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Trabalho açai

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2.2 Logística e Transporte do Açaí A cadeia de exportação de um produto inicia-se pela estratégia de transporte, desde o momento em que é realizada a colheita até a entrega ao cliente final. Segundo Ballou (2012), as empresas veem como uma das principais atividades logísticas das empresas, com altos custos para a movimentação de seu produto acabado ou insumos necessários para a produção dele. O açaí tem origem do extrativismo produzido por ribeirinhos na bacia amazônica e, por falta de infraestrutura do local de colheita, para o escoamento do produto em natura é necessária a utilização do modal hidroviário com barcaças até chegar ao porto ou centros urbanos para a sua venda. Após esse processo são colocados em carretas que fazem a distribuição para as empresas que farão seu processamento. Para produções originadas em locais de terra firme, longe da bacia amazônica, o modal principal utilizado para distribuição é o rodoviário em caminhões ou veículos de pequeno porte
4 AÇAI DO PLANTIO À EXPORTAÇÃO A economia paraense está se tornando cada vez mais sólida em função da interação da produção doméstica com o mercado global, sendo estes de abrangência às mais diversas classes da economia (INVESTPARÁ, 2019). Tal fato justifica a necessidade de se ter uma logística estruturada a fim de suprir a necessidade de todos seus consumidores (EMBRAPA, 2010). 4.1 Cadeia Logística Entende-se como cadeia logística uma série de atividades consecutivas por meio das quais a matéria-prima passará e posteriormente será transformada, juntamente com todos seus pontos de suprimento e suas atividades de distribuição. No modelo agroindustrial, no qual o processamento de açaí é incluído, estão inseridas todas as operações que são necessárias para o funcionamento do processo, tais como o beneficiamento, conservação, acondicionamento e distribuição dos produtos que demandam extrema importância
A cadeia do açaí inclui: apanhadores de açaí (peçonheiros), atravessadores, marreteiros, amassadeiras, batedores de açaí (maquinários), consumidores frequentes, consumidores menos frequentes, freteiros, empresários (fábricas), catadores, carregadores, batedores de empresas, meeiros
4.1.2 Procedimento de Colheita e Transporte Geralmente, o processo de colheita é feito no início da manhã, pois as temperaturas são mais baixas, fato que precisa ser considerado pois em exposição a altas temperaturas os frutos ressecam (ROGEZ, 2000). Além disso, a colheita também é realizada nesse período em função do tempo que é gasto com o transporte, pois o fruto colhido precisa chegar aos centros consumidores já nas primeiras horas do dia seguinte (SOUZA, 2007). Segundo Rogez (2000), a operação é bastante onerosa e difícil de ser realizada, por ser feita em plantas bem altas e com estipes finos, ela é feita por meio do auxílio de facas bem afiadas para que possam realizar os cortes rentes ao cacho que fica próximo à inserção do estipe. Assim que os frutos são colhidos, são levados até as margens dos rios em cestos de fibras que são conhecidos como rasas ou paneiros, esses comportam entre 14 a 28kg de açaí. Também se utilizam contentores plásticos, chamados de basquetas, que possuem aberturas nas laterais que fazem com que a aeração seja melhor e consequentemente garanta proteção maior ao fruto contra avarias durante o transporte (ROGEZ, 2000). O primeiro transporte é realizado geralmente em uma curta distância que dura entre 30 minutos a 3 horas; este é realizado no período noturno ou pelo início da manhã, tendo em vista a alta perecibilidade do produto (EMBRAPA, 2010). Ao chegarem aos centros ou quando a produção é originada de áreas de terra firme, o transporte é realizado por caminhões ou veículos de pequeno porte por via rodoviária. Os frutos nessa etapa geralmente são acondicionados em sacos plásticos que têm capacidade para 60 kg, ou ainda em cestos, paneiros, caixas de plástico ou a granel
4.1.2 Procedimento de Colheita e Transporte Geralmente, o processo de colheita é feito no início da manhã, pois as temperaturas são mais baixas, fato que precisa ser considerado pois em exposição a altas temperaturas os frutos ressecam (ROGEZ, 2000). Além disso, a colheita também é realizada nesse período em função do tempo que é gasto com o transporte, pois o fruto colhido precisa chegar aos centros consumidores já nas primeiras horas do dia seguinte (SOUZA, 2007). Segundo Rogez (2000), a operação é bastante onerosa e difícil de ser realizada, por ser feita em plantas bem altas e com estipes finos, ela é feita por meio do auxílio de facas bem afiadas para que possam realizar os cortes rentes ao cacho que fica próximo à inserção do estipe. Assim que os frutos são colhidos, são levados até as margens dos rios em cestos de fibras que são conhecidos como rasas ou paneiros, esses comportam entre 14 a 28kg de açaí. Também se utilizam contentores plásticos, chamados de basquetas, que possuem aberturas nas laterais que fazem com que a aeração seja melhor e consequentemente garanta proteção maior ao fruto contra avarias durante o transporte (ROGEZ, 2000). O primeiro transporte é realizado geralmente em uma curta distância que dura entre 30 minutos a 3 horas; este é realizado no período noturno ou pelo início da manhã, tendo em vista a alta perecibilidade do produto (EMBRAPA, 2010). Ao chegarem aos centros ou quando a produção é originada de áreas de terra firme, o transporte é realizado por caminhões ou veículos de pequeno porte por via rodoviária. Os frutos nessa etapa geralmente são acondicionados em sacos plásticos que têm capacidade para 60 kg, ou ainda em cestos, paneiros, caixas de plástico ou a granel
As embalagens ficam acondicionadas em prateleiras dentro dos túneis do congelamento ou freezer, tendo que manter sua temperatura entre -18°C e -25°C, por um período de 24 a 36 horas. Depois disto o açaí deve permanecer congelado até o momento do consumo e seu armazenamento deve ser feito em câmara fria ou em freezer, à temperatura de -18°C à -25°C
4.1.7 Expedição Segundo a ABRAFRUTAS (2016) é por meio de empilhadeiras que os paletes da câmara fria chegam até a sala de expedição. Tratando-se do açaí, produto que é altamente perecível, muitas vezes essa sala de expedição está instalada em um galpão que possui temperatura controlada. Segundo Guilherme Lapo (LAPO, s.d.), gestor do Portal RExperts, um galpão refrigerado pode ter quatro níveis de refrigeração que vão de climatizada (entre 10ºC e 18º) aos túneis de congelamento (entre -45ºC e -25ºC), evitando choques térmicos na carga. Apesar de o Brasil ser líder no setor de exportação, esse processo ainda é realizado em pequena escala quando comparado com outros produtos em questão de exportação no país e não aparece nem mesmo no ranking dos dez principais produtos exportados segundo o MDIC (2019). Segundo a ARM Logística (2017), o Integrated Reefer Container (RF/RH) refrigerado é o contêiner popularmente conhecido apenas como reefer, sendo apropriado para qualquer tipo de carga que precise de controle na temperatura (frutas, peixes, filmes fotográficos, carne congelada, produtos químicos, chocolates e outros). Segundo a ABRAFRUTAS (2016) geralmente no âmbito de exportação, o açaí é exportado em contêineres frigoríficos de 20 pés que são capazes de acomodar 456 caixas de 10kg cada, contendo assim 4.560kg de açaí. Existem dois tipos de exportação que são realizados, sendo eles direto e indireto. Segundo Castro (2002) a exportação direta consiste naquela que o exportador realiza a venda diretamente com o importador, sem que haja a presença de um intermediário mercantil no Brasil. A exportação indireta, que segundo a Constituição Brasileira (BRASIL, 1988) no Decreto-Lei no 1.248/72, ato normativo que dispõe sobre o tratamento tributário das operações de compra de mercadorias no mercado interno para o fim específico da exportação e Comunicado DECEX no 02/99, emitido pelo Departamento de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio, as empresas que podem realizar esse tipo exportação são as TradingCompanys, as Empresas Comerciais Exportadoras, o Consórcio de produtores ou exportadores, as Cooperativas e as Indústrias desempenhando atividades comerciais exportadoras.

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