Buscar

Respostas sobre o transplante de medula

Prévia do material em texto

1/4
Respostas sobre o transplante de medula
6 minutos para ler
Procedimento é realizado no Brasil desde os anos 1980 e consiste na substituição da medula óssea
doente ou deficitária por células saudáveis doadas
O que é transplante de medula?
Transplante de medula óssea é o tratamento utilizado para algumas doenças que afetam as células do
sangue. Consiste na substituição da medula óssea doente ou deficitária do paciente por células
saudáveis doadas, que vão repovoar a medula do receptor.
O nome científico do procedimento é transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH), em
referência à célula progenitora hematopoiética (CPH) encontrada na medula óssea, que possui a
capacidade de se autorrenovar e dar origem a todas as células do sangue.
Os transplantes de medula vêm sendo realizados no Brasil há cerca de 40 anos, com progressos
consideráveis na identificação de doadores e no uso de medicamentos para ajudar o transplantado na
delicada fase pós-procedimento. 
2/4
Quando o transplante de medula óssea é necessário?
O transplante é proposto em casos de doenças no sangue e cânceres que não respondem
satisfatoriamente a tratamentos conservadores (com medicamentos), sendo os principais:
Anemia aplástica grave; 
Mielodisplasias;
Alguns tipos de leucemia;
Mieloma múltiplo e linfomas. 
Onde são feitos os transplantes de medula óssea no Brasil?
No Brasil, o transplante de medula óssea é feito em hospitais públicos e privados autorizados pelo
Ministério da Saúde. 
O Hospital Israelita Albert Einstein realiza transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) desde
1987.
O que é medula óssea?
É um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos. Na medula óssea são produzidos os
componentes do sangue e, por isso, falhas em seu funcionamento acarretam problemas para todo o
organismo.
Como é feito o transplante de medula óssea?
O processo começa com a identificação de um doador compatível de célula progenitora hematopoética
(CPH). A fonte tradicional para a obtenção de CPH é a medula óssea, mas se utiliza também sangue
periférico (que circula pelas artérias e veias) e células do cordão umbilical. 
Como é escolhido o doador?
O possível doador passa por testes de compatibilidade a partir de amostras de sangue dele e do
receptor. Comprovada a compatibilidade, é submetido a um procedimento feito em centro cirúrgico, sob
anestesia. Com agulhas, são realizadas punções nos ossos posteriores da bacia para que as células da
medula sejam aspiradas.
O que acontece com o receptor?
Para receber o transplante, o paciente é submetido a um tratamento que destrói sua própria medula. Em
seguida, ele recebe a medula sadia como se fosse uma transfusão de sangue. As células da nova
medula circulam pela corrente sanguínea e vão se alojar na medula óssea, onde desenvolvem a
capacidade de produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas em quantidade suficiente para manter
as taxas dentro da normalidade.
O que acontece depois do transplante de medula?
https://www.einstein.br/especialidades/hematologia/conheca-o-programa/programa-einstein-de-hematologia-tmo
3/4
Logo após o transplante, o paciente precisa ser monitorado devido ao risco de infecções e hemorragias
e ao uso de drogas quimioterápicas. Há necessidade de acompanhamento também porque pode ocorrer
a chamada “doença enxerto contra hospedeiro”, que precisa ser controlada com medicamentos. Ela
acontece quando as células do doador atacam o receptor por identificá-lo como um corpo estranho. A
rejeição por parte do organismo do receptor das células transplantadas vindas do doador não é comum
no transplante de medula.
O que significa a “pega” da medula?
Quando a medula óssea começa a funcionar novamente se diz que houve a “pega”. Isso geralmente
ocorre entre duas e quatro semanas após o transplante. Ainda assim, o acompanhamento médico
continua, já que podem surgir complicações mesmo após um ano do procedimento. 
Há riscos para o doador de medula óssea?
Para o doador, os riscos são poucos. Os sintomas que podem ocorrer após a doação, como dor local e
fraqueza temporária, são passageiros. Após poucas semanas da doação, a medula óssea estará
inteiramente recuperada.
Quais são as diferentes modalidades de transplante de medula
óssea?
As modalidades mais comuns de transplante de medula óssea são:
Transplante autólogo: com células doadas do próprio indivíduo que será transplantado;
Transplante alogênico aparentado: com células doadas de outro indivíduo consanguíneo e
compatível, geralmente irmão, pai ou mãe;
Transplante alogênico não aparentado: com células de um doador não aparentado e compatível. 
O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea – as células-tronco
hematopoiéticas – obtidas do sangue periférico de um doador ou do sangue de cordão umbilical. 
O Hospital Israelita Albert Einstein mantém um banco de cordão umbilical para a execução de
transplantes não aparentados. Segundo o hospital, seu Banco de Cordão tem sido o serviço que
proporciona o maior número de transplantes com cordões brasileiros em centros transplantadores no
país.
O que é o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea
(REDOME)?
No Brasil, doadores voluntários são cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea
(REDOME). Segundo o Ministério da Saúde, é o terceiro maior registro do mundo, com mais de 5
milhões de cadastros. A busca por doadores compatíveis também pode ser feita internacionalmente, em
registros de outros países. 
https://www.einstein.br/especialidades/hematologia/conheca-o-programa/programa-einstein-de-hematologia-tmo
https://redome.inca.gov.br/
4/4
Confira a série Entendendo o Câncer para ler todos textos que produzimos a respeito das formas mais
comuns da doença, aprenda sobre o tema e saiba o que é verdade ou mentira quando se fala sobre
esse assunto tão importante.
Revisão Técnica: Sabrina Bernardez Pereira: Especialista em Cardiologia pela SBC/AMB. Mestrado e
Doutorado em Ciências Cardiovasculares pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Médica da
Economia da Saúde do Hospital Israelita Albert Einstein.
Compartilhe:
Share
Post
Share
Share
Posts relacionados
https://vidasaudavel.einstein.br/categoria/entendendo-o-cancer/

Continue navegando