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RECOMENDAÇÕES SOBRE PARAMENTAÇÃO DESPARAMENTAÇÃO E DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIS) Revisores e Autores Docentes do curso de enfermagem Alynne Santana Leônida Edilene Macêdo Cordeiro Itamires Laiz Coimbra Jandra Cibele Rodrigues de Abrantes Pereira Leite Letícia Auxiliadora Rosa maria de Almeida Samia Carolina Silva e Reis Acadêmicos do curso de Enfermagem Alanis Uchoa de Castro Alexandra do Socorro Santos dos Anjos Danieli Xavier da Costa Diego Nascimento Placido de Araujo Eduarda Gabriele Neves Cavalcante Ellen Caroline Rodrigues Cortez Élen Horrainny Sousa dos Santos Organização Alynne Santana Leônida Fabielle da Rocha Félix Gabriele de Souza Schonardie Hádassa Joshua da Silva Sicsú Ingryd Lima Kischener Kalipsya Sales Nunes Kamila Deane Castro Medeiros Lauriane Stefani Ferreira de Araujo Silva Mayna Vitoria Nobre Martins Paulo Barbosa da Silva Paulo Vitor Ludwiski Duarte Rodrigues Raisa Vitória Finotti Morais Raquel Almeida Gomes Rebeka Genecy Souza Campos Roberta Marinho dos Santos Sabrina Cristovão Cruz Sabrina Pereira de Souza Samira Oliveira Maia Thayná Nascimento Monteiro Thereza Assad Alexis Azzi Wellimgton Cesar Monteiro da Silva Wendell Lucas Gorczak Aparecido Weslaine Gomes Fagundes Apresentação Os EPI's – equipamentos de proteção individu- al são dispositivos utilizados em serviços de saúde para proteger o profissional de situações e substâncias contaminantes que podem gerar algum risco à saúde. Final do ano de 2019, surgiu um novo vírus que veio a se disseminar no mundo inteiro ocasionando uma pandemia e levando as pessoas a adoeceram com sintomas aparentemente gripais, mas poden- do apresentar algum agravamento. Devido a situação em que o mundo se encontra, pessoas externas ao serviço de saúde tiveram que fazer uso desses equipamentos de proteção individual (EPI) para se protegerem desse novo vírus que assola nossa convivência social. Assim, esta cartilha tem como objetivo informar as recomendações sobre a utilização dos EPI's, de forma mais esclarecida e sucinta, e explica sobre a paramentação (ato de colocar os EPI's) e a desparamentação (ato de retirar os EPI's) desses equipamentos de proteção individual. Essas recomendações se fazem importantes nesse momento, visto a pandemia de coronavírus em que estamos enfrentando e baseia-se nas informações publicadas pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA (2020). Alynne Santana Leônida SUMÁRIO ORIENTAÇÕES PARA A PARAMENTAÇÃO DOS EPIS Avental ou capote.............................................................................................08 Máscara cirúrgica e máscara de proteção respiratória....................10 Óculos de proteção ou protetor facial .....................................................15 Gorro ou touca....................................................................................................18 Luvas......................................................................................................................19 ORIENTAÇÕES PARA A DESPARAMENTAÇÃO DOS EPIS Luvas.....................................................................................................................25 Avental ou capote.............................................................................................27 Gorro ou touca...................................................................................................28 Óculos de proteção ou protetor facial ....................................................29 Máscara cirúrgica e máscara de proteção respiratória...................30 Importante: A paramentação e a desparamentação dos EPIs devem seguir uma ordem de colocação e retirada para evitar contaminação. Sendo a ordem de colocação: Avental ou capote – Máscara – óculos de proteção ou protetor facial - Gorro ou touca (somente se houver aerossóis) – luvas. A ordem de retirada: Luvas – avental ou capote – Gorro (quando houver) – óculos de proteção ou protetor facial – máscara. ORIENTAÇÕES PARA A (Equipamento de proteção individual) PARAMENTAÇÃO DOS EPIS Avental ou capote Segundo a ANVISA (2020), capote ou avental (gramatura mínima de 30g/m2) deve ser utilizado para evitar a contaminação da pele e da roupa do profissional. Deve ser de mangas longas, punho de malha ou elástico e abertura posterior. Para sua confecção deve-se utilizar material atóxico, hidro/hemorrepelente, hipoalérgico, com baixo desprendimentos de partículas e resistente, proporcionando barreira antimicrobiana efetiva (Teste de Eficiência de Filtração Bacteriológicas – BFE). Deve permitir a execução de atividades com conforto e estar disponível em vários tamanhos. A utilização do avental por parte do profissional, protegerá a pele do seu corpo da exposição ao sangue e outras substâncias orgânicas provenientes do paciente. O uso da paramentação não é somente para a proteção do paciente na prevenção a contaminação, mas também dos profissionais, pois a principal forma de transmissão é através do contato com os fluidos do paciente, principalmente os fluidos de doenças aerotransmissíveis. 09 Vestir o avental ou capote pelas mangas, tocando somente na parte que haverá contato com a sua pele (parte interna) para não contaminar a parte externa. O tronco, braços e punhos devem estar totalmente cobertos. 1 1 10 Como vestir Máscara Verifique se a máscara não está danificada. Utilize o clip nasal como referência para identificar a parte superior. Coloque a máscara em seu rosto e prenda as alças atrás da cabeça, mantendo-as paralelas (nunca cruzadas). Aperte o clip nasal ou a borda rígida da máscara para que ela se adapte ao formato do seu nariz. Puxe a parte inferior da máscara para que ela cubra sua boca e seu queixo. Máscara cirúrgica O número de partículas infecciosas necessárias para causar uma infecção é frequentemente incerto ou desconhecido para patógenos respiratórios. Desta forma, as máscaras devem ser utilizadas para evitar a contaminação do nariz e boca do profissional por gotículas respiratórias. A utilização de máscaras para pessoas saudáveis é recomendada caso esteja cuidando de alguém com suspeita de infecção por Covd-19, assim como quando apresentar tosse e espirros. Seu uso é eficaz quando combinada com a lavagem frequente das mãos com solução alcoólica ou com água e sabão. Material Com clips nasal e elástico. Confeccionado em TNT - Tecido 100% polipropileno Atóxica. Dispõe lateralmente dois elásticos do tipo roliço recobertos com algodão, que se destinam ao apoio e a ajustes à face e que se prendem atrás da orelha de usuários. Como colocar: 1 2 3 4 5 11 Importante Indicada para uso em procedimentos que geram aerossóis; A forma de uso, manipulação e armazenamento deve seguir as recomendações do fabricante e nunca deve ser compartilhada entre profissionais. Máscara de proteção respiratória Algumas partículas eliminadas durante a respiração, a fala ou a tosse, se ressecam e ficam suspensas no ar, permanecendo durante horas. Quando o profissional atuar em procedimentos com risco de geração de aerossóis deve utilizar a máscara de proteção respiratória com eficácia mínima na filtração de 95% de partículas (tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3). A forma de uso, manipulação e armazenamento deve seguir as recomendações do fabricante. As máscaras não devem ser compartilhadas, assim como não se deve tentar realizar a limpeza, pois são descartáveis Segurar o respirador com o Clip nasal próximo à ponta dos dedos deixando as alças pendentes Troca deve ser realizada a cada 2 horas; Evite tocar ou ajustar enquanto estiver usando; Caso precise trocar, guarde a máscara em uma sacola; Uso é individual. Durante a retirada da máscara evite tocar a parte frontal, pois ela estará contaminada. Como colocar: 1 12 Ajustar o Clip nasal no nariz Posicionar uma das alças na nuca e a outra na cabeça. Verificar a vedação: respire através damáscara e veja se há algum vazamento 3 5 4 Encaixar o respirador sob o queixo 2 TESTE DE VEDAÇÃO PARA MASCARA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA Expire profundamente. Uma pressão positiva dentro da máscara significa que não tem vazamento. Se houver vazamento, ajuste a posição e/ou as alças de tensão. Teste novamente a vedação. Repita os passos até que a máscara esteja vedando corretamente! Verificação positiva da vedação 13 Verificação negativa da vedação Inspire profundamente. Se não houver vazamento, a pressão negativa fará o respirador agarrar-se no seu rosto. O vazamento resultará em perda de pressão negativa na máscara devido à entrada de ar através de lacunas na vedação. Máscara de tecido ATENÇÃO A ANVISA NÃO RECOMENDA O USO DE MÁSCARAS DE TECIDO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE Inúmeras controvérsias surgiram sobre a eficácia das máscaras de tecido. Contudo, foram estabelecidas diversas medidas excepcionais e temporárias, visando facilitar o acesso pela população a produtos auxiliares na prevenção do contágio, sob a emergência de saúde pública internacional relacionada ao vírus SARS-CoV-2, causador da Covid 19. As máscaras de pano feitas com itens domésticos ou feitas em casa com materiais comuns e de baixo custo podem ser usados como uma medida voluntária adicional de saúde pública. Para confecção, algumas recomendações devem ser seguidas: Tipos de tecido A. 100% Algodão- características finais quanto a gramatura: I- 90 a 110 (p/ ex, usadas comumente para fazer lençóis de meia malha 100% algodão); B. II- 120 a 130 (p/ ex, usadas comumente para fazer forro para lingerie); C. III- 160 a 210 (p/ ex, usada para fabricação de camisetas). Para a produção de máscaras faciais não profissionais pode ser utilizado Tecido Não Tecido (TNT) sintético com gramatura acima de 40. É recomendável que o produto manufaturado tenha 3 camadas: uma camada de tecido não impermeável na parte frontal, tecido respirável no meio e um tecido de algodão na parte em contato com a superfície do rosto. 14 1. Coloque a máscara com cuidado para cobrir a boca e nariz e amarre com segurança para minimizar os espaços entre o rosto e a máscara. 2. Enquanto estiver utilizando a máscara, evite tocá-la na rua, não fique ajustando a máscara na rua. Como fazer Como colocar 1. Faça a máscara usando duplo tecido. 2. Separe o tecido que tenha disponível; 3. Faça um molde em papel de forma no qual o tamanho da máscara permita cobrir a boca e nariz, 21 cm altura e 34 cm largura; 4. Insira TNT com gramatura acima de 40 entre as camadas; 5. Costure na extremidade da máscara um elástico, ou amarras. A. Profissionais de saúde durante a sua atuação; B. Pacientes contaminados ou suspeitos (com sintomas); C. Pessoas que cuidam de paciente contaminado; D. Crianças menores de 2 anos, em pessoas com problemas respiratórios ou inconscientes, incapacitadas ou incapazes de remover a máscara sem assistência; Contraindicação 1. Segure as alças inferiores e depois as alças superiores ou elásticas e remova-a. 2. Remova a máscara pegando pelo laço ou nó da parte traseira, evitando tocar na parte da frente. 3. Faça a imersão da máscara em recipiente com água potável e água sanitária (2,0 a 2,5%) por 30 minutos. (Por exemplo: 10 ml de água sanitária para 500 ml de água potável). Após o tempo de imersão, realizar o enxágue em água corrente e sabão. 4. Após lavar a máscara, a pessoa deve higienizar as mãos com água e sabão. 5. Trocar a máscara sempre que apresentar sujidades ou umidade e descartá-la ao apresentar sinais de deterioração, desgaste ou funcionalidade comprometida. Como retirar. 15 A máscara deve ser feita nas medidas corretas, cobrindo totalmente a boca e nariz e que esteja bem ajustada ao rosto, sem deixar espaços nas laterais. Pessoas com quadro de síndrome gripal que estiver em isolamento domici l iar, deve cont inuar usando preferencialmente máscara cirúrgica. Recomenda o uso em locais públicos (por exemplo, supermercados, farmácia e no transporte público). IMPORTANTE Os óculos ou protetor facial (face shield) fazem parte da precaução padrão para os profissionais da saúde. A utilização desses EPI (equipamento de proteção individual) serve como barreira de proteção e deve ser utilizado por profissionais da saúde no momento da assistência ao paciente, para evitar contato com mucosas dos olhos e para a proteção do nariz e boca de forma a evitar contato com gotículas, aerossóis, além de respingo de fluídos corpóreos como: exposição a secreções e excreções corporais, por isso, é necessário que o protetor facial deva cobrir a frente e os lados do rosto. Os óculos de proteção ou protetores faciais (face shield) devem ser exclusivos de cada profissional responsável pela assistência e devendo, imediatamente após o uso sofrer limpeza e posterior desinfecção com álcool líquido a 70% (quando o material for compatível), hipoclorito de sódio ou outro desinfetante recomendado pelo fabricante ou pela CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) do serviço, caso o protetor facial tenha sujidade visível, deve ser lavado com água e sabão/detergente e só depois dessa limpeza, passar pelo processo de desinfecção. Óculos de Proteção ou Protetor Facial 16 1. Os protetores faciais (face shield), não podem manter saliências, extremidades afiadas, ou algum tipo de defeitos que podem causar desconforto ou acidente ao usuário durante o uso. 2. Deve ser facilitada a adequação ao usuário, a fim de que o protetor facial (face shield) permaneça estável durante o tempo esperado de utilização. 3. As faixas utilizadas como principal meio de fixação devem ser ajustáveis ou auto ajustáveis e ter no mínimo, 10 mm de largura sobre qualquer parte que possa estar em contato com o usuário. 4. O visor frontal deve ser fabricado em material transparente e possuir dimensões mínimas de espessura 0,5mm, largura 240 mm e altura 240 mm. Observação: O uso de óculos de grau, óculos de sol, lentes de contato pessoais não substituem os óculos de proteção e não são considerados proteção ocular adequada, logo, não devem ser utilizados como meio de precaução. O profissional que utiliza óculos de grau deve utilizar os óculos de proteção por cima ou usar o protetor facial. Que tipos de procedimentos são indicados o uso do Protetor Facial? Os óculos ou protetor facial (face shield) devem ser utilizados pelos profissionais de saúde e por profissionais de apoio, caso participem da assistência direta ao caso suspeito ou confirmado de COVID 19 como: Precauções de uso do protetor facial e óculos de proteção PROFISSIONAIS DE SAÚDE (que prestem assistência a menos de 1 metro dos pacientes suspeitos ou confirmados de infeção respiratória (COVID 19) PROFISSIONAIS DE APOIO (que prestem assistência a menos de 1 metro dos pacientes suspeitos ou confirmados de infecção (COVID 19) PROFISSIONAIS DE APOIO: HIGIENE E LIMPEZA AMBIENTAL (quando realizar a limpeza do quarto/área de isolamento). 17 O profissional de saúde deve utilizar um protetor facial (face shield), pois este equipamento protegerá a máscara de contato com as gotículas expelidas pelo paciente; Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca durante a assistência; Não se deve circular pelos corredores do serviço de saúde utilizando os EPIs, fora da área de assistência; Os EPI devem ser imediatamente removidos após a saída do quarto, enfermaria ou área de isolamento; O protetor facial (face shield) ou óculos de proteção devem passar pelo processo de limpeza e posterior desinfecção; Devem ser limpos e desinfetados imediatamente após a assistência. Recomendações: Como colocar: Os óculos de proteção ou protetor facial (face shield) deve ser colocado antes de entrar no quarto do paciente. Apoie a viseira do protetor facial (face shield), na testa e passe o elástico pela parte superior da cabeça. Ajuste o elástico na cabeça para que fique firme e confortável. No caso dos óculos,coloque da forma usual. Assim que a assistência for realizada, o EPI deverá ser retirado assim que sair do quarto. 1 3 4 5 2 18 Como colocar: Colocar o gorro ou a touca na cabeça começando pela testa, em direção à base da nuca. Adaptar na cabeça de modo confortável, cobrindo todo o cabelo e as orelhas. Sempre que o gorro ou a touca aparentarem sinais de umidade, devem ser substituídos por outro. 1 3 2 Touca ou gorro 19 As toucas possuem o papel de proteger o cabelo e o couro cabeludo do profissional, impedindo que aerossóis cheguem até eles. O gorro está indicado para a proteção dos cabelos e cabeça dos profissionais. Deve ser de material descartável e removido após o uso, o seu descarte deve ser como resíduo infectante. As Luvas compõem o arsenal dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) cuja finalidade primordial é a proteção dos profissionais da saúde à exposição ao sangue ou a outros fluidos corporais como, secreções e excretas. Assim, fica reduzido o contato direto das mãos do profissional com tecidos do paciente, lesões, membranas e mucosas; por exemplo, na realização de procedimentos invasivos. Entretanto, o uso inadequado de luvas aumenta a ocorrência de infecção cruzada por meio das mãos, bem como, predispõe o profissional ao risco biológico. Luvas devem ser utilizadas como item de uso único e trocadas entre o cuidado de diferentes pacientes e nas diferentes atividades/cuidados no mesmo paciente. Ainda, necessitam ser colocadas imediatamente antes dos procedimentos a serem executadas e descartadas tão logo essas atividades tenham terminado. Em que momentos devo utilizar as luvas (De preocedimento e estereis) Fonte: OPAS BRASIL, 2010. Luvas 20 Observação: O uso não indicado de luvas de procedimento, varia de acordo com cada caso, existem momentos em que serão necessários à utilização, como por exemplo, trocar as roupas de cama do paciente com a presença de secreções. Tipo de luva Luva Cirúrgica (luva estéril) Luva para Procedimentos Não Cirúrgicos (luva não estéril). Tipo do material Borracha natural ou Látex de borracha natural (NRL) – ideais para o uso clínico que o trabalho lida com sangue e fluidos corporais e têm alta elasticidade. Temos o material de Borracha não-natural (NBR) menos flexíveis que as luvas de látex, mas também utilizadas em atendimentos clínicos. Já as de Vinil (PVC) não são indicadas para ser utilizada para uso clínico. · Utilizar somente luvas com registro na ANVISA para a finalidade a que se destinam; · Utilizar luvas quando em risco de contato com sangue, líquidos corporais, secreções, excreções, mucosas e pele não intacta; · Selecionar o tipo e tamanho apropriados de luva para a atividade a ser realizada; · Higienizar as mãos antes de calçar as luvas; · As luvas devem ser utilizadas nas Precauções por Contato (todos os contatos com o paciente e seu ambiente); · Usar luvas para tocar superfícies próximas a pacientes em precauções de contato; Medidas para que os profissionais da área da saúde adotem e tenham uma prática segura e eficiente em relação as luvas: 21 · Não manusear itens de uso pessoal quando estiver com mãos enluvadas; · Descartar luvas em lixo infectante; · Nunca lavá-las ou descontaminá-las; · Realizar higiene das mãos imediatamente após a remoção das luvas; · Manter as luvas na embalagem ou caixa original, até o seu uso; · As luvas devem ser removidas com técnica adequada para evitar a contaminação das mãos durante o procedimento de retirada; · Os profissionais de saúde devem ser capacitados quanto a técnica de colocar e retirar as luvas; · Evite o uso de loções ou cremes para as mãos à base de petróleo, pois pode afetar adversamente a integridade das luvas de látex. · As luvas devem ser substituídas quando se tornam sujas, rasgadas, entre pacientes diferentes, e quando mudar de um sítio anatômico contaminado para outro limpo em um mesmo paciente; · Remover as luvas imediatamente após cada atendimento ou procedimentos; · Não manusear as superfícies ambientais com as mãos enluvadas; 22 · Higienizar as mãos; · Utilização da preparação alcoólica; · Retire a luva da sua caixa original; · Toque apenas uma área restrita da superfície da luva correspondente ao pulso (na extremidade superior do punho); calce a primeira luva; · Retire a segunda luva com a mão sem luva e toque apenas uma área restrita da superfície correspondente ao pulso; · Para evitar o contato com a pele do antebraço com a mão calçada, dobre a parte externa da luva a ser calçada nos dedos dobrados da mão calçada, permitindo assim o calçamento da segunda luva; · Uma vez calçadas, as mãos não devem tocar nada que não seja recomendado. Como calçar as luvas de procedimento Fonte: WHO. Guideline on hand hygiene in health care. 2009. 23 · Faça a higiene das mãos com produto alcoólico ou água e sabonete. · Avalie a integridade do pacote da luva. · Sobre uma superfície limpa e seca, segure o pacote primário (não estéril) pelas bordas superiores e abra-o completamente até a exposição completa do pacote secundário (estéril). Tenha cuidado para não tocar no pacote secundário. · Coloque o pacote sobre a superfície, abra-o pela parte externa, de modo a desdobrar o papel e mantê-lo aberto. Tome cuidado para não tocar nas luvas. · Use o polegar e o dedo indicador da mão dominante, segure cuidadosamente a borda do punho dobrado da luva da mão não dominante. · Deslizar a outra mão na luva em um único movimento, mantendo a manga dobrada ao nível do punho. · Com a mão enluvada, pegue a outra luva e deslize os dedos no punho superior da outra luva. · Em um movimento único, deslize a luva na mão não enluvada. Lembre-se de não encostar a mão já enluvada na mão não enluvada. · Caso necessário, após calçar luvas em ambas as mãos, ajuste os dedos e espaços interdigitais para que as luvas fiquem ajustadas confortavelmente. · Desdobrar o punho da primeira mão enluvada deslizando suavemente os dedos da outra mão no interior da dobra. Como calçar as luvas ésteres Fonte: WHO. Guideline on hand hygiene in health care. 2009. 24 ORIENTAÇÕES PARA A (Equipamento de proteção individual) DESPARAMENTAÇÃO DOS EPIS Luvas A recomendação para a retirada dos EPI's segue uma ordem a fim de diminuir a contaminação. Retirada das luvas de procedimento · Toque a parte interna da luva na altura do pulso para removê-la, sem tocar na pele do antebraço, e retire-a da mão, fazendo que a luva vire do avesso; · Segure a luva retirada com a mão enluvada e deslize os dedos da mão sem luva na parte interna entre a luva e o pulso. Remova a segunda luva, rolando-a para baixo sobre a mão e dobrando-a na primeira luva; · Descarte as luvas retiradas (deverão ser trocadas a cada procedimento, manipulação de diferentes sítios anatômicos ou após contato com material biológico); · Higienize as mãos com sabonete líquido ou com preparação alcoólica. Fonte: WHO. Guideline on hand hygiene in health care. 2009. 27 Retirada das luvas ésteres · Segure a luva na região dos punhos e retire a primeira luva puxando-a em direção à ponta dos dedos, não remover completamente; · Com a mão parcialmente enluvada, segure a região do punho da mão oposta e puxe-a em direção à ponta dos dedos; · Remova a luva, lembrando-se de que a pele das mãos fique em contato com a região interna da luva; · Descarte as luvas em lixo infectante; · Realize a higiene das mãos após a remoção das luvas com sabonete líquido ou higienização alcoólica. Fonte: WHO. Guideline on hand hygiene in health care. 2009. 28 Abrir as tiras e soltar as amarras Dobrar ou enrolar em forma de trouxa e descartar em recipiente adequado. Após a retirada, realizar a higienização das mãos com água e sabão ou solução alcoólica a 70%. 1 2 3 Como retirar: Avental ou capote 29 Lembre-se sempre de tocar apenas na parte interna. O capote ou avental sujo deve ser removidoe descartado como resíduo infectante após a realização do procedimento e antes de sair do quarto do paciente ou da área de isolamento. Após a remoção, deve-se proceder a higiene das mãos para evitar a transmissão do vírus para o profissional, pacientes e ambiente. Para retirar a touca/gorro, puxe pela parte superior central, sem tocar nos cabelos Descarte a touca/gorro em recipiente apropriado. Realizar a higiene das mãos com água e sabonete líquido ou preparação alcoólica a 70%. Como retirar: 1 2 3 IMPORTANTE: A utilização de equipamentos de proteção individual é fundamental para garantir a biossegurança, uma vez que são eles que irão prevenir a contaminação e disseminação do vírus causador da doença. Gorro ou touca 30 Retire o protetor facial (face shield), pela lateral ou pelas hastes, considerando que a parte frontal está mais contaminada do que as partes laterais. Coloque os óculos ou protetor facial em um local adequado para processamento posterior. A limpeza e a desinfecção devem ser realizadas de acordo com as instruções de reprocessamento do fabricante. Os equipamentos devem ser de uso exclusivo para cada profissional responsável pela assistência, sendo necessária a higiene correta após o uso, caso não possa ser descartado. Como retirar: 1 2 3 4 Óculos de Proteção ou Protetor Facial 31 Segure as alças inferiores e depois as alças ou elástico superiores e remova-a. Descarte em uma lixeira. Lave as mãos com água e sabão ou higienize com solução alcoólica a 70%. 1 2 3 Máscaras Como retirar máscara cirúrgica: Troca realizada a cada 2 horas; Evite tocar ou ajustar enquanto estiver usando; Caso precise trocar, guarde a máscara em uma sacola; Uso é individual. Durante a retirada da máscara evite tocar a parte frontal, pois ela estará contaminada. IMPORTANTE 32 Segurar o elástico inferior com as duas mãos, passando-o por cima da cabeça para removê-lo. Remover a máscara segurando-a pelos elásticos, tomando bastante cuidado para não tocar na superfície interna. Acondicione a máscara em um saco ou envelope de papel com os elásticos para fora, para facilitar a retirada posteriormente, no caso de reutilização. Lave as mãos com água e sabão ou hig ienize com solução alcoólica a 70%. 1 2 3 4 Como retirar máscara de proteção respiratória: A máscara cirúrgica não deve ser sobreposta à máscara N95 ou equivalente, pois além de não garantir proteção de filtração ou de contaminação, também pode levar ao desperdício de mais um EPI, o que pode ser muito prejudicial em um cenário de escassez; Não reutilizar. IMPORTANTE COFEN, 2020 33 ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cartilha de Proteção Respiratória contra Agentes Biológicos para Trabalhadores de Saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Brasília, 2009. ANVISA. Diário Oficial da União. Resolução De Diretoria Colegiada - Rdc Nº 356, de 23 de março de 2020. Disponível em: <http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-356-de-23- de-marco-de-2020-249317437> Acesso em: 02 de abril de 2020 ANVISA. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020. 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