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Prosthesis and Esthetics in Science

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Volume 8 - Número 30 - 2019 - ISSN 2237-0439
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Prosthesis and Esthetics in Science - Vol. 8, n.30 - (Jan./Fev./Mar. 2019)
São José dos Pinhais: Editora Plena - 2011 - P. 88, 21 x 28 cm.
Periodicidade Trimestral
1. Odontologia. 2. Prótese. 3. Prótese Laboratorial. 4. Ortodontia 
5. Ortopedia. 6. Metalocerâmica.
I.Editora Plena. II Título
ISSN 2237-0439 (anterior)
ISSN 2595-279X
 CDD - 617-69
Bibliografia Brasileira de 
Odontologia (BBO)
Inst. Bras. de Informação em 
Ciência e Tecnologia (IBICT) 
Catálogo Coletivo 
Nacional (CCN)
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Biotecnologia
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2
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Editor - Diretor Científico | Scientific Director
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Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):2.
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Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):3.
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É proibido, sob pena de direitos autorais, a impressão integral ou parcial desta revista.
6 Editorial
Colunas | Columns
8-9 Epigenética, Epidrugs e Regeneração Periodontal
Rahyza Inácio Freire de Assis, Dayane Carvalho Ramos Salles de Oliveira, Mateus 
Garcia Rocha, Denise Carleto Andia.
10-14 A importância do gesso no resultado dos trabalhos protéticos
Ana Cristina Rocha Gomes, Paulo Roberto Marques Leites, Francisca Pereira.
16-21 Determinação da relação cêntrica pelo registro do Arco Gótico de 
Gysi em paciente edêntulo total
Adriana Bezerra, Analucia Philippi, Lorena Tavares Gama, Carolina Leite Roquejani, Thais 
MSV Gonçalves.
22-26 Enceramento realistado incisivo central superior
Priscila Rizzi.
28-40 Integração entre cirurgia plástica periodontal e Odontologia 
Restauradora em reabilitação estética com resinas compostas 
(parte 2) – estratificação em resinas compostas 
Stephanie Gomes Assunção Alves, Ángela Matarredona Barrachina, Antonio Setsuo Saka-
moto Junior, Rodrigo Ehlers Ilkiu.
42-45 Diagnóstico quando não temos muitas possibilidades
Daniel Eleutério.
46-53 Reabilitação estética em caso clínico de amelogênese imperfeita
Weider de Oliveira Silva, Laryssa Lorranne Lacerda, Gil Montenegro, Tarcísio Pinto, Cintia B. 
Fassine.
Relato de caso | Case report
55-67 Desenho digital do sorriso no planejamento interdisciplinar entre 
periodontia e prótese – relato de caso 
João Nilton Lopes de Sousa, Santina Sayanne Leite Minervino, Rachel de Queiroz Ferreira 
Rodrigues, Rodrigo Alves Ribeiro, Rodrigo Araújo Rodrigues.
Caderno DDS-BR – Digital Dentistry in Science
71 Editorial
72-80 Ortodontia Digital com Alinhadores Ortodônticos – Sistema Cleartek
Ernesto D. Rodrigues, Bárbara Machado e Melo.
81-87 Confecção digitalizada 3D de placas oclusais 
hermes Pretel, Renato Parsekian Martins.
Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):5.
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Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):6.
Para pensar: 
Adventos da evolução tecnológica para uma 
Odontologia mais previsível e precisa
Em um mundo de evolução tecnológica acelerada, a Odontologia sofreu constantes al-
terações em seu fluxo de trabalho, utilizando esses adventos para resolução de tratamentos 
de forma mais previsível, segura e precisa. A engenharia reversa, através da tecnologia CAD/
CAM, reforçou na reabilitação oral quesitos importantes como o planejamento e a precisão/
exatidão na manufatura de suas restaurações.
O acrônimo CAD/CAM é oriundo da língua inglesa, Computer-Aided Design e Com-
puter-Aided Manufactoring, significando respectivamente: o desenho auxiliado por com-
putação e manufatura auxiliada por computação. A indústria, de maneira geral, utiliza esse processo com o objetivo de 
automatizar, agilizar e controlar o processo de fabricação. A técnica foi descrita pela primeira vez em meados de 1970, por 
um cirurgião-dentista francês chamado François Duret, que utilizou um dispositivo para captura de imagens por refração 
de luz e hardwares para planejamento e obtenção da restauração. Na Odontologia, a partir do modelo virtual inserido, 
operadores realizam o design da futura restauração através de softwares de computadores, a qualidade final da peça está 
em crescente padrão com a evolução desses programas1.
O modelo virtual procede da digitalização tridimensional direta da situação clínica intraoral ou indiretamente, atra-
vés do escaneamento dos modelos de gesso obtidos por moldagens convencionais. Trata-se da introdução de uma nova 
etapa no fluxo de trabalho digital, chamada de CAI (Computer Aquisition Image). A grande maioria dos sistemas atuais 
de escaneamento baseia-se no uso de sensores de posicionamento, medição e rotação de uma fonte emissora de luz e 
seus sensores, construindo imagens a partir de medidas lineares e equações triangulares. A reprodução final da imagem 
se dá por uma malha de pontos não sólida, recriando a geometria de superfície com triângulos vinculados, em um arquivo 
digital no formato STL. A Optical Society of America, em 1978, relatou que a formação da imagem depende diretamente 
da qualidade de suas câmeras e sensores, bem como a sua capacidade de captação de imagens não apenas estacionárias 
como também em movimento.
Os métodos de aquisição de imagem digital direta trazem a Odontologia Restauradora inúmeras vantagens, 
como: melhor aceitação do paciente através da diminuição do desconforto do procedimento2, rapidez de trabalho 
pela diminuição de etapas clínicas e fácil armazenamento de seus modelos3,4. há uma grande variabilidade de mar-
cas no mercado e cada sistema intraoral apresenta um mecanismo específico de funcionamento. A busca é constante 
pela melhora na qualidade de exatidão das imagens e aumento seguro da velocidade de captação das mesmas, com 
uma menor interferência de fatores externos durante a execução. A tomada de impressão pode ser alterada por fa-
tores como a capacidade técnica do profissional e a necessidade de um treinamento com padrões de escaneamento 
pré-determinados pelos fabricantes dos dispositivos5. Outros quesitos importantes são o controle de luminosida-
de ambiente e de possíveis corpos de refração de luz. Esses são de suma importância na qualidade da imagem for-
mada6. A principal desvantagem da tecnologia CAI ainda refere-se ao alto custo de aquisição de seus dispositivos. 
Dentre os constantes aperfeiçoamentos tecnológicos, é necessário que o cirurgião-dentista atualize seus conhecimentos e 
adapte seus tratamentos e condições a esta nova realidade que faz da Odontologia uma área muito mais segura e eficaz. 
Todavia, cabe ressaltar que a excelência dos resultados obtidos de uma reabilitação não está nos atributos tecnológi-
cos e sim a rigorosa execução da técnica consolidada em embasamentos científicos. Dentre o histórico da presente revista, 
a busca constante e incessante pela atualização da Odontologia se mostra presente nos trabalhos aqui apresentados.
Catarina Soares Silveira
Faculdade ILAPEO – Curitiba/Pr
Referências 
1. Shim JS, Lee JS, Lee JY, Choi YJ, Shin SW, Ryu JJ. Effect of software version and parameter settings on the marginal and internal 
adaptation of crowns fabricated with the CAD/CAM system. J Appl Oral Sci.2015;23(5):515-22.
2. Zaruba M, Mehl A. Chairside sytems: a current review. Int J Comput Dent 2017; 20(2):123-49.
3. Bernardes SR, Tiossi R, Sartori IAM, Thomé G. Tecnologia CAD/CAM aplicada a prótese dentária e sobre implantes: o que é, como 
funciona, vantagens e limitações. Revisão crítica da literatura. J Ilapeo 2012;6:8-13.
4. Nagarkar SR, Perdi.gão J, Seong WJ, Theis-Mahon N. Digital and conventional impressions for full-coverage restorations: Systematic 
review and meta-analysis. JADA. 2018: 149(2): 139-147.
5. Mennito AS, Evans ZP, Lauer AW, Patel RB, Ludlow ME, Renne WG. Evaluation of the effect scan pattern has on the trueness and 
precision of six intraoral digital impression systems.J Esthet Restor Dent. 2018 Mar;30(2):113-118.
6. Blanco D, Fernández P, Cuesta E, Suárez CM. Influence of ambient light on the quality of laser digitized surfaces. In: Proceedings of 
the world congress on engineering, vol. 1; 2008. p. 32–7.
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1 Departamento de Prótese e Periodontia – FOP/UNICAMP.
2 Departamento de Odontologia Restauradora – FOP/UNICAMP.
3 Escola de Odontologia, Divisão de Epigenética, Universidade Paulista – UNIP/SP.
E-mail: oliveira.day@icloud.com
Como citar este artigo:
Assis RIF, Oliveira DCRS, Rocha MG, Andia DC. Epigenética, Epidrugs e Regeneração Periodontal. Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 
8(30):8-9.
DOI: 10.24077/2019;1038-8
Rahyza Inácio Freire de Assis1
Dayane Carvalho Ramos Salles de Oliveira2 
Mateus Garcia Rocha2
Denise Carleto Andia1,3
Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):8-9.
Epigenética, Epidrugs e Regeneração 
Periodontal
O princípio da regeneração periodontal não é diferente da regeneração de outros teci-
dos do corpo. O desafio na terapia periodontal regenerativa está na habilidade de regenerar 
diferentes tipos de tecido como osso alveolar, cemento e o ligamento periodontal. Existem 
diversas abordagens disponíveis para regeneração, dentre elas os “scaffolds” e a terapia gê-
nica. O tipo de tecido formado durante o processo de cicatrização depende do tipo de célula 
que chega na região (Melcher, 1976) e a função dos “scaffolds” é prover um formato para 
guiar o tecido e bloquear o crescimento das células epiteliais, que geralmente são as primei-
ras a chegar no processo de cicatrização. A estrutura, topografia e propriedades do material 
dos “scaffolds” influenciam diretamente nesse processo,bem como na diferenciação, mi-
gração e adesão celular (Nair, 2017). Esses fatores são cruciais para o sucesso da regene-
ração tecidual. Estudos recentes demonstraram que modificações realizadas na superfície 
do dióxido de titânio, a nível manométrico, alterou o padrão da metilação nas histonas dos 
adipócitos, direcionando essas células à diferenciação osteogênica (Lv et al., 2015); ou seja, 
mudanças na superfície estimularam a diferenciação celular. Embora pesquisas nesse senti-
do estejam em estágios iniciais, o conhecimento atual indica uma possibilidade interessante 
de utilizar materiais e nanotecnologias para promover a regeneração tecidual e melhorar 
funções celulares através da epigenética. Além disso, é fundamental o conhecimento sobre 
funções celulares bem como o conhecimento dos materiais e estruturas para obter os me-
lhores resultados nas terapias periodontais regenerativas. 
9Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):8-9.
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RS, Rocha M
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Os “scaffolds” também podem funcionar como 
um modelo de liberação das drogas epigenéticas, 
as epidrugs. A sílica, por exemplo, é o material que 
foi aprovado pela agência americana Food and Drug 
Administration (FDA) como o veículo de liberação do 
5-aza, uma droga epigenética que inibe de metilação 
do DNA (Lorden, 2015). Para melhorar a engenharia 
tecidual, moléculas bioquímicas sinalizadoras são uti-
lizadas para induzir uma função específica nas células 
ou induzí-las à diferenciação celular para um tipo celu-
lar específico, por meio de um novo arranjo da croma-
tina e mecanismos epigenéticos associados. 
A combinação dos “scaffolds” com a liberação das 
epidrugs pode melhorar a regeneração tecidual (Lar-
sson, 2017). Estudos utilizando a modulação gênica 
apresentaram resultados promissores. Aos tratar fi-
broblastos gengivais com um modulador epigenético 
e com proteína morfogenética 2 (BMP2), os pesqui-
sadores conseguiram diferenciar os fibroblastos em 
osteoblastos, através de modificações epigenéticas 
que permitiram a expressão de genes osteogênicos e 
a formação de tecido mineralizado. Quando essas mo-
dificações foram testadas em modelo animal, os pes-
quisadores conseguiram aumentar o conteúdo mineral 
e formação óssea, combinando os osteoblastos com 
enxerto ósseo. 
A epigenética também permite aumentar a capa-
cidade de mineralização das células. Estudos em fase 
de publicação, desenvolvidos na Faculdade de Odon-
tologia de Piracicaba, apresentaram resultados ani-
madores. Neste caso, utilizamos células do ligamento 
periodontal de humanos que apresentavam pouca 
capacidade de produzir matriz mineralizada, tratamos 
com um modulador epigenético chamado de RG108 
e induzimos as células à diferenciação osteogênica. 
Após 21 dias, essas células se apresentavam, histologi-
camente, como osteoblastos e com grande quantidade 
de matriz mineralizada quando comparadas às células 
sem tratamento. A quantidade de matriz mineralizada 
depositada após o tratamento com o RG108 foi similar 
às quantidades produzidas por células do ligamento 
periodontal que apresentam alto potencial osteogêni-
co. A próxima fase do estudo é confirmar esses resul-
tados em modelo animal.
Conhecer e entender como ocorrem as interações 
entre os genes e o ambiente, por meio da epigenética, 
poderá fornecer explicações para questões importan-
tes que podem revolucionar o diagnóstico e as opções 
de tratamento do paciente.
Referências:
1. Intini G. Future approaches in periodontal regeneration: 
gene therapy, stem cells and RNA interference. Dent Clin 
N Am 54 (2010) 141–155 doi:10.1016/j.cden.2009.09.002
2. Larsson L. Current Concepts of Epigenetics and Its Role in 
Periodontitis. Curr Oral health Rep (2017) 4:286–293 
3. Lorden ER, Levinson hM, Leong KW. Integration of drug, 
protein, and gene delivery systems with regenerative medi-
cine. Drug Deliv Transl Res. 2001;5:168–86. 
4. Lv L, Liu Y, Zhang P, Zhang X, Liu J, Chen T, et al. The 
nanoscale geometry of TiO2 nanotubes influences the os-
teogenic differentiation of human adipose-derived stem 
cells by modulating h3K4 trimethylation. Biomaterials. 
2015;39:193–205
5. Melcher Ah. The repair potential of periodontal tissues. J 
Periodontol 1976: 47: 256–260. 
6. Nair A, Tang L. Influence of scaffold design on host immune 
and stem cell responses. Semin Immunol. 2017; https://doi.
org/10.1016/j.smim.2017.03.001.
7. Y. Cho, B. Kim, h. Bae, W. Kim, J. Baek, K. Woo, G. Lee, 
Y. Seol, Y. Lee, Y. Ku, I. Rhyu, and h. Ryoo. Direct Gingival 
Fibroblast/Osteoblast Transdifferentiation via Epigenetics. 
Journal of Dental Research 2017, Vol. 96(5) 555 –561.
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1 Ma. em Implantodontia – SL Mandic/Campinas, Esp. em Periodontia, Diretora Científica – Frezato Imersões Odontológicas. 
2 CD graduado – PUC-PR.
3 Esp. em Endodontia – UNIABO-TO, Professora de Anatomia Dental e oclusão – UNIFESO – Teresópolis/RJ.
E-mail do autor: tininhagomes2015@gmail.com
Como citar este artigo:
Gomes ACR, Leites PRM, Pereira F. A importância do gesso no resultado dos trabalhos protéticos. Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 
8(30):10-14.
DOI: 10.24077/2019;830
Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):10-14.
A importância do gesso no resultado dos 
trabalhos protéticos
The importance of plaster in the result of prosthetic work
Ana Cristina Rocha Gomes1
Paulo Roberto Marques Leites2
Francisca Pereira3
Resumo
Os gessos odontológicos são usados desde a antiguidade e ainda hoje estão presentes 
principalmente na Odontologia e na Prótese. Constituem parte da documentação do pa-
ciente e são usados durante o tratamento clínico para diagnóstico, plano de tratamento e 
confecção dos trabalhos protéticos. Como é um material de uso comum em varias áreas da 
Odontologia, os gessos passaram por uma evolução quanto ao grau de expansão, tempo de 
trabalho, tempo de presa e dureza. É um material acessível e comum em clínicas e laborató-
rios e empregados em diversos trabalhos com diferentes finalidades. 
Descritores: gesso, articuladores, modelos de trabalho.
Abstract
Dental plasters have been used since ancient times and are still present today mainly in 
Dentistry and Prosthesis. They are part of the patient documentation and are used during 
clinical treatment for diagnosis, treatment plan and manufacturing of prosthetic work. As 
they are a commonly used material in several areas of Dentistry, they underwent an evolu-
tion in the expansion degree, working time, prey time and hardness. They are accessible and 
common materials in clinics and laboratories and they are employed in many kinds of work 
for different purposes.
Descriptors: Plaster, articulators, working models.
11Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):10-14.
G
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R, Leites PRM
, Pereira F.
Introdução
A esmagadora maioria dos procedimentos proté-
ticos realizados em laboratórios de prótese depende 
da existência de um modelo, seja ele físico (real) ou 
digital. O modelo não é apenas uma base para suporte 
de uma cera, acrílico, metal ou cerâmica, um modelo 
adequado para prótese deve ser acima de tudo a répli-
ca mais fiel e precisa possível da arcada ou elemento 
dentário para o qual será confeccionado o trabalho 
protético, desde uma coroa acrílica até uma reabilita-
ção cerâmica. Portanto, o modelo odontológico preci-
sa ser o melhor possível, pois a qualidade da prótese 
realizada depende diretamente da qualidade do mo-
delo sobre o qual a mesma foi confeccionada. Nas pa-
lavras de Fortunato Rigotti Alice, professor de prótese 
dentária no Paraná por mais de 50 anos, “Na prótese 
o passo seguinte não corrige a falha anterior”, ou seja, 
uma prótese que começou mais ou menos vai terminar 
mais ou menos ou ruim, nunca melhor.
A grande novidade do momento na prótese é o 
modelo impresso. De acordo com a indústria não pre-
cisaremos mais utilizar gesso para confecção de mode-
los e que as impressoras hoje podem substituir os mo-
delos de gesso com muito mais vantagens e que acima 
de tudose enquadram perfeitamente no fluxo digital. 
Longe de querer ser retrógrada, para defender um ma-
terial chamado, por alguns, de “ultrapassado”, desejo 
antes de mais nada mostrar a importância do gesso no 
resultado de nossos trabalhos protéticos, pois no está-
gio atual da tecnologia o gesso ainda é o material de 
eleição para confeccionar modelos. Vejamos porquê.
Modelo impresso X Modelo de gesso
Atualmente existe uma variedade muito grande 
de impressoras no mercado, sendo que as mais eco-
nômicas são menores e apresentam tanques com 
menor capacidade de produção de modelos. O custo 
de uma impressora de ótima qualidade pode chegar 
a R$100.000,00, na média, uma boa impressora fica 
entre R$40.000,00 e R$60.000,00. Temos que ter em 
mente que a fonte de luz, que faz a polimerização da 
resina, também tem uma vida útil média e que even-
tualmente deverá ser substituída quando perder qua-
lidade. Além da fonte de luz há também a resina para 
impressão, esta apresenta um custo entre R$600,00 
a R$900,00 o quilo e, dependendo da qualidade de 
superfície do modelo desejado, pode render até 40 
unidades, pois quanto melhor a superfície desejada 
menor é o rendimento da resina e maior o custo por 
modelo. Com relação ao tempo necessário para se 
imprimir um modelo, um de ótima qualidade de su-
perfície pode levar até duas horas para impressão e 
tem que se levar em conta a capacidade do tanque de 
resina para se avaliar a quantidade de modelos que po-
dem ser produzidos nestas duas horas. Em resumo, um 
modelo impresso com uma boa qualidade de super-
fície pode levar até duas horas para ser gerado a um 
custo aproximado de R$15,00 (utilizando-se a resina 
mais barata) e de R$22,50 (utilizando-se uma resina de 
maior qualidade). Devemos ainda somar a isso o custo 
do equipamento e seus periféricos.
Em razão da novidade da tecnologia de impressão, 
algo que ainda não é discutido atualmente diz respeito à 
precisão dos modelos impressos. Outros materiais para 
modelos presentes no mercado como, por exemplo, 
poliuretanos e outros polímeros, apresentam uma con-
tração volumétrica que assim como a expansão volumé-
trica observada em alguns gessos pode causar deforma-
ções de difícil correção e que somente são observadas 
pelos técnicos e dentistas após a confecção do trabalho 
protético final, onde já foram consumidos tempo e ma-
teriais para confecção da prótese. Devido a estes pro-
blemas é que acreditamos que, ainda hoje, no estágio 
em que se encontra a tecnologia, o gesso odontológico 
quando manipulado corretamente é o melhor material 
que existe para a confecção de um modelo protético.
Do laboratório para o consultório – Os se-
gredos do sucesso na confecção de modelos
Para assegurarmos a adaptação precisa de uma 
prótese aos preparos nos dentes do paciente o segredo 
número 1 é a fidelidade do modelo, no qual o técnico 
aplicará toda sua maestria e habilidade, com o preparo 
no paciente realizado pelo cirurgião-dentista. De nada 
adianta fazer a prótese mais perfeita do mundo se ela 
só for perfeita no modelo onde foi confeccionada e 
não no paciente. O fator que mais afeta a precisão e 
fidelidade dos modelos de gesso é a expansão.
Expansão nos modelos de gesso
A expansão de presa ocorre durante a cristalização 
da maioria dos gessos existentes e é a principal fonte 
de deformações observadas nos modelos de gesso. 
Até poucos anos atrás se acreditava que essa expansão 
ocorria apenas nas primeiras duas horas após a mani-
pulação do material. Entretanto, sabemos atualmente 
que o gesso apresenta expansão e contração por até 
120 horas, cerca de cinco dias, após sua manipulação 
com a água, o que originou o termo expansão tardia 
do gesso, neste período a expansão do gesso pode 
mais do que dobrar em determinadas marcas comer-
ciais. Por essa razão é importante que o profissional 
tenha conhecimento do percentual de expansão tardia 
do gesso que está utilizando. Na Tabela 1 podemos 
observar os diferentes graus de expansão, em duas e 
em quarenta e oito horas, de algumas marcas comer-
ciais de gessos disponíveis no mercado brasileiro.
12
Tabela 1 – Dados de expansão em duas e quarenta e oito horas de gessos presentes no mercado Brasileiro.
Produto Fabricante Resistênica (Mpa)
Expansão em 2 
horas
Expansão em 48 
horas
Durone Dentsply 49 0,09% 0,17% *
Elite-Rock Zhermack 81 0,08% 0,19% **
Esthetic base 300 Dentona 110 0,08% 010% *
Fuji-Rock - marrom GC corp. 60 0,08% 0,18% ***
Number 1 Dentona 125 0,08% 0,09-0,010% *
Resin Rock Whipmix 49 0,08% 0,14% ***
SnowRock premium DK Mungyo 94 0,08% 0,12% *
Vel-mix Classic Kerr 83 n.d. 0,15% **
*** Dados obtidos na literatura científica
** Dados obtidos no site da Zhermack (http://en.zhermack.com/Technical/Stones/Die/C410035.kl)
*Dados obtidos em testes internos nos laboratórios da empresa Dentona AG.
n.d. – Dados não disponíveis (não informados pelo fabricante).
Um dos grandes problemas da expansão é a im-
possibilidade de se determinar para onde ocorrerá. 
Uma vez que não temos como saber para onde o 
material expandirá não há como se criar uma técnica 
para compensá-la. Apenas é sabido que a expansão, 
tal como a contração, é proporcional ao volume de 
massa, mas as direções desta expansão não podem 
ser determinadas. Portanto, a fim de se minimizar ao 
máximo a influência da expansão o profissional deve 
utilizar o gesso que apresente a menor expansão pos-
sível.
Outro fato recente que foi verificado com relação 
à expansão observada nos modelos de gesso é a de-
formação dos arcos dentais com a consequente alte-
ração dos espaços interdentais nos modelos quando 
se utiliza um gesso com alto grau de expansão para 
confecção das bases de modelos troquelados, como 
mostrado nas Figuras 1 e 2.
Figura 2 – Gesso de base sem expansão.Figura 1 – Gesso de base com alto grau de expansão.
Como mostrado na Figura 1, quando os pinos de 
troqueis do modelo mestre são posicionados dentro 
de um gesso com grande expansão (tipo III), a medida 
que o gesso de base se expande ele leva consigo os 
pinos de troqueis, que podem causar desde a indução 
de tensões no interior do gesso do modelo mestre até 
mesmo a deformação da arcada do modelo mestre. 
Esse problema pode ser minimizado ou até mesmo 
eliminado, quando da utilização de gessos de baixa 
expansão para confecção das bases ou através da uti-
lização de bases para troqueis plásticas pré-fabricadas.
Atualmente existe uma marca comercial de gesso 
capaz de produzir modelos com ausência de expansão 
em pelo menos duas casas decimais após a vírgula, ou 
seja, 0,00% de expansão, este produto tem o nome 
comercial de Zero Stone. O Zero Stone foi desenvolvi-
do para confecção de modelos rígidos (não é indicado 
para troqueis) como modelos de implantes, próteses 
totais e modelos rígidos para facetas e lentes de con-
tato. Existem dois outros gessos com 0,00% de expan-
são, porém não indicados para confecção de modelos, 
o Zero Arti, que foi desenvolvido para montagem de 
articuladores, preenchimento de muflas e confecção 
de guias (índex) para soldas e o Zero Sockel, que foi 
Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):10-14.
13
desenvolvido para a confecção de bases para modelos.
A expansão do gesso pode ser diminuída obser-
vando alguns detalhes simples quando da manipula-
ção do material, são eles:
•	 Seguir atentamente a relação água:pó infor-
mada pelo fabricante;
•	 Utilizar sempre que possível espatulação me-
cânica (vácuo);
•	 Nunca colocar aditivos químicos em uma mis-
tura nova de gesso, como sl ou água gessada;
•	 Utilizar o gesso adequado para o trabalho que 
será realizado;
•	 Utilizar sempre água destilada para manipula-
ção do gesso.
O segredo número 2 para assegurarmos a adap-
tação precisa de uma prótese aos preparos nos dentes 
do paciente é a resistência do modelo de gesso. É essa 
resistência que vai assegurar que o modelo apresente 
e mantenha as características anatômicas que foram 
copiadas pelo material de impressão, ou seja, bordas e 
margens de preparos bem definidas,que não sofram 
deformações e alterações destas superfícies devido à 
manipulações (desgastes e arredondamentos devido 
à atrito com outras superfícies – verificação de conta-
tos oclusais) e trabalhos laboratoriais que necessitam 
ser realizados para o trabalho (realização dos procedi-
mentos de troquelização). O modelo de gesso deve ser 
trabalhado pelo técnico, troqueis devem ser confec-
cionados, gengiva e outros detalhes não necessários à 
confecção da prótese (copiadas na moldagem) devem 
ser removidos de modo a expor a margem do preparo. 
Para que isto possa ser realizado sem riscos de fraturas 
indesejadas o modelo de gesso deve apresentar uma 
ótima resistência.
A resistência do gesso é dependente de duas 
propriedades mecânicas: a dureza e resistência flexu-
ral do gesso. A interação dessas duas propriedades é 
que vai resultar em um produto que ofereça ótimas 
características de trabalho e manuseio. Um gesso que 
seja somente muito ou extra duro sem apresentar 
uma alta resistência flexural resultará em um modelo 
quebradiço, friável, que apresentará lascas ou estilha-
çamento quando procedimentos de troquelização ou 
delimitação de margens estiverem sendo realizados. 
Um gesso com baixa dureza e alta resistência flexural 
apresentará baixas propriedades de corte, apresen-
tará boas propriedades de resistência à deformação, 
mas uma pobre qualidade de delimitação de bordas 
e margens.
Existem hoje gessos para modelos extremamen-
te resistentes, com resistência flexural da ordem 
de 1274kg/cm2 (125MPa) e dureza de 4078kg/cm2 
(400MPa). Na Tabela 2 podemos observar os valores 
de dureza e resistência flexural de algumas marcas co-
merciais de gessos disponíveis no mercado brasileiro. 
Tabela 2 – Dados de dureza e resistência flexural de gessos presentes no mercado Brasileiro.
Produto Fabricante Resistência compressiva Dureza
Elite Rock Zhermack 81 MPa ** n.d.
Esthetic Base 300 Dentona 110 MPa ***** 300
Esthetic Base Gold Dentona 120 MPa ***** 300
Kromotypo Lascod 81 MPa **** 85 MPa
New Fuji Rock GC 60 MPa **** n.d.
Number 1 Dentona 125 MPa ***** 400
Snow Rock Premium DK Mungyo 94 MPa * n.d
Uni Base 300 Dentona 100 MPa ***** 300
*Dados obtidos no site da empresa DK Mungyo (https://dentalstone.en.ec21.com/Die_Stone_Premium--2744075_2744080.html )
** Dados obtidos no site da empresa Zhermack (http://en.zhermack.com/Technical/Stones/Die/C410035.kl)
*** Dados obtidos no site da empresa Lascod (http://www.lascod.it/kromotypo4_gessi_en.html)
**** Dados obtidos no site da empresa GC America (http://www.gcamerica.com/lab/products/GC_FUJIROCK_EP/gympsums%20brochure.pdf)
***** Dados obtidos com a empresa Dentona AG.
O segredo número 3 para se obter o melhor mo-
delo possível é o fator custo. Para confeccionarmos um 
modelo perfeito necessitamos apenas de um gesso de 
excelente qualidade, uma boa técnica de manipulação 
(seguir as orientações do fabricante, trabalhar correta-
mente), um espatulador a vácuo e um vibrador. Veja-
mos abaixo na Tabela 3 o custo de um modelo de ges-
so, tomando por base um modelo com 100g de gesso.
G
om
es A
C
R, Leites PRM
, Pereira F.
Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):10-14.
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Tabela 3 – Custo por modelo de gesso combinado com as propriedades de expansão, dureza e resistência.
Produto Fabricante
Resistência 
(MPa)
Dureza
Expansão em 
48h
Custo do 
modelo de 100 g
Durone Dentsply 49 n.d. 0,17% R$ 3,73
Elite-Rock Zhermack 81 n.d. 0,19% R$ 3,99
Esthetic base 300 Dentona 110 300 0,10% R$ 3,40
Fuji-Rock – amarelo GC corp. 60 n.d. 0,18% R$ 2,72
Fuji-Rock – marrom GC corp. 60 n.d. 0,18% R$ 2,18
Number 1 Dentona 125 400 0,09-0,10% R$ 3,95
Resin Rock Whipmix 49 n.d. 0,14% R$ 3,78
SnowRock premium DKMungio 94 n.d. 0,12% R$ 2,66
Valores obtidos através de pesquisa nas dentais (internet) em 06/2018.
Valores de resistência e expansão obtidos nos sites dos fabricantes e literatura científica.
Como pode ser visto, o custo para se obter um mo-
delo de gesso que apresenta a menor expansão (maior 
precisão) e maior resistência é de apenas R$3,95. Se 
outros gessos de valor menor forem utilizados, perde-
remos precisão (por terem mais expansão) e resistência 
e se formos ainda comparar os custos dos modelos im-
pressos teremos uma diferença muito grande.
Outro fator que influencia no custo do modelo 
de gesso é o tempo, atualmente existem modelos de 
gesso que permitem obter um modelo com excelentes 
propriedades de expansão e resistência em apenas 10 
minutos, outros requerem apenas 35 minutos. Outros 
tipos de gesso permitem 10 minutos de tempo de tra-
balho e tempo de presa (para remoção do molde) de 
apenas 40 minutos, quantos modelos podem ser verti-
dos em 10 minutos? Todas estas características devem 
ser levadas em conta pelo profissional para sua seleção 
correta de material.
Conclusão
Com base no que foi exposto acima é que acredi-
tamos que o gesso, hoje, ainda é o material de eleição 
para confecção de modelos por combinar caracterís-
ticas excelentes de precisão, resistência, qualidade de 
superfície e custo por modelo. Não temos dúvida de 
que as tecnologias continuarão se desenvolvendo e 
apresentarão, no seu devido tempo, novos produtos 
capazes de aliar todas estas características que os ges-
sos atuais nos proporcionam. 
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3913(09)60181-5.
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16
1 Esp. em Prótese Dentária – FOB, Mestranda PPGO – UFSC.
2 Drª. – UFSC, Profª. – UFSC.
3 Graduação em Odontologia, Doutoranda - UNICAMP.
4 Graduação em Odontologia, Mestranda PPGO – UFSC.
5 Drª. – UNICAMP, Profª. – UFSC.
E-mail do autor: analucia.p@ufsc.br
Como citar este artigo:
Bezerra A, Philippi A, Gama LT, Roquejani CL, Gonçalves TMSV. Determinação da relação cêntrica pelo registro do Arco 
Gótico de Gysi em paciente edêntulo total. Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):16-21.
DOI: 10.24077/2019;830-1621
C
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lu
n
a 
Pr
ó
te
se
 T
o
ta
l
Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):16-21.
Determinação da relação cêntrica pelo registro 
do Arco Gótico de Gysi em paciente edêntulo 
total 
Determining the centric relation for the edentulous 
patient with the Gothic Arch of Gysi
Adriana Bezerra1 
Analucia Philippi2 
Lorena Tavares Gama3
Carolina Leite Roquejani4 
Thais MSV Gonçalves5 
Resumo 
Este artigo descreve a técnica de confecção dos dispositivos intraorais e a realização do 
registro do arco gótico, com consequente determinação da Relação Cêntrica (RC) em um 
paciente edêntulo total.
Descritores: Dentaduras, oclusão dentária balanceada, oclusão dentária, técnicas de 
planejamento. 
Abstract 
The aim of this paper was to describe the technique of intraoral devices making for the 
recording of the Gothic Arch Tracings, and consequently the determination of the Centric 
Relation (CR), in a total edentulous patient.
Descriptors: Dental occlusion, balanced dental occlusion, complete denture planning.
Neste mês, a coluna foi escrita por uma convidada, a Mestranda Adriana Bezerra.
17Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):16-21.
Bezerra A
, Philippi A
, G
am
a LT, Roquejani C
L, G
onçalves TM
SV.
Introdução
Desde sua concepção, a determinação da Relação 
Cêntrica tem oferecido um grande desafio aos profis-
sionais dedicados à Reabilitação Oral. Nos últimos 100 
anos, novas informaçõesdecorrentes da maior preci-
são da Imaginologia têm modificado constantemente 
esse conceito.
Segundo a Academia de Prótese, em sua publi-
cação de 2017, o Glossário de Termos Protéticos, a 
Relação Cêntrica (RC) corresponde ao posicionamento 
espacial da mandíbula, independente do contato den-
tário, em que os côndilos se articulam na posição ante-
rossuperior, contra a parede posterior das eminências 
articulares11. Nessa posição, o movimento da mandí-
bula é puramente rotatório e, a partir dessa posição 
a mandíbula inicia todos os movimentos verticais, de 
lateralidade e protrusão, sendo essa uma posição re-
produtível, mesmo em edêntulos totais6.
O correto registro da RC é importante para es-
tabelecer uma oclusão harmoniosa, funcional e con-
fortável, principalmente em pacientes edêntulos que 
perderam as referências oclusais1,8. Dentre os diversos 
métodos de registro da RC, o método gráfico se desta-
ca por permitir uma reprodução da RC de forma mais 
exata e precisa4,7,9,10. Segundo Gysi, o perfeito relacio-
namento entre as arcadas permite uma melhora sig-
nificativa na função, na estética e na fonética, sendo 
bastante relevante principalmente em pacientes com 
desordens temporomandibulares5.
Esse método gráfico, desenvolvido por Gysi em 
1910, baseia-se na criação de um ponto de apoio cen-
tral que cria um fulcro, permitindo a livre movimenta-
ção da mandíbula, com consequente posicionamen-
to fisiológico dos côndilos. O aparato utilizado para 
esse método consiste no posicionamento de uma pua 
(pino) em um dos arcos maxilares, geralmente no su-
perior, e uma placa de registro no arco oposto, onde 
será registrado o traçado dos movimentos bordejan-
tes de protrusão, lateralidade e retrusão máximas da 
mandíbula5. Por consequência, é possível registrar a 
posição de RC mais precisa, assim como avaliar o grau 
de movimentação das arcadas. O registro do posicio-
namento mandibular nos movimentos bordejantes de 
lateralidade e protrusão permite a individualização 
desses parâmetros nos articuladores semi-ajustáveis, 
auxiliando a montagem dos dentes artificiais2.
Dessa forma, o objetivo do presente artigo foi 
descrever a técnica de confecção dos dispositivos in-
traorais e a realização do registro do arco gótico, com 
consequente determinação da RC, em um paciente 
edêntulo total.
Sequência clínica
1. Previamente à confecção dos dispositivos e registro do arco gótico:
1.1 Confeccionar as bases de prova superior e inferir, que devem ser bem adaptadas aos modelos definitivos;
1.2 Ajustar as bases de prova intraoralmente;
1.3 Registrar o posicionamento da arcada superior e consequente montagem do modelo superior no Articu-
lador Semi-ajustável (ASA) com auxílio do arco facial;
1.4 Realizar a reconstrução fisionômica e o relacionamento maxilomandibular, determinando-se a dimensão 
vertical de oclusão e a relação cêntrica pelos métodos métrico e fisiológico;
1.5 Realizar a montagem do modelo inferior no ASA. (Figura 1)
Figura 1 – Modelos definitivos com os planos de orienta-
ção montados em ASA.
18
2. Confecção dos dispositivos intraorais:
2.1 Confeccionar novas bases de prova superior e inferior;
2.2 Na base de prova superior, fixar uma placa de metal onde será adaptada uma pua na região central do 
palato (Figura 2).
2.3 Confeccionar a base de prova inferior e fixar uma placa metálica de forma perpendicular à pua instalada 
no arco superior (Figura 3).
2.4 Levar as bases de prova em posição nos modelos e ajustar a altura da pua de modo que a dimensão 
vertical de oclusão, estabelecida no ASA, não se altere. Dessa forma, apenas a ponta ativa da pua deverá tocar a 
placa de metal enquanto o pino incisal toca a mesa incisal simultaneamente (Figura 4).
Figura 2 – Base de prova superior com a pua posicionada de 
forma centralizada.
Figura 3 – Base de prova inferior com a placa metálica fixada.
Figura 4 (A-B) – Dispositivos intraorais finalizados no ASA. A) Vista lateral direita. B) Vista lateral esquerda.
3. Registro intraoral dos movimentos mandibulares bordejantes (protrusão, lateralidade e re-
trusão):
3.1 As bases deverão ser adaptadas aos rebordos sem deslocamentos por interferências da musculatura 
mandibular;
3.2 O paciente deve realizar todos os movimentos bordejantes de protrusão, lateralidade e retrusão (Figuras 
5-8). Esses movimentos devem ser realizados por um tempo considerável até que o registro do arco gótico seja 
obtido;
3.3 Após a realização do traçado e registro gráfico do arco gótico (Figura 9), deve-se demarcar a localização 
da RC, que se localiza 1 mm aquém da retrusão máxima (Figura 10). Para melhor fixação dessa posição, realiza-se 
uma pequena perfuração para que a pua não se desloque durante o registro intraoral;
3.4 Os planos são novamente colocados em boca e a posição da mandíbula em RC é fixada com auxilio de 
A B
Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):16-21.
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silicone para registro de mordida (Bite, Variotime, Kulzer) (Figura 11);
3.5 O conjunto todo deve ser cuidadosamente removido de boca e posicionado no modelo superior montado 
no ASA. O modelo inferior deve ser separado da base do ASA (Figura 12) e adaptado para que haja espaço para a 
remontagem na RC registrada por meio do Arco Gótico (Figura 13A). Realiza-se então a colocação do gesso para 
a montagem final do modelo inferior na RC estabelecida (Figura 13B).
Figura 5 – Posicionamento da pua durante o movimento de la-
teralidade esquerda.
Figura 6 – Posicionamento da pua durante o movimento de re-
trusão máxima.
Figura 7 – Posicionamento da pua durante o movimento de la-
teralidade direita.
Figura 8 – Posicionamento da pua durante o movimento de pro-
trusão máxima.
Figura 9 – Registro gráfico do Arco Gótico de Gysi. Figura 10 – Registro gráfico do Arco Gótico de Gysi com a lo-
calização da RC determinada 1 mm aquém da retrusão máxima.
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, Philippi A
, G
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Figura 11 – Fixação do registro da posição da RC. Figura 12 – Separação da base de montagem do modelo infe-
rior.
Figura 13 (A-B) – A) Remontagem do modelo inferior, utilizando o registro da Relação Cêntrica do Arco Gótico. B) Remontagem do 
modelo inferior com gesso (Zero Arti, Dentona, Dental News).
A B
4. Após a remontagem do modelo inferior em ASA, é necessário corrigir os planos de orienta-
ção, pois haverá um desajuste após a determinação da nova posição da RC com o arco gótico 
(Figura 14).
5. Montagem dos dentes artificiais:
Após o ajuste dos planos de cera no articulador, pode se proceder as demais etapas de confecção das pró-
teses com montagem de dentes (Figura 15), prova estética e funcional, polimerização e instalação das mesmas 
(Figura 16).
Figura 14 – Desajuste dos planos de orientação após a remon-
tagem do modelo inferior na nova RC estabelecida com o arco 
gótico.
Figura 15 - Montagem dos dentes artificiais.
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Figura 16 – Próteses instaladas.
Limitações da técnica 
Apesar do registro do Arco Gótico determinar a 
RC de forma mais precisa, este método depende de 
um certo domínio muscular por parte do paciente, que 
deve ser capaz de realizar todos os movimentos mandi-
bulares de forma voluntária e satisfatória3,12. Em acrés-
cimo, as bases de prova devem apresentar estabilidade 
em boca e não se deslocarem durante os movimentos 
mandibulares. Nesse caso, rebordos muito reabsorvi-
dos ou que apresentem recobrimento mucoso muito 
flácido podem ser contraindicados para a realização 
desta técnica.
Conclusão
O traçado do Arco Gótico de Gysi é uma ferra-
menta importante no arsenal reabilitador contemporâ-
neo, principalmente nos casos onde o clínico enfrenta 
dificuldades no correto diagnóstico e registro da RC. 
Dessa forma, apesar dessa técnica apresentar uma cur-
va de aprendizado e tempo clínico adicionais, uma vez 
dominada a técnica, o registro da RC pode ser realiza-
do de forma consistente, reproduzível e precisa, garan-
tindo a harmonia oclusaldas reabilitações protéticas, 
principalmente em relação as próteses totais.
Referências
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C
o
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n
a 
R
iz
zi
 
1 Dentista protesista, Mestranda em DTM – UNIMES.
E-mail do autor: pririzzi@yahoo.com.br
Como citar este artigo:
Rizzi P. Enceramento realista do incisivo central superior. Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):22-26.
DOI: 10.24077/2019;830-2226
Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):22-26.
Enceramento realista do incisivo central 
superior
Realistic waxing of the upper central incisor
Priscila Rizzi1
Resumo 
O enceramento hoje na Odontologia possui seu lugar de importância no planejamento 
protético. A partir dele temos a previsibilidade de como o tratamento ficará e o paciente 
pode opinar e fazer parte desse desenvolvimento. 
Descritores: enceramento, estratificação, cera, dentes anteriores. 
Abstract 
Waxing in Dentistry has its place of importance in prosthetic planning today. Consider-
ing that through it, it is possible to predict how patient treatment will be and the patient can 
participate giving his opinion and being part of this development.
Descriptors: Waxing, stratification, wax, anterior teeth.
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Rizzi P.
Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):22-26.
Introdução
Neste artigo vamos possibilitar ao leitor uma ma-
neira prática e fácil de fazer o enceramento do incisivo 
central superior estratificado, utilizando como material 
a cera Geo Expert A. Bruguera – Renfert.
Figura 1 – Com a cera translúcida, unimos os pontos de contato 
mesial e distal ao troquel. Com o dedo indicador atrás do troquel, 
fazemos uma linha na mesma direção da borda incisal do dente 
21 e colocamos a cera translúcida para formar a borda incisal do 
dente 11, não esquecendo que a distal deve ser arredondada.
Figura 2 – Saturamos o terço cervical com a cera laranja ao redor 
de todo o troquel.
Figura 3 – Com a cera na cor dentina, delimitamos a face vesti-
bular voltada para a proximal, deixando 0,5 mm de distância da 
borda incisal.
Figura 4 – Na face palatina, preenchemos com cera na cor de 
dentina. No terço cervical a cera de dentina deverá ser levemente 
misturada a cera laranja. Já no terço incisal, a cera de dentina 
deverá deixar um espaço de 0,5 mm da borda incisal para não 
perder a translucidez e seu preenchimento deverá dar a forma 
dos mamelos.
Figura 5 – Pela vestibular do dente 21, marcamos os três planos 
de inclinação (plano cervical, médio e incisal) e localizamos a área 
de bossa. No dente 11 colocamos a cera de dentina na mesma 
direção da bossa do dente 21.
Figura 6 – Puxamos a cera de dentina em sentido da margem 
gengival, misturando com a cera laranja e fazendo a primeira 
inclinação da face vestibular.
24
Figura 7 – Com a cera de dentina preenchemos toda a face vesti-
bular, definindo a forma do dente. No terço incisal essa cera deve 
seguir com irregularidade formando os três mamelos, deixando 
0,5 mm de distância da borda incisal.
Figura 8 – Com a cera esmalte, colocamos nos terços mesial e 
distal pela vestibular para diminuir o aspecto amarelo da dentina.
Figura 9 – A cera branca é colocada de forma irregular em cima 
de cada mamelo e com a cera azul contornamos os mamelos e 
ângulos mesial e distal.
Figura 10 – Com a cera translucida, colocamos somente no terço 
médio do dente e regularizamos a face vestibular. Nessa fase o 
dente parece estar mais largo que o homólogo.
Figura 11 – Com um compasso de ponta seca, medimos a área 
de sombra dos três terços (cervical, médio e incisal) e transferi-
mos para o dente de cera. Depois fazemos o mesmo com a área 
de brilho.
Figura 12 – As linhas vermelhas são chamadas de linhas de bri-
lho. Entre as linhas de brilho temos a área de brilho e para fora 
temos a área de sombra.
Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):22-26.
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Figura 13 – Com um hollemback 3ss desgastamos levemente a área de sombra, deixando com o acabamento biselado.
Figuras 14-15 – Linha de brilho bem definida após o desgaste da área de sombra.
Figura 16 – As estruturas da palatina como cíngulo e cristas marginais são confeccionadas em esmalte.
Rizzi P.
Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):22-26.
14 15
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Conclusão
A busca pela perfeição faz com que os profissio-
nais estejam cada vez mais atualizados, tanto na esco-
lha dos materiais como na técnica a ser aplicada.
O enceramento estratificado permite ao profissio-
nal reproduzir um dente cada vez mais natural, possi-
bilitando que paciente observe algo o mais próximo do 
resultado final. 
Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):22-26.
Técnica Responsável: Roxele Dal Paiva
Disponibilizamos trabalhos:
*
*
Fresados com o sistema ZIRKONZAHN
Impressos em 3D
CRO/TPD: 975
(54) 3355 - 1840
Ibiraiaras - RS
A arte detransformar
Sorrisos
Figura 17-18 – Resultado final.
17 18
Bibliografia
1. Kano P. Desafiando a natureza. Editora Santos. 1 ed: São 
Paulo 2012
2. Gomes T. Pérolas: o colar artístico da morfologia. São Paulo: 
Quintessencia; 2017, 1 ed.
3. Riquieri, hilton.Anatomia e escultura dental. Nova Odessa, 
SP: napoleão, 2016, 1 ed.
4. Vieira, Glauco Fioranelli. Atlas de anatomia de dentes per-
manentes. São Paulo: Santos. 2011, 1ed.
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C
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ka
m
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1 Graduada em Odontologia – UFPR. 
2 Graduada em Odontologia – Universidad CEU Cardenal herrera (Valência/Espanha).
3 Me. e Dr. em Dentística – UEPG, Prof. no curso de Especialização em Dentística – Faculdade ILAPEO, Prof. Substituto em 
Dentística Operatória – UFPR. 
4 Me. e Dr. em Dentística – UnG Universidade, Prof. no curso de Especialização em Dentística – Faculdade ILAPEO.
 
E-mail do autor: stealvesodonto@gmail.com
Como citar este artigo:
Alves SGA, Barrachina AM, Sakamoto Jr AS, Ilkiu RE. Integração entre cirurgia plástica periodontal e Odontologia Restaura-
dora em reabilitação estética com resinas compostas (parte 2) – estratificação em resinas compostas. Prosthes. Esthet. Sci. 
2019; 8(30):28-40.
DOI: 10.24077/2019;830-2840
Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):28-40.
Integração entre cirurgia plástica periodontal 
e Odontologia Restauradora em reabilitação 
estética com resinas compostas (parte 2) – 
estratificação em resinas compostas 
Periodontal plastic surgery and restorative dentistry 
integration in aesthetic rehabilitation with composite 
resins (part 2) – composite resins stratification 
Stephanie Gomes Assunção Alves1
Ángela Matarredona Barrachina2
AntonioSetsuo Sakamoto Junior3
Rodrigo Ehlers Ilkiu4
Resumo 
As resinas compostas são materiais que possibilitam tratamento odontológicos estéticos 
mais conservadores, por permitir maior preservação da estrutural dental. Todo o conjunto 
deve ser analisado e planejado, cuidadosamente, de maneira individualizada e multidiscipli-
nar, analisando os elementos dentários e tecido gengival a fim de estabelecer uma harmonia. 
Com a evolução dos materiais odontológicos algumas características nas resinas compostas 
permitem uma reprodução semelhante as características dos elementos dentários, porém 
demanda habilidade do cirurgião-dentista para a sua execução, bem como o conhecimento 
das propriedades e características do material restaurador, indicações e limitações. Além 
dos cuidados com a técnica restauradora, os procedimentos de ajuste oclusal, acabamen-
to, polimento e revisões periódicas são de fundamental importância para a durabilidade e 
longevidade desses tratamentos. O presente trabalho tem como objetivo relatar os passos 
clínicos de um recontorno cosmético em resina composta na bateria anterior superior em 
uma paciente previamente submetida a gengivoplastia. 
Descritores: Resinas compostas, estética dentária, Dentística Operatória.
Abstract
Composite resins are materials that enable more conservative aesthetic dental treatments, 
as they allow greater dental structure preservation. The whole clinical case should be analyzed 
and planning should be done carefully in an individualized and multidisciplinary way, analyz-
ing dental elements and gingival tissue in order to establish harmony. With dental materials 
evolution, some composite resins characteristics allow a similar reproduction of dental ele-
ments characteristics, however demand ability of the dental surgeon to execute them, as well 
as knowledge of restorative material properties and characteristics, indications and limitations. 
In addition to care with restorative technique, occlusal adjustment, finishing, polishing and 
periodic revision procedures are essential for the durability and longevity of these treatments. 
The present study aims to report the clinical steps of cosmetic recontour in composite resin in 
the upper anterior battery in a patient previously submitted to gingivoplasty.
Descriptors: Composite resins, dental aesthetics, operative Dentistry.
29Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):28-40.
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oto Jr A
S, Ilkiu RE.
Introdução
Devido à exigência estética por parte dos pacien-
tes, a procura por restaurações estéticas tem aumenta-
do nos últimos anos. O acesso às informações por par-
te dos pacientes quanto aos tratamentos e os materiais 
dentários utilizados na prática clínica faz com que a 
procura por tratamentos estéticos possa ser direciona-
da a tratamentos mais conservadores, visando menor 
desgaste da estrutura dental.
A dentição natural permite a observação dos fe-
nômenos de opacidade, translucidez, opalescência e 
fluorescência, os quais devem ser reproduzidos pelos 
materiais restauradores. Os fabricantes de resinas com-
postas buscam melhorar suas propriedades ópticas, 
com a finalidade de mimetizar as características natu-
rais do dente, auxiliando o cirurgião-dentista a optar 
por tratamentos mais conservadores1,5,11,19,23.
A propriedade de translucidez adquire uma maior 
relevância nas restaurações realizadas nos dentes an-
teriores, especialmente em pacientes jovens que apre-
sentam a estrutura do esmalte relativamente intacto, 
com uma maior espessura e preservação da borda inci-
sal e interproximal1,5,21,22.
A objetivo deste artigo é demonstrar o potencial 
estético e restaurador das resinas compostas, em um 
tratamento odontológico estético, por meio de um 
recontorno cosmético em uma paciente previamente 
submetida a gengivoplastia. 
Para melhor compreensão e detalhamento dos 
passos clínicos, o tratamento cirúrgico e restaurador 
foi divido em 3 artigos, sendo a primeira parte, publi-
cada anteriormente, relatando a cirurgia plástica perio-
dontal, a presente com o relato da reabilitação estética 
através da estratificação com resinas compostas e em 
uma próxima edição a parte 3, englobando os passos 
de acabamento, polimento, áreas de espelho e textu-
rização.
Revisão de literatura
Com a evolução dos materiais odontológicos e a 
crescente exigência estética por parte dos pacientes, 
algumas características nas resinas compostas são 
de fundamental importância para a obtenção de um 
resultado mais estético imitando ao máximo o den-
te natural, bem como a obtenção e manutenção de 
polimento e lisura superficial e o desenvolvimento de 
sistemas com diferentes graus de opacidade e translu-
cidez. O formato, tipo, tamanho e concentração das 
partículas inorgânicas presentes nas resinas compos-
tas são um dos fatores responsáveis pela variedade de 
características ópticas e mecânicas deste material2.
Ao iniciar o tratamento restaurador estético, o 
cirurgião-dentista deve apresentar habilidade para 
manipular de forma correta o material escolhido e ter 
domínio dos passos clínicos que envolvem o procedi-
mento, bem como o conhecimento das propriedades 
e características do mesmo, suas indicações e contrain-
dicações, proporções dentárias e o anseio do paciente. 
A teoria da Proporção Áurea pode ser utilizada 
como um excelente guia para atingir o sucesso clínico 
em busca da estética, por ser um método de simetria 
dinâmica que direciona o tratamento12. As proporções 
dentárias dos dentes anteriores determinam o equilí-
brio e a percepção estética de um sorriso harmônico. 
Após análise e estudo do caso, com o lábio em repou-
so, é determinado o comprimento ideal dos incisivos 
centrais superiores. A largura dos mesmos é calculada 
de acordo com a proporção coronária altura/largura, 
sendo que a sua largura corresponde, aproximada-
mente, à 80% da sua altura, considerando pequenas 
variações. A partir da determinação das medidas do 
incisivo central, são estabelecidas as medidas para os 
incisivos laterais superiores e caninos superiores. Preco-
niza-se o comprimento dos caninos superiores na mes-
ma altura dos incisivos centrais e os incisivos laterais 
superiores com um comprimento de 15 a 25% mais 
curtos. É aceitável que a largura do incisivo central su-
perior seja 10% maior do que a do canino superior e 
ser entre 20 a 25% maior do que os incisivos laterais 
superiores9,10,16,18,20.
Além dos cuidados com a técnica restauradora, 
os procedimentos de ajuste oclusal, acabamento, po-
limento e revisões periódicas são fundamentais para 
a durabilidade e longevidade dessas restaurações4,15. 
Com a intenção de realizar restaurações em dentes 
anteriores cada vez mais imperceptíveis e similares ao 
dente natural, deve-se atentar para as técnicas restau-
radoras que têm como auxílio o enceramento por diag-
nóstico ou as técnicas realizadas à “mão livre” pois, 
ambas apresentam variações sequenciais diferentes 
entre si. As técnicas de refinamento por meio do aca-
bamento e polimento têm sua importância na obten-
ção de uma superfície lisa, polida, que evite o acúmulo 
de placa e diminua o manchamento, além de permitir 
a manutenção da saúde periodontal15, podendo ser 
realizados com auxílio de lâminas de bisturi, discos 
abrasivos, pontas diamantadas de diferentes granula-
ções, brocas multilaminadas, borrachas de acabamen-
to e polimento para resinas compostas, discos de feltro 
e pastas diamantadas ou com óxido de alumínio4,9,10,15. 
Relato de caso 
Paciente C.P.F, gênero feminino, leucoderma, 28 
anos de idade, procurou tratamento odontológico de-
vido a insatisfação com a estética do sorriso, decorren-
te à exposição gengival e forma dos dentes anteriores, 
em especial dos incisivos laterais superiores. Ao exame 
30
clínico, diagnosticou-se a presença de restauração em 
resina composta no incisivo central superior direito, re-
sultando em proporção comprimento/largura diferen-
te ao dente homólogo. A presença de ameias incisais 
abertas, principalmenteentre os incisivos laterais su-
periores e caninos superiores, também eram aspectos 
estéticos insatisfatórios (Figuras 1-4).
Figuras 1-4 – Fotografias extra e intraorais iniciais. Pode-se observar a assimetria entre os dentes homólogos. 
1
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Após a realização dos procedimentos de gengi-
voplastia e aumento de coroa clínica (Figuras 5 e 6), 
foram aguardados dois meses para estabilização e 
cicatrização dos tecidos periodontais (procedimen-
tos descritos na "parte 1" do artigo publicado na 
edição anterior) (Figuras 7 e 8).
Figuras 7 e 8 – Pós-operatório após dois meses da cirurgia plástica periodontal.
Figuras 5 e 6 – Fotografias transoperatórias do procedimento de gengivoplastia dos dentes 13 ao 21. 
5
7
6
8
Em seguida, realizou-se tratamento clareador com 
peróxido de carbamida a 16% (PowerBleaching 16% – 
BM4) pelo método caseiro noturno supervisionado du-
rante três semanas, totalizando o uso de três seringas, 
sendo que a tomada de cores inicial registrou tonali-
dade A1 (Figura 9) (escala de cores VITAPAN® Classical 
– VITA) e, ao final do clareamento, após uma semana 
do término, registrou-se tonalidade 0,5 M1 (escala de 
cores VITA Bleachedguide 3D – MASTER – VITA) (Fi-
gura 10).
Figura 9 – Tomada da cor inicial com escala de cores, registrando 
cor A1.
Figura 10 – Tomada de cor ao final do tratamento clareador, 
registrando tonalidade 0,5 M1.
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Aguardou-se uma semana após o término do cla-
reamento caseiro para a confecção do recontorno cos-
mético com resinas compostas dos dentes anteriores. 
Iniciou-se pela remoção da restauração existente no 
incisivo central superior direito com ponta diamantada 
#4138 (KG Sorensen) (Figura 11) e, em seguida, jate-
amento com óxido de alumínio de 50 µm em todos 
os dentes que seriam restaurados, ou seja, do canino 
superior direito ao canino superior esquerdo, com o 
objetivo de remover o esmalte aprismático e melhorar 
a resistência de união do material restaurador a esta 
estrutura dentária (Figuras 12 e 13).
Figuras 12 e 13 – Jateamento com óxido de alumínio na superfície de todos os dentes anteriores e aspecto final do esmalte.
Figura 11 – Remoção da restauração em resina composta do dente 11 com auxílio de ponta diamantada #4138. 
Foi realizado isolamento absoluto modificado, pois 
o mesmo permite acesso à região cervical (Figura 14). 
Iniciou-se a estratificação pelo incisivo central superior 
direito, com condicionamento total do esmalte duran-
te 30 segundos (Ultra Etch 35% - Ultradent Products 
Inc.) em toda superfície vestibular e parcialmente na 
face palatina (Figura 15), seguido de lavagem abun-
dante pelo mesmo tempo, obtendo o esmalte com 
aspecto branco opaco (Figura 16). Foi utilizado o siste-
ma adesivo convencional hidrófobo (ScothBond Multi 
Purpose Passo 3 – 3M ESPE), aplicado ativamente em 
toda superfície condicionada previamente pelo ácido 
fosfórico (Figura 17), seguido de remoção do excesso 
com jato de ar e fotopolimerização com o aparelho 
LED polywave Bluephase N (Ivoclar Vivadent) em baixa 
intensidade (LOW - 800 mW/cm2) durante 10 segun-
dos em cada face (Figura 18).
12 13
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Figura 14 – Isolamento absoluto modificado dos dentes anteriores superiores.
Figura 15 – Condicionamento com ácido fosfórico 35% por 30 
segundos em toda superfície de esmalte.
Figura 16 – Aspecto branco opaco do esmalte dentário após 
condicionamento ácido, lavagem e secagem. 
Figura 17 – Aplicação do passo 3 do sistema adesivo ScothBond 
Multi Purpose (3M ESPE).
Figura 18 – Fotoativação com aparelho LED polywave Bluephase 
N (Ivoclar Vivadent). 
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A estratificação iniciou-se pela camada do halo 
incisal, a qual foi realizada com a resina composta de 
dentina IPS Empress Direct Bleach L Dentina (Ivoclar 
Vivadent), inserida na borda incisal proporcionando o 
aumento do comprimento desejado, bem como a cor-
reção do formato dos ângulos mesial e distal, seguido 
de fotoativação em intensidade máxima (hIGh – 1.200 
mW/cm2) durante 20 segundos (Figuras 19 e 20).
Figuras 19 e 20 – Acomodação da resina composta de dentina para a realização do halo incisal e ângulos incisais. 
19 20
Na sequência, uma camada de resina compos-
ta de dentina IPS Empress Direct B1 Dentina (Ivoclar 
Vivadent) foi depositada no terço cervical do dente e 
manipulada recobrindo toda superfície vestibular, ob-
tendo-se espessura máxima nos terços cervical e incisal 
Figuras 21 e 22 – Resina composta de dentina posicionada no terço cervical e proporcionando espessura adequada para cada um 
dos terços vestibulares.
de 0,4 mm e espessura máxima no terço médio de 
0,6 mm, seguido de fotoativação em intensidade má-
xima (hIGh – 1.200 mW/cm2) durante 20 segundos 
(Figuras 21 e 22).
21 22
Sobre a camada de resina composta de dentina, 
uma camada de resina composta de esmalte cromá-
tico IPS Empress Direct Bleach L Esmalte (Ivoclar Vi-
vadent) foi acomodada recobrindo toda superfície 
vestibular, obtendo-se espessura máxima nos terços 
cervical e incisal de 0,2 mm e espessura máxima no 
terço médio de 0,5 mm, seguido de fotoativação com 
aparelho LED polywave Bluephase N (Ivoclar Vivadent) 
em intensidade máxima (hIGh – 1.200 mW/cm2) du-
rante 20 segundos (Figuras 23 e 24).
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Figuras 23 e 24 – Resina composta de esmalte cromático posicionada no terço cervical e proporcionando espessura adequada para 
cada um dos terços vestibulares.
23 24
O volume das cristas mesial e distal foram reali-
zados com resina composta de esmalte acromático 
IPS Empress Direct Trans 20 (Ivoclar Vivadent), sendo 
tracionadas por uma tira de poliéster no sentido de 
vestibular para palatina (Figuras 25-27), seguido de 
fotoativação em intensidade máxima (hIGh – 1.200 
mW/cm2) durante 20 segundos.
Figuras 25-27 – Resina composta de esmalte acromático para confecção das cristas marginais com auxílio de uma tira de poliéster.
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Após a polimerização da última camada de resina 
composta, aplicou-se gel de glicerina em toda super-
fície de resina composta e foi realizada fotoativação 
final com em intensidade máxima (hIGh – 1.200 mW/
cm2) durante 60 segundos (Figuras 28 e 29).
Figuras 28 e 29 – Bloqueio do oxigênio por gel hidrossolúvel e fotoativação final.
Lançando mão de um disco abrasivo Sof-Lex Pop 
On (3M ESPE), foram realizados os acabamentos de 
comprimento, largura e volume, antecedendo a con-
fecção do recontorno cosmético do incisivo central 
superior esquerdo, finalizando o acabamento inicial 
desse elemento dentário (Figuras 30-35).
28 29
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Figuras 30-35 – Sequência de acabamentos utilizando disco abrasivo: borda incisal para definir o comprimento; faces mesial e distal 
para estabelecer a largura e; face vestibular definindo o volume. 
34 35
Em seguida, o incisivo central superior esquerdo 
foi restaurado conforme técnica realizada no incisivo 
central superior direito (Figuras 36), seguido dos aca-
bamentos iniciais de comprimento, largura e volume 
de ambos os incisivos superiores, tornando-os simétri-
cos quanto ao formato (Figuras 37-41). A sequência 
dos dentes restaurados seguiu para os incisivos laterais 
superiores (Figura 42) e, posteriormente, os caninos 
superiores (Figura 43), sendo realizados os acabamen-
tos de comprimento, largura e volume dente a dente.
Figuras 36 – Incisivo central superior esquerdo após o término da estratificação.
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Figuras 37-41 – Acabamentos de comprimento,largura e volume em ambos os incisivos centrais superiores, tornando-os simétricos 
quanto ao formato.
39
41
40
Figura 42 – Incisivos laterais superiores após o término da es-
tratificação.
Figura 43 – Caninos superiores após o término da estratificação.
Removeu-se o isolamento absoluto modificado e 
se realizou o ajuste oclusal com papel carbono Bausch 
Progress 100 microns (Bausch) e broca multilaminada 
de 12 lâminas #h48L (Komet) em máxima intercuspi-
dação habitual (M.I.h.), protrusão e lateralidade direita 
e esquerda (Figuras 44 e 45).
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Os passos clínicos de acabamento, polimento, 
áreas de espelho, texturização e finalização do caso 
apresentado serão descritos detalhadamente em uma 
próxima edição na “parte 3”. 
Discussão
Tratamentos restauradores mais conservadores 
utilizando resinas compostas estão entre os mais al-
mejados pelos pacientes, pois possibilitam a realização 
de restaurações com características biomiméticas às 
estruturas dentárias, além de alta resolução estética7. 
O recontorno cosmético é uma técnica restauradora 
direta que visa devolver a harmonia do sorriso3 e, para 
isso, requer pequena ou nenhuma redução do esmalte 
vestibular para a remoção da camada de esmalte apris-
mático9,10, preservando maior quantidade de estrutu-
ra dental sadia, além de saúde pulpar e periodontal. 
Os excelentes valores de resistência de união desses 
materiais ao esmalte e dentina são alcançados pelos 
próprios procedimentos e sistemas adesivos atuais9,13.
As resinas compostas em dentes anteriores são indi-
cadas em diferentes situações clínicas, como: pequenas 
alterações de formato, posicionamento e alinhamento 
inadequado, assimetria e desproporcionalidade dentá-
rias, alterações sutis de cor6,9 e tratamentos estéticos 
após finalizações ortodônticas3. Em situações clínicas 
localizadas, como dentes conóides, fraturados ou escu-
recidos, com estrutura dental remanescente suficiente, 
a técnica restauradora direta apresenta mais previsibi-
lidade, além de versatilidade e possibilidade de repro-
dução mais fiel dos dentes vizinhos do que a técnica 
restauradora indireta. Por outro lado, em situações de 
profundas alterações de cor ou dentes cujo posiciona-
mento exigem correções por meio de extensos prepa-
ros, as resinas compostas não são os materiais mais indi-
cados7, sendo a técnica restauradora indireta, por meio 
de resinas compostas indiretas ou cerâmicas odontoló-
gicas, a técnica mais bem indicada. Autores preconizam 
que as resinas compostas sejam os materiais de eleição 
Figuras 44 e 45 – Contatos na face palatina dos dentes anteriores superiores e na borda incisal dos dentes anteriores inferiores em 
posição e movimentos oclusais.
44 45
e indicados, principalmente em pacientes jovens17.
Dessa forma, restaurações realizadas com resinas 
compostas em dentes anteriores permitem maior preser-
vação de estrutura dental quando comparadas às realiza-
das com os diferentes sistemas cerâmicos, apresentando, 
ainda, solução em sessão única e custo reduzido, além 
de permitir a reversibilidade do tratamento possibilitando 
uma futura transição para restaurações cerâmicas indire-
tas, caso necessite. No entanto, as cerâmicas apresentam 
maior estabilidade de cor e resistência mecânica, porém, 
tais características nas resinas compostas são satisfatórias 
quando utilizadas dentro de suas indicações corretas3.
As resinas compostas podem sem divididas em três 
grupos principais: (1) o primeiro grupo com caracterís-
ticas ópticas de opacidade, com objetivo de substituir a 
dentina ou ser utilizado no corpo da restauração, sen-
do identificadas pelo sufixo “O” (opaque), “B” (body) 
ou “D” (dentin); (2) o segundo grupo são as resinas 
compostas com características de translucidez, apresen-
tando matizes e cromas de acordo com a escala VITA 
classical (VITA), sendo denominadas de esmalte cromá-
tico10, indicadas para reproduzir o esmalte dental e iden-
tificadas com o sufixo “E” (Enamel) e; (3) por último, 
as resinas compostas de esmalte acromático, utilizadas 
como última camada na estratificação, apresentando 
características ópticas de transparência com tonalidades 
que variam de esbranquiçada, acinzentada ou amarela-
da. Além das resinas compostas citadas, existem ainda 
as de efeito, indicadas para reproduzirem os diferentes 
efeitos ópticos presentes na estrutura dental8. 
O enceramento de diagnóstico pode ser necessá-
rio em tratamentos restauradores estéticos em dentes 
anteriores, com objetivo de planejamento e orientação 
na confecção do formato inicial do dente a ser res-
taurado, principalmente da face palatina. Porém, em 
casos onde serão realizadas pequenas alterações de 
formato, pequenos fechamentos de diastemas, vesti-
bularizações ou pequenas alterações de cor, tal proce-
dimento pode ser dispensado.
Prosthes. Esthet. Sci. 2019; 8(30):28-40.
A
lves SG
A
, Barrachina A
M
, Sakam
oto Jr A
S, Ilkiu RE.
40
O uso do isolamento absoluto permite a manuten-
ção do campo operatório seco e livre de contaminação, 
facilitando o acesso a região que será restaurada, além 
de aumentar a produtividade do operador permitindo 
maior agilidade, facilidade, visibilidade e qualidade na 
sua execução. Bem como, o isolamento absoluto mo-
dificado, o qual pode ser utilizado em situações clínicas 
como o recontorno cosmético de resinas composta em 
dentes anteriores, permitindo melhor visualização do 
conjunto e maior acesso à região cervical e facilitando 
a acomodação do compósito ao nível ou subgengival.
A última etapa do recontorno cosmético condiz ao 
acabamento e polimento da restauração, envolvendo 
a remoção de excessos nas faces vestibular e interpro-
ximais9 abrangendo ajustes no comprimento, largura 
e inclinações dos dentes restaurados, delimitação das 
áreas de espelho, texturas superficiais e caracterizações 
baseadas nas características dos dentes homólogos, 
tendo como parâmetros principais o gênero e idade do 
paciente. O ajuste oclusal deve ser realizado levando 
em consideração a posição de máxima intercuspidação 
habitual (M.I.h.) e os movimentos de protrusão e late-
ralidade direta e esquerda10,14,16.
Conclusão
O uso de materiais restauradores em dentes an-
teriores que permitem nenhum ou mínimo desgaste 
da estrutura dental (em especial do esmalte dentário), 
faz-se necessário em um momento vivido e conhecido 
na Odontologia Contemporânea, denominado como 
Odontologia Minimamente Invasiva ou Odontologia 
Suficientemente Invasiva. As resinas compostas mo-
dernas, classificadas como microhíbridas e nanopar-
ticuladas, permitem ampla utilização em dentes an-
teriores, pois apresentam alta resistência mecânica e 
possibilidade de obtenção e manutenção de polimen-
to, porém, o sucesso restaurador e estético requer uma 
técnica apurada e habilidade profissional, por meio da 
estratificação utilizando as camadas de dentina, es-
malte cromático e esmalte acromático, com o simples 
objetivo de se alcançar a cor desejada. Desta forma, 
pode-se concluir que as resinas compostas são mate-
riais altamente capazes de reproduzir as características 
ópticas do dente natural, sendo seguramente indica-
das em restaurações estéticas em dentes anteriores.
Referências
1. Baratieri L et al. Caderno de dentística: restaurações ade-
sivas diretas com resina composta para dentes anteriores. 
São Paulo: Ed. Santos, 2002.
2. Cattaruzza M. Il Colore. In: Odontoiatria conservativa res-
tauri adesivi diretti fondamenti sul colore e sue applicazioni. 
Italia: Promoden, 2002. p.112-189.
3. Da Costa J, Ferracane J, Paravina RD, Mazur RF, Roeder L. 
The effect of diferente polishing systems on surface rough-
ness and gloss of various resine composites. J Esthet Rest 
Dent. 2007; 19:214-23; discussion 25-6.
4. Davis RD, Mayhew RB. A clinical comparison of three an-
terior restorative resins at three years. J Am Dent Assoc. 
1986; 112(5):659-63. 
5. Dietschi D. Layering concepts in anterior composite restora-
tions. J Adhes

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