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Aula 2- Condutores

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Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial 
 SENAI 
Condutores elétricos 
Unidade Jacarepaguá – Rua Geremário Dantas, 940 – Freguesia 
Jacarepaguá 
 
Gilmar 
2016 
 Condutores Elétricos. 
O condutor elétrico é todo material que possui a propriedade de conduzir 
ou transportar a energia elétrica, ou ainda, transmitir sinais elétricos. 
Condutores elétricos de potência em baixa tensão podem ser fios ou cabos 
de cobre ou alumínio capazes de transportar energia elétrica em circuitos 
com tensões elétricas de até 1000 V. 
Os condutores, quanto à sua construção, são classificados em fios e 
cabos. 
O condutor pode ser constituído por um único fio metálico 
maciço rígido, sendo nesse caso, denominado de fio rígido. 
• Fio. 
• Cabo. 
O condutor pode também ser constituído por um conjunto 
de fios encordoados formando um condutor, sendo também 
denominado de condutor flexível. 
Em instalações elétricas utiliza-se o cabo de cobre isolado que, 
construtivamente, pode ser do tipo redondo normal ou compacto. 
 Redondo normal: possui formação concêntrica, sendo composto de 
um fio longitudinal encordoado por uma ou mais coroas de fios de 
mesmo diâmetro em forma espiral, garantindo-lhe ótima flexibilidade. 
 Redondo compacto: Construtivamente, é igual ao redondo normal, 
mas após o encordoamento, o cabo sofre compactação para reduzir 
os espaços vazios internos, deformando as coroas, com o objetivo 
de reduzir o seu diâmetro, mas perdendo um pouco de flexibilidade. 
 Isolação dos condutores. 
A isolação se refere a um conjunto de materiais isolantes aplicados sobre o 
condutor, cuja finalidade é isolá-lo eletricamente do ambiente que o 
circunda como, por exemplo, de outros condutores e a terra e contra 
contatos acidentais. Serve também para proteger o condutor contra ações 
mecânicas, como no caso da enfiação nos eletrodutos. 
 
A isolação define o aspecto qualitativo, por exemplo: isolação de PVC. 
• Cloreto de Polivinila – PVC; 
• Polietileno; 
• Polipropileno. 
• Polietileno Reticulado (XLPE); 
• Borracha Etileno. 
São exemplos de materiais utilizados na isolação de condutores: 
 Seção Nominal dos Condutores. 
A International Electrotechnical Comission (IEC), uma comissão aceita 
internacionalmente, estabeleceu a série de seções nominais, em 
milímetros quadrados (mm2), adotada pela NBR 5410. 
Seções Nominais, em mm2 
0,5 6 70 300 
0,75 10 95 400 
1 16 120 500 
1,5 25 150 630 
2,5 35 185 800 
4 50 240 1.000 
 Dimensionamento de Condutores. 
O dimensionamento de condutores elétricos é um procedimento para 
verificar a seção mais adequada para permitir a passagem da corrente 
elétrica, de forma segura e eficaz. 
O condutor, ao ser submetido a uma ddp (diferença de potencial), faz surgir 
uma corrente elétrica. Essa corrente, ao passar pelo condutor, produz uma 
determinada quantidade de calor, que segundo a Lei de Joule, tende a 
elevar a temperatura do condutor, cuja dissipação térmica depende da 
natureza dos materiais constituintes e do meio (maneira de instalar o 
condutor). Todo cuidado deve ser tomado para evitar que o calor eleve a 
temperatura a níveis que possam danificar o condutor, a isolação e outras 
partes próximas. 
Inicialmente, deve ser dimensionado o condutor fase do circuito 
monofásico ou os condutores fase, no caso de circuitos bifásico e trifásico, 
sendo os condutores neutro e de proteção dimensionados a partir das 
fases. 
Etapas a serem vistas (método de corrente máxima dos condutores). 
 a) Tipo de isolação dos condutores. 
A isolação determina a temperatura máxima a que os condutores poderão 
estar submetidos em regime contínuo, em sobrecarga ou em condições 
de curto-circuito. 
Tipo de material Temperatura de operação 
em regime contínuo (0C) 
Temperatura de 
sobrecarga (0C) 
Temperatura de 
curto-circuito (0C) 
Policloreto de Vinila 
(PVC) até 300 mm2 
70 100 160 
Policloreto de Vinila 
(PVC) maior que 300 
mm2 
70 100 140 
Borracha – etileno – 
propileno (EPR) 
90 130 250 
Polietileno reticulado 
(XLPE) 
90 130 250 
Os condutores com isolação de PVC são os mais comuns em instalações 
elétricas prediais. 
b) Maneira de instalar o circuito (como os condutores serão instalados). 
A maneira de instalar exerce certa 
influência no que se refere à 
capacidade de troca térmica entre os 
condutores e o ambiente e, em 
consequência, na sua capacidade 
de condução de corrente elétrica. 
c) Corrente Nominal ou Corrente de Projeto (IP) do circuito. 
É a corrente que os condutores de um circuito de distribuição ou circuito 
terminal devem suportar, levando-se em consideração as suas 
características nominais. 
Considerando, por exemplo, circuitos monofásicos (fase e neutro). 
.cos.v
P
I
n
p

Onde: 
Ip: Corrente de projeto do circuito, em ampères (A); 
Pn: Potência nominal do circuito, em watts (W); 
v: Tensão entre fase e neutro, em volts (V); 
cos  : Fator de potência; 
 : Rendimento, isto é, a relação entre a potência 
de saída Ps e a potência de entrada Pe de um 
equipamento ( =Ps /Pe). 
Observação: Para circuitos puramente resistivos, composto apenas, por 
exemplo, por lâmpadas incandescentes e resistências, por exemplo, tem-
se  = 1 e cos  = 1, logo, Ip = Pn / v. 
Considera-se condutor carregado aquele que efetivamente é percorrido 
pela corrente elétrica no funcionamento normal do circuito. Os condutores 
fase e neutro são, neste caso, considerados condutores carregados. O 
condutor de proteção equipotencial, PE, não é considerado condutor 
carregado. 
d) Número de condutores carregados. 
O correto dimensionamento de condutores passa por eventuais correções 
em função das suas condições de instalação. Em instalações residenciais e 
comerciais, há duas correções típicas a serem feitas, cada uma 
correspondendo a um fator: 
e) Fatores de Correção. 
• Fator de Correção de Temperatura - FCT. 
Aplica-se em caso de temperatura 
ambiente diferente de 30 0C para 
cabos não subterrâneos e em caso de 
temperatura do solo diferente de 20 0C 
para cabos subterrâneos, 
• Fator de Correção de Agrupamento - FCA. 
Quando há mais de um circuito instalado em um mesmo eletroduto ou tipo 
de conduto (eletrocalhas, bandeja, eletrodutos enterrados, etc), deve-se 
aplicar um fator de correção de agrupamento (FCA). 
Fatores de correção aplicáveis a condutores agrupados em feixe (em 
linhas abertas ou fechadas) e a condutores agrupados num mesmo plano, 
em camada única. 
f) Determinação da Corrente de Projeto Corrigida – I’P. 
A corrente de projeto corrigida I’P é aquela 
obtida pela aplicação dos fatores de 
correção o à corrente de projeto IP calculada 
anteriormente. FCAFCT
I
I
p
p .

• Tabela 1 – Capacidade 
de condução de corrente, 
em ampères, para 
maneiras de instalar 
(métodos de referência) 
A1, A2, B1, B2, C e D (ver 
Tabela com as formas de 
instalação). 
específica 
Informações a que se referem os 
dados da tabela ao lado: 
 Condutores e cabos isolados 
de PVC, cobre ou alumínio; 
 Dois e três condutores 
carregados; 
 Temperatura no condutor 70 
0C; 
 Temperatura de referência 
do ambiente: 30 0C (ar), 20 0C 
(solo). 
• Tabela 2 – Capacidade 
de condução de corrente, 
em ampères, para 
maneiras de instalar 
(métodos de referência) 
A1, A2, B1, B2, C e D (ver 
Tabela com formas de 
instalação). 
2.5.2 específica 
Informações a que se referem os 
dados da tabela ao lado: 
 Condutores e cabos isolados 
de XLPE ou EPR, cobre ou 
alumínio; 
 Dois e três condutores 
carregados; 
 Temperatura no condutor 90 
0C; 
 Temperatura de referência do 
ambiente: 30 0C (ar), 20 0C 
(solo). 
• Tabela 3 – Capacidade 
de condução de corrente, 
em ampères, para 
maneiras de instalar 
(métodos de referência) E, 
F e G (ver Tabela com 
formas de instalação). 
Informações a que se referem os 
dados da tabela ao lado: 
 Condutores
e cabos isolados 
de PVC, cobre ou alumínio; 
 Temperatura no condutor 70 
0C; 
 Temperatura de referência do 
ambiente: 30 0C. 
específica 
• Tabela 4 – Capacidade 
de condução de corrente, 
em ampères, para 
maneiras de instalar 
(métodos de referência) E, 
F e G (ver Tabela com 
formas de instalação). 
específica 
Informações a que se referem os 
dados da tabela ao lado: 
 Condutores e cabos isolados 
de PVC, cobre ou alumínio; 
 Temperatura no condutor 70 
0C; 
 Temperatura de referência do 
ambiente: 30 0C. 
Exemplos: Dimensionar os condutores do circuito de alimentação de um 
chuveiro elétrico de 5.000 W / 127 V, usando o critério da capacidade de 
condução de corrente: 
 Especificação do circuito: 
 Eletroduto: PVC rígido 
 Método de instalação: embutido em alvenaria; 
 Temperatura ambiente: 30 0C; 
 Cabo de cobre: isolação de PVC / 70 0C. 
a) Tipo de isolação dos condutores: PVC / 70 0C. 
b) Maneira de instalar o circuito: número 7 e referência B1. 
c) Corrente de Projeto (IP) do circuito: AI p
37,39
1.1.127
000.5

d) Número de condutores carregados: 2. 
e) Fatores de correção: 
FCT = 1 – condutor com isolação de PVC e temperatura ambiente de 30 0C. 
FCA = 1 – um circuito em conduto fechado – Referência 1. 
QD
1
Chuveiro de 
5.000 W / 
127 V
-1-
f) Cálculo da corrente de Projeto 
corrigida (I’P) do circuito: 
g) Seção do Condutor para uma Temperatura Ambiente de 300C 
(Condutores não Enterrados no Solo): 
AI p
37,39
00,1.00,1
000.5
' 
Capacidade de 
condução de corrente 
Tabela 1, em 
ampères, método de 
referência B1. 
Condutores e cabos 
isolados de PVC, cobre; 
Dois condutores 
carregados; Temperatura 
no condutor 70 0C; 
Temperatura de referência 
do ambiente: 30 0C (ar). 
 Condutor fase e neutro com seção nominal de 6 mm2. 
h) Seção mínima do condutor Neutro e Aterramento 
 Bibliografia. 
• Elementos de Instalações Elétricas. SENAI – RJ. 2008; 
• CAVALIERI, Geraldo; CERVELIN, Severino. Instalações Elétricas 
Prediais. 17 ed. São Paulo: Editora Érica, 2007; 
• FILHO, Domingos Leite Lima. Projeto de Instalações Elétricas 
Prediais. 11 ed. São Paulo: Editora Érica, 2010; 
• CRUZ, Eduardo Cesar Alves; ANICETO, Larry Aparecido. 
Instalações Elétricas – Fundamentos, Prática e Projetos em 
Instalações Residenciais e Comerciais. 1 ed. São Paulo: Editora 
Érica, 2011; 
• NISKIER, Julio; MACINTYRE, Archibald Joseph. Instalações 
Elétricas. 4 ed. Rio de Janeiro: LTC,1996;

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