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XI Congresso Internacional em Ciências da Religião

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Prévia do material em texto

[Orgs.] 
José Reinaldo F. Martins Filho 
Gustavo Augusto da Silva 
Bianca Soares Magalhães 
 
 
Caderno de Resumos 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Comissão Organizadora 
 
Corpo Docente 
José Reinaldo Felipe Martins Filho – PUC Goiás (Presidente) 
Clóvis Ecco – PUC Goiás 
Lorenzo Lago – PUC Goiás 
Rosemary Francisca Neves – PUC Goiás 
Valmor da Silva – PUC Goiás 
 
Secretaria Geral 
Bianca Soares Magalhães – PUC Goiás (Secretária) 
Gustavo Augusto da Silva – PUC Goiás 
 
Curadoria Artístico-Cultural 
Marcelo Gabriel de Freitas Veloso – PUC Goiás/IFITEG (Curador) 
Ana Kelly Ferreira Souto Pinto – PUC Goiás 
Elisabeth de Barros – PUC Goiás 
Natã Silva Nazareno – PUC Goiás 
Phelipe Augusto Silva Santos – PUC Goiás 
 
Certificados 
Natã Silva Nazareno – PUC Goiás 
Phelipe Augusto Silva Santos – PUC Goiás 
Ruan Fillipe da Silva Gomes – PUC Goiás 
 
Administração Financeira 
Daniel Carvalho da Silva – PUC Goiás 
Marcelo Gabriel de Freitas Veloso – PUC Goiás/IFITEG 
Pedro Vinícius Dias Alcântara – PUC Goiás 
 
Coordenação de Apoio (Monitores e Tecnologia) 
André Valva – PUC Goiás 
Helton Thyers Melo de Oliveira – PUC Goiás 
Phelipe Augusto Silva Santos – PUC Goiás 
 
Equipe Editorial 
José Reinaldo Felipe Martins Filho – PUC Goiás 
Bianca Soares Magalhães – PUC Goiás 
Daniel Carvalho da Silva – PUC Goiás 
Gustavo Augusto da Silva – PUC Goiás 
 
 
4 
Comitê Científico 
 
Dra. Carolina Teles Lemos (Pontifícia Universidade Católica de Goiás 
– Brasil) (Presidente da Comissão Científica) 
 
Dr. Abimar Oliveira de Moraes (Pontifícia Universidade Católica do 
Rio de Janeiro – Brasil) 
 
Dra. Angela Ales Bello (Universtità Lateranense di Roma – Itália) 
Dr. Celso Gabatz (Faculdades EST) 
 
Dra. Clélia Peretti (Pontifícia Universidade Católica do Paraná – 
Brasil) 
 
Dr. Daniel Rodrigues Ramos (Universidade Federal do Tocantins – 
Brasil) 
 
Dra. Daniela Cordovil Corrêa dos Santos (Universidade Estadual do 
Pará – Brasil) 
 
Dr. Eurico Bacelar Satumbo (Universidade Católica de Angola – 
Angola) 
 
Dr. Flávio Augusto Senra Ribeiro (Pontifícia Universidade Católica de 
Minas Gerais – Brasil) 
 
Dr. Friedrich-Wilhelm von Herrmann (Albert-Ludwigs-Universität 
Freiburg – Alemanha – in memoriam) 
 
Dr. Jaime Laurence Bonilla Morales (Universidad San Buenaventura – 
Colômbia) 
 
Dr. José João Neves Barbosa Vicente (Universidade Federal do 
Recôncavo da Bahia – Brasil) 
 
Dra. Márcia Maria de Oliveira (Universidade Federal de Roraima – 
Brasil) 
 
Dra. Marta Luzie de Oliveira Frecheiras (Universidade Federal de 
Ouro Preto – Brasil) 
 
Dr. Paulo Sérgio Lopes Gonçalves (Pontifícia Universidade Católica 
de Campinas – Brasil) 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião 
Pontifícia Universidade Católica de Goiás 
 
 
XI Congresso Internacional em Ciências da Religião da PUC Goiás / 
Caderno de Resumos. Pontifícia Universidade Católica de Goiás. 
– Goiânia, Goiás, 2023. 310 p. 
DOI: 10.13140/RG.2.2.12762.21447 
 v. 5. n. 1 (jan./jun. – 2022) 
 Semestral 
 Disponível em: 
https://www.pucgoias.edu.br/eventos/xicicr/caderno-de-resumos-
congresso-internacional-em-ciencias-da-religiao/ 
 
Diagramação: Gustavo Augusto da Silva; Bianca Soares Magalhães; 
José Reinaldo F. Martins Filho. 
 
1. Pesquisa científica. 2. Ciências da Religião. 3. Teologia. 4. 
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da PUC 
Goiás. 
 
 
http://dx.doi.org/10.13140/RG.2.2.12762.21447
https://www.pucgoias.edu.br/eventos/xicicr/caderno-de-resumos-congresso-internacional-em-ciencias-da-religiao/
https://www.pucgoias.edu.br/eventos/xicicr/caderno-de-resumos-congresso-internacional-em-ciencias-da-religiao/
 
6 
PROGRAMAÇÃO 
 
 
17 de Abril de 2023 
 
19h30 – Conferência (Local: Paróquia Universitária | Link da transmissão: 
https://www.youtube.com/watch?v=3sldmjBo32E) 
Título: O traço sacramental da arte cristã 
Conferencista: Dom João Justino de Medeiros Silva (Presidente da 
Comissão Episcopal de Educação e Cultura da CNBB) 
Moderador: Dr. Wolmir Therezio Amado 
 
20h30 – Concerto de Música Sacra (Local: Paróquia Universitária | Link 
da transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=3sldmjBo32E) 
Orquestra Sinfônica de Goiânia, Coro Sinfônico e Coro Sinfônico Juvenil 
Regência: Maestro Vinícius Guimarães 
 
Programa do Concerto: 
- Anônimo Goiano (séc. XIX) - Te Deum (do Acervo Balthasar de Freitas, 
com edição de Marshal Gaioso) 
- Anônimo Goiano (séc. XIX) - Te Deum Festivo (do Acervo Balthasar de 
Freitas, com edição de Marshal Gaioso) 
- Fernando Cupertino - Missa Regina Coeli: Kyrie - Gloria - Sanctus - 
Benedictus - Agnus Dei 
- Jean Douliez - Missa in Honorem Beata Maria Virginis: Kyrie - Gloria - 
Credo - Sanctus - Benedictus - Agnus Dei 
 
18 de Abril de 2023 
 
19h30 – Cerimônia de Abertura do Congresso (Auditório da EFPH | Link 
da transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=u7GZ-V8ncv4) 
 
20h – Conferência Internacional 1 
(Link: https://www.youtube.com/watch?v=u7GZ-V8ncv4) 
Título: Che cosa ci fa conoscere la bellezza? 
Conferencista: Dr. Costantino Esposito (Università degli Studi di Bari) 
Moderador: Dr. José Reinaldo Felipe Martins Filho 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=3sldmjBo32E
https://www.youtube.com/watch?v=3sldmjBo32E
https://www.youtube.com/watch?v=u7GZ-V8ncv4
https://www.youtube.com/watch?v=u7GZ-V8ncv4
 
7 
19 de Abril de 2023 
 
8h15 – Apresentação Cultural (Transmissão Virtual | Ver programação 
das mesas-redondas) 
Responsáveis: Curadoria Artístico-cultural do XI Congresso 
 
8h30 às 10h – Mesa-Redonda 1: Expressões do princípio criativo 
(Link: https://www.youtube.com/watch?v=X7D-DEHWITQ) 
Dra. Suelma de Souza Moraes (PPG em Ciências das Religiões UFPB) 
– Criatividade e espiritualidade em diálogo com os arquétipos do 
feminino na Teologia, na Psicanalítica junguiana e na Literatura 
suassuniana para os desafios contemporâneos 
Dr. José Reinaldo Felipe Martins Filho (PPG em Ciências da Religião PUC 
Goiás) – Espiritualidade, autotranscendência e potência criativa: o 
singular exemplo da música 
Dr. Samuel Mendonça (PPG em Educação PUC Campinas) – Paradoxos 
e alargamento da concepção de educação católica 
Moderador: Dr. Clóvis Ecco 
 
8h30 às 10h – Mesa-Redonda 2: Tessituras do sagrado na literatura e nas 
tradições orais 
(Link: https://www.youtube.com/watch?v=pmThNQ7zwMI) 
Dra. Ceci Maria Costa Baptista Mariani (PPG em Ciências da Religião 
PUC Campinas) – Mística, Teologia e Literatura: aproximação 
teopoética à obra de Paulina Chiziane 
Dra. Luana Martins Golin (UMESP e UNIFAI) – Tessituras do sagrado: “Se 
o grão de trigo, caindo na Terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, 
produz muito fruto” (Jo 12,24) – A epígrafe de “Os Irmãos Karamázov” e 
a literatura joanina. 
Dra. Rosemary Francisca Neves Silva (PPG em Ciências da Religião PUC 
Goiás) – Isaías 52,13-53,12: Brasil colonial e tessituras do cotidiano das 
mulheres negras 
Moderador: Dr. Mariosan de Sousa Marques 
 
10h15 – Conferência Nacional 
(Link: https://www.youtube.com/watch?v=T4enSDJ_ytg) 
Título: Teopoética: uma conexão entre Teologia, mística e estética 
Conferencista: Dra. Maria Clara Lucchetti Bingemer (PPG em Teologia 
PUC Rio) 
Moderadora: Dra. Ivoni Richter Reimer 
 
13h30 às 17h30 - Programação das ST (Atividade Remota – ACESSO) 
 
https://www.youtube.com/watch?v=X7D-DEHWITQ
https://www.youtube.com/watch?v=pmThNQ7zwMI
https://www.youtube.com/watch?v=T4enSDJ_ytg
https://www.pucgoias.edu.br/eventos/xicicr/sessoes-tematicas-st-xi-religiao-internacional/
 
8 
19h às 21h – Instalações culturais (Visitação Pública - Local: Escola de 
Formação de Professores e Humanidades PUC Goiás) 
Responsáveis: Curadoria Artístico-cultural do XI Congresso 
 
20 de Abril de 20238h15 – Apresentação Cultural (Transmissão Virtual | Ver programação 
das mesas-redondas) 
Responsáveis: Curadoria Artístico-cultural do XI Congresso 
 
8h30 às 10h – Mesa-Redonda 3: Religião, arte e cultura material 
(Link: https://www.youtube.com/watch?v=IdG07fku6N8) 
Dr. João Damásio da Silva Neto (UFU) – Imagem, mídia e arte mediúnica 
no espiritualismo contemporâneo: reflexões a partir do caso dos Museus 
Espíritas 
Dra. Paola Lins de Oliveira (PPG em Sociologia e Antropologia UFRJ) 
– Criação da arte e do artista na Capela de Matisse 
Dr. Eduardo Gusmão de Quadros (PPG em Ciências da Religião PUC 
Goiás) – O duplo discurso teológico dos ex-votos do Pai Eterno 
Moderador: Dr. Luiz Antônio Signates Freitas 
 
8h30 às 10h – Mesa-Redonda 4: O religioso e o artístico nos saberes 
tradicionais 
(Link: https://www.youtube.com/watch?v=A4UHvEdNvdA) 
Dr. Valmor da Silva (PPG em Ciências da Religião PUC Goiás) 
– Provérbios: saber artístico, religioso e popular 
Dra. Taissa Tavernard de Luca (PPG em Ciências da Religião UEPA) 
– Entre a Mediunidade e a Técnica: a Arte dos Ferros Sagrados nos 
Terreiros de Belém 
Dr. Clodomir Barros de Andrade (PPG em Ciências da Religião UFJF) 
– Teologia, imanência e estética nas espiritualidades gregas antigas: por 
uma semiótica do rastro divino no mundo 
Moderadora: Dra. Thaís Alves Marinho 
 
10h15 – Conferência Internacional 2 
(Link: https://www.youtube.com/watch?v=Pt-D8_5ZBDo) 
Título: – La reaparición de la imagen de Cristo en la Posmodernidad 
Conferencista: Dr. Pablo López Raso (Universidad Francisco de Vitoria – 
Madrid – Espanha) 
Moderadora: Dra. Carolina Teles Lemos 
 
13h30 às 17h30 - Programação das ST (Atividade Remota - ACESSO) 
https://www.youtube.com/watch?v=IdG07fku6N8
https://www.youtube.com/watch?v=A4UHvEdNvdA
https://www.youtube.com/watch?v=Pt-D8_5ZBDo
https://www.pucgoias.edu.br/eventos/xicicr/sessoes-tematicas-st-xi-religiao-internacional/
 
9 
 19h – Cerimônia de Encerramento do Congresso (Auditório da EFPH | 
Link da transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=NwrOWbzOM-
c) 
 
19h30 – Conferência Internacional 3 
(Link: https://www.youtube.com/watch?v=NwrOWbzOM-c) 
Título: Resonancia: naturaleza y sensibilidad en el daoísmo 
Conferencista: Dra. Claudia Lira Latuz (Pontificia Universidad Catolica de 
Chile) 
Moderador: Dr. Alberto da Silva Moreira 
 
21h – Apresentação Cultural (show) (Auditório da EFPH) 
Artista: Xexéu 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=NwrOWbzOM-c
https://www.youtube.com/watch?v=NwrOWbzOM-c
https://www.youtube.com/watch?v=NwrOWbzOM-c
 
10 
SUMÁRIO 
 
 
ST 01 – RELIGIÃO E CONSTRUÇÕES DE SENTIDO NAS ARTES E NA CULTURA ....... 12 
ST 02 – LO MÍTICO E LO SAGRADO: EN TORNO A LO TRASCENDENTE EN EL ARTE 
ACTUAL .................................................................................................................... 29 
ST 03 – ESPIRITUALIDADES PAGÃS E DA TERRA: ARTE, CULTURA, IDENTIDADE E 
MATERIALIDADE ...................................................................................................... 35 
ST 04 – “E O VERBO SE FEZ BELEZA E HABITA NO MEIO DE NÓS”: AS 
MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS COMO DIVULGAÇÃO DOS VALORES SAGRADOS
 ................................................................................................................................. 44 
ST 05 – ARTE, ARQUITETURA E CONTEMPORANEIDADE: RELIGIÃO, CULTURA E 
EXPERIÊNCIA DO SAGRADO .................................................................................. 56 
ST 06 – NAZARENO CONFALONI: TEÓLOGO DA LIBERTAÇÃO ATRAVÉS DA 
PINTURA E ARTE ....................................................................................................... 62 
ST 07 – CULTURA VISUAL E RELIGIÃO ..................................................................... 71 
ST 08 – ESTÉTICA, CAPITALISMO E RELIGIÃO ......................................................... 80 
ST 09 – JESUS NAS ARTES E NAS CULTURAS ............................................................ 89 
ST 10 – FILOSOFIA DA RELIGIÃO .......................................................................... 107 
ST 11 – CULTO E LITURGIA ..................................................................................... 127 
ST 12 – NOVOS MOVIMENTOS RELIGIOSOS E ESPIRITUALIDADES LAICAS ......... 140 
ST 13 – JUVENTUDES E RELIGIOSIDADES: INTERFACES, CENÁRIOS E TENDÊNCIAS
 ............................................................................................................................... 154 
ST 14 – RELIGIÃO, ESPIRITUALIDADE E SAÚDE: A BUSCA DE SENTIDOS QUANDO A 
VIDA ESTÁ EM RISCO ............................................................................................ 163 
ST 15 – ESPIRITUALIDADES NO CONTEXTO EDUCACIONAL CONTEMPORÂNEO 180 
ST 16 – ESPIRITISMOS, ESPIRITUALISMOS E ESPIRITUALIDADES ............................ 194 
ST 17 – LINGUAGEM RELIGIOSA: ACONTECIMENTO, NARRATIVA E 
REPRESENTAÇÃO ................................................................................................... 207 
ST 18 – DA EUROPA PARA AS AMÉRICAS: O ESPIRITISMO EM PERSPECTIVA ..... 218 
ST 19 – DIREITO, JUSTIÇA SOCIAL E SOCIEDADE ................................................. 234 
ST 20 – MULHERES NEGRAS RELIGIOSIDADES E FEMINISMOS ............................. 247 
 
11 
ST 22 – RELIGIÃO E GÊNERO ................................................................................. 260 
ST 23 – CULTURA POP E RELIGIÃO ........................................................................ 283 
ST 24 – DIÁLOGOS COM A INICIAÇÃO CIENTÍFICA ........................................... 295 
ST 25 – NARRATIVAS VISUAIS, LINGUAGENS ARTÍSTICAS E RELIGIÃO ............... 304 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
ST 01 – RELIGIÃO E CONSTRUÇÕES DE SENTIDO NAS 
ARTES E NA CULTURA 
 
Dr. José Reinaldo F. Martins Filho (PUC Goiás) 
jreinaldomartins@gmail.com 
 
Dr. Edson Matias Dias (IFITEG) 
ed.matias@gmail.com 
 
Me. Marcelo Gabriel de Freitas Veloso (PUC Goiás; IFITEG) 
yosihing@gmail.com 
 
Embora a relação entre “religião” e “sentido” tenha sido realçada ao 
longo das últimas décadas por áreas como a Psicologia e/ou a 
Antropologia Cultural, muito pouco desse enlace pôde destacar-se a 
partir da articulação entre o campo religioso e as diferentes expressões 
artístico-culturais. Trata-se de um esforço ainda mais tímido caso se 
considere a produção na área de Ciências da Religião a esse respeito, 
mesmo que historicamente se tenha cogitado uma espécie de fronteira 
alargada para o acesso ao sagrado para além dos limites da 
racionalidade ou da descritividade. A essa dimensão de contato com 
um sentido radical, que não se mostra completamente disponível aos 
mecanismos operadores do discurso racional, chamou-se “apofática”, 
“negativa” ou “inefável”. Justamente essa parece ser a condição da 
arte em sua capacidade de tradução dos sentidos por vias ainda não 
totalmente exploradas, mas que, em geral, consideram o ser humano 
desde um ponto de vista da integração entre corpo – e, por isso, os 
sentidos exteriores – e espírito – o nível da potência criativa. Por um lado, 
chega-se ao que há de referencial transcendente nas expressões 
artísticas. Por outro, e sobretudo em meio ao crescimento do fenômeno 
da desinstitucionalização religiosa, fala-se da “arte como religião”, ou, 
quem sabe, como veículo expressivo e de (re)significação para 
mailto:jreinaldomartins@gmail.com
mailto:ed.matias@gmail.com
mailto:yosihing@gmail.com
 
13 
indivíduos e grupos, permitindo-lhes a constituição da totalidade 
ordenada (mundo) em que experienciam a vida. A presente ST busca 
aglutinar investigações que toquem esse horizonte, congregando-as 
num espaço qualificado de discussão, de crítica e de troca de 
experiências, com possibilidadede crescimento para todas as partes 
envolvidas. 
 
 
A ETNICIDADE DO POVO GOIANO NA OBRA DO FREI CONFALONI: 
COLONIZADOR OU DECOLONIZADOR? 
 
Ana Kelly Ferreira Souto Pinto 
PUC Goiás 
souto-ana@hotmail.com 
 
RESUMO: Constata-se a partir dos documentos e relatos como foi o 
impacto da pintura do Frei Nazareno Confaloni nas paredes da igreja 
do Rosário na Cidade de Goiás. O artista, frei dominicano católico e 
europeu, chega à antiga capital de Goiás e representa nos mistérios do 
Rosário as cenas bíblicas, porém colocando como personagens o 
próprio povo da cidade. Utilizando traços largos para expressar nariz, 
pés, e cores como o vermelho e o marrom para mostrar a simplicidade 
e o matiz da pele. A comunidade local não recebeu bem essa 
representação. Neste estudo investiga-se qual é a identidade que o 
povo local tinha de si mesmo, como ele se via, como o frei italiano o 
enxergou e o retratou. Haveria nessa expressão um choque entre como 
as pessoas locais se viam e como foram vistas? Residiria aí uma tensão 
entre a visão do europeu colonizador e o povo refém de um processo 
colonizador? Teria o frei, por meio de sua arte, promovido uma 
decolonização? Ou, à luz da teoria da etnicidade de Barth, cometido 
um ato de supressão da identidade ao colocar a sua visão sobre a 
comunidade? O presente artigo objetiva refletir sobre tais questões. A 
partir das leituras realizadas mais especificamente, quatro artigos, em 
um primeiro momento o de Diego Villar (2004) - Uma abordagem crítica 
do conceito de Etnicidade na obra de Frederick Barth, e o de Thais 
Marinho (2015), que mantém como referência o conceito de etnicidade 
de Barth, essas duas leituras têm o potencial de deslocar o olhar para 
um modo de compreender a etnicidade não como uma categoria que 
o estudioso/pesquisador chega e cataloga dizendo quem é o que. 
Barth apresenta uma abordagem mais terna e gentil com o “objeto” 
estudado, permitindo que a categorização da identidade seja dita pela 
própria pessoa que é estuda pelo antropólogo. Num segundo 
momento, o texto de Aníbal Quijano (2005) Colonialidade do poder, 
mailto:souto-ana@hotmail.com
 
14 
eurocentrismo e América Latina, assim como o texto de Rita Segato 
Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um 
vocabulário estratégico decolonial, nos amplia a compreensão de que 
devido ao processo de colonização que teve como referência o modo 
de vida e o estereótipo europeu, faz-se necessário libertarmo-nos desses 
paradigmas num processo de decolonização. Dessarte, tais leituras nos 
levaram a pensar o objeto da tese – a arte de Frei Nazareno Confaloni 
em Goiás – à luz dessas teorias, culminando em algumas questões que 
refletimos neste trabalho, tais como: seria a arte de Confaloni, em Goiás, 
um meio para o processo de decolonialismo? Ou, à luz da teoria de 
Barth, ela infringiria a construção da etnicidade goiana? 
 
Palavras-chave: Etnicidade; Decolonialismo; Povo goiano; Arte de 
Confaloni. 
 
 
A MULTISSENSORIALIDADE NA AÇÃO RITUAL E SUAS PERFORMANCES 
 
Daniela Oliveira dos Santos 
UFG 
daniela.oliveira@discente.ufg.br 
 
RESUMO: Esta comunicação pretende discutir a multissensorialdade na 
experiência religiosa durante a ação ritual a partir de um estudo em 
andamento no campo das Performances Culturais. A investigação tem 
por propósito compreender as performances que ocorrem nas 
celebrações do Ofício Divino das Comunidades em suas ações, 
símbolos, corpos, cheiros, sons, com destaque aos aspectos culturais 
presentes. Para tanto, as memórias, os corpos, os cheiros, os sons e seus 
entrelaçamentos com o rito adentram a investigação proporcionando 
reflexões sobre as performances reveladas na ação celebrativa. Esta 
comunicação tem por objetivo apresentar reverberações sobre os 
aspectos voltados à multissensorialidade e à sinestesia vislumbrados 
durante a celebração do Ofício Divino das Comunidades realizada em 
Goiânia no ano de 2022. Na ocasião, realizei a observação participante 
da celebração realizando o seu registro fotográfico e anotações em um 
diário de campo. O pensamento de estudiosos, tal como, Langdon 
(2006), Ingold (2012), Bonaccorso (2015), Pallasmaa (2011) adentram as 
reflexões descortinando os elementos percebidos nas performances dos 
celebrantes. As performances despontam no Ofício Divino das 
Comunidades desde o seu início, nisto, corpos, gestos e ações dos 
revelam-se simultaneamente no e pelo rito. Entrelaçados às palavras, ao 
canto, à dança e ao silêncio imersos pela penumbra e envoltos pelo 
mailto:daniela.oliveira@discente.ufg.br
 
15 
cheiro do incenso que invadia o espaço, os celebrantes vivenciaram 
experiências significativas e afloraram seus sentidos. Os gestos e corpos 
são citados por Bonnacorso (2015) na tentativa de se compreender 
como o ritual recorre às linguagens não verbais que são formas de 
comunicação mais antigas que a linguagem verbal. O acúmulo de 
atividades e o tempo, cada vez mais escasso, tem prejudicado a busca 
pela inteireza de nosso ser durante a celebração religiosa. Para além 
disso, Pallasma (2011) chama a atenção para a separação dos sentidos 
humanos em nosso cotidiano e como isso tem afetado as nossas vidas 
e nossas experiências estéticas. Seria, então, a celebração religiosa 
capaz de despertar em nós a multissensorialidade e a experiência 
estética? 
 
Palavras-chave: Multissensorialidade; Performances; Ação Ritual; Ofício 
Divino das Comunidades. 
 
 
MÃOS QUE NARRAM MUNDOS: A QUIROPRÁXIS NAS PARTEIRAS DA 
FLORESTA AMAZÔNICA 
 
Helton Thyers Melo Oliveira 
PUC Goiás 
thyerscssr@gmail.com 
 
RESUMO: Separadas e distantes geopoliticamente do mundo hospitalar 
citadino, imersas no útero da floresta, as parteiras da floresta amazônica 
são as testemunhas de um saber ancestral que as tornam as “mães da 
pegação” ou as “mães pelo umbigo”. O objetivo deste trabalho é 
apresentar e discutir um tipo específico de tradição e de prática 
memorial na incursão da oralidade atravessada pela quiropráxis do 
partejar. Mantivemos uma abordagem fenomenológica de nosso 
objeto em questão, qual seja, as mãos das mães de parto representadas 
como guardiães de cultura, na tentativa de compreender e interpretar 
a reportagem de imersão na “Floresta das parteiras”, tal qual a 
descreveu e registrou a jornalista Eliane Brum (2017). Como balizadores 
conceituais do nosso trabalho, articulou-se como lente teórica sobre 
nosso objeto de estudo conceitos provindos da sociologia da religião – 
memória, tradição, rito e identidade narrativa – a partir dos estudos 
realizados por Sukaranaho (2011), Urbaniak (2015) e Duque (2018). Nesse 
percurso realizado, concebemos as parteiras e suas mãos na prática de 
seu ofício artesanal como encadeadoras de memória cultural, 
tratando-se de mãos que visibilizam um mundo, demarcam um tempo 
de acontecimento (o nascimento), definem outro corpo identitário, 
mailto:thyerscssr@gmail.com
 
16 
guardam uma história. A tradição das parteiras abriga não só a 
narrativa do início das vidas que suas mãos amparam, mas seus corpos 
conjugam com o verbo partejar todo um modo cosmogônico de se 
situar na vida, na existência e em seus laços. Os corpos de uma “mãe 
de umbigo”, aparadora de menino, partejam uma relação da própria 
floresta como corpo, como ambiência receptiva onde se inscreve a 
comunidade e suas identidades. 
 
Palavras-chave: Parteiras; Floresta amazônica; Eliane Brum; Narrativa. 
 
 
A MÚSICA COMO VIA PARA A INTERIORIDADE – UM ESTUDO A PARTIR DE 
AGOSTINHO DE HIPONA 
 
Gustavo Augusto da Silva 
NOVA de Lisboa 
gustavo85031342@gmail.com 
 
RESUMO: Na ótica agostiniana, o canto não é propriamente/somente 
um ato linguístico, visto que existe a possibilidade de cantar sem 
palavras. O mesmo acontece com a oração, há a contingência de 
cumpri-la a sós, em silêncio. Com as palavras, aprende-se apenas 
signos, isto é, sinaissonoros, que, deliberadamente, foram carregados 
de sentido ao longo do desenvolvimento da humanidade. Deste modo, 
as palavras da oração ou do canto, como ato interior, funcionam como 
lembretes para as operações do pensamento. Por esse silêncio, o fazer 
musical se aproxima bastante da oração, e, como ato litúrgico, o canto 
também era utilizado como modalidade de reza. Agostinho desenvolve 
que o canto na liturgia é um ato de interiorização e conexão com a 
comunidade. A experiência que os crentes fazem do Sagrado parte 
sempre de uma linguagem. Mesmo na oração silenciosa a linguagem 
aparece como fruto da consciência de si. Em Agostinho esta 
consciência é conhecida como interioridade. Agostinho declarou que 
Deus se encontra no mais íntimo do homem e que para encontrá-lo é 
preciso tecer um caminho interior rumo ao Sumo Bem. Este trabalho tem 
como proposta prescrutar o conceito de interioridade agostiniano e 
estudar a música como uma via privilegiada para tal. 
 
Palavras-chave: Música; Interioridade; Filosofia; Agostinho de Hipona. 
 
 
 
mailto:gustavo85031342@gmail.com
 
17 
UMA PROPOSTA POÉTICA/ESTÉTICA COMO EXERCÍCIO ESPIRITUAL A 
PARTIR DO LIVRO O VÉU DE ÍSIS NO PENSAMENTO DE PIERRE HADOT 
 
Marcelo Gabriel de Freitas Veloso 
PUC Goiás 
yosihing@gmail.com 
 
RESUMO: A comunicação presente tem como proposta em apresentar 
a possibilidade de uma percepção estética da natureza pelo 
intermédio da atitude órfica como exercício espiritual a partir da obra O 
véu de Ísis, do filósofo francês Pierre Hadot (1922-2010). De acordo com 
Hadot, a natureza sofreu um processo de mecanização que, de certa 
maneira, corroborou o distanciamento do próprio homem. Tal processo, 
o filósofo francês denomina de atitude prometeica. Esta atitude – mas 
não somente ela – parece estender-se e ganhar fôlego na 
contemporaneidade, reforçada pelo avanço intensificador do 
processo tecnológico mercadológico/capitalista. Nesse sentido, em 
resposta a essa mecanização e exploração mercadológica frente à 
natureza, propomos neste artigo, a partir do pensamento de Hadot, 
discutir e compreender o que ele denomina por atitude órfica, 
problematizando a seguinte questão: será possível pelo intermédio da 
percepção estética da natureza, a “renaturalização” do homem? Seria 
a atitude órfica uma proposta de nos entendermos como sujeitos 
perceptíveis, enquanto também participantes da natureza? Partindo 
deste pressuposto, recorremos ao pensamento de Hadot arriscando-nos 
a uma aproximação sobre o despertar de uma percepção espiritual de 
filosofia na senda da perspectiva estética em relação à natureza. 
 
Palavras-chave: Natureza; Percepção Estética; Pierre Hadot; Exercícios 
Espirituais. 
 
 
LEODEGÁRIA BRAZÍLIA DE JESUS: A POESIA COMO CHAMA E 
PROCEDIMENTO 
 
Cristiano Santos Araujo 
PUC Goiás 
umcristiano@gmail.com 
 
RESUMO: Esta comunicação científica tem por objeto a obra da poeta 
goiana Leodegária Brazília de Jesus (1889-1978) nos seus dois livros: 
Corôa de Lyrios (1906) e Orchideas (1928). Objetiva-se realizar uma 
metacrítica literária a partir de três críticos: um inglês, um francês e um 
mailto:yosihing@gmail.com
mailto:umcristiano@gmail.com
 
18 
russo. Terry Eagleton (2006) no conceito sobre O que é literatura; Viktor 
Chklovski (1984) no texto A Arte como procedimento; Gaston Bachelard 
(1989), na obra A chama de uma vela. Metodologicamente, propõe-se 
uma revisão bibliográfica, e de narrativa, no esforço conjunto de co-
labor-ação conceitual através do eixo epistemológico da arte poética 
e construções de sentido na religião e cultura goiana. Dessa forma, 
sendo Leodegária de Jesus uma matrinarrativa cerradesca há 
pertinências sociais, acadêmicas e científicas no olhar mais atento sobre 
a obra da pioneira da poesia em Goiás, com a perspectiva de auscutar 
a visibilidade da chama e do procedimento de uma escrita das 
imagens simbólicas e de uma particular poesia do mundo na tentativa 
autoral de explicar o desconhecido pelo conhecido naquilo que há 
entre a chama e o pavio. 
 
Palavras-chave: Leodegária de Jesus; Poesia; Chama; Procedimento. 
 
 
COMICIDADE E SIMBOLISMO: RELAÇÕES ENTRE O HUMOR DA 
CARICATURA E NARRATIVAS RELIGIOSAS 
 
Natã Silva Nazareno 
PUC Goiás 
lapiseborracha@gmail.com 
 
RESUMO: Este trabalho pretende abordar o aspecto do humor 
propositalmente elaborado na construção da caricatura e equiparar os 
fundamentos simbólicos criados, apropriados ou reinventados pelo 
específico estilo de arte e os mecanismos não menos importantes para 
a impetração da memória e linguagens adotadas pela religião. De tal 
feito, apresentamos em três capítulos nos quais são distribuídos a 
questão relacional entre dois horizontes, do cômico e da religião, em 
seguida os elementos são reconectados com novas perspectivas e 
interpretações, sutis jogos de linguagem, releituras de questões 
populares e religiosas convertidos pela arte da caricatura, em 
armadilhas risíveis, o que iremos ilustrar com recurso gráfico/imagético. 
Rir é próprio e exclusivamente dos humanos e, constatações ou 
afirmações como essas nos acompanham desde a antiga Grécia, no 
entanto os valores atribuídos ao riso oscilam na história. Elementos do 
cômico são ajuizados ou valorados, mas estão caminhando com a 
evolução humana e no ethos da sociedade. Assim como os mitos são 
constituídos, elementos que fundamentam, atendem um propósito e 
replicam uma história para um povo, a experiência vivenciada através 
do humor, pode estar no mesmo patamar de elaboração racional e se 
mailto:lapiseborracha@gmail.com
 
19 
valer dos mesmos elementos, em perspectivas peculiares, para 
organizar mecanismos cômicos e, imortalizar memórias através do riso 
na cultura. Acreditamos, levantar um questionamento de suma 
relevância para os tempos hodiernos em que a sensibilidade da arte, 
filosofia, religião e do humor são desconsideradas do cerne da 
formação social. Autores de grande relevância serão elencados para o 
debate e nos anseia provocações substanciais para novos saberes em 
futuros próximos. 
 
Palavras-chave: Caricatura; Humor; Riso; Cômico; Religião. 
 
 
RELIGIÃO, ARTE E CULTURA: A CAPACIDADE HUMANA DE REINVENTAR 
 
Claudio Antonio Delfino 
PUC São Paulo 
claudiodelfino72@yahoo.com.br 
 
RESUMO: A tradição judaico-cristã tem de comum em suas raízes a 
doutrina da Criação. O verbo barah é um indicativo que somente a 
Deus compete criar. Mas isto não implica que ao homem, mesmo que 
analogamente, seja concedido a tarefa de, mediante a arte, de um 
tipo de criação aparente, inventiva. E essa realidade cultivada é 
verdadeira. Ela entra no mundo dos homens, isto é, na história, 
possuindo uma gama de significados, que por vezes, expressa o 
inefável, o apofático, o indizível conceitualmente. Desta maneira, 
utilizando o método explorativo bibliográfico, objetiva-se com esta 
reflexão mostrar que a fertilidade da interface entre religião, arte e 
cultura são capazes de produzir sentidos que alarguem o horizonte da 
experiência humana com o sagrado, em meio as alegrias e sofrimentos 
da sua existência. Os elementos desta interface são como três vias que, 
interagindo-se através da atividade humana, convergem na mesma 
direção, visando alcançar o mesmo fim. Ademais, sendo o homem um 
mistério para si e para os outros, ele é desafiado constantemente a se 
descobrir e se manifestar. Sendo assim, no cultivo de si, da sociedade e 
da natureza, e aberto ao Totalmente Outro, o homem é chamado a 
emitir significado a tudo isso que o rodeia. E, se por vezes, lhe faltam 
palavras para exprimir tudo o que o envolve. Mediante a sensibilidade 
estética que lhe é própria, ele é naturalmente vocacionado a encontrar 
condições de possibilidades para realizar esta sua missão. Com isso, os 
elementos religiosos, culturais e artísticos funcionam também, como um 
fundamento comum, onde erguer este edifício.A construção se dá no 
seu quotidiano. Para se realizar tal empresa, se deve buscar o apoio da 
mailto:claudiodelfino72@yahoo.com.br
 
20 
iniciativa pública, privada e do terceiro setor e da comunidade local 
com o objetivo de obter recursos para a realização de tais projetos. 
Além disso, se deve valorizar as expressões artísticas e culturais de cada 
povo, consciente de que cada um tem algo a oferecer. Por fim nada 
impede de utilizar tais atividades como inclusivas no meio social. Sendo 
assim, o sagrado, o humano, a arte e a cultura como expressões deste 
podem coabitarem num universo paradoxal, isto é, multifacetado e 
simultaneamente, com o rosto belo. 
 
Palavras-chave: Sagrado; Humano; Arte; Cultura. 
 
 
A INFLUÊNCIA DE SÃO JOÃO DA CRUZ PARA A CATEGORIA DO NOTURNO 
NA FILOSOFIA DE VLADIMIR JANKÉLÉVITCH: O ENCONTRO ENTRE A 
TEOLOGIA APOFÁTICA E A FILOSOFIA NEGATIVA DO SÉCULO 20 
 
Felipe Marçal Anunciação 
PUC Minas 
felipeanunciacao@outlook.com 
 
RESUMO: Vladimir Jankélévitch, filósofo francês do século 20, foi deveras 
influenciado pela mística cristã para a concepção de sua filosofia, esta 
não sistemática, antibabélica e simpática ao inefável, concebendo às 
verdadeiras respostas como o fruto do encontro com a experiência do 
inexprimível. Sua filosofia se afasta do positivismo e cientificismo 
contemporâneos, convidando os seus leitores para uma espécie de 
experiência mística, mas sem religião dogmática, com predileção para 
às experiências inexplicáveis que podem ser vivenciadas através da 
música, o amor e a abertura do ser para a vida como mistério infinito 
em possibilidades. Independente do não pertencimento a uma filiação 
religiosa, Jankélévitch nos aponta para experiências transbordantes. Por 
isso, visando uma investigação sobre à grandeza que às experiências 
religiosas promovem, por ser à constatação do transbordamento para 
além da racionalidade instrumental, esta comunicação tem o objetivo 
de apresentar às influências da mística de São João da Cruz para à 
categoria do Noturno na filosofia jankélévitchiana. Para tal intento, 
apresentaremos â categoria do Noturno para o filósofo a partir do seu 
livro A música e o inefável e os dois primeiros volumes da obra Le je ne 
sais quoi et le présque rien, com o apoio do livro Ressonâncias Noturnas: 
do indizível ao inefável do intérprete do autor prof. Dr. Clóvis Salgado 
Gontijo, relacionando e demonstrando como a teologia noturna de São 
João da Cruz foi a principal influência para o pensador francês quanto 
ao tema. Utilizaremos os livros Subida ao Monte Carmelo e Obras 
mailto:felipeanunciacao@outlook.com
 
21 
Completas do místico João da Cruz, como também de citações de 
místicos como Pseudo-Dionisio Areopagita do seu livro Teologia Mística. 
 
Palavras-chave: Noturno; Mística; Religião; Jankélévitch; São João da 
Cruz. 
 
 
A SIMBÓLICA DO DIONISÍACO NO CINEMA CONTEMPORÂNEO 
 
Camila Cavalcanti Pordeus 
UFPE 
camilapordeus@gmail.com 
 
RESUMO: Uma palavra como "dionisíaco" pode parecer ao leitor tão 
familiar quanto estranha. Pode fazê-lo lembrar do dionisíaco tal qual 
Nietzsche elaborou em seu "O nascimento da Tragédia". Pode também 
lhe parecer familiar como adjetivo, sinônimo de algo carnavalesco. 
Nesta proposta, quando falamos de "dionisíaco", nos valemos desse 
lugar-comum, mas pretendemos ir além dele. Entendemos que apesar 
da religião e mitologia greco-romana terem existido enquanto fato 
religioso na antiguidade clássica, não é desta mesma maneira que ele 
se apresenta na contemporaneidade. Isto pois o fato religioso é um fato 
histórico, e portanto depende de sua historicidade para existir enquanto 
religião, que proporciona sentido e verdade para aqueles que neles 
crêem. Defendemos aqui a possibilidade de sobrevivência daquilo que 
chamamos "simbólica do dionisíaco", um conjunto de elementos visuais 
que se relacionam com o imaginário construído a partir dos mistérios 
dionisíacos. Este imaginário, palavra que utilizamos para nos referir a um 
certo repertório cultural, aponta para sentidos que se relacionam com 
temas recorrentes no estudo da religião que seguia o deus do vinho: a 
presença do bestial, o rompimento das barreiras sociais, o erotismo, e, 
principalmente, a dissolução do indivíduo. Como principal objeto deste 
estudo, escolhemos o cinema contemporâneo, filmes como "Clímax" 
(Noé, 2018), "Os demônios" (Russel, 1971) e "Suspiria" (Guadagnino, 2018) 
que possuem cenas em que enxergamos que este arcabouço foi 
reportado, cujo sentido aproxima-se de valores partilhados por tal 
religião. Compreendemos que o imaginário acerca de algo não 
reporta-se necessariamente apenas a realidades históricas.Estas cenas 
não buscavam retratar fielmente esta religião, mas ainda assim 
conectam-se com a ideia que o ocidente formou acerca deste deus e 
seu culto. Para este trabalho, utilizo autores como Paul Ricoeur, Mircea 
Eliade e Georges Bataille, buscando na recorrência da produção destas 
imagens compreender o sentido do dionisíaco no modo como o 
mailto:camilapordeus@gmail.com
 
22 
homem contemporâneo do mundo secular vivencia sua existência. A 
partir deles, foi possível compreender a religiosidade para além da 
religião, a busca pelo sentido e pela verdade que norteia a existência 
humana, e como esses valores não se dissiparam pós-secularização. 
Interligamos a noção de dionisíaco com a experiência erótica tal qual 
descrita por Bataille, uma experiência que busca simbolicamente 
derrotar o abismo entre os seres descontínuos que somos, 
descontinuidade esta que pode ser bem representada pela morte (pois 
quando "eu" morro, estou sozinha, "você" não morre também). As cenas 
as quais nos reportamos buscam transmitir visualmente a quebra da 
barreira dessa descontinuidade, um momento que, por mais que dure 
apenas alguns minutos para o espectador, transmitem que para o 
participante algo de eterno ali ocorreu - a morte foi esquecida, o mundo 
e suas regras também. Ali formou-se uma esfera, no sentido de Peter 
Sloterdijk, onde o desconhecido - a morte- não os alcança. Ao negar as 
regras e a ordem do mundo, simbolicamente cria-se um outro espaço, 
que, como na religião dionisíaca, é preciso estar iniciado para adentrar 
-aqueles que morrem e renascem simbolicamente. É nessa mesma 
lógica em que categorizo essas produções visuais: a negação da morte 
e a celebração extática da vida. 
 
Palavras-chave: Dionisíaco; Símbolo; Cinema. 
 
 
CONSTRUÇÃO DE SENTIDO NA POESIA DE ADÉLIA PRADO: UMA ANÁLISE 
FENOMENOLÓGICA DO POEMA BENDITO 
 
Edson Matias Dias 
FAJE 
ed.matias@gmail.com 
 
RESUMO:A vida não precisa ser explicada para se manifestar. Nas 
modalidades dos poderes que nosso corpo comporta, a vida se 
expressa em tudo que ela é: suas alegrias, dores, contentamentos e 
dessabores. Os contraditórios no nosso viver só são considerados assim 
pois esbarram em nossa mentalidade idealista de tudo querer objetivar. 
Tudo aponta para a compreensão que a construção de sentido 
somente se produz quando há um espaço de interação entre os 
opostos. O caminho da poesia, desde os textos sagrados antigos à 
poesia contemporânea, revela um ‘fundo’ articulador que escapa 
sempre a qualquer racionalização. Refletir a partir da poesia, num 
caminho que passa pela fenomenologia e pela psicologia profunda, 
parece ser um trajeto possível de aclaramento do valor poético para a 
mailto:ed.matias@gmail.com
 
23 
construção de sentido da vida humana. Para que a investigação seja 
possível, opta-se pela análise do poema Bendito da poetisa mineira 
Adélia Prado. Toma-se como auxílio para investigação a fenomenologia 
de Michel Henry, em sua crítica à cultura e à tradição filosófica. Como 
também a psicologia de Carl Gustav Jung em seus pressupostos sobre a 
constituição psíquica do indivíduo e seu processo de desenvolvimento, 
deixando emergir outra concepção de cultura e de arte.A partir das 
categorias da fenomenologia e da psicologia foi possível perceber que 
o ser humano, na busca de encontrar um chão que pertença, pela 
poesia encontra um mar que pode navegar ao fragor dos ‘ventos da 
vida’. O que fica patente é a necessidade urgente de viver a vida num 
fluxo mais poético e menos objetivista, abrindo espaço assim para todos 
os poderes da vida em suas mais variadas manifestações artísticas e 
culturais. 
 
Palavras-Chave: Poesia; Psicologia; Fenomenologia; Sentido. 
 
 
O PERDÃO E O “AUTOPERDÃO” COMO VIOLÊNCIA 
 
Bianca Soares Magalhães 
PUC Goiás 
biancasoaresmagalhães@gmail.com 
 
RESUMO: O narrar, literário ou de qualquer outra espécie, evidencia, em 
especial a olhares mais profundos, a máxima/norma, como conduta, 
daquilo que deve ser considerado e protegido. O fato é que, por vezes, 
a violência e a revitimização se transverte da boa virtude do perdoa e 
“autoperdoar-se”. Soa como um processo de superação da dor, e 
talvez seja em alguma medida. Mas, para além da experiência pessoal, 
o espaço público adoecido não protege nem considera o bem da vida 
e a própria vida. Por via literária, narraremos um conto, que apesar de 
fictício sabe-se fatível, para conduzirmos a reflexão de como o perdão 
e o “autoperdão” nem sempre representa uma virtude, mas sim 
processos de legitimação da violência. A vítima ou a pessoa ofendida 
toma para si a culpa do dano que lhe fora causado. Deste modo, 
somasse o dano, a dor e o sofrimento a culpa de ter sido ofendida e 
vitimada. Resultando em nova modalidade de violência, aquela que 
faz calar os efeitos da ação ofensora sem necessariamente findar os 
efeitos práticos da ofensa. Silenciar e romantizar a dor que não pode ser 
sentida/reclamada, já que não se pretende findar/punir o que de fato 
gerou a ofensa. Sequer há promessa ou acordo mútuo de evitar 
mailto:biancasoaresmagalhães@gmail.com
 
24 
conduta danosa posterior e, caso ocorra, basta levantar novamente a 
sinalização de virtude da vítima, que deve ser sempre boa vítima. 
 
Palavras-chave: Perdão; “autoperdão”; violência. 
 
 
O SENTIDO RESSENTIDO DO OURO NAS PEÇAS SACRAS 
 
Daniel Carvalho da Silva 
PUC Goiás 
dancarvalho90@gmail.com 
 
RESUMO: O emprego dos metais nobres, sobretudo do ouro, para a 
confecção de objetos em função do culto e dos sacramentos cristãos 
remonta a um passado longínquo. Cálices e alianças são peças 
remanescentes na contemporaneidade, mas, são conhecidas, por 
exemplo, as talhas de ouro que, por influência da arte sacra portuguesa, 
adornavam presbitérios barrocos no Brasil Colônia. O uso de ouro em 
tais peças resguarda o sentido da nobreza: predicado do metal e 
desígnio dos objetos litúrgicos. No entanto, com o advento da 
mineração em larga escala e dos recorrentes crimes ambientais 
atrelados a ela – como os rompimentos das barragens de rejeitos de 
minérios e a contaminação de populações indígenas e ribeirinhas por 
mercúrio –, e considerando os apelos do Papa Francisco na Laudato Si’ 
por uma conversão ecológica, a nobreza do ouro e seu emprego em 
peças sagradas tem sido questionada. Em lugar de metal, sugere-se 
para os cálices o uso de madeira ou cerâmica. Em substituição às 
alianças, desde a ordenação do prelado de São Félix do Araguaia – MT, 
Pedro Casaldáliga, em 1971, paira, sobre a Igreja Católica latino-
americana, a sugestão do uso do anel de tucum. A presente 
comunicação quer trazer à baila os sentidos – teológico, sobretudo 
bíblico, e antropológico – que sustentam o emprego do ouro a tais 
peças, bem como os ressentimentos que a mineração suscita em suas 
vítimas de modo que assimilem o ouro como uma causa mortis. A 
pesquisa, de cunho bibliográfico, baseia-se nos documentos da Igreja 
que orientam o emprego de metais preciosos e dos questionamentos 
que tanto a Igreja quanto os movimentos populares impõem à 
mineração e ao resultado dela. Os resultados sugerem que os sentidos, 
as nuanças sublinhadas quando da opção por um ou por outro tipo de 
material, enraízam-se na experiência pessoal ou comunitária com os 
diferentes elementos da natureza e, ainda, com a relação que cada 
sujeito estabelece entre eles e as peças finais utilizadas nos cultos 
cristãos. 
mailto:dancarvalho90@gmail.com
 
25 
 
Palavras-chave: Arte Sacra; Mineração; Conversão Ecológica. 
 
 
CONSTRUÇÃO DE SENTIDO E ESPIRITUALIDADE VIVENCIAL EM CORA 
CORALINA 
 
José Reinaldo F. Martins Filho 
PUC Goiás 
jreinaldomartins@pucgoias.edu.br 
 
 
Resumo: A religião está estreitamente ligada à possibilidade de 
construção de um sentido radical, profundo e determinante sobre a 
mundividência de indivíduos e suas comunidades. Nisso tem sintonia 
com as artes e, entre elas, especialmente com a literatura. Pretende-se, 
aqui, dar destaque para o “artesanato de sentidos” articulado a partir 
da produção literária, sobretudo poética, de Cora Coralina, uma das 
principais escritoras goianas do último século, realçando dois tipos de 
influências sobre a sua produção: a) uma religiosidade herdeira do 
catolicismo institucionalizado (oficial e popular) na Cidade de Goiás de 
sua época de infância e b) uma espiritualidade – ou mística – que 
chamaremos “vivencial”, pois ancora-se nas experiências pessoais da 
literata, sobretudo na possibilidade sempre disponível de significação 
dos acontecimentos cotidianos, revestidos de novo sentido e, por isso, 
com influência sobre a autopercepção da autora e das gerações que 
estabeleceram contato com seu texto. A literatura, como fonte de 
sentido e expressão de uma espiritualidade vivencial, seria, por isso, 
reflexo das vivências, refratadas e devolvidas ao contexto social de que 
se originaram, determinando-o em muitos de seus aspectos 
fundamentais. Esse é o lugar a partir do qual se procurará perceber a 
correlação entre religião, arte e cultura. 
 
Palavras-chave: Sentido; Espiritualidade vivencial; Literatura goiana; 
Cora Coralina. 
 
 
ENTRE O PROFANO E O SAGRADO: ANÁLISE DE DOIS COMERCIAIS 
PROTAGONIZADOS PELO PADRE FÁBIO DE MELO 
 
Paulo Afonso Tavares 
UFG 
jor.pauloafonso@gmail.com 
mailto:jreinaldomartins@pucgoias.edu.br
mailto:jor.pauloafonso@gmail.com
 
26 
 
RESUMO: A religião, enquanto instituição social, vem progressivamente 
experienciando um processo de “midiatização”, termo cunhado para 
compreender as amplas consequências da mídia para a vida cotidiana 
e organização prática (social, política, cultural, econômica) e, mais 
particularmente, da disseminação generalizada de conteúdos e 
plataformas de mídia através de todos os tipos de contexto e prática. 
Hodiernamente, é patente a inserção das mais diversas instituições e 
sujeitos religiosos no tecido de uma sociedade mediatizada: as práticas 
sociais, pautadas na lógica midiática, tornam o fenômeno religioso mais 
complexo, sobretudo no meio digital. Novas modalidades de 
percepção e expressão do sagrado são formadas em novos ambientes 
sociais: o fenômeno religioso, gradualmente, transfere-se para 
ambientes públicos, como as redes sociais (Facebook, Twitter, 
Instagram, etc.). A mediatização da religião vê-se com mais clareza, por 
exemplo, no caso católico, com inúmeros marcos comunicacionais da 
Igreja Católica: em 1896, registrou-se, em um filme, a primeira imagem 
de um papa, Leão XIII; em 1931, houve a primeira transmissão da voz 
papal na rádio, quando se fundou a Rádio Vaticana por Pio XI; em 1949, 
ocorreu a primeira transmissão de imagens papais na televisão, também 
de Pio XII, entre outros casos. Nesse contexto, em 1963, o Concílio 
Vaticano II emite um documento, o Decreto Inter Mirifica, que trata da 
comunicação social da Igreja Católica. O objetivo do documento é 
afirmar a importância dos meios de comunicação de massa na 
sociedade moderna e encorajar a Igreja a usá-los para espalhar a 
mensagem cristã. Entre os principais pontos do Decreto Inter Mirifica, 
estão a necessidadede formação de pessoas capacitadas para 
trabalhar com a comunicação dentro da Igreja, a promoção do uso 
dos meios de comunicação para fins educacionais e evangelizadores, 
e a necessidade de garantir a liberdade de imprensa, desde que esta 
esteja em conformidade com os princípios cristãos. O documento 
aborda, ainda, a responsabilidade dos meios de comunicação de 
massa em relação à verdade e à justiça, e a necessidade de proteger 
a privacidade das pessoas e evitar a difamação. Nessa conjuntura, 
produzem-se fenômenos como o dos “padres popstar”, a exemplo de 
Marcelo Rossi e Fábio de Melo. Como o avanço do pentecostalismo, 
produziu-se uma “reação católica” no campo midiático, 
paradoxalmente, valendo-se de estratégias características do 
televangelismo, mais comum entre evangélicos neopentecostais. A 
partir dos anos 90, sobretudo com o Pe. Marcelo Rossi, elabora-se uma 
estratégia de difusão da fé católica adaptada à lógica das mídias 
(algumas celebrações eram até mesmo chamadas de “showmissas” 
pela imprensa). O Pe. Fábio de Melo, com uma estratégia semelhante, 
 
27 
passou a ganhar espaços da mídia na metade da década de 2000. Em 
ambos os casos, ocorre a exposição em programas de televisão e rádio 
laicos, o lançamento regular de CDs, DVDs e de livros de autoajuda, a 
apresentação própria de programas de rádio e televisão – Fábio de 
Melo, por exemplo, apresenta o programa Direção Espiritual, transmitido 
pela TV Canção Nova. Em face dessas considerações, neste artigo, 
objetiva-se analisar dois vídeos publicitários, protagonizados pelo Pe. 
Fábio de Melo e divulgados nas redes sociais. No primeiro, o presbítero 
divulga um produto da indústria de vitaminas e suplementos Ekobé. No 
segundo, ele divulga o produto emagrecedor 100Peso. Assim, este 
trabalho adota uma abordagem qualitativa e faz-se mediante análise 
documental. A abordagem qualitativa é uma das principais 
abordagens utilizadas em pesquisa, em que o foco é a compreensão 
aprofundada e detalhada de um fenômeno social. Essa abordagem é 
usada para coletar e analisar dados não estruturados, como entrevistas, 
observações e documentos. A análise documental é uma técnica 
comum dentro da abordagem qualitativa e envolve a coleta e análise 
de documentos relevantes para a pesquisa. Os documentos podem 
incluir artigos, relatórios, leis, regulamentos, atas de reuniões, diários, 
vídeos, entre outros. A análise documental envolve uma leitura 
cuidadosa dos documentos para identificar temas, padrões, conceitos 
e outras informações relevantes para a pesquisa. 
 
Palavras-chave: Padre Fábio de Melo; Comercial; Evangelização; 
Catolicismo Midiático; Midiatização da Religião. 
 
 
O MITO COMO MODO DE EXPRESSÃO DO SENTIDO RELIGIOSO 
 
Luciano Silva Reis 
PUC Goiás 
lucianoreisoficial@gmail.com 
 
RESUMO: O mito evidencia a origem. Em toda construção ideológica do 
Oriente e do Ocidente, há elementos simbólicos relativos à construção 
mitológica, feitos presentes dentro do tempo e do espaço em forma de 
registro e oralidade. Em razão disso, essa comunicação tem como 
objetivo possibilitar uma visão atemporal do mito, que está 
intrinsicamente vinculado ao conhecimento religioso de localidades 
distintas. A metodologia adotada é bibliográfica. O texto se constrói a 
partir da revisão da discussão de autores especializados no tema e 
consagrados pela sua trajetória investigativa. É apresentada uma 
ênfase nas noções preliminares de mito e sua articulação com rito, que 
mailto:lucianoreisoficial@gmail.com
 
28 
com destaque para sua origem e utilização. Refere-se também a uma 
análise tipológica, que segmenta a forma estrutural que o mito reproduz. 
Os resultados esperados são a compreensão das relações internas e 
consequentes acerca das construções ideológicas do saber religioso de 
várias temporalidades. Não obstante, a comunicação também quer 
contribuir para uma nova tradição do uso do mito como forma de 
decodificação de determinada identidade desde suas origens, com 
pauta na desconstrução de eventuais incompreensões sobre o papel 
do mito e das mitologias na história humana, no passado e no presente. 
 
Palavras-chave: Mito; Religião; Sentido; Origem; História. 
 
 
ENTRE A SAUDADE E O SONHO: DUAS CANÇÕES DE TOM JOBIM NUMA 
PROSA COM RUBEM ALVES 
Arnaldo Érico Huff Júnior 
UFJF 
huffjr_@hotmail.com 
 
RESUMO: O artigo pretende interpretar duas canções de Antônio Carlos 
Jobim, “Garota de Ipanema” (em parceria com Vinícius de Moraes) e 
“Sabiá” (em parceria com Chico Buarque), pensadas em diálogo com 
a teopoética de Rubem Alves. Aspectos melódicos, harmônicos, 
históricos e estético-poéticos da canção são, nesse sentido, 
interpretados e discutidos sob inspiração das noções alvesianas de 
beleza, saudade e sonho. 
 
Palavras-chave: Tom Jobim; Rubem Alves; Canção popular brasileira; 
Religião. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
mailto:huffjr_@hotmail.com
 
29 
 
ST 02 – LO MÍTICO E LO SAGRADO: EN TORNO A LO 
TRASCENDENTE EN EL ARTE ACTUAL 
 
Paloma Rodera Martinéz 
UFV Madrid 
paloma.rodera@ufv.es 
 
Pablo López Raso 
UFV Madrid 
p.lopez@ufv.es 
 
Desde principios de este siglo XXI podemos observar en el arte 
contemporáneo ciertas manifestaciones vinculadas a lo sagrado y lo 
sobrenatural. Frente al tradicional inmanentismo que caracterizó a la 
revolución moderna, se detecta en la cultura posmoderna una mirada 
hacia narrativas que van de lo mitológico a lo trascendente. 
Ciertamente no es una manifestación nueva si sondeamos la historia de 
la humanidad, pero en el ámbito de la escena de la creación más 
actual es algo novedoso. La secularización de la cultura del siglo XX 
liderada por una modernidad que rechazaba el fenómeno religioso 
apartó de la escena artística a toda propuesta que se relacionara con 
la expresión de lo divino. 
 
 
 
PRESENCIA DE LO SAGRADO EN LA OBRA ELOGIO DEL HORIZONTE DE 
EDUARDO CHILLIDA 
 
Cristina López de Corral 
UFV Madrid 
cristina.lopez@ufv.es 
 
mailto:paloma.rodera@ufv.es
mailto:p.lopez@ufv.es
mailto:cristina.lopez@ufv.es
 
30 
 
RESUMO: El panorama artístico español de posguerra cuenta con una 
de las mejores y más fructíferas generaciones de artistas del siglo XX. Tras 
la Guerra Civil, este grupo de artistas silenciados y aislados por la 
situación política logra acceder y apropiarse de una modernidad 
totalmente ajena y de difícil acceso, impulsando la apertura al mundo, 
no sólo del aspecto cultural, sino del país entero. Sus obras conquistan la 
escena internacional tras abordar el nuevo aspecto moderno desde un 
carácter único y propio español. Se trata de un estilo sobrio, austero, 
heredero de Velázquez y de Goya con tendencia expresionista y toque 
surreal que materializa una generalizada búsqueda existencial que en 
ciertos casos va a revelar una profunda carga espiritual. Eduardo 
Chillida, figura referente de este periodo, representa uno de estos casos. 
Chillida, y por consiguiente su escultura, se pregunta por lo inalcanzable, 
lo absoluto, lo verdadero desde la sencillez, la humanidad, la belleza y 
la dignidad cualidades no siempre fáciles de ejercitar y poco comunes 
en un mundo dominado por el rechazo a todo lo relacionado con lo 
artístico-espiritual. Como escultor profundamente apasionado y 
volcado en su trabajo, entiende su obra como mediadora entre el 
hombre y el misterio. Preocupado por el mundo que rodea y conforma 
sus esculturas, más que en la pieza en sí, traduce todos sus intereses a 
conceptos duales y complementarios como el espacio-vacío, materia-
espíritu, peso-gravedad. A través del diálogo y la alternancia de dichos 
conceptos consigue generar en sus obras un ritmo propio que logra 
desprender al observador del orden frenético de la vida cotidiana, 
invitándolo a la contemplación y el recogimiento al crear «lugares 
sagrados» en los queda manifiesto de fondo el catolicismo de 
búsqueda,propio del autor. El artista entabla un diálogo con lo mistérico 
y nos proporciona con sus esculturas los materiales que cree necesarios 
para semejantes enfrentamientos, siendo capaz de producir una 
experiencia tanto estética como religiosa. Su Elogio del Horizonte 
abarca toda esta intención de mediación, en este caso entre el 
horizonte símbolo de lo inmenso, lo inconmensurable, patria y lugar de 
toda la humanidad, y el espectador. Chillida consigue a través de esta 
escultura hacer presente lo sagrado, al abrirnos una ventana a lo 
esencial, desde lo material. 
 
Palavras-chave: Arte contemporáneo; Arte y trascendencia; Eduardo 
Chillida; Escultura abstracta monumental; Elogio del Horizonte. 
 
 
 
 
31 
BUSCANDO LO TRASCENDENTE: INSTALACIONES DE ARTE 
CONTEMPORÁNEO EN ESPACIOS SAGRADOS 
 
Maribel Castro Díaz 
UFV Madrid 
mi.castro.prof@ufv.es 
 
 
RESUMO: Mientras que en el siglo XX se dio un proceso de secularización 
en la sociedad (generando una separación entre arte contemporáneo 
y cristianismo), hoy en día encontramos que los artistas vuelven a 
retomar en sus obras la tradición del diálogo entre la creación visual y 
los lugares de culto. Este compromiso de los artistas con lo espiritual y lo 
religioso ofrece nuevas posibilidades para los espacios sagrados. Esta 
investigación plantea explorar el potencial de la instalación artística 
dentro del diálogo entre arte contemporáneo y espiritualidad, 
señalando el giro conceptual e interpretativo de un foco casi exclusivo 
en el contenido y la imagen (que definió el enfoque artístico anterior al 
siglo XX) a las dimensiones experienciales e inmersivas para el 
espectador. Propone exponer algunas de las características y utilidades 
más relevantes de un tipo de arte que puede ser descrito como espiritual 
en virtud de sus capacidades reveladoras, revitalizadoras y 
contemplativas, así como analizar el papel mediador de la instalación 
en la experiencia estética de lo sublime. La metodología para este 
estudio se basará, por un lado, en una revisión bibliográfica y la 
elaboración de un marco conceptual a partir de textos y publicaciones 
como On the Strange Place of Religion in Contemporary Art (1994), de 
James Elkin, Art & Religion in the 21st century (2015), de Aaron Ronsen, o 
The Sublime: Documents of Contemporary Art (2010), editado por Simon 
Morley, además de artículos académicos y catálogos razonados. 
Seleccionaremos un conjunto propuestas artísticas recientes creadas 
para espacios religiosos, y estructuraremos su análisis a partir de las 
nuevas formas de encuentro que permite la utilización de lo multimedia. 
Así, realizaremos un estudio comparado de la utilización de la palabra 
en las instalaciones de Jenny Holzer en la Iglesia de San Juan el Divino, 
Nueva York (2004) y de Tracey Emin en la Catedral Anglicana de 
Liverpool (2008), el empleo de la luz y el color en las instalaciones de Dan 
Flavin en la Chiesa di Santa Maria Annunciata en Milán (1996) y de 
James Turrell en la capilla del Cementerio de Dorotheenstädtischer, en 
Berlín (2016), o la revisión de iconografía simbólica en obras de Bill Viola 
para la Catedral de San Pablo en Londres o Alison Watt en la Old St. 
Paul´s Church, en Edimburgo (2004). El resultado pone en relación una 
serie de enfoques, intenciones y el impacto de una creación artística 
mailto:mi.castro.prof@ufv.es
 
32 
actual que no elude la complejidad y diversidad de maneras de 
acercarse a lo sagrado y a lo trascendente. Los espacios intervenidos se 
convierten en destinos de peregrinación no solo para creyentes o para 
amantes del arte, sino también para personas de diferentes contextos 
que buscan algún tipo de vía para buscar la verdad y lo espiritual. 
Finalmente, se constata cómo las propuestas estudiadas aprovechan el 
potencial estético de diferentes medios, formulan nuevas opciones de 
percepción y de interacción con el espacio sagrado, y subrayan la 
presencia renovada de lo espiritual en el arte del siglo XXI. 
 
Palavras-chave: Experiencia estética; Espacio sagrado; Instalación 
artística; Espiritualidad; Intermedialidad. 
 
 
PRESENCIA AUSENTE. TRASCENDENCIA EN TORNO AL 
CONCEPTO INFRALEVE EN MARCEL DUCHAMP Y OTROS ARTISTAS 
CONTEMPORÁNEOS. 
 
Elisa de la Torre 
UVF Madrid 
elisa.delatorre@ufv.es 
 
RESUMO: Marcel Duchamp propone el concepto infraleve en 1014 
como una apreciación por realidades cotidianas que escapan a la 
percepción. El análisis formal que he trabajado en los últimos años sobre 
este concepto esconde una tensión constante hacia la desaparición de 
bien por ser de naturaleza fugaz, como una presencia leve, o por estar, 
de facto, no presente, calificándolo presencia ausente. La presencia 
ausente manifiesta una realidad oculta que se palpa a partir de una 
huella o señal que lo delata. El uso de estos indicios en arte 
contemporáneo para dirigir la mirada del espectador a una realidad 
superior o externa de manera poética es una herramienta de alto poder 
persuasivo pero que requiere una sensibilidad y atención por parte de 
un espectador moderno que no siempre está dispuesto. En el presente 
trabajo se estudiará el uso y pretensión trascendente de la presencia 
ausente en diversas propuestas artísticas contemporáneas en relación 
con el espectador actual. 
 
Palavras-chave: Infraleve; Presencia; Ausencia; Arte. 
 
 
 
 
mailto:elisa.delatorre@ufv.es
 
33 
LO TRASCENDENTAL EN LA OBRA DE ESCULTORAS ESPAÑOLAS ACTUALES: 
ESTUDIOS DE CASO 
 
Paloma Rodera Martínez 
UFV Madrid 
paloma.rodera@ufv.es 
 
RESUMO: En la siguiente comunicación hacemos un recorrido por la obra 
de las escultoras españolas más influyentes del arte actual. Buscamos el 
concepto de trascendencia en piezas de tres dimensiones que 
conjugan un diálogo con el espacio e interpelan al espectador que es 
parte de la experiencia artística como un elemento más. No sólo, como 
elemento fundamental del eje vertebrador que da sentido a la obra en 
sí misma. Analizamos los casos de artistas como Dora García, Cristina 
Iglesias, Lara Almarcegui y Naia del Castillo, entre otras. 
 
 
EL CRISTO BIZANTINO TATUADO EN LA ESPALDA DE PARKER: UNA 
EXPERINENCIA CATÁRTICA PARA EL PERSONAJE DE FLANNERY O’CONNOR 
 
Susana Miró López 
UFV Madrid 
s.miro@ufv.es 
 
RESUMO: En el contexto actual secularizado las manifestaciones 
religiosas quedan circunscritas al ámbito personal. Este ocultamiento 
provoca una dificultad a la hora de encontrar un sentido a la existencia 
humana más allá del inmanente. Con esta comunicación pretendemos, 
a través del relato Parker’s Back de la autora sureña Flannery O’Connor, 
mostrar el valor de la literatura y del arte contemporáneo como agentes 
catárticos de la sociedad. Ejemplificar la relación entre la estética y la 
experiencia religiosa. Analizar si la mística y la estética son las dos 
grandes vías para el encuentro de dos seres trascendentes: Dios y el ser 
humano, partícipe de la divinidad por la salvación de un Dios 
encarnado. Metodológicamente se estudian las fuentes primarias del 
relato y las cartas de la autora donde se explicita el sentido del relato 
en cuestión y otras fuentes secundarias en las que se interpreta el uso 
del cuerpo humano como lienzo y como camino en la búsqueda de 
sentido en el personaje de Parker. Como resultado de la investigación 
se podrá probar que el anhelo de un sentido en la vida acompaña a 
toda persona y es irrenunciable el dar una respuesta a esta cuestión. En 
un mundo que pretende apartar a Dios de la cotidianeidad, surgen con 
fuerza manifestaciones artísticas, a veces en formatos que sorprenden 
mailto:paloma.rodera@ufv.es
mailto:s.miro@ufv.es
 
34 
como la técnica del tatuaje, donde se materializa la experiencia 
religiosa del ser humano. Esta visión estética, permite elevar los ojos 
hacia arriba y encontrar una respuesta que da plenitud a la persona. 
Belleza y Verdadse vinculan para desde las maneras tocar el misterio, 
expresión utilizada por Flannery O’Connor con la que pretende lanzar un 
mensaje de esperanza a la sociedad. A lo largo de la historia, el ser 
humano se siente incompleto si no es capaz de responder a quién es, 
qué sentido tiene este mundo y si hay algo, alguien o Alguien más allá 
de lo que captan nuestros sentidos. Pues bien, desde la misma 
contemplación sensorial de lo que nos rodea, el arte surge como vínculo 
con esa otra realidad trascendente que parece ofrecer una respuesta 
a la inquietud del corazón humano. Parker no encontraba sentido en su 
vida por mucho que se tatuara su cuerpo hasta que se encontró con los 
ojos de un Cristo bizantino que replicó en su espalda. La pieza que 
faltaba le permite encajar, completar y reconstruir su vida. Parker se 
entendió a la luz de unos ojos que le miran a la cara y que le 
acompañan no solamente como tinta impresa grabada en su espalda 
sino como una presencia que le abraza y sostiene. 
 
Palavras-chave: O’Connor; Cristo Bizantino; Estética; Catarsis; Mística. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
ST 03 – ESPIRITUALIDADES PAGÃS E DA TERRA: ARTE, 
CULTURA, IDENTIDADE E MATERIALIDADE 
 
Dartagnan Abdias Silva 
NGCR/UFS 
dartagnan.abdias@academico.ufs.br 
 
Rodrigo Nogueira Martins 
PUC Minas 
rodrygovirtual@hotmail.com 
 
Esta ST tem por objetivo acolher pesquisas que abordem temáticas em 
torno das espiritualidades pagãs e de sacralidade da terra como um 
todo. Tendo como objetivo principal a análise religiosa a partir das lentes 
da Ciência da Religião, esta ST propõe trabalhar as diferentes formas 
religiosas e espirituais de sacralidade na terra independente de sua 
vertente e atuação na atualidade, encontrando na pluralidade 
religiosa os pontos de encontro entre suas agendas na arte, cultura, 
materialidades, militâncias e reflexões sócio-antropo-filosóficas e 
religiosas. Desse modo, pretende-se costurar diálogos entre essas 
tradições ao observar seus pontos comuns e sua relevância no cenário 
pluralista da modernidade. Helmut Renders observa que as diferentes 
linguagens experimentadas e imaginadas promovem uma 
sistematização humana da Religião. E Brigth Meyer aponta para a 
construção das identidades, grupos, crenças ou comunidades religiosas 
nas quais podemos encontrar vestígios de sua cultura através de sua 
dimensão material. Logo, Helmut e Meyer também ajudam a 
pavimentar a abordagem das religiões pagãs através de sua arte e 
cultura, sentidos e identidades. Sendo justamente este contexto a mola 
propulsora para a articulação de diferentes configurações religiosas 
abrangidas por esta ST. Destarte, também se intenciona que esta ST seja 
a reunião possível de pesquisadores que terão a oportunidade de 
mailto:dartagnan.abdias@academico.ufs.br
mailto:rodrygovirtual@hotmail.com
 
36 
apresentarem seus estudos e realizarem conexões entre a Ciência da 
Religião e as espiritualidades pagãs e da terra em suas múltiplas formas, 
trabalhando a cultura como forma indissociável da religião. 
 
 
ARQUEOLOGIA E RELIGIÃO: POSSIBILIDADES PARA UMA INTERPRETAÇÃO 
DAS MATERIALIDADES RELIGIOSAS ATRAVÉS DE DAVID MORGAN E ALFRED 
GELL 
 
Rodrigo Nogueira Martins 
UFRJ-MUSEU NACIONAL 
rodrygovirtual@hotmail.com 
 
RESUMO: Esta comunicação pauta-se nas premissas da Ciência da 
Religião aplicada ao Patrimônio Cultural (Passos e Usarski, 2013), através 
dos conceitos da Religião Material (Morgan, 2009, 2010; Vasques, 2011 
e Meyer, 2012). Mediante a isto, alço mão da possibilidade 
multidisciplinar ofertada por este campo de estudos que oportuniza a 
possibilidade de uma abordagem do Patrimônio Cultural Religioso, 
também chamado de Religião Material, a partir de suas materialidades. 
Apresentarei o entrelaçamento de questões conceituais utilizadas 
durante o desenvolvimento de minha dissertação, defendida em 2023, 
no PPG-CR da PUC-Minas, que tinha como foco identificar possíveis 
heranças do Islã no Terreiro do Bogum, em Salvador. A pesquisa teve 
como ponto de partida o histórico e reconhecido entrelaçamento 
ocorrido entre os Malês e os negros adeptos aos cultos nativos africanos, 
que culminou da Revolta dos Malês e a partir de então localizar possíveis 
heranças dialógicas através dos vestígios materiais. Para que tenhamos 
um entendimento mais amplo sobre essas questões teremos como 
autores de referência David Morgan através de sua teoria do “Olhar 
Sagrado”, Sacrad Gaze (2005) e de sua tríade interpretativa sobre a 
materialidade através dos artefatos, dos corpos e da espacialidade 
(2009, 2010). Aliado a estes pressupostos realizarei uma associação do 
pensamento de Morgan com o de Alfred Gell (1998) e suas importantes 
contribuições sobre “Arte e Agência”, indissociáveis para a Arqueologia. 
Com vistas a uma possibilidade de engendramentos futuros, 
apresentarei como vias de apoio, o emergente conceito de 
“Materialismo não Reducionista” de Manuel Vásquez (2011), que o 
aproxima dos conceitos da Arqueologia Sensorial e a Tese de uma 
“Antropologia Fenomenológica” de Birgit Meyer (2012), sendo essas 
duas últimas possibilidades oriundas da Religião Material. Esta 
comunicação terá como foco a apresentação de uma possibilidade 
epistemológica real entre a Ciência da Religião e a Arqueologia, com 
mailto:rodrygovirtual@hotmail.com
 
37 
vistas a semear futuras possibilidades de análises e compreensões das 
“materialidades religiosas”, a partir dos autores citados. Com isso 
evidenciarei a importância das diversas formas de classificação das 
materialidades a partir de Morgan, organizadas através dos artefatos, 
das emoções e dos sentimentos e até mesmo da orientação espacial, 
bem como suas possíveis produções de sentido (2009, 2010). Contudo, 
esta comunicação pretende participar da cena dos estudos sobre 
Religião Material e materialidade demonstrando a viabilidade de 
realizar uma análise a partir de um discurso polifônico oriundo de uma 
interface multifacetada entre conceitos solidificados na Arqueologia e 
os conceitos emergentes da Ciência da Religião, como forma de 
encurtar caminhos para os demais pesquisadores que possam se 
interessar pelos estudos pautados na Religião Material. 
 
Palavras-chave: Arqueologia; Materialidade; Religião Material; David 
Morgan; Alfred Gell. 
 
 
IDENTIDADES DE GÊNERO NO PAGANISMO: PROBLEMATIZAÇÕES NA 
WICCA E NO CELTISMO IRLANDÊS 
 
 Dartagnan Abdias Silva 
UFS 
dartagnanabdias@gmail.com 
 
Dra. Sanny Caldas Araujo 
UFPA 
veronyka_sanny16@hotmail.com 
 
RESUMO: O (Neo)Paganismo como uma corrente religiosa revivida ou 
de inspirações nas vivências dos antigos povos pagãos, sobretudo da 
Europa, hoje precisam dar conta de agendas e problemáticas 
contemporânea que não necessariamente eram pautas em suas 
épocas culturais ancestrais. A realidade moderna condiciona os 
(neo)pagãos a responderem às demandas e agendas, mas algumas 
críticas ainda apontam no horizonte recorrente, face às agendas de 
identidade e gênero. Uma visão reconstruída ou inspirada das culturas 
e povos pagãos da antiguidade dá base às teorias e aplicações 
mitologicorreligiosa para as condutas morais e as conceituações de 
identidade e gênero do passado, mas o pertencimento ou 
enquadramento da comunidade LGBTQIAP+ ainda permanece difusa 
e desorientada nesse campo. Em alguns casos, como na Wicca, a 
questão parece ainda mais delicada se compararmos o binarismo da 
mailto:dartagnanabdias@gmail.com
mailto:veronyka_sanny16@hotmail.com
 
38 
oposição feminino x masculino encenados pelas duodeidades: A Deusa 
e o Deus. Em outros, como na mitologia irlandesa, alguns pontos podem 
estar discretamente condensados em seus textos mitológicos, mas 
passíveis de pluri-interpretação. A definição da identidade parte da 
compreensão da atuação ou da vinculação do ser humano no mundo, 
e com isso se articula tanto na direçãodo sentido e interpretação de 
mundo e identidade fornecida pela religião, quanto na relação entre o 
humano e seu ambiente político-sócio-cultural. Através da revisão das 
pesquisas de campo sobre a Wicca realizada de 2017 a 2022, revisão 
bibliográfica e análise mitológica, este trabalho busca problematizar as 
questões de reconhecimento e identidade no (Neo)Paganismo a partir 
da contraposição da wiccanologia (SILVA, 2022) com as possibilidades 
interpretativas em alguns mitos e passagens míticas da Irlanda, a fim de 
iluminar a questão que se coloca de forma difusa e velada sobre a 
comunidade (neo)pagã sobre a identidade de gênero e sua 
interpretação pela religião / sagrado. Desse modo, espera-se 
compreender ou problematizar como se articulam hoje as polêmicas e 
compreensões acerca das identidades e dos gêneros modernos numa 
religiosidade que recria e busca sua inspiração em um mundo antigo. 
 
Palavras-chave: Paganismo; Identidade; Gênero; Mitos. 
 
 
A ESPIRITUALIDADE COMO BUSCA DE SENTIDO: DO ATEÍSMO À 
LIBERTAÇÃO 
 
José Flávio Mamede 
 PUC Minas 
mamedej38@gmail.com 
 
RESUMO: A presente pesquisa pretende abordar a espiritualidade como 
busca de sentido, fazendo uma interface entre o ateísmo de Comte-
Sponville (1952) e a teologia da libertação em Jon Sobrino (1938). 
Objetivamos encontrar uma interface não suprimindo as diferenças 
entre as correntes espirituais ateias e libertadoras. Os ateus são 
portadores de espiritualidade, praticando-a como vida espiritual laica, 
material e com espírito. Os ateus têm espírito como todo ser humano. O 
que é espírito? É algo que pensa, gosta e não gosta, que quer e não 
quer, imagina e sente. Por isso, o espírito engloba tudo ou quase tudo 
da vida humana, isto é, o mental e o psíquico. A corrente da teologia 
da libertação apresenta a espiritualidade como dimensão da pessoa 
humana que é portador de espírito. Todo ser humano é espírito como 
sua corporeidade, socialidade e praxicidade. Esse espírito está referido 
mailto:mamedej38@gmail.com
 
39 
ao material e ao histórico dando-lhe criatividade não mecanicamente, 
mas proporcionando-lhe direção, ministrando conteúdo, valores para 
alimentar o projeto de libertação. A espiritualidade é uma dimensão 
que pode nomear o humano como ser-com-espírito. Essa dimensão 
responde ao que na teologia da libertação se chama de uma 
libertação integral ou libertação com espírito. Por isso, não há 
separação entre material e espiritual de tal maneira que a libertação 
acontece na vida material e histórica em sintonia com sua 
espiritualidade. Para a teologia da libertação, a espiritualidade é o 
exercício da prática libertadora que acontece na materialidade da 
vida histórica. Percorremos as obras destes dois autores para elucidar 
que a espiritualidade está para além da religião ou da transcendência. 
A espiritualidade é uma busca de sentido que tem um potencial 
libertador tocando toda expressão do humano, possibilitando uma 
abertura para a diversidade, abrangendo arte, cultura, identidade e 
materialidade. 
 
Palavras-chaves: Espiritualidade; Ateísmo; Libertação. 
 
 
ASPECTOS FUNERÁRIOS DO ANTIGO EGITO: AS REPRESENTAÇÕES DE ÍSIS 
DE ACORDO COM O LIVRO PARA SAIR À LUZ DO DIA 
 
Helinny Laurrany Machado da Silva 
PUC Goiás 
helinnymachado@gmail.com 
 
RESUMO: Ísis foi uma das deusas mais cultuadas durante os períodos 
monárquicos do Egito. O seu culto se difundiu e se perpetuou pelos 
séculos, transformado e reestruturado em diferentes lugares do mundo 
antigo. Sua prática sofreu mudanças dentro do próprio Egito e foi 
adaptada em outros territórios da bacia do Mediterrâneo. Durante o 
Reino Antigo, de acordo com os Textos das Pirâmides, Ísis 
desempenhava uma função auxiliar na religião egípcia, lamentando o 
destino de Osíris ou assistindo na proteção de Hórus. Já no Reino Médio, 
conforme Os Textos dos Sarcofagos, Ísis ganha protagonismo na religião, 
sendo creditada pela prática de mumificação e chegando no Reino 
Novo como uma divindade protetora do faraó e não somente como 
esposa e mãe. Conforme podemos perceber na longa duração, 
entendemos que Ísis sempre esteve presente dentro da cultura egípcia, 
porém nunca foi cultuada e representada pelas mesmas 
características, principalmente nas produções textuais e imagéticas. Por 
isso, nosso objetivo nesta comunicação é investigar os aspectos 
mailto:helinnymachado@gmail.com
 
40 
funerários e as representações da deusa no Reino Novo. Para essa 
investigação, utilizaremos o Livro para Sair à Luz do Dia ou como 
popularmente conhecido Livro dos Mortos para identificar essas 
representações, assim como aspectos da religião e as próprias funções 
da deusa nestes textos. 
 
Palavras-Chave: Representação; Imaginário; Religião Funerária; Ísis. 
 
 
HENRY DAVID THOREAU E O PAGANISMO GRECO-ROMANO 
 
Letícia Ferreira Lamha 
UFJF 
leticialamha.phoenix@gmail.com 
 
RESUMO: Poeta, naturalista, crítico da civilização industrial e, 
primordialmente, um amante das aparições cósmicas e seus 
encantamentos, Henry David Thoreau (1817-1862) legou notáveis 
contribuições para a compreensão da atualmente denominada era do 
Antropoceno. Pressentindo as consequências calamitosas, para a 
totalidade do cosmo, dos agenciamentos humanos autorreferenciados, 
ele buscou transmitir, pela via literária, seu vislumbre individual da 
sacralidade da Natureza e suas inúmeras moradas. O escritor norte-
americano construiu as bases de seu pensamento a partir, sobretudo, 
de duas correntes intelectuais: (i) o Transcendentalismo da Nova 
Inglaterra e (ii) o estudo empírico dos fenômenos naturais ao modo dos 
cientistas da época, então denominados “naturalistas”. Por um lado, do 
ambiente transcendentalista ele herdou tanto os pressupostos da 
relação filosófico-estética, anteriormente tecida pelos românticos 
europeus, entre o divino e os fenômenos naturais, quanto o mote do 
estudo comparado das mitologias sob os prismas histórico e poético. Por 
outro lado, do contato com a metodologia dos naturalistas o intelectual 
de Massachusetts desenvolveu suas habilidades para a observação do 
comportamento de plantas e animais autóctones e para a coleta e 
registro de espécimes. Constituída a partir de um alicerce 
multidisciplinar, sua obra, em meio à diversidade de interesses, tinha a 
Natureza como eixo centralizador. Nesse sentido, também nas reflexões 
por ele delineadas acerca dos mitos de diferentes tradições religiosas 
percebe-se que um de seus principais intuitos era examinar o lugar das 
manifestações terrenas no horizonte espiritual em questão. Não por 
acaso, o autor afirmou sua simpatia e sua própria pertença às 
perspectivas panteístas e pagãs dos povos arcaicos. Tendo em vista o 
panorama mais amplo da conexão espiritualidade-Natureza, a 
mailto:leticialamha.phoenix@gmail.com
 
41 
presente comunicação objetiva versar a respeito da reverberação da 
tradição mitológica greco-romana no pensamento thoreauviano. 
Pautando-nos em passagens dos livros A Week on the Concord and 
Merrimack Rivers (1849) e Walden (1854), buscaremos demonstrar (i) 
como o erudito emprega alguns dos mitos da Grécia e Roma antigas 
para tecer sua concepção quanto à presença divina nas 
movimentações da terra e (ii) em que sentido essas narrativas 
mitológicas fundamentam sua crítica à secularização do universo 
natural operada pela sociedade de seu contexto. Veremos que é 
valendo-se desses cenários míticos nos quais as divindades são 
inseparáveis das dinâmicas telúricas que H. D. Thoreau expressa seu 
posicionamento frente à cultura estadunidense contemporânea, e que 
suas ponderações em torno dessa temática mostram-se relevantes 
também para o tempo presente. 
 
Palavras-chave: Thoreau; Natureza; Paganismo greco-romano. 
 
 
ESPIRITUALIDADE PURI: EXTINÇÃO, SINCRETISMOS E RETOMADA 
 
Kigéw Puri (André da Silva Muniz) 
UFABC 
andre.muniz@ufabc.edu.br

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