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Preconceitos e Viés Cognitivo

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Preconceitos na visão de mundo
Projeto de Vida
Ensino Médio
1o bimestre – Aula 13
2a
SÉRIE
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Limitações em nossa visão de mundo determinadas pelo preconceito e desconhecimento;
Viés cognitivo e sua relação com o racismo.
Competências socioemocionais em foco:
Abertura ao Novo.
Refletir sobre como os preconceitos podem restringir o conhecimento;
Refletir sobre a importância da desnaturalização para superar as barreiras dos preconceitos;
Exercitar a empatia e alteridade ao ampliar nossa receptividade ao novo.
Conteúdo
Objetivos
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Contemple os círculos centrais abaixo e determine qual deles possui maior dimensão.
A imagem ao lado lhe causa estranhamento?
Mostre-me
À primeira vista
2 MINUTOS
Descrição da imagem: Indígenas utilizando um microscópio
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Para começar
Em 1871, Karl Mauch, um geólogo alemão, explorando o sul da África, investigou impressionantes ruínas feitas de pedra de uma cidade. Localizado na região do atual Zimbábue, esse antigo assentamento revelava uma sociedade avançada que prosperou entre os séculos XI e XV. Embora não soubesse quem havia erguido aquela estrutura, sua conclusão foi a de que africanos não poderiam tê-las construído. 
O Grande Zimbábue
Descrição da imagem: Ruínas do Grande Zimbábue
Por qual razão você acredita que Mauch não associou a construção da cidade aos africanos? 
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Para começar
Fonte: LOST Kingdoms of Africa. Direção: BBC Four. Londres: BBC, 2010, episódio 3. 
FAGAN, Brian Murray In História geral da África, IV: África do século XII ao XVI editado por NIANE, Djibril Tamsir. Brasília: UNESCO, 2010.
Na época em que Karl Mauch visitou as ruínas do Grande Zimbábue, boa parte do mundo europeu estava imerso em ideologias raciais que sustentavam a crença de que o homem branco seria superior aos demais seres humanos.
 
Essas ideologias ganham corpo após a escravidão, pois os europeus não se tornaram traficantes de escravizados porque eram racistas, mas se tornaram racistas porque se tornaram traficantes de pessoas escravizadas¹. 
Racismo: Uma história
Descrição da imagem: Representações raciais do século XIX
¹Fonte: WALVIN, James. Professor emérito de História na Universidade de York In RACISM, A Story. Direção: Paul Tickell. Londres: BBC, 2007, episódio 1. 
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Foco no conteúdo
Fonte: LOST Kingdoms of Africa. Direção: BBC Four. Londres: BBC, 2010, episódio 3. 
Fonte: RACISM, A Story. Direção: Paul Tickell. Londres: BBC, 2007, episódio 1. 
Imerso em uma cultura racista, seria inconcebível para Mauch pensar naquelas ruínas como obras daqueles que eram considerados “seres inferiores”. Nesse cenário em que pessoas têm suas capacidades questionadas com base em preconceitos, há um reforço e uma naturalização da crença da inferioridade daqueles indivíduos.
Racismo: Viés cognitivo
Descrição da imagem: Ruínas do Grande Zimbábue
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Foco no conteúdo
Mauch não apenas explorou as estruturas do Grande Zimbábue com uma perspectiva preconcebida, mas também interpretou erroneamente as evidências a partir dessa perspectiva. O viés de confirmação, que é a tendência de buscar informações que confirmem crenças existentes, moldou sua conclusão. 
Esse caso nos serve de exemplo de como as ideias enraizadas no racismo podem distorcer a percepção e interpretação de evidências, perpetuando estereótipos prejudiciais e limitando a compreensão de culturas e sociedades.
Racismo: Uma limitação
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Foco no conteúdo
Pense em uma personalidade que você não tenha afinidade ou mesmo que desgoste. 
Tente encontrar algo em comum entre você e ela, pode ser algo relacionado a ideias semelhantes ou gostos em comum.
Pense em algo que essa pessoa faz bem, tente expressar algum elogio verdadeiro a ela. 
Diferenças
Todo mundo escreve
10 MINUTOS
Descrição da imagem: Criança irritada
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Na prática
Correção
É mais difícil enxergar características positivas em pessoas que não gostamos, devido aos vieses cognitivos, isto é, a dificuldade se dá justamente porque estamos indo contra nossas crenças prévias.
O que pode ter ocorrido no exemplo dos círculos. Quem já conhecia essa experiência pode ter dito que ambos os círculos centrais são do mesmo tamanho, mas, na verdade, o círculo da esquerda é ligeiramente maior. E quem não conhecia pode ter acertado.
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Na prática
Os processos que envolvem a criação de um pensamento racista passam, dentre outros fenômenos, por um sentimento de pertencimento a um grupo, ao mesmo tempo em que há a exclusão daquilo que é considerado diferente. Há uma redução do indivíduo a esse aspecto que marca a diferença, a pessoa se torna sua cor, sua religião, sua opinião política e todo o restante se esvai pela marca da diferença. Para que sejamos capazes de escapar desse véu de ignorância, é preciso justamente romper com a visão única, o que é proporcionado pela convivência. Consideramos alguém diferente porque nosso viés apenas nos permite criar separações em vez de conexões.
Estranhamento & Desnaturalização
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Foco no conteúdo
Fonte: MBEMBE, Achille. Crítica da Razão Negra. Lisboa: Antígona, 2014.
Vamos formar grupos para pesquisar sobre culturas que sejam completamente diferentes da nossa. 
Escolham um país do qual vocês sabem muito pouco: pesquisem a língua e tentem aprender a dizer algo como “olá, tudo bem?”, descubram quais são os pratos típicos, como as pessoas se divertem, quais artistas fazem sucesso por lá e o que mais acharem relevante.
Desnaturalização
15 MINUTOS
Ao final da aula, cada grupo deve partilhar o país pesquisado e ao menos uma nova informação que descobriu.
Descrição da imagem: Muitas pessoas formando um caleidoscópio
Mostre-me
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Aplicando
A cultura atua como uma lente que molda nossa percepção do mundo, classificando e ordenando comportamentos; 
A naturalização ocorre quando internalizamos regras e preconceitos como naturais; 
No processo de socialização, é fundamental desenvolver a capacidade de estranhamento para questionar e respeitar as diferenças, desafiando as noções previamente naturalizadas.
Correção
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Aplicando
produzido para o material
Dialogamos sobre as relações entre preconceitos e vieses cognitivos;
Refletimos sobre como nossas crenças podem nos impedir de respeitar as diferenças.
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O que aprendemos hoje?
FAGAN, Brian Murray In História geral da África, IV: África do século XII ao XVI editado por NIANE, Djibril Tamsir. Brasília: UNESCO, 2010.
LEMOV, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência. Trad. Leda Beck; consultoria e revisão técnica Guiomar N. de Mello e Paula Louzano. São Paulo: Da Prosa: Fundação Lemann, 2011.
RACISM, A Story. Direção: Paul Tickell. Londres: BBC, 2007, episódio 1. 
SÃO PAULO (ESTADO). Secretaria da Educação. Currículo em Ação – Projeto de Vida. Volume 1 – 2a série. São Paulo, 2022. 
SÃO PAULO (ESTADO). Secretaria da Educação. Currículo Paulista do Ensino Médio. São Paulo, 2019. 
SÃO PAULO (ESTADO). Secretaria da Educação. Currículo em Ação – Projeto de Vida. Ensino Médio. Volume 1 – Caderno do Professor. São Paulo, 2022. 
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Referências
Lista de imagens e vídeos
Slide 3 – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Julian_Assange_August_2014.jpg 
Slide 4 – https://giphy.com/gifs/book-library-literacy-l0HlRnAWXxn0MhKLK 
Slide 5 – https://youtu.be/3S68nlL3y98?si=P1CFXWL1HlYtDxUO 
Slide 7 – https://danielpaz.com.ar/blog/2020/05/esa-noticia/ 
Slide 8 – https://giphy.com/gifs/kare11-kare-11-news-kent-erdahl-39hwT1SaGT4Bo66t25 
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Referências
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