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LIVRO - UNIDADE 05

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DIREITOS HUMANOS 
E CIDADANIA 
VOLUME 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITOS HUMANOS 
E CIDADANIA 
VOLUME 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Barra do Garças - MT 
UniCathedral 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Produzido por 
Nome 
 
 
 
Revisão Gramatical do Texto 
Nome 
 
 
 
Projeto Gráfico 
Atila Cezar Rodrigues Lima e Coelho 
Georgya Politowski Teixeira 
Matheus Antônio dos Santos Abreu 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BARRA DO GARÇAS - MT 
JULHO 2020 
 
 
Copyright © by UniCathedral, 2020 
Nenhuma parte desta publicação pode ser gravada, 
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reproduzida por meios mecânicos ou outros quaisquer 
sem autorização prévia do(s) autor(es). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UniCathedral – Centro Universitário 
Av. Antônio Francisco Cortes, 2501 
Cidade Universitária - Barra do Garças / MT 
www.unicathedral.edu.br
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) – Catalogação na Fonte 
Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Roberta M. M. Caetano – CRB-1/2914 
 
 
 
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UNIDADE IV..................................................................................................................................... 13 
Conceito e Sentidos da Cidadania .......................................................................................................... 13 
Conceito.............................................................................................................................................. 13 
Sentidos .............................................................................................................................................. 15 
Trajetória histórica da cidadania ............................................................................................................ 17 
Antiguidade ........................................................................................................................................ 17 
Revoluções Burguesas ........................................................................................................................ 19 
Cidadania e Democracia ......................................................................................................................... 24 
O Exercício da Cidadania no Brasil ..................................................................................................... 24 
A interdependência entre a Democracia e a Cidadania ..................................................................... 29 
Referências bibliográficas ....................................................................................................................... 31 
UNIDADE V...................................................................................................................................... 36 
Direitos e deveres da cidadania ............................................................................................................. 36 
Direitos da Cidadania ......................................................................................................................... 37 
Deveres da cidadania ......................................................................................................................... 37 
Exercício da cidadania no Brasil – Atuação Política, Jurídica e Legislativa ............................................. 38 
Atuação Política .................................................................................................................................. 38 
Atuação Jurídica ................................................................................................................................. 39 
Atuação Legislativa ............................................................................................................................. 39 
Cidadania na Constituição Federal – Vida e Liberdade .......................................................................... 42 
A Cidadania na Constituição Federal de 1988 .................................................................................... 42 
O direito à vida ................................................................................................................................... 43 
Vida digna ........................................................................................................................................... 43 
O direito à liberdade........................................................................................................................... 44 
Referências bibliográficas ....................................................................................................................... 47 
UNIDADE VI..................................................................................................................................... 53 
O Direito à Igualdade .............................................................................................................................. 53 
O direito ao trabalho em condições justas ......................................................................................... 56 
SUMÁRIO 
 
 
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A cidadania na Constituição Federal de 1988 – Educação ..................................................................... 58 
O direito à educação .......................................................................................................................... 58 
A Cidadania na Constituição Federal de 1988 – Meio Ambiente ........................................................... 62 
O direito ao meio ambiente sadio ...................................................................................................... 62 
Referências bibliográficas ....................................................................................................................... 67 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Disciplina Direitos Humanos e Cidadania, tal como já foi mencionado, por conta da apresentação do 
Volume 1, sofreu uma divisão para atender a meros propósitos didáticos. Isso significa que, mesmo tratados 
de forma separada, os temas Direitos Humanos e Cidadania são interdependentes. 
Nesse sentido, o Volume 2 da Disciplina apresentará o tema Cidadania, cuja finalidade é proporcionar ao 
graduando, o desenvolvimento de um sentimento de pertencimento e necessidade de participação, que o 
fará atuante no seio social. Tudo isso como forma de melhoria da vida de todos, mesmo que diretamente 
não se relacionem com ele. 
Indiscutivelmente, relacionada com os Direitos Humanos e eleita como um dos fundamentos da República 
Federativa do Brasil, tal como a dignidade da pessoa humana, a Cidadania coloca-se como uma das mais 
importantes conquistas advindas das lutas ocorridas no seio da sociedade contemporânea, e que uma vez 
compreendida em sua essência, torna-se elemento indispensável para a efetivação dos Direitos Humanos, 
em âmbito interno dos Estados. 
Dessa forma, mesmo promovendo, em certa medida, distinção entre as pessoas, o certo é que em seu 
sentido amplo, correlaciona-se de forma íntima, com os Direitos Humanos, chegando à sua plenitude de 
alcance, em ambiente democrático, visto que será nesse que o indivíduo encontrará a liberdade necessária 
para participar da vida política do Estado, e com isso, lutar para o alcance da plenitude de seus direitos. 
A vista disso, tal como já foi dita na apresentação do Volume 1, também agora, com os estudos advindos 
do Volume 2, o que se pretende é contribuir para a formação técnica e humana do graduando, pré-requisito 
indispensável ao desenvolvimento de um profissional cidadão. 
Nessa perspectiva, a Disciplina foi sistematizada em dois volumes, sendo que neste segundo trataremos, 
especificamente, da Cidadania, em três unidades: 
Unidade IV – Contempla o conceitoe sentidos da Cidadania; sua evolução histórica e a indissociável 
relação existente entre Cidadania e Democracia; 
Unidade V – Aborda os Direitos e Deveres da Cidadania; o Exercício da Cidadania no Brasil, por meio da 
atuação política, jurídica e legislativa; e, por fim, a apresentação da Cidadania na Constituição Federal, 
abarcando os Direitos Fundamentais à vida e à liberdade. 
Unidade VI – Esclarece a Cidadania na Constituição Federal de 1988, abarcando os Direitos Fundamentais 
à igualdade, ao trabalho em condições justas e à educação; e na sequência, o Direito Fundamental ao 
Meio Ambiente. 
INTRODUÇÃO 
 
 
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34 
 
 
U
N
ID
A
D
E 
V
 
 
 
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Autor(a) da Unidade 
Luiz Felipe Petusk Corona 
 
 
 
Ao final da unidade, esperamos que você seja capaz de: 
 
• Compreender os direitos e deveres da Cidadania; 
• Entender as diferentes formas de exercício da cidadania no Brasil: política, jurídica e legislativa; 
• Apreender como o Direito à Vida, presente no texto constitucional, é manifestação da Cidadania; 
• Identificar os aspectos da Cidadania presentes no Direito Fundamental à Liberdade, de acordo com 
sua manifestação no texto da Constituição de 1988. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
UNIDADE V 
DIREITOS E DEVERES DA CIDADANIA 
 
Conforme já visto, ser cidadão é ser capaz de adotar uma postura ativa e participativa no seio da 
sociedade. Isso significa que exercer efetivamente a cidadania é estar engajado em movimentos sociais que 
buscam a melhoria das condições de vida de todos, já que estão voltados à realização dos Direitos Humanos, 
sejam eles civis, políticos, econômicos, sociais ou culturais. 
Nesse sentido, temos que 
[...] todo cidadão é membro de uma comunidade, como quer que esta se organize, 
e esse pertencimento, que é fonte de obrigações, permite-lhe também reivindicar 
direitos, buscar alterar as relações no interior da comunidade, tentar redefinir seus 
princípios, sua identidade simbólica, redistribuir os bens comunitários. (COSTA; 
QUEIROZ, 2017, p. 11). 
Trata-se, portanto, de um sentimento de comunhão e pertencimento, que “credencia o cidadão a atuar 
na vida efetiva do Estado como partícipe da sociedade política”. (SIQUEIRA JUNIOR; OLIVEIRA, 2016, p. 231). 
Dito de outro modo, temos que a cidadania “[...] pode ser definida como estatuto que rege, de um lado, 
o respeito e a obediência que o cidadão deve ao Estado e, de outro lado, a proteção e os serviços que o 
Estado deve dispensar, pelos meios possíveis, ao cidadão”. (SIQUEIRA JUNIOR; OLIVEIRA, 2016, p. 231). 
Essa via de mão dupla, anuncia, portanto, que a cidadania está inserida num cenário que demanda direitos 
e deveres. É por isso que a cidadania, muito mais que expressar apenas direitos, também anuncia 
compromissos, obrigações próprias da vida em sociedade, visto que o indivíduo, enquanto cidadão, passa a 
ser um “elemento integrante do Estado, na medida em que o legitima como sujeito político, reconhecendo 
o exercício de direitos em face do Estado” (SIQUEIRA JUNIOR; OLIVEIRA, 2016, p. 231). 
Nesse sentido, 
Pode parecer estranho dizer que uma pessoa tem o dever de exercer seus direitos, 
porque isso dá a impressão de que tais direitos são convertidos em obrigações. Mas 
a natureza associativa da pessoa humana, a solidariedade natural característica da 
humanidade, a fraqueza dos indivíduos isolados quando devem enfrentar o Estado 
ou grupos sociais poderosos são fatores que tornam necessária a participação de 
todos nas atividades sociais. (DALLARI, 2004, p. 25) 
 
 
37 
 
Portanto, o que a princípio soa um tanto contraditório, passa a fazer todo o sentido se considerarmos que 
não haveria ambiente democrático se as pessoas não estivessem dispostas a participar da tomada de uma 
decisão que beneficie a coletividade. Por isso, é “imprescindível que os cidadãos exerçam seus direitos de 
cidadania” (DALLARI, 2004, p. 25). 
DIREITOS DA CIDADANIA 
Notadamente, se cidadania deriva de cidade, é justo que seu exercício implique, inevitavelmente, no 
“relacionamento com o Estado e entre concidadãos”. (PEREIRA, 2019, p. 39). 
Nesse sentido, os direitos da cidadania compreendem os direitos civis, e “[...] os direitos civis garantem 
os direitos individuais” (PEREIRA, 2019, p. 39), que, por sua vez, compreendem o direito à vida, à liberdade, 
à igualdade perante a lei, à segurança e à propriedade. Direitos que estão presentes na primeira dimensão 
dos Direitos Humanos, em ambiente internacional, e que em ambiente interno, nada mais são do que 
exemplos dos direitos que advêm da Cidadania. 
Além desses, os direitos da cidadania também compreendem “os direitos sociais que são todos aqueles 
relacionados à coletividade: educação, saúde, trabalho, lazer, segurança, previdência social e assistência aos 
desamparados [...]”. (PEREIRA, 2019, p. 39). 
DEVERES DA CIDADANIA 
Com relação aos deveres da Cidadania, merece destaque o fato de que assim como é um direito, também 
se constitui um “dever de participar das decisões do Estado”. (PEREIRA, 2019, p. 39). 
Isso porque, a cidadania como dever, torna possível que os indivíduos que compõem uma sociedade 
possam escolher seus “representantes, ou seja, aqueles que vão administrar o Estado. [...],” sendo que “essa 
possibilidade de escolha é o fundamento da democracia. O regime democrático apoia-se no binômio urna e 
palanque, ou seja, no direito de escolher – votar – e de ser escolhido – se o cidadão quiser candidatar-se” 
(PEREIRA, 2019, p. 39). 
Ademais, constitui-se, também, papel de todo cidadão cooperar com a paz e a ordem social, respeitando 
as leis, cooperar com o bem dos demais, prestando-lhes auxílio sempre que necessário. Trata-se de uma 
postura que assume uma posição de pertencimento, capaz de introjetar na pessoa o sentimento de cuidado 
mútuo, tanto para consigo quanto para com seu semelhante. 
À vista disso, exercer a cidadania, propicia ao indivíduo uma atuação em âmbito tanto político, quanto 
jurídico e legislativo, assunto que será abordado no próximo tópico. 
 
 
 
38 
 
EXERCÍCIO DA CIDADANIA NO BRASIL – ATUAÇÃO 
POLÍTICA, JURÍDICA E LEGISLATIVA 
 
ATUAÇÃO POLÍTICA 
 
No Brasil, dado seu ambiente democrático, a atuação política nos negócios do Estado se faz possível 
graças a alguns mecanismos, dentre os quais podemos destacar, primeiramente: 
Princípio da Publicidade 
Notadamente, “o princípio da publicidade configura um direito fundamental de toda a coletividade de 
conhecer e fazer saber dos atos de gestão e governança” (GIACOMELLI et al, 2018, p. 13). Nesse sentido, temos 
que “a publicidade é o princípio nuclear da cidadania, pois é o antecedente lógico da participação. A participação 
é despertada pelo conhecimento das atividades do Estado”. (SIQUEIRA JUNIOR; OLIVEIRA, 2016, p. 241). 
 
Audiência Pública 
Mesmo sem poder decisório, “a audiência pública é o instrumento de participação direta do povo nos 
negócios do Estado” (SIQUEIRA JUNIOR; OLIVEIRA, 2016, p. 241). Promove, portanto, o efetivo exercício da 
cidadania ao permitir que os interessados, ao manifestarem sua opinião acerca do conteúdo de políticas 
públicas, influenciem as decisões da administração. Para que sua existência realmente seja reflexo do efetivo 
exercício da cidadania, indispensável se faz a participação popular. “Para tanto, o edital é publicado no Diário 
Oficial e divulgado nos meios de comunicação. O local escolhido deve ser de fácil acesso aos interessados e, 
dependendo da relevância da matéria, devem ser realizadas várias audiências” (SIQUEIRA JUNIOR; OLIVEIRA, 
2016, p. 242). 
Sufrágio 
O sufrágio constitui-se no direito de votar e ser votado, o que definitivamente, é uma inquestionável face 
da cidadania. Portanto, a definição de sufrágio como universal intenta “afastar qualquer dúvida quanto ao 
exercício irrestrito do direito ao voto, independentemente da cor, sexo, cultura, origem familiar, religião, ou 
 
 
39 
 
qualquer outraforma discriminatória”. (VASCONCELOS, 2019, p. 358). Logo, se sufrágio é o direito de votar, 
o voto é o meio pelo qual se exerce o sufrágio. 
 
 
No Brasil de hoje, o voto é direto e secreto. Direto porque o eleitor 
escolhe diretamente a pessoa que vai ocupar cada cargo público (no 
sistema indireto, o eleitor vota em representantes intermediários 
que, por sua vez, escolherão os governantes); e secreto porque 
ninguém é obrigado a revelar em quem vai votar (é por isso que o 
eleitor deve se dirigir sozinho à urna de votação e não pode ser 
ajudado por ninguém). (PEREIRA, 2019, p. 50). (grifos nossos). 
 
Ademais, o exercício do voto, exigível dos 18 aos 70 anos, representa o exercício da cidadania que de 
direito se converte em obrigação, na medida em que a democracia somente pode ser, genuinamente, 
implementada por meio da participação popular. A vista disso, graças a dependência mútua que os indivíduos 
desenvolvem entre si, ao viverem em sociedade, o voto é um direito que, convertendo-se em dever, 
representa uma obrigação que o indivíduo tem para com a sociedade, e também, para com o Estado. 
ATUAÇÃO JURÍDICA 
Ação Popular 
Decorrente lógico da publicidade, haja vista que sem a informação nada pode ser suscitado, a Ação 
Popular representa um dos mais efetivos exercícios da cidadania. 
Presente na Constituição Federal de 1988, no rol do art. 5°, inciso LXXIII, configura-se como uma 
prerrogativa reservada ao cidadão. Nesse passo, “a prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita 
com o título eleitoral, ou com documento correspondente, de acordo com o §3°, do art. 1°, da Lei n° 
4.717/196514, que regulamentou o dispositivo do texto constitucional”. (MASSON, 2019, p. 465). 
Por meio desse instrumento, conforme art. 5° inciso LXXIII da Constituição Federal de 1988, o que se 
pretende é “anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada 
má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência”. (BRASIL, 1988, p. 1). 
 
ATUAÇÃO LEGISLATIVA 
Notadamente, o exercício da cidadania, por meio da participação legislativa, atualmente, não se resume 
à eleição dos representantes do Poder Executivo (Prefeitos Municipais, Governadores dos Estados-membros 
ou Presidente da República), ou do Poder Legislativo (Vereadores, Deputados Estaduais e Federais ou 
Senadores). 
Hodiernamente, o próprio texto constitucional preparou outras formas de atuação do cidadão, tais como 
o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular. 
 
14 “Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao 
patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de 
economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os 
segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja 
criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou 
da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, 
e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos. [...] § 3º A prova da cidadania, para 
ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda”. (BRASIL, 1965, p. 1). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao46.htm#art141%C2%A738
 
 
40 
 
Plebiscito e Referendo 
Tanto o plebiscito quanto o referendo constituem-se como legítimos mecanismos constitucionais que 
permitem o exercício da cidadania. Trata-se da manifestação da soberania popular, que por meio do exercício 
do voto, decidirá acerca de matérias de acentuada relevância constitucional, legislativa ou administrativa, 
conforme se extrai do teor dos art. 14, incisos I e II da Constituição Federal de 198815, regulados pela Lei n°. 
9.709/199816. 
Contudo, apesar das similaridades já descritas, revelam-se distintos quanto ao “momento em que os 
cidadãos são acionados.” (MASSON, 2019, p. 466). 
Plebiscito 
No plebiscito temos “uma consulta prévia aos cidadãos acerca de uma matéria de natureza constitucional, 
legislativa ou ainda administrativa que revela grande importância. [...] Em outras palavras, a convocação de 
plebiscito faz com que os eleitores sejam questionados antes que a lei seja elaborada” (VASCONCELOS, 2019, 
p. 359-360). 
Nessa consulta prévia, ocorrida por meio do plebiscito, “se quer saber a opinião das pessoas sobre alguma 
lei a ser elaborada pelo Parlamento ou sobre um tema constitucional – inclusive para decisão sobre a 
unificação ou desmembramento de um estado ou município”. (PEREIRA, 2019, p. 55). Dessa forma, o povo, 
que é questionado de forma direta, por meio do voto, é chamado a responder sim, aprovando, ou não, 
denegando, certo ato legislativo ou administrativo. 
 
Mesmo não correspondendo à matéria relativa à incorporação ou desmembramento de Estados ou 
Municípios, como exemplo de plebiscito, podemos citar “aquele realizado em 1993, no qual os cidadãos 
votaram e determinaram a continuação da forma republicana e sistema presidencialista de Governo, 
atendendo à exigência do art. 2°17, do ADCT” – Atos das Disposições Constitucionais Transitórias. (MASSON, 
2019, p. 467). 
 
 
Referendo 
O “Referendo popular nada mais é do que a forma de manifestação popular pela qual o eleitor aprova ou 
rejeita uma atitude governamental já manifestada” (VASCONCELOS, 2019, 360). Em outras palavras, no 
referendo, a lei já existe. Por isso, diz que no referendo os cidadãos são consultados com posterioridade ao 
ato legislativo ou administrativo, cabendo-lhes apenas ratificar (confirmar) ou rejeitar sobre matéria já 
aprovada pelo Congresso Nacional. 
 
15 “Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para 
todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II – referendo”; (BRASIL, 1988, p. 1). 
16 Art. 2° Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matéria de acentuada 
relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa. (BRASIL,1998, p. 1). 
17 “No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma (república ou monarquia 
constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que devem vigorar no País”. (BRASIL, 
1992, p. 1). 
 
 
41 
 
Nesse caso, é de competência também do Congresso Nacional autorizar a realização do referendo, 
também por meio de decreto legislativo, conforme inteligência do art. 49, XV da Constituição Federal de 
198818. 
 
No Brasil, os eleitores participaram, em 2005, do referendo sobre a venda de armas de fogo e munição. Eles 
responderam à seguinte questão: “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”. O 
“não” obteve 63,94% dos votos válidos e o “sim”, 36,06%. (PEREIRA, 2019, p. 57). 
 
Iniciativa popular 
Constituindo-se como inequívoca manifestação da soberania popular, a iniciativa popular para 
apresentação de projetos de lei, também prevista no art. 14, III, da Constituição Federal de 1988, bem como 
no art. 1º, III, da Lei n°. 9.709/199819, apresenta-se como mais uma forma garantida ao cidadão de participar 
politicamente dos rumos do Estado. 
 
 
Por meio da iniciativa popular, os cidadãos são legitimados a 
apresentar um Projeto de Lei perante as três esferas da 
federação (União, Estados e Municípios). Contudo, para que o 
referido projeto tenha validade, é necessário que em âmbito 
federal, por exemplo, seja “subscrito por, no mínimo, 1% do 
eleitorado nacional, distribuído por pelo menos cinco Estados, 
com não menos que três décimos por cento do número total 
de eleitores de cada um desses Estados.(MASSON, 2019, p. 
465-466). 
 
 
Assim, observa-se que tamanha é a abrangência do exercício da cidadania no Brasil, que ela pode ser 
exercida nas três esferas de poder do Estado, a legislativa, a executiva e a judiciária. Além disso, sem 
pretender esgotar o tema, salienta-se que muitos outros exemplos ainda existem nas três esferas que 
perfeitamente representam manifestações da cidadania, haja vista que ela sempre estará presente quando 
o propósito da ação se amolda ao ideal de pertencimento e promoção do bem comum. 
 
 
18 “Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: [...] XV - autorizar referendo e convocar plebiscito”; 
(BRASIL, 1988, p. 1). 
19 “Art. 1ºA soberania popular é exercida por sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, nos 
termos desta Lei e das normas constitucionais pertinentes, mediante: [...] III – iniciativa popular”. (BRASIL, 1998, p. 1). 
 
 
 
42 
 
CIDADANIA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
– VIDA E LIBERDADE 
 
A CIDADANIA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
 
A cidadania “representa o exercício de direitos. [...], é o direito a ter direitos. No pensamento de Hannah 
Arendt20, cidadania é a consciência que o indivíduo tem do direito de ter direitos”. (SIQUEIRA JUNIOR; 
OLIVEIRA, 2016, p. 229). É por isso que “a Constituição é uma arma na mão de todos os cidadãos, que devem 
saber usá-la para encaminhar e conquistar propostas mais igualitárias”. (MANZINE COVRE, 2002, p. 10). 
Tamanha é a importância da cidadania no cenário atual, que a República Federativa do Brasil, não por 
outro motivo, fez constar em sua Carta de 1988, assim como fez com a dignidade humana, a cidadania como 
um de seus fundamentos, conforme já estudado, além de outras menções que presentes no corpo 
constitucional, reforçam ainda mais sua representatividade jurídica em âmbito interno. 
Liberta das amarras conceituais que restringiam a cidadania apenas ao exercício de direitos e deveres 
políticos, na contemporaneidade, a cidadania se apresenta como emblema distintivo de uma gama de 
direitos afetos à promoção e proteção da dignidade da pessoa humana. A vista disso, apreciada agora em 
seu sentido amplo, a cidadania se apresentará como a refração dos direitos à vida, à liberdade, à igualdade, 
 
20 Hannah Arendt foi uma das mais influentes filósofas políticas do século XX, e em meio a seus escritos 
contemporâneos, contribuiu para o desenvolvimento da concepção de que cidadania é a consciência do “direito a ter 
direitos”. 
 
 
43 
 
ao trabalho em condições justas, à educação, à saúde, e ao meio ambiente21, etc. Direitos esses, referentes 
à primeira, segunda e terceira dimensão dos Direitos Humanos, que se encontram reconhecidos no âmbito 
internacional (Direitos Humanos), e no âmbito nacional (Direitos Fundamentais), como se verá. 
O DIREITO À VIDA 
Não obstante a importância de todos os direitos voltados à preservação da dignidade da pessoa humana, 
há que se destacar a primazia do direito à vida. Isso porque, sem a garantia efetiva desse direito, todos os 
demais descaracterizam-se como indispensáveis. Em outras palavras, “não faria sentido declarar qualquer 
outro se, antes, não fosse assegurado o próprio direito de estar vivo para usufruí‐lo. O seu peso abstrato, 
inerente à sua capital relevância, é superior a todo outro interesse.” (MENDES; BRANCO, 2017, p. 255). 
Nesse sentido, em perfeita sintonia com a importância dispensada ao tema, a Constituição Federal de 
1988, no caput de seu célebre art. 5°, noticiou dentre os cinco valores mais caros ao indivíduo, o direito à 
vida como o primeiro deles. 
Incontestado é, portanto, o direito à vida, que para o legislador constitucional foi relativizado somente na 
hipótese prevista na alínea “a”, inciso XLVII, do art. 5°22 da CF, quando em caso de guerra declarada, nos 
termos do art. 8423, admite-se a pena de morte. Salvo essa circunstância específica, fica vedado ao Estado 
interromper a vida humana como forma de sanção. 
VIDA DIGNA 
Notadamente, não basta garantir a vida por si só, é necessário a garantia a uma vida digna, propósito que, 
naturalmente, amplia a concepção para além da simples constatação da presença de sinais vitais, pois trata-
se de “uma íntima e indissociável relação com a dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos da 
República Federativa do Brasil (art. 1°, III, CF/88)” (MASSON, 2019, p. 255). 
Nesse cenário, promover uma vida digna requer do Estado Democrático de Direito, como no Brasil, a 
adoção simultânea de duas posturas, aparentemente, opostas, mas que se complementam e perfeitamente, 
coexistem em ambiente democrático. A primeira, postura negativa, é um não fazer que preserva o indivíduo 
no exercício de seus direitos civis e políticos clássicos (primeira dimensão dos Direitos Humanos). 
Desse modo, o Estado deve ser contido para não invadir a esfera de liberdade da pessoa, ao mesmo tempo 
em que deve ser célere ao “punir os atentados dolosos contra a vida [...] instituindo para tais casos o processo 
penal por meio do júri24, (art. 5°, XXXVIII, CF25)”. (MENDES e BRANCO, 2017, p. 255). Isso porque “aquele que 
matou deverá responder por seu ato homicida e será punido por ele, pois só o Estado tem o direito e o dever 
de julgar e punir os criminosos, dentro da lei e com justiça, retirando o criminoso do meio da sociedade para 
ensiná-lo a respeitar os valores humanos e sociais”. (DALLARI, 2004, p. 33). 
 
21 Uma vez que a 4ª e a 5ª Dimensão de Direitos Humanos não possuem consenso à respeito de sua existência, serão 
abordados apenas as Dimensões que se encontram pacificadas. 
22 “Art. 5° [...] XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX”; 
(BRASIL, 1988, p. 1). 
23 “Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: [...] XIX - declarar guerra, no caso de agressão 
estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões 
legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional”; (BRASIL, 1988, p. 1). 
24 O júri é uma “comissão composta por indivíduos previamente selecionados e por um juiz, para analisar e julgar 
questões legais: o júri inocentou o réu”. (DICIO, 2019, p. 01). 
25 “Art. 5° [...] XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas 
e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o direito de fiscalização do 
aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às 
respectivas representações sindicais e associativas”; (BRASIL, 1988, p. 1). 
 
 
 
44 
 
Já, a segunda postura ativa, o Estado deve oferecer bens e utilidades necessárias à uma vida apropriada 
(saúde, educação, trabalho, moradia, lazer, segurança, etc.). Para tanto, espera-se do poder estatal uma 
atitude positiva como forma de propiciar que os direitos econômicos, sociais e culturais (segunda dimensão 
dos Direitos Humanos), sejam exercidos pelos indivíduos. Isso porque “a situação de pobreza em que são 
obrigados a viver milhões de pessoas é um atentado contra a vida”. (DALLARI, 2004, p. 36). Em outras 
palavras, a carência de condições mínimas de uma vida digna, a que são privadas milhares de pessoas, fazem 
com que morram “um pouco por dia, por falta de alimentos, de assistência médica e de condições mínimas 
para a conservação da vida”. (DALLARI, 2004, p. 36). 
A vista disso, calha destacar que a cidadania permite a promoção de uma vida digna, visto que se é própria 
consciência de ter direitos, será ela, a consciência advinda da cidadania, a responsável por impulsionar a 
pessoa a buscar, tanto a promoção de seus direitos, quanto as dos demais. 
O DIREITO À LIBERDADE 
A proclamação de que “todos os seres humanos nascem livres” consta, sem demora, no “Artigo I”, da 
Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, como uma das mais fiéis demonstraçõesda 
importância desse direito, que se cerceado em qualquer um de seus aspectos, compromete o efetivo 
exercício da cidadania. 
Também os Pactos que se seguiram a ela (Pactos Internacional dos Direitos Civis e Políticos e Pacto 
Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, em escala internacional, bem como a Convenção 
Americana sobre Direitos Humanos, em âmbito regional, fizeram referência ao direito à liberdade. 
Assim o é, devido ao fato de que “a liberdade faz parte da natureza humana. Por esse motivo o direito à 
liberdade não pode ser tirado dos seres humanos, porque sem liberdade a pessoa humana não está 
completa”. (DALLARI, 2004, p. 42). 
A liberdade apresenta-se sob diversas vertentes, todas constitucionalmente garantidas, e sem as quais, 
restaria prejudicada a noção de Estado Democrático de Direito. Tanto é dessa maneira que “é na democracia que 
a liberdade encontra campo de expansão. [...] Quanto mais o processo de democratização avança, mais o homem 
se vai libertando dos obstáculos que o constrangem, mais liberdade conquista”. (SILVA, 2011, p. 234). 
Dessa maneira, o legislador constitucional brasileiro, não economizou esforços para fazer constar no texto 
da Carta Magna um generoso rol de liberdades asseguradas ao indivíduo, como por exemplo: 
Liberdade de ação 
O art. 5°, em seu inciso II, da Constituição Federal de 1988, anuncia que “ninguém será obrigado a fazer 
ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei” (BRASIL, 1988, p. 1). 
Trata-se de uma “verdadeira regra de liberdade de conduta individual em um Estado de Direito, 
direcionada diretamente ao particular em face do poder público.” (MORAES, 2019, p. 45). Em outras palavras, 
por meio desse direito, somente a lei pode obrigar o indivíduo, e uma lei que seja “compatível com os valores 
expressos pelo texto constitucional e, especialmente, não deve afrontar direitos fundamentais”. (MASSON, 
2019, p. 296). 
Revela-se, nesse dispositivo, a autonomia da vontade privada, perante a qual o Estado é contido em sua 
possibilidade de interferência na vida do indivíduo. Isso exige do Estado uma postura negativa, ou seja, um 
não fazer, conforme já estudado na primeira dimensão dos Direitos Humanos, na Unidade II. 
Liberdade de pensamento 
A liberdade de pensamento também está assegurada no texto constitucional brasileiro, quando nos 
incisos IV e V do art. 5°, da Constituição Federal de 1988, que respectivamente, garante-se que “é livre a 
manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”, e que nas situações em que há hipótese de abuso 
dessa manifestação é “assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por 
dano material, moral e à imagem” (BRASIL, 1988, p. 1). 
 
 
45 
 
Note-se que o Estado, ao mesmo tempo em que garante a livre manifestação, possibilita que eventuais 
excessos sejam contidos, pela responsabilização daquele que causar eventual dano. 
 
 
 
“É bom notar que existem hipóteses em que é possível a 
manutenção do anonimato, como o programa de proteção a 
testemunhas (Lei 9.807/1999), que permite preservação da 
identidade, imagem e dados pessoais da testemunha (art. 7.º)”. 
(PADILHA, 2018, p. 254). 
 
Liberdade de locomoção 
É indispensável ao ambiente democrático e fundamental para o exercício da cidadania, conforme consta 
no inciso XV, do art. 5° da Constituição Federal de 1988 “qualquer pessoa, em tempos de paz, e nos termos 
da lei, possa entrar e sair de território nacional, com seus bens” (BRASIL, 1988, p. 1). 
 
A cobrança de pedágio é uma exceção constitucional a 
esta regra. Segundo o art. 150, V, da Constituição 
Federal de 1988, “[...] é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios: estabelecer 
limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de 
tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a 
cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas 
pelo Poder Público”. (PADILHA, 2018, p. 257). 
 
 
 
Há que se noticiar, contudo, que o direito de ir, vir ou 
permanecer no território nacional em tempos de paz não 
pode ser visto como absoluto, [...] o que possibilita que a 
própria Constituição, ou a legislação complementar, restrinja 
sua amplitude, a partir de critérios proporcionais e 
justificáveis. (MASSON, 2019, p. 310). 
 
Contudo, há que se considerar que existem circunstâncias restritas que fazem com que a liberdade de 
locomoção seja legitimamente restringida pelo Estado, tais como a prisão em flagrante delito26 ou por ordem 
 
26 Flagrante delito “Circunstância em que o agente é surpreendido ao cometer a infração penal ou ao acabar de cometê-
la; ou, ainda, quando é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que 
faça presumir ser o autor do delito; ou, se encontrado, logo depois, com instrumento, arma, objeto ou papel que induza 
igual presunção” (SIDOU, 2017, p.285). 
 
 
46 
 
escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, conforme estabelecido no art. 5°, inciso LXI27 
da Constituição Federal de 1988. Importante destacar que, nesse caso, não existe perda de um Direito 
Fundamental (a liberdade), mas apenas limitação desse direito por um determinado período. 
Ademais, como forma de garantir que toda prisão ilegal seja combatida, o legislador, no inciso LXVIII, do 
mesmo art. 5°, ofertou o habeas corpus28 como forma de proteger o direito de ir e vir do indivíduo, mediante 
a arbitrariedade ou abuso de poder. 
 
 
 
27 “Art. 5° [...] LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade 
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei”; (BRASIL, 
1988, p. 1) 
28 “‘Habeas Corpus’. É locução composta do verbo latino habeas, de habeo (ter, tomar, andar com), e corpus (corpo), de 
modo que se pode traduzir: ande com o corpo ou tenha o corpo. É instituto jurídico que tem a precípua finalidade de 
proteger a liberdade de locomoção [...] quando a esta não se oponha a justiça da privação da liberdade”. (SILVA, 2008, 
p. 673). “O habeas corpus é um instrumento que surgiu como fruto das conquistas liberais do passado. Foi 
primeiramente concedido por João Sem Terra, na Inglaterra, por meio da Magna Carta de 1215, sendo, após, 
formalizado pelo habeas corpus Act no ano de 1679” (MASSON, 2019, p. 533). 
 
 
47 
 
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