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uma outra maneira possível pela qual o universo poderia terminar: em um “Big Rip”, no qual todos os objetos no universo, independentemente do tamanho, acabariam se desintegrando em partículas elementares e radiação. Existem algumas dificuldades filosóficas óbvias quando se contempla o fim do universo. Em primeiro lugar, por mais cuidadosa que seja a modelagem matemática, nenhum dos cenários atuais é verificável. Depende das observações atuais, que já foram revisadas e serão revisadas novamente. Em segundo lugar, o próprio ato de pensar sobre o universo é difícil para a mente humana. O universo é “tudo o que existe”, e é quase impossível para nós imaginar de fato que ele não exista. É concebível que toda busca de um começo e um fim para o universo seja uma metáfora enganosa baseada em nossa própria experiência de ver todas as criaturas nascendo, vivendo por um longo tempo e depois morrendo. É até possível que existam muitos universos paralelos, dos quais o nosso seja apenas um. Mas seria impossível para um ser consciente neste universo ter qualquer conhecimento direto de qualquer um desses outros mundos alternativos. Uma das vantagens de estudar a grande história, desde o Big Bang, em vez de apenas a história humana, é que ela nos dá uma visão humilde de como nossa existência é acidental e passageira. Cada um de nós existe por uma pequena fração do tempo que os humanos viveram neste planeta. E a espécie humana existe por apenas uma pequena fração do tempo da vida de nosso sistema solar. Por sua vez, nosso sistema solar existe por apenas uma fração do tempo da vida do universo e só surgiu por causa de um conjunto particular de forças e matéria combinadas de uma certa maneira em um período caótico anterior em nossa galáxia. É mesmo uma conquista sabermos tanto sobre o universo e a história de nosso planeta, mas chega uma hora em que não temos escolha a não ser aceitar que nunca conheceremos a história completa do universo onde vivemos.
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