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AD1 EDUCAÇÃO INFANTIL 2024 1

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AD1 – 2024.1 
DISCIPLINA: Educação Infantil 2 
Coordenação: Leandro Henrique de Jesus Tavares 
Tutora a Distância: Jade Oliveira e Mariangela Almeida 
Tutoras Presenciais: Alessandra Sátiro, Ana Paula Noronha, Andréa Veloso, Bianca 
Oliveira, Claudia Cristina Alonso, Luciana Felix, Mariane de Sena. 
 
Avaliação a Distância 1 (AD 1) 
 
ENVIE SUA AD EM UM ARQUIVO PDF 
 
 
Leia o texto abaixo retirado do site Nova Escola: 
 
O que um bom projeto para Educação Infantil precisa ter? 
 
Ao escolher trabalhar com projetos, o professor de Educação Infantil precisa ter foco e 
clareza de seus objetivos. 
POR: 
Clélia Cortez 
 
 
1. Por que trabalhar com projetos na Educação Infantil? 
 
Proponho uma reflexão sobre os sentidos da realização de projetos na Educação 
Infantil e os desdobramentos dessa escolha metodológica na ação educativa. 
São vários os aspectos que devem ser considerados quando o professor escolhe esta 
modalidade organizativa para desenvolver sua ação com as crianças. O primeiro e, sem 
dúvida, o mais importante é o sentido que pode ser atribuído às aprendizagens. Muitas 
vezes ouvimos os profissionais envolvidos no trabalho com crianças pequenas contarem 
que desenvolvem projetos para trabalhar diversos temas visando alcançar diferentes 
objetivos. 
Há projetos que têm como foco o desenvolvimento de comportamentos leitores ou 
visam à aproximação com determinados conceitos científicos ou fatos históricos, 
enquanto outros são voltados para os conhecimentos em arte. Enfim, são inúmeras as 
 Milena Amorim da Silva 
21216080162 Macaé 
https://novaescola.org.br/autor/30/clelia-cortez
possibilidades de pesquisas feitas com as crianças que podem ser organizadas por meio 
desta forma de trabalho. 
Os projetos podem reunir uma série de condições favoráveis para que a escola 
assuma sua maior responsabilidade: promover a construção de novos conhecimentos com 
sentido e profundidade. Mas, para que isso ocorra, quais são os pontos a que o professor 
deve prestar atenção? 
Um aspecto muito importante é a escolha do tema. A quem cabe essa decisão: ao 
professor ou à criança? Reflexões feitas por professores em encontros de formação têm 
nos mostrado que a ideia de que um projeto só é significativo quando surge com base no 
que as crianças propõem é inconsistente. Algumas vezes, inclusive, sem que tenha 
consciência disso, o professor afirma que baseia a sua prática em uma abordagem 
democrática, mas, ao analisarmos com cuidado o planejamento e suas escolhas, vemos 
que as decisões consideraram mais o ponto de vista do adulto do que o da criança. 
 
2. Foco do professor deve ser a ampliação dos saberes 
 
As crianças são ávidas por conhecimento e o adulto pode potencializar esse 
interesse por tantos assuntos oferecendo boas perguntas e bons cenários de pesquisa. Isso 
não significa que o professor deve conduzir as ações considerando exclusivamente seu 
ponto de vista. Ao contrário, um projeto visa dar sentido às aprendizagens e isso ocorre 
desde o início, com a escuta do que pensam e narram as crianças e a relação que ele 
estabelece entre essa escuta e os propósitos de aprendizagens escolhidos para a atividade. 
O papel do professor na condução de um projeto é de mediador, um provocador de 
novos sentidos e curiosidades. A intervenção acontece quando as crianças pedem e 
também quando ele mesmo vê essa necessidade e considera que há tempo adequado para 
acrescentar novas perguntas ou informações. 
A atuação do professor, embora não tenha caráter direcionador, em nenhum 
momento deve ser de abandono. É preciso oferecer apoio constante para ampliar os 
saberes que circulam no grupo. A cada momento, o professor toma uma atitude que 
considera a curiosidade das crianças, as intenções da pesquisa, a possibilidade de 
intercâmbio de opiniões, a negociação conjunta durante os momentos de socialização 
(que, aliás, é uma intervenção permanente no projeto) e a oportunidade de sistematizar os 
conhecimentos construídos pelo grupo para serem retomados e discutidos ao longo do 
processo. 
Outro aspecto que merece atenção é o desenvolvimento do percurso de trabalho. 
Quando o professor decide envolver um grande número de áreas em um mesmo projeto, 
não há dúvida de que ele possui a boa intenção de ampliar os conhecimentos das crianças. 
Contudo, é importante considerar que o excesso de conteúdos pode comprometer o 
aproveitamento de todo o potencial de conexões entre os assuntos e a construção de 
alguns conceitos. Para que a aprendizagem ocorra, é preciso envolver as crianças com 
regularidade em contextos de pesquisa em torno de um mesmo assunto e permitir que 
haja possibilidade de errar, socializar pensamentos, perguntar e estabelecer relações entre 
um conhecimento e outro. 
Quando o planejamento e o desenvolvimento de um projeto transitam por muitos 
temas, as crianças podem não aprofundar seu conhecimento. E o conteúdo que, 
inicialmente, deveria estar no foco da intenção educativa termina por ser abordado 
somente de maneira superficial. 
 
3. Projeto bem planejado é o que dá mais oportunidade de aprender 
 
Estabelecer um foco durante o planejamento do projeto é essencial para que as 
crianças possam experimentar de fato o papel de pesquisadoras e serem protagonistas de 
sua aprendizagem. Quando são fornecidos tempo e condições para a continuidade do 
pensamento em torno de um assunto, as crianças têm mais oportunidades de elaborar 
novas conexões e isso, com certeza, pode envolver outras áreas do conhecimento. Mas é 
importante não perder a dimensão das expectativas de aprendizagens e pensar em 
intervenções que possam tanto relacionar como aprofundar os conceitos das diferentes 
áreas que serão trabalhadas. 
Por exemplo, se o professor tem intenção de trabalhar as características dos animais 
marinhos em Ciências, é interessante que selecione boas referências de textos 
informativos para apresentar às crianças. Mas isso não é suficiente para afirmar que está 
tratando de procedimentos característicos das Ciências. 
Muitas vezes, o trabalho fica mais voltado para a leitura do que para a investigação 
científica propriamente dita. Claro que isso não é um problema, se a escolha do projeto 
for apenas trabalhar com textos de caráter informativo e muitas produções interessantes 
podem surgir disso. 
Porém, se o professor deseja trabalhar tanto com leitura e escrita como com os 
conteúdos de Ciências, é preciso estar atento a algumas questões. Nesse caso, o projeto 
deve desenvolver atividades relacionadas à leitura e à escrita como: leitura feita pelo 
professor, procedimentos para o estudo de um texto, seleção de elementos que dialogam 
com a curiosidade das crianças, registro pelo professor de textos orais elaborados pelo 
grupo etc. 
E, para abordar os conteúdos de Ciências, esse mesmo projeto deve incluir 
observação de fatos e fenômenos, formulação de hipóteses, demonstrações e 
experimentos, reflexão sobre as leituras em diferentes fontes, registros, além das 
discussões e conclusões feitas de forma coletiva e individuais. Ou seja, também devem 
estar presentes atividades que fomentem a curiosidade e a construção de novos 
questionamentos relacionados às Ciências. 
 
4. Curiosidade orienta o desenvolvimento do projeto e a ação do professor 
 
Outro ponto a ser discutido é o tratamento destinado à curiosidade das crianças. 
Segundo o dicionário Houaiss, a palavra curiosidade está relacionada com o "desejo 
intenso de ver, conhecer, experimentar alguma coisa nova, original, pouco conhecida ou 
da qual nada se conhece"; "vontade de aprender, saber, pesquisar", ou ainda, "desejo 
irrequieto". 
É inegável que as crianças possuem desejo constante de novos conhecimentos e 
isso pode ser explorado cuidadosamente em um projeto. Cabe ao professor selecionar o 
que é essencial para determinado processo de pesquisa e cuidar para que as perguntas 
elaboradassejam de fato ferramentas para a reflexão. 
Trabalhar a curiosidade significa promover a interação da criança com ambientes 
desafiadores que guiem seu pensamento para o que está em foco na investigação. É 
preciso ter em mente que os contextos planejados podem tanto alargar as experiências 
como restringi-las. Por isso, colocar as crianças como protagonistas de suas 
aprendizagens significa interagir com as suas narrativas e expressões, interpretá-las e 
sempre relacioná-las com a intencionalidade do projeto. 
Essa não é uma tarefa simples. Exige reflexões constantes por parte do professor 
durante o planejamento e a ação. Por exemplo, se a intenção é gerar contextos 
significativos de leitura que favoreçam a imersão das crianças nas narrativas de qualidade, 
o professor pode planejar seu projeto levando em consideração a seguinte questão: o 
ambiente criado para a leitura (o acervo, o acesso aos livros na biblioteca, a organização 
do espaço da sala etc.) é convidativo? 
Outras perguntas podem ser feitas: ao realizar a leitura do livro Chapeuzinho 
Vermelho em voz alta, por exemplo, o que as crianças poderão aprender com essa 
situação? Que intervenções podem ser antecipadas com base nas intenções de 
aprendizagem do projeto? A sequência de planejamento do projeto garante espaços para 
que as crianças recuperem e compartilhem suas observações sobre os textos apreciados? 
Com base nos conhecimentos que apresentam e, de acordo com o que foi colocado como 
intenção de aprendizagem, o que é preciso contemplar nos próximos planejamentos? 
Como esse projeto pode contribuir para que a leitura seja uma ação permanente na rotina 
do grupo? 
Perguntas como essas podem ajudar o professor a conhecer mais as crianças com 
as quais trabalha e também a refletir sobre os objetivos e encaminhamentos pensados para 
o projeto. 
 
5. Planejar sem abrir mão da flexibilidade 
 
Outros aspectos que merecem destaque estão relacionados ao planejamento das 
etapas do projeto didático e a socialização de seus propósitos com o grupo. Cada situação 
planejada precisa apresentar bons problemas e relacionar os conhecimentos prévios das 
crianças com os novos, segundo o que o professor considera pertinente. 
Há uma relação estreita entre o conjunto de intenções levantadas pelo professor e 
que foi compartilhado com as crianças como sendo as metas do projeto. Se o professor 
tem como objetivo principal ampliar o conhecimento sobre contos de fadas e combinou 
com elas a escolha dos textos para leitura e apresentação à comunidade escolar, é 
importante planejar situações que garantam a apropriação de determinadas noções antes 
de chegar a esse propósito final. 
Portanto, o professor deve garantir a continuidade e diversidade de leitura dos 
contos, selecionar com as crianças os preferidos, ler daqueles que serão recontados, 
registrar e revisar os textos ditados, enfim, envolver as crianças de fato na resolução do 
problema que foi compartilhado durante o projeto. 
O desafio (que, sem dúvida, requer empenho) é criar condições para que expandam 
as suas experiências e não para que fiquem dando voltas em torno do que já sabem. 
Vale salientar que o planejamento, além de dialogar o tempo todo com as intenções 
de aprendizagem, demanda flexibilidade nas intervenções, pois não é possível prever tudo 
o que as crianças podem falar, pensar e relacionar após serem estimuladas por perguntas, 
pelos contextos de pesquisa, pelo acesso às informações de variadas fontes e, sobretudo, 
pela socialização dos conhecimentos com o grupo. 
Ao trabalhar com projetos, o professor torna-se também um pesquisador do 
pensamento das crianças, dos conhecimentos pertences à cultura e da sua própria prática. 
Depois de um intenso movimento de investigação com e sobre as crianças é impossível 
não aprender também sobre si mesmo. 
 
Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/50/o-que-um-bom-projeto-para-educacao-
infantil-deve-ter. Acesso em agosto de 2023. 
 
 
 
● Responda as questões a seguir (2,5 pontos cada). 
https://novaescola.org.br/conteudo/50/o-que-um-bom-projeto-para-educacao-infantil-deve-ter
https://novaescola.org.br/conteudo/50/o-que-um-bom-projeto-para-educacao-infantil-deve-ter
 
1) Em termos de escolha metodológica, quais as vantagens ao se trabalhar com 
projetos na educação infantil? 
Trabalhar com projetos oferece diversas vantagens metodológicas. Uma delas é a 
possibilidade de abordarmos uma forma mais abrangente e contextualizada de 
ensinar, já que os projetos podem abranger diversas áreas do conhecimento, 
oferecendo aos alunos uma visão mais completa do mundo. Ademais, os projetos 
estimulam a participação ativa dos estudantes, incentivando a independência, a 
curiosidade e a investigação, o que colabora para um aprendizado mais profundo 
e duradouro. A pedagogia de projetos enfatiza a interdisciplinaridade para superar 
a fragmentação nos processos educacionais tradicionais. 
 
2) Qual o papel do professor quando trabalha por meio de projetos? 
 
Na educação infantil, o professor desempenha o papel de mediador e facilitador 
ao trabalho com projetos, orientando e apoiando as crianças, estimulando o 
diálogo e o trabalho em equipe, a fim de criar um ambiente favorável ao 
desenvolvimento das habilidades das crianças. 
O professor deve promover a autonomia e a participação das crianças em seu 
aprendizado, pois é sabido que a participação das crianças torna o processo de 
ensino - aprendizagem mais eficaz. Assim, ao oferecer atividades que estimulem 
os alunos cognitivamente e desenvolvam habilidades sensório motoras, estamos 
contribuindo para a assimilação de novas informações de qualidade. Portanto, 
focar em abordagens que desenvolvam habilidades de pensamento crítico e 
criativo, permitindo que as atividades práticas explorem os conceitos aprendidos 
e ajudem os alunos a desenvolver suas próprias estratégias, promovendo não 
apenas habilidades de comunicação e criatividade, mas também a sua formação 
integral. 
 
3) Como fica o planejamento ao se escolher essa metodologia de trabalho? 
A educação infantil é desafiadora para os profissionais que nela atuam, pois é necessário 
compreender e analisar cuidadosamente o contexto trazido pelas crianças. Nesse contexto 
a metodologia de projetos surge para enriquecer as experiências, conectar aluno e 
professor, facilitando a elaboração de conhecimentos. Ao optar por essa metodologia o 
planejamento se torna mais flexível e dinâmico. 
O planejamento é fundamental, desde a escolha dos objetivos de aprendizagem até a 
avaliação dos resultados, o professor deve identificar os interesses e necessidades das 
crianças, definir o temas dos projetos de acordo com tais interesses, estabelecer objetivos 
de aprendizagem e escolher atividades e recursos adequados para atingi-los. A avaliação 
constante do progresso dos alunos e a adaptação do projeto, se necessário, também fazem 
parte do planejamento, garantindo sua adequação às expectativas e ao desenvolvimento 
infantil. 
 
4) Como o projeto auxilia no desenvolvimento das crianças, sobretudo no que se 
refere aos seus desejos e interesses? 
 
Os projetos de educação infantil desempenham papel crucial no desenvolvimento das 
crianças, especialmente em relação aos seus interesses e desejos. Com esta abordagem, 
conseguimos atingir nossas metas de fortalecimento da autonomia e do protagonismo 
das crianças, aumentando sua autoconfiança e autoestima e desenvolvendo nelas a 
capacidade de serem cidadãos críticos e participativos, capazes de explorarem e 
descobrirem o mundo ao seu redor, ampliando seus horizontes de conhecimento de 
maneira ativa e participativa. 
Ou seja, é uma abordagem de aprendizagem dinâmica e interdisciplinar em que o aluno 
tem a oportunidade de liderar seus próprios processos de aprendizagem e adquirir 
conhecimento com entusiasmo e eficiência.

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