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Construção de Algoritmos Construção de Algoritmos 1ª edição 2018 Presidente do Grupo Splice Reitor Diretor Administrativo Financeiro Diretora da Educação a Distância Gestor do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas Gestora do Instituto da Área da Saúde Gestora do Instituto de Ciências Exatas Autoria Parecerista Validador Antônio Roberto Beldi João Paulo Barros Beldi Claudio Geraldo Amorim de Souza Jucimara Roesler Henry Julio Kupty Marcela Unes Pereira Renno Regiane Burger Ronan Loschi Rodrigues Ferreira Fabiano Prado Marques *Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência. Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal. 8 1Unidade 1 1. Introdução aos Conceitos de Algoritmo e Ambientes de Desenvolvimento (IDE) em C Para iniciar seus estudos Nesta unidade, será iniciada uma agradável viagem pelo aprendizado sobre construção de algoritmos. Durante o estudo da unidade, você con- seguirá compreender o contexto do algoritmo e da programação, bem como escrever o seu primeiro algoritmo sequencial. Para isso, é impor- tante organizar seus horários e o seu ambiente de estudos. Gostou? Então, vamos em frente! Objetivos de Aprendizagem • Definir computador, algoritmos e linguagem de programação. • Apontar as fases de um algoritmo e de um programa de computador. • Usar a lógica na solução de problemas. • Identificar as funcionalidades de um ambiente de desenvolvi- mento (IDE). • Criar um primeiro algoritmo sequencial. 9 Construção de Algoritmos | Unidade 1 - Introdução aos Conceitos de Algoritmo e Ambientes de Desenvolvimento (IDE) em C Introdução da unidade Nesta unidade, você estudará os conceitos iniciais para começar no desenvolvimento de programas de compu- tador. Inicialmente, serão apresentados conceitos sobre computador, linguagem de programação e algoritmo, bem como as fases de um algoritmo. Além disso, você verá o uso da lógica na resolução de problemas pessoais e profissionais. Ao final, conhecerá um ambiente de desenvolvimento (IDE) em linguagem C, no qual poderá desenvolver os programas durante esta disciplina. 1.1 Introdução aos conceitos de algoritmo e ambientes de desenvolvimento (IDE) em C 1.1.1 Conceitos de computador e de linguagem de programação 1.1.1.1 Computador Segundo Manzano (2016, p. 14), o computador pode ser entendido como “uma coleção de componentes inter- ligados com o objetivo de efetuar (processar) operações aritméticas e lógicas de grandes quantidades de dados”. Ainda de acordo com o mesmo autor, o computador possui: • Unidades de entrada de dados (exemplo: teclado). • Unidades de saída de dados (exemplo: monitor). • Unidades de armazenamento (exemplo: memórias). • Unidades de processamento de dados (exemplo: unidade central de processamento – CPU ou processador). A Figura 1 mostra um esquema básico de um computador. Figura 1 – Esquema básico de um computador Entrada de dados Saída de dados Processamento de dados Memória principal de armazenamento temporário de dados Memória secundária de armazenamento permanente de dados Fonte: Elaborada pelo autor. 10 Construção de Algoritmos | Unidade 1 - Introdução aos Conceitos de Algoritmo e Ambientes de Desenvolvimento (IDE) em C 1.1.1.2 Linguagem de programação Hardware é a parte física do computador, e software, a parte virtual, ou seja, os programas. Para que um computa- dor funcione, ele precisa tanto do hardware quanto do software adequados. Aqui, você estudará sobre a progra- mação do computador, que está relacionada à construção de softwares. Os hardwares do computador são os dispositivos físicos que permitem a entrada, o proces- samento, o armazenamento e a saída dos dados (CARVALHO, 2017). Para saber mais sobre hardwares, acesse o site Clube do Hardware. Saiba mais Sem os programas, o computador não pode funcionar – é como se os programas fossem a parte inteligente do computador. É aí que entram o algoritmo e a programação, pois, se o computador não for programado adequa- damente, ele simplesmente não funcionará. E é aqui que você entra, pois somente os seres humanos podem programar o computador, inclusive quando essa programação permite que o computador possa “aprender” a se “autoprogramar” (MANZANO, 2016). Para programar o computador e “ensiná-lo” a executar alguma tarefa ou a fazer o que você desejar, é neces- sário que você aprenda a construir instruções e rotinas computacionais por meio de uma linguagem que o computador possa “entender” – essa linguagem é chamada de linguagem de programação. Segundo Medina (2006), considera-se a linguagem de programação como um conjunto de instruções e, ainda de acordo com o mesmo autor, existem basicamente dois tipos de linguagem de programação: as de baixo nível e as de alto nível (MEDINA, 2006). As linguagens de baixo nível, também conhecidas como linguagem de máquina, são complexas de programar e, por isso, exigem muito conhecimento. Normalmente, pessoas especializadas e com aptidão utilizam essas linguagens de máquina para programar computadores, sendo um exemplo clássico a linguagem assembly (MAN- ZANO, 2016). As linguagens de programação de alto nível, por sua vez, são aquelas cujas instruções estarão mais próximas da linguagem natural, independentemente do idioma. Para Manzano (2016, p. 22), “as linguagens de alto nível pos- sibilitam maior facilidade de comunicação, pelo fato de serem próximas à comunicação humana, pois se baseiam no idioma inglês”. Como exemplos de linguagem de alto nível, é possível citar: C, C++, C#, Java, JavaScript, Phy- thon, entre outras. Para saber mais sobre as outras linguagens de programação de alto nível, acesse o site da Academia do Código. Saiba mais 11 Construção de Algoritmos | Unidade 1 - Introdução aos Conceitos de Algoritmo e Ambientes de Desenvolvimento (IDE) em C Agora que você já sabe o que é e para que serve uma linguagem de programação, deve estar se perguntando como o computador entende uma linguagem de alto nível já que todos os computadores só entendem a lingua- gem de máquina baseada em 0 (zero) e 1 (um). Está curioso para saber? Então, vamos lá. Durante a execução de um programa, existe um programa – que alguém criou, é claro – denominado compilador. Os compiladores possuem o poder de “pegar” um código criado em uma linguagem de alto nível e transformá-lo em uma linguagem que o computador entenda, ou seja, em uma linguagem de máquina. Segundo Medina (2006, p. 16), “o compilador é um programa de computador que gera um arquivo em linguagem de máquina”. Para saber mais, acesse o site da Academia do Código. Fique atento! Muito bem, agora você deve estar se perguntado: “Qual linguagem de programação utilizaremos durante o nosso estudo?”. Utilizaremos a linguagem de programação C. E quais as razões para se utilizar a linguagem C? Bom, vamos lá. Inicialmente, a linguagem C serve para o desenvolvimento de qualquer projeto, sendo potente, flexível, rápida, portável, popular, modular e de alto nível; além disso possui bibliotecas poderosas, entre outras vantagens (DALMAS, 2016). A linguagem C foi desenvolvida por Dennis M. Ritchie em 1972 com o objetivo de ser utilizada no desen- volvimento do sistema operacional Unix e com uma linguagem capaz de utilizar recursos internos do com- putador. A linguagem C possui grande aceitação e é padronizada pelo instituto de normas técnicas (ANSI) (MANZANO, 2013). Por que a linguagem C é tão antiga e igualmente poderosa? Para melhor reflexão, consulte: MANZANO, José Augusto N. G.; OLIVEIRA, Jayr F. de. Estudo Dirigido de Linguagem C. 17. ed. São Paulo: Editora Érica, 2013. Os programadores mais experientes costumam dizer que um programador consegue desenvolver seuscódigos em qualquer linguagem de programação e atribuem isso ao conhecimento, que antecede ao ato de programar, que se refere à lógica de programação e à construção de algoritmos. Isso seria como conhecer as leis de trânsito e ter aulas de direção (lógica e algoritmos) antes de sair dirigindo o carro (programar). Verdade ou não, é preciso ser prudente; então, antes de entrar a fundo na linguagem de programação C, conheça agora um pouco sobre algoritmos e lógica de programação – assim, estará mais preparado para seguir “viagem”. 12 Construção de Algoritmos | Unidade 1 - Introdução aos Conceitos de Algoritmo e Ambientes de Desenvolvimento (IDE) em C 1.2 Conceito de algoritmo Para Medina (2006, p. 15), entende-se programa de computador como “um conjunto de instruções que será exe- cutado pelo processador em uma determinada sequência e que levará o computador a executar alguma tarefa”. Segundo Guimarães (2018), programar é basicamente construir algoritmos. Para Manzano (2016, p. 24), algoritmos “na ciência da computação (informática) está associada a um conjunto de regras e operações bem definidas e ordenadas, destinadas à solução de um problema ou de uma classe de problemas, em um número finito de passos”. Já para Soffner (2013, p. 21), ”algoritmo é um conjunto de passos, passível de repetição, que resolve um problema”. Em outras palavras, algoritmo é uma sequência – finita – de passos logicamente ordenados e que resolve deter- minado problema, sendo escrito em uma pseudolinguagem de programação ou pseudocódigo, com regras muito próximas da linguagem natural, o que justifica o seu uso. Assim, em termos computacionais, todo algo- ritmo precisará ser reescrito em uma linguagem de programação para ser “entendido” pelo computador. Um algoritmo pode ser apresentado na forma de texto ou na forma gráfica por meio de blocos. Nos dois casos, será necessário entender o problema a ser resolvido, os dados de entrada, os processamentos necessários, bem como as saídas (resultados) alcançadas (MANZANO, 2016). Com base na definição que diz que um algoritmo é uma sequência finita de passos, logica- mente ordenados, e que resolve determinado problema, como você escreveria um algoritmo para trocar uma lâmpada? Exemplificando o significado de algoritmos em uma linguagem mais natural, você pode pensar em uma receita de bolo como sendo um algoritmo. Sim, é isso mesmo. Veja só: uma receita de bolo é, antes de tudo, uma sequên- cia finita de passos, logicamente ordenados e que resolve determinado problema. Os passos são, por exemplo, pegar os ingredientes e misturá-los de maneira lógica e ordenada, pois não se pode colocar o bolo para assar antes de preparar a mistura. E o que resolve determinado problema é que não se pode fazer um bolo de chocolate com uma receita de bolo de laranja. Quem deve ter atenção na hora de criar e executar a receita? Isso mesmo, o cozinheiro. E quem deve ter atenção na hora de criar o algoritmo e o programa de computador? Isso mesmo, o programador – no caso, você! Agora você entendeu que não se pode resolver um problema computacional criando um programa de computa- dor com o objetivo de resolver outro problema, já sabe também que é tão importante entender e analisar o pro- blema antes de criar o algoritmo ou o programa que o resolverá. Com isso, poderá entender que, do mesmo jeito que uma pessoa pode seguir uma receita e preparar um bolo, um computador pode ser condicionado a seguir os códigos programados e executar determinada tarefa. 13 Construção de Algoritmos | Unidade 1 - Introdução aos Conceitos de Algoritmo e Ambientes de Desenvolvimento (IDE) em C O Facebook criou em São Paulo seu primeiro centro de treinamento na América Latina voltado à formação de programadores e empreendedores. Estima-se que o déficit de profissionais em áreas de tecnologia – incluindo programadores – do país é de mais de 160 mil trabalhadores. Saiba mais no site Forbes Brasil (FORBES BRASIL, 2018). 1.3 Fases de um algoritmo Existem diferentes paradigmas que podem ser utilizados na hora de se programar, sendo o mais utilizado o da programação estruturada, na qual o algoritmo é criado de forma sequencial ou linear. Outro paradigma muito utilizado é o da programação orientada a objetos, que não é o foco deste estudo (MANZANO, 2015). No paradigma da programação orientada a objetos (POO), a construção do código baseia- -se na composição e interação entre diversas unidades chamadas de objetos. Para conhecer mais sobre a POO, consulte HORSTMANN, Cay. Conceitos de computação com o essencial de C++ [recurso eletrônico]. Trad. Carlos Arthur Lang Lisbôa e Maria Lúcia Blanck Lisbôa. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2008. Fique atento! Segundo Manzano (2015), a programação estruturada possui vantagens, como: construção mais rápida do algo- ritmo, facilidade de encontrar erros, leitura do código simplificada, e atualização e manutenção descomplicadas. A construção de um algoritmo passa pelas seguintes fases: Fase 1 – Defina bem o problema a ser resolvido. Fase 2 – Entenda os detalhes do problema. Fase 3 – Defina os dados de entrada que serão passados para o algoritmo. Fase 4 – Defina os dados de saída que serão devolvidos pelo algoritmo. Fase 5 – Defina o processamento, ou seja, os cálculos e os comandos necessários e a ordem destes para executar a tarefa e resolver o problema. Fase 6 – Construa o algoritmo. 14 Construção de Algoritmos | Unidade 1 - Introdução aos Conceitos de Algoritmo e Ambientes de Desenvolvimento (IDE) em C Um projeto de programação passa pela criação do algoritmo, que, posteriormente, será passado para uma lin- guagem de programação e, finalmente, se tornará um programa de computador. A construção do algoritmo ocorrerá por meio de diagramas ou de texto. A norma internacional ISO 5807:1985(E) regulamenta a construção de algoritmos por meio de diagramas e fluxogramas. Já a construção por meio de texto é baseada na Program Design Language (PDL), que, no Brasil, é conhecido como português estruturado ou portugol. Em computação: • Sintaxe é a forma como se escreve um comando. • Semântica é o significado do comando, ou seja, o que ele fará ao ser executado. Fique atento! A seguir, serão apresentados dois exemplos de algoritmo: um escrito em portugol; outro, em diagrama de bloco. Para isso, serão seguidas as seis fases já citadas: Fase 1 – Defina bem o problema a ser resolvido. Problema: faça um algoritmo que leia dois números inteiros, calcule e imprima a soma desses números. Fase 2 – Entenda os detalhes do problema. Entendendo o problema: serão necessários dois números, que ficarão armazenados na memória do computador. A memória do computador é um dispositivo que permite armazenar dados de forma temporária ou permanente. O primeiro ficará armazenado na região A da memória; o segundo, na região B da memória. Já o resultado da soma ficará em uma terceira região, ou seja, na região X da “memória”. Para somá-los, será necessário o operador de adição (+). Seguindo as regras da PDL/portugol, deve ser utilizada uma seta para indicar a atribuição dos valo- res para A, B e C; a palavra Início indicará o começo do algoritmo, e a palavra Fim, o final. A palavra Leia indicará que um dado foi lido e armazenado em A ou em B, e a palavra Escreva indicará que um dado foi mostrado em um dispositivo de saída – no caso, um monitor. Você deve ter percebido que, por mais simples que o problema possa ser, é preciso entender seus detalhes para, assim, construir um algoritmo capaz de resolvê-lo. Fase 3 – Defina os dados de entrada que serão passados para o algoritmo. Serão passados dois números inteiros: o primeiro para A, e o segundo para B. Fase 4 – Defina os dados de saída que serão devolvidos pelo algoritmo. A saída será o resultado da soma dos dois números inteiros, que ficará armazenada em C e, posteriormente, será mostrada para o usuário. 15 Construção de Algoritmos | Unidade 1 - Introdução aos Conceitos de Algoritmo e Ambientesde Desenvolvimento (IDE) em C Fase 5 – Defina o processamento, ou seja, os cálculos e os comandos necessários e a ordem destes para executar a tarefa e resolver o problema. O processamento será a realização da soma dos valores utilizando o operador de adição (+) e, posteriormente, a seta para armazenar o resultado em C. Fase 6 – Construa o algoritmo. Algoritmo textual seguindo as regras do PDL/portugol: Início INTEIRO: A, B, X Leia (A) Leia (B) X ← A+B Escreva (X) Fim Algoritmo em bloco seguindo as regras da ISO 5807:1985(E): //Regiões de armazenamento de dados //Entrada de dados //Processamento //Saída de dados Início INTEIRO: A, B, X Leia (A) Leia (B) X A+B Escreva (X) Fim A forma mais conhecida e utilizada para a construção de algoritmos é a textual, seguindo as regras do PDL ou, no Brasil, o português estruturado ou portugol. O portugol possui um conjunto de regras e comandos que são definidos por meio de sintaxes e semânticas. Início A, B, X X � A+B Escreva (X) Fim 16 Construção de Algoritmos | Unidade 1 - Introdução aos Conceitos de Algoritmo e Ambientes de Desenvolvimento (IDE) em C Para saber mais sobre a construção de algortimos por meio da utilização da ferramenta textual portugol ou da ferramenta gráfica ISO 5807:1985(E), consulte: MANZANO, José Augusto N. G.; OLIVEIRA, Jayr F. de. Algoritmos Lógica para Desenvolvimento de Pro- gramação de Computadores. 28. ed. São Paulo: Editora Érica, 2016; GUIMARÃES, Ângelo de Moura; LAGES, Newton Alberto de Castilho. Algoritmos e estrutura de dados. reimp. Rio de Janeiro: LTC, 2008; FORBELLONE, André Luiz Villar; EBERSPACHER, Henri Frederico. Lógica de programação: a construção de algoritmos e estruturas de dados. 3. ed. São Paulo: Prentice, 2005. Saiba mais 1.4 Uso da lógica na resolução de problemas O raciocínio lógico requer conhecimento, versatilidade, experiência, criatividade, ponderação, calma, autodis- ciplina, entre outros atributos. É preciso, portanto, saber como pensar. Segundo Manzano (2016, p. 27), “é a sequência coerente, regular e necessária de acontecimentos, de coisas ou fatos, ou até mesmo a maneira do raciocínio particular que cabe a um indivíduo ou a um grupo”. Para Forbellone (2005), é importante perceber o uso da lógica para a resolução de problemas no dia a dia, uma vez que, para executarmos as tarefas do nosso dia a dia, enviamos “ordens” ao nosso cérebro, e isso é feito de forma lógica. Veja um exemplo: • A porta do carro está fechada. • Preciso entrar dentro do carro. • Logo, primeiramente, terei que abrir a porta para conseguir entrar no carro. Sim, parece simples, mas utilizamos a lógica para executarmos todas as tarefas do nosso dia a dia e, muitas vezes, por variados motivos, nos “atrapalhamos” em alguma coisa; aí temos que repensar a forma lógica de fazer para que a execução dê certo. Agora, você deve estar se perguntando: “Mas o que a lógica tem a ver com a programa- ção de computadores?”. A melhor resposta seria “tudo”! Segundo Manzano (2016, p.27) o raciocínio lógico usado na prática da programação de computa- dores pode ser entendido como uma técnica de se encadear pensamentos com o intuito de aten- der a um certo objetivo. A lógica de programação objetiva o estabelecimento de uma sequência organizada de passos que serão executados por um computador, na forma de um programa. Na construção de algoritmos e de programas de computador, além de empregar o raciocínio lógico, o progra- mador precisa saber a definição de valor lógico. Segundo Soffner (2013), um valor lógico só pode ser falso ou verdadeiro, e esses valores podem ser obtidos por meio de sentenças, proposições ou expressões. 17 Construção de Algoritmos | Unidade 1 - Introdução aos Conceitos de Algoritmo e Ambientes de Desenvolvimento (IDE) em C Veja um exemplo de expressão não computacional: a) Nove é maior que vinte? O resultado lógico para a expressão acima é falso. Agora, um exemplo de uma expressão computacional: a) A<=B Observe que o resultado dependerá do valor de A e do valor de B. Por exemplo, se o valor de A for igual a cinco (5) e o valor de B for igual a dez 10, o resultado lógico, nesse caso, será igual a verdadeiro. Para saber mais sobre a lógica e a programação de computadores, consulte: SILVA, Flávio Soares Corrêa da; FINGER, Marcelo; MELO, Ana Cristina Vieira de. Lógica para computação. São Paulo: Cengage Learning, 2006. Saiba mais Segundo Forbellone (2005), o estudo da lógica permite a construção mais coerente e correta de algoritmos (por exemplo, utilizando o portugol como ferramenta textual) e, consequentemente, a construção mais correta de programas de computador (utilizando as linguagens de programação). 1.5 Ambientes de desenvolvimento (IDE) em linguagem C Um ambiente de desenvolvimento integrado (IDE) permite a construção de programas de computador por meio de ferramentas simples (como um editor de texto para a digitação do código), em uma linguagem de programa- ção suportada pelo IDE, bem como de compiladores, que transformarão o código digitado em uma linguagem de baixo nível, que poderá ser entendida e executada pelo computador a fim de realizar uma tarefa. Recursos como salvar e abrir também fazem parte de um IDE. Existem diversos IDEs disponíveis. Alguns são proprietários ou pagos, e outros são livres ou gratuitos. Para este estudo, você pode utilizar um software livre e gratuito, como o Dev C++. Para fazer o download do Dev C++, acesse o site do projeto Dev C++. Para saber mais sobre o IDE Dev C++, acesse o site do projeto Dev C++. Fique atento! 18 Construção de Algoritmos | Unidade 1 - Introdução aos Conceitos de Algoritmo e Ambientes de Desenvolvimento (IDE) em C Após realizar o download do IDE Dev C++, você pode realizar a instalação do IDE. Para isso, siga os passos a seguir (FIGURAS 2 a 17). 1º passo: dê um duplo clique no arquivo de instalação e aguarde. Figura 2 – Tela de instalação do IDE Dev C++ Fonte: Elaborada pelo autor. 2º passo: escolha o idioma de instalação e clique em OK. Figura 3 – Tela de instalação do IDE Dev C++ Fonte: Elaborada pelo autor. 3º passo: leia o contrato de licença e clique em Aceito. Figura 4 – Tela de instalação do IDE Dev C++ Fonte: Elaborada pelo autor. 19 Construção de Algoritmos | Unidade 1 - Introdução aos Conceitos de Algoritmo e Ambientes de Desenvolvimento (IDE) em C 4º passo: marque a instalação de todos os componentes e clique em Seguinte. Figura 5 – Tela de instalação do IDE Dev C++ Fonte: Elaborada pelo autor. 5º passo: escolha o local de instalação do IDE em seu computador (dica: aceite a sugestão de pasta de destino). Figura 6 – Tela de instalação do IDE Dev C++ Fonte: Elaborada pelo autor. 20 Construção de Algoritmos | Unidade 1 - Introdução aos Conceitos de Algoritmo e Ambientes de Desenvolvimento (IDE) em C 6º passo: aguarde enquanto o IDE é instalado em seu computador. Figura 7 – Tela de instalação do IDE Dev C++ Fonte: Elaborada pelo autor. 7º passo: ao final da instalação, clique em Terminar. Figura 8 – Tela de instalação do IDE Dev C++ Fonte: Elaborada pelo autor. 21 Construção de Algoritmos | Unidade 1 - Introdução aos Conceitos de Algoritmo e Ambientes de Desenvolvimento (IDE) em C 8º passo: escolha o idioma Portugese (Brazil). Figura 9 – Tela de instalação do IDE Dev C++ Fonte: Elaborada pelo autor. 9º passo: clique em Next. Figura 10 – Tela de instalação do IDE Dev C++ Fonte: Elaborada pelo autor. 22 Construção de Algoritmos | Unidade 1 - Introdução aos Conceitos de Algoritmo e Ambientes de Desenvolvimento (IDE) em C 10º passo: clique em Next novamente. Figura 11 – Tela de instalação do IDE Dev C++ Fonte: Elaborada pelo autor. 11º passo: parabéns! O IDE Dev C++ foi instalado com sucesso. Agora, para criar o seu primeiro projeto, clique em: Arquivo → Novo → Projeto. Figura 12 – Tela de criação de um novo projeto no IDE Dev C++ Fonte: Elaborada pelo autor. 23 Construção de Algoritmos | Unidade 1- Introdução aos Conceitos de Algoritmo e Ambientes de Desenvolvimento (IDE) em C 12º passo: clique em Projeto C → Console Application → Ok. Figura 13 – Tela de criação de um novo projeto no IDE Dev C++ Fonte: Elaborada pelo autor. 13º passo: crie uma pasta em seu computador e salve o projeto (dica: não modifique o nome do projeto e crie uma nova pasta para cada novo projeto). Figura 14 – Tela de criação de um novo projeto no IDE Dev C++ Fonte: Elaborada pelo autor. 24 Construção de Algoritmos | Unidade 1 - Introdução aos Conceitos de Algoritmo e Ambientes de Desenvolvimento (IDE) em C 14º passo: salve o arquivo principal (Main) na mesma pasta do projeto, sempre. Figura 15 – Tela de criação de um novo projeto no IDE Dev C++ Fonte: Elaborada pelo autor. 15º passo: muito bom! Agora você testará o IDE construindo o seu primeiro programa em C. Para isso, copie o código a seguir e cole no editor de texto; em seguida, clique em Salvar e, depois, em Compilar e executar. Figura 16 – Tela de programação do IDE Dev C++ Compilar e executar Fonte: Elaborada pelo autor. Copie e cole o código a seguir no editor de textos do IDE. #include <stdio.h> #include <stdlib.h> #include <locale.h> int main(int argc, char *argv[]){ setlocale(LC_ALL, “Portuguese”); printf(“OLÁ MUNDO!”); return 0; } 25 Construção de Algoritmos | Unidade 1 - Introdução aos Conceitos de Algoritmo e Ambientes de Desenvolvimento (IDE) em C 16º passo: observe a saída que foi gerada pelo IDE. Figura 17 – Tela de execução do IDE Dev C++ Fonte: Elaborada pelo autor. Com o Dev C++ instalado, o seu ambiente de programação está preparado. Agora você está pronto para seguir em frente. Vamos lá? O IDE Dev C++ foi feito para ser instalado no sistema operacional Windows. Caso utilize o Linux, então prefira o IDE Code:Blocks, disponível no site Codeblocks. Se você utilizar o OS X, então prefira o IDE Xcode. Consulte também MANZANO, José Augusto N. G.; MATOS, Eci- valdo; LOURENÇO, André Evandro. Algoritmos: técnicas de programação. 2. ed. São Paulo: Érica, 2015. Fique atento! Síntese da unidade Nesta unidade, foram apresentados os conceitos iniciais de programas de computador, computador, linguagem de programação e algoritmos, bem como as fases de um algoritmo. Além disso, você aprendeu a utilizar a lógica na resolução de problemas pessoais e profissionais. Por fim, entendeu o que é um ambiente de desenvolvimento (IDE) em linguagem C. 26 Considerações finais Parabéns, você chegou ao final da unidade 1 desta disciplina e deu o primeiro passo para iniciar a construção de algoritmos e de programas de computador. Ao estudar os conceitos de algoritmos e de ambientes de desenvolvimento integrado (IDEs), é possível estabelecer uma maior proximidade com o computador e com a linguagem de programação C. Agora, siga em frente! Unidade 1 1. Introdução aos Conceitos de Algoritmo e Ambientes de Desenvolvimento (IDE) em C Unidade 2 2. Tipos de Dados, Constantes, Variáveis, Operadores e Expressões em C Unidade 3 3. Função de Entrada e Função de Saída em C Unidade 4 4. Estruturas Condicionais ou de Decisão Unidade 5 5. Estruturas de Repetição: while e do-while Unidade 6 6. Estruturas de Repetição: for Unidade 7 7. Estrutura de Dados: Vetores e Matrizes Unidade 8 8. Aplicação de Estruturas Condicionais, Estruturas de Repetição, Vetores e Matrizes em C para Solução de Problemas
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