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PRÉ-PROVA IGP-RS
PERITO CRIMINAL
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SUMÁRIO
Matéria Professor(a) Página
Português Carlos Zambeli 3
Direito Administrativo Tatiana Marcello 9
Ética Letícia Loureiro 21
Lei de Acesso à Informação Rafael Ravazolo 25
Direito Constitucional André Vieira 29
Direito Processual Penal Joerberth Nunes 45
Estatutos da Igualdade Racial Mateus Silveira 51
Plano de Carreira Mateus Silveira 59
Criminalística Lucas Klassmann 67
Medicina Legal Roberto Arena 79
Medicina Legal Günther Ayala 87
Língua Inglesa Eduardo Folks 99
Raciocínio Lógico Dudan 113
Sumário
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português
Prof. Carlos Zambeli
IGP-RS
5
português
PRÉ-PROVA DO IGP
Caso na frase ‘Esses aplicativos disseminam informações importantes de saúde e não devem 
ser tratados como uma ameaça’ (l. 19-20) a palavra sublinhada fosse passada para o singular, 
quantas outras alterações deveriam ser realizadas para manter a correção do período?
a) Duas.
b) Três.
c) Quatro.
d) Cinco.
e) Seis.
Em ‘Muitos aplicativos, no entanto, pretendem ser parceiros dos médicos’ (l. 38), a conjunção 
sublinhada NÃO poderia ser substituída por:
a) porém.
b) contudo.
c) todavia.
d) portanto.
e) entretanto.
 As perspectivas continuam ruins para a geração de empregos e recuperação econômica,
3 o que ...... impulsionando mudanças na vida 
6 em cinco os motoristas ............ estar na atividade há menos de dois meses.
10 Se a crise ........... as contas e exige que a família se mude
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas das 
linhas 03, 06 e 10.
a) vem – disseram – apertou
b) vêm – disse – apertou
c) vem – disseram – apertaram
d) vêm – disseram – apertaram
e) vêm – disse – apertaram
 
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Com planos, seus interesses focam naquilo que está sendo construído, e informações novas 
tendem a melhorar as condições e viabilizar aquilo que parecia pouco viável. Planeje e 
transforme – o momento é bom para isso. 
Analise as seguintes assertivas a respeito do trecho acima e assinale V, se verdadeiras, ou F, se 
falsas.
( ) As formas verbais ‘focam’ e ‘tendem’ estão flexionadas no presente do indicativo e 
possuem o mesmo sujeito.
( ) A forma verbal ‘parecia’ está flexionada no pretérito perfeito do indicativo.
( ) As formas verbais ‘Planeje’ e ‘transforme’ estão flexionadas na segunda pessoa do singular 
do modo imperativo.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) F – F – F.
b) V – F – F.
c) F – F – V.
d) V – V – V.
e) F – V – V.
Com planos, seus interesses focam naquilo que está sendo construído, e informações novas 
tendem a melhorar as condições e viabilizar aquilo que parecia pouco viável. Planeje e 
transforme – o momento é bom para isso. 
Assinale a alternativa que apresenta de forma correta e respectiva a classificação gramatical 
das palavras sublinhadas.
a) substantivo – pronome – artigo
b) adjetivo – pronome – pronome
c) advérbio – artigo – preposição
d) advérbio – pronome – pronome
e) adjetivo – artigo – pronome
Esse é o clima para o cenário econômico para os próximos meses. 
Analise as seguintes assertivas a respeito da frase acima: 
I – O sujeito da frase é ‘Esse’.
II – O predicado da frase classifica-se como verbal. 
III – Na frase, há um objeto indireto.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas I e III.
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Assinale a alternativa correta em relação às informações fonéticas de palavras retiradas do 
texto.
a) O vocábulo ‘pesquisa’ não apresenta dígrafo.
b) ‘acompanhamento’ tem três dígrafos e apenas um é vocálico.
c) A palavra ‘funcionamento’ possui 13 letras e 12 fonemas.
d) ‘homens’ tem o mesmo número de letras e fonemas.
e) No vocábulo ‘exames’, o ‘x’ tem som de ‘z’.
Em relação aos sinais de pontuação no texto, analise as afirmações que seguem:
I – Na linha 24, os travessões poderiam ser substituídos por vírgulas sem causar qualquer erro 
à frase.
e muitas atividades – como o esconde-esconde – fazem do corpo. 
II – As vírgulas da linha 06 se justificam por separar palavras justapostas assindéticas. 
tropeça na corda vai ter de se casar com um moço loiro, moreno, careca ou cabeludo.
III – A vírgula da linha 18 separa uma oração adverbial desenvolvida.
Quando a amarelinha e a ciranda, entre outras atividades, têm espaço garantido na escola, os 
pequenos ganham a possibilidade de tomar decisões e fazer descobertas emocionais e físicas. 
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Profª Tatiana Marcello
IGP-RS
11
DIREITO ADMINISTRATIVO
1. CONSIDERAÇÕES SOBRE AS 
DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS (ART. 37 AO 41)
1.1. Princípios Constitucionais aplicáveis à Administração Pública
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência...
Trata-se dos princípios expressamente trazidos pela CF/88, considerando que há outros 
princípios aplicáveis.
Para memorizá-los, usa-se o macete do “LIMPE”:
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
1.2. Cargos, empregos e funções públicas 
São acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como 
aos estrangeiros, na forma da lei; 
1.3. Exigência de concurso público
A regra é que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em 
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade 
do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
 
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SERVIDOR	
  
Público	
  
CARGO	
  
Cargo	
  
Efe2vo	
  
concurso	
  
Cargo	
  em	
  
Comissão	
  
concurso	
  
EMPREGADO	
  
Público	
  
EMPREGO	
  
concurso	
  
1.4. Prazo de validade do concurso
O prazo de validade do concurso público será de até 2 anos, prorrogável uma vez, por igual 
período. 
1.5. Direito à livre associação sindical
É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, regra aplicável apenas 
ao servidores públicos civis, já que a CF veda a aplicação aos militares (art. 142, § 3º, IV, CF).
1.6. Direito de greve
O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; porém, 
ainda não regulamentação legal, o que fez com que o STF decidisse pela aplicação da lei que 
regulamenta o direito de greve do empregado na iniciativa privada (Lei nº 7783/89).
1.7. Estabilidade
São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento 
efetivo em virtude de concurso público + avaliação especial de desempenho por comissão 
instituída para essa finalidade. Portanto, são requisitos para aquisição da estabilidade: 
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a) aprovação em concurso público;
b) nomeação para cargo público efetivo;
c) 3 anos de efetivo exercício;
d) avaliação especial de desempenho.
A estabilidade é a garantia de permanência do servidor no serviço público, mas não é absoluta, 
sendo que a própria CF prevê que o servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei 
complementar, assegurada ampla defesa.
Também poderá perder o cargo em caso de despesa de pessoal acima dos limites legais (art. 
169, CF). A Lei complementar n. 101/200 (Lei de Responsabilidade Fiscal) estabelece que o 
limite de despesa com pessoal da União é de 50% da receita líquida, enquanto dos Estados 
e Municípios é de 60%.Ultrapassados esses limites, o ente deverá tomar as seguintes 
providências: 
a) reduzir em pelo menos 20% as despesas com cargos em comissão e funções de confiança; 
b) exoneração dos servidores não estáveis; 
c) se ainda assim ficar fora dos limites legais, o servidor estável poderá perder o cargo.
2. CONSIDERAÇÕES SOBRE A LEI Nº 10.098/94 (Estatuto)
2.1. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Servidor – pessoa legalmente investida em cargo público.
Cargo público – conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor, 
mediante retribuição pecuniária paga pelos cofres públicos.
Requisitos para ingresso no serviço público:
I – possuir a nacionalidade brasileira;
II – estar quite com as obrigações militares e eleitorais;
III – ter idade mínima de 18 anos;
 
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IV – possuir aptidão física e mental;
V – estar em gozo dos direitos políticos;
VI – ter atendido às condições prescritas para o cargo.
2.2. PROVIMENTO 
Provimento é o ato administrativo pelo qual a pessoa física vincula-se à Administração Pública 
ou a um novo cargo, para prestação de um serviço.
Importante: A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
Formas de provimento de cargo público: NAR4
Nomeação
Aproveitamento
Readaptação
Reversão
Reintegração
Recondução
2.2.1. Nomeação
Nomeação é forma originária de provimento de cargo público por pessoa física e pode ser:
a) Nomeação em caráter efetivo – quando se tratar de candidato aprovado em concurso 
público para provimento em cargo efetivo de carreira ou isolado;
b) Nomeação em comissão – quando se tratar de cargo de confiança (de livre nomeação e 
exoneração).
Concurso Público – será de provas ou de provas e títulos. Validade de até 2 anos, prorrogáveis 
uma única vez, por igual período, no interesse da Administração. 
Posse – Posse é a aceitação expressa do cargo. que dar-se-á pela assinatura do respectivo 
termo, no prazo de 15 dias contados da nomeação, prorrogável por igual período a pedido 
do interessado. Não tomando posso no prazo, será tornado sem efeito a nomeação. A posse 
poderá dar-se mediante procuração específica.
Exercício – é o efetivo desempenho das atribuições do cargo. O servidor deverá entrar em 
exercício em até 30 dias contados da posse, sob pena de tornar-se sem efeito sua nomeação. 
Estágio Probatório – segundo expresso no Estatuto, ao entrar em exercício, o servidor nomeado 
para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 2 (dois) 
anos. Porém, esse prazo é considerado inconstitucional pelo STF, já que período de estágio 
probatório deve ser o mesmo para adquirir a estabilidade, que de acordo com a CF é de 3 anos. 
Nesse período o servidor será avaliado na: (macete: P.E.R.D.A)
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Produtividade 
Eficiência
Responsabilidade
Disciplina
Assiduidade
Estabilidade (3 anos) – Aprovado no estágio probatório, o servidor adquirirá estabilidade e 
só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo 
administrativo no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
 
Nomeação	
  
Concurso	
   Nomeação	
   Posse	
   Exercício	
   Estágio	
  Probatório	
  
Estabilida
de	
   Promoção	
  
15	
  dias	
  
(+	
  15)	
   Até	
  30	
  dias	
  
3	
  anos	
  
“PERDA”	
  
2.2.2. Readaptação
Readaptação é a forma de investidura do servidor estável em cargo de atribuições e 
responsabilidades mais compatíveis com sua vocação ou com as limitações que tenha sofrido 
em sua capacidade física ou mental, podendo ser processada a pedido ou “ex- officio”.
2.2.3. Reintegração
Reintegração é o retorno do servidor demitido ao cargo anteriormente ocupado, ou ao 
resultante de sua transformação, em conseqüência de decisão administrativa ou judicial, com 
ressarcimento de prejuízos decorrentes do afastamento.
 
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2.2.4. Reversão
É o retorno à atividade do servidor aposentado por invalidez, quando verificada, por junta 
médica oficial, a insubsistência dos motivos determinantes da aposentadoria. O servidor com 
mais de 60 anos não poderá ter processada a sua reversão
2.2.5. Recondução
É o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado. Ocorrerá em 2 hipóteses:
a) obtenção de resultado insatisfatório em estágio probatório relativo a outro cargo.
b) Reintegração do anterior ocupante.
2.2.6. Aproveitamento
É o retorno à atividade de servidor estável que estava em disponibilidade. Será efetivado, 
obrigatoriamente, em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente 
ocupado.
	
  Funk	
  do	
  Provimento	
  
N	
  de	
  Nomeação,	
  é	
  por	
  aí	
  que	
  eu	
  to	
  dentro	
  
Se	
  ficar	
  disponível,	
  vai	
  ter	
  Aproveitamento	
  
R	
  de	
  Reversão,	
  retornou	
  o	
  aposentado	
  
Fez	
  	
  Readaptação,	
  porque	
  ficou	
  bem	
  limitado	
  
Na	
  Reintegração,	
  foi	
  demi=do	
  injustamente	
  
E	
  na	
  Recondução,	
  rodou	
  no	
  estágio,	
  minha	
  gente?!	
  
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3. LEI Nº 8.429/1992 (LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA)
O rol de condutas tipificadas como atos de improbidade administrativa constante na Lei 
de Improbidade é exemplificativo (não taxativo), já que outras condutas não previstas 
expressamente nessa Lei podem ser consideradas atos de improbidade.
A Lei aplica-se a todos os agentes públicos, servidores ou não, inclusive àquele que, mesmo 
não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se 
beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
Atenção: O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer 
ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.
Atos	
  de	
  Improbidade	
  Administra0va	
  (rol	
  exemplifica0vo)	
  
A.I.	
  
Atos	
  que	
  Importam	
  
Enriquecimento	
  Ilícito	
  
Ideia	
  de	
  que	
  o	
  agente	
  
se	
  beneficiou	
  
Atos	
  que	
  Causam	
  
Prejuízo	
  ao	
  Erário	
  
Ideia	
  de	
  que	
  alguém	
  se	
  
beneficiou	
  
Atos	
  que	
  Atentam	
  
Contra	
  os	
  Princípios	
  da	
  
Administração	
  Pública	
  
Ideia	
  de	
  
subsidiariedade	
  
Atos	
  decorrentes	
  de	
  
concessão	
  ou	
  aplicação	
  
indevida	
  de	
  beneGcio	
  
financeiro	
  ou	
  tributário	
  
 
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4. PODERES ADMINISTRATIVOS
PODERES	
  DA	
  ADMINISTRAÇÃO	
  
Poderes	
  
Hierárquico	
  
Vinculado	
  
Polícia	
  
Regulamentar	
  
(normaCvo)	
  
Discricionário	
  
Disciplinar	
  
5. ATOS ADMINISTRATIVOS
 
ATOS	
  ADMINISTRATIVOS	
  
	
  REQUISITOS	
  :	
  COM	
  FIN	
  FOR	
  MOB	
  
	
  
COMPETÊNCIA	
  -­‐-­‐-­‐-­‐-­‐	
  (quem?)	
  
FINALIDADE	
  -­‐-­‐-­‐-­‐-­‐	
  (para	
  quê)	
  
FORMA	
  -­‐-­‐-­‐-­‐-­‐	
  (como?)	
  
MOTIVO	
  -­‐-­‐-­‐-­‐-­‐	
  (por	
  que?)	
  
OBJETO	
  -­‐-­‐-­‐-­‐-­‐	
  (o	
  que?)	
  
 
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•  ATRIBUTOS	
  (PATI)	
  
Presunção	
   de	
   Legi9midade/Legalidade	
   -­‐	
   o	
   ato	
   é	
   válido	
   (e	
   legí/mo)	
   e	
   deve	
   ser	
  
cumprido	
  até	
  que	
  se	
  prove	
  o	
  contrário	
  (presunção	
  rela/va).	
  
Autoexecutoriedade	
   –	
   o	
   Estado	
   pode	
   executar	
   seus	
   atos	
   sem	
   precisar	
   de	
  
manifestação	
  prévia	
  do	
  Judiciário;	
  mas,	
  posteriormente	
  o	
  Judiciário	
  pode	
  analisar	
  
legalidade	
  do	
  ato.	
  	
  
Tipicidade	
  –	
  respeito	
  às	
  finalidades	
  especificadas	
  em	
  lei;	
  ato	
  não	
  é	
  lei,	
  mas	
  tem	
  por	
  
base	
  uma	
  lei,	
  então	
  deve	
  atender	
  a	
  figuras	
  definidas	
  previamente	
  pela	
  lei.	
  
Impera9vidade	
   –	
   o	
   ato	
   cria	
   unilateralmente	
   obrigação	
   ao	
   par/cular;	
   o	
   Estado	
  
impõe	
  coerci/vamente	
  o	
  ato	
  e	
  tem	
  que	
  ser	
  respeitado,	
  concordando	
  ou	
  não.	
  	
  
6. LICITAÇÕES
 
LICITAÇÃO-­‐	
  Modalidades	
  
I	
  –	
  concorrência	
   	
   	
   	
   	
  II	
  -­‐	
  tomada	
  de	
  preços	
  	
  
	
  
	
  
III	
  –	
  convite	
   	
   	
   	
   	
   	
  IV	
  –	
  concurso	
  	
  
	
  
	
  
V	
  –	
  leilão	
  	
  
 
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Lei	
  10.520/2002	
  –	
  Pregão	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Lei	
  9.986/2000	
  -­‐	
  Consulta	
  
MODALIDADES	
  TIPOS	
  
 Boa Sorte!
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ética
Profª Letícia Loureiro 
IGP-RS
23
ÉTICA
REGRAS GERAIS
Fica criada, no Gabinete do Governador, a Comissão de Ética Pública, com a finalidade 
de assegurar a observância dos preceitos estabelecidos pelo Código de Conduta da Alta 
Administração Estadual e do Código de Ética dos Servidores Públicos Civis do Poder Executivo 
Estadual.
A Comissão de Ética Pública será integrada por cinco cidadãos de reconhecida idoneidade 
moral, reputação ilibada e experiência na Administração Pública, designados pelo Governador 
do Estado para mandato de dois anos, permitida uma recondução.
A Comissão de Ética Pública, no exercício de suas funções, observará a os princípios da 
legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da probidade.
É reconhecido a qualquer pessoa o direito de levar ao conhecimento da Comissão de Ética 
Pública denúncia, notícia ou informação sobre condutas de agentes públicos que possam ser 
consideradas como infração ética, em acordo com a legislação vigente e, em especial, com o 
Código de Conduta da Alta Administração Estadual e o Código de Ética dos Servidores Públicos 
Civis do Poder Executivo Estadual.
CÓDIGO DE CONDUTA DA ALTA ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL 
Consideram-se agentes públicos da alta administração, para efeito deste Decreto, os Secretários 
de Estado e seus respectivos Secretários Adjuntos, e os dirigentes dos órgãos e Entidades da 
Administração Pública Estadual. 
As normas deste Código de Conduta aplicam-se aos Secretários de Estado e respectivos 
Secretários-Adjuntos, e aos dirigentes dos órgãos e Entidades da Administração Pública 
Direta e Indireta do Estado, inclusive as autarquias, fundações mantidas pelo Poder Público, e 
sociedades de economia mista. 
A violação das normas estipuladas neste Código de Conduta, submete o agente público às 
seguintes sanções éticas: 
 • advertência, aplicável aos agentes públicos no exercício do cargo; 
 • censura ética, aplicável aos agentes públicos que já tenham deixado o cargo. Parágrafo 
único: A par das sanções previstas neste artigo, poderá a Comissão de Ética Pública adotar 
outras providências que estejam no seu âmbito de competência. 
 
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CÓDIGO DE ÉTICA DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS 
DO PODER EXECUTIVO ESTADUAL 
Art. 2º O exercício do cargo ou função pública por parte do servidor público deve pautar-se pelos 
deveres de respeito à dignidade, decoro, moralidade, probidade e transparência.
PROCEDIMENTO DE APURAÇÃO DE PRÁTICA VIOLADORA DO CÓDIGO DE 
ÉTICA DA ALTA ADMINISTRAÇÃO E DO CÓDIGO DE ÉTICA DOS SERVIDORES
1. O processo de apuração de prática que infrinja o Código de Conduta da Alta Administração 
Estadual ou o Código de Ética dos Servidores Públicos Civis do Poder Executivo Estadual, 
será instaurado por ato do Presidente da Comissão, de ofício ou a requerimento de 
qualquer dos seus membros;
2. O agente público investigado será notificado para apresentar manifestação escrita no prazo 
de 15 (quinze) dias, observado seu direito à ampla defesa e ao contraditório; 
3. O exercício de suas atribuições, poderá a Comissão de Ética Pública solicitar esclarecimentos 
adicionais ao investigado, documentos e demais elementos que subsidiem sua deliberação; 
4. Reconhecido ao investigado o direito de fazer juntar à defesa escrita, os documentos que 
corroborem suas alegações, bem como o de se manifestar no prazo de 10 (dez) dias, sobre 
novos documentos que venham a ser juntados posteriormente à apresentação da defesa 
escrita; 
5. Concluído o processo de apuração, proferirá a Comissão de Ética Pública decisão conclusiva 
e fundamentada, aprovada por deliberação da maioria dos seus membros; 
6. A decisão que reconhecer o cometimento de infração ética na forma prevista no Código 
de Conduta da Alta Administração ou no Código de Etica dos Servidores Públicos Civis do 
Poder Executivo Estadual, por parte do investigado, poderá dispor o seguinte: 
6.1. Sugestão de exoneração ad nutum do servidor público do cargo em comissão ou 
dispensa da função de confiança, a ser encaminhada à autoridade competente; 
6.2. Encaminhamento da decisão aos órgãos de corregedoria ou correição disciplinares do 
órgão em que o agente público investigado desempenhe suas funções; 
6.3. Encaminhamento da decisão aos demais órgãos de controle da Administração, e quando 
for o caso, ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público Estadual, para 
adoção das providências que entenderem cabíveis no âmbito de suas competências; 
7. Prejuízo do disposto no parágrafo anterior, sempre que constatar a possível ocorrência 
de ilícitos penais, civis, de improbidade administrativa ou de infração disciplinar, será 
encaminhada cópia dos autos às autoridades competentes para apuração destes fatos.
8. Na hipótese da decisão não reconhecer o cometimento de infração ética, a decisão 
será encaminhada ao agente público interessado e a seu superior hierárquico, para 
conhecimento, bem como ao Gabinete de Transparência, Prevenção e Combate à 
Corrupção, para fins de arquivamento.
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lei de acesso à informação
Prof. Rafael Ravazolo
IGP-RS
27
lei de acesso à informação
LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO – 12.527/11
 • Regulamenta o direito constitucional de acesso dos cidadãos às informações públicas (Art. 
5º, XXXIII; Art. 37, § 3º, II; Art. 216, § 2º)
 • Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, 
ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de 
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da 
sociedade e do Estado.
 • Princípio Básico: o acesso é a regra e o sigilo é a exceção.
– Salvaguardando-se os dados pessoais e as exceções expressas na lei, todas as demais 
informações são consideradas públicas e, por isso, passíveis de serem disponibilizadas aos 
cidadãos.
LAI – Visão Geral 
Temá%ca	
  por	
  capítulo Ar%gos Principais	
  assuntos 
Aplicabilidade	
  da	
  Lei 1	
  e	
  2 Quem	
  se	
  submete	
  ao	
  regramento. 
Diretrizes	
  (princípios)	
   3 Diretrizes	
  do	
  direito	
  fundamental	
  de	
  acesso	
  a	
  informações. 
Glossário 4 Definições	
   de	
   expressões	
   básicas:	
   informação,	
   documento,	
  informação	
  sigilosa,	
  etc. 
GaranIas	
  do	
  direito	
  de	
  acesso 5,	
  6,	
  7	
  e	
  9 
Compromissos	
   e	
   deveres	
   do	
   Estado:	
   direito	
   de	
   acesso	
   e	
   de	
  
informar	
   é	
   regra;	
   não	
   pode	
   deixar	
   o	
   cidadão	
   no	
   limbo;	
   SIC;	
  
Audiências	
  Públicas. 
Transparência	
  aIva	
  -­‐	
  divulgação	
  
proaIva 8	
   
Categorias	
  de	
  informação	
  a	
  serem	
  divulgadas	
  proaIvamente;	
  
Canais	
  e	
  formas	
  de	
  divulgação. 
Transparência	
  passiva	
  -­‐	
  pedidos	
  
de	
  informação 10	
  a	
  14 
Exigências	
   para	
   o	
   pedido	
   (idenIficação	
   do	
   cidadão);	
  
Procedimentos,	
  prazos	
  e	
  custo	
  para	
  o	
  atendimento	
  . 
Direito	
   de	
   recurso	
   à	
   recusa	
   de	
  
liberação	
  de	
  informação 15	
  a	
  20 
Procedimentos	
   e	
   prazos	
   para	
   recurso	
   –	
   ritos	
   legais;	
  
Autoridades	
  responsáveis;	
  Pedido	
  de	
  desclassificação. 
Restrições	
  de	
  acesso	
  –	
  
Exceções	
  ao	
  direito	
  de	
  acesso 21	
  a	
  31 
Regras	
  e	
  níveis	
  de	
  restrição	
  de	
  acesso	
  (classificação);	
  Prazos	
  
(5,	
   15	
   e	
   25	
   anos);	
   Controle	
   de	
   informações	
   sigilosas	
   e	
  
pessoais;	
  JusIficaIvado	
  não	
  acesso. 
Responsabilidade	
  dos	
  agentes 32	
  a	
  34 Condutas	
  ilícitas;	
  Sanções. 
Disposições	
  gerais 35	
  a	
  47 Comissão	
  Mista	
  de	
  Reavaliação	
  de	
  Informações;	
  outras. 
 
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 • Aplicabilidade: todos órgãos públicos + privados sem fins $$.
 • Direito de obter informação e/ou orientação: não pode omitir ou deixar o cidadão no 
limbo.
 • Exceção: informação imprescindível à segurança do Estado e da sociedade.
 • Transparência Ativa: obrigatório internet, exceto municípios até 10 mil hab.
 • Transparência Passiva: 
 • Qualquer interessado, basta identificação e especificação. 
 • Não interessa o motivo!
 • Prazo: regra = imediato e gratuito; ou 20 dias + 10 (justificativa); pode cobrar.
 • Negou informação? Recurso: cidadão (10 dias) p/ autoridade (5 dias).
 • Classificação (grau de sigilo): ultra* (25 anos), secreta (15), **reservada (5).
 • Pessoais: até 100 anos.
 • * pode ser renovada 1 vez; ** término mandato Presidente, vice, cônjuge, filhos.
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direito constitucional
Prof. André Vieira
IGP-RS
31
DIREITO constitucional
 
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direito processual penal
Prof. Joerberth Nunes
IGP-RS
47
direito processual penal
MATERIAL DE REVISÃO 
PRÉ-PROVA PARA CONCURSO DO IGP
INQUÉRITO POLICIAL
 • O inquérito policial é um procedimento administrativo, logo, não é processo.
 • São características do inquérito policial: inquisitório; dispensável; indisponível; sigiloso.
 • Prazo: 10 dias para indiciado preso; 30 dias para indiciado solto.
 • Formas de abertura de inquérito policial: de ofício, no caso de crimes de ação penal pública 
incondicionada; por requisição judicial ou do Ministério Público; mediante representação 
nos crimes de ação penal pública incondicionada; mediante requerimento da vítima nos 
caso de crimes de ação penal privada.
AÇÃO PENAL
 • São espécies de ação penal: pública incondicionada; pública condicionada e penal privada.
 • O juiz é a única Autoridade que pode arquivar o inquérito, porém a pedido do Ministério 
Público.
 • O prazo para representação e para oferecer a queixa-crime é, em regra, de seis meses 
a contar da data em que a vítima souber quem é o autor do fato, exceto na ação penal 
privada subsidiária da pública, pois, neste caso, conta-se a partir da data que terminou o 
prazo para o Ministério Público ajuizar a ação penal pública.
 • O perdão é ato bilateral e extingue a punibilidade em crimes de ação penal privada.
 • A perempção extingue a punibilidade em crimes de ação penal privada.
 
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COMPETÊNCIA
 • A regra é do juízo onde o crime foi consumado.
 • Nos casos de conexão ou continência haverá união de processos.
PROVA
 • Art. 155, CPP: princípio do livre convencimento motivado.
 • Art. 157, CPP: princípio da inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos (e provas 
ilícitas por derivação).
 • Sempre que infração penal deixar vestígios deve haver o exame de corpo de delito, direto 
ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
 • O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizadas por perito oficial, portador 
de diploma de nível superior. Na falta de perito oficial, o exame será realizado por duas 
pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área 
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.
 • Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a 
prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
 • O interrogatório é constituído de duas fases: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos.
 • Quando o acusado não falar a língua nacional, o interrogatório será feito por meio de 
intérprete.
 • A confissão é divisível e retratável.
 • A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor, exceto nas hipóteses legais.
 • São proibidas de depor as pessoas que saibam dos fatos em razão de função, ministério, 
ofício ou profissão e devam guardar segredo, exceto se desobrigadas pela parte interessada.
 • São meios de prova: a acareação e o auto de reconhecimento de pessoas e coisas. 
 • A busca e apreensão pode ser: domiciliar ou pessoal. (art. 5º, XI, CF)
SUJEITOS DO PROCESSO
 • Dentre as causas de impedimento dos juízes, tem-se: não pode exercer a jurisdição no 
processo em que tiver funcionado seu cônjuge ou parentem consanguíneo ou afim, em 
linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do 
Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito.
 • Não podem ser peritos, dentre outros: os analfabetos e menores de 21 anos.
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LEI Nº 11.340/06
É vedada a a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de 
cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique 
o pagamento isolado de multa. 
LEI Nº 8.666/93
 • Os crimes da lei de licitações são de ação penal pública incondicionada.
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estatutoS da igualdade racial
Prof. Mateus Silveira
IGP-RS
53
estatutoS da igualdade racial
ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL 
(LEI FEDERAL Nº 12.288/10 E LEI ESTADUAL LEI Nº 13.694/11) 
A Lei nº 12.288/10 (Estatuto da Igualdade racial) 
têm 65 artigos e se organiza da seguinte forma:
Título I – Das Disposições gerais (art. 1º ao 5º);
Título II – Dos Direitos Fundamentais (art. 6º 
ao 46);
Título III – Do Sistema Nacional da Promoção 
da Igualdade Racial – SINAPIR (art. 47 a 57);
Título IV – Das Disposições finais (art. 58 a 65).
TÍTULO I
Disposições preliminares
Segundo o art. 1º a lei foi instituída e destinada 
a população negra.
Art. 1º Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade 
Racial, destinado a garantir à população negra 
a efetivação da igualdade de oportunidades, a 
defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos 
e difusos e o combate à discriminação e às de-
mais formas de intolerância étnica. 
Conceitos Importantes 
fixados pela lei
I – discriminação racial ou étnico-racial: 
toda distinção, exclusão, restrição ou pre-
ferência baseada em raça, cor, descendên-
cia ou origem nacional ou étnica que tenha 
por objeto anular ou restringir o reconhe-
cimento, gozo ou exercício, em igualdade 
de condições, de direitos humanos e liber-
dades fundamentais nos campos político, 
econômico, social, cultural ou em qualquer 
outro campo da vida pública ou privada;
II – desigualdade racial: toda situação in-
justificada de diferenciação de acesso e 
fruição de bens, serviços e oportunidades, 
nas esferas pública e privada, em virtude de 
raça, cor, descendência ou origem nacional 
ou étnica;
III – desigualdade de gênero e raça: assime-
tria existente no âmbito da sociedade que 
acentua a distância social entre mulheres 
negras e os demais segmentos sociais;
IV – população negra: o conjunto de pes-
soas que se autodeclaram pretas e pardas, 
conforme o quesito cor ou raça usado pela 
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE), ou que adotam autodefi-
nição análoga;
V – políticas públicas: as ações, iniciativas 
e programas adotados pelo Estado no cum-
primento de suas atribuições institucionais;
VI – ações afirmativas: os programas e 
medidas especiais adotados pelo Estado e 
pela iniciativaprivada para a correção das 
desigualdades raciais e para a promoção da 
igualdade de oportunidades. 
Art. 4º A participação da população negra, em 
condição de igualdade de oportunidade, na vida 
econômica, social, política e cultural do País 
será promovida, prioritariamente, por meio de: 
I – inclusão nas políticas públicas de desen-
volvimento econômico e social; 
 
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II – adoção de medidas, programas e políti-
cas de ação afirmativa;
III – modificação das estruturas institucio-
nais do Estado para o adequado enfren-
tamento e a superação das desigualdades 
étnicas decorrentes do preconceito e da 
discriminação étnica; 
IV – promoção de ajustes normativos para 
aperfeiçoar o combate à discriminação étni-
ca e às desigualdades étnicas em todas as 
suas manifestações individuais, institucio-
nais e estruturais; 
V – eliminação dos obstáculos históricos, 
socioculturais e institucionais que impe-
dem a representação da diversidade étnica 
nas esferas pública e privada; 
VI – estímulo, apoio e fortalecimento de 
iniciativas oriundas da sociedade civil dire-
cionadas à promoção da igualdade de opor-
tunidades e ao combate às desigualdades 
étnicas, inclusive mediante a implementa-
ção de incentivos e critérios de condiciona-
mento e prioridade no acesso aos recursos 
públicos;
VII – implementação de programas de ação 
afirmativa destinados ao enfrentamento 
das desigualdades étnicas no tocante à edu-
cação, cultura, esporte e lazer, saúde, segu-
rança, trabalho, moradia, meios de comuni-
cação de massa, financiamentos públicos, 
acesso à terra, à Justiça, e outros.
Parágrafo único. Os programas de ação 
afirmativa constituir-se-ão em políticas pú-
blicas destinadas a reparar as distorções e 
desigualdades sociais e demais práticas dis-
criminatórias adotadas, nas esferas pública 
e privada, durante o processo de formação 
social do País. 
Art. 5º Para a consecução dos objetivos desta 
Lei, é instituído o Sistema Nacional de Promo-
ção da Igualdade Racial (Sinapir), conforme es-
tabelecido no Título III.
TÍTULO II 
(DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – 
ART. 6º A 46)
Direito a Saúde
Art. 7º O conjunto de ações de saúde voltadas 
à população negra constitui a Política Nacional 
de Saúde Integral da População Negra, organi-
zada de acordo com as diretrizes abaixo especi-
ficadas:
I – ampliação e fortalecimento da participa-
ção de lideranças dos movimentos sociais 
em defesa da saúde da população negra nas 
instâncias de participação e controle social 
do SUS;
II – produção de conhecimento científico e 
tecnológico em saúde da população negra;
III – desenvolvimento de processos de infor-
mação, comunicação e educação para con-
tribuir com a redução das vulnerabilidades 
da população negra.
Art. 8º Constituem objetivos da Política Nacio-
nal de Saúde Integral da População Negra: 
I – a promoção da saúde integral da popu-
lação negra, priorizando a redução das desi-
gualdades étnicas e o combate à discrimina-
ção nas instituições e serviços do SUS; 
II – a melhoria da qualidade dos sistemas 
de informação do SUS no que tange à cole-
ta, ao processamento e à análise dos dados 
desagregados por cor, etnia e gênero; 
III – o fomento à realização de estudos e 
pesquisas sobre racismo e saúde da popu-
lação negra; 
IV – a inclusão do conteúdo da saúde da 
população negra nos processos de forma-
ção e educação permanente dos trabalha-
dores da saúde; 
V – a inclusão da temática saúde da popu-
lação negra nos processos de formação po-
lítica das lideranças de movimentos sociais 
curso – matéria – Prof.
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para o exercício da participação e controle 
social no SUS. 
Parágrafo único. Os moradores das comu-
nidades de remanescentes de quilombos 
serão beneficiários de incentivos específi-
cos para a garantia do direito à saúde, in-
cluindo melhorias nas condições ambien-
tais, no saneamento básico, na segurança 
alimentar e nutricional e na atenção inte-
gral à saúde.
Direito a Educação
Art. 11. Nos estabelecimentos de ensino fun-
damental e de ensino médio, públicos e priva-
dos, é obrigatório o estudo da história geral da 
África e da história da população negra no Bra-
sil, observado o disposto na Lei nº 9.394, de 20 
de dezembro de 1996.
§ 1º Os conteúdos referentes à história da 
população negra no Brasil serão ministra-
dos no âmbito de todo o currículo escolar, 
resgatando sua contribuição decisiva para 
o desenvolvimento social, econômico, polí-
tico e cultural do País. 
Art. 19. O poder público incentivará a celebra-
ção das personalidades e das datas comemo-
rativas relacionadas à trajetória do samba e de 
outras manifestações culturais de matriz afri-
cana, bem como sua comemoração nas institui-
ções de ensino públicas e privadas.
Art. 20. O poder público garantirá o registro e a 
proteção da capoeira, em todas as suas moda-
lidades, como bem de natureza imaterial e de 
formação da identidade cultural brasileira, nos 
termos do art. 216 da Constituição Federal.
Parágrafo único. O poder público busca-
rá garantir, por meio dos atos normativos 
necessários, a preservação dos elementos 
formadores tradicionais da capoeira nas 
suas relações internacionais.
Seção IV
DO ESPORTE E LAZER
Art. 21. O poder público fomentará o pleno 
acesso da população negra às práticas despor-
tivas, consolidando o esporte e o lazer como di-
reitos sociais.
Direito ao Esporte ao Lazer
Art. 22. A capoeira é reconhecida como des-
porto de criação nacional, nos termos do art. 
217 da Constituição Federal. 
Direito ao Acesso à Terra e 
a Moradia Adequada
Acesso a terra
Art. 31. Aos remanescentes das comunidades 
dos quilombos que estejam ocupando suas ter-
ras é reconhecida a propriedade definitiva, de-
vendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.
Art. 32. O Poder Executivo federal elaborará e 
desenvolverá políticas públicas especiais volta-
das para o desenvolvimento sustentável dos re-
manescentes das comunidades dos quilombos, 
respeitando as tradições de proteção ambiental 
das comunidades.
Do Direito a Moradia
Art. 35. O poder público garantirá a implemen-
tação de políticas públicas para assegurar o di-
reito à moradia adequada da população negra 
que vive em favelas, cortiços, áreas urbanas 
subutilizadas, degradadas ou em processo de 
degradação, a fim de reintegrá-las à dinâmica 
urbana e promover melhorias no ambiente e na 
qualidade de vida.
Parágrafo único. O direito à moradia ade-
quada, para os efeitos desta Lei, inclui não 
apenas o provimento habitacional, mas 
também a garantia da infraestrutura urba-
na e dos equipamentos comunitários asso-
ciados à função habitacional, bem como a 
assistência técnica e jurídica para a constru-
 
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ção, a reforma ou a regularização fundiária 
da habitação em área urbana. 
Dos Meios de Comunicação
Art. 46. Os órgãos e entidades da administração 
pública federal direta, autárquica ou fundacio-
nal, as empresas públicas e as sociedades de 
economia mista federais deverão incluir cláusu-
las de participação de artistas negros nos con-
tratos de realização de filmes, programas ou 
quaisquer outras peças de caráter publicitário. 
O Sistema Nacional da Promoção da 
Igualdade Racial (SINAPIR) – 
art. 47 a 57.
Art. 47. É instituído o Sistema Nacional de Pro-
moção da Igualdade Racial (Sinapir) como for-
ma de organização e de articulação voltadas à 
implementação do conjunto de políticas e ser-
viços destinados a superar as desigualdades ét-
nicas existentes no País, prestados pelo poder 
público federal. 
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Mu-
nicípios poderão participar do Sinapir me-
diante adesão. 
§ 2º O poder público federal incentivará a 
sociedade e a iniciativa privada a participar 
do Sinapir.
Art. 48. São objetivos do Sinapir:
I – promover a igualdade étnica e o com-
bate às desigualdades sociais resultantes 
do racismo, inclusive mediante adoção de 
ações afirmativas; 
II – formular políticas destinadas a comba-ter os fatores de marginalização e a promo-
ver a integração social da população negra; 
III – descentralizar a implementação de 
ações afirmativas pelos governos estaduais, 
distrital e municipais; 
IV – articular planos, ações e mecanismos 
voltados à promoção da igualdade étnica; 
V – garantir a eficácia dos meios e dos ins-
trumentos criados para a implementação 
das ações afirmativas e o cumprimento das 
metas a serem estabelecidas.
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ESTATUTO ESTADUAL DA IGUALDADE RACIAL – 
 LEI Nº 13.694/11 de 20/01/2011
A lei estadual tem 24 artigos e divide-se em par-
te geral e seis capítulos:
Disposições Gerais – art. 1º ao art. 3º;
Capítulo I – Direito à Vida e a Saúde – art. 4º ao 
art. 8º;
Capítulo II – Direito à Cultura, à Educação, ao 
Esporte e ao Lazer – art. 9 ao art. 16;
Capítulo III – Do Acesso ao Mercado de Traba-
lho – art. 17 ao 18;
Capítulo IV – Das Terras Quilombolas – art. 19;
Capítulo V – Da Comunicação Social – art. 20 a 
art. 23;
Capítulo VI – Das Disposições Finais – art. 24.
Os arts. 1º ao 3º trazem conceitos básicos para 
o ordenamento estadual que na sua maioria já 
estão no diploma federal que trata do mesmo 
tema.
Art. 1º Esta Lei institui o Estatuto Estadual da 
Igualdade Racial e de Combate à Intolerância 
Religiosa contra quaisquer religiões, como ação 
estadual de desenvolvimento do Rio Grande do 
Sul, objetivando a superação do preconceito, da 
discriminação e das desigualdades raciais.
§ 1º Para efeito deste Estatuto, considerar-
-se-á discriminação racial toda distinção, 
exclusão ou restrição baseada em raça, cor, 
descendência, origem nacional ou étnica 
que tenha por objetivo cercear o reconhe-
cimento, o gozo ou o exercício dos direitos 
humanos e das liberdades fundamentais 
em qualquer campo da vida pública ou pri-
vada, asseguradas as disposições contidas 
nas legislações pertinentes à matéria.
§ 2º Para efeito deste Estatuto, considerar-
-se-á desigualdade racial toda situação 
injustificada de diferenciação de acesso e 
fruição de bens, serviços e oportunidades, 
nas esferas pública e privada, em virtude de 
raça, cor, descendência ou origem nacional 
ou étnica.
§ 3º Para beneficiar-se do amparo deste 
Estatuto, considerar-se-á negro aquele que 
se declare, expressamente, como negro, 
pardo, mestiço de ascendência africana, ou 
através de palavra ou expressão equivalen-
te que o caracterize negro.
§ 4º Para efeito deste Estatuto, serão con-
sideradas ações afirmativas os programas e 
as medidas especiais adotados pelo Estado 
e pela iniciativa privada para a correção das 
desigualdades raciais e para a promoção da 
igualdade de oportunidades.
§ 5º O Poder Público adotará as medidas 
necessárias para o combate à intolerância 
para com as religiões, inclusive coibindo a 
utilização dos meios de comunicação social 
para a difusão de proposições que expo-
nham pessoa ou grupo ao ódio ou ao des-
prezo por motivos fundados na religiosida-
de.
Art. 2º O Estatuto Estadual da Igualdade Racial 
e de Combate à Intolerância Religiosa orienta-
rá as políticas públicas, os programas e as ações 
implementadas no Estado, visando a: 
I – medidas reparatórias e compensatórias 
para os negros pelas sequelas e consequ-
ências advindas do período da escravidão e 
das práticas institucionais e sociais que con-
tribuíram para aprofundar as desigualdades 
raciais presentes na sociedade;
II – medidas inclusivas, nas esferas pública e 
privada, que assegurem a representação equi-
librada dos diversos segmentos raciais com-
ponentes da sociedade gaúcha, solidificando 
a democracia e a participação de todos.
 
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Art. 8º Os negros terão políticas públicas desti-
nadas à redução do risco de doenças que têm 
maior incidência, em especial, a doença falcifor-
me, as hemoglobinopatias, o lúpus, a hiperten-
são, o diabetes e os miomas.
Art. 10. O Estado deve promover o acesso dos 
negros ao ensino gratuito, às atividades esporti-
vas e de lazer e apoiar a iniciativa de entidades 
que mantenham espaço para promoção social 
desta parcela da população. 
Art. 11. Nas datas comemorativas de caráter cí-
vico, as instituições de ensino públicas deverão 
inserir nas aulas, palestras, trabalhos e ativida-
des afins, dados históricos sobre a participação 
dos negros nos fatos comemorados.
Art. 12. As instituições de ensino deverão res-
peitar a diversidade racial quando promove-
rem debates, palestras, cursos ou atividades 
afins, convidando negros, entre outros, para 
discorrer sobre os temas apresentados.
Art. 13. O Poder Público deverá promover cam-
panhas que divulguem a literatura produzida 
pelos negros e aquela que reproduza a história, 
as tradições e a cultura do povo negro.
Art. 14. Nas instituições de ensino, públicas e 
privadas, deverá ser oportunizado o aprendi-
zado e a prática da capoeira, como atividade 
esportiva, cultural e lúdica, sendo facultada a 
participação dos mestres tradicionais de capo-
eira para atuarem como instrutores desta arte-
-esporte.
Art. 15. O Estado deverá promover programas 
de incentivo, inclusão e permanência da popu-
lação negra nos ensinos Médio, Técnico e Supe-
rior, adotando medidas para:
Art. 16. O Estado deverá promover políticas 
que valorizem a cultura “Hip-Hop” em suas ma-
nifestações de canto do “Rap”, da instrumenta-
ção dos “DJs”, da dança do “break dance” e da 
pintura do grafite.
Art. 18. A inclusão do quesito raça, a ser regis-
trado segundo a autoclassificação, será obriga-
tória em todos os registros administrativos di-
recionados a empregadores e trabalhadores dos 
setores público e privado.
CAPÍTULO IV
DAS TERRAS QUILOMBOLAS
Art. 19. Aos remanescentes das comunidades 
de quilombos que estejam ocupando terras qui-
lombolas no Rio Grande do Sul, será reconheci-
da a propriedade definitiva das mesmas, estan-
do o Estado autorizado a emitir-lhes os títulos 
respectivos, em observância ao direito assegu-
rado no art. 68 do Ato das Disposições Consti-
tucionais Transitórias da Constituição Federal e 
na Lei nº 11.731, de 9 de janeiro de 2002, que 
dispõe sobre a regularização fundiária de áreas 
ocupadas por remanescentes de comunidades 
de quilombos.
CAPÍTULO V
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
Art. 20. A idealização, a realização e a exibição 
das peças publicitárias veiculadas pelo Poder 
Público deverão observar percentual de artis-
tas, modelos e trabalhadores afrodescenden-
tes em número equivalente ao resultante do 
censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Es-
tatística – IBGE – de afro-brasileiros na composi-
ção da população do Rio Grande do Sul.
Art. 21. A produção veiculada pelos órgãos de 
comunicação valorizará a herança cultural e a 
participação da população negra na história do 
Estado.
Art. 23. Os órgãos e as entidades da Administra-
ção Pública Estadual poderão incluir cláusulas 
de participação de artistas negros nos contra-
tos de realização de filmes, programas ou quais-
quer outras peças de caráter publicitário nos 
termos da Lei Federal nº 12.288/2010.
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plano de carreira
Prof. Mateus Silveira
IGP-RS
61
plano de carreira
LEI Nº 14.519, DE 8 DE ABRIL DE 2014
(atualizada até a Lei nº 14.985, de 16 de janeiro de 2017)
Reestrutura o Plano de Classificação de Cargos 
e Vencimentos do Instituto-Geral de Perícias – 
IGP, de que trata a Lei nº 11.770, de 05 de abril 
de 2002, e alterações, e dá outras providências.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Fica reestruturado, nos termos desta Lei, 
o Plano de Classificação de Cargos e Vencimen-
tos do Instituto-Geral de Perícias – IGP, instituí-
do pela Lei nº 11.770, de 05 de abril de 2002, e 
alterações, da seguinte forma:
I – Quadro de Cargos de Provimento Efetivo;
II – Quadro de Funções Gratificadas.
Art. 2º O regime jurídico dos Quadros do IGP é o 
instituído pela Lei Complementar nº 10.098, de 
03 de fevereiro de 1994, e alterações, observa-
das as disposições desta Lei.
CAPÍTULO II
DA ESTRUTURA DO QUADRODE 
CARGOS DE PROVIMENTO EFETIVO
Art. 3º O Quadro de Cargos de Provimento Efe-
tivo do Instituto-Geral de Perícias fica constitu-
ído por 1.751 cargos distribuídos nas seguintes 
categorias funcionais:
QUADRO DE CARGOS (Página 7 do material)
Parágrafo único. As especificações e os pré-
-requisitos mínimos para o provimento dos 
cargos de que trata o “caput” deste artigo 
estão estabelecidos no Anexo I desta Lei, 
podendo o edital de concurso público de 
provas ou de provas e títulos para ingresso 
nas categorias funcionais integrantes dos 
Quadros de Cargos de Provimento Efetivo 
do IGP estabelecer outras especificações e 
outros pré-requisitos, a critério da Adminis-
tração Pública Estadual. (Redação dada pela 
Lei nº 14.985/17)
CAPÍTULO III
DO INGRESSO, LOTAÇÃO E REMOÇÃO
Seção I
DO INGRESSO
Art. 4º O ingresso nas categorias funcionais in-
tegrantes dos Quadros de Cargos de Provimen-
to Efetivo do IGP dar-se-á na Primeira Classe, 
mediante nomeação em concurso público de 
provas ou de provas e títulos, obedecida a ri-
gorosa ordem de classificação final, atendida 
a existência de cargo vago e a conveniência do 
serviço.
§ 1º O concurso público será estadual ou 
regionalizado, a critério da Administração 
Pública Estadual.
§ 2º O(A) servidor(a) nomeado(a) será 
lotado(a) na Escola de Perícias do IGP, onde 
entrará em exercício para realizar o Curso 
de Formação Profissional.
 
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Art. 5º São requisitos básicos para o provimen-
to das categoriais funcionais integrantes dos 
Quadros de Cargos de Provimento Efetivo:
I – ser brasileiro(a) nato(a) ou naturalizado(a), 
ressalvados os casos dos(as) estrangeiros(as), 
na forma da Lei Complementar Estadual nº 
13.763, de 19 de julho de 2011;
II – gozar dos direitos políticos;
III – estar em dia com as obrigações do ser-
viço militar, se do sexo masculino;
IV – ter idade mínima de dezoito anos;
V – possuir aptidão física e mental, com-
provada mediante laudo médico expedido 
pelo Departamento de Perícia Médica do 
Estado do Rio Grande do Sul, ressalvados 
os casos de portadores de deficiência, na 
forma da Lei;
VI – comprovação da escolaridade mínima 
exigida para o desempenho do cargo;
VII – possuir Carteira Nacional de Habilita-
ção, para as categorias funcionais que tive-
rem a atribuição de conduzir viaturas ofi-
ciais;
VIII – aprovação na avaliação da aptidão 
psicológica.
IX – possuir idoneidade moral, constatada 
por meio de investigação da vida pregressa 
(Incluído pela Lei nº 14.985/17)
Parágrafo único. A avaliação de aptidão 
psicológica de que trata o inciso VIII, terá 
caráter eliminatório e visa verificar, tec-
nicamente, dados da personalidade do(a) 
candidato(a) e se o(a) mesmo(a) possui o 
perfil e a capacidade mental e psicomotora 
específicos para o exercício das atribuições 
do cargo a que estiver concorrendo.
Seção II
DA LOTAÇÃO
Art. 6º A lotação dos cargos será no âmbito do 
Instituto-Geral de Perícias, considerando a ne-
cessidade e a conveniência, sendo competên-
cia do Diretor-Geral do Instituto-Geral de Perí-
cias provê-los.
§ 1º A escolha da unidade de lotação para 
o efetivo exercício do cargo, dentre as va-
gas disponibilizadas em concurso público, 
será realizada após o Curso de Formação 
Profissional, tendo preferência para a es-
colha o(a) servidor(a) que obtiver maior 
nota no referido curso.
§ 2º Fica ressalvada a hipótese do §1º do 
art. 6º deste artigo nos casos em que a es-
colha da unidade de lotação seja feita no 
ato da inscrição do concurso público.
§ 3º A unidade funcional é o local onde se 
dá a lotação do cargo.
Seção III
DA REMOÇÃO
Art. 7º Remoção é o deslocamento de 
servidor(a) efetivo(a) de uma para outra unida-
de funcional do IGP, com ou sem mudança de 
Município.
Art. 8º A critério da Administração, o(a) 
servidor(a) efetivo(a) do IGP poderá ser remo-
vido:
I – a pedido;
II – “ex-officio”.
§ 1º A remoção a pedido de uma para ou-
tra unidade funcional do IGP dependerá de 
pedido do(a) interessado(a), atendida, em 
caso de dois ou mais pretendentes, a prefe-
rência estabelecida pelo critério de antigui-
dade na carreira, com precedência na classe 
superior.
§ 2º A remoção a pedido, por permuta, 
possível entre os(as) servidores(as) inte-
grantes da mesma categoria funcional, 
dependerá de pedido de ambos os(as) 
interessados(as).
§ 3º A remoção “ex-officio”, promovida no 
interesse do serviço, de uma para outra uni-
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dade funcional do IGP, dar-se-á mediante 
proposição motivada do Diretor-Geral do 
IGP.
§ 4º O(A) servidor(a) em estágio probató-
rio não poderá ser removido, salvo por de-
terminação do Diretor-Geral do IGP.
CAPÍTULO IV
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO, DA 
JORNADA DE TRABALHO E DA 
DEDICAÇÃO EXCLUSIVA
Seção I
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 10. § 1º A pontuação relativa ao aproveita-
mento no Curso de Formação Profissional será 
parte integrante da avaliação do estágio proba-
tório, e a não aprovação no curso de formação 
implicará na sua exoneração.
§ 2º A pontuação obtida pelo(a) servidor(a) 
no Curso de Formação Profissional não po-
derá exceder a 40% do valor dos demais re-
quisitos do estágio probatório.
§ 3º Fica vedada a cedência no período em 
que o(a) servidor(a) de que trata o “caput” 
deste artigo estiver cumprindo o estágio 
probatório, exceto para outros órgãos da 
Secretaria da Segurança Pública.
Atenção: Hoje o prazo de estágio probató-
rio é de 3 anos segundo a CF e o Decreto 
Estadual nº 44.376/06.
Seção II
DA JORNADA DE TRABALHO
Art. 11. A jornada normal de trabalho dos(as) 
servidores(as) integrantes do Quadro de Cargos 
de Provimento Efetivo do IGP é de 40 (quaren-
ta) horas semanais, em regime de trabalho de 
tempo integral.
Art. 12. Poderá ser exigido o comparecimento 
ao trabalho nos sábados, domingos e feriados, 
ou no período da noite, por determinação do 
superior hierárquico, em casos especiais, ou 
quando haja escala de serviço para este fim, as-
segurado o descanso semanal de 24 horas con-
secutivas.
Seção III
DAS VEDAÇÕES 
(essa seção revogou a seção 
da dedicação exclusiva)
(Redação dada pela Lei nº 14.985/17)
Art. 13. Aos servidores integrantes do quadro do 
Instituto-Geral de Perícias é vedada a realização 
de quaisquer perícias ou assistências técnicas 
contra o interesse do Estado, bem como a atu-
ação no âmbito criminal fora das atribuições 
do cargo, sob pena de caracterização de falta 
funcional. (Redação dada pela Lei nº 14.985/17)
CAPÍTULO V
DAS PROMOÇÕES
Art. 14. As promoções por antiguidade e mere-
cimento dos(as) servidores(as) integrantes do 
Quadro de Cargos de Provimento Efetivo do IGP 
obedecerão ao disposto no Título II, Capítulo X 
da Lei Complementar nº 10.098, de 03 de feve-
reiro de 1994, e alterações, bem como o estabe-
lecido neste Capítulo e em regulamento.
§ 1º A promoção constitui a passagem 
do(a) servidor(a) de uma classe para outra 
imediatamente superior, quando existir 
vaga na classe subsequente.
§ 2º As promoções por antiguidade e me-
recimento serão processadas semestral-
mente, nos meses de junho e novembro.
Art. 15. A orientação e a coordenação dos 
processos de promoção ficará a cargo da Co-
missão de Promoções, composta por seis 
servidores(as) integrantes do Quadro de Car-
gos de Provimento Efetivo do IGP designados 
pelo Diretor-Geral do IGP, que indicará entre 
eles(as) o(a) Presidente.
 
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Seção III 
DOS ÓRGÃOS DE PROMOÇÃO E DO 
PROCESSAMENTO E EFETIVAÇÃO 
DAS PROMOÇÕES
Art. 19. Fica criada a Comissão de Promoções, 
com a finalidade específica de orientar e coor-
denar as atividades relativas às promoções de 
que tratam os arts. 14 a 18 desta Lei.
Art. 20. A Comissão de Promoções será integra-
da por no mínimo seis servidores(as) do Qua-
dro de Cargos de Provimento Efetivo do IGP, 
designados(as) pelo Diretor-Geral do IGP, que 
indicará entre eles(as) o(a) seu(sua) Presidente.
Art. 21. Compete à Comissão de Promoções:
I – definir os procedimentos aserem utili-
zados para a aplicação dos instrumentos de 
avaliação;
II – orientar e supervisionar os procedimen-
tos definidos para as promoções;
III – orientar o pessoal envolvido na aplica-
ção dos quesitos de avaliação, prestando os 
devidos esclarecimentos às chefias, referen-
tes à aplicação dos conceitos de avaliação e 
desempenho de seus subordinados;
IV – elaborar normas para execução das ta-
refas relativas às promoções;
V – definir e organizar cronograma para 
execução das promoções de acordo com os 
prazos estabelecidos em Regulamento;
VI – proceder a levantamento e análise dos 
elementos necessários à efetivação das pro-
moções, observando o cronograma previa-
mente estabelecido;
VII – examinar e pronunciar-se sobre pedi-
dos de reconsideração e recursos inerentes 
às promoções;
VIII – estudar os casos omissos e propor à 
autoridade competente as medidas neces-
sárias.
Art. 22. As vagas para as promoções, relativas 
aos meses de junho e novembro de cada ano, 
serão verificadas, respectivamente, até o último 
dia dos meses de abril e outubro.
Art. 23. O processo de efetivação das promo-
ções terá cronograma próprio e envolverá as se-
guintes fases:
I – a contar da data da publicação da classifi-
cação das promoções, os(as) servidores(as) 
poderão interpor recurso no prazo de sete 
dias úteis;
II – a Comissão de Promoções pronunciar-
-se-á sobre o recurso de que trata o inciso 
anterior, no prazo de quinze dias;
III – após esgotados os prazos previstos nos 
incisos anteriores e examinado os recursos, 
retificar-se-á a classificação impugnada, 
quando providos os recursos, ou não, as lis-
tas deverão ser reformuladas para conter 
as classificações definitivas e, após, serão 
encaminhadas ao Diretor-Geral do IGP para 
homologação;
IV – homologadas as listas de promoção por 
merecimento, ou por antiguidade, serão 
encaminhadas ao(à) Secretário(a) de Esta-
do ao(a) qual o IGP estiver vinculado para 
aprovação e efetivação das promoções.
CAPÍTULO VI
DA DISCIPLINA
Art. 24. O Instituto-Geral de Perícias é institui-
ção integrante da Secretaria da Segurança Pú-
blica, tendo sua organização baseada na hie-
rarquia e disciplina.
Art. 25. A estrutura hierárquica constitui valor 
moral e técnico-administrativo, sendo instru-
mento de controle e eficácia dos atos opera-
cionais e administrativos, e, subsidiariamente, 
indutores da boa convivência profissional nas 
diversas categoriais funcionais e classes que 
compõem os Quadros do IGP, visando assegu-
rar a disciplina, a ética e o desenvolvimento do 
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espírito de equipe e de mútua cooperação, em 
ambiente de estima, confiança, lealdade e res-
peito recíproco.
Art. 26. A hierarquia pericial é a ordenação da 
autoridade dentro da estrutura do Instituto-Ge-
ral de Perícias e refere-se às ações administrati-
vas na realização de atividades operacionais.
§ 1º O regime hierárquico não autoriza in-
gerência na emissão do juízo de convenci-
mento pericial, desde que este juízo esteja 
devidamente fundamentado pelos procedi-
mentos corretamente executados.
§ 2º Os(As) servidores(as) de classe supe-
rior têm precedência hierárquica sobre os 
de classe inferior, quando exercem funções 
no mesmo órgão ou prestem serviços em 
conjunto, situação em que prevalecerá a su-
perioridade do mais antigo na igualdade de 
classe.
§ 3º No exercício da atividade de perícia 
oficial de natureza criminal, é assegurada 
autonomia técnica e científica às carreiras 
de Perito Criminal, Perito Médico-Legista e 
Papiloscopista.
Art. 27. A ordenação da autoridade ocorre por 
cargo ou função de chefia, por categoria funcio-
nal, por classe dentro da categoria funcional, na 
seguinte ordem:
I – Perito Criminal e Perito Médico-Legista;
II – Papiloscopista e Fotógrafo Criminalísti-
co; e
III – Técnico em Perícias.
Parágrafo único. A autoridade e a respon-
sabilidade são proporcionais à classe hie-
rárquica, prevalecendo, quando houver 
igualdade na classe, o(a) servidor(a) mais 
antigo(a) nela.
Art. 28. A hierarquia é a rigorosa observância 
e o acatamento integral às leis, regulamentos, 
normas, determinações e disposições que fun-
damentam a organização pericial e coordenam 
seu funcionamento regular e harmônico, tradu-
zindo-se no cumprimento do dever pelos servi-
dores do Instituto-Geral de Perícias.
Art. 29. São manifestações essenciais de disci-
plina:
I – correção de atitudes, de modo a preser-
var o respeito e o decoro da função pericial;
II – obediência pronta às ordens não mani-
festamente ilegais;
III – consciência das responsabilidades e 
dos deveres;
IV – tratamento ao cidadão com eficiência, 
presteza e respeito;
V – discrição de atitudes e maneiras, na lin-
guagem escrita e falada; e
VI – colaboração espontânea para a eficácia 
e eficiência do Instituto-Geral de Perícias.
Art. 30. O(A) servidor(a) que exorbitar no cum-
primento da ordem superior, desde que legais, 
responderá pelos excessos que tenha cometido.
Parágrafo único. Cabe ao(à) servidor(a), ao 
receber uma determinação, solicitar os es-
clarecimentos necessários ao seu total en-
tendimento e compreensão.
CAPÍTULO VIII
DA REMUNERAÇÃO
Art. 32. O vencimento básico dos servidores 
do Quadro de Cargos de Provimento Efetivo do 
IGP está estabelecido no Anexo II desta Lei, sem 
prejuízo do disposto no Art. 1º da Lei nº 14.078, 
de 15 de agosto de 2012.
Art. 33. A Gratificação de Risco de Vida, criada 
pelo art. 7º da Lei nº 13.483, de 1º de julho de 
2010, e alterada pelo art. 1º da Lei nº 13.848, de 
16 de dezembro de 2011, devida aos integran-
tes dos Quadros de Cargos de Provimento Efe-
tivo do IGP fica fixada nos percentuais e prazos 
estabelecidos na Lei nº 14.078, de 15 de agosto 
de 2012.
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criminalística
Prof. Lucas Klassmann
IGP-RS
69
criminalística
PRÉ-PROVA – CRIMINALÍSTICA
Definição de Criminalística
 • Autônoma e multidisciplinar. 
 • Auxiliar e informativa das autoridades policiais e judiciária.
 • Análise dos vestígios deixados no local do fato (na cena do crime).
 • Segundo determinação do Código de Processo Penal, sempre que restarem vestígios 
materiais pelas infrações penais, o concurso da Criminalística se fará necessariamente 
presente.
Doutrina da Criminalística
Postulados da Criminalística:
1) O conteúdo de um Laudo Pericial é invariante em relação ao Perito Criminal que o produziu. 
Laudos baseados em leis científicas.
2) As conclusões de uma perícia criminalística são independentes dos meios utilizados para 
alcançá-las, sejam eles mais rápidos, mais modernos ou não.
 
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3) A perícia criminalística é independente do tempo, pois a verdade é imutável em relação ao 
tempo decorrido.
Princípios Fundamentais:
Observação
Análise
Interpretação
Descrição
Documentação
A perícia em face da legislação
1) Importância da perícia; 
2) Responsabilidade do perito;
3) Exigências formais;
4) Requisitos técnicos;
5) Da requisição de perícia;
6) Nova perícia;
7) Isolamento e preservação de local;
8) Prazo para elaboração do exame e do laudo;
9) Fotografias e outros recursos;
10)  Principais perícias elencadas no Código de Processo Penal;
11)  Outros dispositivos processuais.
Locais de crime
Conceituação:
 • Vestígio: todos os tipos de objetos, marcas ou sinais sensíveis que possam ter relação com 
o fato investigado.
 • Evidência: o vestígio que após analisado, mostra-se diretamente relacionado com o delito. 
Constitui-se exclusivamente de prova material.
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 • Indício: É a evidência (antes vestígio) que, após devidamente analisada e interpretada com 
os resultados dos exames complementares, em conjunto com os dados da investigação 
policial, tiver uma relação com o fato delituoso e com as pessoas com este relacionadas.
Classificação:
 • Interno ou Externo: interior de edifícios, residências, lojas, pátios de estacionamento, 
garagens, etc.
 •Aberto ou Fechado: se há no espaço compreendido pelo local de crime algum tipo de 
proteção contra as intempéries, este é chamado local fechado. É considerao Misto quando 
envolve ambos (pátio + casa onde ocorreu).
 • Público ou particular: se espaço público ou propriedade particular.
 • Ermo ou Concorrido: Diz respeito ao número de pessoas que acessam o local.
Quanto à região de ocorrência:
 • Imediato: é a área de maior concentração de vestígios da ocorrência do fato. 
 • Mediato: compreende as adjacências do local onde ocorreu o fato.
 • Relacionado: São aqueles que se referem a uma mesma ocorrência.
O isolamento e guarnecimento do local para fins de exames:
 • Preservados, idôneos ou não violados: quando são mantidos na integridade ou 
originalidade com que foram deixados pelo agente, após a prática da infração penal, até a 
chegada dos peritos;
 • Não preservados, inidôneos ou violados: quando são devassados após a prática da infração 
penal e antes do comparecimento dos peritos ao local, em detrimento da perícia.
Finalidades dos levantamentos dos locais de crime:
1) Constatar se houve ou não infração penal. 
2) Qualificar a infração penal. 
3) Identificar o(s) criminoso(s) e sua culpabilidade.
4) Perpetuação dos indícios. 
5) Legalização do indício. 
 
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Vestígios e evidências biológicas de interesse forense
Exames de manchas de sangue – Luz forenseExames de manchas de sangue – Luz forense 
Exames de manchas de sangue – Luminol
13	
  
Exames de manchas de sangue - Luminol 
A luz da quimioluminescência do Luminol é fraca, somente observável no 
escuro. A reação acontece quando um dos reagentes do Luminol encontra 
um grupo Heme, componente da hemoglobina, por exemplo.
O luminol é altamente sensível. Porém produz falsos positivos ao reagir 
com peroxidases de plantas, metais (cobre, ferro e outros), produtos à base 
de cloro (hipoclorito) e outros oxidantes.
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Exames de manchas de sangue – é humano?
 • Testes imunocromatográficos: qualitativos, rápidos e econômicos, de fácil interpretação.
     
Locais de morte
Ao perito cabe analisar a provável origem da morte, por intermédio do exame perinecroscópico 
do cadáver.
No entanto, a ausência de vestígios externos no corpo da vítima, representados por ferimentos, 
não exclui a possibilidade de morte violenta, o que somente poderá ser comprovado após a 
necrópsia.
Por arma de fogo
 • Exame do local: Pontos de impacto, distância e direção do tiro, trajetória provável. Colher 
todos elementos de munição.
 • Exame da vítima: caracterização dos ferimentos, determinar os orifícios de entrada e de 
saída e examinar as mãos da vítima (resíduos do tiro).
 • Exame dos elementos de munição: Caracterizar e fotografar estojos e projéteis, identificar 
o calibre, identificar de que arma foi disparado.
* Conferir procedimentos em relação à espingarda, pistola e revólver.
 
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Por instrumentos contundentes, cortantes, perfurantes ou mistos
 • Por instrumento contundente: pedra, bastão, coronha de arma de fogo, barra metálica, 
martelo, etc.
 • Por instrumento cortante: faca, navalha, lâmina de barbear, bisturis, secções de vidro, etc.
 • Por instrumento perfurante: estilete, agulha, pregos, etc.
 • Por instrumento pérfurocontundente: projétil de arma de fogo.
 • Por instrumento cortocontundente: foice, machado, facões, etc.
 • Por instrumento lacerocontundente: passagem das rodas do veículo sobre o corpo.
 • Por instrumento cortoperfurante: punhais (profundidade maior que superfície afetada).
Por instrumentos cortantes
Esgorjamento: É a lesão na parte anterior ou lateral do 
pescoço;
Degola: É a lesão na parte posterior do pescoço (nuca);
Decapitação: É uma agressão incisa na região do 
pescoço, que SEPARA a cabeça do tronco. 
1 – Esgorjamento; 
2 – Decapitação; 
3 – Degola 
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Locais de morte provocada por asfixia
 • Na morte por esganadura há o emprego das mãos na consumação do fato, restando 
vestígios de equimoses e escoriações produzidas pela pressão dos dedos e unhas.
 • Sufocação: pode ser direta ou indireta.
 • Soterramento: presença de elementos sólidos nas vias respiratórias (terra).
 • Afogamento: Cianose da face, pele macerada, escoriações, plâncton encontrado interna-
mente, mutilação pela fauna aquática.
Procedimento Operacional Padrão SENASP
 
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Genética Forense
Recebimento e armazenamento de materiais 
biológicos para exame de DNA
Recebimento:
 • Conferir os dados e a integridade do lacre e embalagens recebido, bem como conferir se 
o material chegou dentro das condições indicadas de temperatura e umidade. Caso sejam 
observadas não conformidades, registrar em documento.
Armazenamento para análise a curto prazo:
 • Sangue: refrigerado de 0°C a 7°C.
 • Material úmido (peças anatômicas, tecidos moles): congelados a -18°C.
 • Material seco: ambiente livre de umidade com temp. de até 25°C.
Armazenamento para análise a longo prazo:
 • Sangue e material úmido: congelados a – 18°C.
 • Swabs e recortes de peças de vestuário: congelados a – 18°C.
 • Material seco: ambiente livre de umidade com temp. de até 25°C.
* O material deve permanecer armazenado até ordem contrária da Justiça.
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Levantamento de local de crime contra a pessoa
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medicina legal
Prof. Roberto Arena
IGP-RS
81
medicina legal
PRÉ-PROVA
Vestígio: é tudo aquilo que pode ser encontrado no local do crime ou no cadáver;
Indício: é todo vestígio relacionado diretamente com o evento;
Corpo de delito: é o conjunto de vestígios materiais deixados pelo crime;
Exame de corpo de delito: é o exame pericial, com a finalidade de se materializar o crime. 
Encontra-se regulado pelo CPP.
Quando é indispensável o exame de corpo de delito?
a) quando a infração for de maior potencial ofensivo.
b) quando a infração for cometida por pessoa maior de 18 anos.
c) quando a infração deixar vestígios.
d) quando já houver isolamento da cena do crime.
e) quando os indícios forem claros e fortes.
Para o esclarecimento judicial, baseado geralmente num relatório, a autoridade 
poderá formular questões, ao perito, na forma de quesitos. Esta referência é para:
a) parecer médico-legal.
b) consulta médico-legal.
c) laudo médico-legal.
d) atestado médico-legal.
e) declaração médico-legal.
Na lesão criminosa por vitriolagem, o componente caracterizador presente é:
a) o ácido.
b) o veneno.
c) o arremesso.
d) a culpa.
e) a forma.
 
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Tóxico
 • Entidade química capaz de causar dano a um sistema biológico, alterando uma função ou 
levando-o à morte, sob certas condições de exposição. 
A diferença entre um medicamento e um agente tóxico é:
a) o grupamento químico.
b) a via de administração.
c) a indicação para cada uma das drogas.
d) a dose.
e) a via de metabolização.
Veneno
Agente tóxico que altera ou destrói as funções vitais e, segundo alguns autores, é termo para 
designar substâncias provenientes de animais, com função de autodefesa ou predação. 
É possível o rastreamento de venenos muitos anos ou séculos depois da sua 
administração. Um exemplo é a pesquisa de:
a) cocaína.
b) metilenodioximetanfetamina.
c) tetrahidrocanabinol.
d) etanol.
e) arsênico.
Em abril de 1912, aconteceu uma das maiores tragédias da humanidade, o naufrágio 
do Titanic. A maioria dos passageiros que pularam ao mar acabou morrendo de 
hipotermia, e esta, por sua vez, decorre da ação de um agente de ordem:
a) física.
b) térmica.
c) fria.
d) química.
e) mecânica.
Um corpo já sem vida foi encontrado no interior de uma sauna, numa capital do 
centro do país. Provavelmente, a morte se deu por:
a) aquecimento pontual.
b) distúrbio eletrolítico.
c) intermação.
d) fulguração.
e) queimadura.
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1 – INTERMAÇÃO – calor difuso (sauna)
2 – INSOLAÇÃO – calor difuso (praia)
3 – QUEIMADURA – calor direto
A posição de boxeador é bastante comum nos casos que envolvem morte por:
a) estrangulamento.
b) carbonização.
c) afogamento.
d) envenenamento por cáusticos.
e) queimadura de 2º grau.
A diferença entre fulminação e fulguração é que:
a) na primeira, ocorre a morte da vítima.
b) na segunda, ocorre a morte da vítima.
c) na segunda, há o sinal de Tardieu.
d) ambas são decorrentes de descarga elétrica natural.
e) a segunda é decorrente de morte por sanção penal.
No crime de Lesão Corporal, é imprescindível:
a) a presença física da lesão.
b) a ofensa à integridade física da vítima.
c) equimose, escoriação ou hematoma.
d) indícios de materialidade.
e) NRA.
CP – Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Lesão corporal de natureza grave
§ 1º Se resulta:
I – Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
II – perigo de vida;
III – debilidade permanente de membro, sentido ou função; ...
 
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O instrumento causador de lesão corporal, com apenas um gume, é capaz de causar 
que tipo de lesão?
a) incisa.
b) pérfuro-incisa.
c) contundente.
d) depende do seu modo de ação.
e) punctória.
O espectro de coloração da equimose é útil na determinação:
a) do agente causador.
b) do modo de atuação do agente.
c) do tempo de evolução da lesão.
d) do tipo penal.
e) da natureza do instrumento.
O sinal de Bonnet consiste:
a) na ausência de sensibilidade.
b) na mancha decorrente de queimadura elétrica.
c) no infiltrado retolaringeo do enforcamento.
d) na equimose puntiforme do pericárdio.
e) no biselamento ósseo da transfixação do projetil.
Na lesão em “buraco de mina”, pode-se dizer:
a) o disparo foi dado à curta distância.
b) o disparo foi efetuado por arma de caça.
c) o disparo aconteceu sobre superfície rígida.
d) que as bordas da entrada são evertidas.
e) não estão presentes a orla de escoriação e chamuscamento.
Segundo a atual legislação do trânsito, a alcoolemia permitida não pode ser superior a:
a) 0,6 mg/dl.
b) 0,3 mg/dl.
c) zero mg/dl.
d) até 2,5 g/l de ar expirado.
e) NRA.
Agressividade, irritação e distúrbios da fala são sinais e sintomas presentes em que 
fase da embriaguez?
a) excitação.
b) confusão.
c) sonolência.
d) depressão.
e) NRA.
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A asfixia por constricção cervical que não é compatível com a forma suicida é:
a) o estrangulamento.
b) o afogamento.
c) a sufocação direta.
d) a sufocação tardia.
e) a esganadura.
As asfixias são tipicamente diagnosticadas:
a) pelo sinal de Amussat.
b) pelo cogumelo de espuma.
c) pelo sulco apergaminhado.
d) pelo desprendimento epidérmico.
e) não têm forma típica.
A mancha negra esclerótica (sinal de Sommer) é fenômeno decorrente de:
a) aquecimento corporal.
b) transformação abiótica.
c) desidratação.
d) infiltrado do parênquima pulmonar.
e) deposição gravitacional do sangue.
Ajudam na determinação do tempo de morte:
a) fixação dos livores de hipostase.
b) desenluvamento de extremidades.
c) presença de pólvora nas mãos.
d) temperatura.
e) mancha verde hemitorácica.
Na perícia do crime de estupro, é necessária a presença de espermatozóides na 
vagina para a materialização do tipo penal:
a) Certo
b) Errado
A gravidez juridicamente pressupõe:
a) ruptura himenal.
b) carúnculas mirtiformes.
c) conjunção carnal.
d) ato obsceno.
e) NRA.
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medicina legal
Prof. Günther Ayala
IGP-RS
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medicina legal
REVISÃO
Exclusão médico-legal da paternidade
Erotologia Forense
ANOMALIAS SEXUAIS: 
A) FORMAS RELATIVAS À QUANTIDADE: 
Hiperestesia ou aumento: 
 • Onanismo/Masturbação/Quiromania Automáticos. 
 • Erotismo – Tendência abusiva dos atos sexuais. 
 • Priapismo – Ereção dolorosa e persistente ao pênis. desacompanhada do desejo sexual. 
 • Satiríase – Exaltação mórbida e insaciável do instinto sexual masculino. 
 • Ninfomania – Desejo sexual insaciável na mulher. 
 
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Diminuição: 
 • Anafrodisia – Diminuição do instinto sexual no homem. 
 • Frigidez -Diminuição do apetite sexual na mulher. 
 • Impotência – Masculina e feminina. 
Inversão: 
 • Uranismo – Prática homossexual masculina. 
 • Sodomia – Prática sexual anal entre homem e mulher. 
 • Pederastia – Prática do coito anal entre indivíduos do sexo masculino de diferença de 
idade significativa. 
 • Tribadismo, Lesbianismo, Safismo – Prática homossexual feminina. 
 • Ambissexualidade – É a preferência sexual pelos dois sexos. 
 • Narcisismo – É a admiração pelo próprio corpo com indiferença para o sexo oposto. 
 • Topo Inversão (coito ectópico) – Prática sexual por pessoas de sexo oposto em partes 
diversas do corpo (oral, anal, vestibular, axilar, intermamário, interpodálico etc). 
 • Felação: Sucção do pênis por mulher. 
 • Cunilíngua: Sucção dos genitais femininos por homem. 
 • Crono-inversão: Atração sexual exclusiva pelo sexo oposto com grande diferença de 
idade 
 • Gerontofilia: Atração sexual dos jovens por pessoas idosas. 
 • Pedofilia: atração sexual de pessoas adultas por crianças. 
 • Etno-inversão: Acentuada preferência sexual por pessoas de raça diferente. 
 • Pigmalionismo: Admiração exagerada e patológica pelas estátuas. 
Desvio do Instinto: 
 • Sadismo – Satisfação sexual realizada com o sofrimento da pessoa amada. 
 • Masoquismo – É o prazer sexual através do sofrimento físico e moral. 
 • Sado-masoquismo – O prazer é obtido pela produção da dor no próprio indivíduo e no 
parceiro. 
 • Ecatofilia – A relação sexual está ligada a coisas sujas. 
 • Riparofilia – Atração por aquilo que usualmente gera nojo nos outros.
 • Necrofilia – Prática sexual com cadáveres.
 • Frotagem – Prazer sexual em se esfregar em terceiros. Ônibus/Metro etc. 
 • Coprolalia – Excitação sexual em proferir ou ouvir de alguém palavras obscenas. 
 • Coprofagia – Excitação sexual em comer as fezes do (a) parceiro (a)
 • Urolagnia – Prazer sexual pela excitação de ver alguém no ato da micção ou em 
ouvir o ruído do jato urinário. 
 • Urofagia – Consiste no prazer em beber a urina do(a) parceiro (a). 
 • Espermofagia – O prazer sexual consiste em deglutir o esperma. 
 • Picacismo – Prazer sexual em ingerir alimentos após colocá-los na parte sexual 
do(a) parceiro(a) (ânus, vulva, pênis).
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 • Bestialismo – Prática de atos libidinosos entre o ser humano e um animal. 
 • Fetichismo – Fixação da libido em certos objetos ou determinada parte do corpo alheio 
a esfera sexual normal.
 • Mixoscopia/Voyeurismo – Prazer sexual em presenciar o coito de terceiros. 
Genitália Externa Feminina
 
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Sistema Reprodutor Masculino
 
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Fecundação
Virgindade
 
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Obstetrícia Forense
FECUNDAÇÃO (MÉTODOS)
→ conjunção carnal;
→ ato libidinoso diverso de conjunção carnal (depósito de sêmen entre as coxas);
→ fecundação artificial (in vitro);
→ inseminação artificial (homóloga e heteróloga).
CLASSIFICAÇÃO GESTACIONAL
→ normal;
→ gemelar univitelina;
→ gemelar multivitelina;
→ ectópica;
→ superfecundação (desenvolvimento de fetos de idades diferentes);
→ pseudociese (gravidez psicológica).
DIAGNÓSTICO
→ Sinais de probabilidade (forma, consistência e volume).
 • Sinal de Hegar: com 6 a 8 semanas de gravidez, o útero adquire consistência elástica e 
amolecida, principalmente na região do seu istmo, o que permite seja ele fletido sobre o 
colo uterino quando examinado simultaneamente pela palpação abdominal e pelo toque 
vaginal. Tem-se a sensação de que o corpo do útero está separado do cérvice.
 • Sinal de Piskacek: a implantação ovular faz com que o útero cresça de forma assimétrica 
e adquirida, nessa região, consistência

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