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CLT Comentada Arts 75-A a 223- - Getulio Alves

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CLT COMENTADA Arts. 75-A a 223-A
 
Reforma Trabalhista Lei n. 13.467/2017
 
Getúlio Zenit Alves
Graduado em Direito e Ciências Sociais pela
Universidade Paulista
Docente do Instituto Brasileiro de Capacitação e Gestão
- IBCG
Membro da Academia Brasileira de Direito
Docente da Escola Superior de Capacitação
Profissional - ESCAPR
 
© Copyright by Ozéias de Jesus dos Santos
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida,
sejam quais forem os meios empregados, sem autorização
por escrito do autor. O infrator ficará sujeito, nos termos
da Lei nº 6.895, de 17/12/80, com as alterações
introduzidas pela Lei nº 9.610, de 19/02/98, à penalidade
prevista nos artigos 184 e 186 do Código Penal, a saber:
reclusão de um a quatro anos.
 
Sumário
TÍTULO II
CAPÍTULO II-A
DO TELETRABALHO 
Teletrabalho
CAPÍTULO III
DO SALÁRIO MÍNIMO
SEÇÃO I
DO CONCEITO
Salário Mínimo Integral
Salário Aquém
Salário Base
Cálculo do Salário Mínimo
Salário Base Menor que o Salário Mínimo
Salário Mínimo e Verbas Acessórias
Adicional de Hora Extra
Diferenças de Horas Extras – Contagem Minuto a Minuto
Estado de Miserabilidade Jurídica
Honorários Advocatícios
Aviso-Prévio Proporcional
Equiparação Salarial
Estabilidade Gestante
Estabilidade Provisória por Acidente de Trabalho
Jornada Compensatória
Gratificação, Salário e Remuneração
Horas Extras e Intervalos Não Usufruídos
Horas Extras – Limitação ao período em que houve labor em três turnos
Nulidade de Demissão
Reintegração e Convenção da OIT
Adicional de Insalubridade e Base de Cálculo
Adicional de Insalubridade e Agentes Biológicos
Adicional de Insalubridade e efeitos da conciliação parcial
Adicional de Insalubridade e Acordo Coletivo
Adicional de Insalubridade – Engenheiro, Arquiteto e Químico
Insalubridade – EPI incapaz de afastar as condições nocivas à saúde
Adicional de Insalubridade – Limpeza de Banheiros
Adicional de Insalubridade e Radiações não ionizantes
Adicional de Insalubridade em grau médio e uso de fones de ouvido
Adicional de Insalubridade e Integração
Adicional de Transferência
Descontos Salariais
SEÇÃO II
DAS REGIÕES, ZONAS E SUBZONAS
SEÇÃO III
DA CONSTITUIÇÃO DAS COMISSÕES
SEÇÃO VI
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO IV
SEÇÃO I
DO DIREITO A FÉRIAS E DA SUA DURAÇÃO
Férias e Trabalho no Período de Usufruto do Direito
Férias Não Gozadas
Férias Trabalhadas e Forma de Pagamento
SEÇÃO II
DA CONCESSÃO E DA ÉPOCA DAS FÉRIAS
Férias
Licença e Férias
Fracionamento de Férias
Competência Material da Justiça do Trabalho
Férias e Diferenças
Concessão de Férias após o Período Concessivo
Férias Fracionadas
Descontos de Dias Compensados e Férias
Férias em Dobro
Férias não Usufruídas e Contagem Prescricional
Gozo de Após o Período Concessivo
Férias Vencidas e Prescrição
Férias e Ônus da Prova
SEÇÃO III
DAS FÉRIAS COLETIVAS
SEÇÃO IV
DA REMUNERAÇÃO E DO ABONO DE FÉRIAS
Férias Proporcionais por Extinção do Contrato de Trabalho
Integração das Horas Extras nas Férias
Pagamento Extemporâneo das Férias
Cálculo das Verbas Rescisórias
Férias e Períodos de Afastamento
Padrão salarial do trabalhador média dos meses imediatamente anteriores
à concessão de férias
Abono Pecuniário De Férias
Terço Constitucional de Férias e Base de Cálculo
Reflexo sobre aviso prévio indenizado e remuneração de férias
Remuneração das férias e gratificação natalina
Férias anuais e pagamento após o período concessivo
Férias de Professor
Gueltas e Repercussão nas Verbas
Prescrição do Cálculo do º salário e férias
Remuneração de Férias Posteriormente ao Usufruto
Férias, º Salário e FGTS com pagamento diário
Cálculos de liquidação reflexo de férias e gratificações natalinas
Exceção de Incompetência em Razão do Lugar
Base de Cálculo das Verbas Rescisórias
Horas Extras e Integração Sobre Férias e º Salário
Horas Extraordinárias e Reflexos
Reflexos de Horas Extras em Férias
Salários Variáveis
Intervalo Intrajornada e Reflexo nas Férias
Conversão de Férias em Abono Pecuniário
Abono de Férias Concedido em Virtude de Acordo Coletivo
Férias com /
Incidência de FGTS sobre Parcela Paga no Curso do Contrato e
Prescrição Trintenária
Gratificação Convencional de Férias
Pagamento de férias após a fruição
Férias pagas e não usufruídas e pagamento em dobro
Assédio Moral
Litigância de Má-Fé
Labor Extraordinário
Acúmulo de Função
Requisitos da Equiparação Salarial
FGTS sobre / de férias
Cálculo do Abono Pecuniário de Férias
Pagamento Extrarrecibo e Ônus da Prova
Dobra do Período Respectivo
Férias Coletivas e Conversão
Incidência da contribuição previdenciária sobre o abono de férias previsto
em acordo coletivo
Contribuição previdenciária / de férias incidência art. da lei /
Pagamento da Remuneração das Férias
Gozo de Férias na Época Própria
Pagamento de Férias Após a Fruição
Pagamento de Férias em Dobro e Ônus da Prova
Prática
Reclamação Trabalhista
SEÇÃO V
DOS EFEITOS DA CESSAÇÃO DO CONTRATO DE
TRABALHO
Férias Proporcionais
Reversão da Justa Causa
Controvérsia a respeito da causa que ensejou a ruptura contratual
Verbas Rescisórias
Demissão com Justa Causa e Férias Proporcionais
Rescisão do Contrato de Trabalho
Ausência de pagamento pelo réu na primeira audiência
Suspensão do Contrato de Trabalho
Despedida sem justa causa ou extinção do contrato por prazo determinado
Efeitos da rescisão do contrato por prazo determinado
Indevida contribuição previdenciária sobre os quinze primeiros dias de
auxílio-doença
Férias Proporcionais e Pedido de Demissão
Justa causa e férias proporcionais
Trabalhador Portuário Avulso
Férias Proporcionais
SEÇÃO VI
DO INÍCIO DA PRESCRIÇÃO
Prescrição de Férias
Afastamento da Prescrição Bienal
SEÇÃO VII
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
Tripulante Transferido
SEÇÃO VIII
DAS PENALIDADES
CAPÍTULO V
DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Fim do Livre Convencimento Motivado
Infortunística e Danos Morais
Lesão Auditiva
Competência para edição de normas sobre insalubridade
Segurança e Medicina do Trabalho
Delegacias Regionais do Trabalho e Competência
Acidente do Trabalho e Responsabilidade da Empregadora
Ônus de provar a higidez e segurança do ambiente de trabalho
Obrigação das Empresas
Indenização por danos morais como Direito genuinamente trabalhista
Acidente de trabalho e Ausência de fornecimento dos equipamentos de
proteção individual
Doença do trabalho e culpa do empregador
Prescrição e Acidente de Trabalho
Doença Ocupacional
Doença Ocupacional
Prescrição do Acidente de Trabalho
Normas de Segurança e Medicina do Trabalho
Acidente do Trabalho e Responsabilidade Civil
Ambiente laboral inadequado às normas de higiene e segurança
Caracterização Do Dano Moral
Acidente do Trabalho e Ausência de Treinamento
Acidente do Trabalho e Óbito do Empregado
Prejudicial de Quitação e Súmula Nº DO TST
Adicional de insalubridade
Irregularidades Constatadas em Marmoraria
Danos Sofridos Pelo Empregado
Máquinas Perigosas e Inseguras
Atividade de Risco e Instruções de Segurança
Indenização por dano moral proveniente de infortúnio do trabalho
Danos Moral e Estético de Acidente de Trabalho
Deveres do Empregado
Responsabilidade Subsidiária
Caracterização da Justa Causa
Observação das Normas de Segurança e Dever dos Empregados
Fiscalização ou Orientação às Empresas
SEÇÃO II
DA INSPEÇÃO PRÉVIA E DO EMBARGO OU INTERDIÇÃO
Cerceamento de Defesa e Prova Pericial
Inspeção das Instalações
Apoio ao Delegado Regional do Trabalho
Dano moral e material e doença ocupacional
Competência da Justiça Federal
Delegado Regional do Trabalho
Interdição de Setor de Serviço
SEÇÃO III
DOS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA E DE MEDICINA DO
TRABALHO NAS EMPRESAS
Serviços Especializados em Segurança
Obrigatoriedade da CIPA
Eleições da CIPA
Regulamentação
Composição da CIPA
Suplentes da CIPA
Extinção do Estabelecimento
Reintegração do Membro da CIPA
Rotina Trabalhista
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
Do Objetivo
Constituição da CIPA
Empresas instaladas em centro comercial ou industrial
Organização da CIPA
Estabilidade provisória do Cipeiro
Vedação de transferência do empregado
Representantes da CIPA
Procedimentos junto ao MTE
Atribuiçõesda CIPA
Obrigações do Empregador
Obrigações dos Empregados
Atribuições aos membros da CIPA
Duas ou mais empresas no mesmo estabelecimento
Informações da empresa contratante ás contratadas 
Funcionamento da CIPA 
Reuniões
Decisões da CIPA
Perda de Mandatos
Treinamento do Cipeiro
Processo Eleitoral da CIPA 
Comissão Eleitoral da CIPA
Condições Eleitorais da CIPA 
Denúncias Eleitorais da CIPA
Membros titulares e suplentes da CIPA
SEÇÃO IV
DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Obrigação de Fornecer Equipamento de Proteção Individual
Responsabilidade em Acidente do Trabalho e Danos Morais
Trabalho em altura e não concessão de EPI
Acidente do Trabalho e Condição Insegura
Ambiente de Trabalho Seguro
Omissão no Fornecimento Completo de EPI
Prejuízo Estético
Fornecimento do Aparelho de Proteção
Comercialização de Equipamentos de Proteção
Condições Insalubres de Trabalho – Exposição ao Frio
Siderúrgica e Operador de Forno
Aposentadoria espontânea e Multa de % sobre o FGTS
SEÇÃO V
DAS MEDIDAS PREVENTIVAS DE MEDICINA DO
TRABALHO
Obrigatoriedade de Exame Médico
Notificação das doenças profissionais
Acidente de trabalho e culpa exclusiva da vítima
Exame Admissional
Ausência de Exame Demissional
Doença Profissional e ausência de profilaxia
Exames de Admissão, Demissão e outros
Doença do Trabalho e Nexo de Causalidade
SEÇÃO VI
DAS EDIFICAÇÕES
Dimensões dos Locais de Trabalho
Condições de Segurança dos Acessos ao Local de Trabalho
Valoração do grau de culpa
Falta de Estabilidade Empregatícia
SEÇÃO VII
DA ILUMINAÇÃO
Iluminação Apropriada
SEÇÃO VIII
DO CONFORTO TÉRMICO
Conforto Térmico
Ambiente Climático Confortável
Limites Termais do Ambiente de Trabalho
SEÇÃO IX
DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Instalações Elétricas
SEÇÃO X
DA MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE
MATERIAIS
Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
SEÇÃO XI
DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Máquinas e Equipamentos
Marco inicial da prescrição em indenização por danos morais e materiais
em acidente de trabalho
Reparos, Limpeza e Ajustes
Normas sobre Proteção e Medidas de Segurança
SEÇÃO XII
DAS CALDEIRAS, FORNOS E RECIPIENTES SOB PRESSÃO
Caldeiras, Fornos e Recipientes Sob Pressão
SEÇÃO XIII
DAS ATIVIDADES INSALUBRES OU PERIGOSAS
Atividades ou Operações Insalubres
Dever de Pagamento de Adicional de Insalubridade
Adicional de Periculosidade
EPI - Equipamento de Proteção Individual
Perícia
Opção após o Laudo
Base de Cálculo
Exposição Intermitente
Integração
Produção de Combustível
Eletricistas
Eletricistas - Intermitência – Pagamento Proporcional
Eletricistas e Base de Cálculo
Adicional de Insalubridade
Indicação do Agente Nocivo na Inicial
Perícia
Revelia - Confissão
Classificação da Atividade
Faxineiro – Serviços de Limpeza
Honorários Periciais
EPI – Equipamento de Proteção Individual
Base de Cálculo – Salário Mínimo – Remuneração
Integração
Acordo de Compensação em Atividades Insalubres - Pedreiro
Insalubridade e Periculosidade e a não Acumulação dos Adicionais
Rotina Trabalhista
Adicional de Periculosidade
Caracterização e classificação
Valor a ser pago
Trabalhador nas Instalações Elétricas
Radiação ionizante e substâncias radioativas
Fatores cumulativos
Concomitância de periculosidade e insalubridade
Extinção do Direito
Efeitos pecuniários e prescrição 
Prática
Adicional de Insalubridade com Integração das Horas Extras
SEÇÃO XIV
DA PREVENÇÃO DA FADIGA
Prevenção da Fadiga
Assentos para Postura Correta
SEÇÃO XV
DAS OUTRAS MEDIDAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO
Medidas Especiais de Proteção
Adicional de Periculosidade por exposição ao Raio-X
Máquinas perigosas e inseguras
Atividades ou Operações Perigosas
SEÇÃO XVI
DAS PENALIDADES
Penalidades relativas à Medicina do Trabalho
TÍTULO II-A
DO DANO EXTRAPATRIMONIAL 
Danos Morais ou Extrapatrimoniais
 
TÍTULO II
CAPÍTULO II-A
DO TELETRABALHO 
Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em
regime de teletrabalho observará o disposto neste
Capítulo. (Lei 13.467, de 13.07.2017)
Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de
serviços preponderantemente fora das dependências do
empregador, com a utilização de tecnologias de
informação e de comunicação que, por sua natureza, não
se constituam como trabalho externo.
Parágrafo único. O comparecimento às dependências
do empregador para a realização de atividades
específicas que exijam a presença do empregado no
estabelecimento não descaracteriza o regime de
teletrabalho.
Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de
teletrabalho deverá constar expressamente do contrato
individual de trabalho, que especificará as atividades que
serão realizadas pelo empregado. (Lei 13.467, de
13.07.2017)
§ 1o Poderá ser realizada a alteração entre regime
presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo
entre as partes, registrado em aditivo contratual.
§ 2o Poderá ser realizada a alteração do regime de
teletrabalho para o presencial por determinação do
empregador, garantido prazo de transição mínimo de
quinze dias, com correspondente registro em aditivo
contratual. 
Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade
pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos
equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e
adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao
reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão
previstas em contrato escrito. (Lei 13.467, de 13.07.2017)
Parágrafo único. As utilidades mencionadas
no caput deste artigo não integram a remuneração do
empregado. 
Art. 75-E. O empregador deverá instruir os
empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às
precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de
trabalho.
Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de
responsabilidade comprometendo-se a seguir as
instruções fornecidas pelo empregador.
 
Teletrabalho
É o trabalho remoto ou Home Office.
Trata-se do trabalho do empregado realizado em sua
residência. Deve haver contrato com descrição de tudo
que será desenvolvido na residência do empregado, a
título de trabalho para a empresa.
A consolidação das Leis do Trabalho, com as
alterações da Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017,
estabelece que:
“TELETRABALHO 
Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em
regime de teletrabalho observará o disposto neste
Capítulo. (Lei 13.467, de 13.07.2017)
Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de
serviços preponderantemente fora das dependências do
empregador, com a utilização de tecnologias de
informação e de comunicação que, por sua natureza, não
se constituam como trabalho externo.
Parágrafo único. O comparecimento às dependências
do empregador para a realização de atividades
específicas que exijam a presença do empregado no
estabelecimento não descaracteriza o regime de
teletrabalho.
Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de
teletrabalho deverá constar expressamente do contrato
individual de trabalho, que especificará as atividades
que serão realizadas pelo empregado. (Lei 13.467, de
13.07.2017)
§ 1o Poderá ser realizada a alteração entre regime
presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo
acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual.
§ 2o Poderá ser realizada a alteração do regime de
teletrabalho para o presencial por determinação do
empregador, garantido prazo de transição mínimo de
quinze dias, com correspondente registro em aditivo
contratual. 
Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade
pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos
equipamentos tecnológicos e da infraestrutura
necessária e adequada à prestação do trabalho remoto,
bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo
empregado, serão previstas em contrato escrito. (Lei
13.467, de 13.07.2017)
Parágrafo único. As utilidades mencionadas
no caput deste artigo não integram a remuneração do
empregado. 
Art. 75-E. O empregador deverá instruir os
empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às
precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes
de trabalho.
Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo
de responsabilidade comprometendo-se a seguir as
instruçõesfornecidas pelo empregador.”
O legislador, na Lei n. 13.467, de 13 de julho de 2017,
permite a transferência dos ônus ao empregado que labora
em regime de teletrabalho, pois possibilita que seja
previsto em contrato escrito que o empregado tenha a
responsabilidade pela aquisição, manutenção ou
fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da
infraestrutura necessária e adequada à prestação do
trabalho remoto.
Na relação empregatícia, o ônus do empreendimento
deve ser do empregador, cabendo ao empregado a
disponibilização da sua força de trabalho, não se devendo
repassar a responsabilidade pela aquisição e manutenção
dos equipamentos para o trabalhador. Com a mantença
desse dispositivo, será comum a determinação em
contrato para que o empregado compre todo o material e
equipamentos necessários para o desenvolvimento de seu
trabalho, a exemplo de computadores, impressoras,
programas de computador, etc., o que não pode ser
permitido, sob pena de se inverter toda a lógica do direito
do trabalho.
De outro lado, ao empregador não deve ser atribuída
tão somente a obrigação de instruir formalmente seus
empregados, ainda que de forma expressa e ostensiva,
quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e
acidentes de trabalho, devendo, sim, ser responsável pelo
efetivo treinamento e capacitação do trabalhador quanto
ao uso correto dos equipamentos, especialmente com
relação a normas de ergonomia, e pela fiscalização do
cumprimento dessas normas de saúde e segurança no
trabalho.
Caberá à empresa assumir os custos de equipamentos,
água e energia do empregado, ou seja, tudo que envolver o
desenvolvimento do trabalho em home office.
CAPÍTULO III
DO SALÁRIO MÍNIMO
SEÇÃO I
DO CONCEITO
Art. 76 - Salário mínimo é a contraprestação mínima
devida e paga diretamente pelo empregador a todo
trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção
de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer,
em determinada época e região do País, as suas
necessidades normais de alimentação, habitação,
vestuário, higiene e transporte.
Art. 77 - Revogado pela Le nº 4.589, de 12-11-64.
Art. 78 - Quando o salário for ajustado por
empreitada, ou convencionado por tarefa ou peça, será
garantida ao trabalhador uma remuneração diária nunca
inferior à do salário mínimo por dia normal da região,
zona ou subzona.
Parágrafo único. Quando o salário-mínimo mensal do
empregado a comissão ou que tenha direito a percentagem
for integrado por parte fixa e parte variável, ser-lhe-á
sempre garantido o salário-mínimo, vedado qualquer
desconto em mês subsequente a título de compensação.
Art. 79 - (Revogado pelo Lei nº 4.589, de 11.12.1964)
Art. 80 - (Revogado pela Lei 10.097, de 2000)
Art. 81 - O salário mínimo será determinado pela
fórmula Sm = a + b + c + d + e, em que “a”, “b”, “c”, “d”
e “e” representam, respectivamente, o valor das despesas
diárias com alimentação, habitação, vestuário, higiene e
transporte necessários à vida de um trabalhador adulto.
§ 1º - A parcela correspondente à alimentação terá um
valor mínimo igual aos valores da lista de provisões,
constantes dos quadros devidamente aprovados e
necessários à alimentação diária do trabalhador adulto.
§ 2º - Poderão ser substituídos pelos equivalentes de
cada grupo, também mencionados nos quadros a que alude
o parágrafo anterior, os alimentos, quando as condições
da região, zona ou subzona o aconselharem, respeitados
os valores nutritivos determinados nos mesmos quadros.
§ 3º - O Ministério do Trabalho, Industria e Comercio
fará, periodicamente, a revisão dos quadros a que se
refere o § 1º deste artigo.
Art. 82 - Quando o empregador fornecer, in natura,
uma ou mais das parcelas do salário mínimo, o salário em
dinheiro será determinado pela fórmula Sd = Sm - P, em
que Sd representa o salário em dinheiro, Sm o salário
mínimo e P a soma dos valores daquelas parcelas na
região, zona ou subzona.
Parágrafo único - O salário mínimo pago em dinheiro
não será inferior a 30% (trinta por cento) do salário
mínimo fixado para a região, zona ou subzona.
Art. 83 - É devido o salário mínimo ao trabalhador em
domicílio, considerado este como o executado na
habitação do empregado ou em oficina de família, por
conta de empregador que o remunere.
Enunciado 228: ‘’O percentual do adicional de
insalubridade incide sobre o salário-mínimo de que cogita
o artigo setenta e seis da CLT’’.
 
Salário Mínimo Integral
Entende-se o salário mínimo como garantia
constitucional irrenunciável e indisponível, seguindo, sua
fixação, um critério subjetivo de atendimento das
necessidades básicas do trabalhador e de sua família.
 
Salário Aquém
Salário aquém dá-se com infringência do art. 7º, IV, da
lex legum e do art. 76 da CLT.
Ocorrendo o reconhecimento da ilegalidade é
obrigação do ente público ou privado complementar o que
não foi pago corretamente.
 
Salário Base
Não há que se confundir remuneração com salário
base. As gratificações ajustadas ou habitualmente pagas
por liberalidade integram a remuneração. Não compõem,
todavia, o salário base de forma a desobrigar o
empregador da paga do salário mínimo legal. A única
excludente permitida por lei, diz respeito as comissões,
sempre garantindo o salário mínimo ou comissionista.
(Aplicabilidade dos arts. 7º, IV, da Constituição da
República e 76, 78 e 457 da Consolidação das Leis do
Trabalho).
Cálculo do Salário Mínimo
Para se saber se determinado empregado recebe ou não
o salário-mínimo, deve-se levar em conta apenas o
denominado salário básico, e não as demais parcelas
pagas pelo empregador que possuam natureza salarial, eis
que nos termos do artigo 76 da CLT, o salário-mínimo é a
contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo
empregador a todo trabalhador, conceituação que se
insere naquela se extrai do artigo 457 da CLT, segundo a
qual o salário básico é a importância fixa paga
diretamente pelo empregador ao empregado, como
contraprestação do serviço por este realizado.
De conformidade com o disposto no § 1º do artigo 457,
ao dispor que as comissões, percentagens, gratificações
ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo
empregador integram o salário, não elastece a
conceituação do salário básico e, por via de
consequência, do salário-mínimo. Referidas parcelas, não
obstante se integrem ao salário básico, por expressa
disposição de lei, com ele não se confundem, nem,
tampouco, nele se diluem. E isto porque a integração em
exame tem por escopo apenas conferir natureza salarial às
referidas parcelas, que, por possuírem o seu valor
calculado sobre o salário básico, a ele não se incorporam
em hipótese alguma.
 
Salário Base Menor que o Salário Mínimo
O legislador estabeleceu que salário é o conjunto de
pagamentos feitos pelo empregador ao empregado em
decorrência do contrato de trabalho, seja como
contraprestação do serviço, seja em razão da
disponibilidade do trabalhador, das interrupções
contratuais ou por força de lei, o que não atenta contra a
definição de salário mínimo, encontrada no art. 76 da
CLT, nem é incompatível com o disposto no art. 7º, inciso
IV, da Constituição Federal.
Sendo o salário pago em valor superior ao mínimo
assegurado, considerada a soma de todas as parcelas que
o compõem e que possuem natureza salarial, a garantia
constitucional está sendo respeitada e a conceituação de
salário mínimo observada.
 
Salário Mínimo e Verbas Acessórias
Valer-se de verbas acessórias como gratificação,
comissões, gorjetas, etc, para composição do salário
mínimo, representa grave violação do inciso IV do art. 7º
da CF, que assegura salário mínimo como contraprestação
mínima devida pelo empregador a todo trabalhador.
Mesmo que as gratificações percebidas pelos
reclamantes ao longo do contrato de trabalho tenham
natureza salarial (§ 1º, do art. 457 da CLT), pagas de
forma habitual, elas não servem para compor o salário
mínimo conceituado no art. 76 da CLT, eis que não passam
de verbas acessórias pagas por liberalidade do
empregador.
 
Adicional de Hora Extra
Tem-se por regular o regime compensatóriode jornada
com a supressão do labor nos sábados, adotado pelas
partes desde o nascedouro do pacto, já que previsto nos
instrumentos normativos da categoria profissional da
autora, incidindo à espécie a orientação jurisprudencial
do Enunciado nº 349 do TST.
 
Diferenças de Horas Extras – Contagem Minuto a
Minuto
Adota-se, no particular, o entendimento do Enunciado
nº 19 do TRT da 4ª Região, no sentido de que devem ser
excluídos, desde que não excedidos, os cinco minutos que
antecedem e sucedem os registros de horário no cartão-
ponto. Assim, na apuração das diferenças de horas extras,
deverá seja observado o critério estabelecido naquele
verbete. Provê-se parcialmente o recurso.
No que se refere a contagem minuto a minuto, não se
tem como trabalho extraordinário os poucos minutos que
antecedem ou sucedem à normal jornada do empregado,
até o limite de cinco minutos, conquanto não tenha havido
prestação de trabalho além desse lapso temporal.
Os poucos minutos anteriores e posteriores ao
momento próprio para registro do horário no cartão-
ponto, apenas quando não excedentes de cinco, devem ser
desprezados no cômputo da jornada, não podendo ser
considerados como labor extraordinário. Enunciado nº 19
SJ/TRT 4ª Região.
 
Estado de Miserabilidade Jurídica
O estado de miserabilidade jurídica é circunstância
não sujeita à mera presunção – exigência do art. 14, § 1º,
da lei nº 5584/70 – de maneira que diante das exigências
ditadas pela Lei nº 5584/70, (art. 14, § 1º) para concessão
do benefício de assistência judiciária na Justiça do
Trabalho, o estado de miserabilidade jurídica não pode
ser simplesmente presumido. Trata-se de ônus probatório
imposto ao trabalhador que demanda sob patrocínio do
sindicato da categoria profissional.
Honorários Advocatícios
No processo do trabalho, mesmo na vigência da
Constituição Federal de 1988, é incabível a condenação
em honorários advocatícios quando não atendidos os
requisitos de que trata o artigo 14 da Lei nº 5.584/70.
Na Justiça do Trabalho, o benefício da assistência
judiciária é concedido quando preenchidos os requisitos
da Lei nº 5.584/70. Presentes os pressupostos legais, é
devida a condenação ao pagamento de honorários
advocatícios, na forma de benefício assistencial.
 
Aviso-Prévio Proporcional
Conquanto decorra da inteligência do que rezado no
art. 7º, XXI, da CF, é direito que tem no próprio princípio
maior definida a sua prisão à norma de eficácia contida,
instituído que foi em dependência à regulamentação em
lei. Salvo disposição coletiva ou contratual, é devido, na
ausência de lei a regulamentá-lo, no limite mínimo
constitucionalmente estabelecido.
 
Equiparação Salarial
No que se refere a servidor estatutário e equiparação
com servidor celetista, os servidores públicos estutários
não têm direito a percepção de salário mínimo
profissional, nos termos do art. 13 do Decreto-Lei nº
1.820/80.
O adicional de insalubridade tem incidência sobre o
salário mínimo de que trata o art. 76 da CLT (art. 192 da
CLT) e não sobre o salário mínimo profissional da
categoria.
Desta maneira, os servidores celetistas não tinham o
direito de percepção do adicional de insalubridade sobre
o salário mínimo profissional (Súmulas ns 187/TRF,
307/STF e 228/TST).
Estabilidade Gestante
A empregada gestante tem assegurado o direito ao
emprego a partir do momento em que confirmada sua
gravidez até cinco meses após o parto. Assim, sendo
despedida injustamente, faz jus à reintegração.
Entretanto, havendo recusa e existindo previsão
expressa em Convenção Coletiva, que o retorno ao
trabalho deve ocorrer em noventa dias, contados da data
da concessão do aviso prévio, sob pena de nada mais
poder postular, não se há falar em estabilidade provisória.
 
Estabilidade Provisória por Acidente de Trabalho
A estabilidade provisória confere ao empregado
despedido imotivadamente o direito à reintegração no
emprego com o pagamento dos salários vencidos.
Inviabilizada esta, pelo decurso do tempo, faz jus o
trabalhador ao pagamento dos salários do período.
 
Jornada Compensatória
É regular a adoção do regime de compensação de
horário em atividade insalubre quando facultado em
acordo ou convenção coletiva de trabalho. O que não
ocorre na espécie. Aplicação do Enunciado nº 7 desta
Corte Trabalhista.
 
Gratificação, Salário e Remuneração
Conforme estabelece o artigo 76 da CLT, salário
mínimo é a contraprestação mínima devida pelo
empregador a todo trabalhador.
Remuneração consiste no montante recebido pelo
empregado, incluindo-se o salário, gorjetas, comissões,
gratificações, etc., significando que o conceito de
remuneração é mais amplo do que o conceito de salário,
motivo pelo qual o art. 478 da CLT refere-se à
remuneração para efeito de indenização.
Portanto, o salário vital, assim entendido o salário
mínimo, sem o qual ninguém pode viver, não pode ser
complementado por outras verbas, tais como,
gratificações, comissões, gorjetas, etc., sob pena de restar
configurada, ainda que indiretamente, violação à garantia
constitucional de que trata o art. 7º, inciso IV, da CF.
 
Horas Extras e Intervalos Não Usufruídos
De conformidade com o disposto no § 4º do artigo 71
DA CLT, a não concessão do intervalo de quinze minutos
para o empregado sujeito à jornada de 6 horas gera o
direito ao recebimento da hora mais o adicional, e não
apenas a hora.
O § 4º do art. 71 da CLT, ao determinar o acréscimo de
50% sobre a hora normal, não está dispondo ser devido
apenas o adicional, mas prevendo a forma de cálculo da
hora do intervalo não usufruído.
 
Horas Extras – Limitação ao período em que houve
labor em três turnos
Tendo em vista a vontade do legislador no que
concerne à determinação da jornada reduzida no caso dos
turnos ininterruptos de revezamento, que foi a de proteger
o Obreiro contra os malefícios decorrentes do rodízio de
horários de trabalho, pouco importa se o Obreiro
trabalhou em dois ou em três dos turnos existentes na
Empresa, bastando a verificação dos prejuízos
decorrentes da alternância de horários de trabalho, para
que faça jus ao recebimento das horas excedentes da sexta
como extras.
 
Nulidade de Demissão
A exigência da assistência sindical quando das
demissões, em se tratando de empregado com mais de um
ano de casa (par. 1º do art. 477 da CLT), importa em
requisito de forma essencial à validade do ato.
Não havendo a assistência sindical, a demissão do
empregado é nula e, em decorrência, ineficaz.
Nestes casos considera-se a despedida sem justa
causa, inclusive quanto à multa pelo atraso no pagamento
das parcelas rescisórias.
 
Reintegração e Convenção 158 da OIT
É inviável juridicamente a reintegração com base na
Convenção nº 158 da OIT, de empregado não detentor de
estabilidade ou garantia de emprego, despedido
imotivadamente. \
Referida Convenção é inaplicável porque, do ponto de
vista material, sua introdução no cenário jurídico nacional
já se deu maculada por vício de inconstitucionalidade,
visto ter sido instituída por Decreto Presidencial quando,
por disposição expressa da Carta Magna, a incorporação
de Convenção Internacional ao direito pátrio tratando de
garantia de emprego necessita de regulamentação por
meio de Lei Complementar.
O inciso I do art. 7º da Constituição Federal não deixa
margem à dúvida a respeito, e a indenização
compensatória em razão da despedida arbitrária ou
imotivada está fixada no inciso I do artigo 10 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias. A orientação
traçada pela Convenção em apreço colide com os
dispositivos legais em referência.
 
Adicional de Insalubridade e Base de Cálculo
De conformidade com o disposto no artigo 192, da
CLT, o adicional de insalubridade tem por base de cálculo
o salário mínimo, destacando que a base de cálculo reside
no salário mínimo, a teor do art. 76 da CLT e Enunciado
nº 228 do TST. Ademais, o art. 192 da CLT se refere ao
salário mínimo da região.
Quanto à base de cálculo, se tem entendido que o art.
7º, inciso XXIII, remete sua regulamentação à lei
ordinária, de maneiraque a nova ordem constitucional em
nada alterou o critério de pagamento da vantagem em
questão, que permaneceu sendo efetuada com base no piso
nacional de salário de salário e, após, sobre o salário
mínimo, nos termos dos artigos 76 e 192 da CLT.
A Carta Magna de 1988 não alterou a regra para o
cálculo do adicional de insalubridade, uma vez que o
inciso XXIII, do art. 7º não determinou a incidência da
verba sobre a remuneração, referindo-se a “adicional de
remuneração para as atividades penosas, insalubres, ou
perigosas, na forma da lei” (grifei). Inexistente lei
complementar regulamentando o referido inciso
constitucional, o parâmetro é aquele fixado pelo art. 192
da CLT, qual seja, o salário mínimo de que cogita o art. 76
da CLT, cabendo enfatizar que o referido procedimento
não encontra qualquer óbice no inciso IV, do art. 7º, da
Carta Política, pois a vedação ali prevista diz respeito à
vinculação do salário mínimo como fator de indexação,
não afastando a sua incidência sobre os direitos
trabalhistas assegurados legalmente, tal como o adicional
de insalubridade.
Os Tribunais consubstanciados na inteligência do
enunciado 228 do c. Tribunal Superior do Trabalho,
pacificaram a questão acerca da base de cálculo do
adicional de insalubridade como sendo o salário mínimo
de que cogita o art. 76 da CLT, e não o salário contratual
do empregado. A propalada desvinculação constante do
inc. IV do art. 7º da atual Carta Magna refere-se à sua
utilização como parâmetro com o fito de obter eventuais
reajustes ou vantagens salariais, não havendo que se falar
em sua revogação no tocante ao cálculo do adicional de
insalubridade.
O art. 7º XXII, da Constituição da República, que
prevê “adicional de remuneração para as atividades
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei”,
assegura aos trabalhadores o direito ao cálculo do
adicional de insalubridade sobre a remuneração. O
dispositivo apenas alude à natureza da verba – salarial e
não indenizatória – deixando para o legislador
infraconstitucional a regulamentação desse direito
trabalhista. As normas da CLT, nesse particular, foram
recepcionadas pela nova ordem constitucional, de modo
que o art. 76 da CLT encontra-se em plena vigência e
ainda prevalece o entendimento do Enunciado 228 do
TST.
Adicional de Insalubridade e Agentes Biológicos
O adicional de insalubridade, no que tange a agentes
biológicos, em se tratando de limpeza de vasos sanitários,
estes devem ser considerados como a porção inicial de
sistema de esgoto cloacal, estando a trabalhadora em
contato e exposta, permanentemente, aos agentes
biológicos em esgotos, eis que a insalubridade por
agentes biológicos é inerente à atividade.
Tratando-se de coleta do lixo urbano, esta compreende
o labor não somente dos garis, os quais recolhem qualquer
tipo de lixo, mas também dos serventes de limpeza, sendo
que o Anexo 14 da NR-15 enquadra como insalubres em
grau máximo as atividades que envolvem manipulação
com lixo urbano.
 
Adicional de Insalubridade e efeitos da conciliação
parcial
A conciliação efetivada entre as partes, acerca da
existência de direito ao adicional de insalubridade,
importa em efeito declaratório, não afastando a obrigação
do juízo de apreciar o pedido condenatório constante da
petição inaugural. Constatado o pagamento desse
adicional, no grau convencionado, ao longo do contrato de
trabalho, tal pedido é improcedente.
 
Adicional de Insalubridade e Acordo Coletivo
Tratando-se de base de cálculo prevista em acordo
coletivo, deve ser considerado válido o instrumento
coletivo que fixou, sem qualquer efeito retroativo, como
base de cálculo para pagamento do adicional de
insalubridade, o salário mínimo mencionado no artigo
setenta e seis da CLT.
 
Adicional de Insalubridade – Engenheiro, Arquiteto
e Químico
A base de cálculo, conforme a jurisprudência sumulada
do egrégio TST, o adicional de insalubridade do
empregado que aufere salário mínimo profissional
previsto em lei ou convenção incide sobre o salário
mínimo de que cogita o artigo setenta e seis da CLT
(súmula duzentos e vinte e oito do TST).
 
Insalubridade – EPI incapaz de afastar as condições
nocivas à saúde
Faz jus o obreiro ao adicional de insalubridade quando
comprovado que o EPI fornecido, ainda que possuidor de
certificado de aprovação fornecido pelo Ministério do
Trabalho, não se mostrava adequado à atividade e às
condições de trabalho, conforme conclusão do laudo
pericial.
 
Adicional de Insalubridade – Limpeza de Banheiros
Não se equipara o trabalho de limpeza de banheiros
nas dependências de uma creche ao contato permanente
com “esgotos (galerias e tanques)” e “lixo urbano (coleta
e industrialização)”, classificados como insalubres em
grau máximo, nos termos do Anexo 14 da NR-15 da
Portaria MTb nº 3.214/78. Competência da Justiça do
Trabalho, tendo a determinação amparo no art. 44 da Lei
8.212/91, no Provimento nº 2 da Corregedoria do TST,
bem como no art. 3º, parágrafo 4º, da Instrução Normativa
nº 66 da Secretaria da Receita Federal, de 21.12.95.”
O serviço de limpeza de banheiros e vasos sanitários
de uso comum dos empregados, bem como o recolhimento
de lixo dos sanitários e de resíduos de instituição
educativa-hospitalar veterinária, expõe o trabalhador a
risco iminente de contágio a várias e imprevisíveis
doenças. Os sanitários são definidos como o primeiro
recipiente do esgoto cloacal, natural repositório de
excrementos humanos, em similitude analógica perfeita
com o lixo urbano gerador de insalubridade máxima.
Afora isso, o lixo recolhido em instituição educativa-
hospitalar veterinária expõe o empregado a agentes
biológicos, tais como sangue, ossos e dejetos de animais,
em evidente risco de contágio por agentes infecciosos. Em
ambas as hipóteses, há incidência do art. 192 da CLT,
regulamentado pela Portaria 3.214/78, no Anexo 14 da
NR 15.
Adicional de Insalubridade e Radiações não
ionizantes
Por meio de laudo pericial se esclarece quando o
trabalho do se dá em condições insalubres e em que grau,
quando do desempenho de tarefas inerentes à função de
oficial de telecomunicação que consistiam em efetuar em
sistemas irradiantes (antenas e cabos), incluindo sistemas
de iluminação, manutenção em rádio UHF e consertos e
substituição de irradiadores de ondas (torres de
microondas).
O anexo 07 da NR 15 da Portaria 3.214/78 classifica
como insalubre em grau médio as tarefas realizadas nestas
condições.
 
Adicional de Insalubridade em grau médio e uso de
fones de ouvido
Provado o uso de fones de ouvido, faz jus o
trabalhador ao adicional de insalubridade em grau médio,
nos termos do Anexo nº 13 da NR 15, item “Operações
diversas”.
 
Adicional de Insalubridade e Integração
A base de cálculo do adicional de insalubridade e o
salário mínimo que cogita o artigo setenta e seis da CLT,
consoante enunciado duzentos e vinte e oito desta corte,
sendo que o adicional de insalubridade integra a
remuneração do obreiro para todos os fins, porquanto
possui natureza salarial, na medida em que seu objetivo é
recompensar com maior valor o trabalho insalubre, mais
penoso.
 
Adicional de Transferência
Havendo prova de que o empregado solicitou a
transferência e que esta se revestiu de definitividade, não
há direito ao adicional de transferência, devido somente
nas hipóteses de transferência com caráter transitório.
 
Descontos Salariais
Os descontos realizados com autorização do obreiro
são lícitos, não infringindo a norma do artigo 462 da CLT,
se não provado qualquer vício do ato jurídico.
Entendimento consubstanciado no Enunciado 342 do TST.
Jurisprudência:
Ementa: RECURSO ORDINÁRIO 1 - LEI
MUNICIPAL. REGIME JURÍDICO ÚNICO.
PUBLICAÇÃO. VALIDADE. EFICÁCIA. De
conformidade com o entendimento contido na Súmula nº
01 do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 7ª
Região, somente de admitir, como válida e eficaz, lei que
instituir RJU , quando sua publicação houver sido feita em
órgão oficial, nos termos do art. 1º da LICC. 2 -
SALÁRIO MÍNIMO. O salário mínimo integral é a
contraprestação mínimadevida a todo trabalhador por dia
normal de serviço (Art. 76 CLT ); assim considerada a
jornada de 8 (oito) horas diárias (artigo 58 CLT ); donde
se concluir pela legalidade do pagamento proporcional às
horas trabalhadas. Recurso Ordinário conhecido e
parcialmente provido. (TRT-7 - RECURSO ORDINÁRIO
RO 967009620075070026 CE 0096700-9620075070026
(TRT-7) Data de publicação: 17/04/2009)
Ementa: RECURSO ORDINÁRIO 1 - FAZENDA
PÚBLICA. REMESSA DE OFÍCIO. Não está sujeito ao
duplo grau de jurisdição a condenação proferida contra a
União, o Estado, o Distrito Federal, o Município, e as
respectivas autarquias e fundações de direito público, de
valor certo não excedente a 60 (sessenta) salários
mínimos (artigo 475, § 2º, CPC). 2 - SALÁRIO MÍNIMO.
O salário mínimo integral é a contraprestação mínima
devida a todo trabalhador por dia normal de serviço (Art.
76 CLT); assim considerada a jornada de 8 (oito) horas
diárias (artigo 58 CLT ); donde se concluir pela
legalidade do pagamento proporcional às horas
trabalhadas. (TRT-7 - REMESSA DE OFÍCIO E
RECURSO ORDINÁRIO RECORD 158200802607000
CE 00158/2008-026-07-00-0 (TRT-7) Data de
publicação: 11/05/2009)
Ementa: JUSTA CAUSA. ATO DE IMPROBIDADE.
APLICAÇÃO DO ART. 82, a, DA CLT. Caracteriza-se
como ato de improbidade, a ensejar a aplicação da
dispensa por justa causa, com amparo na alínea a do art.
482 da CLT, todo aquele que macular a fidúcia depositada
pelo empregador no seu empregado, mormente quando
esse mesmo empregado, comprovadamente, induziu
cliente da sua empresa a assinar um contrato de compra de
dívida de outra empresa, que não a reclamada, quando, na
verdade, tal cliente deveria ter firmado contrato com esta,
restando caracterizado, assim, o descumprimento da
reclamante para com seu dever de boa conduta e lealdade.
(TRT-1 - Recurso Ordinário RO 00010571620125010055
RJ (TRT-1) Data de publicação: 10/12/2013)
 
 
 
 
SEÇÃO II
DAS REGIÕES, ZONAS E SUBZONAS
Art. 84 - Para efeito da aplicação do salário mínimo,
será o país dividido em 22 regiões, correspondentes aos
Estados, Distrito Federal e Território do Acre. (Revogado
pela Lei n. 13.467, de 13.07.2017)
Parágrafo único. Em cada região, funcionará uma
Comissão de Salário Mínimo, com sede na capital do
Estado, no Distrito Federal e na sede do governo do
Território do Acre.
Art. 85 (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964)
Art. 86 - Sempre que, em uma região ou zona, se
verifiquem diferenças de padrão de vida, determinadas
por circunstâncias econômicas de caráter urbano,
suburbano, rural ou marítimo, poderá o Ministro do
Trabalho, Indústria e Comércio, mediante proposta da
respectiva Comissão de Salário Mínimo e ouvido o
Serviço de Estatística da Previdência e Trabalho,
autorizá-la a subdividir a região ou zona, de acordo com
tais circunstâncias. (Revogado pela Lei n. 13.467, de
13.07.2017)
§ 1º Deverá ser efetuado, também em sua totalidade, e
no ato da entrega da declaração, o pagamento do imposto
devido, quando se verificar a hipótese do Art. 52.
§ 2º Enquanto não se verificarem as circunstâncias
mencionadas neste artigo, vigorará nos municípios que se
criarem o salário-mínimo fixado para os municípios de
que tenham sido desmembrados.
§ 3º No caso de novos municípios formados pelo
desmembramento de mais de um município, vigorará
neles, até que se verifiquem as referidas circunstâncias, o
maior salário-mínimo estabelecido para os municípios
que lhes deram origem.
 
Nos termos do disposto no inciso IV do art. 7º da
Constituição Federal, a remuneração mínima passa a ser
uma só em todo o Território brasileiro.
As consequências econômicas e sociais da medida
ainda não foram bem avaliadas em razão do desigual
desenvolvimento nacional e global.
Urge salientar que os arts. 84 e 85 já tinham sido
revogados pelo Dec.-lei n. 2.351, de 7.8.87, quando da
instituição do Piso Nacional de Salário, o que se
confirmou com o advento da Constituição Federal de
1988.
No que se refere ao artigo 86, da CLT, foi criado o
salário mínimo nacional, com a Lei nº 6.708/79 e também
o Decreto nº 89.589/84, sobre o salário mínimo nacional.
A redação do Decreto-Lei n. 2.351, De 7 de Agosto de
1987, revogado pela Lei n. 11.321 de 2006, é a seguinte:
“Art. 1º Fica instituído o Piso Nacional de Salários,
como contra-prestação mínima devida e paga
diretamente pelo empregador, como tal definido na
Consolidação das Leis do Trabalho, a todo trabalhador,
por dia normal de serviço.
1º O valor inicial do Piso Nacional de Salários será
de CZ$1.970,00 (um mil novecentos e setenta cruzados)
mensais.
2º O valor do Piso Nacional de Salários será
reajustado em função do disposto no caput deste artigo e
da conjuntura sócio-econômica do País, mediante
decreto do Poder Executivo, que estabelecerá a
periodicidade e os índices de reajustamento.
3º Ao reajustar o Piso Nacional de Salários, o Poder
Executivo adotará índices que garantam a manutenção
do poder aquisitivo do trabalhador e proporcionem seu
aumento gradual.
Art. 2º O salário mínimo passa a denominar-se
Salário Mínimo de Referência.
1º Ficam vinculados ao Salário Mínimo de
Referência todos os valores que, na data de publicação
deste decreto-lei, estiverem fixados em função do valor
do salário mínimo, especialmente os salários
profissionais de qualquer categoria, os salários
normativos e os pisos salariais fixados em convenção ou
acordo coletivo de trabalho, bem assim salários,
vencimentos, vantagens, soldos e remunerações em geral
de servidores públicos civis e militares da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios e respectivas autarquias e, ainda, pensões e
proventos de aposentadoria de qualquer natureza,
penalidades estabelecidas em lei, contribuições e
benefícios previdenciários e obrigações contratuais ou
legais.
2º O valor do Salário Mínimo de Referência é de
CZ$1.969,92 (um mil novecentos e sessenta e nove
cruzados e noventa e dois centavos) mensais.
3º O Salário Mínimo de Referência será reajustado
em função da conjuntura sócio-econômica do País,
mediante decreto do Poder Executivo, que estabelecerá
a periodicidade e os índices de reajustamento.
4º Ao reajustar o Salário Mínimo de Referência, o
Poder Executivo adotará índices que garantam a
manutenção do poder aquisitivo dos salários.
Art. 3º Será nula, de pleno direito, toda e qualquer
obrigação contraída ou expressão monetária
estabelecida com base no valor ou na periodicidade ou
índice de reajustamento do Piso Nacional de Salários.
Art. 4º A expressão “salário mínimo”, constante da
legislação em vigor, entende-se como substituída por:
I - Piso Nacional de Salários, quando utilizada na
acepção do caput do art. 1º deste decreto-lei; e
II - Salário Mínimo de Referência, quando utilizada
na acepção de índice de atualização monetária ou base
de cálculo, de obrigação legal ou contratual.
Art. 5º Este decreto-lei entrará em vigor na data de
sua publicação.
Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 7 de agosto de 1987; 166º da Independência
e 99º da República.
JOSÉ SARNEY”
 
 
SEÇÃO III
DA CONSTITUIÇÃO DAS COMISSÕES
Art. 87 a 116 (Revogados pela Lei nº 4.589, de
11.12.1964)
SEÇÃO VI
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 117 - Será nulo de pleno direito, sujeitando o
empregador às sanções do Art. 120, qualquer contrato ou
convenção que estipule remuneração inferior ao salário
mínimo estabelecido na região, zona ou subzona, em que
tiver de ser cumprido.
Art. 118 - O trabalhador a quem for pago salário
inferior ao mínimo terá direito, não obstante qualquer
contrato ou convenção em contrário, a reclamar do
empregador o complemento de seu salário mínimo
estabelecido na região, zona ou subzona, em que tiver de
ser cumprido.
Art. 119 - Prescreve em 2 (dois) anos a ação para
reaver a diferença, contados, para cada pagamento, da
data em que o mesmo tenha sido efetuado.
Art. 120 - Aquele que infringir qualquer dispositivo
concernente ao salário mínimo será passível da multa de
cinquenta e dois mil cruzeiros, elevada ao dobro na
reincidência.
Art. 121 - (Revogadopelo Decreto-Lei nº 229, de
28.2.1967)
Art. 122 e 123 (Revogados pela Lei nº 4.589, de
11.12.1964)
Art. 124 - A aplicação dos preceitos deste Capítulo
não poderá, em caso algum, ser causa determinante da
redução do salário.
Art. 125 - (Revogado pela Lei nº 4.589, de
11.12.1964)
Art. 126 - O Ministro do Trabalho, Indústria e
Comércio, expedirá as instruções necessárias à
fiscalização do salário mínimo, podendo cometer essa
fiscalização a qualquer dos órgãos componentes do
respectivo Ministério, e, bem assim, aos fiscais dos
Institutos de Aposentadoria e Pensões na forma da
legislação em vigor.
Art. 127 - (Revogado pelo Decreto-Lei nº 229, de
28.2.1967)
Art. 128 - (Revogado pelo Decreto-Lei nº 229, de
28.2.1967)
 
- Art. 7° CF, IV.
- OJ SDI-1 n. 272 do TST.
- Súmulas do STF: 199 e 204.
 
De conformidade com o disposto no artigo 117 supra,
verifica-se que a nulidade refere-se a cláusula do contrato
individual de trabalho ou norma coletiva, ou seja, açodo
ou convenção que deixa de observar o mínimo
estabelecido pelo art. 7º , IV, da Carta Constitucional
unificado a nível nacional.
Pode haver redução salarial por meio de negociação
coletiva, nos termos do artigo 7º, IV, da Constituição
Federal, todavia, não se admite a instituição de salário
inferior ao mínimo legal por outro meio.
A hermenêutica aponta a interpretação da referida
norma pelo método sistemático, eis que se busca a
garantia mínima mensal para que sejam atendidas as
necessidades vitais básicas, o que deve ser irredutível.
O legislador ao se referir a remuneração, a qual é
composta por salários e gorjetas, nos termos do artigo 457
da CLT.
Impende salientar que gorjetas não entram no cálculo
do salário mínimo, em razão de serem pagas por terceiros.
A utilização do termo pelo legislador, referiu-se a
todas as verbas pagas pelo empregador, como o salário
base de os demais adicionais, conforme a Súmula
Vinculante n. 16 do ST e Orientação Jurisprudencial n.
272 da SDI-1 do TST.
Nos termos do artigo 118, da CLT, no caso de haver
pagamento inferior ao mínimo legal, abre oportunidade
para o empregado pleitear a diferença salarial respectiva
ou que o contrato seja rescindido de forma indireta, nos
termos do artigo 483, d, da CLT.
No caso de haver instrumento coletivo, este poderá ser
questionado pelo manuseio de ação anulatória.
De conformidade com o disposto no artigo 119, da
CLT, prescreve em 2 (dois) anos a ação para reaver a
diferença, contados, para cada pagamento, da data em que
o mesmo tenha sido efetuado, todavia, com o advento da
Constituição Federal de 1988, tal dispositivo não foi por
ela recepcionado.
Qualquer direito trabalhista deve obedecer as regras
estabelecidas no artigo 7º, XXIX, da Constituição
Federal, que estabelece que ação, quanto aos direitos de
créditos resultantes de relação de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos
e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho.
Havendo rescisão do contrato trabalhista, poderá o
empregado ajuizar sua ação em dois anos e reclamar os
últimos cinco contados da distribuição.
No caso do contrato estar em vigor, a reclamação
alcançará os últimos cinco anos de trabalho, também
contados da distribuição.
Entra no caçulo do prazo prescricional, o aviso prévio,
inclusive o indenizado., consoante se estabelece no art.
487, da CLT e Orientação Jurisprudencial 83 da SDI-1 do
TST.
De conformidade com o disposto no artigo 20, da CLT,
aquele que infringir qualquer dispositivo concernente ao
salário mínimo será passível da multa de cinquenta e dois
mil cruzeiros, elevada ao dobro na reincidência, de
maneira que as multas trabalhistas foram elevadas ao
triplo e convertidas em BTN, nos termos do artigo 2º, da
Lei n. 7.855/89. No entanto, a BTN restou extinta pela Lei
n. 8.177/91.
Atualmente vemos no Ministério do Trabalho e
Emprego que a fiscalização do trabalho impõe multas de
R$ 40,25 a R$ 1.227,06 por violações de dispositivos da
CLT que tratam do salário-mínimo.
Nos termos do artigo 126, da CLT, a fiscalização do
trabalho no território nacional é exercida pelos auditores-
fiscais do trabalho, conforme estabelece o artigo 11, da
Lei n. 10.593/2002.
 
 
CAPÍTULO IV
SEÇÃO I
DO DIREITO A FÉRIAS E DA SUA DURAÇÃO
Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao
gozo de um período de férias, sem prejuízo da
remuneração.
Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de
vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito
a férias, na seguinte proporção:
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado
ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver
tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas;
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de
15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas;
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24
(vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as
faltas do empregado ao serviço.
§ 2º - O período das férias será computadao, para
todos os efeitos, como tempo de serviço.
Art. 130-A. Na modalidade do regime de tempo
parcial, após cada período de doze meses de vigência do
contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na
seguinte proporção: (Revogado pela Lei n. 13.467, de
13.07.2017)
I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal
superior a vinte e duas horas, até vinte e cinco horas;
II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal
superior a vinte horas, até vinte e duas horas;
III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal
superior a quinze horas, até vinte horas;
IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal
superior a dez horas, até quinze horas;
V - dez dias, para a duração do trabalho semanal
superior a cinco horas, até dez horas;
VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal
igual ou inferior a cinco horas.
Parágrafo único. O empregado contratado sob o regime
de tempo parcial que tiver mais de sete faltas
injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu
período de férias reduzido à metade.
Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para
os efeitos do artigo anterior, a ausência do empregado:
I - nos casos referidos no Art. 473;
Il - durante o licenciamento compulsório da empregada
por motivo de maternidade ou aborto, observados os
requisitos para percepção do salário-maternidade
custeado pela Previdência Social;
III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade
atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS,
excetuada a hipótese do inciso IV do Art. 133;
IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a
que não tiver determinado o desconto do correspondente
salário;
V - durante a suspensão preventiva para responder a
inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quando
for impronunciado ou absolvido; e
VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo
na hipótese do inciso III do Art. 133. 
Art. 132 - O tempo de trabalho anterior à apresentação
do empregado para serviço militar obrigatório será
computado no período aquisitivo, desde que ele
compareça ao estabelecimento dentro de 90 (noventa)
dias da data em que se verificar a respectiva baixa.
Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que,
no curso do período aquisitivo:
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60
(sessenta) dias subsequentes à sua saída;
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de
salários, por mais de 30 (trinta) dias;
III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por
mais de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial
ou total dos serviços da empresa; e
IV - tiver percebido da Previdência Social prestações
de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de
6 (seis) meses, embora descontínuos.
§ 1º - A interrupção da prestação de serviços deverá
ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social.
§ 2º - Iniciar-se-á o decurso de novo período
aquisitivo quando o empregado, após o implemento de
qualquer das condiçõesprevistas neste artigo, retornar ao
serviço.
§ 3º - Para os fins previstos no inciso III deste artigo a
empresa comunicará ao órgão local do Ministério do
Trabalho, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias,
as datas de início e fim da paralisação total ou parcial dos
serviços da empresa, e, em igual prazo, comunicará, nos
mesmos termos, ao sindicato representativo da categoria
profissional, bem como afixará aviso nos respectivos
locais de trabalho. 
§ 4º (Vetado) (Incluído pela Lei nº 9.016, de
30.3.1995)
 
Férias e Integrações de Horas Extras
Tanto as férias como o 13º salário são vantagens
devidas pelo valor da remuneração que fizer jus o
empregado no mês de seu pagamento (CLT, arts. 129 e 142
– Lei 4.090/62, art. 1º, § 1º).
O valor das horas extras, que é pago em razão da
sujeição do empregado a tempo diário de trabalho
superior ao que obrigado por lei, e/ou pelo contrato, em
proveito do empregador, além de compor a remuneração
do trabalhador, guarda natureza inquestionavelmente
salarial, o que de há muito foi concebido pela
jurisprudência pátria, estando cristalizado o entendimento
jurisprudencial na SJTST, no que refere à sua integração
no 13º salário e nas férias, por meio dos Enunciados 45 e
151.
 
Férias e Trabalho no Período de Usufruto do Direito
O direito de qualquer empregado ao gozo de férias esta
estabelecido nos artigos sétimo, inciso dezessete, da atual
Carta Magna e cento e vinte e nove e cento e trinta da
CLT.
Trata-se de direito indispensável de todo trabalhador,
sendo que, nem mesmo a sua concordância em trabalhar
durante tal período consegue afastar a responsabilidade
do empregador de conceder o gozo de férias em época
própria.
O legislador, ao ditar tais normas, não teve a intenção
de apenas determinar uma maior remuneração ao trabalho
durante este período, mas sim de garantir a rigidez física e
mental, bem como a qualidade de vida, do trabalhador que
labora durante doze meses consecutivos.
Férias Não Gozadas
Em razão da força da norma imperativa do artigo 129
da CLT, a concessão do período de férias impõe seu
pagamento e gozo.
Lemos no artigo 137 da CLT que é devido o pagamento
em dobro quando descumprido o prazo de que trata o art.
134 consolidado.
O pagamento de férias, sem o afastamento do trabalho,
não elide o pagamento pelo descanso anual, na forma
simples.
 
Férias Trabalhadas e Forma de Pagamento
O direito do empregado ao gozo de férias está
estabelecido nos arts. 7º, inciso XVI, da atual Carta
Magna e arts. 129 a 130 da CLT.
Trata-se de direito indisponível do trabalhador, sendo
que nem mesmo a sua concordância em trabalhar durante
tal período consegue afastar a responsabilidade do
empregador de pagá-las de forma dobrada.
Tendo o pagamento sido feito de forma simples, o
instituto não alcança a sua finalidade e a remuneração
recebida corresponde apenas à contraprestação do
próprio trabalho, sujeitando o Empregador à dobra
prevista no art. 137 da CLT.
 
Jurisprudência:
Ementa: TRT-PR-08-05-2012 CONVENÇÃO 132 DA
OIT. ART. 130 DA CLT. PROPORCIONALIDADE DE
FÉRIAS. A Convenção 132 da OIT, relativa às férias do
trabalhador, passou a integrar o ordenamento jurídico
nacional a partir da edição do Decreto 3.197, de 05 de
outubro de 1999. Contudo, não derrogou a CLT, que
também disciplina o direito às férias. Aplica-se a teoria
do conglobamento por instituto, que propõe a comparação
entre os institutos tratados em mais de um texto normativo
- na hipótese, as férias - para extrair desses textos, sem
prejuízo da sua unidade, harmonia e inteireza, o
tratamento que se apresente mais benéfico ao trabalhador.
No conjunto, o instituto das férias encontra tratamento
mais benéfico na CLT. Assim, deve prevalecer a condição
mais benéfica e a norma mais favorável quanto às férias, o
que afasta o alegado direito ao recebimento de férias
proporcionais relativas a período em que o trabalhador
permaneceu com o contrato suspenso pela percepção de
auxílio-doença. Por outro lado, sequer foi assegurado
expressamente na Convenção o direito postulado. Esta
previu a possibilidade de o direito interno do país
signatário impor limites à somatória dos períodos, o que,
na CLT, encontra disciplina no art. 133, IV. Recurso
ordinário do autor a que se nega provimento. (TRT-9 -
2052011594909 PR 205-2011-594-9-0-9 (TRT-9) Data de
publicação: 08/05/2012)
Ementa: FÉRIAS. DURAÇÃO E CÁLCULO DA
PROPORCIONALIDADE EM RAZÃO DE FALTAS
INJUSTIFICADAS. APLICAÇÃO DO ART. 130, DA
CLT. As férias possuem duração de trinta dias a cada doze
meses de vigência do contrato de trabalho, período que
vai decrescendo proporcionalmente conforme o número
de faltas injustificadas do empregado (art. 130, da CLT).
Não havendo prova de faltas injustificadas do empregado
devidas as férias proporcionais sem nenhuma redução.
Recurso conhecido e não provido. (TRT-10 - Recurso
Ordinário RO 00917201202010006 DF 00917-2012-020-
10-00-6 RO (TRT-10) Data de publicação: 06/12/2013)
RECURSO DE REVISTA. COTRIEL. RECURSO DE
REVISTA SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/2014.
requisitos do artigo 896, § 1º-A da CLT atendidos.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. AUSÊNCIA DA
CREDENCIAL SINDICAL. Segundo a jurisprudência
dominante, o art. 133 da Constituição Federal não alterou
as disposições da Lei 5.584/70, que continuam regendo a
matéria. Portanto, na Justiça do Trabalho, a condenação
ao pagamento de honorários advocatícios não decorre
apenas da sucumbência, devendo a parte preencher,
concomitantemente, dois requisitos: 1) assistência por
sindicato da categoria profissional; e 2) benefício da
justiça gratuita, o qual é assegurado ao trabalhador que
perceba salário inferior ao dobro do salário-mínimo ou,
ao trabalhador de maior salário, desde que esteja em
situação econômica que não lhe permita demandar sem
prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. Os
honorários advocatícios devem ser excluídos da
condenação com base nas Súmulas 219, I e 329 do TST e
na Orientação Jurisprudencial 305 da SBDI-1 desta Corte.
Recurso de revista conhecido e provido. (TST -
RECURSO DE REVISTA RR 6312620125040732 (TST)
Data de publicação: 18/09/2015)
Ementa: FÉRIAS. PERDA DO DIREITO.
AFASTAMENTO PREVIDENCIÁRIO SUPERIOR A
SEIS MESES. INDEVIDA A INDENIZAÇÃO DO
CORRESPONDENTE PERÍODO. EXEGESE DO ART.
133, IV, DA CLT. Evidenciado o afastamento da
empregada, por motivo de doença laboral, com percepção
de benefício previdenciário por lapso temporal superior a
seis meses, configura-se a perda do direito às férias, a
teor do inciso IV do art. 133 da CLT. Em decorrência, se a
trabalhadora fica impedida, por expressa vedação legal,
de fruir do seu direito a um período de férias, também não
fará jus ao recebimento de indenização pelo equivalente,
ainda que sob a perspectiva da reparação de danos no
campo da responsabilidade civil, porque não subsiste, no
contexto da realidade contratual, o elemento fundante da
pretensão indenizatória. (TRT-12 - RECURSO
ORDINARIO TRABALHISTA RO
00022427620125120025 SC 0002242-76.2012.5.12.0025
(TRT-12) Data de publicação: 19/08/2015)
RECURSO DE REVISTA. FÉRIAS. (alegação de
violação ao artigo 130-A, I, II, III, IV, V e VI, e parágrafo
único da Consolidação das Leis do Trabalho). Não
demonstrada violação à literalidade de dispositivo de lei
federal, não há que se determinar o seguimento do recurso
de revista com fundamento na alínea “c” do artigo 896 da
Consolidação das Leis do Trabalho. Recurso de revista
não conhecido. RECURSO DE REVISTA. VALE
REFEIÇÃO. (alegação de violação aos artigos 7º, XXVI,
da Constituição Federal, 444 da Consolidação das Leis do
Trabalho, 114 e 843 do Código Civil, à Cláusula 4.17 dos
Acordos Coletivos de 2007/2012, e divergência
jurisprudencial). Não demonstrada violação à literalidade
de dispositivo de lei federal ou a existência de teses
diversas na interpretação de um mesmo dispositivo legal,
não há que se determinar o seguimento do recurso de
revista com fundamento nas alíneas “a” e “c” do artigo
896 da Consolidação das Leis do Trabalho. Recurso de
revista não conhecido. HONORÁRIOS DE ADVOGADO.“Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de
honorários advocatícios, nunca superiores a 15% (quinze
por cento), não decorre pura e simplesmente da
sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a)
estar assistida por sindicato da categoria profissional; b)
comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do
salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica
que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio
sustento ou da respectiva família” (Súmula/TST nº 219, I,
com a redação conferida pela Res. 197/2015, DEJT de
14, 15 e 18/05/2015). Recurso de revista conhecido e
provido. Processo: RR - 638-68.2012.5.04.0101 Data de
Julgamento: 03/02/2016, Relator Ministro: Renato de
Lacerda Paiva, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT
26/02/2016.
 
 
SEÇÃO II
DA CONCESSÃO E DA ÉPOCA DAS FÉRIAS
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do
empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses
subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o
direito.
§ 1o Desde que haja concordância do empregado, as
férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo
que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias
corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco
dias corridos, cada um. (Lei 13.467, de 13.07.2017)
§ 2o (Revogado).
§ 3o É vedado o início das férias no período de dois
dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal
remunerado.
Art. 135 - A concessão das férias será participada, por
escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo,
30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará
recibo.
§ 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das
férias sem que apresente ao empregador sua Carteira de
Trabalho e Previdência Social, para que nela seja anotada
a respectiva concessão.
§ 2º - A concessão das férias será, igualmente, anotada
no livro ou nas fichas de registro dos empregados. 
Art. 136 - A época da concessão das férias será a que
melhor consulte os interesses do empregador. 
§ 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no
mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar
férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto
não resultar prejuízo para o serviço. 
§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito)
anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as
férias escolares. 
Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após
o prazo de que trata o Art. 134, o empregador pagará em
dobro a respectiva remuneração. 
§ 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o
empregador tenha concedido as férias, o empregado
poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, por
sentença, da época de gozo das mesmas.
§ 2º - A sentença dominará pena diária de 5% (cinco
por cento) do salário mínimo da região, devida ao
empregado até que seja cumprida. 
§ 3º - Cópia da decisão judicial transitada em julgado
será remetida ao órgão local do Ministério do Trabalho,
para fins de aplicação da multa de caráter administrativo.
Art. 138 - Durante as férias, o empregado não poderá
prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver
obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho
regularmente mantido com aquele. 
Férias
Com a nova legislação pode ser dividida as férias em
três vezes, considerando que não pode haver um período
menor de 14 dias e as demais de 5 dias.
A consolidação das Leis do Trabalho, com as
alterações da Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017,
estabelece que:
“CONCESSÃO E A ÉPOCA DAS FÉRIAS
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do
empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses
subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido
o direito.
§ 1o Desde que haja concordância do empregado, as
férias poderão ser usufruídas em até três períodos,
sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze
dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a
cinco dias corridos, cada um. (Lei 13.467, de
13.07.2017)
§ 2o (Revogado).
§ 3o É vedado o início das férias no período de dois
dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal
remunerado.
Art. 135 - A concessão das férias será participada,
por escrito, ao empregado, com antecedência de, no
mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o
interessado dará recibo.
§ 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das
férias sem que apresente ao empregador sua Carteira de
Trabalho e Previdência Social, para que nela seja
anotada a respectiva concessão.
§ 2º - A concessão das férias será, igualmente,
anotada no livro ou nas fichas de registro dos
empregados.
Art. 136 - A época da concessão das férias será a que
melhor consulte os interesses do empregador.
§ 1º - Os membros de uma família, que trabalharem
no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a
gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e
se disto não resultar prejuízo para o serviço.
§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito)
anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as
férias escolares.
Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas
após o prazo de que trata o art. 134, o empregador
pagará em dobro a respectiva remuneração.
§ 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o
empregador tenha concedido as férias, o empregado
poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, por
sentença, da época de gozo das mesmas.
§ 2º - A sentença cominará pena diária de 5% (cinco
por cento) do salário mínimo da região, devida ao
empregado até que seja cumprida.
§ 3º - Cópia da decisão judicial transitada em
julgado será remetida ao órgão local do Ministério do
Trabalho, para fins de aplicação da multa de caráter
administrativo.
Art. 138 - Durante as férias, o empregado não poderá
prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver
obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho
regularmente mantido com aquele.”
Antes, as férias eram parceladas em duas vezes, a
menor não podia ter menos que 10 dias. Agora, as férias
podem ser parceladas em três vezes, sendo que a maior
precisa ter no mínimo 14 dias e as menores não podem ter
menos de 5 dias.
O disposto nos arts. 134 e 137 da CLT (não concessão
de férias, fato gerador do pagamento em dobro destas)
visa evitar que o trabalhador deixe de usufruir as férias,
não se limitando apenas ao pagamento extemporâneo,
pois, se assim o fosse, o principal objetivo das férias, que
é o descanso, estaria totalmente prejudicado.
Trata-se de direito irrenunciável do obreiro, pois visa,
antes de mais nada, ao bem estar físico e psíquico do
empregado, que precisa deste descanso para
posteriormente melhor produzir.
Não pode o aviso prévio de férias ser usado como
escusa do empregador para obstar o exercício pleno do
direito previsto no art. 134 da CLT.
As férias, nos termos do art. 134 da CLT, devem iniciar
e terminar nos doze meses subseqüentes à data em que o
empregado tiver adquirido o direito.
 
Licença e Férias
A fruição da licença, no decorrer de parte do período
concessivo de férias, não prejudica o gozo oportuno
destas.
 
Fracionamento de Férias
De conformidade com o disposto no parágrafo segundo
do artigo cento e trinta e quatro da CLT, o legislador é
categórico ao vedar o fracionamento de férias de
empregados maiores de cinquenta anos e menores de
dezoito anos de idade. Cláusula quadragésima oitava –
Contribuição associativa e cláusula quadragésima nona –
Contribuição assistencial e confederativa.
A jurisprudência firmou-se no sentido de excluir de
tais acordos cláusulas de natureza, ao entendimento de que
as mesmas não pertinem às relações de trabalho, mas
dizem respeito apenas aos interesses particulares dos
sindicatos.
 
Competência Material da Justiça do Trabalho
Tratando-se de relação jurídica de cunho trabalhista,
sob égide do diploma consolidado, não importa que o
empregador seja pessoa jurídica de direito público, a
competência para julgar a lide é da Justiça do Trabalho.
A regra de competência está definida no art. 114 da
Constituição Federal de 88, que expressamente arrola os
entes de direito público da administração pública direta e
indireta dos Municípios, do Distrito Federal, dos Estados
e da União.
 
Fériase Diferenças
A inobservância da norma do art. 134 da CLT traz,
como consequência legal, conforme sacramentada no art.
137 do mesmo diploma, a obrigação de o empregador
pagar, em dobro, a remuneração do descanso anual.
No caso de empregada doméstica, a Constituição de
1988, no parágrafo único de seu art. 7º, assegurou aos
trabalhadores domésticos o direito às férias previsto no
inc. XVII do mesmo dispositivo para os trabalhadores
urbanos e rurais em geral, sem qualquer restrição.
No mesmo sentido e também sem qualquer ressalva, o
Decreto nº 71.885/73, que regulamenta a lei do trabalho
doméstico (Lei nº 5.859/72), estabelece expressamente
em seu art. 2º que é aplicável aos domésticos o Capítulo
da CLT referente a férias. É pois devida à empregada
doméstica a remuneração em dobro correspondente às
férias que não houver usufruído dentro do período
concessivo correspondente, a teor dos arts. 134 e 137 da
CLT.
Concessão de Férias após o Período Concessivo
As férias gozadas após o prazo fixado no art. 134 da
CLT devem ser pagas em dobro (art. 137 da CLT), ainda
quando couber ao empregado, como representante do
empregador, a fixação do período de concessão.
 
Férias Fracionadas
Com o advento da Lei n. 13.467, de 13 de julho de
2017, o legislador regulamentou as férias fracionadas,
dispondo que desde que haja concordância do empregado,
as férias poderão ser usufruídas em até três períodos,
sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze
dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a
cinco dias corridos, cada um, sendo proibido o início das
férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia
de repouso semanal remunerado.
Demonstrada a concessão das férias de forma
fracionada, em períodos inferiores ao estabeleido na lei,
quatorze dias corridos e os demais não poderão ser
inferiores a cinco dias corridos, cada um e não tendo o
seu pagamento obedecido ao prazo fixado na norma legal,
o obreiro é credor do pagamento acrescido do adicional
de 1/3, e em dobro quando ultrapassado o período de
concessão do art. 134 da CLT, sendo vedado o início das
férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia
de repouso semanal remunerado.
 
Descontos de Dias Compensados e Férias
O gozo integral do repouso anual decorre de norma
cogente, não podendo ser derrogado por parte do
empregador, para atender a compensação de dias,
considerados “de ponte” entre feriados, no curso do
período aquisitivo – art. 134 e §§ da CLT.
 
Férias em Dobro
O art. 137, da CLT, não faz qualquer exceção para o
descumprimento do período concessivo das férias.
Confessado pela reclamada o desrespeito ao prazo
fixado no art. 134, da CLT, a dobra é devida, devendo ser
deduzidos os valores já recebidos pela reclamante.
É devido o pagamento das férias, em dobro, quando
efetivamente demonstrado, na instrução processual, que o
empregado trabalhou no período de sua fruição, nos
termos do que dispõe o art. 134, da CLT.
A inexistência de gozo das ferias importa no pagamento
em dobro da parcela ainda que negociada a sua compra,
pois as normas aplicáveis à espécie, constantes dos
artigos 134 e seguintes, da CLT, têm natureza de ordem
pública e constituem um mínimo para preservação da
salubridade no meio ambiente do trabalho, o que
impossibilita a negociação entre as partes com o fito de
flexibilização.
 
Férias não Usufruídas e Contagem Prescricional
O período de fruição de férias é de doze meses a
contar do término do período aquisitivo nos termos do art.
134 da CLT e somente após o esgotamento desse lapso
temporal inicia-se a contagem da prescrição consoante
dispõe o art. 149 do mesmo diploma legal.
 
Gozo de Após o Período Concessivo
As férias concedidas em período posterior ao previsto
no artigo 134 da CLT (concessivo) devem ser
remuneradas em dobro e não em triplo, ou seja, se foram
pagas uma vez, procede-se tão-somente à quitação da
diferença até se alcançar a dobra. Efetivamente, não tendo
o empregador observado o disposto no referido artigo 134
consolidado, limitando-se a pagar as férias em época
oportuna, sem, todavia, conceder o descanso ao obreiro,
emerge cristalino que a ele deve ser imposta cominação
referente ao pagamento de forma singela, que, acrescido
da verba já quitada, implicará a dobra.
 
Férias Vencidas e Prescrição
Segundo a regra contida no art. 149/CLT, a prescrição
do direito de reclamar a concessão das férias ou o
pagamento da respectiva remuneração é contada após os
12 meses subseqüentes à data do período aquisitivo,
conforme previsto no art. 134/CLT.
A prescrição do direito de férias começa a correr findo
o prazo de doze meses dado ao empregador para conceder
o descanso anual, art. 134 da CLT, porque só então o
empregado teve violado seu direito.
 
Férias e Ônus da Prova
O ônus do empregador é provar o efetivo gozo,
conforme arts. 134/135 da CLT.
O ônus se inverte se houver documento assinado,
provando a concessão e o afastamento do empregado.
 
Jurisprudência:
RECURSO DE REVISTA EM FACE DE DECISÃO
PUBLICADA ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015
/2014. PAGAMENTO DA REMUNERAÇÃO DE
FÉRIAS FORA DO PRAZO A QUE ALUDE O ARTIGO
145 DA CLT. DOBRA DO ARTIGO 137 DA CLT.
Mediante a interpretação teleológica da norma contida no
artigo 137 da CLT, tem-se que o legislador objetivou fixar
penalidade ao empregador que descumprir a real
finalidade do instituto das férias. Portanto, impossibilitar
o trabalhador de gozar integralmente o descanso anual, em
virtude do pagamento fora do prazo referido no artigo da
CLT, é o mesmo que não o conceder, e autoriza aplicar
analogicamente a penalidade prevista no citado
dispositivo. Assim, a Corte Regional decidiu de forma
contrária ao entendimento consolidado por esta Corte
Superior, por meio da Súmula nº 450. Recurso de revista
de que se conhece e a que se dá provimento. (TST -
RECURSO DE REVISTA RR 23409420115020471 (TST)
Data de publicação: 14/08/2015)
RECURSO DE REVISTA. FÉRIAS. CONCESSÃO
APÓS O PRAZO LEGAL. PAGAMENTO EM DOBRO.
JULGAMENTO EXTRA PETITA NÃO
CONFIGURADO. No processo do trabalho, no qual se
aplica a regra do art. 840, § 1º, da CLT, exige-se que a
petição inicial apresente o pedido e uma breve exposição
dos fatos de que resulte o dissídio. Ao contrário do que
ocorre no processo civil (art. 282, III, do CPC), não é
necessário que, além dos fatos, seja apresentada a
fundamentação jurídica do pedido (que, de todo modo,
não se confunde com a fundamentação legal, isto é, com a
menção expressa de dispositivos de lei federal ou da
Constituição, considerando-se a aplicação dos princípios
da mihi factum, dabo tibi ius - dá-me o fato, que eu te
darei o direito - e jura novit curia - o juiz conhece o
direito). Assim, pode o julgador dar aos fatos o
enquadramento jurídico que entender pertinente. A causa
de pedir é que justifica o pedido, ou seja, a causa de pedir
integra o pedido; assim, havendo correspondência entre o
pedido e a causa de pedir, há julgamento dentro dos
limites da lide. No caso dos autos, houve o pedido de
pagamento de férias, conforme o art. 137 da CLT. Tendo
sido julgada procedente a pretensão do reclamante, nos
termos da causa de pedir e do pedido, estava o magistrado
autorizado a dar o enquadramento jurídico pertinente, qual
seja, de que as férias consistem na remuneração devida ao
empregado, acrescida do abono de 1/3. Conforme dispõe
o artigo 137 da CLT, sua concessão após o prazo implica
pagamento em dobro da respectiva remuneração: “Art.
137 Sempre que as férias forem concedidas após o prazo
de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a
respectiva remuneração”. No que se refere ao pedido de
diferenças salariais rescisórias, o Regional consignou
expressamente que -O salário do autor, pelos documentos
anexados com a defesa (fl. 62), era de R$ 800,00, e não
R$ 500,00, considerado na conta de fl. 93.- Portanto, não
há julgamento extra petita, porque o Tribunal Regional não
decidiu fora do pedido, mas em atenção aos limites da
lide . Intactos os arts. 128 e 460 do CPC. Recurso de
revista de que não se conhece.

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