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Conjunções e Coesão Textual

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Etapa Ensino Fundamental
Anos Finais
8º ANO
Aula 21 – 3º Bimestre
Língua Portuguesa 
Conjunções
Parte 2
Conteúdo
Objetivos
Conjunções.
Identificar as conjunções e a relação que estabelecem entre partes de um texto;
Aprender a utilizar as conjunções, para garantir a coesão textual.
EF08LP03B - Utilizar articuladores de coesão que marquem relações de oposição, exemplificação, ênfase.
Você já pensou em qual a função de uma ponte? Elas servem para unir, para conectar dois pontos separados por alguma condição natural. Sem elas, não seria possível a união entre alguns lugares.
Nos textos, também temos elementos que servem como conexão entre os termos ou orações. Nesta aula, daremos continuidade ao estudo das conjunções.
Para começar
Disponível em: https://br.freepik.com/vetores-gratis/paisagem-de-verao-com-montanhas-e-ponte-pensil-acima-do-precipicio-entre-falesias_38021046.htm#query=ponte%20ilustra%C3%A7%C3%A3o&position=46&from_view=search&track=ais. Acesso em: 06 Jul. 2023.
Foco no conteúdo
De repente, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se, apanhá-la e guardá-la foi obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um homem que estava à porta de uma loja, e que, sem o conhecer, lhe disse rindo:
- Olhe, se não dá por ela; perdia-a de uma vez.
- É verdade, concordou Honório envergonhado.
[...]
A dívida não parece grande para um homem da posição de Honório, que advoga; mas todas as quantias são grandes ou pequenas, segundo as circunstâncias, e as dele não podiam ser piores. [...]
Leiam o trecho do conto A carteira, de Machado de Assis, para compreendermos melhor a função das conjunções nos textos e as relações que elas estabelecem.
Foco no conteúdo
- Tu agora vais bem, não? dizia-lhe ultimamente o Gustavo C..., advogado e familiar da casa.
- Agora vou, mentiu o Honório. 
[...]
Quando o Gustavo, que ia todas as noites à casa dele, dizia uma ou duas pilhérias, ele respondia com três e quatro; e depois ia ouvir os trechos de música alemã, que D. Amélia tocava muito bem ao piano [...].
Estava com trinta e quatro anos; era o princípio da carreira: todos os princípios são difíceis. E toca a trabalhar, a esperar, a gastar, pedir fiado ou emprestado, para pagar mal, e as más horas.
Foco no conteúdo
Eram cinco horas da tarde. Tinha-se lembrado de ir a um agiota, mas voltou sem ousar pedir nada. Ao enfiar pela Rua da Assembleia é que viu a carteira no chão, apanhou-a, meteu no bolso, e foi andando.
Durante os primeiros minutos, Honório não pensou nada; foi andando, andando, andando, até o Largo da Carioca. No Largo parou alguns instantes, - enfiou depois pela Rua da Carioca, mas voltou logo, e entrou na Rua Uruguaiana. Sem saber como, achou-se daí a pouco no Largo de S. Francisco de Paula; e ainda, sem saber como, entrou em um Café. [...]
Tirou-a do bolso, finalmente, mas com medo, quase às escondidas; abriu-a, e ficou trêmulo. [...]
Mas daí a pouco tirou-a outra vez, e abriu-a, com vontade de contar o dinheiro. Contar para quê? era dele? Afinal venceu-se e contou: eram setecentos e trinta mil-réis. Honório teve um calafrio. [...] Tratou de ver se havia na carteira algum sinal.
Foco no conteúdo
"Se houver um nome, uma indicação qualquer, não posso utilizar-me do dinheiro", pensou ele.
Esquadrinhou os bolsos da carteira. Achou cartas, que não abriu, bilhetinhos dobrados, que não leu, e por fim um cartão de visita; leu o nome; era do Gustavo. Mas então, a carteira?... Examinou-a por fora, e pareceu-lhe efetivamente do amigo. Voltou ao interior; achou mais dois cartões, mais três, mais cinco. Não havia dúvida; era dele. [...]
Chegando à casa, já ali achou o Gustavo, um pouco preocupado, e a própria D. Amélia o parecia também. Entrou rindo, e perguntou ao amigo se lhe faltava alguma cousa.
 - Nada.
 - Nada?
 - Por quê?
 - Mete a mão no bolso; não te falta nada?
Foco no conteúdo
- Falta-me a carteira, disse o Gustavo sem meter a mão no bolso. Sabes se alguém a achou?
- Achei-a eu, disse Honório entregando-lha.
Gustavo pegou dela precipitadamente, e olhou desconfiado para o amigo. Honório deu duas voltas, e foi mudar de toilette para o jantar. Então Gustavo sacou novamente a carteira, abriu-a, foi a um dos bolsos, tirou um dos bilhetinhos, que o outro não quis abrir nem ler, e estendeu-o a D. Amélia, que, ansiosa e trêmula, rasgou-o em trinta mil pedaços: era um bilhetinho de amor. [...]
Vocabulário:
Pilhéria: gozação, gracejo.
Agiota: indivíduo que empresta dinheiro para outra pessoa de modo ilegal, geralmente com juros abusivos.
Esquadrinhou: verificou.
Toillete: banheiro, lugar de trocar de roupas. Pelo contexto, “foi mudar de toilette para o jantar”, se aproxima de “foi mudar de roupa para jantar”.
Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=16915>. Acesso em: 28 jul. 2023. (adaptado)
1. No fragmento “E toca a trabalhar, a esperar, a gastar, pedir fiado ou emprestado, para pagar mal, e as más horas”, a oração em destaque exprime a ideia de
comparação.
alternativa.
proporção.
tempo.
Na prática
1. No fragmento “E toca a trabalhar, a esperar, a gastar, pedir fiado ou emprestado, para pagar mal, e as más horas”, a oração em destaque exprime a ideia de
comparação.
alternativa.
proporção.
tempo.
Correção
Na prática
2. Analisem o período: ”Quando o Gustavo, que ia todas as noites à casa dele, dizia uma ou duas pilhérias, ele respondia com três e quatro; e depois ia ouvir os trechos de música alemã”. A palavra destacada produz a ideia de
tempo.
conformidade.
causa.
finalidade.
Na prática
2. Analisem o período: ”Quando o Gustavo, que ia todas as noites à casa dele, dizia uma ou duas pilhérias, ele respondia com três e quatro; e depois ia ouvir os trechos de música alemã”. A palavra destacada produz a ideia de
tempo.
conformidade.
causa.
finalidade.
Correção
Na prática
3. As conjunções coordenativas desempenham a função de conectar duas orações independentes, que são as orações coordenadas. A alternativa que não contém esse tipo de conjunção é
(...) Honório olhou para o chão e viu uma carteira. (...)
(...) Tinha-se lembrado de ir a um agiota, mas voltou sem ousar pedir nada. (...)
E toca a trabalhar, (...) pedir fiado ou emprestado.
(...) achou mais dois cartões, mais três, mais cinco (...)
Na prática
3. As conjunções coordenativas desempenham a função de conectar duas orações independentes, que são as orações coordenadas. A alternativa que não contém esse tipo de conjunção é
(...) Honório olhou para o chão e viu uma carteira. (...)
(...) Tinha-se lembrado de ir a um agiota, mas voltou sem ousar pedir nada. (...)
E toca a trabalhar, (...) pedir fiado ou emprestado.
(...) achou mais dois cartões, mais três, mais cinco (...)
Correção
Na prática
1. “Gastos de família excessivos, a princípio por servir a parentes, e depois por agradar à mulher, que vivia aborrecida da solidão”. 
2. “Tinha-se lembrado de ir a um agiota, mas voltou sem ousar pedir nada” 
3. “Não podia ficar com o dinheiro, sem praticar um ato ilícito, e, naquele caso, doloroso ao seu coração porque era em dano de um amigo.”
Observem os termos em destaque nos trechos abaixo, do conto A carteira, de Machado de Assis. Com base nos conhecimentos adquiridos na aula de hoje e nas anteriores, analisem na lista ao lado, por qual outra conjunção ou locução conjuntiva cada uma poderia ser substituída, sem alterar o sentido.
assim - que - mas também
mas – pois - ou 
porém – porque – nem 
 ou – já que – a não ser que
Aplicando
1. “Gastos de família excessivos, a princípio por servir a parentes, e depois por agradar à mulher, que vivia aborrecida da solidão”. 
2. “Tinha-se lembrado de ir a um agiota, mas voltou sem ousar pedir nada” 
3. “Não podia ficar com o dinheiro, sem praticar um ato ilícito, e, naquele caso, doloroso ao seu coração porque era em dano de um amigo.”
assim - que – mas também
mas – pois - portanto 
porém – porque – nem 
 ou – já que – a não ser que
Correção
Observemos termos em destaque nos trechos abaixo, do conto A carteira, de Machado de Assis. Com base nos conhecimentos adquiridos na aula de hoje e nas anteriores, analisem na lista ao lado, por qual outra conjunção ou locução conjuntiva cada uma poderia ser substituída, sem alterar o sentido.
Aplicando
Identificamos as conjunções e a relação que estabelecem entre partes de um texto;
Aprendemos a utilizar as conjunções, para garantir a coesão textual.
O que aprendemos hoje?
Tarefa SP
Localizador: 99115
Professor, para visualizar a tarefa da aula, acesse com seu login: tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br
Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”.
Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”.
Copie o localizador acima e cole no campo de busca.
Clique em “Procurar”. 
Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/
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LEMOV, Doug. Aula nota 10. 62 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Tradução Marcelo de Abreu Almeida, Sandra Maria Mallmann da Rosa. 2. ed. Porto Alegre: Penso, 2018.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo em ação – Língua Portuguesa. Volume 1 – 8º ano. São Paulo, 2022. 
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo paulista do ensino fundamental. São Paulo, 2019. ABAURRE, Maria Luiza M.; PONTARA, Marcela. Gramática texto e construção de sentido. São Paulo: Moderna, 2006.
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995.
Referências
Lista de imagens e vídeos
Slide 3: Imagem 1 - Disponível em: https://br.freepik.com/vetores-gratis/paisagem-de-verao-com-montanhas-e-ponte-pensil-acima-do-precipicio-entre-falesias_38021046.htm#query=ponte%20ilustra%C3%A7%C3%A3o&position=46&from_view=search&track=ais. Acesso em: 06 Jul. 2023.
Referências
Material 
Digital

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