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Margem de Segurança e Alavancagem

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6ºAula
Margem de segurança e 
alavancagem operacional
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
•	 definir, identificar e calcular a margem de segurança e alavancagem operacional;
•	 determinar como fixar o preço de venda, pelo custo variável e pela margem de contribuição;
•	 identificar e calcular a Margem de Contribuição total por produto; por pedido; total por cliente e por preço de venda.
Disponível em: http://informacaocontabil.blogspot.com.br/2011_04_01_archive. html. 
Acesso em: 07 abr. 2012.
Olá, pessoal!
Toda empresa trabalha com uma relação básica de três variáveis 
para atingir seus objetivos. Nas aulas anteriores, aprendemos a calcular a 
margem de contribuição e os pontos de equilíbrio.
Nesta aula, aprenderemos sobre a margem de segurança, a 
alavancagem operacional e mais algumas margens de contribuição 
Tais conhecimentos nos possibilitarão interpretar as informações e 
a tomar decisões para alterar os valores, a fim de atingirmos os objetivos 
da empresa. Vamos lá?!
Bons estudos!
44 Gestão de Custos
1 - Margem de segurança
2 - Alavancagem operacional
3 - Outras formas de margem de contribuição
1 - Margem de segurança
Disponível em: http://sindicacau.blogspot.com.br/2011/05/seis-estados-
naoconseguem-aprovar.html. Acesso em: 21 abr. 2012.
Nos	tempos	atuais,	com	o	advento	da	informática,	ficou	
bastante fácil simular vários demonstrativos que até então 
demorava dias. Foram criados alguns indicadores para facilitar 
a	visualização	da	situação	financeira	e	operacional	da	empresa.
Podemos	 definir	 Margem	 de	 Segurança	 (MS)	 como	
sendo o percentual que as nossas vendas podem cair sem que 
a empresa entre no prejuízo.
Margem de Segurança (MS), então, é a diferença entre o 
volume de vendas com a empresa está operando e volume de 
vendas no ponto de equilíbrio.
A Margem de Segurança pode ser calculada a partir da 
seguinte fórmula:
Temos que:
MS = Margem de segurança
RA = Receita atual
RPE = Receita no ponto de equilíbrio
Então, vamos ver um exemplo?!
Supondo que uma empresa constrói casas populares, 
cujo volume de vendas é de 20 casas mensais, que seu ponto 
de equilíbrio contábil é de 15 casas e sabendo que o preço de 
é de R$ 80.000,00 por unidade, podemos calcular a margem 
de segurança:
Seções de estudo
Receita atual = 20 x 80.000,00 = 1.600.000,00
Receita no ponto de equilíbrio = 15 x 80.000,00 = 
1.200.000,00
Podemos	verificar	que	a	margem	de	segurança,	neste	caso,	
corresponde a 25%, o que indica que as vendas da empresa 
podem cair 25% sem que a empresa entre no prejuízo.
Na próxima seção, vamos entender do que se trata a 
Alavancagem Operacional. Vamos lá?!
2 - Alavancagem operacional
Outro indicador com o qual podemos contar é a Alavancagem 
Operacional, que nos mostra a relação entre o aumento de volume de 
produção e o aumento de lucro. A Alavancagem Operacional, então, é o 
efeito das variações de volume sobre o lucro.
Disponível em: http://www.neogrid.com.br/blog/. Acesso em: 22 abr. 2012.
Para entendermos melhor a Alavancagem Operacional, 
vamos retomar o exemplo anterior, dado na Seção 1, em que 
a empresa produzindo 20 casas apresentou um lucro de R$ 
400.000,00, e passando para 30 casas o seu lucro será de R$ 
900.000,00. 
Temos, então, que:
Desse modo, nossa Alavancagem Operacional será de 
1,50.
O calculo é bastante fácil, precisamos apenas saber o que 
esse número quer dizer.
A	 Alavancagem	 Operacional	 é	 de	 1,5,	 que	 significa	
que para cada 1% de aumento de volume teremos 1,5% de 
aumento no lucro.
45
IMPORTANTE
Toda a vez que a alavancagem operacional for maior do que 1 (um) é 
bom para empresa, pois significa que o aumento no lucro é maior do 
que o aumento do volume de produção. É problema para a empresa 
quando a alavancagem operacional for menor do que 1 (um), porque 
estaremos tendo um aumento maior no volume do que o aumento no 
lucro.
Tudo bem até aqui? Então, vamos adiante?
3 - Outras formas de margem de 
contribuição
Margem de Contribuição é uma das ferramentas de 
decisão que nos auxilia em praticamente todas as decisões 
financeiras	e	produtivas	dentro	da	empresa.	
Margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e os 
custos variáveis.
A margem de contribuição apresentada em aulas 
anteriores foi apenas a margem de contribuição unitária. É 
um cálculo bastante simples que pode ser utilizado de várias 
formas.
Disponível em: http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S1982- 
64862011000200007&script=sci_arttext. Acesso em: 14 abr. 2012.
Nas subseções a seguir, demonstraremos outras formas 
de margem de contribuição que serão de grande utilidade para 
a utilização na administração da empresa.
3.1 - Margem de contribuição total 
por produto
Para podermos calcular a margem de contribuição total 
de um produto, aplicamos a seguinte fórmula:
MCT = MCU x QT
Temos que:
MCT = Margem de contribuição total
MCU = Margem de contribuição unitária
QT = Quantidade
Então, para melhor compreensão vejam o exemplo.
Uma empresa produz cerveja e refrigerante. Sua 
margem de contribuição unitária é de R$ 0,45 por garrafa e 
no mês foram vendidas 1.000.000 de unidades. A margem de 
contribuição total da cerveja é de:
MCT = 0,45 x 1.000.000
MCT = R$ 450.000,00
No exemplo acima, a margem de contribuição total da 
cerveja foi de R$ 450.000,00. Esse foi o valor que a cerveja 
contribuiu	para	pagar	os	custos	fixos	e	o	lucro	da	empresa.
3.2 - Margem de contribuição por 
pedido
Podemos calcular a margem de contribuição de um 
pedido ou venda usando a fórmula da margem de contribuição 
total. Exemplo:
Pedido n°. 128
Quantidade Produto Preço unitário Total
1.100 Cerveja 1.5 1.650,00
2500 Refrigerante 0,95 2.375,00
Total do Pedido 4.025,00
No exemplo acima temos o valor total da venda, mas o 
que interessa para a empresa é o que realmente sobra desse 
valor. Então, calculamos a margem de contribuição total.
Podemos criar um sistema de computador que fará isso 
automaticamente.
Pedido n°. 128 Gerencial
Quantidade Produto Preço Unitário 
Total
C.V MCT
Unitário
1.100 Cerveja 1.5 1.650,00 1.1 440,00
2500 Refrigerante 0,95 2.375,00 0,65 750,00
Total do Pedido 4.025,00 1,190,00
Na	 tabela	 acima,	 podemos	 verificar	 que	 a	margem	 de	
contribuição foi calculada por produto, e posteriormente 
calculada a margem de contribuição total do pedido que, neste 
caso, foi de R$ 1.190,00 de margem de contribuição total para 
um faturamento bruto de R$ 4.025,00.
Mais uma vez, ressaltamos que, muitas vezes, o que 
importa não é o valor de venda bruto, mas o que sobra para 
a empresa.
3.3 - Margem de contribuição total 
por cliente
Geralmente,	classificamos	como	um	bom	cliente	aquele	
que compra sempre, que paga em dia e que compra bastante. 
Podemos	 agregar	 a	 esta	 classificação	 o	 cliente	 que	 é	
rentável. Para isso, utilizamos a margem de contribuição total 
do cliente.
46 Gestão de Custos
Disponível em: http://socontando.blogspot.com.br/2011/04/
principiosfundamentais- da_12.html. Acesso em: 21 abr. 2012.
Calculamos a margem de contribuição total por cliente 
somando todas as margens de contribuição total por pedido 
durante o mês ou o ano.
Vejamos o exemplo de um cliente rentável:
João da Silva 2011 Gerencial
Quantidade Produto Preço Unit. Total C.V MCT
Unitário
12.500 Cerveja 1.5 18.750,00 1.1 5.000,00
2500 Refrigerante 0,95 23.750,00 0,65 7.500,00
Total do Pedido42.500,00 12.500,00
Podemos	verificar	que	o	cliente	João	da	Silva	comprou	
um	volume	razoável	e,	além	de	todas	as	qualidades	financeiras,	
foi um cliente rentável. No ano de 2011 apresentou uma 
margem de contribuição total de R$ 12.500,00.
Exemplo de um cliente não rentável:
Carlos da Silva 2006 Gerencial
Quantidade Produto Preço Unit. Total C.V MCT
Unitário
120.000 Cerveja 1,12 134.400,00 1.1 2.400,00
250.000 Refrigerante 0,74 185.000,00 0,65 22.500,00
Total do Pedido 3319.400,00 24.900,00
Podemos	verificar	que	o	Sr.	Carlos	da	Silva	manteve	um	
volume de compra de praticamente cinco vezes maior em 
comparação ao volume do Sr. José da Silva, e que a margem 
de contribuição do Sr. Carlos foi apenas duas vezes maior do 
que a margem de contribuição do Sr. José.
Concluímos que nem sempre o cliente que apresenta 
o maior volume de compra ou faturamento é o cliente mais 
rentável.
Poderíamos questionar o nosso departamento de vendas:
O Sr. Carlos mantém esse volume de compras por causa do preço 
menor?
Se baixássemos o preço para o Sr. José não aumentaria seu volume de 
compras?
Como ficaria a margem de contribuição total da empresa se 
trabalhássemos com um preço médio para os dois clientes?
Vejamos,	 então,	o	 exemplo	de	 como	ficaria	 a	margem	
de contribuição total da empresa, utilizando um preço médio 
para ambos os clientes:
João da Silva 2006 Gerencial
Quantidade Produto Preço Unit. Total C.V MCT
Unitário
35.000 Cerveja 1,12 42.000,00 1.1 3.500,00
65.000 Refrigerante 0,74 55.250,00 0,65 13.000,00
Total do Pedido 97.250,00 16.500,00
Carlos da Silva 2006 Gerencial
Quantidade Produto Preço Unit. Total C.V MCT
Unitário
85.000 Cerveja 1,12 102.000,00 1.1 8.500,00
180.000 Refrigerante 0,58 153.000,00 0,65 36.000,00
Total do Pedido 3319.400,00 24.900,00
Podemos comparar a margem de contribuição total das 
duas últimas tabelas nas quais a soma é de R$ 61.000,00 contra 
os R$ 37.400,00 anteriores, em que o volume de vendas era 
bem maior.
Muitas vezes, o empresário muito preocupado com o 
volume de vendas acaba se esquecendo da rentabilidade de 
seu negócio. Na próxima aula, veremos a melhor decisão 
sobre os preços e o volume de vendas.
3.4 - Margem de contribuição ou 
preço de venda
Parece até improvável o que vamos falar, mas existem 
pessoas que ainda usam o preço de venda bruto para tomar 
decisões com relação à compra ou a investimentos.
Vejamos um exemplo: um agricultor que planta soja em 
suas terras precisa comprar um implemento agrícola cujo 
valor é de R$ 45.000,00. Ele faz o seguinte cálculo:
O agricultor dividiu o valor do implemento pelo valor da 
saca de soja e apurou que precisava de 1.800 sacas de soja para 
comprar o implemento.
Usando o valor do preço de venda para calcular a sua 
compra, o agricultor deixou de considerar que no preço bruto 
estão inclusos os custos variáveis de produção. Portanto, está 
incorreta a forma como ele calculou.
Supondo que o agricultor utilize a margem de 
contribuição,	o	cálculo	ficaria	um	pouco	diferente.	Observem:
47
Notem que usando a fórmula da margem de contribuição 
o agricultor precisaria de 4.500 sacas de soja para comprar 
o implemento. Quantidade bem superior do que se fosse 
utilizado o preço de venda para o cálculo.
Contudo, vejam que ele estaria investindo no implemento 
apenas a sobra dos custos variáveis, enquanto que, no exemplo 
do preço de venda, ele estaria investindo todo o valor da saca 
de soja, inclusive o valor dos custos variáveis.
Chegamos assim, ao final de nossa sexta aula. Esperamos estar 
contribuindo de maneira construtiva com o aprendizado de vocês! Até 
a próxima aula!
Parece que estamos indo bem! Então, para encerrar 
a Aula 06, vamos recordar os temas que foram 
abordados:
Retomando a aula
1 - Margem de segurança
Nesta seção, vimos que a Margem de Segurança (MS), 
então, é a diferença entre o volume de vendas com que a 
empresa está operando e volume de vendas no ponto de 
equilíbrio.
2 - Alavancagem operacional
Verificamos	 que	 a	 Alavancagem	 Operacional	 nos	
mostra a relação entre o aumento de volume de produção e 
o aumento de lucro, sendo, então, o efeito das variações de 
volume sobre o lucro.
3 - Outras formas de margem de contribuição
Vimos que a Margem de Contribuição é uma das 
ferramentas de decisão que nos auxilia em praticamente todas 
as	decisões	financeiras	e	produtivas	dentro	da	empresa,	sendo,	
portanto, a diferença entre o preço de venda e os custos 
variáveis.
Estudamos que a Margem de Contribuição pode ser 
também: total por produto; por pedido; total por cliente e 
preço de venda.
BERTI, Anélio. Contabilidade e Análise de Custos. 2. ed. 
Curitiba: Juruá, 2009.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: 
Atlas, 2006.
Vale a pena ler
Vale a pena
PADOVEZE, C. L. Curso básico gerencial de custos. 2. ed. 
São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006.
NEVES, Silvério das; VICECONTI, Paulo Eduardo 
Vilchez. Contabilidade de Custos: um enfoque direto e objetivo. 
7. ed. São Paulo: editora Frase, 2003.
Associação Brasileira de Custos - ABC. Disponível em: 
http://www.abcustos.org.br/.
Congresso Brasileiro de Custos - ABC. Disponível 
em: http://www.abcustos.org.br/congresso/view?ID_ 
CONGRESSO=21. 
Fundação Brasileira de Contabilidade - FBC. Disponível 
em: www.fbc.org.br/fbc.htm.
Alavancagem Financeira e Operacional. Disponível 
em: http://belezasheila.blogspot.com.br/2011/05/alavanc 
agem-financeira-e-operacional.html#!/2011/05/alavancag 
em-financeira-e-operacional.html.
Vale a pena acessar
Após terem realizado uma boa leitura dos assuntos abordados em nesta 
aula, na Sala Virtual estão disponíveis os arquivos com as Atividades que 
deverão ser respondidas e enviadas. Procurem resolver as atividades 
dentro dos prazos estabelecidos. 
Agora é com vocês!
Minhas anotações

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