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_O Mundo da Grande Guerra

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O Mundo Da Grande
Guerra
Feito por: Eduarda Sophya Diogo Resende
Contexto Antes da "Grande Guerra"
A Europa,especificamente, anos antes do estopim que culminaria na guerra, vivia um período bastante
favorável, economicamente falando. O desenvolvimento industrial acontecia de forma rápida e intensa, o
que favorecia o avanço tecnológico. Mudanças culturais também se alastravam pelo continente. De forma
geral, o mundo passava por momentos de euforia com o progresso, em uma era chamada de Belle
Époque (Bela Época, em português).
Na Europa Ocidental, a virada do século XIX para o XX foi marcada por euforia e desen- volvimento
econômico e comercial, frutos da aceleração da industrialização, que caracteri- zou a Segunda Revolução
Industrial, e da consequente politica imperialista.
O domínio sobre os novos mercados nos continentes asiático e africano, a consolidação do capitalismo
monopolista, a crescente industrialização, o avanço tecnológico, entre outros fatores, geraram uma visão
otimista entre as grandes nações europeias. Todo esse progresso compós um quadro que os
historiadores denominam de Belle Époque, expressão de origem francesa que representava a
consolidação do "modo de vida burguês", sinônimo de tranquilidade, prosperidade e bem-estar para parte
da população europeia.
Belle Époque (1871-1914)
Fim da Guerra Franco-Prussiana (1870-71), surge política de estabilidade.
Com o progresso da Segunda Revolução Industrial provocou um forte êxodo rural e
favoreceu o desenvolvimento de uma nova cultura.
Cultura urbana cosmopolita e de divertimento.
Avanço dos meios de comunicação e transporte.
A Belle Époque (1871-1914) teve a cidade de Paris como centro difusor de inovações. O local
passou por uma grandiosa reforma a partir de 1853, quando o imperador Napoleão III nomeou o
barão Georges-Eugène Hausmann para chefe do Departamento do Sena. Foram abertas
avenidas, construídas pontes, criados parques e mobiliário de rua (bancos, postes, floreiras,
fontes, etc.). A energia elétrica passou a ser a marca registrada da "Cidade Luz". Surgiram
também as exposições universais. Nelas, os avanços da indústria, as riquezas trazidas das
colonias e a pujança das economias dos países participantes eram apresentadas para atrair
compradores e cativar clientes. Vários países eram convidados a organizar estandes com o
melhor de suas economias e, à medida que as exposições se sucede- ram, também exibiram
suas expressões culturais e artísticas. jança poderio, grandeza. Durante a Belle Époque,
surgiram novos meios de transporte de pessoas e de mercado- rias. Ferrovias, navios,
automóveis e até bicicletas passaram por grandes inovações. As artes e o entretenimento
também receberam grande incentivo.
https://www.todamateria.com.br/segunda-revolucao-industrial/
Criações
Moulin Rouge (1889)
Torre Eiffel (1889)
Metrô de Paris
Edouard Michelin (1890)
Peugeot Tipo 3 (1891)
Bicicletas
Ford T
Pelo Mundo
Belle Époque se desenvolvia nos
Estados Unidos após a recuperação
da crise econômica de 1873.
Reino Unido pós era vitoriana
Alemanha do Kaiser Wilhelm I & II
Rússia de Alexandre III e Nicolas II
No Brasil, este período ficou marcado
nas cidades de Fortaleza, Manaus e
Rio de Janeiro, sobretudo após a
Proclamação da República, em 1889.
"A Grande Guerra"
A Primeira Guerra Mundial é
conhecida como “A Grande Guerra”.
Acontecimento que transformou
radicalmente a Europa e o mundo.
Durou de 1914 a 1918
Foi considerada por muitos de seus
contemporâneos como a mais terrível
das guerras.
Vários foram os fatores que levaram à eclosão do conflito armado,
quase todos ligados a disputas imperialistas e territoriais na Europa. Os
motivos estavam postos, bastava apenas um fato que servisse de
estopim. Esse fato foi um assassinato ocorrido nos Bálcás.
Segunda metade do século XIX, 
junção entre capitalismo financeiro
e capitalismo industrial.
Nações que iniciaram o processo
industrialização eram favorecidas.
Nações industrializadas expandiram
para outros continentes (Asiático, ao
Africano e à Oceania).
Imperialismo e Neocolonialismo.
Contexto
Imperialismo é um conjunto de
ideias, medidas e mecanismos que,
sob determinação de um Estado-
nação, procuram efetivar políticas de
expansão e domínio territorial,
cultural ou econômico sobre outras
regiões geográficas, vizinhas ou
distantes
Surgiu na segunda metade do século
XIX, quando a necessidade de um
desenvolvimento maior das indústrias
levou a necessidade de grandes somas
de investimento.
Surge com a
Revolução
Industrial no século
XVIII e se
consolida com a
Segunda
Revolução
Industrial em
meados do século
XIX e início do XX.
Histórico
que teve
como
marco o
advento
da
máquina
a vapor
https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/neocolonialismo.htm
https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/neocolonialismo.htm
Alemanha enfrentava França. Guerra
Franco-Prussiana.
Tensão na fronteira entre os dois
países.
Otto Von Bismarc, aliança com
Áustria-Hungria e com a Itália,
Tríplice Aliança.
Aliança estabelecia tanto acordos
comerciais e financeiros quanto
acordos militares.
Década de 1870
alsacia-lorena
A França passou a firmar acordos, do
mesmo gênero da Tríplice Aliança,
com o Império Russo, czarista, em
1894.
Resposta deles para a Alemanha que
se tornava maior potência industrial.
 A Inglaterra temia perda de território
e entrou para aliança.
 Tríplice Entente.
Década de 1890
O termo czarista
se refere a um
tipo de sistema
político no qual o
czar, título dado
ao imperador.
https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/neocolonialismo.htm
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A tensão entre as duas 
alianças.
Na região dos Balcãs, dois 
grandes impérios lutavam para
impor um domínio de matiz nacionalista: o Austro-
Húngaro e o Russo.
Rússia procurava expandir sua ideologia
nacionalista eslava. (apoiava a criação, nos
Balcãs).
Áustria-Hungria se aproveitava da fragilidade do
Império Turco-Otomano e procurava
estabelecer um controle na mesma região.
Tríplice Aliança 
X 
Tríplice Entente
Balcãs
A região dos Bálcäs, que esteve durante séculos sob a
dominação do Império Turco- -Otomano, passou a apresentar
sinais de crise e decadência em 1878. Esse enfraquecimento
gerou o desejo de maior autonomia política e econômica nos
países da Peninsula Balcánica. As tensões aumentaram com a
ambição de ampliar territórios.
O episódio que deu início ao conflito ocorreu no dia 28 de junho
de 1914, em Sarajevo. Os herdeiros do trono austro-húngaro - o
arquiduque Francisco Ferdinando e sua esposa, a arquiduquesa
Sofia - estavam em visita oficial à cidade quando foram alvejados
pelo estu- dante sérvio Gavrilo Princip, membro da organiza- ção
nacionalista sérvia Mão Negra. Essa organiza- ção lutava pela
expulsão do exército austriaco e pelo restabelecimento das
antigas fronteiras com a Austria-Hungria.
A Sérvia teve o apoio da Rússia, que, baseada na ideologia do
pan-eslavismo, declarou guerra ao Império Austriaco. Dai em
diante, cada membro pertencente às alianças político-militares
passou a declarar guerra aos oponentes.
O assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando e de sua
esposa Sofia em Sarajevo fol o estopim da Grande Guerra. Esse
crime estava relacionado as questões étnicas e aos conflitos
ocorridos nos Bálcás.
A Grande Guerra pode ser dividida em duas fases: Guerra de Movimento e Guerra de Trincheiras.
O conflito teve início com a Guerra de Movimento (1914-1915), caracterizada pelo des- locamento dos exércitos rumo às fronteiras. Nessa fase,
destacou-se a movimentação do exército alemão em direção à França (Frente Ocidental)e em direção à Rússia (Frente Orien- tal). No intuito de
conquistarem a França e dominarem a capital, Paris, os alemães invadiram a Bélgica, o que ocasionou a reação da Inglaterra, aliada dos franceses.
As invasões dos territórios belga e francés faziam parte da estratégia alemã para neu- tralizar a força militar inglesa. Embora bem-sucedida no início,
a Alemanha foi rechaçada por uma contraofensiva francesa, que a obrigou a recuar após a derrota na Batalha do Marne, ocorrida entre 6 e 9 de
setembro de 1914. Os novos meios de transporte e de comunicação, além da grande produção de armamentos e munição, impossibilitaram o
avanço e a luta das tropas em campo aberto. Tal realidade gerou um combate mais estático, denominado Guerra de Trincheiras (1915-1918).
A Guerra de Trincheiras tornou o conflito mais lento, pois os exércitos passaram a cavar valas e a equipá-las com mecanismos de defesa. Essa
tática, que consistia na tentativa de manter o território ocupado e avançar, desgastava bastante os exércitos envolvidos e pode- ria se estender por
quilômetros nas linhas de frente.
Nas trincheiras, que tinham uma profundidade média de dois metros, os soldados aguardavam o momento de atacar o inimigo. A pouca
movimentação das tropas e o equilíbrio de forças entre os exércitos fizeram dessa fase da guerra a mais duradoura e sofrida. A estratégia das
trincheiras expunha os soldados ao frio, à fome e à chuva. Eles sofriam ainda com piolhos e ratos. Naquele cenário desolador, distantes de seus
entes queridos, eles sentiam as dimensões dramáticas da guerra; o entusiasmo dos primeiros dias dava lugar a momentos difíceis sem esperança.
A violência e as condições precárias de vida causaram imensuráveis prejuízos físicos e psicológicos aos envolvidos no conflito. As condições sub-
humanas a que os soldados estavam expostos, o grande número de mortes, as amputações e o convivio com a barbárie foram responsáveis por
muitas deserções. Em 1915, a Itália, ligada à Tríplice Aliança, passou a apoiar a Tríplice Entente. Isso acon- teceu em decorrência de sua
insatisfação com o domínio austro-húngaro sobre as províncias italianas do norte, apesar da promessa de restituição desses territórios ao domínio
italiano após a guerra.
Fases da Guerra
Tanques
Primeiro tanque de guerra, denomina- do Mark
1, foi criado em 1916, na Inglaterra,
Desenvolvido com a finalidade de romper o
arame farpado das trincheiras, acabou tendo
outros usos, uma vez que conseguia superar
obstáculos do solo. Os tanques eram blinda-
dos e capazes de armazenar munições e
allmentos para os soldados. São empregados
ainda hoje nas guerras contemporâneas, com
novas formas e recursos tecnológicos.
Aço inoxidável
Um aço mesclado ao elemento cromo, que
não enferrujava, passou a ser desenvolvido a
partir de 1912 pelo inglês Harry Brearley. Ele
foi utilizado na fabricação de armas mais
resis tentes, pois o calor das balas dani-
Ficava os canos dos armamentos, e também
na fabricação de motores. Esse material é
usado na atualida- de na produção de
instrumentos hospitalares, utensilios de
cozinha e diversas estruturas presentes nas
cidades, como no caso dos meios de
transporte.
Aviões
Esse meio de transporte foi cria- do no
início do século XX e aprimora- do na
Grande Guerra. Ele era utiliza- do para o
carregamento de bombas, que poderiam
ser lançadas contra o território e o
exército inimigos com mais agilidade e
exatidão, cobrindo distâncias maiores,
em virtude da vi- são facilitada do alto.
Armas químicas e máscaras
A utilização de armamento químico em conflitos
bélicos teve início na Grande Guerra; em
decorrência, os ingleses criaram máscaras
protetoras para os soldados em combate. Essas
máscaras, feitas de borracha, protegiam os olhos e
as narinas. Eram grandes e, de inicio, dificultavam
a locomoção, dando vantagem ao inimigo. Os
gases mais comuns eram o gás de cloro, o gás
mostarda e o gás fosgênio, que causavam mortes
quase imediatas por asfixia. Esse tipo de estratégia
militar é proibida em conelitos na atualidade, mas
algumas nações ainda detém e produzem
armamentos quimicos, colocando em risco a paz
mundial. As máscaras contra elementos ou gases
toxicos são utilizadas, atualmente, em guer- ras,
em situações de risco vivenciadas por policiais ou
investigadores e na indústria química.: Para
proteger os soldados contra as armas quimicas,
foram confeccionados vários modelos de máscaras
de gás. As versões inicials incluiam uma bolsa ao
redor do pescoço.
Em paralelo aos conflitos terrestres, ocorriam conflitos no mar, os quais acabaram por in- terferir nos rumos da guerra. Utilizando novas tecnologias, como os
submarinos, os alemães iniciaram uma série de ofensivas contra navios-para eles, toda embarcação encontrada em território inimigo deveria ser afundada, não
interessando a que nação pertencesse. Dessa Forma, pretendiam cortar o abastecimento estrangeiro a seus inimigos, impondo a fome e a escassez. Em um
desses ataques, os alemães afundaram um navio estadunidense que trans- portava mercadorias e passageiros para a Inglaterra. Os Estados Unidos, até então
neutros no conflito, reagiram ao ataque e declararam guerra à Alemanha em 6 de abril de 1917.
Assassinato do herdeiro do trono da Áustria-Hungria,
por um terrorista Mão Negra. 28 de janeiro de 1914,
em Sarajevo
 Francisco Ferdinando foi a Sarajevo
 Proposta da criação de uma monarquia tríplice para
região, que seria governada por austríacos, húngaros e
eslavos. 
Sua morte acirrou os ânimos nacionalistas e conduziu
as alianças das principais potências europeias à
guerra.
Francisco Ferdinando
O assassinato de Francisco Ferdinando, herdeiro do trono da Áustria-Hungria, na cidade de
Sarajevo, foi considerado o estopim da Primeira Guerra
 Grande Guerra (1914- 1918) 
A Grande Guerra envolveu boa parte dos Estados europeus, ex- ceto a
Espanha, os Países Baixos, a Escandinávia e a Suíça. Soldados indianos,
canadenses, chineses, africanos e estadunidenses foram lutar no território
europeu. Os combates se deram na Europa, no Oriente Médio, no Mar
Mediterrâneo, no Oceano Atlântico e na África. É possível dizer que a guerra
iniciada em 1914 mudou para sempre a história mundial. Nesse sentido, o
historiador inglês Eric Hobsbawm considerou esse acontecimento como o início
do sécu- lo XX. Segundo ele, nada foi igual após a eclosão desse conflito.
Chamada de Primeira Guerra Mundial por causa da eclosão de um segundo
conflito mundial, em 1939. Porém, na época, ela era chamada apenas de
Grande Guerra (a maior de todas as outras), denominação aqui adotada. 
A Belle Époque terminou subitamente no 28 de junho de 1914, dia do
assassinato de Francisco Ferdinando, herdeiro do trono da Áustria-Hungria,
pelo jovem sérvio Gavrilo Prin- cip. Aquele ato de terror perpetrado em
Sarajevo, nos turbulentos mas periféricos Bálcás, empurrou as potências para
a guerra geral que ninguém desejava.
O cartaz, criado pelo ilustrador
James Flagg, serviu para convocar
jovens para o alistamento em 1917;
ele foi inspirado em um anúncio feito
na Inglaterra anos antes, para
recrutar jovens ingleses no inicio da
Grande Guerra. O cartaz apresenta
Tio Sam, desenhado com base no
rosto do presidente Abraham Lincoln,
direcionando para o observador a
seguinte frase: Eu necessito de você
nas forças armadas. A denominação
Tio Sam apresenta inúmeras
versões, mas a mais habitual é a de
que os soldados estadunidenses
receblam durante a guerra, como
parte integrante de sua ração
alimentar, latas de carne com as
iniciais U.S., de United States. Tais
iniciais foram interpretadas pelos
soldados como Uncle Sam (Tio
Sam).
No ano de 1908, a região da Bósnia-Herzegovina foi anexada pela Áustria-Hungria, o que dificultou a criação da
“Grande Sérvia”. Além disso, a Alemanha tinha interesses comerciais no Oriente Médio, em especial no Golfo Pérsico,
e pretendia construir uma ferrovia de Berlim a Bagdá, passando pela península balcânica.
Fim da Guerra
A entrada dos Estados Unidos e a saída da Rússia na Grande Guerra alterouos rumos do conflito. Uma revolução na Rússia, iniciada em
outubro de 1917, contribuiu para que o país abandonasse a guerra buscando resolver seus problemas internos. Assim, os russos retira- ram-
se em 1917 e, em 1918, assinaram o Tratado de Brest-Litovsk, cedendo parte de seus territórios à Alemanha.
No mesmo ano, os Estados Unidos, cujos navios estavam sendo atacados por submarinos alemães, declararam guerra aos países
integrantes da Triplice Aliança, Desde o fim do século XIX, os Estados Unidos investiam pesado em desenvolvimento
industrial. A eclosão da guerra na Europa representou a possibilidade de ampliar seus merca- dos, fornecendo produtos para Inglaterra, Fran-
ça e Rússia, países cujos esforços de produção estavam praticamente todos voltados para a guerra. Assim, alimentos, medicamentos, teci-
dos, armas e vários outros produtos estadunidenses passaram a ser comprados pelos países em guerra.
Em 1918, cerca de 1 milhão de soldados vindos dos Estados Unidos desembarcaram na Europa. Eles tinham a energia que faltava para os
soldados europeus, já exauridos com as batalhas. Além disso, os estadunidenses estavam bem armados e treinados. A inclusão desse novo
exército desequilibrou o conflito a favor da Triplice Entente.
A Alemanha, desgastada profundamente por conta da guerra prolongada e enfraquecida pela entrada dos Estados Unidos, sofreu seguidas
derrotas e, em novembro de 1918, solicitou um armisticio. armisticio acordo que suspende u conflito por um tempo trégua.
Com as perdas materiais e humanas causadas pelo conflito e com uma grave crise política interna, os alemães acabaram por assinar a
rendição às 11 horas do dia 11 de novembro de 1918. Desse modo, acabava a Grande Guerra.
Estima-se em 10 milhões o número de mortos, a maioria eram homens com idade entre 19 e 40 anos.
Mulheres na Grande Guerra
Na Grande Guerra, as mulheres não participaram diretamente
dos combates, mas exerceram papel importante ao serem
recrutadas. Elas eram encarregadas dos doentes durante o
conflito. Além disso a Guerra trouxe outras modificações para o
cotidiano feminino, como apontou a historiadora Françoise
Thébaud:
É verdade que, para as mulheres, a guerra constituiu uma
experiência de liberdade e de responsabilidade sem
precedentes. Em primeiro lugar, pela valorização do trabalho
feminino ao serviço da pátria e pela abertura de novas
oportunidades profissionais em que as mulheres descobrem,
geralmente com prazer, o manuseio de utensílios e técnicas
que desconheciam. Por toda a parte, serviços femininos (café,
hotel, comércio, banco, administração) tornam as mulheres
visíveis no espaço público [...]. A morte do espartilho, o
encurtamento das saias e a simplificação do traje libertam o
corpo e facilitam os movimentos. A guerra destrói, por
necessidade, as barreiras que opunham trabalhos masculinos
e trabalhos femininos e que vedavam às mulheres numerosas
profissões superiores. [...]
O movimento feminista, que buscava a emancipação da
mulher, foi significativamente fortalecido após a guerra. Com
ele, tomou força também o movimento sufragista, que rei-
vindicava a extensão do direito de voto às mulheres. Aos
poucos, elas foram conseguindo vitórias em vários países.
Fim do Fim
No fim da Grande Guerra, a Europa estava devastada. O clima de
otimismo que reinava na Belle Époque dava lugar a cidades destruídas,
famílias desfeitas, fronteiras alteradas e governos derrubados.
Panorama de mudanças significativas causadas pela Grande Guerra.
Fronteiras entre os países: dois grandes impérios foram desfeitos -
o Austro-Húngaro e o Turco-Otomano. Isso levou à criação de vários
Estados independentes, cuja definição das fronteiras foi motivo de
conflitos. Além disso, vários países antes existentes tiveram suas
fronteiras redefinidas com a transferência do controle de regiões
entre perdedores e ganhadores do conflito.
Criação de órgãos internacionais: foi criada a Liga das Nações,
cujo objetivo era mediar as relações entre os países, evitando novos
conflitos.
Estrutura social: a morte de milhões de homens jovens alterou a
sociedade europeia, pois permitiu o trabalho feminino nas indústrias,
além de tornar muitas viúvas as novas chefes de família. Essa
movimentação contribuiu para a emancipação feminina e para que as
mulheres conquistassem o direito ao voto.

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