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Jonas 
ESTUDO BÍBLICO - TRIBOS 
Reflexões gerais sobre o livro 
• A prova de que Deus ama as nações e está compromissado com a restauração de todos os 
povos da terra, confirmando Sua promessa a Abraão de que nele [povo judeu/Israel] 
todas as famílias da terra seriam abençoadas (Gênesis 12:3). 
 • A confirmação do papel de Israel como nação sacerdotal (Êxodo 19:6), que alcança o 
favor de Deus não somente para si, mas intermedia bênção para outros povos. 
 • Revela muito mais sobre o caráter de Deus e seu coração do que sobre Jonas em si. 
 • Não é um mito, é história: Jonas é registrado no livro de II Reis 14:25 e citado por Jesus 
como referência histórica. 
 • Não é apenas uma história, mas é um livro profético e deve fazer sentido em estar 
catalogado junto aos demais profetas que tem por característica desvendar os mistérios de 
Deus sobre os acontecimentos futuros. A mensagem profética encontrada no livro de 
Jonas aponta tanto para as características da 1ª vinda do Messias como para um tempo 
escatológico em que, mesmo debaixo de perseguição e de um império tirânico, Deus 
levantará um povo para anunciar que seu juízo se aproxima, trazendo salvação e conversão 
em massa nos últimos tempos. 

Citações no Novo Testamento por Jesus 
São no total três registros por Mateus e Lucas. Duas dessas citações (cada uma em um livro) são o 
mesmo evento (como é comum nos registros de todos os quatro evangelhos), porém com 
detalhes diferentes. Sendo que as três carregam um foco de mensagem particular. 
A CHANCE FOI DADA PORÉM FOI RECUSADA 1/2 
 “E, ajuntando-se a multidão, começou a dizer: Maligna é esta geração; ela pede um sinal; e não lhe será 
dado outro sinal, senão o sinal do profeta Jonas; Porquanto, assim como Jonas foi sinal para os ninivitas, assim o 
Filho do homem o será também para esta geração… Os homens de Nínive se levantarão no juízo com esta 
geração, e a condenarão; pois se converteram com a pregação de Jonas; e eis aqui está quem é maior do que 
Jonas.” 
LUCAS 19:29-32 
O DESTINO DO MESSIAS É O MESMO DO DE JONAS 2/2 
 “Mas ele lhes respondeu, e disse: Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém, não se lhe dará 
outro sinal senão o sinal do profeta Jonas; Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do peixe, assim 
estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra.

Os ninivitas ressurgirão no juízo com esta geração, e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de 
Jonas. E eis que está aqui quem é maior do que Jonas.” 
MATEUS 12:39-41 
O SINAL DE JONAS É CLARO O SUFICIENTE 
 “Uma geração má e adúltera pede um sinal, e nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta 
Jonas. E, deixando-os, retirou-se.” 
MATEUS 16:4 
Contexto histórico 
• De todos os autores dos livros de profetas na Bíblia, Jonas, cronologicamente, foi o 
primeiro a existir, e encontra-se entre eles apenas porque a Bíblica divide os profetas por 
livros maiores e livros menores, e não em ordem cronológica. 
 • Viveu entre 793-753 a.C.: 137 anos depois da divisão entre Israel e Judá ou 137 anos 
depois de Salomão, o último rei sobre Israel unificada. 
 • Viveu no período em que o rei de Israel era Jeroboão II, enquanto em Judá os reis foram 
Amazias e depois Uzias. 
—
MERGULHANDO NO LIVRO 
CAPÍTULO 1 
“E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo:” 
JONAS 1:1 
Jonas: em hebraico ‘Yonah’ que significa ‘pomba’. 

Amitai: da raíz do hebraico ‘Emet’ que significa ‘verdade’.

Literalmente temos “a palavra do Deus vindo a uma Pomba ao filho da Verdade”, o que 
aponta diretamente ao momento do batismo de Jesus. A Trindade revelada através do Pai 
que transmite sua palavra, do Espírito Santo em forma de uma pomba, e do próprio Filho 
da Deus, que é a Verdade: Jesus.



JONAS x JESUS

Devemos ter em mente que esses símbolos fazem parte da inspiração divina atribuída aos 
livros canônicos da Bíblia, em que o próprio Espírito Santo é o autor e nos revela a 
sabedoria de Deus tanto em escritos intencionais como nos que os autores provavelmente 
não tinham a intenção premeditada. 

No caso deste, certamente não premeditada, já nos dá a dica de que esse personagem 
estará, por muitos momentos, sendo um reflexo de Cristo.

Esse reflexo acontecerá de maneiras diferentes dependendo do momento:

• Por contraste: Jonas age exatamente de forma oposta ao que Jesus faria.

• Por similaridade: Jonas toma atitudes parecidas com Jesus. 
—
“Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua 
malícia subiu até à minha presença.” 
JONAS 1:2 
A GRANDE CIDADE E UM GRANDE MAL 

O título ‘grande cidade’, num contexto de maldade, é usado outro momento na Bíblia 
apenas para Babilônia, o grande símbolo de idolatria e rebeldia contra Deus, tanto no seu 
contexto real quanto no livro de Apocalipse. Nínive (capital em ascensão do Império da 
Assíria) está sendo comparada a isso.

Nínive não era apenas uma cidade pagã que vivia sem Deus, mas era a capital do império 
mais cruel que se tem notícia na história. Não bastasse ser o mais cruel e que desenvolveu 
os métodos de tortura mais horríveis, eram inimigos de Israel. 

Os outros momentos na Bíblia, antes desse acontecimento, em que Deus diz que a malícia 
de um determinado povo tinha subido até a presença dele foi na geração de Noé, e para 
Sodoma e Gomorra. Todos nós sabemos o que aconteceu em ambos os casos.

Tendo em vista tudo isso, quando Deus pede para Jonas ir a Nínive, seria praticamente 
como pedir para um judeu ir a Berlim em meio a II Guerra Mundial protestar contra o 
partido nazista.

1. Esse é o último lugar em que um judeu iria querer estar;

2. Mesmo estando lá, a única coisa que esse judeu quer é ver seus inimigos pagando pelo 
que mal que fizeram! 



Seria esse o “Deus mau” do Antigo Testamento que muitos criticam? O Deus que está 
disposto a quebrantar o coração do império mais cruel da história? 
“Porém, Jonas se levantou para fugir da presença do Senhor para Társis. E 
descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua 
passagem, e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, para longe da 
presença do Senhor.” 
JONAS 1:3 
SAIR DA PRESENÇA DO SENHOR 

Jesus também saiu geograficamente da presença do Senhor no Céu ao vir para a terra, 
porém não fugindo, mas cumprindo seu propósito. 
 DESCENDO, DESCENDO, DESCENDO… 

Vemos Jonas cada vez descendo mais e mais, não só fisicamente mas na sua moral e 
disposição de obedecer a Deus. Mais a frente, no mesmo capítulo, ele vai descer ainda 
mais. Descer também fala de ser humilhado. Jesus saiu da sua posição de mais alta e 
sublime honra, junto ao Pai, e se humilhou eternamente ao descer do Céu e se limitar a 
um corpo humano quando esteve aqui. 
 PASSAGEM PAGA

A decisão de Jonas custou um preço (monetário). A de Jesus também (de vida). 
—
“Mas o Senhor mandou ao mar um grande vento, e fez-se no mar uma forte 
tempestade, e o navio estava a ponto de quebrar-se. 
Então temeram os marinheiros, e clamavam cada um ao seu deus, e lançaram ao 
mar as cargas, que estavam no navio, para o aliviarem do seu peso; Jonas, porém, 
desceu ao porão do navio, e, tendo-se deitado, dormia um profundo sono.” 
JONAS 1:4, 5 
UMA TEMPESTADE, UMA EMBARCAÇÃO E ALGUÉM DORMINDO

Isso lembra alguma coisa? Mateus 8:23-27. 

Jesus descansava porque sabia que ele mesmo estava no controle. Jonas descansava porque 
sabia não importava o que fizesse, ele não estava no controle. Só se desespera no meio do 
caos quem acha que pode fazer alguma coisa e que tudo depende de si.

Em nenhum momento Jonas virou ateu na história. Ele sabia muito bem quem era Deus 
( Jonas 1:9). Dormia porque sabia que o que tivesse que acontecer, aconteceria. Ao 
mesmo tempo é um alerta de que “estar em paz” com algo não é a resposta final para 
estarmos na vontade de Deus. Se eu conheço a vontade de Deus revelada na sua palavra e 
não a pratico, não importa o quão em paz eu estou, eu estou do lado errado da história.“E o mestre do navio chegou- se a ele, e disse-lhe: Que tens, dorminhoco? 
Levanta-te, clama ao teu Deus; talvez assim ele se lembre de nós para que não 
*pereçamos. 
E diziam cada um ao seu companheiro: Vinde, e lancemos sortes, para que 
saibamos por que causa nos sobreveio este mal. E lançaram sortes, e a sorte caiu 
sobre Jonas.” 
JONAS 1:6, 7 
ACHARAM O CULPADO

Jonas foi tido como o culpado pelo mal que sobreveio àqueles homens, porque realmente 
foram as suas ações que resultaram naquilo. Jesus foi tido como culpado (Isaías 53:4; 
2Coríntios 5:21), mas sem ser digno de culpa alguma. Não foram as ações dele que o 
levaram para a cruz, mas o nosso pecado que estava sobre ele. 
—
“Então lhe disseram: Declara-nos tu agora, por causa de quem nos sobreveio este 
mal. Que ocupação é a tua? Donde vens? Qual é a tua terra? E de que povo és tu? 
E ele lhes disse: Eu sou hebreu, e temo ao Senhor, o Deus do céu, que fez o mar e 
a terra seca.” 
JONAS 1:8, 9 
APLICAÇÃO PRÁTICA

Muitas vezes sofremos consequências por nos 
associarmos com as pessoas erradas sem 
conhecê-las, deixando de avançar porque 
seguimos conselhos de quem não tem bons 
frutos, ou somos desacreditados porque 
estamos ao lado de quem é desacreditado. 
Neste último caso o problema não é ser 
desacreditado, mas saber se vale a pena 
pagarmos esse preço. Jesus era desacreditado 
por estar ao lado de pessoas sem crédito, 
porém ele o fazia de forma intencional e sabia 
o que estava sendo alcançado com isso. O 
ponto aqui é que podemos estar sendo desacreditados ou sofrendo outras consequências 
por falta de vigiar, e não saber com quem estamos andando. 
“Então estes homens se encheram de grande temor, e disseram-lhe: Por que 
fizeste tu isto? Pois sabiam os homens que fugia da presença do Senhor, porque 
ele lho tinha declarado. 
E disseram-lhe: Que te faremos nós, para que o mar se nos acalme? Porque o mar 
ia se tornando cada vez mais tempestuoso. 
E ele lhes disse: Levantai-me, e lançai-me ao mar, e o mar se vos aquietará; 
porque eu sei que por minha causa vos sobreveio esta grande tempestade.” 
JONAS 1:10, 11, 12 
LEVANTAI-ME 

Por que não só ‘lançai-me no mar’, mas a ênfase em levantai-me?

O auto-sacrifício de Jonas, assim como o de Jesus, tinha a ver com ser levantado: 
 “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do 
homem seja levantado; Para que todo aquele que nele crê não *pereça (Jonas 1:6), mas 
tenha a vida eterna.” — João 3:14, 15 
 “E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim. E dizia isto, significando 
de que morte havia de morrer.” — João 12:32, 33 
 —
“Entretanto, os homens remavam, para fazer voltar o navio à terra, mas não 
podiam, porquanto o mar se ia embravecendo cada vez mais contra eles.” 
JONAS 1:13 
UM SÓ CAMINHO

O ser humano sempre quer outro caminho que seja o dele mesmo, pelo seu próprio 
esforço, mesmo quando previamente Deus já aponta o caminho correto. Ele já sabiam a 
resposta. Sabiam o que deveriam fazer para que a tempestade se acalmasse. O caminho era 
só através do sacrifício de Jonas. Mas eles tentavam com suas próprias forças resolver a 
situação, como muitas vezes fazemos. Nem sempre aqueles que tentam nos ajudar para 
livrar a nossa pele estão agindo em conformidade com os planos de Deus. Por mais que 
amigos com boas intenções tentem nos apontas alternativas mais fáceis, a vontade de 
Deus sempre será o melhor a se fazer. 
“Então clamaram ao Senhor, e disseram: Ah, Senhor! Nós te rogamos, que não 
pereçamos por causa da alma deste homem, e que não ponhas sobre nós o 
sangue inocente; porque tu, Senhor, fizeste como te aprouve.” 
JONAS 1:14 
UM SANGUE INOCENTE 

Antes cada um estava orando para o seu próprio deus, agora todos reconhecem a 
soberania do Deus verdadeiro. E estão preocupados se, ao obedecerem e jogarem Jonas no 
mar, a morte dele caiará sobre eles.

Jerusalém, na época de Jesus, passava por uma tempestade, mas política e com um paralelo 
interessante: 
“Depois os principais dos sacerdotes e os fariseus formaram conselho, e diziam: Que 
faremos? porquanto este homem faz muitos sinais. 

Se o deixamos assim, todos crerão nele, e virão os romanos, e tirar-nos-ão o nosso lugar e a 
nação.

E Caifás, um deles que era sumo sacerdote naquele ano, lhes disse: Vós nada sabeis, nem 
considerais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação. 

Ora ele não disse isto de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que 
Jesus devia morrer pela nação.” — João 11:47-51 
 Enquanto os marinheiros estavam tentando achar alguma forma de salvar Jonas e a si 
mesmos, na outra história a elite religiosa via na morte de Jesus a oportunidade de culpar 
um homem para que o império romano não se revoltasse contra toda a nação. E ao 
contrário da preocupação dos marinheiros, estavam dispostos inclusive a que esse sangue 
inocente (ou seja, a culpa) recaísse sobre eles e as futuras gerações (Mateus 27:25). 
—
“E levantaram a Jonas, e o lançaram ao mar, e cessou o mar da sua fúria.” 
JONAS 1:15 
ENGOLIDO PELO INIMIGO

Reforçando, o texto repete em ação o que foi pedido por Jonas: ser levantado e, daí, ser 
lançado no mar. Mar remete a lugar inóspito, de caos, habitat de animais invisíveis a quem 
está de fora e monstros marinhos. Em alguns momentos na Bíblica se referindo 
simbolicamente ao lugar onde Satanás habita (Isaías 27:1), justamente por essas 
características. A entrega de Jesus é a de se deixar ser engolido pelas consequências de 
carregar em si todo o pecado da humanidade. Porém, a serpente que fere o calcanhar do 
Messias (Gênesis 3:15) e achou que nisso estava a sua vitória, na verdade estava tendo sua 
cabeça pisada. 
—
“Temeram, pois, estes homens ao Senhor com grande temor; e ofereceram 
sacrifício ao Senhor, e fizeram votos.” 
JONAS 1:16 
O SACRIFÍCIO

Através do sacrifício de um homem (ainda que com a motivação de se livrar do seu 
propósito a qualquer custo, o que é o oposto do sacrifício de Jesus), há conversão. O texto 
diz que eles ofereceram sacrifício ao Senhor. Mas se eles estão no mar, como eles vão 
oferecer sacrifício? O sacrifício foi Jonas! Pode ser que tenham feito realmente um 
sacrifício de animal depois que chegaram em terra firme, mas o paralelo profético é que o 
maior sacrifício foi o fato de esse homem ter se entregado a fim de livrar outros. 
OS PROCESSOS FALAM MAIS QUE A CHEGADA

Antes mesmo da missão em si (Nínive), Deus, no meio do caminho, salva aqueles homens 
pagãos para revelar seu coração misericordioso. Não é sobre a linha de chegada, ou achar 
que Deus só vai me usar quando eu estiver na posição de destaque, ou cumprindo o “meu 
chamado”. O grande chamado é para andarmos naquele que é o Caminho, a Verdade e a 
Vida, e sermos usados por Ele durante todo o processo. Homens que antes adoravam 
outros deuses, por cruzarem com o filho da verdade que revelou a eles o verdadeiro Deus, 
agora O adoram e O temem. Assim como aqueles soldados romanos que, diante do 
sacrifício de Jesus, reconhecem quem Ele era verdadeiramente: o Filho de Deus (Mateus 
27:54). 
—
“Preparou, pois, o Senhor um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve 
Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe.” 
JONAS 1:17 
UM LIVRAMENTO ESTRANHO 

Ser abocanhado por um peixe parece ser uma cena trágica. Mas é justamente por causa 
dela que Jonas não morreu ao léu em alto mar como certamente aconteceria caso não 
fosse engolido pelo peixe. Esse paradoxo entre ser tragado por aquilo que vai gerar 
salvação é exatamente o mesmo da cruz, e é exatamente daqui que Jesus tira a referência 
para o sinal do Messias que haveria de morrer. 
 UMA CONTA ESTRANHA 

Alguém pode se questionar “se de sexta para domingo não tem 3 dias e 3 noites, então 
Jesus deu um sinal equivocado?”. Jesus é o próprio Deus, então não há lógica em haver 
engano nas suas palavras. Isso é solucionado de forma simples quando entendemos qual é 
o calendário dos judeus:um calendário lunar, que tem a lua como referência para o início 
e o término do dia, diferente do nosso que é um calendário solar, que tem como referência 
o sol para o início e término do dia. Ao analisarmos a imagem abaixo vemos que, dentro 
da perspectiva judaica (superior), desde a morte de Jesus (ao final da quinta-feira) até a 
sua ressurreição fecha-se exatamente 3 períodos de dia e 3 períodos de noite; já na 
perspectiva ocidental (inferior) fica faltando 1 noite e uma boa parte de 1 dia: 


Considerações
Ainda que Jonas não seja o melhor representante intencional de Jesus (ele fugiu da presença de 
Deus; foi para direção oposta à vontade de Deus; se escondeu e dormiu ao invés de orar; nos 
outros capítulos veremos ainda outros erros…), Deus escolheu este homem para ser um sinal que 
apontasse e refletisse o Cristo. 

E nós como salvos? Já sabemos quem é o verdadeiro Deus; sabemos o valor do sacrifício de Jesus; 
oramos e pedimos por fazer a vontade dele, ainda que nem sempre conseguimos, é isso que nosso 
espírito deseja; estamos compreendendo o amor dEle pelos perdidos, dos quais nós uma vez 
fazíamos parte. Quanto mais a nós Deus pode usar para refletirmos Jesus? 
MERGULHANDO NO LIVRO 
CAPÍTULO 2 
“E orou Jonas ao SENHOR, seu Deus, das entranhas do peixe.” 
JONAS 2:1 
ORAÇÃO DIANTE DA MORTE

Todo o capítulo 2 se resume basicamente à oração de Jonas dentro do peixe. Esse é o 
momento de sofrimento, humilhação e maior sinceridade dele. Não por menos é o 
momento dessa história em que o próprio Jesus escolhe para fazer referência a si mesmo. 
Os 3 dias e 3 noites dentro do peixe caracterizam toda a dor e sofrimento de Cristo desde 
os seus últimos momentos de vida. A oração de Jonas, nesse momento, também carrega o 
sentimento das orações que Jesus fez desde o Getsêmani até a cruz. 
 “A minha alma está cheia de tristeza a ponto de morrer.” — Mateus 26:38 
— 
“E disse: Na minha angústia clamei ao Senhor, e Ele me respondeu; do ventre do 
inferno gritei, e tu ouviste a minha voz.” 
JONAS 2:2 
CLAMOR E RESPOSTA

Fica claro no primeiro verso da oração, a certeza de Jonas de que Deus estava escutando-o. 
Superficialmente analisando, de encontro a essa certeza, temos o clamor de Jesus na cruz: 
 “Eli, Eli, lama sabactani; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” 
— Mateus 27:46 
 Ainda que a interrogação de Jesus faça sentido dentro do contexto de que o próprio Pai 
estava aplicando o juízo no Filho pelo pecado do mundo inteiro e por isso, nesse exclusivo 
momento, era necessária a separação, restando apenas o grito da sua humanidade, Jesus 
está conscientemente nos levando ao Salmo 22. Com suas forças debilitadas, e usando o 
mínimo do seu fôlego possível pela asfixia da crucificação, ele apenas cita o início do 
salmo. O que quer dizer que a verdadeira oração de Jesus não se encerra na pergunta, essa 
só é a parte que ele verbaliza, mas em seu coração todo o Salmo 22 está sendo orado.

Como o Pai aplicará o juízo de forma ativa, há o distanciamento daquele que o receberá, 
contudo seus atributos divinos de onipotência (tudo pode), onisciência (tudo sabe) e 
onipresença (está em tudo) estão vigorando. Ele ainda está lá escutando o Seu Filho. 
 Jesus está ciente disso, mesmo no ápice do seu distanciamento do Pai. E a prova disso é a 
continuação do salmo profético conhecido e citado por ele: 
 “Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; 
antes, quando ele clamou, o ouviu.” — Salmos 22:24 
 Trazemos isso para mostrar a coerência da primeira frase da oração de Jonas com o que se 
passava com Jesus. Ambos sabiam, em seu momento de maior angústia, que Deus estava 
escutando. Não importa o quão fundo é o nosso poço ou o quão escura é a fase em que 
estamos passando, “ainda que passemos pelo vale da sombra e da morte, o Senhor está 
conosco”. 
— 
“Porque tu me lançaste nas profundezas, no coração dos mares, e a corrente 
das águas me cercou; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado por cima 
de mim.” 
JONAS 2:3 
PRESSÃO

Aqui, mais uma vez, o uso intencional das palavras. Bastava uma das frases para 
entendermos onde ele estava, mas Jonas não está interessando em dar a informação da sua 
localização senão em enfatizar o quanto ele estava, de todas as formas sendo consumido 
pela águas. Novamente, águas essas que significam aquele lugar de caos, inóspito e cruel. 
Cientificamente, a pressão de estar a muitos metros abaixo d’água faz com que você seja 
comprimido; seus órgãos e ossos se apertam e você se sente esmagado. Os pulmões 
começam a se contrair a ponto de se rasgar, e você expele sangue. Jonas está sentindo tudo 
isso. Jesus, espiritualmente e fisicamente, sentiu tudo isso: 
 “[Ele] foi moído por causa das nossas iniqüidades…” — Isaías 53:5 
 “E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se como grandes gotas de 
sangue.” — Lucas 22:44 
 Imagine todo o peso do juízo de Deus sobre o pecado de toda a humanidade sendo 
aplicado em um único homem: Jesus. 
“E eu disse: Lançado estou de diante dos teus olhos; todavia tornarei a ver o teu 
santo templo.” 
JONAS 2:4 
O OUTRO TEMPLO 

Essa frase está assumindo a condição atual em contraponto à condição futura. A atual é a 
de que Jonas está indo em direção à morte, a futura é a da salvação da sua alma. Note que 
em momento algum, Jonas irá pedir para que Deus o livre da morte. Como alguém 
consciente das consequências de suas ações, é uma oração de entrega. Ele aceita a sua 
posição de merecedor do que tiver que acontecer, porém sua humilhação e 
reconhecimento de quem Deus é também o leva à esperança de que, ao deixar essa vida, 
adentrará no Céu e contemplará o Santo Tempo, o Templo Celestial: Trono de Deus. 
Este templo (a própria sala de Deus) é o verdadeiro modelo apresentado a Moisés quando 
edificou o Tabernáculo que futuramente se tornaria o templo em Jerusalém (Êxodo 25:9; 
Hebreus 8:5). É no real e celestial onde Jesus sempre esteve com o Pai e também tornou a 
ver após sua ressurreição ( João 16:28). Ele adentrou como Sumo-Sacerdote e está hoje até 
o seu retorno, afim de intermediar pelos nossos pecados. É essa realidade superior que 
aponta diretamente para o papel que Cristo desempenharia que a oração está 
significando. 
— 
“As águas me cercaram até à alma, o abismo me rodeou, e as algas se enrolaram 
na minha cabeça.” 
JONAS 2:5 
CORÔA DE ALGAS E DE ESPINHOS

Novamente o reforço nessa entrega ao mais profundo abismo ao qual Jesus também se 
submeteu. E uma semelhança curiosa esse elemento de origem vegetal se enrolando na 
cabeça de Jonas. 
 “E, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça.” — Mateus 27:29 
“Eu desci até aos fundamentos dos montes; a terra me encerrou para sempre 
com os seus ferrolhos; mas tu fizeste subir a minha vida da perdição, ó Senhor 
meu Deus.” 
JONAS 2:6 
UMA ESPERANÇA CHAMADA RESSURREIÇÃO

Confirmando o caráter profético da oração que aponta na verdade pra realidade que Jesus 
passaria, Jonas se coloca como aquele que está preso no ventre da terra (região dos mortos 
na cosmologia judaica) mesmo estando vivo. 

Na sequência a sua esperança está na ressurreição, não em sair do peixe. No hebraico não 
há palavras distintas para ‘subir’ e ‘ressuscitar’ (essa falta de especificidade fez com quem 
houvesse grupos dentro do judaísmo que questionavam, mesmo na época de Jesus, se os 
mortos realmente ressuscitam (Marcos 9:9,10; 12:24-27), e, até por isso também, a ênfase 
na pregação do apóstolo Paulo nesse tema - 1Coríntios 15:12-58), tanto para um como 
para o outro é usada a mesma palavra.

Porém, a esperança de Jonas e a certeza de Cristo estavam na ressurreição e não no 
livramento da morte física. A conjugação verbal no passado para acontecimento futuros 
(e que obviamente não estão sendo vividos nesse caso) é também uma característica do 
teor profético encontrada em outros escritos de profetas na Bíblia. 
— 
“Quando desfalecia em mim a minhaalma, lembrei-me do Senhor; e entrou a ti 
a minha oração, no teu santo templo.” 
JONAS 2:7 
MAIS CONFIRMAÇÕES 

Agregando a essa linha de interpretação, o versículo 7 
une tudo o que já foi exposto até aqui: a escolha da 
conjugação verbal no passado para a sua morte (algo 
que Jonas ainda não estava vivendo e nem viveria 
naquela circunstância) com a realidade do Trono de 
Deus - o Santo Templo - como o lugar que acolhe as 
orações (Apocalipse 8:3,4). 

Mesmo do lugar mais profundo, ou no mais 
deplorável e baixo estado que nos encontremos, a 
nossa oração tem força para subir até o mais alto 
lugar possível: no colo do Pai. 
“Os que observam as falsas vaidades deixam a sua misericórdia.” 
JONAS 2:8 
ESSA FRASE CAIU DE PARAQUEDAS?

O que parece estar deslocado nessa oração, ganha sentido quando entendemos que ela é 
reflexo do momento de dor e sofrimento do Messias. Em meio ao caos da crucificação, a 
geração dos homens da lei, que observavam as falsas vaidades e preceitos humanos, não 
entendeu que Deus estava apresentando diante deles a sua Misericórdia e, assim, O 
rejeitaram/deixaram. Essa era a geração incrédula que pedia um sinal, e o sinal dado foi o 
Cristo morto e crucificado: o sinal do Profeta Jonas. 
 “Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu 
coração está longe de mim.” — Mateus 15:8 
 O quanto temos negligenciado os sinais claros que Deus nos mostra porque não 
conseguimos olhar pra outra coisa a não ser nossas próprias vaidades? 
— 
“Mas eu te oferecerei sacrifício com a voz do agradecimento; o que votei 
pagarei. Do Senhor vem a salvação.” 
JONAS 2:9 
O SACRIFÍCIO DE GRATIDÃO

Jonas aqui, como figura messiânica, está entendendo sua condição como o próprio 
sacrifício, da mesma perspectiva dos marinheiros ao lançarem Jonas no mar. Assim como 
o próprio Jesus o faz no seu sacrifício, com o coração grato. 
 ESTÁ PAGO

Um voto pago é um propósito consumado. As últimas palavras da oração de Jonas, e as 
últimas palavras de Jesus: 
 “E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou 
o espírito.” — João 19:30 
 EM NOME DE JESUS, AMÉM

Quer um argumento maior para essa oração ser profeticamente messiânica? Ela foi 
assinada por Jesus. 

“Do Senhor vem a salvação” nada mais é do que uma variação para significado literal de 
‘Yeshua’ ( Jesus em hebraico): O Senhor salva. É prova cabal de que toda essa oração está 
apontando pra Cristo como se o próprio Jesus estivesse legitimando a sua autoria.

Esse também é o real sentido para quando, em nossas orações, finalizamos com “em nome 
de Jesus”. Estamos querendo dizer com isso que Deus pode receber nossas palavras como 
se fossem as do próprio Jesus. É no nome dele, logo é ele quem está no representando. 
Com isso em mente, quais palavras você tem usado nas suas orações para que o próprio 
Jesus as leve como se fossem as dele? 
— 
“Falou, pois, o Senhor ao peixe, e este vomitou a Jonas na terra seca.” 
JONAS 2:9 
GERADOS DO VENTRE 

Jonas e Jesus, ao fim de 3 dias e 3 noites, saem do ventre (um do peixe, outro da terra). 
Neste simbolismo, Jonas tem a oportunidade de nascer como uma nova pessoa com novas 
atitudes. Jesus, no entanto, é gerado para um ser um novo Homem quando ressuscita e 
passa a experimentar uma nova natureza: a de Homem Glorificado. Desprendido da 
natureza limitada a que estava submetido momentaneamente, Jesus Cristo ressurreto é o 
exato modelo de como nós seremos na nossa ressurreição - sem o aspecto divino. Até o dia 
do seu retorno, por enquanto ele é o único a viver essa realidade. 

É sobre esse momento específico do “renascimento” que o Salmo 2:7 faz referência. 
Citado por Pedro em Atos 13:33 (veja o contexto nos versículos seguintes), e na carta aos 
Hebreus 1:5; 5:5 (este último fazendo justamente relação com a posição de Sumo-
Sacerdote alcançada por Jesus somente após sua subida ao Céu) deixa claro que Deus está 
gerando seu Filho para essa nova natureza a partir da sua ressurreição e não como se Deus 
gerasse seu Filho para que esse passasse a existir. Jesus é eterno e sempre coexistiu com 
Deus ( João 1:1-3).

Considerações 
Sem pedidos, sem clamor pelo livramento de uma circunstância, Jonas apenas reconhece que o 
Senhor ainda está no controle, e que a sua maior esperança não está nessa vida, mas na que Ele 
desfrutaria com o próprio Deus, se fosse o caso de ter que morrer.

De forma prática a oração de Jonas (um dos únicos momentos em todo o livro onde ele é mais 
honesto) nos ensina a orar. A reconhecer a bondade de Deus na sua soberania e também a 
declarar nosso futuro como uma vitória já conquistada, como realmente foi por Cristo na cruz. 
MERGULHANDO NO LIVRO 

CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 3 



1 E veio a palavra do SENHOR a 
Jonas[…], dizendo: 
2 Levanta-te, vai à grande cidade de 
Nínive, e clama contra ela 
3 Porém, Jonas se levantou para fugir 
da presença do Senhor. 


1 E veio a palavra do SENHOR 
segunda vez a Jonas, dizendo: 
2 Levanta-te, e vai à grande cidade de 
Nínive, e prega contra ela […] 
3 E levantou-se Jonas e foi à Nínive, 
segundo a palavra do Senhor. 
1. DEUS DE SEGUNDAS CHANCES

Havia uma Nínive no coração de Jonas, que se apartava do caminho de Deus, que não O 
obedecia, que fazia o contrário ao mandamento do Senhor, e que deveria sofrer 
consequências pesadas por isso. Mas Deus, em infinita misericórdia, ante a humilhação de 
Jonas (e por que também não dizer ‘jejum’), concede a ele uma segunda vez. O profeta 
está internalizando o que de fato acontecerá com a própria cidade. 
 2. RETOMANDO O PLANO

A segunda chance veio, mas o plano ainda é o mesmo. Jonas passou por um grande 
trauma nos últimos dias, mas Deus não nos faz por menos. Não é porque passamos por 
tempos difíceis que Deus virá com uma missão mais light para compensar nossos 
sofrimentos. Ele é quem nos sustenta e nos capacita para realizarmos as obras que Ele nos 
designou, por isso não baixa o padrão, nem nos vê como vítimas das circunstâncias. 
Levanta, sacode a poeira, e vai! 
 3. A GRANDE MUDANÇA 

Imaginem esse 3º versículo acontecendo já no capítulo 1? Como seria a história dali em 
diante? Quantos traumas e sofrimentos seriam evitados? Quantos traumas nós não 
podemos evitar se escolhermos obedecer a Deus desde o início? Ainda que Deus faça 
surgir ordem de qualquer caos, há sempre um caminho mais ideal e mais excelente que 
podemos traçar. 

A vontade dEle será feita independente das circunstâncias, mas sempre temos a chance de 
ouvir a Sua voz (Hebreus 3:7,8) e ir pelo caminho original que Ele projetou desde o 
começo. De qualquer maneira, sempre é ‘hoje’ para ouvir a voz de Deus e realinhar os 
nossos passos. Haverá uma segunda chance, enquanto estivermos dispostos a passar pelas 
consequências. 
“…Ora, Nínive era uma cidade muito grande, de três dias de caminho. 
E começou Jonas a entrar pela cidade caminhando um dia, e pregava, dizendo: 
Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.” 
JONAS 3:3, 4 
QUARENTA

A mensagem que já era bem curta, e os dias necessários para percorrer toda a cidade (três) 
encurtaram também (um). Guarde essa informação. Já a notícia dos 40 dias deveria ser 
um cronômetro torturante para quem aguardaria o seu fim.

Biblicamente ‘40’ fala de provação, teste, preparação… 

- 40 dias de dilúvio; 

- 40 anos da fuga de Moisés;

- 40 anos de deserto após a libertação do povo hebreu do Egito;

- 40 dias do jejum de Jesus. 

Ao mesmo tempo fala de misericórdia e graça, pois em todos esses momentos Deus 
proveu, agiu e se revelou.

O último 40 na Bíblia é justamente símbolo de plenitude, nos 40 dias em que Cristo 
apareceu na terra após ser ressuscitado. 

CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 3 



16 Temeram, pois, estes homens ao 
Senhor com grande temor; e 
ofereceram sacrifício ao Senhor, e 
fizeram votos. 


5 E os homens de Nínive creram em 
Deus; e proclamaram um jejum, e 
vestiram-se de saco, desde o maior 
até ao menor.

5. FÉ x DESTINO 

Geralmente quando falamosde fé, falamos da fé para vencer e fazer milagres, mas tanto os 
ninivitas quanto os marinheiros do capítulo 1 ativaram a fé do arrependimento, a fé para 
se colocar em humilhação e reconhecer a soberania de Deus. A fé salvadora, que só nasce 
quando aceitamos nossa real condição: a de pecadores.

O Arrependimento de Nínive foi o maior ato de fé, pois creram naquilo que não havia 
expectativa de acontecer. 
 “O qual, em esperança, creu contra a esperança…” — Romanos 4:18 
 A mensagem era de um fim pré-determinado: a destruição no final dos 40 dias. Porém 
agiram em fé para esperar algo oposto àquilo que ia acontecer, caso contrário apenas 
aceitariam seu destino. Mesmo sem conhecer a Deus, tiveram fé que o Deus 
desconhecido era um Deus bondoso e misericordioso. 
 MISSÃO ENCURTADA

Lembrem que a cidade tinha o tamanho de 3 dias de caminhada. Entretanto a história 
relata que a mensagem de Jonas foi pregada apenas durante 1 dia.

Jonas percorreu apenas um terço da cidade. E apenas o 1º dia já foi o suficiente para que 
toda a cidade fosse alcançada, ou seja, se todos receberam, mas Jonas percorreu só 1 dia, ⅓ 
da cidade se tornou profeta e tomou a responsabilidade de passar a mensagem adiante 
para os outros ⅔. 

Nesse sentido, o quanto temos sido como os ninivitas que reconhecem o valor da 
mensagem que recebem? O quanto temos espalhado a notícia? Ou achamos que isso é 
papel apenas para os “enviados de Deus”? Todos nós o somos. 
— 
“Esta palavra chegou também ao rei de Nínive; e ele levantou-se do seu trono, e 
tirou de si as suas vestes, e cobriu-se de saco, e sentou-se sobre a cinza.” 
JONAS 3:6 
UM REI PARECIDO COM OUTRO 

Nada move mais o coração de Deus do que pessoas que tomam atitudes semelhantes as 
dEle. Um rei que se levanta para voluntariamente se humilhar. Isso nos lembra Alguém 
que também saiu do Seu trono e se despiu da Sua glória para tomar humildemente a 
forma de um homem. Obviamente é apenas nesse ponto que o rei em Nínive se assemelha 
a Deus, e não na sua conduta anterior.

Também se assemelha ao que aconteceu com Jonas no capítulo 1:15 (levantado para ser 
lançado na sua humilhação). 
“E fez uma proclamação que se divulgou em Nínive, pelo decreto do rei e dos 
seus grandes, dizendo: Nem homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas 
provem coisa alguma, nem se lhes dê alimentos, nem bebam água; 
Mas os homens e os animais sejam cobertos de sacos, e clamem fortemente a 
Deus, e convertam-se, cada um do seu mau caminho, e da violência que há nas 
suas mãos.” 
JONAS 3:7, 8 
A VOZ DO POVO É A VOZ DO REI

O povo já estava fazendo tudo isso quando o 
rei decretou o arrependimento como ordem. 
Ele mesmo foi comovido pela palavra que 
primeiramente chegou a ele pelo exemplo do 
povo. O quanto nós estamos esperando uma 
ordem para começar a fazer o que deve ser 
feito? Os ninivitas se puseram em rendição a 
Deus mesmo se mais a frente o rei não cresse 
ou se indignasse por estarem abandonando 
os seus deuses. Somos movidos somente por 
ordens ou há em nós um coração voluntário 
e proativo para obedecer a Deus antes de isso ser um comando de uma liderança? 
— 
CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 3 



6 […]Clama ao teu Deus; talvez assim 
ele se lembre de nós para que não 
pereçamos. 


8, 9 Clamem fortemente a Deus[…] 
quem sabe se se voltará Deus; […] de 
sorte que não pereçamos. 

8, 9. FÉ NO DEUS DESCONHECIDO

Retomando, os termos ‘talvez’ e ‘quem sabe’ demonstram desconhecimento do caráter de 
Deus. Ao mesmo tempo, mostra a virtude dos marinheiros e dos ninivitas em agirem pela 
fé, como se dissessem “se há uma única chance de esse Deus ser um Deus misericordioso, 
vamos nos agarrar nisso.” 

Felizmente, Ele é! 
“E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se 
arrependeu do mal que tinha anunciado lhes faria, e não o fez.” 
JONAS 3:10 
DEUS SE ARREPENDE?

• Há algumas características de Deus que nossa linguagem humana não alcança;

• Há momentos em que a Bíblia descreve acontecimentos com a perspectiva humana e 
limitada no tempo;

• Deus, ainda que eterno, escolhe agir dentro do tempo para se relacionar conosco, o que 
torna o arrependimento uma escolha soberana da parte dEle para agir dentro do tempo.

• A palavra ַנחָם (narram) também é traduzida como compadecer/consolar/perdoar. No 
inglês, a palavra usada é ‘to relent’, que no português pode ser algo como enternecer-se, que 
significa sensibilizar-se. Desse ponto de vista mais amplo da palavra, ‘arrepender-se’ ganha 
um sentido mais próximo do que é o sentimento de Deus. 
 DEUS MISERICORDIOSO 

De qualquer modo, temos aqui a reação e a resposta de um Deus que teve misericórdia, 
não porque estava de bom humor, mas porque esse é o seu caráter: 
 “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se 
converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e 
sararei a sua terra.” — 2 Crônicas 7:14 
 Ainda que Nínive não era esse “povo que se chama pelo meu nome” (Israel), agiu como se 
fosse ao ter a atitude que Deus esperava da própria nação de Israel que na época não estava 
nada bem no seu relacionamento com o Senhor. Ao se converter, Nínive mudou 
completamente o seu rumo de destruição e obteve as promessas que Deus dá à aqueles 
que se humilham, oram e se convertem dos seus maus caminhos. 
 MENSAGEM DADA É MENSAGEM CUMPRIDA

Se a mensagem dada por Deus é a de que Nínive seria destruída em 40 dias e não foi, a 
palavra dele não se cumpriu? Ainda que Deus escolha agir dentro do tempo e isso não 
seria um problema de acordo com Jeremias 18:7-10, o hebraico nos dá uma interpretação 
curiosa:

Do hebraico a mesma palavra para ‘destruída’:  הָפְַ   (hafarr) pode ter aplicações 
diferenciadas em outras partes da Bíblia, significando transformar/tornar/mudar/trocar/
virar/converter. Veja alguns exemplos: 
 “Porém o Senhor teu Deus não quis ouvir Balaão; antes o Senhor teu Deus trocou em bênção 
a maldição; porquanto o Senhor teu Deus te amava.” — Deuteronômio 23:5 
 “[…]porém o nosso Deus converteu a maldição em bênção.” — Neemias 13:2 
 “Tornaste o meu pranto em dança, a minha veste de saco em veste de alegria.” 

— Salmos 30:11 
 Ou seja, querendo ou não, desde o princípio a mensagem estava certa: 

“Em 40 dias, e Nínive se converterá!”. E se cumpriu! 
— 
MERGULHANDO NO LIVRO 
CAPÍTULO 4 
“Mas isso desagradou extremamente a Jonas, e ele ficou irado.” 
JONAS 4:1 
REAÇÃO INESPERADA

Já não bastou a grande reviravolta na história do que Deus fez com Jonas no seu caminho, 
com Nínive ao salvar toda a cidade, agora no capítulo 4 vemos essa reação que nos parece 
estranha: Jonas está irado.

• isso: Deus não ter destruído seus inimigos, mas os salvou.

• desagradou *extremamente: Não apenas ficou contrariado, mas a ponto de irar-se. 
— 
“E orou ao Senhor, e disse: Ah! Senhor! Não foi esta minha palavra, estando 
ainda na minha terra? Por isso é que me preveni, fugindo para Társis, pois sabia 
que és Deus compassivo e misericordioso, longânimo e grande em benignidade, 
e que te arrependes do mal.” 
JONAS 4:2 
ENREDO NETFLIX

Como um fim de temporada perfeito, alguns detalhes do passado (flashbacks) são 
revelados e mudam completamente nossa percepção sobre a personagem principal. Uma 
das grandes revelações a partir dessa informação é a de que Jonas não fugiu do chamado 
de Deus no capítulo 1 por medo, como tendemos a concluir, mas por orgulho, e no fim 
das contas percebemos que é esse sentimento a raíz de todas as atitudes de Jonas no 
decorrer da história. 
“Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a vida, porque melhor é eu morrer do que viver. 
E disse o Senhor: Você acha certo ficar irado?” 
JONAS 4:3, 4 
 EXAGERADO 

“Que cara idiota, ninguém normal se comportaria como Jonas!” 

…Será?

Como nos sentimos quando Deus abençoa os outros? E se esses outros são nossos 
inimigos pessoais? E se nossos inimigos pessoais demonstram um relacionamento com 
Deus mais sincero do queeu? Nossa religiosidade pode ter dificuldade de responder com 
sinceridade essas perguntas. Vamos para um exemplo mais prático:

Quem nunca teve inveja dos seus ídolos ou das coisas que gosta (série, música, artista…)? 
A maioria de nós já sentiu esse engraçado sentimento de ciúme quando algo/aguém que 
somente nós tínhamos um apreço, se tornando popular.

Imagine agora que você é muito fã de um artista (fã de verdade, que sabe tudo sobre a 
pessoa), mas nunca conseguiu um contato com ele. Até o dia que você fica sabendo que 
esse artista se tornou amigo de outra pessoa que nem é tão fã assim. Na verdade essa 
pessoa sempre fez bullying publicamente com você justamente por você ser fã desse 
artista. E aí? Qual sentimento começaria a brotar? A reação de Jonas continua parecendo 
tão exagerada? Deus era o “artista” exclusivo de Israel. E agora, Ele está tendo uma relação 
íntima com os inimigos que maltratavam Israel justamente por servirem a Ele. 
— 
“Então Jonas saiu da cidade, e sentou-se ao oriente dela; e ali fez uma cabana, e 
sentou-se debaixo dela, à sombra, até ver o que aconteceria à cidade.” 
JONAS 4:5 
 SE PRECISAR DE NOVO, ESTOU AQUI

O último versículo do capítulo 3 mostrou o “arrependimento” de Deus no passado: Deus 
não fez (não destruiu), e não que Ele não faria, deixando claro que os 40 dias já haviam se 
passado. Jonas saiu então para ver o que aconteceria com a cidade na sequência disso.

Para quê? Para ver se Nínive depois de escapar da destruição, voltaria a praticar suas 
maldades, para daí então, talvez, Deus retornar com algum outro julgamento. Jonas 
prontamente estaria preparado para ser o transmissor dessa mensagem novamente.

O homem estava na torcida contrária, cheio de rancor. E tudo isso por orgulho. 
“E fez o Senhor Deus nascer uma planta, e ela subiu por cima de Jonas, para que 
fizesse sombra sobre a sua cabeça, a fim de o livrar do seu enfado; e Jonas se 
alegrou em extremo por causa da planta.” 
JONAS 4:6 
 ALEGRIA MÍOPE 

Diferentemente do versículo 1 desde capítulo em que Jonas acha *extremamente ruim 
Deus derramar sua graça sobre os outros, aqui temos Jonas extremamente alegre quando 
Deus derrama graça sobre ele. A ira nos tira o senso de proporcionalidade: enquanto uma 
cidade inteira está sendo salva, o profeta está pondo sua alegria numa planta que tá sendo 
útil apenas para ele mesmo. 
— 
“Mas Deus enviou um verme, no dia seguinte ao subir da alva, o qual feriu a 
planta, e esta se secou. 
E aconteceu que, aparecendo o sol, Deus mandou um vento oriental cortante, e 
o sol feriu a cabeça de Jonas; e ele desmaiou, e desejou com toda a sua alma 
morrer, dizendo: Melhor é que eu morra do que viver.” 
JONAS 4:7, 8 
 NO CANTINHO DO PENSAMENTO!

Momentaneamente Jonas está “sofrendo”, mas Deus está lapidando seu caráter. Deus está 
enviando elementos que assolam Jonas, mas é Jonas quem está escolhendo enxergar com a 
lente errada. Jonas está escolhendo fazer disso algo dramático.

Deus me disciplina, mas é o que eu faço com isso que é o que realmente importa. Eu 
escolho dramatizar e sofrer ou aprender a lição do Senhor. Posso inclusive me posicionar 
de antemão para que não seja necessária disciplina alguma. Jonas só estava sofrendo 
porque estava no lugar errado, esperando pelo pior da cidade. 
— 
“Mas Deus disse a Jonas:  “Você acha certo se irar por causa da planta?” 
Respondeu ele: "Sim, acho! E a ponto de morrer” 
JONAS 4:9 
 O PRIMEIRO ATIVISTA AMBIENTAL

Jonas fica mais triste na morte de uma árvore do que na de milhares de seres humanos. 
 Quando nos iramos estamos dispostos a perder qualquer coisa apenas pelo prazer de 
termos razão. Jonas está, de certa forma, idolatrando algo criado, pela qual se alegrou 
extremamente, ao invés de adorar ao Criador (Romanos 1:25).

Um posicionamento bem diferente de outro homem na Bíblia que só pegou emprestado 
de Jonas as duas primeiras letras do seu nome: Jó. 
 “O Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor. Em tudo isto Jó não 
pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.” — Jó 1:21, 22 
 Um perdeu uma planta e quer morrer por causa disso. Outro perdeu tudo e – mesmo a 
ponto de morrer – usa sua pouca força restante para glorificar a Deus. 
— 
“E disse o Senhor: Você teve mais compaixão pela planta, na qual não trabalhou, 
nem a fez crescer, que numa noite nasceu, e numa noite morreu; 
E eu não [tenho o direito] de ter compaixão da grande cidade de Nínive, em 
que estão mais de cento e vinte mil homens que não sabem discernir entre a sua 
mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais?” 
JONAS 4:10, 11 
 ENGOLE O CHORO!

Jonas teve compaixão quando uma planta de 1 dia morreu, mas se Deus tivesse matado 
120mil homens ele estaria alegre. Deus então está perguntando: e eu não deveria ter 
muito mais compaixão se 120mil homens que eu conheço desde a eternidade viessem a 
perecer no seu pecado? O que Deus está pondo na mesa não é o direito de Jonas de ficar 
triste pela planta, reivindicando o seu de ter compaixão por algo muito mais valioso: o ser 
humano criado à sua imagem.

Pois Ele não só tem o direito de ter compaixão como, para Sua glória, desejou morrer por 
ela. E foi o que Jesus fez. 
 “Vivo Eu, diz o Senhor DEUS, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o 
ímpio se converta do seu caminho, e viva” — Ezequiel 33:11 
Considerações 
Onde está posta a nossa alegria? Com quem e o que temos tido prazer? Em coisas que geram 
morte? Em prazeres fúteis? Ou no Senhor e na vida eterna que há nEle? A grande pergunta que 
fica: Como Jonas se perdeu nos seus pensamentos? Um homem que conhecia a Lei de Deus e 
como ele mesmo afirma ( Jonas 4:2), conhecia o caráter de Deus.

Chegamos perto da resposta a partir da empatia de nos perguntarmos a nós mesmos: Como nós 
nos perdemos na curva muitas vezes? Geralmente porque achamos que temos razão sobre 
alguma coisa. Não é o quanto conhecemos a Palavra ou a Deus que faz diferença mas o quanto 
aplicamos nas nossas vidas as verdades que lemos e escutamos. Na maioria das vezes, assim como 
Jonas, pensamos que quando a situação é com a gente é diferente, é mais grave, tem algum 
elemento que nos autoriza agir como estamos agindo, e, aí, é legítimo ficarmos irados, rancorosos 
ou magoados com algo ou alguém. Como o livro, vamos continuar encerrando com uma 
pergunta: vale a pena morrer com razão ou viver com humildade? 
 
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