Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Saúde da Criança Aleitamento Materno como Prioridade Nacional O aleitamento materno consiste no ato de fornecer leite humano ao bebê, visando estabelecer sua alimentação inicial, com carinho, cuidado e criação de vínculos afetivos. É recomendado (Declaração de Innocenti) que o AM seja feito de forma exclusiva até os 6 meses de vida, com caráter de complementação após esse período até os 2 anos de idade (podendo passar esse período). O leite materno possui vitaminas e todas as substâncias necessárias para o desenvolvimento inicial do RN, conferindo ao mesmo uma proteção imunológica adequada e reduzindo a necessidade de intervenções médicas na primeira infância (até os 3 anos). Ainda, o AM reduz a mortalidade infantil, promove o desenvolvimento da cavidade oral e melhora o desempenho neurocognitivo do RN. Para a mãe, suas vantagens envolvem a aceleração da involução uterina pós-parto, redução da probabilidade de desenvolver CA de mama ou ovários e reduz o risco de DM. Visando incentivar o AM (fortemente desestimulado no século XIX), foi criado o Programa Nacional de Incentivo ao AM (PNIAM) para promover proteção e apoio ao AM, por meio de táticas como: Alojamento conjunto: cria um ambiente de AM conjunto que promove uma coestimulação à prática sem utilizar água ou fórmulas lácteas artificiais. Legislação pela constituição de 88: cria a licença maternidade, intervalos maiores entre jornada de trabalho e espaços especiais às mães de lactentes para que as mesmas possam exercer a AM sem que haja prejuízos socioeconômicos. Publicidade: campanhas publicitárias que estimulem o AM e proíbam a alimentação infantil com fórmulas lácteas. Treinamentos: consistem em práticas e orientações aos profissionais de saúde para que entendam a importância do AM. POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E APOIO AO ALEITAMENTO MATERNO Consiste em um modelo de gestão que objetiva desenvolver uma política efetiva de integração e otimização ao incentivo do AM, por meio de assessorias com comitês especializados no assunto da amamentação. É uma política que por meio de ações como a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças da Primeira Infância (NBCAL), Ação da Mulher Trabalhadora que amamenta (MTA), Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB), Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), método canguru e rede brasileira de bancos de leite, objetiva melhorar o atual cenário puerpério do país. BANCO DE LEITE HUMANO Unidade que disponibiliza, de forma segura, leite humano às crianças privadas de amamentação, acompanhando uma assistência conjunta à criança, mãe e família. RESPONSABILIDADE FEDERAL Responsável por elaborar as normas e diretrizes da PNIAM, além de coordená-la, implementá-la com recursos de doadores, promover a educação em saúde (fazer campanhas) no assunto, propor indicadores de saúde sobre o assunto e disponibilizar recursos financeiros para programas de promoção em saúde no assunto. ESTADUAL Responsável por coordenar e acompanhar a PNIAM no âmbito estadual, articulando- a, implementando-a, elaborando materiais de educação em saúde, analisando os indicadores em saúde e promover aporte financeiro. MUNICIPAL Responsável por coordenar e acompanhar o PNIAM no âmbito municipal, implementando, analisando e promovendo os mesmos recursos supracitados, porém à nível municipal. PROTEÇÃO LEGAL À MÃE A lei garante à mãe de um lactente o direito a licença maternidade (120 dias consecutivos sem prejuízo de seu emprego), direito à garantia de emprego (é vedada a demissão sem justa causa de mulher trabalhadora em período lactacional), direito à creche (locais com mais de 30 mulheres adultas são obrigados a manterem um espaço para amamentação), pausa para amamentar (dois descansos de 30 min cada, por jornada de trabalho) e pela Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças da Primeira infância (permite a comercialização de chupetas e mamadeiras, bem como proibição da divulgação de fórmulas lácteas.
Compartilhar