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Aula 22

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Aula 22 - Profa. Júlia
Branco
CNU (Bloco 7 - Gestão Governamental e
Administração Pública) Conhecimentos -
Eixo Temático 5 - Comunicação, Gestão
Documental, Transparência e Proteção
de Dados - 2024 (Pós-Edital)Autor:
Antonio Daud, Júlia Branco,
Ricardo Campanario
30 de Janeiro de 2024
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Antonio Daud, Júlia Branco, Ricardo Campanario
Aula 22 - Profa. Júlia Branco
Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Noções Iniciais de Produção Gráfica 3
..............................................................................................................................................................................................2) O Design e seus Princípios 14
..............................................................................................................................................................................................3) Tipografia 23
..............................................................................................................................................................................................4) Cores 31
..............................................................................................................................................................................................5) Editoração e Impressão 34
..............................................................................................................................................................................................6) Conceitos de Produção Gráfica 42
..............................................................................................................................................................................................7) Questões Comentadas - Cesgranrio - Produção gráfica 46
..............................................................................................................................................................................................8) Questões Comentadas - Noções Iniciais de Produção Gráfica - Multibancas 51
..............................................................................................................................................................................................9) Questões Comentadas - O Design e seus Princípios - Multibancas 66
..............................................................................................................................................................................................10) Questões Comentadas - Tipografia - Multibancas 72
..............................................................................................................................................................................................11) Questões Comentadas - Cores - Multibancas 79
..............................................................................................................................................................................................12) Questões Comentadas - Editoração e Impressão - Multibancas 82
..............................................................................................................................................................................................13) Questões Comentadas - Conceitos de Produção Gráfica - Multibancas 93
..............................................................................................................................................................................................14) Resumo - Noções Iniciais de Produção Gráfica 101
..............................................................................................................................................................................................15) Resumo - O Design e seus Princípios 102
..............................................................................................................................................................................................16) Resumo - Tipografia 103
..............................................................................................................................................................................................17) Resumo - Cores 104
..............................................................................................................................................................................................18) Resumo - Editoração e Impressão 105
..............................................................................................................................................................................................19) Resumo - Conceitos de Produção Gráfica 106
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NOÇÕES INICIAIS DE PRODUÇÃO GRÁFICA 
 Você já deve ter percebido que os produtos jornalísticos seguem uma estrutura padronizada que 
tem como objetivo facilitar a compreensão das informações por parte da audiência. Ou seja, não basta 
apenas produzir um conteúdo de qualidade: é preciso apresenta-lo em uma “embalagem” que seja adequada 
para o público e possa atrair a sua atenção para o produto jornalístico. No caso da produção de livros, por 
exemplo, nós dizemos que a maioria das pessoas tende a “julgar o livro pela capa”: o mesmo processo 
acontece no jornalismo! 
 As capas dos jornais impressos ou digitais são o espaço mais importante das publicações justamente 
devido à sua função de conquistar a audiência e despertar o seu interesse pelos assuntos que serão 
abordados na edição. Assim, existe um hábito muito comum no nosso país que consiste em parar em uma 
banca de jornal na rua para ler as principais manchetes dos jornais expostos e, enfim, comprar a edição caso 
ela seja considerada relevante. Podemos pensar que esse costume se tornou menos comum ao longo do 
tempo mas, no entanto, o brasileiro apenas modificou de maneira parcial a forma como acessa as notícias: 
o mesmo processo acontece nos portais digitais antes que o indivíduo clique na matéria para ler seu 
conteúdo na íntegra. 
 Com esses exemplos, você pôde perceber a importância da apresentação visual das informações para 
o leitor e para o jornal como uma empresa privada, certo? Que tal entendermos a definição de produção 
gráfica? 
Produção gráfica é uma área que estuda e desenvolve produtos impressos diversos, como 
revistas, jornais, folders, cartões, banners, etc. O profissional que atua nesse segmento 
costuma ter conhecimentos aprofundados a respeito do design gráfico, das técnicas de 
impressão, de uso das cores, de acabamentos, etc. O objetivo final é concretizar a ideia da 
melhor forma possível, de acordo com os critérios de qualidade definidos na etapa de 
planejamento do projeto.1 
 Talvez você nunca tenha reparado na forma como as matérias são organizadas na página de um jornal 
impresso. No nosso dia a dia com tantas atividades, muitas vezes não paramos para notar detalhes que 
fazem toda a diferença na hora de compreendermos as informações disponibilizadas por um veículo de 
mídia. A altura da linha, a divisão das colunas, o espaço destinado aos títulos, a separação em editorias e as 
cores utilizadas são alguns dos fatores que, quando desenvolvidos de maneira adequada, permitem que um 
conteúdo seja lido com maior fluidez pela audiência. As aulas em PDF do Estratégia Concursos são um 
exemplo de um produto com projeto gráfico: perceba que todas seguem um mesmo padrão de cores e de 
organização em capítulos, com o uso de subtítulos. Esse planejamento foi desenvolvido após muitos estudos 
(e testes com nossos alunos!) para que você se preocupe apenas com o conteúdo paraa sua prova. Nada é 
por acaso! ☺ 
 Um exercício que você pode fazer a partir de hoje e que com certeza lhe ajudará na sua prova e nos 
seus estudos sobre produção gráfica é ter um olhar mais atento para os aspectos visuais dos conteúdos que 
 
1 DESIGN CULTURE. O que é Produção Gráfica?. Disponível em: https://designculture.com.br/o-que-e-producao-grafica. 
Acesso em: 30 jan. 2020. 
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você consome na sua rotina. Isso vale tanto para websites quanto para jornais e revistas impressas. Ao invés 
de simplesmente ler uma matéria, perceba como o título foi alinhado na página e se existem ilustrações que 
complementam o conteúdo. Além disso, você pode usar esses materiais como uma forma de revisão dos 
conceitos vistos na nossa aula: identifique os elementos da produção gráfica que foram utilizados nas 
publicações, pois as bancas examinadoras podem lhe dar uma descrição de um determinado conceito e 
solicitar a nomenclatura correta como resposta das alternativas. 
 O profissional que atua na produção gráfica terá sempre um projeto no qual ele trabalhará: no caso 
do jornalismo, costuma ser um jornal ou uma revista (que são os formatos mais comuns nesse segmento). 
Assim, o projeto gráfico de um produto jornalístico contemplará as seguintes informações: 
• Manual de identidade visual da marca; 
• Definição do tipo de diagramação predominante (vertical ou horizontal); 
• Tipo de papel utilizado na impressão; 
• Tiragem do produto final; 
• Profissionais disponíveis para trabalhar no projeto e suas qualificações; 
• Prazo necessário para a conclusão do projeto; 
• Sistema de impressão a ser utilizado pela equipe. 
Entenda que essa lista não é uma relação fechada dos itens que devem compor um projeto gráfico, 
ok? São apenas os aspectos mais relevantes para que o profissional possa desenvolver um bom trabalho que 
esteja de acordo com o que é esperado pela diretoria da empresa jornalística. Assim, outros elementos 
podem ser adicionados para agregar valor ao produto e auxiliar a equipe a entender fatores como o público-
alvo da publicação, por exemplo. O projeto gráfico será uma expressão visual do planejamento estratégico 
do jornal ou da revista como empresa e, por isso, poderá ser discutido não apenas pelos profissionais da 
área, mas também pelo editor-chefe, pelos diretores e pelos demais líderes envolvidos no desenvolvimento 
da publicação. 
 O Manual de Identidade Visual (MIV) da marca é um documento muito comum na área do design 
gráfico e também na publicidade: trata-se de um conjunto de definições a respeito dos padrões visuais 
utilizados por uma empresa, produto ou serviço para serem apresentados ao mercado e ao consumidor 
final. Assim, o MIV contemplará informações a respeito das fontes utilizadas (tipografia), do logotipo, do 
símbolo, da aplicação adequada dos elementos visuais, das cores escolhidas e seus significados, etc. Ele trará 
orientações sobre como a marca deve ser apresentada em diferentes contextos, como publicações 
impressas, portais digitais e casos nos quais a apresentação das cores é limitada a preto e branco, por 
exemplo. 
Diante desse contexto, o MIV deve ser distribuído para todos os profissionais que trabalharão com a 
aplicação da marca da empresa em algum local, como apresentações de slides, sites, banners impressos, 
cartões de visita, etc. O documento garante que haverá uma coerência entre essas aplicações, 
independentemente do meio no qual elas ocorram ou do profissional que será responsável por elas. Ou seja, 
ele garante uma coerência entre todos os momentos nos quais o cliente tem contato com as informações 
visuais de uma organização, de um produto ou serviço: isso facilita a identificação, por parte do cliente, de 
que trata-se de uma comunicação feita por determinada marca. Além disso, uma marca bem posicionada e 
apresentada será lembrada com maior facilidade pelos seus públicos e, por isso, ela sempre deve ser 
mostrada com o objetivo de zelar pela imagem da empresa e aumentar a sua percepção de credibilidade em 
relação aos seus clientes. 
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Em regra, a identidade visual de uma empresa será composta por quatro elementos básicos: 
• Logotipo: representação visual que identifica uma marca. Pode ser composto apenas por 
letras e/ou um elemento gráfico que faça referência ao conceito expressado pela organização 
(símbolo). 
• Símbolo: elemento visual que representa o conceito desejado pela organização. Na maioria 
das vezes, está diretamente relacionado à área de atuação da marca e/ou trata-se de um 
símbolo abstrato. 
• Cores: escolha das cores principais e secundárias utilizadas no logotipo, no símbolo e nos 
demais elementos que representem a marca visualmente. 
• Tipografia: definição das famílias tipográficas a serem utilizadas na comunicação visual da 
organização de forma padronizada. 
Vamos ver um exemplo de um Manual de Identidade Visual? É claro que não seria possível reproduzir 
aqui um MIV na íntegra, devido à sua extensão, mas selecionei os aspectos mais relevantes do manual 
produzido pelo SENAC do Rio Grande do Norte2 para que você entenda os meus comentários sobre a 
importância desse documento para as organizações. 
 
Definição das cores utilizadas na marca do SENAC 
 
 
2 SENAC RN. Manual da Marca e da Identidade Visual. Disponível em: 
https://www.rn.senac.br/uploads/downloads/arq_71.pdf. Acesso em: 30 jan. 2020. 
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Aplicações corretas da marca SENAC de acordo com diferentes contextos 
 
Veja que a primeira imagem nos mostra definições a respeito das cores escolhidas para a marca 
SENAC: não é permitido utilizar qualquer tom de azul, mas sim aquele que foi escolhido para representar a 
organização a nível nacional. Além disso, o manual informou os códigos de cada cor de acordo com diferentes 
escalas e classificações, que serão úteis dependendo da aplicação (cores CMYK são utilizadas com frequência 
em publicações impressas, por exemplo). Na segunda imagem, vemos que o MIV trouxe orientações sobre 
como aplicar o logotipo do SENAC em casos nos quais a impressão precisa ser realizada de forma 
monocromática ou não há espaço para apresentar a marca de maneira completa, com o acréscimo do seu 
símbolo. 
Ao longo da nossa aula, você perceberá que nós vamos comentar inúmeras vezes a respeito da 
diagramação dos materiais gráficos. Mas, afinal, o que significa o termo diagramação? 
A diagramação atual [...] caracteriza-se como um design com recursos ornamentais aliados 
ao bom gosto de disposição das matérias, títulos e fotos. [...] A justaposição dos elementos 
de uma página deve apresentar um design atraente e capaz de incitar a leitura (COLLARO, 
2007).3 
Portanto, a diagramação será a disposição dos elementos que compõem um jornal (textos, fotos, 
títulos, ilustrações) nas páginas do produto final, com o objetivo de tornar o conteúdo visualmente agradável 
 
3 COLLARO, A. C.. Produção Gráfica: arte e técnica da mídia impressa. 1ª Ed., São Paulo: Câmara Brasileira do Livro, 2007. 
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para o leitor e chamar a sua atenção para que ele tenha interesse em comprar a edição (no caso da capa) e 
consiga ler as matérias com agilidade. Perceba que existe uma hierarquia de informações: as que são mais 
importantes devem ser apresentadas logo no início da página e é por esse motivo que, no caso dos jornais, 
a manchete principal da capa costuma ser posicionada antes da “dobra” do produto (antes do meio da 
página). O ser humano tem a tendência de considerar que os elementos posicionados no topo são mais 
relevantes e, por isso, esse aspecto psicológico precisa ser considerado pelo diagramador ao criar o layout 
de um produto jornalístico. 
Em uma redação jornalística, o diagramador não trabalhará de forma isolada: seu trabalho está 
diretamente conectado ao desenvolvimento das matérias por parte dos repórteres, editores, revisores e 
demais profissionais da redação. Assim, ele deverá conversar com a equipe para compreender quais são os 
temas que receberão maior destaque, de acordo com as escolhas editoriais do veículo, para refletir esse 
enfoque na composição visual das página do jornal. Além disso, ele precisa entender que nem todas as 
informações podem ser destacadas: nesses casos, não há destaque algum, porque todos os dados contidos 
na página seriam relevantes. Portanto, existem sim assuntos que receberão um espaço maior na publicação, 
de acordo com o seu nível de importância para o veículo e para a audiência. 
Não podemos esquecer também dos aspectos financeiros vinculados à produção de um material 
impresso: quanto mais páginas forem desenvolvidas, maior será o valor investido na impressão e na 
distribuição do material para os pontos de venda. Logo, o diagramador precisa equilibrar a necessidade de 
abordar conteúdos com profundidade com as estratégias de negócio definidas pela empresa jornalística. Por 
esse motivo, muitos jornais realizam encartes especiais em datas específicas quando desejam dedicar mais 
tempo e recursos para abordar um determinado tema e apresentam essa iniciativa como um “bônus” para 
a audiência. Ademais, as edições de domingo costumam ser integradas por uma quantidade maior de 
cadernos e, portanto, costumam ter um valor de venda mais elevado do que as edições publicadas em dias 
úteis. 
Ainda a respeito da diagramação, entende-se que ela pode ser realizada de três formas diferentes: 
vertical, horizontal ou modular. Para exemplificar cada uma das modalidades, utilizarei os exemplos 
presentes no livro Produção gráfica de Antônio Collaro, autor considerado uma das principais referências na 
área de produção gráfica no nosso país. 
 
Exemplo de diagramação vertical 
A diagramação vertical utilizará prioritariamente colunas de texto extensas, que valorizem o sentido 
entre o topo e a parte debaixo da página. Assim, é uma forma de diagramação que prioriza a leitura contínua 
do texto, além de permitir a disposição do conteúdo em duas ou três colunas. Portanto, trata-se de um 
modelo mais tradicional e limitado em relação à organização de fotos e demais elementos visuais na página. 
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Exemplo de diagramação horizontal 
A diagramação horizontal, por sua vez, é mais flexível do que a diagramação vertical e organiza os 
conteúdos com base em blocos desenhados da esquerda para a direita em uma página. Portanto, o 
diagramador tem uma facilidade maior para posicionar ilustrações e outros elementos gráficos em relação 
ao texto das matérias. Além disso, é um tipo de layout que é mais dinâmico para o leitor e favorece conteúdos 
curtos e, assim, é muito utilizado nas newsletters (sejam elas físicas ou digitais). 
Por fim, a diagramação modular trabalhará com a apresentação de conteúdos ao combinar as duas 
técnicas combinadas anteriormente. Ela é a maneira mais utilizada em jornais e revistas, porque permite 
aproveitar os espaços das publicações de forma mais eficiente. Portanto, essa forma de diagramação é 
utilizada para entregar informações organizadas de forma atraente para o leitor e, assim, exige um 
conhecimento mais avançado do diagramador a respeito da aplicação adequada dos princípios de design 
para garantir uma boa leitura dos textos publicados. 
Vamos verificar como as diagramação modular aparece na capa de um jornal brasileiro? 
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Capa do Jornal O Globo da edição publicada em 28/01/2020 
Perceba que eu adicionei duas setas na imagem: a seta verde nos mostra o fluxo da organização de 
conteúdo de forma horizontal. Por sua vez, a seta azul sinaliza uma coluna estruturada com base na 
diagramação vertical. Ao combinar as duas metodologias, percebemos que o jornal O Globo utilizou a 
diagramação modular para compor a apresentação de conteúdos na sua capa para a audiência. 
Assim, o estilo da diagramação de cada veículo será determinado de acordo com o público-
alvo a que se destina, assim como as cores, as formas e a tipologia que estarão presentes 
em seus desenhos (COLLARO, 2007). 
 Como você já deve ter notado, o projeto gráfico de um produto jornalístico terá um impacto 
indispensável na percepção subjetiva da audiência em relação ao conteúdo publicado e à credibilidade da 
empresa de mídia. As escolhas visuais de uma publicação são importantes porque definem qual público ela 
quer atingir, criam uma familiaridade com a audiência e também facilitam (ou dificultam) o fluxo de leitura 
das informações. Em alguns casos, as imagens serão privilegiadas em detrimento dos textos (e vice-versa), 
de acordo com o objetivo definido para aquele produto de forma estratégica pelos seus criadores. Os 
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aspectos gráficos são essenciais para definir um posicionamento da publicação em relação ao mercado e 
também permitir que o leitor identifique aquele produto em meio aos da concorrência de forma mais rápida. 
Perceba que o nosso foco aqui é a produção gráfica para materiais impressos e digitais, ou seja, não 
contempla produtos jornalísticos em vídeo, o que está de acordo com a abordagem dos editais em relação a 
esse assunto. A maioria dos livros da área de produção gráfica não aborda o desenvolvimento de produtos 
digitais, no entanto, temos visto alguns concursos aplicando os conceitos da área em exemplos de portais e 
sites jornalísticos e, por esse motivo, estabeleceremos essa relação na nossa aula. Os princípios de uso das 
cores, de disposição das informações e de organização em grades, por exemplo, podem sim ser vistos em 
produtos jornalísticos na web e, portanto, não podem ser desprezados no nosso estudo. 
Ao analisar os conteúdos cobrados nas provas de concursos sobre produção gráfica, você perceberá 
que os certames tendem a exigir dos alunos o conhecimento a respeito de muitos conceitos e definições 
dessa área de atuação. Sei que é muito cansativo apenas “decorar” uma sequênciade nomes e significados 
e, assim, farei todo o possível para explicar os termos com uso de exemplos e esquemas para facilitar a sua 
memorização. É importante que você guarde não apenas a definição da palavra ou expressão, mas entenda 
em qual contexto ela é aplicada no dia a dia de trabalho, combinado? 
 
 
É importante que a gente entenda também como funciona o fluxo de trabalho entre um 
pedido de um cliente e o produto final que foi produzido por meio do processo gráfico. 
De acordo com Bann (2012)4, o processo ocorre da seguinte forma: 
Clientes fornecem inicialmente a especificação, o texto, o briefing e o pedido a respeito do 
projeto. Depois disso, eles vão receber orçamentos, esboços, layouts, provas, boneco, 
trabalho acabado e arquivos para armazenamento: esses documentos precisarão ser 
aprovados pelo cliente. 
Os designers vão fornecer os esboços, layouts, PDFs e arquivos para armazenamento em 
geral e, dessa forma, vão receber textos, briefings e provas para o projeto. 
A área de pré-impressão fornece orçamentos, provas, chapas de impressão ou PDFs, 
enquanto receberá especificações e pedidos, assim como arquivos-fonte e PDFs. 
 
4 BANN, David. Novo Manual de Produção Gráfica. ed. rev. e atual. Porto Alegre: Bookman, 2012. 
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A gráfica tem como objetivo fornecer orçamentos, provas e folhas impressas. Ela receberá 
especificações, pedidos e chapas de impressão ou PDFs. 
Por fim, a empresa responsável por acabamento ou encadernação vai fornecer o 
orçamento, o boneco e o trabalho acabado/encadernado, enquanto receberá o pedido e 
as folhas impressas. 
Você verá essas funções e esses elementos em mais detalhes ao longo da nossa aula ☺ 
 
 
Vamos resolver questões de prova a respeito da produção gráfica? Configura alguns exercícios que 
eu separei para você! 
(INSTITUTO AOCP – 2014 – UFSM) 
O projeto gráfico dá forma ao projeto editorial. O projeto gráfico é constituído por um conjunto de regras 
que têm a função primordial de conferir unidade e refletir a personalidade da publicação. Assinale a 
alternativa que NÃO faz parte de um projeto gráfico. 
A) Formato. 
B) Tipo de papel. 
C) Público alvo. 
D) Fontes. 
E) Sistema de impressão. 
 
Comentário: 
Essa é uma questão considerada polêmica em relação aos conteúdos de produção gráfica. Como vimos na 
aula, o público-alvo é uma informação importante para o profissional dessa área porque a apresentação 
visual de um produto pode ser utilizada para criar uma identificação maior de determinada audiência com 
aquela publicação. No entanto, perceba que todas as outras alternativas apresentam termos que estão 
relacionados às informações técnicas necessárias para o desenvolvimento do projeto: esse foi o foco do 
enunciado. Ele inclusive menciona o “conjunto de regras”, ou seja, as definições específicas relacionadas à 
execução prática das atividades por parte das equipes. Portanto, a alternativa que responde à questão é a 
letra C. 
Gabarito: letra C. 
 
(IDECAN – 2018 – Câmara de Araguari/MG) 
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O processo de produção gráfica requer, do profissional, conhecimentos em design gráfico, ou seja, deve 
dominar as teorias e técnicas que reveste a comunicação visual. Trata-se de um processo de dar ordem 
estrutural e uma forma à informação visual, trabalhando frequentemente a relação de imagem e texto, 
podendo ser aplicada a vários meios de comunicação, sejam eles impressos, digitais, audiovisuais, entre 
outros. São áreas de atuação do design gráfico: 
A) Tipografia (projeto gráfico e diagramação), design editorial, ilustração, design de embalagens, webdesign, 
sinalização, design de informação, branding, design de marcas, entre outros. 
B) Produção de textos, elaboração de planos de comunicação, averiguar os direitos autorais de imagens, 
correção da ortografia e produção do design editorial. 
C) Elaborar projetos de sinalização, design de informação, do branding e design de marcas, além da busca de 
informações para a produção textual. 
D) O design gráfico, além de elaborar o projeto de representação visual de uma idéia ou mensagem, incluindo 
todos os aspectos de imagem final em relação ao produto desejado, tais como ilustrações, escolha da família 
e do corpo, do tipo, arranjo, deve ainda marcar entrevistas para a elaboração dos textos a serem 
diagramados. 
 
Comentário: 
A questão cobrou conhecimentos dos candidatos a respeito da área de design gráfico e como ela trabalha 
com a disposição de informações visuais. Assim, ao analisar a letra B, vemos que as funções apresentadas 
estão relacionadas aos jornalistas e demais profissionais de comunicação social que atuam na produção de 
conteúdo. A letra C, por sua vez, apresenta atividades que são desenvolvidas por profissionais de publicidade 
e propaganda: não há impeditivo que elas também sejam realizadas por pessoas capacitadas no design 
gráfico. Nesse caso, eu entendo que a letra C também poderia ser gabarito da questão, apesar da letra A ser 
mais completa a respeito da atuação do design gráfico (caberia recurso nessa situação). A letra D está 
incorreta porque as entrevistas para a elaboração dos textos a serem diagramados é função dos jornalistas 
responsáveis pela produção de conteúdo em uma redação. Logo, a alternativa considerada correta pela 
banca foi a letra A. 
Gabarito: letra A. 
 
(IADES – 2019 – AL/GO) 
A respeito da diagramação, é correto afirmar que 
A) é considerado um bom diagramador aquele profissional que evita contrastes e assimetrias. 
B) é sinônimo do projeto gráfico de uma publicação. 
C) a distribuição dos diversos elementos gráficos de uma página é feita tendo como referência a hierarquia 
das informações traçadas pelo editor. 
D) ela atribui um novo projeto gráfico para cada edição de uma publicação. 
E) ela é a distribuição dos diversos elementos gráficos de uma página, sendo oriunda e restrita ao universo 
dos impressos. 
 
Comentário: 
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==13e211==
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A letra A está errada porque os contrastes e assimetrias podem ser utilizados como recursos para organizar 
visualmente as informações, desde que aplicados de forma apropriada para facilitar a compreensão do 
conteúdo por parte da audiência. A letra B está errada porque diagramação não é um sinônimo de projeto 
gráfico, mas sim uma área que auxiliará na execução do projeto em si. Ademais, a letra D está errada porque 
não será feito um projeto gráfico para cada edição, mas sim adaptações em relação ao conteúdo disponível 
para publicação sem perder as características visuais que identificam aquele produto como único no 
mercado. Por fim, a letra E está incorreta, porque a diagramação também acontece nos meios digitais, além 
dos materiais impressos. Logo, a letra C é a alternativa correta e apresenta a definição adequada para a 
diagramação. 
Gabarito: letra C. 
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O DESIGN E SEUS PRINCÍPIOS 
 Ao estudarmos a produção gráfica, é indispensável abordarmos o design gráfico e a sua influência no 
nosso dia a dia: trata-se de uma área do design visual que trabalhará com a criação e edição de peças gráficas, 
ou seja, elementos que auxiliarão no processo comunicativo a partir de recursos como fotos, ilustrações e 
textos. Apesar de ser uma formação distinta do jornalismo e da publicidade e propaganda, o design gráfico 
é extremamente importante na rotina de produção de conteúdo na Comunicação Social e, com os meios 
digitais, as habilidades dos profissionais dessa área são cada vez mais requisitadas. 
O design gráfico é todo o trabalho de criação e seleção para a comunicação de ideias. As 
figuras gráficas vão além de imagens alusivas do real ou de representações do imaginário 
e desejam construir novos sentidos tanto para o produtor quanto para o cliente (ROCK 
CONTENT, 2017)1. 
 Se você observar a sua rotina, vai perceber que nós estamos em contato frequente com produtos do 
design gráfico. A própria capa dessa aula é um exemplo de trabalho desenvolvido por um designer: a equipe 
de profissionais do Estratégia desenvolveu uma arte digital para marcar o início de cada aula em PDF. Assim, 
além de indicar os conteúdos a serem ministrados nas páginas subsequentes, a arte da capa também deixa 
o seu material com um visual estético agradável e traz uma percepção de organização e credibilidade. 
Existem também outros exemplos do design gráfico na nossa vida cotidiana: folders, outdoors, artes gráficas 
para postagens em redes sociais e cartões de visita são alguns exemplos de produtos que podem ser 
desenvolvidos pelo designer. 
 Você lembra que na seção anterior nós conversamos a respeito do profissional de produção gráfica? 
Perceba que ele será essencial para a concretização das ideias e do conceito projetado pelo designer 
gráfico, caso as artes sejam para um produto impresso. Assim, as pessoas que atuam nessas duas áreas 
precisam estar em constante sintonia: o designer criará trabalhos digitais com a configuração adequada para 
impressão e o produtor deverá garantir o melhor nível de qualidade em relação ao resultado final 
concretizado. Uma comunicação visual eficiente, portanto, é alcançada quando as equipes conseguem 
trabalhar de forma harmônica, com compromisso com os padrões definidos no início dos projetos a serem 
desenvolvidos. 
 É importante destacar que o designer gráfico, na maioria das vezes, trabalhará com o auxílio de 
programas de edição, tais como o Adobe Illustrator, Adobe Photoshop e Corel Draw. Esses softwares são 
resultado de um desenvolvimento tecnológico avançado e permitem que o profissional tenha acesso à 
ferramentas para criar ilustrações, realizar pinturas digitais, organizar itens gráficos (como fontes e ícones) 
e, assim, expressar o conceito idealizado para determinada peça gráfica. Nesse sentido, o designer trabalhará 
com a criação de um layout: trata-se de uma visualização de como serão organizados os elementos exigidos 
no produto final. Ou seja, o layout ajuda o designer a criar a arte gráfica e contemplará aspectos como a 
disposição dos textos, das imagens, dos ícones utilizados para comunicar a mensagem desejada. O grande 
desafio desse processo é organizar o espaço disponível para contemplar todos os dados necessários e, ainda 
assim, tornar a visualização da peça agradável e eficiente para que a audiência compreenda o que será dito 
 
1 ROCK CONTENT. Design Gráfico: um guia prático sobre essa área!. Disponível em: 
https://comunidade.rockcontent.com/design-grafico/. 2017. Acesso em: 31 jan. 2020. 
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pela marca. Assim, o designer poderá refazer a distribuição visual das informações inúmeras vezes, dentro 
do prazo de desenvolvimento do projeto, para encontrar a melhor solução ao entregar o conteúdo para o 
usuário. 
 O desenvolvimento de um bom layout é um trabalho criativo, portanto, exige que o designer busque 
sempre por novas alternativas (além daquelas que ele já costuma utilizar) para organizar os elementos 
necessários em uma página. No entanto, ele precisa estar atento aos princípios básicos do design, como o 
uso adequado de espaços em branco, para desenvolver um projeto que seja agradável e funcional em termos 
visuais. Além disso, o designer também está vinculado às definições do Manual de Identidade Visual da marca 
para a qual ele está criando a peça gráfica: o uso de fontes e de cores pode ser restringido para manter uma 
uniformidade entre as artes que serão desenvolvidas. 
 
Briefing e Grade 
 Além do layout em si, existem outros dois termos que são muito utilizados no contexto do design 
gráfico e que você precisa conhecer para fins de prova: o briefing e a grade (também conhecida como “grid”, 
na língua inglesa). Vamos entender qual é a função de cada um deles? 
 O briefing é um documento essencial para o planejamento de atividades no ramo da comunicação de 
forma geral. Assim, ele está relacionado tanto ao trabalho de jornalistas, quanto de publicitários e designers. 
O briefing apresentará os dados básicos do projeto comunicacional a ser desenvolvido, como o objetivo, a 
mensagem a ser transmitida, as etapas de produção, os prazos, os profissionais envolvidos e também a 
identidade visual que deve ser seguida pela equipe. Além de organizar as atividades dos profissionais, o 
briefing atua como uma ponte entre o produto final e as expectativas do clientes: quanto mais assertivas 
forem as orientações do documento, mais adequadas serão as decisões tomadas a respeito do 
desenvolvimento das peças de comunicação. 
 Veja aqui algumas perguntas que, via de regra, devem ser respondidas para a criação de um briefing: 
• Quais são os objetivos a serem atingidos pelo produto-final? 
• Qual é o público-alvo que será alcançado pela mensagem a ser transmitida? Existem dados 
demográficos ou pesquisas a respeito dele? 
• Como a marca quer ser vista pela audiência ao apresentar as peças gráficas? 
• Qual é o orçamento e quais são os prazos para a entrega do projeto? 
• Existe uma identidade visual que deve ser seguida no projeto? 
• Quais são os profissionais necessários para o desenvolvimento das peças? Quais habilidades 
serão essenciais para a entrega do produto-final? 
• Há alguma campanha publicitária ou peça gráfica realizada com o mesmo objetivo para a 
marca? 
• Existe alguma referência visual que possa ser utilizada como inspiração para o projeto? 
 Portanto, o briefing costuma ser o ponto de partida de um projeto comunicacional: ele é criado a 
partir de uma ou mais conversas com o cliente, ou seja, com a pessoa que demanda o projeto (seja um 
diretor interno para a própria equipe de comunicação de um órgão público ou uma empresa privada que 
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atua com o suporte de uma agência de publicidade, por exemplo). O briefing é também uma forma de 
proteção para os prestadores de serviço: eles têm uma forma de provar quais aspectos do projeto já foram 
previamente requisitados e aprovados pelo cliente, caso haja alguma reclamação infundada em relação às 
peças entregues. 
 A grade, por sua vez, é um recurso muito utilizado no design gráfico para dispor os elementos visuais 
em um determinado espaço. Assim, o conjunto de linhas horizontaise verticais guiará o designer em relação 
aos alinhamentos e à organização adequada das informações na página. As áreas menores poderão formar 
colunas, por exemplo, para que textos sejam colocados de uma maneira que facilite a leitura por parte do 
leitor. Ademais, as grades ajudam a compreender quanto espaço está sendo ocupado por determinado 
elemento e se essa escolha é coerente em relação ao seu nível de importância para a transmissão da 
mensagem desejada. 
 
Exemplo da aplicação de grids em um projeto gráfico2 
 
 A imagem acima mostra um exemplo da aplicação de grades em um projeto gráfico: as linhas em 
vermelho delimitam o espaço necessário para posicionar cada um dos elementos presentes nas páginas da 
revista. Destaca-se que as linhas não aparecerão quando a arte gráfica for impressa: elas são usadas apenas 
como guias para o designer e, portanto, não ficam visíveis para a audiência do produto. A grande maioria 
dos softwares de edição gráfica já possuem uma função específica para definir as grades de acordo com a 
proporção e as distâncias desejadas pelo profissional. 
A construção de uma grade racionaliza o trabalho de distribuição dos elementos nas 
páginas principalmente do texto. Ao se estabelecer o número e largura das colunas, cria-
se uma lógica que orienta o leitor. As grades também podem ser flexíveis e prever larguras 
variáveis de coluna ou margens mais amplas para inserção de imagens, porém, dentro de 
parâmetros fixos. (CHINEN, 20113). 
 
2 Fonte da imagem: https://clubedodesign.com/2018/grids-1-o-que-layout-e-o-que-e-grid/ 
3 CHINEN, Nobu; Curso básico: design gráfico. 1. ed. São Paulo: Escala, 2011. 
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 Uma das vantagens das grades é permitir que o designer tenha um controle maior a respeito dos 
espaços vazios entre um elemento e outro (também chamados de “espaços em branco”, apesar de que nem 
sempre a cor de fundo não será o branco em si). Essas lacunas são importantes para que seja possível 
“respirar” entre a compreensão de cada bloco de conteúdo: elas delimitam o início e o final de cada elemento 
e permitem que haja uma fluidez maior na leitura. Assim, o design se torna menos cansativo para o público, 
que consegue entender a mensagem sem ter a sensação de sobrecarga de informações 
Além do uso das grades, é preciso compreender como fazer o uso adequado de referências visuais 
no design gráfico: não há problema em pesquisar por projetos com objetivos semelhantes ao que será 
desenvolvido durante o processo de criação do conceito visual e das artes gráficas. No entanto, o profissional 
deverá ter cuidado para não copiar o trabalho alheio: isso configura plágio e, portanto, pode causar disputas 
judiciais para o pagamento de indenizações. Existe uma diferença muito grande entre a inspiração e a cópia: 
inspirar-se no trabalho desenvolvido por outra pessoa é entender porque ele lhe agrada visualmente e ter 
uma ideia autêntica a partir das artes que você visualizou. Portanto, seu produto final será substancialmente 
distinto daquele que você usou como uma referência e que foi, portanto, apenas um ponto de partida para 
o seu próprio processo criativo. A cópia, no entanto, é a produção de uma arte que reproduz outra de forma 
explícita, ou seja, é muito semelhante à referência original e tem apenas um ou outro aspecto que foram 
alterados4. 
 
A inspiração deve ser utilizada para abrir novos caminhos no processo criativo e, portanto, 
oferecer múltiplas possibilidades de desenvolvimento de conceitos e organização de 
elementos na arte gráfica. A cópia, por sua vez, tem como resultado uma arte idêntica ou 
com pequenas variações em relação ao trabalho desenvolvido por terceiros e, por isso, 
elimina a autenticidade e reduz consideravelmente a qualidade de uma produção visual. 
 
Princípios do Design 
 Ao desenvolver um projeto gráfico, independentemente do formato, é necessário ter um cuidado 
constante para que a mensagem a ser transmitida seja comunicada da forma mais eficiente possível para o 
público-alvo. No entanto, você já deve ter percebido que o design é uma área que lida com a sensibilidade 
das pessoas para as cores, os tamanhos, as fontes e demais elementos que compõem uma arte gráfica. 
 
 
 
4 ROCK CONTENT. Inspiração X Cópia: autenticidade é uma questão de honra. Disponível em: 
https://comunidade.rockcontent.com/inspiracao-x-copia/. Acesso em: 31 jan. 2020. 
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Portanto, é um universo de trabalho que trabalhará com percepções subjetivas: é muito difícil definir o que 
é um bom design, em termos técnicos, porque isso dependerá do objetivo e do contexto de cada projeto 
desenvolvido. O que pode ser adequado em uma situação não será, necessariamente, a melhor escolha para 
outra. 
 Vou dar um exemplo simples para você entender a subjetividade do design: você já deve ter 
percebido que grande parte das redes de fast-food utiliza grandes letreiros com cores quentes para atrair a 
clientela para os seus estabelecimentos. Isso acontece porque, de acordo com alguns estudos científicos, o 
ser humano tem a tendência de se sentir estimulado a consumir alimentos ao entrar em contato com cores 
como vermelho, laranja e amarelo. Assim, são cores apropriadas para construir a identidade visual de uma 
hamburgueria, por exemplo. No entanto, por serem cores muito atraentes e com um impacto visual muito 
forte, não são recomendadas para a utilização nas paredes de um hospital, por exemplo. As empresas da 
área da saúde tendem a evitar cores em tons muito fortes ou que remetam à sangue (como o vermelho), 
porque isso reduz a percepção de tranquilidade e de paz que é necessária para contribuir para a recuperação 
dos pacientes de uma enfermaria, por exemplo. 
 Apesar das percepções a respeito do design variarem de acordo com o contexto de criação e aplicação 
da arte gráfica, existem princípios que podem ser utilizados pelos profissionais para orientar e auxiliar na 
composição de uma produção criativa. Eles são usados como um guia para produzir peças que atendam à 
necessidade para a qual elas foram criadas, independentemente do seu objetivo em relação à audiência. 
Nessa seção, vou apresentar os princípios do design mais relevantes para a sua prova e que, portanto, tem 
uma tendência maior de serem cobrados pelas bancas examinadoras. ☺ 
 
Alinhamento 
 O alinhamento é um princípio que permite hierarquizar as informações e distribuí-las de forma 
harmônica em uma página. Assim, um elemento pode estar alinhado à esquerda, ao centro, à direita ou de 
forma justificada, dependendo do espaço disponível na arte gráfica. Além disso, o alinhamento também 
permite compreender a divisão de itens em categorias, o que organiza os dados apresentados para que a 
audiência entenda quais textos possuem um nível superior de importância. Veja um exemplo: 
• Itens de beleza 
o Shampoo 
o Condicionador 
o Hidratante corporal 
o Perfume 
No exemplo acima, temos um trecho de uma lista de compras fictícia: perceba que o texto superior, 
que tem um alinhamento mais próximo da esquerda, é a categoria que organiza os elementos subsequentes. 
Ou seja, os diferentes alinhamentos auxiliam na compreensão de que shampoo, condicionador, hidratante 
corporal e perfume são itens que estão contemplados dentro da categoria itens de beleza e, portanto, 
possuem uma importância secundária na apresentação da mensagem transmitida.Antonio Daud, Júlia Branco, Ricardo Campanario
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[...] quando se está compondo um layout, deve-se planejar conscientemente onde cada 
elemento será colocado e definir com quais outros elementos ele ficará alinhado. Não se 
preocupar com o alinhamento pode deixar o layout com cara de amador (COLLARO, 2007). 
 Ao analisarmos a citação acima, vemos que o autor destacou a relação entre o alinhamento adequado 
dos itens que compõem um design e a percepção de qualidade da audiência sobre o material produzido. 
Assim, alinhar os elementos de acordo com padrão pré-estabelecido ajuda a direcionar o fluxo de leitura do 
público e, portanto, traz mais conforto visual para a visualização das informações. É possível usar as grades 
(que estudamos anteriormente) para ajustar o alinhamento de cada elemento e garantir que haja um 
resultado adequado para o produto final. A quebra de um padrão de alinhamento, portanto, pode ser 
utilizada como um recurso para colocar determinada informação em evidência, mas deve ser utilizada com 
cuidado pelos designers e demais profissionais envolvidos na criação gráfica. 
 
Repetição 
 O princípio da repetição nos mostra que alguns elementos do design devem ser repetidos para que 
haja uma unidade entre as informações que são apresentadas. Essa prática contribui para a fluidez da leitura 
e também para que a experiência da audiência ao ter contato com uma peça gráfica seja agradável 
visualmente. A repetição ajuda o leitor a associar as funções de cada elemento em um design e, portanto, 
contribui para a compreensão dos conceitos e dados informados pelo material gráfico. 
 Você pode não ter percebido ainda, mas veja que todos os capítulos da nossa aula são iniciados da 
mesma forma, com um texto centralizado com fundo roxo e com o uso de uma fonte maior do que a utilizada 
para as explicações teóricas. Todo capítulo é iniciado com o uso desse padrão visual para que você já saiba 
que trata-se de uma nova seção do nosso conteúdo: isso facilita o seu aprendizado e contribui para a 
organização das informações na aula. 
 
Contraste 
 O contraste é um princípio que trabalha com a relevância de cada informação na arte gráfica: quanto 
maior for o contraste entre o fundo e a cor de um elemento, maior será a percepção por parte do leitor de 
que aquele conteúdo é importante e, portanto, deve receber sua atenção. Veja um exemplo: 
Estude para um concurso público! 
Estude para um concurso público! 
 Perceba que as duas frases acima foram escritas com a mesma fonte e tamanho das letras e 
apresentam textos idênticos. No entanto, ao analisar as duas frases, o seu olhar é atraído com mais 
intensidade pela segunda frase, que tem um destaque maior em relação à primeira. Isso acontece porque o 
tom de cinza utilizado na primeira frase é próximo ao branco utilizado no fundo do nosso PDF e, portanto, 
não apresenta um contraste considerável para destacar a informação. Por isso, nossa mente considerará que 
a segunda frase é mais relevante do que a primeira, apesar de ambas apresentarem a mesma mensagem. 
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 É preciso ter cuidado ao utilizar elementos com alto contraste em uma página: caso todas as 
informações sejam apresentadas com o uso de cores vibrantes em relação ao fundo, por exemplo, será difícil 
compreender quais aspectos do design são mais importantes. Para que o contraste seja utilizado de forma 
eficiente, é preciso hierarquizar a mensagem comunicada ao leitor: partes dela, como o título, receberão 
maior destaque, enquanto outras terão uma importância secundária. 
 
Proximidade 
 A proximidade entre os elementos diz respeito à distância entre um elemento e outro: quanto mais 
próximos forem dois itens do design, maior será a percepção de que eles fazem parte de um mesmo grupo 
de informação (ou seja, que as mensagens transmitidas por cada um deles estão relacionadas entre si). 
Assim, caso o designer deseje associar um texto com uma imagem específica, ele deve aproximar os dois 
elementos para que a audiência tenha a percepção de que o conteúdo textual faz referência à foto 
apresentada, por exemplo. 
 
Exemplo de design apresentado no site das Lojas Americanas5 
 Na imagem acima, vemos como os resultados de uma pesquisa por malas de viagem são 
apresentados ao consumidor que tem interesse nesses produtos no site das Lojas Americanas. A empresa 
mostra diferentes opções para a sua audiência e traz dados básicos sobre os produtos em uma página virtual. 
Ao analisar o exemplo, perceba que o princípio da proximidade é utilizado para associar os textos e ícones a 
um produto específico: o texto “13 ofertas a partir de R$ 143,00” mostra o preço mínimo a ser pago pelo 
cliente caso ele opte pelo conjunto de malas apresentado na primeira imagem. Esse texto está mais próximo 
da primeira foto do que da segunda opção de kit de viagem, portanto, a audiência entende a relação entre 
a informação visual e o texto apresentado de maneira adequada. 
 
5 Fonte da imagem: www.americanas.com.br 
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Um tema que pode aparecer na sua prova e que está relacionado aos princípios do 
design é a proporção áurea: trata-se um resultado com valor arredondado de 1,1618 e que 
é encontrado com frequência entre as medidas presentes na natureza. Esse fato foi 
observado há muitos séculos por estudiosos como o matemático grego Phidias e pelo 
filósofo Platão. 
A proporção áurea diz que, ao dividir a largura de um objeto pelo seu comprimento, 
o resultado obtido deve ser o mais próximo do valor 1,1618 para que exista uma proporção 
adequada. Ao analisar o tamanho de folhas, de animais marinhos e demais elementos 
presentes na natureza, os seres humanos perceberam que a proporção áurea é muito 
frequente. Por isso, ela é chamada de “proporção divina”, porque seria a representação 
ideal da perfeição em aspectos estéticos relacionados ao equilíbrio entre diferentes 
medidas6. 
 
 
Estudamos os princípios e conceitos básicos do design gráfico que você precisa conhecer para a sua 
prova. Vamos fazer questões para exercitarmos esse conteúdo? 
(CESPE – 2016 – TCE/PA) 
Na publicidade, o design gráfico corresponde à representação visual de uma ideia ou mensagem por meio 
de elementos como ilustrações, cores, tipografia e diagramação. 
 
Comentário: 
A questão apresentou o conceito adequado para o design gráfico. Logo, item certo. 
Gabarito: certo. 
 
 
6 REVISTA GALILEU. Famosa na arte, proporção áurea também estaria presente no crânio humano: entenda. Disponível 
em: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2019/10/famosa-na-arte-proporcao-aurea-tambem-estaria-presente-
no-cranio-humano-entenda.html. Acesso em: 31 jan. 2020. 
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(COPEVE – UFAL – 2014) 
O layout caracteriza-se por 
A) englobar elementoscomo valores de publicação, impressão e distribuição. 
B) ser um rascunho que mostra os detalhes da publicação após a diagramação. 
C) apontar a logomarca que a empresa adotará em sua identidade visual. 
D) ser um esboço que mostra a estrutura física de uma publicação. 
E) mostrar de várias formas as famílias tipográficas existentes. 
 
Comentário: 
A questão cobrou o conceito de layout: trata-se de uma versão prévia do produto final e, portanto, auxilia o 
designer a compreender como devem ser distribuídas as informações e os elementos gráficos para que o 
resultado tenha uma boa qualidade. Assim, a alternativa que apresentou a definição correta de layout é a 
letra D. 
Gabarito: letra D. 
 
 
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TIPOGRAFIA 
 A tipografia é um dos aspectos mais importantes para a composição de um layout e para permitir que 
a leitura da mensagem comunicada seja uma experiência agradável para o público-alvo. Assim, a escolha 
das fontes a serem utilizadas no projeto gráfico deve ser coerente com os objetivos definidos pelo briefing, 
com o público-alvo e com o contexto no qual a arte gráfica será utilizada. 
 Para entender a importância das fontes tipográficas, nós precisamos voltar um pouco no tempo e 
entender a origem da escrita na nossa sociedade. Desde a pré-história, temos registros de desenhos que eram 
usados para descrever animais e eventos da natureza por meio de pinturas nas pedras. No entanto, o alfabeto 
como nós conhecemos hoje foi criado pelos gregos, que criaram o sistema para registrar as informações que 
eram essenciais para a vida em sociedade. Posteriormente, a invenção foi espalhada na Europa devido ao 
crescimento do Império Romano. É claro que o alfabeto foi modificado ao longo do tempo e ganhou novas 
formas de representação das letras, mas a origem dos símbolos que utilizamos hoje para representar os sons 
tem como base os registros greco-romanos. 
 A escrita à mão facilitou muito o registro de informações nas sociedades antigas, o que também foi 
indispensável para que, nos dias atuais, seja possível conhecer detalhes da vida desses povos. No entanto, não 
era algo prático: fazer múltiplas cópias de um conteúdo extenso era um processo extremamente demorado. 
Nesse contexto, Gutemberg desenvolveu os primeiros tipos metálicos em 1450, o que facilitou o processo de 
reprodução em massa de conteúdos escritos. Há relatos, no entanto, de que os chineses já haviam desenvolvidos 
tipos em argila alguns séculos antes, mas Gutemberg recebeu, no mundo ocidental, o título de “pai da 
imprensa”. 
 O primeiro livro reproduzido em massa foi a Bíblia Sagrada, conhecida como “Bíblia Sagrada”: a 
popularização do livro religioso é apontada, inclusive, como um fator propulsor da Reforma Protestante de 
1517, que causou um rompimento de parte da sociedade europeia em relação ao monopólio da Igreja 
Católica Romana. Assim, a utilização dos tipos metálicos de Gutemberg foi essencial para a consolidação da 
imprensa e, consequentemente, do maior acesso à cultura e à literatura por parte da população em geral. 
Não podemos esquecer que, nesse período, os livros e as produções culturais eram restritas aos monastérios e 
ao controle religioso. A imprensa, assim, teve um papel indispensável para a democracia e para o rompimento 
de barreiras sociais em relação ao conhecimento no contexto mencionado1. 
 
 
 
1 UNIVERSIDAD DE PALERMO. A importância da tipografia na história e na comunicação. Disponível em: 
https://fido.palermo.edu/servicios_dyc/publicacionesdc/vista/detalle_articulo.php?id_libro=1&id_articulo=5648. Acesso 
em: 1 fev. 2020. 
 
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Mimeógrafo e máquina de escrever: ferramentas de reprodução e criação de conteúdo escrito populares no Brasil no século XX2 
 Hoje em dia, é possível perceber como é extremamente fácil produzir um conteúdo escrito em larga 
escala: a tecnologia evoluiu ao ponto de permitir a escrita e a impressão por meio de dispositivos como 
smartphones, tablets e impressoras conectadas às redes wi-fi. No entanto, tivemos também um importante 
período no qual a máquina de escrever e a datilografia eram essenciais para o desenvolvimento de produtos 
escritos com maior facilidade. Além disso, o mimeógrafo foi uma ferramenta muito utilizada para copiar o 
conteúdo de documentos, até ser substituído pelas máquinas de fotocópias (popularmente conhecidas como 
Xerox). 
 Em relação à tipografia nos dias atuais, é importante distinguir os conceitos que podem cair na sua 
prova a respeito do assunto. O caractere é a menor unidade em uma fonte tipográfica, ou seja, é cada letra, 
número ou símbolo que faz parte de uma determinada fonte. Por sua vez, a fonte é um conjunto de caracteres 
que apresentam características semelhantes, como a presença de serifas e a forma de desenho dos traços 
utilizados3. Por sua vez, a família tipográfica será a união de diversas fontes que possuem características 
semelhantes e sofrerão variações a respeito da espessura e da largura dos elementos, por exemplo. 
De modo geral, para efeitos de design, denomina-se tipo o conjunto formado pelas letras 
do alfabeto, numerais, sinais diacríticos e de pontuação. Há uma infinidade de tipos divididos 
em famílias. (CHINEN, 2011) 
 Vamos ver como isso funciona na prática? Vou usar como base a família tipográfica Times News Roman, 
para você compreender melhor esse tema. 
Exemplos com a fonte Times News Roman 
Caractere em letra minúscula na fonte Times News Roman Regular: a. 
 Frase escrita com a fonte Times News Roman Regular: 
Estude para passar em concurso. 
 Exemplos de frases escritas com fontes da família Times News Roman: 
Estude para passar em concurso (Times News Roman Regular); 
Estude para passar em concurso (Times News Roman Italic); 
Estude para passar em concurso (Times News Roman Bold); 
Estude para passar em concurso (Times News Roman Italic Bold). 
 Assim, perceba que as famílias tipográficas são essenciais para organizar fontes que possuem aspectos 
semelhantes e sofrerão pequenas variações entre si, em relação ao peso, à largura e à inclinação dos 
 
2 Fonte das imagens: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mime%C3%B3grafo e 
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1quina_de_escrever 
3 TIPO DA FONTE. Caractere, fonte, tipo, família… é o quê??. Disponível em: 
https://tipodafonte.wordpress.com/2012/01/31/caractere-fonte-tipo-familia-e-o-que/. Acesso em: 2 fev. 2020. 
 
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caracteres4. Em relação às fontes, existem várias formas de classificação em relação às características dos 
desenhos utilizados para a representação das letras, dos números e símbolos. É importante destacar também 
que cada família tipográfica utilizará um espaçamento diferente entre cada elemento: os espaços em branco 
são essenciais para definir a legibilidade do texto e também para permitir que haja uma unidade entre os 
caracteres apresentados. 
 Existem múltiplas formas de classificar as famílias tipográficas, de acordo com seus aspectos principais 
e também com os seus usos ao longo da história. No entanto, a principal diferenciaçãoque você precisa 
compreender para fins de prova é distinguir fontes com serifa e sem serifa. A serifa é definida como um traço 
colocado nas extremidades das letras com uma função decorativa e também permitem que o olhar seja 
direcionado para o próximo caractere, direcionando a leitura. Veja um exemplo: 
A → letra com serifa. 
A → letra sem serifa. 
 Em geral, as fontes com serifa são mais utilizadas em livros e materiais impressos porque permitem uma 
legibilidade maior do texto, ao orientar o fluxo de leitura por meio dos prolongamentos de cada caractere. 
No entanto, no caso de títulos e elementos com maior destaque em uma página, as fontes sem serifa atraem a 
atenção do leitor com maior eficiência, Elas também são muito utilizadas para produtos digitais, devido às 
características das telas, que se adaptam melhor às fontes sem serifa por permitirem uma leitura mais “limpa” 
em relação aos pequenos detalhes. Lembre-se dessas aplicações para a sua prova, ok? 
Existem também outros elementos que compõem uma letra. Eles não costumam ser cobrados em detalhes 
em provas de comunicação, mas é importante que você os conheça: 
 
4 DESIGN CULTURE. Famílias tipográficas. Disponível em: https://designculture.com.br/familias-tipograficas. Acesso em: 31 
jan. 2020. 
 
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Fonte da imagem: Bann (2012). 
 
Precisamos entender também alguns detalhes a respeito do uso de fontes, de acordo com 
Bann (2012). 
É preciso ter muito cuidado com problemas de incompatibilidade entre os arquivos de 
fontes presentes em um computador, visto que isso pode gerar um retrabalho para o 
profissional que está trabalhando com aquele documento. Ademais, fontes usadas para 
impressoras são arquivos vetoriais, enquanto fontes de tela são bitmap e podem inclusive 
apresentar serrilhas no caso de exibição em grandes telas. Fontes nos formatos TrueType 
e OpenType podem ser usadas em tela e em impressão sem problema, visto que estão em 
vetor. 
Cabe ressaltar também que fontes possuem direitos autorais, ou seja, o usuário precisa se 
certificar de que ele tem os direitos de uso: via de regra, a cópia e a distribuição não são 
permitidas. Arquivos PDF incorporam as fontes ao documento, permitindo que ele seja 
visualizado mesmo que a gráfica e/ou outro usuário não tenha licença para aquela fonte. 
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Além da presença da serifa, existem outras formas de classificar as fontes e famílias tipográficas. 
Portanto, apresentarei aqui as que são mais comuns em prova com alguns exemplos para você conseguir 
identificá-las com maior facilidade5. 
 
Estude para passar em concurso (Adobe Garamond). 
Romanas antigas: são fontes que apresentam serifas e tem como origem o alfabeto romano, com as 
modificações que ocorreram ao longo dos séculos na representação dos caracteres. São consideradas 
substitutas das letras góticas e, assim, oferecem uma experiência mais aprimorada de leitura dos textos. 
 
Estude para passar em concurso (Bodoni). 
Romanas modernas: são bem similares às romanas antigas e também usam serifas para a 
representação dos caracteres. No entanto, há um peso maior em determinados traços, criando um contraste 
entre hastes finas e grossas. 
 
Estude para passar em concurso (Handlee). 
Cursivas: são famílias tipográficas que se aproximam da representação de uma escrita feita à mão. 
A legibilidade do conteúdo vai depender de fatores como a aproximação dos caracteres, do peso de cada 
traço e dos detalhes adicionados à escrita. 
 
Estude para passar em concurso (Courier). 
Egípcias: são fontes que apresentam serifas grossas, com pouca diferenciação de largura em relação 
às hastes. 
 
Estude para passar em concurso (Lucida Blackletter). 
Góticas: são fontes que têm origem na escrita alemã e costumam apresentar grifos rebuscados para a 
apresentação das letras, símbolos e números. Elas foram utilizadas com maior incidência na época da imprensa 
 
5CLUBE DO DESIGN. Tipografia básica #8 – Classificação dos tipos. Disponível em: 
https://clubedodesign.com/2016/tipografia-basica-8-classificacao-dos-tipos/. Acesso em: 31 jan. 2020. 
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de Gutenberg. No entanto, a legibilidade é prejudicada para utilização em textos muito extensos devido à 
grande quantidade de detalhes. 
 
Estude para passar em concurso (PHOSPHATE). 
Fantasia: são fontes que não podem ser categorizadas em outra classificação porque apresentam 
aspectos únicos em relação à apresentação dos caracteres, como texturas, desenhos e irregularidades nos 
traços utilizados para compor os tipos. 
 
Estude para passar em concurso (Avenir). 
Grotescas: é a classificação para as fontes sem serifa, ou seja, que apresentam caracteres formados 
por bastões, sem detalhes na extremidade. 
 Entenda que cada família tipográfica será escolhida pelo designer ou pelo diagramador de acordo 
com o uso em determinado contexto. Fontes cursivas, por exemplo, são ideais para convites de casamento, 
porque transmitem a ideia de leveza e de exclusividade para o produto gráfico. No entanto, não são uma 
opção adequada para as manchetes de um jornal, porque não costumam apresentar uma boa legibilidade 
para os textos que precisam ser lidos rapidamente. Assim, a decisão de uma fonte tipográfica ou outra deve 
ser adequada em relação ao produto, ao público-alvo e à mensagem transmitida. 
De modo geral, aconselha-se a não usar muitos estilos de tipo num único projeto. Embora não 
haja e nem deva haver um padrão para estabelecer um limite, normalmente, trabalhar com 
dois tipos resolve grande parte dos projetos de design. [...] O importante é saber que efeito 
o projeto exige. Se um contraste mais forte ou uma harmonia constante. (CHINEN, 2011) 
 Outro aspecto relevante das escolhas tipográficas para um determinado projeto é a respeito do 
número máximo de diferentes fontes que podem ser utilizadas em uma mesma peça sem comprometer o 
entendimento da informação a ser publicada. Não há uma regra definida pelos estudiosos de design a respeito 
da quantidade ideal, mas uma grande variedade de fontes em um mesmo projeto gráfico pode contribuir 
para a desordem visual e para confundir o leitor a respeito do texto apresentado. Assim, a escolha das fontes 
deve ser analisada caso a caso e a seleção deve ser feita considerando a harmonia visual existente entre uma 
família tipográfica e outra. 
 Ainda em relação à tipografia, você precisa compreender que existem diversas formas de apresentar 
um conteúdo textual em uma determinada peça gráfica: o texto pode ser o elemento principal ou ser 
secundário quando aplicado junto de uma ilustração com grande destaque, por exemplo. No entanto, há 
também peças que utilizam apenas a tipografia para formar uma composição visual e comunicar a informação 
para a audiência. Esse formato é conhecido como all-type e é muito utilizado na publicidade e propaganda 
para a criação de anúncios. Veja um exemplo abaixo: 
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Exemplo de anúncio all-type produzido pela marca Nike6 
 Na imagem acima, perceba que o objetivo é promover a marca Nike e seu símbolo incônico na 
publicidade (em vermelho), além de associar a organização ao seu produto principal (venda de tênis 
esportivos). Contudo não são utilizadas fotos ou ilustrações, mas apenas textos que são organizados de uma 
forma que cria a percepção de um tênis no espaço da arte gráfica. 
 Se no início do uso da tipografia era muito comum criar fontes com o uso de tipos metálicos, hoje em 
dia é possível usar a tecnologia para desenvolver famílias tipográficas inteiras com base no meio digital. 
Assim, existem fontes que são criadas para uso exclusivo em telas e que visam melhorar a experiência do leitor 
ao acessar longos textos no universo virtual. Portanto, a harmonia entre os caracteres é essencial para que as 
pessoas tenham uma maior facilidade ao ler determinado conteúdo por meio de dispositivos eletrônicos. 
 
 
(CESPE – 2019 – SLU/DF) 
Atualmente, as fontes gráficas são criadas exclusivamente em meio digital, o que torna inadequado o 
emprego da expressão tipografia digital, uma vez que o termo tipografia designa a disposição de tipos de 
chumbo em uma composição organizada em chapas metálicas. 
 
Comentário: 
A tipografia digital é benéfica para o usuário, que poderá ter uma vasta quantidade de opções para produzir 
seus conteúdos gráficos. Assim, não há problema algum em usar esse termo para designar as fontes criadas 
exclusivamente por meios digitais. Logo, item errado. 
Gabarito: errado. 
 
6 Fonte da imagem: http://www.formacerta.com.br/blog/voce-sabe-o-que-e-um-anuncio-all-type/ 
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(CESPE – 2018 – IPHAN) 
O tamanho do corpo da letra determina o espacejamento natural entre uma linha e outra composição 
gráfica. 
 
Comentário: 
Quanto maior for o corpo de uma letra, maior será o espaçamento entre cada linha para permitir a 
legibilidade da mensagem escrita. Logo, item certo. 
Gabarito: certo. 
 
(CESPE – 2018 – IPHAN) 
A família tipográfica é o conjunto de caracteres que possuem as mesmas características de desenho, 
independentemente de suas variações de peso, inclinação e corpo. 
 
Comentário: 
A família tipográfica é um conjunto de fontes com características semelhantes e que sofrerão variações de 
inclinação, peso e corpo (como negrito e itálico). Logo, item certo. 
Gabarito: certo. 
 
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CORES 
Os projetos gráficos contemplarão decisões a respeito das cores a serem utilizadas para a 
apresentação de cada elemento necessário para comunicar a mensagem desejada. Assim, as cores devem 
ser escolhidas de forma que favoreça a legibilidade e a compreensão da informação, além de serem 
coerentes com os seus significados e com os aspectos psicológicos associados a cada uma delas. 
 O primeiro ponto do nosso estudo das cores no design e na diagramação contemplará a Teoria da 
Cores: trata-se de uma série de pesquisas realizadas com o objetivo de compreender como o ser humano se 
relaciona com as cores e lida com as sensações que são estimuladas a partir do uso de cada cor do círculo 
cromático. A teoria das cores demonstra que a cor não existe por si própria: ela é percebida pelo homem de 
acordo com as partículas de luz que são refletidas por cada objeto. Assim, ao olharmos um lápis azul, vemos 
que ele absorveu todos as cores existentes no raio de luz branca, logo, refletiu apenas os raios azuis. O preto, 
por sua vez, representa a ausência da luz: todos os raios de luz branca são absorvidos pelo elemento 
analisado e, portanto, não há o reflexo de uma cor específica. 
 
 
Exemplo de círculo cromático com a classificação das cores1 
 O círculo cromático é uma ferramenta utilizada no design para a compreensão das relações entre as 
cores que podem ser visualizadas pelo olho humano. Ele apresentará doze cores, que são divididas nas 
seguintes categorias: primárias, secundárias e terciárias. Vamos compreender quais são cada uma delas? 
Cores primárias são aquelas que não podem ser produzidas a partir da adição de outras 
cores. Portanto, são cores primárias o azul, o amarelo e o vermelho. 
 
1 Fonte da imagem: https://www.todamateria.com.br/cores-complementares/ 
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Cores secundárias são obtidas a partir da mistura das cores primárias. Assim, o resultado 
das combinações possíveis originou o laranja, o violeta (roxo) e o verde. 
Cores terciárias, por fim, são fruto da combinação entre cores secundárias e primárias. 
Logo, os resultados obtidos serão vermelho arroxeado, vermelho-alaranjado, amarelo 
esverdeado, amarelo-alaranjado, azul-arroxeado e azul esverdeado. 
Ao analisar o círculo cromático, é possível compreender também outras relações possíveis entre as 
cores apresentadas. As cores complementares são aquelas que, quando combinadas, apresentam um 
contraste com nível alto entre si. Para encontra-las no círculo cromático, basta traçar uma linha reta entre 
determinada cor e aquela que está do lado oposto do desenho: o amarelo é uma cor complementar em 
relação ao roxo, por exemplo. Há também as cores análogas, que são aquelas próximas umas das outras (do 
lado esquerdo ou direito) do círculo cromático: na imagem apresentada, o azul-esverdeado e o verde são 
análogas entre si. As cores complementares decompostas, por sua vez, são encontradas ao traçar um 
triângulo com três cores no círculo cromático, como no caso da utilização do amarelo-alaranjado, do 
vermelho arroxeado e do azul esverdeado em uma mesma peça gráfica. 
Ainda sobre a classificação das cores, podemos dividí-las entre frias, quentes e neutras: as frias serão 
aquelas que não transmitem a sensação de calor, como o azul e o roxo. As cores quentes, por sua vez, são 
mais vibrantes e trazem uma percepção de vivacidade para quem tem contato com elas, como o vermelho 
e o laranja. Já as neutras são aquelas que complementarão o uso das demais cores e são integradas pelo 
branco, pelo cinza e pelo preto. Essa diferenciação é importante para entender os significados de cada cor 
de acordo com aspectos psicológicos, que devem ser considerados na hora de escolher a cor adequada para 
representar uma organização ou marca, por exemplo. 
Existem também três propriedades da cor que você precisa conhecer para fins de prova: a matiz, a 
saturação e o valor. Veja as características de cada uma delas: 
Matiz → é a cor no seu estado puro, sem a adição de branco, de preto ou de outras cores. 
Saturação → diz respeito à percepção de intensidade na composição de uma cor. Quanto 
mais próxima de tons de cinza ela for, menos vibrante será a sua percepção estética e, 
portanto, menos saturação ela terá. 
Valor → é a percepção da presença (ou não) de luz em uma cor. Ou seja, ela poderá ser 
mais clara ou mais escura e essa escolha dependerá do contexto no qual ela será utilizada. 
 Como mencionei

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