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Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. Aprofundamento Econômicas Semana 4 1 Geografia Tipos de mão de obra, desemprego e mercado formal Resumo A palavra trabalho tem sua origem no latim ”Tripálio” onde “tri" (três) e "palus" (pau) significavam literalmente, "três paus", se referindo a um instrumento romano de tortura, no qual eram supliciados os escravos. Sem dúvidas, a questão do trabalho atual vai muito além de uma discussão geográfica, sendo uma realidade na qual todos enfretam ou terão de enfrentar um dia. É muito dificíl porém, que exista uma sociedade onde o número de vagas de emprego atenda à toda população. Além disso, as relações de trabalho se alteraram muito ao longo do tempo, sobretudo a partir do advento da Revolução Industrial. Para entender as relações de trabalho hoje é importante retomarmos alguns conceitos: • Trabalho artesanal: feito pelos artesões, refere-se ao período pré industrial na qual o trabalhador desenvolvia suas próprias técnicas de produção e dominava todas as etapas do processo produtivo. • Mão de obra alienada: termo muito usado no fordismo para se referir a fase na qual o trabalhador perde domínio sobre todas as etapas do processo produtivo, a partir da assalariação. Marca a passagem do trabalho artesanal para a manufatura. Chama-se alienado pois o trabalhador não consegue visualizar o seu trabalho como parte do produto final. No fordismo a mão de obra era muito fragmentada de modo que cada trabalhador tivesse apenas uma função bem definida. • Mão de obra qualificada/não qualificada: a qualificação profissional se relaciona com o nível de estudo e técnica embutidos no trabalho. Há maior concorrência para os empregos que não demandam qualificação profissional, dada a dificuldade de acessar a educação de qualidade no Brasil. • Mão de obra especializada: se refere a um tipo de trabalho específico, quando o trabalhador sabe muito mas sobre uma parte do processo produtivo apenas. Especializado pode ser qualificado ou não qualificado. Pode-se dividir o trabalho, ainda, de acordo com os setores econômicos os quais; • Setor primário: o setor primário da econômia corresponde a extração de matéria prima do solo ou da natureza de modo geral, seja por atividades de mineração, extrativismo ou agricultura. • Setor secundário: responsável por transformar a matéria prima em produto. Corresponde a etapa industrial Setor terciário: corresponde a venda do produto final, é o setor de comércio e serviços que atualmente se concentra no meio urbano. Foi a partir das feiras, das trocas comerciais que surgiram também as cidades. Atualmente é o setor que mais emprega. O que se pode notar é que as transformações tecnológicas não transformam somente as indústrias e os meios de produção, mas também o próprio espaço geográfico e as relações humanas, sejam em âmbito estrutural, econômico, social ou cultural. No fordismo, modelo produtivo da segunda revolução industrial, não tinhamos muitas formas de trabalho que existem atualmente. 2 Geografia A mudança do trabalho, do Fordismo para o Toyotismo FORDISMO TOYOTISMO Não demandava qualificação profissional para contratação Passou a exigir uma mão de obra mais qualificada Trabalho fragmentado onde cada trabalhador tinha uma única função específica Trabalhador responsável por diversas tarefas O operário modelo era aquele que obedecia às diretrizes dos superiores, se preocupando apenas com as tarefas imediatas Melhor operário é aquele que identifica problemas e propõe soluções, se preocupando também com a aplicação do produto após vendido. Contratava em massa Frequentemente há redução de postos de trabalho uma vez que o trabalhador é substituido por máquinas Regime de trabalho rígido Regime de trabalho flexível, contando com subcontratações e trabalho a distância Estrutura de trabalho clássica do fordismo. Fonte: https://escolaeducacao.com.br/henry-ford/fordismo-3/ https://escolaeducacao.com.br/henry-ford/fordismo-3/ 3 Geografia Alteração na organização produtiva. Fonte: https://br.pinterest.com/pin/596867756839232324/?lp=true A flexibilização nas formas de contratação Sabe-se que com o desenvolvimento tecnológico há novas formas de desenvolver produtos personalizados, de acordo com o gosto de cada cliente. A segurança da informação, ou segurança dos dados virtuais se tornou uma questão urgente. Muitos dados com informações pessoais dos clientes circulam na rede e podem ser usados para prever nossas vontades, de modo que as empresas trabalham no desenvolvimento de mecanismos de venda até então não conhecidos. Além disso, com a globalização econômica, as empresas tem mais liberdade para atuar de acordo com a demanda do mercado, criando novos setores de atuação. Nesse sentido, vamos ver outras e novas formas de contratação atuais; • Terceirização trabalhista - Terceirizar é passar a terceiros uma parte do trabalho necessário a um empreendimento. Por exemplo, numa escola, é comum que os trabalhadores da segurança e da limpeza sejam partes de uma empresa de fora, que presta esse serviço de maneira terceirizada à escola. Desta forma, empresas se organizam para captar essa mão de obra, no geral não qualificada, e distribuir os terceirizados nos diversos setores que demandarem por isto. Acontece que essas empresas, no geral, lidam com a parte mais concorrida em termos de busca de emprego. Para se ter uma ideia, para tentar uma vaga de gari, por exemplo, 15 mil pessoas ficaram numa fila no Rio de Janeiro em 2003. Além disso, são empresas que tomam conta de um setor essencial, mas que encara muita precariedade no Brasil. Desta forma, com a alta procura, baixa qualificação e remuneração, a rotatividade tende a ser maior nessas empresas e as condições de trabalho, instáveis. • Trabalhador 0h (zero hora) – O trabalho 0h é uma forma de contratação que distribui tarefa de acordo com a demanda. Em algumas semanas, o trabalhador receberá da empresa uma quantidade de tarefas e ganhará equivalente as horas trabalhadas. Em outras semanas, não haverá demanda e também não haverá salário. • Hommeoffice – Os trabalhadores que são contratados mas trabalham de suas casas, o que economiza para o dono da empresa todo um gasto de infraestrutura, e pode dar maior autonomia ao trabalhador. • Subcontratações ou “trabalhador parceiro” – São empregos por aplicativo que difundem, por meio de um discurso eufêmico de empreendedorismo e autonomia, o cenário do desemprego e da precarização trabalhistas, com baixíssimos ganhos e ausência de direitos trabalhistas e sociais. https://br.pinterest.com/pin/596867756839232324/?lp=true 4 Geografia • É a chamada “uberização” das relações de trabalho. Sabemos que o Uber tem sido uma empresa que dá autonomia para o trabalhador escolher sua carga horária e sua jornada de trabalho, sendo ele responsável também pela obtenção e manutenção do seu instrumento de trabalho, o carro. Além disso, este fato cria um distanciamento entre empresa e trabalhador, de modo que questões como segurança do trabalho se tornam precárias. Atualmente, com o advento da internet, muitas empresas adotam esse sistema. A demanda urbana por entrega de comida em residência, por exemplo, tem estimulado empresas a realizar contratações semelhantes a do Uber. Um único trabalhador pode usar uma “bike Itaú” para realizar entregas de aplicativo como Rappi e Ifood. Acontecendo qualquer acidente, nenhuma das empresas envolvidas teria responsabilidade sobre o ocorrido. Também não há direitos trabalhistas básicos como férias e contribuição previdenciária. Com o crescente número de desalentados - pessoas que desistem de procurar emprego - no Brasil, devido a recessão econômica – ou estagnação do crescimento - que enfrentamos desde 2013,muitas pessoas precisam recorrer a esses empregos para obter renda. O que foi criado para fazer parte de uma renda extra, uma complementação, acaba se tornando o trabalho oficial. Além disso, estamos falando de um serviço que surge suprindo partes vitais do funcionamento urbano, como a questão da mobilidade e transporte. Fonte 1: https://www.cartacapital.com.br/economia/proletariado-digital-apps-promovem-trabalhos-precarios-a-brasileiros/ Fonte 2: https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?p=158149282 A automatização de processos produtivos é uma grande causa para o desemprego crescente, somando-se a dificuldade de acesso a educação de qualidade no Brasil. A geração de empregos fica a cargo também do governo federal, que deve sempre estimular criação de indústrias que contratem mão de obra, além de dar incentivo a micro empresas, que atualmente empregam mais de metade dos trabalhadores do setor privado. Sobre a situação do desemprego nos países, existem duas classificações diferentes: • Desemprego conjuntural: Aquele que ocorre devido às crises econômicas e são recuperados com o crescimento econômico, ou seja, de acordo com a conjuntura. • Desemprego estrutural: Aquele gerado pela introdução de novas tecnologias, lógicas e processos produtivos. Esses passam a fazer parte da estrutura organizacional da sociedade produtiva e são mais dificeis de serem superados. Nesse sentido, a Quarta Revolução Industrial e o futuro do trabalho prometem novas mudanças. A automatização dos processos produtivos tende a ser uma realidade ainda mais presente. O debate sobre o desemprego estrutural, nesse sentido, ganha um caratér emergencial. Imagine uma fábrica que funciona de forma totalmente automática, os trabalhadores manuais substituidos pela robótica inteligente, e poucos https://www.cartacapital.com.br/economia/proletariado-digital-apps-promovem-trabalhos-precarios-a-brasileiros/ https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?p=158149282 5 Geografia trabalhadores muito bem qualificados por trás disso tudo. Claro que, do ponto de vista econômico, um robô pode ser mais rentável que um trabalhador humano, mas a crise do desemprego pode ter graves consequências. Essa revolução industrial promete mudanças significativas nas relações de trabalho e em novos cargos criados. 6 Geografia Exercícios 1. FATEC 2019 Leia os textos. - Francisco tem pouca esperança no futuro. Depois de cinco anos em busca de trabalho e após três entrevistas de emprego, todas infrutíferas, decidiu parar de procurar. Passou assim a fazer parte de um contingente cada vez maior de brasileiros: os desalentados. - Um indicador fundamental para observar o nível da confiança do trabalhador no mercado de trabalho é a taxa de desalento. - O Brasil iniciou o terceiro trimestre com queda na taxa de desemprego pela quarta vez seguida, mas registrou número recorde de desalentados diante das incertezas atuais em tomo da economia, segundo dados divulgados no dia 30 de agosto de 2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desemprego atingiu 12,3% no terceiro trimestre de 2018, depois de ter ficado em 12,4% no trimestre anterior, na quarta queda seguida, de acordo com o IBGE. "O desemprego vem caindo no Brasil por conta do desalento, principalmente neste ano de 2018", afirmou o coordenador do IBGE, Cimar Azeredo. O IBGE estimou em 4,8 milhões o número de pessoas desalentadas no trimestre maio - julho. Acesso em: 03.10.2018. Adaptado. De acordo com os textos, o cidadão desalentado é aquele que a) conquista um emprego formal, mas sofre com a desigualdade de gênero, em que mulheres ganham menos e ocupam a maioria dos empregos vulneráveis. b) precisa de trabalho e trabalharia se houvesse possibilidade, entretanto, desiste de procurar emprego porque sabe que não encontrará um posto de trabalho. c) troca voluntariamente o trabalho formal pelo trabalho terceirizado, abandona a carteira de trabalho e opta pela previdência social estatal. d) consegue emprego formal com rendimento equivalente a dois terços do salário mínimo vigente. e) possui um emprego com carteira assinada, mas está desprotegido das leis trabalhistas. 2. (UEL) “No tempo em que os sindicatos eram fortes, os trabalhadores podiam se queixar do excesso de velocidade na linha de produção e do índice de acidentes sem medo de serem despedidos. Agora, apenas um terço dos funcionários da IBP [empresa alimentícia norte-americana] pertence a algum sindicato. A maioria dos não sindicalizados é imigrante recente; vários estão no país ilegalmente; e no geral podem ser despedidos sem aviso prévio por seja qual for o motivo. Não é um arranjo que encoraje ninguém a fazer queixa. [...] A velocidade das linhas de produção e o baixo custo trabalhista das fábricas não sindicalizadas da IBP são agora o padrão de toda indústria. ” SCHLOSSER, Eric. País Fast- Food. São Paulo: Ática, 2002. p. 221. No texto, o autor aborda a universalização, no campo industrial, dos empregos do tipo Mcjobs “McEmprego”, comuns em empresas fast-food. Assinale a alternativa que apresenta somente características desse tipo de emprego. a) Alta remuneração da força de trabalho adequada à especialização exigida pelo processo de produção automatizado. b) Alta informalidade relacionada a um ambiente de estabilidade e solidariedade no espaço da empresa. c) Baixa automatização num sistema de grande responsabilidade e de pequena divisão do trabalho. d) Altas taxas de sindicalização entre os trabalhadores aliadas a grandes oportunidades de avanço na carreira. e) Baixa qualificação do trabalhador acompanhada de má remuneração do trabalho e alta rotatividade. 7 Geografia 3. (ENEM) O jovem espanhol Daniel se sente perdido. Seu diploma de desenhista industrial e seu alto conhecimento de inglês devem ajudá-lo a tomar um rumo. Mas a taxa de desemprego, que supera 52% entre os que têm menos de 25 anos, o desnorteia. Ele está convencido de que seu futuro profissional não está na Espanha, como o de, pelo menos, 120 mil conterrâneos que emigraram nos últimos dois anos. O irmão dele, que é engenheiro-agrônomo, conseguiu emprego no Chile. Atualmente, Daniel participa de uma “oficina de procura de emprego” em países como Brasil, Alemanha e China. A oficina é oferecida por uma universidade espanhola. GUILAYN, P. Na Espanha, universidade ensina a emigrar. O Globo, 17 fev. 2013 (adaptado). A situação ilustra uma crise econômica que implica a) valorização do trabalho fabril. b) expansão dos recursos tecnológicos. c) exportação de mão de obra qualificada. d) diversificação dos mercados produtivos. e) intensificação dos intercâmbios estudantis. 4. (ENEM) O governo de Cingapura, que vem enfrentando reclamações de residentes que precisam competir com estrangeiros por emprego, endureceu as regras para que empresas contratem funcionários de outros países para posições de nível médio. A partir de janeiro de 2012, um estrangeiro precisa ganhar 3 000 dólares cingapurianos (2 493 dólares americanos) ou mais por mês antes de se qualificar para um visto de trabalho que lhe permitirá trabalhar em Cingapura. Cingapura endurece regras para contratação de estrangeiros. Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em: 17 ago. 2011 (adaptado). As medidas adotadas pelo governo de Cingapura objetivam favorecer a a) inserção da mão de obra local no mercado de trabalho. b) participação de população imigrante no setor terciário. c) ação das empresas estatais na economia nacional. d) expansão dos trabalhadores estrangeiros no setor primário. e) captação de recursos financeiros internacionais 8 Geografia 5. “Atualmente, com a globalização da economia, a situação dos trabalhadores assalariados está se deteriorando cada vez mais. Intensifica-se a abertura ou a transferência de filiais de empresas para países ondeos salários são mais baixos e a legislação trabalhista é mais flexível, em detrimento dos trabalhadores.” (MOREIRA, João Carlos. Geografia. São Paulo: Scipione, 2005. p. 444.) Assinale entre as alternativas abaixo aquela que reflete a situação dos trabalhadores no mundo globalizado: a) A participação da população economicamente ativa no mercado de trabalho envolve, cada vez mais, a necessidade de investimentos em escolas profissionalizantes e universidades, com grande grau de qualificação profissional, com exceção dos empregos no setor terciário. b) Há sobra e falta de emprego ao mesmo tempo, dependendo da qualificação da mão-de-obra e do acesso às escolas pela maioria da população economicamente ativa. Muitas vagas não são preenchidas por falta de qualificação exigida para o cargo. c) Os assalariados dos países pobres têm uma participação mais favorável na renda nacional auferida, pois podem ser despedidos sem encargos muito grandes para as empresas e substituídos rapidamente por outros. d) O investimento em robotização e informática nas grandes empresas leva ao desemprego estrutural, fortalecendo a ação dos sindicatos e a força dos empregados menos qualificados em negociações trabalhistas. e) O desemprego não é um dos maiores problemas do mundo atual. Entre os países desenvolvidos, o que tem provocado discussões em encontros do G-8, no Fórum Econômico Mundial, é a procura de trabalhadores imigrantes para seus postos de trabalho. 9 Geografia Gabarito 1. B Com a crise econômica dos últimos anos, aconteceu um aumento da taxa de desemprego, que ultrapassou a marca de 12% em relação a PEA (população economicamente ativa). Além dos desempregados, também existem os desalentados, pessoas que precisam de trabalho, mas desistiram de procurar devido ao longo tempo de procura, falta de perspectiva de encontrar, desestruturação familiar e falta até de recursos financeiros para se deslocar (transporte coletivo) em busca de emprego. 2. E Os fast-foods são um bom exemplo das heranças fordistas e demonstram como a sobreposição dos tempos traz a historicidade nos novos modelos. Alta rotatividade, baixa qualificação e má remuneração são características desse tipo de trabalho. 3. C A questão traz a questão da migração para o foco. Devido à globalização da economia os países emergentes se tornaram o destino de muitos trabalhadores qualificados que em seus países, muitos destes países considerado centrais na economia, estão desempregados devido à crise econômica que os atingiu. 4. A A forte economia do Cingapura faz com que o país seja um polo de atração migracional, pois os migrantes de outros países procuram o país em busca de melhores condições de vida e de empregos. Para evitar a concorrência dos imigrantes com a população local, o governo resolveu adotar medidas para incentivar a contratação de mão de obra local. 5. B A expansão da capacidade produtiva e a renovação das condições de acumulação citadas no texto, sugerem maior tecnificação da produção o que demanda, por sua vez, maior qualificação para que haja a inserção do profissional no mercado de trabalho. História 1 O Mundo Medieval Resumo A Alta Idade Média O período de desintegração do Império Romano foi marcado por crises até a queda de Roma. Mas, antes disso, percebendo a dificuldade administrativa de um território tão extenso, o imperador Teodósio, em 395 d.C. restabeleceu uma divisão que já havia sido tentada no passado, por Constantino, que criara dois impérios, um com capital em Roma, no ocidente e o outro com capital em Constantinopla, ficando conhecido como o Império Bizantino. Enquanto Constantinopla vivia de riquezas, a irmã Roma, por sua vez, não conseguia se livrar das crises econômicas que assolavam as grandes cidades do império trazendo fome, miséria e crimes. Com uma vida tão complicada e sofrendo ainda com as invasões dos povos germânicos ao norte, muitos romanos decidiram abandonar as cidades e viver no isolamento do campo, iniciando então um processo de êxodo urbano. Esse processo de ruralização afetou diretamente as relações de trabalho na Europa, visto que a escravidão greco-romana foi substituída pela servidão. Este cenário impactou nas próprias relações comerciais, pois o isolamento no campo e a insegurança causada pelas guerras e pelos saques impediram a circulação segura de moedas e mercadorias. Buscando segurança contra esses problemas, muitos senhores decidiram reforçar a proteção de suas terras com castelos de pedra e fortalezas, ampliando ainda mais o isolamento. Esse estado de guerra constante na Europa acontecia porque com a queda do Império Romano do Ocidente, muitos povos passaram a disputar os novos territórios disponíveis, sobretudo no norte da Europa. Alguns ainda se anexaram ao antigo império antes da sua queda como povos federados, como os francos que se instalaram na região da Germânia, os visigodos na Dácia e os Burgúndios em parte da Gália. Nesta conjuntura, portanto muitas pessoas não se identificavam com a cultura romana, mal sabiam quem era o imperador, e em muitos lugares, as línguas “bárbaras” eram mais faladas do que o próprio latim. No entanto, apesar dessa assimilação nas fronteiras, a continuidade das invasões e das guerras marcou um período de conflitos que derrubou o Império Romano e que fez do início da Idade Média uma fase caótica e insegura. A unidade romana já não existia mais, agora imperava o multiculturalismo dos antigos povos bárbaros. Os reinos da Europa após a queda do Império Romano do Ocidente. VIDAL-NAQUET, Pierre e BETIN, Jacques. Atlas histórico: da Pré-história aos nossos dias. Lisboa: Círculo de Leitores, s.d. p. 57. História 2 Apesar da queda de Roma e sem um poder centralizado para se apoiar, a Igreja Católica continuava a crescer e, agora, difundia o cristianismo também entre esses povos, em uma luta milenar contra as diversas religiões do continente, que passaram a ser perseguidas e taxadas como paganismo. O apoio da Igreja foi fundamental inclusive para o crescimento do reino dos francos, visto que, em 496 d.C., o rei Clóvis, da dinastia merovíngia se converteu ao cristianismo, crescendo, portanto, o poder do clero dentro do reino. Este apoio foi fundamental, inclusive, para a luta dos francos contra a expansão árabe na batalha de Poitiers, em 732 d.C. Apesar do apoio papal, os reis foram perdendo cada vez mais seus poderes, sendo conhecidos inclusive como “reis indolentes”, deixando o poder para uma espécie de “primeiro-ministro”, responsável pela administração do reino. Dentre eles, destacou-se Carlos Martel e seu filho, Pepino, o Breve, que com um golpe apoiado pelo Papa depôs a dinastia dos merovíngios e instalou a nova dinastia carolíngia. Graças a esse apoio concedido, a Igreja Católica recebeu uma vasta doação de terras, conhecida como o Patrimônio de São Pedro, na região da Itália, formando o que hoje conhecemos como o Vaticano. A expansão do Império Carolíngio tomou proporções tão vastas que chegou a dominar com os francos grande parte da Europa, levando o rei Carlos Magno a receber o título, pelo Papa Leão III, no ano 800 d.C., de imperador do novo Império Romano do Ocidente, sendo este responsável pela defesa e difusão do cristianismo na luta contra o paganismo e contra as invasões árabes. Carlos Magno também foi um importante realizador do movimento conhecido como o renascimento carolíngio, que incentivou a cultura em seu reino, coma criação de escolas, com a preservação de obras clássicas da antiguidade e o estudo de grandes pensadores. Com a morte de Carlos Magno, o Império Carolíngio começou a ruir, ainda que seu filho Luís, o Piedoso, fizesse esforços para tentar manter o império. Buscando apoio, Luís dividiu as terras restantes em ducados, condados e principados doados a homens que formaram o embrião da nobreza medieval, mas, estes cada vezmais conquistaram autonomia em suas terras, isolando-se e descentralizando o poder. Este movimento acabou reduzindo a importância do rei que, após sua morte deixou o império para os seus três filhos, Carlos, o Calvo, Lotário e Luís, o Germânico. Pelo Tratado de Verdun, assinado em 843 d.C., as terras herdadas foram divididas entre os 3 e, mais uma vez o poder se fragmentou, isolando ainda mais os territórios, fortalecendo as nobrezas locais e, por fim, consolidando o sistema conhecido como o feudalismo. O Feudalismo O feudalismo foi um sistema de relações sociais e de produção de riquezas que se enraizou na estrutura europeia durante o período que conhecemos como a Idade Média. Com a perda do poder do rei e a quase inexistente circulação de moedas e de comércio na Europa, o a terra se tornou o bem mais valioso do período e passou a ser utilizada como ferramenta de troca de serviços, favores ou fidelidade. Assim, o feudalismo foi um modo de produção responsável por definir muito de como as pessoas viviam, trabalhavam e se relacionavam, sendo fundamental também para a própria manutenção de uma sociedade de classes onde, no topo, encontravam-se os membros do clero, os nobres e os donos de terras, conhecidos como os senhores feudais e, embaixo, a camada produtiva, que trabalhava nos campos. Apesar da maior parte dessa camada ser composta por servos, ou seja, pessoas que estavam ligadas à terra por um contrato de servidão (diferente da escravidão, pois não eram uma propriedade do senhor feudal), na base da pirâmide social também existiam os chamados vilões, que eram trabalhadores ou pequenos proprietários livres, mas ainda assim subordinados aos nobres e aos senhores. História 3 Entre os historiadores, costuma-se dizer que as classes na Idade Média eram divididas entre aqueles que rezam (clero), os que lutam (nobres) e os que trabalham (camponeses). Apesar de cada classe ter sua função, cada uma apresentava também as suas obrigações, no entanto, apenas os servos não possuíam privilégios, sendo condenados ao pagamento de diversos tributos e serviços para poderem produzir ou viver no feudo. Dentre os chamados impostos feudais, cobrados aos servos, podemos citar: • Talha – pagamento com parte da produção no manso servil (terras arrendadas aos servos para a produção pessoal); • Corveia – de dois a quatro dias na semana os servos eram obrigados a trabalharem no manso senhorial, seja com manutenção de equipamentos, na agricultura ou em obras; • Banalidade – os equipamentos do Senhor Feudal utilizados na produção eram chamados de banais, logo, para utilizar essas ferramentas (moinho, forno...), os servos deveriam pagar taxas conhecidas como banalidades; • Tostão de Pedro – destinava parte da produção para a Igreja; • Mão morta – Tributo pago pela família ao Senhor para continuar na terra caso o patriarca morresse. • Formariage – Tributo pago quando um servo ou parente de algum nobre se casava. Por parte da nobreza e dos senhores feudais, a principal obrigação que estes tinham era a de manter a segurança no feudo e garantir a estabilidade nas terras. Para isso, realizavam alianças com outros feudos e contratos de suserania e vassalagem para ampliar suas conexões, influências e poderes. Neste acordo, um nobre com maior influência doava um pequeno pedaço de terra para outro nobre de menor influência, normalmente o segundo filho de algum senhor, que não teria direito a grande herança (direito de primogenitura). Desta forma, o que doava a terra se tornava o suserano e prometia proteger aquele que recebeu, este, por sua vez, se tornava um vassalo, um cavaleiro do senhor, jurando lealdade, apoiando em guerras, protegendo o feudo, cobrando impostos e realizando serviços ao seu suserano. Esse contrato era estabelecido através de uma cerimônia conhecida como homenagem, que era dividida em dois atos: o juramento e a investidura. Pelo ato de juramento, o vassalo anunciava sua lealdade e seus serviços, enquanto pela investidura, o senhor doava uma parte de suas terras ao vassalo, tudo realizado frente a testemunhas e normalmente selado com um beijo. Essas alianças entre diversos vassalos e suseranos construía uma rede de proteção entre os feudos na Idade Média que envolvia até mesmo os reis que, com o tempo, passaram a acumular cada vez mais vassalos ao seu redor. A divisão dos espaços do feudo. Disponível em: http://historiabruno.blogspot.com/2011/11/o-funcionamento-de-um- feudo.html http://historiabruno.blogspot.com/2011/11/o-funcionamento-de-um-feudo.html http://historiabruno.blogspot.com/2011/11/o-funcionamento-de-um-feudo.html História 4 A Baixa Idade Média Apesar das invasões húngaras, árabes e vikings se manterem ao longo dos séculos IX e X, em comparação com as disputas territoriais do início da Alta Idade Média, a Europa vivia neste momento uma fase muito mais segura. As alianças realizadas entre os feudos e a proteção dos cavaleiros garantiu uma maior estabilidade para os senhores e servos. No entanto, a condição estável e a redução dos saques e invasões garantiram também um crescimento demográfico neste período. Este aumento da população proporcionou um inchaço dos feudos, que não conseguiu proporcionar alimentação para todas as pessoas e ainda precisava se esforçar cada vez mais para submeter tantos servos aos tributos e opressões. Apesar de inovações técnicas terem facilitado a produção agrícola neste período, como os moinhos hidráulicos, os arados de ferro e as técnicas de rotação de cultura, essas novidades foram insuficientes para garantir uma produção que atendesse as necessidades da população desses séculos. Este cenário, portanto, provocou um deslocamento de massas de camponeses e cavaleiros que, expulsos de suas terras, passaram a vagar entre feudos ou a vadiar em busca de trabalhos temporários e pequenos saques. Nessa conjuntura, apesar de muitos ainda vagarem pelos bosques e terras vazios, outros decidiram se aventurar nas antigas ruínas do Império Romano e reocupar as cidades abandonadas. Esse processo de crescimento demográfico e de êxodo marcou o início da Baixa Idade Média e deu origem ao que conhecemos como a crise do feudalismo. Tendo em vista esse cenário, que além da miséria europeia ainda contava com a expansão árabe, um movimento religioso com apoio da nobreza surgiu tentando conciliar soluções para os dois problemas. As chamadas cruzadas, portanto, tinham como objetivo reconquistar a cidade sagrada de Jerusalém (dominada pelos turcos desde o século VII), expandir a fé cristã, penetrar novamente o catolicismo romano no Império Bizantino e, por fim, resolver o problema do crescimento demográfico e da miséria na Europa. Assim, essa população miserável e os cavaleiros errantes que antes causavam problemas para nobres e para a Igreja, a partir de agora seriam a solução para outros problemas. Enfim, em 1095, o Papa Urbano II, em um discurso no Concílio de Clermont convocou os cristãos para as expedições rumo ao oriente, prometendo indulgência plena a todos que lutassem e morressem nesta “guerra santa”. , Urbano II acabou reunindo nas marchas cruzadistas de poderosos reis a cavaleiros miseráveis, que buscavam uma oportunidade de melhorar suas vidas. Ainda que as cruzadas não tenham solucionado muitos desses problemas, sobretudo o da quantidade de miseráveis vagantes, ela acabou abrindo caminhos para outras questões. As marchas cruzadistas além de reconquistarem novos territórios, também foram fundamentais para a abertura de antigas rotas comerciais, dominadas pelos árabes, pelo estabelecimento de postos comerciais, que garantiram um ressurgimento das cidades e, enfim expandiram a fé cristã. Uma outra importante conquista das cruzadas também foi a retomada das rotas comerciais do mediterrâneo, dominada pelos muçulmanos desde o século VIII, isolando a Europa. As cruzadas, portanto, abriram caminhospara o acesso a importantes centros comerciais da região, como Veneza, Gênova e até mesmo Constantinopla. Visto isso, podemos perceber que as cruzadas foram fundamentais para desenvolver um processo que já se iniciava há anos na Europa, o de renascimento comercial e urbano. Cansados das opressões feudais e sem perspectivas vagando em territórios isolados, muitos servos e camponeses se deslocaram para a vida nas pequenas cidades que se formavam, trabalhando como artesãos ou comerciantes e estimulando a realização de feiras e do comércio. Essa nova vida promoveu, enfim, a possibilidade de uma ascensão econômica para muitas pessoas que passaram a depender dessas atividades. História 5 Enfim, dois grandes polos comerciais, durante a Baixa Idade Média, estabeleceram-se na Europa, um na Itália com as ricas cidades mediterrâneas e o outro germânico, com a Liga Hanseática, no norte da atual Alemanha, controlando o comércio da região. A poderosa estrutura comercial que se estabeleceu possibilitou inclusive o enriquecimento de indivíduos, que passaram a empregar outros funcionários de forma assalariada, controlar rotas comerciais, dominar o mercado e, consequentemente, fortalecer uma nova classe que ascendia: a burguesia. As rotas cruzadistas durante os séculos XI e XIII. Disponível em: https://www.coladaweb.com/historia/guerras/cruzadas A Igreja Medieval As relações sociais e o modo de produção feudal foram características fundamentais da sociedade medieval, mas, não podemos compreender este período sem nos aprofundarmos na influência da Igreja Católica neste mundo. A questão espiritual, desde a antiguidade, sempre se manifestou como característica essencial de diversas culturas e, no caso europeu, desde o fim do Império Romano, o cristianismo se tornava cada vez mais a grande influência religiosa da região. Com o período Carolíngio, como visto, a Igreja Católica passou a exercer mais do que um poder espiritual, pois adentrou definitivamente nas questões políticas dos reinos germânicos, passou a influenciar decisões, controlar a vida das pessoas e se tornou, enfim, uma grande proprietária de terras, fortemente vinculada à estrutura feudal. Assim, a Igreja Católica detinha um vasto poder sobre os calendários, as datas, as decisões políticas, as horas de trabalho e até mesmo os dias que poderiam ter batalhas e os dias santos. Dominando grande parte da Europa e se relacionando com as principais monarquias e nobrezas, a Igreja conseguiu se tornar a principal instituição do mundo e realizar obras faraônicas para constantemente reforçar o seu poder. Visto isso, durante a Idade Média, diversas igrejas de arquitetura gótica, mosteiros e abadias foram construídos pela Europa, sendo estes últimos importantes centros de cultura letrada. Nos mosteiros e nas abadias os monges preservavam textos antigos, traduziam livros estrangeiros, organizavam bibliotecas e escolas e guardavam artefatos considerados sagrados. Muitos monges chegaram a abandonar a chamada “vida secular” (em contato com a terra, com as riquezas), para se dedicarem integralmente às regras do cristianismo, isolando-se em mosteiros e abrindo mão de todos os bens materiais, ficando conhecidos como o clero regular. Por outro lado, o chamado clero secular, manteve-se ligado às riquezas possuídas pela Igreja Católica, à administração de terras e ao mundo material. Muitos monges acumularam vastas riquezas através das doações que recebiam de fiéis que buscavam perdão por seus pecados. Por volta do ano 1000 essa onda de doações se tornou ainda maior, visto que a crença na proximidade do fim do mundo desesperava muitos fiéis, que tentaram de tudo para conseguir o perdão. https://www.coladaweb.com/historia/guerras/cruzadas História 6 De fato, o apego de parte deste clero a tais bens materiais acabou gerando muitas críticas e denúncias por parte de fiéis que não concordavam com essa ostentação e, antes mesmo das grandes reformas protestantes, já iniciavam na Idade Média uma leve ruptura com o catolicismo, através da criação de seitas, facções e orientações que divergiam da doutrina católica. Esses movimentos acabaram condenados como heresias. O ponto mais alto dessas divergências e da criação de novas correntes religiosas durante a Idade Média ocorreu em 1054, com o chamado Cisma do Oriente. Há séculos que a Igreja Católica do Império Bizantino e a de Roma estavam distantes, defendendo inclusive doutrinas que divergiam em certos pontos. No entanto, o momento mais sensível na relação entre as duas partes ocorreu quando o Papa decidiu excomungar o patriarca bizantino Miguel Cerulário, que, insatisfeito, proclamou a separação definitiva das duas igrejas, criando, enfim a Igreja Católica do Oriente, ou a Igreja Ortodoxa, em Constantinopla. O outono da Idade Média Se a crença na chegada eminente do fim do mundo assolava os cristãos durante o ano 1000, a crise do século XIV representou para a Europa quase um apocalipse atrasado. Durante este século, a população europeia enfrentou não só as guerras que já estava acostumada, mas também sofreu com a fome causada pelas más colheitas e pelo fechamento de rotas comerciais por batalhas e, enfim, conheceu a chamada peste negra. Em 1915, intensas chuvas no noroeste da Europa dificultaram a produção agrícola da região, causando uma crise de abastecimento no continente. Para piorar, alguns anos depois os alimentos e produtos que atravessavam as novas rotas comerciais começaram a sofrer com o bloqueio dos caminhos ocasionado por batalhas, como a Guerra dos Cem anos, entre 1337 e 1453. Esse cenário caótico de más colheitas e bloqueio comercial acabou gerando a chamada grande fome do século XIV. Com a fome e as guerras assolando a maior parte da Europa, um novo problema também surgiu neste período para ampliar o número de mortos e devastar 1/3 da população europeia: a peste negra. Na época, com uma medicina incipiente e com poucos estudos sobre a questão, não havia medicamentos ou tratamentos eficazes contra a doença e nem mesmo uma informação exata sobre os motivos reais da peste negra, sendo genericamente associada à grande população de ratos que circulavam pelas cidades reocupadas. No entanto, a verdadeira causa da peste, descoberta graças aos estudos da microbiologia no século XIX, estaria nas pulgas que transmitiam a doença. Essa conjuntura de fome, doenças, guerras e mortes, somados à vida precária e submissa de servos no campo acabou sendo o estopim para diversas revoltas na Europa e, naturalmente, para o desgaste do próprio feudalismo. Um grande exemplo dessas revoltas que apavorou senhores feudais na Europa foi a chamada jacquerie, que estourou no norte da França em 1358. Cerca de 20 mil camponeses foram mortos pelo exército francês após se rebelarem contra as opressões sofridas e contra os problemas que abatiam a população local. Este movimento acabou dando o nome de jacquerie para diversas outras manifestações camponesas do período. História 7 Exercícios 1. (UERN/2014) “A todos que partirem e morrerem no caminho, em terra ou em mar, ou perderem a vida combatendo os pagãos, será concedida a remissão [...] que sejam doravante cavaleiros de Cristo os que eram senão ladrões [...] A terra que habitam é pequena e miserável para tão grande população, mas no território sagrado do Oriente há extensões de onde jorram leite e mel. Tomai o caminho do santo sepulcro, arrebatai aquela terra da raça perversa e submetei-a a vós mesmos.” (Pronunciamento do Papa Urbano II, em 1095. Vicentino, 2010.) O discurso proferido pelo Papa Urbano II, no Concílio de Clermont, conclamava: a) os crentes a combaterem as heresias e a reativarem os tribunais de inquisição, numa verdadeira caça às bruxas. b) os cristãos a impedir a onda de igrejas protestantes que proliferava na Europa, a partir do adventoda reforma Luterana. c) os fiéis a expandirem a fé cristã com a abertura de novas ordens religiosas, tais como a Companhia de Jesus e os franciscanos. d) as pessoas de fé a participarem do movimento das Cruzadas – expedições religiosas e militares que alteraram o panorama europeu. 2. (UNICAMP SP/2015) “Guerreiros a pé e cavaleiros fizeram um caminho através dos cadáveres. Mas tudo isso ainda era pouca coisa. Fomos ao Templo dealomão, onde os sarracenos tinham o costume de celebrar seus cultos. O que se passou nestes lugares? Se dissermos a verdade, ultrapassaremos o limite do que é possível crer. Será suficiente dizer que, no Templo e no pórtico de Salomão, cavalgava- se em sangue até os joelhos dos cavaleiros e até o arreio dos cavalos. Justo e admirável julgamento de Deus, que quis que este lugar recebesse o sangue daqueles que blasfemaram contra Ele durante tanto tempo.” Raymond d’Aguiller, Historia Francorum qui ceperunt Jerusalem. Disponível em: http://www.fordham.edu/halsall/source/raymondcde.asp#jerusalem2. Acessado em 01/10/2014. O texto acima se refere à Primeira Cruzada (1096- 1099). Responda às questões abaixo. a) Identifique um motivo econômico e um motivo político para o movimento das Cruzadas. b) Que grupo social liderou esse movimento e como o cronista citado identifica o apoio de Deus ao empreendimento cruzadístico? História 8 3. (Enem – 2015) Disponível em: www.ac-grenoble.fr. Acesso em: 10 maio 2012. Os calendários são fontes históricas importantes, na medida em que expressam a concepção de tempo das sociedades. Essas imagens compõem um calendário medieval (1460-1475) e cada uma delas representa um mês, de janeiro a dezembro. Com base na análise do calendário, apreende-se uma concepção de tempo: a) cíclica, marcada pelo mito arcaico do eterno retorno. b) humanista, identificada pelo controle das horas de atividade por parte do trabalhador. c) escatológica, associada a uma visão religiosa sobre o trabalho. d) natural, expressa pelo trabalho realizado de acordo com as estações do ano. e) romântica, definida por uma visão bucólica da sociedade. História 9 4. (FUVEST-2015) A cidade é [desde o ano 1000] o principal lugar das trocas econômicas que recorrem sempre mais a um meio de troca essencial: a moeda. [...] Centro econômico, a cidade é também um centro de poder. Ao lado do e, às vezes, contra o poder tradicional do bispo e do senhor, frequentemente confundidos numa única pessoa, um grupo de homens novos, os cidadãos ou burgueses, conquista “liberdades”, privilégios cada vez mais amplos. Jacques Le Goff. São Francisco de Assis. Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado. O texto trata de um período em que: a) os fundamentos do sistema feudal coexistiam com novas formas de organização política e econômica, que produziam alterações na hierarquia social e nas relações de poder. b) o excesso de metais nobres na Europa provocava abundância de moedas, que circulavam apenas pelas mãos dos grandes banqueiros e dos comerciantes internacionais. c) o anseio popular por liberdade e igualdade social mobilizava e unificava os trabalhadores urbanos e rurais e envolvia ativa participação de membros do baixo clero. d) a Igreja romana, que se opunha ao acúmulo de bens materiais, enfrentava forte oposição da burguesia ascendente e dos grandes proprietários de terras. e) as principais características do feudalismo, sobretudo a valorização da terra, haviam sido completamente superadas e substituídas pela busca incessante do lucro e pela valorização do livre comércio. 5. (Mackenzie/SP – 2014) Aquilo que dominava a mentalidade e a sensibilidade dos homens da Idade Média era o seu sentimento de insegurança (...) que era, no fim das contas, a insegurança quanto à vida futura, que a ninguém estava assegurada (...). Os riscos da danação, com o concurso do Diabo, eram tão grandes, e as probabilidades de salvação, tão fracas que, forçosamente, o medo vencia a esperança. Jacques Le Goff. A civilização do Ocidente medieval. O mundo medieval configurou-se a partir do medo da insegurança, como retratado no texto acima. Encontre a alternativa que melhor condiz com o assunto. a) A crise econômica decorrente do final do Império Romano, a guerra constante, as invasões bárbaras, a baixa demográfica, as pestes, tudo isso aliado a um forte conteúdo religioso de punição divina aos pecados contribuiu para o clima de insegurança medieval. b) A peste bubônica provocou redução drástica na demografia medieval, levando a crenças milenaristas e apocalípticas, sufocadas, por sua vez, pela rápida ação da Igreja, disponibilizando recursos médicos e financeiros para a erradicação das várias doenças que afetam seus fiéis. c) O clima de insegurança que predominou em toda a Idade Média decorreu das guerras constantes entre nobres – suseranos – e servos – vassalos, contribuindo para a emergência de teorias milenaristas no continente. d) As enfermidades que afetavam a população em geral contribuíram para a demonização de algumas práticas sociais, como o hábito de usar talheres nas refeições, adquirido, por sua vez, no contato com povos bizantinos. e) A certeza da punição divina a pecados cometidos pelos humanos predominava na mentalidade medieval; por isso, nos vários séculos do período, eram constantes os autos de fé da Inquisição, incentivando a confissão em massa, sempre com tolerância e diálogo. História 10 Gabarito 1. D O discurso do Papa, neste contexto, foi um apelo para que os fiéis católicos aderissem o movimento das cruzadas e de reconquista de Jerusalém. Para isso, o Papa promete glórias e redenção para os que lutassem e morressem “em nome de Deus”. 2. a) Dentre as motivações econômicas para as cruzadas, podemos citar a busca por novas terras com a reconquista de territórios dominados pelos muçulmanos e pelos árabes, assim como a abertura de novas rotas comerciais, principalmente no Mar Mediterrâneo. Na questão política, as cruzadas poderiam garantir o fortalecimento de reis e nobres que embarcaram nas marchas e até mesmo enfraquecer a Igreja Católica Ortodoxa com o fortalecimento do Papa. b) O grupo social que liderou o movimento foi a nobreza, visto que grandes cruzadas foram lideradas por reis, duques e condes que buscavam conquistar novas terras e ampliar suas influências. Segundo o cronista, o apoio de divino estaria na vontade de Deus em punir e derramar o “sangue daqueles que blasfemaram contra Ele durante tanto tempo”. 3. D O ritmo de trabalho anual apresentado pelo quadro segue as exigências da própria natureza. Com estações do ano bem demarcadas, os camponeses precisavam dividir bem seus trabalhos para garantirem uma produção de subsistência para suas famílias e para o pagamento dos tributos obrigatórios. Portanto, dependiam de questões naturais para dividirem seus trabalhos. 4. A O período da Baixa Idade Média marca o início de um processo de crise do feudalismo, paralelo ao renascimento urbano e comercial. Neste cenário, o surgimento de uma classe econômica forte ligada ao comércio enfraqueceu ainda mais as arcaicas relações feudais, que agora coexistia com novas formas de organização política e econômica e de relações sociais nas cidades. 5. A A espiritualidade medieval, controlada pelo cristianismo, difundia entre os fiéis que o “fim dos tempos” estava próximo e condenava diversas práticas com punições violentas e até a morte. Se não bastasse a construção dessa mentalidade escatológica entre os indivíduos da Idade Média, os perigos reais também assolavam essa população com pestes, guerras e grandes invasões, alimentando esse sentimento eterno de medo e insegurança. 1 Matemática Exercícios: Retas paralelas cortadas por uma transversal/teorema de Tales Exercícios 1. Com a urbanização, as cidades devem melhorar sua infraestrutura, como, por exemplo, fazendo mais vias asfaltadas. Sendo assim, a figura abaixo mostra a rua B, que precisa ser asfaltada do ponto P atéo ponto Q. Na rua A, já asfaltada, há três terrenos com frente para a rua B e para rua A As divisas dos lotes são perpendiculares à rua A. As frentes dos lotes 1,2 e 3 para a rua A, medem, respectivamente, 10m, 25m e 30m. A frente do lote 2 para a rua B mede 32m. Quantos metros de asfalto serão necessários? a) 65m b) 72m c) 38,4m d) 83,2m 2. (UFES) Uma transversal intercepta duas paralelas formando ângulos alternos internos expressos em graus por (5x + 8) e (7x – 12). A soma das medidas desses ângulos é: a) 40° b) 58° c) 80° d) 116° e) 150° 2 Matemática 3. Na figura, o segmento de reta DE é paralelo ao lado BC do triângulo ABC. Calcule o valor de x. 4. Na figura abaixo tem-se r//s; t e u são transversais. O valor de x + y é: a) 100° b) 120° c) 130° d) 140° e) 150° 3 Matemática 5. As retas r , s e t são retas paralelas cortadas pelas transversais u e v . Pertencem à reta u os pontos A, B e C de modo que AB = x e BC = 1 . Os pontos M , B e O pertencem a reta v onde MB = 3 e BO = 2 . Determine o valor de x.: a) 1 2 b) 2 3 c) 1 3 d) 1 4 e) 3 2 4 Matemática Gabarito 1. D De acordo com o Teorema de Tales, podemos escrever que: 32 25 25 PQ 32 65 PQ 83,2 m PQ 10 25 30 = = = + + 2. D Se os ângulos (5x + 8) e (7x – 12) são alternos internos, podemos afirmar que suas medidas são iguais. Sendo assim: 7x – 12 = 5x + 8 7x – 5x = 8 + 12 2x = 20 x = 20 2 x = 10 As medidas dos ângulos são: 5x + 8 = 5.10 + 8 = 50 + 8 = 58 7x – 12 = 7.10 – 12 = 70 – 12 = 58 A soma desses ângulos é 58 + 58 = 116 3. X = 9 Pelo Teorema de Tales temos: ( ) ( ) 1 3 2 3 3 1 2 3 3 3 2 6 9 x x x x x x x − + = − = + − = + = 4. C Para analisar as duas retas paralelas r e s cortadas pela duas retas transversais t e u, faremos as marcações coloridas de ângulos que podem ser identificados na figura: 5 Matemática Observe que o ângulo de 20° e o ângulo y, destacados em vermelho, podem ser classificados como alternos externos, pois estão em lados “alternados” à reta u e são “externos” às retas r e s, portanto, podemos afirmar que esses ângulos possuem a mesma medida, isto é, y = 20°. Podemos ainda afirmar que o ângulo x', destacado em verde, é correspondente ao ângulo x, sendo então de mesma medida (x = x'). Temos ainda também que os ângulos x' e 70° são suplementares, logo: x' + 70° = 180° x' = 180° – 70° x' = x = 110° A soma x + y resulta em 130° 5. E Pelo Teorema de Tales, temos: 3 1 2 2 3 3 2 x x x = = = 1 Redação A elaboração de diferentes tipos de introdução com base em um mesmo tema Resumo Para elaborar a dissertação argumentativa, é necessário desenvolver de modo coeso e coerente todas as partes do texto, sendo elas: introdução – desenvolvimento – conclusão. Neste material, focaremos na primeira parte da produção escrita, de modo a garantir maiores habilidades para o seu desenvolvimento. Introdução Também chamado de “cartão de visitas” do texto, é extremamente importante para o desenvolvimento do restante dos parágrafos. Isso porque é com a introdução que se estabelece o ponto de vista sobre o tema, assim como antecipa o leitor sobre as possíveis teses a serem analisadas. Entretanto, não somente é dever de quem escreve se atentar para a demonstração explícita da tese, como também faz parte de um planejamento prévio compreender as possíveis formas de introdução para ampliar o repertório textual. Vejamos os principais tipos com o seguinte tema: Enem 2019: A democratização do acesso ao cinema no Brasil TEXTO I No dia da primeira exibição pública de cinema — 28 de dezembro de 1895, em Paris —, um homem de teatro que trabalhava com mágicas, Georges Mélies, foi falar com Lumière, um dos inventores do cinema; queria adquirir um aparelho, e Lumière desencorajou-o, disse-lhe que o “Cinematógrapho” não tinha o menor futuro como espetáculo, era um instrumento científico para reproduzir o movimento e só poderia servir para pesquisas. Mesmo que o público, no início, se divertisse com ele, seria uma novidade de vida breve, logo cansaria. Lumière enganou-se. Como essa estranha máquina de austeros cientistas virou uma máquina de contar estórias para enormes plateias, de geração em geração, durante já quase um século? BERNARDET, Jean-Claude. O que é Cinema. In BERNARDET, Jean-Claude; ROSSI, Clóvis. O que é Jornalismo, O que é Editora, O que é Cinema. São Paulo: Brasiliense, 1993. TEXTO II Edgar Morin define o cinema como uma máquina que registra a existência e a restitui como tal, porém levando em consideração o indivíduo, ou seja, o cinema seria um meio de transpor para a tela o universo pessoal, solicitando a participação do espectador. GUTFREIND, C. F. O filme e a representação do real. E-Compós, v. 6, 11, 2006 (adaptado). 2 Redação TEXTO III Disponível em: www.meioemensagem.com. Acesso em: 12 jun. 2019 (adaptado) TEXTO IV O Brasil já teve um parque exibidor vigoroso e descentralizado: quase 3 300 salas em 1975, uma para cada 30 000 habitantes, 80% em cidades do interior. Desde então, o país mudou. Quase 120 milhões de pessoas a mais passaram a viver nas cidades. A urbanização acelerada, a falta de investimentos em infraestrutura urbana, a baixa capitalização das empresas exibidoras, as mudanças tecnológicas, entre outros fatores, alteraram a geografia do cinema. Em 1997, chegamos a pouco mais de 1 000 salas. Com a expansão dos shopping centers, a atividade de exibição se reorganizou. O número de cinemas duplicou, até chegar às atuais 2 200 salas. Esse crescimento, porém, além de insuficiente (o Brasil é apenas o 60º país na relação habitantes por sala), ocorreu de forma concentrada. Foram privilegiadas as áreas de renda mais alta das grandes cidades. Populações inteiras foram excluídas do universo do cinema ou continuam mal atendidas: o Norte e o Nordeste, as periferias urbanas, as cidades pequenas e médias do interior. Disponível em: https://cinemapertodevoce.ancine.gov.br. Acesso em: 13 jun. 2019 (fragmento) Introdução por argumento de autoridade: Apresentará uma personalidade com autoria na área temática para auxiliar o processo de criação textual. No final do século XIX, o diretor e produtor de arte londrino, Alfred Hitchcock, perguntado sobre o cinema disse que esse meio de demonstração cultural era o único que o fazia se livrar de seus medos. Embora a sétima arte seja um mecanismo de expressão e entretenimento, ainda se encontram, no Brasil, problemáticas para o acesso a elr uma vez que o processo histórico de urbanização, atrelado à insuficiência de políticas públicas nacionais, corroborou empecilhos em sua democratização. Introdução Histórica: Demonstrará conhecimento histórico do autor ao relembrar um acontecimento do passado e relacioná-lo com a problemática do presente. Em 1966, é criado o primeiro centro de consumo do território nacional. O shopping Iguatemi fora pioneiro em um empreendimento comercial que modificaria a relação da população com o entretenimento, uma vez que não somente as lojas, mas locais de cultura, como o cinema, migraram para o grande espaço. Reflexo do 3 Redação proceso histórico de urbanização, a indústria do cinema ainda é cenário para problemáticas quanto ao seu acesso, por haver insuficiência de políticas públicas, reforçando empecilhos em sua democratização. Introdução jornalística: Apresentará fatos e dados baseados em notícias que englobam o temade modo a interligar as ideias da contextualização com a tese. Com mais de 1,5 milhão de espectadores brasileiros no ano de 2019, o longa-metragem "Coringa" se tornou sucesso nacional ao abordar o lado histórico e reflexivo do conhecido personagem das HQs. Apesar de recentes recordes nacionais em bilheteria, a indústria do cinema ainda é cenário para problemáticas quanto ao seu acesso, uma vez que o processohistórico de urbanização, atrelado à insuficiência de políticas públicas, corroborou empecilhos em sua democratização. Introdução por apresentação temática: Apresentará brevemente o tema de modo a sugerir a tese em seguida e conectar as ideias por conceituação. O acesso à cultura na atualidade brasileira vem sofrendo constantes problemáticas no que tange sua democratização em todos os estados. Isso ocorre pelo motivo de a indústria cinematográfica sofrer processos históricos devido ao deslocamento das ruas para os grandes centros de consumo, como os shoppings, além da insuficiência de políticas públicas que corroboraram para empecilhos em sua propagação. Nesse sentido, deve-se questionar o tema, a fim de garantir meios para solucioná-lo. Apresentações temáticas – como garantir? Como pôde ser visto acima, há diversas maneiras de atingir o objetivo da demonstração temática e apresentação da tese, o importante é saber focalizar a prática. Nesse sentido, é de suma importância a sistemática prática de leitura e produção textual, uma vez que a primeira fará garantir o repertório prévio, enquanto a segunda auxiliará na prevenção de futuros erros e falta de planejamento. Leitura e prática – rotina ▪ Para desenvolvê-la, é necessário ler diariamente canais de comunicação, como jornais e revistas, preferencialmente com mais de uma opinião. Isso auxiliará na imparcialidade necessária para a dissertação argumentativa. ▪ Além disso, é interessante ampliar o repertório sócio-cultural. Além de utilizar conteúdos de outras matérias na redação, cabe também ao vestibulando coletar citações-chave (ou universais) para que possam interligar em mais de uma temática (acesse o material do Descomplica de redações exemplares: https://no.descomplica.com.br/40-citacoes-para-voce-usar-e-causar-na-sua-redacao/vestibulares) ▪ Quanto à prática, foque em realizar a rotina semanal de produção dissertativa de acordo com a disponibilidade de horários. Além disso, não deixe de analisar redações exemplares, de modo a conseguir adquirir estratégias argumentativas de cada texto. https://no.descomplica.com.br/40-citacoes-para-voce-usar-e-causar-na-sua-redacao/vestibulares 4 Redação Exercícios 1. Analise a introdução abaixo: O documentário americano, Blackfish, narra a história da baleia orca performática, Tilikun, responsável por três mortes sua vida em cativeiro. Privado de explorar o oceano, o animal exerceu função de entretenimento para o público por mais de 20 anos, garantindo sua liberdade apenas em 2017, com seu falecimento. Esse cenário, que não só é presente com os mamíferos aquáticos, acomete todo reino animal e sua exploração por parte dos seres humanos. Dessa forma, essa despreocupação histórica com os seres não-racionais persiste na atualidade, uma vez que a lenta mudança do pensamento social acarreta a desproteção desses por meio das leis. Determine o tema abordado pelo autor e o tipo de contextualização presente no documentário americando “Blackfish” para responder às próximas 2 questões. Analise as redações abaixo para responder às questões: Introdução I “Tornou-se chocantemente óbvio que a nossa tecnologia excedeu a nossa humanidade”. A reflexão de Albert Einstein em meados do século XX se faz presente no cenário atual, com o advento da internet. Embora a ampliação dos meios de comunicação virtual, além da exposição demasiada se seus usuários exista, a insegurança sobre as informações transmitidas no ciberespaço, atrelada à insuficiência de políticas públicas garantidas na decisão própria, fragiliza o internauta. Introdução II A partir de meados do século XX, inicia-se uma nova fase de processos tecnológicos: a Terceira Revolução Tecnológica e o advento da internet. Se o ambiente virtual, outrora, assustava por ser desconhecido, atualmente os usuários estão imersos no ciberespaço, onde, por exemplo, compram, vendem, se relacionam e dão permissões de acesso às suas informações indiscriminadamente. Nesse sentido, não é razoável que indivíduos não tenham amplos poderes sobre seus dados pessoais, o que acarreta hostilidade e insegurança na internet. 2. O tema em ambos os textos é similar? Apresente. 3. Quais foram as estratégias de contextualização de cada introdução? Analise a redação exemplar abaixo para responder às próximas 2 questões. No filme “Cidade de Deus”, Buscapé conta a história do crescimento do crime organizado na favela que se tornou um dos lugares mais perigosos do Rio de Janeiro no início dos anos 80. O protagonista, que cresceu em um ambiente violento, consegue mudar a sua realidade e não seguir o caminho do tráfico ao retratar o cenário vivido na comunidade aos jornais por causa de uma câmera fotográfica. Assim, pode-se perceber o poder do jovem na sociedade brasileira, visto que mesmo com adversidades enfrentadas no dia a dia é possível superá-las em busca de um futuro melhor. 5 Redação 4. A que tema pertence essa introdução? Qual é a estratégia de contextualização utilizada? 5. Reescreva o parágrafo de modo a utilizar outra forma de contextualizar a mesma tese. 6 Redação Gabarito A estratégia de contextulização que antecipa a tese é realizada pelo dcumentário “Blackfish”, estratégia cultural, uma vez que a temática é a exploração animal para fins de entretenimento na atualidade. Em ambos os textos a temática é “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet.” (ENEM 2018) Introdução I: Argumento de autoridade. Introdução II: Histórico. O tema é “ O poder do jovem na sociedade brasileira” e a estratégia de contextualização utilizada é a cultural, uma vez que aborda o filme “Cidade de Deus”. De acordo com a pesquisa realizada pela Fespsp em 2017, somente 41% dos jovens ente 15 e 29 anos haviam participado de alguma manifestação política no último ano. Embora na fala popular sobressaia o entendimento de que são as crianças e adolescentes o futuro de uma nação, cada vez menos elas participam de desenvolvimento da sociedade. Assim, pode-se perceber que o poder do jovem não é incentivado, visto que mesmo com adversidades enfrentadas no cotidiano é possível superá-las em busca de um futuro melhor. Enem Semana 4 Agora vai! Enem 2020 1 Biologia Glicídios Resumo Os glicídios, também conhecidos como carboidratos, são compostos orgânicos e podem ter função de fornecer energia ou compor estruturas. São constituídos basicamente de carbono, hidrogênio e oxigênio, e podem ser encontrados nas seguintes formas: • Monossacarídeos: Estrutura básica (monômero). São absorvidos diretamente pela célula. Sua fóbrrmula química básica é Cn(H2O)n. Dentre os principais monossacarídeos podemos citar as pentoses e as hexoses. As pentoses apresentam 5 átomos de carbono, com a fórmula C5H10O5 para a ribose (que forma o RNA) e C5H10O5 para o a desoxirribose (que forma o DNA), visto que há perda de um oxigênio. Dentre as hexoses, podemos citar a frutose, a glicose e a galactose, todas com a fórmula química C6H12O6, alterando apenas o posicionamento de alguns átomos (são estruturas isômeras – estruturas diferentes com mesma fórmula química). Estruturas químicas das pentoses (desoxirribose e ribose) e das hexoses (glicose, frutose e galactose). • Oligossacarídeos: São formados pela junção de dois a seis monossacarídeos. Dentre eles, os mais importantes são os dissacarídeos, que são formados pela ligação glicosídica entre dois monossacarídeos. São exemplos deles a sacarose (frutose + glicose), a maltose (glicose + glicose) e a lactose (galactose + glicose). Estruturas químicas dos dissacarídeos. 2 Biologia • Polissacarídeos: Com a junção de muitos monossacarídeos, formam-se os polímeros chamados de polissacarídeos, que podem ter função energética (apresentam moléculas que serão utilizadas para obtenção de energia para o metabolismo) ou estrutural (apresentam moléculas queapresentam resistência, formando estruturas físicas). São exemplos de polissacarídeos energéticos o amido (que é uma reserva energética encontrada em plantas) e o glicogênio (que é uma reserva energética encontrada em animais e fungos). Esses polissacarídeos se diferenciam principalmente pelo tamanho e quantidade de ligações, sendo o glicogênio maior que o amido. São exemplos de polissacarídeos estruturais a celulose (presente na parede celular de algas e plantas), a quitina (presente na parede celular de fungos e no exoesqueleto de artrópodes) e os peptidioglicanos (presente na parede celular de algumas bactérias). Estruturas químicas dos polissacarídeos Os polissacarídeos podem ser digeridos, com ação enzimática, em dissacarídeos, e estes também podem ser digeridos para, ao romper as ligações glicosídicas, formar os monossacarídeos. Isto é importante para que os monossacarídeos possam ser absorvidos no nosso trato digestivo, servindo para a nossa nutrição. O principal monossacarídeo energético é a glicose, usada diretamente no processo de respiração celular. A glicose pode ser encontrada circulante no nosso sangue ou armazenada no fígado e nos músculos, sob a forma de glicogênio. 3 Biologia Exercícios 1. Marque a alternativa que indica quais os elementos químicos fundamentais encontrados na composição de um carboidrato. a) Carbono, hidrogênio e hélio. b) Carbono, oxigênio e hidrogênio. c) Carbono, cálcio e potássio. d) Sódio, potássio e carbono. e) Carbono, magnésio e hidrogênio. 2. Podemos classificar os glicídios em três grupos principais: monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos. Marque a alternativa onde encontramos apenas glicídios formados pela união de dois monossacarídeos. a) amido e celulose. b) sacarose e celulose. c) frutose e glicose. d) celulose e glicogênio. e) sacarose e lactose. 3. Sabemos que o amido é uma importante substância de reserva encontrada em plantas e algumas algas. Marque a alternativa correta a respeito do amido. a) O amido não é um carboidrato. b) O amido é um dissacarídeo, assim como a frutose. c) O amido é um monossacarídeo, assim como a glicose. d) O amido é um polissacarídeo, assim como o glicogênio e a celulose. e) O amido é um plurissacarídeo, presente na membrana celular 4. O glicogênio e o amido, ambos polímeros de glicose, constituem polissacarídeos de reserva e são encontrados: a) Nas células do músculo estriado esquelético. b) Nas células animal e vegetal, respectivamente. c) Nas células hepáticas em diferentes quantidades. d) Nas células vegetal e animal, respectivamente. e) Tanto nas células animais quanto vegetais, na mesma proporção. 4 Biologia 5. Carboidratos (glicídios ou hidratos de carbono) são moléculas orgânicas constituídas fundamentalmente por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. Sobre essas moléculas, é correto afirmar que: a) Os monossacarídeos mais abundantes nos seres vivos são as hexoses (frutose, galactose, glicose), que, quando degradadas, liberam energia para uso imediato. b) Ribose e desoxirribose são polissacarídeos que compõem os ácidos nucleicos. c) A quitina é um dissacarídeo que constitui o exoesqueleto dos artrópodes e apresenta átomos de nitrogênio em sua molécula. d) A maioria dos carboidratos apresenta função energética, como a celulose e a quitina; entretanto, alguns podem apresentar função estrutural, como o amido e o glicogênio. e) Os animais apresentam grande capacidade de estocagem de carboidratos, quando comparados às plantas, que armazenam apenas lipídios. 6. Os animais retiram dos alimentos os nutrientes necessários para a sua sobrevivência. Cada nutriente apresenta uma determinada finalidade, e, aos glicídios, pode ser atribuída a função de: a) produzir anticorpos. b) participar da composição de hormônios sexuais. c) funcionar como isolante térmico. d) fornecer energia às células. e) proteger nosso corpo contra impactos. 7. A celulose é um carboidrato, um polissacarídeo de origem vegetal e com função estrutural. É um componente presente em todos os alimentos de origem vegetal. Os seres humanos não são capazes de digerir as fibras de celulose, porém elas são importantíssimas, pois: a) fornecem energia para o corpo. b) formam estruturas esqueléticas importantes. c) são fontes de vitaminas. d) facilitam a formação e a eliminação das fezes. e) são importantes para o crescimento. 5 Biologia 8. O propósito principal dos carboidratos na dieta humana é a produção de energia metabólica. Os açúcares simples são metabolizados diretamente na via glicolítica. E os carboidratos complexos são degradados em açúcares simples que então podem entrar na via glicolítica. Embora os lipídios na forma de triacigliceróis possam representar uma fonte liberadora de energia duas vezes maior que os carboidratos, são estes últimos que representam a primeira opção para os organismos extraírem energia. LEHNINGER, A.L., NELSON, D.L. & COX, M.M. Princípios de bioquímica. São Paulo: Sarvier, 2011. (com adaptações) Os organismos preferem carboidratos aos lipídios para liberação de energia porque: a) Os carboidratos não podem ser utilizados para a síntese de lipídios. b) Existe deficiência em concentração no sistema enzimático que hidrolisa lipídios. c) Os carboidratos são hidrossolúveis assim como as enzimas que os hidrolisam. d) Os lipídios possuem estruturas mais complexas que os carboidratos. e) Os lipídios são hidrofílicos e as enzimas que os hidrolisam são hidrofóbicas. 9. Glicogênio, amido e celulose apresentam em comum a) função de reserva. b) função enzimática. c) constituição glicosídica. d) constituição polipeptídica. e) função de isolante térmico. 10. O papel comum é formado, basicamente, pelo polissacarídeo mais abundante no planeta. Este carboidrato, nas células vegetais, tem a seguinte função: a) revestir as organelas. b) formar a membrana plasmática. c) compor a estrutura da parede celular. d) acumular reserva energética no hialoplasma. e) formar organelas 6 Biologia Gabarito 1. B Os carboidratos são moléculas orgânicas formadas por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. 2. E A sacarose (glicose + frutose) e a lactose (glicose + galactose) são dissacarídeos. 3. D O amido é um polissacarídeo com função energética. 4. B O glicogênio é o polissacarídeo de reserva animal, enquanto o amido, reserva vegetal. 5. A Os monossacarídeos são utilizados no processo de respiração celular e formação de ATP, dando energia para o metabolismo. 6. D A principal função dos carboidratos é fornecer energia. 7. D A celulose é rica em fibras, e por não ser digerida, auxilia na formação do bolo fecal, facilitando a eliminação das fezes. 8. C Os carboidratos são solúveis em água, o que facilita a sua utilização pelas enzimas que também são hidrossolúveis. Dessa forma a utilização é mais rápida que os lipídios para a geração de energia. 9. C Glicogênio e amido (função energética) e celulose (função estrutural) são glicídios do tipo polissacarídeos. 10. C O papel, de origem vegetal, possui o carboidrato celulose, que tem função estrutural na formação da parede celular. 1 Biologia Relações ecológicas harmônicas Resumo A ecologia pode ser dividida em dois ramos de estudos: a ecobiose, que estuda a relação dos seres vivos com o meio ambiente e a alelobiose, que são as relações ecológicas dos seres vivos entre eles. As relações ecológicas podem ser harmônicas (nenhum dos indivíduos são prejudicados) ou desarmônicas (pelo menos um dos indivíduos é prejudicado). Ainda, podem ser intra específicas (mesma espécie) ou interespecíficas (espécies diferentes). São utilizadosos símbolos de positivo + (para indicar uma vantagem na relação), de negativo – (para indicar um prejuízo para o indivíduo) e o 0 (representando uma indiferença na relação, ou seja, não se afeta nem positivamente nem negativamente). Veja a seguir uma tabela, resumindo as principais relações ecológicas harmônicas: Relações harmônicas Intraespecíficas Colônia (+, +) Gregarismo (+, +) Sociedade (+, +) Interespecíficas Mutualismo (+, +) Protocooperação (+, +) Comensalismo (+, 0) Inquilinismo (+, 0) Foresia (+, 0) Relações Harmônicas Intraespecíficas • Colônia (+,+): Indivíduos da mesma espécie são anatomicamente ligados, formando uma nova entidade. Os indivíduos podem apresentar organismos idênticos e que desempenham a mesma função (colônias isomorfas, como os corais e bactérias) ou com forma e funções diferentes (colônias heteromórficas, como a caravela-portuguesa, um Cnidário). Caravela-portuguesa, exemplo de colônia heteromórfica, flutuando no mar. 2 Biologia • Gregarismo (+,+): Indivíduos da mesma vivem juntos, porém sem ligações anatômicas ou sem hierarquia social. Esse aglomerado ajuda na proteção da população, seja para enganar predadores, confundi-los ou mesmo assusta-los, como por exemplo grandes cardumes ou manadas. Cardume de peixes, em gregarismo, que muitas vezes ajuda a escapar dos ataques de predadores. • Sociedade (+,+): São organismos que vivem juntos, sem serem anatomicamente ligados, porém apresentam uma hierarquia, com divisão de trabalho. São exemplos as abelhas, com a divisão de trabalhos na colmeia com a abelha rainha, o zangão e as abelhas operárias. Os insetos Himenópteros, como as abelhas e as formigas, são exemplos de animais que vivem em sociedade. Relações Harmônicas Interespecíficas • Mutualismo (+,+): Indivíduos de espécies diferentes se relacionam de maneira obrigatória, e ambos são beneficiados. Ou seja, sozinhos, esses indivíduos não sobrevivem. São exemplos os líquens, onde alga ou cianobactérias fornecem matéria orgânica ao fungo, que dá sais minerais e gás carbônico em troca. Os ruminantes também são animais que vivem em mutualismo com as bactérias que digerem celulose, presentes em seu estômago. 3 Biologia Líquens representam uma associação mutualística entre fungos e algas ou cianobactérias • Protocooperação (+,+): Indivíduos de espécies diferentes se relacionam em benefício mútuo, porém não é uma relação obrigatória, ou seja, separados, eles conseguem sobreviver. Pode ser considerado por alguns autores como um tipo de mutualismo facultativo. Dentre alguns exemplos temos o pássaro- palito, conseguindo alimento dos restos na boca de um crocodilo, e o crocodilo se beneficia ficando com menos bactérias e problemas bucais. Outro exemplo seria o crustáceo paguro com uma anêmona em sua concha: a anêmona consegue mais alimento pois há uma maior correnteza de água passando conforme o paguro anda, e o paguro recebe proteção da anêmona, por conta de seus tentáculos urticantes. Pássaros que comem carrapatos de outros animais são um exemplo de protocooperação, pois estas aves conseguem alimentos e os animais ficam livres dos parasitas. • Comensalismo (+,0): Um dos indivíduos envolvidos é beneficiado, enquanto o outro não recebe nem benefícios nem malefícios, sendo indiferente para ele. Um dos exemplos é o tubarão e as rêmoras, onde o tubarão se alimenta normalmente, e o resto da comida é ingerido pelas rêmoras e outros peixes que nadam próximo. Outro exemplo seria dos leões e das hienas. Os leões, após comerem, abandonam a carcaça, e as hienas vão e se alimentam deste resto do animal. 4 Biologia As rêmoras que comem resto de comida de tubarões indicam uma relação de comensalismo • Inquilinismo (+,0): Um ser vivo vive ou se abriga em outro, sem causar nenhum prejuízo. Um exemplo é o peixe-agulha vivendo no reto de pepinos do mar. Peixe agulha vivendo dentro de um pepino do mar. A presença deste peixe não afeta negativamente o pepino do mar. Fonte: Vista al Mar. Disponível em: https://www.vistaalmar.es/especies-marinas/peces-extranos/2049-pez-perla-busca-refugio-ano- pepino-mar.html Quando se trata de plantas, chamamos essa relação de epifitismo, onde uma planta fica sobre galhos de outras para conseguir mais luz. Dentre os exemplos podemos citar as bromélias e as orquídeas. 5 Biologia Bromélia epífita sobre um tronco de árvore. • Foresia (+,0): São quando organismos utilizam outros para sua locomoção, sem atrapalhar a movimentação ou causar qualquer prejuízos a eles. São exemplos alguns ácaros e carrapatos, que se prendem em pernas de insetos para serem transportados, e também sementes com que se prendem no pelo ou penas de animais, sofrendo dispersão para outros locais. Ácari preso na pata de um inseto Hemíptero, sem causar danos, para ser transportado por foresia. 6 Biologia Exercícios 1. A celulose, presente nos vegetais, é um alimento importante para muitas espécies de animais herbívoros, como os ruminantes. Eles próprios não tem capacidade de digerir a celulose e, para que ela seja aproveitada, necessária uma associação com microrganismos, que ficam na parte aglandular do estomago dos ruminantes. Esses microrganismos são capazes de produzir a celulase, uma enzima que digere a celulose, possibilitando o aproveitamento da matéria orgânica vegetal, tanto pelos ruminantes como pelos microrganismos. A relação descrita e um exemplo de a) predatismo. b) competição c) mutualismo. d) inquilinismo. e) comensalismo. 2. Uma colônia de formigas inicia-se com uma rainha jovem que, após ser fecundada pelo macho, voa e escolhe um lugar para cavar um buraco no chão. Ali dará origem a milhares de formigas, constituindo uma nova colônia. As fêmeas geradas poderão ser operárias, vivendo cerca de um ano, ou novas rainhas. Os machos provêm de óvulos não fertilizados e vivem aproximadamente uma semana. As operárias se dividem nos trabalhos do formigueiro. Há formigas forrageadoras que se encarregam da busca por alimentos, formigas operárias que retiram dejetos da colônia e são responsáveis pela manutenção ou que lidam com o alimento e alimentam as larvas, e as formigas patrulheiras. Uma colônia de formigas pode durar anos e dificilmente uma formiga social consegue sobreviver sozinha. MELO, A. Como funciona uma sociedade de formigas? Disponível em: http://www.cienciahoje.uol.com.br. Acesso em: 21 fev. 2009 (adaptado). Uma característica que contribui diretamente para o sucesso da organização social dos formigueiros é a) a divisão de tarefas entre as formigas e a organização funcional da colônia. b) o fato de as formigas machos serem provenientes de óvulos não fertilizados. c) a alta taxa de mortalidade das formigas solitárias ou das que se afastam da colônia. d) a existência de patrulheiras, que protegem o formigueiro do ataque de herbívoros. e) o fato de as rainhas serem fecundadas antes do estabelecimento de um novo formigueiro. 3. As esponjas desempenham papéis importantes em muitos habitats marinhos. A natureza porosa das esponjas as torna uma habitação ideal para vários crustáceos, equinodermos e vermes marinhos. Além disso, alguns caramujos e crustáceos têm, tipicamente, esponjas grudadas em suas conchas e carapaças, tornando-os imperceptíveis aos predadores. Nesse caso, a esponja se beneficia por se nutrir de partículas de alimento liberadas durante a alimentação de seu hospedeiro. As relações ecológicas presentes no texto são a) protocooperação e competição. b) inquilinismo e protocooperação. c) inquilinismo e parasitismo. d) competição e predação. e) parasitismo e predação. 7 Biologia 4. A interação ecológica apresentada entre os animais do segundo quadro é harmônica,
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