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A Adoção Por Casais Homoafetivos No Brasil

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A Adoção Por Casais Homoafetivos No Brasil 
No Brasil, a adoção por casais homoafetivos é reconhecida legalmente e 
garantida pela jurisprudência, embora ainda possa enfrentar resistência e 
preconceito em alguns setores da sociedade. A Constituição Federal de 1988 
estabelece o princípio da igualdade e não discriminação, o que inclui a 
orientação sexual das pessoas. Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF), 
em decisão histórica em 2011, reconheceu a união estável entre pessoas do 
mesmo sexo como entidade familiar, estendendo-lhes os mesmos direitos e 
deveres aplicáveis às uniões heterossexuais. 
No que diz respeito à adoção, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), 
em seu artigo 42, afirma que "pode adotar quem, independentemente de 
estado civil, seja maior de 18 anos e tenha pelo menos 16 anos de diferença 
em relação ao adotando". O ECA não faz menção à orientação sexual como 
critério para a adoção, garantindo assim o direito de casais homoafetivos 
adotarem. 
Além disso, em 2010, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) editou a 
Resolução nº 175, que dispõe sobre o reconhecimento e a averbação da 
parentalidade socioafetiva, permitindo que casais homoafetivos registrem seus 
filhos em cartórios de registro civil. 
No entanto, apesar do respaldo legal, é importante destacar que casais 
homoafetivos podem enfrentar obstáculos e discriminação no processo de 
adoção, seja por parte de algumas autoridades, profissionais da área da 
infância e juventude, ou mesmo de pretendentes à adoção que possuem 
preconceitos pessoais. Nesses casos, é fundamental que os direitos desses 
casais sejam protegidos e garantidos pelo sistema judiciário, assegurando o 
cumprimento da legislação e dos princípios constitucionais de igualdade e não 
discriminação.

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