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IanCrofton-OPequenoLivroDaGrandeHistoriaMundo-141-230-píginas-70

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A	REVOLUÇÃO	CIENTÍFICA
Durante	 a	 chamada	 “Idade	 das	Trevas”	 da	Europa,	 o	 ensinamento	 dos	 antigos
gregos	foi	em	grande	parte	esquecido	ou	condenado	como	sendo	pagão.	Grande
parte	de	sua	ciência	sobreviveu	apenas	graças	aos	estudiosos	árabes,	que	também
deram	contribuições	significativas	para	assuntos	como	matemática	e	química	(as
palavras	álgebra	e	álcool	derivam	do	árabe).
Do	outro	lado	do	mundo,	a	China	era	um	foco	de	inovação	tecnológica,	cuja
gama	de	invenções	incluía	a	bússola	magnética,	a	pólvora,	o	papel	e	a	impressão.
Essas	“quatro	grandes	invenções”	por	fim	chegaram	ao	Ocidente.
Mesmo	quando	os	ensinamentos	dos	antigos	gregos	 foram	redescobertos	na
Europa,	 não	 inspiraram	 imediatamente	 um	 novo	 pensamento.	 Estudiosos
consideravam	os	antigos	gregos	a	autoridade	final,	sobretudo	quando	os	teólogos
inscreveram	 sua	 versão	 do	 pensamento	 grego	 na	 doutrina	 católica	 romana.
Questionar	essa	autoridade	era	heresia.
Um	 princípio	 central	 dos	 ensinamentos	 da	 Igreja	 era	 que	 a	 Terra,	 na	 qual
Deus	criou	o	homem,	ficava	no	centro	do	universo,	o	que	ecoava	a	cosmologia
do	 geógrafo	 grego	 Ptolomeu	 (século	 1o),	 embora,	 antes	 dele,	 o	 cientista
Aristarco	 de	 Samos	 (século	 3o	 a.C.)	 tivesse	 proposto	 que	 a	 Terra	 orbitasse	 ao
redor	do	Sol.	Essa	teoria	heliocêntrica	foi	reavivada	no	século	16	pelo	astrônomo
polonês	 Nicolau	 Copérnico.	 Ainda	 que	 tanto	 a	 matemática	 quanto	 as
observações	 confirmassem	o	 fato,	 ele	 não	 ousou	 publicar	 suas	 descobertas	 até
1543,	 ano	 de	 sua	morte.	Quando	 o	 físico	 e	 astrônomo	 italiano	Galileu	Galilei
apresentou	 provas	 que	 corroboravam	 as	 descobertas	 de	 Copérnico,	 a	 Igreja
Católica	 Romana	 o	 levou	 a	 julgamento	 e,	 em	 1633,	 sob	 a	 ameaça	 de	 ser

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