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Qual sua interpretação do desenho? A figura mostra um homem, sem olhos, sem mãos, sem pés, desajeitado, desengonçado, com pouca ou nenhuma feição facial, e, como não citar, está sozinho. Além disso, se o leitor observar irá notar que contém apenas duas cores, branco e preto, que representam o sentido literário das coisas no mundo autista, ou é, ou não é, o sim e o não, ou seja, o mundo sem metáforas. Agradecimentos: A revisora Anna Avellar, que além disso me tolera com toda a paciência do mundo em suportar um autista clássico, a minha mãe e filha Nicole Rugenski, também. Um livro escrito por um autista PhD em ciências, na qual o relato em terceira pessoa pode ser estranho, pode ser surreal, mas de qualquer forma ele é bem real. Autismo Adulto, quando nos descobrimos. Ser diferente e não se reconhecer. A pessoa com autismo, que não fora identificado quando criança, e assim não sabe das suas limitações comportamentais, de compreensão sem ser o literal, e do reconhecimento dos sinais em sua plenitude, tem uma vida conturbada e muitas vezes sem entender os significados, pode cometer erros, destratar as pessoas, sem siquer perceber. Uma maneira prática para o diagnóstico é procurar ajuda médica e psicológica, de especialistas em autismo. No entanto, um teste simples, na qual o autista ainda não diagnosticado efetivamente pode fazer, é tentar montar um pequeno jogo de quebra cabeças para idades de 3 a 7 anos. Caso não consiga finalizar o jogo, não custa nada procurar um especialista. Independente do prazo, num determinado momento do teste, o autista pode ser que literalmente trave, e não consiga mais finalizar a montagem. Isso pode ocorrer quando as figuras a serem montadas são pequenas e com grande quantidade de informação, extremamente coloridas, por exemplo. Outro teste muito interessante é tentar reconhecer as sutis diferenças de fisionomia em uma pessoa. Como observado na Figura Abaixo (Figura I) Figura I. Teste de fisionomias desenvolvido pelo Massachusetts Institute of Technology, nos Estados Unidos da América (PHILIPPE G. SCHYNS, AUDE OLIVA, 1998). (http://cvcl.mit.edu/hybrid_gallery/smile_angry.html) Outros testes podem ser encontrados na internet, como da Figura I, como exemplo as contidas no site: http://www.dogonews.com/2015/4/7/marilyn-or- einstein-take-this-fun-eye-test-devised-by-mit-researchers A complexidade do diagnóstico do autismo é relativamente simples, na criança, usando se a definição de Leo Kanner publicada nos USA em 1943. Asperger, no entanto, apesar de conhecedor do trabalho de Kanner, descobriu outras características no autismo, mesmo durante o período da segunda guerra, quando trabalhou em Viena para a Alemanha Nazista. Kanner foi aplicado a crianças e adultos menos verbais, com deficiencias cognitivas e menos interativas socialmente. No entanto, Asperger via as vezes a genialidade por trás de algumas crianças autistas. Esse autismo de alta funcionalidade só foi realmente descrita por Asperger, ao longo dos seus estudos. Há um livro “As crianças de Asperger, as origens do autismo na Viena Nazista”, é um livro importante a ser lido, porém a descrição dos fatos as vezes são chocantes, sendo utilizado palavras como o DESCARTE de crianças. Porem, a história da descoberta de uma doença nem sempre é por vias floridas, e deixamos a história se incumbir do seu julgamento. O fato é que o trabalho de Asperger não pode ser descartado e veremos ao longo do livro a sua importancia, na classificação metódica e de características científicas rígidas ao seu estudo. Vemos que até no nosso milênio ainda há pessoas adultas autistas que não sabem da sua doença, e são pessoas que como não tem a alma social o gemüt . A alma social é a capacidade das pessoas se relacionarem e contribuírem para aquele nicho social se desenvolver. http://cvcl.mit.edu/hybrid_gallery/smile_angry.html http://www.dogonews.com/2015/4/7/marilyn-or-einstein-take-this-fun-eye-test-devised-by-mit-researchers Tambem não entraremos no mérito de alguns pais serem contra ao termo DOENÇA, o fato é que pela a OMS se trata realmente de uma doença, e eu que sou autista Asperger, considero que alguns problemas meus, como me desconectar da realidade e ir para um mundo imaginário, seja ele, uma discussão ocorrida, que eu não consigo esquecer, e tento criar soluções melhores daquelas que ocorreram de fato. Este estado imaginário é certo psicótico, e o médico famoso Asperger sempre estudou essa característica no autista, como podemos a princípio informar, o caráter, a dupla personalidade, entre outros. E ocorre em todas as etapas da vida, seja infância, juventude, adulta e senil. O autismo é considerado uma doença e apresenta classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (também conhecida como Classificação Internacional de Doenças – CID 10) essa classificação é publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e visa padronizar a codificação de doenças e outros problemas relacionados à saúde O CID 10 – F84 engloba os seguintes transtornos: F84 - Transtornos globais do desenvolvimento CID 10 - F84 Transtornos globais do desenvolvimento CID 10 - F84.0 Autismo infantil CID 10 - F84.1 Autismo atípico CID 10 - F84.2 Síndrome de Rett CID 10 - F84.3 Outro transtorno desintegrativo da infância CID 10 - F84.4 Transtorno com hipercinesia associada a retardo mental e a movimentos estereotipados CID 10 - F84.5 Síndrome de Asperger CID 10 - F84.8 Outros transtornos globais do desenvolvimento CID 10 - F84.9 Transtornos globais não especificados do desenvolvimento http://www.medicinanet.com.br/cid10/5525/f840_autismo_infantil.htm http://www.medicinanet.com.br/cid10/5526/f841_autismo_atipico.htm http://www.medicinanet.com.br/cid10/5527/f842_sindrome_de_rett.htm http://www.medicinanet.com.br/cid10/5528/f843_outro_transtorno_desintegrativo_da_infancia.htm http://www.medicinanet.com.br/cid10/5529/f844_transtorno_com_hipercinesia_associada_a_retardo_mental_e_a_movimentos_estereotipados.htm http://www.medicinanet.com.br/cid10/5530/f845_sindrome_de_asperger.htm http://www.medicinanet.com.br/cid10/5531/f848_outros_transtornos_globais_do_desenvolvimento.htm http://www.medicinanet.com.br/cid10/5532/f849_transtornos_globais_nao_especificados_do_desenvolvimento.htm CID XI . O Asperger o antes denominado CID X F84.5 está entre o CID XI 6 A02.2 & 6 A02.3 CID XI Referente ao autismo, continuação. O autismo tem diversos níveis, e não podemos simplesmente classificá-lo como um caso clássico, aquele dito de baixa funcionalidade. Caracterizada por problemas com a comunicação, interação social e comportamentos repetitivos severos. O autismo clássico é tipicamente diagnosticado antes dos três anos. O autismo clássico pode variar de leve ou de alto funcionamento, a grave ou de baixo funcionamento. Autismo de alto funcionamento envolve sintomas como competências linguísticas em atraso ou não funcional, comprometendo o desenvolvimento social, ou a falta da capacidade de “role play” com os brinquedos, e fazer outras atividades lúdicas que as crianças imaginativas neurotípicas fazem. No entanto, as pessoas com autismo, de alto funcionamento tem um QI na faixa normal ou alta, e podem exibir nenhum dos comportamentos compulsivos ou auto-destrutivos, psicótico, e podem ser vistos como autismo de baixo funcionamento. (http://ateac.org.br/tipos-de-autismo/) Autismo de baixo funcionamento é um caso mais grave da doença. Os sintomas do autismo são profundos e envolvem déficits graves em habilidades de comunicação, habilidades sociais pobres, e movimentos repetitivos estereotipados. Geralmente, o autismo de baixo funcionamento está associado com um QI abaixo da média. Mas não significa que todos terão baixo QI, pelo contrário, as vezes pessoas muito inteligentes não conseguem ir bem nos testes de QI, e são sim, muito inteligentes. Além dessas classificações no que tange o espectro autista temos a síndromede Rett que tem origem na mutação genética do gene MECP2 (USP, http://genoma.ib.usp.br/pt-br/servicos/consultas-e-testes-geneticos/doencas- atendidas/sindrome-de-rett), ligado ao cromosso X, e Asperger. Outras denominações como transtorno invasivo do desenvolvimento, transtorno desintegrativo da infância também são classificadas como de espectro autista. A síndrome de Asperger, um nome atualmente em desuso, é uma síndrome do espectro autista. Hoje é considerado um autismo de alto funcionamento, podemos até nos arriscar em dizer de altíssima funcionalidade. Alguns gênios da nossa civilização se enquadram nessa síndrome, através de correlação direta dos seus http://ateac.org.br/tipos-de-autismo/ file:///tmp/calibre_4.99.5_tmp_1su7yieo/sh9buil7_pdf_out/XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX comportamentos sociais. Bill Gates, um dos criadores da Microsoft, apresenta quadro clínico da síndrome de Asperger. Mas pode ser também que não seja, no entanto sua genialidade é inquestionável, e de que anda olhando para o chão, que tem hábitos rígidos, como caminhar, e sempre ler livros, e ter pouco contato visual com as pessoas, serem características Aspies. O autismo de alto funcionamento e o Asperger são praticamente similares, porem existe uma única diferença, a criança com o autismo apresenta dificuldade no inicio do aprendizado, assim é possível que a criança na idade da pré-escola tenha dificuldades no aprendizado. Dificuldades em decorar e compreender vogais e consoantes, bem como o de decorar o Abecedário, pode ser umas das características. No entanto, sempre terá facilidade com números. Este tipo de autismo de alto funcionamento (Asperger) tem algumas características distintas, incluindo excepcionais habilidades verbais, problemas com o jogo simbólico, problemas com habilidades sociais, desafios que envolvam o desenvolvimento da motricidade fina e grossa, e intenso, ou mesmo obsessivos interesses especiais. (http://ateac.org.br/tipos-de-autismo/) O quadro clínico da síndrome de Asperger possui uma classificação complexa. A mesma faixa de espectro autista pode ter indivíduos muito dispersos de uma média consensual. Há indivíduos que conseguem decorar números na memória com mais de 7 dígitos, enquanto que outros conseguem decorar apenas 3. Não que, quem consiga decorar poucos dígitos seja incapaz de decorar mais números, mas por que, não teve ânimo de decora-lo, pois não vislumbrou um objetivo claro na sua vida, naquele momento em que foi instigado a decorar, ou mesmo a fazer o teste de QI, e essa condição ultrapassa o próprio querer. Os grandes gênios da humanidade surgem das interpretações simples, para soluções, aquelas que muitas vezes estão lá, mas ninguém consegue ver um significado, uma interpretação. Um fenômeno físico, como a simples condução da corrente elétrica por um fio, levando em consideração a tensão e correntes aplicadas, é descrita pela lei de Ohm, que é uma formulação simples criada por George Simon Ohm. Não que Ohm tenha sido autista, mas bem que poderia ter sido, e morreu sem saber. http://ateac.org.br/tipos-de-autismo/ Outro caso típico, e esse sim confirmado como um caso de autismo foi o do cientista Henry Cavendish (1731-1810) que apresentava fobia social, e em sua privacidade criou um elaborado sistema de rituais, com até mesmo a presença de caixas de cartas, e portas duplas dentro de sua própria casa. Cavendish foi um brilhante cientista, o primeiro a descobrir que a água não era um elemento simples, mas sim composto por átomos de hidrogênio e oxigênio, formando assim moléculas, e essas moléculas ligadas umas as outras. Ele também descobriu, mas foi negligenciado pelas descobertas de dois princípios fundamentais da eletricidade, a Lei de Coulomb’s e a Lei de Ohm. (PHIL BARKER, 2008) A necessidade de escrever um texto, num sentido mais simplificado da vida, sem que depois tenha obrigação de corrigí-lo em papel, passando corretor de tinta, quanto aos erros de datilografia, como ocorria antes do advento do editor Word da Microsoft. Foi algo mágico, criado por um autista. Os textos até então, feitos ate meados da década de 70, eram realizados através do uso da máquina de escrever, e da necessidade de corrigir intensivamente um texto, alguém criou uma maneira mais rápida e eficaz, escrever através de dígitos, corrigi-los, e só depois imprimi- los em papel. O próprio Albert Einstein apesar das formulações complexas, envolvidas na sua dedução da teoria da relatividade, chegou a uma solução simples, descrita por uma única fórmula que correlaciona energia e massa. Por correlação simples Einstein se enquadra num quadro clínico de espectro autista, mesmo não tendo sido feito exames clínicos e psicológicos dele em vida para se detectar a síndrome de Asperger. Porém sua vida privada quanto ao seu comportamento era complexo e notório. Einstein tinha problemas com relacionamentos, tinha dificuldade em trocar o estilo de roupa, e como não, o grande cientista também falhava em seus cálculos, erros considerados triviais eram observados, ou seja lapsos de atenção (algo comum em autistas). Uma frieza com respeito a família era visível, no entanto, sempre escrevia para eles. Uma relação de meia distancia pessoal e não somente um estado de frieza no carinho familiar envolvia o cientista. Para um autista pode ser mais fácil escrever do que falar, e ate mesmo, é mais fácil dizer certas coisas ao telefone. O autista tem dificuldade em consternar seus sentimentos explicitamente, apesar de amar alguém, ele não o diz explicitamente a pessoa. Evidentemente que com o tempo o cérebro autista aprende com as relações sociais e assim o dizer te amo, apesar de ser dito para a pessoa em referencia, é dita de forma mecânica, sem sentimento. Mas mesmo assim consegue passar a informação a terceiros. As pessoas classificadas como autista de “alta funcionalidade” (“asperger”) geralmente respondem com soluções simples, é ou não é, não existindo o meio termo, ou mesmo uma resposta metafórica, ou mesmo complexa, ele tenta resumir de forma o mais resumidamente possível. Assim, surgem os gênios, pessoas que criam modelos de realidade simplificados. Os gênios não criam coisas de tamanho complexo, por que se não, como as pessoas ditas normais entenderiam? E como elas se enquadrariam como gênios pela própria sociedade, caso contrário, seriam descritas como loucas, pois ninguém entende o que se dispôs a explicar. Os Arpergers ou Aspies, quando do quadro de autismo, e quando não descoberto na infância, apresentam seu diagnóstico falseado, pois ele como pessoa tenta entender os fenômenos do sentimento e criar soluções para as suas necessidades. A pessoa com o passar do tempo se sente normal, apesar de alguns falarem que é diferente, meio estranho, quieta, entre outros adjetivos e comportamentos ritualísticos. Muitas vezes o Asperger passa por arrogante, mal educado, grosseiro, a isso se deve ao seu comportamento extremante na sinceridade. Você mesmo, o autista, não se reconhece como tal, ignora essas falácias e leva para o lado pessoal quando da crítica, mesmo sendo uma crítica construtiva. As descrições realizadas pelas as outras pessoas blindam ainda mais o diagnóstico. Aliás, existe uma luta interna entre o eu interno, com o eu social da pessoa, com uma tendência de contornar assuntos que o levem ao seu próprio reconhecimento da doença. O autista não imagina que seja ele doente, mas que as pessoas ao seu redor muitas vezes sejam essas sim problemáticas e causadoras de brigas, discussões, etc. O autista por sua característica de ser extremamente sincero, muitas vezes magoa as pessoas, mesmo sem sentir, e mesmo tentando atenuar o seu ato. Um exemplo seria daquele que numa noite de natal, ao receber um presente, o autista olha e após ver realmente o que ganhou, e quando percebe que não gostou, ele mesmo tentando não ser indelicado diz OBRIGADO! Mas não consegue esconder sua fisionomia ao dizer com palavras, não imaginando que seu corpo através dos sinais do seu rosto, respondem de forma contraria as suas palavras.As outras pessoas o entendem, mas ele mesmo não. A dificuldade em entender situações e a fisionomias das pessoas é algo que pode gerar ações de risco para o autista, ou mesmo desconfortáveis. E como não, pode criar a perda de boas amizades, pelo simples fato do uso de uma frase mal colocada num contexto sem nexo. As dificuldades do autista em compreender os contextos é algo comum, mesmo ele ao ter aprendido a responder em certas ações, pois com o passar do tempo nosso cérebro aprende independente do ser autista, ou do ser normal. Por todo o exposto é evidente a necessidade do preciso diagnóstico através de funcionários Nas áreas de psicologia, psiquiatria, e fonoaudiologia. Bem como da procura por especialistas com experiência no transtorno, pois a procura de especialistas sem experiência em autismo pode levar ao diagnóstico errado. Como exemplo, pode mencionar a esquizofrenia, que apresenta em certos níveis característicos, de certa forma semelhante. Historicamente o próprio autismo foi classificado através da análise da psicose. Infância É estranho como um autista (Asperger) pode se lembrar de fatos ocorridos na infância e narrá-los, mesmo que os acontecimentos tenham ocorridos em idades de 3, 4 e 5 anos, da mesma forma que narra histórias contemporâneas. Imagens de locais, observados quando a pessoa tinha 3 anos de idade, que foram guardadas na memória do autista, e posteriormente ao revisitá-las, o mesmo local, anos depois (37 anos depois), o autista consegue descrever imagens antigas e comparar com a atual, podendo até mesmo citar como era antigamente, e conferir sua memórias visuais, com pessoas que sempre moraram nesses locais. Alguns fatos são mais marcantes do que outros, evidentemente, não podemos classificá-los como completamente normais. Há relatos de crianças que ouvem vozes, e essas vozes, geralmente de uma única pessoa, às vezes adulta, se confirmam como amigos virtuais. Em casos extremos a criança autista pode materializar até mesmo o seu amigo. Essa característica é muito parecida com a da esquizofrenia, porém são doenças distintas, e devemos comentar que geralmente a esquizofrenia surge na idade adolescente. Já o autismo surge muito mais cedo. Podemos mencionar que ambas doenças são inversamente proporcionais no tempo. Essas vozes que podem configurar um amigo oculto, imaginário, ajuda a pessoa autista quando da infância a superar seu isolamento social. Crianças de alta funcionalidade autista, os futuros “aspies” conseguem se relacionar com seus pais, porém existe uma limitação a contatos externos ao clã familiar. A escolha também do pai ou da mãe como mais agradável, um ou outro, também pode ocorrer. Essa característica a de favorecer um dos pais com mais atenção é recorrente. Filhos autistas podem ser mais frios com a mãe, por exemplo, e menos frios com o pai, e isso vai depender de como ele se identifica com um ou outro. A sua relação com os irmãos, também não é simples e fluente. Ciúmes e a pré indicação, na mente autista, de uma preferência por um dos irmãos pelos seus pais, que não ele próprio, pode culminar num maior isolamento. Com o tempo e ao crescer os irmãos perdem as ligações familiares, e o autista pode simplesmente não ter nenhum carinho com seus irmãos, podendo em algumas situações ignorá- los, não tendo a necessidade nem a vontade de conversar. Eles os autistas com a idade, assim raciocinam: não tenho nada a dizer. Ahh !! ... bom o fato é que simplesmente não há vontade de se comunicar, então não se comunicam. Essa característica pode até mesmo ocorrer ao proferir um bom dia para uma pessoa. O autista pode filosofar da necessidade de dar um bom dia a uma pessoa. E isso não pode ser compreendido como uma má criação, ou desleixo, ou ignorância. Geralmente a criança autista gosta de ficar em seu lugar, na hora de dormir. Prefere dormir com a porta aberta, devido aos seus medos infantis. O comer, o se alimentar, pode ocorrer em qualquer lugar, de preferencialmente quando pode, comer na frente da televisão o faz bem a vontade. Não há uma necessidade de comer à mesa. Alias, comer à mesa com todos juntos, é algo que pode ser desagradável à criança autista. O poder da televisão na escolha da atenção para uma criança autista é muito poderoso. Se os pais permitirem ela fica o dia inteiro assistindo TV. Outra ferramenta também não tão menos poderosa, é o controle remoto. A criança autista ao usar o controle remoto da TV, não distante da realidade, pode começar a trocar os canais de maneira compulsiva, até encontrar um programa televisivo interessante. Quais programas são mais interessantes para uma criança autista? Isso vai depender em muito da vontade dela, porém o range de escolhas pode ser diverso, desde programas científicos, documentários sobre história da humanidade, programas sobre biologia, química, chegando por final aos desenhos animados. No caso dos programas científicos a criança não tem bagagem para compreender as informações. No entanto, ela terá uma tendência de ter sua capacidade de atenção, ser completamente capturada por esses programas. Diríamos que o seu EU autista investigador, nasce ou toma corpo ao assistir esses programas, ou quando da realidade, vê com seus próprios olhos um evento instigante. O autismo de alta funcionalidade podemos dizer que é uma máquina de produzir cientistas, pesquisadores, filósofos, desde que seja vontade dela. Do contrario se for forçada, isso pode gerar graves crises emocionais, levando ao estágio de autoagressão ou agressão a terceiros. A criança autista tem problemas em se relacionar com outras crianças, portanto jogos coletivos não são algo que chame a atenção dela. Crianças normais gostam de estar juntas a outras crianças e gostam de brincar juntas, dando preferência a brincadeiras com bola, corridas, etc. O asperger não se relaciona com todas as crianças de um determinado grupo, ela irá escolher apenas algumas, se não uma, para brincar. Ela é seletiva e irá excluir pessoas mais populares aquelas que se envolvem com todas as outras. Quando convidado para brincar com outras crianças, por aquelas eleitas por eles, àquelas selecionadas, o asperger ficará deslocado e talvez deixe a brincadeira, e vá embora por não gostar, por se sentir minimizado, ou mesmo desprestigiado. Não é incomum que a criança asperger tenha dificuldades em decorar musicas, brincadeiras sociais, etc, e isso se deve única e exclusivamente ao seu interesse pessoal. Na escola apesar de ser inteligente, e nas aulas, é comum ver uma criança asperger olhar para o teto, ou para os lados, durante a aula do professor. Essa característica pode ser um importante índice de observação do professor para identificar os aspergers. Definitivamente sua atenção ao que esta sendo explicado, dependendo da matéria lecionada, pode ter um déficit de atenção ou não. Uma característica importante dentro do espectro do autismo de alta funcionalidade é o de ter dificuldade em aceitar que errou. Uma criança asperger pode ficar irritada, se outras pessoas disserem que errou, e que cometeu um engano. Geralmente os aspergers são classificados como pessoas difíceis e turronas, mesmo em idade adulta. E assim possuem dificuldade em aceitar erros. A dificuldade de interagir com outras pessoas e de manter a amizade social é uma característica clássica dessa síndrome. A criança autista quando briga com outra que era sua amiga, mesmo que por anos tenha convivido, simplesmente dentro do seu EU, apaga completamente a necessidade de amizade que ela tinha com a pessoa. Não obstante, a criança com a síndrome de asperger exclui de uma hora para a outra ate mesmo a saudade da pessoa após a briga, e nunca mais tentará reatar. Simplesmente houve o fim da relação e ponto final. Nesses casos, de ruptura das amizades após ocorrer uma briga, é finalizada com a troca da pessoa por uma nova amizade, que evidentemente terá inicio meio e fim. Assim, pode se observar que o asperger não é de totalmente antissocial, se não, como ele conseguiria trocar as pessoas de seu conviveu?Como conseguiria fazer novas amizades? O problema da troca está no tempo. Quanto tempo irá demorar a nova amizade? No inicio o autista se esconde, mostra um Eu que não é dele, um Eu que ele ao observar outras pessoas. Ele percebe o que encanta uma pessoa normal, o seduz, visando o ato de se relacionar com outra pessoa. Esse é um ponto perigoso para a síndrome, pois evoca uma patologia séria que é a dupla personalidade. E o perigo está no seu completo descontrole, em saber o real do imaginário. No entanto, com o tempo o Eu real do autista prevalece, e resulta assim, na perda da amizade. Uma mente complexa na qual as outras pessoas de seu convívio se sentem como objeto é real, mas a criança, ou mesmo o adulto, não consegue perceber esse seu comportamento, pois é de toda forma natural para ela. O sentimento de validade das relações pessoais é algo notório para autistas de alto funcionamento. Os animais de estimação são benéficos à socialização do autista. Ele o autista, aprende muito com os animais um pouco de carinho, o dar e o receber. As crianças muitas vezes se identificam tanto que assumem algumas linguagens dos próprios animais para se comunicar com elas. Como exemplo podemos citar, o fungar de um cachorro, o ficar de quatro, simulando ser um quadrúpede, e assim, se mostrar igual ao animal, para ser melhor reconhecido por este. A interação animal autista é algo que deve ser valorizado, porem, deve ser observado se o autista não irá maltratar o animal. Normalmente a relação entre eles é harmoniosa, e ajuda a melhorar o comportamento social do autista com as pessoas. A criança asperger sente que o animal de estimação é parte do seu clã familiar, e geralmente o protege, dá alimento, carinho, como também conversa com ele, usando a voz ou mesmo feições linguísticas do animal para se comunicar. Não é incomum que o asperger quando numa viagem, e ao ligar através do telefone para sua casa, peça para falar também com animal de estimação, se esse é um cachorro ou gato. É importante entender que o autista, anexa o animal doméstico como integrante da sua família, um irmão ou irmã. Esse fato, o de inserir um animal como membro da família, pode ser devido ao pequeno rol de amizades que o autista tem, e a sua necessidade de interagir diante do mundo. Talvez o asperger não seja exatamente autossuficiente, como ocorre com o autista de baixa funcionalidade, sendo o autossuficiente na maneira de ser o seu Eu, não das necessidades básicas que ele não consegue realizar. Além da baixa sociabilidade alguns fatores físicos geram desconforto na criança que tem essa síndrome, e em determinadas condições, poderá resultar numa manifestação não social da sua incapacidade de lidar com o ato, ou fato. Ao ser observado por pessoas ditas normais numa situação de desconforto, ou mesmo de stress, o autista pode ser visto através de um estereotipo. As pessoas julgam os atos das outras, e elas talvez não sabendo da condição de autismo num asperger, já que esta mascarada poderá concluir que a pessoa é esquisita, ruim, descompensada, etc. O autista geralmente não gosta de usar roupas apertadas, assim, roupas justas ao corpo, simplesmente não são vestidas. Essa condição já é observada quando na fase de criança, onde se nota que ele não usa roupas apertadas, dando preferência a roupas um ou dois números maiores. Outro fator, que pode ser também de não menos importância, é que as etiquetas das roupas, principalmente as das camisetas e camisas, incomodam de tal maneira o autista que ele irá até mesmo arranca-la com as mãos, ou dentes. As crianças autistas alem de escolherem roupas largas, podem também optarem por roupas que não estão na moda. Roupas démodé, na qual elas, se sintam confortáveis podem ser requisitadas ano após ano. Sua atenção também poderá ser capturada nas roupas coloridas, como laranja, vermelho, azul. Roupas que contenham contraste, como exemplo na cor azul e laranja, no mesmo item, poderão ser convidativos, ao autista. Roupas com cor básica também são aceitas. As roupas como o jeans poderá ser abdicado ao uso diário, ou mesmo excluído do rol de possibilidades, como vestimenta, por ser composto de material menos maleável e que engessa os movimentos. Os problemas não ficam apenas na esfera das roupas, mas também com o excesso de luz em ambientes, a luminosidade o irrita, ou mesmo cria nele, um estado de desconforto. Ele irá preferir locais com luminosidade baixa, ou mesmo, a penumbra. Caso ele tenha o controle do ambiente, fatalmente irá pedir para desligar a luz, ou mesmo, ele fará a ação desligando-a, e irá manter como exemplo apenas a luminosidade da televisão. Além disso, a criança geralmente pode ter uma maior irritabilidade a determinados sons. O asperger pode às vezes ouvir ruídos agudos de até 4dB de amplitude, sendo que uma pessoa normal ouve em média amplitudes de 6dB. Isso pode ser explicado, mesmos para ruídos distantes, de baixa frequência, que podem impedir a criança de dormir. Esse dom também é mantido quando a criança se torna adulto. A mudança da condição de criança para adolescente pode atenuar certas desordens. Portanto, a não identificação do autismo quando no estágio de criança pode dificultar o seu diagnóstico. No entanto, os problemas sociais irão sempre existir, apesar de algumas correções aqui ou ali, já que o cérebro do autista está aprendendo a atenuar certas discrepâncias sociais ao longo do tempo. Isso se deve exclusivamente ao senso de sobrevivência que todos nós temos. Adolescência O fim do ciclo infantil e inicio da adolescência para o autista, não é uma mudança simples. Ele de certa forma continua ainda meio criança, e percebe que as outras pessoas ao seu redor, principalmente na escola, estão diferentes. Chega um momento que ele percebe um distanciamento maior das pessoas para com ele, e isso vai fazer com que o autista tente mudar também. O estigma do isolamento é algo ruim ate meso para o altista de alta funcionalidade, como ele esta no meio do caminho comportamental, entre um autentico autista, e uma pessoa normal, ele terá depressão na solidão e tentará encontrar companhia, mesmo que momentânea. A compreensão de que suas amizades são voláteis é adquirida na fase adolescente. Talvez esse entendimento contribua para um comportamento frio e distante, das pessoas inquiridas. Isso também ajuda a gerar uma desculpa interna do Eu autista, para si mesmo, para não visitar novos amigos, ratificando uma mensagem de que não tem intimidade suficiente para tal comportamento. Nesse estagio da adolescência começam a ser gerados modelos de vida, que serão utilizados na idade adulta. Para compensar o seu deslocamento social ele irá se empenhar em estudar, visando ter material de conversa com seus colegas de escola. Os outros adolescentes ao verem que o asperger tem mais conhecimento do que elas começam a se aproximar. No entanto, enquanto que os demais colegas, os alunos, se reúnem fora da escola para se socializarem, o asperger dificilmente é convidado para essas reuniões externas a escola. Evidentemente quando se aproxima os períodos de exames, as crianças vão se aglutinar ao asperger, tendo um único interesse, o de compreender a matéria. Assim o autista é usado como um objeto de consulta, sem ter uma relação de amizade bem definida. Evidentemente isso muitas vezes faz com que o Asperger aprenda também a usar as pessoas como objeto, pois ela mesma foi usada. Os colegas adolescentes do asperger geralmente saem, eles vão ao cinema, teatro, a playcenters, ou mesmo, se juntam em jogos de futebol, vôlei, etc. O asperger dificilmente será convidado, porque as pessoas normais apenas a toleram, mas não se sentem confortáveis em convida-la. Quando um do grupo o convida, talvez por não se sentir seguro, o autista, pois irá sair da sua rotina, ele simplesmente abdique do convite, ou se for, se sentirá menosprezado, desconfortável. Não distante desse fato, pode ocorrer que outra pessoa do grupo comente, dependendo do convite, de que ele é “nerd” ou esquisito, e talvez estrague o diade divertimento delas. Não obstante da realidade geralmente os grupos de pessoas na fase adolescente utilizam termos estereotipados e pejorativos para descrever o “autista”. Apelidos, piadas, brincadeiras de cunho maldoso, podem ser comuns, dentro dos grupos que margeiam a presença do asperger. A sorte que algumas pessoas às vezes interajam com o autista, por um fundo humanitário, por ver qualidades que os outros não veem. O autista assim sofre bulling mesmo na fase adolescente, e esses estigmas o prejudicam a se relacionar com as pessoas. Pode ocorrer do asperger não sentir necessidade de namorar, ou mesmo de ter um amor platônico. Caso haja a intenção de namoro por parte dele, ele dificilmente irá revelar, e muito menos irá falar diretamente para a pessoa pretendida. Ele não aprendeu a se portar numa conquista. Pode ser que ele ao ver filmes, novelas ou seriados, veja como se comportar e assim tente reproduzir o que viu. De outra forma não se pode ignorar que geralmente os autistas são tímidos, e esse fator, irá prejudicar ainda mais o seu desenvolvimento. A sua dificuldade de olhar nos olhos das pessoas, poderá prejudicar a ele apresentar os seus sentimentos para a namorada (o). Geralmente essa pretensa namorada (o) pode ser alguém próxima, em que ele se apaixonou. No entanto a pessoa pretendida pode vê-lo apenas como amigo e não ter observado ele como uma pessoa interessante para o namoro. Numa visão da seleção natural das espécies, o autista tende ser excluído da escolha do pretenso parceiro. Essa característica pode ter um revés na fase adulta, quando ele assumir uma posição social. A fase do namoro no período adolescente é realmente muito difícil para a pessoa com espectro autista. Essa é uma fase que ele terá que ultrapassar por contra própria, ou, permanecer sem esse tipo de interação, ou seja, tudo depende da escolha que ele assumir. Algumas pessoas podem optar em não trilhar esse tipo de relação, ou mesmo, tomar a decisão de se tornar clérigo. Na adolescência a interação social externa ao núcleo familiar, se torna mais intensa, mesma para um asperger. A escola fomenta essas relações e é através desse canal que o autista irá ter que dar mais um passo na sua cadeia evolutiva. Encontros promovidos pela escola no que se refere a reuniões de grupos de pesquisa, educação física, teatro, trabalhos dissertativos, onde o aluno tem que ir, em conjunto a outros, e buscar livros nas bibliotecas, são promoções que não deixam de ter uma corroboração social e didática. O autista no inicio talvez não interaja com os demais alunos em ambientes externos a escola, mas a sua capacidade de investigar, principalmente quanto à ciência e o descobrir o mundo, irão fazer com que ele mude rapidamente e interaja de uma forma “profissional” com os demais. A ciência de uma maneira geral, incluindo matemática, química, física, filosofia, história e geografia, são exemplos de disciplinas que o autista consegue se sobressair. E será lembrado pelos demais alunos por suas qualidades. Nessa fase jogos esportivos como voley, basquete e futebol, irão gerar um choque social na pessoa autista. Ela ou se engajará em melhorar suas atuações ou simplesmente ira abdicar das suas obrigações, optando por quadros esportivos individuais, e isso, se manter-se na área de educação física. (STRAPASSON, 2007) Brigas, antipatias e o próprio isolamento pelo grupo do autista, devido ao seu jeito desengonçado (inicialmente) nos jogos, poderá ser a princípio algo não tão benéfico. No entanto, com os acertos esporádicos e sua inteligência para criação de jogadas, pode mudar a configuração do problema. De toda forma um início controlado, e, motivador da educação física, pode resultar em bons conceitos educacionais, que não deixam de ter uma conotação social, e de superação de suas limitações físicas. Alguns grandes jogadores ou atletas podem surgir nesse campo, mesmo sendo eles autistas. Porem, não será num contexto geral o melhor campo de atuação dos indivíduos autistas, ele mesmo nesses campos, será individualista. Eles realmente se superam em ciências exatas, e essa característica deve ser incentivada pela sociedade. Podemos dizer que os autistas de alta funcionalidade devem ser envolvidos em ciências. As características de tentar compreender os fenômenos, quando educado para analisar o fenômeno, do ponto de vista não somente qualitativo, mas também quantitativo, irá catequizar o Asperger a desenvolver seu celebro de modo tal, a conseguir equacionar problemas complexos. Assim, a sociedade deve localizar as pessoas com essas características e fomentar o seu desenvolvimento intelectual. Uma vez que o Asperger não tenha sua cabeça envolta de informações interessantes, ela pode entrar em depressão, bem como, pode até mesmo se tornar violenta, e utilizar seu intelecto até mesmo para o crime. Alguns estudos internacionais indicam existência de certa relação entre seriais killers e autistas de alta funcionalidade. Evidentemente, isso não é devido única e exclusivamente à patologia, síndrome, mas sim, efetivamente ao conjunto de fatores associados. Entre ele podemos destacar a genética, o condicionamento social, a vida em família, condições ambientais, traumas infanto-juvenis, entre outros. A sociedade não pode excluir o asperger devido aos seus problemas, mas deve usa-lo da melhor forma para que também o ajude a ter uma vida mais saudável, e inspiradora. Na fase adolescente também se concretiza a sua funcionalidade no que se referem os sentidos sensoriais da pessoa. Geralmente o autista consegue ouvir melhor do que uma pessoa normal, bem como, tem um olfato muito desenvolvido. Essa característica pode levar o asperger a se tornar um bom cozinheiro, através evidentemente da pratica adquirida em cozinhar. O autista na fase juvenil para adulto, quando está diminuindo seus laços familiares, pode criar rotinas em sua vida. Quando inserido totalmente na vida familiar, ou seja, no núcleo familiar, a rotina é aquela imposta pela mãe e pai. Quando ele começa a sair, e evidentemente talvez, venha morar longe da família, pode ele criar rotinas na sua nova casa, ou mesmo em ambientes externos. Essas rotinas podem ser alimentar, rigidez de horário, escolha de determinados tipos de roupas, modos de vestimenta (uso de papéte com meia, roupas coloridas, porem básicas, roupas largas com 1 ou 2 números maiores, etc). Quanto à vestimenta o asperger não irá ligar se a mesma está fora de moda, ou tem uma combinação estranha, ou é feia. Ele irá usar coisas que são confortáveis, acima de tudo, ou que lhe faça se sentir bem. Ele não irá se importar com o que as pessoas acham da roupa dele. Na adolescência o autista apesar de meio lento, no que tange a compreensão, do ponto de vista comportamental e interações sociais, em sua interação, toma determinadas ações que irão influenciar a sua nova fase, que será a adulta. Escolhas como profissão e sexualidade, são fatores influenciáveis pela sociedade, e o autista, terá que ter mais tempo para efetivamente decidir, sobre qual caminho a trilhar. Fase Adulta Na fase adulta todos os seus sentimentos e desenvolvimentos afloraram, e com isso, a pessoa, de maneira geral está completa. Isso acontece com a maioria dos adultos, ditos normais, porém no caso do autista Asperger, evidentemente isso não é fato. Muito do seu desenvolvimento cognitivo-social pode ainda estar em desenvolvimento. Ele ainda poderá ter uma característica meio de criança, meio de jovem imaturo, para determinas ações. Definitivamente um adulto imaturo nas suas relações sociais. Sejam elas, profissionais, amorosas ou mesmo nas relações de amizade. Pode ocorrer que apenas no inicio da sua fase adulta ele tenha necessidade de se relacionar amorosamente, talvez, apenas nessa etapa do desenvolvimento ele consiga dar o primeiro beijo. É importante frisar que o autista que não foi diagnosticado na infância, pode carregar ainda na fase adulta problemas de desenvolvimento, e até mesmo de conhecimento comportamental, que poderiam ser corrigidos atravésda terapia. No que tange as relações amorosas, ele como já tem dificuldade em olhar nos olhos, tem uma enorme dificuldade de tentar fixar o olhar nos olhos da pessoa pretendida. Imagine uma relação de namoro na qual a pessoa inicialmente apresenta fuga de olhares? Como se Dará ? as vezes a fuga dos olhares no asperger sejam discretos, e não pronunciado. Na fase adulta sua voz já deverá estar desenvolvida, e será possível em muitos casos que ele como no caso da sua própria imagem no espelho, não consiga reconhecer a si mesmo. Uma fala modulada, que é característico de autista de alta funcionalidade poderá estar presente. A fala modulada é uma característica sutil, na qual o autista fala de maneira uniforme, constante e rítmica na mesma escala de entonação. Mesma quando ele fala de algo, que numa pessoa normal apresente emoções, como raiva, ele irá transcorrer de maneira equilibrada, ou mesmo controlado. Destoando o real conteúdo emotivo. Na vida sexual o autista comumente pode preferir a masturbação como ato sexual. Ele é individual por si só, não sente necessidade social, ou é controlado socialmente, não precisando sempre da presença de outra pessoa. O sexo na presença de outra pessoa pode ser incrivelmente bom, e ele poderá adorar, ou mesmo treinar atos, posições e formas, que não são completamente normais. Evidentemente irá buscar o prazer como qualquer pessoa normal. Poderá também ter necessidade de assistir filmes pornôs. Talvez essa necessidade se torne compulsiva, e ele com a sua companheira (o), tenderá a testar o que viu no filme, aplicando com a parceira (o). A forma de aprendizagem sexual através de filmes pornôs pode gerar tendências ou mesmo distúrbios no autista, e leva-lo a libertinagem, ao sadomasoquismo, entre outros. Assim deve se tomar certo cuidado. No entanto, essa forma de aprendizagem irá libera-lo do extremo pudor. Ele vendo o filme pornô ira se pôr como protagonista, e não coadjuvante do ato sexual. Um comportamento dominador, pode ser esperado como resultado. Quando ele encontrar uma companheira (o) dominante, pode ser que ele não consiga se liberar no ato sexual. Alguma reclamação da companheira (o) pode ocorrer no ato sexual. Isso se deve ao asperger escolherem determinadas posições preferenciais. Isso para uma parceiro normal pode resultar em mesmice. O autista de qualquer forma pode ser um companheiro amoroso, sensível na sua maior parte do tempo. Em algumas situações poderá ser individualista, mas geralmente tentará passar prazer para o próximo. A escolha sexual não é influenciada pela síndrome. Ele poderá tentar se descobrir tardiamente, mas isso não traduz numa tendência de ser homossexual ou heterossexual. Nesses casos, características sociais e ambientais poderão ser determinísticas, porem, mesmo nesses casos o autista pode ser que fique alheio devido a sua dificuldade de interação ambiental e social. Quanto ao trabalho, na sua profissão, ele poderá ser dedicado. Poderá não ser uma pessoa que faça seu trabalho muito rápido, mas com certeza será preciso. A sua dedicação e seu detalhis-mo para certas coisas da vida e observações, podem levar ao altista Asperger, a ser um profissional que resolva problemas, e solucione ou melhore a eficácia do trabalho. Na biografia dos autsitas há um caso especifico de uma pessoa chamada Mary Temple Grandin, uma americana, mais conhecida por Temple Grandin, é uma mulher com autismo de alta funcionalidade, Síndrome de Asperger, que revolucionou as práticas para o tratamento racional de animais vivos em fazendas e abatedouros. Ela para entender o comportamento dos animais, se pôs como um animal, entrando até mesmo dentro do curral, e andando de quatro, interagindo com os bois, para compreender o seu stress no confinamento no frigorifico, dias antes do seu abate. Temple Grandin além desse comportamento distrófico criou aparelhos que tinham o objetivo de conter o animal para tratamento veterinário, de tal forma que atenuasse o seu sofrimento e stress. Temple Grandin chegou ao titulo de PhD (Doctor Philosophy degree) e se configurou como uma pesquisadora que modificou a forma de tratamento dos animais e revolucionou a indústria pecuarista. Evidentemente algum stress ou confusão poderá ocorrer na orbita dos autistas no seu trabalho. Mas isso irá ocorrer somente se os seus colegas não compreenderem as deficiências do autista de alta funcionalidade. Questões quanto a requisição pelo autista de horário especial poderá ser necessário, para o não conflito das regras da empresa e suas necessidades ritualísticas. Certas dicotomias podem ocorrer em relação aos outros funcionários. Como exemplo pode–se citar a falta de necessidade de se alimentar na hora do almoço, ou mesmo, a de chegar ao trabalho antes da hora do expediente. A não compreensão dos sinais pelo Eu (autista). O autista possui lapsos em sua interação social, já que não consegue observar pequenos sinais de descontentamento ou mesmo felicidade. Mas possuem também lapsos quanto à identificação de detalhes, não só nas pessoas, como nos objetos. O autista é péssimo para localizar coisas, às vezes o objeto pode estar a sua frente, aquilo que ele esta procurando, mas definitivamente ele não irá localizar, ou terá dificuldade. Qual o autista adulto que nunca ouviu a frase, “se fosse uma cobra teria lhe picado”, quando tentava encontrar o objeto? Por isso alguns testes psicológicos irão abordar tal assunto. Os testes neuropsicológicos WAIS III - Escala de inteligência Wechsler para adultos, são testes simples, no entanto, não devem ser subestimados. O autista que estiver decidido a realizar os testes poderá ficar até mesmo chateado, e nervoso, pois apesar da simplicidade, os testes irão forçar a sua resposta, e talvez ele não consiga realiza-lo em sua plenitude. Assim, é importante que os testes sejam realizados em conjunto a um psicólogo. O autista tem dificuldade em imaginar o que esta faltando nos desenhos. Ele irá tentar identificar coisas pequenas, contagens de portas, janelas, como exemplo. Tentando localizar o que é simétrico, e pode não atentar ao assimétrico, ou mesmo a descontinuidades. Os testes neuropsicológicos são a forma mais reconhecida no mundo, para analisar a pessoa com quadro clínico de autismo. Nem sempre a pessoa autista possui anomalias genéticas, deformações cranianas (principalmente no seu hemisfério esquerdo do cérebro), anomalias na massa cinzenta do cérebro, patologias psiquiatras significativas. No entanto a analise da cognição do paciente poderá concluir pela sua classificação no espectro autista, ou o descobrimento de outra doença. Alguns testes WAIS III são observados abaixo: Figura 2. O que está faltando na imagem? Resposta 1a. Figura 3. O que está faltando na imagem? Resposta 2a. Figura 4. O que está faltando na imagem? Reposta 3a, 4a, 5a, 6a. Figura 5. Qual o quadro que melhor se encaixa no ponto de interrogação? Resposta 7a. Respostas: 1a= falta neve em cima das toras. 2a= falta o ponteiro dos segundos. 3a= falta o contorno do nariz. 4a=o numero nove da carta não corresponde aos números de losangulos na carta (8 losangulos). 5a= faltam as maçanetas do carro. 6a= falta a água saindo da jarra. 7a=é uma balança, então o peso deve ser igual, resposta número 4. Existem outras doenças que podem ser verificadas com testes também cognitivos, como o Alzheimer. Por mais incrível que se aparente o paciente com Alzheimer tem dificuldade também em prestar atenção, e evidentemente de se lembrar. Assim alem dos vários testes que podem ser aplicados ao paciente, existe um muito simples e eficaz, que dará bons resultados. O desenho de um relógio analógico. O teste do relógio é um recurso rápido para ser aplicado no consultório (em média 3 a 5 minutos) e traduz o padrão de funcionamento frontal e temporoparietal. As disfunções executivas podem preceder os distúrbios de memória nas demências. Pacientes com escores normais no MEEM podem ter severas limitações funcionais demonstradas no teste do relógio.Evidentemente o autista não devera ter problemas com o teste do relógio, e esperasse que apenas pessoas com problema de Alzeimer tenham dificuldade em fazer o teste. O teste é muito simples, é apenas um desenho, que pode ser aplicado em varias datas, ou seja em varias consultas ao medico. Pede-se ao paciente que desenhe o mostrador de um relógio com os ponteiros indicando uma determinada hora. A sensibilidade é maior que 86% e a especificidade superior a 96% quando esse teste é comparado a outros instrumentos. Trata-se de um instrumento particularmente útil para ser utilizado no consultório por sua simplicidade, rapidez e perfil amigável. Figura 6. Resultado do teste para uma pessoa com Alzheimer, aplicado em varias fases da doença. Como exemplo foi solicitado ao paciente para desenhar um relógio marcando 2h45. Notasse que o paciente com Alzeimer possui dificuldade em lembrar até mesmo o desenho do relógio, pondo as devidas proporções numéricas e mesmo ate de adicionar os ponteiros de hora, minuto e segundos. Esse teste é notável pois pode se observar a degradação cognitiva do paciente com o tempo. O breve comentário sobre a doença de Alzeimer foi apenas apresentada para o autista ter conhecimento que existem outras doenças cognitivas e para ter noção que há doenças mais severas, e mais degradantes do ponto de vista humano. Figura 7. Resultado do desenho feito por pacientes com Alzheimer, quando pedido para desenhar um relógio marcando a hora de 2:45:00. Esse simples teste tem demonstrado ser mais sensível no diagnóstico precoce da doença de Alzheimer do que muitos outros instrumentos, podendo ser ranqueado de acordo com protocolos padronizados.( http://www.alzheimermed.com.br/diagnostico/avaliacao-cognitiva ) Portanto apenas um especialista pode interpretar os testes e assim classificar uma pessoa como o autista. O próprio autismo foi inicialmente estudado como esquizofrenia, e a principal diferença esta no tempo em que a patologia aflora. Geralmente o esquizofrênico começa a desenvolver a doença durante e após a adolescência, já o autismo surge quando criança. Os dois casos podem ter visões, como amigos imaginários, crises de raiva, etc, mas são acima de tudo, doenças diferentes. O que parece muitas vezes não é, e nem sempre se confirma. A linha do diagnostico nem sempre é fácil e muitas vezes pode ser concluída de uma forma errada. Como o diagnostico não é simples, você pode imaginar que a pessoa com espectro autista, o asperger, ele esta no meio da distancia entre um conteúdo dito http://www.alzheimermed.com.br/diagnostico/avaliacao-cognitiva normal e outro de fato com todas as características autistas, e com presença de retardo mental, você pode imaginar se ele realmente consegue entender na sua plenitude todos os sinais sociais. Evidentemente não irá ter um bom entendimento. Os leves detalhes como observado nos testes mostram que ele poderá não dar importância para um determinado assunto, ou fato. Ele o autista irá ignorar e assim poderá colher, inimigos ao longo da sua vida. E essa atitude será imparcial e sem o devido objetivo de ignorar. Simplesmente não interage, pois não tomou ciência do assunto. A memória que também foi abordada nos testes pode ser um resultado ruim para o quadro autista, não por que ele tenha problema de memória, mas pelo fato de talvez ele não tenha interagido com o fato, o numero, a imagem, em fim, as coisas do mundo, e assim, não se recorda quando questionado. A não compreensão dos sinais pelo Ele (autista) e por ela (normal). O autista é uma pessoa singular. Como ele tem dificuldade de entender os sinais enviados pelas pessoas, ele mesmo pode gerar confusão, interpretar errado o sinal. Um exemplo seria a de uma garota que lhe dá bom dia, com sorriso no rosto e olhar nos olhos. Ele pode interpretar como um interesse distinto do simples comprimento, e entender como uma aproximação por interesse, e se apaixonar por ela. Alias o autista quase sempre se engana com os sinais, pois não está inserido na sociedade devido as suas próprias limitações. Num dialogo em que haja “entre linhas” a serem compreendidas, e sua ação verbal não é máxima expressão da conversa, o autista de alta função pode simplesmente ignorar, entender o real sentido enviado pela pessoa, ou até mesmo entender o oposto do que está sendo informado. Assim a não compreensão dos sinais pelo ele é algo difícil de compreensão não apenas para o autista como para as pessoas que interagem com ele. A sociedade ao ver um autista não tem a noção de quão complexo pode ser a pessoa, e sua interação. O Asperge parece ser uma pessoa normal, mas não é. As pessoas, portanto acreditam que ela compreenda as informações tanto verbais, como através de sinais, seja ela através da face, mãos, ou desenhos. O problema esta exatamente nessa falsa condição de normalidade. Todavia quando uma pessoa normal exprime seus sinais e atua verbalmente através de um determinado assunto, ou ação, ela consegue exprimir para a outra pessoa o que realmente se passa no seu cérebro. Seja um pedido de perdão (não explicito), seja um sinal de fúria ou nojo (sinal facial). Para o autista talvez isso não represente no seu cérebro aquilo que realmente ele queira passar de informação. E exatamente por isso o Autista mesmo sendo Asperger é, sobretudo um Deficiente. Alguns autistas, por viverem num mundo paralelo ao real, e isso depende do grau de autismo que a pessoa possua, quanto maior o grau, maior será a distancia do seu mundo com o real. Mesmo os Asperges possuem certa defasagem entre esses mundos, pode ser que não seja continuo e periódico, mas é pertinente essa distancia e o resultado na sua vida pessoal e social existe. Os Aspergers são pessoas incríveis, elas podem concorrer a qualquer estilo de vida, e podem se dar muito bem na vida. Isso ocorre pois elas graças ao seu mundo paralelo podem se tornar qualquer pessoa, e serem qualquer profissional, geralmente são muito meticulosos. É como se ele fosse um grande ator e o palco é o mundo, no entanto a plateia é ele mesmo. Por isso os Asperges são tão críticos e não conseguem lidar especialmente com criticas. Profissionalmente há alguns exemplos de grandes atores e atrizes como Keanu Reeves e Keira Knightley. Sem comentar Robin Williams que era uma pessoa sensacional e que conseguia fazer todas as caras em sua face. Infelizmente como é de conhecimento Robin Williams teve uma vida pessoal conturbada, que reflete a sua condição autista, e finalizou com o seu suicídio. O suicídio de certa forma é uma condição constante na vida do Asperger, ideias suicidas provenientes da depressão são algo serio em que se deve estar sempre atento. Essas ideias são sem sombra de duvidas da interpretação errada pelo autista das informações sociais e principalmente das pessoas próximas a ele. Assim, a compreensão dos sinais e o ter a exata noção do seu completo entendimento é algo que deve ser abordado sempre pelo autista e pelas pessoas de seu conviveu intimo. E assim, é de extrema importância acompanhamento psicológico e psiquiátrico por toda sua vida. Pois nunca se sabe a real intensidade que uma informação pode gerar na compreensão do cérebro autista. A culpa do autodiagnóstico, ignorando os fatos. O autista ao crescer ele ira perceber certas atitudes e fatos que envolvem a sua personalidade e comportamento. Irá observar mais dos seus amigos e parentes, do que seus próprios. No entanto, com o tempo irá notar que as vezes ele é o responsável pela a falha no relacionamento, seja ela o da amizade, namoro, trabalho ou mesmo do seu casamento, se houver. Ele poderá ver filmes de autismo, mas talvez no seu primeiro contato não se identifique com as características. Isso decorre porque ele muitas vezes não irá se culpar por ser grosseiro, brigar, ou mesmo discutir com alguém. Ele irá colocar a culpa sempre no outro. Porem, com o tempo amigos verdadeiros, que ele possivelmente ira perder ao longo da sua vida, devido as suas atitudes de personalidade serem difíceis, irão deixar frases,relatos, menções que em algum dia ele, em muitos dos seus dias depressivos irá lembrar, e irá analisar. O tempo é uma variável que não existe realmente para o autista. Ele poderá ser afixonado em chegar na hora certa, ou antes, ao encontro ou trabalho, mas quando ultrapassa esse nível, o após horário de referência, para aquele dia e momento, durante o dia, o tempo se dilata ou comprime, na percepção autista. Simplesmente por conveniência. O fato que nem sempre o cotidiano tem haver com o tempo, é uma simples rotina. O autista tende a manter uma rotina diária. Em algum momento, tudo pode ocorrer, e quando ele fizer a analise, pode imaginar que é loucura. Eu ser autista ? jamais, assim ele dirá. Mas quando as características se encaixarem completamente como um quebra cabeças em sua mente, ele possivelmente ira entrar em choque, pois descobri-rá que todos aqueles eventos, desgastantes, dentro de suas varias relações sociais foram culpas dele. Talvez ele irá procurar ajuda profissional depois disso, pode ocorrer que ele já tenha 30, 40, 50 anos de idade, mas se ele procurar e começar a fazer os testes, talvez, mesmo assim, ele torça para não ser verdade o diagnóstico. O diagnostico é simplesmente um CHOQUE !!! Antes de procurar ajuda medica e psicológica, ele o autista entra em batalha interna. Mesmo com seu autodiagnóstico fechar completamente em sua analise, e por ela estar certa, ele tentará sempre imaginar que não pode ser real. Não é possível que sou autista. Ele pode se lembrar da sua infância, pois tem uma memória incrível, ele se lembrará que tem dificuldade de se auto-reconhecer ao espelho, ele lembrará que tinha amigos virtuais, que conversa com eles, e que nunca viu de fato eles, quando criança. Se lembrará que gostava de ficar sozinho, de ouvir músicas clássicas, e que tinha e tem rotinas em sua vida. Irá relembrar que brigava com todos mesmo aqueles mais amigos. Se lembrara que ninguém convidava para visitas, e mesmo se convidaram ele não gosta de ir, e simplesmente não ia. Vai se lembrar de que talvez em algum momento teve uma tendência de dupla personalidade ou bipolaridade. Ele irá se lembrar de que as vezes conversa só, com sigo mesmo, ou com outras pessoas, e essas conversas pode ser em locais distintos ao local em que ele esta, ele se teletransporta até mesmo para o ambiente em que conversou com a pessoa, e fica remoendo isso, varias vezes na mente. O autismo é, sobretudo, uma doença que pode desdobrar em outras. O desligamento do real pode gerar perigos, pois isso pode ocorrer quando você esta dirigindo, na cama, na escada, ou em qualquer outro lugar. O mundo paralelo em ele vive, gera projeções reais em sua mente, apesar de ser imaginário. Mas não se pode esquecer que seu corpo físico está num ambiente físico real, e poderá estar num ambiente semi-hostil. Acidentes podem ocorrer nesses casos, pois nunca sabemos quando nos desligaremos e sonharemos alto, assim como as pessoas dizem. O descobrir autista perante a sociedade. Sentir que não é igual às pessoas, sentir e descobrir que realmente é diferente das outras pessoas, pode ter um significado benéfico, mas é depressivo. O austista trabalha com muitas informações ao mesmo tempo, e as vezes não consegue realiza-las em conjunto, por isso, as vezes não consegue fazer nada, pois o cérebro trava. Em algumas situações ocorre o imaginário, uma ideia abrilhante, na qual ele fica remoendo dentro de sua cabeça, simulando situações, e por fim, consegue o inesperado, uma ideia Brilhante. A pessoa normal nem sempre consegue se desligar do mundo físico e se concentrar apenas num tema. Essa é a grande diferença entre aspies e pessoas normais. O autista deixa o cérebro funcionar sem parar, visando uma solução para seu problema ou dúvida, a pessoa normal larga essa tentativa depois de um certo tempo em que não ouve solução. A não solução é uma afronta à mente autista. Tudo tem solução, seja trivial ou não, mas tem. A mente do Asperger / autista, ela é muito rápida em trocar os temas pensados, por isso ao conversar com ele, as vezes ele muda constantemente de assunto numa narrativa. Isso mostra como as vezes é desorganizado a mente autista, e por isso talvez tenhamos um surto as vezes. Porém, nessas constantes mudanças de tema pode ter um insite e gerar um resultado que se ele escrever e desenvolver a ideia poderá ter uma tese. Assim, o autista deve ser impulsionado para se interessar pelas grandes incógnitas do nosso mundo, e não ser deixado de lado da sociedade. Ser totalmente cognitivo não significa que seja melhor do que um autista. Pelo contrario, a própria historia dos autistas de sucesso nos mostram o quão complexo é seu mundo, e o quão pode ser inspirador sua convivência. O descobrir autista perante a sociedade pode ser uma dádiva, pode ser uma muleta de deficiente, pode ser uma desculpa, não importa o seu sentido, a sociedade deve usa-la plenamente e ajudar o autista a não desistir da vida. A sociedade deve criar mecanismos que mantenham sua rotina, e deixe-o a vontade para desenvolver suas ideias criativas. A universidade é uma instituição que pode ajudar os autistas, plantando a base para desenvolver seus conhecimentos. A sociedade Brasileira portando deve ter uma política de inserção de autistas principalmente de alta funcionalidade e ajudar aqueles de baixa funcionalidade. Não somente com leis que não saem do papel, mas com atitudes que preservem sua dignidade e reconheçam sua diferença. Diagnóstico. No período da infância o diagnostico da doença é mais fácil, pois os psicólogos já estão treinados a observar suas características. Porém, para diagnósticos tardios além de sorte, você terá que encontrar um psicólogo realmente interessado no seu caso. Caso a pessoa primeiramente tente um psiquiatra, poderá ter seu diagnostico confundido se não procurar um psiquiatra especialista em autismo. Na fase adulta, algumas características autistas são confundidas pela esquizofrenia, principalmente quando não se tem um registro dos seus comportamentos na infância. É comum encontrar psiquiatras que ignoram relatórios de psicólogos e se decretam com os únicos investidos em descobri o autismo, e ignoram trabalhos ate mesmo de anos de psicologia. Procurem psiquiatras que não tenham esse comportamento, pois, eles podem errar completamente o diagnóstico. Na verdade, a legislação brasileira deveria dar o poder para o psicólogo declarar através de seu carimbo o CID para o autista, e talvez outras doenças. È precário o aprendizado dos psiquiatras sobre o tema autismo adulto, pois eles acham que não existe essa situação. Isso ocorre no Brasil, já nos USA é um pouco diferente já que as classes do psicólogo possuem maior poder. Aqui esta um erro institucional criado por médicos e suas classes profissionais que levam a erros e a completa ignorância sobre alguns temas, que são definitivamente apenas identificadas por psicólogos. Quem sofre com tudo é o paciente. Na fase adulta, algumas características autistas são confundidas pela esquizofrenia, principalmente quando não se tem um registro dos seus comportamentos na infância. Geralmente os especialistas em autismo seguem como referencia certas características da infância do portador de autismo. Abaixo se observa o diploma de uma criança Asperger na pré -escola (Figura 8). Boletim escolar da pré-escola de uma criança Asperger. No boletim se observa a dificuldade de aprendizado nos primeiros meses de estudo da criança, obtendo conceito na COR AMARELA, que reflete uma média regular. Observe que a criança não conseguiu ao longo de todo o ano obter nenhuma nota excelente (cor azul). Será necessário passar por um neuropsicologo, e obrigatoriamente terá que realizar os testes WAIS III, e outros testes já usado em autismo para o verdadeiro diagnostico, e posteriormente levar ao psiquiatra para atestar. Caso a pessoa que possua dúvida se é ou não realmente um Asperger, terá que efetuar essas análises. Ao ser diagnosticado por psicólogos como autista, e será necessário confirmaro diagnóstico através de um psiquiatra, pelas leis brasileiras. E evidentemente o psiquiatra apenas o diagnosticará como autista após analisar as informações psicológicas, e talvez, ainda, as informações neurológicas, e de DNA, como esta sendo feito no projeto genoma da USP ( Universidade de São Paulo). Testes de EEG (Eletroencefalograma) podem indicar a presença da condição Asperger. Geralmente o hemisfério esquerdo do cérebro é mais ativo do que hemisfério direito. Em média as informações do EEG são para determinadas frequências, como Deltha (0,3 a 4,0 Hz), Theta (4,0 a 7.9 Hz), Alpha (8,0 a 12,5 Hz), Betha (12,5 a 33,0 Hz). Nessas frequências pode ocorrer a anomalia em Alpha, sendo que nesse intervalo a média é de 40 micro Volts (FRANK H. DUFFY, 1986). No Brasil, um paisonde leitura de livros é algo não cultural, a média é de 20 micro Volts. Valores acima podem ainda indicar o estado normal neurológico, no entanto, num Asperger existe uma alta probabilidade de que o hemisfério esquerdo tenha anomalias superiores a 60 micro Volts. Abaixo é observado um exemplo de EEG nas Figuras 9 a 11. A figura 12 observa-se o desenho do cérebro e suas divisões. Figura8. Boletim escolar da pré-escola de uma criança Asperger. No boletim se observa a dificuldade de aprendizado nos primeiros meses de estudo, através da cor amarela que reflete uma média regular. Observe que a criança não conseguiu ao longo do ano obter nenhuma nota excelente (cor azul) Figura 9. Exame EEG nas frequências de Deltha a Betha 3. É visível a anomalia na frequência alpha com valores em micro Volts superiores a 40 micro Volts, e indicando o hemisfério esquerdo mais ativo do que o da direita. A média do Asperger nesse caso na frequência Alpha é de180 micro Volts. É uma indicação da alta capacidade de raciocínio dos autistas. Figura 10. Imagem realçada nas frequências Alpha e Betha 3. Figura 11. Média EGG para cérebros normais no Brasil. Figura 12. Cérebro Humano e suas divisões em lóbulos. Desenho do cérebro Humano (HTTP://largadoemguarapari.com.br) Conclusão O descobrimento do autismo fora da idade infantil pode ser complexa. No entanto, compreender o corpo, o indivíduo, o ser, é algo necessário para a própria sobrevivência do autista. Talvez o diagnóstico seja perturbador, e poderá gerar problemas de saúde, que antes a pessoa nem percebia que tinha. O amar alguém autista pode superar a própria síndrome e seus problemas. Porém, não é algo trivial. No entanto, o ente querido que pretende ajudar o autista, não deve se esquecer: Não há Cura, uma vez autista, nascido assim morrerá, a melhora pode ser apenas paliativa, e por final, algum dia, talvez a doença vença o querer da sobrevivência. O autismo de alta funcionalidade não é um dom, e está mais para uma praga, algo que irá atormenta-lo pelo resto da sua vida. Um exemplo que podemos citar é a relação de amizade e inimizade de Robert Hooke e IsaacNewton. Newton sempre acusou que Hooke havia roubado sua ideia, relativa à relação entre as forças entre corpos conectados a molas, uma experiência simples hoje ensinado no primeiro ano do colegial. Além disso, Havia muita antipatia mútua entre Hooke(professor da Universidadede Oxford) e Isaac Newton (o aluno), Newton tinha comportamento infantil, como ficar emburrado . Tudo começou em 1672, quando Newton publicou o artigo "Nova teoria sobre luz e cores" nas Philosophical Transactions da Royal Society de Londres.( Figura13). Caligrafiade IsaacNewton ( http:/ / guiadoestudante.abril.com.br/ blogs/ curiosidadeshistoricas/files/ 2015/ 02/ vegetais-newton.png)) Newton expôs suas ideias para serem debatidas, respondeu pacientemente os duros questiona mentos feitos por Hookee o cientista holandês Chistian Huygens. Porém a paciência de Newton era limitada, e ao ser duramente criticado ficou extremamente irritado prometendo nunca mais publicar um artigo científico, chegou até ameaçar abandonar por completo a investigação científica. Newton recolhe-se e permanece em silêncio científico até 1675, quando visitava Londres, soube que finalmente Robert Hooke acabara de aceitar suas teorias sobre as cores. A aceitação apenas ocorreu, pois Huygens percebeu que Newton, além de estar correto, era uma pessoa estranha e fora dos padrões normais. E foi até Hooke e tentou amenizar a briga, visando o amor à ciência, a uma causa maior do que aquela inimizade. Em suas cartas formais, é possível perceber a ausência de afeição entre ambos. Isaac Newton já quando professor da Universidade de Cambridge, possivelmente queimou o único quadro em que mostrava a face de Robert Hooke. Simplesmente por não tolerar, nem ao mesmo ver suas feições num quadro. Newton foi um dos maiores físicos de todos os tempos, e provou a existência da força mecânica e gravitacional, através de geometria e movimentos ao longo do tempo, para um determinado espaço e tempo. Newton nunca escreveu F = m a, (massa x aceleração), ele apenas no seu livro Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, mostrou que o momento linear (p) varia com o tempo com a ação daquilo que ele chamoude força. Newton, além de ser um cientista árduo, acreditava em Deus, o Deus mitológico, e morreu tentando descobrir códigos escondidos na Bíblia, que ele, Newton, acredita que Deus havia deixado como incógnitas no livro sagrado. Esse é apenas um exemplo de uma mente brilhante e autista, e pode servir como padrão comportamental dos Aspies. Esse livro não aspira apresentar conteúdo técnico em medicina e área psicológica, mas apenas relatar de forma genérica o que é a síndrome e tentar ajudar as pessoas que convivem com o autismo. O próprio autista tentará não ler esse livro, pois ele se considera normal. Por último, e talvez, seja algo a se considerar, você que leu esse livro es e interessou pelo texto, poderá argumentar com o autista um fato quase que inconteste! A letra na escrita do autista não é bonita, e nem ele mesmo, entende o que escreveu ao traduzi-la em fala verbal. Aqui deixamos um exemplo da escrita e caligrafia deum autista: A assinaturadeIsaacNewton( https:/ /pt.wikipedia.org/ wiki/ Isaac_Newton ) Ela, apresenta descontinuidades, não sendo uma caligrafia proporcional e arredonda, é possível notar uma falta de vontade em assinar, principalmente no T, e um pouco tremor na letra, isso pode ser indício de outras doenças psicológicas ou mesmo do autismo, no entanto indica certa irregularidade. Na Figura 13, observamos melhor e podemos ver sua escrita e analisar. Fica a critério do leitor analisala. Figura13. Caligrafiade IsaacNewton (Figura13. Caligrafiade IsaacNewton (http:/ / guiadoestudante.abril.com.br/ blogs/ curiosidadeshistoricas/ files/ 2015/ 02/ vegetais-newton.png)) Referências ATEAC, (INSTITUTO PARA ATIVIDADES, TERAPIAS E EDUCAÇÃO ASSISTIDA POR ANIMAIS DE CAMPINAS, (http://ateac.org.br/tipos-de-autismo/ ) Desenho do cérebro humano. Copiado do site HTTP://largadoemguarapari.com.br . HASPERGER, 2019. AS CRIANÇAS DE ASPERGER, AS ORIGENS DO AUTISMO NA VIENA NAZISTA, PAGINAS 322, EDITORA RECORD. LEI N° 12.768/2012, (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011- 2014/2012/lei/l12764.htm) FRANK H. DUFFY, 1986. TOPOGRAPHIC MAPPING OF BRAIN ELECTRICAL ACTIVITY. BUTTERWORTH PUBLISHERS, PAGES 1-428, (PÁGINA 119) PERÍCIAS E AUDITORIAS MÉDICAS DO DISTRITO FEDERAL, (http://www.periciamedicadf.com.br/cid10/cid10.php ) PHIL BARKER, 2008. PSYCHIATRIC AND MENTAL HEALTH NURSING: THE CRAFT OF CARING,SECOND EDITION. CRC PRESS, 760 PÁGINAS. PHILIPPE G. SCHYNS, AUDE OLIVA, 1998. DR. ANGRY AND MR. 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