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Prévia do material em texto

Benedito do Carmo Gomes Cantão 
Elisvânia Nunes Braz 
José Benedito dos Santos Batista Neto 
[Organizadores] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIVÊNCIAS ACADÊMICAS 
uma abordagem sobre produções científicas em enfermagem 
 
 
[Volume 1] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belém/PA 
2024 
 
Editor-Chefe 
 
Tassio Ricardo Martins da Costa 
Enfermeiro, Mestrado em andamento, Universidade do Estado do Pará (UEPA). Editor-
chefe, Editora Neurus. Professor Universitário. Consultor em Desenvolvimento de Pesquisa 
em Ciências da Saúde. Belém, Pará, Brasil. 
 
Editora-Executiva 
 
Ana Caroline Guedes Souza Martins 
Enfermeira. Mestre em Ensino em Saúde na Amazônia (ESA), Universidade do Estado do 
Pará (UEPA). Doutoranda, Programa de Doutorado Acadêmico Pesquisa Clínica em 
Doenças Infecciosas, Instituto Nacional de Infectologia da Fundação Oswaldo Cruz (INI-
FIOCRUZ-RJ). Docente do Curso de Graduação em Enfermagem da UEPA. Belém, Pará, 
Brasil. 
 
Editora-Técnica 
 
Niceane dos Santos Figueiredo Teixeira 
Enfermeira, Universidade da Amazônia (UNAMA). Mestranda no Programa de Pós-
graduação em Criatividade e Inovação em Metodologias de Ensino Superior, Universidade 
Federal do Pará (UFPA). Especialização em Unidade de Terapia Intensiva adulto e em 
Estomaterapia, Faculdade Venda Nova do Imigrante (FAVENI). Belém, Pará, Brasil. 
 
Conselho Editorial 
 
Ailson Almeida Veloso Junior 
Enfermeiro. Doutorando pelo Programa pós-graduação em Biologia Parasitária na 
Amazônia PPGBPA/UEPA/IEC, Mestre pelo Programa de Mestrado Profissional Cirurgia e 
Pesquisa Experimental (CIPE) da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Especialista 
Enfermagem Oncológica e Terapia Intensiva, Docente do Curso de Enfermagem da 
Universidade do Estado do Pará e da Faculdade Gamaliel, Tucuruí, Pará, Brasil. 
Lattes: http://lattes.cnpq.br/9632297802142144 
 
Amanda Ouriques de Gouveia 
Enfermeira. Doutoranda em Psicologia Pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia 
da Universidade Federal do Pará, Mestra em Gestão e Saúde na Amazônia pela FSCMPA, 
Especialização em Docência do Ensino Superior e Especialização em Saúde Mental com 
abordagem psicossocial e Docente da Universidade do Estado do Pará e da Faculdade 
Gamaliel, Tucuruí, Pará, Brasil. Lattes: http://lattes.cnpq.br/9381804070335131 
 
 
 
CORPO EDITORIAL 
http://lattes.cnpq.br/9632297802142144
http://lattes.cnpq.br/9381804070335131
Eunice Lara dos Santos Cunha 
Biomédica, Doutoranda pelo Programa Pós-Graduação em Biologia Parasitária na 
Amazônia PPGBPA/UEPA/IEC, Mestra pelo Programa de Mestrado Profissional Cirurgia e 
Pesquisa Experimental (CIPE) da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Especialista 
em Oncologia. Docente da Universidade do Estado do Pará e da Faculdade Gamaliel, 
Tucuruí, Pará, Brasil. Lattes: http://lattes.cnpq.br/2959876368097416 
 
Jaylen França Cunha 
Enfermeira, Especialização em Enfermagem em Urgência Emergência e UTI pelo Instituto 
Educacional Santa Catarina. Docente da Universidade do Estado do Pará e da Faculdade 
Gamaliel, Tucuruí, Pará, Brasil. Lattes: http://lattes.cnpq.br/4531339210984934 
 
Shidney Salatiel Batista de Lima 
Nutricionista, Mestrando em Gestão e Saúde na Amazônia pelo Programa de Pós-
Graduação da FSCMPA. Especialização em Docência do Ensino Superior; Nutrição Clínica 
e Oncologia. Docente da Universidade do Estado do Pará e da Faculdade Gamaliel, 
Tucuruí, Pará, Brasil. Lattes: http://lattes.cnpq.br/3573784141185049 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://lattes.cnpq.br/2959876368097416
http://lattes.cnpq.br/4531339210984934
http://lattes.cnpq.br/3573784141185049
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) elaborada por Editora Neurus – 
Bibliotecária Janaina Ramos – CRB-8/9166 
 
 
 
 
O conteúdo, os dados, as correções e a confiabilidade são de inteira responsabilidade dos 
autores 
 
 
 
 
 
 
 
A Editora Neurus e os respectivos autores desta obra autorizam a reprodução e divulgação 
total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de 
estudo e de pesquisa, desde que citada a fonte. Os conteúdos publicados são de inteira 
responsabilidade de seus autores. As opiniões neles emitidas não exprimem, 
necessariamente, o ponto de vista da Editora Neurus 
 
 
 
 
 
 
 
 
Editora Neurus 
Belém/PA 
2024 
FICHA CATALOGRÁFICA 
V857 
 
Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções científicas em enfermagem 
- Volume 1 / Organização de Benedito do Carmo Gomes Cantão, Elisvânia Nunes 
Braz, José Benedito dos Santos Batista Neto. – Belém: Neurus, 2024. 
 
Livro em PDF 
121 p. 
 
ISBN 978-65-5446-156-6 
 
1. Enfermagem. 2. Enfermagem - Prática. 3. Ensino superior. I. Cantão, Benedito do 
Carmo Gomes (Organizador). II. Braz, Elisvânia Nunes (Organizadora). III. Batista 
Neto, José Benedito dos Santos (Organizador). IV. Título. 
 
 
CDD 610.73 
 
 
 
 
Benedito do Carmo Gomes Cantão 
 
Graduado em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará e 
em Direito pela Faculdade Gamaliel. Doutorando pelo Programa pós-
graduação em Biologia Parasitária na Amazônia 
PPGBPA/UEPA/IEC. Mestre em Cirurgia e Pesquisa Experimental 
(CIPE) pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). Especialista 
em Enfermagem Oncológica e Terapia Intensiva. Docente do Curso 
de Enfermagem na Universidade do Estado do Pará (UEPA) e na Faculdade Gamaliel. 
Lattes: http://lattes.cnpq.br/9300639695935139 
 
 
 
Elisvânia Nunes Braz 
 
Graduado em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade 
Federal o do Pará. Doutoranda pelo Programa Pós-Graduação em 
Educação na Amazônia pela Universidade Federal o do Pará. Mestra 
Interdisciplinar do Programa de Pós-Graduação em Dinâmicas 
Territoriais e Sociedade Pela Universidade Federal do Sul do Pará. 
Especialista em Metodologia do Ensino na Educação Superior pelo 
Grupo UNINTER. Docente do Curso de Enfermagem e 
Coordenadora Acadêmica da Faculdade Gamaliel. 
Lattes: http://lattes.cnpq.br/9756897572961670 
 
 
 
José Benedito dos Santos Batista Neto 
 
Enfermeiro, graduado pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). 
Residente em Atenção à Saúde Mental pelo Programa de 
Residência Multiprofissional em Saúde da UEPA, associado a 
Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (PRMS - 
UEPA/FHCGV). Mestrando em Saúde na Amazônia pelo Programa 
de Pós-Graduação em Saúde na Amazônia do Núcleo de Medicina 
Tropical da Universidade Federal do Pará (PPGSA - NMT/UFPA). 
Lattes: http://lattes.cnpq.br/3330303838815853 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INFORMAÇÕES SOBRE OS ORGANIZADORES 
http://lattes.cnpq.br/9300639695935139
http://lattes.cnpq.br/9756897572961670
http://lattes.cnpq.br/3330303838815853
 
Prezados leitores, as vivências acadêmicas no âmbito da enfermagem, com 
ênfase na produção científica, consistem em um universo rico e multifacetado que 
transcende os muros da sala de aula. Essa jornada de aprendizado e pesquisa se configura 
como um processo dinâmico e transformador, permeado por desafios e recompensas que 
contribuem significativamente para o desenvolvimento profissional, intelectual e pessoal do 
enfermeiro. 
Nesse contexto, a iniciação à pesquisa científica se destaca como um pilar 
fundamental para a formação de profissionais engajados na busca por soluções inovadoras 
para os problemas de saúde da população. Através da participação em projetos de 
pesquisa, os estudantes de enfermagem têm a oportunidade de desenvolver habilidades 
essenciais para a investigação científica, como a formulação de perguntas de pesquisa, a 
coleta e análise de dados, a interpretação de resultados e a comunicação de descobertas. 
Além disso, as vivências acadêmicas com foco na produção científica 
proporcionam aos futuros enfermeiros a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos 
em áreas específicas da enfermagem, contribuindo para a consolidação de uma prática 
profissionalbaseada em evidências científicas. Essa experiência também os torna mais 
aptos para lidar com as complexas demandas do mercado de trabalho, onde a pesquisa e 
a inovação são cada vez mais valorizadas. 
Em suma, as vivências acadêmicas com foco na produção científica em 
enfermagem representam um marco crucial na formação de profissionais autônomos, 
críticos e reflexivos, comprometidos com o avanço do conhecimento e a melhoria da 
qualidade do cuidado à saúde. Através dessa imersão no universo da pesquisa, os 
estudantes de enfermagem se preparam para se tornarem agentes de transformação 
social, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e saudável. 
 
 
 
Boa leitura! 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
CAPÍTULO I ................................................................................................................................................. 
A IMPORTÂNCIA DO MÉTODO CANGURU NA PROMOÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO EM 
PREMATUROS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA 
Elaine Soares Souta; Larissa Soares Lima; Elen Andrade de Araújo Pessoa; Jamila do Socorro Ferreira 
dos Santos; Aline Ouriques de Gouveia 
 
11 
CAPÍTULO II ................................................................................................................................................ 
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS E IDENTIFICAÇÃO DE FATORES DE RISCO PARA CÂNCER 
CERVICAL EM COMUNIDADE RIBEIRINHA DO MUNICÍPIO DE BREU BRANCO/PA 
Merivalda Vasconcelos Lobato; Lais Paes Rodrigues; Mírian Letícia Carmo Bastos 
 
29 
CAPÍTULO III ............................................................................................................................................... 
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE A IDENTIFICAÇÃO DA DEPRESSÃO PÓS-PARTO NOS 
CENTROS DE SAÚDE DE UM MUNICÍPIO NO INTERIOR DO PARÁ 
Karem de Carvalho Baia; Uliana Pimentel Lopes; Elen Andrade de Araújo Pessoa; Jamila do Socorro dos 
Ferreira dos Santos; Ana Zélia Silva Fernandes de Sousa 
 
44 
CAPÍTULO IV ............................................................................................................................................... 
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AO ATENDIMENTO À CRIANÇA COM AUTISMO E 
UTILIZAÇÃO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE: UMA REVISÃO DA 
LITERATURA 
Marlete do Socorro Costa Ferreira; Orielson Costa de Leão; Lais Paes Rodrigues; Laís Araújo Tavares da 
Silva 
 
64 
CAPÍTULO V ................................................................................................................................................ 
AVALIAÇÃO DO ESTADO DE SAÚDE DAS GESTANTES ACOMETIDAS POR PRÉ-ECLÂMPSIA: 
REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA 
Kamila Costa Alves; Leandro Soares Souza; Nathália Menezes Dias; Benedito do Carmo Gomes Cantão; 
Nicolli dos Santos Ferreira; Walace Coelho de Oliveira 
 
74 
CAPÍTULO VI ............................................................................................................................................... 
CRIAÇÃO DE UM FLUXOGRAMA PARA OS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA FRENTE À 
VIOLÊNCIA INFANTIL 
Mikaellem Lima Gonçalves; Raquel Silva de Carvalho; Iara da Silva Antunes Caldeira; Aline Ouriques de 
Gouveia 
 
87 
CAPÍTULO VII .............................................................................................................................................. 
EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA: PERCEPÇÕES DA EQUIPE DE SAÚDE DE UMA UNIDADE DE 
PRONTO ATENDIMENTO 
Thais de Melo da Silva; Vitória Caroline dos Santos de Souza; Kamila Sarges Rodrigues; Beatriz Amaral 
de Souza; Julyany Rocha Barrozo de Souza 
 
102 
ÍNDICE REMISSIVO ..................................................................................................................................... 122 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
10 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
 
 
 
 
 
Elaine Soares SoutaI; Larissa Soares LimaI; Elen Andrade de Araújo PessoaI; Jamila do Socorro Ferreira 
dos SantosI; Aline Ouriques de GouveiaII 
 
IGraduação em Enfermagem, Faculdade de Teologia, Filosofia e Ciências Humanas Gamaliel (FATEFIG). 
Tucuruí, Pará, Brasil. 
IIMestranda, Programa de Pós-graduação em Gestão e Saúde na Amazônia (PPGGSA)/Fundação Santa 
Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP). Docente, Faculdade de Teologia, Filosofia e Ciências Humanas 
Gamaliel (FATEFIG) e Universidade do Estado do Pará (UEPA). Tucuruí, Pará, Brasil. 
 
RESUMO / ABSTRACT 
 
O presente estudo tratará sobre a importância do 
método canguru na promoção do aleitamento 
materno em prematuros haja vista que o leite 
materno possui um papel fundamental para a 
saúde do prematuro pois propicia propriedades 
nutritivas, imunológicas, aumenta o 
desenvolvimento neuropsicomotor afetivo e 
diminui os riscos de infeções, logo menor tempo de 
hospitalização e melhora na qualidade da 
assistência ao recém-nascido prematuro. O 
objetivo geral deste estudo foi verificar qual a 
importância do método canguru na promoção ao 
aleitamento materno em prematuro. O método 
adotado caracteriza-se como uma revisão 
integrativa da literatura, a amostra foi composta 
pela captura de artigos de pesquisas primárias 
indexados no site de pesquisa da biblioteca virtual 
de saúde. Após aplicação dos critérios de inclusão 
e exclusão foram selecionados 13 artigos para 
análise e discursão. Os dados apontaram a 
importância que o método canguru tem na 
promoção do aleitamento materno, onde 
confirmam que o método canguru é uma estratégia 
eficiente para: melhora no desempenho 
neurocomportamental, respostas a estímulos de 
estresse, sucesso da amamentação e sinais vitais 
em prematuros, combater os baixos índices de 
amamentação em prematuros, melhora da 
diminuição do cortisol salivar, melhora significativa 
nos aspectos da amamentação e aleitamento 
materno exclusivo, assim como a satisfação da 
mãe em relação ao desempenho dos recém-
nascidos. Conclui-se nesse estudo, sendo de 
grande relevância para a sociedade, uma vez que 
os efeitos do método canguru são direcionados 
para a mãe-bebê e impactam diretamente na 
qualidade do desenvolvimento do vínculo afetivo e 
do crescimento adequado dos recém-nascido. 
 The present study will deal with the importance of 
the kangaroo method in promoting breastfeeding in 
premature infants, given that breast milk plays a 
fundamental role in the health of premature infants, 
as it provides nutritional and immunological 
properties, increases affective neuropsychomotor 
development and reduces the risk of infections, 
therefore shorter hospitalization time and 
improvement in the quality of care for premature 
newborns. The general objective of this study was 
to verify the importance of the kangaroo method in 
promoting breastfeeding in preterm infants. The 
adopted method is characterized as an integrative 
literature review, the sample was composed by the 
capture of primary research articles indexed in the 
research site of the virtual health library. After 
applying the inclusion and exclusion criteria, 13 
articles were selected for analysis and discussion. 
The data showed the importance that the kangaroo 
method has in promoting breastfeeding, where 
they confirm that the kangaroo method is an 
efficient strategy for: improvement in 
neurobehavioral performance, responses to stress 
stimuli, successful breastfeeding and vital signs in 
preterm infants, combating low rates of 
breastfeeding in preterm infants, improvement in 
the decrease of salivary cortisol, significant 
improvement in aspects of breastfeeding and 
exclusive breastfeeding, as well as the mother's 
satisfaction in relation to the performance of the 
newborns. It is concluded that this study is of great 
relevance to society, since the effects of the 
kangaroo method are directed to the mother-baby 
and directly impact the quality of the development 
of the affective bond and the adequate growth of 
the newborn.CAPÍTULO I 
 
A IMPORTÂNCIA DO MÉTODO CANGURU NA 
PROMOÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO EM 
PREMATUROS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA 
 
 
11 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
Palavras-chave: Prematuro; Método Canguru; 
Aleitamento Materno. 
 Key words: Premature; Kangaroo Method; 
Breastfeeding. 
 
INTRODUÇÃO 
 
No Brasil, assim como nos demais países, a prematuridade constitui-se como 
um importante problema de saúde pública, de acordo com a Organização Mundial de Saúde 
o Brasil encontra-se em décimo lugar na classificação mundial da prematuridade sendo 
considerada a principal causa de morte em crianças nos primeiros 5 anos de vida 
(Bherering et al., 2021; França et al., 2017; Oliveira et al., 2015). Atualmente, nascem 
340.000 prematuros por ano – 11,7% do total de nascimentos, o que representa 931 
prematuros por dia. Entre estes, 60-70% desenvolvem-se normalmente e cerca de 10-15% 
correm o risco de deficiências graves (Raiol; Savelon; Morais; 2022). 
Os prematuros apresentam características anatomofisiológica singulares, que 
requerem uma adaptação complexa ao meio extrauterino, frente aos aspectos biológicos, 
sociais e psicológicos, e na grande maioria das vezes, necessitam de internação em 
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) (Brasil, 2017; Damasceno et al., 2014; 
Pieszak et al., 2017). 
Nesse sentido Paiva et al. (2013), destaca que o processo de admissão do 
recém-nascido prematuro na UTIN ou em uma unidade de cuidados intermediários se 
caracteriza como um acontecimento extremamente estressante, perturbador e frustrante 
gerador de grande sofrimento para tríade mãe-filho-família além de gerar a quebra da 
relação entre o binômio mãe-filho, podendo desta forma influenciar no processo de 
aleitamento materno que é considerado a nutrição padrão ouro. De acordo com o Ministério 
da Saúde (MS), o leite materno protege contra diversas infecções, alergias, doenças 
respiratórias e crônicas não transmissíveis, além de contribuir na formação da arcada 
dentária e na prevenção da obesidade infantil e outras doenças (Brasil, 2015). 
Mediante a perspectiva de minimizar os efeitos negativos do período de 
internação do recém-nascido (RN) prematuro o governo federal por meio do MS 
implementou o Método Canguru que é uma política nacional de saúde que integra um 
conjunto de ações voltadas para a qualificação do cuidado ao RN e sua família. O Método 
Canguru é dividido em três etapas: na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN); no 
alojamento conjunto; e alta hospitalar e ambulatorial até peso mínimo de 2,5 kg (Brasil 2018; 
Santos; Azevedo Filho, 2016). 
 
 
12 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
Nesse sentido, o presente estudo tratará sobre a importância do método canguru 
na promoção do aleitamento materno por meio de uma revisão integrativa da literatura, 
buscando conhecer os efeitos do Método Canguru sobre o comportamento materno; 
identificando a influência do método na formação do vínculo mãe-bebê; e detectando os 
benefícios para o prematuro. O leite materno possui um papel fundamental para a saúde 
do prematuro pois propicia várias propriedades nutritivas, imunológicas, aumenta o 
desenvolvimento neuropsicomotor afetivo e diminui os riscos de infeções, logo menor 
tempo de hospitalização e melhora na qualidade da assistência ao RN e família (Haberland 
et at., 2021). 
 
METODOLOGIA 
 
O presente estudo caracteriza-se como uma revisão integrativa da literatura, é 
um método que tem como finalidade agrupar e sintetizar os resultados de pesquisas sobre 
uma determinada temática de modo sistematizado e ordenado contribuindo para o 
aperfeiçoamento do conhecimento sobre o tema (Marconi; Lakatos, 2010). 
Para fazer uma revisão integrativa da literatura é necessário percorrer seis 
etapas distintas, sendo elas: elaboração da questão norteadora, busca na literatura, coleta 
dos dados, análise crítica dos estudos selecionados, interpretação dos resultados e síntese 
do conhecimento (Souza et al., 2010). Diante disso, a questão norteadora foi: “O método 
canguru traz benefícios e impactos para o aleitamento materno ao prematuro?”. 
A amostra foi composta pela captura de artigos indexados no site de pesquisa 
da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) que abordem sobre a importância do método na 
promoção do aleitamento materno ao recém-nascido prematuro. O perfil para determinar 
as variáveis de busca que compuseram os resultados deste estudo foi traçado por meio 
dos descritores de saúde, as bases de dados utilizadas foram: Literatura Latino-Americana 
e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e 
National library of medicine (MEDLINE)/PUBMED. 
Foram incluídos todos os artigos que estavam disponíveis de forma gratuita, na 
íntegra, publicados em português ou em inglês que puderam ser traduzidos e que foram 
publicados no período de 2017 a 2022. Quanto aos critérios de exclusão, foram excluídos 
artigos incompletos, artigos de revisão, artigos duplicados, documentários, biografias, anais 
de congressos, Manuais, que não disponham de rigor metodológico e que não se 
enquadraram nos objetivos do presente estudo. 
 
 
13 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
Para a coleta de dados foram utilizados os seguintes Descritores em Ciências 
da Saúde (DECs): “Método Canguru”, “Aleitamento Materno”, “Aleitamento”, “Prematuro”, 
“Kangaroo Mother Care” e “Beastfeeding”, estes descritores foram utilizados associados 
com o operador booleano “AND”. Os resultados dessa etapa podem ser observados no 
(Quadro 1.1). 
 
Quadro 1.1 – Distribuição numérica das publicações do período de 2017 a 2022 de acordo 
com as bases de dados e conforme os descritores. 
 
DeCS 
Bases 
de dados 
Metodo canguru 
AND aleitamento 
materno 
Prematuro AND 
metodo canguru 
AND aleitamento 
Kangaroo Mother 
Care Method AND 
Breastfeeding 
Total 
MEDLINE 115 32 162 309 
LILACS 11 8 8 27 
SciELO 7 4 2 3 
PUBMED 1 1 153 155 
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2022. 
 
As informações coletas dos artigos selecionados foram avaliadas de maneira 
sistemática e rigorosa para a diminuição de vieses de erros e garantir que os critérios de 
inclusão e exclusão fossem seguidos, assim como, também, para que os objetivos do 
estudo fossem alcançados. Mediante a essa situação foi criado uma tabela contendo autor, 
título, tipo de estudo/ano e objetivos, para realizar uma melhor avaliação e sintetização dos 
dados. 
Por se tratar de um estudo de revisão integrativa da literatura e ser uma análise 
fundamentada em estudos, que são reconhecidos pela comunidade científica e já estão 
disponíveis em bases de dados de acesso livre, o estudo não foi encaminhado para ser 
avaliado em um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Porém, foram seguidas as 
orientações éticas conforme preceitua a Resolução 466/12, do Conselho Nacional de 
Saúde (BRASIL, 2012), além disto os direitos autorais dos artigos estão preservados por 
meio da lealdade das informações e de citações das fontes que foram utilizadas. 
 
RESULTADOS 
 
Após uma busca minuciosa nas bases de dados foram localizados um total 504 
artigos, destes 309, foram encontrados na Medline, 27 no LILACS, 13 na SciELO e 155 na 
PUBMED. Foram excluídos 319 artigos por estarem duplicados, 16 por serem artigos de 
 
 
14 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
revisão e 135 mediante a leitura de títulos e resumos, dessa forma apenas 34 artigos foram 
selecionados para serem lidos na íntegra sendo que 4 deles não corresponderam as 
questões norteadoras, 13 não estavam, disponíveis de forma gratuitas e 4 estavam 
incompletos, sendo selecionados somente 13 artigos para compor o resultado dessarevisão. 
O processo de seleção dos artigos pode ser observado no (Fluxograma 1). 
 
Fluxograma 1 – Processo de Triagem dos artigos selecionados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelos autores, 2022. 
 
A seguir evidenciamos todos os artigos que foram incluídos nessa revisão, 
segundo autor, título, tipo de estudo, ano e objetivos (Quadro 1.2). 
 
 
 
 
15 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
Quadro 1.2 – Descrição dos artigos selecionados segundo autor, título, tipo de estudo, 
autores, ano e objetivos (n= 15). 
N Autor / 
Ano 
Título Tipo de 
estudo 
Objetivo 
A1 
ZHANG et 
al., 2020, 
Cuidado mãe canguru 
intermitente e prática de 
amamentação de rematuros 
tardios: resultados de quatro 
hospitais em diferentes 
províncias da China. 
Estudo 
observaciona
l 
Investigar a associação entre a 
oferta de MMC intermitente e a 
prática de amamentação para 
prematuros tardios em quatro 
hospitais de diferentes províncias 
da China. 
A2 
EL- 
FARRASH 
et al., 
2019. 
A duração mais longa do 
cuidado canguru melhora o 
desempenho 
neurocomportamen tal e a 
alimentação em bebês 
prematuros: um estudo 
controlado randomizado. 
Estudo 
controlado 
randomizado 
Investigar o efeito do método 
canguru (KC) e sua duração no 
desempenho 
neurocomportamental, resposta 
ao estresse, sucesso da 
amamentação e sinais vitais em 
prematuros. 
A3 
BASSO et 
al., 2019. 
Taxa de aleitamento 
materno e terapia 
fonoaudiológica no Método 
Canguru 
Estudo 
retrospectivo, 
docume ntal, 
com coleta 
de dados dos 
prontuários 
eletrônicos. 
verificar o índice de alta hospitalar 
em aleitamento materno e a 
atuação fonoaudiológica no 
período de implantação do 
Método Canguru em um hospital 
escola de nível terciário. 
A4 
SINHA et 
al., 2022. 
Efeito do cuidado mãe 
canguru iniciado na 
comunidade no desempenho 
da amamentação em bebês 
com baixo peso ao nascer: um 
ensaio clínico randomizado. 
Ensaio 
clínico 
randomizado. 
estimar o efeito da promoção do 
cuidado mãe canguru iniciado na 
comunidade (ciKMC) em bebês 
com baixo peso ao nascer (BPN) 
no desempenho da 
amamentação infantil. 
A5 
ALVES 
et al., 
2021. 
Impacto da segunda e terceira 
etapas do método canguru: do 
nascimento ao sexto mês. 
Coorte 
retrospectiva. 
Avaliar se o Método Canguru tem 
impacto nas taxas de aleitamento 
materno exclusivo, peso, tempo 
de internação e taxas de 
reinternação. 
A6 
ARTESE 
et al., 
2021. 
Pesquisando o acesso da 
família: cuidados mãe canguru 
e políticas de amamentação 
em UTINs na Itália. 
Uma 
pesquisa 
observaciona
l descritiva 
multicêntrica 
Avaliar o acesso dos pais às 
UTINs e instalações oferecidas 
aos familiares e testar "o estado 
da arte" em relação ao método 
mãe canguru (MCM) e políticas de 
amamentação nas UTINs nível III 
italianas. 
A7 
MOHAMM
A 
DI et al., 
2022. 
Efetividade do método mãe 
canguru na resiliência 
materna e na autoeficácia da 
amamentação utilizando o 
método role-play em uma 
unidade de terapia intensiva 
neonatal. 
Um estudo 
controlado 
randomizado 
Avaliar a eficácia do KMC na 
resiliência materna e na 
autoeficácia da amamentação por 
meio do método role-play em uma 
unidade de terapia intensiva 
neonatal. 
A8 MEHRPIS
H 
EH et al., 
2022. 
A eficácia do cuidado
 mãe canguru (KMC) 
no apego de mães com bebês 
prematuros. 
Estudo 
quase 
experimental 
Avaliar a eficácia do Método Mãe 
Canguru (MCM) nos vínculos 
maternos de mães com bebês 
prematuros. 
A9 
SOUZA et 
al., 2022. 
A possível relação mediadora 
promovida pela autoeficácia 
da amamentação associada 
ao Método Canguru nos 
indicadores de aleitamento 
Estudo 
transversal 
aninhado em 
uma coorte, 
Avaliar o papel mediador da 
autoeficácia da amamentação na 
associação entre Unidade de 
Cuidado Intermediário Neonatal 
Canguru e aleitamento materno 
 
 
16 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
materno exclusivo. exclusivo. 
A10 
GOUDARD 
et al., 
2022. 
O papel do contato pele a pele 
no aleitamento materno 
exclusivo: um estudo de coorte 
Coorte 
multicêntrica 
Compreender o papel da 
exposição ao contato pele a pele 
e sua duração mínima na 
determinação do aleitamento 
materno exclusivo na alta 
hospitalar em lactentes com peso 
ao nascer de até 1.800g. 
A 11 
BROTHER
TON et al., 
2021. 
Impacto do cuidado mãe 
canguru precoce versus 
cuidado padrão na sobrevida 
de recém-nascidos leves a 
moderadamente instáveis 
<2000 gramas: um estudo 
controlado 
randomizado. 
Ensaio 
clínico 
randomizado 
pragmático 
não cego 
Compreender o efeito do cuidado 
mãe canguru precoce na 
sobrevivência de recém- nascidos 
leves a moderadamente instáveis 
<2.000 g é uma lacuna de 
evidência de alta prioridade para 
cuidados com recém-nascidos 
pequenos e doentes. 
A 12 
NUNES et 
al., 2017. 
Relação entre o uso da 
posição entre o uso da posição 
canguru em bebes pré- termos 
e a interação mãe - filho na alta 
Observacion
al 
prospectivo 
exploratório 
Analisar a influência da duração 
da Posição Canguru nas 
interações iniciais entre mães e 
bebês prematuros. 
A 13 
LI et al. ., 
2019. 
Estudo de estratégias de 
promoção do aleitamento 
materno em prematuros na 
unidade de terapia intensiva 
neonatal. 
Coorte 
observaciona
l 
Explorar o efeito das estratégias 
de promoção do aleitamento 
materno nos desfechos clínicos 
neonatais de prematuros durante 
a internação na unidade de terapia 
intensiva neonatal (UTIN). 
Fonte: Elaborado pelos autores, 2022. 
 
Dos 13 artigos selecionados para compor a amostra final desta pesquisa, 5 foram 
realizados no Brasil e 8 são internacionais, todos os artigos selecionados evidenciam a 
relação do método canguru na promoção do aleitamento materno de RNPT. Assim, os 
autores do A1 se propuseram a investigar os efeitos do MC ao AME em recém-nascidos 
tardios em diversos hospitais chineses entre 2017 e 2019. O estudo contou com um total 
de 844 participantes, dos quais 627 escolheram praticar o MC e 217 escolheram não 
aplicar, a investigação foi limitada a não randomização dos grupos sob uma perspectiva 
ética para não inserir as mães e seus filhos em grupos onde não se sentiriam confortáveis 
para realizar o MC. 
Segundo Zhang et al., (2020), o MC foi associado a um aumento de quase 2 
vezes os índices de AME e amamentação, que, na China, estava abaixo de 29,2% aos 6 
meses no ano de 2019. Os resultados também sugerem que o MC intermitente é eficiente 
para combater os baixos índices de amamentação em bebês prematuros e que mesmo por 
curtos períodos pode impactar no AME não apenas na alta, mas também em até 42 dias 
após a alta. 
Os autores do artigo A2 investigaram os efeitos do MC e o seu tempo de 
aplicação no desempenho neurocomportamental, respostas a estímulos de estresse, 
 
 
17 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
sucesso da amamentação e os sinais vitais em bebês prematuros. Os autores 
randomizaram 120 bebês para receberem o MC durante 120 minutos por 7 dias 
consecutivos, 40 bebês para receberem o MC durante 60 minutos por 7 dias consecutivos, 
e 40 bebês (grupo controle) para receberem apenas cuidados convencionais ao RN de 
acordo com protocolos da UTIN, tendo seus pais autorizados a segurá-los de 15 a 30 
minutos por dia durante o experimento. Todos os grupos receberam um exame clínico 
minucioso, coleta de dados antropométricos, tiveram os sinais vitais aferidos e realizado o 
teste de cortisol salivar antes e depois da aplicação do experimento. 
Ademais, El-Farrash et al. (2019), relatam que os resultados apontaram maiores 
pontuações para os grupos que receberam o MC em relação ao grupo controle. Sendo 
estes, menor tempo para atingir a alimentação enteral para ambos os grupos do MC, 
aumento da saturação deO2 e temperatura para o grupo que recebeu 120 minutos do MC 
em relação aos outros grupos, diminuição significativa nos níveis de cortisol salivar para os 
dois grupos do MC em relação ao grupo controle. Ambos os grupos do MC apresentaram, 
no fim dos 7 dias, melhoras na qualidade dos movimentos com maior amplitude, suavidade 
e harmonia, maior atenção e orientação a estímulos externos, menos excitabilidade e 
letargia em comparação ao grupo controle, sendo que o grupo de 120 minutos de MC teve 
esses resultados mais proeminentes em comparação aos demais. 
Os autores do A3 verificaram os índices de alta hospitalar em aleitamento 
materno e a atuação fonoaudiológica no período de implantação do MC em um hospital 
escola de nível terciário. O estudo documental retrospectivo investigou os prontuários dos 
RN pré-termo ou de baixo peso ou admitidos no período de 2016 a 2017 durante a 
implantação do MC no hospital. Segundo Basso et al. (2020), de um total de 259 RN 
incluídos no estudo, 85,5% tiveram alta em aleitamento materno, destes 48,3% em AME e 
38,2% em aleitamento materno misto, 75,6% foram posicionados em seio materno na 
primeira semana de vida. Com um percentual de 47,9% a alta fonoaudiológica foi mais 
frequente em AME e que não precisaram de intubação. 
Os investigadores do estudo A4 testaram a hipótese de que o MC melhora o 
desempenho efetivo da amamentação em bebês com RNBP após o fim do período 
neonatal, ou seja, 28 dias após o nascimento, com uma amostra de 550 bebês sendo 
divididos em 2 grupos randomizados, um para receber a aplicação do MC até completar os 
28 dias de nascimento e o outro para o grupo controle. Segundo Sinha e seus 
colaboradores (2022), a prevalência de desempenho de amamentação eficaz foi muito 
maior no grupo que recebeu o MC do que o grupo controle. Ao fim do experimento os 
 
 
18 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
lactentes apresentaram melhoras significativas em todos os aspectos relacionados a 
amamentação e ao AME, incluindo a satisfação das mães com o desempenho de seus 
bebês. 
Os autores do estudo A5 avaliaram o impacto do MC nas taxas de AME, no peso, 
no tempo de internação e nas reinternações. Os investigadores avaliaram os dados de 93 
prontuários e dividiram em 2 grupos, um grupo (n=36) que recebeu cuidados do MC e outro 
grupo (n=57) que recebeu cuidados comuns para controle. Alves et al., (2021), identificaram 
que as taxas de AME foram superiores no momento da alta, na primeira consulta de 
acompanhamento ambulatorial e no quarto mês de idade gestacional no grupo que recebeu 
cuidados MC do que o grupo que recebeu cuidados comuns, neste último observou-se 
maiores índices de reinternação. Apesar desses achados, os autores não observaram 
diferença no tempo de internação no momento da alta hospitalar. 
Os autores do estudo A6 avaliaram o acesso dos pais às UTIN e testaram o 
“estado da arte” em relação ao MC e às políticas de amamentação das UTIN italianas de 
nível III, bem como o acesso dos pais à unidade. Os investigadores tiveram uma amostra 
de 86 UTIN. Artese et al. (2021), relatam que no total, 62% das enfermarias permitiam a 
ambos os pais acesso aberto durante 24 horas à unidade, enquanto 38% relataram acesso 
com algum grau de restrição de tempo. Destas, 27% permitiam acesso diário por mais de 
10h e 73% permitiam acesso por menos de 10h, com tempo médio diário de 4h. O MC era 
oferecido em 94% das unidades, mas 62% delas o MC foi limitado a um horário específico 
do dia e em 11% delas os pais não foram envolvidos no MC. 
Os investigadores do estudo A7 realizaram um experimento para investigar os 
efeitos do MC nas mães por meio da dramatização sobre a resiliência e a autoeficácia da 
amamentação. Os autores conduziram um estudo controlado randomizado simples-cego 
com um grupo recebendo o treinamento por meio da dramatização e outro para recebendo 
treinamento por meio de cartilhas, sendo este o grupo controle. Apesar disso, a amostra foi 
por conveniência, um total de 78 mães com seus bebês internados em um hospital 
universitário do Irã. 
Ademais, Mohammed et al. (2022), identificaram que ambos os grupos 
apresentaram resultados significativos no escore de resiliência, com a maior diferença para 
o grupo que recebeu a dramatização, em relação à autoeficácia em amamentar os 
resultados foram extremamente eficazes e, da mesma forma, o grupo que recebeu a 
dramatização como intervenção apresentou resultados muito superiores em comparação 
 
 
19 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
ao grupo controle, mesmo que ambos os métodos tenham sido eficientes para provar as 
hipóteses. 
Os autores do artigo A8 se propuseram a avaliar a efetividade do MC no apego 
entre as mães e os bebês prematuros. A investigação contou com uma amostra de 100 
mães com seus bebês internados, sendo dividida pela metade para formar o grupo que 
receberia a intervenção do MC duas vezes por dia durante 45 minutos e o grupo controle. 
Ademais, Mehrpisheh et al. (2022), identificaram que o apego entre as mães e 
seus bebês foi muito maior no grupo que recebeu a intervenção do que o grupo controle, 
este não apresentou mudanças significativas quando foram comparados os dados medidos 
antes e depois do experimento, além disso os autores mostraram que o os bebês no grupo 
da intervenção tiveram maior número de mamadas quando comparados ao grupo controle. 
Os investigadores do estudo A9 avaliaram o papel mediador da autoeficácia em 
amamentar na associação entre a UCIN Canguru e o AME. O estudo transversal aninhado 
em coorte foi realizado entre 2018 e 2020 contou com uma amostra de 114 bebês. Estes 
foram divididos em dois grupos, um para receber o MC e outro para ser o grupo controle. 
Segundo Souza et al. (2022), o grupo que recebeu o MC apresentou maior taxa de AME na 
alta hospitalar, além disso os autores referem que houve uma associação positiva entre 
permanecer no MC e a autoeficácia em amamentar com AME na alta hospitalar, no entanto 
a autoeficácia da amamentação não demonstrou ter papel relevante para a alta hospitalar. 
Os autores do estudo A10 se propuseram a compreender o papel da exposição 
do contato pele a pele e sua duração mínima na determinação do AME na alta hospitalar 
de lactentes com peso de até 1.800 g. O estudo foi de abordagem metodológica do tipo 
coorte multicêntrico foi realizado em 5 unidades neonatais de hospitais brasileiros e contou 
com um total de 388 bebês. Goudard et al. (2022), conseguiram alcançar seus objetivos e 
afirmam que a taxa de AME na alta foi de 66,1%. Segundo os autores, os lactentes com 
peso entre 1.125g e 1.655g o contato pele a pele foi fortemente associado ao AME, além 
disso os bebês que receberam até 2 horas e 30 minutos de contato pele a pele tiveram 
mais chances de receber alta em AME. 
Os autores do estudo A11 investigaram o efeito do MC para a sobrevida de RN 
leves a moderadamente instáveis com peso menor que 2.000g. O ensaio clínico 
randomizado foi realizado no único hospital escola de Gâmbia entre 2018 e 2020 e contou 
com uma amostra de 277 bebês com idade entre 1h e 24h, divididos em um grupo para 
receber cuidados padrão, sendo incluído o MC após as 24h, como grupo controle, e outro 
grupo com o MC sendo iniciado com menos de 24h após a admissão. 
 
 
20 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
Segundo Brotherton et al. (2021), relatam que não houve diferença nas taxas de 
mortalidade entre os grupos ou com a análise de sobrevida, dessa forma o resultado foi 
contrário às expectativas dos investigadores, no entanto eles conseguiram identificar um 
efeito do MC para diminuir os índices de hipotermia em RN. Ademais, os autores do A12 
analisaram a influência do tempo de duração do MC entre as interações iniciais entre asmães e seus bebês. O estudo observacional, prospectivo e exploratório essas interações 
por meio de filmagens durante a amamentação previamente à alta hospitalar. 
De acordo com Nunes et al., (2017), a internação hospitalar durou de 14 a 70 
dias, durante esses dias o tempo mínimo do MC foi de 60 minutos e o máximo de 
aproximadamente 70 horas, dessa forma quanto maior o tempo de internação maior foi a 
interação com o MC das mães e bebês. Os resultados dos autores apontaram que quanto 
maior o tempo de aplicação do MC mais os bebês tentavam interagir com as mães, e quanto 
maior o tempo de aplicação do MC menos as mães conversavam com seus bebês. Diante 
disso, os autores também apontam que não houve diferenças estatísticas relevantes entre 
a duração e a frequência do MC e a sensibilidade materna, dessa forma também não houve 
associação significativa entre os fatores maternos avaliados e as respostas dos RN. 
Os investigadores do estudo A13 exploraram o efeito das estratégias de 
promoção do aleitamento materno nos resultados clínicos neonatais de prematuros durante 
a internação na UTIN. O estudo contou com uma amostra de 123 bebês divididos entre 
grupo controle e grupo de intervenção. Li et al., (2019), referem que o grupo de intervenção 
foram mais precoces ao atingir a nutrição enteral completa, além disso esse grupo também 
mostrou menor tempo de internação quando comparado ao grupo controle. 
 
DISCUSSÃO 
 
Este estudo identificou que o MC é uma estratégia eficiente para incentivar e 
aumentar os índices do AME (Zhang et al., 2020), que o MC foi eficiente para melhorar os 
sinais vitais e o desenvolvimento dos RN em UTI, além de esses RN terem se tornado 
menos sensíveis aos estímulos externos, evidenciando que quanto maior o tempo de 
exposição ao MC melhores serão os parâmetros relacionados ao desenvolvimento do 
neonato e menores as incidências de hipotermia (Brotherton et al., 2021; EL-Farrash et al., 
2019). Da mesma forma, o desempenho da amamentação eficaz foi melhorado por meio 
do MC, além disso, todos os aspectos relacionados a amamentação também foram 
otimizados nos bebês que receberam esta intervenção (Li et al., 2019; Sinha et al., 2022). 
 
 
21 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
O MC também foi um importante fator que influenciou nas altas hospitalares em 
AME (Alves et al., 2021; Goudard et al., 2022; Li et al., 2019; Souza et al., 2022). Um 
resultado interessante foi o de que a dramatização como um método de auxílio para a 
aplicação do MC demonstrou ser muito eficiente para melhorar a eficácia do MC e o bom 
desempenho das mães ao amamentarem seus bebês. 
Além disso, também foi possível encontrar evidências em relação a como o MC 
é influente no processo de criação de vínculo entre o binômio Mãe-bebê (Nunes et al., 2017; 
Mehrpisheh et al., 2022; Mohammedi et al., 2022). Sendo assim, Lemos e colaboradores 
(2010) relatam que a prematuridade, bem como o baixo peso ao nascer, a necessidade de 
ventilação mecânica e longos períodos de internação hospitalar e a necessidade de uso de 
medicações são fatores que predispõe algumas fragilidades no desenvolvimento adequado 
dos lactentes. 
Diante do exposto, a literatura corrobora com os resultados deste estudo. Meier, 
Furman e Degenhardt (2007) e Paes (2018) referem que a ingestão inadequada de leite 
pode interferir no ganho ponderal dos RN e prolongar a icterícia em RN prematuros tardios, 
fazendo com que a suplementação por meio de fórmulas seja mais provável, além do 
término antecipado da amamentação. Alguns autores evidenciam os benefícios para o 
desenvolvimento do leite materno no contato pele a pele nas primeiras horas após o 
nascimento (Almeida, 2017; Hurst et al., 1997; Nyqvist, 2008), e que esse contato é 
benéfico para o estabelecimento do AME (Moore et al., 2016). 
Outros dados da literatura reafirmam a quantia de tempo de exposição ao MC é 
proporcional aos sinais de melhora nos sinais vitais, no ganho ponderal, na capacidade 
adaptativa à ambientes e estímulos, bem como no desenvolvimento neurocomportamental 
(Almeida; Forti, 2007; Fildman; Eidelman, 2003; Lucci, 2019; Silva et al., 2016). 
Outrossim, Hofer (2006) e Moore et al., (2016) também concordam, e relatam 
que o contato pele a pele entre o bebê e sua mãe está associado à regulação de 
mecanismos fisiológicos neonatais, incluindo aspectos comportamentais, 
cardiorrespiratórios, hormonais e digestivos. Lau (2018) relata em seu estudo que os 
benefícios do MC para a satisfação materna também são relevantes, a autora refere que 
isto se deve aos mecanismos de feedback aprimorados entre o binômio mãe-bebê, quanto 
melhor o vínculo menor será o estresse e maior será a confiança no ato de amamentar. 
Um estudo brasileiro (Alves et al., 2021), avaliou as taxas de reinternação no 
período pós-alta e na primeira consulta ambulatorial, os mesmos autores apontam este 
tema como sendo negligenciado em outros estudos nacionais. Um outro estudo evidenciou 
 
 
22 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
que os índices de infecções diminuíram em bebês que receberam alta em associação ao 
MC (Conde-Agudelo; Díaz-Rosselo, 2014). Silva et al., (2015) informa que o MC também é 
um importante fator de prevenção às reinternações. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente estudo teve como tema a importância do método canguru na 
promoção do aleitamento materno ao prematuro e como abordagem metodológica uma 
revisão integrativa, a problemática foi em torno dos benefícios e impactos do MC para o 
prematuro com o objetivo de verificar na literatura a importância do método canguru na 
promoção ao aleitamento materno do recém-nascido. Ao longo do desenvolvimento deste 
trabalho o tema mostrou-se como sendo de grande relevância para a sociedade, uma vez 
que os efeitos do MC são direcionados para a mãe e bebê e impactam diretamente na 
qualidade do desenvolvimento do vínculo afetivo e do crescimento adequado dos RN. 
Sendo assim, foi possível alcançar os objetivos de forma satisfatória, 
evidenciados pelos achados descritos nos resultados desta pesquisa. Nós conseguimos 
identificar que o MC é extremamente benéfico para os bebês prematuros ou não 
prematuros, além de ser muito eficaz para iniciar, estabelecer ou melhorar a qualidade do 
vínculo afetivo entre o binômio mãe-bebê. Da mesma forma, é um método útil para 
promover o AME durante os seis meses recomendados pela OMS e intermitente após esse 
período. 
Além disso, os benefícios destacam-se no melhoramento do desenvolvimento e 
crescimento infantil, nos aspectos fisiológicos relacionados ao sistema imunológico, ao 
sistema psicomotor e comportamental e também para a confiança materna em relação à 
amamentação. Portanto, é evidente que este estudo é de grande relevância para a 
comunidade acadêmica e científica, pois está pautada na possibilidade de desenvolver 
estratégias para educação e promoção em saúde e para incentivar a prática do AME e na 
possibilidade de desenvolver novos estudos e levantar novas questões para serem 
debatidas na comunidade científica. 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
 
 
 
 
 
 
Merivalda Vasconcelos LobatoI; Lais Paes RodriguesI; Mírian Letícia Carmo BastosII 
 
IGraduação em Enfermagem, Faculdade de Teologia, Filosofia e Ciências Humanas Gamaliel (FATEFIG). 
Tucuruí, Pará, Brasil. 
IIDoutoranda em Biotecnologia, Programa de Pós graduação da Rede Bionorte, Universidade Federal do 
Pará. Mestra em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Pará. Docente na Faculdade de 
Teologia, Filosofia e Ciências Humanas Gamaliel (FATEFIG) e Universidade do Estado do Pará (UEPA). 
Tucuruí, Pará, Brasil. 
 
RESUMO / ABSTRACT 
 
Este estudo teve como objetivo identificar os 
fatores de risco para o câncer do colo uterino em 
mulheres da Comunidade Vila das Crioulas em 
Breu Branco-Pará. Nesse sentido, algumas 
hipóteses foram consideradas no desenvolvimento 
desse trabalho: A distância e dificuldade de 
deslocamento são fatores que influenciam a não 
realização do PCCU. O deslocamento e a 
distância dos Centros de Saúde para a 
Comunidade Vila das Crioulas. O 
desconhecimento das mulheres sobre o CCU e 
exame preventivo são fatores que podem estar 
ligados a não realização do PCCU. Esta pesquisa 
se identifica como descritiva com abordagem 
quantitativa. Descritiva porque tem a finalidade de 
descrever as características de uma determinada 
população ou fenômeno, tais como distribuição por 
idade, sexo, levantamento de atitudes e opiniões, 
nível de escolaridade, entre outros, utilizando-se 
de técnicas padronizadas para coleta de dados 
como questionário. Observou-se que a renda 
familiar e a escolaridade das mulheres são pontos 
importantes nesse estudo visto que a uma parte 
não possui escolaridade completa e a maioria 
declarou possuir renda menor que 1 salário 
mínimo. A Organização Mundial da Saúde prevê 
que entre 2018 e 2040, cerca de 30 milhões de 
novos casos de câncer, em ambos os sexos e 
todas as idades. O câncer apresenta, portanto, um 
fardo psicossocial e econômico para os indivíduos 
e famílias afetados, comunidades e sistemas de 
saúde, com impactos significativos na saúde 
pública global. O câncer do colo do útero está entre 
os principais tipos de canceres e possui. Nesse 
sentido, foi realizado uma ação educativa em 
saúde como estratégia de conscientização à 
 This study aimed to identify the risk factors for 
cervical cancer in women from the Vila das 
Crioulas Community in Breu Branco-Pará. In this 
sense, some hypotheses were considered in the 
development of this work: The distance and 
difficulty of displacement are factors that influence 
the nonperformance of PCCU. The displacement 
and distance from the Health Centers to the Vila 
das Crioulas Community. The women's lack of 
knowledge about CCU and the preventive exam 
are factors that can be linked to the non-
performance of PCCU. This research is identified 
as descriptive with a quantitative approach. 
Descriptive because it aims to describe the 
characteristics of a certain population or 
phenomenon, such as distribution by age, sex, 
attitudes and opinions, level of education, among 
others, using standardized techniques for data 
collection such as a questionnaire. It was observed 
that the family income and the schooling of the 
women are important points in this study, since 
some of them do not have complete schooling and 
most of them declared to have an income of less 
than one minimum wage. The World Health 
Organization predicts that between 2018 and 2040, 
about 30 million new cases of cancer, in both sexes 
and all ages. Cancer therefore presents a 
psychosocial and economic burden to affected 
individuals and families, communities and health 
systems, with significant impacts on global public 
health. Cervical cancer is among the main types of 
cancers and has. In this sense, an educational 
action in health was carried out as a strategy to 
raise awareness of the health of riverine women in 
the municipality of Breu- Branco PA. In view of the 
research it is observed that most women do not 
CAPÍTULO II 
 
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS E 
IDENTIFICAÇÃO DE FATORES DE RISCO PARA 
CÂNCER CERVICAL EM COMUNIDADE 
RIBEIRINHA DO MUNICÍPIO DE BREU BRANCO/PA 
 
 
29 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
saúde da mulher ribeirinha no município de Breu- 
Branco PA. Diante da pesquisa observa-se a 
grande parte das mulheres não realizam o PCCU 
conforme preconizado pelo Ministério da Saúde. 
Ressalta-se também que elas apresentam fatores 
de risco para o CCU. O deslocamento é um dos 
motivos que podem favorecer que com que essas 
mulheres não realizem o exame de forma correta, 
pois a distância da Unidade de Saúde influencia 
para que elas não busquem os serviços 
necessários. 
perform PCCU as recommended by the Ministry of 
Health. It is also noteworthy that they present risk 
factors for CCU. The displacement is one of the 
reasons that may favor that these women do not 
perform the exam correctly, because the distance 
from the Health Unit influences them not to seek 
the necessary services. 
 
Palavras-chave: Câncer do colo do útero HPV; 
Comunidades Ribeirinhas 
 Key words: Cervical cancer; HPV; Riverine 
Communities. 
 
INTRODUÇÃO 
 
Para o crescimento de um tumor, é necessário conciliar dois fatores, a causa 
exigida por um determinado patógeno e os fatores influenciadores. O processo de 
carcinogênese se inicia com o dano de um ou de um grupo de genes em uma célula, 
evoluindo, em caso de falha de mecanismos de reparo para destruir células ou restaurar o 
sistema imunológico (Brasil, 2020). 
A carcinogênese pode ser espontânea ou devido à ação de carcinógenos 
(químicos, físicos ou biológicos), que podem ou não causar alterações genéticas ou 
alterações na função dos genes (de Jesus e Oliveira, 2020). Certas características do CCU 
são extremamente relevantes quando se discute a incidência da progressão da doença nos 
últimos anos. O primeiro é o fato dessa patologia ser caracterizada pela replicação 
desordenada do epitélio do revestimento uterino, que danifica o estroma (tecido subjacente) 
e pode se espalhar para órgãos contíguos ou distais (Vaz et al. 2020). 
Trata-se do segundo tipo de câncer mais comum entre mulheres, sendo 
responsável por aproximadamente 230 mil óbitos anualmente, com taxa de incidência maior 
em países subdesenvolvidos, atingindo principalmente mulheres na faixa etária entre 20 a 
29 anos, sendo assim, o risco aumenta rapidamente, até atingir seu pico geralmente na 
idade de 45 a 49 anos (Moreira; Andrade, 2018). 
Atualmente se observa a existência de um perfil de tipos de canceres em países 
em desenvolvimento semelhante a países desenvolvidos, entretanto, nos países 
subdesenvolvidos ainda persistem canceres relacionados a condições socioeconômicas 
menos favoráveis, como é o caso do câncer do colo do útero (CCU) (INCA, 2019). Vários 
fatores têm sido associados ao desenvolvimento do CCU, na infecção pelo HPV. No 
entanto, os efeitos na saúde associados ao baixo nível socioeconômico de uma população, 
 
 
30 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
bem como suas consequências, como má alimentação e/ou desnutrição, podem estar 
associados à alta mortalidade por CCU entre as mulheres no Brasil e países em 
desenvolvimento (Almeida et al., 2021). 
Na Amazônia brasileira, os desafios estruturaise políticos para a implementação 
de políticas públicas de saúde se intensificam diante da diversidade regional, com 
implicações para a organização do sistema de saúde: áreas de inundação ribeirinha e maré 
baixa, populações altamente dispersas, condições precárias de transporte, necessidades 
especiais presença de 11 populações tradicionais como comunidades indígenas e 
ribeirinhas e também os quilombolas (Lima et al., 2021). 
 
METODOLOGIA 
 
Esta pesquisa se identifica como descritiva com abordagem quantitativa. 
Descritiva porque tem a finalidade de descrever as características de uma determinada 
população ou fenômeno, tais como distribuição por idade, sexo, levantamento de atitudes 
e opiniões, nível de escolaridade, entre outros, utilizando-se de técnicas padronizadas para 
coleta de dados como questionário (Gil, 2008). O presente estudo foi submetido ao Comitê 
de Ética da Universidade Estadual do Pará Campus Marabá VIII – Marabá, em pesquisas 
com seres humanos, e aprovado sob o número de parecer 3.736.328. 
O presente estudo foi realizado no ano de 2022, nos meses de setembro e 
outubro. O local foi a Comunidade Vila das Crioulas, localizado às margens do rio 
Tocantins, pertencente ao município de Breu Branco – Pará. A cidade de Breu Branco, 
possui uma área de 3941,911 km². Encontra-se à 446 km da capital Belém- PA, tem uma 
população estimada em 2021 de aproximadamente 64.738 habitantes, segundo censo do 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
A pesquisa foi realizada com 17 mulheres moradoras da Comunidade Vila das 
Crioulas, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Logo após a seleção dos 
critérios de inclusão descritos para a pesquisa, todas as mulheres selecionadas receberam 
um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para a devida aceitação e 
autorização em fazer parte da pesquisa. 
Os dados do questionário foram processados e analisados através de estatística 
básica, no programa Microsoft Excel versão 2021 e apresentados em forma de tabela e 
gráficos de frequência absoluta e relativa. Vale ressaltar que tal análise proporcionou 
organizar e sintetizar os dados coletados durante a pesquisa para alcançar os objetivos 
 
 
31 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
propostos. Essa análise foi embasada no referencial teórico, sustentando, segundo os 
autores citados, as afirmações ou negações. 
 
RESULTADO E DISCUSSÃO 
 
As participantes e as pesquisadoras do estudo tiveram a oportunidade de realizar 
uma apresentação pessoal, para que assim a abordagem fosse mais dinâmica e deixar o 
público mais confortável. Nesse momento, músicas regionais eram tocadas para deixar o 
clima mais agradável, essencial para desfazer tensão inicia, proporcionar um ambiente 
mais acolhedor e após isso foi ofertado um café da manhã para elas. Seguiu-se então a 
explanação da pesquisa por meio da entrega de um folder explicativo acerca do PCCU que 
incentivou a participação das mulheres nos questionamentos. 
Foi realizada uma roda de conversa com as mulheres que residem na 
Comunidade Vila das Crioulas. Sendo abordado a importância do exame de PCCU na 
prevenção do câncer do colo uterino, fatores de risco, infecção pelo vírus HPV, e também 
a prevenção. A conversa aconteceu de maneira simplificada para que assim houvesse uma 
melhor compreensão das participantes. Ademais, o TCLE foi apresentado antes da 
realização da pesquisa para que cada participante entenda os objetivos, riscos e benefícios 
e a confidencialidade das informações pessoais fornecidas. Após todas responderem, foi 
iniciado uma breve palestra sobre a coleta de PCCU e o autoexame das mamas (figura 
2.1). 
É possível perceber os benefícios resultantes por meio da curiosidade 
despertada, que aparece nas perguntas sobre o assunto e na interação entre as mulheres. 
O método do autoexame das mamas e do exame preventivo são formas interessantes de 
fazer com que elas sigam melhor as orientações. Além disso, o último momento foi 
essencial, pois nele houve uma troca de diferentes experiências e sentimentos das 
mulheres presentes, para preencher as lacunas e reiterar os benefícios do 
autoconhecimento da saúde da mulher. 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
Figura 2.1 – Registro de ação educativa: exposição dos materiais usados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: arquivo pessoal da autora. 
 
Além disso, a escolaridade está diretamente ligada às práticas de autocuidado e 
melhoria da saúde, que são influenciadas diretamente pelo conhecimento, a importância de 
conhecer as informações de saúde e o acesso às informações de saúde. Estudos têm 
mostrado que diferentes níveis socioeconômicos e educacionais estão diretamente 
associados a níveis mais baixos de alfabetização em saúde e meios de prevenção do CCU. 
Portanto, educação em saúde de longo prazo e atividades educativas disponíveis para as 
mulheres são cruciais para que elas compreendam a importância do diagnóstico precoce 
(Silva et al., 2021). 
Em relação à escolaridade, considera-se que as entrevistadas possuem grau de 
instrução, pois todas possuem algum grau de escolaridade. A maioria das mulheres afirmou 
possuir ensino médio completo e algumas possuem ensino superior outras não concluíram 
o ensino fundamental. Sabendo que a escolaridade interfere nas medidas preventivas, o 
nível de escolaridade baixo impede o acesso a informações de saúde. Este resultado 
mostra necessidade de serviços e profissionais de saúde que desenvolvam estratégias de 
educação em saúde específico para esta população (Fonseca; da Silva; da Silva, 2021). 
Quanto ao estado civil, a maioria (65% das participantes da pesquisa) relataram 
estar em uma união estável, apesar de não ter sido avaliado a orientação sexual delas. De 
 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
Sousa Silva et al. (2021) afirmam que independente do estado civil, a existência de práticas 
sexuais regulares estimula as mulheres a procurar os serviços de saúde e torna-se uma 
oportunidade de contato, aconselhamento e triagem. Ressalta-se que 80% das mulheres 
sexualmente ativas adquirem a infecção pelo HPV, principal causa do PCCU, o que 
reafirma a necessidade do rastreamento dessas mulheres. 
Outro fator observado na pesquisa se refere a idade da primeira relação sexual, 
que ficou na faixa entre 12 a 20 anos. Esse início precoce pode ser um fator predisponente 
para a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) e o desenvolvimento de lesões pré-
cancerosas cervicais devido a tecidos reprodutivos imaturos. Outrossim, vários estudos no 
Brasil têm mostrado que a exposição precoce ao HPV e a falta de rastreamento levam a 
lesões cervicais graves antes da idade em que o rastreamento é recomendado (da Silva et 
al., 2022). Essa situação é preocupante, tendo em vista que as jovens só procuram 
atendimento médico para realização do exame de Papanicolau após alguns anos de início 
da atividade sexual e após várias trocas de parceiros, muitas vezes por sentirem algum 
desconforto e dúvidas. 
As mulheres que tiveram a primeira relação sexual entre os 10 e os 19 anos tem 
três vezes mais chances de desenvolver uma neoplasia endocervical do que as mulheres 
que tiveram a primeira relação entre os 20 e os 30 anos (Souza et al., 2020). Outro ponto 
observado foi IST, nesse sentido, 14 participantes disseram não ter tido nenhuma IST, e 3 
disseram ter tido IST. Das 3 que tiveram IST, a primeira respondeu que foi Gonorreia, a 
segunda HPV e a terceira disse de forma inespecífica, não tendo certeza de qual patógeno 
seria o causador, mas que achava ser bactéria. Todas alegaram buscar consulta com o 
médico para esclarecimento e tratamento. Ressalta-se que a infecção pelo vírus. 
A prevalênciado HPV vem aumentando consideravelmente em todo o mundo 
por decorrência de inúmeros fatores, é compreensível que a iniciação sexual precoce, 
múltiplos parceiros sexuais e sexo desprotegido sejam os principais contribuintes para esse 
aumento. De acordo com Negrão e colaboradores (2018) a maioria das mulheres 
sexualmente ativas terá contato com o vírus em algum momento de sua vida. 
Sobre o período em que se deve repetir o exame PCCU, 14 participantes 
afirmaram saberem o período e 3 não sabiam. Das 14 que responderam sim, 12 disseram 
ser de 6 em 6 meses e cinco responderam ser uma vez ao ano. A periodicidade 
recomendada para a realização do exame do PCCU é a cada 3 anos, após 2 testes anuais 
negativos consecutivos normais, e depois a cada 3 anos dentro da faixa etária 
recomendada ou após o início da atividade sexual. Essa periodicidade é baseada na 
 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
observação da história natural do CCU, o que permite a detecção precoce e o tratamento 
imediato das lesões pré-cancerosas devido à sua lenta evolução para uma doença mais 
grave (INCA, 2016). 
O exame citopatológico deve ser priorizado em mulheres que se tornaram 
sexualmente ativas e pode ser executado em qualquer Unidade Básica de Saúde. É de 
extrema importância que profissionais capacitados que atuam na saúde orientem as 
pacientes sobre a periodicidade desse exame e enfatizem a importância das inspeções, 
pois sua execução regular pode reduzir a morbidade e mortalidade relacionado ao CCU 
(BRASIL, 2018). 
Todas as participantes desse estudo consideram o PCCU um exame importante. 
Sobre a finalidade do exame PCCU, 23% responderam para detectar o câncer uterino, 
prevenir o câncer e detectar IST; 12% disseram apenas detectar câncer uterino; 
41%responderam prevenir câncer e 24% responderam detectar o câncer uterino e prevenir 
o câncer. É imprescindível que as mulheres entendam a importância e a finalidade do 
exame preventivo e compreendam a necessidade dele como método preventivo, não 
apenas quando apresentam sintomas ginecológicos, para evitar que o processo infeccioso 
evolua para um quadro mais grave. É importante ressaltar que a realização do exame de 
PCCU está associada à prevenção e ao diagnóstico precoce do CCU, que também pode 
detectar alterações no colo do útero (Dias et al., 2021). 
Vários estudos têm mostrado que o aconselhamento de enfermagem em 
cuidados preventivos geralmente se concentra na realização de exames e informações de 
rotina, e não na escuta, na comunicação e nas necessidades da mulher. Portanto, ressalta-
se a importância de uma abordagem metodológica que priorize a escuta e o diálogo. 
Acredita-se que a partir do estabelecimento do vínculo afetivo, da empatia e do 
engajamento entre o enfermeiro e a mulher, elementos essenciais da relação, os 
profissionais estarão mais aptos a identificar as necessidades e estimular a compreensão 
da sexualidade e o autoconhecimento (Souza; Costa, 2015). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Diante da pesquisa observa-se que a grande parte das mulheres não realizam o 
PCCU conforme preconizado pelo Ministério da Saúde. Ressalta-se também que elas 
apresentam fatores de risco para o CCU. O deslocamento é um dos motivos que podem 
favorecer que com que essas mulheres não realizem o exame de forma correta, pois a 
 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
distância da Unidade de Saúde influencia para que elas não busquem os serviços 
necessários para a manutenção de sua saúde. 
Neste estudo, observou-se que existem várias barreiras para a realização do 
exame, tanto pela forma como os serviços de saúde estão organizados como também pela 
maneira que a mulher procura esse serviço, seja por falta de interesse em realizar o exame, 
medo ou até mesmo o constrangimento, ficou claro que a maioria das justificativas para 
não fazê-lo demonstra desconhecimento sobre a importância do exame regular, bem como 
sobre os benefícios o que evidencia a necessidade de campanhas e programas sobre a 
importância da realização do PCCU. 
Sendo assim, o deslocamento e a distância são fatores observados durante o 
estudo, que acarreta a não realização do exame pelas mulheres da Comunidade Vila das 
Crioulas. A realização desta pesquisa oportunizou a reflexão sobre a importância do 
acolhimento, das ações em saúde bem para a realização do PCCU especialmente nas 
localidades mais afastadas da zona urbana. 
A vivência desse momento permitiu colocar em prática os princípios da 
integralidade e da humanização, além de valorizar o cuidado com seu corpo e a sua saúde. 
É necessário um olhar mais humanizado diante das necessidades dessa população, isso 
mostra a importância de tais intervenções por meio da desmitificação de mitos e tabus em 
relação a realização do PCCU, visto se tratar de um exame muito importante para a saúde. 
Assim, é necessário realizar ações de educação em saúde de forma continuada, 
para enfatizar a importância da realização do PCCU conforme preconizado pelo Ministério 
da Saúde, assim, proporcionando uma maior adesão ao exame, além de possibilitar uma 
assistência mais humanizada, contínua e também de qualidade. Por fim, sugere-se que 
futuras pesquisas abordem as ações em saúde voltadas a realização PCCU, para que 
assim haja incentivo quanto a realização do exame. 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
 
 
 
 
 
 
Karem De Carvalho BaiaI; Uliana Pimentel LopesI; Elen Andrade de Araújo PessoaI; Jamila do Socorro dos 
Ferreira dos SantosI; Ana Zélia Silva Fernandes de SousaII 
 
IGraduação em Enfermagem, Faculdade de Teologia, Filosofia e Ciências Humanas Gamaliel (FATEFIG). 
Tucuruí, Pará, Brasil. 
IIMestra, Programa de Pós-graduação em Gestão e Saúde na Amazônia (PPGGSA)/Fundação Santa 
Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP). Docente, Faculdade de Teologia, Filosofia e Ciências Humanas 
Gamaliel (FATEFIG), Tucuruí, Pará, Brasil. 
 
RESUMO / ABSTRACT 
 
O período gestacional é acompanhado de 
inúmeras transformações na fisiologia e vida da 
mulher e há modificações que se perduram no 
puerpério, as quedas hormonais, a aceitação de 
um novo corpo e a dependência total de um novo 
ser, podendo levar o período pós-parto, a um 
estado de desordem psicológica, que podem 
desencadear transtornos de humor como a 
depressão pós-parto (DPP). Nesse contexto, o 
objetivo geral desta pesquisa é conhecer como os 
enfermeiros atuantes em centros de saúde 
identificam os sintomas depressivos puerperais no 
município de Tucuruí/PA. O estudo tem o caráter 
descritivo e exploratório sob uma abordagem 
qualitativa. Os resultados apontaram que os 
entrevistados conseguiram descrever as 
características chave da patologia para a sua 
identificação. Quanto a assistência evidenciou-se 
a escuta qualificada e a encaminhamento da 
paciente ao psicólogo frente sinais e sintomas 
depressivos. Enquanto em relação as ações que 
objetivam orientar as gestantes sobre a temática 
resumiram-se em rodas de conversa e palestras 
de acordo com o calendário municipal. Constatou-
se que há dificuldades no manejo da paciente com 
DPP em relação acessibilidade ao psicólogo, além 
das condições financeiras da mesma associadoa 
locomoção, ausência e/ou dificuldade da inserção 
da rede de apoio da puérpera e a própria negação 
da mulher diante ao seu estado depressivo. Diante 
disso, fica claro que a DPP é um problema de 
saúde pública que necessita da atenção 
multiprofissional, destacando o enfermeiro, com a 
função de identificação da DPP. 
 The gestational period is accompanied by 
numerous changes in the physiology and life of the 
woman and there are changes that last in the 
puerperium, the hormonal drops, the acceptance of 
a new body and the total dependence on a new 
being, which may lead to the postpartum period, to 
a state of psychological disorder, which can trigger 
mood disorders such as postpartum depression 
(PPD). In this context, the general objective of this 
research is to know how nurses working in health 
centers identify puerperal depressive symptoms in 
the city of Tucuruí/PA. The study has a descriptive 
and exploratory character under a qualitative 
approach. The results showed that the 
interviewees were able to describe the key 
characteristics of the pathology for its identification. 
As for the assistance, qualified listening and 
referral of the patient to the psychologist in the face 
of depressive signs and symptoms were 
evidenced. While in relation to the actions that aim 
to guide pregnant women on the subject, they were 
summarized in conversation circles and lectures 
according to the municipal calendar. It was found 
that there are difficulties in the management of the 
patient with PPD in relation to accessibility to the 
psychologist, in addition to the financial conditions 
of the same associated with locomotion, absence 
and/or difficulty in the insertion of the puerperal 
support network and the woman's own denial of her 
depressive state. In view of this, it is clear that PPD 
is a public health problem that requires 
multidisciplinary care, with emphasis on nurses, 
with the role of identifying PPD. 
CAPÍTULO III 
 
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE A 
IDENTIFICAÇÃO DA DEPRESSÃO PÓS-PARTO NOS 
CENTROS DE SAÚDE DE UM MUNICÍPIO NO 
INTERIOR DO PARÁ 
 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
Palavras-chave: Depressão Pós-Parto; Período 
Pós-Parto; Identificação Psicológica; Papel do 
Profissional de Enfermagem. 
 Key words: Postpartum Depression; Postpartum 
Period; Psychological Identification; Role of the 
Nursing Professional. 
 
INTRODUÇÃO 
 
De acordo com Alves e Bezerra (2020), durante a gravidez o corpo da mulher 
passa por várias modificações físicas e psicológicas para que um novo ser possa crescer 
e se desenvolver a partir dela. No decorrer desta fase do ciclo de vida da mulher, essas 
mudanças afetam extremamente a rotina e a zona de conforto dessa mãe, assim como 
também do seu parceiro(a) e/ou sua rede de apoio, podendo causar um desequilíbrio 
emocional e psíquico, prejudicando dessa forma sua autoestima, identidade feminina e a 
sexualidade. 
Além das transformações no período da gestação, há aquelas que se perduram 
no puerpério, as quedas hormonais, a aceitação de um novo corpo e a dependência total 
de um novo ser (Elias; Pinho e Oliveira, 2021). É necessário que a mulher gerencie a sua 
nova estrutura familiar e os desafios em manter o bem-estar geral do recém-nascido, que 
vão além das necessidades fisiológicas básicas, mas também ao processo de 
desenvolvimento e afeto (Silva, et al., 2021; Cunha; Eroles e Resende, 2020). 
A depressão pós-parto (DPP) ocorre normalmente após as quatro primeiras 
semanas do nascimento, acometendo principalmente as primíparas em virtude do 
sentimento de incapacidade diante os cuidados com o filho, além de vários fatores que 
podem estar associados como: baixa escolaridade, menor idade materna, baixos níveis 
socioeconômicos, gravidez não planejada ou indesejada e a não adaptação com a criança. 
Apesar de ser pouco explanado, uma a cada quatro mulheres apresentam sinais e sintomas 
depressivos no período de 6 a 18 meses após do nascimento do bebê (Temóteo et al., 
2018). 
Outrossim, Monteiro et al., (2020) apontam que muitas mulheres vivenciam 
quadros graves de DPP ou uma condição relacionada a ela. Sendo a prevalência dessa 
patologia em torno de 10% a 20% entre as novas mães e 1 em cada 7 mulheres podem 
desenvolver a DPP no ano subsequente ao parto. Ademais, várias mulheres que abortam 
ou têm natimortos também apresentam sintomas de DPP. Estudo pressupõe que o índice 
de DPP é maior do que as estatísticas de fato revelam, em decorrência a falha em 
diagnosticar precocemente esses episódios (Fonseca et al., 2010). 
 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
Segundo Matos et al. (2017) durante o ciclo gravídico-puerperal a mulher deve 
ser acompanhada por uma equipe multiprofissional em especial pela equipe de 
enfermagem, que realiza as consultas de pré-natal e pós-natal, no qual objetiva-se detectar 
fatores de risco, mantendo assim o bem-estar materno infantil através de uma atenção 
qualificada, humanizada e holística. 
De posse da gravidade dos sintomas depressivos e do quanto eles podem afetar 
todo o cotidiano do binômio - mãe e bebê - além de toda sua estrutura familiar e bem-estar, 
ressalta-se a importância da detecção precoce destes pela equipe que os assiste, 
destacando a equipe de enfermagem, que estabelece um contato ímpar no 
acompanhamento das mulheres durante o período gravídico-puerperal (Gomes; Santos, 
2017). Ressaltando a necessidade de um olhar holístico e multiprofissional a esta paciente, 
visto que não são apenas as questões fisiológicas que estão em modificação neste período. 
Destaca-se a função do enfermeiro como indispensável na promoção e 
prevenção da qualidade de vida das puérperas, uma vez que é este profissional que as 
acompanham durante todo o período gravídico puerperal, cabendo a este a identificação 
de situações de risco materno infantil, assim como a condução do rastreamento dessas 
mães diante a identificação de sinais e sintomas depressivos e o encaminhamento para 
outros profissionais se necessário. 
Diante do exposto, essa pesquisa objetivara conhecer a pratica dos enfermeiros 
em centros de saúde pública na identificação dos sintomas depressivos puerperais. Por 
entender que se tratar de um grave problema de saúde pública, que afeta o binômio – mãe 
e bebê – este estudo é relevante não apenas para o meio acadêmico, mas em especial no 
auxílio do processo de trabalho dos enfermeiros. 
 
METODOLOGIA 
 
O presente estudo tem o caráter descritivo e exploratório sob uma abordagem 
qualitativa. Os participantes da pesquisa foram profissionais de enfermagem que atuam 
diretamente na Atenção Primária a Saúde, em cinco Centros de Saúde do município de 
Tucuruí – PA. A seleção das participantes se deu por meio da amostragem não 
probabilística, do tipo amostra por acessibilidade, no qual são selecionados integrantes da 
população acessíveis ou disponíveis para participar do processo de pesquisa (Freitag, 
2018), totalizando assim em 11 entrevistados. 
 
 
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Quanto a área do estudo selecionada consistiu nos centros de saúde: Cohab 
(Travessa W03 Quadra 11 - 120, CEP: 68459190); Getat (Rua Maranhão – Sem número, 
CEP: 68457060); Matinha (Travessa 24 de outubro - Sem número, CEP: 68458970); 
Mercedez Barroso (Rua A - 02, CEP: 68458970); Terra Prometida (Travessa 9 de julho - 
Sem número, CEP: 68458620). 
Os critérios de inclusão para este estudo foram de Enfermeiros: Atuantes nos 
Centros de Saúde no município de Tucuruí – PA e; prestam assistência ao pré-natal de 
risco habitual e no puerpério. O critério de exclusão será: Profissionais afastados das suas 
atividades, por motivo de licença, doenças ou de férias. 
A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturadacom 
perguntas abertas e fechadas. O roteiro foi elaborado mediante os objetivos do estudo, 
estruturado nos seguintes eixos temáticos norteadores, sobre perfil de identificação 
profissional e com perguntas norteadoras sobre a depressão pós-parto, a identificação dos 
sintomas bem como conhecer a assistência ofertada. 
A coleta de dados iniciou após a emissão do parecer de aprovação e autorização 
do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Estadual do Pará do polo de 
Marabá, com Certificado de Apresentação de Apreciação Ética (CAAE): 
62908522.6.0000.8607 e número de Parecer: 5.692.476 e da Secretaria Municipal de 
Saúde de Tucuruí. Seguiu todas as etapas previstas para estudos envolvendo seres 
humanos conforme a Resolução nº 466/2012 (Brasil, 2012). 
Processo seguiu duas etapas: Primeiramente, as pesquisadoras foram aos 
locais de estudo, antes da coleta de dados, para conhecer a equipe e as normas 
operacionais e funcionais dos locais destinados a pesquisa. Realizado um primeiro contato 
com os enfermeiros responsáveis, onde foi apresentado o projeto e determinado o dia e 
horário de preferência dos entrevistados. Em seguida, de acordo com o dia e horário 
marcado foi entregue aos participantes o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - 
TCLE, onde realizamos a leitura conjunta e assinatura em 2 (duas) vias que ficou uma com 
o entrevistado e outra com as pesquisadoras. 
Cada participante recebeu no seu roteiro de entrevista uma codificação 
alfanumérica sequencial (ENFERMEIRO – E, E1, E2, E3) para fins de sigilo, e teve a 
entrevista gravada com o uso de aplicativo de smartphone para esse fim. Sendo 
assegurado os direitos de desistência e/ou retirada de depoimento, a qualquer tempo, 
também não houve quaisquer compensações financeiras pela participação, sendo 
esclarecido o risco e benefício relacionado à sua participação. 
 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
Por se tratar de uma pesquisa qualitativa, utilizou-se para análise e interpretação 
dos dados coletados a Análise de Conteúdo na Modalidade Temática, pelo fato desta 
técnica permitir a compreensão dos dados de significado psicológico e social (Bardin, 
2011). A análise de conteúdo é um conjunto de instrumentos metodológicos que permite a 
exploração o sentido das falas e contextualizá-las ao momento e circunstância em que 
foram proferidas (Bardin, 2011). 
A análise de conteúdo de Bardin (2011), descreve três etapas para a análise das 
informações: Pré – análise (1): Organizar os materiais e verificar o que está disponível, 
avaliando o que faz sentido para a pesquisa e o que ainda precisa ser coletado, por meio 
de uma leitura flutuante de cada entrevista. Exploração do material (2): Codificar o material 
por meio de recortes de registro das entrevistas, nos quais serão categorizados em 
correlação aos objetivos do estudo. Tratamento dos resultados e interpretação (3): Realizar 
o tratamento dos resultados obtidos e sua interpretação por meio da inferência, atribuindo 
significado aos resultados. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Durante a coleta de dados em campo foram entrevistados 11 participantes, no 
qual todos exercem o cargo de enfermeiro nos Centros de Saúde do município de Tucuruí-
PA. O perfil profissional da amostra foi caracterizado por meio da idade, sexo, tempo de 
formação, especialidade e tempo de atuação na Atenção Primaria a Saúde, descritos na 
tabela 1, tabela 2 e tabela 3, respectivamente. Mediante a análise dos dados a discussão 
dos mesmos foram divididas em duas categorias, sendo elas: 
 
I. Percepção dos profissionais acerca da Depressão Pós-Parto, destinado ao 
direcionado das perguntas sobre o conhecimento sobre a temática. 
 
II. Assistência de Enfermagem a puérpera, no qual aborda como o enfermeiro conduz 
sua consulta frente a puérpera, quais ações são realizadas para a promoção e 
prevenção a saúde dentro desse contexto e quais são as dificuldades encontradas 
na sua assistência. 
 
De acordo com a tabela 1, observa-se que em relação ao sexo 81,81% (n=9) 
são do sexo feminino e 18,18% (n=2) do sexo masculino. De acordo com estudo de Almeida 
(2004), a representação de gênero prevalece à força de trabalho feminino, fazendo com 
que seja compartilhada com outros autores essa predominância feminina na enfermagem 
 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
ocorrendo essa multiplicação histórica da enfermagem, isso comprova que a profissão é 
mais predominante pelo sexo feminino. 
 
Tabela 3.1 – Características dos participantes de acordo com as variáveis: sexo e idade. 
Sexo n (11) % 
Feminino 9 81,81% 
Masculino 2 18,18% 
Idade n (11) % 
21-30 4 36,36% 
31-40 3 27,27% 
41-50 2 18,18% 
>50 2 18,18% 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2022. 
 
Em relação a idade notamos que 36,36% (n=4) se encaixavam na faixa etária de 
21 a 30 anos, 27,27% (n=3) entre 31 a 40 anos, 18,18% (n=2) entre 41 a 50 anos e por fim 
18,18% (n=2) pertencem a maior que 50 anos de idade. Os dados comprovam que o estudo 
de Machado, et al. (2016), revela em sua pesquisa que a maiorias dos enfermeiros estão 
na faixa etária de 31 a 40 anos, demonstrando que a profissão tem um perfil jovem. 
Com relação ao tempo de formação dos enfermeiros 9,0% (n=1) tem menos de 
um ano de formação, 45,45% (n=5) tem de um a dez anos, 36,36% (n=4) obtém de onze a 
vinte anos e 9,0% (n=1) tem mais de vinte anos de formação acadêmica. 
 
Tabela 3.2 – Caracterização dos participantes de acordo com as variáveis: tempo de 
formação como enfermeiro e período de atuação na APS. 
Tempo de formação n (11) % 
<1 1 9,0% 
1-10 5 45,45% 
11-20 4 36,36% 
>20 1 9,0% 
Tempo de atuação na APS n (11) % 
<1 1 9,0% 
1-10 6 54,54% 
11-20 3 27,27% 
>20 1 9,0% 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2022. 
 
Em continuidade, Formiga, et al. (2005), relata que a experiencia profissional, a 
participação institucional e estabilidade alcançada com o tempo de serviço é uma condição 
que favorece o estímulo para a permanência em uma organização, e também o tempo de 
 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
trabalho na instituição pode estar se associando, dessa forma se inclui também a satisfação 
individual para estimular os profissionais a permanência. 
Quanto ao tempo atuação na Atenção Primária a Saúde (APS) dos entrevistados 
percebe-se que se concentra no intervalo de tempo de 01 a 10 anos, um período de curta 
a médio prazo dentro de um setor que requer um conhecimento do perfil geral do território 
que se abrange e das necessidades que essa população necessita de acordo com o 
contexto inserido. 
Com relação as especialidades observam-se que alguns dos profissionais de 
enfermagem se encaixam em mais de uma categoria, distribuídas entre: Urgência e 
Emergência 45,45% (n=5), Unidade de Terapia Intensiva (UTI) 18,18% (n=2), Saúde da 
Família 18,18% (n=2). Saúde Mental 9,0% (n=1), Saúde do Trabalhador 9,0% (n=1), 
Hemoterapia 9,0%, (n=1), Nefrologia 9,0% (n=1), Estética 9,0% (n=1), Oncologia 9,0% 
(n=1) e nenhuma especialidade 18,18% (n=2). 
 
Tabela 3.3 – Descrição dos participantes de acordo com suas especializações. 
Especialidades n (11) % 
Urgência e Emergência 5 45,45% 
UTI 2 18,18% 
Saúde da Família 2 18,18% 
Saúde Mental 1 9,0% 
Saúde do Trabalhador 1 9,0% 
Hemoterapia 1 9,0% 
Nefrologia 1 9,0% 
Estética 1 9,0% 
Oncologia 1 9,0% 
Nenhuma Especialidade 2 18,18% 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2022. 
 
Carvalho (2016) destaca em sua pesquisa que as especialidades com maior 
predominância são UTI e Urgência e Emergência, estando em congruência com a 
amostragem a cima do presente estudo. Quando se diz respeito a formação do enfermeiro, 
é notório que ocorreu um número significativo de profissionais que detêm uma pós-
graduação, 81,81% (n=9), sendo 18,18%(n=2) sem nenhuma especialidade. 
 
CONHECIMENTO DO PROFISSIONAL ACERCA DA DEPRESSÃO PÓS-PARTO 
 
A enfermagem atua no rastreio da depressão pós parto frente as puérperas, 
diante disso é necessário que esses profissionais conheçam a patologia, suas 
 
 
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características e agravos, assim como seus sinais e sintomas, para que a identificação 
precoce da DPP seja eficaz. Ferreira (2011) aponta, que se faz necessário compreender o 
significado da palavra entendimento, pois é fonte de conhecimento juntamente com a 
sensibilidade, chegando a entender, compreender e pensar no objeto. 
Ao serem indagados de que forma eles descreveriam a depressão pós parto a 
maioria, 45,45% (n=5), definiu como uma tristeza profunda que a paciente se encontra, 
segue alguns relatos: 
 
E1 – (...) um estado de grande tristeza profunda, onde a mãe se vê incapaz de cuidar do 
próprio bebê (...) 
 
E2 – (...) aquela tristeza pós parto, que é uma coisa até normal a mulher ter aquele momento 
de tristeza pós parto. Só que ele vai perdurar por mais tempo (...) 
 
E4- É uma tristeza profunda que a mulher sente após o parto. 
 
E5- (...) é o estado de tristeza que algumas puérperas apresentam no momento do pós 
parto (...) 
 
Enquanto outros 2 enfermeiros (18,18%) designaram também como uma 
patologia de origem emocional que altera o estado físico e psíquico da mulher: 
 
E6- (...) pode se apresentar por um quadro de alguma alteração fisiológica ou emocional. 
 
E11- (...)conjunto de alterações psicológicas que o paciente apresenta após o período do 
parto. Questões emocionais, principalmente(...) 
 
Prosseguindo com a entrevista, quanto aos sinais e sintomas que os levariam a 
pressupor um quadro de depressão puerperal, o choro foi o mais citado entre eles, assim 
como a tristeza: 
 
E4 – Aquela mulher chorosa que está sempre chorando, que não está cuidando muito bem 
do seu bebê (...) 
 
E11- (...) o choro, o inverso também, uma euforia, ansiedade e uma preocupação excessiva 
(...) 
 
E3 – (...) baixa autoestima, é o primeiro, e segundo a tristeza, é uma tristeza é um desânimo, 
e a mãe fica chorona e qualquer coisinha ela desaba (...) 
 
E9 – uma tristeza profunda, ela não tem aquela vontade de “viver a vida”, presenciar o que 
seja de melhor na parte do pós-parto (...) ela fica bem mais excluída (...) 
 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
Aspectos com relação a amamentação, descontentamento com o bebê e a 
insônia também foram relatados: 
 
E5 – (...) insônia e irritabilidade, dificuldade de criar laços com a criança, astenia que é a 
falta de apetite, choro sem nenhuma explicação, quando no momento da amamentação 
você não observa aquele olhar de afetividade com a criança (...) 
 
E6 – (...) recusar pelo Recém-Nascido ou até mesmo pelo parceiro(...) 
 
E10 – (...) não querer amamentar o filho, não querer ficar pertinho (...) 
 
E8 – (...) muitas das vezes ela chega que não queria aquele filho (...) não consegue dormir 
(...) eu tive um caso que ela falou assim: Eu não consigo amamentar meu filho, porque eu 
não consigo triscar nele(...) 
 
De forma geral os entrevistados conseguiram apontar as características chave 
da patologia para a sua identificação, alterações essas: humor, incapacidade de sentir 
prazer na vida, fadiga, choro sem motivo concreto, insônia, desinteresse (GOMES et al. 
2010), rejeição, negligência e maior hostilidade (SERVILHA et al., 2015). 
Em adição, Sit e Wisner (2009), também afirma que na DPP há a presença do 
humor deprimido, a perda de interesse nas atividades outrora prazerosas, alterações no 
sono, cansaço, dificuldade de concentração, sentimentos de inutilidade e culpa. Galvão e 
Davim (2011), cita em sua pesquisa a respeito dos sentimentos e sensações ambivalentes 
de alegria intensa e alívio pelo o nascimento; aumento da autoconfiança; desconforto físico; 
medo de não conseguir amamentar; decepção com recém-nascido, demonstrando desta 
forma uma instabilidade emocional, alternando entre a euforia e a depressão, assim como 
a fala do E11. 
Quanto a amamentação Greinert et al. (2018) aponta que é o início do 
enfrentamento da mulher diante o novo papel de ser mãe, onde gera frustração, medo pela 
incapacidade de suprir as necessidades do bebê e em sua pesquisa é evidenciado a 
relação do abandono do aleitamento materno precoce com os sintomas da DPP. Ademais, 
o autor supracitado também evidencia os sentimentos de repulsa e raiva da mãe pela 
criança, assim como a culpa colocada nos filhos pelas dificuldades geradas. Notado em 
nossa entrevista tal afirmativa nas falas: 
 
 
 
 
 
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E3 – (...) bota a culpa na criança (...) 
 
E8 – (...) eu já tive paciente que ela chegou a falar para mim assim: eu não gosto do meu 
filho, aquele filho foi tão desejado e agora, depois que nasceu, eu não gosto dele, não 
consigo nem olhar para ele (...) ela desconta na criança, ela pensa que é por ela, pela 
criança (...) 
 
Ademais, durante o nosso estudo foi possível observar algumas falas dos 
entrevistados que afirmam visualizar fatores de risco durante suas experiências 
profissionais e de acordo seu entendimento quanto a temática: 
 
E3 – (...) não é somente porque foi uma gravidez indesejada ou porque o tá recusando tá 
rejeitando o bebê, as vezes tem muito a ver com a questão financeira também. 
Principalmente com as a minha né, a minhas gravidas, que a maioria é de zona rural. Então 
a gente vê e percebe muita, muita dificuldade financeira(...) 
 
E5 – (...) ela não tem apoio do parceiro, ela não tem apoio familiar, as vezes é só ela e a 
criança (...) 
 
E7 – (...) o contexto familiar e da comunidade em si, porque não depende só dentro de casa 
depende da paciente como é a relação dela com marido. (...) eu tenho muito caso de 
pacientes menor. Aqui tem paciente presente, tem paciente de 14 anos (...) 
 
E8 – (...) principalmente aquelas novinhas (...) porque elas engordam muito, não voltam ao 
seu peso e não conseguem levar aquela vida que ela levava, entendeu? E isso, para elas 
é um trauma muito grande (...) que perdeu o marido e perdeu o namorado (...) 
 
E11 – (...) às vezes são mães solteiras, muito jovens, que estão estudando, muitas largam 
os estudos, então eu procuro procurar ajuda também da família, principalmente para dar 
um apoio para essas pacientes. 
 
Em continuidade, Gomes et al. (2010) descrevem que há vários fatores de risco 
associados a DPP, tais como a menor idade, história de transtorno psiquiátrico prévio, 
eventos estressantes experimentados nos últimos 12 meses, conflitos conjugais, estado 
civil de solteira ou divorciada, instabilidade financeira e ausência ou pouco suporte social. 
Ademais, Guedes et al., (2011) incluem como fatores de risco a gestação não 
planejada, pouca idade materna, baixo nível socioeconômico, relacionamento conjugal 
prejudicado, mãe solo, ajuda insatisfatória nos cuidados com a criança, desemprego. 
Sobreira e Pessoa (2012) vem reafirmando os achados dos autores supracitados, 
apontando os fatores de menor escolaridade, baixo nível socioeconômico, baixo apoio 
social, história de doença psiquiátrica, baixa autoestima, gravidez não planejada, 
 
 
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insatisfação na relação do casal, rede de apoio reduzida são condições que corroboram 
com a manifestação da DPP. 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ÀS PUÉRPERAS 
 
Este segmento trata-se da conduta e assistência da enfermagem prestada na 
atenção primária a saúde à puérpera com sinais e sintomas depressivos. Ao questionar as 
amostras de que maneira conduziria sua prestação de cuidado frente a paciente nessas 
condições todos responderamde forma similar: 
 
E2 – A primeira coisa que eu ia fazer é conversar com ela, fazer aquele acolhimento (...) 
encaminhamento pra que ela passasse com a psicóloga (...) 
 
E5 – uma escuta qualificada desde quando você inicia o pré-natal, até mesmo nessa 
consulta puerperal(...) buscar compreender o que essa puérpera está sentindo para que 
junto com a equipe multidisciplinar a gente possa atuar (...) 
 
E6 – (...) o primeiro profissional que a gente acionaria para ter o suporte é o nosso 
psicólogo. 
 
E7 – Eu conversaria com ela após achar que ela tem esses sinais sintomas e tentaria pegar 
o máximo de informações possíveis do que essa paciente tem pra eu poder encaminhar ela 
para um melhor profissional (...) 
 
E9 – (...) fazer uma escuta qualificada. E se ela colocasse a sua confiança em mim, 
procuraria outras formas de poder ajudar a ela, como através da do psicólogo (...) 
 
E11 – conversar, de orientar, chamar a família também, porque a gente atende uma 
população assim, bem carente (...) essas situações de risco e já encaminhando(...) 
 
Silva et al. (2010) aponta que o enfermeiro deve se abastecer de informações a 
respeito da DPP, visto que ele está inserido na porta de entrada da prestação de serviço a 
essa paciente, a atenção básica, tendo como obrigação realizar um acolhimento 
direcionado as necessidades da mesma. Reitera também que poucos dispõem o 
conhecimento e/ou experiência com a problemática, delegando assim para outros 
profissionais todas as ações terapêuticas na reabilitação dessas mulheres. Confirmando a 
afirmativa do autor supracitado: 
 
E1 – Bem, eu até hoje não atendi, graças a Deus (...) 
 
E2 - Eu nunca atendi uma paciente com depressão pós parto(...) 
 
 
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E9 – Porque até o momento eu não presenciei. Não cheguei a presenciar nem uma 
puérpera que tivesse com um quadro de depressão (...) 
 
E10 – (...) eu ainda não peguei nenhum caso (...) 
 
Outrossim, Alves et al. (2007) afirma que as puérperas esperam da equipe de 
enfermagem atenção, paciência, apoio e orientação nessa nova fase que é uma experiencia 
única e singular para cada paciente. Ademais a mulher expõe seus temores, angustias e 
dúvidas a esse profissional, depositando assim sua confiança e expectativas. Em 
continuidade, Freitas et al. (2014) afirma que o profissional de enfermagem precisa estar 
preparado para esse cuidado, realizando a assistência ao trinômio mãe-bebê-família, 
contribuindo na prevenção de complicações e promovendo conforto físico e emocional, para 
que desta forma a puérpera possa exercer saudavelmente a maternidade junto a sua rede 
de apoio. 
Quanto as atitudes realizadas na unidade que objetivam orientar as gestantes 
sobre a temática e a maioria relatou a existência de rodas de conversa e palestras de 
acordo com o calendário municipal de ações (agosto dourado, setembro amarelo, outubro 
rosa e assim por seguinte), mas sem objetivar diretamente a saúde mental, depressão pós-
parto ou o próprio puerpério, como pode-se observar: 
 
E4 – (...) a gente tem as campanhas (...) agosto dourado, que é a campanha da 
amamentação (...) roda de conversa com as gestantes (...) 
 
E5 – (...) através de ações educativas de palestras também é inserida no grupo de gestante 
para a realização de rodas de conversa (...) 
 
E6 – (...) a gente faz roda de conversas e a gente faz as rodas de conversas com os 
profissionais da unidade 
 
E8 – (...)nós temos o nosso grupo de gestante que a gente faz a palestra mensalmente (...) 
 
E9 – (...) quase que de mês em mês a gente tem umas certas rodas de conversa com a 
gestante, principalmente nos meses alusivos aos dias D, no caso Março lilás, outubro rosa, 
esses que envolvem mais as mulheres (...) 
 
E10 – (...) roda de conversa (...) 
 
E11 – (...) acho que não há (...) não existe um trabalho específico para acompanhamento 
dessas pacientes. 
 
E7 – Então, aqui na unidade não tem nenhum tipo de orientações. Tem os meses de 
outubro Rosa e novembro Azul tem as palestras de acordo com cada mês (...) 
 
 
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De acordo com os enfermeiros a educação em saúde às pacientes sobre a DPP 
se restringiu às rodas de conversa que acontecem uma vez por mês e que são conduzidas 
de acordo com as experiencias compartilhadas no momento, e aos meses de alusão a 
saúde, sendo mais enfocado de fato no setembro amarelo. A educação em saúde tem como 
objetivo assegurar a qualidade da atenção prestada e reduzir complicações advindas do 
desconhecimento da comunidade, dessa forma o SUS estimula ações educativas e propõe 
a melhoria do bem-estar da população (Quental et al. 2017). 
Ademais, Kirsch e Veronezi (2019) aponta o enfermeiro como educador, tendo 
a responsabilidade de apresentar a informação de acordo com as necessidades da sua 
comunidade, visando à melhoria da saúde do indivíduo, da família e da população em geral. 
Ademais, a formação do vínculo entre cliente e servidor ocorre pela aproximação de ambos 
e essa ligação faz com que a prática educativa se torne mais dinâmica e efetiva. 
Compreende-se assim a importância da educação em saúde nos mais variados 
âmbitos sociais, enfatizando o período gestacional, é necessário informar e alertar sobre 
as mudanças físicas, fisiológicas e psicológicas ocorridas durante a gestação, bem como a 
complexidade desta fase para as gestantes e seus parceiros, e para a compreensão das 
reais necessidades que envolvem o pré-parto e o pós-parto (Pereira, et al. 2020). 
Por fim, instigamos sobre as dificuldades encontradas por eles na condução de 
quadros de depressão puerperal na atenção primária a saúde e 45,45% (n=5) relataram a 
acessibilidade ao psicólogo, por mais que este profissional faça parte da equipe 
multiprofissional dos centros de saúde, a demanda não está sendo correspondida de 
acordo com os entrevistados. 
 
E1 – O psicólogo. Nós não temos a quantidade é muito pouco para a demanda (...) 
 
E2 – (...) a dificuldade maior que vai ter vai ser delas passarem com psicólogo (...) agora a 
gente tem nas unidades, mas mesmo assim às vezes ainda é demorado (...) 
 
E8 – (...) o nosso município é muito carente de psicólogo (...) pra gente conseguir uma vaga 
para encaixar uma paciente é um mês, dois meses (...) 
 
E10 – (...)encaminhá-la pro psicólogo, porque a demanda é muito grande pra psicóloga 
daqui da unidade (...) 
 
E11 – (...) a escassez de profissional qualificado, principalmente, é uma demanda muito 
grande de outros serviços (...) 
 
 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
A atenção básica deve se responsabilizar por 80% dos problemas de saúde de 
sua população no âmbito individual e coletivo, por meio da promoção, proteção e prevenção 
da saúde, sendo essa uma quantidade expressiva que apresenta questões relacionadas ao 
sofrimento mental, levando ainda em consideração à subjetividade contemporânea e seu 
imediatismo inerente, a maneira como estão organizados os serviços e a capacitação dos 
profissionais, preocupa a logística de demandas (Jimenez, 2011). 
Estudos sobre a atuação do psicólogo no contexto da atenção primária evidencia 
uma atuação que não atende as demandas da saúde coletiva de acordo com o modelo 
clínico tradicional sem a necessária contextualização que esse cenário implica. Sendo 
assim, os psicólogos enfrentam o grande desafio de redimensionamento de suas práticas 
para lidar com uma realidade desafiadora e complexa (Böing e Crepaldi, 2010). 
Cintra e Bernardo (2017) destaca a importância da atuação do psicólogo na 
atenção básica e aponta quanto a não limitação a uma prática curativa e individualizante, 
mas que abranja ações que promovam autonomia, conscientização e empoderamento do 
paciente, visando a transformação social da comunidade,trazendo um trabalho para além 
dos muros dos Centros de Saúde. Diante disso, um dos entrevistados sugeriu como 
possível solução, uma unidade de referência destinado para a saúde da mulher e vertentes 
da saúde mental que as norteia: 
 
E11 – (...) eu acho que talvez a gente tivesse que ter um local, talvez uma unidade ou um 
grupo, pelo menos uma unidade de referência, para a gente poder estar encaminhando 
essas pacientes que a gente não tem, porque assim a gente tem uma unidade para 
transtorno mental de uma forma geral, que é o CAPS, mas assim ainda tem aquele estigma 
muito grande (...) Então eu acho que um local para a gente detectou olha, eu vou te mandar, 
tu vai passar com uma equipe preparada, eu acho que seria o ideal. 
Enquanto os outros apontaram como dificuldade na linha de cuidado fatores de risco 
inerente a DPP como condições financeiras associado a locomoção, ausência e/ou 
dificuldade da inserção da rede de apoio da puérpera e a própria negação da mulher diante 
ao seu estado depressivo. 
 
E3 – (...) a maioria é de zona rural, então a gente vê e percebe muita, muita dificuldade 
financeira e dificuldade de locomoção, as vezes vem fazer a consulta, já quer realizar tudo 
num dia só porque precisa voltar. 
 
E5 – A maior dificuldade encontrada inserir a família dessa gestante dentro dessa rede de 
apoio (...) 
 
E6 – (...) eu acho que a principal dificuldade é a recusa por não aceitar que está passando 
por episódio. 
 
E7 – Elas quererem falar, porque a maioria das vezes elas não querem dizer (...) 
 
 
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E9 – (...) eu creio que mais difícil mesmo seria todo o acompanhamento com ela (...) ainda 
não consegue ter toda a locomoção para poder ir para a unidade básica e ser consultada 
(...) 
 
A renda familiar é uma variável socioeconômica associada a depressão pós-
parto, as dificuldades impostas pela pobreza corroboram negativamente a situação e 
contribuem nos conflitos familiares e no relacionamento direto com o bebê (Moraes, et al., 
2006; Gomes, et al., 2010). Ainda, Carvalho e Benincasa (2019) afirma em sua pesquisa a 
importância da família, companheiro e/ou amigos como rede de apoio, bem como a boa 
relação com o conjugue, pois são peças fundamentais na vida das puérperas, solicitando 
suporte social e emocional, fazendo a mulher se sentir amada, cuidada, valorizada e 
segura. Dessa forma, a ausência da mesma agrava o quadro de depressão puerperal. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
De acordo com o exposto, evidencia-se que a DPP é um problema de saúde 
pública que necessita da atenção e assistência de enfermagem, além da equipe 
multiprofissional, visto que a mesma é uma patologia que entra em desordem com o 
psíquico e físico da puérpera, ocasionando consequências no bem estar físico e emocional 
da paciente do recém-nascido e da sua rede de convivência. 
A pesquisa conseguiu alcançar os objetivos traçados, foi possível conhecer 
como os profissionais de enfermagem dos centros de saúde do município de Tucuruí 
identificam os sinais e sintomas depressivos no pós-parto, evidenciado principalmente pela 
tristeza profunda e choro fácil, prosseguidos da dificuldade na amamentação, displicência 
com o bebe e insônia de suas pacientes, no qual as pontuam, assiste e conduzem através 
de uma escuta qualificada, a construção de um elo de confiança e o encaminhamento da 
mesma para o psicólogo. 
Quanto as dificuldades dos profissionais frente a DPP concentrou-se na sua 
condução ao psicólogo. Evidenciou-se a necessidade de mais psicólogos na rede de 
atenção básica em decorrência a demanda de casos, assim como uma maior articulação 
com a rede de saúde mental objetivando a melhora dessas pacientes e a continuidade da 
atenção de enfermagem em congruência com a de psicologia. 
Ademais, foi pontuado fatores de riscos associados ao desenvolvimento da DPP 
e a dificuldade de condução do cuidado, uma vez que há a ausência e/ou impasse da 
inserção da família no plano de cuidado dessa mulher, as condições financeiras são 
 
 
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precárias e não facilita nem mesmo a locomoção da paciente, a menor idade e a própria 
recusa e/ou não aceita o quadro em que se encontra, influenciam negativamente na 
evolução da cliente para o bem estar e equilíbrio. Em relação a experiencia e capacitação 
dos enfermeiros face a intervenção da DPP foi possível notar que há uma certa insegurança 
no manejo dessas pacientes mesmo conhecendo parcialmente a patologia. 
Por fim, observou-se uma carência muito grande do enfermeiro quanto 
educador, não há ações de educação em saúde que realmente pontue e apresente a 
população quanto os sinais e sintomas da DPP e tudo que essa patologia envolve diante o 
trinômio mãe-bebê-família, sendo de suma importância que haja a perpetuação desse 
conhecimento em comunidade assim como entre a própria rede de saúde, para que estejam 
preparados para identificar e orientar essa puérpera de forma humanizada e efetiva. 
 
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Marlete do Socorro Costa FerreiraI; Orielson Costa De LeãoI; Lais Paes RodriguesI; Laís Araújo Tavares 
da SilvaII 
 
IGraduação em Enfermagem pela Faculdade de Teologia, Filosofia e Ciências Humanas Gamaliel 
(FATEFIG). Tucuruí – Pará, Brasil. 
IIDoutora e Mestra do Programa de Pós-graduação em Saúde da Criança e da Mulher (PGSCM) 
IFF/Fiocruz. Docente do curso de enfermagem da Faculdade de Teologia, Filosofia e Ciências Humanas 
Gamaliel (FATEFIG), Tucuruí, Pará, Brasil. 
 
RESUMO / ABSTRACT 
 
O autismo infantil é uma síndrome comportamental 
com diferentes causas no qual o processo de 
desenvolvimento infantil encontra-se 
profundamente distorcido e que nos últimos anos 
o autismo tem possuído cada vez mais visibilidade 
quanto ao seu diagnóstico e tratamento. Diante 
disso, o presente trabalho tem como objetivo 
analisar a literatura brasileira sobre a atuação do 
enfermeiro no atendimento de pessoas 
acometidas pelo Transtorno do Espectro Autista 
(TEA) e utilização das Práticas Integrativas e 
Complementares em Saúde. Trata-se de uma 
pesquisa com proposta metodológica de 
abordagem de revisão integrativa da literatura. As 
principais referências discutidas foram: Baggio et 
al, Franzoi et al, Gava, entre outros estudos 
importantes que fundamentaram conceitualmente 
os argumentos da temática. Os resultados 
expressam a importância do profissional 
enfermeiro frente ao plano terapêutico do autismo, 
além das suas atribuições com relação ao uso das 
Práticas Integrativas Complementares em Saúde, 
bem como a explanação das práticas utilizadas 
nesse processo. Conclui-se, ao final, que a 
atenção de especialistas em diversas áreas é um 
processo muito importante na identificação, 
diagnóstico e tratamento de crianças com TEA, os 
enfermeiros podem atuar no âmbito da equipe 
multidisciplinar tanto na identificação quanto na 
promoção da autonomia e qualidade de vida das 
pessoas com TEA. 
 Childhood autism is a behavioral syndrome with 
different causes in which the child development 
process is deeply distorted and that in recent years 
autism has had more and more visibility regarding 
its diagnosis and treatment. In view of this, the 
present work aims to analyze the Brazilian 
literature on the role of nurses in the care of people 
affected by Autistic Spectrum Disorder (ASD) and 
the use of Integrative and ComplementaryHealth 
Practices. This is a research with a methodological 
proposal for an integrative literature review 
approach. The main references discussed were: 
Baggio et al, Franzoi et al, Gava, among other 
important studies that conceptually substantiate 
the thematic arguments. The results express the 
importance of the professional nurse in relation to 
the therapeutic plan for autism, in addition to their 
attributions regarding the use of Complementary 
Integrative Practices in Health, as well as the 
explanation of the practices used in this process. In 
the end, it is concluded that the attention of 
specialists in different areas is a very important 
process in the identification, diagnosis and 
treatment of children with ASD, nurses can act 
within the scope of the multidisciplinary team both 
in the identification and in the promotion of 
autonomy and quality of life for people with ASD. 
 
Palavras-chave: Autismo; Atuação do enfermeiro; 
Práticas Integrativas Complementares em saúde. 
 Key words: Autism; Nurse's performance; 
Complementary Integrative Practices in Health. 
CAPÍTULO IV 
 
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AO 
ATENDIMENTO À CRIANÇA COM AUTISMO E 
UTILIZAÇÃO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E 
COMPLEMENTARES EM SAÚDE: UMA REVISÃO 
DA LITERATURA 
 
 
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INTRODUÇÃO 
 
O autismo é intitulado como Transtorno do Espectro Autismo (TEA), não se 
referindo apenas a um atraso ou uma interrupção do processo normal de desenvolvimento, 
embora estes possam estar presentes também, mas a manifestação clínica de um processo 
atípico é prejudicial ao desenvolvimento. Eles envolvem, necessariamente, alterações 
quantitativas e principalmente qualitativas da experiência subjetiva, dos processos 
cognitivos, da comunicação (linguagem) e do comportamento. Entende-se como causas 
genéticas a coexistência, na forma de comorbidade, entre determinadas síndromes 
genéticas e o TEA (Araújo et al., 2021). 
O ideal é que o diagnóstico seja feito por uma equipe interdisciplinar composta 
por médico, neuropediatra, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, 
psicopedagogo e nutricionista. Esses seis profissionais, por sua vez, devem analisar e 
estudar cada caso em conjunto, destacando as características do quadro clínico da criança 
e oferecer às famílias, informações de forma fidedigna e esclarecedora, não apenas no que 
se refere ao diagnóstico, mas, do perfil clínico, cognitivo e adaptativo para a criança. A 
família deve ser orientada sobre a importância no que se refere aos tratamentos, 
intervenções e encaminhamentos aos serviços e apoios adequados (EFFGEM et al., 2017). 
De acordo com Araújo et al. (2021), a ligação entre o enfermeiro, o paciente 
autista e seus familiares torna-se de fundamental importância, uma vez que no 
desempenhar do trabalho da enfermagem denota-se um olhar cuidadoso, que deve estar 
atento às necessidades do outro e ao seu sofrimento. Na maior parte dos casos, haverá a 
dificuldade de expressão oral por parte do autista, cabendo ao enfermeiro a prestação de 
assistência diferenciada. 
Nos últimos anos tornou-se possível à implementação das Práticas Integrativas 
Complementares em Saúde (PICS), essas que vem ampliando substancialmente e 
estimulando órgãos gestores da saúde sobre sua importância, bem como sua eficácia na 
recuperação, alívio e diminuição de sintomas. Existe um amplo espectro de práticas 
terapêuticas, porém há quatro domínios principais das PICS em autistas: Intervenções de 
Medicina mente-corpo (destinadas a direcionar interações entre cérebro e o 
comportamento), Tratamentos baseados em biologia (oferece substâncias naturais como 
alternativas de tratamento), Manipulações e práticas baseadas no corpo, (que tentam tratar 
condições através da manipulação corporal) e Medicina energética, (“canalização de 
 
 
65 
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energia” com objetivo de promover a cura), promovendo relaxamento e facilitando na 
interação família/cuidadores e profissionais de saúde (Araújo et al., 2021). 
O enfermeiro deve estar disposto a ir além da situação, deve interpretar o 
movimento corporal, ler as entrelinhas do paciente para proporcionar a melhor assistência. 
Neste contexto, este estudo pretende esclarecer de que forma ações e práticas no âmbito 
das PICS propostas pelo enfermeiro podem auxiliar no acompanhamento e reabilitação de 
pacientes com TEA. 
 
METODOLOGIA 
 
Trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa da literatura, cujo propósito foi 
colocar o pesquisador em contato com o que já se produziu e registrou a respeito do objeto 
de estudo. Com isso, o presente trabalho foi desenvolvido a partir da pesquisa eletrônica 
de artigos científicos publicados. 
Foram adotados os seguintes critérios de inclusão: Artigos científicos com textos 
completos disponíveis para análise, publicados no idioma português publicado entre janeiro 
de 2016 e junho de 2022, bem como Trabalho de Conclusão de Curso que versem sobre a 
assistência de enfermagem, autismo infantil e as práticas integrativas complementares. 
Serão excluídos editoriais, monografias, bem como artigos que não apresentem relação 
direta com o referido tema. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram 
selecionados para compor o estudo 06 artigos. 
Para a coleta de dados, foi realizada uma busca no Scientific Electronic Library 
Online (SciELO) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Dentre as bases de dados 
pesquisadas na BVS, foram selecionadas a Literatura Latino-Americana de Ciências da 
Saúde (LILACS), Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE) e 
Base de Dados Especializados de Enfermagem (BDENF). A coleta foi realizada no período 
de agosto a dezembro de 2022. 
Um instrumento de coleta de dados foi utilizado, permitindo a organização por 
base de dados específica e quantidade de artigos selecionados através da leitura dos 
resumos e posterior leitura completa. Por fim, as palavras-chave para o trabalho são 
“Assistência de enfermagem”, “Transtorno Autístico”, e “Terapias Complementares”. 
O projeto de pesquisa não requereu submissão no Comitê de Ética de Pesquisa 
(CEP), pois não envolve diretamente seres humanos, ou seja, foram utilizados dados 
secundários disponíveis ao livre acesso público de maneira online. Porém, segue os 
 
 
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princípios éticos da resolução 466 de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de 
Saúde. Entretanto, todos os preceitos éticos estabelecidos foram respeitados, zelando pela 
legitimidade das informações utilizando de citações e referências dos autores por meio da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
 
RESULTADO E DISCUSSÃO 
 
Conforme o estudo de Cabral, et al. (2019), realizado em um centro de 
reabilitação física e intelectual no município de Barcarena no estado do Pará, o mesmo 
refere que a relação terapêutica que consiste em uma interação mútua de influência é a 
ação principal que o enfermeiro deve desempenhar em sua assistência, pois isso acarretará 
na formação do seu processo de enfermagem. Entende-se que o processo de enfermagem 
é essencial para o estabelecimento dos cuidados prestados ao paciente, pois é através dos 
traçados dele que se realiza a assistência, com isso o enfermeiro pode atuar de forma 
autônoma, proporcionando uma contribuição para o plano terapêutico da criança. 
Diante desse contexto, Calegari, et al., (2018) ao realizar um estudo na Unidade 
de Cirurgia Pediátrica em um Hospital de ensino de São Paulo, corrobora com a ideia de 
Cabral, pois em sua análise, o enfermeiro tende a realizar um papel importantíssimo e 
crucial diante de uma criança autista hospitalizada, é consiste em sua atuação profissional 
prestar orientação,e estabelecer certos limites quanto ao comportamento da criança, visto 
que o mesmo está em uma unidade de internação. Sabe-se que o enfermeiro é um 
educador, e dentro desse setor não é diferente, pois o mesmo tende a prestar esse suporte 
à criança e a família. 
Bem como, conforme o estudo realizado por Baggio et al. (2021) sobre 
equoterapia realizada em uma fazenda do 3º Regimento da Cavalaria Montada na cidade 
de Passo Fundo no que se refere a equipe, o enfermeiro realiza diversas orientações 
prestando a educação em saúde para pais e outros responsáveis presentes, apresentando 
temas variados e demasiadamente importantes como a saúde mental, e também auxilia 
nas funções motoras durante a terapia. 
Ainda de acordo com Baggio, et al. (2021), o enfermeiro também realiza a 
prestação de primeiros socorros quando necessário, orienta quanto a prevenção de 
acidentes, bem como atua na criação do plano terapêutico, além disso o profissional 
enfermeiro consiste em uma peça essencial, pois atua em campos opostos da objetividade 
 
 
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e no desenvolvimento de procedimentos e tecnologias, utilizando da criatividade sempre 
quando necessário. 
Em conformidade, o estudo de Franzoi, et al. (2016) em seu estudo sobre a 
musicoterapia em um Centro de Atenção Psicossocial promovido pela Universidade 
Federal de Santa Catarina, o enfermeiro realiza sua assistência em atendimentos 
individuais e em grupo, fazendo oficinas terapêuticas e até mesmo visitas domiciliares, em 
contrapartida, o mesmo também atua de maneira articulada com outros serviços como o 
serviço social e escolas. 
Vale ressaltar, que as práticas complementares são extremamente importantes 
para acelerar o desenvolvimento positivo do tratamento, promover o desenvolvimento físico 
e motor e a comunicação verbal e não verbal para integrá-los mais intimamente à 
sociedade, garantindo autonomia e interação a uma criança autista, segundo dados 
coletados de Franzoi, Santos, Backes e Ramos (2016). 
No decorrer deste tópico, foram abordados sobre algumas das principais PIC’s 
para o tratamento do TEA. A primeira delas é a terapia com Florais de Bach. Estes florais 
são essências florais, extraídas de plantas silvestres, flores e árvores do campo, elaboradas 
pelo médico inglês, Edward Bach por volta de 1930. Bach se inspirou nos trabalhos de 
Paracelso, Hahnemann e Steiner, no qual objetivou alterar as desordens de personalidade, 
no contexto de vida e subjetividade das pessoas, almejando uma harmonia entre o corpo e 
a mente (Gava; Turrini, 2019). Portanto, esta é uma terapia é recomendada pela 
Organização Mundial da Saúde desde 1974. 
Isso deu origem a 38 essências naturais, que se dividem em sete grupos, onde 
cada grupo corresponde a uma emoção, que é: o grupo do medo; falta de interesse nas 
condições atuais; indecisão e incerteza; de solidão; hipersensibilidade a influências e 
opiniões; depressão, desespero e preocupação excessiva (Gava; Turrini, 2019). 
No estudo realizado por Gava e Turrini (2019), este mostra uma criança de sete 
anos, diagnosticada no espectro do autismo aos três anos de idade, em que para ela foi 
indicada a fórmula Rescue Remedy, Cherry Plum, White Chestnut e Walnut, isto é, terapias 
com florais, em solução de glicerina, com posologia de no mínimo quatro gotas, quatro 
vezes ao dia. Foram apenas duas consultas, uma no início e logo após quatorze dias de 
uso de fórmulas, nesta última a mãe relatou que seu comportamento melhorou, a criança 
voltou a dormir a noite toda, não estava mais ansiosa e/ou agressiva, o comportamento 
restrito e as estereotipias diminuíram. 
 
 
68 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
Dessa forma, a criança manteve o comportamento normal e apresentou melhora 
nos resultados escolares: ficou mais calma e fácil de concentrar nas aulas, embora não 
houvesse mudanças no comportamento social e os interesses limitados da criança. Para 
Gava e Turrini (2019), pelos preços não elevados para a terapia com os florais, por não ter 
efeitos colaterais e riscos, e trazer benefícios, são considerados um tratamento alternativo 
para crianças com TEA, mas são necessárias mais pesquisas para confirmar isso, incluindo 
ensaios clínicos. 
Baggio e colaboradores (2021) realizaram um relato de experiência acerca da 
Equoterapia, uma intervenção terapêutica para indivíduos com deficiência e com 
Transtorno do Espectro Autista. Esta é uma terapia que utiliza o cavalo como ferramenta 
para possibilitar efeitos terapêuticos e educativos, com abordagem multidisciplinar e aliada 
a um ambiente multissensorial que proporciona estimulação sensório-motora e busca o 
desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com e sem necessidades especiais, bem 
como indivíduos com TEA. 
A terapia é realizada duas vezes por semana na Fazenda do Regimento de 
Cavalaria Montada da Brigada Militar, Passo Fundo, norte do Rio Grande do Sul. O estudo 
apontou que a experiência da equoterapia cria uma conexão entre os pacientes e a 
natureza, proporcionando resultados físicos, psicológicos, morais, sociais e espirituais tanto 
para os indivíduos com TEA quanto para a equipe que a implementa. Também promove 
uma formação diferenciada, desenvolvendo o trabalho em equipe multidisciplinar e assim 
uma assistência integral (Baggio, et al., 2021). 
Outra prática integrativa para crianças com TEA foi apresentada em estudo 
realizado por Calegari et al. (2018), intitulado “A criança autista em sessão de brinquedo 
terapêutico dramático: uma análise Winnicottiana”. Os autores concluíram que existem 
várias intervenções para minimizar dificuldades em crianças com TEA, incluindo atividades 
recreativas, como o uso de brinquedos, uma vez que brincar permite espontaneidade, 
liberdade de expressão, libera tensões e emoções e promove a catarse. Portanto, se um 
especialista deseja avaliar uma criança por meio da brincadeira, deve seguir seus critérios 
psicológicos comportamentais e verificar se é compatível com a maturidade 
cognitivoafetivo-emocional do paciente. 
Outra terapia foi estudada por Cabral et al. (2019), no estudo intitulado “o uso do 
PECS (Picture Exchange Communication System) como tecnologia do cuidado à criança 
com autismo”. De acordo com os dados coletados, tornou-se nítido que, é muito importante 
que pais e profissionais estejam cientes do que as tecnologias podem oferecer. O Pictures 
 
 
69 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
Exchange Communication System (PECS) O PECS foi implementado pela primeira vez 
com discentes no ensino infantil diagnosticados com autismo. Esta terapia utiliza o 
protocolo de ensino baseado no comportamento verbal de modo que os operantes verbais 
funcionais são sistematicamente ensinados usando estratégias de reforço que levam à 
comunicação independente. Por fim, o conhecimento é necessário para melhorar o 
desenvolvimento mental de cada indivíduo, pois os processos de comunicação 
enfraquecidos pelo diagnóstico de autismo devem ser corrigidos. 
Santos et al. (2020) realizaram uma pesquisa de campo que objetivou relatar 
sobre a terapia assistida por animais (pintinhos) em crianças autistas atendidas em um 
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Esta terapia apresentou resultados favoráveis no 
que se refere ao comportamento familiar e social de crianças com TEA que foram atendidas 
por profissionais da psicopedagogia, ajudando no aprendizado e também contribuiu para a 
melhoria da qualidade de vida dos pacientes. 
A intervenção musical, isto é, a musicoterapia, é outra Prática Integrativa e 
Complementar ao tratamento do Transtorno do espectro autista. Considerada a primeira 
abordagem para crianças com autismo, é também a mais utilizada, eficaz e acessível. O 
déficit de concentraçãode crianças com TEA é minimizado com o uso da referida 
tecnologia, pois através da experiência da música, escuta, canto e brincadeira, as crianças 
são informadas/acalmadas e estimulam significativamente a criatividade, mudando seu 
comportamento fisiológico e emocional (Franzoi, et al., 2016). 
Segundo o estudo de Franzoi et al. (2016), em relação ao comportamento físico, 
a musicoterapia estimula o desenvolvimento da percepção, audição e controle motor, pois 
a atividade musical mobiliza quase todas as áreas do cérebro: córtex motor; córtex pré-
frontal; Córtex sensorial; cerebelo; hipocampo; e córtex visual. Além disso, com atividades 
envolvendo a intervenção musical, a criança tende a melhorar as habilidades motoras, 
controlar os músculos e mover-se mais rápido, porque o ritmo desempenha um papel 
importante no desenvolvimento e equilíbrio do sistema nervoso, já que a música afeta a 
mente, promove liberação emocional, resposta motora e alivia a tensão. 
O cenário da intervenção realizada por Franzoi et al. (2016) foi o CAPSi Plano 
Piloto, no Distrito Federal. A estratégia realizada foi à aplicação da intervenção musical 
como tecnologia de cuidado em enfermagem nos atendimentos semanais de seis grupos 
diferentes de crianças com TEA, no período dos meses de janeiro e fevereiro do ano de 
2014. 
 
 
70 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
Vale ressaltar que, como as sessões de musicoterapia são realizadas em grupo, 
esse fato promove a integração e a comunicação interpessoal e reduz a tensão e a 
ansiedade, ambas causadas por situações estressantes. Franzoi et al. (2016) enfatizam 
que apesar de a música ser um recurso terapêutico na assistência de enfermagem a 
crianças com autismo, em determinadas situações, dependendo das condições em que é 
utilizada/aplicada, pode apresentar-se como um elemento iatrogênico. Isso foi observado 
quando algumas crianças tapavam os ouvidos com as mãos e faziam expressões faciais 
de incômodo ao sentiram incomodadas com os sons e vibrações, tornando-se essencial 
que o enfermeiro esteja habilitado para uso deste recurso de maneira segura. 
Dessa forma, portanto, o tratamento do TEA com a implementação das PIC’s 
contribui na assistência à saúde de maneira isolada ou simultânea ao paciente. Portanto, 
nota-se que a aplicação das PICs é grande aliadas para o tratamento e mitigação dos 
sintomas em crianças com TEA. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Com base no que foi estudado e exposto, conclui-se que a atenção de 
especialistas em diversas áreas é um processo muito importante na identificação, 
diagnóstico e tratamento de crianças com TEA. Os enfermeiros podem atuar no âmbito da 
equipe multidisciplinar tanto na identificação quanto na promoção da autonomia e qualidade 
de vida das pessoas com TEA. Métodos eficazes de amenizar seus sintomas e tratá-los 
são utilizados, já que não há uma cura definitiva. 
Ademais, o referido trabalho aponta que com a implementação das PIC’s, 
juntamente com a atuação do enfermeiro, frente ao tratamento do TEA, houve o melhor 
rendimento e desenvolvimento da criança com autismo. Sem dúvida, as PICs expressam a 
preocupação com a saúde das pessoas, criando e recriando novos espaços, seguindo as 
exigências da sensibilidade e do sentimento, não apenas da razão, mas também no 
desenvolvimento comportamental e cognitivo, além disso, há a redução dos sintomas, 
tornando-os capazes a viver melhor em sociedade. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ARAÚJO, Cássio et al. Papel do enfermeiro na assistência de enfermagem ao autismo. 
2021. Disponível em: https://revistarebis.rebis.com.br/index.php/rebis/article/view/186. 
Acesso em 26 de setembro de 2022. 
 
 
71 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
BAGGIO, G.; BOLFE, K. D.; WERKHAUSEN, N.; MELLO, P. C. Equoterapia: intervenções 
terapêuticas e educativas com pessoas com deficiência e com Transtorno do Espectro 
Autista. Research, Society and Development, 2021. 
 
CABRAL, A. B. S.; CAMPOSA. C. S.; RODRIGUESM. L. B.; BecharaS. de L. F.; MoraesL. 
S. de. O uso do PECS como tecnologia do cuidado à criança com autismo. Revista 
Eletrônica Acervo Saúde, n. 31, p. e923, 7 out. 2019. 
 
CALEGARI, T.; GIMENES, B, P.; LUZ, J. H.; CAMPOS, Y, A. E. S.; BORBA, R. I. H.; 
RIBEIRO, C. A. A criança autista em sessão de brinquedo terapêutico dramático: uma 
análise winnicottiana. Rev. Soc. Bras. Enferm. Ped, v. 18, n. 1, p. 43-48, jun. 2018. 
 
EFFGEM, V. et al. A visão de profissionais de saúde acerca do TDAH – processo 
diagnóstico e práticas de tratamento. Constr. psicopedag., São Paulo, v. 25, n. 26, p. 34- 
45, 2017. 
 
FRANZOI, M. A. H. et al. Intervenção musical como estratégia de cuidado de enfermagem 
a crianças com transtorno do espectro do autismo em um centro de atenção psicossocial. 
Revista Texto Contexto Enfermagem. Florianópolis, v. 25, n.1, p. 1-8, 2016. 
 
GAVA F. G. S, TURRINI R. N, T. O uso de Florais de Bach para manejo dos sintomas de 
Autismo Infantil: Relato de Experiência. Rev Paul Enferm [Internet]. 2019;30. 
doi:10.33159/25959484. repen.2019v30a6. 2019 
 
SANTOS, R. F.; et al. Terapia Assistida por Animais (TAA) em crianças com transtorno do 
espectro autista atendidas pelo Centro de Atenção Psicossocial. Research, Society and 
Development, 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Kamila Costa AlvesI; Leandro Soares SouzaI; Nathália Menezes DiasII; Benedito do Carmo Gomes 
CantãoIII; Nicolli dos Santos FerreiraIV; Walace Coelho de OliveiraIV 
 
IGraduação em Enfermagem pela Faculdade de Teologia, Filosofia e Ciências Humanas Gamaliel 
(FATEFIG). Tucuruí, Pará, Brasil. 
IIMestra pelo programa Profissional de Cirurgia e Pesquisa Experimental (CIPE) UEPA. Docente na 
Universidade Estadual do Pará (UEPA) e Docente na Faculdade de Teologia, Filosofia e Ciências 
Humanas Gamaliel (FATEFIG). Tucuruí, Pará, Brasil. 
IIIMestre pelo programa Profissional de Cirurgia e Pesquisa Experimental (CIPE) UEPA. Docente na 
Universidade Estadual do Pará (UEPA) e Docente na Faculdade de Teologia, Filosofia e Ciências 
Humanas Gamaliel (FATEFIG). Tucuruí, Pará, Brasil. 
IVDiscente de Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). Tucuruí, Pará, Brasil. 
 
RESUMO / ABSTRACT 
 
Levando em consideração as alterações 
envolvidas na saúde da gestante acometidas 
patologicamente, o presente estudou objetivou 
caracterizar o estado de saúde das gestantes 
acometidas por pré-eclâmpsia, por meio da 
produção cientifica no período de 2015 a 2019. 
Sendo caracterizado como pesquisa descritiva do 
tipo quantitativa de revisão integrativa da literatura, 
a partir de levantamento bibliográfico eletrônico, 
analisando uma seleção de trinta artigos que 
apresentam diferentes abordagens sobre a pré-
eclâmpsia, com intuito de avaliar a saúde das 
gestantes acometidas pela mesma. Sendo assim, 
foi possível observar a importância da 
representatividade do enfermeiro em emergências 
e no tratamento de gestantes, visando à redução 
do índice de mortalidade das gestantes e dos fetos 
como também das complicações neurais e 
fisiológicas para que a assistência prestada 
produza resultado positivo quanto à saúde da 
gestante e do feto. Entre as abordagens da 
amostra, destacam-se as etiologias associadas 
para o risco de pré-eclâmpsia, que levam em 
consideração os aspectos clínicos, nutricionais e 
terapêutico do paciente, além dos antecedentes 
familiares. Portanto, a atuação do profissional de 
enfermagem é de suma relevância, considerando 
os aspectos da condição clínica da gestante. 
 taking into account thechanges involved in the 
health of the pathologically affected pregnant 
woman, the present study aimed to characterize 
the health status of pregnant women affected by 
pre-eclampsia, through scientific production in the 
period from 2015 to 2019. Being characterized as 
descriptive research of the quantitative type of 
integrative literature review, from an electronic 
bibliographic survey, analyzing a selection of thirty 
articles that present different approaches to pre-
eclampsia, in order to evaluate the health of 
pregnant women affected by it. Thus, it was 
possible to observe the importance of nurses' 
attuacion in emergencies and in the treatment of 
pregnant women, aimed at reducing the mortality 
rate of pregnant women and fetuses as well as 
neural and physiological complications so that the 
assistance provided produces a positive result 
regarding the health of the pregnant woman and 
the fetus. Among the sample approaches, the 
associated etiologies for the risk of preeclampsia, 
that take into account the clinical, nutritional and 
therapeutic aspects of the patient, in addition to 
family history. Therefore, the performance of the 
nursing professional is of paramount importance, 
considering the aspects of the pregnant woman's 
clinical condition. 
 
 
Palavras-chave: Pré-eclâmpsia; Enfermagem; 
Feto; Gestante; Assistência em Saúde. 
 Key words: Pre-Eclampsia; Nursing; Fetus; 
Pregnancy; Health Assistance. 
 
 
CAPÍTULO V 
 
AVALIAÇÃO DO ESTADO DE SAÚDE DAS 
GESTANTES ACOMETIDAS POR PRÉ-ECLÂMPSIA: 
REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA 
 
 
74 
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INTRODUÇÃO 
 
O processo de gestação acarreta para o organismo feminino uma série de 
alterações de âmbito fisiológico e emocional associado ao físico. Neste sentido, o 
profissional de enfermagem se apresenta de fundamental importância atuando de forma a 
exercer papel essencial na condução e transmissão de apoio, orientação e confiança para 
que a gestante possa caminhar com autonomia e empoderamento durante a gestação e o 
parto (Baston; Hall, 2010). 
No mundo morre uma mulher a cada minuto devido às complicações na fase 
gestacional. Complicações estas que podem evoluir, por exemplo, para uma Síndrome 
Hipertensiva Gestacional e que se não diagnosticada e tratada precocemente pode levar 
ao óbito fetal ou materno. No período de um ano cerca de quinhentas e vinte e nove mil 
mulheres morrem em países em desenvolvimento, e que poderiam ser evitadas se 
houvesse assistência de qualidade (Silva, 2016). 
Diante do atual desenvolvimento tecnológico, verifica-se que na assistência pré-
natal que o enfermeiro identifica problemas de forma rápida, visando diminuir e prevenir 
complicações através de uma assistência qualificada (Rios; Vieira, 2007). E desta forma, o 
papel do enfermeiro é de extrema importância na identificação de uma gestação de alto 
risco, pois este é o que tem maior aproximação com gestante, e mais ainda na Estratégia 
Saúde da Família, já que é a porta de entrada para qualquer paciente (Silva; Monteiro, 
2010). Portanto, o presente estudo tem como objetivo caracterizar o estado de saúde das 
gestantes acometidas por pré-eclâmpsia, por meio da produção cientifica no período de 
2015 a 2019. 
 
METODOLOGIA 
 
Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo quantitativa de revisão integrativa 
da literatura a partir de levantamento bibliográfico eletrônico, de artigos publicados entre 
2015 a 2019, nas seguintes bases de dados: Latino-Americana e do Caribe em Ciências da 
Saúde (LILACS) e Base de dados de enfermagem (BDENF); utilizando como descritores 
as palavras: Pré-eclâmpsia, saúde da mulher, cuidado pré-natal e gravidez de alto risco. 
Os mesmos serão utilizados de forma separada e cruzados a fim de identificar uma amostra 
maior. 
 
 
75 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
A fim de atender às demandas internacionais sobre revisão sistemática, há 
padrões de protocolos para as revisões quantitativas. Embora das especificidades desses 
protocolos, algumas de suas qualidades são comuns, como: justificativa, objetivos, critérios 
de inclusão, tipo de pesquisa para inclusão, estratégia de procura, especificações para 
avaliar a utilidade dos estudos, formas de procedência e síntese, formas de apresentação 
dos resultados e declaração de conflito de interesses (Guanilo et al., 2011). 
Mediante os aspectos metodológicos descritos acima, será considerada a 
seguinte questão norteadora para condução desta pesquisa: Quais são os principais fatores 
de risco, etiologias e cuidados a serem prestados às gestantes acometidas por pré-
eclâmpsia identificados por meio de uma revisão integrativa do conhecimento científico? 
Nesse sentido, para construção dessa revisão utilizou-se critérios de inclusão 
que são: Artigos indexados e completos; compreendidos no período de 2015 a 2019; 
encontrados nas bases de dados mencionadas nesta pesquisa; publicados na língua 
portuguesa e de produção nacional. Já em relação aos critérios de exclusão farão parte: 
Artigos que não apresentam versão sobre a temática em questão; não foram publicados 
oficialmente; teses, dissertações e monografias. 
A coleta de dados foi realizada nas bases de dados mencionadas e no período 
de 2015 a 2019 com o auxílio dos descritores escolhidos. Em seguida aplicou-se os critérios 
de inclusão e exclusão. Para a análise dos dados, os artigos foram selecionados e 
analisados quanto à pertinência ao tema de pesquisa, anos de publicação, etiologias, 
fatores de risco, principais formas de diagnósticos e manifestações clínicas a serem 
realizados por meio de uma análise estatística descritiva simples. Realizou-se tabulação 
dos dados com o auxílio do Microsoft Word versão 2010, portanto, elaboração dos gráficos 
e tabelas para a exposição dos dados. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Para a realização do mapeamento sistemático de literatura foram selecionados 
na base de dados proposta cerca de 80 artigos que versavam sobre a temática discutida. 
No entanto, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram exclusos 50 artigos 
que correspondiam à temática tratada. Nesse sentido, restaram apenas 30 artigos que 
respondiam à questão norteadora conforme representados no fluxograma 1. 
 
 
 
 
76 
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Fluxograma 5.1 – Produção Científica Identificada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Os autores, 2020. 
 
Quadro 5.1 – Diversidade dos estudos identificados na literatura no ano de 2015 a 2019. 
Quantidade Título do artigo Autor/Ano Cidade 
E1 Perfil de gestantes com pré-eclâmpsia. AMORIN et al., 2017 Pernambuco 
E2 
Causas de morte materna no estado do Pará, 
Brasil. 
BOTELHO et al., 2015 Pará 
E3 
Atuação de enfermagem nas emergências 
obstétricas pré-eclâmpsia e eclâmpsia. 
BRITO; FORTES, 2017 
Mindelo-
Portugal 
E4 
Receptores de citocinas pro inflamatórias na 
pré-eclâmpsia. 
CASTRO, 2015 Natal 
E5 
Doença hipertensiva específica da gestante: 
um cuidado sob olhar farmacêutico. 
CAVALCANTE et al., 
2016 
Ceará 
E6 Pré-eclâmpsia e mortalidade materna 
CORTINHAS et al., 
2019 
Rio de 
Janeiro 
E7 
Avaliação da microcirculação em gestantes 
com pré-eclâmpsia leve. 
COSTA et al., 2017 Pernambuco 
E8 
Representatividade do enfermeiro na 
assistência a gestantes com pré-eclâmpsia. 
ENDRINGER; CRUZ; 
MENEZES, 2017 
São Paulo 
E9 
Caracterização socioeconômica e de estilo de 
vida de gestantes com pré-eclâmpsia 
assistidas em uma maternidade de referência 
de alto risco de Maceió – AL. 
FERREIRA et al., 2018 Maceió 
E10 
A síndrome hipertensiva específica da 
gestação: a perspectiva da enfermagem 
FEREIRA; MEIRELES; 
REIS, 2019 
Goiás 
E11 
Perfil epidemiológico das gestantes com 
restrição de crescimento intrauterinode início 
GALINDO; GUSMÃO; 
VILELA, 2019 
Pernambuco 
 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
precoce atendidas em um hospital escola de 
Pernambuco. 
E12 
Cuidados pré-natais e puerperais às gestantes 
de um centro de saúde de Minas Gerais 
quanto ao risco de pré-eclâmpsia: aspectos 
clínicos, nutricionais e terapêuticos 
SILVA, et al., 2017 Minas Gerais 
E13 
Pré-eclâmpsia: entender para aprimorar o 
cuidado Pré-eclâmpsia. 
GUIDA, 2017 São Paulo 
E14 
Pré-eclâmpsia e suas causas: uma revisão 
bibliográfica. 
JÚNIOR, 2017 Rondônia 
E15 Pré-eclâmpsia. 
KAHHALE; 
FRANCISCO; ZUGAIB, 
2018 
São Paulo 
E16 
Associação dos polimorfismos dos genes da 
Óxido nítrico sintase e metaloproteinases da 
matriz extracelular com a pré-eclâmpsia. 
LEONARDO, 2015 São Paulo 
E17 
A hipertensão gestacional e o risco de pré-
eclâmpsia: revisão bibliográfica. 
MELO et al., 2015 Paraíba 
E18 A hipertensão gestacional MELO, 2015 Pombal 
E19 
Vigilância do óbito fetal: estudo das principais 
causas. 
MENEZZI et al., 2016 Minas Gerais 
E20 
Perfil de Gestantes Acometidas de Parto 
Prematuro em uma Maternidade Pública. 
PEREIRA et al., 2018 
Rio de 
Janeiro 
E21 
Pré-eclâmpsia como fator preditivo de doença 
renal crônica: revisão sistemática e metanálise 
de estudos observacionais. 
SANTO, 2015 
Espírito 
Santo 
E22 
Importância da implementação de protocolos 
de ação na pré-eclâmpsia. 
SANTOS et al., 2015 Minas Gerais 
E23 
Uso de sulfato de magnésio na pré-eclampsia 
eclâmpsia. 
SILVA et al., 2019 
Rio de 
Janeiro 
E24 Pré-eclâmpsia - uma revisão literária. SILVA, 2016 Brasília 
E25 
Assistência de enfermagem à gestante com 
Síndrome neurológica: pré-eclampsia e 
eclâmpsia. 
SILVA et al., 2019 Ceará 
E26 
Tratamento da eclâmpsia: uma análise acerca 
da atuação do enfermeiro. 
SILVA et al., 2019 Paraíba 
E27 
Procedimentos fisioterapêuticos no 
Tratamento da pré-eclâmpsia. 
SOUZA et al., 2019 Goiás 
E28 
Anestesia em gestantes com síndrome 
HELLP: relato de caso 
ZUCCOLOTTO et al., 
2016 
São Paulo 
E29 
Características maternas e fatores de risco 
para pré-eclâmpsia em gestantes. 
FERREIRA, et. al, 2019 Piauí 
E30 
Análise retrospectiva de gestantes com 
rastreamento positivo ao doppler para doença 
hipertensiva gestacional. 
TENÓRIO, 2018 Alagoas 
Fonte: Os autores, 2020. 
 
Com as publicações acima identificadas, primeiramente fora realizado um 
mapeamento de literatura relacionando os mesmos a data de sua publicação. Após 
análises, constatou-se que os anos de 2015, 2018 e 2019 possuem maior número de 
publicações em detrimento aos anos demais anos. Destaca-se que, ao ano de 2019 
 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
apresentou o maior número de artigos publicados perfazendo 26,67% do percentual dos 
artigos selecionados no Quadro 2, o comparativo de artigos conforme seu ano de 
publicação encontra-se relacionado em quadro a seguir: 
 
Quadro 5.2 – Distribuição temporal das publicações. 
Período Nº de artigos Ref. aos artigos Percentual (%) 
2015 7 E2, E4, E16, E17, E18, E21 e E22 23,33% 
2016 4 E28, E24, E5 e E19 13,33% 
2017 7 E14, E13, E12, E8, E7, E3 e E1 23,33% 
2018 4 E30, E20, E15 e E9 13,33% 
2019 8 E6, E10, E11, E23, E25, E26, E27 e E29 26,67% 
Fonte: Os autores, 2020. 
 
Outra análise para mapeamento dos artigos fora a cidade de publicação, 
conforme observado no gráfico a seguir: 
 
Gráfico 5.1 – Disposição dos artigos por Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Os autores, 2020. 
 
Observa-se que os artigos selecionados em maioria são produções cientificas 
nacionais e apenas um se trata de artigo científico internacional, demonstrando a 
importância da temática abordada no corpo cientifico brasileiro. Outra metodologia adotada 
para análise dos artigos está relacionada ao assunto tratado no artigo, assim fora possível 
analisar qualitativamente os artigos selecionados, haja vista que os artigos possuem a 
mesma temática, contudo aborda ela de maneira distinta. 
ALAGOAS DISTRITO FEDERAL CEARÁ
ESPIRITO SANTO GOIÁS MINAS GERAIS
INTERNACIONAL RIO GRANDE DO NORTE PARÁ
PARAIBA PERNAMBUCO RIO DE JANEIRO
RONDONIA SÃO PAULO PIAUÍ
 
 
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Para tanto, os artigos que explanaram o perfil da gestante com pré-eclâmpsia e 
eclâmpsia, E1, E9, E11, E12, E20 e E29, onde foram realizadas pesquisas quanto à 
formação de um Perfil para a Gestante com pré-eclâmpsia, após entrevista fora discutido 
quais fatores mais se destacavam tais como: A maioria das gestantes apresentava idade 
entre 26 a 32 anos, de modo que a idade materna é fator determinante de complicações 
durante o período gravídico. Apontou-se que a maioria das pacientes possuía idades nos 
extremos da fase reprodutiva, para tanto, a gestação de uma jovem, bem como a gestação 
que ocorre em idade avançada, é considerada de risco gestacional para a pré-eclâmpsia. 
(Amorin et al., 2017). 
Há estudos selecionados que desenvolvem uma temática voltada para a atuação 
e representatividade do enfermeiro em emergências e no tratamento de gestantes que 
sofrem com pré-eclâmpsia e eclâmpsia, sendo eles E3, E8, E10, E25 e E26 os quais 
destacam características semelhantes acerca da redução do índice de mortalidade das 
gestantes e dos fetos como também diminuição das complicações neurais e fisiológicas. 
Infere-se que, o enfermeiro tem praticado ações de prevenções para incidir os agravos 
dessa complicação, promoções e recuperações com acompanhamento e avaliação dos 
casos dentro dos limites de atuação da sua graduação. 
O enfermeiro é imprescindível na implantação de um cuidado mais 
especializado, com o intuito de individualizar a assistência, visando à prevenção, à 
promoção e à recuperação da saúde dessas gestantes, através de estratégias e protocolos 
específicos (Barros, 2006), visto que nas situações de eclâmpsia um acompanhamento 
realizado pelo enfermeiro capacitado tende a diminuir as chances de agravo do quadro 
clínico da paciente. 
Referenciando o protocolo de atendimento para gestantes que se enquadram 
com alteração de pressão gestacional especifica os artigos, E4, E5, E7, E16, E22, E23, 
E27, E28 e E30. O uso de receptores de citocinas pró-inflamatórias onde os monócitos e 
linfócitos observados em mulheres com pré-eclâmpsia são classificados como um dos 
contribuintes do processo inflamatório durante o progresso patológico, pela mudança dos 
tipos de células identificadas na avaliação laboratorial comparativa entre gestantes sem 
risco de eclâmpsia e gestantes com pré-eclâmpsia. 
Aborda também o auxílio farmacológico no tratamento a pré-eclâmpsia fazendo 
a introdução de medicamentos, sendo eles anti-hipertensivos, corticosteroides, sulfato de 
magnésio e medicamentos inibidores de ECA, para controle do quadro clínico da gestante 
e auxilio no desenvolvimento do feto. Levantam posicionamento sobre o uso de sulfato de 
 
 
80 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
magnésio para prevenção da eclâmpsia, e que em suas pesquisas não obteve impacto 
relevante pontuando a falta de padronização nos esquemas terapêuticos para as gestantes 
com pré-eclâmpsia. 
De tal modo é versado sobre a introdução do profissional fisioterapeuta no 
tratamento a pré-eclâmpsia, interferindo sobre a dor e desconforto que a gestante vier 
ocasionar e o caso de paciente acometida por síndrome de HELPP, o uso de sulfato de 
magnésio e manejo adequado de anestésico para paciente desses casos. Os artigos acima 
citados referiam a necessidade de padronização do protocolo de atendimento da gestante 
nos casos de pré-eclâmpsia/eclâmpsia, de forma a diminuir os riscos oriundos dessa 
complicação. 
São explanados nos artigos que referem à avaliação da microcirculaçãoem 
pacientes com pré-eclâmpsia leve utilizando a técnica de fluxometria laser Doppler, o 
rastreamento por Doppler que é utilizado como um marcador precoce que reflete o 
desenvolvimento e o grau de perfusão do leito vascular placentário, podendo detectar 
precocemente a pré-eclâmpsia. 
E por fim, artigos o E13, E14 E15, E17, E18, E21 e E24 que tratam sobre revisão 
bibliográfica e conceitos sobre a patologia em comento foram selecionados na avaliação de 
casos enfatizando as altas taxas de mortalidade ocasionadas, a relação entre antecedentes 
pessoais bem como o que a pré-eclâmpsia pode ocasionar como o parto prematuro, 
deslocamento prematuro da placenta e entre outros. Contribuindo para que novos pontos 
de vistas sobre a pré-eclâmpsia pudessem ser avaliados, e buscar respostas para a 
ocorrência e formas de prevenção e tratamento da mesma, utilizando conhecimentos 
científicos para complementar a avaliação da saúde da mulher acometida por pré-
eclâmpsia. 
Ao avaliar as condições que tornam a saúde das pessoas envolvidas nos 
estudos em destaque no Quadro 2, a qualidade de vida e saúde das mulheres acometidas 
pela pré-eclâmpsia e a eclâmpsia são destacadas nos artigos como uma junção de 
inúmeros fatores de risco que contribuem para o surgimento desse problema nas mulheres 
enumerando o histórico familiar, diabetes, gravidez após os 35 anos aproximadamente, ou 
antes, dos 18 anos aproximadamente, alimentação desregulada, alto nível de pressão, 
lúpus, além da falha da assistência durante a gestação, acompanhamento dos profissionais 
com o intuito de prevenir a ocorrência da mesma. 
É importante também que seja dada ênfase ao contato que há nas relações 
paciente e profissional, que por sua vez é imprescindível para a prevenção desse mal e 
 
 
81 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
detectá-lo precocemente contribuindo para diminuição das complicações e taxa de 
morbimortalidade. E é relatado o papel do enfermeiro no primeiro contato com os pacientes 
através da assistência, acompanhamento, exames físicos e laboratoriais, avaliação do feto 
em seu desenvolvimento para que sinais sejam identificados o quanto antes. 
E também, a capacitação da equipe de enfermagem é indispensável para a 
melhoria da qualidade de saúde dos pacientes, tendo em vista que tais mudanças serão 
benéficas para todos, caracterizada por atendimentos mais completos seguindo os 
parâmetros indicados pelos dirigentes governamentais como essenciais para a qualidade 
de vida e saúde, com intuito de buscar sempre novas abordagens que melhore a atenção 
básica, e consequentemente diminuir as ocupações dos níveis mais elevados de 
complexidade de casos. 
 
PRINCIPAIS ETIOLOGIAS PARA A PRÉ-ECLAMPSIA 
 
Diante da literatura observada, ficou evidenciado que há uma diversidade de 
possíveis causas para a pré-eclâmpsia, tais como: genético, diabetes mellitus, obesidade, 
nuliparidade, doença renal crônica, ambiental, gravidez múltipla e níveis altos de 
testosterona. Para Botelho e seus colaboradores (2014), ao realizar um estudo sobre as 
principais causas de morte materna no estado do Pará, identificou como principal causa as 
síndromes hipertensivas. Isto por que o autor supracitado apresentou que 32,9% dos óbitos 
ocorreram em decorrência de edema, proteinúria, complicações no parto e transtornos 
hipertensivos. 
Para Menezzi e seus colaboradores (2016), a etiologia das síndromes 
hipertensivas possuem derivações diferentes quando analisadas pelo ângulo 
socioeconômico. Neste sentido, ficou claro que em países em desenvolvimento sua causa 
esta geralmente relacionada a infecções. Enquanto em países desenvolvidos sua causa 
tem relação direta com anomalias e síndromes congênitas. 
Contudo, Júnior (2017), infere que as relações entre a circulação materna e fetal 
permanecem estreitas e pouco desenvolvidas. Consequentemente, o suprimento de 
sangue para a placenta é restrito, levando à disfunção na perfusão uteroplacentária, hipóxia 
e estresse oxidativo placentário, resultando em uma resposta inflamatória sistêmica com 
dano endotelial e desequilíbrio entre fatores vasoconstritores e vasodilatadores, levando à 
hipertensão arterial sistêmica. 
 
 
 
82 
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E FORMAS TERAPÊUTICAS MAIS EVIDENCIADAS NO 
ACERVO LITERÁRIO 
 
Conforme Endryger, Cruz e Menezes (2017), relata que as manifestações 
clínicas se apresentam a depender da gravidade e da qualidade da assistência prestada a 
essa paciente. Neste sentido, o mesmo autor infere que a assistência prestada deve ser de 
fácil acessibilidade, pois, o enfermeiro deve visar uma assistência preventiva que se dá 
início nas primeiras consultas do pré-natal, realizando um levantamento dos possíveis 
fatores de risco para uma pré-eclâmpsia. 
Os autores supracitados vão além, ao mencionarem que as condições 
socioeconômicas dessas mulheres devem ser levadas em conta, pois, o desfavorecimento 
econômico tem repercussão em possíveis intercorrências no ciclo gestacional, justamente 
pelo estilo de vida, padrão alimentar, sobrecarga de trabalho e instabilidade emocional. 
Conforme os autores Galindo, Gusmão e Vilela (2019), em decorrências das 
complicações destas manifestações clínicas, o feto pode ser comprometido em suas 
funções vitais de forma irreversível, inclusive com risco de óbito intrauterino devido ao 
processo de deterioração existente. Ainda segundo os mesmos autores, estas 
complicações podem estar associadas a existência de patologias pré-existentes tais como 
Diabetes Mellitus, processos infecciosos e cardiorrespiratórios. 
Este fato pode ser confirmado ao verificarmos os dados apresentados por 
Leonardo (2015), ao apresentar que as complicações decorrentes das síndromes 
hipertensivas na gestação estão entre as mais significativas causas de morbidade e 
mortalidade materna e perinatal, em todo o mundo, especialmente nos países em 
desenvolvimento que são responsáveis por 500.000 mortes maternas todos os anos. 
Diante destes fatos, Cortinhas e seus colaboradores (2019), inferem que a 
elevada taxa de óbitos maternos por pré-eclâmpsia pode ser justificada pela precária 
assistência prestada no pré-natal durante a gestação a nível nacional. Além disso, o 
atendimento inadequado e insatisfatório nas urgências e emergências obstétricas e 
perinatais contribuem imensamente para o aumento das mortes maternas. 
Para Guida (2017), são utilizadas várias estratégias terapêuticas a fim de 
controlar os níveis pressóricos da pressão arterial. Diante disso, observa-se que há uma 
unanimidade na literatura averiguada quanto ao uso de esquemas anti-hipertensivos 
propostos para o controle pressórico, isto por conta da eficácia das drogas atualmente 
 
 
83 
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disponíveis, sendo o labetalol, um betabloqueador periférico, e a metildopa, um alfa-
agonista de ação central, como os mais difundidos para este fim. 
Apesar de todo aparato farmacológico além de outras formas terapêuticas 
existentes, o autor acima mencionado, infere que caso a paciente esteja em um estágio 
grave de pré-eclâmpsia profissional de saúde deve disponibilizar à mãe e ao feto um 
tratamento paliativo até que o parto seja programado, o que dependerá da idade 
gestacional, da condição materno-fetal, bem como, dos riscos e benefícios geridos entre 
mãe e feto. Neste sentido, Menezes (2019), assevera que os cuidados terapêuticos devem 
se estender para o feto, com a contagem de movimentos fetais diariamente; avaliação do 
crescimento fetal e do líquido amniótico. Se os resultados estiverem normais, repetir o teste 
a cada três semanas. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Com a finalidade de diagnosticar e minimizar as complicações decorrentes da 
pré-eclâmpsiae reduzir os impactos que este quadro clínico possa ocasionar é importante 
refletir sobre as ações em saúde e avaliar a qualidade da assistência prestada para as 
gestantes. Neste momento, o enfermeiro é a chave na implementação do protocolo de 
atendimento adequado, sem esquecer que a individualização da assistência é essencial, 
tais cuidados de enfermagem visam à prevenção, à promoção e à recuperação da saúde 
dessas gestantes, e a diminuição dos elevados índices de morbimortalidade materna e 
perinatal. 
Além disso, de tal forma, através da análise dos perfis das gestantes acometidas 
por pré-eclâmpsia, e tendo base nas suas situações socioeconômicas e de escolaridade é 
possível traçar protocolos de atendimento e formas de conscientização e cuidados a pré-
eclâmpsia. Em suma, observou-se que para a avaliação das gestantes acometidas por pré-
eclâmpsia é necessário a realização do perfil da gestante, e o devido acompanhamento e 
rastreamento dos sintomas, tornando o enfermeiro peça chave para a avaliação e 
tratamento das pacientes. 
 
REFERÊNCIAS 
 
AMORIM, F. C. M et al. Perfil de gestantes com pré-eclâmpsia. Revista enfermagem 
UFPE online, Recife, v. 11, n. 4, p. 1574-1583, 2017. 
 
 
 
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BARROS S. M. O. Enfermagem no ciclo gravídico-puerperal. 1. ed. São Paulo: Manole, 
2005. 259 p. 
 
BASTON, H.; HALL, J. Enfermagem obstétrica essencial: uma abordagem harmonizada. 
1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 157 p. 
 
BOTELHO, N. M et al. Causas de morte materna no estado do Pará, Brasil. Revista 
Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 36, n. 7, 2014. 
 
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escola de Pernambuco. Jornal ginecológico e obstétrico, 2019. 
 
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(Mestrado em Ciência da Saúde) – Faculdade de Ciências Médicas, Universidade 
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JÚNIOR, O. G. V. Pré-Eclâmpsia e Suas Causas: Uma Revisão Bibliográfica. Trabalho de 
Conclusão de Curso (Graduação) – Centro Universitário São Lucas, 2017. 
 
MENEZES, E. M. P. P. Análise retrospectiva de gestantes com rastreamento positivo ao 
doppler para doença hipertensiva gestacional. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso 
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FAEMA. Ariquemes, 2019. 
 
MENEZZI et al. Vigilância do óbito fetal: estudo das principais causas. O Mundo da 
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caso. Revista Brasileira De Anestesiologia, v. 66, n. 6, p. 657-660, 2016. 
 
 
 
 
 
 
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Mikaellem Lima GonçalvesI; Raquel Silva De CarvalhoI; Iara da Silva Antunes CaldeiraI; Aline Ouriques de 
GouveiaII 
 
IDiscente de Enfermagem pela Faculdade de Teologia, Filosofia e Ciências Humanas Gamaliel 
(FATEFIG), Tucuruí, Pará, Brasil. 
IIMestranda no Programa de Pós-graduação em Gestão e Saúde na Amazônia (PPGGSA)/Fundação 
Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP). Docente na Faculdade de Teologia, Filosofia e Ciências 
Humanas Gamaliel (FATEFIG) e Universidade do Estado do Pará (UEPA). Tucuruí – Pará, Brasil. 
 
RESUMO / ABSTRACT 
 
A infância é o momento da vida em que o ser 
humano está em total desenvolvimento, é nessa 
fase que o carácter e a personalidade do adulto 
serão formados, por esta razão é conveniente que 
a infância seja preservada da melhor maneira 
possível. Sendo assim, a violência infantil que é 
caracterizada como um problema de saúde pública 
que acarreta em consequências físicas e 
emocionais. O estudo tem como objetivo criar um 
fluxograma para os profissionais de saúde ao 
enfrentamento de denúncias de violência às 
crianças e adolescentes atendidas em unidades 
básicas de saúde no município de Tucuruí. Trata-
se de uma revisão de literatura com abordagem 
exploratória e descritiva. Na plataforma LILACS o 
cruzamento trouxe um total de 42 artigos, após 
aplicar os critérios de inclusão restaram apenas 02 
artigos. Na plataforma SCIELO apenas 02 artigos 
foram encontrados, dos quais nenhum estava de 
acordo com os critérios de inclusão. A plataforma 
Google Acadêmico trouxe um retorno de 14.800 
artigos, destes apenas 06 foram selecionados para 
análise na íntegra. Após a leitura na íntegra, 
restaram apenas 03 artigos. A síntese dos 
principais conteúdo foi aplicada em três 
dimensões: natureza da violência, tipo de violência 
e condutas dos profissionais em relação à 
violência contra a criança. Este protocolo pode 
orientar muitos profissionais durante o 
atendimento, além de qualificar a assistência e o 
suporte oferecido pela atenção básica em esfera 
local 
 childhood is the moment in life when the human 
being is in full development, it is in this phase that 
the character and personality of the adult will be 
formed, for this reason it is convenient that 
childhood is preserved in the best possible way. 
Thus, child violence is characterized as a public 
health problem that has physical and emotional 
consequences. create a flowchart for health 
professionals when dealing with complaints of 
violence against children and adolescents treated 
at basic health units in the municipality of Tucuruí. 
this is a literature review with an exploratory and 
descriptive approach. on the LILACS platform, the 
crossing brought a total of 42 articles, after 
applying the inclusion criteria, only 02 articles 
remained. On the SCIELO platform, only 02 articles 
were found, none of which met the inclusion 
criteria. The Google Scholar platform returned 
14,800 articles, of which only 06 were selected for 
full analysis. After reading in full, only 03 articles 
remained. The synthesis of the main contents was 
applied in three dimensions: nature of violence, 
type of violence and professionals' conduct in 
relation to violence against children. this protocol 
can guide many professionals during care, in 
addition to qualifying the assistance and support 
offered by primary care at the local level. 
 
Palavras-chave: Saúde da criança e adolescente; 
Violência infantil; Maus-tratos infantil; pessoal de 
saúde; Saúde da Família. 
 Key words: Child and adolescent health; Child 
violence; Child abuse; Health personnel; Family 
Health. 
 
CAPÍTULO VI 
 
CRIAÇÃO DE UM FLUXOGRAMA PARA OS 
PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA FRENTE À 
VIOLÊNCIA INFANTIL 
 
 
87 
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INTRODUÇÃO 
 
O desenvolvimento infantil é um processo valioso por estar relacionado ao 
crescimento, maturação e a aprendizagem, o qual vem refletir a cada fase da vida (Silva et 
al., 2014). A infânciaé o momento da vida em que o ser humano está em total 
desenvolvimento, é nessa fase que o carácter e a personalidade do adulto serão formados, 
por esta razão é conveniente que a infância seja preservada da melhor maneira possível 
(Alberto et al., 2020). 
As crianças precisam ser vistas como uma classe vulnerável, pois a partir do seu 
nascimento, necessitam ser cuidadas por alguém para que possam suprir as suas principais 
necessidades, por serem tão incapazes que não conseguem se auto cuidar. Desde a 
alimentação a sua segurança, há uma grande vulnerabilidade para essa classe, 
consequentemente, estão suscetíveis de sobremaneira a atos de todos os tipos de 
violência. Se esses cuidados durante essa fase forem banalizados, essa criança pode 
desenvolver doenças emocionais e seu desenvolvimento ser prejudicado (Hino et al., 2019). 
A inexistência de relacionamento e vínculo afetivos da parte dos responsáveis 
para com a criança é capaz de prejudicar suas funções cognitivas e emocionais devido ao 
comprometimento do sistema nervoso central. Ocorrências impróprias no ambiente familiar, 
à falta de apoio e o descaso em relação aos pais, podem acarretar inúmeras consequências 
para um bom desenvolvimento infantil, ocasionando assim, um ser consideravelmente 
vulnerável e sujeito a sérios problemas de saúde (Silva et al., 2019). 
Um desses problemas é a violência infantil que é caracterizada como um 
problema de saúde pública, o qual vem acarretando consequências físicas e emocionais. 
Traumas são evidentes e podem causar deficiência no comportamento e desenvolvimento 
desse indivíduo (Fontan; Silva, 2019). Contudo, as crianças que são vítimas de violências 
podem ocorrer adversidades que perdurarão ao longo da vida, uma vez que nesta fase do 
desenvolvimento suas funções fisiológicas e psicológicas ainda estão em formação 
(Amorim et al., 2021a). 
Os problemas de saúde são geralmente percebidos através da anamnese e do 
exame físico, onde pode ser perceptível as características físicas e psicológicas já nas 
primeiras consultas realizadas nas unidades básicas de saúde (UBS) e as 8 estratégias de 
saúde da família (ESF). Em vista disto, os profissionais da saúde são considerados 
fundamentais para o reconhecimento dos casos da violência que tem acometido essa 
classe (Hingel et al., 2021). Os profissionais da atenção básica podem ser destacados como 
 
 
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um dos principais consulentes para esses casos, visto que, atuam juntamente com a família 
para o cuidado e bem estar populacional (Amorim et al., 2021). 
A violência dissimulada pode gerar certa dificuldade na atuação da equipe em 
relação à percepção do problema, por muitas vezes não apresentar sinais e sintomas, 
torna-se imperceptível, visto que o foco está nas agressões físicas que são sinais evidentes. 
Dessarte julga-se necessário que o profissional disponha de alicerce para o enfrentamento 
dessa questão, pois além de sinais físicos a criança vítima de violência pode referenciar 
várias evidências como; o medo, a retração e outras (Silva et al., 2020). 
Atualmente pode haver barreiras a serem quebradas, no que se diz respeito a 
essa temática, visto que, tardiamente esses casos são identificados ou muitas vezes até 
negligenciados. O que leva a autoridade pública buscar questões focadas ao dissabor das 
vítimas, com o objetivo de criar métodos para uma abordagem apropriada, assim como 
também, identificar precocemente os sinais e obter ideias para possível prevenção. 
No entanto, devido à falta de qualificação e métodos para a abordagem e 
identificação dos sinais, há uma grande necessidade de enfatizar a temática, visto que há 
uma alta incidência, para que assim obtenha estratégia para o enfrentamento adequado 
desse grave problema de saúde pública (Amorim et al., 2021). Neste contexto, este estudo 
possui o objetivo de apresentar a criação de um fluxograma para os profissionais de saúde 
ao enfrentamento de denúncias de violência às crianças e adolescentes atendidas em 
unidades básicas de saúde. 
 
METODOLOGIA 
 
Este estudo trata-se de uma revisão de literatura com abordagem exploratória e 
descritiva, este tipo de método permite a síntese de diversos conteúdos publicados em 
estudos anteriores e a inferência de resultados (Botelho; Cunha; Macedo, 2011; Gil, 2002). 
A pesquisa foi realizada no período de agosto, setembro e outubro de 2022 utilizando o 
critério de recuperação de artigos com recorte temporal de 2015 a 2022. O material 
selecionado que correspondeu ao objetivo principal da pesquisa foi organizado para assim 
compor a amostra deste estudo. 
A recuperação de artigos foi realizada mediante o cruzamento dos seguintes 
descritores: “Saúde da criança e adolescente”, “Violência infantil”, “Maus-tratos infantil”, 
“Pessoal de saúde” e “Saúde da Família” nas seguintes bases de dados: SciELO (Scientific 
 
 
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Electronic Library Online), LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde), e 
Google acadêmico. 
Os critérios de inclusão para esse estudo consideraram artigos em língua 
portuguesa que trataram da abordagem do profissional de saúde em relação à violência 
contra crianças e adolescentes, publicados nos anos de 2015 a 2022 e que tivessem no 
título o termo “violência” ou “violência infantil”. Foram excluídos os artigos que não 
corresponderam aos objetivos deste estudo, não estavam de acordo com os critérios de 
inclusão, revisões de literatura e artigos que não apresentaram critérios metodológicos 
eficientes para retorno de dados confiáveis. 
Os dados capturados foram submetidos à leitura e análise descritiva simples, em 
seguida foram organizados em quadro com auxílio do Microsoft Office Word 2019, contendo 
as principais informações a fim de facilitar a visualização, descrição e entendimento das 
informações. As leituras para reconhecimento do material bibliográfico tiveram cunho 
exploratório e seletivo para determinar se os dados selecionados interessavam ao estudo 
de forma clara e bem definida a partir da leitura dos títulos, dos resumos e na íntegra. 
O fluxograma é um diagrama utilizado com a perspectiva de delinear as diversas 
maneiras de como se organizam um conjunto de processos de trabalho em torno de uma 
cadeia de produção (Merhy, 1977). Não obstante, o fluxograma permite uma representação 
do processo de trabalho que normalmente é percebido apenas do ponto de vista individual. 
Nessa perspectiva, com a criação de um fluxograma foi possível instrumentalizar a gestão 
do processo de trabalho. Dessa forma, para a criação do fluxograma utilizou-se o software 
Microsoft Office Word versão 2019. No que concerne a esse estudo, o uso do fluxograma 
se deve à possibilidade de identificar e encaminhar de forma correta as situações de 
violência contra a criança nos atendimentos em UBS para o fluxo correto da rede a partir 
dos documentos oficiais. 
 
RESULTADO E DISCUSSÃO 
 
Na plataforma LILACS o cruzamento trouxe um total de 42 artigos, após aplicar 
os critérios de inclusão restaram apenas 02 artigos. Na plataforma SCIELO apenas 02 
artigos foram encontrados, dos quais nenhum estava de acordo com os critérios de 
inclusão. A plataforma Google Acadêmico trouxe um retorno de 14.800 artigos, destes 
apenas 06 foram selecionados para análise na íntegra. Após a leitura na íntegra, restaram 
apenas 03 artigos. A síntese dos principais conteúdo foi aplicada em três dimensões: 
 
 
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natureza da violência, tipo de violência e condutas dos profissionais em relação à violência 
contra a criança. 
 
Quadro 6.2 – síntese dos artigos incluídos na amostra 
Nº Título Citação Revista / Periódico 
1 Experiências dosProfissionais de Saúde 
no manejo da Violência Infantil 
(SANTOS et al., 
2019a) 
Revista Baiana de 
Enfermagem 
2 
Assistência dos Profissionais de Saúde 
às Crianças e Adolescentes em situação 
de violência 
(FREITAS et al., 
2020) 
SMAD, Rev. Eletrônica 
Saúde Mental Álcool 
Drog. (Ed. port.) 
3 
Notificação da violência infantil, fluxos de 
atenção e processo de trabalho dos 
profissionais da Atenção Primária em 
Saúde 
(EGRY; 
APOSTOLICO; 
MORAIS, 2018) 
Ciência & saúde Coletiva 
4 
Concepções e Práticas dos Profissionais 
de Saúde Acerca da Violência 
Intrafamiliar contra a Crianças e 
Adolescentes 
(COSTA et al., 2015) 
Trabalho, Educação e 
Saúde 
5 
Características dos Profissionais de 
Saúde da Família no atendimento de 
Violências contra Crianças e 
Adolescentes 
(GIORDANI et al., 
2015) 
Revista de Enfermagem 
da UFMS 
Fonte: Elaborado pelos autores, 2022. 
 
O artigo de Nº 1 se propôs a conhecer as experiências dos profissionais da 
atenção básica no estado do Tocantins, Brasil. Para isso o método escolhido foi o de 
entrevistas. Os autores identificaram por meio das entrevistas que os profissionais ainda 
têm dificuldades de reconhecer as classificações e as formas como a violência se 
manifesta, além disso os profissionais têm medo de retaliações caso façam a denúncia. 
Nesse sentido, para Berthold et al., (2019) e Nunes e Sales (2016) as estratégias 
de educação continuada são fundamentais para amenizar a situação além de ampliar os 
mecanismos que oferecem suporte no enfrentamento à violência e tornarem-se, de fato, 
efetivos na proteção infantil. 
Os profissionais no campo da saúde têm a atribuição de promover a educação 
em saúde visando melhorias no aspecto de saúde pública, ou seja, desenvolvem práticas 
para o bem-estar físico, mental e social da população, de modo a intervir diretamente na 
qualidade de vida das pessoas. Diante disso, Albaek, Binder e Milde (2019) relatam que é 
importante implementar estratégias que acolham, incentivem e evidenciem a necessidade 
do trabalho que estes trabalhadores realizam a fim de que consigam lidar com os desafios 
relacionados ao abuso infantil. 
 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
Ademais, Schek e colaboradores (2018) concordam com os autores 
mencionados acima e ainda relata que a importância da capacitação profissional é 
evidenciada por esta ser um pilar para aprimorar os indicadores relacionados à violência 
infantil. 
Os autores do estudo de Nº 2 realizaram entrevistas com profissionais do Centro 
de Atenção Psicossocial Infantojuvenil no estado do Ceará com o intuito de compreender a 
atuação dos profissionais diante de casos de violência a crianças e adolescentes. Segundo 
Fontes, Conceição e Machado (2017), a violência sofrida por uma criança ou adolescente 
que sofrem algum transtorno psíquico é capaz de gerar traumas que irão repercutir em 
diversas áreas da vida no presente e no futuro. 
Neste contexto, os profissionais precisam estar atentos para identificar as 
situações de violência, promover uma assistência com participação de outros profissionais 
promovendo a interdisciplinaridade e assistência intersetorial. Da mesma forma é 
necessário acolher as vítimas despidos de preconceitos e com um olhar holístico (BRASIL, 
2005). 
Em continuidade, Freitas e colaboradores (2020), referem que as crianças e 
adolescentes vítimas de violência necessitam que a rede ofereça uma cobertura ampla e 
integral por meio de estratégias que problematizem as questões territoriais e suas 
vulnerabilidades. Os autores também consideram que os profissionais devem incluir os 
familiares no processo terapêutico, uma vez que cuidar da família também é cuidar do 
indivíduo em situação de sofrimento psíquico. No entanto, Santos et al., (2019), ressalta 
que essa proximidade com a família pode expor os profissionais a riscos de conflitos e 
represálias. 
Os autores do estudo Nº 3 analisou o fluxo da rede de proteção à criança vítima 
de violência, no contexto das notificações e decisões de encaminhamento na Atenção 
Básica. Por meio de uma investigação documental os autores conseguiram evidenciar que 
qualquer profissional pode atender e acolher as vítimas e realizar a notificação dos casos 
de violência à criança, além de encaminhar ao órgão responsável por realizar os 
procedimentos de análise do caso e encaminhamento para setores qualificados para a 
manutenção do atendimento às vítimas. Quando os profissionais têm alguma dúvida ou não 
se sentem seguros quanto ao procedimento correto, eles encaminham para algum 
profissional da assistência social ou psicologia que atuam nas unidades. 
 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
Egry, Apostolico e Morais (2018), relatam que muitos profissionais falham em 
seguir os protocolos e o fluxo da rede preconizado pelas autoridades locais. Muitas vezes 
sem fazer as notificações ou até mesmo pulando etapas do processo. 
Desta forma, a European Union Agency for Fundamental Rights (2015 apud 
EGRY; APOSTOLICO; MORAIS, 2018), afirma que alguns profissionais deixam de cumprir 
seus deveres por não estarem qualificados para reconhecerem sinais de abuso e violência 
contra a criança, e isso faz com que haja a subnotificação de ocorrências, portanto é 
necessário manter programas de treinamento para os profissionais. Além disso, ainda 
refere que muitos países ainda não garantem o anonimato dos profissionais que realizam 
as notificações e isso também pode desencorajar os profissionais a não notificarem. 
O artigo de Nº 4 se propôs a investigar as concepções e práticas dos 
profissionais da saúde de uma Estratégia de Saúde da Família por meio de entrevistas 
relacionadas a violência contra crianças e adolescentes. Os investigadores evidenciaram o 
despreparo e insegurança dos profissionais, segundo os autores isto gera dificuldades de 
identificar os sinais de maus-tratos, as notificações e o acompanhamento das vítimas. 
Neste sentido, Ângelo e colaboradores (2013) e Costa e Aguiar (2020) referem 
que qualquer ação ou omissão que possa prejudicar o bem-estar, a integridade física e/ou 
psicológica, além da liberdade ou qualquer direito a plenitude do bom desenvolvimento da 
criança ou adolescente pode ser considerado como violência intrafamiliar. 
Diante disso, Costa et al., (2015), relata que a formação de vínculos com a 
comunidade proporciona diversos benefícios para a qualidade do serviço além de favorecer 
o reconhecimento do profissional por parte dos clientes. Por outro lado, se a comunidade 
não consegue ver a capacidade do profissional de resolver os seus problemas, este vínculo 
será prejudicado (Teixeira et al., 2013). Dessa forma, muitos profissionais não se envolvem 
diante do medo de serem enredados em situações judiciais e até mesmo receio de 
represálias dos agressores (Saraiva et al., 2012). 
As autoras do artigo de Nº 5 avaliaram as características dos profissionais de 
saúde ao atenderem casos de violência a crianças e adolescentes por meio de entrevistas. 
Elas identificaram que 87,1% dos profissionais não conheciam um protocolo de 
atendimento e 74,1% afirmaram conhecer alguma legislação relacionada ao tema. 
Assim, Gilbert (2009) afirma que é importante que os profissionais da atenção 
básica possuam conhecimentos a respeito dos maus-tratos infantis. A mesma autora 
também descreve os benefícios de capacitar esses trabalhadores para identificarem os 
casos. Logo, Reichenheim (2011) insiste na necessidade de integrar os profissionais de 
 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
diferentes áreas do conhecimento para que estes sejam a base na formação, na assistência 
e na proteção das vítimas a fim de promover o diálogo com os usuários. 
 
FLUXOGRAMA 
 
O Protocolo de Atenção Integral àCrianças e Adolescentes Vítimas de Violência 
[entre 2010 e 2022], demonstra a rede de atendimento com os principais atores no estado 
do Pará. Assim, aplicando ao município de Tucuruí, no contexto da Atenção Básica, pode-
se seguir esta ordem: 
 
• Profissional de saúde na atenção básica suspeito de caso de violência e encaminha 
ao Conselho Tutelar; 
 
• Conselho Tutelar é responsável por acolher a suposta vítima e decidir para onde 
encaminhá-la, podendo ser: 
 
o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS); 
 
o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS); 
 
o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS); 
 
o Delegacia para perícia e possível acompanhamento para o PARAPAZ; 
 
Diante do exposto acima, sugere-se o FLUXOGRAMA 01 como o modelo para 
o fluxo da rede municipal de Tucuruí-PA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
Figura 6.1 – Sugestão de Fluxo da rede de atendimento à criança ou adolescente vítima 
de violência no município de Tucuruí-PA, 2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoria própria. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente estudo tratou dos aspectos relacionados à violência contra a criança 
e adolescente no intuito de identificar o fluxo da rede de atendimentos encaminhamentos 
das vítimas no contexto da atenção básica de saúde. Diante disso, a questão norteadora 
foi respondida de forma satisfatória. Os objetivos foram atingidos de forma parcial, visto que 
as amostras encontradas não conseguiram abarcar todos os aspectos esperados devido 
ao rigor metodológico. Dessa forma, a metodologia adotada não conseguiu dar o retorno 
das expectativas. 
Os resultados foram parcialmente satisfatórios, uma vez que foi possível 
identificar diferentes aspectos relacionados ao atendimento e à assistência profissional às 
 
 
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vítimas de violência que procuram são atendidas na atenção básica. Nesse sentido, é 
primordial que os profissionais tenham capacidade de reconhecer e identificar sinais e 
sintomas de maus-tratos, realizar um acolhimento humanizado e inserir os familiares e a 
equipe multiprofissional no processo, além da criação de vínculo com a comunidade. 
Assim, foi possível identificar que muitos profissionais ainda se sentem inseguros 
ou mesmo não receberam as instruções necessárias para estarem qualificados quanto ao 
encaminhamento das vítimas. Evidenciado pelos diversos autores que referem a 
necessidade de treinamentos e atividades educativas para os profissionais de forma 
contínua. Logo, também se evidenciou que a insegurança do profissional que realiza as 
notificações é um fator importante para a condução e o desfecho dos eventos. Apesar de 
ser contrário às normas de conduta, entende-se como compreensível uma vez que estes 
profissionais podem ser expostos a riscos que venham prejudicar sua integridade física ou 
moral. 
O fluxograma 1 foi montado baseando-se na leitura das amostras durante o 
processo metodológico e no protocolo do estado paraense. Como muitos dos órgãos 
mencionados pelo protocolo não estão presentes no município, foram incluídos apenas os 
que estão acessíveis na cidade. Este protocolo pode orientar muitos profissionais durante 
o atendimento, além de qualificar a assistência e o suporte oferecido pela atenção básica 
em esfera local. 
 
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Thais de Melo da SilvaI; Vitória Caroline dos Santos de SouzaI; Kamila Sarges RodriguesI; Beatriz Amaral 
de SouzaI; Julyany Rocha Barrozo de SouzaII 
 
IDiscente de Enfermagem pela Faculdade de Teologia,Filosofia e Ciências Humanas Gamaliel 
(FATEFIG). Tucuruí, Pará, Brasil. 
IIMestranda, Programa de Pós-graduação em Gestão e Saúde na Amazônia (PPGGSA)/Fundação Santa 
Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP). Docente, Faculdade de Teologia, Filosofia e Ciências Humanas 
Gamaliel (FATEFIG) e docente na Universidade do Estado do Pará (UEPA). Tucuruí, Pará, Brasil. 
 
RESUMO / ABSTRACT 
 
As emergências psiquiátricas são caracterizadas 
por um comportamento ou condição que possui 
uma evolução potencialmente catastrófica, 
podendo ser percebido por alguém próximo e 
muitas vezes não pelo próprio afetado, em que 
recursos adequados para o seu manejo não estão 
disponíveis no momento da ocorrência. A falta de 
orientações quanto ao fluxo de atendimento, 
limitações de estrutura ou o desconhecimento 
sobre o processo de desequilíbrio mental 
contribuem para a dificuldade encontrada 
principalmente pela família diante da inaptidão do 
paciente. O presente trabalho se faz relevante 
para a compreensão de fatores associados a essa 
dificuldade na Unidade de Pronto Atendimento do 
município de Tucuruí/PA, a atuação da equipe de 
enfermagem e como conduzem esses pacientes 
em diversos níveis de complexidade e evolução 
dentro do cenário no qual atuam, se detém as 
informações corretas ao referenciar os pacientes. 
O objetivo se baseia em analisar as percepções 
dos profissionais de saúde da Unidade de Pronto 
Atendimento do município de Tucuruí/PA sobre as 
emergências psiquiátricas. A metodologia de 
pesquisa em questão possui caráter descritivo, 
exploratório com abordagem de estudo do tipo 
qualitativa e a população para desenvolvimento 
deste trabalho, foi delimitada com enfoque na 
equipe de saúde mediante entrevista por 
formulário adaptado. É evidenciado e concluído no 
estudo a necessidade da implantação de um 
protocolo para nortear o trabalho da equipe, além 
de capacitação para auxiliar o atendimento na 
correta identificação e conduta específica de cada 
caso, o referenciamento do paciente e a devida 
orientação aos familiares, também contendo 
grande importância na relação entre profissionais - 
 Psychiatric emergencies are characterized by a 
behavior or condition that has a potentially 
catastrophic evolution, which can be perceived by 
someone close to them and often not by the person 
affected, which adequate resources for its 
management are not available at the time of 
occurrence. The lack of guidance regarding the 
flow of care, structure limitations or lack of 
knowledge about the process of mental imbalance 
contribute to the difficulty encountered mainly by 
the family in the face of the patient's ineptitude. The 
present work is relevant for understanding factors 
associated with this difficulty in the Emergency 
Care Unit in the city of Tucuruí/PA, the 
performance of the nursing team and how they 
manage these patients at different levels of 
complexity and evolution within the scenario in 
which they act, if you have the correct information 
when referring patients. The objective is based on 
analyzing the perceptions of health professionals 
at the Emergency Care Unit in the municipality of 
Tucuruí/PA on psychiatric emergencies. The 
research methodology in question has a 
descriptive, exploratory character with a qualitative 
study approach and the population for the 
development of this work was delimited with a 
focus on the health team through an interview 
using an adapted form. It is evidenced and 
concluded in the study the need to implement a 
protocol to guide the team's work, in addition to 
training to assist the service in the correct 
identification and specific conduct of each case, 
the referral of the patient and the proper guidance 
to the family members, also containing great 
importance in the relationship between 
professionals - patients and family members and 
the need for specialties. 
CAPÍTULO VII 
 
EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA: PERCEPÇÕES DA 
EQUIPE DE SAÚDE DE UMA UNIDADE DE 
PRONTO ATENDIMENTO 
 
 
102 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
pacientes e familiares e a necessidade de 
especialidades. 
 
Palavras-chave: Enfermagem; saúde mental; 
emergência psiquiátrica. 
 Key words: Nursing; mental health; psychiatric 
emergency. 
 
INTRODUÇÃO 
 
Diante da Reforma Sanitária e a criação do Sistema único de Saúde (SUS) 
proposto pela Constituição de 1988, houve o pontapé inicial para o surgimento da Reforma 
Psiquiátrica. As Conferências Nacionais de Saúde de 1992 e 2001, proporcionaram a 
ampliação de práticas integrais voltadas ao trabalho em âmbito multiprofissional, que 
configura a Atenção Psicossocial, com objetivo de substituir métodos desumanizados 
adotados por instituições manicomiais (Figueiredo, 2019). 
Segundo Brasil (2020), o encerramento gradual do modelo hospitalocêntrico, em 
substituição dos hospitais psiquiátricos, possibilitou a criação e expansão nacional dos 
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) em 2002. O Centro de Atenção Psicossocial tem 
como finalidade a reintegração do indivíduo com transtornos à sociedade, por meio de 
acolhimento e tratamento (não hospitalar). Em vista disso, a Rede Psicossocial possui em 
seu quadro serviços disponíveis organizados em um fluxo de atendimento que seguem 
desde os transtornos menos graves aos mais complexos de caráter emergencial. 
As emergências psiquiátricas se caracterizam por um comportamento ou 
condição que possui uma evolução potencialmente catastrófica, podendo ser percebido por 
alguém próximo e muitas vezes não pelo próprio afetado, em que recursos adequados para 
o seu manejo não estão disponíveis no momento da ocorrência. Trata-se de um evento 
grave, no qual a subjetividade é importante, além de ser não programada, com abordagem 
anterior ausente ou insuficiente e com apoio sociofamiliar ou profissional falho ou 
conflituoso (Kawakami; Prates; Teng, 2016). 
Para essa assistência, além da competência multiprofissional, é necessário 
principalmente que a equipe de enfermagem esteja apta, pois é indispensável para que 
possa haver formação das ações assistenciais, além de promover a integração entre o 
núcleo multidisciplinar e a promoção da humanização em saúde mental. A equipe de 
enfermagem, de modo geral, deve estar mais presente no primeiro contato com o indivíduo 
em sofrimento, podendo dessa maneira também manter uma maior proximidade com o 
familiar através da assistência prestada (Buriola et al., 2016; Ribeiro et al., 2019). 
 
 
103 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
Diante do exposto, o objetivo deste trabalho é analisar as percepções dos 
profissionais de saúde da Unidade de Pronto Atendimento do município de Tucuruí-PA 
sobre as emergências psiquiátricas. 
 
METODOLOGIA 
 
A pesquisa em questão possui caráter descritivo, exploratório com abordagem 
de estudo do tipo qualitativa, realizada na ala de Urgência e Emergência da Unidade de 
Pronto Atendimento (UPA) do município de Tucuruí/PA. 
A amostra do estudo foi definida com base na amostragem aleatória simples, 
que de acordo com Figueiró (2014), se baseia na escolha aleatória da população. Portanto, 
houve a escolha de 15 profissionais para comporem a amostra, sendo 7 enfermeiros, 5 
técnicos de enfermagem, 1 médico(a) e 2 assistentes sociais. No entanto, apenas 11 
profissionais compuseram a amostra final, com a exclusão de 3 enfermeiros e 1 assistente 
social do total de 15 predeterminados, por saturação amostral. 
No presente estudo, se estabelecem como critérios de inclusão, profissionais da 
saúde que fazem parte da equipe de saúde da Unidade de Pronto Atendimento do 
município de Tucuruí-PA, que estejam lotados como enfermeiros, técnicos em enfermagem, 
médicos e assistentes sociais, e que atuem há no mínimo 6 meses no estabelecimento. 
Abrangem os critérios de exclusão, os profissionais de saúde em período de férias, licençamaternidade, licença saúde, licença prêmio, profissionais da saúde que realizem funções 
unicamente gerenciais e os que não se encontravam no local da coleta após 5 tentativas. 
O instrumento utilizado para coleta de dados foi uma entrevista estruturada 
através de um formulário adaptado de Nobre (2012) e Mendes (2013) com perguntas 
abertas e fechadas, que segue uma sequência de perguntas lógicas. Dessa forma, segundo 
Minayo (2010), o participante teve a possibilidade de discorrer sobre o tema em questão 
sem se prender à indagação formulada, o que contribui com a riqueza dos resultados. 
A entrevista transcorreu em um local reservado, cedido pela direção da 
instituição, a fim de que fosse garantida a privacidade do profissional de saúde no momento 
da entrevista. Para registro das respostas obtidas utilizou-se um gravador de voz com 
consentimento do participante. Os dados coletados foram analisados de acordo com a 
técnica de Análise de Conteúdos do tipo Análise Temática que, conforme Bardin (2011), 
consiste em um conjunto de técnicas de análise das comunicações, objetivando a descrição 
do conteúdo das mensagens, através de procedimentos sistemáticos. 
 
 
104 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
O projeto de pesquisa cumpre os aspectos éticos exigidos pela Resolução 
466/12 do Conselho Nacional de Saúde, uma vez que foi autorizado pelo Comitê de Ética 
em Pesquisa em seres humanos da Universidade Estadual do Pará Campus VIII/Marabá 
mediante do Parecer Consubstanciado CAAE 63659922.3.0000.8607. 
 
RESULTADO E DISCUSSÃO 
 
Considerando as características pessoais dos participantes, constatou-se que 
72,73% (n=8) da amostra é do sexo feminino e 27,27% (n=3) do sexo masculino. As idades 
mínimas e máxima constatadas, respectivamente, foram de 26 e 59 anos, com predomínio 
de 45,45% da faixa etária dos 36 aos 45 anos, dos 26 aos 35 são 27,27%, dos 46 aos 55 
são 9,09% e dos 56 aos 59 são 18,18%. Quanto à naturalidade do profissional, 63,64% 
(n=7) afirmaram ser naturais do município onde o estudo foi realizado. Os demais, que 
correspondem a 36,36%, (n=4) apontaram ser naturais de outros municípios. 
Ao analisar as características profissionais dos participantes, verificou-se que 
54,55% (n=6) possuem ensino superior e 45,45% (n=5) ensino técnico. Considerando os 
profissionais de nível superior, 100% (n=6) relataram possuir pós-graduação. Já os 
profissionais de nível técnico, 25% (n=1) afirmaram possuir especialização e os outros 75% 
(n=3) negaram. Entre as especializações citadas estão: Urgência e Emergência, 
Psiquiatria, Programa Saúde da Família, Atenção Primária à Saúde, Oncologia, 
Ginecologia e Obstetrícia, Auditoria, Unidade de Terapia Intensiva e Gestão Hospitalar. 
O tempo de formação dos profissionais variou entre 4 e 34 anos, sendo 54,55% 
(n=6) formados entre 10 e 15 anos, os 18,18% (n=2) são formados entre 4 e 9 anos, 18,18% 
(n=2) entre 22 e 27 anos e 9,09% (n=1) entre 28 e 34 anos. Quanto ao tempo de serviço 
no local do estudo, identificou-se que o tempo varia entre 1 e 9 anos de experiência na 
instituição, sendo 54,55% (n=6) atuantes na instituição entre 1 e 5 anos e 45,45% (n=5) 
atuantes entre 6 e 9 anos. A experiência na área de saúde mental foi um quesito avaliado, 
e conforme os relatos dos profissionais, constatou-se que 72,73% (n=9) dos entrevistados 
não possui experiência na área e 27,27% (n=2) possui. Quanto à realização de cursos e/ou 
capacitações verificou-se que 54,55% (n=6) não possui, enquanto a outra parte, 45,45% 
(n=5) possui. 
 
 
 
 
 
105 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
NECESSIDADE DO USO DE PROTOCOLOS E QUALIFICAÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE 
 
Werneck, Farias e Campos (2009), definem protocolos como procedimentos de 
tratamento e de gestão de um determinado serviço, equipe ou departamento, baseados no 
conhecimento científico atual e apoiados em evidências científicas, que orientam o fluxo, 
as condutas e as ações clínicas dos profissionais de saúde. De uma maneira mais 
específica, os protocolos clínicos direcionam ações clínicas preventivas, promocionais e 
educativas voltadas para atenção à saúde dos usuários. Já os protocolos de organização 
dos serviços atuam como instrumentos para gerenciar os serviços prestados, baseados na 
organização do trabalho, fluxos administrativos, processos de avaliação e a constituição do 
sistema de informação dentro de uma unidade ou entre os serviços da rede de assistência. 
Dias, Ferigato e Fernandes (2020), evidenciam que, no Brasil, a existência de 
conceitos antagônicos reforça as disputas teóricas e práticas não apenas sobre o conceito 
de crise, mas também sobre as implicações de diferentes enfoques em saúde mental. 
Nesse contexto, a utilização de protocolos como instrumentos norteiam as práticas de 
gestão e cuidado em saúde mental. Além disso, possibilitam, por exemplo, a definição das 
características do usuário para que a partir disso haja o acesso do mesmo a um serviço de 
cuidado mais adequado ao seu caso. Além disso, determinam os parâmetros de 
hospitalização e, assim, apresentam um retrato do funcionamento formal da rede, isto é, 
qual a atribuição dada a cada dispositivo, por exemplo, a partir da organização dos serviços, 
da concepção de saúde mental e de um projeto de governo. 
É possível constatar que a ausência de protocolos clínicos e organizacionais, 
específicos para a demanda de emergência psiquiátrica, gera impactos negativos na 
atuação do profissional, como a desorientação, evidenciada por meio da fala dos 
profissionais. Segundo El Hetti (2013), o não uso de protocolos, tornam as ações do 
profissional imprecisas e falhas. Dentro dos serviços de urgência e emergência, a 
padronização das condutas se faz necessária, por meios legais e científicos, pois é exigido 
do profissional atuante, a todo momento, raciocínios e decisões de forma correta e imediata. 
 
[...] não, não tem protocolo, não tem. [...] a gente vai fazendo conforme a experiência, né? 
É claro que a gente tem um conhecimento de teoria da faculdade, mas é muito, assim: O 
que a gente vai fazer? (TE2) 
 
[...] Se tivesse um protocolo desse atendimento... Então, não tem um protocolo, a gente 
fica: Quem chamar? O que usar na hora? Quais são os medicamentos iniciais? (E5) 
 
 
 
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[...] então cada um faz de um jeito ou acha que é feito de um jeito. Eu penso de uma forma, 
meu colega pensa de outra [...] (TE6) 
 
Em contrapartida a isso, Oliveira (2014) destaca que na realidade de uma crise 
psíquica é inviável que se construa um protocolo sem ferir as singularidades de cada sujeito 
no momento de sua execução, uma vez que cada paciente possui sua particularidade. 
Considerando isso, o autor ressalta a importância da ampliação da compreensão das 
urgências e emergências psiquiátricas como evento que requer acolhimento, diálogo, 
aproximação entre os sujeitos envolvidos e respeito às necessidades subjetivas e 
particularidades de cada usuário dos serviços de saúde, para que não haja mecanização 
da assistência. 
O autor em evidência ressalta em seu estudo que quando não há efetivação das 
políticas públicas em saúde mental, a assistência à saúde tende a se tornar mecanizada. 
Além disso, a ausência de serviços que ofereçam uma assistência adequada e específica 
aos casos de emergência psiquiátrica e qualificação/capacitação dos profissionais também 
influenciam a qualidade da assistência prestada. 
Segundo Ribeiro e Reis (2020), dentro dos serviços de saúde, tem se tornado 
cada vez mais comum as demandas de emergência psiquiátrica. Para que o profissional da 
saúde ofereça uma assistência de forma eficaz, é necessário ter um conhecimento amplo 
sobre o assunto, para não haja riscos ao paciente e nem às pessoasque o rodeiam. Vale 
ressaltar, ainda, que a capacitação da equipe de saúde se faz extremamente importante 
para que possa assistir de forma adequada o usuário em sofrimento psíquico. 
 
O ideal seria fazer capacitações de como atender, como entender esse paciente [...] (M1) 
 
[...] Não temos meios físicos e nem capacitações que possam ajudar a gente trabalhar de 
forma mais ampla e eficaz por esses pacientes. (E3) 
 
[...] a gente deveria estar capacitado para saber como acolher esse paciente. Infelizmente 
a gente não tem. (E5) 
 
[...] é bem complicado porque nós não temos treinamento para esse tipo de paciente. (TE6) 
 
Existem situações evidenciadas na assistência à pessoa em emergência 
psiquiátrica que são, principalmente, a falta de conhecimentos específicos da área de saúde 
mental, uma vez que na formação profissional não é habitual a capacitação ou 
aperfeiçoamento na área de psiquiatria, o que dificulta a qualidade da assistência a ser 
 
 
107 
| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
prestada. Considerando a qualidade assistencial de um usuário que necessita de 
atendimento de emergência psiquiátrica, os profissionais envolvidos nesse tipo de 
atendimento devem ser capacitados regularmente (Paes; Maftum, 2013; Barros, Tung; 
Mari, 2010). 
Um estudo realizado por Cury et al (2020), evidencia que unidades de saúde de 
urgência e emergência que não sejam específicas de psiquiatria, muitas vezes, tendem a 
não capacitar seus profissionais para o atendimento de emergência psiquiátrica. Além 
disso, Nascimento et al (2019), evidencia que o desafio de se atuar na área da saúde mental 
contribui para a falta profissionais que possuam interesse em capacitar-se e/ou fazer 
especialização nessa área, o que consequentemente prejudica a assistência. 
A partir da análise das respostas dos profissionais, sentimentos como o de 
insegurança e despreparo tornaram-se evidentes através de suas falas. Além disso, 
destaca-se o fato de que mais da metade dos profissionais não possuem capacitação ou 
cursos na área do cuidado à saúde mental, reforçando dessa forma, as problemáticas 
mencionadas anteriormente. 
 
[...] a gente atende, mas sem grande conhecimento técnico no assunto, entendeu? (M1) 
 
[...] a gente não tem uma especialização, a gente não tem cursos. Então nosso 
conhecimento é bem vago pra trabalhar com esse tipo de paciente. (E3) 
 
[...] a equipe no geral fica meio sem saber o que fazer, porque o nosso conhecimento que 
veio da faculdade, ele é um pouco vago em relação a isso. Quando você vai pra prática, 
você realmente não sabe o que fazer. (E5) 
 
De acordo com Silva e Azevedo (2011 apud Oliveira, 2014), processos de 
capacitações, treinamentos e educação permanente servem como vias de instrumentalizar 
os profissionais para as mudanças paradigmáticas propostas pelos conceitos e diretrizes 
da Reforma Psiquiátrica brasileira e não se pautar, exclusivamente, no ensino de técnicas 
de contenção ou sedação. 
Ao analisar as falas dos entrevistados, torna-se extremamente evidente que uma 
das maiores dificuldades que os profissionais da instituição enfrentam, é o manejo 
adequado do paciente para a realização da contenção mecânica. Muitos afirmam sentir 
medo ou desconhecimento da técnica correta de contenção mecânica. 
 
 
 
 
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[...] A gente enfrenta bastante dificuldade em termos de contenção mecânica. (TE2) 
 
[...] Quando ele vem via SAMU ou Bombeiros, já vem contido, mas quando ele vem trazido 
pela família, a gente fica meio restrito de fazer alguma coisa porque a gente sabe que não 
tem uma contenção. (E5) 
 
Nós temos dificuldade quando ele chega que ele não está contido [...]. Eu não tive um 
treinamento para contenção mecânica de paciente que está em surto. (P6) 
 
[...] A dificuldade seria mesmo a contenção desse paciente. (TE7) 
 
RELAÇÃO FAMÍLIA-PACIENTE-PROFISSIONAIS 
 
Ademais, Schimith et al. (2011), pontua que as relações construídas entre 
profissionais de saúde e usuários, seja o próprio paciente ou sua família, são consideradas 
um desafio para a reorganização dos serviços de saúde, e consequentemente, essenciais 
à plena implementação do SUS. A construção dessas relações, é o que de fato auxilia na 
concretização do Sistema, mesmo que este seja ancorado em leis com status de políticas 
de Estado. 
Para Sequeira (2014), atribui-se uma relevância fundamental na comunicação 
no processo de construção da relação entre um profissional e usuário alvo dos cuidados ou 
envolvidos no cuidado do usuário. É dentro do contexto da comunicação que se desenvolve 
a relação e é, ou pode ser, uma ação terapêutica, por si só, ou completar a ação terapêutica 
de outra intervenção. A importância dessa comunicação se baseia em diversos fatores, 
como o acesso ao outro, à sua história, ao seu contexto, e às suas necessidades e o 
fornecimento de orientações que possibilitam à pessoa, família ou comunidade, uma melhor 
gestão da sua situação de saúde/doença. 
As alterações no estado mental do cliente podem dificultar a comunicação. 
Assim, o profissional deve se expressar com clareza, evitar expressões ambíguas, 
abstrações, bem como utilizar perguntas e respostas claras e diretas (Vedana, 2016). 
 
A gente tenta se comunicar com ele, tenta mostrar para ele que a gente não tá ali pra irritar 
ele. (TE2) 
 
Eu tento conversar com o paciente, por mais que ele não aceite a conversa, aí começa a 
brigar, xingar [...] mas, a gente releva, porque aquilo ali a gente sabe que ele não tá em sã 
consciência. (TE4) 
 
 
 
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[...] tento o diálogo, se o paciente colaborar, porque às vezes no diálogo ele até permite, 
dependendo da abordagem que eu faço com ele, ele permite que eu faça a medicação. 
(TE9) 
 
As falas destacadas demonstram que tais profissionais compreendem a 
importância dessa comunicação, ou pelo menos a tentativa, a fim de evitar o uso de ações 
invasivas e agressivas como abordagem inicial. A fala da (TE4) reflete pontos cruciais sobre 
essa comunicação, que são a paciência e profissionalismo, uma vez que os pacientes 
podem ter comportamentos tido como desrespeitosos, mas sempre se considera seu 
estado mental. 
Macedo et al. (2017) aponta que os profissionais da saúde enxergam a Reforma 
Psiquiátrica como um movimento que propõe alterações na organização dos serviços de 
saúde mental, na sua postura e prática profissional, exigindo outras maneiras de prestar 
assistência e enxergar os portadores de transtorno mental. Um movimento que ultrapassa 
a relação usuário-profissional de saúde e envolve o âmbito familiar e social. 
Além da inclusão da pessoa com transtorno mental nos serviços comunitários 
Bessa e Waidman (2013), destacam que é necessário um vínculo entre ela, sua família e o 
profissional que oferece assistência nos serviços, pois dessa forma é estabelecida uma 
relação de confiança no cuidado, e a família consegue expressar suas necessidades, ou 
seja, recebe uma escuta que abrange o trabalho baseado nos pressupostos do cuidado 
integral e humanizado à saúde mental. 
 
Não é só aquele paciente em si que precisa da ajuda. A família também, porque uma família 
que tem um familiar assim adoece do mesmo jeito. (TE2) 
 
A gente tenta conversar com os familiares [...]. (TE4) 
 
A gente acolhe o familiar e o orienta, porque nesse momento a nossa parte aqui no serviço 
social da UPA é praticamente atender basicamente o acompanhante. (AS11) 
 
Os profissionais ressaltam que existe a busca por essa comunicação com a 
família, algo que faz total diferença, pois num momento que o paciente não estiver 
consciente, ter um familiar presente auxilia a realizar uma assistência de qualidade. Além 
disso, deve-se ressaltar a necessidade de um olharhumanizado a esse familiar também, 
visto que desempenhar o papel de acompanhante é cansativo. Townsend (2002), destaca 
que quando presentes no atendimento, os familiares não devem ser apenas fonte de 
informação, mas também parceiros e alvo dos cuidados. 
 
 
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AUSÊNCIA DE DISPOSITIVOS DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL 
 
A integração das ações dos serviços de saúde se traduz na necessidade da 
continuidade de tratamento dos usuários em diversos níveis de complexidade que devem 
ser reguladas pelas unidades que prestam o serviço, porém essa integração por vezes não 
ocorre como deveria por diversas razões sendo em muitos casos o descompromisso dos 
profissionais, por dificuldades impostas pela unidade em questão ou pela gestão vigente 
local (Souza; Costa, 2010). 
Nesse sentido, a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) veio para ampliar as 
ações de cuidados em saúde mental por meio de implementação de dispositivos e 
articulação entre vários pontos de atenção da rede que é integrada pela atenção básica em 
saúde; atenção psicossocial especializada; atenção de urgência e emergência; atenção 
residencial de caráter transitório; atenção hospitalar; estratégias de desinstitucionalização; 
reabilitação psicossocial. (Medrado et al., 2018). 
Entre os problemas brevemente supracitados que podem ocorrer em qualquer 
nível ou esfera da rede, evidencia-se com a análise de respostas a ausência de dispositivos 
específicos direcionados a pacientes em emergência psiquiátrica, que acabam por 
sobrecarregar determinada unidade que não possua a especialidade psiquiátrica exigida 
em sua composição como uma Unidade de Pronto Atendimento, ou até mesmo disponha 
como o CAPS II, funcionante atualmente no município e, no entanto, o mesmo não 
comporta complexidades que superem sua oferta de serviços primários. 
 
Aqui como é uma UPA, não é um local que seja de atendimento específico para ele 
(psiquiátrico) né? [...] (TE6) 
 
[...] não é uma instituição que interna, como eu te falei, mas o paciente fica internado aqui 
por não ter o leito de especialidade lá no hospital regional ou em outro hospital que ele 
deveria ir, então a dificuldade maior é essa. (E8) 
 
[...] é o que a gente consegue fazer nessa rede de atenção psicossocial a RAPS que chama 
né [...]. Os serviços de saúde deveriam trabalhar assim com uma integração maior né [...] 
(E8) 
 
De acordo com Peres et al., (2018) os serviços oferecidos pela UPA e SAMU 
possuem destinação assistencial para urgência e emergência e sua inclusão na RAPS, sem 
a capacitação devida ou o auxílio de protocolos por vezes obriga a adaptação a essa 
demanda de atendimentos em saúde mental, e portanto, a assistência integral ao paciente 
 
 
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passa a ser comprometida assim como o próprio sentimento de incapacitação e confusão 
vivenciado por parte dos profissionais frente o desafio. 
Assim como Cardoso (2011) menciona, apesar do avanço do tratamento 
psiquiátrico e maior entendimento dos distúrbios mentais, seus sintomas e características, 
a cura e compreensão de determinados casos ainda são desafiadores levando em 
consideração a singularidade de cada paciente, o funcionamento mental e complexidade 
que pode advir de inúmeros fatores, que desse modo, muitas vezes apresentam histórico 
de sucessivas internações, sobretudo em casos de transtornos mentais graves. 
Além da profundidade de cada cenário único manifestado pelos pacientes, foram 
observados outros fatores que corroboram para essa dificuldade no atendimento dentro do 
município de Tucuruí, elementos estes que se configuram como a ausência de 
componentes da RAPS, preconizado pelo Art. 5º da portaria nº 3.088/2011, e que são 
essenciais no tratamento a pacientes em agravo em estado superior ao tratamento intra - 
hospitalar ofertado pelo Hospital Regional de Tucuruí ou o CAPS II da cidade que atende 
somente a demanda primária, e até mesmo a falta de profissionais especializados em 
psiquiatria, de fato o médico psiquiatra que se encontra em falta na cidade, pontos estes 
que foram discutidos pelos entrevistados. 
 
[...] psiquiatra é difícil de achar, né? Muito difícil. Aqui em Tucuruí por exemplo só tem uma, 
que tá trabalhando, o outro tá aposentado. Então tem dificuldade [...] (M1) 
 
[...] a população até critica os serviços que não está funcionando, não consegue internar o 
paciente [...] eu tô falando da problemática de pacientes que são psiquiátricos há muito 
tempo e continuam numa situação de vulnerabilidade, continuam na rua, continuam em 
surtos recorrentes, que o paciente não tem uma assistência do CAPS, da atenção básica, 
da assistência psiquiátrica. (E8) 
 
Como antes destacado, em conformidade com o Ministério da Saúde (2013), a 
RAPS, integrada ao Sistema único de Saúde, como um todo estabelece pontos de atenção 
para o atendimento integral de pessoas com transtornos mentais, incluindo aqueles sob 
efeito nocivo do uso de drogas, álcool e outras substâncias com propósito de ampliação do 
acesso à população em geral e entre esses serviços, a rede dispõe de recursos diversos 
como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS); os Serviços Residenciais Terapêuticos 
(SRT); os Centros de Convivência e Cultura, as Unidade de Acolhimento (UAs), e os leitos 
de atenção integral (em Hospitais Gerais, nos CAPS III). 
 
 
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Com relação a rede psicossocial disponível no município de Tucuruí-PA, o 
mesmo possui a nível primário de caráter preventivo e terapêutico as Unidades Básicas de 
Saúde (UBS), Centro de Atenção Psicossocial II (CAPS II); a nível secundário para 
estabilização e referenciação, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA); a terciário consta 
o Hospital Regional de Tucuruí (HRT) que dispõe de leitos em ala psiquiátrica. Durante a 
pesquisa, os participantes demonstraram nas respostas conhecer de maneira satisfatória 
os componentes da RAPS disponíveis na região, bem como o fluxo da assistência. 
 
Bom, geralmente, os postos de saúde e o CAPS, encaminham paciente pra cá (UPA) [...] a 
gente recebe aqui e solicita transferência pro Regional [...] aí daqui a gente sempre 
transfere pro Regional ou então se esse paciente não está tão grave assim, está mais 
estável, melhora aqui e depois manda de volta pra casa ou o médico daqui encaminha pro 
CAPS [...] (E3) 
 
[...] paciente entrou em surto… se ele tá mais calmo ele faz todo acompanhamento na 
Atenção Básica, mas quando tem surto eles vêm por encaminhamento, vem escrito pelo 
médico. Tanto do posto como do CAPS. A gente recebe isso. Um papel de 
encaminhamento solicitando que a UPA faça o encaminhamento para o nível terciário, que 
no caso seria o Regional. (E5) 
 
Em referência ao entendimento dos profissionais (M1) e (E8) sobre lacunas 
existentes na rede local, avalia-se que o município se encontra em déficit de médicos 
psiquiatras, por razões não esclarecidas, além da falta de alternativas extra hospitalares 
que auxiliem em circunstâncias na qual haja recorrência episódica de surtos psicóticos, 
como a esquizofrenia não tratada por exemplo, ou situações de vulnerabilidade, usuários 
de substâncias ou não. 
Condições estas que exijam intervenção contínua por um período maior de 
tempo com o aporte de profissionais especializados no acompanhamento do usuário, como 
por exemplo o CAPS III, que proporciona acolhimento noturno e observação contínua a 
pacientes graves e persistentes, ou os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) tipos I e 
II, que corresponde ao serviço de moradia a pacientes que também apresentem gravidade 
mental acentuada a nível de dependência, e que necessitem de cuidados permanentes. 
Outrossim, Homercher & Volmer (2021) afirmam que o CAPS do tipo IIIé o 
serviço mais bem qualificado para atuar em demandas de crise psíquica devido seu 
funcionamento 24 horas, feriados e fins de semana, bem como a atenção da equipe 
multiprofissional formada por médico psiquiatra, enfermeiro formado em saúde mental, 
 
 
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psicólogo, assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional, pedagogo ou outro 
profissional necessário ao projeto terapêutico (Universidade Federal do Maranhão, 2018). 
Os autores citados destacam ainda que o dispositivo consegue precisamente 
conferir um acolhimento mais amplo e ideal no que se refere aos casos de crise psíquica 
que perseverem, embora nem todos os municípios possuam o CAPS III, e nesse contexto, 
as Unidades de Pronto Atendimento se fazem presentes no acolhimento das emergências 
psiquiátricas, estabilização e encaminhamento. 
Também é importante frisar que, a instalação do CAPS III obedece a critérios 
populacionais que exigem o mínimo de 150 mil habitantes (Universidade Federal do 
Maranhão, 2018). Segundo dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(2010), em 2021 a população estimada contabiliza 116. 605 habitantes no município de 
Tucuruí- PA, número abaixo do mínimo indicado para municípios ou regiões de saúde, o 
que justificaria a não qualificação regional para sua implantação na rede do município, 
criando o atual condicionamento assistencial emergencial ao CAPS II, UPA, Complexo 
Hospitalar de Tucuruí (HRT) e em último caso a transferência a outro município, que 
também se afigura outra vertente de dificuldade sob a avaliação de alguns dos 
entrevistados. 
 
[...] então tem um outro recurso que é mandar pra Belém por meio judicial, entendeu? A 
família vai lá no Ministério Público, consegue todas as papeladas e a gente consegue o 
leito pro paciente. (TE2) 
 
[...] quando não tem vaga disponível lá, a gente faz encaminhamento até pra Belém. Que 
também tem sido uma dificuldade nossa de mandar, antes era porta aberta, agora temos a 
informação que não é mais. [...] (E5) 
 
[...] até mesmo tem sido na justiça, pra fazer um TFD (transferência para outro município), 
encaminhar para Belém. Então hoje a gente tá praticamente sem ter pra onde pedir socorro. 
(TE7) 
 
É pertinente ilustrar que a internação hospitalar em hospitais especializados em 
psiquiatria não é um recurso que deve ser utilizado ou estimulado indiscriminadamente, 
visto que o sistema mantém disponível uma gama de opções extra-hospitalares eficazes 
apesar de falhas aqui mencionadas, todavia, essa ferramenta passa a ser opcional frente 
o esgotamento de outros recursos referidos, pois há situações na qual o transtorno mental 
acompanha outras condições que propiciam riscos de agressão à ordem pública, de 
exposição social ou incapacidade grave de autocuidado (Cardoso; Galera, 2011). 
 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
Sendo assim, tal escolha tem função unicamente de minimizar esses riscos 
levando em consideração as necessidades psicossociais, o suporte no tratamento 
psicofarmacológico e a reinserção social do paciente em seu meio, tudo isso por meio de 
rigorosa avaliação profissional. Dessa forma, sua utilização prudente não deve ser vista 
como uma incitação hospitalocêntrica, mas como um dos recursos disponíveis para a 
manutenção da saúde (Cardoso; Galera, 2011). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Com base no que foi exposto previamente, compreende-se que o atendimento 
em saúde mental propõe inúmeros desafios tanto para os profissionais envolvidos que 
trabalham diariamente dentro de suas respectivas realidades, quanto para o paciente e 
familiares que buscam auxílio e apoio especializado na tentativa de estabilizar o quadro e 
recuperar a saúde do indivíduo, reinserindo o mesmo de volta ao seu contexto social. 
Em análise de respostas das entrevistas realizadas na Unidade de Pronto 
Atendimento da cidade de Tucuruí-PA, foram apuradas as dificuldades em torno da 
assistência emergencial psiquiátrica recebida pela unidade e a percepção dos profissionais 
frente ao atendimento aos pacientes em sofrimento mental. É evidenciado e concluído no 
estudo a necessidade da implantação de um protocolo para nortear o trabalho da equipe, 
além de capacitação para auxiliar o atendimento na correta identificação e conduta 
específica de cada caso, o referenciamento do paciente e a devida orientação aos 
familiares. 
Há grande importância na relação entre profissionais - pacientes e familiares que 
demandam boa escuta e percepção da equipe que deve acolher o todo dos indivíduos que 
por vezes se encontram em situação de vulnerabilidade em que o bem-estar do mesmo em 
conjunto da família se encontra prejudicado, principalmente em situações de reincidência. 
No município, percebeu-se o déficit de profissionais médicos psiquiatras sendo apenas um 
atuante na região, tal como a ausência de dispositivos da RAPS no serviço a pacientes em 
estado de gravidade mental persistente que demandem auxílio terapêutico prolongado. 
Durante a avaliação, junto ao Serviço Residenciais Terapêuticos, o CAPS III se 
mostrou o mais adequado para absorver tal demanda em quesito de estrutura, equipe 
multidisciplinar e funcionamento, apesar disso, a região não atende o requisito populacional 
mínimo de habitantes para sua implementação, e logo, tais pacientes contam apenas com 
CAPS II e Hospital Geral como suporte. Portanto, nesse cenário, o uso de protocolos e 
 
 
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aplicação de capacitação da equipe em emergência psiquiátrica é básico e fundamental na 
contribuição do bom trabalho da equipe e qualidade do tratamento ofertado. 
 
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| Vivências acadêmicas: uma abordagem sobre produções cientificas em enfermagem [Volume 1] | 
 
 
A G 
 
Aleitamento Materno, 11 
Aspectos Socioeconômicos, 30 
Atenção Primária, 92 
Atuação do Enfermeiro 
Autismo, 68 
Avaliação de Saúde, 78 
 
 
 
 
Gestantes, 78 
 
C M 
 
Câncer Cervical, 30 
Comunidade Ribeirinha, 30 
 
 
Método Canguru, 11 
 
D P 
 
 
 
Depressão Pós-Parto, 47 
Depressão, 47 
 
 
Percepções da Equipe, 109 
Práticas Complementares, 68 
Práticas Integrativas, 68 
Pré-Eclâmpsia, 78 
Prematuros, 11 
Promoção do Aleitamento Materno, 11 
 
E U 
 
Emergência Psiquiátrica, 109 
Enfermeiro, 37, 47, 68, 79, 121 
Equipe de Saúde, 109 
 
 
 
Unidade de Pronto Atendimento, 109 
 
F V 
 
Fatores de Risco, 30 
Fluxograma, 92 
 
 
Violência Infantil, 92 
 
 
 
ÍNDICE REMISSIVO