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PRÉ-PROVA IGP-RS PERITO CRIMINAL www.acasadoconcurseiro.com.br SUMÁRIO Matéria Professor(a) Página Português Carlos Zambeli 3 Direito Administrativo Tatiana Marcello 9 Ética Letícia Loureiro 21 Lei de Acesso à Informação Rafael Ravazolo 25 Direito Constitucional André Vieira 29 Direito Processual Penal Joerberth Nunes 45 Estatutos da Igualdade Racial Mateus Silveira 51 Plano de Carreira Mateus Silveira 59 Criminalística Lucas Klassmann 67 Medicina Legal Roberto Arena 79 Medicina Legal Günther Ayala 87 Língua Inglesa Eduardo Folks 99 Raciocínio Lógico Dudan 113 Sumário www.acasadoconcurseiro.com.br português Prof. Carlos Zambeli IGP-RS 5 português PRÉ-PROVA DO IGP Caso na frase ‘Esses aplicativos disseminam informações importantes de saúde e não devem ser tratados como uma ameaça’ (l. 19-20) a palavra sublinhada fosse passada para o singular, quantas outras alterações deveriam ser realizadas para manter a correção do período? a) Duas. b) Três. c) Quatro. d) Cinco. e) Seis. Em ‘Muitos aplicativos, no entanto, pretendem ser parceiros dos médicos’ (l. 38), a conjunção sublinhada NÃO poderia ser substituída por: a) porém. b) contudo. c) todavia. d) portanto. e) entretanto. As perspectivas continuam ruins para a geração de empregos e recuperação econômica, 3 o que ...... impulsionando mudanças na vida 6 em cinco os motoristas ............ estar na atividade há menos de dois meses. 10 Se a crise ........... as contas e exige que a família se mude Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas das linhas 03, 06 e 10. a) vem – disseram – apertou b) vêm – disse – apertou c) vem – disseram – apertaram d) vêm – disseram – apertaram e) vêm – disse – apertaram www.acasadoconcurseiro.com.br6 Com planos, seus interesses focam naquilo que está sendo construído, e informações novas tendem a melhorar as condições e viabilizar aquilo que parecia pouco viável. Planeje e transforme – o momento é bom para isso. Analise as seguintes assertivas a respeito do trecho acima e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas. ( ) As formas verbais ‘focam’ e ‘tendem’ estão flexionadas no presente do indicativo e possuem o mesmo sujeito. ( ) A forma verbal ‘parecia’ está flexionada no pretérito perfeito do indicativo. ( ) As formas verbais ‘Planeje’ e ‘transforme’ estão flexionadas na segunda pessoa do singular do modo imperativo. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: a) F – F – F. b) V – F – F. c) F – F – V. d) V – V – V. e) F – V – V. Com planos, seus interesses focam naquilo que está sendo construído, e informações novas tendem a melhorar as condições e viabilizar aquilo que parecia pouco viável. Planeje e transforme – o momento é bom para isso. Assinale a alternativa que apresenta de forma correta e respectiva a classificação gramatical das palavras sublinhadas. a) substantivo – pronome – artigo b) adjetivo – pronome – pronome c) advérbio – artigo – preposição d) advérbio – pronome – pronome e) adjetivo – artigo – pronome Esse é o clima para o cenário econômico para os próximos meses. Analise as seguintes assertivas a respeito da frase acima: I – O sujeito da frase é ‘Esse’. II – O predicado da frase classifica-se como verbal. III – Na frase, há um objeto indireto. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) Apenas I e III. curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 7 Assinale a alternativa correta em relação às informações fonéticas de palavras retiradas do texto. a) O vocábulo ‘pesquisa’ não apresenta dígrafo. b) ‘acompanhamento’ tem três dígrafos e apenas um é vocálico. c) A palavra ‘funcionamento’ possui 13 letras e 12 fonemas. d) ‘homens’ tem o mesmo número de letras e fonemas. e) No vocábulo ‘exames’, o ‘x’ tem som de ‘z’. Em relação aos sinais de pontuação no texto, analise as afirmações que seguem: I – Na linha 24, os travessões poderiam ser substituídos por vírgulas sem causar qualquer erro à frase. e muitas atividades – como o esconde-esconde – fazem do corpo. II – As vírgulas da linha 06 se justificam por separar palavras justapostas assindéticas. tropeça na corda vai ter de se casar com um moço loiro, moreno, careca ou cabeludo. III – A vírgula da linha 18 separa uma oração adverbial desenvolvida. Quando a amarelinha e a ciranda, entre outras atividades, têm espaço garantido na escola, os pequenos ganham a possibilidade de tomar decisões e fazer descobertas emocionais e físicas. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas III. c) Apenas I e II. d) Apenas II e III. e) I, II e III. www.acasadoconcurseiro.com.br DIREITO ADMINISTRATIVO Profª Tatiana Marcello IGP-RS 11 DIREITO ADMINISTRATIVO 1. CONSIDERAÇÕES SOBRE AS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS (ART. 37 AO 41) 1.1. Princípios Constitucionais aplicáveis à Administração Pública Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência... Trata-se dos princípios expressamente trazidos pela CF/88, considerando que há outros princípios aplicáveis. Para memorizá-los, usa-se o macete do “LIMPE”: Legalidade Impessoalidade Moralidade Publicidade Eficiência 1.2. Cargos, empregos e funções públicas São acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; 1.3. Exigência de concurso público A regra é que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. www.acasadoconcurseiro.com.br12 SERVIDOR Público CARGO Cargo Efe2vo concurso Cargo em Comissão concurso EMPREGADO Público EMPREGO concurso 1.4. Prazo de validade do concurso O prazo de validade do concurso público será de até 2 anos, prorrogável uma vez, por igual período. 1.5. Direito à livre associação sindical É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, regra aplicável apenas ao servidores públicos civis, já que a CF veda a aplicação aos militares (art. 142, § 3º, IV, CF). 1.6. Direito de greve O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; porém, ainda não regulamentação legal, o que fez com que o STF decidisse pela aplicação da lei que regulamenta o direito de greve do empregado na iniciativa privada (Lei nº 7783/89). 1.7. Estabilidade São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público + avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. Portanto, são requisitos para aquisição da estabilidade: curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 13 a) aprovação em concurso público; b) nomeação para cargo público efetivo; c) 3 anos de efetivo exercício; d) avaliação especial de desempenho. A estabilidade é a garantia de permanência do servidor no serviço público, mas não é absoluta, sendo que a própria CF prevê que o servidor público estável só perderá o cargo: I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. Também poderá perder o cargo em caso de despesa de pessoal acima dos limites legais (art. 169, CF). A Lei complementar n. 101/200 (Lei de Responsabilidade Fiscal) estabelece que o limite de despesa com pessoal da União é de 50% da receita líquida, enquanto dos Estados e Municípios é de 60%.Ultrapassados esses limites, o ente deverá tomar as seguintes providências: a) reduzir em pelo menos 20% as despesas com cargos em comissão e funções de confiança; b) exoneração dos servidores não estáveis; c) se ainda assim ficar fora dos limites legais, o servidor estável poderá perder o cargo. 2. CONSIDERAÇÕES SOBRE A LEI Nº 10.098/94 (Estatuto) 2.1. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Servidor – pessoa legalmente investida em cargo público. Cargo público – conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor, mediante retribuição pecuniária paga pelos cofres públicos. Requisitos para ingresso no serviço público: I – possuir a nacionalidade brasileira; II – estar quite com as obrigações militares e eleitorais; III – ter idade mínima de 18 anos; www.acasadoconcurseiro.com.br14 IV – possuir aptidão física e mental; V – estar em gozo dos direitos políticos; VI – ter atendido às condições prescritas para o cargo. 2.2. PROVIMENTO Provimento é o ato administrativo pelo qual a pessoa física vincula-se à Administração Pública ou a um novo cargo, para prestação de um serviço. Importante: A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. Formas de provimento de cargo público: NAR4 Nomeação Aproveitamento Readaptação Reversão Reintegração Recondução 2.2.1. Nomeação Nomeação é forma originária de provimento de cargo público por pessoa física e pode ser: a) Nomeação em caráter efetivo – quando se tratar de candidato aprovado em concurso público para provimento em cargo efetivo de carreira ou isolado; b) Nomeação em comissão – quando se tratar de cargo de confiança (de livre nomeação e exoneração). Concurso Público – será de provas ou de provas e títulos. Validade de até 2 anos, prorrogáveis uma única vez, por igual período, no interesse da Administração. Posse – Posse é a aceitação expressa do cargo. que dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no prazo de 15 dias contados da nomeação, prorrogável por igual período a pedido do interessado. Não tomando posso no prazo, será tornado sem efeito a nomeação. A posse poderá dar-se mediante procuração específica. Exercício – é o efetivo desempenho das atribuições do cargo. O servidor deverá entrar em exercício em até 30 dias contados da posse, sob pena de tornar-se sem efeito sua nomeação. Estágio Probatório – segundo expresso no Estatuto, ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 2 (dois) anos. Porém, esse prazo é considerado inconstitucional pelo STF, já que período de estágio probatório deve ser o mesmo para adquirir a estabilidade, que de acordo com a CF é de 3 anos. Nesse período o servidor será avaliado na: (macete: P.E.R.D.A) curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 15 Produtividade Eficiência Responsabilidade Disciplina Assiduidade Estabilidade (3 anos) – Aprovado no estágio probatório, o servidor adquirirá estabilidade e só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo no qual lhe seja assegurada ampla defesa. Nomeação Concurso Nomeação Posse Exercício Estágio Probatório Estabilida de Promoção 15 dias (+ 15) Até 30 dias 3 anos “PERDA” 2.2.2. Readaptação Readaptação é a forma de investidura do servidor estável em cargo de atribuições e responsabilidades mais compatíveis com sua vocação ou com as limitações que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, podendo ser processada a pedido ou “ex- officio”. 2.2.3. Reintegração Reintegração é o retorno do servidor demitido ao cargo anteriormente ocupado, ou ao resultante de sua transformação, em conseqüência de decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de prejuízos decorrentes do afastamento. www.acasadoconcurseiro.com.br16 2.2.4. Reversão É o retorno à atividade do servidor aposentado por invalidez, quando verificada, por junta médica oficial, a insubsistência dos motivos determinantes da aposentadoria. O servidor com mais de 60 anos não poderá ter processada a sua reversão 2.2.5. Recondução É o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado. Ocorrerá em 2 hipóteses: a) obtenção de resultado insatisfatório em estágio probatório relativo a outro cargo. b) Reintegração do anterior ocupante. 2.2.6. Aproveitamento É o retorno à atividade de servidor estável que estava em disponibilidade. Será efetivado, obrigatoriamente, em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. Funk do Provimento N de Nomeação, é por aí que eu to dentro Se ficar disponível, vai ter Aproveitamento R de Reversão, retornou o aposentado Fez Readaptação, porque ficou bem limitado Na Reintegração, foi demi=do injustamente E na Recondução, rodou no estágio, minha gente?! curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 17 3. LEI Nº 8.429/1992 (LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA) O rol de condutas tipificadas como atos de improbidade administrativa constante na Lei de Improbidade é exemplificativo (não taxativo), já que outras condutas não previstas expressamente nessa Lei podem ser consideradas atos de improbidade. A Lei aplica-se a todos os agentes públicos, servidores ou não, inclusive àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. Atenção: O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança. Atos de Improbidade Administra0va (rol exemplifica0vo) A.I. Atos que Importam Enriquecimento Ilícito Ideia de que o agente se beneficiou Atos que Causam Prejuízo ao Erário Ideia de que alguém se beneficiou Atos que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública Ideia de subsidiariedade Atos decorrentes de concessão ou aplicação indevida de beneGcio financeiro ou tributário www.acasadoconcurseiro.com.br18 4. PODERES ADMINISTRATIVOS PODERES DA ADMINISTRAÇÃO Poderes Hierárquico Vinculado Polícia Regulamentar (normaCvo) Discricionário Disciplinar 5. ATOS ADMINISTRATIVOS ATOS ADMINISTRATIVOS REQUISITOS : COM FIN FOR MOB COMPETÊNCIA -‐-‐-‐-‐-‐ (quem?) FINALIDADE -‐-‐-‐-‐-‐ (para quê) FORMA -‐-‐-‐-‐-‐ (como?) MOTIVO -‐-‐-‐-‐-‐ (por que?) OBJETO -‐-‐-‐-‐-‐ (o que?) curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 19 • ATRIBUTOS (PATI) Presunção de Legi9midade/Legalidade -‐ o ato é válido (e legí/mo) e deve ser cumprido até que se prove o contrário (presunção rela/va). Autoexecutoriedade – o Estado pode executar seus atos sem precisar de manifestação prévia do Judiciário; mas, posteriormente o Judiciário pode analisar legalidade do ato. Tipicidade – respeito às finalidades especificadas em lei; ato não é lei, mas tem por base uma lei, então deve atender a figuras definidas previamente pela lei. Impera9vidade – o ato cria unilateralmente obrigação ao par/cular; o Estado impõe coerci/vamente o ato e tem que ser respeitado, concordando ou não. 6. LICITAÇÕES LICITAÇÃO-‐ Modalidades I – concorrência II -‐ tomada de preços III – convite IV – concurso V – leilão www.acasadoconcurseiro.com.br20 Lei 10.520/2002 – Pregão Lei 9.986/2000 -‐ Consulta MODALIDADES TIPOS Boa Sorte! www.acasadoconcurseiro.com.br ética Profª Letícia Loureiro IGP-RS 23 ÉTICA REGRAS GERAIS Fica criada, no Gabinete do Governador, a Comissão de Ética Pública, com a finalidade de assegurar a observância dos preceitos estabelecidos pelo Código de Conduta da Alta Administração Estadual e do Código de Ética dos Servidores Públicos Civis do Poder Executivo Estadual. A Comissão de Ética Pública será integrada por cinco cidadãos de reconhecida idoneidade moral, reputação ilibada e experiência na Administração Pública, designados pelo Governador do Estado para mandato de dois anos, permitida uma recondução. A Comissão de Ética Pública, no exercício de suas funções, observará a os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da probidade. É reconhecido a qualquer pessoa o direito de levar ao conhecimento da Comissão de Ética Pública denúncia, notícia ou informação sobre condutas de agentes públicos que possam ser consideradas como infração ética, em acordo com a legislação vigente e, em especial, com o Código de Conduta da Alta Administração Estadual e o Código de Ética dos Servidores Públicos Civis do Poder Executivo Estadual. CÓDIGO DE CONDUTA DA ALTA ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL Consideram-se agentes públicos da alta administração, para efeito deste Decreto, os Secretários de Estado e seus respectivos Secretários Adjuntos, e os dirigentes dos órgãos e Entidades da Administração Pública Estadual. As normas deste Código de Conduta aplicam-se aos Secretários de Estado e respectivos Secretários-Adjuntos, e aos dirigentes dos órgãos e Entidades da Administração Pública Direta e Indireta do Estado, inclusive as autarquias, fundações mantidas pelo Poder Público, e sociedades de economia mista. A violação das normas estipuladas neste Código de Conduta, submete o agente público às seguintes sanções éticas: • advertência, aplicável aos agentes públicos no exercício do cargo; • censura ética, aplicável aos agentes públicos que já tenham deixado o cargo. Parágrafo único: A par das sanções previstas neste artigo, poderá a Comissão de Ética Pública adotar outras providências que estejam no seu âmbito de competência. www.acasadoconcurseiro.com.br24 CÓDIGO DE ÉTICA DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DO PODER EXECUTIVO ESTADUAL Art. 2º O exercício do cargo ou função pública por parte do servidor público deve pautar-se pelos deveres de respeito à dignidade, decoro, moralidade, probidade e transparência. PROCEDIMENTO DE APURAÇÃO DE PRÁTICA VIOLADORA DO CÓDIGO DE ÉTICA DA ALTA ADMINISTRAÇÃO E DO CÓDIGO DE ÉTICA DOS SERVIDORES 1. O processo de apuração de prática que infrinja o Código de Conduta da Alta Administração Estadual ou o Código de Ética dos Servidores Públicos Civis do Poder Executivo Estadual, será instaurado por ato do Presidente da Comissão, de ofício ou a requerimento de qualquer dos seus membros; 2. O agente público investigado será notificado para apresentar manifestação escrita no prazo de 15 (quinze) dias, observado seu direito à ampla defesa e ao contraditório; 3. O exercício de suas atribuições, poderá a Comissão de Ética Pública solicitar esclarecimentos adicionais ao investigado, documentos e demais elementos que subsidiem sua deliberação; 4. Reconhecido ao investigado o direito de fazer juntar à defesa escrita, os documentos que corroborem suas alegações, bem como o de se manifestar no prazo de 10 (dez) dias, sobre novos documentos que venham a ser juntados posteriormente à apresentação da defesa escrita; 5. Concluído o processo de apuração, proferirá a Comissão de Ética Pública decisão conclusiva e fundamentada, aprovada por deliberação da maioria dos seus membros; 6. A decisão que reconhecer o cometimento de infração ética na forma prevista no Código de Conduta da Alta Administração ou no Código de Etica dos Servidores Públicos Civis do Poder Executivo Estadual, por parte do investigado, poderá dispor o seguinte: 6.1. Sugestão de exoneração ad nutum do servidor público do cargo em comissão ou dispensa da função de confiança, a ser encaminhada à autoridade competente; 6.2. Encaminhamento da decisão aos órgãos de corregedoria ou correição disciplinares do órgão em que o agente público investigado desempenhe suas funções; 6.3. Encaminhamento da decisão aos demais órgãos de controle da Administração, e quando for o caso, ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público Estadual, para adoção das providências que entenderem cabíveis no âmbito de suas competências; 7. Prejuízo do disposto no parágrafo anterior, sempre que constatar a possível ocorrência de ilícitos penais, civis, de improbidade administrativa ou de infração disciplinar, será encaminhada cópia dos autos às autoridades competentes para apuração destes fatos. 8. Na hipótese da decisão não reconhecer o cometimento de infração ética, a decisão será encaminhada ao agente público interessado e a seu superior hierárquico, para conhecimento, bem como ao Gabinete de Transparência, Prevenção e Combate à Corrupção, para fins de arquivamento. www.acasadoconcurseiro.com.br lei de acesso à informação Prof. Rafael Ravazolo IGP-RS 27 lei de acesso à informação LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO – 12.527/11 • Regulamenta o direito constitucional de acesso dos cidadãos às informações públicas (Art. 5º, XXXIII; Art. 37, § 3º, II; Art. 216, § 2º) • Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. • Princípio Básico: o acesso é a regra e o sigilo é a exceção. – Salvaguardando-se os dados pessoais e as exceções expressas na lei, todas as demais informações são consideradas públicas e, por isso, passíveis de serem disponibilizadas aos cidadãos. LAI – Visão Geral Temá%ca por capítulo Ar%gos Principais assuntos Aplicabilidade da Lei 1 e 2 Quem se submete ao regramento. Diretrizes (princípios) 3 Diretrizes do direito fundamental de acesso a informações. Glossário 4 Definições de expressões básicas: informação, documento, informação sigilosa, etc. GaranIas do direito de acesso 5, 6, 7 e 9 Compromissos e deveres do Estado: direito de acesso e de informar é regra; não pode deixar o cidadão no limbo; SIC; Audiências Públicas. Transparência aIva -‐ divulgação proaIva 8 Categorias de informação a serem divulgadas proaIvamente; Canais e formas de divulgação. Transparência passiva -‐ pedidos de informação 10 a 14 Exigências para o pedido (idenIficação do cidadão); Procedimentos, prazos e custo para o atendimento . Direito de recurso à recusa de liberação de informação 15 a 20 Procedimentos e prazos para recurso – ritos legais; Autoridades responsáveis; Pedido de desclassificação. Restrições de acesso – Exceções ao direito de acesso 21 a 31 Regras e níveis de restrição de acesso (classificação); Prazos (5, 15 e 25 anos); Controle de informações sigilosas e pessoais; JusIficaIvado não acesso. Responsabilidade dos agentes 32 a 34 Condutas ilícitas; Sanções. Disposições gerais 35 a 47 Comissão Mista de Reavaliação de Informações; outras. www.acasadoconcurseiro.com.br28 • Aplicabilidade: todos órgãos públicos + privados sem fins $$. • Direito de obter informação e/ou orientação: não pode omitir ou deixar o cidadão no limbo. • Exceção: informação imprescindível à segurança do Estado e da sociedade. • Transparência Ativa: obrigatório internet, exceto municípios até 10 mil hab. • Transparência Passiva: • Qualquer interessado, basta identificação e especificação. • Não interessa o motivo! • Prazo: regra = imediato e gratuito; ou 20 dias + 10 (justificativa); pode cobrar. • Negou informação? Recurso: cidadão (10 dias) p/ autoridade (5 dias). • Classificação (grau de sigilo): ultra* (25 anos), secreta (15), **reservada (5). • Pessoais: até 100 anos. • * pode ser renovada 1 vez; ** término mandato Presidente, vice, cônjuge, filhos. www.acasadoconcurseiro.com.br direito constitucional Prof. André Vieira IGP-RS 31 DIREITO constitucional www.acasadoconcurseiro.com.br32 curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 33 www.acasadoconcurseiro.com.br34 curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 35 www.acasadoconcurseiro.com.br36 curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 37 www.acasadoconcurseiro.com.br38 curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 39 www.acasadoconcurseiro.com.br40 curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 41 www.acasadoconcurseiro.com.br42 curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 43 www.acasadoconcurseiro.com.br direito processual penal Prof. Joerberth Nunes IGP-RS 47 direito processual penal MATERIAL DE REVISÃO PRÉ-PROVA PARA CONCURSO DO IGP INQUÉRITO POLICIAL • O inquérito policial é um procedimento administrativo, logo, não é processo. • São características do inquérito policial: inquisitório; dispensável; indisponível; sigiloso. • Prazo: 10 dias para indiciado preso; 30 dias para indiciado solto. • Formas de abertura de inquérito policial: de ofício, no caso de crimes de ação penal pública incondicionada; por requisição judicial ou do Ministério Público; mediante representação nos crimes de ação penal pública incondicionada; mediante requerimento da vítima nos caso de crimes de ação penal privada. AÇÃO PENAL • São espécies de ação penal: pública incondicionada; pública condicionada e penal privada. • O juiz é a única Autoridade que pode arquivar o inquérito, porém a pedido do Ministério Público. • O prazo para representação e para oferecer a queixa-crime é, em regra, de seis meses a contar da data em que a vítima souber quem é o autor do fato, exceto na ação penal privada subsidiária da pública, pois, neste caso, conta-se a partir da data que terminou o prazo para o Ministério Público ajuizar a ação penal pública. • O perdão é ato bilateral e extingue a punibilidade em crimes de ação penal privada. • A perempção extingue a punibilidade em crimes de ação penal privada. www.acasadoconcurseiro.com.br48 COMPETÊNCIA • A regra é do juízo onde o crime foi consumado. • Nos casos de conexão ou continência haverá união de processos. PROVA • Art. 155, CPP: princípio do livre convencimento motivado. • Art. 157, CPP: princípio da inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos (e provas ilícitas por derivação). • Sempre que infração penal deixar vestígios deve haver o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. • O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizadas por perito oficial, portador de diploma de nível superior. Na falta de perito oficial, o exame será realizado por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. • Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. • O interrogatório é constituído de duas fases: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos. • Quando o acusado não falar a língua nacional, o interrogatório será feito por meio de intérprete. • A confissão é divisível e retratável. • A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor, exceto nas hipóteses legais. • São proibidas de depor as pessoas que saibam dos fatos em razão de função, ministério, ofício ou profissão e devam guardar segredo, exceto se desobrigadas pela parte interessada. • São meios de prova: a acareação e o auto de reconhecimento de pessoas e coisas. • A busca e apreensão pode ser: domiciliar ou pessoal. (art. 5º, XI, CF) SUJEITOS DO PROCESSO • Dentre as causas de impedimento dos juízes, tem-se: não pode exercer a jurisdição no processo em que tiver funcionado seu cônjuge ou parentem consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito. • Não podem ser peritos, dentre outros: os analfabetos e menores de 21 anos. curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 49 LEI Nº 11.340/06 É vedada a a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa. LEI Nº 8.666/93 • Os crimes da lei de licitações são de ação penal pública incondicionada. www.acasadoconcurseiro.com.br estatutoS da igualdade racial Prof. Mateus Silveira IGP-RS 53 estatutoS da igualdade racial ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL (LEI FEDERAL Nº 12.288/10 E LEI ESTADUAL LEI Nº 13.694/11) A Lei nº 12.288/10 (Estatuto da Igualdade racial) têm 65 artigos e se organiza da seguinte forma: Título I – Das Disposições gerais (art. 1º ao 5º); Título II – Dos Direitos Fundamentais (art. 6º ao 46); Título III – Do Sistema Nacional da Promoção da Igualdade Racial – SINAPIR (art. 47 a 57); Título IV – Das Disposições finais (art. 58 a 65). TÍTULO I Disposições preliminares Segundo o art. 1º a lei foi instituída e destinada a população negra. Art. 1º Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às de- mais formas de intolerância étnica. Conceitos Importantes fixados pela lei I – discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou pre- ferência baseada em raça, cor, descendên- cia ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhe- cimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liber- dades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada; II – desigualdade racial: toda situação in- justificada de diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica; III – desigualdade de gênero e raça: assime- tria existente no âmbito da sociedade que acentua a distância social entre mulheres negras e os demais segmentos sociais; IV – população negra: o conjunto de pes- soas que se autodeclaram pretas e pardas, conforme o quesito cor ou raça usado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou que adotam autodefi- nição análoga; V – políticas públicas: as ações, iniciativas e programas adotados pelo Estado no cum- primento de suas atribuições institucionais; VI – ações afirmativas: os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativaprivada para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades. Art. 4º A participação da população negra, em condição de igualdade de oportunidade, na vida econômica, social, política e cultural do País será promovida, prioritariamente, por meio de: I – inclusão nas políticas públicas de desen- volvimento econômico e social; www.acasadoconcurseiro.com.br54 II – adoção de medidas, programas e políti- cas de ação afirmativa; III – modificação das estruturas institucio- nais do Estado para o adequado enfren- tamento e a superação das desigualdades étnicas decorrentes do preconceito e da discriminação étnica; IV – promoção de ajustes normativos para aperfeiçoar o combate à discriminação étni- ca e às desigualdades étnicas em todas as suas manifestações individuais, institucio- nais e estruturais; V – eliminação dos obstáculos históricos, socioculturais e institucionais que impe- dem a representação da diversidade étnica nas esferas pública e privada; VI – estímulo, apoio e fortalecimento de iniciativas oriundas da sociedade civil dire- cionadas à promoção da igualdade de opor- tunidades e ao combate às desigualdades étnicas, inclusive mediante a implementa- ção de incentivos e critérios de condiciona- mento e prioridade no acesso aos recursos públicos; VII – implementação de programas de ação afirmativa destinados ao enfrentamento das desigualdades étnicas no tocante à edu- cação, cultura, esporte e lazer, saúde, segu- rança, trabalho, moradia, meios de comuni- cação de massa, financiamentos públicos, acesso à terra, à Justiça, e outros. Parágrafo único. Os programas de ação afirmativa constituir-se-ão em políticas pú- blicas destinadas a reparar as distorções e desigualdades sociais e demais práticas dis- criminatórias adotadas, nas esferas pública e privada, durante o processo de formação social do País. Art. 5º Para a consecução dos objetivos desta Lei, é instituído o Sistema Nacional de Promo- ção da Igualdade Racial (Sinapir), conforme es- tabelecido no Título III. TÍTULO II (DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – ART. 6º A 46) Direito a Saúde Art. 7º O conjunto de ações de saúde voltadas à população negra constitui a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, organi- zada de acordo com as diretrizes abaixo especi- ficadas: I – ampliação e fortalecimento da participa- ção de lideranças dos movimentos sociais em defesa da saúde da população negra nas instâncias de participação e controle social do SUS; II – produção de conhecimento científico e tecnológico em saúde da população negra; III – desenvolvimento de processos de infor- mação, comunicação e educação para con- tribuir com a redução das vulnerabilidades da população negra. Art. 8º Constituem objetivos da Política Nacio- nal de Saúde Integral da População Negra: I – a promoção da saúde integral da popu- lação negra, priorizando a redução das desi- gualdades étnicas e o combate à discrimina- ção nas instituições e serviços do SUS; II – a melhoria da qualidade dos sistemas de informação do SUS no que tange à cole- ta, ao processamento e à análise dos dados desagregados por cor, etnia e gênero; III – o fomento à realização de estudos e pesquisas sobre racismo e saúde da popu- lação negra; IV – a inclusão do conteúdo da saúde da população negra nos processos de forma- ção e educação permanente dos trabalha- dores da saúde; V – a inclusão da temática saúde da popu- lação negra nos processos de formação po- lítica das lideranças de movimentos sociais curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 55 para o exercício da participação e controle social no SUS. Parágrafo único. Os moradores das comu- nidades de remanescentes de quilombos serão beneficiários de incentivos específi- cos para a garantia do direito à saúde, in- cluindo melhorias nas condições ambien- tais, no saneamento básico, na segurança alimentar e nutricional e na atenção inte- gral à saúde. Direito a Educação Art. 11. Nos estabelecimentos de ensino fun- damental e de ensino médio, públicos e priva- dos, é obrigatório o estudo da história geral da África e da história da população negra no Bra- sil, observado o disposto na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. § 1º Os conteúdos referentes à história da população negra no Brasil serão ministra- dos no âmbito de todo o currículo escolar, resgatando sua contribuição decisiva para o desenvolvimento social, econômico, polí- tico e cultural do País. Art. 19. O poder público incentivará a celebra- ção das personalidades e das datas comemo- rativas relacionadas à trajetória do samba e de outras manifestações culturais de matriz afri- cana, bem como sua comemoração nas institui- ções de ensino públicas e privadas. Art. 20. O poder público garantirá o registro e a proteção da capoeira, em todas as suas moda- lidades, como bem de natureza imaterial e de formação da identidade cultural brasileira, nos termos do art. 216 da Constituição Federal. Parágrafo único. O poder público busca- rá garantir, por meio dos atos normativos necessários, a preservação dos elementos formadores tradicionais da capoeira nas suas relações internacionais. Seção IV DO ESPORTE E LAZER Art. 21. O poder público fomentará o pleno acesso da população negra às práticas despor- tivas, consolidando o esporte e o lazer como di- reitos sociais. Direito ao Esporte ao Lazer Art. 22. A capoeira é reconhecida como des- porto de criação nacional, nos termos do art. 217 da Constituição Federal. Direito ao Acesso à Terra e a Moradia Adequada Acesso a terra Art. 31. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas ter- ras é reconhecida a propriedade definitiva, de- vendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos. Art. 32. O Poder Executivo federal elaborará e desenvolverá políticas públicas especiais volta- das para o desenvolvimento sustentável dos re- manescentes das comunidades dos quilombos, respeitando as tradições de proteção ambiental das comunidades. Do Direito a Moradia Art. 35. O poder público garantirá a implemen- tação de políticas públicas para assegurar o di- reito à moradia adequada da população negra que vive em favelas, cortiços, áreas urbanas subutilizadas, degradadas ou em processo de degradação, a fim de reintegrá-las à dinâmica urbana e promover melhorias no ambiente e na qualidade de vida. Parágrafo único. O direito à moradia ade- quada, para os efeitos desta Lei, inclui não apenas o provimento habitacional, mas também a garantia da infraestrutura urba- na e dos equipamentos comunitários asso- ciados à função habitacional, bem como a assistência técnica e jurídica para a constru- www.acasadoconcurseiro.com.br56 ção, a reforma ou a regularização fundiária da habitação em área urbana. Dos Meios de Comunicação Art. 46. Os órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica ou fundacio- nal, as empresas públicas e as sociedades de economia mista federais deverão incluir cláusu- las de participação de artistas negros nos con- tratos de realização de filmes, programas ou quaisquer outras peças de caráter publicitário. O Sistema Nacional da Promoção da Igualdade Racial (SINAPIR) – art. 47 a 57. Art. 47. É instituído o Sistema Nacional de Pro- moção da Igualdade Racial (Sinapir) como for- ma de organização e de articulação voltadas à implementação do conjunto de políticas e ser- viços destinados a superar as desigualdades ét- nicas existentes no País, prestados pelo poder público federal. § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Mu- nicípios poderão participar do Sinapir me- diante adesão. § 2º O poder público federal incentivará a sociedade e a iniciativa privada a participar do Sinapir. Art. 48. São objetivos do Sinapir: I – promover a igualdade étnica e o com- bate às desigualdades sociais resultantes do racismo, inclusive mediante adoção de ações afirmativas; II – formular políticas destinadas a comba-ter os fatores de marginalização e a promo- ver a integração social da população negra; III – descentralizar a implementação de ações afirmativas pelos governos estaduais, distrital e municipais; IV – articular planos, ações e mecanismos voltados à promoção da igualdade étnica; V – garantir a eficácia dos meios e dos ins- trumentos criados para a implementação das ações afirmativas e o cumprimento das metas a serem estabelecidas. curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 57 ESTATUTO ESTADUAL DA IGUALDADE RACIAL – LEI Nº 13.694/11 de 20/01/2011 A lei estadual tem 24 artigos e divide-se em par- te geral e seis capítulos: Disposições Gerais – art. 1º ao art. 3º; Capítulo I – Direito à Vida e a Saúde – art. 4º ao art. 8º; Capítulo II – Direito à Cultura, à Educação, ao Esporte e ao Lazer – art. 9 ao art. 16; Capítulo III – Do Acesso ao Mercado de Traba- lho – art. 17 ao 18; Capítulo IV – Das Terras Quilombolas – art. 19; Capítulo V – Da Comunicação Social – art. 20 a art. 23; Capítulo VI – Das Disposições Finais – art. 24. Os arts. 1º ao 3º trazem conceitos básicos para o ordenamento estadual que na sua maioria já estão no diploma federal que trata do mesmo tema. Art. 1º Esta Lei institui o Estatuto Estadual da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa contra quaisquer religiões, como ação estadual de desenvolvimento do Rio Grande do Sul, objetivando a superação do preconceito, da discriminação e das desigualdades raciais. § 1º Para efeito deste Estatuto, considerar- -se-á discriminação racial toda distinção, exclusão ou restrição baseada em raça, cor, descendência, origem nacional ou étnica que tenha por objetivo cercear o reconhe- cimento, o gozo ou o exercício dos direitos humanos e das liberdades fundamentais em qualquer campo da vida pública ou pri- vada, asseguradas as disposições contidas nas legislações pertinentes à matéria. § 2º Para efeito deste Estatuto, considerar- -se-á desigualdade racial toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica. § 3º Para beneficiar-se do amparo deste Estatuto, considerar-se-á negro aquele que se declare, expressamente, como negro, pardo, mestiço de ascendência africana, ou através de palavra ou expressão equivalen- te que o caracterize negro. § 4º Para efeito deste Estatuto, serão con- sideradas ações afirmativas os programas e as medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades. § 5º O Poder Público adotará as medidas necessárias para o combate à intolerância para com as religiões, inclusive coibindo a utilização dos meios de comunicação social para a difusão de proposições que expo- nham pessoa ou grupo ao ódio ou ao des- prezo por motivos fundados na religiosida- de. Art. 2º O Estatuto Estadual da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa orienta- rá as políticas públicas, os programas e as ações implementadas no Estado, visando a: I – medidas reparatórias e compensatórias para os negros pelas sequelas e consequ- ências advindas do período da escravidão e das práticas institucionais e sociais que con- tribuíram para aprofundar as desigualdades raciais presentes na sociedade; II – medidas inclusivas, nas esferas pública e privada, que assegurem a representação equi- librada dos diversos segmentos raciais com- ponentes da sociedade gaúcha, solidificando a democracia e a participação de todos. www.acasadoconcurseiro.com.br58 Art. 8º Os negros terão políticas públicas desti- nadas à redução do risco de doenças que têm maior incidência, em especial, a doença falcifor- me, as hemoglobinopatias, o lúpus, a hiperten- são, o diabetes e os miomas. Art. 10. O Estado deve promover o acesso dos negros ao ensino gratuito, às atividades esporti- vas e de lazer e apoiar a iniciativa de entidades que mantenham espaço para promoção social desta parcela da população. Art. 11. Nas datas comemorativas de caráter cí- vico, as instituições de ensino públicas deverão inserir nas aulas, palestras, trabalhos e ativida- des afins, dados históricos sobre a participação dos negros nos fatos comemorados. Art. 12. As instituições de ensino deverão res- peitar a diversidade racial quando promove- rem debates, palestras, cursos ou atividades afins, convidando negros, entre outros, para discorrer sobre os temas apresentados. Art. 13. O Poder Público deverá promover cam- panhas que divulguem a literatura produzida pelos negros e aquela que reproduza a história, as tradições e a cultura do povo negro. Art. 14. Nas instituições de ensino, públicas e privadas, deverá ser oportunizado o aprendi- zado e a prática da capoeira, como atividade esportiva, cultural e lúdica, sendo facultada a participação dos mestres tradicionais de capo- eira para atuarem como instrutores desta arte- -esporte. Art. 15. O Estado deverá promover programas de incentivo, inclusão e permanência da popu- lação negra nos ensinos Médio, Técnico e Supe- rior, adotando medidas para: Art. 16. O Estado deverá promover políticas que valorizem a cultura “Hip-Hop” em suas ma- nifestações de canto do “Rap”, da instrumenta- ção dos “DJs”, da dança do “break dance” e da pintura do grafite. Art. 18. A inclusão do quesito raça, a ser regis- trado segundo a autoclassificação, será obriga- tória em todos os registros administrativos di- recionados a empregadores e trabalhadores dos setores público e privado. CAPÍTULO IV DAS TERRAS QUILOMBOLAS Art. 19. Aos remanescentes das comunidades de quilombos que estejam ocupando terras qui- lombolas no Rio Grande do Sul, será reconheci- da a propriedade definitiva das mesmas, estan- do o Estado autorizado a emitir-lhes os títulos respectivos, em observância ao direito assegu- rado no art. 68 do Ato das Disposições Consti- tucionais Transitórias da Constituição Federal e na Lei nº 11.731, de 9 de janeiro de 2002, que dispõe sobre a regularização fundiária de áreas ocupadas por remanescentes de comunidades de quilombos. CAPÍTULO V DA COMUNICAÇÃO SOCIAL Art. 20. A idealização, a realização e a exibição das peças publicitárias veiculadas pelo Poder Público deverão observar percentual de artis- tas, modelos e trabalhadores afrodescenden- tes em número equivalente ao resultante do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Es- tatística – IBGE – de afro-brasileiros na composi- ção da população do Rio Grande do Sul. Art. 21. A produção veiculada pelos órgãos de comunicação valorizará a herança cultural e a participação da população negra na história do Estado. Art. 23. Os órgãos e as entidades da Administra- ção Pública Estadual poderão incluir cláusulas de participação de artistas negros nos contra- tos de realização de filmes, programas ou quais- quer outras peças de caráter publicitário nos termos da Lei Federal nº 12.288/2010. www.acasadoconcurseiro.com.br plano de carreira Prof. Mateus Silveira IGP-RS 61 plano de carreira LEI Nº 14.519, DE 8 DE ABRIL DE 2014 (atualizada até a Lei nº 14.985, de 16 de janeiro de 2017) Reestrutura o Plano de Classificação de Cargos e Vencimentos do Instituto-Geral de Perícias – IGP, de que trata a Lei nº 11.770, de 05 de abril de 2002, e alterações, e dá outras providências. CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Fica reestruturado, nos termos desta Lei, o Plano de Classificação de Cargos e Vencimen- tos do Instituto-Geral de Perícias – IGP, instituí- do pela Lei nº 11.770, de 05 de abril de 2002, e alterações, da seguinte forma: I – Quadro de Cargos de Provimento Efetivo; II – Quadro de Funções Gratificadas. Art. 2º O regime jurídico dos Quadros do IGP é o instituído pela Lei Complementar nº 10.098, de 03 de fevereiro de 1994, e alterações, observa- das as disposições desta Lei. CAPÍTULO II DA ESTRUTURA DO QUADRODE CARGOS DE PROVIMENTO EFETIVO Art. 3º O Quadro de Cargos de Provimento Efe- tivo do Instituto-Geral de Perícias fica constitu- ído por 1.751 cargos distribuídos nas seguintes categorias funcionais: QUADRO DE CARGOS (Página 7 do material) Parágrafo único. As especificações e os pré- -requisitos mínimos para o provimento dos cargos de que trata o “caput” deste artigo estão estabelecidos no Anexo I desta Lei, podendo o edital de concurso público de provas ou de provas e títulos para ingresso nas categorias funcionais integrantes dos Quadros de Cargos de Provimento Efetivo do IGP estabelecer outras especificações e outros pré-requisitos, a critério da Adminis- tração Pública Estadual. (Redação dada pela Lei nº 14.985/17) CAPÍTULO III DO INGRESSO, LOTAÇÃO E REMOÇÃO Seção I DO INGRESSO Art. 4º O ingresso nas categorias funcionais in- tegrantes dos Quadros de Cargos de Provimen- to Efetivo do IGP dar-se-á na Primeira Classe, mediante nomeação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecida a ri- gorosa ordem de classificação final, atendida a existência de cargo vago e a conveniência do serviço. § 1º O concurso público será estadual ou regionalizado, a critério da Administração Pública Estadual. § 2º O(A) servidor(a) nomeado(a) será lotado(a) na Escola de Perícias do IGP, onde entrará em exercício para realizar o Curso de Formação Profissional. www.acasadoconcurseiro.com.br62 Art. 5º São requisitos básicos para o provimen- to das categoriais funcionais integrantes dos Quadros de Cargos de Provimento Efetivo: I – ser brasileiro(a) nato(a) ou naturalizado(a), ressalvados os casos dos(as) estrangeiros(as), na forma da Lei Complementar Estadual nº 13.763, de 19 de julho de 2011; II – gozar dos direitos políticos; III – estar em dia com as obrigações do ser- viço militar, se do sexo masculino; IV – ter idade mínima de dezoito anos; V – possuir aptidão física e mental, com- provada mediante laudo médico expedido pelo Departamento de Perícia Médica do Estado do Rio Grande do Sul, ressalvados os casos de portadores de deficiência, na forma da Lei; VI – comprovação da escolaridade mínima exigida para o desempenho do cargo; VII – possuir Carteira Nacional de Habilita- ção, para as categorias funcionais que tive- rem a atribuição de conduzir viaturas ofi- ciais; VIII – aprovação na avaliação da aptidão psicológica. IX – possuir idoneidade moral, constatada por meio de investigação da vida pregressa (Incluído pela Lei nº 14.985/17) Parágrafo único. A avaliação de aptidão psicológica de que trata o inciso VIII, terá caráter eliminatório e visa verificar, tec- nicamente, dados da personalidade do(a) candidato(a) e se o(a) mesmo(a) possui o perfil e a capacidade mental e psicomotora específicos para o exercício das atribuições do cargo a que estiver concorrendo. Seção II DA LOTAÇÃO Art. 6º A lotação dos cargos será no âmbito do Instituto-Geral de Perícias, considerando a ne- cessidade e a conveniência, sendo competên- cia do Diretor-Geral do Instituto-Geral de Perí- cias provê-los. § 1º A escolha da unidade de lotação para o efetivo exercício do cargo, dentre as va- gas disponibilizadas em concurso público, será realizada após o Curso de Formação Profissional, tendo preferência para a es- colha o(a) servidor(a) que obtiver maior nota no referido curso. § 2º Fica ressalvada a hipótese do §1º do art. 6º deste artigo nos casos em que a es- colha da unidade de lotação seja feita no ato da inscrição do concurso público. § 3º A unidade funcional é o local onde se dá a lotação do cargo. Seção III DA REMOÇÃO Art. 7º Remoção é o deslocamento de servidor(a) efetivo(a) de uma para outra unida- de funcional do IGP, com ou sem mudança de Município. Art. 8º A critério da Administração, o(a) servidor(a) efetivo(a) do IGP poderá ser remo- vido: I – a pedido; II – “ex-officio”. § 1º A remoção a pedido de uma para ou- tra unidade funcional do IGP dependerá de pedido do(a) interessado(a), atendida, em caso de dois ou mais pretendentes, a prefe- rência estabelecida pelo critério de antigui- dade na carreira, com precedência na classe superior. § 2º A remoção a pedido, por permuta, possível entre os(as) servidores(as) inte- grantes da mesma categoria funcional, dependerá de pedido de ambos os(as) interessados(as). § 3º A remoção “ex-officio”, promovida no interesse do serviço, de uma para outra uni- curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 63 dade funcional do IGP, dar-se-á mediante proposição motivada do Diretor-Geral do IGP. § 4º O(A) servidor(a) em estágio probató- rio não poderá ser removido, salvo por de- terminação do Diretor-Geral do IGP. CAPÍTULO IV DO ESTÁGIO PROBATÓRIO, DA JORNADA DE TRABALHO E DA DEDICAÇÃO EXCLUSIVA Seção I DO ESTÁGIO PROBATÓRIO Art. 10. § 1º A pontuação relativa ao aproveita- mento no Curso de Formação Profissional será parte integrante da avaliação do estágio proba- tório, e a não aprovação no curso de formação implicará na sua exoneração. § 2º A pontuação obtida pelo(a) servidor(a) no Curso de Formação Profissional não po- derá exceder a 40% do valor dos demais re- quisitos do estágio probatório. § 3º Fica vedada a cedência no período em que o(a) servidor(a) de que trata o “caput” deste artigo estiver cumprindo o estágio probatório, exceto para outros órgãos da Secretaria da Segurança Pública. Atenção: Hoje o prazo de estágio probató- rio é de 3 anos segundo a CF e o Decreto Estadual nº 44.376/06. Seção II DA JORNADA DE TRABALHO Art. 11. A jornada normal de trabalho dos(as) servidores(as) integrantes do Quadro de Cargos de Provimento Efetivo do IGP é de 40 (quaren- ta) horas semanais, em regime de trabalho de tempo integral. Art. 12. Poderá ser exigido o comparecimento ao trabalho nos sábados, domingos e feriados, ou no período da noite, por determinação do superior hierárquico, em casos especiais, ou quando haja escala de serviço para este fim, as- segurado o descanso semanal de 24 horas con- secutivas. Seção III DAS VEDAÇÕES (essa seção revogou a seção da dedicação exclusiva) (Redação dada pela Lei nº 14.985/17) Art. 13. Aos servidores integrantes do quadro do Instituto-Geral de Perícias é vedada a realização de quaisquer perícias ou assistências técnicas contra o interesse do Estado, bem como a atu- ação no âmbito criminal fora das atribuições do cargo, sob pena de caracterização de falta funcional. (Redação dada pela Lei nº 14.985/17) CAPÍTULO V DAS PROMOÇÕES Art. 14. As promoções por antiguidade e mere- cimento dos(as) servidores(as) integrantes do Quadro de Cargos de Provimento Efetivo do IGP obedecerão ao disposto no Título II, Capítulo X da Lei Complementar nº 10.098, de 03 de feve- reiro de 1994, e alterações, bem como o estabe- lecido neste Capítulo e em regulamento. § 1º A promoção constitui a passagem do(a) servidor(a) de uma classe para outra imediatamente superior, quando existir vaga na classe subsequente. § 2º As promoções por antiguidade e me- recimento serão processadas semestral- mente, nos meses de junho e novembro. Art. 15. A orientação e a coordenação dos processos de promoção ficará a cargo da Co- missão de Promoções, composta por seis servidores(as) integrantes do Quadro de Car- gos de Provimento Efetivo do IGP designados pelo Diretor-Geral do IGP, que indicará entre eles(as) o(a) Presidente. www.acasadoconcurseiro.com.br64 Seção III DOS ÓRGÃOS DE PROMOÇÃO E DO PROCESSAMENTO E EFETIVAÇÃO DAS PROMOÇÕES Art. 19. Fica criada a Comissão de Promoções, com a finalidade específica de orientar e coor- denar as atividades relativas às promoções de que tratam os arts. 14 a 18 desta Lei. Art. 20. A Comissão de Promoções será integra- da por no mínimo seis servidores(as) do Qua- dro de Cargos de Provimento Efetivo do IGP, designados(as) pelo Diretor-Geral do IGP, que indicará entre eles(as) o(a) seu(sua) Presidente. Art. 21. Compete à Comissão de Promoções: I – definir os procedimentos aserem utili- zados para a aplicação dos instrumentos de avaliação; II – orientar e supervisionar os procedimen- tos definidos para as promoções; III – orientar o pessoal envolvido na aplica- ção dos quesitos de avaliação, prestando os devidos esclarecimentos às chefias, referen- tes à aplicação dos conceitos de avaliação e desempenho de seus subordinados; IV – elaborar normas para execução das ta- refas relativas às promoções; V – definir e organizar cronograma para execução das promoções de acordo com os prazos estabelecidos em Regulamento; VI – proceder a levantamento e análise dos elementos necessários à efetivação das pro- moções, observando o cronograma previa- mente estabelecido; VII – examinar e pronunciar-se sobre pedi- dos de reconsideração e recursos inerentes às promoções; VIII – estudar os casos omissos e propor à autoridade competente as medidas neces- sárias. Art. 22. As vagas para as promoções, relativas aos meses de junho e novembro de cada ano, serão verificadas, respectivamente, até o último dia dos meses de abril e outubro. Art. 23. O processo de efetivação das promo- ções terá cronograma próprio e envolverá as se- guintes fases: I – a contar da data da publicação da classifi- cação das promoções, os(as) servidores(as) poderão interpor recurso no prazo de sete dias úteis; II – a Comissão de Promoções pronunciar- -se-á sobre o recurso de que trata o inciso anterior, no prazo de quinze dias; III – após esgotados os prazos previstos nos incisos anteriores e examinado os recursos, retificar-se-á a classificação impugnada, quando providos os recursos, ou não, as lis- tas deverão ser reformuladas para conter as classificações definitivas e, após, serão encaminhadas ao Diretor-Geral do IGP para homologação; IV – homologadas as listas de promoção por merecimento, ou por antiguidade, serão encaminhadas ao(à) Secretário(a) de Esta- do ao(a) qual o IGP estiver vinculado para aprovação e efetivação das promoções. CAPÍTULO VI DA DISCIPLINA Art. 24. O Instituto-Geral de Perícias é institui- ção integrante da Secretaria da Segurança Pú- blica, tendo sua organização baseada na hie- rarquia e disciplina. Art. 25. A estrutura hierárquica constitui valor moral e técnico-administrativo, sendo instru- mento de controle e eficácia dos atos opera- cionais e administrativos, e, subsidiariamente, indutores da boa convivência profissional nas diversas categoriais funcionais e classes que compõem os Quadros do IGP, visando assegu- rar a disciplina, a ética e o desenvolvimento do curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 65 espírito de equipe e de mútua cooperação, em ambiente de estima, confiança, lealdade e res- peito recíproco. Art. 26. A hierarquia pericial é a ordenação da autoridade dentro da estrutura do Instituto-Ge- ral de Perícias e refere-se às ações administrati- vas na realização de atividades operacionais. § 1º O regime hierárquico não autoriza in- gerência na emissão do juízo de convenci- mento pericial, desde que este juízo esteja devidamente fundamentado pelos procedi- mentos corretamente executados. § 2º Os(As) servidores(as) de classe supe- rior têm precedência hierárquica sobre os de classe inferior, quando exercem funções no mesmo órgão ou prestem serviços em conjunto, situação em que prevalecerá a su- perioridade do mais antigo na igualdade de classe. § 3º No exercício da atividade de perícia oficial de natureza criminal, é assegurada autonomia técnica e científica às carreiras de Perito Criminal, Perito Médico-Legista e Papiloscopista. Art. 27. A ordenação da autoridade ocorre por cargo ou função de chefia, por categoria funcio- nal, por classe dentro da categoria funcional, na seguinte ordem: I – Perito Criminal e Perito Médico-Legista; II – Papiloscopista e Fotógrafo Criminalísti- co; e III – Técnico em Perícias. Parágrafo único. A autoridade e a respon- sabilidade são proporcionais à classe hie- rárquica, prevalecendo, quando houver igualdade na classe, o(a) servidor(a) mais antigo(a) nela. Art. 28. A hierarquia é a rigorosa observância e o acatamento integral às leis, regulamentos, normas, determinações e disposições que fun- damentam a organização pericial e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, tradu- zindo-se no cumprimento do dever pelos servi- dores do Instituto-Geral de Perícias. Art. 29. São manifestações essenciais de disci- plina: I – correção de atitudes, de modo a preser- var o respeito e o decoro da função pericial; II – obediência pronta às ordens não mani- festamente ilegais; III – consciência das responsabilidades e dos deveres; IV – tratamento ao cidadão com eficiência, presteza e respeito; V – discrição de atitudes e maneiras, na lin- guagem escrita e falada; e VI – colaboração espontânea para a eficácia e eficiência do Instituto-Geral de Perícias. Art. 30. O(A) servidor(a) que exorbitar no cum- primento da ordem superior, desde que legais, responderá pelos excessos que tenha cometido. Parágrafo único. Cabe ao(à) servidor(a), ao receber uma determinação, solicitar os es- clarecimentos necessários ao seu total en- tendimento e compreensão. CAPÍTULO VIII DA REMUNERAÇÃO Art. 32. O vencimento básico dos servidores do Quadro de Cargos de Provimento Efetivo do IGP está estabelecido no Anexo II desta Lei, sem prejuízo do disposto no Art. 1º da Lei nº 14.078, de 15 de agosto de 2012. Art. 33. A Gratificação de Risco de Vida, criada pelo art. 7º da Lei nº 13.483, de 1º de julho de 2010, e alterada pelo art. 1º da Lei nº 13.848, de 16 de dezembro de 2011, devida aos integran- tes dos Quadros de Cargos de Provimento Efe- tivo do IGP fica fixada nos percentuais e prazos estabelecidos na Lei nº 14.078, de 15 de agosto de 2012. www.acasadoconcurseiro.com.br criminalística Prof. Lucas Klassmann IGP-RS 69 criminalística PRÉ-PROVA – CRIMINALÍSTICA Definição de Criminalística • Autônoma e multidisciplinar. • Auxiliar e informativa das autoridades policiais e judiciária. • Análise dos vestígios deixados no local do fato (na cena do crime). • Segundo determinação do Código de Processo Penal, sempre que restarem vestígios materiais pelas infrações penais, o concurso da Criminalística se fará necessariamente presente. Doutrina da Criminalística Postulados da Criminalística: 1) O conteúdo de um Laudo Pericial é invariante em relação ao Perito Criminal que o produziu. Laudos baseados em leis científicas. 2) As conclusões de uma perícia criminalística são independentes dos meios utilizados para alcançá-las, sejam eles mais rápidos, mais modernos ou não. www.acasadoconcurseiro.com.br70 3) A perícia criminalística é independente do tempo, pois a verdade é imutável em relação ao tempo decorrido. Princípios Fundamentais: Observação Análise Interpretação Descrição Documentação A perícia em face da legislação 1) Importância da perícia; 2) Responsabilidade do perito; 3) Exigências formais; 4) Requisitos técnicos; 5) Da requisição de perícia; 6) Nova perícia; 7) Isolamento e preservação de local; 8) Prazo para elaboração do exame e do laudo; 9) Fotografias e outros recursos; 10) Principais perícias elencadas no Código de Processo Penal; 11) Outros dispositivos processuais. Locais de crime Conceituação: • Vestígio: todos os tipos de objetos, marcas ou sinais sensíveis que possam ter relação com o fato investigado. • Evidência: o vestígio que após analisado, mostra-se diretamente relacionado com o delito. Constitui-se exclusivamente de prova material. curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 71 • Indício: É a evidência (antes vestígio) que, após devidamente analisada e interpretada com os resultados dos exames complementares, em conjunto com os dados da investigação policial, tiver uma relação com o fato delituoso e com as pessoas com este relacionadas. Classificação: • Interno ou Externo: interior de edifícios, residências, lojas, pátios de estacionamento, garagens, etc. •Aberto ou Fechado: se há no espaço compreendido pelo local de crime algum tipo de proteção contra as intempéries, este é chamado local fechado. É considerao Misto quando envolve ambos (pátio + casa onde ocorreu). • Público ou particular: se espaço público ou propriedade particular. • Ermo ou Concorrido: Diz respeito ao número de pessoas que acessam o local. Quanto à região de ocorrência: • Imediato: é a área de maior concentração de vestígios da ocorrência do fato. • Mediato: compreende as adjacências do local onde ocorreu o fato. • Relacionado: São aqueles que se referem a uma mesma ocorrência. O isolamento e guarnecimento do local para fins de exames: • Preservados, idôneos ou não violados: quando são mantidos na integridade ou originalidade com que foram deixados pelo agente, após a prática da infração penal, até a chegada dos peritos; • Não preservados, inidôneos ou violados: quando são devassados após a prática da infração penal e antes do comparecimento dos peritos ao local, em detrimento da perícia. Finalidades dos levantamentos dos locais de crime: 1) Constatar se houve ou não infração penal. 2) Qualificar a infração penal. 3) Identificar o(s) criminoso(s) e sua culpabilidade. 4) Perpetuação dos indícios. 5) Legalização do indício. www.acasadoconcurseiro.com.br72 Vestígios e evidências biológicas de interesse forense Exames de manchas de sangue – Luz forenseExames de manchas de sangue – Luz forense Exames de manchas de sangue – Luminol 13 Exames de manchas de sangue - Luminol A luz da quimioluminescência do Luminol é fraca, somente observável no escuro. A reação acontece quando um dos reagentes do Luminol encontra um grupo Heme, componente da hemoglobina, por exemplo. O luminol é altamente sensível. Porém produz falsos positivos ao reagir com peroxidases de plantas, metais (cobre, ferro e outros), produtos à base de cloro (hipoclorito) e outros oxidantes. curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 73 Exames de manchas de sangue – é humano? • Testes imunocromatográficos: qualitativos, rápidos e econômicos, de fácil interpretação. Locais de morte Ao perito cabe analisar a provável origem da morte, por intermédio do exame perinecroscópico do cadáver. No entanto, a ausência de vestígios externos no corpo da vítima, representados por ferimentos, não exclui a possibilidade de morte violenta, o que somente poderá ser comprovado após a necrópsia. Por arma de fogo • Exame do local: Pontos de impacto, distância e direção do tiro, trajetória provável. Colher todos elementos de munição. • Exame da vítima: caracterização dos ferimentos, determinar os orifícios de entrada e de saída e examinar as mãos da vítima (resíduos do tiro). • Exame dos elementos de munição: Caracterizar e fotografar estojos e projéteis, identificar o calibre, identificar de que arma foi disparado. * Conferir procedimentos em relação à espingarda, pistola e revólver. www.acasadoconcurseiro.com.br74 Por instrumentos contundentes, cortantes, perfurantes ou mistos • Por instrumento contundente: pedra, bastão, coronha de arma de fogo, barra metálica, martelo, etc. • Por instrumento cortante: faca, navalha, lâmina de barbear, bisturis, secções de vidro, etc. • Por instrumento perfurante: estilete, agulha, pregos, etc. • Por instrumento pérfurocontundente: projétil de arma de fogo. • Por instrumento cortocontundente: foice, machado, facões, etc. • Por instrumento lacerocontundente: passagem das rodas do veículo sobre o corpo. • Por instrumento cortoperfurante: punhais (profundidade maior que superfície afetada). Por instrumentos cortantes Esgorjamento: É a lesão na parte anterior ou lateral do pescoço; Degola: É a lesão na parte posterior do pescoço (nuca); Decapitação: É uma agressão incisa na região do pescoço, que SEPARA a cabeça do tronco. 1 – Esgorjamento; 2 – Decapitação; 3 – Degola curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 75 Locais de morte provocada por asfixia • Na morte por esganadura há o emprego das mãos na consumação do fato, restando vestígios de equimoses e escoriações produzidas pela pressão dos dedos e unhas. • Sufocação: pode ser direta ou indireta. • Soterramento: presença de elementos sólidos nas vias respiratórias (terra). • Afogamento: Cianose da face, pele macerada, escoriações, plâncton encontrado interna- mente, mutilação pela fauna aquática. Procedimento Operacional Padrão SENASP www.acasadoconcurseiro.com.br76 Genética Forense Recebimento e armazenamento de materiais biológicos para exame de DNA Recebimento: • Conferir os dados e a integridade do lacre e embalagens recebido, bem como conferir se o material chegou dentro das condições indicadas de temperatura e umidade. Caso sejam observadas não conformidades, registrar em documento. Armazenamento para análise a curto prazo: • Sangue: refrigerado de 0°C a 7°C. • Material úmido (peças anatômicas, tecidos moles): congelados a -18°C. • Material seco: ambiente livre de umidade com temp. de até 25°C. Armazenamento para análise a longo prazo: • Sangue e material úmido: congelados a – 18°C. • Swabs e recortes de peças de vestuário: congelados a – 18°C. • Material seco: ambiente livre de umidade com temp. de até 25°C. * O material deve permanecer armazenado até ordem contrária da Justiça. curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 77 Levantamento de local de crime contra a pessoa www.acasadoconcurseiro.com.br medicina legal Prof. Roberto Arena IGP-RS 81 medicina legal PRÉ-PROVA Vestígio: é tudo aquilo que pode ser encontrado no local do crime ou no cadáver; Indício: é todo vestígio relacionado diretamente com o evento; Corpo de delito: é o conjunto de vestígios materiais deixados pelo crime; Exame de corpo de delito: é o exame pericial, com a finalidade de se materializar o crime. Encontra-se regulado pelo CPP. Quando é indispensável o exame de corpo de delito? a) quando a infração for de maior potencial ofensivo. b) quando a infração for cometida por pessoa maior de 18 anos. c) quando a infração deixar vestígios. d) quando já houver isolamento da cena do crime. e) quando os indícios forem claros e fortes. Para o esclarecimento judicial, baseado geralmente num relatório, a autoridade poderá formular questões, ao perito, na forma de quesitos. Esta referência é para: a) parecer médico-legal. b) consulta médico-legal. c) laudo médico-legal. d) atestado médico-legal. e) declaração médico-legal. Na lesão criminosa por vitriolagem, o componente caracterizador presente é: a) o ácido. b) o veneno. c) o arremesso. d) a culpa. e) a forma. www.acasadoconcurseiro.com.br82 Tóxico • Entidade química capaz de causar dano a um sistema biológico, alterando uma função ou levando-o à morte, sob certas condições de exposição. A diferença entre um medicamento e um agente tóxico é: a) o grupamento químico. b) a via de administração. c) a indicação para cada uma das drogas. d) a dose. e) a via de metabolização. Veneno Agente tóxico que altera ou destrói as funções vitais e, segundo alguns autores, é termo para designar substâncias provenientes de animais, com função de autodefesa ou predação. É possível o rastreamento de venenos muitos anos ou séculos depois da sua administração. Um exemplo é a pesquisa de: a) cocaína. b) metilenodioximetanfetamina. c) tetrahidrocanabinol. d) etanol. e) arsênico. Em abril de 1912, aconteceu uma das maiores tragédias da humanidade, o naufrágio do Titanic. A maioria dos passageiros que pularam ao mar acabou morrendo de hipotermia, e esta, por sua vez, decorre da ação de um agente de ordem: a) física. b) térmica. c) fria. d) química. e) mecânica. Um corpo já sem vida foi encontrado no interior de uma sauna, numa capital do centro do país. Provavelmente, a morte se deu por: a) aquecimento pontual. b) distúrbio eletrolítico. c) intermação. d) fulguração. e) queimadura. curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br83 1 – INTERMAÇÃO – calor difuso (sauna) 2 – INSOLAÇÃO – calor difuso (praia) 3 – QUEIMADURA – calor direto A posição de boxeador é bastante comum nos casos que envolvem morte por: a) estrangulamento. b) carbonização. c) afogamento. d) envenenamento por cáusticos. e) queimadura de 2º grau. A diferença entre fulminação e fulguração é que: a) na primeira, ocorre a morte da vítima. b) na segunda, ocorre a morte da vítima. c) na segunda, há o sinal de Tardieu. d) ambas são decorrentes de descarga elétrica natural. e) a segunda é decorrente de morte por sanção penal. No crime de Lesão Corporal, é imprescindível: a) a presença física da lesão. b) a ofensa à integridade física da vítima. c) equimose, escoriação ou hematoma. d) indícios de materialidade. e) NRA. CP – Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940 Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena – detenção, de três meses a um ano. Lesão corporal de natureza grave § 1º Se resulta: I – Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; II – perigo de vida; III – debilidade permanente de membro, sentido ou função; ... www.acasadoconcurseiro.com.br84 O instrumento causador de lesão corporal, com apenas um gume, é capaz de causar que tipo de lesão? a) incisa. b) pérfuro-incisa. c) contundente. d) depende do seu modo de ação. e) punctória. O espectro de coloração da equimose é útil na determinação: a) do agente causador. b) do modo de atuação do agente. c) do tempo de evolução da lesão. d) do tipo penal. e) da natureza do instrumento. O sinal de Bonnet consiste: a) na ausência de sensibilidade. b) na mancha decorrente de queimadura elétrica. c) no infiltrado retolaringeo do enforcamento. d) na equimose puntiforme do pericárdio. e) no biselamento ósseo da transfixação do projetil. Na lesão em “buraco de mina”, pode-se dizer: a) o disparo foi dado à curta distância. b) o disparo foi efetuado por arma de caça. c) o disparo aconteceu sobre superfície rígida. d) que as bordas da entrada são evertidas. e) não estão presentes a orla de escoriação e chamuscamento. Segundo a atual legislação do trânsito, a alcoolemia permitida não pode ser superior a: a) 0,6 mg/dl. b) 0,3 mg/dl. c) zero mg/dl. d) até 2,5 g/l de ar expirado. e) NRA. Agressividade, irritação e distúrbios da fala são sinais e sintomas presentes em que fase da embriaguez? a) excitação. b) confusão. c) sonolência. d) depressão. e) NRA. curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 85 A asfixia por constricção cervical que não é compatível com a forma suicida é: a) o estrangulamento. b) o afogamento. c) a sufocação direta. d) a sufocação tardia. e) a esganadura. As asfixias são tipicamente diagnosticadas: a) pelo sinal de Amussat. b) pelo cogumelo de espuma. c) pelo sulco apergaminhado. d) pelo desprendimento epidérmico. e) não têm forma típica. A mancha negra esclerótica (sinal de Sommer) é fenômeno decorrente de: a) aquecimento corporal. b) transformação abiótica. c) desidratação. d) infiltrado do parênquima pulmonar. e) deposição gravitacional do sangue. Ajudam na determinação do tempo de morte: a) fixação dos livores de hipostase. b) desenluvamento de extremidades. c) presença de pólvora nas mãos. d) temperatura. e) mancha verde hemitorácica. Na perícia do crime de estupro, é necessária a presença de espermatozóides na vagina para a materialização do tipo penal: a) Certo b) Errado A gravidez juridicamente pressupõe: a) ruptura himenal. b) carúnculas mirtiformes. c) conjunção carnal. d) ato obsceno. e) NRA. www.acasadoconcurseiro.com.br medicina legal Prof. Günther Ayala IGP-RS 89 medicina legal REVISÃO Exclusão médico-legal da paternidade Erotologia Forense ANOMALIAS SEXUAIS: A) FORMAS RELATIVAS À QUANTIDADE: Hiperestesia ou aumento: • Onanismo/Masturbação/Quiromania Automáticos. • Erotismo – Tendência abusiva dos atos sexuais. • Priapismo – Ereção dolorosa e persistente ao pênis. desacompanhada do desejo sexual. • Satiríase – Exaltação mórbida e insaciável do instinto sexual masculino. • Ninfomania – Desejo sexual insaciável na mulher. www.acasadoconcurseiro.com.br90 Diminuição: • Anafrodisia – Diminuição do instinto sexual no homem. • Frigidez -Diminuição do apetite sexual na mulher. • Impotência – Masculina e feminina. Inversão: • Uranismo – Prática homossexual masculina. • Sodomia – Prática sexual anal entre homem e mulher. • Pederastia – Prática do coito anal entre indivíduos do sexo masculino de diferença de idade significativa. • Tribadismo, Lesbianismo, Safismo – Prática homossexual feminina. • Ambissexualidade – É a preferência sexual pelos dois sexos. • Narcisismo – É a admiração pelo próprio corpo com indiferença para o sexo oposto. • Topo Inversão (coito ectópico) – Prática sexual por pessoas de sexo oposto em partes diversas do corpo (oral, anal, vestibular, axilar, intermamário, interpodálico etc). • Felação: Sucção do pênis por mulher. • Cunilíngua: Sucção dos genitais femininos por homem. • Crono-inversão: Atração sexual exclusiva pelo sexo oposto com grande diferença de idade • Gerontofilia: Atração sexual dos jovens por pessoas idosas. • Pedofilia: atração sexual de pessoas adultas por crianças. • Etno-inversão: Acentuada preferência sexual por pessoas de raça diferente. • Pigmalionismo: Admiração exagerada e patológica pelas estátuas. Desvio do Instinto: • Sadismo – Satisfação sexual realizada com o sofrimento da pessoa amada. • Masoquismo – É o prazer sexual através do sofrimento físico e moral. • Sado-masoquismo – O prazer é obtido pela produção da dor no próprio indivíduo e no parceiro. • Ecatofilia – A relação sexual está ligada a coisas sujas. • Riparofilia – Atração por aquilo que usualmente gera nojo nos outros. • Necrofilia – Prática sexual com cadáveres. • Frotagem – Prazer sexual em se esfregar em terceiros. Ônibus/Metro etc. • Coprolalia – Excitação sexual em proferir ou ouvir de alguém palavras obscenas. • Coprofagia – Excitação sexual em comer as fezes do (a) parceiro (a) • Urolagnia – Prazer sexual pela excitação de ver alguém no ato da micção ou em ouvir o ruído do jato urinário. • Urofagia – Consiste no prazer em beber a urina do(a) parceiro (a). • Espermofagia – O prazer sexual consiste em deglutir o esperma. • Picacismo – Prazer sexual em ingerir alimentos após colocá-los na parte sexual do(a) parceiro(a) (ânus, vulva, pênis). curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 91 • Bestialismo – Prática de atos libidinosos entre o ser humano e um animal. • Fetichismo – Fixação da libido em certos objetos ou determinada parte do corpo alheio a esfera sexual normal. • Mixoscopia/Voyeurismo – Prazer sexual em presenciar o coito de terceiros. Genitália Externa Feminina www.acasadoconcurseiro.com.br92 Sistema Reprodutor Masculino curso – matéria – Prof. www.acasadoconcurseiro.com.br 93 Fecundação Virgindade www.acasadoconcurseiro.com.br94 Obstetrícia Forense FECUNDAÇÃO (MÉTODOS) → conjunção carnal; → ato libidinoso diverso de conjunção carnal (depósito de sêmen entre as coxas); → fecundação artificial (in vitro); → inseminação artificial (homóloga e heteróloga). CLASSIFICAÇÃO GESTACIONAL → normal; → gemelar univitelina; → gemelar multivitelina; → ectópica; → superfecundação (desenvolvimento de fetos de idades diferentes); → pseudociese (gravidez psicológica). DIAGNÓSTICO → Sinais de probabilidade (forma, consistência e volume). • Sinal de Hegar: com 6 a 8 semanas de gravidez, o útero adquire consistência elástica e amolecida, principalmente na região do seu istmo, o que permite seja ele fletido sobre o colo uterino quando examinado simultaneamente pela palpação abdominal e pelo toque vaginal. Tem-se a sensação de que o corpo do útero está separado do cérvice. • Sinal de Piskacek: a implantação ovular faz com que o útero cresça de forma assimétrica e adquirida, nessa região, consistência
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