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Prof. Paulo Burgo UNIDADE I Ética e Legislação Profissional Ontem fiz uma promessa a um amigo e sei que esta me causará problemas financeiros. Devo cumpri-la? O soldado, por cumprir ordens, mata uma pessoa numa guerra. Ele pode ser julgado e condenado? Um aluno está assinando a lista de presença por outro. Devo denunciá-lo ao professor? Os casos acima, presentes nas nossas vidas, refletem situações práticas em que indivíduos devem reagir com base em suas próprias reações, mas também avaliando as consequências que estas terão nas vidas dos outros. 1. Conceito de ética Na solução destas situações, os indivíduos se defrontam com a necessidade de pautar o seu comportamento em regras se julgam mais apropriadas ou mais dignas para serem cumpridas. Essa dignidade se baseia na moral de cada indivíduo. Nestes casos, dizemos que se age de modo moralmente adequado... ... “ele agiu bem naquelas circunstâncias!” Os homens não só agem moralmente, mas também refletem sobre a prática deste comportamento e o tomam como objeto de sua reflexão. Ao se pensar, passa-se da prática da moral para a teoria da moral, e a essa teoria moral se dá o nome de Ética. 1. Conceito de ética É, portanto, ética, qualquer situação teórica em que o indivíduo tem de avaliar suas ações e relações para com grupos e fatos que impliquem em suas futuras atitudes perante seus pares. 1. Conceito de ética indivíduos vizinhos família coisas subordinados superiores no trabalho animais outros indivíduos colegas É inútil recorrer à ética buscando um manual de boa conduta e de soluções para situações concretas. A solução dos problemas de relacionamento é de ordem prática, portanto, não teórica. Porém, o embasamento teórico que faz a discussão do problema com todas as suas possíveis consequências para este ou para seu objeto são sim campo da ética. 1. Conceito de ética Ética Moral Prática Teoria É muito comum que o ser humano busque se relacionar com pessoas de mesma formação e com afinidades sociais, financeiras e de diversas outras características que proporcionem o sentimento de identidade entre seus componentes. Os “grupos sociais” são a forma mais básica de associação humana. O que difere os grupos sociais dos chamados “agregados sociais” é justamente a forma de interação entre as pessoas, ou seja, uma multidão numa passeata corresponde a um agregado social e não necessariamente a um grupo social, visto que compartilham, de alguma forma, um ideal, uma curiosidade. 1.1 A ética na sociedade atual Grupo social Agregado social Fato Identidade Transitório Permanente Lei é toda regra jurídica, escrita ou não; aqui ela abrange os costumes e todas as normas formalmente produzidas pelo Estado, que servem para ligar os fatos ou os acontecimentos à ordem e à paz social. Semelhanças: a lei e a ética resultam de um caráter histórico e social que se orienta por valores próprios de uma determinada sociedade. Diferenças: ética é mais informal, enquanto a lei é formal, escrita e promulgada. A ética pode apresentar variações para um mesmo grupo, enquanto a lei é única para todos. A falta de ética pode gerar uma rejeição do grupo social, o descumprimento da lei gera obrigatoriamente uma penalidade. 1.1 A ética na sociedade atual Da mesma forma que pessoas com uma mesma identidade tendem a se organizar em um grupo social, profissionais com a mesma formação tendem a se organizar em um grupo profissional. Essas organizações podem refletir aspectos ou enfoques em um mesmo exercício profissional para discutir aspectos comuns à sua prática: 1.1 A ética na sociedade atual Sindicatos Associações Diretrizes sociais comuns Profissão Institutos Diretrizes de pesquisa ou filantropia Para o caso dos arquitetos e urbanistas: 1.1 A ética na sociedade atual FNA/Sindicato dos Arquitetos ABEA Diretrizes sociais comuns Profissão IAB Cultura arquitetônica e relações com a sociedade AsBEA ABAP Ensino Escritórios Arquitetos paisagistas Portanto: A ética deve ser vista como um estado permanente de reflexão e estudo das relações do indivíduo para com seus semelhantes e seu meio. A ética não se baseia unicamente em um código moral de relações. A ética pode ser tratada tanto para um objeto individual quanto em grupo. A ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade (VAZQUEZ, 2012, p.23). 1.1 A ética na sociedade atual A respeito da ética, é correto afirmar que: a) a ética se baseia unicamente em um código moral de relações. b) em um agregado social não existe ética. c) a ética é um manual de boa conduta e de soluções para situações concretas. d) a ética é a atitude moral tomada pelos homes na busca de soluções concretas para problemas concretos. e) a ética deve ser vista como um estado permanente de reflexão e estudo das relações do indivíduo para com seus semelhantes e seu meio. Interatividade A respeito da ética, é correto afirmar que: a) a ética se baseia unicamente em um código moral de relações. b) em um agregado social não existe ética. c) a ética é um manual de boa conduta e de soluções para situações concretas. d) a ética é a atitude moral tomada pelos homes na busca de soluções concretas para problemas concretos. e) a ética deve ser vista como um estado permanente de reflexão e estudo das relações do indivíduo para com seus semelhantes e seu meio. Resposta É a lei que regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo; cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR e os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal – CAUs; e dá outras providências. “[...] orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de arquitetura e urbanismo, zelar pela fiel observância dos princípios de ética e disciplina da classe em todo o território nacional, bem como pugnar pelo aperfeiçoamento do exercício da arquitetura e urbanismo.” (§ 1º do Art. 24º da Lei 12.378/2010) 2. Legislação profissional Os Conselhos regulamentam o exercício da profissão (por meio de Lei Federal) e têm a função de orientar, disciplinar e fiscalizar a aplicação da lei no exercício da profissão, enquanto os Sindicatos têm a função de “regulação das relações trabalhistas, empregadores e empregados. Qualquer empresa ou empregado deve, por força de lei, ser representado pelo sindicato da sua categoria econômica ou profissional, respectivamente”. Veja mais: <http://www.sinaenco.com.br/faq_sindical.asp#sthash.bBaZWfq1.dpuf> 2. Legislação profissional Atribuições profissionais: I. supervisão, coordenação, gestão e orientação técnica; II. coleta de dados, estudo, planejamento, projeto e especificação; III. estudo de viabilidade técnica e ambiental; IV. assistência técnica, assessoria e consultoria; V. direção de obras e de serviço técnico; VI. vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, auditoria e arbitragem; VII. desempenho de cargo e função técnica; 2. Legislação profissional VIII.treinamento, ensino, pesquisa e extensão universitária; IX. desenvolvimento, análise, experimentação, ensaio, padronização, mensuração e controle de qualidade; X. elaboração de orçamento; XI. produção e divulgação técnica especializada; XII. execução, fiscalização e condução de obra, instalação e serviço técnico. (Art. 2º da Lei 12.378/2010). Deve ficar claro que as atribuições profissionais são equivalentes aos verbos, pois indicam as possibilidades de ações que os profissionais podem exercer. 2. Legislação profissional São campos de atuação do arquiteto e urbanista previstos pela Lei: I. da Arquitetura e Urbanismo, concepção e execução de projetos; II. da Arquitetura de Interiores, concepção e execução de projetos de ambientes; III. da Arquitetura Paisagística, concepção e execução de projetos para espaços externos,livres e abertos, privados ou públicos, como parques e praças, considerados isoladamente ou em sistemas, dentro de várias escalas, inclusive a territorial; IV. do patrimônio histórico cultural e artístico, arquitetônico, urbanístico, paisagístico, monumentos, restauro, práticas de projeto e soluções tecnológicas para reutilização, reabilitação, reconstrução, preservação, conservação, restauro e valorização de edificações, conjuntos e cidades; 2. Legislação profissional V. do planejamento urbano e regional, planejamento físico-territorial, planos de intervenção no espaço urbano, metropolitano e regional fundamentados nos sistemas de infraestrutura, saneamento básico e ambiental, sistema viário, sinalização, tráfego e trânsito urbano e rural, acessibilidade, gestão territorial e ambiental, parcelamento do solo, loteamento, desmembramento, remembramento, arruamento, planejamento urbano, plano diretor, traçado de cidades, desenho urbano, sistema viário, tráfego e trânsito urbano e rural, inventário urbano e regional, assentamentos humanos e requalificação em áreas urbanas e rurais; 2. Legislação profissional VI. topografia, elaboração e interpretação de levantamentos topográficos cadastrais para a realização de projetos de arquitetura, de urbanismo e de paisagismo, fotointerpretação, leitura, interpretação e análise de dados e informações topográficas e sensoriamento remoto; VII. tecnologia e resistência dos materiais, dos elementos e produtos de construção, patologias e recuperações; VIII.dos sistemas construtivos e estruturais, estruturas, desenvolvimento de estruturas e aplicação tecnológica de estruturas; 2. Legislação profissional IX. de instalações e equipamentos referentes a Arquitetura e Urbanismo; X. do conforto ambiental, técnicas referentes ao estabelecimento de condições climáticas, acústicas, lumínicas e ergonômicas para a concepção, organização e construção dos espaços; XI. do meio ambiente, estudo e avaliação dos impactos ambientais, licenciamento ambiental, utilização racional dos recursos disponíveis e desenvolvimento sustentável. 2. Legislação profissional Deve ficar claro que as atribuições profissionais são equivalentes aos substantivos, pois indicam as tarefas que os profissionais podem exercer. Portanto, para saber exatamente o que um arquiteto e urbanista pode realizar em sua vida profissional, devemos somar uma atividade com um campo de atuação. Exemplo: Atividade: estudo de viabilidade técnica. Campo de atuação: Arquitetura e Urbanismo, concepção e execução de projetos. Atribuição: estudo de viabilidade técnica na concepção e execução de projetos de Arquitetura e Urbanismo. 2. Legislação profissional “Art. 5º Para uso do título de arquiteto e urbanista e para o exercício das atividades profissionais privativas correspondentes, é obrigatório o registro do profissional no CAU do Estado ou do Distrito Federal. Parágrafo único. O registro habilita o profissional a atuar em todo o território nacional. Art. 6º São requisitos para o registro: I. capacidade civil; e II. diploma de graduação em arquitetura e urbanismo, obtido em instituição de ensino superior oficialmente reconhecida pelo poder público.” “Art. 9º É facultada ao profissional e à pessoa jurídica que não estiver no exercício de suas atividades a interrupção de seu registro profissional no CAU por tempo indeterminado, desde que atenda as condições regulamentadas pelo CAU/BR.” 2. Legislação profissional Não faz parte do exercício profissional do arquiteto e urbanista: a) supervisão de projetos e obras de Arquitetura de Interiores. b) divulgação técnica especializada em tráfego e trânsito urbano e rural. c) projeto e especificação do conforto ambiental em edifícios comerciais. d) condução de obra de instalações e equipamentos referentes a Arquitetura e Urbanismo. e) coleta de dados para projetos de interiores de veículos automotores. Interatividade Não faz parte do exercício profissional do arquiteto e urbanista: a) supervisão de projetos e obras de Arquitetura de Interiores. b) divulgação técnica especializada em tráfego e trânsito urbano e rural. c) projeto e especificação do conforto ambiental em edifícios comerciais. d) condução de obra de instalações e equipamentos referentes a Arquitetura e Urbanismo. e) coleta de dados para projetos de interiores de veículos automotores. Resposta Por definição: as resoluções são atos administrativos normativos que partem de autoridades superiores, mas não do chefe do executivo, através das quais disciplinam matéria de sua competência específica. Portanto, no ambiente a que se destinam, têm o valor e o peso iguais aos de uma lei. Resoluções do CAU/BR servem como diretrizes a serem observadas no melhor exercício da Arquitetura e do Urbanismo no Brasil. 2. Legislação Profissional – 2: Resoluções – CAU/BR Os arquitetos e urbanistas constituem categoria uniprofissional, de formação generalista, sujeitos a registro no Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Unidade da Federação (CAU/UF) do local do seu domicílio, cujas atividades, atribuições e campos de atuação previstos na Lei n° 12.378, de 2010, são disciplinados pela presente Resolução. Arquitetura e urbanismo. A resolução ratifica os aspectos da atribuição profissional presentes no artigo segundo da Lei 12.378 e anexa uma tabela que descreve e enumera todo o detalhamento das possíveis atribuições. 2.2. Resolução 21 – CAU/BR – Atribuições Profissionais do Arquiteto e Urbanista O que é a Resolução 51 – CAU/BR? É a resolução do conselho que dispõe sobre as áreas de atuação privativas dos arquitetos e urbanistas e as áreas de atuação compartilhadas com outras profissões regulamentadas, e dá outras providências. Quais são as principais áreas de atuação privativas dos arquitetos e urbanistas? a) Arquitetura e urbanismo. b) Arquitetura de interiores. c) Patrimônio histórico cultural e artístico. d) Planejamento urbano e regional. e) Conforto ambiental. 2.3. Resolução 51 – CAU/BR – Áreas Privativas de Atuação dos Arquitetos e Urbanistas Na Resolução 51, o Conselho apresenta as atividades em cada uma destas áreas privativas de atuação dos arquitetos, tais como levantamento, projeto, detalhamento, relatórios técnicos, entre outras. A presente resolução veio para complementar o artigo das áreas de atuação, já descrito na Lei 12.378/10 – Lei do CAU/BR (Artigo 2° da Lei 12.378/10). 2.3. Resolução 51 – CAU/BR – Áreas Privativas de Atuação dos Arquitetos e Urbanistas Art. 1° A elaboração de projetos, a execução de obras e a prestação de quaisquer serviços profissionais por arquitetos e urbanistas, que envolvam competência privativa ou atuação compartilhada com outras profissões regulamentadas, ficam sujeitas ao Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) nos termos desta Resolução. Art. 2° O Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) substitui, em conformidade com a Lei n° 12.378, de 2010, em relação aos contratos firmados por arquitetos e urbanistas ou por pessoas jurídicas com finalidade social nas áreas de Arquitetura e Urbanismo, a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de que trata a Lei n° 6.496, de 7 de dezembro de 1977. 2.4. Registro de Responsabilidade Técnica (Resolução nº 17, de 02/03/2012) “Art. 12. O acervo técnico constitui propriedade do profissional arquiteto e urbanista e é composto por todas as atividades por ele desenvolvidas, conforme discriminado nos arts. 2º e 3º, resguardando-se a legislação do Direito Autoral. Art. 13. Para fins de comprovação de autoria ou de participação e de formação de acervo técnico, o arquiteto e urbanista deverá registrar seus projetos e demais trabalhos técnicos ou de criação no CAU do ente da Federação onde atue.” RRT – Registro de Responsabilidade Técnica Dados da RRT: responsável; número CAU; dados docliente; dados da obra; serviço prestado. 2.5 Certidão de Acervo Técnico (Resolução nº 24, de 06/06/2012) Modelo de RRT 2.5 Certidão de Acervo Técnico (Resolução nº 24, de 06/06/2012) Fonte: imagem cedida. O que é a Resolução 52 – CAU/BR? É a resolução do conselho que aprova o Código de Ética e Disciplina do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR). As normas do Código de Ética são estruturadas em hierarquia com três classes: princípios são as normas de maior abrangência, cujo caráter teórico abstrato referencia agrupamentos de normas subordinadas; regras são derivadas dos princípios e devem ser seguidas; a sua desobediência será considerada infração; recomendações – a não observância gera apenas sanções disciplinares. 2.6 Resolução 52 – CAU/BR – Código de Ética (06/09/13) O arquiteto deverá observar os princípios, as regras e as recomendações em sua atuação profissional. O Conselho separa estas normas em: disposições gerais, isto é, normas de caráter geral para a profissão; obrigações para com o direito público, isto é, normas que se aplicam especificamente com o direto público; obrigações para com o contratante, isto é, normas que disciplinam a relação com o cliente; obrigações com a profissão, isto é, normas com relação à arquitetura e urbanismo; obrigações para com os colegas, isto é, normas de relacionamento com outros arquitetos; obrigações para com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo, isto é, normas para com o CAU. 2.6 Resolução 52 – CAU/BR – Código de Ética (06/09/13) Qual a função da RRT? a) Documento para aprovação de projeto. b) Número de registro de pessoa física no CAU. c) Registro de sociedade no CAU. d) Comprovação de autoria de determinado projeto. e) Taxa de conselho. Interatividade Qual a função da RRT? a) Documento para aprovação de projeto. b) Número de registro de pessoa física no CAU. c) Registro de sociedade no CAU. d) Comprovação de autoria de determinado projeto. e) Taxa de conselho. Resposta É a NBR que fixa as condições exigíveis para a elaboração de projetos de arquitetura para construção de edificações. Ela é aplicável para todas as classes de edificação (exemplos: habitacional, educacional, cultural etc.). II. Definições: a norma define cada um dos objetos do projeto de arquitetura, instalações, estrutura, jardins, parques e outros. III. Etapas do projeto de arquitetura: a) levantamento de dados para arquitetura (LV-ARQ); b) programa de necessidades de arquitetura (PN-ARQ); c) estudo de viabilidade de arquitetura (EV-ARQ); d) estudo preliminar de arquitetura (EP-ARQ); 3. NBR 13.532/95 e) anteprojeto de arquitetura (AP-ARQ) ou de pré-executivo (PR-ARQ); f) projeto legal de arquitetura (PL-ARQ); g) projeto básico de arquitetura (PB-ARQ) (opcional); h) projeto para execução de arquitetura (PE-ARQ). IV. Execução das etapas de projeto: A elaboração de cada etapa deve ser dada por: informações de referência a utilizar; informações técnicas a produzir; documentos técnicos a apresentar, podendo ser estes produtos: desenhos, textos (memoriais, relatórios, relações e listagens), planilhas e tabelas, fluxogramas e cronogramas, fotografias, maquetes e outros meios. 3. NBR 13.532/95 V. Informações técnicas a produzir por etapa: a norma define cada um dos objetos do projeto de arquitetura, instalações, estrutura, jardins, parques e outros. Apresenta o que é o escopo, isto é, todos os produtos a serem entregues em cada uma das etapas listadas no item III (levantamento de dado, programa de necessidades e os demais). VI. Da contratação: esta norma poderá ser aplicada, integral ou parcialmente, dependendo do tipo de projeto, complexidade da edificação, materiais e técnicas construtivas. Isso deverá ser objeto de contrato específico entre as partes interessadas. 3. NBR 13.532/95 O que é uma NR? É uma Norma Regulamentadora que fornece procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e medicina do trabalho. São revistas periodicamente pelo Ministério do Trabalho. É a NR que estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção. Qual a importância da NR 18? A manutenção das condições de saúde e de segurança no ambiente de execução de obras de edificações. 4. NR 18 Comunicação prévia: é obrigatória a comunicação à Delegacia Regional do Trabalho antes do início das atividades. Informações como número de funcionários, endereço da obra, tipo de obra, data de início e término, entre outras. O que é PCMAT: é o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na indústria da construção, que deverá ser elaborado para obras com mais de 20 funcionários. Canteiro de obras – áreas de vivência (deverão possuir): instalações sanitárias, vestiário, alojamento, local de refeições, cozinha, quando houver preparo de refeições, lavanderia, área de lazer, ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou mais trabalhadores. 4.1 Comunicação prévia da obra, PCMAT e canteiros de obras Cada módulo deve possuir área de ventilação natural, efetiva, de no mínimo 15% (quinze por cento) da área do piso em duas aberturas para ventilação adequada; garantir condições de conforto térmico; possuir pé-direito mínimo de 2,40 m; garantir os requisitos mínimos de conforto e higiene; possuir proteção contra riscos de choque elétrico por contatos indiretos, além do aterramento elétrico. A instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de 1 (uma) unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração (deverá obedecer o disposto no código de obras do município em questão) e situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um deslocamento superior a 150 (cento e cinquenta) metros do posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios. 4.1 Projeto de canteiro de obras As instalações sanitárias devem ser constituídas de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de 1 (uma) unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração (deverá obedecer o disposto no código de obras do município em questão) e situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um deslocamento superior a 150 (cento e cinquenta) metros do posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios. 4.1 Projeto de canteiro de obras Em caso de obras com alojamento, outras disposições deverão ser atendidas para garantir a segurança e qualidade de vivência do espaço de habitação provisório. É obrigatória a existência de local adequado para refeições no canteiro de obras, conforme as premissas dadas na NR 18 ou código de obras do município (sempre o mais restritivo). É obrigatória a existência de local para aquecimento de refeições, independentemente da existência de cozinha no canteiro de obras. É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, seja em forma de bebedouro ou equipamento equivalente. 4.1 Projeto de canteiro de obras A partir do item 18.5 serão detalhadas as questões executivas para cada um dos itens, com a finalidade de garantir a segurança das pessoas envolvidas e a boa execução: de estruturas, alvenarias, acabamentos, entre outros itens de execução de uma obra. Finaliza a NR uma série de disposições finais e transitórias, além de um grande glossário de termos comuns nas obras de construção civil. 4.1 Questões executivas Qual a importância da NR18? a) Normatização sobre autoria de projetos e como emitir a RRT. b) Normatização dos projetos de arquitetura. c) Regulamenta o exercício da profissão de arquitetura e urbanismo. d) Separação entre conselho e sindicato. e) A manutenção das condições de saúde e de segurança no ambiente de execução de obras de edificações. Interatividade Qual a importância da NR 18? a) Normatização sobre autoria de projetos e como emitir a RRT. b) Normatização dos projetos de arquitetura. c) Regulamenta o exercício da profissão de arquitetura e urbanismo. d) Separação entre conselho e sindicato. e) A manutenção das condições de saúde e de segurança no ambiente de execução de obras de edificações. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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