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Código de Ética Odontológica - Resumo Código de Ética Odontológica (CEO): Este documento é uma ferramenta fundamental que estabelece direitos e deveres dos profissionais da área odontológica, além de orientar a conduta ética e profissional. Ele abrange cirurgiões-dentistas, técnicos, auxiliares e organizações que atuam na odontologia, sendo obrigatório para todos os envolvidos na profissão. Benefício da saúde do ser humano (Art. 2º): A odontologia é uma profissão voltada para a promoção da saúde, atuando em benefício do ser humano, da coletividade e do meio ambiente. Isso significa que os profissionais devem priorizar a saúde e o bem-estar dos pacientes, sem qualquer tipo de discriminação. Objetivo da atenção odontológica (Art. 3º): O principal objetivo da atenção odontológica é garantir a saúde da população. Os profissionais devem direcionar suas ações para atender às necessidades de saúde da comunidade, seguindo os princípios das políticas públicas de saúde e ambientais, como acesso universal aos serviços, integralidade da assistência e participação da comunidade. Relação paciente/profissional (Art. 4º): O código destaca a natureza pessoal da relação entre paciente e profissional na odontologia, enfatizando a prestação de serviços de saúde em vez de uma simples transação comercial. Isso implica em seguir os princípios éticos do código para garantir a qualidade do atendimento e o respeito ao paciente. Direitos dos profissionais (Art. 5º): Os profissionais têm direitos importantes, como liberdade para diagnosticar e planejar tratamentos dentro de suas atribuições, respeito ao sigilo profissional, recusa em trabalhar em condições inadequadas e renúncia ao atendimento de pacientes em situações que comprometam a relação ou o desempenho profissional. Direitos das categorias técnicas e auxiliares (Art. 6º e 7º): As categorias técnicas e auxiliares têm direitos específicos, como recusar atividades além de sua competência, executar procedimentos sob supervisão adequada e recusar- se a trabalhar em condições inadequadas, enquanto preservam o sigilo profissional. Deveres dos profissionais (Art. 9º): Os profissionais têm deveres fundamentais, como cumprir as normas éticas e legais da profissão, zelar pela saúde e dignidade dos pacientes, manter-se atualizados em conhecimentos profissionais e respeitar a privacidade dos pacientes, entre outros. Infrações éticas (Art. 10): As infrações éticas incluem condutas como falta de imparcialidade ao atuar como perito ou auditor, acumulação indevida de funções, prestação de serviços de auditoria a pessoas não inscritas nos conselhos profissionais, entre outras. CAPÍTULO V: DO RELACIONAMENTO SEÇÃO I: COM O PACIENTE Infrações Éticas (Art. 11): Este artigo lista diversas condutas que configuram infração ética no relacionamento com o paciente. Isso inclui desde discriminação até a execução de tratamentos desnecessários ou fora da competência do profissional. Destaca-se também a necessidade de obter consentimento prévio do paciente para qualquer procedimento, exceto em casos de urgência. SEÇÃO II: COM A EQUIPE DE SAÚDE Relacionamento entre os Inscritos (Art. 12): Este artigo ressalta a importância do respeito, lealdade e colaboração técnico-científica entre os profissionais da equipe de saúde. É fundamental manter uma relação profissional saudável e ética, evitando práticas como concorrência desleal e negação injustificada de colaboração técnica. Infrações Éticas (Art. 13): Aqui são enumeradas diversas condutas que configuram infração ética no relacionamento entre os inscritos. Isso inclui desde agenciar pacientes de colegas até explorar colegas nas relações de trabalho. Destaca-se a importância de manter a ética e o respeito mútuo entre os profissionais da equipe de saúde. CAPÍTULO VI: DO SIGILO PROFISSIONAL Quebra de Sigilo Profissional (Art. 14): Este artigo estabelece as situações em que ocorre a quebra do sigilo profissional, como revelar informações sigilosas sem justa causa. Também destaca as exceções, como a notificação compulsória de doenças e colaboração com a justiça. Não Constitui Quebra de Sigilo Profissional (Art. 15 e 16): Aqui são descritas situações em que não ocorre a quebra do sigilo profissional, como na cobrança judicial de honorários e na comunicação às autoridades sanitárias sobre condições de trabalho inadequadas. CAPÍTULO VII: DOS DOCUMENTOS ODONTOLÓGICOS Elaboração e Manutenção de Prontuário (Art. 17): Este artigo estabelece a obrigatoriedade de elaborar e manter o prontuário de forma legível e atualizada, garantindo a conservação adequada das informações clínicas dos pacientes. Infrações Éticas (Art. 18): Aqui são listadas condutas que configuram infração ética relacionadas aos documentos odontológicos, como negar acesso ao prontuário ao paciente ou expedir documentos sem justificativa profissional. CAPÍTULO VIII: DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS Fixação dos Honorários Profissionais (Art. 19): Este artigo estabelece os critérios a serem considerados na fixação dos honorários profissionais, incluindo a condição socioeconômica do paciente e a complexidade do caso. Destaca-se também a importância de comunicar previamente ao paciente os custos dos honorários. Infrações Éticas (Art. 20): Aqui são listadas diversas condutas que configuram infração ética relacionadas aos honorários profissionais, como oferecer serviços gratuitos a quem possa remunerá-los adequadamente e receber gratificação por encaminhamento de paciente. CAPÍTULO IX: DAS ESPECIALIDADES Exercício e Anúncio das Especialidades (Art. 22): Este artigo estabelece as diretrizes para o exercício e anúncio das especialidades em odontologia. Destaca-se a necessidade de atuar somente na área de especialidade requisitada e a proibição de intitular-se especialista sem inscrição no Conselho Regional. Fins de Diagnóstico e Tratamento (Art. 25): Aqui é permitido ao especialista conferenciar com outros profissionais para fins de diagnóstico e tratamento, promovendo uma abordagem colaborativa e multidisciplinar. CAPÍTULO X: DA ODONTOLOGIA HOSPITALAR Competências e Atividades em Hospital (Art. 26 e 27): Estes artigos definem as competências do cirurgião-dentista para internar e assistir pacientes em hospitais, tanto públicos quanto privados, e estabelecem que as atividades odontológicas exercidas em hospital devem obedecer às normas pertinentes. Infrações Éticas (Art. 28): Aqui são listadas condutas que configuram infração ética na odontologia hospitalar, como realizar intervenções fora do âmbito legal da odontologia e afastar-se de suas atividades profissionais sem deixar outro cirurgião-dentista encarregado do atendimento. CAPÍTULO XI: DAS ENTIDADES COM ATIVIDADES NO ÂMBITO DA ODONTOLOGIA Aplicação das Disposições Éticas (Art. 29 e 30): Estes artigos estabelecem que as disposições do código de ética e as normas dos conselhos de odontologia se aplicam a todas as entidades que exerçam a odontologia, direta ou indiretamente, e que os profissionais inscritos prestadores de serviço respondem solidariamente pela infração ética praticada. Infrações Éticas (Art. 32): Aqui são listadas diversas condutas que configuram infração ética por parte das entidades da classe, como apregoar vantagens irreais, oferecer tratamento abaixo dos padrões de qualidade recomendáveis e deixar de responder às reclamações dos usuários. CAPÍTULO XII: DO RESPONSÁVEL TÉCNICO E DOS PROPRIETÁRIOS INSCRITOS Responsabilidades do Responsável Técnico (Art. 33): Este artigo define as responsabilidades do responsável técnico, incluindo a fiscalização técnica e ética da instituição pela qual é responsável, bem como a orientação sobre as técnicas de propaganda utilizadas. CAPÍTULO XIII: DO MAGISTÉRIO Exercício do Magistério (Art. 34): Aqui são estabelecidas as diretrizes parao exercício do magistério em odontologia, incluindo a exaltação dos princípios éticos e a promoção da divulgação do código de ética. Infrações Éticas (Art. 35): Este artigo lista diversas condutas que configuram infração ética no exercício do magistério, como utilizar-se do paciente e/ou aluno de forma abusiva em aula ou pesquisa e permitir a prática clínica em pacientes por acadêmicos de odontologia fora das diretrizes pedagógicas da instituição. CAPÍTULO XIV: DA DOAÇÃO, DO TRANSPLANTE E DO BANCO DE ÓRGÃOS, TECIDOS E BIOMATERIAIS Registros e Infrações Éticas (Art. 36 e 37): Estes artigos estabelecem as diretrizes para os registros do banco de ossos, dentes e outros tecidos, garantindo o sigilo da identidade do doador e do receptor, e listam condutas que configuram infração ética, como descumprir a legislação referente ao banco de tecidos e dentes. CAPÍTULO XV: DAS ENTIDADES DA CLASSE Comunicações e Responsabilidades (Art. 38 e 39): Estes artigos definem as responsabilidades das entidades da classe, incluindo fazer comunicações pertinentes de indiscutível interesse público e responsabilizar-se pelas infrações éticas cometidas em nome da entidade. Artigos 40-44: Regulamentação da Publicidade e Propaganda em Odontologia: O Artigo 40 estabelece quatro tipos de infração ética relacionados à publicidade em odontologia, incluindo o uso da entidade para promoção pessoal e a divulgação de produtos comerciais sem comprovação de eficácia. Os Artigos 41 e 42 definem as diretrizes gerais para a comunicação e divulgação em odontologia, especificando os meios de comunicação permitidos e as condições para publicidade. O Artigo 43 detalha as informações obrigatórias que devem constar na comunicação e divulgação, como nome, número de inscrição, áreas de atuação e endereço profissional. O Artigo 44 lista diversas infrações éticas relacionadas à publicidade, como anúncios enganosos, divulgação de técnicas não comprovadas cientificamente e uso de artifícios de propaganda. Artigos 45-46: Responsabilidade Solidária na Publicidade e Propaganda: O Artigo 45 estabelece que proprietários, responsáveis técnicos e outros profissionais são solidariamente responsáveis por infrações éticas na publicidade. O Artigo 46 especifica as proibições e restrições para profissionais que concedem entrevistas ou palestras públicas sobre assuntos odontológicos, visando evitar a autopromoção e o aliciamento de pacientes. Artigos 47-48: Entrevistas e Palestras Públicas sobre Assuntos Odontológicos: O Artigo 47 define as condições sob as quais os profissionais inscritos podem conceder entrevistas ou palestras públicas sobre assuntos odontológicos, com foco no esclarecimento e na educação pública. O Artigo 48 estabelece as proibições relacionadas à realização de palestras em contextos que possam configurar a divulgação de serviços profissionais e interesses particulares, assim como a distribuição de material publicitário. Artigos 49-50: Publicação e Pesquisa Científica: O Artigo 49 define as infrações éticas relacionadas à publicação científica, como a utilização indevida de materiais de terceiros e a divulgação de pesquisa sem a devida autorização. O Artigo 50 estabelece as infrações éticas relacionadas à pesquisa científica em odontologia, incluindo o desrespeito às normas e legislação pertinentes e a manipulação de dados. Artigos 51-53: Penas e Aplicações: O Artigo 51 estabelece as penas disciplinares que podem ser aplicadas aos infratores do código, incluindo advertência, censura, suspensão do exercício profissional e cassação do exercício profissional. O Artigo 52 define que a imposição das penas deve obedecer a uma gradação, considerando a gravidade da infração. O Artigo 53 enumera as circunstâncias que podem ser consideradas de manifesta gravidade, como imputar a alguém conduta antiética ou praticar aliciamento de pacientes. Artigos 54-56: Circunstâncias que Afetam a Pena: O Artigo 54 declara que a alegação de ignorância ou má compreensão do código não exime o infrator de penalidade. O Artigo 55 enumera as circunstâncias que podem agravar a pena, como reincidência e prática com dolo. O Artigo 56 lista as circunstâncias que podem atenuar a pena, como não ter sido condenado anteriormente por infração ética e ter reparado o dano. Artigos 57-60: Disposições Finais: O Artigo 57 estabelece a possibilidade de aplicação de pena pecuniária, cujo valor é determinado pelo Conselho Regional, e aumentada em caso de reincidência. O Artigo 58 prevê a reabilitação do profissional condenado por infração ética, conforme previsto no Código de Processo Ético Odontológico. O Artigo 59 estabelece que as alterações do código são de competência exclusiva do Conselho Federal, ouvidos os Conselhos Regionais. O Artigo 60 determina que o código entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2013.
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