. (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, 
de 2019) 
§ 1º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se arquivo o conjunto de documentos 
produzidos e recebidos pela administração pública federal, em decorrência do exercício de 
atividades específicas, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos 
documentos. (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
§ 2o Considera-se gestão de documentos, com base no art. 3o da Lei no 8.159, de 8 de 
janeiro de 1991, o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à produção, 
tramitação, uso, avaliação e arquivamento dos documentos, em fase corrente e 
intermediária, independente do suporte, visando a sua eliminação ou recolhimento para 
guarda permanente. 
 
Já de acordo com o artigo 2º do Decreto 4.915/03, tome nota das principais competências do SIGA. 
Veja que o Decreto 4.915/2003 também foi sensivelmente alterado pelo Decreto 10.148/2019: 
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I - garantir ao cidadão e aos órgãos e entidades da administração pública federal o acesso 
aos arquivos e às informações neles contidas, de forma ágil e segura, resguardados os 
aspectos de sigilo e as restrições legais; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 
2019) 
II - integrar e coordenar as atividades de gestão de documentos e arquivo desenvolvidas 
pelos órgãos setoriais e seccionais que o integram; (Redação dada pelo Decreto nº 
10.148, de 2019) 
III - divulgar normas relativas à gestão e à preservação de documentos e 
arquivos; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
IV - racionalizar a produção da documentação arquivística pública; 
V - racionalizar e reduzir os custos operacionais e de armazenagem da documentação 
arquivística pública; 
VI - preservar o patrimônio documental arquivístico da administração pública federal; 
VII - articular-se com os demais sistemas que atuam direta ou indiretamente na gestão da 
informação pública federal; e (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
VIII - fortalecer os serviços arquivísticos nos órgãos e nas entidades da administração 
pública federal, com vistas à racionalização e eficiência de suas atividades. (Incluído 
pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
Ainda de acordo com o artigo 3º do mesmo Decreto, o Arquivo Nacional exerce a função de Órgão 
Central do SIGA e as unidades responsáveis pela coordenação das atividades de gestão de documentos e 
arquivos nos órgãos e nas entidades da administração pública federal exercem a função de Órgãos Setoriais. 
Por fim o Decreto 10.148/2019 cria a Comissão de Coordenação do SIGA, com as seguintes 
competências: 
CAPÍTULO I 
DA COMISSÃO DE COORDENAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DE DOCUMENTOS E ARQUIVOS 
Art. 1º Fica instituída, no âmbito do Arquivo Nacional, a Comissão de Coordenação do 
Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos da administração pública federal - Comissão 
de Coordenação do Siga, à qual compete:I - propor diretrizes e normas relativas à gestão e à preservação de documentos e arquivos, 
no âmbito da administração pública federal; 
II - orientar os órgãos integrantes do Siga quanto às modificações necessárias ao 
aprimoramento dos mecanismos de gestão de documentos e arquivos; 
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III - monitorar a aplicação das normas e seus resultados, com vistas à modernização e ao 
aprimoramento do Siga; 
IV - fornecer informações sobre os órgãos setoriais e seccionais ao órgão central do Siga; e 
V - assessorar o órgão central do Siga na execução de suas competências. 
Parágrafo único. Compete ao Arquivo Nacional, na qualidade de órgão central do Siga, 
submeter as propostas de que trata o inciso I do caput, aprovadas pela Comissão de 
Coordenação do Siga, à aprovação do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública. 
 
(VUNESP/Pref. Mun. Itapevi-SP/Analista Documental/2019) De acordo com o Decreto nº 4.073, de 3 de 
janeiro de 2002, que regulamenta a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, 
a) o Arquivo Nacional é o órgão colegiado que tem por finalidade definir a política nacional de arquivos 
públicos e privados, bem como exercer orientação normativa visando à gestão documental e à proteção 
especial aos documentos de arquivo. 
b) compete ao CONARQ – Conselho Nacional de Arquivos estabelecer as diretrizes para o funcionamento do 
Arquivo Nacional visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos de arquivos. 
c) cabe ao Arquivo Nacional promover o inter-relacionamento de arquivos públicos e privados com vistas ao 
intercâmbio e à integração sistêmica das atividades arquivísticas. 
d) o Sistema Nacional de Arquivos (SINAR) tem por finalidade implementar a política nacional de arquivos 
públicos e privados, visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos de arquivo. 
e) o Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) tem como órgão central o Sistema Nacional de Arquivos 
(SINAR) para implementar a racionalização das atividades arquivísticas, de forma a garantir a integridade do 
ciclo documental. 
Comentário: 
Como vimos, o SINAR tem a finalidade de implementar a política nacional de arquivos públicos e privados, 
política essa elaborada pelo Conarq. 
Desta forma, a alternativa D é a correta e gabarito da questão. 
As bancas adoram perguntar isso e, muitas vezes, invertem os papéis! Fique atento e veja abaixo a confusão 
provocada pelo examinador nas outras alternativas! 
A alternativa A atribui ao Arquivo Nacional competência do Conarq. Na B as competências estão 
equivocadas. Na verdade, compete ao Conarq estabelecer diretrizes para o funcionamento do SINAR, mas 
não do Arquivo Nacional. Na C, a competência elencada é do Conarq e não do Arquivo Nacional. E, por fim, 
na E, novamente a banca inverte os papéis. O Conarq é o órgão central do SINAR e não o contrário. 
 
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(IADES/ALE-GO/Arquivista/2019) O formulador de políticas públicas de arquivo no Brasil é o 
a) Ministério da Justiça. 
b) Arquivo Nacional. 
c) Ministério da Cultura. 
d) Conselho Nacional de Arquivos. 
e) Sistema Nacional de Arquivos. 
Comentário: 
Essa é uma ótima questão para exercitarmos os conceitos estudados. 
Vimos com profundidade que o responsável pela formulação de políticas públicas de arquivo no Brasil é o 
Conarq. Isto é o que está estabelecido no artigo 1o do Decreto 4.073/2002. Vejamos: "O Conarq...tem por 
finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e privados, bem como exercer orientação 
normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos documentos de arquivo". Desta forma, a 
alternativa D é a correta e gabarito da questão. 
Na alternativa A o examinador traz o Ministério da Justiça. Preste atenção! Entre 2011 e 2023 o Arquivo 
Nacional e, portanto, o Conarq e o SINAR, estiveram submetidos ao Ministério da Justiça e da Segurança 
Pública, porém, a geração de políticas públicas de arquivo é de competência do Conarq e não dos Ministérios 
aos quais ele está vinculado. Não confunda! 
Na alternativa B a mesma armadilha é colocada. Embora o Conarq seja criado no âmbito e de forma vinculada 
ao Arquivo Nacional, cabe ao CONARQ e não ao Arquivo Nacional a elaboração de políticas públicas sobre 
arquivos no Brasil. 
A alternativa C sugere a vinculação do Arquivo Nacional ao Ministério da Cultura. Não procede. Durante 
décadas o Arquivo Nacional foi vinculado ao Ministério da Justiça. Em 2000 passou a Casa Civil e voltou ao 
Ministério da Justiça em 2011. A partir de 2023 passou a estrutura do Ministério da Gestão e da Inovação 
em Serviços Públicos. 
Finalmente, a alternativa E traz o SINAR. Lembre-se que a principal competência do SINAR é colocar em 
prática ou implementar as políticas públicas elaboradas pelo Conarq. Relembre duas de suas principais 
competências: I - promover a gestão, a preservação e o acesso às informações e aos documentos na sua 
esfera de competência, em conformidade com as diretrizes e normas emanadas do órgão central e II - 
disseminar, em sua área de atuação, as diretrizes e normas estabelecidas pelo órgão central, zelando pelo 
seu cumprimento. 
 
(AOCP/UFPB/Arquivista/2019) Em relação ao Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo (SIGA), 
assinale a alternativa INCORRETA: 
a) O SIGA tem por finalidade integrar e coordenar as atividades de gestão de documentos de arquivo 
desenvolvidas pelos órgãos setoriais e seccionais que o integram. 
b) O Diretor-Geral do Arquivo Nacional deve compor a Comissão de Coordenação do SIGA como presidente. 
c) Integram o SIGA: I - como órgão central, o Conselho Nacional de Arquivos; II - como órgãos setoriais, as 
unidades responsáveis pela coordenação das atividades de gestão de documentos de arquivo nos Ministérios 
e órgãos equivalentes; III - como órgãos seccionais, as unidades vinculadas aos Ministérios e órgãos 
equivalentes. 
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d) Compete ao Órgão Central do SIGA orientar a implementação, a coordenação e o controle das atividades 
e rotinas de trabalho relacionadas à gestão de documentos nos órgãos setoriais. 
e) Compete aos Órgãos Setoriais do SIGA implantar, coordenar e controlar as atividades de gestão de 
documentos de arquivo, em seu âmbito de atuação e de seus seccionais. 
Comentário: 
Como a questão pede a alternativa incorreta, ela é ótima para treinar os conceitos estudados. Vamos lá. 
A alternativa A traz exatamente uma das principais competências do SIGA, ou seja, "integrar e coordenar as 
atividades de gestão de documentos de arquivo desenvolvidas pelos órgãos setoriais e seccionais que o 
integram". 
Na letra B o examinador alega que o Diretor Geral do Arquivo Nacional é o presidente da comissão de 
coordenação do SIGA, o que também está correto e é o mesmo padrão seguido pelo Conarq. 
A alternativa C possui uma pegadinha clássica. Logo no início diz que o órgão central do SIGA é o Conarq. 
Atenção! Está errado. O órgão central, assim como no próprio Conarq é o Arquivo Nacional! Não se confunda. 
O restante da alternativa está correto. A afirmativa C portanto é incorreta.

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