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Densitometria Óssea

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DESCRIÇÃO
Identificação do densitômetro ósseo e suas especificidades, posicionamento para a aquisição
das imagens da densitometria óssea e compreensão da osteoporose.
PROPÓSITO
Identificar o densitômetro ósseo e suas particularidades funcionais. Conhecer os
posicionamentos para a realização do exame de densitometria óssea e interpretação da
osteoporose e suas consequências.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Entender o funcionamento do equipamento de densitometria óssea e suas distinções
MÓDULO 2
Reconhecer a osteoporose e conhecer os posicionamentos para a realização do exame de
densitometria óssea
INTRODUÇÃO
A densitometria óssea é uma área do radiodiagnóstico que quantifica o grau de mineralização
do esqueleto ou de uma região anatômica determinada. Realiza comparações com referências
de densidade mineral óssea (DMO) para indivíduos da mesma idade e sexo. Normalmente, é
feita em segmentos do corpo, mais frequentemente na coluna lombar e no quadril direito.
O exame é simples e torna possível o diagnóstico de patologias metabólicas e endócrinas
que poderiam evoluir para um processo de regularização própria de cálcio e fósforo no
organismo humano. Como exemplos clássicos dessa alteração metabólica, citamos a
osteopenia e a osteoporose que, independentemente de causa, são detectadas por este
método, que ainda é passível de oferecer o melhor meio de tratamento.
A densitometria óssea é o único meio de diagnóstico para estimativa de massa óssea e
previsão de fraturas factíveis.
PATOLOGIAS METABÓLICAS
Doenças metabólicas causam distúrbios no funcionamento geral do organismo.
ENDÓCRINAS
Distúrbios endócrinos são variações nas taxas hormonais do organismo resultando em
doenças como glicemia e colesterol.
MÓDULO 1
 Entender o funcionamento do equipamento de densitometria óssea e suas distinções
DENSITOMETRIA ÓSSEA
javascript:void(0)
javascript:void(0)
O exame de densitometria óssea (DO) é o único capaz de determinar a massa óssea em um
indivíduo vivo, o que permite diagnosticar patologias associadas à perda dessa massa, como a
osteoporose. Isso só é possível, pois os equipamentos são embasados na medição da
atenuação do feixe de radiação que atravessa a parte óssea do paciente.
A realização da DO é indicada pelo Consenso Brasileiro de Osteoporose para:
Mulheres com 65 anos ou mais
Mulheres com baixa taxa de estrogênio com idade inferior a 45 anos
Mulheres na peri e pós-menopausa
Mulheres com amenorreia secundária por mais de 12 meses
Mulheres com IMC (Índice de Massa Corporal) inferior a 19 kg/m²
Pessoas vítimas de fratura por trauma ou não
Pessoas com osteopenia ou fratura vertebral comprovada radiograficamente
Pessoas com redução maior que 2,5 cm de estatura
Pessoas com hipercifose torácica
Pessoas em uso de prednisona com dose superior a 5 mg por período de 3 meses ou mais
Homens com 70 anos ou mais
Pessoas que façam uso de medicamentos que causem perda de massa óssea
Acompanhamento de mudanças na massa óssea em consequência do progresso de alguma
doença e seu respectivo tratamento
javascript:void(0)
javascript:void(0)
AMENORREIA SECUNDÁRIA
Consiste na ausência da menstruação por 3 ciclos ou mais após a regularização do ciclo
menstrual.
HIPERCIFOSE
Desvio postural onde o indivíduo apresenta curvatura patológica acentuada na coluna torácica.
 ATENÇÃO
Exames anteriores, no intervalo de 12 a 24 meses, servem como parâmetro comparativo para a
avaliação da eficiência do tratamento ou ainda para a análise evolutiva da doença.
Os densitômetros ósseos utilizam fótons com energia capaz de interagir com o osso e a parte
mole através do Efeito Fotoelétrico (EF) e do Espalhamento Compton (EC). No EF, a radiação
incidente, ao interagir com o elétron do meio, transfere toda sua energia e é completamente
absorvida. Diferentemente do anterior, no EC, somente parte desse feixe incidente será
absorvido, a outra parte é perdida para o meio, resultando em um fóton secundário com direção
modificada e menor energia.
Em similaridade, ambos sofrem perda de energia do feixe incidente e a esse processo
nomeamos de ionização.
Nesse feixe de radiação incidente, composto apenas por fótons de uma mesma energia
(monoenergético), a atenuação aconteceria segundo a seguinte equação:
O coeficiente de atenuação linear é harmônico com a densidade da região, e ainda totalmente
dependente da energia dos fótons incidentes e do número atômico dos elementos que formam
aquela área.
A equação anterior pode expressar os termos para o coeficiente de atenuação da massa (µ/ρ )
e de espessura da massa (x), determinada como massa por unidade de área e oriunda da
multiplicação da espessura pela densidade (t.ρ ), representado desta forma:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Os resultados dos exames de DO são baseados na atenuação dos fótons em apenas duas
estruturas formadoras do indivíduo: o tecido mole (gordura, músculo, pele, vísceras e medula
óssea) e o osso mineral. Assim, passamos a ter:
Teremos, então, um valor determinado para a atenuação óssea, que será a Densidade Mineral
Óssea (BMD) expressa em g/cm², aferida de um ponto específico percorrido pelo feixe de
radiação. Quando esse BMD é multiplicado pela área (cm²), obtemos o valor do Conteúdo
Mineral Ósseo (BMC) expresso em g.
CONTRAINDICAÇÕES
Não são todos os indivíduos que possuem indicação para o exame de DO. Há contraindicações
para pacientes:
√ Com dificuldade de permanecer em decúbito dorsal.
√ Com estatura corporal superior ao tolerado pelo equipamento.
√ Com grande espessura na região de estudo.
√ Adultos com peso corporal inferior a 25 kg ou superior a 120 kg.
√ Que tenham feito uso de meio de contraste recentemente.
√ Gestantes.
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA
DENSITOMETRIA ÓSSEA
O conjunto de equipamentos para a realização da DO é formado por hardware e software . A
mesa escaneadora, o computador, a tela e a impressora compõem o hardware. A mesa
escaneadora é composta por mesa, braço, todo o circuito eletrônico e tubo de radiação no
interior dele. O braço possui um detector e dois interruptores, responsáveis por permitir a
I  =  I0 .  e
−( ) x
µ
ρ
direção do movimento da varredura. O interruptor BACK/FRONT direciona o braço em
movimentação longitudinal; e o LEFT/RIGHT autoriza movimento transversal.
O software é fornecido pelo fabricante do equipamento. Nele, estão armazenados os
protocolos de atendimento para as referidas regiões de estudo. Esses protocolos variam de
acordo com o equipamento, além de terem informações importantes sobre os relatórios
densitométricos de qualidade.
 Densitômetro ósseo
Na imagem é possível identificar a mesa de exame, o controle da mesa, a fonte de radiação
abaixo da mesa e o sistema de detecção na posição oposta à fonte. A fonte de radiação do
equipamento de DO pode conter um elemento radioativo (SPA e DPA) ou um tubo gerador de
raios X (DXA) que emitem um feixe de fótons colimados. A radiação emitida atravessa o
paciente e alcança o detector, que faz o registro da intensidade da energia transmitida.
O equipamento se movimenta realizando varreduras em linhas retas, que serão responsáveis
pela formação da imagem. Nela, é selecionada a Região de Interesse (ROI) de acordo com a
anatomia examinada e, após isso, são calculados os valores de Densidade Mineral Óssea
(BMD) e, subsequentemente, os índices:
T-SCORE
Quantifica a diferença entre o BMD do paciente e o BMD médio da população normal do
mesmo sexo, medido pela equação:
javascript:void(0)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que o BMD(paciente) é o valor medido no paciente; o valor médio é o BMD(jovem) da
população normal do mesmo sexo; e o SD(jovem) é o desvio padrão.
Z-SCORE
Quantifica a diferença entre o BMD do paciente e o BMD médio da população da mesma idade,
sexo e etnia, medido pela equação:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que o BMD(paciente)é o valor medido no paciente; o valor médio é o BMD(pares) da
população da mesma idade; sexo e etnia; e o SD(pares) é o desvio padrão.
O feixe do equipamento pode ser do tipo lápis (pencil bean ) ou leque (fan bean ). O primeiro
possui um colimador no formato de um orifício posicionado na saída do foco, produzindo um
feixe em forma de lápis. Neste caso, é colocado um único detector do lado oposto ao feixe de
radiação, de maneira que o sistema fonte-detector esteja precisamente alinhado, tanto no
sentido lateral quanto no longitudinal.
Nos equipamentos que possuem o feixe em leque, o colimador possui um formato de fenda.
Esse sistema de detecção precisa ser composto por um conjunto de diversos detectores, o que
torna possível fazer a varredura com um movimento longitudinal único. Essa modernização
permite aquisições mais rápidas comparativamente ao sistema do tipo lápis.
ABSORMETRIA POR FÓTON ÚNICO (SPA,
SINGLE PHOTON ABSORPTIOMETRY )
T   −  score  =  
BMD(paciente) − BMD(jovem)
SD(jovem)
Z  −  score  =  
BMD(paciente) − BMD(pares)
SD(pares)
javascript:void(0)
A absormetria por fóton único (SPA) foi colocada em prática em 1936, com a utilização de
fontes radioativas seladas monoenergéticas de Iodo 125 (28keV) ou Amerício 241 (60keV).
Esses equipamentos mensuram a intensidade transmitida de um ponto, passando pelo osso
mais o tecido mole (I(osso+tecido mole) ) e a intensidade de outro ponto ultrapassando a mesma
espessura apenas de tecido mole (I(m) ).
FONTES RADIOATIVAS SELADAS
Fontes de radiação encapsuladas de maneira que o material radioativo não se disperse
causando contaminações
Na primeira aferição, temos a intensidade reduzida pela interação do feixe com os tecidos
ósseo e mole.

E na segunda, a intensidade diminui, em função da atenuação apenas do tecido mole.
Desta maneira, são determinados os valores de BMC e BMD.
ABSORMETRIA POR FÓTONS DE DUPLA
ENERGIA (DPA, DUAL PHOTON
ABSORPTIOMETRY )
No início, eram utilizadas duas fontes radioativas de energias diferentes, como por exemplo, I-
125 (28keV) e Am-241 (60keV) ou Am-241 (60keV) e Cs-137 (662keV). Em seguida, houve
uma mudança de elemento para o Gd-153 que, apesar de ser um único elemento, emite fótons
de energias diferentes (44 e 100keV).
O uso da dupla energia de radiação é embasado nas distintas atenuações do osso e do tecido
mole, sendo maior a discrepância de absorção no feixe de baixa energia. Para a determinação
do BMC e do BMD, é realizada uma equação de transmissão para cada feixe de energia.
javascript:void(0)
ABSORMETRIA POR DUPLA ENERGIA DE
RAIOS-X (DXA, DUAL X-RAY
ABSORPTIOMETRY )
Apesar das melhorias que a tecnologia DPA apresentou em relação à SPA, ainda existiam
pontos a serem aperfeiçoados. Um deles era o tempo de varredura para exames de quadril e
coluna, que levavam de 20 a 40 minutos e ainda não apresentavam qualidade de imagem
ideal. Ademais, com o tempo de decaimento da fonte, correções eram necessárias, além da
troca da fonte anualmente.
A tecnologia DXA foi adotada em 1987. A substituição das fontes radioativas por tubos de
radiação X tornou possível fazer varreduras mais rápidas, em razão do alto fluxo de produção
de fótons. Além disso, a precisão e a resolução ficavam bem melhores, o que foi substancial
para a substituição completa da DPA pela DXA.
DPA DXA
Fonte: Gd-153 Fonte: tubo de radiação X
Decaimento radiativo (correções e troca anual) Sem necessidade de troca anual
Longo tempo de varredura Curto tempo de varredura
Baixa qualidade Alta qualidade
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
 Quadro comparativo entre DPA e DXA. Fonte: Vanessa Fávere Figueiredo, 2020
A fim de alcançar as duas energias, para a determinação dos valores de BMD e BMC, os
equipamentos DXA usam a técnica de chaveamento de energia ou filtragem do feixe com filtro
de terras raras.
Chaveamento de energia: a aceleração dos fótons varia entre dois valores, normalmente 70
kVp e 140 kVp. Ou seja, a energia máxima do feixe varia entre uma e outra. O feixe de
radiação é formado por fótons de variadas energias - a energia máxima é igual ao potencial
aplicado no tubo. Como um feixe é polienergético, são necessárias correções automáticas
realizadas pelo próprio sistema.
Filtragem do feixe com filtro de terras raras: o feixe emitido pelo tubo passa por um filtro de
terras raras com atenuação de energias específicas (filtro k-edge). Esse filtro consegue dividir o
espectro em duas porções - uma de alta energia e outra de baixa. Neste caso, como na DPA
com fonte de Gd-153, as energias são emitidas ao mesmo tempo, diferentemente do
chaveamento. Isso permite uma adequação da tecnologia DPA para a DXA, com alguns poucos
ajustes nos detectores e no software de estudo.
 SAIBA MAIS
A importância da precisão na DO
O desempenho ideal do método de densitometria óssea é o conjunto aplicado da sensibilidade
diagnóstica, acurácia e precisão. A sensibilidade diagnóstica é a habilidade de o sistema fazer
a separação entre indivíduos normais e osteoporóticos, relacionando os valores de perda
óssea com a idade e/ou a patologia.
A acurácia é a capacidade de o sistema aferir o mesmo conteúdo de osso mineral com um
detector completamente independente e sem vício de uso. A precisão é a garantia do resultado
dado pelo instrumento ser reproduzido diversas vezes com um mesmo objeto. Ela é de suma
importância, pois, na menor alteração estatística encontrada, o próprio sistema acusa o erro.
Para alcançar altos padrões de resolução, o ideal é que a reprodutibilidade do exame seja a
mesma e que os testes de controle da qualidade estejam em dia.
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA APLICADA À
DENSITOMETRIA ÓSSEA
No que se refere à prática da densitometria, as principais medidas são:
Controle da qualidade: a verificação dos equipamentos, respeitando o tempo determinado
pelo fabricante, garante a reprodutibilidade da qualidade nos exames diários. Para os
equipamentos DXA, é importante assegurar que a quilovoltagem e a miliamperagem não
estejam sofrendo variações e que o controle de tempo esteja no automático.
Distanciamento da fonte emissora: o profissional deve manter-se a uma distância apropriada
da fonte emissora, observando a tela do computador onde as imagens são formadas. A dose
entregue ao paciente é variável de um equipamento para outro, principalmente nos sistemas de
colimação do feixe, pencil bean e fan bean. A dose calculada no sistema fan bea n é quase
dez vezes maior quando comparada com o pencil bean . No caso da dose para o profissional,
é estimado que, em uma escala de dois pacientes no pencil bean e quatro no fan bean no
período de uma hora, ele estaria exposto a uma taxa de 0,12 mSv/h.
IMPORTÂNCIA DO EXAME
Assista ao vídeo a seguir em que o especialista aborda a importância do exame e fala sobre a
fisiopatologia da osteoporose, falando, inclusive, dos fatores que agravam (etilismo, tabagismo
etc.).
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
 Reconhecer a osteoporose e conhecer os posicionamentos para a realização do
exame de densitometria óssea
TECIDO ÓSSEO
O osso é um composto que está em constante renovação. O tecido ósseo apresenta um
conjunto de células especializadas, como:
Veja o significado de cada um deles:
 Estrutura interna de um osso.
OSTEOBLASTOS
São células alongadas que atuam na produção da matriz óssea, responsáveis pela síntese de
proteínas não colágenas, como a osteonectina (facilita a deposição de cálcio) e a osteocalcina
(atua no processo de mineralização óssea). Durante a síntese da matriz óssea, quando o
osteoblasto é depositado, ele se torna um osteócito.
OSTEÓCITOS
São achatados e abundantes no tecido. Encontrados no interior da matriz, mais precisamente
nas lacunas como parte dos canalículos, responsáveis por permitir a troca de nutrientes.
OSTEOCLASTOS
São grandes e possuem diversos núcleos ramificados e móveis. São responsáveis pela
reabsorção óssea - essa função é realizada pelas enzimas proteicas.Durante a fase de vida mais jovem, a absorção óssea é menor que o processo de construção.
O ganho de massa óssea é progressivo desde a infância, intensifica-se na adolescência até
alcançar a maturidade. A absorção de massa óssea ocorre desde o nascimento até os 20 anos,
aproximadamente, alcançando o ponto máximo de maturidade do esqueleto.
Posteriormente, o organismo alcança seu pico de massa óssea, tornando o processo de
reabsorção maior que o de formação e reduzindo paulatinamente a massa óssea no decorrer
da idade. Essa perda acontece em ambos os sexos e em todas as raças, aproximadamente
entre 0,5 e 1% de perda por ano, afetando quase todos os ossos.
 ATENÇÃO
Embora a perda de massa óssea seja natural, existem fatores que a intensificam. Essa perda
diverge para cada indivíduo de acordo com peso corporal, quantidade de cálcio e vitamina D,
etilismo, tabagismo, dieta, nível de atividade física, doenças e uso prolongado de
medicamentos.
O valor médio de massa óssea em mulheres é menor do que em homens em qualquer idade,
porém essa desproporção se acentua com o decorrer dos anos, já que a taxa de perda óssea é
aguçada no período do pós-menopausa. No decorrer de toda a vida, a perda de massa óssea
acontece na proporção de cerca de 40% nas mulheres e 25% nos homens; esse processo
resulta na condição chamada osteoporose.
 Os quatro estágios da osteoporose
Osteoporose significa "osso poroso", ou seja, as trabéculas ósseas se tornam menos rígidas e
mais finas, deixando os ossos enfraquecidos e mais suscetíveis ao acometimento de fraturas,
normalmente no quadril, na coluna vertebral e no punho. No entanto, esse processo de perda
óssea passa pela ação da remodelagem óssea explicada pela Lei de Wolff:
Cada osso possui forma e função específicas mas se houver alteração na forma/função, pode
gerar mudanças definitivas na configuração interna e externa do osso.
A remodelagem óssea é responsável por atender a questão mecânica do esqueleto, tornando
eficiente determinada ação com uma quantidade mínima de tecido ósseo. Dessa maneira,
evita-se sobrecarga de peso do esqueleto, permitindo melhor mobilidade, não desencadeando
fraturas. Na conclusão do processo, obtém-se a osteogênese, que tem como objetivo a
substituição do osso reabsorvido. Para isso, são criados ossos estruturais que serão mantidos
em união por tecido conjuntivo; essa ação é desenvolvida pelas células osteoclastas e
osteoblastas.
OSTEOPOROSE
O esqueleto humano é, majoritariamente, formado por osso cortical e por uma pequena
quantidade de osso trabecular. Na osteoporose, o osso cortical, que é mais firme, torna-se fino,
frágil e poroso. O osso trabecular, que já é fino, afina-se ainda mais, podendo até deixar de
existir. Essas mudanças nas características ósseas não alteram o volume anatômico do
indivíduo, no entanto, os espaços que surgem nos ossos são preenchidos por gordura.
 Comparação de um osso normal e outro com osteoporose
Existe uma relação direta entre a força do osso, a massa e a densidade óssea. Essa relação
permite o diagnóstico da osteoporose com a determinação do risco de ocorrer fraturas. De
acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a mensuração da densidade óssea da
coluna lombar em AP, do fêmur proximal, do colo femoral ou fêmur total e do antebraço é eficaz
na comprovação da osteoporose.
É uma patologia sistêmica, consequência da redução dos níveis de massa óssea e da
deterioração do tecido ósseo, deixando o indivíduo mais vulnerável a quedas e fraturas. A
osteoporose pode ser:
A osteoporose primária do tipo I acomete mulheres que entraram recentemente na fase de
menopausa, por isso também denominada de "tipo pós-menopausa". É reconhecida por
apresentar queda de massa óssea bem acentuada e rápida em virtude das mudanças
hormonais. Os ossos mais atingidos são os trabeculares, especialmente as vértebras e a
região distal do rádio. A osteoporose primária do tipo II é pertinente ao envelhecimento e por
isso é chamada de "tipo senil". É resultado da deficiência crônica de cálcio e de formação
óssea, além do aumento da ação do paratormônio.
Na osteoporose secundária, o desencadeamento não é consequência da ação natural do
organismo. Pode advir de algum processo inflamatório, variação endócrina, uso indiscriminado
de drogas e álcool ou excesso de vitamina A. O consumo prolongado de corticoides também
contribui para a osteoporose secundária, pois eles impedem a absorção de cálcio pelas
paredes do intestino e intensifica o funcionamento renal. Em outras palavras, os corticoides
coíbem a ação osteoblástica e aumenta a osteoclástica.
O valor preditivo mais exato de uma possível fratura se dá quando é feita a medição da própria
região, ou seja, a melhor avaliação do risco de fratura na coluna é feita na própria coluna, por
exemplo. Para o acompanhamento de um tratamento, sugere-se que sejam feitas imagens das
regiões centrais.
PARATORMÔNIO
Estimulador das atividades das células osteoclastas e osteoblastas
Desde 1994, a OMS estabelece uma padronização de valores para o índice de T-score,
considerando-o como critério importante no diagnóstico da osteoporose:
√ T-score até -1: Normal
√ T-score entre -1,1 e -2,5: Osteopenia
√ T-score menor -2,5: Osteoporose
√ T-score menor 2,5 com fratura: Osteoporose definida
Este padrão foi determinado para mulheres no período de pós-menopausa, não havendo
unificação na ideia de uso desses valores para indivíduos jovens, homens e para casos de
osteoporose secundária.
javascript:void(0)
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OSTEOPOROSE SECUNDÁRIA
Osteoporose como consequência de outra doença ou relacionada ao uso de algum
medicamento
PROTOCOLOS DE POSICIONAMENTO PARA
A DENSITOMETRIA ÓSSEA
Para a quantificação da Densidade Mineral Óssea (DMO), são escolhidas regiões específicas
do corpo que sofrem com mais frequência a redução de massa óssea. São elas:
Coluna vertebral região lombar (L1-L4)
Quadril com fêmur proximal total ou colo femoral
Em alguns raros casos, as imagens são feitas em outras regiões, como no antebraço. Isso
acontece quando não há possibilidade de medição da coluna ou do quadril - em pacientes
obesos ou com hiperparatiroidismo, por exemplo. Na situação de crianças ou adolescentes, o
estudo é feito em todo o corpo, para análise da composição corporal completa.
HIPERPARATIROIDISMO
Patologia caracterizada pelo funcionamento exagerado das glândulas paratireoides.
Agora vamos detalhar os protocolos de posicionamento para a densitometria óssea da coluna
lombar em AP, do quadril - fêmur proximal, do antebraço e do corpo todo.
Coluna lombar em AP
O protocolo de posicionamento da coluna lombar em AP deve seguir o recomendado pelo
fabricante do equipamento, pois geralmente os protocolos divergem dependendo do modelo.
De modo geral, o paciente deve estar em decúbito dorsal na mesa de exame, com a parte
inferior das pernas apoiadas sobre o suporte posicionador do equipamento.
javascript:void(0)
Esse apoio tem a finalidade de reduzir a lordose natural da coluna e permitir o alinhamento
perpendicular entre os espaços discais e o feixe de radiação. Com o auxílio do laser , o
paciente deve ser posicionado sem rotação para a varredura ser iniciada. Importante ter
cuidado com a perfeita posição da coluna no centro da mesa.
 ATENÇÃO
Em casos de pacientes obesos ou muito magros, com histórico de patologia hepática e com
restrição severa na alimentação, é necessário que conste no exame a medida da espessura
abdominal.
A região de interesse corresponde às vértebras L2-L4. Portanto, é imprescindível que a
varredura cubra uma margem entre 2cm e 5 cm abaixo da crista ilíaca, até a porção acima do
processo xifoide do esterno. Na especial situação de inclusão da vértebra L1, a varredura deve
seguir até 4cm do processo.
A região de interesse corresponde às vértebras L2-L4. Portanto, é imprescindível que a
varredura cubra uma margem entre 2cm e 5 cm abaixo da crista ilíaca, até a porção acima do
processo xifoidedo esterno. Na especial situação de inclusão da vértebra L1, a varredura deve
seguir até 4cm do processo.
Estudos realizados em equipamento DPA e DXA se dão através de energia fotônica da porção
posterior para anterior (projeção PA), mesmo com o paciente em decúbito dorsal, já que a fonte
emissora está localizada abaixo da mesa.
 ATENÇÃO
Como a região lombar é a área mais comumente analisada, ela possui mais chances de
apresentar imagem mau posicionada. As principais causas são fraturas vertebrais, alterações
degenerativas, calcificação na aorta abdominal, litíase renais e biliares, meio de contraste de
exame prévio e comprimidos de cálcio. Importante diferenciar a imagem com artefatos de uma
imagem mau posicionada.
A principal contraindicação para a realização da análise da coluna lombar é o sobrepeso do
paciente, pois o equipamento apresenta limitações para a localização das vértebras e
prejudicando a análise.
Quadril - Fêmur proximal
Este é um exame comum, em virtude da alta mortalidade associada às fraturas nessa região
anatômica. Para a averiguação da BMD do quadril, é de extrema importância o posicionamento
perfeito do paciente e da região a ser analisada. Os protocolos de posicionamento podem
sofrer pequenas modificações, variando de acordo com o fabricante do equipamento.
O paciente deve estar descalço e em decúbito dorsal com os membros inferiores estendidos
sobre a mesa, devidamente alinhado com o laser central. O pé deve estar fixado ao suporte
específico, garantindo a rotação apropriada da perna e permitindo a reprodução idêntica em
exames futuros.
 Quadril com os ROI para estudo.
A varredura deve incluir toda a cabeça do fêmur, o trocânter maior e descer até,
aproximadamente, 1,5cm abaixo do trocânter menor. As porções de análise costumam ser o
fêmur completo, colo femoral, trocânter e região intertrocantérica. Com fins de diagnóstico, os
mais analisados são o fêmur completo e o colo femoral.
Existem algumas alterações estruturais e possíveis artefatos de imagem que alteram a
medição da DMO do fêmur proximal. Por exemplo, pacientes acometidos por osteoartrite na
região do quadril apresentam espessamento do córtex e hipertrofia das trabéculas, o que causa
uma medida aumentada da região no exame. Outro exemplo de resultado alterado ocorre com
pacientes com escoliose acentuada, em que a densidade óssea do lado da convexidade é
menor. Neste caso, sugere-se que a análise do fêmur proximal seja feita do mesmo lado.
 ATENÇÃO
No caso de paciente com prótese cirúrgica ou fratura proximal, a mensuração se torna
ineficiente, pois os valores da densidade óssea não são os verdadeiros. Sendo assim, indica-se
a medição do fêmur proximal oposto.
Antebraço
Esta região é objeto de análise apenas em situações em que as áreas habituais, como coluna
lombar e quadril, não possam ser mensuradas. Isso se aplica no caso de pacientes com
sobrepeso, hiperparatireoidismo, cirurgia recente com ou sem próteses e escoliose muito
severa.
Inicialmente, mede-se o tamanho do antebraço e o valor é anotado no software do
equipamento, pois esta informação será utilizada no momento da análise dos resultados. Nos
equipamentos DXA, o braço é posicionado sobre a mesa, centralizando o laser no ponto médio
entre os ossos do antebraço. Alguns equipamentos possuem suportes específicos para evitar a
movimentação do braço durante a varredura. O paciente deve permanecer todo o tempo com o
punho relaxado e a mão cerrada.
As regiões de interesse mais usuais são a ultradistal (UD), o distal médio (MID) e o terço do
raio. Além destas, existem também algumas áreas determinadas por sua relação ao percentual
em que estão localizadas no comprimento da ulna, como os sítios 50% e 10%. Há também
sítios chamados de 5mm e 8mm, que são os pontos onde as distâncias entre o rádio e a ulna
são de 5mm e 8mm. O que difere esses sítios é a quantidade de osso cortical e trabecular
encontrada nos referidos pontos.
 Antebraço com os ROI para estudo.
 ATENÇÃO
É importante informar se o exame está sendo realizado no lado dominante do indivíduo ou não,
pois atividades repetitivas realizadas por somente um dos membros tornam muito diferentes os
valores de DMO. Em pacientes saudáveis, a variação da DMO entre os braços é de 6% a 9%.
Corpo todo
O exame de corpo inteiro não é tão comum. É solicitado apenas nos casos de necessidade de
mensuração do cálcio para balanceamento ou estudos pediátricos. O paciente deve estar em
decúbito dorsal, com todo o corpo sobre a mesa, incluindo os membros superiores, para que
tudo seja analisado na varredura. Os pés devem estar rotacionados para dentro, presos por
uma fita para evitar movimentação. As mãos podem estar pronadas ou a 90°, a depender do
protocolo do fabricante.
 Posicionamento da paciente para aquisição da imagem do corpo todo.
A definição das Regiões de Interesse (ROI) é variável de acordo com o fabricante do
equipamento. Os valores de BMD e BMC são mensurados para todo o corpo, compreendendo
crânio, braços, costelas, coluna lombar e torácica, pelve, abdome, tórax e membros inferiores.
A formação do tecido mole é mensurada em valores de gordura e tecido magro.
 Corpo todo com os ROIs para estudo.
A formação da imagem é feita através da diferença de atenuação dos fótons de variados níveis
energéticos, tanto pelo osso quanto por partes moles, como gordura e músculo. Nas regiões
sem a presença de estrutura óssea, essa diferenciação é feita entre a gordura e o tecido
muscular pela presença de proteínas e minerais.
OUTRAS TÉCNICAS DE MENSURAÇÃO
Além da densitometria óssea, há outras formas de detectar a baixa densidade do osso, como a
absorciometria radiográfica, a ultrassonometria óssea (QUS) e a tomografia computadorizada
quantitativa (QCT), porém nenhuma delas oferece a mesma precisão e acurácia.
ABSORCIOMETRIA RADIOGRÁFICA
Esta técnica foi pioneira na tentativa de quantificar a densidade mineral óssea através de uma
radiografia plana do esqueleto completo, porém o grau de desmineralização só se torna visível
após uma perda de aproximadamente 50% da densidade. As radiografias são ótimas para o
diagnóstico de fraturas e para a avaliação dos padrões trabeculares do osso, mas para a
determinação do córtex vertebral ela é subjetiva.
ULTRASSONOMETRIA ÓSSEA (QUS)
Esta técnica mede a distância entre dois pontos e o tempo que a onda sonora demora para
atravessá-los. A medição é feita através da relação inversa entre a velocidade do som e o risco
de fratura, ou seja, quanto mais rápido, menor o risco de fratura. Apesar de oferecer o benefício
de não utilizar radiação ionizante, a necessidade de alguns equipamentos específicos e a
pouca exatidão dos resultados tornaram inviável a sua aplicação no diagnóstico da
osteoporose.
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA QUANTITATIVA
(QCT)
A maioria dos equipamentos de tomografia computadorizada realizam este exame, mas são
necessários o software , os valores padronizados de mineralização e um phanton de
referência para a conversão das unidades Hounsfield em valores numéricos para o sistema.
Um grande limitador desta técnica é a presença de gordura na medula óssea, que se intensifica
com o avançar da idade. Conforme a gordura aumenta, a densidade óssea diminui, reduzindo,
consideravelmente, a acurácia do resultado. Novos equipamentos apresentam melhorias nesse
quesito, no entanto, a precisão do diagnóstico é bem inferior se comparada à da densitometria.
PARTES DO EQUIPAMENTO
Assista ao vídeo a seguir em que o especialista em clínica especializada mostrará as partes do
equipamento e simulará o exame de uma das regiões indicadas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, apresentamos os diferentes tipos de equipamentos de densitometria óssea,
incluindo apontamentos-chaves para a diferenciação de cada um deles. Também esclarecemos
a patologia relacionada à baixa densidade óssea - a osteoporose - e a importância da DM para
o diagnóstico.Por último, abordamos as regiões de aquisição das imagens para a mensuração da densidade
mineral óssea (DMO) do paciente, exame que torna possível a detecção de indivíduos com
riscos de fraturas.
 PODCAST
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY (IAEA). Dual Energy X ray absorptiometry for
bone mineral density and body composition assessment . Vienna: International Atomic
Energy Agency, 2010.
JUHL, John H.; CRUMMY, Andrew B.; KUHLMAN, Janet E. Interpretação radiológica. 7.ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
JUNIOR, Antonio Biasoli. Técnicas radiográficas. 2.ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016.
MEIRELLES, Eduardo. Diagnóstico por imagem na osteoporose. Arq. Bras. Endocrinologia
Metabol. v. 43, nº 06, dez./1999, p. 423-427.
WAHNER, Heinz W.; FOGELMAN, Ignac. The evaluation of osteoporosis : Dual energy X-
ray absorptiometry in clinical practice . London, 1994. Consultado em meio eletrônico em: 3
dez. 2020.
EXPLORE+
Para ampliar seus conhecimentos, sugerimos a leitura de dois artigos disponíveis na página da
Revista Brasileira de Reumatologia:
Diretrizes brasileiras para o diagnóstico e tratamento da osteoporose em mulheres na
pós-menopausa , de RADOMINSKI, Sebastião et al .
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Reumatologia para diagnóstico e tratamento da
osteoporose em homens, de LOURES, Marco Antônio et al .
CONTEUDISTA
Vanessa Fávere Figueiredo
 CURRÍCULO LATTES
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