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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
Graduação 
Arquitetura e Urbanismo 
 
 
 
 
PROJETO DE ARQUITETURA E 
ERGONOMIA 
 
Liliane Carvalho Rosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
AULA 7 
 
TIPOS DE EDIFICAÇÕES: APRESENTAÇÃO E REPRESENTAÇÃO 
PROCESSUAIS E TÉCNICAS DE PROJETOS ARQUITETÔNICOS 
 
Na aula anterior, discutimos projetos de arquitetura de uso familiar. Vimos os diferentes 
tipos de edificação e algumas soluções de projeto arquitetônico de uso familiar. 
Na aula de hoje, vamos discutir como acontece dentro desta edificação, os setores, os 
fluxos, a hierarquia deste fluxo e seus ambientes, e como estes se comportam. 
 
Objetivos de aprendizagem: 
Ao término desta aula vocês serão capazes de: 
− Definir as metodologias para a elaboração de projetos de interiores residenciais. 
− Elaborar uma metodologia para um projeto de interiores residenciais. 
− Demonstrar a fase inicial de planejamento do projeto. 
− Relacionar o uso adequado dos acessos e da circulação conforme a necessidade 
funcional do projeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEÇÃO 1 – SETORIZAÇÃO - OS SETORES E AS FUNÇÕES; 
IDENTIFICAÇÃO DOS SETORES DE UM PROGRAMA DE 
NECESSIDADES. 
SEÇÃO 2 - FLUXOGRAMA - O FLUXO DAS ATIVIDADES DE UM 
PROGRAMA INTERAÇÃO ENTRE ATIVIDADES E SETORES DO 
PROGRAMA 
SEÇÃO 3 - HIERARQUIA DOS FLUXOS: ENTRADA E SAÍDA; 
CIRCULAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL 
3 
 
 
Seções de Estudo: 
SEÇÃO 01 – SETORIZAÇÃO - OS SETORES E AS FUNÇÕES; 
IDENTIFICAÇÃO DOS SETORES DE UM PROGRAMA DE 
NECESSIDADES. 
 
 
 
 
 
 
Programa de necessidades 
Tendo o domínio do terreno, através do complexo levantamento realizado previamente (do 
entorno), e compreendendo as expectativas do cliente, você poderá desenvolver o programa 
de necessidades. Nesta etapa, ainda é importante que sejam conhecidas as condicionantes 
legais e, se houver, as normas internas do condomínio para o desenvolvimento do projeto. 
O programa de necessidades, diferentemente dos objetivos do cliente, passa pela 
interpretação do arquiteto. Com base no seu repertório profissional, nos conhecimentos 
técnicos, culturais, na análise do terreno, no domínio das condicionantes legais e da 
interpretação dos objetivos do cliente, o arquiteto desenvolve o programa. 
O programa de necessidades deverá ser a base para o lançamento do partido arquitetônico, 
que visa responder às perguntas por ele sugeridas. 
No início de um projeto de interiores residencial é indicado seguir uma metodologia 
projetual, porque esperar que a inspiração surja subitamente pode ser muito frustrante. 
Quando se aplica a metodologia de projeto ao problema proposto, o início do trabalho e o 
surgimento das ideias fica mais fluido. Ao se conhecer um processo eficiente e confiável, 
uma metodologia bem definida que auxilia a enfrentar os desafios profissionais e resolver as 
questões do planejamento espacial, fica mais fácil e rápido chegar a um resultado 
satisfatório. 
Para Karlen (2010, p. 15): “[…] há um processo ou sequência de tarefas geralmente aceito 
que tem início no momento em que o arquiteto começa a trabalhar no projeto e termina 
quando a análise do projeto é concluída e o planejamento físico se inicia”. Esses estudos 
preliminares passam por um processo de síntese criativa e, quanto mais criteriosos e bem 
feitos forem, mais fácil ficará o processo e o desenvolvimento do projeto. 
Turma, de acordo com o Plano de Ensino da 
disciplina definido e atendendo aos objetivos 
de aprendizagem propostos, estudaremos na 
Seção 1 sobre os diferentes setores de uma 
edificação familiar. Vamos lá? 
4 
 
Quando a escala de um projeto de interiores é maior, fica mais difícil a sua resolução, sendo 
mais indefinidas e menos óbvias as soluções. Quanto maiores e mais complicados forem os 
projetos, maior a necessidade do uso de metodologia, para redução dos problemas a 
elementos menores e mais fáceis de serem administrados. A decomposição do desafio em 
pequenos componentes e a utilização de um método facilita a resolução do mesmo. A 
metodologia vem para auxiliar, e sua importância se dá ao facilitar e dar maior rapidez ao 
processo criativo (KARLEN, 2010). 
A maioria dos profissionais tem três etapas bem definidas: análise, síntese e avaliação. 
 
Análise 
A etapa de análise, ou os chamados estudos, consiste no momento de coleta de dados 
necessário para a elaboração do projeto, como: 
• entrevista com o cliente; 
• levantamento físico visual do espaço em estudo; 
• pesquisas de referenciais decorativos; 
• definição de um programa de necessidades e organograma (se necessário); 
• realização de pré-dimensionamento. 
 
Quanto mais completa e detalhada é essa etapa, mais fácil fica o processo de síntese das 
informações e a proposta para o projeto de interiores residencial (KOWALTOWSKI et al., 
2015). No projeto de interiores, os estudos que embasarão o desenvolvimento do projeto 
começam pelo contato entre o cliente e o profissional. Nesse contato acontece uma 
entrevista, em que o solicitante explicará as suas necessidades e anseios, cabendo ao 
profissional satisfazê-los assim como direcioná-los à melhor resolução técnica. É nesse 
momento que ficará definido se o projeto será de um espaço ou de vários, qual seu uso 
(quarto de bebê, sala de estar, espaço gourmet, etc.), que equipamentos e mobiliários serão 
necessários. Na entrevista, é possível conhecer as necessidades e desejos do cliente, seus 
hábitos e anseios, a fim de propor um interior que contemple essas expectativas. 
Aqui também se inicia o programa de necessidades do projeto, com a listagem de todos os 
equipamentos necessários, metas, usos e pré-dimensionamentos. Conhecer o local do projeto 
também é essencial nessa etapa inicial, assim como a realização de levantamento físico 
visual do local em estudo. 
O levantamento métrico e fotográfico dos espaços e mobiliários existentes são necessários 
para se ter todos os dados para a realização dos desenhos do projeto. A pesquisa de 
referenciais é importante para a atualização do repertório do profissional em relação àquele 
uso específico, e pode ser feita por meio de revistas especializadas, internet ou visitas a 
5 
 
showrooms e feiras de materiais e decoração. Após a fase de levantamento de informações, 
chega o momento da conceituação do projeto, quando há a reflexão do que se pretende fazer 
em termos de atmosfera e caráter do ambiente em estudo. Acontece também a conceituação 
da proposta, de modo a condizer com as necessidades do usuário e condicionantes do espaço, 
completando assim o programa de necessidades. O uso de organogramas é indicado ao se 
fazer projetos mais complexos e de vários ambientes, pois com eles se estuda a relação ideal 
entre os espaços (KARLEN, 2010). 
 
Síntese 
A etapa de síntese consiste no desenvolvimento do projeto. É a etapa de lançamento criativo, 
em que começa a proposta propriamente dita. 
Essa fase se divide em: 
• estudo preliminar; 
• anteprojeto; 
• projeto executivo; 
• detalhamento. 
 
Primeiro acontece o lançamento das ideias por meio do leiaute dos espaços em planta baixa 
(Figura 3) e a proposição da ideia em três dimensões por meio de croquis perspectivos 
(Figura 4) ou maquetes eletrônicas. 
 
6 
 
 
O programa de necessidades, que lista todas as exigências a serem cumpridas, deve ser 
seguido na proposta de leiaute e de croqui perspectivo. É importante que o estudo seja feito 
considerando ambas as dimensões, ou seja, bi e tridimensional, usando plantas baixas, vistas 
e estudo volumétrico. É nesse momento que todas as ideias são demonstradas por meio de 
desenhos (hoje podemos trabalhar com maquete eletrônica) e fazem uma síntese do projeto, 
demonstrando o que se pretende propor e realizar no projeto de interiores. A proposta é o 
resultado desse lançamento espacial e seus desenhos, sendo importante que se use uma 
linguagem gráfica conhecida e dominada pelo cliente, a fim defacilitar a comunicação. É 
possível o uso de croquis a mão ou de maquetes eletrônicas. 
 
Avaliação 
No momento da definição do estudo preliminar, é importante um contato com o solicitante 
para aprovar essas ideias iniciais e verificar se o caminho da proposta está de acordo com as 
solicitações dos usuários. É a primeira avaliação do projeto. Quando são constatadas 
inconsistências ou elementos não desejados pelo cliente, retorna-se às fases anteriores, a fim 
de buscar uma melhor solução de projeto. Esse procedimento acontece até que profissional e 
cliente cheguem a um consenso de que o projeto é satisfatório. 
Depois da aprovação do estudo preliminar, passa-se para o anteprojeto e o projeto executivo, 
em que são realizados todos os desenhos técnicos necessários para a realização da obra, 
assim como o memorial descritivo e detalhamentos. 
Nessas etapas serão desenhadas as plantas técnicas com todas as especificações necessárias 
para realização do projeto (INSTITUTO DE ARQUITETURA DO BRASIL, 2018). O 
memorial descritivo detalha todos os procedimentos em termos de materiais e técnicas, assim 
como a escolha de cores, tintas, tecidos, luminárias e mobiliário. 
7 
 
As plantas baixas técnicas possuem todas as dimensões (cotas) horizontais necessárias para a 
realização do projeto, assim como a localização de paredes, portas, janelas, escadas. A planta 
mobiliada demonstra a distribuição do mobiliário e sua adequação ao ambiente em estudo. 
Os cortes e vistas detalham os elementos do projeto verticalmente, mostrando sua 
configuração e dimensões. Todas as alturas são demonstradas por meio desses desenhos. 
As maquetes eletrônicas ou as perspectivas internas ilustram a ideia como um todo. Elas são 
um complemento indispensável no projeto de interiores, pois demonstram a intenção como 
um todo, o modo como ficará o ambiente depois de pronto (INSTITUTO DE 
ARQUITETURA DO BRASIL, 2018). Os detalhamentos são os desenhos técnicos 
necessários para a realização de elementos exclusivos do projeto, como móveis, lareiras, 
churrasqueiras e outros. 
No final do processo, após concluir todas as etapas e desenhos necessários, fazer as últimas 
revisões e adaptações, o material é entregue ao cliente para sua execução. 
Na figura a seguir, você vê a representação de plantas baixas e vistas técnicas de banheiros 
normais e para pessoas com deficiência. Estão desenhadas todas as especificações e 
dimensionamentos necessários. O exemplo demonstra que, em planta, estão todas as cotas 
horizontais e, nas vistas, estão as medidas verticais e a localização dos elementos que não 
aparecem em planta, como barras de apoio e espelhos. 
 
 
 
8 
 
 
 
Utilizar uma metodologia de projeto para fazer interiores residenciais facilita o processo, 
tornando-o mais rápido e dinâmico. A metodologia vem para auxiliar a organização das 
ideias, e as etapas facilitam a sistematização do processo de projetos de interiores. 
 
Funcionalidade 
A funcionalidade dos ambientes será definida conforme o objetivo do projeto, a disposição 
das aberturas e a sua configuração, considerando as prioridades e as necessidades de seus 
usuários. Ao contratar um arquiteto, o cliente apresenta todas as suas aspirações e 
necessidades ao profissional, de maneira a possibilitar a identificação dos ambientes de 
forma visual e direta. 
Para que uma edificação comporte diversas funções e atividades residenciais com o 
desempenho adequado, Logsdon et al. (2011) salientam que é essencial haver 
funcionalidade, um dos aspectos que define a qualidade da edificação. Os autores ressaltam a 
importância da relação do espaço com os seus constituintes, pois possibilitam o 
desenvolvimento das atividades pelo usuário, estando diretamente relacionados ao acesso, à 
circulação e à operação que o ambiente residencial deve desempenhar. Os autores trazem 
ainda sete funções domésticas que devem ser atendidas para definir uma edificação como um 
lar: conviver, cuidar do corpo, cuidar da mente, armazenar, lidar com a roupa, manter a casa 
e aumentar a renda. 
As funções domésticas apresentadas pelos autores compreendem todas as atividades 
desenvolvidas em uma residência com a finalidade de orna-la habitável, a fim de prover 
conforto, segurança, bem-estar e qualidade de vida aos seus usuários (LOGSDON et al., 
2011). Para que haja qualidade e conforto ambiental, Cornetet e Pires (2016) afirmam que, 
além da funcionalidade, os espaços devem ser elaborados utilizando como referência as 
dimensões médias do corpo humano, de maneira que possibilite o fácil deslocamento entre 
os ambientes, gerando bem-estar e satisfação aos seus ocupantes. 
 
9 
 
Fonte: CORNETET, Betina C.; PIRES, Daniela G M. Arquitetura: Grupo A, 2016. E-book. ISBN 
9788569726791. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788569726791 /. 
Acesso em: 23/ 03/ 2024. 
 
 
 
 
 
SEÇÃO 2 - FLUXOGRAMA - O FLUXO DAS ATIVIDADES DE UM 
PROGRAMA, INTERAÇÃO ENTRE ATIVIDADES E SETORES DO 
PROGRAMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fluxos 
A disposição dos ambientes em uma edificação, juntamente com as portas, definirá as rotas 
de circulação em seu interior, configurando os fluxos determinados pelo projetista, visando 
melhor utilização dos espaços e facilidade de acessos. De acordo com Oliveira e Mont’Alvão 
(2012), a circulação pode ser definida como a facilidade de movimentação dos usuários em 
diferentes setores de uma edificação residencial. Já os fluxos são influenciados diretamente 
pelo posicionamento das portas que, segundo Ching e Binggeli (2013), determinam as 
atividades e o movimento desenvolvidos no local. Assim como as portas, as janelas também 
possibilitam a interação entre os ambientes, além de facilitar a circulação de ar e a entrada de 
iluminação natural. 
Conforme sua disposição, essas aberturas interferem diretamente na distribuição dos 
ambientes, seja pela organização dos móveis ou pelas áreas determinadas por elas. Segundo 
Prado e Tagliari (2018), os acessos principais em uma edificação configuram a sua relação 
com a rua, tornando-se importantes articuladores do espaço interior com o exterior. 
Já para a circulação, os autores salientam a importância da forma organizacional dos 
ambientes, considerando a hierarquia, a clareza e a apreensão do espaço em si. 
Ambas as definições estão diretamente ligadas à setorização da edificação que, comumente, 
abrange as áreas sociais, íntima e de serviço, criando fluxos adequados ao funcionamento 
pretendido de cada um desses setores, considerando as necessidades dos usuários e a 
facilidade de movimentação no espaço. 
Olá, alunos! 
 
Nesta seção, vamos explorar as o fluxograma de uma 
residência. Vamos lá? 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788569726791
10 
 
Cornetet e Pires (2016) indicam que o acesso pode ser configurado por um plano físico ou 
sugerido, ou seja, pode ser constituído por um portão, porta, marcações de colunas ou 
diferenças de níveis. Esses elementos de transição entre o exterior e o interior devem ocorrer 
de forma suave para não causar um efeito emocional indesejado em seus usuários. 
Na elaboração dos projetos de arquitetura e urbanismo, alguns critérios são seguidos, como 
circulação e acesso, por exemplo. 
A circulação é a função articuladora, organizadora e distributiva nos projetos de edificações 
ou no planejamento urbano. Por meio dela, chegamos aos acessos de uma edificação, de um 
estacionamento ou parque, de um ou vários ambientes. 
 
Condicionantes que devem ser analisadas e estudadas para o planejamento e 
desenvolvimento do projeto 
Na fase de levantamento, é quando haverá o primeiro contato do profissional contratado para 
elaborar o projeto arquitetônico com a problemática apresentada. Nesse momento, é 
importante levantar, verificar, analisar e estudar o maior número de informações possíveis, a 
fim de conhecer as condicionantes quepoderão interferir nas definições de projeto. Cada 
sítio oferece situações particulares de deficiências e potenciais que podem ser explorados em 
diferentes tipos de projeto. No entanto, é usual que sejam verificados alguns parâmetros, 
como as relações com o entorno, situações climáticas, o fluxo de pessoas e outras 
implicações. Para demonstrar isso, dividimos as condicionantes mais comuns nestes quatro 
grupos: 
 
O terreno e região 
Conhecer o contexto da implantação do projeto é um fator fundamental. Para compreender 
esse entorno, você primeiro deve identificar a localização do terreno ou sítio. Uma breve 
análise do conjunto ao qual o terreno pertence deve ser realizada a fim de resgatar a 
identidade do local. Você deve identificar as características das edificações vizinhas, os 
fluxos e acessos, suas alturas, a materialidade e as técnicas construtivas utilizadas. A partir 
dessas informações, o projetista pode optar por uma estratégia de opor-se ao tecido urbano, 
ou ainda integrar-se a ele. Veja um exemplo de mapa de figura e fundo, que revela a 
densidade edilícia do terreno, na Figura 4. 
11 
 
 
 
 
A orientação solar do terreno deve ser avaliada para que seja possível definir a direção das 
janelas conforme a necessidade de insolação dos ambientes, além de verificar a necessidade 
de elementos de proteção. A rosa dos ventos deve indicar a orientação dos ventos 
predominantes naquele local. Assim, é possível verificar a possibilidade de se obter a 
desejada ventilação natural dos ambientes. As curvas de nível vão revelar os desníveis 
presentes no terreno, que devem ser verificados através da topografia. Elas também vão 
sugerir possibilidades ou barreiras de projeto. É importante verificar ainda a implicação da 
topografia e das construções mais próximas em relação ao edifício que será projetado, 
analisando se isso interfere na incidência de sol e vento. Veja uma opção de representação 
das curvas de nível, através de maquete topográfica, na Figura 5. Também é interessante 
verificar as instalações de infraestrutura do terreno. Assim, você fica sabendo se existem 
esperas de instalações de luz e água, se a posição de postes ou árvores no passeio podem 
determinar ou condicionar a relação com a rua, além de outras particularidades. O conjunto 
das informações levantadas pode ser reunido em um mapeamento com a síntese de 
levantamento. Veja um exemplo na Figura 6. 
 
12 
 
 
 
Objetivos do cliente 
Conhecer as intenções do cliente é um ponto de partida importante para a elaboração do 
programa de necessidades. Em algumas reuniões, é possível fazer um levantamento dos 
espaços que são necessários e ainda compreender as expectativas com relação a forma, 
fluxos, usos, funcionalidades dos espaços e demais fatores importantes para o cliente. É 
fundamental que o projetista compreenda quais elementos são essenciais para o cliente, e 
quais elementos possuem alguma liberdade propositiva. 
 
Fonte: CORNETET, Betina C.; PIRES, Daniela G M. Arquitetura.: Grupo A, 2016. E-book. ISBN 
9788569726791. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788569726791/. 
Acesso em: 23/02/ 2024. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEÇÃO 3 – HIERARQUIA DOS FLUXOS: ENTRADA E SAÍDA; 
CIRCULAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL 
 
Características dos diferentes acessos e da circulação 
Além da qualidade estética e estrutural, é fundamental que os projetos sejam funcionais. 
Quando você pensar em um projeto de uma edificação, ou ainda no planejamento urbano de 
uma cidade, deve levar em consideração quais elementos são mais importantes e como será a 
conexão entre eles, que podem ser espaços internos ou externos. Em diferentes escalas, o 
projeto deve sempre possibilitar que os usuários façam suas atividades sem que o espaço 
apresente barreiras ou os elementos impeçam o seu deslocamento. Para que os projetos 
possibilitem espaços com funcionalidade, eles devem ser baseados nas dimensões médias do 
corpo humano. Considerando os usuários como referência dimensional, eles poderão se 
movimentar através dos espaços com a finalidade de utilizá-los, e também terão qualidade e 
conforto no deslocamento de um ambiente para o outro. 
 
 
 
Olá, alunos! 
 
Nesta seção, vamos explorar as soluções de acessos e 
circulação para uma residência. Vamos lá? 
14 
 
 
 
 
Além disso, você deve considerar o uso dos espaços e o fluxo de pessoas que o projeto deve 
atender. Para projetos com pequeno fluxo de usuários (como pequenos edifícios comerciais e 
residências), o recomendado é usar as dimensões mínimas de duas pessoas passando pelas 
15 
 
circulações. As circulações podem ser horizontais ou verticais. Dessa forma, é usual a 
medida mínima de 1,10 m em corredores, rampas e escadas de pequenas edificações. 
 
Acessos 
O acesso principal de um projeto pode ser considerado o elemento de preparação. Quando o 
usuário visualiza o acesso a distância, ele já compreende que, a partir daquele ponto, será 
possível penetrar no projeto. No livro Arquitetura: forma, espaço e ordem, Francis Ching 
(2013) apresenta uma forma bastante simples de classificar diferentes acessos: frontal, 
oblíquo e espiral. Veja exemplos desses diferentes tipos de acesso nas Figuras 2, 3 e 4. 
 
 
 
16 
 
 
 
O acesso é composto ainda do elemento de entrada que configura a passagem do usuário 
através de um plano físico ou sugerido. Entre outras possibilidades morfológicas, esse 
elemento físico pode ser um portal, uma porta, um portão, uma reentrância. A entrada pode 
ocorrer também através da passagem por um plano sugerido, como uma pequena mudança 
de nível ou a marcação de duas colunas, ou ainda através de projeções ou recuos de um 
plano. As soluções para os planos de entrada são muitas e dependem do efeito que se deseja 
em cada partido arquitetônico. 
Em relação às edificações, a sugestão é que essa passagem ocorra sempre de forma suave, 
resguardando a entrada. Isso evita uma passagem brusca de um espaço externo, público, 
descoberto, iluminado, para outro espaço interno, privado, protegido e fechado. Ainda que 
passagens bruscas possam ser desejadas para causar um efeito emocional e impactante, o 
mais usual é criar um espaço intermediário de preparação e passagem da área externa para a 
área interna. Observe os exemplos de acesso protegido na Figura 5. 
 
 
 
 
17 
 
 
 
Exemplo: 
 
Nesta igreja, projeto de Bernini (CHING, 2013a, p. 260), você pode ver a adequação da 
escala de um edifício monumental, onde o acesso se reduz à escala do usuário. Como você 
pode observar na planta baixa, a transição do espaço externo e interno se dá através da 
mudança de plano no nível da rua, com uma pequena escada, e de uma pequena projeção na 
cobertura, criando um espaço protegido e adequado à escala humana. 
 
 
Fonte: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788569726791/pageid/74 
Acesso: 21/03/2024 
 
Outro parâmetro fundamental é a definição da localização da entrada na fachada do edifício. 
Essa localização deve ser definida tendo em mente a circulação externa para o acesso, e 
também a circulação interna que o fluxo de pessoas vindo do plano de acesso irá gerar no 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788569726791/pageid/74
18 
 
ambiente. Para definir a melhor solução, é preciso fazer uma análise ampla das circulações e 
das atividades internas. 
 
Circulações 
Todos os trajetos realizados de um ponto a outro podem ser considerados circulações. 
Quando se aborda a escala urbana, o desenho da circulação externa está diretamente ligado 
ao nosso meio de transporte. Ao nos deslocarmos de carro, devemos seguir as vias 
específicas para isso, seguindo determinações legais e fatores de mecânica do veículo. 
Quando realizamos o deslocamento caminhando, há uma liberdade maior de escolhas ao 
longo do percurso.A configuração dos percursos realizados pelos usuários, consequência 
dos trajetos realizados para acessar a sequência de espaços, é chamada de circulação interna. 
Em uma edificação, podemos ter circulações horizontais e verticais. 
Circulações horizontais, que podem variar bastante de forma. 
Na Figura 6, você observa uma referência de Francis Ching para diferentes desenhos de 
circulações. 
 
 
19 
 
 
 
 
As dimensões destas circulações refletem a importância e o fluxo de pessoas ou veículos que 
devem realizar o trajeto. Em diferentes escalas, podemos comparar vias principais e 
secundárias com percursos de circulações internas principais e secundárias dentro de uma 
edificação. O oposto também pode acontecer. Ao possibilitar um fluxo maior de usuários, os 
espaços de um determinado projeto passam a ser privilegiados. 
As relações entre a circulação e o espaço podem acontecer de diferentes maneiras e se 
alteram ao longo da história. O conceito de circulação como “corredor”, quando o usuário 
pode percorrer um trajeto linear, tendo outros espaços com a integridade preservada, é mais 
recente historicamente. Nas edificações clássicas e em programas mais tradicionais, era 
comum que fosse necessário atravessar espaços para transitar dentro de uma edificação. Este 
tipo de circulação, muito comum em museus e galerias, cria áreas de circulação e repouso 
dentro dos ambientes. 
Ainda há a possibilidade de a circulação terminar em um espaço, dando grande visibilidade e 
importância para ele. Essa morfologia é comum em igrejas e templos. Veja os exemplos na 
Figura 7. 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
Embora identifiquemos algumas morfologias recorrentes, não existem circulações mais ou 
menos adequadas a programas específicos. É possível ainda combinar os diferentes tipos de 
circulação citados, gerando ambientes mais complexos. 
 
Sinalização tátil no piso 
A sinalização tátil no piso pode ser do tipo de alerta ou direcional. Ambas devem ter cor 
contrastante com a do piso adjacente, e podem ser sobrepostas ou integradas ao piso 
existente. 
A sinalização tátil de alerta deve ser instalada perpendicularmente ao sentido de 
deslocamento nas seguintes situações: 
a) obstáculos suspensos entre 0,60 m e 2,10 m de altura do piso acabado, que tenham o 
volume maior na parte superior do que na base, devem ser sinalizados com piso tátil de 
21 
 
alerta. A superfície a ser sinalizada deve exceder em 0,60 m a projeção do obstáculo, em 
toda a superfície ou somente no perímetro desta; 
b) nos rebaixamentos de calçadas, em cor contrastante com a do piso; 
c) no início e término de escadas fixas, escadas rolantes e rampas, em cor contrastante com a 
do piso, com largura entre 0,25 m a 0,60 m, afastada de 0,32 m no máximo do ponto onde 
ocorre a mudança do plano; 
d) junto às portas dos elevadores, em cor contrastante com a do piso, com largura entre 0,25 
m a 0,60 m, afastada de 0,32 m no máximo da alvenaria; 
e) junto a desníveis, tais como plataformas de embarque e desembarque, palcos, vãos, entre 
outros, em cor contrastante com a do piso. Deve ter uma largura entre 0,25 m e 0,60 m, 
instalada ao longo de toda a extensão onde houver risco de queda, e estar a uma distância da 
borda de no mínimo 0,50 m. 
 
Tabela 16 — Sinalização tátil de alerta em obstáculos suspensos 
 
 
 
Fonte: ABNT (2004) 
Acesso: 10/02/2023 
 
 
Figura 17 — Sinalização tátil de alerta nos rebaixamentos das calçadas 
 
 
 
 
Fonte: ABNT (2004) 
Acesso: 10/02/2023 
22 
 
Figura 18 — Sinalização tátil de alerta nas escadas 
 
 
 
Fonte: ABNT (2004) 
Acesso: 10/02/2023 
 
Figura 19 – Sinalização tátil de alerta junto à porta de elevador 
 
 
 
Fonte: ABNT (2004) 
Acesso: 10/02/2023 
 
 
Figura 20 – Sinalização tátil de alerta junto a desnível em plataforma de embarque e 
desembarque 
 
 
 
Fonte: ABNT (2004) 
Acesso: 10/02/2023 
 
23 
 
Vagas em estacionamento 
As vagas reservadas podem ser de dois tipos: para veículos que conduzem ou são conduzidos 
por idosos; para veículos que conduzem ou são conduzidos por pessoas com deficiência. O 
dimensionamento e desenho dessas vagas é padrão; porém, a quantidade de vagas que devem 
ser reservadas vai variar conforme a quantidade total de vagas e o uso da edificação. Em 
geral, as vagas reservadas devem estar em rota acessível, próximas da entrada principal da 
edificação; conter sinalização vertical e horizontal no piso; e conter uma área adicional ao 
seu lado de, pelo menos, 1,20m de largura. A área adicional deve estar vinculada ao 
rebaixamento da calçada. 
Os percentuais obrigatórios de vagas reservadas para idosos em um estacionamento são 
estabelecidos pela Resolução no 303/08 do Contran. Essa norma estabelece um percentual de 
5% das vagas em estacionamento regulamentado de uso público para uso exclusivo de idosos 
(BRASIL, 2008a). Já as vagas reservadas para as pessoas com deficiência, a porcentagem 
obrigatória é estabelecida pela Resolução no 304/08 do Contran. Essa norma define um 
percentual de 2% das vagas totais de uso público para uso exclusivo de veículos que 
transportam pessoas com deficiência ou com dificuldade de locomoção (BRASIL, 2008b). 
 
 
 
 
24 
 
 
Sobre os acessos às edificações 
O nível de mobilidade varia muito conforme a idade e o tipo de necessidade especial dos 
indivíduos; fatores como o clima, a topografia (inclinações) e obstáculos também afetam o 
nível de mobilidade. (LITTLEFIELD, 2011, p. 714). 
Como você já sabe, os estacionamentos devem estar localizados próximos da entrada 
principal da edificação, ou a entrada de maior fluxo de pessoas, a uma distância máxima de 
50 m. Além disso, devem estar vinculados a rotas acessíveis, livres de obstáculos, e 
possibilitar que todos possam percorrer o caminho de maneira autônoma. 
Não esquecer que a rota acessível inclui a presença de sinalização adequada e do piso tátil, 
que orienta as pessoas com deficiência visual no caminho a seguir e indica situações de 
risco, como a presença de uma porta giratória. Nas entradas das edificações, em alguns 
casos, podem haver desníveis pequenos e, em outros, desníveis grandes, muitas vezes, com 
escadas. A acessibilidade prevê que, nestes casos, é obrigatório a existência de rampas 
devidamente dimensionadas. 
As mudanças de nível geram problemas para muitas pessoas, principalmente aquelas com 
dificuldades de locomoção ou deficiências visuais. Até um único degrau é capaz de 
impossibilitar o acesso para um indivíduo com dificuldades de locomoção e pode apresentar 
risco no trajeto de qualquer pessoa. Sempre que as mudanças de nível não puderem ser 
evitadas, os declives ou rampas devem ser projetados de maneira acessível, ainda que – é 
preciso observar – as rampas nem sempre sejam a solução ideal e talvez ocupem um espaço 
considerável. Os declives ou rampas possibilitam o acesso de cadeirantes ou de pais que 
empurram carrinhos de bebê. Contudo, algumas pessoas talvez prefiram subir um lance de 
escada a uma rampa; para elas, a presença de corrimãos para apoio é essencial. 
(LITTLEFIELD, 2011, p. 715). 
 
Rampas 
As rampas podem estar presentes no interior ou no exterior da construção. Um piso pode 
possuir uma inclinação e não ser considerado uma rampa. Portanto, dependendo da 
inclinação do piso, deve-se prever as áreas de descanso. A área de descanso é como um 
patamar, um local de piso nivelado entre os pisos inclinados; é recomendado que essa área 
tenha 1,20 m de comprimento. Se o piso tiver até 3% de inclinação, deve-se prever uma área 
de descanso a cada 50 m. Se a inclinação for maior que 3% e menor que 5%, deve-se prever 
uma área de descanso a cada 30 m. Inclinações iguais ou acima de 5% são consideradas 
rampas e devem seguir outras especificações adicionais. 
25 
 
Não esqueça que o tipo de piso a ser utilizado deve ser antiderrapante, e não reflexivo. 
Assim como nos pisos, deve-se prever, nasrampas, áreas de descanso a cada 50 m de 
percurso. A inclinação máxima recomendada para uma rampa é de 8,33%. Porém, quando se 
tratar de reforma e não houver outra forma de realizá-la, é permitido uma inclinação de até 
12,5%. A largura das rampas é estabelecida conforme o fluxo de pessoas. Como largura 
mínima, é admitido 1,20 m e deve ter guia de balizamento. Em reformas, conforme o caso, é 
admitido a largura de 0,90m em rampas com percurso de até 4 m. Ambos os lados da rampa 
devem ter corrimão de duas alturas. 
 
Escadas 
Quando houver degraus ou escadas em rotas acessíveis, estes devem estar associados a 
rampas ou equipamentos eletromecânicos de transporte vertical. Deve-se dar preferência à 
rampa. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2015). 
Uma sequência de três ou mais degraus é considerado uma escada. Na existência de escadas 
em rotas acessíveis, essas escadas não podem ser vazadas; e, na existência de bocel ou 
espelho inclinado, ambos não podem criar uma quina superior a 1,5 cm. A largura das 
escadas, em rotas acessíveis, é estabelecida conforme o fluxo de pessoas. A largura mínima é 
de 1,20 m e deve ter guia de balizamento. As escadas devem ter um patamar, no mínimo, a 
cada 3,2 m de desnível ou a cada mudança de direção. O corrimão de duas alturas deve ser 
instalado em ambos os lados da escada. Quando a escada tiver uma largura igual ou superior 
a 2,40 m, é recomendado que se instale um corrimão intermediário. Veja na Figura 11 como 
pode ser feito esse corrimão. 
 
26 
 
Nessas escadas, com largura igual ou superior a 2,40 m, também é permitido a instalação de 
apenas um corrimão central de duas alturas. Veja o exemplo na Figura 12. 
 
 
 
Corrimãos 
Os corrimãos devem ser instalados em ambos os lados dos degraus isolados, das escadas 
fixas e das rampas. 
Os corrimãos devem ter largura entre 3,0 cm e 4,5 cm, sem arestas vivas. Deve ser deixado 
um espaço livre de no mínimo 4,0 cm entre a parede e o corrimão. Devem permitir boa 
empunhadura e deslizamento, sendo preferencialmente de seção circular, conforme figura 
10. 
 
Figura 10 — Empunhadura de corrimão (medidas em cm) 
 
 
27 
 
Fonte: ABNT (2004) 
 
 
Os corrimãos laterais devem prolongar-se pelo menos 30 cm antes do início e após o término 
da rampa ou escada, sem interferir com áreas de circulação ou prejudicar a vazão. Em 
edificações existentes, onde for impraticável promover o prolongamento do corrimão no 
sentido do caminhamento, este pode ser feito ao longo da área de circulação ou fixado na 
parede adjacente, conforme figura 11. 
 
 
 
 
Figura 11 — Prolongamento do corrimão 
Fonte: ABNT (2004) 
 
 
As extremidades dos corrimãos devem ter acabamento recurvado, ser fixadas ou justapostas 
à parede ou piso, ou ainda ter desenho contínuo, sem protuberâncias, conforme figuras 12. 
Para degraus isolados e escadas, a altura dos corrimãos deve ser de 0,92 m do piso, medidos 
de sua geratriz superior. Para rampas e opcionalmente para escadas, os corrimãos laterais 
devem ser instalados a duas alturas: 0,92 m e 0,70 m do piso, medidos da geratriz superior. 
 
 
 
Figura 12— Altura dos corrimãos em rampas e escadas 
Fonte: ABNT (2004) 
 
 
 
28 
 
Guarda-corpos 
As escadas e rampas que não forem isoladas das áreas adjacentes por paredes devem dispor 
de guarda corpo associado ao corrimão, conforme figura 13, e atender ao disposto na ABNT 
NBR 9077. 
 
 
Fonte: ABNT (2004) 
Acesso: 10/04/2024 
 
Fonte: https://pt.scribd.com/document/270435929/Acessibilidade-Em-Espacos-Publicos 
Acesso: 04/01/2023 
 
O interior das edificações: ambientes e circulação 
Em algumas edificações, como bancos, aeroportos e outros locais de entrada controlada, são 
instaladas portas giratórias, catracas e sensores de metal. Nestes casos, é obrigatório a 
existência de, pelo menos, uma entrada acessível. Essa entrada deve garantir ao usuário área 
de manobra, circulação e manuseio, de maneira autônoma, do equipamento para a entrada. 
Os controles de entrada em edificações, quando na rota de piso tátil, devem ser sinalizados, 
tanto horizontal quanto verticalmente, com alerta. Assim também deve ser feito na presença 
de rampas, escadas, elevadores, passagens, entre outras situações de risco. 
Quando existir porta giratória, deve ser prevista, junto a esta, outra entrada que garanta 
condições de acessibilidade. Portas giratórias devem ser evitadas, mas quando forem 
instaladas, as dimensões entre as pás devem ser compatíveis com as medidas necessárias 
para o deslocamento de uma pessoa em cadeira de rodas e devem ainda ser dotadas de 
sistema de segurança para rebatimento das pás em caso de sinistro. (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2015). 
 
Circulação interna 
A circulação interna na forma de corredores é dimensionada conforme o fluxo de pessoas. 
Porém, algumas dimensões mínimas são recomendadas dependendo do comprimento do 
corredor; ou seja do percurso. Esta tabela simplifica essas medidas: 
 
https://pt.scribd.com/document/270435929/Acessibilidade-Em-Espacos-Publicos
29 
 
 
 
Quando os corredores de uso público tiverem um fluxo grande de pessoas, 
sua largura deve ser dimensionada conforme esse fluxo. Portanto, é realizada uma conta para 
se obter a largura ideal desse corredor. 
Além do dimensionamento correto das circulações, são indispensáveis a sinalização 
adequada e a presença do piso tátil nas rotas acessíveis. 
 
 
Fonte: CORNETET, Betina C.; PIRES, Daniela G M. Arquitetura . Grupo A, 2016. E-book. ISBN 
9788569726791. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788569726791/ . 
Acesso em: 23 / 02/ 2024. 
 
 
 
RETOMANDO A CONVERSA INICIAL 
 
 
SEÇÃO 1 – SETORIZAÇÃO - OS SETORES E AS FUNÇÕES; 
IDENTIFICAÇÃO DOS SETORES DE UM PROGRAMA DE 
NECESSIDADES 
 
Estudamos que na arquitetura tendo o domínio do terreno, através levantamento realizado 
previamente e compreendendo as expectativas do cliente, você poderá desenvolver o 
programa de necessidades. Nesta etapa, ainda é importante que sejam conhecidas as 
Olá, chegamos, assim, ao final da sétima aula. 
Espero que tenha gostado da aula. 
Até a próxima! 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788569726791/
30 
 
condicionantes legais e, se houver, as normas internas do condomínio para o 
desenvolvimento do projeto. 
 
 
SEÇÃO 2 - FLUXOGRAMA - O FLUXO DAS ATIVIDADES DE UM 
PROGRAMA INTERAÇÃO ENTRE ATIVIDADES E SETORES DO 
PROGRAMA 
 
Estudamos na seção 02, que a disposição dos ambientes em uma edificação, juntamente com 
as portas, definirá as rotas de circulação em seu interior, configurando os fluxos 
determinados pelo projetista, visando melhor utilização dos espaços e facilidade de acessos. 
 
SEÇÃO 3 - HIERARQUIA DOS FLUXOS: ENTRADA E SAÍDA; 
CIRCULAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL 
 
Nesta seção 3, estudamos que da qualidade estética e estrutural, é fundamental que os 
projetos sejam funcionais. E devemos levar em consideração quais elementos são mais 
importantes e como será a conexão entre eles, que podem ser espaços internos ou externos. 
Em diferentes escalas, o projeto deve sempre possibilitar que os usuários façam suas 
atividades sem que o espaço apresente barreiras ou os elementos impeçam o seu 
deslocamento. 
 
 
SUGESTÕES DE LEITURAS, SITES E FILMES 
 
 LEITURAS 
 
Aqui estão algumas sugestões de leitura sobre o tema estudado na aula 5: 
 
GALINATTI, Anna CM; BARBOSA, Marília P. de A.; GRABASCK, Jaqueline R.; e outros. Projeto 
de arquitetura de interiores residenciais . Grupo A, 2020. E-book. ISBN 9786581492588. Disponível 
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786581492588/. 
Acesso em: 22 abr. 2024. 
SANTOS, Jana Cândida Castro dos; BARBOSA, Laura Jane L.; GRABASCK, Jaqueline R.; e outros. 
Projeto Arquitetônico de Pequeno Porte . Grupo A, 2021. E-book. ISBN 9786556901848. Disponível 
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556901848/. 
Acesso em: 20 abr. 2024. 
 
 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786581492588/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556901848/
31 
 
 
SITES 
 
Como fazer projeto de design de interiores 
https://www.youtube.com/watch?v=0S1aDi7VLTw 
https://www.aditivocad.com/blocos-para-autocad.php?dwg=acessibilidade 
https://www.aditivocad.com/blog/banheiro-pne-acessivel-nbr-9050/ 
 
Para saber mais sobre o cálculo da largura dos corredores públicos com fluxo intenso, veja a norma 
ABNT NBR 9050 em 6.12.6 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC-NICAS, 2015). 
 
 
 
 FILMES 
 
Aqui estão algumas sugestões de filmes: 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=mqOjJAuRWEg 
Morar Bem em 32 Metros Quadrados 
 
Intocáveis 
Um milionário tetraplégico contrata um homem da periferia para ser o seu acompanhante, 
apesar de sua aparente falta de preparo. No entanto, a relação que antes era profissional 
cresce e vira uma amizade que mudará a vida dos dois. 
https://globoplay.globo.com/v/10161702/ 
 
 
 
 
Atividades da Aula 07 
 
Após terem realizado uma boa leitura dos assuntos abordados, na 
Plataforma do CEAD “Atividades” estão disponíveis os arquivos 
com as atividades referentes a esta aula, que deverão ser 
respondidas e enviadas por meio do Portfólio - ferramenta do 
ambiente de aprendizagem UNIGRAN Virtual. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BENEVOLO, Leonardo. A arquitetura no novo milênio. 2. ed. São Paulo: Estação 
Liberdade, 2007. 
SANTOS, Jana Cândida Castro dos; BARBOSA, Laura Jane L.; GRABASCK, Jaqueline R.; 
e outros. Projeto Arquitetônico de Pequeno Porte . Grupo A, 2021. E-book. ISBN 
https://www.youtube.com/watch?v=0S1aDi7VLTw
https://www.aditivocad.com/blocos-para-autocad.php?dwg=acessibilidade
https://www.aditivocad.com/blog/banheiro-pne-acessivel-nbr-9050/
https://www.youtube.com/watch?v=mqOjJAuRWEg
https://globoplay.globo.com/v/10161702/
32 
 
9786556901848. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556901848/ . 
Acesso em: 23/ 03/2024. 
 
CORNETET, Betina C.; PIRES, Daniela G M. Arquitetura . Grupo A, 2016. E-book. ISBN 
9788569726791. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788569726791/. Acesso em: 23/ 03/2024. 
 
SANTOS, Jana Cândida Castro dos; BARBOSA, Laura Jane L.; GRABASCK, Jaqueline R.; 
e outros. Projeto Arquitetônico de Pequeno Porte . Grupo A, 2021. E-book. ISBN 
9786556901848. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556901848/ . 
Acesso em: 20 abr. 2024. 
 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556901848/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556901848/

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