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REDES DE COMPUTADORES REDES DE COMPUTADORES Redes de Com putadores David de OliveiraDavid de Oliveira GRUPO SER EDUCACIONAL gente criando o futuro No universo moderno da tecnologia de comunicação, deparamo-nos com o desa� o atual da busca pela conectividade com disponibilidade constante e qualidade nas taxas de transmissão a custo acessível para a maioria, em uma infraestrutura dis- pendiosa que requer relativamente alta manutenção. O pro� ssional atuante nesta área deverá estar constantemente atualizado, pois a implementação de novas tec- nologias é o caminho para sua permanência no disputado mercado de trabalho de Tecnologia da Informação. Nesta disciplina, abordaremos conhecimentos sobre os padrões e tecnologias, princípios de instalação, con� guração, adequação e manu- tenção para cada aplicação remota. As normas de aplicação nortearão as melhores práticas no sentido de viabilizar a comunicação entre uma in� nidade de dispositi- vos e recursos disponíveis hoje no mercado. O conhecimento da classi� cação das re- des quanto à abrangência, tipos, topologias, elementos de transmissão e conexão e protocolos permearão todo este material e promoverão pontos de análise e re� e- xão importantes para seu entendimento e contextualização no panorama mundial das telecomunicações modernas. Capa_formatoA5.indd 1,3 05/09/19 14:21 © Ser Educacional 2019 Rua Treze de Maio, nº 254, Santo Amaro Recife-PE – CEP 50100-160 *Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência. Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal. Imagens de ícones/capa: © Shutterstock Presidente do Conselho de Administração Diretor-presidente Diretoria Executiva de Ensino Diretoria Executiva de Serviços Corporativos Diretoria de Ensino a Distância Autoria Projeto Gráfico e Capa Janguiê Diniz Jânyo Diniz Adriano Azevedo Joaldo Diniz Enzo Moreira Prof. David de Oliveira DP Content DADOS DO FORNECEDOR Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional, Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão. Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 2 05/09/19 14:32 Boxes ASSISTA Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações comple- mentares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado. CITANDO Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa relevante para o estudo do conteúdo abordado. CONTEXTUALIZANDO Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato; demonstra-se a situação histórica do assunto. CURIOSIDADE Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto tratado. DICA Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado. EXEMPLIFICANDO Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto. EXPLICANDO Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da área de conhecimento trabalhada. Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 3 05/09/19 14:32 Unidade 1 - Fundamentos de redes de computadores e camada física Objetivos da unidade ........................................................................................................... 12 Evolução dos sistemas computacionais .......................................................................... 13 Definição das redes de computadores ........................................................................ 16 Redes locais, metropolitanas e geograficamente distribuídas ............................... 19 Redes geograficamente distribuídas ........................................................................... 20 Topologias de redes de computadores........................................................................ 23 TCP/IP X OSI ..................................................................................................................... 25 Estrutura do modelo OSI em camadas ........................................................................ 26 Princípios de transmissão da informação ....................................................................... 31 Tecnologias básicas de comunicação ........................................................................ 33 Tipos de sinal .................................................................................................................... 33 Modos de transmissão ................................................................................................... 35 Taxa de transmissão ....................................................................................................... 35 Codecs e modems ........................................................................................................... 36 Meios físicos de transmissão ........................................................................................ 37 Transmissão sem fio........................................................................................................ 41 Tipos de tecnologias de comunicação sem fio .......................................................... 42 Sintetizando ........................................................................................................................... 44 Referências bibliográficas ................................................................................................. 45 Sumário Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 4 05/09/19 14:32 Sumário Unidade 2 - Modelo OSI: camada de enlace Objetivos da unidade ........................................................................................................... 47 Camada de enlace ................................................................................................................ 48 Mecanismos de detecção e controle de erros .......................................................... 49 Técnicas de detecção de erros .................................................................................... 51 Técnicas de correção de erros ..................................................................................... 52 Protocolos elementares de enlace de dados ............................................................. 53 Protocolos de janela deslizante .................................................................................... 53 Protocolos de acesso múltiplo ...................................................................................... 55 Padrões IEEE 802 para Redes Locais (LAN) e Redes Metropolitanas (MAN) ........... 59 IEEE 802.1 Gerência de rede, IEEE 802.2 Logical Link Control (LLC) (Controle de Enlace Lógico) e IEEE 802.3 Ethernet e Media Access Control (MAC) (Controle de Acesso à Mídia) ............................................................................................................... 60 IEEE 802.4 Token Bus (Transmissão de Símbolo por Barramento), IEEE 802.5 Token Ring (Trasmissão de Símbolo por Anel) e IEEE 802.6 Redes Metropolitanas ........64 IEEE 802.7 MAN de banda larga, IEEE 802.8 Fibra óptica, IEEE 802.9 Integração de Redes Locais e IEEE 802.10 SI Segurança em Redes Locais ...................................65 IEEE 802.11 LAN sem fio (Wireless LAN) .....................................................................65 IEEE 802.15 Wireless Personal Area Network (Bluetooth) .......................................70 IEEE 802.16 Broadband Wireless Access (WiMAX) ..................................................71 IEEE 802.20 Mobile Broadband Wireless Access (MobileFi) ...................................72 Frame Relay ......................................................................................................................75 VPN (Virtual Private Network ou Rede Privada Virtual)............................................77Sintetizando ........................................................................................................................... 80 Referências bibliográficas ................................................................................................. 81 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 5 05/09/19 14:32 Sumário Unidade 3 - Modelo OSI: Camadas de redes e transporte Objetivos da unidade ........................................................................................................... 83 Camada de redes .................................................................................................................. 84 Redes por circuitos virtuais ........................................................................................... 84 Redes por datagrama ..................................................................................................... 85 Arquitetura TCP/IP .......................................................................................................... 86 Endereçamento IP ........................................................................................................... 87 Endereços IPv4 e IPv6 .................................................................................................... 87 Protocolos de resolução de endereços ...................................................................... 97 Conceito de NAT ............................................................................................................ 101 Roteamento IP ................................................................................................................ 102 Camada de transporte........................................................................................................ 112 O Protocolo TCP ............................................................................................................. 112 O Protocolo UDP ............................................................................................................ 116 TCP x UDP ....................................................................................................................... 119 Sintetizando ......................................................................................................................... 121 Referências bibliográficas ............................................................................................... 122 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 6 05/09/19 14:32 Sumário Unidade 4 - Modelo OSI: Camada de aplicação e cabeamento estruturado Objetivos da unidade ......................................................................................................... 124 Camada de aplicação ........................................................................................................ 125 Serviços em rede ........................................................................................................... 125 Protocolos da camada de aplicação ......................................................................... 125 Cabeamento estruturado ................................................................................................... 131 Padrões e especificações ........................................................................................... 132 ANSI EIA/TIA-568 .......................................................................................................... 132 Sistema de Cabeamento Estruturado (Structured Cabling System - SCS) .......... 142 Padrões de cabeamento estruturado ........................................................................ 143 Introdução ao projeto básico de um SCS .................................................................. 144 Infraestrutura para o cabeamento ............................................................................. 147 Testes de certificação de cabos estruturados ......................................................... 148 MPLS (Multiprotocol Label Switching ou Comutação de Rótulos Multiprotocolo ...........152 LSR e LER ........................................................................................................................ 153 Redes NGN (Next Generation Networks ou Redes de Próxima Geração)...............155 Protocolo de virtualização de LANs (802.1q).................................................................157 Sintetizando ......................................................................................................................... 159 Referências bibliográficas ............................................................................................... 160 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 7 05/09/19 14:32 REDE DE COMPUTADORES 8 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 8 05/09/19 14:32 No universo moderno da tecnologia de comunicação, deparamo-nos com o desafi o atual da busca pela conectividade com disponibilidade constante e qualidade nas taxas de transmissão a custo acessível para a maioria, em uma infraestrutura dispendiosa que requer relativamente alta manutenção. O pro- fi ssional atuante nesta área deverá estar constantemente atualizado, pois a implementação de novas tecnologias é o caminho para sua permanência no disputado mercado de trabalho de Tecnologia da Informação. Nesta disciplina, abordaremos conhecimentos sobre os padrões e tecnologias, princípios de ins- talação, confi guração, adequação e manutenção para cada aplicação remota. As normas de aplicação nortearão as melhores práticas no sentido de viabilizar a comunicação entre uma infi nidade de dispositivos e recursos disponíveis hoje no mercado. O conhecimento da classifi cação das redes quanto à abrangência, tipos, topologias, elementos de transmissão e conexão e protocolos permea- rão todo este material e promoverão pontos de análise e refl exão importantes para seu entendimento e contextualização no panorama mundial das teleco- municações modernas. Sejam bem-vindos e ótimos estudos! REDE DE COMPUTADORES 9 Apresentação Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 9 05/09/19 14:32 Dedico este material a todos os futuros profi ssionais de Tecnologia da Informação, que todos os dias buscam conhecimento e aprimoramento nesta área. À Brisa, que sempre acrescentou na minha vida amor, carinho, companheirismo, entrega e dedicação. A minha família, que, direta e indiretamente, sempre esteve presente. E a Deus, acima de tudo, que me ilumina hoje e sempre. O Professor David de Oliveira é espe- cialista em redes de computadores pela ESAB, graduado em engenharia elétrica pela FESP, em tecnologia em automação industrial pelo IF-SP e em tecnologia em processamento de dados pela FATEC-SP. Possui atuação e vivência como docente na área de tecnologia da informação por mais de 15 anos, com foco em redes, in- fraestrutura, segurança da informação e aplicativos, e também na área de enge- nharia, com foco em automação predial, projetos TurnKey e desenho assistido por computador, em instituições de educação de grande porte. Experiência como profi ssional em tec- nologia da informação por mais de 20 anos, com foco em gestão de equipes de implantação e manutenção de par- que tecnológico. Desenvolvimento e condução de projetos do cotidiano cor- porativo nas áreas de transmissão de dados, switching e routing, hardening e implantação, serviços de redes, geren- ciamento e monitoramento de servido- res, virtualização, centrais telefônicas e cabeamento estruturado. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6571374256532482 REDE DE COMPUTADORES 10 A autor Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 10 05/09/19 14:32 FUNDAMENTOS DE REDES DE COMPUTADORES E CAMADA FÍSICA 1 UNIDADE Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 11 05/09/19 14:33 Objetivos da unidade Tópicos de estudo Conhecer a evolução dos sistemas computacionais; Conheceros princípios de transmissão de informação; Conhecer os meios físicos de transmissão. Evolução dos sistemas compu- tacionais Definição das redes de compu- tadores Redes locais, metropolitanas e geograficamente distribuídas Redes geograficamente distri- buídas Topologias de redes de compu- tadores TCP/IP X OSI Estrutura do modelo OSI em camadas Princípios de transmissão da informação Tecnologias básicas de comu- nicação Tipos de sinal Modos de transmissão Taxa de transmissão Codecs e modems Meios físicos de transmissão Transmissão sem fio Tipos de tecnologias de comu- nicação sem fio REDE DE COMPUTADORES 12 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 12 05/09/19 14:33 Evolução dos sistemas computacionais Atualmente, os computadores fazem parte da nossa vida de uma forma nunca vista anteriormente. Seja em casa, na escola, na faculdade, na empresa ou em qualquer outro lugar, eles estão sempre entre nós, ainda mais se consi- derarmos o avanço dos smartphones e tablets, que permitem uma convivência quase que total do ser humano com o ambiente computacional na atualidade. Mas, ao contrário do que parece, a computação não surgiu nos últimos anos ou décadas, e sim há alguns milhares de anos. Dependendo da bibliografi a, essa realidade surge entre 3,5 e 7 mil anos atrás com a criação do ábaco, a primeira calculadora da história. Após o ábaco, a próxima ferramenta para auxiliar em cálculos matemáticos foi a régua de cálculos, desenvolvida em meados de 1638 por William Oughtred, basean- do-se na tábua de logaritmos que havia sido inventada por John Napier, em 1614. EXPLICANDO O mecanismo de William era constituído de uma régua que possuía uma quantidade de valores pré-calculados, organizados de forma que os resultados fossem acessados automaticamente. Uma espécie de ponteiro indicava o resultado do valor desejado. Após a régua de cálculo, tivemos outros inventos, tais como a má- quina de Pascal, conhecida como a primeira calculadora mecânica da história, inventada nos idos de 1642. Tivemos também o advento da programação funcional por volta dos anos de 1801, depois a máquina de diferenças e o engenho analítico, no ano de 1822, e a teoria de Boo- le com a introdução de um sistema lógico utilizando os algarismos zero e um, que deu origem à lógica mo- derna, no ano de 1847. O primeiro computador foi concebido como Figura 1. Primeiro computador digital eletrônico de gran- de escala. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 27/05/2019. REDE DE COMPUTADORES 13 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 13 05/09/19 14:33 uma máquina de engrenagens. Pelos anos de 1890 temos o surgimento da máquina de Hollerith com o conceito dos cartões perfurados e, na primeira metade do século XX, temos os primeiros computadores mecânicos. Já a computação no conceito de fase moderna nasce em torno de 1945 com a primeira geração de computadores, em que seu principal propulsor está representa- do pelo ENIAC. Desenvolvido pelos cientistas norte-americanos John Eckert e John Mauchly, foi criado no ano de 1946 e era 1.000 vezes mais rápido que qualquer um dos seus antecessores. Na década de 1960, uma empresa de hardware chamada IBM surgiu como líder em computação, apresentando um marco na computação: o IBM 7300, conhecido como Strech, que marcou a segunda geração de computadores, que vai de 1959 até aproximadamen- te 1964. Apesar de atualmente ser um “monstro”, para sua época era pe- queno em relação aos seus concorrentes. Com o início do uso dos circuitos integrados, entre 1964 e 1970, surgiu a terceira geração de computadores, permitindo que vários componentes e circuitos fossem armazenados em uma mesma placa, aumentando a velocidade de processamento e também reduzindo o custo dos dispositivos. Mais uma vez a IBM veio inovar com o lançamento do IBM 360/91, lançado em 1967. Esse modelo foi o pioneiro em permitir a programação da CPU por microcódigos e não precisava ter suas operações projetadas em hardware. Além disso, ele permitia o uso de dis- positivos modernos para a época, como disco de fita e impressoras simples. Avançando para a década de 1970, começaram a surgir versões de com- putadores que podem ser consideradas como os primeiros computadores pessoais, pois acompanhavam um pequeno monitor gráfico que exibia o que estava acontecendo no “PC”. O Altair pode ser um desses pioneiros. Como o sucesso da máquina foi muito grande, em 1979 foi lançado o Apple II, que seguia a mesma ideia. Ainda na mesma linha, os computadores Lisa (1983) e Macintosh (1984) foram os primeiros a utilizar o mouse e possuí- rem a interface gráfica como conhecemos hoje em dia, com pastas, menus e área de trabalho. REDE DE COMPUTADORES 14 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 14 05/09/19 14:33 Figura 2. O Macintosh foi o primeiro computador pessoal a popularizar a interface gráfica. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 27/05/2019. Nessa mesma época, visando a melhoria do seu sistema operacional, Bill Gates acabou criando uma parceria com Steve Jobs e, após algum tempo, pro- gramou toda a tecnologia gráfica do Macintosh para o seu novo sistema ope- racional, o Windows. Dessa época para cá, a história já é mais conhecida, pois tivemos vários processadores lançados, acompanhados de várias versões de sistemas operacionais. EXPLICANDO Entre os modelos da Intel, podemos citar: 8086, 80186, 80286, 80386, 80486, Pentium 1, Pentium 2, Pentium 3, Pentium 4, Dual Core, Core 2 Duo, i3, i5 e i7. Também temos a AMD, que entrou no ramo de processadores em 1993, com o K5, lançando posteriormente K6, K7, Athlon, Duron, Sempron, entre outros. Atualmente, qualquer smartphone tem a capacidade de processamento muito superior aos supercomputadores da segunda ou terceira gerações. Além disso, a variedade de equipamentos criada para os computadores é bastante variada, pois temos desktops, laptops, tablets, os já falados smartphones e, a cada dia, a evolução tecnológica permite mais dispositivos e possibilidades de inovação nessa área. Porém, com toda essa evolução dos computadores, tam- bém veio a necessidade de comunicação, da integração entre os diversos com- putadores, serviços mais avançados para os usuários, necessidade de guar- dar as informações em banco de dados, e assim por diante, por isso fizemos questão de mostrar a evolução histórica dos sistemas computacionais antes de entrarmos realmente na área das redes de computadores. REDE DE COMPUTADORES 15 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 15 05/09/19 14:34 Definição das redes de computadores Durante as primeiras décadas da utilização dos computadores, eles es- tavam restritos a áreas corporativas, governamentais, científi cas e militares, criando, assim, sistemas computacionais altamente centralizados, o que im- plicava em existir uma máquina que concentrava todos os dados, ou seja, um dispositivo que fornecia todo o processamento e todas as informações neces- sárias. Esse dispositivo era tipicamente um computador de grande porte para época, conhecido como Mainframe, do qual o maior fabricante da época era a IBM, empresa já mencionada anteriormente. Figura 3. Um computador de grande porte do tipo Mainframe. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 27/05/2019. Estas poderosas máquinas tinham um poder incrível de processamento (para a época) e uma estrutura onde concentrava as informações. Os termi- nais eram chamados de “Terminais Burros”, pois não tinham processamento interno. Apesar de sua capacidade de processamento, o modelo centralizado acabou perdendo forças com a evolução dos PCs (Personal Computers ou Com- putadores Pessoais), pois o custo elevado e características de manutenção aca- baram tornando os PCs a solução mais adotada com o passar do tempo. Com o crescimento da variedade e oferta dos computadores pessoais, vem também a necessidade de integrá-los de alguma forma.Até certo ponto, essa necessida- de de integrar ou interagir uns com os outros tinha que ser feita gravando os dados em discos (disquete ou fi ta) e levando até o outro computador. REDE DE COMPUTADORES 16 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 16 05/09/19 14:34 Nesse momento, vários fabricantes iniciaram o desenvolvimento de redes proprietárias, como a Novell e o IPX, o que dificultava a vida das empresas, pois ficavam presas a um determinado padrão ou fabricante, o que gerou a necessidade de padronização e o nascimento de modelos de referência como o OSI (Open Systems Interconnection ou Interconexão de Sistemas Abertos). As redes se tornam populares e praticamente indispensáveis a partir dos anos 1990 com o surgimento da internet e a massificação do uso do protocolo TCP/ IP, atual protocolo de rede utilizado na internet e nas redes internas das em- presas (Intranet). Em termos físicos, as redes iniciam com os cabos coaxiais, depois evolui para o uso do UTP, com as redes Ethernet 10baseT. Os cabos coaxiais foram substituídos por pares metálicos após algum tempo devido ao custo, espaço ocupado (eles são mais espessos), os conectores mais caros e também devido ao fato de que quando o cabo tinha um problema, todos os computadores para trás perdiam conexão com a rede. Atualmente, a maioria das redes utiliza uma velocidade de 100Mbps ou 1Gbps em suas LANs (Local Area Network ou Redes Locais) utilizando cabos metálicos UTP (Unshielded Twisted Pair ou Pares Trançados não Blindados) e são interligadas por meio de equipamentos chamados switches (comutadores) ou eventualmen- te hubs (atualmente em desuso). Também não podemos esquecer a evolução das redes sem fio, chamadas de wireless ou Wi-Fi (Wireless Fidelity ou Fidelidade Sem Fio), que nasceram com velocidades de 11Mbps e, atualmente, tem versões em desenvolvimento que prometem velocidades acima de 400Mbps. Em uma rede sem fio, temos um elemento chamado AP (Access Point ou Ponto de Acesso) que faz a distribuição do sinal de rede para as diversas placas de rede sem fio que estão nos dispositivos dos usuários. Outro meio muito utilizado em redes, principalmente para interligar os diversos dispositivos de redes, como os switches, é a fibra ótica. Apesar do seu custo elevado (tanto de instalação como manutenção), ela é muito utilizada para interligar os diversos switches ou servido- res de alta capacidade dentro de uma rede de computadores. A grande vantagem da fibra óptica é sua imunidade às interferências eletromagnéticas e maior largura de banda que o par metálico. O uso das redes de computadores em corporações tem o objetivo de gerar economia de tempo e maior controle dos processos, ou seja, tornar a orga- nização mais eficiente. Outro ponto importante é a necessidade que as corpo- REDE DE COMPUTADORES 17 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 17 05/09/19 14:34 rações possuem de manter informações em tempo real, tornando a rede não apenas um “artigo de luxo”, mas uma necessidade real para seus negócios pode- rem fluir da melhor maneira possível. A maioria das empresas já reconhece que, para ter sucesso nos negócios, é preciso compartilhar informação e manter uma boa comunicação não apenas internamente, mas também com todo o ambiente externo (clientes, parceiros, governo etc.). Uma empresa que utiliza redes acaba se tornando mais competitiva, uma vez que sua eficiência interna aumenta. O uso das redes, em especial da internet, tem proporcionado novas oportu- nidades para as empresas e novos mercados são alcançados, permitindo que a empresa ultrapasse barreiras geográficas, atuando não apenas em sua região, mas de forma nacional, regional ou até global. O avanço das redes permitiu o desenvolvimento de diversas aplicações que atualmente fazem parte do nosso cotidiano, tais como: • Acessos a bases de dados via internet; • Acessos às contas bancárias via Internet Banking; • Realização de compras de diversos tipos de produtos e serviços por meio de sites de e-commerce (comércio eletrônico); • Ferramentas de comunicação online como as de chat (bate-papo), • Envio e recebimento de correio eletrônico (e-mail) com ferramentas como o Gmail e muitas outras opções e serviços são cada vez mais comuns. Em um ambiente corporativo, a rede permite acesso a cadastros de clientes e fornecedores, banco de dados com os produtos disponíveis, diversos contro- les de processos como estoque, pedidos de compra, logística e muito mais. Esses sistemas têm diversos nomes padronizados pelas indústrias como ERP (Enterpri- se Resource Planning ou Planejamento de Recursos Empresariais), CRM (Customer Relationship Management ou Gestão de Relacionamento com o Cliente) e assim por diante. Esses sistemas que podem ser utilizados para administrar os processos de uma corporação de maneira única e muito mais eficiente. Além disso, em um ambiente corporativo, existe ainda o grande desafio da convergência entre os dados e serviços de multimídia, como voz e imagem, pois, atualmente, essa é a realidade de uma rede em uma grande corporação e não mais uma tendência, ou seja, ambientes de rede complexos e com cada vez mais dispositivos, diferentes tipos de tráfego e necessidades para serem tratadas pelos elementos de rede. REDE DE COMPUTADORES 18 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 18 05/09/19 14:34 Redes locais, metropolitanas e geograficamente distri- buídas O conceito de rede se refere à transmissão de dados digitais entre dois ou mais computadores. Este sistema de comunicação é composto por elementos ou dispositivos que têm funções bem específi cas na rede, tais como os swit- ches, que têm a função de dar acesso à rede para os computadores, ou os roteadores, que têm a função de encaminhar os pacotes IP para os destinos corretos, e assim por diante. A conexão física entre os dispositivos de computa- ção em rede é estabelecida usando mídia cabo (com fi o) ou mídia ar (sem fi o). A rede de computadores mais conhecida é a internet. ABC LAN 1 LAN 2 WAN Figura 4. Redes de Longa Distância (WAN) integrando Redes Locais (LAN). Fonte: Shutterstock. Acesso em: 27/05/2019. Toda essa troca de informação é realizada por meio de protocolos. Na ciência da computação ou informática, um protocolo é uma convenção ou padrão que controla e possibilita uma conexão, comunicação, transferência de dados entre dois sistemas computacionais. De maneira simples, um protocolo pode ser defi nido como “as regras que governam” a sintaxe, semântica e sincronização da comunicação, ou seja, que controlam essa “conversa” entre os dispositivos. Os protocolos podem ser implementados pelo hardware, software ou por uma com- binação dos dois. É bem simples de visualizar a importância dos protocolos de comunicação em rede. Imagine você em uma reunião onde diversas pessoas estão sentadas ao redor da mesa querendo expor seus problemas e pontos de vista. Se não houver uma REDE DE COMPUTADORES 19 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 19 05/09/19 14:34 regra ou protocolo fi ca impossível haver a comunicação. Pois é simples de visuali- zar que se todos falarem ao mesmo tempo, ninguém irá se entender. A função dos protocolos de rede é bem semelhante, porém muito mais complexa e com uma va- riedade de padrões. Falando em termos simples, uma rede precisa dos seguintes protocolos: • Os que regulam o acesso aos meios físicos, como Ethernet com CSMA/CD, PPP, Frame-relay, etc.; • Os que regulam o envio pela rede e endereçamento lógico da rede, como o protocolo IP; • Os que regulam o envio das informações dentro dos computadores e as separem em diversas comunicações, como os protocolos TCP e UDP; • Os que fornecem os serviços de rede aos usuários, como os protocolos HTTP, FTP, Telnet, DHCP, DNS, etc. Redes geograficamente distribuídas Uma maneira de categorizar os diferentes tipos de projetos de redes de computadoresé pelo seu escopo ou escala. Por razões históricas, a indústria de redes refere-se a quase todo tipo de projeto como uma espécie de rede de área. A classifi cação quanto à abrangência geográfi ca é a mais comum e a que utilizamos em nosso dia a dia. Exemplos comuns de tipos de redes de área são: LAN (Local Area Network ou Rede Local): são redes que fornecem recur- sos a um grupo de computadores muito próximos uns dos outros, como em um prédio de escritórios, escola ou casa. Geralmente, as LANs são criadas para permitir o compartilhamento de recursos e serviços, como arquivos, impressoras, jogos, aplicativos, e-mail ou acesso à internet. Ela é uma rede restrita a áreas físicas menores, um escritório local, escola ou casa. Aproximadamente todas as LANs atuais, com ou sem fi o, são baseadas em Ethernet. Em uma rede local, as velocidades de transfe- rência de dados são maiores do que as da WAN e da MAN, que podem se estender a 10 Mbps (Ethernet) e 1,0 Gbps (Gigabit Ethernet). REDE DE COMPUTADORES 20 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 20 05/09/19 14:34 Mobile Server Smartphone Computer Router (Wi-fi) Tablet Internet Figura 5. Exemplo de Rede Local (LAN). Fonte: Shutterstock. Acesso em: 27/05/2019.27/05/2019. WLAN (Wireless Local Area Network ou Rede Local sem fio): são redes LAN que funcionam usando tecnologia sem fio, também conhecida como Wi-Fi. Esse tipo de rede está se tornando mais popular à medida que a tecnologia sem fio é desenvolvida e é usada mais em casa e por pequenas empresas. Isso significa que os dispositivos não precisam depender tanto de cabos e fios físicos e podem orga- nizar seus espaços com mais eficiência. Uma WLAN opera um ou mais pontos de acesso sem fio aos quais os dispositivos dentro do alcance do sinal se conectam. Figura 6. Exemplo de Rede Local sem Fio (WLAN). Fonte: Shutterstock. Acesso em: 27/05/2019. REDE DE COMPUTADORES 21 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 21 05/09/19 14:34 WAN (Wide Area Network ou Rede de Longa Distância): são redes consi- deradas de longa distância, geralmen- te implantadas por empresas de tele- comunicações privadas. Elas têm como característica serem distribuídas geo- grafi camente e interconectar várias redes locais (LANs). Em uma empresa, uma WAN pode consistir em conexões com a sede da empresa, fi liais, site-si- te, serviços em nuvem e outras insta- lações. Normalmente, um roteador ou outro dispositivo multifuncional é usa- do para conectar uma LAN a uma WAN. As WANs corporativas permitem que os usuários compartilhem o acesso a aplicativos, serviços e outros recursos locali- zados centralmente. Isso elimina a necessidade de instalar o mesmo servidor de aplicativos, fi rewall ou outro recurso em vários locais, por exemplo. MAN (Metropolitan Area Network ou Rede Metropolitana): são redes que conectam dois ou mais computa- dores, comunicando dispositivos ou re- des em uma única rede que possui área geográfi ca maior do que a coberta por uma rede local (LAN), mas menor que a região coberta por uma rede de longa distância (WAN). Na maioria das vezes, as MANs são construídas para cidades ou vilarejos para fornecer uma alta co- nexão de dados e geralmente perten- centes a uma única grande organização. SAN (Storage Area Network ou Rede de Armazenamento, Rede de Sistema, Rede de Servidores ou, às vezes, Rede Área Pequena): são redes de armazenamento que compartilham uma base de dados comuns em um determinado ambiente, normalmente um Data Center. Figura 7. Representação das possibilidades de conexão de uma Rede de Longa Distância (WAN). Fonte: Shutterstock. Acesso em: 27/05/2019.27/05/2019. Figura 8. Representação artística de uma Rede Metropoli- tana (MAN). Fonte: Shutterstock. Acesso em: 27/05/2019. REDE DE COMPUTADORES 22 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 22 05/09/19 14:34 As SANs são mais comuns nos armazenamentos de grande porte (storage). O Data Center é um ambiente projetado para abrigar servidores e outros componentes como sistemas de armazenamento de dados e ativos de rede (switches, roteado- res). Utilizam tecnologias como o Fiber Channel (canal de fi bra). PAN (Personal Area Network ou Rede Pessoal ou Privativa): são redes para uso pessoal. As redes PAN geralmente são sem fi o, instaladas sob de- manda (ad-hoc) quando são necessárias para se comunicar entre dois ou mais dispositivos. As redes PAN podem ser usadas entre dispositivos pertencentes a duas partes diferentes ou entre dois dispositivos pertencentes a uma pessoa, como um PDA e um laptop ou telefone celular. Essas redes geralmente são ca- racterizadas como de curto alcance, geralmente limitadas a 10 metros ou me- nos de alcance. Um exemplo de uma tecnologia PAN é a rede sem fi o bluetooth. Topologias de redes de computadores As redes de computadores permitem que os usuários utilizem sua estrutura de forma que possam compartilhar informações com um melhor desempenho. É com a topologia de redes que podemos descrever como estes computadores estão ligados em rede e interligados entre si, tanto do ponto de vista lógico como físico. Existem duas maneiras de defi nir a geometria da rede: a topologia física e a topologia lógica. Topologia física: descreve o posicionamento dos nós da rede e as conexões físicas entre eles. Isso inclui o arranjo e a localização dos nós da rede e a manei- ra como eles estão conectados. Tipos de topologias físicas: Figura 9. Representação das topologias de rede mais usuais. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 27/05/2019. REDE DE COMPUTADORES 23 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 23 05/09/19 14:34 • Barramento: cada estação de trabalho é conectada a um cabo principal chamado barramento. Portanto, na verdade, cada estação de trabalho é conec- tada diretamente a todas as outras estações de trabalho na rede; • Estrela: existe um concentrador central (hub, switch, roteador, computa- dor etc.) em que todas as estações de trabalho são conectadas. Cada estação de trabalho é independente, mas com diversos concentradores elas acabam todas indiretamente conectadas; • Anel: as estações de trabalho são conectadas em uma configuração de circuito fechado. Pares adjacentes de estações de trabalho são conectados di- retamente. Outros pares de estações de trabalho estão indiretamente conec- tados, os dados passando por um ou mais nós intermediários; • Malha: emprega um dos dois esquemas, chamados de malha completa e malha parcial. Na topologia de malha completa, cada estação de trabalho é co- nectada diretamente a cada uma das outras. Na topologia de malha parcial, algu- mas estações de trabalho são conectadas a todas as outras e algumas são conec- tadas apenas àqueles outros nós com os quais trocam a maior parte dos dados; • Árvore: usa duas ou mais redes em estrela conectadas juntas. Os compu- tadores centrais das redes estelares estão conectados a um barramento princi- pal. Assim, uma rede de árvores é uma rede de barramento de redes estelares. Topologia lógica: a topologia lógica refere-se à natureza dos caminhos que os sinais seguem de nó para nó; uma rede lógica é governada por protocolos usados pelos dados que se movem sobre ela. Em muitos casos, a topologia lógica é igual à topologia física, mas nem sempre é esse o caso. Por exemplo, al- gumas redes são fisicamente dispostas em uma configuração em estrela, mas operam logicamente como redes de barramento ou anel. Modelo TCP/IP São dois dos padrões de rede que tornam a internet possível. O Protoco- lo IP (Internet Protocol ou Protocolo Internet) define como os computadores podem obter dados entre si por meio de um conjunto interconectado de re- des. O Protocolo TCP (Transmission Control Protocol ou Protocolo de Controle de Transmissão) define como os aplicativos podem criar canais confiáveis de comunicação em uma rede IP. O IP basicamente define endereçamento e ro-teamento, enquanto o TCP define como ter uma conversa por meio de um enlace mediado por IP sem perder os dados. REDE DE COMPUTADORES 24 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 24 05/09/19 14:34 CURIOSIDADE O TCP/IP surgiu da pesquisa de redes do Departamento de Defesa dos EUA. Modelo OSI O OSI (Open System Interconnection ou Interconexão de Sistemas Abertos) descreve como os diferentes componentes de software e hardware envolvidos em uma comunicação de rede devem dividir seu trabalho e interagir de outra forma. Foi criado pela ISO (International Organization for Standardization ou Or- ganização Internacional de Normalização) para incentivar os fornecedores e desenvolvedores de redes a criar sistemas interoperáveis e intercambiáveis. É defi nido no padrão ISO/IEC 7498-1. O modelo OSI defi ne uma rede como um conjunto de sete elementos funcionais ou camadas de serviço. Essas ca- madas variam de interconexão física de nós (por exemplo, via interface de rede ou interface de rádio bluetooth) na camada 1, também conhecida como cama- da física, até a camada 7, chamada de camada de aplicação. Idealmente, um componente em qualquer camada fornece serviços à camada acima dela, consome serviços da camada abaixo dela e nunca alcança diretamente nenhuma outra camada ou fornece funções que pertencem a elas. TCP/IP X OSI O modelo TCP/IP não é mapeado corretamente para o modelo OSI. Foi desenvolvido na década de 1970 para resolver um conjunto específi co de problemas, enquanto o modelo OSI foi criado na década de 1980. O TCP/ IP não se destina a funcionar como uma descrição geral para todas as co- municações de rede, de modo que não abrange todas as funções do modelo OSI, nem divide a funcionalidade tão fi na ou amplamente. REDE DE COMPUTADORES 25 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 25 05/09/19 14:34 Figura 10. Modelo OSI x TCP/IP. Estrutura do modelo OSI em camadas O modelo OSI tem como objetivo criar uma estrutura para defi nições de padrões para interoperabilidade de sistemas e a conectividade de sistemas diferentes, ou seja, para que diferentes fabricantes possam montar protocolos que sejam interoperáveis. Esse modelo defi ne um conjunto de sete camadas e os serviços atribuídos a cada uma, porém o modelo OSI é uma referência e não uma implementação. Camada 1 (física): a camada física se destina a consolidar os requisitos de hardware de uma rede para permitir a transmissão bem-sucedida de dados. Os engenheiros de rede podem defi nir diferentes mecanismos de transmissão de bits para o nível da camada física, incluindo formas e tipos de conectores, cabos e frequências para cada meio físico. Ela às vezes desempenha um papel importante no compartilhamento efetivo dos recursos de comunicação dispo- níveis e ajuda a evitar a contenção entre vários usuários. Ela também lida com a taxa de transmissão para melhorar o fl uxo de dados entre um remetente e um receptor. A camada física fornece os seguintes serviços: • Modula o processo de conversão de um sinal de uma forma para outra, para que possa ser transmitido fi sicamente por meio de um canal de comunicação; • Entrega bit a bit; • Codifi cação de linha, que permite que os dados sejam enviados por dispo- sitivos de hardware otimizados para comunicações digitais que podem ter um tempo discreto no link de transmissão; REDE DE COMPUTADORES 26 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 26 05/09/19 14:34 • Sincronização de bits para comunicações seriais síncronas; • Sinalização de partida e parada e controle de fluxo em comunicação serial assíncrona; • Comutação de circuitos e controle de hardware de multiplexação de sinais digitais multiplexados; • Detecção de colisão, em que a camada física detecta a disponibilidade da operadora e evita os problemas de congestionamento causados por pacotes não entregues; • Equalização de sinal para garantir conexões confiáveis e facilitar a multi- plexação; • Encaminhar correção de erro/codificação de canal, como código de corre- ção de erro; • Intercalação de bits para melhorar a correção de erros; • Autonegociação; • Controle do modo de transmissão. Exemplos de protocolos que usam camadas físicas incluem: • xDSL (Digital Subscriber Line ou Linha Digital de Assinante); • ISDN (Integrated Service Digital Network ou Rede Digital de Serviços Inte- grados); • IrDA (Infrared Data Association ou Associação de Dados Infravermelhos); • USB (Universal Serial Bus ou Barramento Serial Universal); • Bluetooth; • Ethernet. Camada 2 (enlace): esconde características físicas do meio de transmis- são para as camadas superiores, pois transforma os bits em quadros (frames). Sua principal função é fornecer um meio de transmissão confiável entre dois sistemas adjacentes. Para redes locais, a camada de enlace é dividida em dois subníveis: LLC (Logical Link Control ou Controle Lógico do Enlace) e MAC (Me- dia Access Control ou Controle de Acesso a Mídia), sendo que a LLC faz inter- face com a camada de rede e o MAC com a camada física. Os representantes da camada de enlace são as interfaces de rede, switches e bridges. Nas redes atuais, recomenda-se o uso de switches (comutadores) no lugar dos HUBs (Har- dware Unit Broadcast ou Unidade de Equipamento de Difusão) por questões de desempenho e segurança, pois estes, ao invés de enviar uma informação REDE DE COMPUTADORES 27 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 27 05/09/19 14:34 recebida para todas as portas, criam um caminho virtual ponto a ponto entre os computadores que estão se comunicando. As informações trocadas pelos protocolos da camada, tais como a Ethernet, Fast Ethernet, PPP (Point-to-Point Protocol ou Protocolo Ponto-a-Ponto) e demais são chamadas de quadros ( fra- mes). Funções mais comuns da camada 2: • Delimitação e formato dos quadros de bits; • Detecção de erros; • Sequenciamento dos dados; • Controle de fluxo de quadros; • Endereçamento físico (endereço MAC); • Controle de acesso aos meios físicos. Camada 3 (rede): tem a função de fornecer um canal de comunicação in- dependente do meio, pois ela transmite pacotes de dados por meio da rede utilizando um esquema de endereçamento lógico que pode ser roteado por diversas redes até chegar ao seu destino. As funções características da camada 3 são: • Tradução de endereços lógicos em endereços físicos; • Esquema de endereçamento lógico; • Roteamento de pacotes; • Não possuem garantia de entrega dos pacotes. Camada 4 (transporte): a camada de transporte funciona de forma trans- parente nas camadas acima para entregar e receber dados sem erros. O lado de envio divide as mensagens do aplicativo em segmentos e os transmite para a camada de rede. O lado de recebimento reagrupa segmentos em mensagens e os passa para a camada de aplicativo. A camada de transporte pode fornecer alguns ou todos os seguintes serviços: • Comunicação orientada à cone- xão: os dispositivos nos pontos finais de uma comunicação de rede estabe- lecem um protocolo de “handshake” (“aperto de mão”) para garantir que a conexão seja robusta antes que os da- dos sejam trocados. A fraqueza desse método é que, para cada mensagem REDE DE COMPUTADORES 28 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 28 05/09/19 14:35 entregue, há um requisito para uma confirmação, adicionando uma carga de rede considerável em comparação com os pacotes corretores de erros de auto- correção. As solicitações repetidas causam lentidão significativa na velocidade da rede quando são enviados fluxos de bytes ou datagramas com defeito; • Entrega de mesmo pedido: garante que os pacotes sejam sempre entre- gues em sequência estrita. Embora a camada de rede seja responsável, a cama- da de transporte pode corrigir quaisquer discrepâncias na sequência causadas por quedas de pacotes ou interrupção do dispositivo; • Integridade dos dados: usando “checksums” (verificaçãode soma de bits), a integridade dos dados em todas as camadas de entrega pode ser assegurada. Essas somas de verificação garantem que os dados transmitidos são os mes- mos que os dados recebidos por meio de tentativas repetidas feitas por outras camadas para que os dados ausentes sejam reenviados; • Controle de fluxo: os dispositivos em cada extremidade de uma conexão de rede geralmente não têm como saber os recursos uns dos outros em termos de taxa de transferência de dados e, portanto, podem enviar dados mais rapi- damente do que o dispositivo receptor pode armazená-los ou processá-los. Nesses casos, os excessos de buffer podem causar interrupções completas na comunicação. Por outro lado, se o dispositivo receptor não estiver recebendo dados com rapidez suficiente, isso causa um estouro de buffer, o que pode cau- sar uma redução desnecessária no desempenho da rede; • Controle de tráfego: as redes de comunicação digital estão sujeitas a res- trições de largura de banda e velocidade de processamento, o que pode signi- ficar uma enorme quantidade de potencial para congestionamento de dados na rede. Esse congestionamento de rede pode afetar quase todas as partes de uma rede. A camada de transporte pode identificar os sintomas de nós sobre- carregados e taxas de fluxo reduzidas; • Multiplexação: a transmissão de múltiplos fluxos de pacotes de aplica- tivos não relacionados a outras fontes (multiplexação) por meio de uma rede requer alguns mecanismos de controle muito dedicados, que são encontrados na camada de transporte. Essa multiplexação permite o uso de aplicativos si- multâneos em uma rede, como quando diferentes navegadores da internet são abertos no mesmo computador. No modelo OSI, a multiplexação é manipulada na camada de serviço; REDE DE COMPUTADORES 29 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 29 05/09/19 14:35 • Orientação byte: algumas aplicações preferem receber fluxos de bytes em vez de pacotes; a camada de transporte permite a transmissão de fluxos de dados orientados por bytes, se necessário. Camada 5 (sessão): essa camada gerencia uma sessão iniciando a aber- tura e o encerramento de sessões entre processos de aplicativos do usuário final. Também controla conexões únicas ou múltiplas para cada aplicativo de usuário final e se comunica diretamente com as camadas de apresentação e de transporte. Os serviços oferecidos pela camada de sessão são geralmente implementados em ambientes de aplicativos usando RPCs (Remote Procedure Call ou Chamada Remota de Procedimento). Sessões são mais comumente implementadas em navegadores da Web usando protocolos como o ZIP (Zone Information Protocol ou Protocolo de Informações de Zona), AppleTalk Protocol (Protocolo de Comunicação Apple) ou SCP (Session Control Protocol ou Protocolo de Controle de Sessão). Esses protocolos também gerenciam a restauração de sessão por meio de pontos de verificação e recuperação. Esta camada suporta operações full-duplex e half-duplex e cria procedimentos para verificação, adiamento, reinicialização e encerramento. A camada de sessão também é responsável por sincronizar informações de diferentes origens. Por exemplo, as sessões são implementadas em programas de televisão ao vivo nos quais os fluxos de áudio e vídeo emergentes de duas fontes diferentes são mesclados. Isso evita a sobreposição e o tempo de transmissão silencioso. Camada 6 (apresentação): a camada de apresentação traduz principal- mente dados entre a camada de aplicação e o formato de rede. Os dados po- dem ser comunicados em diferentes formatos por meio de diferentes fontes. Assim, a camada de apresentação é responsável por integrar todos os forma- tos em um formato padrão para uma comunicação eficiente e eficaz. Ela segue esquemas de estrutura de programação de dados desenvolvidos para diferen- tes linguagens e fornece a sintaxe em tempo real para a comunicação entre dois objetos, como camadas, sistemas ou redes. O formato de dados deve ser aceitável pelas próximas camadas; caso contrário, a camada de apre- sentação pode não ser executada corretamente. Dispositivos de rede ou componentes usados pela camada de apresen- tação incluem redirecionadores e gateways. A camada de apresentação é responsável pelo seguinte: REDE DE COMPUTADORES 30 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 30 05/09/19 14:35 • Criptografi a/descriptografi a de dados; • Conversão de caracteres/string; • Compressão de dados; • Manipulação gráfi ca. Camada 7 (aplicação): a camada de aplicação é a sétima do modelo OSI e a única que interage diretamente com o usuário final. Ela fornece acesso total do usuário final a uma variedade de serviços de rede compartilhados para um fluxo eficiente de dados do modelo OSI. Essa camada tem muitas responsabilidades, incluindo tratamento e recuperação de erros, fluxo de dados em uma rede e fluxo de rede total. Também é usada para desen- volver aplicativos baseados em rede. Mais de 15 protocolos são usados na camada de aplicação. A camada de aplicação fornece muitos serviços e seus protocolos, incluindo: • SMTP (Simple Mail Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência de Correio Simples); • FTP (File Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência de Arquivos); • HTTP (Hypertext Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência de Hi- pertexto); • SNMP (Simple Network Management Protocol ou Protocolo Simples de Ge- rência de Rede); • IMAP (Internet Message Access Protocol ou Protocolo de Acesso a Mensa- gem da Internet); • LDAP (Lightweight Directory Access Protocol ou Protocolo Leve de Acesso a Diretório); • Telnet (Terminal virtual). Princípios de transmissão da informação A comunicação de dados é o movimento da informação do computador de um ponto para outro por meio de sistemas de transmissão elétrica ou óptica. Tais sistemas são frequentemente chamados de redes de comunicação de dados. Isso está em contraste com o termo mais amplo de telecomunicações, que inclui a transmissão de voz e imagem (fotos e vídeos), bem como dados, e geralmente implica distâncias maiores. REDE DE COMPUTADORES 31 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 31 05/09/19 14:35 Em geral, as redes de comunicação coletam dados de computadores e outros dispositivos e transmitem essas informações para um servidor central, que é um computador, microcomputador ou mainframe mais potente, ou executam o pro- cesso inverso ou ainda uma combinação dos dois. As redes de comunicação de dados facilitam o uso mais eficiente de compu- tadores e melhoram o controle diário de uma empresa, fornecendo um fluxo de informações mais rápido. Eles também fornecem serviços de transferência de mensagens para permitir que usuários de computador conversem entre si via e-mail, bate-papo e streaming de vídeo. Um canal de comunicação é necessário para transportar o sinal de um ponto para outro. Tradicionalmente, o canal é fornecido por pares de fios de cobre, por meio de micro-ondas terrestres, micro-ondas por satélite, cabo de fibra óptica e sinais de rádio. Esses meios diferem em termos de largura de banda, que é a faixa de frequências que podem transmitir. Quanto maior a largura de banda de um meio, maior a quantidade de informação que ele pode carregar. Guias de onda são tubos ocos projetados para confinar e guiar as ondas de rádio entre dois locais. O transmissor tem duas opções de formas de onda disponíveis para enviar informações pela rede: analógica e digital. Um sinal analógico é uma forma de onda elétrica que recebe valores que variam ao lon- go de um contínuo de amplitudes. O conhecimento científico de eletricidade e magnetismo que é necessário para permitir as telecomunicações começou com as investigações de Michael Faraday, muitas vezes considerado o maior experimentalista de sua época. Faraday não era habilidoso em matemática, mas seu amigo James Clerk Ma- xwell era. Foi Maxwell quemunificou as descobertas discrepantes sobre as proprie- dades da eletricidade, do magnetismo e suas inter-relações íntimas, consa- grando-as nas quatro belas equações vetoriais conhecidas como as equações de Maxwell, do eletromagnetismo. Além disso, Maxwell representou matematicamente o conceito intuitivo de Faraday dos campos elétricos e magnéticos. Todas as teorias físicas modernas são teorias de campo e desfrutam da vantagem atraente de banir os conceitos de “ação à distância” da ciência. A partir da matemática das equações de Maxwell, ele conseguiu calcular REDE DE COMPUTADORES 32 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 32 05/09/19 14:35 explicitamente a velocidade da luz a partir da medição de duas constantes elétricas e demonstrar que os efeitos eletromagnéticos viajam pelo espaço à velocidade da luz. Em sua análise, Maxwell introduziu o famoso conceito da corrente de deslocamento mostrando que sem ele as outras equações seriam inconsistentes com a conservação da carga elétrica. John Henry Poynting mostrou que, onde quer que campos elétricos e mag- néticos estejam presentes, há um fl uxo de energia naquele ponto. É essa ener- gia que permite a transmissão de mensagens pelo espaço. Tecnologias básicas de comunicação A tecnologia de telecomunicação envolve a transferência de sinais de informa- ção por meio de fi os, fi bra ou pelo ar por meio de sinais elétricos ou ópticos. Os si- nais de comunicação são geralmente caracterizados por sua intensidade (tensão e corrente) e frequência (ciclos por segundo). Para permitir que informações sejam transferidas usando sinais de comu- nicação, uma fonte de informação (dados, voz ou imagem) é representada pelo sinal em si (chamado de sinal de banda base) ou a informação muda ligeira- mente a forma de onda do sinal de comunicação (chamado sinal de banda larga). A informação é imposta ao sinal de transporte (chamado de portadora), variando o nível do sinal ou mudanças de tempo (mudança de frequência). Tipos de sinal Existem dois tipos básicos de sinais: analógico e digital. Muitos sistemas de comunicação recebem sinais analógicos (por exemplo, sinais de áudio), conver- tem para um formato digital, transportam os sinais digitais por meio de uma rede e reconvertem os sinais digitais de volta à sua forma analógica quando chegam ao seu destino. Sinal analógico: é uma onda contínua denotada por uma onda senoidal e pode variar em intensidade do sinal (amplitude) ou frequência (tempo). O valor de amplitude da onda senoidal pode ser visto como os pontos mais alto e mais baixo da onda, enquanto o valor da frequência (tempo) é medido no comprimento físico da onda senoidal da esquerda para a direita. Existem mui- REDE DE COMPUTADORES 33 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 33 05/09/19 14:35 tos exemplos de sinais analógicos a nossa volta. O som de uma voz humana é analógico, porque as ondas sonoras são contínuas, assim como nossa própria visão, porque vemos várias formas e cores de maneira contínua devido às on- das de luz. Mesmo um típico relógio de cozinha, com suas mãos se movendo continuamente, pode ser representado como um sinal analógico. Sinal digital: tem um número limitado de estados discretos, geralmente dois, em contraste com sinais analógicos, que variam continuamente e têm um número infinito de estados. Os sinais digitais transferem níveis discretos de sinal em intervalos de tempo predeterminados. Os sinais digitais normalmente possuem dois níveis: on (logic 1) e off (logic 0). A informação contida em um único período de tempo é chamada um pulso. O número de bits transferidos em um segundo é chamado de taxa de transferência de dados ou bits por segundo (bps). Como muitos bits são tipicamente transferidos em um segun- do, a taxa de dados é normalmente precedida por um multiplicador k(mil) ou M (milhões). Por exemplo, se a taxa de transferência de dados for de 3 milhões de bits por segundo, 3 Mbps indicariam isso. Normalmente, os bits são combina- dos em grupos de 8 bits para formar um byte. Quando a referência é feita para bytes em vez de bits, o b é capitalizado. A forma mais antiga de comunicação por rádio digital era o código Morse. Para enviar o código Morse, o transmissor de rádio era simplesmente ligado e desligado para formar pontos e traços. O receptor detectaria a portadora de rádio para reproduzir os pontos e traços. Um livro de códigos de pontos e tra- ços foi usado para decodificar a mensagem em símbolos ou letras. Os pulsos ou bits ligados e desligados que compõem um sinal digital moderno são envia- dos de maneira semelhante. A tendência nos sistemas de comunicação, assim como em outros tipos de produtos eletrônicos, como discos compactos, é mudar de sistemas analógicos para sistemas digitais. Os sistemas digitais têm uma série de vantagens impor- tantes, incluindo o fato de que os sinais digitais são mais imunes ao ruído. Ao contrário dos sistemas analógicos, mesmo quando o ruído foi introdu- zido, quaisquer erros resultantes no fluxo de bits digital po- dem ser detectados e corrigidos. Além disso, os sinais digi- tais podem ser facilmente manipulados ou processados de maneiras úteis, usando técnicas modernas de computação. REDE DE COMPUTADORES 34 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 34 05/09/19 14:35 Modos de transmissão Simplex Envia apenas informações em uma direção. Por exemplo, uma estação de rádio geralmente envia sinais para o público, mas nunca recebe sinais deles, portanto, uma estação de rádio é um canal simplex. Também é comum usar o canal simplex na comunicação por fi bra ótica. Um fi o é usado para transmitir sinais e o outro é para receber sinais. Mas isso pode não ser óbvio porque o par de fi os de fi bra é frequentemente combinado a um cabo. A boa parte do modo simplex é que toda a sua largura de banda pode ser usada durante a transmissão. Half-duplex Os dados podem ser transmitidos em ambas as direções em um portador de sinal, não ao mesmo tempo. Em certo ponto, é na verdade um canal sim- plex cuja direção de transmissão pode ser trocada. Walkie-talkie é um dis- positivo half-duplex típico. Ele tem um botão “push-to-talk” (apertar para falar) que pode ser usado para ligar o transmissor, mas desliga o receptor. Portanto, uma vez que você apertar o botão, você não poderá ouvir a pessoa com quem está falando, mas seu parceiro poderá ouvi-lo. Uma vantagem do half-duplex é que o single track é mais barato que o double track. Full-duplex É capaz de transmitir dados em ambas as direções em uma portadora de si- nal ao mesmo tempo. Ele é construído como um par de links simplex que permite a transmissão simultânea bidirecional. Por exemplo, as pessoas nas duas extremi- dades de uma chamada podem falar e ser ouvidas umas pelas outras ao mesmo tempo, porque há dois caminhos de comunicação entre elas. Assim, usar o modo full duplex pode aumentar muito a efi ciência da comunicação. Taxa de transmissão A taxa de transmissão é a velocidade na qual os dados são transmitidos por um canal. Foi nomeado posteriormente de Código Baudot em homenagem ao cientista francês Jean Maurice Émile Baudot, que inventou um dos primeiros códigos de transmissão de dados. Em baixas velocidades, um baud é equiva- REDE DE COMPUTADORES 35 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 35 05/09/19 14:35 lente a um bit por segundo, portanto, um canal de 1200 bauds transmitirá da- dos a uma taxa de 1200 bps. Quando a taxa de transmissão de uma linha é defi nida para DCE, o termo baud é frequentemente usado. Se usado corretamente, baud indica o número de mudanças de sinal de linha por segundo, portanto, se cada sinal transmi- tido for um ou zero, então a taxa de transmissão e a taxa de trans- missão real são os mesmos. No entanto, há muitos casos em que o sinal de linha pode assumir mais de dois estados e, como tal, cada sinal podeser usado por mais de um bit. Baud Rate (Taxa Baud) É a medida das unidades de sinal necessárias para transmitir os dados. O ideal é criar um sistema efi ciente usando o menor número de sinais possível. Quanto menos sinais houver, menor será a largura de banda necessária para mover os dados. A taxa de transmissão determina a quantidade de largura de banda necessária nos enlaces de comunicação. A taxa de transmissão de dados ou bit (DTR) é medida em bits por segundo (bps). A taxa de transmissão de dados indica quanto tempo levará para transmitir os dados; em termos do usuário e do computador, essa é a informação mais importante, porque o DTR é usado para comparar velocidades e desempenho. Baud sempre será menor ou igual ao DTR. Codecs e modems O fato é que hoje não temos redes totalmente digitais ou totalmente ana- lógicas: temos uma mistura dos dois. Portanto, em vários pontos de uma rede, é necessário converter entre os dois tipos de sinal. Os dispositivos que lidam com essas conversões são code- cs e modems. Um codec (que é uma contração do codifi cador-descodifi cador) converte sinais analógicos em sinais digitais. REDE DE COMPUTADORES 36 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 36 05/09/19 14:35 Existem diferentes codecs para diferentes fi nalidades. Para a PSTN (Public Swit- ched Telephone Network ou Rede Pública de Telefonia Comutada), por exemplo, existem codecs que minimizam o número de bits por segundo necessário para transportar voz digitalmente por meio da PSTN. Nas redes celulares, por cau- sa das restrições e do espectro disponível, um codec precisa comprimir ainda mais a voz para obter o uso mais efi ciente do espectro. Os codecs aplicados à comunicação de vídeo também exigem técnicas de compressão muito especí- fi cas para poder mover os sinais de alta largura de banda sobre o que pode ser um pouco limitado nos canais atuais. Um modem é um dispositivo de rede que modula e desmodula sinais analógicos da portadora (chamados ondas senoidais) para codificar e descodificar informações digitais para processamento. Os modems realizam essas duas tarefas simultaneamente e, por esse motivo, o termo modem é uma combinação de “modular” e “desmodular”. Existem também modems projetados para funcionar especificamente com recursos digi- tais (por exemplo, modems ISDN, modems ADSL). Um modem manipula as variáveis da onda eletromagnética para diferenciar entre uns e zeros. Embora seja possível converter entre redes analógicas e digitais, em geral, as conversões são um elo fraco em uma rede. Uma conversão é um ponto no qual problemas de rede podem ocorrer, uma oportunidade para erros e distorções serem introduzidas. Portanto, idealmente, queremos avançar em direção a um ambiente óptico de ponta a ponta e digital de ponta a ponta. Isso significa que em nenhum lugar entre o transmissor e o recep- tor é necessário fazer conversões de sinais. Meios físicos de transmissão Os meios, ou mídias, pelos quais os dados são transportados de um lu- gar para outro são chamados de meios de transmissão ou de comunica- ção. A mídia é a ligação física por meio da qual os sinais são confinados da origem até o destino. Ela é formada por um condutor interno (geralmente cobre), revestido por um material externo (capa). A mídia é ótima para redes porque oferece alta velocidade, boa segurança e boas taxas de transmissão. No entanto, alguns tipos não podem ser usados em comuni- REDE DE COMPUTADORES 37 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 37 05/09/19 14:35 cações de grandes distâncias, por limitação construtiva própria. Três tipos comuns de mídia são usados na transmissão de dados: Cabo coaxial: é uma mídia de comunicação muito comum e amplamen- te utilizada. Por exemplo, o sinal de televisão a cabo é geralmente coaxial. Ele recebe esse nome porque contém dois condutores paralelos entre si. O condutor central é geralmente de cobre, podendo ser um fio sólido ou um cabo trançado marcial. Fora deste condutor central há um material não condutor, normalmente de plástico branco, chamado de dielétrico, usado para separar o condutor interno do condutor externo. O outro condutor é uma malha fina feita de cobre. Ele é usado para ajudar a proteger o cabo da EMI (Electromagnetic Interference ou Interferência Eletromagnéti- ca). Fora da malha de cobre é a capa protetora final. Os dados reais viajam pelo condutor central. A interferência EMI é capturada pela malha externa de cobre, que é devidamente aterrada. Existem diferentes tipos de cabos coaxiais que variam de acordo com a bitola e a impedância, conforme ve- mos na Tabela 1: PADRÕES CARACTERISTÍCAS VANTAGENS DESVANTAGENS • 50-Ohm RG-7 ou RG11: usado com Eth- ernet (mais espesso) • 50-Ohm RG-58: usado com Ethernet (menos espesso) • 75-Ohm RG-59: usa- do com CATV • 93-Ohm RG-6: usado com internet a cabo • Baixo custo • Fácil de instalar • Média velocidade • Média manutenção • Imunidade média para EMI • Baixo custo • Fácil de instalar • Imunidade média para EMI • Média velocidade, baixa em comparação ao par trançado • 50-Ohm RG-7 ou • 50-Ohm RG-7 ou RG11: usado com Eth- • 50-Ohm RG-7 ou RG11: usado com Eth- ernet (mais espesso) • 50-Ohm RG-7 ou RG11: usado com Eth- ernet (mais espesso) • 50-Ohm RG-58: • 50-Ohm RG-7 ou RG11: usado com Eth- ernet (mais espesso) • 50-Ohm RG-58: usado com Ethernet • 50-Ohm RG-7 ou RG11: usado com Eth- ernet (mais espesso) • 50-Ohm RG-58: usado com Ethernet (menos espesso) • 50-Ohm RG-7 ou RG11: usado com Eth- ernet (mais espesso) • 50-Ohm RG-58: usado com Ethernet (menos espesso) • 75-Ohm RG-59: usa- RG11: usado com Eth- ernet (mais espesso) • 50-Ohm RG-58: usado com Ethernet (menos espesso) • 75-Ohm RG-59: usa- do com CATV • 93-Ohm RG-6: usado RG11: usado com Eth- ernet (mais espesso) • 50-Ohm RG-58: usado com Ethernet (menos espesso) • 75-Ohm RG-59: usa- do com CATV • 93-Ohm RG-6: usado com internet a cabo ernet (mais espesso) usado com Ethernet (menos espesso) • 75-Ohm RG-59: usa- do com CATV • 93-Ohm RG-6: usado com internet a cabo • Baixo custo usado com Ethernet (menos espesso) • 75-Ohm RG-59: usa- do com CATV • 93-Ohm RG-6: usado com internet a cabo • Baixo custo• Baixo custo • 75-Ohm RG-59: usa- do com CATV • 93-Ohm RG-6: usado com internet a cabo • Fácil de instalar • Baixo custo • 75-Ohm RG-59: usa- • 93-Ohm RG-6: usado com internet a cabo • Fácil de instalar • Baixo custo • 75-Ohm RG-59: usa- • 93-Ohm RG-6: usado com internet a cabo • Fácil de instalar • Média velocidade • 93-Ohm RG-6: usado com internet a cabo • Fácil de instalar • Média velocidade • Média manutenção • 93-Ohm RG-6: usado com internet a cabo • Fácil de instalar • Média velocidade • Média manutenção • Fácil de instalar • Média velocidade • Média manutenção • Imunidade média • Média velocidade • Média manutenção • Imunidade média para EMI • Média velocidade • Média manutenção • Imunidade média para EMI • Média velocidade • Média manutenção • Imunidade média para EMI • Baixo custo • Média manutenção • Imunidade média para EMI • Baixo custo • Média manutenção • Imunidade média • Baixo custo • Fácil de instalar • Imunidade média • Baixo custo • Fácil de instalar • Baixo custo • Fácil de instalar • Imunidade média • Fácil de instalar • Imunidade média para EMI • Fácil de instalar • Imunidade média para EMI • Fácil de instalar • Imunidade média para EMI • Fácil de instalar • Imunidade média para EMI • Imunidade média • Imunidade média • Média velocidade, • Média velocidade, baixa em comparação • Média velocidade, baixa em comparação ao par trançado • Média velocidade, baixa em comparação ao par trançado • Média velocidade, baixa em comparação ao par trançado • Média velocidade, baixa em comparação ao par trançado • Média velocidade, baixa em comparação ao par trançado • Média velocidade, baixa em comparaçãoao par trançado baixa em comparação baixa em comparação TABELA 1. COMPETÊNCIAS PARA O PROFISSIONAL Cabo par trançado: o cabeamento de rede mais popular é o par tran- çado. Isto se deve por ele ser leve, fácil de instalar, apresentar baixo custo e suportar muitos tipos diferentes de rede. Também suporta velocidades de até 40 Gbps. O cabeamento de par trançado é feito de pares de cobre de fio sólido (rígido) ou de cabo trançado (flexível), um ao lado do outro. As tranças são feitas para reduzir vulnerabilidade à EMI e a paradiafonia (CrossTalk ou “Linha Cruzada”). O número de pares no cabo depende da aplicação. O núcleo de cobre é geralmente 22 AWG a 26 AWG, conforme REDE DE COMPUTADORES 38 Rede de computadores- Unidade1_Formato A5.indd 38 05/09/19 14:35 medido no padrão americano de bitola de fio. Os tipos de cabos de pares trançados são: • U/UTP: par trançado não blindado; • F/UTP: par trançado blindado global com fi ta e sem blindagem individual; • S/FTP: par trançado blindado global com malha e blindagem individual com fi ta; • F/FTP: par trançado blindado global e individual com fi ta. E sua classifi cação, em categorias, largura de banda e aplicação, conforme Tabela 2: TABELA 2. CLASSIFICAÇÃO DE CABOS PAR TRANÇADO CATEGORIA PADRÃO LARGURA DE BANDA APLICAÇÕES Categoria 1 ou Cat.1 nenhum 0,4 MHz Telefonia e linhas de modem Categoria 2 ou Cat.2 nenhum 4 MHz Sistemas legados, IBM 3270 Categoria 3 ou Cat.3 UTP 16 MHz 10BASE-T e 100BASE-T4 Ethernet, Cabos de telefonia. Categoria 4 ou Cat.4 UTP 20 MHz 16 Mbps, Token Ring Categoria 5 ou Cat.5 (Foi substituída pela Cat.5e) UTP 100 MHz 100BASE-TX e 1000BASE-T Ethernet Categoria 5e ou Cat.5e (Substituiu a Cat.5) UTP 125 MHz 100BASE-TX & 1000BASE-T Ethernet Categoria 6 ou Cat.6 UTP 250 MHz 1000BASE-TX & 10GBASE-T Ethernet Categoria 6a ou Cat.6ª U/FTP, F/UTP 500 MHz 10GBASE-TX Ethernet Categoria 7 ou Cat.7 F/FTP, S/FTP 600 MHz Telefonia, CCTV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 10GBASE-T Ethernet. Categoria 7a ou Cat.7ª F/FTP, S/FTP 1000 MHz Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 10GBASE-T Ethernet. Categoria 8.1 ou Cat.8.1 U/FTP, F/UTP 1600-2000 MHz Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 40GBASE-T Ethernet. Categoria 8.2 ou Cat.8.2 F/FTP, S/FTP 1600-2000 MHz Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 40GBASE-T Ethernet. F/FTP, S/FTPF/FTP, S/FTPF/FTP, S/FTP U/FTP, F/UTP F/FTP, S/FTP U/FTP, F/UTPU/FTP, F/UTPU/FTP, F/UTP F/FTP, S/FTP U/FTP, F/UTP Categoria 8.2 ou F/FTP, S/FTP Categoria 8.2 ou F/FTP, S/FTP Categoria 8.2 ou Cat.8.2 F/FTP, S/FTP Categoria 8.1 ou Categoria 8.2 ou Cat.8.2 F/FTP, S/FTP Categoria 8.1 ou Categoria 8.2 ou Cat.8.2 F/FTP, S/FTP Categoria 7a ou Cat.7ª Categoria 8.1 ou Categoria 8.2 ou U/FTP, F/UTP F/FTP, S/FTP Categoria 7a ou Cat.7ª Categoria 8.1 ou Cat.8.1 U/FTP, F/UTP F/FTP, S/FTP Categoria 7a ou Cat.7ª Categoria 8.1 ou Cat.8.1 U/FTP, F/UTP Categoria 7a ou Cat.7ª Categoria 8.1 ou Cat.8.1 U/FTP, F/UTP Categoria 7 ou Cat.7 Categoria 7a ou Cat.7ª Categoria 8.1 ou UTP U/FTP, F/UTP Categoria 7 ou Cat.7 Categoria 7a ou Cat.7ª UTP Categoria 6a ou Cat.6ª Categoria 7 ou Cat.7 Categoria 7a ou Cat.7ª UTP Categoria 6a ou Cat.6ª Categoria 7 ou Cat.7 Categoria 7a ou Cat.7ª UTP Categoria 6 ou Cat.6 Categoria 6a ou Cat.6ª Categoria 7 ou Cat.7 Categoria 6 ou Cat.6 Categoria 6a ou Cat.6ª Categoria 7 ou Cat.7 UTP Categoria 5e ou Cat.5e (Substituiu a Cat.5) Categoria 6 ou Cat.6 Categoria 6a ou Cat.6ª Categoria 7 ou Cat.7 Categoria 5e ou Cat.5e (Substituiu a Cat.5) Categoria 6 ou Cat.6 Categoria 6a ou Cat.6ª UTP (Foi substituída pela Categoria 5e ou Cat.5e (Substituiu a Cat.5) Categoria 6 ou Cat.6 Categoria 6a ou Cat.6ª Categoria 5 ou Cat.5 (Foi substituída pela Categoria 5e ou Cat.5e (Substituiu a Cat.5) Categoria 6 ou Cat.6 Categoria 6a ou Cat.6ª UTP Categoria 4 ou Cat.4 Categoria 5 ou Cat.5 (Foi substituída pela Categoria 5e ou Cat.5e (Substituiu a Cat.5) Categoria 6 ou Cat.6 nenhum Categoria 4 ou Cat.4 Categoria 5 ou Cat.5 (Foi substituída pela Categoria 5e ou Cat.5e (Substituiu a Cat.5) nenhum nenhum Categoria 3 ou Cat.3 Categoria 4 ou Cat.4 Categoria 5 ou Cat.5 (Foi substituída pela Cat.5e) Categoria 5e ou Cat.5e (Substituiu a Cat.5) nenhum nenhum Categoria 3 ou Cat.3 Categoria 4 ou Cat.4 Categoria 5 ou Cat.5 (Foi substituída pela Cat.5e) Categoria 5e ou Cat.5e nenhum Categoria 3 ou Cat.3 Categoria 4 ou Cat.4 Categoria 5 ou Cat.5 (Foi substituída pela Cat.5e) nenhum Categoria 2 ou Cat.2 Categoria 3 ou Cat.3 Categoria 4 ou Cat.4 Categoria 5 ou Cat.5 (Foi substituída pela Categoria 2 ou Cat.2 Categoria 3 ou Cat.3 Categoria 4 ou Cat.4 Categoria 5 ou Cat.5 Categoria 1 ou Cat.1 Categoria 2 ou Cat.2 Categoria 3 ou Cat.3 Categoria 4 ou Cat.4 Categoria 1 ou Cat.1 Categoria 2 ou Cat.2 Categoria 3 ou Cat.3 Categoria 1 ou Cat.1 Categoria 2 ou Cat.2 Categoria 3 ou Cat.3 Categoria 1 ou Cat.1 Categoria 2 ou Cat.2 Categoria 1 ou Cat.1 Categoria 2 ou Cat.2 Categoria 1 ou Cat.1Categoria 1 ou Cat.1 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 40GBASE-T 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 40GBASE-T 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 40GBASE-T mo cabo. 40GBASE-T Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 40GBASE-T Ethernet. 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 40GBASE-T Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 40GBASE-T Ethernet. 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 40GBASE-T Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 40GBASE-T Ethernet. 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 40GBASE-T Ethernet. Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 40GBASE-T mo cabo. 10GBASE-T Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 40GBASE-T Ethernet. Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mes- 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 10GBASE-T Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 40GBASE-T Ethernet. Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 10GBASE-T Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 40GBASE-T Ethernet. Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 10GBASE-T Ethernet. Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 40GBASE-T 1600-2000 MHz 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 10GBASE-T Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 10GBASE-T Ethernet. Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mes- 1600-2000 MHz 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 10GBASE-T Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 10GBASE-T Ethernet. Telefonia, CATV, 1600-2000 MHz 10GBASE-TX Ethernet 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 10GBASE-T Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 10GBASE-T Ethernet. 1600-2000 MHz 10GBASE-TX Ethernet Telefonia, CCTV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 10GBASE-T Ethernet. Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mes- 1600-2000 MHz 1600-2000 MHz 10GBASE-T Ethernet 10GBASE-TX Ethernet Telefonia, CCTV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 10GBASE-T Ethernet. Telefonia, CATV, 1600-2000 MHz 1600-2000 MHz 10GBASE-T Ethernet 10GBASE-TX Ethernet Telefonia, CCTV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 10GBASE-T Ethernet. 1600-2000 MHz 1000BASE-T Ethernet 1000BASE-TX & 10GBASE-T Ethernet 10GBASE-TX Ethernet Telefonia, CCTV, 1000BASE-TX no mes- mo cabo. 10GBASE-T 1600-2000 MHz 1000BASE-T Ethernet 1000BASE-TX & 10GBASE-T Ethernet 10GBASE-TX Ethernet Telefonia, CCTV, 1000BASE-TX no mes- 1600-2000 MHz 1000BASE-T Ethernet 1000BASE-T Ethernet 1000BASE-TX & 10GBASE-T Ethernet 10GBASE-TX Ethernet Telefonia, CCTV, 1000 MHz 1000BASE-T Ethernet 100BASE-TX & 1000BASE-T Ethernet 1000BASE-TX & 10GBASE-T Ethernet 10GBASE-TX Ethernet 1000 MHz 16 Mbps, Token Ring 1000BASE-T Ethernet 100BASE-TX & 1000BASE-T Ethernet 1000BASE-TX & 10GBASE-T Ethernet 1000 MHz 16 Mbps, Token Ring 100BASE-TX e 1000BASE-T Ethernet 100BASE-TX & 1000BASE-T Ethernet 1000BASE-TX & 1000 MHz 100BASE-T4 Ethernet, Cabos de telefonia. 16 Mbps, Token Ring 100BASE-TX e 1000BASE-T Ethernet 100BASE-TX & 1000BASE-T Ethernet 600 MHz 100BASE-T4 Ethernet, Cabos de telefonia. 16 Mbps, Token
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