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Licenciamento Ambiental: Histórico e Tipos

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Prévia do material em texto

E-BOOK
LICENCIAMENTO 
AMBIENTAL
Histórico, conceitos, objetivos e tipos de 
licença
APRESENTAÇÃO
Em território nacional, o licenciamento ambiental foi implantado objetivando o controle prévio, 
bem como a realização e o acompanhamento de atividades que se beneficiam de uma forma ou 
outra dos recursos naturais, podendo ocasionar poluição ou mesmo causar a degradação do meio 
ambiente. Esse instrumento é um processo administrativo que resulta, ou não, na emissão de 
uma licença ambiental pelo órgão ambiental competente. Mas como surgiu essa necessidade de 
realização do licenciamento ambiental? Após vários acidentes graves, os quais provocaram 
diversos passivos ambientais, bem como a própria cobrança internacional, o Brasil se viu na 
obrigação de criar ferramentas que visam a não somente proteger o meio ambiente, mas também 
a conciliar o desenvolvimento da forma mais sustentável possível.
Sendo assim, pode-se dizer que o marco inicial do licenciamento ambiental ocorreu com a 
implantação da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei no 6.938/1981). No entanto, as 
diretrizes para a aplicação desse processo pelos órgãos ambientais somente foram publicadas 
cinco anos após, com a Resolução CONAMA no 1/86.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender como ocorreram o aprimoramento das 
normativas ambientais com o passar do tempo e a definição dos objetivos do licenciamento 
ambiental. Além disso, serão apresentados os diferentes tipos de licenças ambientais existentes.
Bons estudos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Explicar o histórico do licenciamento ambiental em território nacional.•
Definir licenciamento ambiental e seus objetivos.•
Identificar os tipos de licenças ambientais e seus objetivos.•
DESAFIO
A função principal do licenciamento ambiental é garantir que não ocorram impactos ambientais 
negativos no meio ambiente, ou então que estes sejam minimizados por meio de ações que 
devem ser descritas e respeitadas. Para isso, diferentes tipos de licenças são implantadas, cada 
uma apresentando diferentes funções e exigências.
 
 
1- Com base nas informações obtidas na área, seu chefe quer saber se a licença prévia será 
deferida ou indeferida. Justifique sua escolha. 
2- Quais serão os impactos ambientais que podem ocorrer na área com a implantação do 
empreendimento? Apresente três impactos ambientais positivos e três impactos ambientais 
negativos.
INFOGRÁFICO
O licenciamento ambiental é uma obrigação legal, exigida antes que determinada atividade/obra 
se instale, para qualquer empreendimento que cause poluição ou degradação ao meio ambiente, 
sendo um dos instrumentos principais da Política Nacional do Meio Ambiente.
Esse processo engloba três tipos de licença (licença prévia, licença de instalação e licença de 
operação), que cobrem desde o planejamento até a execução da atividade regulada, englobando 
todos os aspectos tanto do ambiente natural (meio físico e meio biótico) como do ambiente 
humano (meio social e meio econômico).
Para saber mais a respeito dos diferentes tipos de licenças ambientais, veja o Infográfico a 
seguir.
CONTEÚDO DO LIVRO
A primeira manifestação política relacionada ao tema impacto ambiental surgiu com a criação 
do NEPA (National Environmental Policy Act), em 1969, nos Estados Unidos. No ano seguinte, 
o processo de avaliação de impacto ambiental (AIA) foi criado, exigindo que para todos os 
empreendimentos com potencial impactante os seguintes critérios fossem observados: 
identificação dos impactos ambientais positivos e dos impactos ambientais negativos, modos de 
compensação, relação dos sistemas ambientais utilizados no curto prazo e a manutenção, ou 
mesmo melhoria, do seu padrão no longo prazo e a definição clara sobre possíveis 
comprometimentos dos recursos ambientais no caso de a proposta ser aprovada. Mais tarde, esse 
instrumento também foi adotado por França, Canadá, Holanda, Grã-Bretanha e Alemanha. Em 
junho de 1972, ocorreu a Conferência de Estocolmo, que passou a fazer parte das políticas de 
desenvolvimento adotadas nos países mais avançados e, também, naqueles em processo de 
desenvolvimento.
Para entender sobre o surgimento do licenciamento ambiental em território brasileiro, leia o 
capítulo Histórico e importância do licenciamento ambiental no Brasil, que faz parte do livro 
Licenciamento ambiental, base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
LICENCIAMENTO 
AMBIENTAL 
Ronei Stein
Revisão técnica:
Vanessa de Souza Machado 
Bióloga
Mestre e Doutora em Ciências Biológicas
Professora de Curso de Tecnologia 
em Gestão Ambiental
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB-10/2147
S818l Stein, Ronei Tiago.
Licenciamento ambiental / Ronei Tiago Stein ; [revisão 
técnica: Vanessa de Souza Machado]. – Porto Alegre: 
SAGAH, 2017.
265 p. : il ; 22,5 cm.
ISBN 978-85-9502-277-5
1. Ciências Biológicas. 2. Licenças ambientais. I. Título.
CDU 502.13
Histórico, conceitos, 
objetivos e tipos de licença
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Apresentar o histórico do licenciamento ambiental em território 
nacional.
  Conceituar licenciamento ambiental e apresentar os seus objetivos.
  Defi nir os tipos de licenças ambientais e os seus objetivos.
Introdução
O licenciamento ambiental foi implantado no País com o objetivo de acom-
panhar e controlar previamente a realização de atividades que se beneficiam 
dos recursos naturais e podem poluir ou degradar o meio ambiente. Este 
instrumento é um processo administrativo que pode resultar, ou não, na 
emissão de uma licença ambiental pelo órgão ambiental competente.
Mas de onde veio a necessidade de realizar licenciamentos ambien-
tais? Após vários acidentes graves provocarem grandes passivos ambien-
tais — que resultaram, inclusive, na cobrança internacional —, o Brasil se 
viu obrigado a criar e implementar ferramentas de controle e proteção, 
que hoje visam não apenas proteger o meio ambiente, mas também 
conciliar o desenvolvimento da forma mais sustentável possível.
O marco inicial do licenciamento ambiental ocorreu com a implanta-
ção da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA, Lei nº. 6.938, de 
31 de agosto de 1981), mas as diretrizes para a aplicação desse processo 
pelos órgãos ambientais somente foram publicadas cinco anos depois, 
com a Resolução Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº. 
001, de 23 de janeiro de 1986.
U N I D A D E 1
Neste capítulo, você vai saber como ocorreu o aprimoramento das 
normativas ambientais com o passar do tempo, conhecer a definição e 
os objetivos do licenciamento ambiental, bem como os diferentes tipos 
de licenças ambientais que existem no Brasil.
Preocupação ambiental
A partir da Revolução Industrial, as cidades cresceram exponencialmente 
e, com isso, nasceram novos formatos urbanos, sem planejamento prévio. 
Em todo o mundo, o meio ambiente foi explorado incessantemente sem 
qualquer preocupação — no Brasil, não foi diferente. Arraes, Mariano e 
Simonassi (2012) ressaltam que, desde o início da década de 1970, altas 
taxas de desmatamento são observadas na Amazônia. Em 1995, essa taxa 
de desmatamento atingiu o seu maior nível e, nos anos seguintes, apresen-
tou oscilações decorrentes de diversas causas, como incêndios, comércio 
de madeiras, expansão de atividade agropecuária, aumento da densidade 
populacional e incentivos fi scais. Além disso, os recursos hídricos acabaram 
virando verdadeiros esgotos a céu aberto, interferindo negativamente na 
fauna e na fl ora. 
Infelizmente, a ocorrência de diversos passivos ambientais foi necessária 
para que o Governo e a população tomassem consciência da importância da 
preservação. Apesar dos enormes avanços em legislações ambientais que 
pretendem garantir o uso e a ocupação do ambiente de forma sustentável,ainda 
há um enorme caminho a ser percorrido, uma vez que o desenvolvimento é 
necessário e o ambiente continua sendo o mesmo.
Na maioria dos casos, a preocupação com o meio ambiente surgiu apenas 
após a ocorrência de acidentes que provocaram enormes passivos ambientais. 
Com isso, as normas, leis, diretrizes e padronizações foram criadas para evitar 
ou mesmo diminuir esses acidentes. A seguir, vamos conhecer o histórico do 
licenciamento em território nacional.
Histórico do licenciamento ambiental
Durante muitos anos, o desenvolvimento econômico decorrente da Revolu-
ção Industrial impediu que os problemas ambientais fossem considerados. 
Conforme o Ministério do Meio Ambiente (BRASIL, 2009), a poluição e 
os impactos ambientais do desenvolvimento desordenado eram visíveis, 
mas os benefícios proporcionados pelo progresso eram justifi cados como 
Histórico, conceitos, objetivos e tipos de licença14
um “mal necessário”, algo que dava à humanidade o direito de poluir em 
troca do desenvolvimento.
Por incrível que pareça, o termo meio ambiente foi usado pela primeira vez apenas da 
década de 1960, em uma reunião do Clube de Roma. O objetivo central dessa reunião 
foi discutir métodos de reconstrução dos países no pós-guerra, sendo estabelecida a 
polêmica sobre os problemas ambientais. 
Em território nacional, as primeiras tentativas de aplicação de metodologias 
para avaliação de impactos ambientais foram decorrentes de exigências de 
órgãos financeiros internacionais para aprovação de empréstimos a projetos 
governamentais. Com a crescente conscientização da sociedade, principalmente 
internacional, tornou-se cada vez mais necessária a adoção de práticas ade-
quadas de gerenciamento ambiental em quaisquer atividades modificadoras 
do meio ambiente (BRASIL, 2009).
Em 1988 surgiu a Constituição Federal, documento que estabelece normas 
a todas as esferas da federação, entre elas a preservação do meio ambiente. O 
Ministério do Meio Ambiente ressalta que o documento remete à cooperação 
entre os responsáveis e à gestão compartilhada, fortalecendo a ação municipal 
e a ação cooperada entre os entes federados (BRASIL, 2009).
Com a gestão compartilhada, a União, os Estados e os municípios devem estar unidos 
na proteção ao meio ambiente. Para que isso aconteça, existem órgãos reguladores 
em cada um desses locais.
O art. 225 da Constituição Federal prevê que “todos têm direito ao meio 
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à 
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever 
de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” (BRASIL, 
1988). Dessa forma, o meio ambiente é um direito fundamental de todo cidadão, 
e cabe ao Estado e a cada indivíduo da comunidade o dever de resguardá-lo.
15Histórico, conceitos, objetivos e tipos de licença
 O art. 10 da PNMA (BRASIL, 1981) estabelece que:
a construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e 
atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva ou poten-
cialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar 
degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento por órgão estadual 
competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente — SISNAMA, 
e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis 
— IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis. 
As diretrizes para o processo de licenciamento só foram estabelecidas em 1986. Até 
então, processos similares aos de licenciamento eram realizados apenas pelas capitais 
ou mesmo em nível federal, em grandes obras. Foi a Resolução CONAMA nº. 001/1986, 
que definiu como impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, 
químicas e biológicas do meio ambiente que seja causada por qualquer forma de 
matéria ou energia resultante das atividades humanas.
Mais tarde, em 1997, por meio da Resolução CONAMA nº. 237, de 19 de 
dezembro de 1997, surgiu o conceito de licenciamento ambiental, definido como:
[...] procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente 
licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos 
e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou po-
tencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar 
degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares 
e as normas técnicas aplicáveis ao caso (BRASIL, 1997).
Reforçando a PNMA, surgiu, em 12 de fevereiro de 1998, a Lei nº. 9.605, 
que dispõe sobre as sanções penais e administrativas lesivas ao meio ambiente. 
No art. 60, ela estabelece a obrigatoriedade do licenciamento ambiental das 
atividades degradadoras da qualidade ambiental e define as penalidades 
aplicadas ao infrator (BRASIL, 1998).
Os arts. 66 e 67 da mesma legislação descrevem como crime ambiental 
quando um funcionário público faz afirmação falsa ou enganosa, omite a 
verdade ou sonega informações ou dados técnico-científicos em procedimentos 
de autorização ou de licenciamento ambiental, definindo que pode ser punido 
com reclusão de um a três anos e multa (BRASIL, 1998).
Histórico, conceitos, objetivos e tipos de licença16
Este capítulo não aborda todas as legislações, porque são muitas. Porém, 
é importante que você saiba que cada Estado e os municípios apresentam 
legislações próprias, que podem ser mais restritivas que as federais, mas 
nunca podem passar sobre as legislações impostas pela União. Como exemplo, 
podemos citar a Lei nº. 11.520, de 3 de agosto de 2000, que institui o Código 
Estadual do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras 
providências, e cujo art. 55 descreve que:
A construção, instalação, ampliação, reforma, recuperação, alteração, 
operação e desativação de estabelecimentos, obras e atividades utiliza-
doras de recursos ambientais ou consideradas efetivas ou potencialmente 
poluidoras, bem como capazes, sob qualquer forma, de causar degrada-
ção ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental 
competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis (RIO 
GRANDE DO SUL, 2000).
Definições e objetivos 
do licenciamento ambiental
O licenciamento ambiental é o procedimento (processo) administrativo 
pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, 
ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras dos 
recursos ambientais, que podem ser consideradas efetivas ou potencialmente 
poluidoras. Em outras palavras, o licenciamento busca analisar atividades e 
empreendimentos que podem causar degradação ambiental, considerando as 
disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso 
(BRASIL, 2009).
Já a licença ambiental é a autorização emitida pelo órgão público com-
petente. Ela é fornecida ao empreendedor para exercer o seu direito à livre 
iniciativa, desde que atendidas as precauções requeridas que resguardem 
o direito coletivo ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Devido à 
natureza autorizativa da licença ambiental, ela apresenta um caráter precário. 
Ou seja, a licença pode ser caçada caso as condições estabelecidas pelo órgão 
ambiental não sejam cumpridas.
A licença ambiental é um documento com prazo de validade definido no 
qual o órgão ambiental estabelece regras, condições, restrições e medidas de 
controle ambiental a serem seguidas pela atividade que está sendo licenciada. 
Ao receber a licença ambiental, o empreendedor assume os compromissos para 
a manutenção da qualidade ambiental do local onde se instala.
17Histórico, conceitos, objetivos e tipos de licença
Nem toda atividade demanda licença ambiental, somente aquelas que tenham potencial de 
causar poluição ou degradação ambiental e/ou utilizam recursos naturais (STRUCHEL, 2016).
Conforme o art. nº 225 da Constituição Federal (BRASIL, 1988), que ressalta 
que todostêm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, o licencia-
mento ambiental visa exatamente proteger o meio ambiente, mas sem colocar em 
risco o desenvolvimento, que é inevitável e essencial para o avanço da sociedade. 
O licenciamento ambiental tem como objetivo encontrar o convívio equili-
brado entre a ação econômica do homem e o meio onde a atividade é permitida 
pelos instrumentos técnicos e legais existentes. Por isso toda concessão busca 
sempre a compatibilidade do desenvolvimento econômico e da livre iniciativa 
com o meio ambiente, prevenindo os impactos ambientais provocados por 
atividades e empreendimentos que utilizam recursos naturais ou que sejam 
considerados efetiva ou potencialmente poluidores, a ponto de causar degra-
dação ambiental e inconvenientes ao bem-estar público.
O licenciamento ambiental é um instrumento da PNMA) que age preventivamente 
para proteger um bem comum do povo (no caso, o meio ambiente. A preservação é 
conciliada com o desenvolvimento econômico-social para garantir direitos constitu-
cionais fundamentais em dois setores: economia e sociedade. O cuidado é para que 
o exercício de um direito não comprometa o outro, igualmente importante. 
Dessa forma, o licenciamento ambiental visa evitar ou minimizar ao má-
ximo os impactos ambientais que podem ocorrer em determinada atividade 
ou obra. Mas o que é exatamente um impacto ambiental? De acordo com a 
Resolução CONAMA nº. 001/1986, é considerado impacto ambiental quando 
há qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio 
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das 
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam (BRASIL, 1986):
  a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
  as atividades sociais e econômicas;
Histórico, conceitos, objetivos e tipos de licença18
  a biota;
  as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
  a qualidade dos recursos ambientais.
Ou seja, com base nos extratos acima, podemos concluir que qualquer pro-
jeto ou atividade que possa desencadear impactos ambientais negativos (Figura 
1) precisa ser submetido a um processo de licenciamento. O licenciamento 
ambiental é a principal ferramenta da sociedade para controlar a manutenção 
do meio ambiente, que está diretamente ligada com a saúde pública e com 
boa qualidade de vida para toda a população. Assim, podemos concluir que 
o licenciamento ambiental é o principal instrumento do Poder Público para 
controlar e preservar o meio ambiente para as sociedades atuais e futuras.
Figura 1. Exemplos de impactos ambientais negativos no meio ambiente.
Fonte: Shutterstock.com.
O licenciamento ambiental é uma exigência legal e uma ferramenta do Poder Público 
para o controle ambiental que, em muitos casos, é vista como um desafio para o setor 
empresarial. É obrigação de todo empreendedor buscar o licenciamento ambiental 
junto ao órgão competente desde as etapas iniciais do seu planejamento até a instalação 
e efetiva operação.
19Histórico, conceitos, objetivos e tipos de licença
Diferentes tipos de licenciamento ambiental
Existem diferentes tipos de licenciamento ambiental, expedidos pelo Poder 
Executivo. A Resolução CONAMA nº. 237/1997, art. 8º — precedida pelo 
Decreto nº. 99.274, de 6 de junho de 1990, art. 19 — desdobra as licenças em 
três subespécies (BRASIL, 1997):
  licença ambiental prévia (LP);
  licença ambiental de instalação (LI);
  licença ambiental de operação (LO).
A LP é concedida na fase preliminar do planejamento da atividade ou 
do empreendimento. Aprova a localização e concepção, atesta a viabilidade 
ambiental e estabelece os requisitos básicos e condicionantes que devem ser 
atendidos nas próximas fases de implementação (FIORILLO, 2014). A fina-
lidade da LP é definir as condições para que o projeto seja compatível com 
a preservação do meio ambiente. É também um compromisso que o empre-
endedor assume ao aceitar os requisitos determinados pelo órgão ambiental 
(BRASIL, 2007). Assim, pode-se dizer que a LP funciona como um alicerce 
para a edificação de todo o empreendimento. 
Nessa etapa, são definidos todos os aspectos referentes ao controle ambiental 
da empresa. Inicialmente, o órgão licenciador determina se a área sugerida 
para a instalação é adequada com base no zoneamento municipal. Podem ser 
requeridos também estudos ambientais complementares como o EIA/RIMA. 
Apenas após os estudos o órgão licenciador define as condições nas quais a 
atividade deverá se enquadrar a fim de cumprir as normas ambientais vigentes.
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o seu respectivo Relatório de Impacto Am-
biental (RIMA), instituído pela Resolução CONAMA nº. 001/1986, são instrumentos 
da PNMA criados para identificar e avaliar os impactos ambientais de um projeto. A 
Constituição determina que, para conceder o licenciamento ambiental a atividades 
ou empreendimentos potencialmente causadores de significativa degradação, o 
Poder Público deve exigir o EIA/RIMA, que será anexado à LP por se tratar de um 
estudo prévio dos impactos que poderão ocorrer com a instalação e operação de 
determinado empreendimento. 
Histórico, conceitos, objetivos e tipos de licença20
A LI, de acordo com Fiorillo (2014), obrigatoriamente é precedida pela LP 
e consiste na autorização para a instalação do empreendimento ou atividade 
de acordo com as especificações dos planos, programas e projetos aprovados, 
incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes. 
Em outras palavras, nessa etapa, o projeto do futuro empreendimento 
deverá demostrar o cumprimento da totalidade das condições e restrições 
impostas na LP. É importante comentar que a LI deve ser solicitada antes do 
início das obras e no prazo de validade da LP, para que o órgão ambiental tenha 
condições de verificar se o projeto apresentado é suficiente para atender todas 
as condições e restrições necessárias na implantação do empreendimento. 
A LI, que dá direito à implantação do empreendimento na área aprovada, somente é 
concedida se o órgão ambiental aprovar os planos e projetos de controle ambiental.
Já a LO também denominada licença de funcionamento, sucede a de 
instalação, tendo como finalidade autorizar a “operação da atividade ou em-
preendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das 
licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes 
determinadas para a operação”, conforme dispõe o art. 8º, III, da Resolução 
CONAMA nº. 237/1997 (BRASIL, 1997).
Todo empreendimento só pode iniciar as suas atividades após a expe-
dição da LO. E é fundamental lembrar que ela não tem caráter definitivo, 
o que faz com que empreendedores precisem estar atentos a períodos de 
renovação. 
A LO deve ser lida, compreendida e cumprida pelo empreendedor. O seu descumpri-
mento poderá gerar penalizações administrativas, multas, interdição, suspensão, não 
renovação da licença, entre outras. Além disso, pode acarretar em punições na esfera 
civil e criminal (art. 60 da Lei de Crimes Ambientais). 
21Histórico, conceitos, objetivos e tipos de licença
De acordo com a Lei Complementar nº. 140, de 8 de dezembro de 2011, art.14 
(BRASIL, 2011), a renovação da LO deverá ser requerida com antecedência mínima 
de 120 dias da expiração do seu prazo de validade, registrado na respectiva licença. 
Caso esse prazo não seja respeitado, há risco de penalidades administrativas, 
cíveis e criminais. A licença será expedida apenas se todas as condicionantes 
estabelecidas na LO do empreendimento estiverem sendo cumpridas.
Outros tipos de licenças ambientais
Segundo o art. 8º da Resolução CONAMA nº. 237/1997 (BRASIL, 1997), as 
licenças devem ser requeridas na fase em que se encontra o empreendimento. 
Dessa forma, existem alguns outros tipos de licenças ambientais que os órgãos 
ambientais podem exigir, sendo que o Instituto da Defesa Agropecuária e 
Florestal (IDAF) do Espírito Santo (ESPÍRITOSANTO, 2017), destaca:
Licença ambiental simplifi cada (LS) — ato administrativo de procedimento 
simplifi cado pelo qual o órgão ambiental emite apenas uma licença, que en-
globa todas as fases do licenciamento, estabelecendo as condições, restrições e 
medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor 
para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades 
utilizadoras de recursos ambientais consideradas de baixo impacto ambiental, 
que se enquadrem na classe simplifi cada conforme normas legais. O prazo de 
validade da LS é de, no mínimo, quatro anos, não podendo ultrapassar seis anos.
Licença ambiental de regularização (LAR) ou licença de operação-regulari-
zação (LOR) — ato administrativo pelo qual o órgão ambiental emite uma única 
licença que engloba todas as fases do licenciamento. Aplica-se a atividades que 
já se encontram em fase de implantação ou que já estejam em funcionamento, 
estabelecendo as condições, restrições e medidas de controle ambiental em 
respeito às exigências próprias das licenças prévia, de instalação e de operação. 
Licença ambiental única (LAU) — ato administrativo expedido quando a 
atividade, por sua natureza, constituir-se tão somente na fase de operação e 
possuir limite temporal, além de não se enquadrar na hipótese de Licença 
Simplifi cada ou Autorização Ambiental. 
Histórico, conceitos, objetivos e tipos de licença22
Autorização ambiental (AA) — ato administrativo no qual o órgão compe-
tente estabelece as condições de realização ou operação de empreendimentos, 
atividades, pesquisas e serviços de caráter temporário ou para execução de 
obras que não caracterizem instalações permanentes e obras emergenciais de 
interesse público, transporte de produtos e resíduos perigosos ou, ainda, para 
avaliar a efi ciência das medidas adotadas pelo empreendimento ou atividade.
1. Com relação ao licenciamento 
ambiental, assinale a 
alternativa correta.
a) O licenciamento ambiental 
é um ato administrativo 
pelo qual o órgão judiciário 
competente licencia 
empreendimentos que possam 
causar degradação ambiental.
b) O licenciamento ambiental 
é um ato administrativo 
pelo qual o órgão ambiental 
competente licencia 
empreendimentos que possam 
causar degradação ambiental.
c) O principal objetivo do 
licenciamento ambiental 
é garantir um ambiente 
equilibrado para as 
gerações presentes.
d) Os projetos de licenciamento 
ambiental são analisados 
por órgãos ambientais 
federais e estaduais.
e) O licenciamento ambiental 
é um procedimento judicial 
pelo qual o Ministério 
Público competente licencia 
empreendimentos que possam 
causar degradação ambiental.
2. Entre as alternativas a seguir, 
qual é considerada um estudo/
documento fundamental que 
deve ser entregue na LI?
a) Diagnóstico ambiental da área.
b) Definição das medidas 
mitigadoras.
c) Planta baixa da edificação.
d) Contrato social do 
empreendimento.
e) Análise dos impactos 
ambientais do projeto.
3. O desenvolvimento econômico 
e social trouxe consigo diversos 
passivos ambientais. Com o passar 
do tempo, devido a cobranças 
internacionais e ao avanço de 
tecnologias e legislações, o 
licenciamento surgiu como uma 
ferramenta que visa conciliar o 
desenvolvimento com o meio 
ambiente. Dessa forma, a alternativa 
que melhor descreve o conceito 
de impactos ambientais é?
a) Retirada total ou parcial das 
árvores, florestas e demais 
23Histórico, conceitos, objetivos e tipos de licença
vegetações de uma região, ou 
seja, da cobertura vegetal.
b) Consiste no acúmulo de detritos, 
lixo, entulho ou outros materiais 
no leito de recursos hídricos
c) Qualquer alteração nas 
propriedades físicas, químicas 
e biológicas no meio ambiente, 
as quais podem ser tanto 
positivas como negativas.
d) É o processo de degradação 
da terra nas zonas áridas, 
semiáridas e subúmidas secas, 
resultantes das atividades 
humanas ou de fatores naturais 
(variações climáticas).
e) É o processo de desgaste, 
transporte e sedimentação 
do solo, dos subsolos e das 
rochas como efeito da ação dos 
agentes erosivos, tais como a 
água, os ventos e os seres vivos.
4. Tratando-se do licenciamento 
ambiental em território nacional, 
qual é a alternativa correta?
a) O licenciamento ambiental é um 
instrumento da PNMA, sendo 
o objetivo principal favorecer 
o desenvolvimento, visando 
o aumento da economia e da 
qualidade de vida da sociedade.
b) De acordo com a Resolução 
CONAMA nº. 001/1986, 
o impacto ambiental 
ocorre quando há 
principalmente alterações 
da biota e da qualidade 
dos recursos ambientais.
c) O licenciamento ambiental 
é a única ferramenta que a 
sociedade tem para controlar 
a manutenção da qualidade 
do meio ambiente.
d) A cobrança internacional foi 
um dos principais motivos 
para o início do licenciamento 
ambiental no Brasil.
e) Todo e qualquer tipo de 
empreendimento necessita 
de licenciamento ambiental.
5. O licenciamento ambiental 
é obrigatório para qualquer 
empresa/atividade que possa 
ocasionar em impactos ambientais 
negativos. Com relação ao 
licenciamento ambiental, qual 
é a alternativa correta?
a) Devido aos custos envolvidos 
com o licenciamento ambiental, 
as empresas necessitam 
aumentar o preço dos 
produtos demasiadamente.
b) O licenciamento ambiental 
fornece melhorias no 
desempenho ambiental das 
empresas/corporações.
c) Devido às fiscalizações e 
normativas que as empresas 
com licenciamento enfrentam, 
estas apresentam menor 
competitividade no mercado.
d) Todo e qualquer tipo de 
financiamento exige o 
licenciamento ambiental.
e) O licenciamento ambiental é 
exigido apenas para atividades 
industriais que apresentam 
alto grau poluidor.
Histórico, conceitos, objetivos e tipos de licença24
ARRAES, R. A.; MARIANO, F. Z.; SIMONASSI, A. G. Causas do desmatamento no Brasil 
e seu ordenamento no contexto mundial. Revista de Economia e Sociologia Rural, 
Piracicaba, v. 50, n. 1, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/resr/v50n1/
a07v50n1.pdf>. Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL. Lei complementar nº. 140, de 8 de dezembro de 2011. Fixa normas, nos termos dos 
incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, 
para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas 
ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à 
proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate 
à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da 
flora; e altera a Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm>. Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Caderno de licenciamento ambiental. Brasília: 
MMA, 2009. 
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Cartilha de licenciamento ambiental. 2. ed. Bra-
sília: TCU, 2007.
BRASIL. Lei nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e admi-
nistrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras 
providências. 1998. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.
htm>. Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 237, de 19 de dezembro 
de 1997. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.
html>. Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: 
Senado Federal, 1988.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução n.º 001, de 23 de janeiro de 
1986. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.
html>. Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL. Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio 
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providên-
cias. 1981. Disponívelem: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. 
Acesso em: 22 nov. 2017.
25Histórico, conceitos, objetivos e tipos de licença
ESPÍRITO SANTO. Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo. Licen-
ciamento ambiental. Disponível em: <https://idaf.es.gov.br/licenciamento-ambiental>. 
Acesso em: 22 nov. 2017.
FIORILLO, C. A. P. Curso de Direito Ambiental. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
RIO GRANDE DO SUL. Lei nº. 11.520, de 3 de agosto de 2000. Institui o Código Estadual do 
Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências. 2000. Dis-
ponível em: <http://www.al.rs.gov.br/legiscomp/arquivo.asp?idNorma=11&tipo=pdf>. 
Acesso em: 22 nov. 2017.
STRUCHEL, A. C. O. Licenciamento ambiental municipal. São Paulo: Oficina de 
Textos, 2016. 
Leituras recomendadas
MACHADO, A. Q. Licenciamento ambiental: atuação preventiva do Estado à luz da Cons-
tituição da República Federativa do Brasil. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012. 
MANZOLI, A. Análise das emissões veiculares em trajetos urbanos curtos com localização 
por GPS. Tese (Doutorado) — Universidade de São Carlos, Escola de Engenharia de 
São Carlos, 2009.
Histórico, conceitos, objetivos e tipos de licença26
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
O licenciamento ambiental é uma obrigação legal para empreendimentos e atividades que 
utilizam recursos ambientais e/ou que são capazes de causar degradação ambiental. Mas não são 
todos os empreendimentos que são obrigados por lei a terem o licenciamento, apenas as 
atividades que constam na Resolução CONAMA nº 237, de 1997, que lista as atividades e os 
empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental. Para que o desenvolvimento ocorra, é 
necessário retirar recursos da natureza. Dessa forma, o licenciamento ambiental objetiva achar 
soluções para essa extração ser o menos agressiva possível ao ambiente, além de seguir as 
legislações em vigor. Para saber mais sobre licenciamento ambiental, acompanhe o vídeo a 
seguir.
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EXERCÍCIOS
1) Dentre as alternativas a seguir, qual está correta em relação ao licenciamento 
ambiental?
A) a) O licenciamento ambiental é um ato administrativo pelo qual o órgão judiciário 
competente licencia empreendimentos que possam causar degradação ambiental.
B) b) O licenciamento ambiental é um ato administrativo pelo qual o órgão ambiental 
competente licencia empreendimentos que possam causar degradação ambiental.
C) c) O principal objetivo do licenciamento ambiental é garantir um ambiente equilibrado 
para as gerações presentes.
D) d) Os projetos de licenciamento ambiental são analisados por órgãos ambientais federais e 
estaduais.
e) O licenciamento ambiental é um procedimento judicial pelo qual o Ministério Público E) 
competente licencia empreendimentos que possam causar degradação ambiental.
2) Qual destes é considerado um estudo/documento fundamental que deve ser entregue 
na licença de instalação (LI)?
A) a) Diagnóstico ambiental da área.
B) b) Definição das medidas mitigadoras.
C) c) Planta baixa da edificação.
D) d) Contrato social do empreendimento.
E) e) Análise dos impactos ambientais do projeto.
3) O desenvolvimento econômico e social trouxe consigo diversos passivos ambientais. 
Com o passar do tempo, em razão das cobranças internacionais e do avanço de 
tecnologias e legislações, o licenciamento surgiu como uma ferramenta que visa a 
conciliar o desenvolvimento com o meio ambiente. Dessa forma, qual alternativa 
melhor descreve o conceito de impactos ambientais?
A) a) Retirada total ou parcial das árvores, florestas e demais vegetações de uma região, ou 
seja, da cobertura vegetal.
B) b) Acúmulo de detritos, lixo, entulho ou outros materiais no leito de recursos hídricos.
C) c) Qualquer alteração nas propriedades físicas, químicas e biológicas no meio ambiente, as 
quais podem ser tanto positivas como negativas.
d) É o processo de degradação da terra nas zonas áridas, semiáridas e subúmidas secas, D) 
resultantes das atividades humanas ou de fatores naturais (variações climáticas).
E) e) É o processo de desgaste, transporte e sedimentação do solo, dos subsolos e das rochas, 
como efeito da ação dos agentes erosivos, tais como a água, os ventos e os seres vivos.
4) Em se tratando do licenciamento ambiental em território nacional, qual a alternativa 
correta?
A) a) O licenciamento ambiental é um instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente 
(PNMA), sendo o objetivo principal favorecer o desenvolvimento, visando ao aumento da 
economia e da qualidade de vida da sociedade.
B) b) De acordo com a Resolução CONAMA no 1/86, o impacto ambiental ocorre quando há, 
principalmente, alterações da biota e da qualidade dos recursos ambientais.
C) c) O licenciamento ambiental é a única ferramenta que a sociedade tem para controlar a 
manutenção da qualidade do meio ambiente.
D) d) A cobrança internacional foi um dos principais motivos para o início do licenciamento 
ambiental no Brasil.
E) e) Todo e qualquer tipo de empreendimento necessita de licenciamento ambiental.
5) O licenciamento ambiental é obrigatório para qualquer empresa/atividade que possa 
ocasionar impactos ambientais negativos. Em relação ao licenciamento ambiental, 
qual a alternativa correta?
A) a) Devido aos custos envolvidos com o licenciamento ambiental, as empresas necessitam 
aumentar o preço dos produtos demasiadamente.
b) O licenciamento ambiental fornece melhorias no desempenho ambiental das B) 
empresas/corporações.
C) c) Em razão das fiscalizações e das normativas que as empresas com licenciamento 
enfrentam, estas apresentam menor competitividade no mercado.
D) d) Todo e qualquer tipo de financiamento exige o licenciamento ambiental.
E) e) O licenciamento ambiental é exigido apenas para atividades industriais que apresentam 
alto grau poluidor.
NA PRÁTICA
Os profissionais da área ambiental precisam estar cientes dos temas que regem o licenciamento 
ambiental e dos diferentes tipos de licenças. Apesar de as licenças prévia, de instalação e de 
operação serem mais comumente empregadas, existem outros tipos de licenças, como é o caso 
da licença de operação-regularização (LOR), em que um determinado empreendimento já está 
devidamente instalado e trabalhando, porém, não tem o licenciamento ambiental. Outro caso é o 
empreendimento que visa a se instalar em um prédio já edificado.
Acompanhe, a seguir, uma situação prática que normalmente ocorre com os profissionais 
envolvidos com questões de licenciamento ambiental.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
A exploração de recursos minerais é uma atividade extrativa de grande importância para 
a construção civil, pois é um dos pilares para que exista o desenvolvimento da nação. No 
entanto, a estreita relação da exploração de tais recursos com o crescimento econômico 
direciona para que muitas vezes essa atividade não seja realizada de modo adequado, 
ocasionando diversos prejuízos ao meio ambiente. Leia no estudo a seguir sobre a situação 
da gestão ambiental da ALFA, com base na metodologia proposta pelo Conselho 
Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDES).
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Visando explorar como as empresas de consultoria especializadas em avaliação de impacto 
ambiental promovem gestão do conhecimento, foram levantadas práticas adotadas por 
oito empresas desse ramo. O estudo procurou verificar se há relação entre a classificação 
das empresas segundo o grau de complexidade e a inovação em sua carteira de projetos, 
com práticas e ferramentas de gestão do conhecimento mencionadas na literatura, com os 
repositórios internos de conhecimento ecom suas experiências relacionadas à criação, 
troca e retenção de conhecimento. Leia o artigo a seguir e saiba mais.
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Importância do licenciamento
APRESENTAÇÃO
O licenciamento ambiental é um dos mais importantes instrumentos de gestão do meio 
ambiente. Por meio dele, a administração pública vai efetivar o controle prévio das atividades 
econômicas utilizadoras de recursos ambientais e potencialmente degradadoras, impondo 
condições e medidas de controle ambiental ao empreendedor a fim de que esse adeque sua 
atividade, sua obra, seu empreendimento ou seu serviço às normas de tutela ambiental, evitando, 
minimizando ou compensando danos ao meio ambiente e à sadia qualidade de vida e saúde da 
coletividade.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai ver os principais benefícios do licenciamento 
ambiental tanto para o meio ambiente quanto para a sociedade de modo geral. Além disso, as 
competências de cada órgão ambiental serão definidas nas diferentes esferas (federal, estadual e 
municipal). Como você já sabe, o objetivo do licenciamento ambiental é evitar ao máximo os 
impactos ambientais. Assim, você também vai ver os principais estudos que devem ser 
apresentados nos diferentes tipos de licenças ambientais (licença prévia, instalação e operação).
Bons estudos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os benefícios do licenciamento ambiental para o meio ambiente e para a 
sociedade.
•
Definir as diferentes esferas do licenciamento (federal, estadual e municipal) e sua 
importância para a gestão territorial.
•
Caracterizar o principal instrumento do licenciamento (AIA) e sua importância para o 
desenvolvimento sustentável.
•
DESAFIO
O Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) foi instituído pela Lei n.º 6.938, de 31 de 
agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto 99.274, de 06 de junho de 1990, sendo constituído 
pelos órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e pelas 
Fundações instituídas pelo Poder Público e responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade 
ambiental.
 
 
Seu desafio agora é explicar a Ricardo quais as vantagens que o empreendimento dele pode 
obter com o encaminhamento do licenciamento ambiental. Apresente três benefícios ambientais 
e três benefícios econômicos, e não esqueça que os benefícios devem estar de acordo com o 
empreendimento em questão.
INFOGRÁFICO
A discussão a respeito do licenciamento ambiental em território nacional é relativamente 
recente. Ela iniciou após a implantação da Lei n.º 6.938/81, a qual criou a Política Nacional do 
Meio Ambiente, que antecedeu inclusive a própria Constituição Federal de 1988. Porém, é 
fundamental que os profissionais da área ambiental entendam quais são as verdadeiras 
atribuições de cada órgão ambiental a fim de que saibam para quem encaminhar o projeto 
ambiental.
Acompanhe, no Infográfico a seguir, um pequeno resumo das principais atribuições dos órgãos 
ambientais.
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CONTEÚDO DO LIVRO
São inúmeras as vantagens que o licenciamento ambiental pode trazer tanto para o próprio órgão 
ambiental competente quanto para o empreendimento/atividade ou mesmo para a sociedade. Por 
meio do licenciamento ambiental, o órgão consegue realizar controle e fiscalização mais 
eficazes, o empreendimento, além de estar livre de sanções, apresenta maior competitividade e 
melhora sua imagem externa, e a sociedade obtém benefícios pela preservação do meio 
ambiente.
Porém, para que realmente o licenciamento seja eficaz, cada um precisa fazer sua parte e 
respeitar as legislações em vigor. Para entender mais a respeito dos diferentes órgãos ambientais 
e dos benefícios do licenciamento ambiental, leia o capítulo Importância do licenciamento 
ambiental,, que faz parte do livro Licenciamento ambiental, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem.
Boa leitura.
LICENCIAMENTO 
AMBIENTAL 
Ronei Stein
Revisão técnica:
Vanessa de Souza Machado 
Bióloga
Mestre e Doutora em Ciências Biológicas
Professora de Curso de Tecnologia 
em Gestão Ambiental
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB-10/2147
S818l Stein, Ronei Tiago.
Licenciamento ambiental / Ronei Tiago Stein ; [revisão 
técnica: Vanessa de Souza Machado]. – Porto Alegre: 
SAGAH, 2017.
265 p. : il ; 22,5 cm.
ISBN 978-85-9502-277-5
1. Ciências Biológicas. 2. Licenças ambientais. I. Título.
CDU 502.13
Importância do 
licenciamento ambiental
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identifi car os benefícios do licenciamento ambiental para o meio 
ambiente e a sociedade.
  Defi nir as diferentes esferas do licenciamento (federal, estadual e 
municipal) e a sua importância para a gestão territorial.
  Caracterizar o principal instrumento do licenciamento e a sua impor-
tância para o desenvolvimento sustentável.
Introdução
O licenciamento ambiental é um dos mais importantes instrumentos 
de gestão do meio ambiente. Por meio dele, a administração pública 
efetivará o controle prévio das atividades econômicas utilizadoras de 
recursos ambientais e potencialmente degradadoras, impondo condições 
e medidas de controle ambiental ao empreendedor, a fim de que ele 
adéque a sua atividade, a sua obra, o seu empreendimento ou o seu 
serviço às normas de tutela ambiental. Assim, o licenciamento ambiental 
evita, minimiza ou compensa danos ao meio ambiente e à qualidade de 
vida da coletividade.
Neste capítulo, serão apresentados os principais benefícios do licen-
ciamento ambiental tanto para o meio ambiente quanto para a sociedade 
como um todo. Além disso, as competências de cada órgão ambiental 
serão definidas nas diferentes esferas (federal, estadual e municipal), e serão 
descritos os principais estudos que devem ser apresentados nos diferentes 
tipos de licenças ambientais (licença prévia, instalação e operação).
Benefícios do licenciamento ambiental
O licenciamento ambiental é um procedimento técnico-administrativo pelo 
qual o órgão ambiental competente avalia empreendimentos potencialmente 
causadores de impacto ambiental, autorizando, ou não, a sua instalação e 
operação. 
A avaliação envolve o estudo da localização do empreendimento, do seu 
porte e dos processos construtivo e produtivo utilizados, a fim de verificar 
se as suas características podem provocar interferências negativas no meio 
ambiente, como a poluição do ar, a geração de resíduos, a intervenção em cursos 
d’água e a supressão de vegetação nativa. Portanto, o processo de licenciamento 
estabelece regras, condições, restrições e medidas de controle ambiental que 
devem ser cumpridas, tanto na fase de instalação do empreendimento quanto 
na fase de operação.
Dessa forma, o licenciamento é uma exigência legal. Mas quais são exa-
tamente os seus benefícios? Não é apenas o meio ambiente que sai ganhando 
com o licenciamento de determinada atividade, mas também toda a sociedade. 
Entre alguns dos principais benefícios do licenciamento ambiental, po-
demos citar:
  proteger o meio ambiente para as futuras gerações;
  proteger os ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
  planejar e fiscalizar o uso dos recursos ambientais;
  garantir a qualidade dos recursos renováveis;
  racionalizar o uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
  proteger áreas ameaçadas de degradação.
Tratando-se das vantagens do licenciamento ambiental para empresas/
corporações, além da redução de possibilidade de multas e da poluição am-
biental, podemos destacar:
Benefícios estratégicos — diferenciação no mercado; demonstração do 
compromisso da empresa com o meio ambiente e com o futuro; confi ança 
oferecida às partes interessadas; melhoria na imagem perante órgãos regu-
lamentadores; facilidade na obtençãode licenças e autorizações; simpatia 
de clientes e usuários; facilidade no acesso ao mercado internacional; 
atração de parceiros; antecipação à tendência de caráter mandatário e às 
exigências dos clientes.
Importância do licenciamento ambiental28
Benefícios operacionais — melhoria na gestão de riscos ambientais atuais e 
futuros; melhoria dos procedimentos operacionais; melhoria da produtividade; 
melhoria nas condições de saúde e segurança no trabalho; redução de acidentes 
que impliquem responsabilidade civil; estabelecimento de rotina para análise das 
áreas do negócio que possam afetar o meio ambiente; estímulo ao desenvolvi-
mento e compartilhamento de soluções ambientais; facilidade na transferência 
de tecnologia; melhoria no desempenho dos funcionários e dos equipamentos.
Benefícios fi nanceiros — diminuição dos riscos de incorrer em infrações legais 
e regulamentares; redução potencial nas despesas com seguros, produtos e 
serviços adquiridos, além do comportamento global no mercado; possibilidade 
de redução de custos; possibilidade de economia de despesas no consumo de 
água, energia e matéria-prima.
Mas não são apenas as indústrias que necessitam de licenciamento am-
biental — as propriedades rurais que realizam atividades quem possam gerar 
passivos ambientais também devem requerê-lo. Dessa forma, os benefícios 
do licenciamento para áreas rurais proporcionam: 
  planejamento do imóvel rural;
  comprovação da regularidade ambiental (após validação pelo órgão 
ambiental competente);
  acesso/continuidade do acesso ao crédito (financiamentos);
  acesso ao programa de regularização ambiental (PRA).
Como você pode ver, o licenciamento ambiental apresenta vantagens para 
o órgão ambiental, os empreendimentos e toda a sociedade. Provavelmente 
você esteja se perguntando como a sociedade vai obter algum benefício com o 
licenciamento ambiental de uma indústria, por exemplo. É simples. A sociedade 
ganha quando as atividades e os empreendimentos estão de acordo com as 
legislações ambientais porque:
  as propriedades rurais respeitam as áreas de preservação permanente 
(APP) e as reservas legais;
  o desmatamento ocorre de uma forma controlada;
  as indústrias realizam o correto gerenciamento dos seus resíduos;
  os despejos de efluentes líquidos indústrias são baseados em parâmetros 
de qualidade;
  os recursos hídricos são respeitados.
29Importância do licenciamento ambiental
Toda a sociedade acaba se beneficiando direta ou indiretamente do licenciamento 
ambiental, pois o meio ambiente é um bem de todos. Além disso, quanto maiores os 
cuidados com a preservação ambiental, menores os índices de patogenias e gastos 
desnecessários com os quais a sociedade vai arcar, principalmente pelo aumento de 
impostos. Com isso, em vez de realizar a limpeza e o tratamento de recursos hídricos, 
solos, ar, entre outros, esse dinheiro poderá ser gasto em saúde, educação, segurança, 
entre outros serviços extremamente necessários no País.
Diferentes esferas dos órgãos ambientais
No Brasil, existem três esferas do governo: União, estados e municípios. Cada 
uma delas possui legislações específi cas. A União fi xa diretrizes gerais e es-
tabelece as responsabilidades próprias, enquanto as outras duas fi xam normas 
complementares. É fundamental comentar que órgãos estaduais e municipais 
podem restringir a legislação federal, mas nunca ser menos rigorosos. Além 
das constituições federal e estaduais e das leis orgânicas municipais, outros 
diplomas legais tratam dos aspectos ambientais, como, por exemplo os decretos.
A Lei Orgânica Municipal age como uma Constituição Municipal. É a lei mais importante 
que rege os municípios e o Distrito Federal. Cada município brasileiro pode determinar 
as suas próprias leis orgânicas, contanto que não infrinjam a constituição e as leis 
federais e estaduais.
É fundamental que os profissionais da área ambiental conheçam as exigên-
cias, normas, legislações e os procedimentos legais federais e que cada estado 
ou município estabelecem para a instalação e funcionamento de determinado 
empreendimento ou atividade. Para entender o Sistema Nacional do Meio 
Ambiente (SISNAMA), veja o Quadro 1.
Importância do licenciamento ambiental30
Fonte: O autor.
Esfera Órgão ambiental Função
Órgão 
superior
Conselho do governo Tem como objetivo central 
auxiliar o Presidente da 
República na formulação 
da Política Nacional do 
Meio Ambiente (PNMA).
Órgão 
consultivo e 
deliberativo
Conselho Nacional do 
Meio Ambiente (CONAMA)
O CONAMA é estratégico e 
essencial para a implementação 
da PNMA e do SISNAMA. 
Tem o papel de promover a 
conciliação necessária entre os 
diferentes setores da sociedade, 
com o seu caráter democrático 
e a sua composição 
amplamente representativa.
Órgão central Ministério do Meio 
Ambiente, dos 
Recursos Hídricos e 
da Amazônia Legal
Encarregado de planejar, 
coordenar e supervisionar as 
ações relativas à PNMA. Como 
órgão federal, implementa 
os acordos internacionais 
na área ambiental.
Órgão 
executor
Instituto Brasileiro 
do Meio Ambiente e 
dos Recursos Naturais 
Renováveis (IBAMA)
Entidade autárquica, dotada 
de personalidade jurídica de 
Direito público e autonomia 
administrativa, é a encarregada 
da execução da PNMA 
e da sua fiscalização.
Órgão 
seccionais
Secretarias estaduais 
do meio ambiente ou 
entidades supervisionadas 
como a Companhia 
de Tecnologia de 
Saneamento Ambiental 
(CETESB) e a Fundação 
Estadual de Engenharia 
do Meio Ambiente do 
Rio de Janeiro (FEEMA), 
por exemplo.
Entidades estaduais 
responsáveis pela 
execução de programas 
e projetos de controle e 
fiscalização das atividades 
potencialmente poluidoras.
Quadro 1. Estrutura do SISNAMA.
(Continua)
31Importância do licenciamento ambiental
A Constituição Federal (BRASIL, 1988) ressalta que o meio ambiente é um bem de 
uso comum do povo, necessário para a qualidade de vida da população, sendo a sua 
preservação fundamental para que as futuras gerações dela possam usufruir. Para 
distribuir as responsabilidades entre municípios, estados e a União, foi instituído o 
SISNAMA, que se caracteriza por ser um modelo descentralizado de gestão ambiental, 
criando uma rede articulada de organizações nos diferentes âmbitos da federação. A 
Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981, instituiu a Política Nacional de Meio Ambiente.
Competências dos órgãos ambientais
É fundamental entender as competências de cada órgão (federal, estadual e 
municipal). Com a publicação da Lei nº. 11.284, de 2 de março de 2006, e 
da Lei Complementar nº. 140, de 8 de dezembro de 2011, a União teve o seu 
papel reformulado no que se refere à gestão dos recursos fl orestais, assumindo 
também a gestão de empreendimentos e atividades:
  localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país 
limítrofe;
  localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma conti-
nental ou na zona econômica exclusiva;
Fonte: Do autor.
Esfera Órgão ambiental Função
Órgão locais Entidades ou órgãos 
municipais, como 
conselhos do meio 
ambiente, comitês de 
bacias hidrográficas, etc.
São órgãos ou entidades 
municipais voltados para o meio 
ambiente, responsáveis por 
avaliar e estabelecer normas, 
critérios e padrões relativos ao 
controle e à manutenção da 
qualidade do meio ambiente 
com vistas ao uso racional dos 
seus recursos, supletivamente 
ao estado e à União.
Quadro 1. Estrutura do SISNAMA.
(Continuação)
Importância do licenciamento ambiental32
  localizados ou desenvolvidos em terras indígenas;
  localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação (UCs) 
instituídas pela União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental 
(APAs);
  localizados ou desenvolvidos em dois ou mais Estados.
Já os estados ficaram incumbidos de gerir os temas que dizem respeito a:
  empreendimentos e atividades cujos impactos diretos ultrapassem os 
limites territoriais de um ou mais municípios;
  estejam localizados em mais de um município; em UCs de domínio estadual ou em florestas e demais formas de ve-
getação natural de preservação permanente;
  delegados pela União por instrumento legal ou convênio (BRASIL, 
2006, 2011).
O art. 9º, inciso XIV, da LC 140/2011 (BRASIL, 2011), determinou que cabe aos municípios 
promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos que causem 
ou possam causar impacto ambiental de âmbito local ou que estejam localizados 
em UCs instituídas pelos municípios, que não sejam APAs. A definição dos empre-
endimentos cujo impacto ambiental é considerado de âmbito local é atribuição dos 
conselhos estaduais de meio ambiente, considerados os critérios de porte, potencial 
poluidor e natureza da atividade.
Avaliação de Impacto Ambiental (AIA): 
instrumento do licenciamento ambiental
Como você sabe, a principal função do licenciamento ambiental é promover o 
desenvolvimento da sociedade e da economia sem impactar de forma negativa 
o meio ambiente, para que tanto as gerações do presente quanto as futuras 
desfrutem de um ambiente equilibrado. Nesse contexto, todas as atividades 
que de uma forma ou outra estão sujeitas a impactos ambientais devem estar 
munidas do licenciamento ambiental.
33Importância do licenciamento ambiental
A AIA é considerada um instrumento preventivo, usado nas políticas de ambiente e na 
gestão ambiental com o objetivo de assegurar que determinado projeto ou atividade, 
passível de causar danos ambientais, seja analisado de acordo com os prováveis 
impactos no meio ambiente que ele possa causar.
Dessa forma, a elaboração de uma AIA é baseada em estudos ambientais elaborados 
por equipes multidisciplinares (engenheiros, geólogos, biólogos, topógrafos, sociólo-
gos, arqueólogos, etc.), que apresentam diagnósticos, descrições, análises e avaliações 
sobre os impactos ambientais efetivos e potenciais na área onde a atividade vai ocorrer.
A seguir, serão apresentados os principais estudos ambientais necessários, 
e que devem ser apresentados ao órgão ambiental competente, em relação a 
licença prévia (LP), licença de instalação (LI) e licença de operação (LO). A 
LP é extremamente importante no atendimento ao princípio da prevenção e, 
de acordo com o Tribunal de Contas da União (BRASIL, 2007), esse princípio 
se desenha quando, diante da ineficácia ou pouca valia em se reparar um 
dano e da impossibilidade de se recompor uma situação anterior idêntica, a 
ação preventiva é a melhor solução. Nesse conceito, encaixam-se os danos 
ambientais, cujo impacto negativo muitas vezes é irreversível e irreparável.
Durante o processo de obtenção da licença prévia, são analisados diversos 
fatores que definirão a viabilidade ou não do empreendimento que se pleiteia. 
É nessa fase que:
  são levantados os impactos ambientais e sociais prováveis do 
empreendimento;
  são avaliadas a magnitude e a abrangência de tais impactos; 
  são formuladas medidas que, uma vez implementadas, serão capazes 
de eliminar ou atenuar os impactos;
  são ouvidos os órgãos ambientais das esferas competentes;
  são ouvidos órgãos e entidades setoriais, em cuja área de atuação se 
situa o empreendimento; 
  são discutidos com a comunidade, caso haja audiência pública, os im-
pactos ambientais e respectivas medidas mitigadoras e compensatórias;
  é tomada a decisão a respeito da viabilidade ambiental do empreen-
dimento, levando-se em conta a sua localização e os seus prováveis 
impactos, em confronto com as medidas mitigadoras dos impactos 
ambientais e sociais.
Importância do licenciamento ambiental34
Mas quais são exatamente os estudos ambientais que devem ser entregues 
para obter a licença? Antes de mais nada, é importante comentar que pode 
haver variação desses estudos, dependendo do órgão ambiental que vai 
analisar o projeto de licenciamento. Isso é definido com base no porte da 
empresa, no grau poluidor, na área onde será instalado o empreendimento, 
na presença ou não de vegetação, na ocupação antrópica anterior, etc. 
Dessa forma, é fundamental que os profissionais envolvidos consultem 
sempre o órgão ambiental para saber exatamente quais estudos ambientais 
devem ser apresentados em cada situação. Porém, a Resolução CONAMA 
nº. 001, de 23 de janeiro de 1986 (BRASIL, 1986), ressalta que devem ser 
apresentados na LP:
Diagnóstico ambiental da área. Nesse diagnóstico, são analisados: 
a) o meio físico — o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os 
recursos minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos 
d’agua, o regime hidrológico, as correntes marinhas (se for o caso), as 
correntes atmosféricas; 
b) o meio biológico e os ecossistemas naturais — a fauna e a flora, 
destacando as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor 
científico e econômico, raridades e ameaçadas de extinção, bem 
como as APPs; 
c) o meio socioeconômico — o uso e ocupação do solo, os usos da água 
e a socioeconomia, destacando a presença de sítios e monumentos 
arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de 
dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial 
utilização futura desses recursos.
Análise dos impactos ambientais do projeto. Devem ser apresentadas alterna-
tivas pela identifi cação, previsão da magnitude e interpretação da importância 
dos prováveis impactos relevantes, discriminando:
  os impactos positivos e negativos, ou seja, benéficos e adversos, di-
retos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, temporários e 
permanentes; 
  o grau de reversibilidade; 
  as propriedades cumulativas e sinérgicas; 
  a distribuição dos ônus e benefícios sociais. 
35Importância do licenciamento ambiental
Os principais impactos ambientais que podem ocorrer são:
  a supressão da vegetação, fragmentação de habitats; 
  interferência em APPs; 
  barreira de deslocamento da fauna; 
  danos no patrimônio arqueológico; 
  desapropriações; 
  processos erosivos;
  bota-foras; 
  ruídos e vibrações; 
  poluição (emissões).
Defi nição das medidas mitigadoras. Deve ser apresentado quais são os 
impactos (principalmente os negativos) que a atividade ou obra vai ocasionar 
no meio ambiente.
Descrição de programas de acompanhamento. Devem ser indicados os 
fatores e parâmetros a serem considerados, visando diminuir ao máximo 
os impactos na área. Entre os resultados esperados nesse acompanhamento, 
podemos citar:
  recuperação de áreas degradadas;
  adoção de tecnologias ecologicamente corretas;
  gestão dos resíduos;
  recuperação de APPs;
  controle dos processos erosivos;
  minimização de interferência em comunidades;
  promoção da educação ambiental.
Já a LI somente é concedida se o órgão ambiental aprovar os planos e 
projetos de controle ambiental. Dessa forma, a LI dá direito à implantação do 
empreendimento na área aprovada. Os estudos ou documentos que devem ser 
entregues na LI variam de acordo com a atividade desenvolvida. Há diferença 
na documentação para indústrias, atividades agrossivo-pastoril, mineração, 
saneamento, tratamento e destinação de resíduos, entre outros. 
Importância do licenciamento ambiental36
Normalmente, os estudos e documentos que devem ser entregues na LI estão descritos 
na LI, mas, para não haver dúvidas, é indicado que os profissionais entrem em contato 
com o órgão ambiental competente. 
Na maioria dos casos, na LI, são entregues documentos formais da atividade, 
como cópia dos documentos (CPF e RG) do responsável legal do empreendimento, 
cópia do cartão CNPJ, contrato social, transcrição ou matrícula no cartório de 
registro de imóveis atualizada (últimos 90 dias), cópia da LP, planta definitiva e 
devidamente aprovada do empreendimento, planta topográfica da área do empre-
endimento, projeto do Sistema de Tratamento de Esgoto ou Efluentes (ETES), etc. 
Tratando-se da LO, três características básicas são relevantes:
  é concedida após a verificação, pelo órgão ambiental, doefetivo cumpri-
mento das condicionantes estabelecidas nas licenças anteriores (prévia 
e de instalação);
  contém as medidas de controle ambiental (padrões ambientais) que 
servirão de limite para o funcionamento do empreendimento ou da 
atividade;
  especifica as condicionantes determinadas para a operação do empre-
endimento, cujo cumprimento é obrigatório, sob pena de suspensão ou 
cancelamento da operação.
Da mesma forma que nas demais licenças ambientais, na LO devem ser 
entregues alguns documentos, que são listados na LI. Em caso de dúvidas, 
por segurança, os profissionais envolvidos no projeto de licenciamento devem 
sempre procurar o órgão ambiental responsável. 
Normalmente, um dos principais itens que deve ser entregue na LO é o 
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). Esse plano comprova a 
capacidade de uma empresa de gerir de modo ambientalmente correto todos os 
resíduos que gera. Ele oferece uma segurança de que os processos produtivos 
serão controlados, minimizando a geração de resíduos na fonte, reduzindo e 
evitando grandes poluições ambientais e as suas consequências para a saúde 
pública e o desequilíbrio da fauna e da flora.
37Importância do licenciamento ambiental
Dependendo do porte, da magnitude e do grau poluidor da obra ou atividade, uma 
equipe multidisciplinar pode estar envolvida no projeto de licenciamento. Para cada 
projeto ambiental encaminhado (LP, LI e LO), os profissionais envolvidos devem entregar 
a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) no órgão ambiental. 
A ART é um instrumento de defesa da sociedade, pois garante que as obras e os ser-
viços serão prestados por profissionais habilitados, bem como proporciona segurança 
jurídica para o contratante, caso haja problemas com a obra ou o estudo.
1. Existem diferentes tipos de 
estudos ambientais que devem 
ser entregues ao órgão ambiental 
visando obter a licença ambiental, 
sendo que, para cada tipo de 
licença, diferentes exigências, 
laudos e estudos são exigidos. 
Em relação às ações mitigadoras, 
qual é a alternativa correta?
a) São apresentadas na LI.
b) O seu principal objetivo 
é descrever os impactos 
ambientais negativos que a 
atividade ou o empreendimento 
poderá ocasionar.
c) São apresentados exemplares 
de fauna e flora que poderão 
sofrer interferências negativas.
d) É descrito o uso e a ocupação 
do solo, os usos da água e a 
socioeconomia, destacando 
a presença de sítios e 
monumentos arqueológicos.
e) A principal ação mitigadora 
é a apresentação do PGRS, 
descrevendo o que será feito 
com os resíduos gerados 
quando o empreendimento 
estiver funcionando.
2. Existem diferentes órgãos 
ambientais, de diferentes 
esferas (federais, estaduais e 
municipais), sendo que cada 
um apresenta competências 
específicas. Com relação às 
atribuições municipais, tratando-se 
do licenciamento ambiental, 
assinale a alternativa correta.
a) O município poderá promover 
licenciamento de atividades de 
impacto ambiental local. 
b) Os municípios não possuem 
competência para promover 
licenciamento ambiental.
Importância do licenciamento ambiental38
c) O estado poderá promover 
licenciamento de atividades 
delegadas pelo município por 
instrumento legal ou convênio.
d) O município apenas poderá 
licenciar obras que estiverem 
fora dos limites municipais.
e) Os municípios poderão apenas 
licenciar propriedades rurais e 
indústrias de pequeno porte.
3. O SISNAMA é dividido em diferentes 
esferas. Entre as alternativas 
a seguir, qual representa um 
exemplo de órgão seccional?
a) IBAMA.
b) Órgão ambiental municipal.
c) Conselho do governo.
d) Secretaria estadual do 
meio ambiente.
e) Ministério do Meio Ambiente.
4. O licenciamento ambiental é um 
instrumento utilizado pelo Brasil 
com o objetivo de exercer controle 
prévio e realizar o acompanhamento 
de atividades que utilizem 
recursos naturais, que sejam 
poluidoras ou que possam causar 
degradação do meio ambiente. 
Com relação aos benefícios 
do licenciamento ambiental, 
qual é a alternativa correta?
a) A principal vantagem 
da sociedade com o 
licenciamento ambiental é a 
diminuição dos impostos.
b) O principal objetivo do 
licenciamento ambiental 
industrial é obter 
benefícios estratégicos.
c) As propriedades rurais 
necessitam do licenciamento 
ambiental unicamente 
para obter diferentes tipos 
de financiamentos.
d) Os órgãos ambientais se 
beneficiam do licenciamento 
devido à aquisição de taxas 
que devem ser pagas e que 
aumentam os cofres públicos.
e) O marketing verde é um dos 
grandes benefícios que o 
licenciamento ambiental poderá 
fornecer para o setor industrial.
5. É importante conhecer quais são 
as competências de cada órgão 
ambiental, nas diferentes esferas 
(federal, estadual e municipal). 
Compete ao IBAMA analisar qual 
tipo de projeto ambiental?
a) Quando a atividade ultrapassar 
os limites municipais.
b) A atividade que ocorrer 
em terras indígenas.
c) Apresenta impacto local.
d) Quando o município delegar 
por meio de instrumento 
legal ou convênio.
e) Em todas as UCs espalhadas 
no território nacional.
39Importância do licenciamento ambiental
BRASIL. Lei complementar nº. 140, de 8 de dezembro de 2011. Fixa normas, nos termos dos 
incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, 
para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas 
ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à 
proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate 
à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da 
flora; e altera a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm>. Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Cartilha de licenciamento ambiental. 2. ed. Bra-
sília: TCU, 2007.
BRASIL. Lei nº. 11.284, de 2 de março de 2006. Dispõe sobre a gestão de florestas públicas 
para a produção sustentável; institui, na estrutura do Ministério do Meio Ambiente, o 
Serviço Florestal Brasileiro - SFB; cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal 
- FNDF; altera as Leis nos 10.683, de 28 de maio de 2003, 5.868, de 12 de dezembro de 
1972, 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, 4.771, de 15 de setembro de 1965, 6.938, de 31 
de agosto de 1981, e 6.015, de 31 de dezembro de 1973; e dá outras providências. 2006. 
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=485>. 
Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: 
Senado Federal, 1988.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 001, de 23 de janeiro de 
1986. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.
html>. Acesso em: 22 nov. 2017.Leituras recomendadas
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 237, de 19 de dezembro 
de 1997. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.
html>. Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL. Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio 
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providên-
cias. 1981. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. 
Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Caderno de licenciamento ambiental. Brasília: 
MMA, 2009. 
MACHADO, A. Q. Licenciamento ambiental: atuação preventiva do Estado à luz da Cons-
tituição da República Federativa do Brasil. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012. 
STRUCHEL, A. C. O. Licenciamento ambiental municipal. São Paulo: Oficina de Textos, 2016. 
Importância do licenciamento ambiental40
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontraa obra na íntegra.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
De maneira geral, o desenvolvimento sustentável visa a atender três aspectos básicos: o 
econômico, o ambiental e o social. Esses devem interagir totalmente para que a sustentabilidade 
se sustente. Mas o que exatamente desenvolvimento sustentável tem a ver com licenciamento 
ambiental?
Como sabemos, o licenciamento visa a conciliar o desenvolvimento com o meio ambiente, 
fazendo com que haja harmonia entre ambos, ou seja, visa a reduzir ao máximo os impactos 
ambientais que determinada atividade/empreendimento possa ocasionar. Para saber mais sobre 
avaliação de impacto ambiental, assista ao vídeo a seguir.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Existem diferentes tipos de estudos ambientais que devem ser entregues ao órgão 
ambiental visando a obter a licença ambiental, sendo que, para cada tipo de licença, 
diferentes exigências, laudos e estudos são exigidos. Em relação às ações mitigadoras, 
qual a alternativa correta?
A) As ações mitigadoras são apresentadas na licença de instalação (LI).
B) O principal objetivo da ação mitigadora é descrever os impactos ambientais negativos que 
a atividade/empreendimento poderá ocasionar.
C) Os exemplares de fauna e flora que poderão sofrer interferências negativas são 
apresentados.
D) d) As ações mitigadoras descrevem o uso e a ocupação do solo, os usos da água e a 
socioeconomia, destacando a presença de sítios e monumentos arqueológicos.
E) A principal ação mitigadora é a apresentação do plano de gerenciamento de resíduos 
sólidos, descrevendo o que será feito com os resíduos gerados quando o empreendimento 
estiver funcionando.
2) Existem diferentes órgãos ambientais de diferentes esferas (federais, estaduais e 
municipais), sendo que cada um apresenta competências específicas. Em relação às 
atribuições municipais em se tratando do licenciamento ambiental, assinale a 
alternativa correta.
A) O município poderá promover licenciamento de atividades de impacto ambiental local.
B) Os municípios não têm competência para promover licenciamento ambiental.
C) O estado poderá promover licenciamento de atividades delegadas pelo município por 
instrumento legal ou convênio.
D) O município apenas poderá licenciar obras que estiverem fora dos limites municipais.
E) Os municípios poderão apenas licenciar propriedades rurais e indústrias de pequeno porte.
3) O Sistema Nacional do Meio Ambiente é dividido em diferentes esferas. Entre as 
alternativas a seguir, qual representa um exemplo de órgão seccional?
A) Ibama.
B) Órgão ambiental municipal.
C) Conselho do governo.
D) Secretaria estadual do meio ambiente.
E) Ministério do meio ambiente.
4) O licenciamento ambiental é um instrumento utilizado pelo Brasil com o objetivo de 
exercer controle prévio e de realizar o acompanhamento de atividades que utilizem 
recursos naturais, que sejam poluidoras ou que possam causar degradação do meio 
ambiente. Em relação aos benefícios do licenciamento ambiental, qual a alternativa 
correta?
A) A principal vantagem da sociedade com o licenciamento ambiental é a diminuição dos 
impostos.
B) O principal objetivo do licenciamento ambiental industrial é obter benefícios estratégicos.
C) As propriedades rurais necessitam do licenciamento ambiental unicamente para obter 
diferentes tipos de financiamentos.
D) Os órgãos ambientais se beneficiam do licenciamento devido à aquisição de taxas que 
devem ser pagas, as quais aumentam os cofres públicos.
E) O marketing verde é um dos grandes benefícios que o licenciamento ambiental poderá 
fornecer para o setor industrial.
5) É importante conhecer quais as competências de cada órgão ambiental nas diferentes 
esferas (federal, estadual e municipal). Compete ao Ibama analisar qual tipo de 
projeto ambiental?
A) A atividade que ultrapassar os limites municipais.
B) A atividade que ocorrer em terras indígenas.
C) A atividade que apresentar impacto local.
D) Quando o município delegar por meio de instrumento legal ou convênio.
E) As atividades em todas as unidade de conservação (UC) espalhadas no território nacional.
NA PRÁTICA
O licenciamento ambiental é de fundamental importância para a proteção do meio ambiente. 
Porém, isso não significa que, com a licença em mãos, a empresa está imune à poluição 
ambiental. Muito pelo contrário. Existe uma série de condicionantes apresentadas na licença e 
que devem ser seguidas. Caso essas condicionantes não forem respeitadas, isso poderá implicar 
acidentes, como foi o caso da Samarco, em 2015, a qual liberou cerca de 62 milhões de metros 
cúbicos de rejeitos de mineração. As consequências ambientais foram terríveis, afetando a vida 
aquática dos rios, provocando o assoreamento dos mesmos, mudando seus cursos e acarretando 
na diminuição da profundidade e no soterramento de nascentes. A lama, além de causar a morte 
dos rios, destruiu uma grande região ao redor desses locais. A força dos rejeitos arrancou a mata 
ciliar, e o que restou foi coberto pelo material. Para saber mais sobre esse acidente e o que está 
sendo feito para buscar minimizar os impactos ambientais, acompanhe o material a seguir.
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
O licenciamento ambiental visa a proteger o meio ambiente, sendo que o empreendimento 
deverá ler e respeitar cuidadosamente as condicionantes que constam no mesmo. Quais 
são as consequências ambientais quando essas condicionantes não são respeitadas? 
Confira, no vídeo a seguir, como os órgãos ambientais investigaram vazamento de 
chorume da CTR em Seropédia.
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As licenças ambientais não devem apenas visar à lucratividade e aos benefícios do 
empreendedor. Devem levar em conta inúmeros fatores, como o diagnóstico ambiental e a 
opinião da comunidade nos arredores. Acompanhe, no vídeo a seguir, o que pode ocorrer 
quando a sociedade, o empreendedor e o órgão ambiental não estão de acordo com a 
instalação de um aterro sanitário.
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Confira o artigo a seguir que analisa a competência em matéria de licenciamento 
ambiental, partindo de uma análise da competência constitucional material comum na 
área ambiental e fazendo distinção entre a competência administrativa fiscalizadora e a 
competência licenciadora.
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Legislação ambiental pertinente
APRESENTAÇÃO
O licenciamento ambiental é uma excelente ferramenta que visa a proteger o meio ambiente de 
impactos ambientais negativos oriundos, principalmente, do desenvolvimento desenfreado que o 
planeta vem sofrendo. Baseia-se em alguns princípios básicos e tem como função principal 
orientar a atuação do legislador e dos poderes públicos na concretização e cristalização dos 
valores sociais relacionados ao meio ambiente, harmonizando as normas do ordenamento 
ambiental, direcionando a sua interpretação e aplicação e ressaltando a autonomia do direito 
ambiental. Dessa forma, o licenciamento ambiental está baseado em legislações, que são 
aplicadas a todos de modo igualitário. Independentemente do poder aquisitivo, da magnitude da 
obra/atividade, da presença ou não de conhecidos no órgão ambiental, do beneficiamento ou não 
da sociedade, o meio ambiente é a principal preocupação do licenciamento ambiental. Por isso, 
é fundamental e essencial os profissionais estarem cientes das mais diferentes legislações, pois 
cada estado e município pode apresentar legislações específicas.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre os distintos princípios que regem o 
licenciamento ambiental, sobre a sua natureza jurídica e sobre a importância do Novo Código 
Florestal. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentaros seguintes aprendizados:
Definir os princípios constitucionais fundamentais em matéria ambiental.•
Identificar a natureza jurídica do licenciamento ambiental.•
Explicar o Novo Código Florestal.•
DESAFIO
Os profissionais da área ambiental devem procurar o órgão ambiental competente sempre que 
necessitarem realizar um licenciamento ambiental.
 
Sabendo que o produtor visa a respeitar os mesmos 17 metros de distância do recurso hídrico 
para a construção do novo aviário, seu desafio consiste em responder aos seguintes 
questionamentos:
I. Com base em que legislação você, como engenheiro agrícola, poderá ajudar seu cliente? 
II. O órgão ambiental municipal está certo ou errado em não querer renovar a licença ambiental 
do aviário já existente? Qual a faixa mínima de área de preservação permanente (APP) que o 
produtor terá que respeitar? 
III. Qual a importância do cadastro ambiental rural (CAR) no processo de licenciamento 
ambiental? 
IV. Há alguma possibilidade de seu cliente conseguir a licença ambiental do aviário novo? 
Justifique suas respostas.
INFOGRÁFICO
Quando se trata de discutir a questão ambiental, o maior desafio é combinar crescimento 
econômico com preservação ambiental. Para haver um equilíbrio, as legislações ambientais 
apresentam papel fundamental, definindo parâmetros/padrões que possam nortear o 
licenciamento ambiental. Porém, essas normativas devem apresentar alguns princípios básicos, 
responsáveis por apontar o rumo a ser seguido e por guiar a interpretação e aplicação das 
normas jurídicas. Existem vários princípios básicos e, para o licenciamento ambiental, eles se 
baseiam nos princípios do direito ambiental. Para saber quais são alguns desses princípios, 
confira o Infográfico a seguir.
CONTEÚDO DO LIVRO
A criminalização de certas condutas para proteger o meio ambiente e, consequentemente, a 
qualidade de vida mostra-se perfeitamente justificável. As agressões ao meio ambiente 
provocadas pela poluição do ar, do solo e da água são tantas que somente com aplicação de 
sanções penais para tentar evitá-las.
Dessa forma, existem várias legislações que tratam da preservação do meio ambiente e que são 
baseadas em princípios que garantem e igualidade para todos. Para entender sobre os princípios 
e a legislação referentes ao licenciamento ambiental, leia o capítulo Legislação ambiental 
pertinente, que faz parte do livro Licenciamento ambiental, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem.
Boa leitura.
LICENCIAMENTO 
AMBIENTAL 
Ronei Stein
Revisão técnica:
Vanessa de Souza Machado 
Bióloga
Mestre e Doutora em Ciências Biológicas
Professora de Curso de Tecnologia 
em Gestão Ambiental
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB-10/2147
S818l Stein, Ronei Tiago.
Licenciamento ambiental / Ronei Tiago Stein ; [revisão 
técnica: Vanessa de Souza Machado]. – Porto Alegre: 
SAGAH, 2017.
265 p. : il ; 22,5 cm.
ISBN 978-85-9502-277-5
1. Ciências Biológicas. 2. Licenças ambientais. I. Título.
CDU 502.13
Legislação ambiental 
pertinente
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Descrever os princípios constitucionais fundamentais em matéria 
ambiental. 
  Apontar a natureza jurídica do licenciamento ambiental.
  Apresentar o novo Código Florestal.
Introdução
O licenciamento ambiental é uma excelente ferramenta para proteger 
o meio ambiente de impactos ambientais negativos, oriundos princi-
palmente do desenvolvimento desenfreado do planeta. A sua função 
principal é orientar a atuação do legislador e dos poderes públicos na 
concretização e cristalização dos valores sociais relativos ao meio am-
biente, harmonizar as normas do ordenamento ambiental, direcionar a sua 
interpretação e aplicação, e ressaltar a autonomia do Direito Ambiental.
Baseado em legislações vigentes, o licenciamento ambiental é apli-
cado a todos de modo igualitário, indiferentemente do poder aquisitivo, 
da magnitude da obra ou atividade, de ter conhecidos ou não no órgão 
ambiental, do beneficiamento ou não da sociedade — o meio ambiente 
é a principal preocupação do licenciamento ambiental. Portanto, é fun-
damental que os profissionais estejam cientes de todas as legislações, 
pois cada estado ou município pode apresentar legislações específicas. 
Neste capítulo, você vai aprender sobre os distintos princípios que 
regem o licenciamento ambiental, a natureza jurídica do licenciamento 
ambiental e a importância do novo Código Florestal.
Princípios constitucionais 
do licenciamento ambiental
De acordo com o Instituto Brasileiro de Sustentabilidade (INSTITUTO 
BRASILEIRO DE SUSTENTABILIDADE, 2017), os princípios jurídicos 
são essenciais ao Direito, uma vez que as leis, a jurisprudência, a doutrina e 
os tratados e convenções internacionais são criados com base em princípios 
jurídicos que representam o topo do Direito em si e da própria acepção de 
justiça. Todo o ordenamento jurídico brasileiro tem princípios como base — na 
área ambiental, com o licenciamento, não é diferente.
Os princípios são regras jurídicas bases de um sistema, que apontam o rumo a ser 
seguido e guiam a interpretação e a aplicação das demais normas jurídicas. Machado 
(2012) ressalta que as normas constitucionais são dotadas, ou seja, são apoiadas em 
diferentes graus de eficácia e que a sua existência e aplicação obedecem a uma 
hierarquia no sistema constitucional (União/estados/municípios).
A estrutura da Constituição Federal é baseada em princípios fundamentais, sendo 
que nenhuma norma poderá violar os alicerces desse edifício jurídico: os princí-
pios maiores ditam as diretrizes para os menores, harmonizando todo o sistema 
jurídico-constitucional.
Struchel (2016) descreve que os princípios ambientais apresentam a 
função principal de orientar a atuação do legislador e dos poderes públicos na 
concretização e cristalização dos valores sociais relativos ao meio ambiente, 
harmonizando as normas do ordenamento ambiental, direcionando a sua 
interpretação e aplicação, e ressaltando a autonomia do Direito Ambiental. 
Os princípios do Direito Ambiental, portanto, relacionam-se com os do li-
cenciamento ambiental. 
A seguir, são apresentados os princípios do licenciamento ambiental, 
conforme Struchel (2016): 
Legislação ambiental pertinente42
Princípio do ambiente ecologicamente equilibrado como direito funda-
mental da pessoa humana — refere-se a intergerações, ou seja, parte-se da 
premissa de que o desenvolvimento é necessário, mas não a qualquer preço, 
sendo imprescindível a manutenção do meio ambiente para presentes e futuras 
gerações, o que se denomina desenvolvimento sustentável. 
Princípio da natureza — deve haver uma ordem pública ambiental, o que 
justifi ca certos limites impostos pelo Estado à propriedade, atividade ou 
empreendimento, como o de respeitar unidades de conservação (UCs), áreas 
de preservação permanente (APPs), etc. No momento em que a Constituição 
Federal elege o meio ambiente como bem pertencente a todos, extrai-se a sua 
natureza pública, principalmente porque o Estado tem o dever de proteger o 
ambiente para as presentes e futuras gerações.
Princípio da consideração da variável ambiental no processo decisório de 
políticas de desenvolvimento — a consagração desse princípio ocorreu com 
a constituição do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), em que os processos 
de desenvolvimento, principalmente os que utilizam recursos naturais, devem 
apresentar os passivos ambientais negativos.
Princípio do controle do poluidor pelo Poder Público — o órgão ambiental 
deverá assegurar o bem-estar da coletividade e a proteção dos bens ambientais 
para evitar a degradação da qualidade ambiental. De acordo com o art. 3º da 
Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981, entende-se por degradação ambiental 
atividades que, direta ou indiretamente:
  prejudicam a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
 criam condições adversas às atividades sociais e econômicas;
  afetam desfavoravelmente a biota;
  afetam as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
  lançam materiais ou energia em desacordo com os padrões ambientais 
estabelecidos (BRASIL, 1981).
43Legislação ambiental pertinente
Princípio da prevenção — consiste na atuação antecipada para evitar danos 
que, na maioria dos casos, são irreversíveis, mas previsíveis pelo atual estado 
da técnica. Esse princípio procura evitar que o dano ambiental ocorra por meio 
de mecanismos judiciais e extrajudiciais.
Princípio da precaução — toda vez que houver incerteza científi ca sobre 
se determinado ato pode prejudicar os bens ambientais ou o ser humano, 
esse princípio deverá ser levado em conta. O objetivo é minimizar os riscos, 
protegendo o meio ambiente pela redução da extensão ou incerteza do dano. 
Princípio da proporcionalidade — encontra as suas bases nos direitos fun-
damentais, indicando o equilíbrio entre o sacrifício imposto ao interesse de 
alguns (particular ou corporativo) e a vantagem geral obtida (coletiva), de 
modo a não tornar excessivamente onerosa a prestação.
Princípio da informação — a informação propicia o controle e a parti-
cipação da sociedade nos processos de licenciamento ambiental, seja por 
meio da Lei de Acesso à Informação, seja por meio de conselhos de meio 
ambiente, audiências públicas e tutelas jurídicas como direito de petição, 
ação popular e ação civil pública. Cabe ao Estado, por meio do órgão 
público, repassar todas as informações sobre o meio ambiente e formas 
de preservação.
Princípio da educação ambiental — visando à preservação ambiental, as 
questões devem ser estudadas por crianças e adultos em todos os níveis de 
ensino, formal e informal, inclusive primando pela sua conscientização com 
o apoio e incentivo estatal.
Princípio da participação comunitária — consiste na atuação popular na 
preservação ambiental, seja administrativa, seja judicialmente. Como o meio 
ambiente equilibrado é um direito de todos, deve ser preservado não apenas 
pelo Estado, mas por toda a sociedade. 
Legislação ambiental pertinente44
Além dos princípios já citados, podemos mencionar também estes:
  Princípio da prevenção — efeitos adversos conhecidos oriundos de atividades 
antrópicas devem ser prevenidos.
  Princípio da legalidade — basear-se integralmente na legislação vigente.
  Princípio da impessoalidade — neutralidade dos atos. Não se deve prejudicar ou 
privilegiar quem quer que seja.
  Princípio da moralidade — agir com probidade.
  Princípio da publicidade — transparência dos atos.
  Princípio da eficiência — manter ou ampliar a qualidade dos serviços.
  Princípio da razoabilidade e proporcionalidade — a administração pública está 
proibida de atuar ou ir além do necessário para o alcance do interesse público.
  Princípio do devido processo legal — necessidade formal de submeter as atividades 
potencialmente poluidoras a um processo rígido composto, resultando, ou não, 
na emissão da Licença Ambiental.
  Princípio do contraditório e da ampla defesa — assegura-se o direito do requerente 
de pleitear reavaliação de uma decisão negativa.
  Princípio da onerosidade — recolhimento de recursos financeiros por meio das 
taxas de licenciamento ambiental.
  Princípio da tempestividade — cumprimento dos prazos legais.
  Princípio da celeridade — manter o processo de licenciamento rápido, eficiente e seguro.
  Princípio da formalidade — necessidade de documentação na constituição dos 
autos do processo.
Natureza jurídica do licenciamento ambiental
Apesar de tímidas, as primeiras leis de proteção ambiental apresentam al-
gumas preocupações de âmbito de preservação dos recursos naturais, como 
a aplicação de penas fi scais e criminais em caso de destruição de fl orestas 
de preservação permanente, previstas no Código Florestal, e o controle da 
poluição no Código da Pesca. 
45Legislação ambiental pertinente
A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA, Lei nº. 6.938/1981) foi 
o marco inicial do licenciamento ambiental no País. Além de estabelecer os 
direcionamentos necessários para o desenvolvimento econômico sustentável, 
criou instrumentos para aplicar a medida como:
  o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
  o zoneamento ambiental;
  a avaliação de impactos ambientais;
  o licenciamento e a revisão de atividades efetivas ou potencialmente 
poluidoras;
  as penalidades disciplinares ou compensatórias pelo não cumprimento das 
medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental;
  o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras 
ou utilizadoras dos recursos ambientais;
  instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, 
seguro ambiental e outros (BRASIL, 1981).
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) é fundamental em relação ao 
licenciamento ambiental. Entre as várias resoluções estabelecidas pelo CONAMA, 
destacam-se:
  a Resolução CONAMA 001, de 23 de janeiro de 1986, que dispõe sobre critérios 
básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental;
  a Resolução CONAMA 237, de 19 de dezembro de 1997, que regulamenta os aspectos 
de licenciamento ambiental estabelecidos na PNMA.
Não há como mencionar todas as legislações ambientais atuais, pois estas 
variam principalmente de acordo com os estados e os municípios, que apre-
sentam legislações específicas. A seguir estão as principais portarias federais 
que apresentam diretrizes para o licenciamento ambiental:
  Portaria nº. 13, de 12 de janeiro de 2010 — Diário Oficial da União 
(DOU) de 13/01/2010;
  Portaria nº. 14, de 12 de janeiro de 2010 — DOU de 13/01/2010;
  Portaria nº. 18, de 12 de janeiro de 2010 — DOU de 13/01/2010;
  Portaria nº. 371, de 30 de setembro de 2010 — DOU de 01/10/2010;
Legislação ambiental pertinente46
  Portaria nº. 372, de 30 de setembro de 2010 — DOU de 01/10/2010;
  Retificação da Portaria nº. 372, de 30 de setembro de 2010 — DOU 
de 29/10/2012;
  Portaria nº. 480, de 14 de dezembro de 2011 — DOU de 15/12/2011;
  Portaria nº. 481, de 14 de dezembro de 2011 — DOU de 15/12/2011;
  Portaria nº. 482, de 14 de dezembro de 2011 — DOU de 15/12/2011.
Sempre que for preciso realizar um licenciamento ambiental, os profissionais da área 
ambiental devem procurar o órgão competente, porque os estados e os municípios 
podem apresentar restrições maiores se comparadas às leis federais. Nesses casos, o 
órgão ambiental deve fornecer formulários e informar quais são os estudos ambientais 
necessários para obter a licença ambiental. Caso o órgão ambiental não tenha formulá-
rios específicos, deverá indicar algum modelo em que os profissionais possam se basear. 
Uma das legislações mais importante em relação ao licenciamento am-
biental é o Código Florestal (Lei nº. 12.651, de 25 de maio de 2012), cujo art. 
1º estabelece normas gerais sobre (BRASIL, 2012):
  a proteção da vegetação; 
  Áreas de Preservação Permanente (APPs) e áreas de Reserva Legal; 
  a exploração florestal; 
  o suprimento de matéria-prima florestal; 
  o controle da origem dos produtos florestais;
  o controle e a prevenção dos incêndios florestais. 
Prevê ainda instrumentos econômicos e financeiros para o alcance desses 
objetivos. 
Mas você sabe qual é a diferença entre APP e Reserva Legal? 
As APPs, conforme os arts. 2º e 3º do Código Florestal, são espaços territoriais 
especialmente protegidos, definidos como área coberta ou não por vegetação 
nativa. As APPs têm a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a 
paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e 
flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. Mesmo 
em área urbana, a faixa de APP deve ser respeitada, não importando se se encontra 
47Legislação ambiental pertinente
em propriedade pública ou particular. Nos termosdo art. 4º do Código Florestal, a 
supressão de vegetação em APP somente pode ser autorizada em casos de utilidade 
pública ou interesse social, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao 
empreendimento, ou em casos de supressão eventual e de baixo impacto ambiental.
Já a Reserva Legal é definida como a “área localizada dentro de uma pro-
priedade ou posse rural necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à 
conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção da fauna e flora nativas”, 
conforme art. 3º do Código Florestal (BRASIL, 1998). Quando essas áreas não 
são respeitadas, conforme previsto nos arts. 38, 39 e 48 da Lei nº. 9.605, de 
12 de fevereiro de 1998, tem-se a ocorrência de um crime ambiental. Porém, 
essa lei não se aplica apenas às APPs e Reservas Legais. Qualquer impacto 
ambiental negativo, interferência na biodiversidade, comércio de fauna e flora 
silvestres, entre outros, são considerados crimes ambientais.
As leis que tratam do meio ambiente no Brasil estão entre as mais completas e avançadas 
do mundo (PORTAL BRASIL, 2017). De acordo com a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº. 
9.605/1998), existem seis diferentes tipos de crimes ambientais:
  Crimes contra a fauna — agressões cometidas contra animais silvestres, nativos 
ou em rota migratória.
  Crimes contra a flora — destruir ou danificar floresta de preservação permanente 
mesmo que em formação, ou utilizá-la em desacordo com as normas de proteção.
  Poluição e outros crimes ambientais — a poluição que provoque ou possa provocar 
danos à saúde humana, mortandade de animais e destruição significativa da flora.
  Crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural — construção 
em áreas de preservação ou no seu entorno, sem autorização ou em desacordo 
com a autorização concedida.
  Crimes contra a administração ambiental — afirmação falsa ou enganosa, 
sonegação ou omissão de informações e dados técnico-científicos em processos 
de licenciamento ou autorização ambiental.
  Infrações administrativas —ações ou omissão que violem regras jurídicas de 
uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.
Novo Código Florestal
A Lei de Proteção da Vegetação Nativa, popularmente conhecida como novo 
Código Florestal, é uma das legislações ambientais mais importantes no Brasil, 
implantada pela Lei nº. 12.651/2012. Antes de 2012, no entanto, o País já tinha um 
Legislação ambiental pertinente48
Código Florestal (Lei nº 4.771, de 15 de novembro de 1965). No entanto, como havia 
sido elaborado nos anos 1960, precisou ser revisto e atualizado para os dias atuais.
A Lei nº. 12.651/2012 é umas das provas da democracia existente nos últimos tempos. 
A discussão envolveu forças políticas no Congresso Nacional, mobilizou inúmeros 
setores organizados da sociedade e gerou um intenso debate em torno do uso dos 
recursos naturais dos diferentes biomas do País.
Segundo Jaguszewski, Gotuzzo e Condorelli (2014), o novo Código Florestal 
brasileiro inova ao estabelecer regramento diferenciado para áreas de interesse 
ambiental onde ainda existam remanescentes de vegetação nativa e para áreas 
onde o exercício de atividades humanas tenha se iniciado no passado. Para 
isso, a lei apresenta: 
  regras gerais, aplicadas para as áreas de interesse ecológico onde ainda 
existam remanescentes de vegetação nativa;
  regras transitórias, que buscam dar enquadramento para as situações 
de estabelecimento de atividades humanas iniciadas no passado. 
Porém, vários pesquisadores afirmam que, na verdade, o novo Código 
Florestal prejudicou principalmente as matas ciliares, definidas como forma-
ção vegetal localizada nas margens dos córregos, lagos, represas e nascentes. 
Antes, a área definida como APP era contada a partir da vazão cheia do rio, 
o que mudou com o novo Código Florestal. 
As matas ciliares são legalmente protegidas, pois estão inseridas em APPs. Essas 
áreas, cobertas ou não com vegetação, possuem a função ambiental de preservar os 
recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade. Além de 
facilitar o fluxo gênico da fauna e da flora, protegem o solo e assegurar o bem-estar 
das populações humanas, de acordo com o Inciso II do art. 3º da Lei nº. 12.651/2012.
49Legislação ambiental pertinente
As matas ciliares devem apresentar áreas mínimas de preservação que 
podem variar de acordo com a largura do rio, sendo:
  cursos de até 10 metros (incluindo nascentes) — APP mínima de 30 metros;
  cursos de 10 metros a 50 metros — APP mínima de 50 metros;
  cursos de 50 metros a 200 metros — APP mínima de 100 metros;
  cursos de 200 metros a 600 metros — APP mínima de 200 metros;
  cursos acima de 600 metros — APP mínima de 500 metros.
Para facilitar o entendimento de como ocorre a delimitação de APP, confira 
a Figura 1.
Figura 1. Delimitação de APP.
Fonte: Áreas... [(200-?)].
Apesar de a metragem se manter (30 m para um rio com largura de até 10 
metros), o cálculo é diferente. Agora conta-se a partir da borda do leito regular, 
ou seja, a contagem é feita a partir de um rio mais baixo. A mudança gera a 
diminuição de cerca de dois a cinco metros de APP, dependendo da região, 
conforme pode ser observado na Figura 2.
Legislação ambiental pertinente50
Figura 2. Cálculo de APP de acordo com a Lei nº. 12.651/2012.
Fonte: Soares (2012).
Além disso, o novo Código Florestal define que, em Áreas Rurais Consolidas, 
ou seja, áreas ocupadas com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvi-
pastoris, antes de 22 de julho de 2008, as faixas de APP caem (Figura 3) para:
Figura 3. Recomposição de APP de rios, riachos e ribei-
rões em Áreas Rurais Consolidadas.
Fonte: Áreas... [(200-?)].
51Legislação ambiental pertinente
O módulo fiscal, de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-
pecuária (2012), é definido como unidade de medida, em hectares, cujo valor 
é fixado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) 
para cada Município. Leva em conta: 
  o tipo de exploração predominante no município (hortifrutigranjeira, 
cultura permanente, cultura temporária, pecuária ou florestal); 
  a renda obtida no tipo de exploração predominante; 
  outras explorações existentes no Município que, embora não predomi-
nantes, sejam expressivas em função da renda ou da área utilizada e o 
conceito de “propriedade familiar”. 
A dimensão de um módulo fiscal varia de acordo com o município onde 
está localizada a propriedade. O valor do módulo fiscal no Brasil varia de 5 
a 110 hectares.
1. Entre as alternativas a seguir, qual 
está correta em relação ao novo 
Código Florestal (Lei nº. 12.651/2012)?
a) Define que todas as propriedades 
rurais que se encontram no País 
devem possuir 25% de vegetação 
nativa. Esse espaço recebe o 
nome de Reserva Legal.
b) Todas as propriedades rurais 
devem respeitar as distâncias 
mínimas de mata ciliar/galeria, 
de acordo com a largura do 
recurso hídrico, variando 
de 30 até 500 metros.
c) Todos os lagos e lagoas naturais 
devem apresentar, no mínimo, 
15 metros de APP com uma 
vegetação nativa do local.
d) Pelo novo Código Florestal, a APP 
às margens de um rio começa a 
contar a partir do nível mais alto.
e) São considerados a APP, além 
dos recursos hídricos, as áreas 
com inclinações acima de 45°, 
os topos de morro, as bordas de 
tabuleiros e os campos de altitude.
2. Com relação aos princípios 
constitucionais do licenciamento 
ambiental, assinale a 
alternativa correta.
a) O princípio da proporcionalidade 
objetiva minimizar os riscos, 
protegendo o meio ambiente 
e reduzindo a extensão 
ou incerteza do dano.
b) Os conselhos do meio ambiente 
têm extrema importância, pois 
fornecem informações a respeito 
das questões relacionadas ao 
meio ambiente para a população. 
Dessa forma, o conselho busca 
o princípio da informação.
Legislação ambiental pertinente52
c) O princípio da legalidadeobjetiva privilegiar atividades/
empreendimentos que busquem 
aumentar a economia do País.
d) O princípio da celeridade ressalta 
que o licenciamento ambiental 
deverá ser rápido, para evitar 
prejuízos ao empreendimento ou 
atividade que se busca exercer.
e) O princípio da publicidade 
ressalta que o Poder Público 
deverá estar ciente de todos 
as atividades que possam 
envolver prejuízos ambientais.
3. A PNMA (Lei nº. 6.938/1981) foi o 
marco inicial do licenciamento 
ambiental no País, tendo criado 
alguns instrumentos visando ao 
desenvolvimento sustentável. Como 
exemplo desses instrumentos, 
podemos citar o zoneamento 
ambiental, o qual é definido como:
a) um instrumento de organização 
territorial e planejamento eficiente 
do uso do solo e da gestão 
ambiental, compreendendo 
o estabelecimento de 
zonas diferenciadas de uso 
e ocupação do solo.
b) espaços naturais protegidos 
principalmente em função da 
capacidade estabilizadora do 
solo propiciada pelas matas 
ciliares e outras vegetações.
c) área de imóvel rural com 
ocupação antrópica (resultante 
da ação humana) preexistente 
a 22 de julho de 2008, com 
edificações, benfeitorias ou 
atividades agrossilvipastoris, 
admitida, nesse último caso, a 
adoção do regime de pousio 
(descanso dado a uma terra 
cultivada por um ou mais anos).
d) áreas do imóvel rural que deve 
ser coberta por vegetação natural 
e que pode ser explorada com 
o manejo florestal sustentável.
e) parcela da área urbana com 
densidade demográfica superior 
a 50 habitantes por hectare 
e malha viária implantada.
4. Das alternativas a seguir, qual 
está correta em relação à Lei 
de Crimes Ambientais?
a) É considerado crime contra 
o ordenamento urbano e o 
patrimônio cultural construir 
em áreas de preservação 
ambiental sem autorização do 
órgão ambiental competente.
b) É considerado crime contra a 
flora somente quando houver 
fabricação, venda ou lançamento 
de balões em florestas.
c) É considerado crime contra a 
fauna qualquer tipo de criação 
de animais em cativeiro.
d) É considerado crime contra 
a flora destruir ou danificar a 
vegetação primária, ou seja, 
vegetação caracterizada 
como de máxima expressão 
local, com grande diversidade 
biológica, sendo os efeitos das 
ações antrópicas mínimos.
e) A Lei de Crimes Ambientais é 
regida pela Lei nº. 6.938/1981.
5. Estima-se que o território nacional 
tenha cerca de 5,2 milhões de 
proprietários de imóveis rurais 
no Brasil. Porém, sabemos pouco 
a respeito dessas propriedades. 
Para resolver o problema, a Lei nº. 
12.651/2012 criou o cadastro ambiental 
rural (CAR). Em relação a esse cadastro, 
assinale a alternativa correta.
a) É um registro eletrônico, 
53Legislação ambiental pertinente
obrigatório para todos 
os imóveis rurais.
b) O CAR deverá contemplar 
uma planta georreferenciada, 
contendo principalmente as 
Áreas Rurais Consolidadas.
c) Propriedades rurais sob posse 
de pessoa jurídica não são 
obrigadas a realizar o CAR.
d) O CAR não apresenta ligação 
com o licenciamento ambiental.
e) O CAR deverá ser feito 
exclusivamente por profissionais 
da área ambiental.
ÁREAS de Preservação Permanente. [200-?]. Disponível em: <http://www.ciflorestas.
com.br/cartilha/APP-localizacao-e-limites_protecao-conservacao-dos-recursos-
-hidricos-dos-ecossistemas-aquaticos.html>. Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL. Lei nº. 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação 
nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro 
de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de 
setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-
67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm>. Acesso em: 
22 nov. 2017.
BRASIL. Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio 
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providên-
cias. 1981. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. 
Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL. Lei nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e 
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá 
outras providências. 1998. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/L9605.htm>. Acesso em: 22 nov. 2017.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Código florestal. Disponível em: 
2012. Disponível em: <https://www.embrapa.br/codigo-florestal/area-de-reserva-
-legal-arl/modulo-fiscal>. Acesso em: 22 nov. 2017.
Legislação ambiental pertinente54
INSTITUTO BRASILEIRO DE SUSTENTABILIDADE. Principais leis ambientais brasileiras. 2017. 
Disponível em: <https://www.inbs.com.br/principais-leis-ambientais-brasileiras/>. 
Acesso em: 24 nov. 2017.
JAGUSZEWSKI, E. D.; GOTUZZO, C. C.; CONDORELLI, E. M. F. Cadastro ambiental rural: 
manual do treinamento. 4. ed. Porto Alegre: SENAR/AR-RS, 2014.
MACHADO, A. Q. Licenciamento ambiental: atuação preventiva do Estado à luz da Cons-
tituição da República Federativa do Brasil. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012. 
PORTAL BRASIL. Legislação ambiental no Brasil é uma das mais completas do mundo. 
2010. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2010/10/legislacao>. 
Acesso em: 22 nov. 2017.
SOARES, N. Professores afirmam que Novo Código Florestal ameaça biomas. 2012. Dis-
ponível em: <http://www.jornaldocampus.usp.br/index.php/2012/04/professores-
-afirmam-que-novo-codigo-florestal-ameaca-biomas/>. Acesso em: 22 nov. 2017.
STRUCHEL, A. C. O. Licenciamento ambiental municipal. São Paulo: Oficina de Textos, 
2016. 
Leituras recomendadas
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Caderno de licenciamento ambiental. Brasília: 
MMA, 2009. 
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 237, de 19 de dezembro 
de 1997. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.
html>. Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: 
Senado Federal, 1988.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 001, de 23 de janeiro de 
1986. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.
html>. Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL. Lei nº. 4.771, de 15 de setembro de 1965. Institui o novo Código Florestal. 1965. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4771.htm>. Acesso em: 
22 nov. 2017.
55Legislação ambiental pertinente
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
A Lei n.o 12.651, de 25 de maio de 2012, visa a garantir a preservação ou conservação 
ambiental mínima necessária e possibilitar a continuidade das atividades agrossilvipastoris 
atualmente desenvolvidas. Dessa forma, reconhece-se a importância do setor rural, porém é 
necessário um ambiente ecologicamente equilibrado e adequado à realidade do país. Como 
inovação, surge o cadastro ambiental rural (CAR), uma base de dados estratégica para controle, 
monitoramento e combate ao desmatamento das florestas e demais formas de vegetação nativa 
do Brasil. Para saber mais a respeito do CAR, assista ao vídeo a seguir.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Entre as alternativas a seguir, qual está correta em relação ao Novo Código Florestal 
(Lei n.o 12.651, de 25 de maio de 201?
A) Define que todas as propriedades rurais que se encontram no país devem ter 25% de 
vegetação nativa. Esse espaço recebe o nome de reserva legal.
B) Define que todas as propriedades rurais devem respeitar as distâncias mínimas de mata 
ciliar/galeria, de acordo com a largura do recurso hídrico, variando de 30 metros até 500 
metros.
C)Define que todos os lagos e lagoas naturais devem apresentar, no mínimo, 15 metros de 
área de preservação permanente (APP) com uma vegetação nativa do local.
D) Define que a área de preservação permanente às margens de um rio começa a contar a 
partir do nível mais alto.
Considera como área de preservação permanente (APP), além dos recursos hídricos, as 
áreas com inclinações acima de 45°, os topos de morro, as bordas de tabuleiros e os 
E) 
campos de altitude.
2) Em relação aos princípios constitucionais do licenciamento ambiental, assinale a 
alternativa correta.
A) O princípio da proporcionalidade objetiva minimizar os riscos, protegendo o meio 
ambiente e reduzindo a extensão ou incerteza do dano.
B) Os conselhos do meio ambiente têm extrema importância, pois fornecem informações a 
respeito de questões relacionadas ao meio ambiente para a população. Dessa forma, o 
conselho busca o princípio da informação.
C) O princípio da legalidade objetiva privilegiar atividades/empreendimentos que busquem 
aumentar a economia do país.
D) O princípio da celeridade ressalta que o licenciamento ambiental deverá ser rápido para 
evitar prejuízos ao empreendimento ou à atividade que se busca exercer.
E) O princípio da publicidade ressalta que o poder público deverá estar ciente de todos as 
atividades que possam envolver prejuízos ambientais.
3) A Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n.o 6.938/198 foi o marco inicial do 
licenciamento ambiental no país, criando alguns instrumentos que visam ao 
desenvolvimento sustentável. Como exemplo desses instrumentos, pode-se citar o 
zoneamento ambiental, que é definido como:
A) Instrumento de organização territorial e planejamento eficiente do uso do solo e da gestão 
ambiental, compreendendo o estabelecimento de zonas diferenciadas de uso e ocupação do 
solo.
Espaços naturais protegidos principalmente em função da capacidade estabilizadora do B) 
solo propiciada pelas matas ciliares e outras vegetações.
C) Área de imóvel rural com ocupação antrópica (resultante da ação humana) preexistente a 
22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris, 
admitida, nesse último caso, a adoção do regime de pousio (descanso dado a uma terra 
cultivada por 1 ou mais anos).
D) Áreas do imóvel rural que devem ser cobertas por vegetação natural e que podem ser 
exploradas com manejo florestal sustentável.
E) Parcela da área urbana com densidade demográfica superior a 50 habitantes por hectare e 
malha viária implantada.
4) Das alternativas a seguir, qual está correta em relação à Lei de Crimes Ambientais?
A) É considerado crime contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural construir em 
áreas de preservação ambiental sem autorização do órgão ambiental competente.
B) É considerado crime contra a flora somente quando houver fabricação, venda ou 
lançamento de balões em florestas.
C) É considerado crime contra a fauna qualquer tipo de criação de animais em cativeiro.
D) É considerado crime contra a flora destruir ou danificar a vegetação primária, ou seja, a 
vegetação caracterizada como de máxima expressão local, com grande diversidade 
biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas mínimos.
E) É regida pela Lei n.o 6.938/1981.
Estima-se que o território nacional tenha cerca de 5,2 milhões de proprietários de 
imóveis rurais no Brasil. Porém, pouca coisa se sabe a respeito dessas propriedades. 
5) 
Para buscar resolver o problema, a Lei n.o 12.651/12 criou o cadastro ambiental 
rural. Em relação a esse cadastro, assinale a alternativa correta.
A) É um registro eletrônico e obrigatório para todos os imóveis rurais.
B) Deve contemplar uma planta georreferenciada contendo, principalmente, as áreas rurais 
consolidadas.
C) Não é obrigatório que as propriedades rurais sob posse de pessoa jurídica realizem o CAR.
D) Não apresenta ligação com o licenciamento ambiental.
E) Dever ser feito exclusivamente por profissionais da área ambiental.
NA PRÁTICA
As leis que tratam do meio ambiente no Brasil estão entre as mais completas e avançadas do 
mundo. Sendo assim, conhecer as legislações é fundamental não só visando à proteção do meio 
ambiente, mas também para agir com ética e responsabilidade. Caso você fosse responsável pelo 
setor de meio ambiente do seu município, que atitudes julga serem mais corretas?
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Confira, no vídeo a seguir, a importância de realizar o cadastro ambiental rural.
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Uma pesquisa teve por objetivo quantificar a reserva legal de propriedades rurais 
localizadas no extremo sul de Porto Alegre e caracterizá-la em termos de cobertura de 
vegetação nativa de acordo com as disposições previstas no Novo Código Florestal de 2012. 
Para saber os resultados e as discussões obtidos pelos autores dessa pesquisa, leia o artigo 
a seguir.
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Leia, no artigo a seguir, uma revisão bibliográfica para compreender a evolução do 
Código Florestal Brasileiro, as situações que culminaram nas alterações aprovadas em 
2012 e as bases científicas que pautam ou deveriam pautar suas diretrizes sobre a 
conservação das florestas, bem como para entender as possíveis consequências da nova lei.
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Autorizações ambientais
APRESENTAÇÃO
A Resolução CONAMA nº. 237/97 regulamenta um rol abrangente de atividades e 
empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental. Porém, os entes federativos, dentro dos 
parâmetros estabelecidos na Lei Complementar nº. 140/11, arts. 7º, 8º e 9º, podem incluir 
tipologias no interesse de proteção do meio ambiente e qualidade de vida em níveis federal, 
estadual ou municipal. Estão sujeitos ao licenciamento ambiental a construção, a instalação, a 
ampliação e o funcionamento de empreendimentos e atividades que utilizem recursos 
ambientais, que sejam considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como aqueles 
capazes de causar degradação ambiental.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai ver a diferença entre licenciamento, autorização e 
declaração ambiental. Em relação ao licenciamento, é importante que você esteja atento às 
atividades passíveis de licenciamento e, principalmente, ao prazo de validade para os diferentes 
tipos de licenças.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Diferenciar licença ambiental, autorização e declaração ambiental.•
Avaliar as atividades sujeitas ao licenciamento ambiental.•
Identificar os prazos vinculados a cada licença ambiental.•
DESAFIO
As autorizações são concedidas para estabelecer as condições de realização ou operação de 
empreendimentos, atividades, pesquisas e serviços de caráter temporário ou para executar obras 
que não caracterizem instalações permanentes.
 
Nesse caso, visando auxiliar seu cliente, responda às perguntas a seguir: 
a) O que seu cliente deverá providenciar visando ao transporte e à comercialização dessas 
madeiras? 
b) Quais os principais objetivos dessa nova autorização? 
c) Caso não haja tempo suficiente para cortar a vegetação e a autorização municipal venha a 
perder a validade, poderá ser requerida uma renovação dela? Justifique sua resposta.
INFOGRÁFICO
O Licenciamento Ambiental é um procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental 
competente licencia a localização, a instalação, a ampliação e a operação de empreendimentos e 
atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente 
poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, 
considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.
Essa definição está na Resolução nº. 237/97, e prevêa concessão de Licenças Ambientais ou de 
Autorizações Ambientais. Ambas são atos administrativos que apresentam as condições, as 
restrições e as medidas de controle ambiental para uma determinada atividade. Por outro lado, 
são distintas.  
 
Veja, neste Infográfico, a diferença entre autorização, declaração e licença ambiental.
CONTEÚDO DO LIVRO
Toda atividade que ocasiona impactos ambientais está sujeita ao licenciamento ambiental. Essa 
descrição é ampla, pois impacto ambiental é definido como sendo as alterações no ambiente 
causadas pelo desenvolvimento das atividades humanas no espaço geográfico. 
Nesse sentido, eles podem ser positivos, quando resultam em melhorias para o ambiente, ou 
negativos, quando causam algum risco para o ser humano ou para os recursos naturais 
encontrados no espaço.
No Capítulo Autorizações ambientais, parte do livro Licenciamento ambiental, base teórica 
desta Unidade de Aprendizagem, você compreenderá mais a respeito das atividades que 
necessitam de licenciamento ambiental, bem como os prazos de validade e a diferença entre 
licenciamento e autorizações.
Boa leitura.
LICENCIAMENTO 
AMBIENTAL
Ronei Stein
Autorizações ambientais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Diferenciar licença ambiental, autorização e declaração ambiental.
  Apresentar as atividades sujeitas ao licenciamento ambiental.
  Identifi car os prazos vinculados a cada licença ambiental.
Introdução
A Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº. 
237, de 19 de dezembro de 1997, regulamenta uma série de atividades e 
empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental. Porém, os entes 
federativos, dentro dos parâmetros estabelecidos na Lei Complementar 
(LC) nº. 140, de 8 de dezembro de 2011, arts. 7º, 8º e 9º, podem incluir 
tipologias no interesse de proteção do meio ambiente e qualidade de vida 
em níveis federal, estadual ou municipal. Estão sujeitos ao licenciamento 
ambiental a construção, a instalação, a ampliação e o funcionamento 
de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, 
considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como os capazes, 
sob qualquer forma, de causar degradação ambiental.
Neste capítulo, você vai aprender a diferença entre licenciamento, 
autorização e declaração ambiental. É importante que os profissionais 
estejam sempre atentos às atividades passíveis de licenciamento e, prin-
cipalmente, ao prazo de validade para cada tipo de licença.
Diferenças entre licença, autorização 
e declaração ambiental
Qualquer atividade ou empreendimento que pode causar danos ao meio 
ambiente deve apresentar licenciamento ambiental. Por isso é necessário 
diferenciar licenciamento ambiental de licença ambiental. Licenciamento 
ambiental é um procedimento administrativo que licencia uma atividade 
utilizadora de recursos naturais, efetiva ou potencialmente perigosa ao meio 
ambiente. Já a licença ambiental é um ato administrativo que apresenta as 
condições, restrições e medidas de controle ambiental. É permanente, desde 
que o empreendimento ou atividade respeite as condicionantes contidas na 
licença ambiental. Vale ressaltar que esse ato apresenta data de validade.
As licenças ambientais mais utilizadas são:
Licença prévia (LP) — conferida na fase inicial, atesta a viabilidade am-
biental do empreendimento ou atividade. Estabelece requisitos básicos que 
devem ser atendidos nas fases de instalação e operação, observando os planos 
municipais, estaduais ou federais ambientais e de uso do solo, neles incluídas 
as diretrizes do Plano Diretor.
Licença de instalação (LI) — expressa o consentimento para o início da 
implementação do empreendimento ou atividade, de acordo com as especi-
fi cações do Projeto Executivo aprovado, conforme conteúdo do inciso II do 
art. 8º da Resolução CONAMA nº. 237/1997 (BRASIL, 1997).
Licença de operação (LO) — possibilita o início da ocupação dos empreendi-
mentos ou início das atividades após a verifi cação do efetivo cumprimento das 
licenças anteriores, nos moldes do inciso III do art. 8ª da Resolução CONAMA 
nº. 237/1997 (BRASIL, 1997).
Já as autorizações são definidas como ato administrativo concedido pelo 
órgão ambiental competente, de natureza precária, que autoriza a execução 
específica de um empreendimento ou atividade utilizadora de recursos am-
bientais, não sendo classificada como licença ambiental. Ou seja, a autorização 
será concedida para estabelecer as condições de realização ou operação de 
empreendimentos, atividades, pesquisas e serviços de caráter temporário 
ou para execução de obras que não caracterizem instalações permanentes.
Caso o empreendimento, atividade, pesquisa, serviço ou obra de caráter temporário 
passe a configurar situação permanente, será exigida a licença ambiental correspon-
dente, em substituição. O prazo de validade da licença pode variar conforme o órgão 
ambiental que está realizando o licenciamento.
Autorizações ambientais2
Existem diferentes tipos de autorizações e cada uma possui modalidades 
específicas. Veja a seguir.
Autorização para Exploração Florestal:
 ■ Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) — conjunto de ativida-
des e intervenções planejadas, adaptadas às condições das florestas e 
aos objetivos sociais e econômicos do seu aproveitamento, visando à 
produção racional de produtos e subprodutos florestais, possibilitando 
o seu uso em regime de rendimento sustentável.
 ■ Plano de Manejo Agroflorestal Sustentável (PMAS) — uso racional 
do solo para a elevação da produção total, combinando culturas 
agrícolas e frutíferas com essências florestais, em forma simultâ-
nea ou consecutiva, e que aplique práticas de manejo em regime 
de rendimento sustentável, compatíveis com as formas cultural e 
socioeconômica de vida da população local.
 ■ Plano de Manejo Silvipastoril Sustentável (PMSS) — uso racional 
do solo para elevar a produção total, combinando técnicas pastoris e 
florestais, de forma simultânea ou sequencial, de maneira que alcance 
a elevação da produtividade em regime de rendimento sustentável.
 ■ Planos de Manejo Integrados Agrossilvipastoril Sustentável (PMIAS) 
— conjunto de sistemas e práticas de uso do solo que envolve a 
interação socioeconômica e conservacionista aceitável de árvores 
e arbustos com culturas agrícolas, pastagens e animais, de forma 
sequencial ou simultânea, de maneira que alcance a maior produti-
vidade total em regime sustentável.
Autorização para Uso Alternativo do Solo: qualquer alteração ou supressão na 
cobertura vegetal nativa, visando à implantação de empreendimentos públicos 
e privados, atividades de mineração, atividades agropecuárias e silviculturais.
Autorização para o Uso do Fogo Controlado: documento que autoriza o uso 
do fogo controlado como prática cultural e manejo em atividades agrícolas 
e silviculturais.
Autorização para o Transporte de Produtos Florestais: também conhecida 
como Documento de Origem Florestal (DOF), que constitui o transporte e 
armazenamento de produtos fl orestais de origem nativa, inclusive o carvão 
3Autorizações ambientais
vegetal nativo, contendo as informações sobre a procedência desses produ-
tos, nos termos do art. 36 da Lei nº. 12.651, de 25 de maio de 2012 (Código 
Florestal) (BRASIL, 2012).
Conforme a Portaria IBAMA nº. 44, de 6 de abril de 1993, são considerados produtos 
florestais:
  madeira em toras; 
  toretes; 
  postes não imunizados; 
  escoramentos; 
  palanques roliços; 
  dormentes nas fases de extração e fornecimento; 
  mourões ou moirões; 
  achas e lascas; 
  pranchões desdobrados com motosserra; 
  lenha; 
  palmito; 
  xaxim; 
  óleos essenciais;
  bloco ou filé, tora em formato poligonal, obtida a partir da retirada de costaneiras 
(BRASIL, 1993).
Autorização para o Transporte de Produtos Perigosos: é um documento 
emitido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais 
Renováveis (IBAMA), obrigatório desde 10 de junho 2012, para o exercício 
da atividade de transporte marítimo e de transporte interestadual (terrestre 
e fl uvial) de produtos perigosos. A Autorização Ambiental para Transporte 
de Produtos Perigosos é obrigatória às empresas que exercem a atividade 
nos modais rodoviário (veículos), ferroviário (trens) e aquaviário (embarca-
ções), em mais de uma unidade da Federação. A mesma autorização vale para 
transportadores de produtos perigosos no modal marítimo (embarcações), 
conforme a Instrução Normativa IBAMA nº. 05, de 9 de maio de 2012, e as 
suas atualizações. A Figura 1 ilustra acidentes que podem resultar em graves 
prejuízos ambientais.
Autorizações ambientais4
Figura 1. Acidentes com o transporte de produtos perigosos podem resultar em graves 
passivos ambientais.
Fonte: Shutterstock.com.
O órgão ambiental competente pode fornecer uma declaração chamada de ato adminis-
trativo, em que é relatada a situação de um determinado empreendimento ou atividade.
Para exemplificar, podemos supor que um empreendimento licenciamento 
pelo órgão ambiental estadual tenha despejado efluente líquido industrial em 
um rio, ocasionando a morte de peixes. Nesse caso, o órgão ambiental municipal 
deve emitir uma declaração ao órgão estadual para relatar o acontecimento. 
Isso deve acontecer porque o órgão ambiental municipal não é responsável 
pelo empreendimento, pois não possui atribuição legal para atuar na causa.
As declarações também podem ser geradas pelo próprio empreendimento 
ou atividade. Um exemplo é a Declaração Ambiental do Produto (EPD), que 
visa informar os clientes de uma empresa sobre os impactos que o seu produto 
ou serviço gera sobre o meio ambiente. O documento serve como prova do 
5Autorizações ambientais
compromisso da empresa com a proteção do meio ambiente. A declaração 
acaba sendo também uma ferramenta de marketing eficaz, que define o perfil 
ambiental completo do produto ou do serviço fornecido.
Atividades sujeitas ao licenciamento ambiental
Não é todo empreendimento que precisa de licenças ambientais. De acordo 
com a Lei n°. 6.938, de 31 de agosto de 1981, são passíveis de licenciamento 
as atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva e 
potencialmente poluidoras, bem como as capazes, sob qualquer forma, de 
causar degradação ambiental (BRASIL, 1981). Por se tratar de uma defi nição 
extremamente ampla, mais tarde a Resolução CONAMA nº. 237/1997, em seu 
Anexo I, defi niu uma série de atividades sujeitas ao licenciamento ambiental. 
O Quadro 1 apresenta uma lista baseada nesse documento. 
Área/
empreendimento Atividades passíveis de licenciamento
Extração e tratamento 
de minerais
Pesquisa mineral com guia de utilização; lavra 
a céu aberto, inclusive de aluvião, com ou sem 
beneficiamento; lavra subterrânea com ou sem 
beneficiamento; lavra garimpeira; perfuração de 
poços e produção de petróleo e gás natural.
Indústria de 
produtos minerais 
não metálicos
Beneficiamento de minerais não metálicos, não 
associados à extração; fabricação e elaboração 
de produtos minerais não metálicos, como 
produção de material cerâmico, cimento, 
gesso, amianto e vidro, entre outros.
Indústria metalúrgica Fabricação de aço e de produtos siderúrgicos; produção 
de fundidos de ferro e aço, arames, relaminados com ou 
sem tratamento de superfícies, inclusive galvanoplastia; 
relaminação de metais não ferrosos, inclusive ligas; 
produção de soldas e anodos; metalúrgica de 
metais preciosos; fabricação de estruturas metálicas 
com ou sem tratamento de superfície, inclusive 
galvanoplastia; têmpera e cementação de aço, 
recozimento de arames, tratamento de superfícies.
Quadro 1. Principais atividades sujeitas ao licenciamento ambiental.
(Continua)
Autorizações ambientais6
(Continuação)
(Continua)
Área/
empreendimento Atividades passíveis de licenciamento
Indústria mecânica Fabricação de máquinas, aparelhos, 
peças, utensílios e acessórios com e sem 
tratamento térmico e de superfícies. 
Indústria de material 
elétrico, eletrônico e 
de comunicações
Fabricação de pilhas, baterias e outros acumuladores; 
fabricação de material elétrico, eletrônico e de 
equipamentos para telecomunicações e informática.
Indústria de material 
de transporte
Fabricação e montagem de veículos rodoviários 
e ferroviários, peças e acessórios, fabricação e 
montagem de aeronaves, fabricação e reparo 
de embarcações e estruturas flutuantes.
Indústria de madeira Serraria e desdobramento de madeira; preservação 
de madeira; fabricação de chapas, placas de 
madeira aglomerada, prensada e compensada; 
fabricação de estruturas de madeira e de móveis.
Indústria de papel 
e celulose
Fabricação de celulose e pasta mecânica; fabricação 
de papel e papelão; fabricação de artefatos de 
papel, papelão, cartolina, cartão e fibra prensada.
Indústria de fumo Fabricação de cigarros, charutos, cigarrilhas e 
outras atividades de beneficiamento do fumo.
Indústria de borracha Beneficiamento de borracha natural; fabricação de 
câmara de ar e fabricação e recondicionamento 
de pneumáticos; fabricação de laminados e fios 
de borracha; fabricação de espuma e de artefatos 
de espuma de borracha, inclusive látex.
Indústria de 
couros e peles
Secagem e salga de couros e peles, curtimento e 
fabricação de couros e peles, fabricação de cola animal.
Indústria química Produção de substância e fabricação de produtos 
químicos, como: cosméticos, óleos e gorduras, 
resinas e fibras, explosivos, solventes, produtos 
de limpeza, fertilizantes, entre outros.
Indústria de produtos 
de matéria plástica
Fabricação de laminados plásticos e de 
artefatos de material plástico.
Quadro 1. Principais atividades sujeitas ao licenciamento ambiental.
7Autorizações ambientais
(Continuação)
(Continua)
Área/
empreendimento Atividades passíveis de licenciamento
Indústria têxtil, de 
vestuário e artefatos 
de tecidos
Beneficiamento de fibras têxteis, vegetais, de origem 
animal e sintéticos; fabricação e acabamento de fios e 
tecidos; tingimento, estamparia e outros acabamentos 
em peças do vestuário e artigos diversos de tecidos, 
fabricação de calçados e componentes para calçados. 
Indústria de produtos 
alimentares e bebidas
Beneficiamento, moagem, torrefação e fabricação 
de produtos alimentares; matadouros, abatedouros, 
frigoríficos, charqueadas e derivados de origem animal; 
fabricação de conservas; preparação de pescados e 
fabricação de conservas de pescados; preparação 
e beneficiamento de leite e derivados; refino e 
preparação de óleo e gorduras vegetais; fabricação 
de bebidas alcóolicas e não alcóolicas; entre outros.
Turismo Complexos turísticos e de lazer, inclusive 
parques temáticos e autódromos. 
Indústrias diversas Usinas de produção de concreto, 
asfalto e galvanoplastia.
Obras civis Rodovias, ferrovias, hidrovias, metropolitanos; 
barragens e diques; canais para drenagem; 
retificação de curso de água; transposição 
de bacias hidrográficas, entre outras. 
Serviços de utilidade Produção de energia termoelétrica; transmissão 
de energia elétrica; estações de tratamento 
de água; tratamento e destinação de resíduos 
industriais líquidos e sólidos; dragagens e 
derrocamentos em corpos d’água; recuperação de 
áreas contaminadas ou degradas, entre outros.
Atividades diversas Parcelamento do solo; distrito e polo industrial.
Transporte, terminais 
e depósitos
Transporte de cargas perigosas; transporte por dutos, 
marinas, portos e aeroportos; terminais de minério, 
petróleo e derivados de produtos químicos; depósitos 
de produtos químicos e produtos perigosos.
Quadro 1. Principais atividades sujeitas ao licenciamento ambiental.
Autorizações ambientais8
A Resolução CONAMA n°. 237/1997 é exemplificativa e não pretende esgotar 
todas as possibilidades, pois seria impossível, mas funciona como um norteador 
para os empreendedores, órgãos ambientaise os próprios profissionais da área 
(BRASIL, 1997). 
Validade das licenças ambientais
Após a obtenção do licenciamento ambiental, devemos fi car atentos ao 
prazo de validade, que é estabelecido pelo órgão ambiental competente 
para cada licença, conforme a Resolução CONAMA nº. 237/1997, art. 18 
(BRASIL, 1997). 
Fonte: Adaptado de Brasil (1997).
Área/
empreendimento Atividades passíveis de licenciamento
Atividades 
agropecuárias
Projeto agrícola; criação de animais; projetos 
de assentamentos e de colonização.
Uso de recursos 
naturais
Silvicultura; exploração econômica da madeira 
ou lenha e subprodutos florestais; atividade de 
manejo de fauna exótica e criadouro de fauna 
silvestre; utilização do patrimônio genético natural; 
manejo de recursos aquáticos vivos; introdução de 
espécies exóticas e geneticamente modificadas, 
uso da diversidade biológica pela biotecnologia. 
Quadro 1. Principais atividades sujeitas ao licenciamento ambiental.
(Continuação)
9Autorizações ambientais
O CONAMA definirá, quando necessário, licenças ambientais específicas, ob-
servadas a natureza, as características e as peculiaridades da atividade ou do 
empreendimento e, ainda, a compatibilidade do processo de licenciamento com 
as etapas de planejamento, implantação e operação (Resolução CONAMA nº. 
237/1997, art. 9º) (BRASIL, 1997). 
É fundamental ressaltar que apenas as LPs obtidas pelo instrumento de 
Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), 
LIs e LOs poderão ser renovadas. Para as demais modalidades, é necessário 
reiniciar os procedimentos administrativos.
  LP antecedida de EIA/RIMA: poderá ser renovada uma vez, desde que 
não tenham ocorrido mudanças ambientais que indiquem a necessidade 
de novo EIA, a critério do órgão licenciador.
  LI: poderá ser regularmente renovada dentro da necessidade de 
execução de obras contempladas pela primeira licença de instalação 
emitida.
  LO: poderá ser regularmente renovada durante o período de uso do 
empreendimento. 
Licenças ambientais têm prazo de vigência parcialmente defi nido por Lei 
Federal. No entanto, cada órgão licenciador competente, tanto municipal 
quanto estadual, poderá estabelecer os prazos de validade para cada li-
cença (LP, LI e LO), levando em consideração o estabelecido nos planos 
e projetos entregues e também o exposto na Resolução Nº 237, de 19 de 
dezembro de 1997.
Para saber quais são os prazos máximos, veja o Quadro 2, que apresenta 
um resumo da validade das licenças ambientais.
Autorizações ambientais10
Fonte: Adaptado de Struchel (2016).
LP LI LO
Requisitos 
mínimos para o 
estabelecimento 
do prazo de 
validade:
Conforme 
estabelecido no 
cronograma de 
elaboração dos 
planos, programas e 
projetos relativos ao 
empreendimento 
ou atividade.
Conforme 
estabelecido no 
cronograma de 
instalação do 
empreendimento 
ou atividade.
Conforme 
estabelecido 
nos planos 
de controle 
ambiental.
Duração do 
prazo de 
validade:
Não pode 
ser superior a 
cinco anos.
Não pode 
ser superior 
a seis anos.
Não pode ser 
inferior a quatro 
e superior a 
dez anos.
Quadro 2. Prazos de licenças ambientais.
Dependendo do município ou estado brasileiro de requerimento da licença 
ambiental, o nome da licença ou sua sigla pode variar, ou mesmo podem ser 
estabelecidas licenças diferenciadas, como no município de Aracruz (ES), 
onde são conceituadas pela Lei Municipal nº 2.436, de dezembro de 2001, a 
Licença Ambiental de Regularização (LAR), a Licença Ambiental Única (LU) 
e a Licença Ambiental Simplificada (LS), tendo também prazos especificados 
por essa mesma Lei.
Renovação das licenças ambientais
Outra característica importante da licença é sua estabilidade temporal, uma vez 
que não é defi nitiva, podendo ser renovada periodicamente (BRASIL, 1981; 
BRASIL, 1997; BRASIL, 2011). Struchel (2016) comenta que a renovação 
da licença ambiental deverá ser solicitada conforme defi nido na legislação 
e impresso na própria licença e o empreendedor requerer a sua renovação. 
11Autorizações ambientais
A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedência mínima 
de 120 dias da expiração do prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando 
este automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental 
competente (art. 14) (BRASIL, 2011).
Além disso, o órgão ambiental competente poderá revisar a qualquer mo-
mento as licenças ambientais. A revisão poderá ser feita em três hipóteses, 
conforme art. 19 da Resolução CONAMA nº. 237/1997:
 violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas
legais;
 omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiarem 
a expedição da licença;
 superveniência de graves riscos ambientais e de saúde (BRASIL, 1997).
É muito importante ficar atento à validade e às condicionantes contidas na licença 
ambiental. Com a validade expirada, além de o estabelecimento estar sujeito 
a sanções, terá que reiniciar todo o processo de licenciamento ambiental. Ou 
seja, no lugar de apenas renovar a LO, deverá encaminhar ao órgão ambiental 
um novo projeto, visando a uma licença de operação-regularização. Além das 
taxas mais elevadas, poderá haver também a exigência de maiores estudos de 
impactos ambientais. 
Autorizações ambientais12
BRASIL. Lei nº. 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação 
nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro 
de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de 
setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, 
de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. 2012. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm>. Acesso em: 26 nov. 2017.
13Autorizações ambientais
BRASIL. Lei complementar nº. 140, de 8 de dezembro de 2011. Fixa normas, nos termos 
dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, 
para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas 
ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à 
proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate 
à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da 
flora; e altera a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981. 2011. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm>. Acesso em: 26 nov. 2017.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 237, de 19 de dezembro 
de 1997. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.
html>. Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. 
Portaria nº. 44-n, de 06 de abril de 1993. Dispõe sobre a autorização para transporte de 
produto de florestal - ATPF e dá outras providências. 1993. Disponível em: <http://
www.mma.gov.br/estruturas/pnf/_arquivos/portaria_ibama_44n_93.pdf>. Acesso 
em: 26 nov. 2017.
BRASIL. Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio 
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providên-
cias. 1981. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. 
Acesso em: 26 nov. 2017.
STRUCHEL, A. C. O. Licenciamento ambiental municipal. São Paulo: Oficina de Textos, 
2016. 
Leituras recomendadas
BRASIL. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. 
Instrução normativa nº. 5, de 9 de maio de 2012. 2012. Disponível em: <http://www.ibama.
gov.br/phocadownload/produtosperigosos/in_05_2012.pdf>. Acesso em: 26 nov. 2017.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Caderno de licenciamento ambiental. Brasília: 
MMA, 2009. 
MACHADO, A. Q. Licenciamento ambiental: atuação preventiva do Estado à luz da Cons-
tituição da República Federativa do Brasil.Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012. 
 
DICA DO PROFESSOR
Comumente escutamos nos noticiários sobre acidentes envolvendo cargas perigosas, colocando 
em risco a qualidade do meio ambiente. Dessa forma, as empresas precisam providenciar a 
autorização de transporte de produtos perigosos.
Essa autorização, que é totalmente gratuita, é obrigatória às empresas transportadoras que 
exercerem a atividade de transporte de produtos perigosos nos modais rodoviário (veículos), 
ferroviário (trens) e aquaviário (embarcações) em mais de uma unidade da federação.
Nesta Dica do Professor, você saberá mais a respeito da autorização de transporte de produtos 
perigosos. Assista ao vídeo a seguir.
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EXERCÍCIOS
1) A Resolução CONAMA nº 237/97 definiu atividades/empreendimentos que 
necessitam de licenciamento ambiental. Dentre as alternativas a seguir, qual 
atividade estaria ISENTA de licenciamento? 
A) Beneficiamento de borracha natural.
B) Construção de uma rodovia.
C) Parcelamento do solo.
D) Agência de turismo.
E) Exploração econômica de madeira.
As licenças/autorizações ambientais apresentam datas de validade, sendo que o 2) 
proprietário deverá ficar atento quanto aos prazos de vencimento, podendo inclusive 
sofrer sanções. Em relação à validade das licenças/autorizações ambientais, assinale a 
alternativa correta. 
A) A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedência mínima de 120 
dias de expiração de seu prazo de validade.
B) Após emitida a licença ambiental, o órgão ambiental não poderá mais revisar o 
licenciamento ambiental da atividade.
C) As autorizações ambientais têm data de validade de no máximo dois anos.
D) Em relação às licenças de operação-regularização, estas têm validade de no máximo dois 
anos.
E) A licença prévia não pode apresentar validade superior a quatro anos.
3) É fundamental conhecer a diferença entre licença, autorização e declaração. Qual das 
alternativas a seguir está correta? 
A) A declaração municipal não tem fins legais.
B) A autorização é um documento permanente, enquanto a licença ambiental tem data de 
validade.
C) A autorização é concedida apenas para atividades que visam à exploração florestal.
D) A licença ambiental é definida como um ato administrativo pelo qual o órgão judiciário 
competente licencia empreendimentos que possam causar degradação ambiental.
E) A licença ambiental é exigida quando o empreendimento ou a atividade passa a configurar 
situação permanente.
4) É essencial que os profissionais estejam atentos não somente aos diferentes tipos de 
licenciamento, mas também às diferentes autorizações que os órgãos ambientais 
podem solicitar. Como exemplo, pode-se citar o documento de origem florestal 
(DOF). Qual a alternativa correta em relação a essa autorização? 
A) A única forma de requisitar o DOF é procurar a sede do Ibama mais próxima.
B) É obrigatório apenas quando houver comercialização de produtos florestais entre Estados.
C) Consiste em uma autorização fornecida pelo Ibama para comercialização e transporte de 
produtos florestais.
D) O DOF é exigido para pessoas físicas.
E) O DOF é exigido apenas para produtos florestais brutos, como madeira em tora, lenha, 
palmito, xaxim, entre outros.
5) Outra autorização fundamental emitida pelo órgão ambiental é a autorização para o 
transporte de produtos perigosos. Assinale a alternativa correta a respeito dessa 
autorização. 
A) Apenas os produtos que possam causar danos ambientais devem ter a autorização para o 
transporte de produtos perigosos.
B) Para cada novo transporte, deve-se requer uma nova autorização para o transporte de 
produtos perigosos.
Tanto a matriz como as filiais devem requer a autorização para o transporte de produtos C) 
perigosos.
D) Esta autorização é obrigatória para atividade de transporte de produtos perigosos no modal 
rodoviário (veículos).
E) As pequenas empresas, normalmente, deixam de fazer a autorização de transporte de 
produtos perigosos em razão dos altos custos envolvidos.
NA PRÁTICA
Mesmo que as atividades ou os empreendimentos tenham o devido licenciamento ambiental, 
este não é o único documento necessário, dependendo do tipo de atividade desenvolvida. Dessa 
forma, é fundamental que os profissionais estejam atentos às autorizações que os órgãos 
ambientais podem exigir. Caso elas não tenham sido providenciadas, poderão haver 
complicações, colocando, inclusive, o andamento das atividades ou o próprio estabelecimento 
em risco. 
 
Confir Na prática, uma situação em que a falta de um documento gerou complicações. 
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
A autorização de produtos perigosos consiste em um documento emitido pelo Ibama e que 
obrigatório desde 10 de junho 2012 para o exercício da atividade de transporte marítimo e 
de transporte interestadual (terrestre e fluvial) de produtos perigosos. Assista ao vídeo a 
seguir e saiba mais sobre essa autorização.
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O entendimento pleno do licenciamento ambiental e de sua aplicabilidade por gestores 
públicos, empreendedores e sociedade é imprescindível para a proteção dos recursos 
ambientais existentes. Leia o artigo a seguir e saiba mais a respeito desse assunto.
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Leia no artigo a seguir uma análise crítica dos procedimentos de avaliação ambiental nos 
projetos da Iirsa, em especial daqueles que envolvam o território brasileiro.
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Crimes ambientais
APRESENTAÇÃO
Em relação ao licenciamento ambiental, é imprescindível conhecer os conceitos e legislações 
que envolvem os crimes ambientais, sendo estes definidos como todas as agressões ao meio 
ambiente e seus componentes. Normalmente, logo nos vem à mente os danos à fauna e à flora, 
porém existem diferentes modalidades de crimes ambientais. É considerado crime ambiental 
inclusive a ação de atividades que não provocam impactos ambientais negativos. 
É fundamental, em relação aos projetos ambientais, o diagnóstico dos impactos ambientais de 
forma correta, sendo analisados todos os impactos que possam ocorrer no ambiente, na 
sociedade e até mesmo na economia de uma região (dependendo da atividade/empreendimento). 
Caso contrário, se esses impactos forem omitidos, será cometido um crime ambiental. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá aprender sobre conceitos relacionados a crimes 
ambientais, seus diferentes tipos e quais são as sanções penais aplicadas quando identificado um 
crime ambiental. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir o significado de crimes ambientais e legislações vigentes.•
Descrever os diferentes tipos de crimes ambientais.•
Discernir sobre as sanções penais para atividades lesivas ao meio ambiente.•
DESAFIO
Crime ambiental é ocasionado para toda e qualquer ação que causar poluição, de qualquer 
natureza, que resulte ou possa resultar em danos à saúde ou em impactos ambientais, que 
provoque a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora.
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Seu desafio, como futuro profissional da área ambiental, consiste em redigir um pequeno texto 
informando se ocorreu ou não um crime ambiental, bem como justificar sua resposta. Em caso 
afirmativo, quais tipos de crimes ambientais poderiam enquadrar-se nesse cenário e qual medida 
deve ser adotada visando a recuperação da área?
INFOGRÁFICO
O meio ambiente é protegido pela Lei n.º 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Considera-se como 
crime ambiental todo e qualquer dano ou prejuízo causado aos elementos que compõem o 
ambiente. Qualquer cidadão pode realizar umadenúncia ambiental, que pode ser feita no próprio 
órgão ambiental municipal, estadual ou mesmo federal. O Ibama fornece uma linha para 
denúncia, conhecida como linha verde. Através deste canal, a denúncia é investigada e em caso 
de confirmação, é encaminhada ao Ministério Público para que as providências administrativas 
e criminais cabíveis sejam tomadas. As penas são aplicadas conforme a gravidade da infração 
prevista pela Lei de Crimes Ambientais, e, quanto mais reprovável for a conduta, mais severa 
será a punição.
Mas você sabe quais são exatamente os tipos de crimes ambientais? Confira no Infográfico a 
seguir. 
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CONTEÚDO DO LIVRO
Como exemplos mais comuns de crimes ambientais, podemos citar os crimes contra a fauna e a 
flora. O tráfico de animais é um dos principais comércios ilegais do País, sendo que nove entre 
dez animais contrabandeados morrem antes de chegar ao seu destino, consequência das más 
condições que lhes são impostas e, ainda, por lesão e mutilação feita pelos próprios traficantes 
para que não produzam sons e/ou fiquem paralisados por causa da dor. Em relação aos crimes 
contra a flora, estes estão relacionados, principalmente, com o desmatamento e as queimadas 
irregulares. Em 2015, o número de incêndios florestais no país aumentou 27,5% e, de acordo 
com o Inpe (Instituto de Pesquisas Espaciais), aproximando-se do recorde histórico, registrado 
em 2010.
Para entender mais sobre os tipos e penalidades contra o meio ambiente, leia o capítulo Crimes 
ambientais, que faz parte do livro Licenciamento Ambiental, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem. 
Boa leitura.
LICENCIAMENTO 
AMBIENTAL 
Ronei Stein 
Revisão técnica:
Vanessa de Souza Machado 
Bióloga
Mestre e Doutora em Ciências Biológicas
Professora de Curso de Tecnologia 
em Gestão Ambiental
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB-10/2147
S818l Stein, Ronei Tiago.
Licenciamento ambiental / Ronei Tiago Stein ; [revisão 
técnica: Vanessa de Souza Machado]. – Porto Alegre: 
SAGAH, 2017.
265 p. : il ; 22,5 cm.
ISBN 978-85-9502-277-5
1. Ciências Biológicas. 2. Licenças ambientais. I. Título.
CDU 502.13
Licenciamento_Ambiental_Book.indb 2 07/12/2017 16:18:40
Crimes ambientais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Defi nir crimes ambientais e as legislações vigentes.
  Descrever os diferentes tipos de crimes ambientais.
  Identifi car as sanções penais para atividades lesivas ao meio ambiente.
Introdução
Tratando-se de licenciamento ambiental, é imprescindível conhecer 
os conceitos e as legislações que envolvem os crimes ambientais, que 
são todas as agressões ao meio ambiente e aos seus componentes. 
Normalmente, quando falamos em crime ambiental, logo pensamos em 
danos à fauna e a flora, mas existem diferentes modalidades de crime que 
precisamos conhecer. Pode ser considerada crime ambiental, por exemplo, 
uma ação de atividade que não provoque impactos ambientais negativos. 
Por isso é fundamental que, em todos projetos ambientais, sejam 
realizados diagnósticos eficientes dos impactos ambientais, em que 
sejam analisados todos os impactos que possam ocorrer no ambiente, 
na sociedade e até mesmo na economia de uma região, dependendo 
da atividade ou do empreendimento. Se esses impactos forem omitidos, 
configura-se um crime ambiental. 
Neste capítulo, você vai aprender os conceitos de crime ambiental, 
os seus diferentes tipos e quais são as sanções penais aplicadas quando 
um deles for identificado.
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Crimes ambientais: definição e normativas
De acordo com Barsano e Barbosa (2013), as leis, normas técnicas e outras 
regulamentações, objetivando principalmente a preservação ambiental e o 
melhor aproveitamento dos recursos naturais no decorrer dos anos, foram 
fruto de acontecimentos históricos específi cos em diversos países. Esses 
acontecimentos foram sendo moldados conforme as necessidades de cada 
momento e a análise dos interesses de todos envolvidos: os poderes públicos, 
a iniciativa privada e a sociedade civil.
O Brasil apresenta uma enorme biodiversidade, tanto em fauna quanto 
em flora, além de ser privilegiado com a magnitude dos recursos hídricos. 
Esses recursos naturais sempre foram alvo do interesse e da cobiça humana, 
e, desde a época das colonizações, passando pela Revolução Industrial, até o 
início do século XX, os recursos naturais existentes tinham como finalidade 
única atender a demanda de matéria-prima para o desenvolvimento econômico 
no curto prazo. Portanto, a degradação ambiental não é algo novo na história 
do Brasil, como você pode verificar nos seguintes exemplos (BARSANO; 
BARBOSA, 2013):
 a exploração do pau-brasil e de outras madeiras nobres;
 a economia açucareira dos senhores de engenho;
 a economia mineradora em várias fases históricas; 
 o ciclo da borracha e o ciclo do café;
 o crescimento da indústria de base com plataformas de petróleo, usinas 
hidrelétricas e nucleares, metalurgia, entre outras;
 a ocupação territorial de áreas não habitadas como a Amazônia, o 
cerrado e as costas litorâneas;
 o crescimento urbano por meio das migrações e imigrações.
Nesse cenário de enormes prejuízos que o meio ambiente vinha sofrendo 
durante séculos de uso descontrolado e não planejado, foi necessário criar 
medidas de contenção. Entre uma série extensa de leis que regem a proteção 
ao meio ambiente em território nacional, as Leis nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 
1998 (Lei dos Crimes Ambientais ou Lei da Natureza) e 12.305, de 2 de agosto 
de 2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos — PNRS) são consideradas 
marcos no setor. A Lei nº. 9.605/1998 (BRASIL, 1998) dispõe sobre as sanções 
penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio 
ambiente, e dá outras providências. Já a Lei nº. 12.305/2010 (BRASIL, 2010) 
institui a PNRS, dispondo sobre os seus princípios, objetivos e instrumentos, 
Crimes ambientais74
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bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento 
de resíduos sólidos — incluídos os perigosos —, às responsabilidades dos 
geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. 
Toda agressão ao meio ambiente e aos seus componentes (como flora, fauna, recursos 
naturais e patrimônio cultural) que ultrapassa os limites estabelecidos por lei é con-
siderada crime ambiental. Além disso, toda conduta que ignora normas ambientais 
legalmente estabelecidas, mesmo que não sejam causados danos ao meio ambiente, 
como a ocupação indevida de áreas ou a proliferação de patogenias a uma comunidade, 
também é considerada crime ambiental. 
É crime ambiental toda ação que causar poluição, de qualquer natureza, 
que resulte ou possa resultar em danos à saúde ou em impactos ambientais, 
que provoque a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora. 
Enquadram-se nesses casos, de acordo com Vasconcelos (2014):
 tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;
 causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momen-
tânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à 
saúde da população;
 causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abaste-
cimento público de água de uma comunidade;
 dificultar ou impedir o uso público das praias;
 lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos ou detritos, óleos ou subs-
tâncias oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas em leis 
ou regulamentos;
 deixar de adotar, quando assim exigir a autoridade competente, medidas 
de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.
A Lei de Crimes Ambientais determina as sanções penais e administrativas 
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Essa legislaçãodefine a responsabilidade das pessoas físicas ou jurídicas, permitindo que 
grandes empresas sejam responsabilizadas criminalmente pelos danos que 
os seus empreendimentos possam causar à natureza. 
75Crimes ambientais
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Além das agressões ambientais que possam ultrapassar os limites estabelecidos por lei, 
como o lançamento de efluentes em recursos hídricos (em desacordo com os padrões 
das normativas), também é considerado crime ambiental quando as condutas ignoram 
as normas ambientais, mesmo sem causar danos ao meio ambiente. Um exemplo típico 
são os empreendimentos ou atividades que não possuem licenciamento ambiental. 
Nesse caso, há a desobediência a uma exigência da legislação ambiental e, por isso, 
ela é passível de punição por multa ou detenção.
Tipos de crimes ambientais
As legislações ambientais não foram criadas para proteger o meio ambiente, 
mas para atender a interesses econômicos. Em um segundo momento, buscou-
-se a tutela e o controle das reservas naturais existentes no País, mas sem 
manifestar um conhecimento mais aprofundado ou simplesmente ignorando 
a preservação do meio ambiente como fundamento vital para a preservação da 
vida, priorizando apenas as metas de desenvolvimento industrial (BARSANO; 
BARBOSA, 2013).
Dessa forma, a Lei de Crimes Ambientais foi um marco na área am-
biental, pois definiu como crime não apenas as atividades que trouxessem 
impactos ambientais, mas também as que ignoram as legislações ambientais. 
A referida norma classifica os crimes ambientais em seis diferentes tipos, 
apresentados a seguir.
Crimes contra a fauna: agressões cometidas contra animais silvestres, 
nativos ou em rota migratória, como caçar, pescar, matar, perseguir, apanhar, 
utilizar, vender, expor, exportar, adquirir, impedir a procriação, maltratar, 
realizar experiências dolorosas ou cruéis com animais quando existe outro 
meio, mesmo que para fi ns didáticos ou científi cos, transportar, manter em 
cativeiro ou depósito, espécimes, ovos ou larvas sem autorização ambiental 
ou em desacordo com esta. Ou ainda a modifi cação, danifi cação ou destrui-
ção do seu ninho, abrigo ou criadouro natural. A introdução de espécime 
animal estrangeira no Brasil sem a devida autorização também confi gura 
crime ambiental.
Crimes ambientais76
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O tráfego de animais silvestres é o um dos principais comércios ilegais do mundo, 
perdendo apenas para as drogas e armas. Trinta e oito milhões de animais silvestres 
são retirados dos seus ecossistemas todo ano, somente no Brasil, para abastecer o 
mercado negro (SITE..., 2016).
Crimes contra a fl ora: destruir ou danifi car fl oresta de preservação perma-
nente mesmo que em formação, ou utilizá-la em desacordo com as normas de 
proteção, bem como as vegetações fi xadoras de dunas ou protetoras de man-
gues; causar danos diretos ou indiretos às unidades de conservação; provocar 
incêndio em mata ou fl oresta ou fabricar, vender, transportar ou soltar balões 
que possam provocá-lo em qualquer área; extração, corte, aquisição, venda, 
exposição para fi ns comerciais de madeira, lenha, carvão e outros produtos de 
origem vegetal sem a devida autorização ou em desacordo com esta; extrair de 
fl orestas de domínio público ou de preservação permanente pedra, areia, cal 
ou qualquer espécie de mineral; impedir ou difi cultar a regeneração natural 
de qualquer forma de vegetação; destruir, danifi car, lesar ou maltratar plantas 
de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia; 
comercializar ou utilizar motosserras sem a devida autorização.
Poluição e outros crimes ambientais: a poluição acima dos limites estabeleci-
dos por lei é considerada crime ambiental. Como consequências, pode resultar 
em danos à saúde humana, mortandade de animais e destruição signifi cativa 
da fl ora. Também é crime a poluição que torne locais impróprios para uso ou 
ocupação humana, a poluição hídrica, que pode resultar na interrupção do 
abastecimento público, e a não adoção de medidas preventivas em caso de 
risco de dano ambiental grave ou irreversível.
Crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural: destruir, 
inutilizar, deteriorar, alterar o aspecto ou estrutura (sem autorização), pichar 
ou grafi tar bem, edifi cação ou local especialmente protegido por lei, ou ainda, 
danifi car registros, documentos, museus, bibliotecas e qualquer outra estru-
tura, edifi cação ou local protegidos quer por seu valor paisagístico, histórico, 
77Crimes ambientais
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cultural, religioso, arqueológico, entre outros. Também é crime a construção 
em solo não edifi cável, como em áreas de preservação ou no seu entorno, sem 
autorização ou em desacordo com a autorização concedida.
Crimes contra a administração ambiental: incluem afi rmação falsa ou 
enganosa, sonegação ou omissão de informações e dados técnico-científi cos 
em processos de licenciamento ou autorização ambiental; a concessão de 
licenças ou autorizações em desacordo com as normas ambientais; deixar, 
aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação 
de relevante interesse ambiental; difi cultar ou obstar a ação fi scalizadora 
do Poder Público.
Infrações administrativas: toda ação ou omissão que viola regras jurídicas 
de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. Tratando-
-se das infrações administrativas, existem alguns princípios que os órgãos 
ambientais devem levar em conta:
 Devido processo legal — obrigatoriedade de observância de todos os 
princípios e normas para garantir o regular andamento do processo 
administrativo.
 Legalidade — ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma 
coisa senão em virtude de Lei, em sua acepção mais ampla.
 Impessoalidade — a administração pública não poderá atuar discrimi-
nando pessoas, sendo que para a Lei todos são iguais.
 Moralidade — é proibido ao administrador agir em desacordo com os 
conceitos de normas de condutas virtuosas, em conformidade com o 
que é honesto e justo. 
 Publicidade — impõe que todos os atos administrativos sejam de domí-
nio público, sendo necessária uma publicação para garantir a eficácia 
dos seus efeitos.
 Eficiência — a atividade administrativa deve oferecer resultados efe-
tivos para os administrativos, devendo ser exercida com rendimento 
funcional.
 Razoabilidade — a administração pública deverá atuar dentro de cri-
térios aceitáveis do ponto de vista da racionalidade, devendo existir 
fundamentos para ampará-los, considerando todos os fatos e circuns-
tâncias e guardar relação de proporcionalidade.
Crimes ambientais78
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 Proporcionalidade — a administração pública deve ter critérios de 
ponderabilidade e de seu equilíbrio entre o ato praticado, a finalidade 
perseguida e as consequências do ato.
 Segurança jurídica — veda a descontinuação sem motivação de atos 
e situações consolidadas, implicando na obrigação de fundamentação 
plena dos atos de revisão, anulação ou revogação. 
 Interesse público — deve ser amparado o bem-estar da sociedade como 
um todo.
 Ampla defesa — confere liberdade ao indivíduo de, em defesa dos seus 
interesses, alegar todos os fatos que entender cabíveis e propor todos 
os tipos de provas, obedecendo a lealdade processual e a boa-fé.
 Contraditório — todos os atos processuais administrativos devem primar 
pela possibilidade de serem contrariados, oportunizando “contradizer 
a imputação que lhe é posta”.
 Motivação — obriga que todos os atos praticados no processo sejam 
fundamentados. Só assim é que se pode aferir se o ato foi praticado em 
conformidade com a lei, mesmo no caso de atos discricionários. 
No dia 5 de novembro de 2015, a cidade histórica de Mariana foi o cenário do maior 
desastre ambiental da história do Brasil e um dosmaiores do mundo. O rompimento da 
barragem de Fundão, da mineradora Samarco, provocou o vazamento de 62 milhões 
de metros cúbicos de lama de rejeitos de minério, matando 19 pessoas, destruindo 
centenas de imóveis e deixando milhares de pessoas desabrigadas. O vazamento, 
considerado o maior de todos os tempos em volume de material despejado por 
barragens de rejeitos de mineração, provocou também a poluição do Rio Doce e danos 
ambientais que se estenderam aos estados do Espírito Santo e da Bahia. 
O Ministério Público de Minas Gerais denunciou a Samarco e alguns funcionários da 
mineradora por cometerem crimes ambientais em benefício da empresa, não havendo 
preocupação com o meio ambiente. 
Diferentes tipos de sanções penais
As penas previstas pela Lei de Crimes Ambientais são aplicadas conforme a 
gravidade da infração, ou seja, quanto mais reprovável for a conduta, atividade 
ou passivo ambiental, mais severa será punição. Porém, antes de falarmos 
79Crimes ambientais
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dos diferentes tipos de penas, é necessário entender quais são os critérios 
observados pelas autoridades de acordo com o art. 6º da Lei nº. 9.605/1998:
1. A gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e as con-
sequências para a saúde pública e para o meio ambiente.
2. Os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de 
interesse ambiental.
3. A situação econômica do infrator, no caso de multa (BRASIL, 1998).
As penalidades ressalvadas na Lei nº. 9.606/1998 podem ser:
 privativa de liberdade, em que o sujeito condenado deverá cumprir a 
pena em regime penitenciário; 
 restritiva de direitos, quando for aplicada ao sujeito, em substituição à 
prisão (BRASIL, 1998).
Uma empresa que viola um direito ambiental não poderá ter a liberdade restringida, 
como ocorre com uma pessoa física, mas é sujeita a penalizações. Nesse caso, aplicam-se 
as penas de multa ou restritivas de direitos, que são a suspensão parcial ou total das 
atividades, a interdição temporária do estabelecimento, obra ou atividade, e a proibição de 
contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações. 
Também é possível que a pena seja a prestação de serviços à comunidade por meio do 
custeio de programas e de projetos ambientais, da execução de obras de recuperação 
de áreas degradadas ou de contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas. 
Comumente as penas restritivas de direito são mais utilizadas, sendo que 
o art. 7º da Lei nº. 9.605/1998 estabelece cinco diferentes tipos:
1. Prestação de serviços à comunidade: consiste na atribuição ao conde-
nado de tarefas gratuitas junto a parques, jardins públicos e unidades de 
conservação e, no caso de dano da coisa particular, pública ou tombada, 
na restauração desta, se possível.
2. Interdição temporária de direitos: proibição de o condenado contratar 
com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros 
benefícios, bem como de participar de licitações pelo prazo de cinco 
anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos.
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3. Suspensão parcial ou total de atividades: será aplicada quando estas 
não estiverem obedecendo às prescrições legais.
4. Prestação pecuniária: consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou 
à entidade pública ou privada com fim social, de importância, fixado 
pelo juiz, não inferior a um salário mínimo nem superior a trezentos 
e sessenta salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante 
de eventual reparação civil a que for condenado o infrator.
5. Recolhimento domiciliar: baseia-se na autodisciplina e senso de responsa-
bilidade do condenado, que deverá, sem vigilância, trabalhar, frequentar 
curso ou exercer atividade autorizada, permanecendo recolhido nos dias e 
horários de folga em residência ou em qualquer local destinado à sua moradia 
habitual, conforme estabelecido na sentença condenatória (BRASIL, 1998).
Também chamado de crime ou dano comissivo ou intencional, o dano doloso é 
aquele em que o agente prevê o resultado lesivo da sua conduta e, mesmo assim, leva 
adiante, produzindo o resultado. Já o dano culposo é uma conduta voluntária, sem 
intenção de produzir o resultado ilícito, porém previsível, que poderia ser evitado. A 
conduta deve ser resultado de negligência, imperícia ou imprudência.
Além de multas, serviços comunitários e até prisão, ocorre outro enorme 
prejuízo, que não está definido em nenhuma lei, principalmente para as em-
presas. O descumprimento das leis e a falta de licenciamento ambiental para o 
exercício das atividades prejudicam, de forma direta, o seu maior patrimônio: 
a reputação. Quando uma empresa é identificada pelo seu cliente ou público 
consumidor como um agente agressor do meio do ambiente, a sua imagem é 
rapidamente destruída, devido ao descrédito e desconfiança em todo o mercado. 
Como consequências, podemos citar a diminuição nas vendas e queda no valor 
das ações, levando à crise financeira, podendo inclusive fechar o estabelecimento. 
Barreto ([2017]) ressalta que diante de um crime ambiental, a ação civil 
pública (regulamentada pela Lei 7.347/85) é o instrumento jurídico que protege 
o meio ambiente. O objetivo da ação é a reparação do dano que ocasionou a 
lesão dos recursos ambientais. Podem propor essa ação o Ministério Público, 
a Defensoria Pública, a União, o estado, o município, as empresas públicas, as 
fundações, as sociedades de economia mista e as associações com finalidade 
de proteção ao meio ambiente.
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Foi publicado no Diário Oficial da União do dia 24 de outubro de 2017 o decreto que 
permite a conversão de multas ambientais não quitadas em prestação de serviços 
de melhoria do meio ambiente, como o reflorestamento de áreas degradadas. O 
documento estabelece que o autuado interessado em converter uma multa deverá se 
responsabilizar por todos os serviços necessários para recuperar uma área degradada 
definida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 
(IBAMA) (BRASIL, 2017).
1. Das alternativas a seguir, qual 
está correta em relação à Lei 
de Crimes Ambientais?
a) A Lei de Crimes Ambientais é 
regida pela Lei nº. 6.938/1981.
b) É considerado crime contra 
a flora destruir ou danificar a 
vegetação primária, ou seja, 
vegetação caracterizada 
como de máxima expressão 
local, com grande diversidade 
biológica, sendo os efeitos das 
ações antrópicas mínimos.
c) É considerado crime contra a 
flora somente quando houver 
fabricação, venda ou lançamento 
de balões em florestas.
d) É considerado crime contra 
o ordenamento urbano e o 
patrimônio cultural construir 
em áreas de preservação 
ambiental sem autorização do 
órgão ambiental competente.
e) É considerado crime contra a 
fauna qualquer tipo de criação 
de animais em cativeiro.
2. Apesar de poucas pessoas saberem, 
as infrações administrativas são 
um dos tipos de crimes ambientais 
previstos. Esse tipo de crime é regido 
por alguns princípios, sendo que, 
das alternativas a seguir, a correta é:
a) o princípio da legalidade ressalta 
que ninguém e obrigado a fazer 
ou deixar de fazer algo sem 
uma denúncia de acusação.
b) a administração pública 
não poderá atuar 
discriminando pessoas.
c) o interesse social é a única 
questão a ser analisada na 
instalação de uma atividade 
ou de um empreendimento.
d) ao cometer um crime 
ambiental, o poluidor não 
terá direito de se defender.
e) o órgão ambiental deverá 
fundamentar os seus atos 
quando solicitado por um juiz.
3. Quando identificado um crime 
ambiental, existem diferentes 
penalidades, definidas pela 
Lei nº. 9.605/1998. Em relação 
a essas penalidades, assinale 
a alternativa correta.
a) O poluidor poderá sofrer um tipo 
Crimes ambientais82Cap5_Licenciamento_Ambiental.indd 82 07/12/2017 10:34:39
de penalidade apenas, ou seja, 
ou ele poderá sofrer sanções, ou 
prestará serviços comunitários ou 
estará privativa de direito (prisão).
b) A prestação de serviços 
comunitários consiste unicamente 
na recuperação da área degradada.
c) As penas previstas pela 
Lei de Crimes Ambientais 
são aplicadas conforme a 
gravidade da infração.
d) Indiferentemente das condições 
financeiras do réu, o valor 
da multa é paga de forma 
igualitária para todos.
e) O município jamais poderá propor 
a reparação do dano ambiental, 
sendo que cabe unicamente ao 
Ministério Público tal prática.
4. A Lei Federal nº. 9.605/1998 
dispõe sobre as sanções penais 
e administrativas derivadas de 
condutas e atividades lesivas ao 
meio ambiente. Segundo esse 
instrumento legal, um exemplo de 
circunstância que atenua a pena é:
a) a reincidência nos crimes 
de natureza ambiental.
b) realizar crime contra a fauna 
em períodos que estes 
estão mais vulneráveis.
c) o fato de o agente ter coagido 
outrem para a execução 
material da infração.
d) o baixo grau de instrução ou 
escolaridade do agente.
e) o fato de o agente ter 
cometido a infração à noite.
5. Analisando a figura a baixo, podemos 
dizer que essa prática se caracteriza 
como qual tipo de crime ambiental?
Fonte: Canal RioClaro, 2016, documento on-line.
a) Crime contra a fauna.
b) Crime contra o ordenamento 
urbano e o patrimônio cultural.
c) Crime contra a administração 
ambiental.
d) Infrações administrativas.
e) Crime contra a flora.
BARRETO, M. E. Legislação ambiental: Lei 7.347\85 considerações sobre o instrumento 
da ação civil pública ambiental na efetividade da proteção ao meio ambiente. [2017]. 
Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_
artigos_leitura&artigo_id=9170>. Acesso em: 26 nov. 2017.
BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Meio ambiente: guia prático e didático. 2. ed. São 
Paulo: Erica, 2013.
83Crimes ambientais
Cap5_Licenciamento_Ambiental.indd 83 07/12/2017 10:34:41
BRASIL. Decreto nº. 9.179, de 23 de outubro de 2017. Altera o Decreto nº. 6.514, de 22 de 
julho de 2008, que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio am-
biente e estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, 
para dispor sobre conversão de multas. 2017. Disponível em: <http://www2.camara.
leg.br/legin/fed/decret/2017/decreto-9179-23-outubro-2017-785605-publicacaoori-
ginal-154023-pe.html>. Acesso em: 26 nov. 2017.
BRASIL. Lei nº. 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. 2010. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.
htm>. Acesso em: 26 nov. 2017.
BRASIL. Lei nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e admi-
nistrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras 
providências. 1998. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.
htm>. Acesso em: 22 nov. 2017.
CANAL RIOCLARO. No mês das festas juninas, um alerta: soltar balão é crime ambiental. 
Notícias: Brasil. Maceió: Associação dos Bombeiros Militares de Alagoas, 7 jun. 2016. 
Disponível em: <http://abmal.com.br/noticia/3570/no-mes-das-festas-juninas-um-
-alerta-soltar-balao-e-crime-ambiental>. Acesso em: 27 nov. 2017.
SITE traz informações sobre o tráfico de animais silvestres. Jornal da USP, 2016. Dis-
ponível em: <http://jornal.usp.br/atualidades/site-traz-informacoes-sobre-o-trafico-
-de-animais-silvestres/>. Acesso em: 26 nov. 2017.
VASCONCELOS, T. P. Crime ambiental: agressões ao meio ambiente e seus componentes. 
2014. Disponível em: <http://www.iunib.com/revista_juridica/2014/05/07/crime-am-
biental-agressoes-ao-meio-ambiente-e-seus-componentes/>. Acesso em: 26 nov. 2017.
Leituras recomendadas
BRASIL. Ministério Do Meio Ambiente. Caderno de licenciamento ambiental. Brasília: 
MMA, 2009. 
BRASIL. Lei nº. 7.347, de 24 de julho de 1985. Disciplina a ação civil pública de respon-
sabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos 
de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (vetado) e dá outras 
providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.
htm>. Acesso em: 26 nov. 2017.
MACHADO, A. Q. Licenciamento ambiental: atuação preventiva do Estado à luz da Cons-
tituição da República Federativa do Brasil. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012. 
STRUCHEL, A. C. O. Licenciamento ambiental municipal. São Paulo: Oficina de Textos, 2016. 
Crimes ambientais84
Cap5_Licenciamento_Ambiental.indd 84 07/12/2017 10:34:41
 
DICA DO PROFESSOR
Já faz um bom tempo que a questão ambiental vem sendo discutida, tanto no cenário nacional 
quanto no internacional, em decorrência do consenso da população mundial sobre a necessidade 
de preservação do meio ambiente, bem como de impedir a proliferação dos danos ambientais 
causados por pessoas, tanto físicas quanto jurídicas.
No Brasil, a relevância sobre o tema originou uma legislação mais rígida sobre as questões 
ambientais, visando a coibir práticas abusivas contra o meio ambiente. Caso seja identificado 
um dano ambiental, o indivíduo poderá ser enquadrado na Lei n.º 9.605/98, a qual refere-se aos 
crimes ambientais.
Porém, é fundamental que os profissionais da área ambiental estejam familiarizados com 
algumas definições que podem ocasionar dúvidas. Para saber quais são essas definições, assista 
ao vídeo a seguir.
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EXERCÍCIOS
1) Das alternativas a seguir, qual está CORRETA em relação à Lei de Crimes 
Ambientais? 
A) A Lei de Crimes Ambientais é regida pela Lei n.o 6.938/1981.
B) É considerado crime contra a flora: destruir ou danificar a vegetação primária, ou seja, 
vegetação caracterizada como de máxima expressão local, com grande diversidade 
biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas mínimos.
C) É considerado crime contra a flora somente quando houver fabricação, venda ou 
lançamento de balões em florestas.
É considerado crime contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural construir em D) 
áreas de preservação ambiental sem autorização do órgão ambiental competente.
E) É considerado crime contra a fauna qualquer tipo de criação de animais em cativeiro.
2) Apesar de poucas pessoas saberem, as infrações administrativas são um dos tipos de 
crimes ambientais previstos. Esse tipo de crime é regido por alguns princípios, sendo 
que das alternativas a seguir, a CORRETA é? 
A) O princípio da legalidade ressalta que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo 
sem uma denúncia de acusação.
B) A administração pública não poderá atuar discriminando pessoas.
C) O interesse social é a única questão a ser analisada na instalação de uma 
atividade/empreendimento.
D) Ao cometer um crime ambiental, o poluidor não terá direito de se defender.
E) O órgão ambiental deverá fundamentar seus atos quando solicitado por um juiz.
3) Quando identificado um crime ambiental, existem diferentes penalidades, definidas 
pela Lei n.o 9.605/98. Em relação a essas penalidades, assinale a alternativa 
CORRETA. 
A) O poluidor poderá sofrer um tipo de penalidade apenas, ou seja, ou ele poderá sofrer 
sanções, ou prestará serviços comunitários ou sofrerá pena privativa de direito (prisão).
B) A prestação de serviços comunitários consiste unicamente na recuperação da área 
degradada.
C) As penas previstas pela Lei de Crimes Ambientais são aplicadas conforme a gravidade da 
infração.
D) Indiferentemente das condições financeiras do réu, o valor da multa é pago de forma 
igualitária para todos.
E) O município jamais poderá propor a reparação do dano ambiental, sendo que cabe 
unicamente ao Ministério Público tal prática.
4) A Lei Federaln.o 9.605/98 dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas 
de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Segundo esse instrumento legal, 
um exemplo de circunstância que atenua a pena é? 
A) A reincidência nos crimes de natureza ambiental.
B) Realizar crime contra a fauna em períodos que estes estão mais vulneráveis.
C) O fato de o agente ter coagido outrem para a execução material da infração.
D) O baixo grau de instrução ou escolaridade do agente.
E) O fato de o agente ter cometido a infração à noite.
Analisando a figura a baixo, pode-se dizer que tal prática caracteriza-se por qual tipo de 
crime ambiental? 
5) 
 
A) Crime contra a fauna.
B) Crime contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural.
C) Crime contra a administração ambiental.
D) Infrações Administrativas.
E) Crime contra a flora.
NA PRÁTICA
As aves são o principal alvo do tráfico de animais silvestres no Brasil e correspondem a 80% 
das espécies contrabandeadas no mercado negro. Dependendo da espécie da ave, o valor 
comercializado no mercado negro pode variar de R$ 10,00, pago aos caçadores, a US$ 30 mil, 
valor pelo qual o animal acaba revendido, muitas vezes no exterior. O mercado consumidor 
desses animais é o exterior, principalmente com ênfase para países europeus e asiáticos, onde os 
animais são comprados por colecionadores ou, então, para fins de exposição e competições de 
canto. Porém, uma boa parcela dessas espécies é comercializada dentro do Brasil, seja para 
criação ilegal, consumo ou exploração da pele ou das penas. Dessa forma, os órgãos ambientais, 
juntamente com a polícia, exercem um papel de extrema importância visando a evitar esse tipo 
de crime contra a fauna.
Veja a seguir um exemplo de como ocorre o trabalho dos órgãos ambientais competentes após 
uma denúncia.
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
A construção do Código Florestal Brasileiro e as diferentes perspectivas para a proteção 
das florestas
O objetivo deste trabalho é compreender a evolução da legislação florestal brasileira, os motivos 
que levaram à aprovação da Lei n.º 12.651 (Novo Código Florestal), de 2012, e quais os 
argumentos contrários a essa norma. Como muitas propriedades rurais estavam em desacordo 
com o definido pelo código florestal antigo, inclusive estando sujeitas a penalidades, pois não 
possuíam reserva legal ou não respeitavam as áreas de preservação permanente, foi necessário 
atualizar essa legislação. Confira no artigo a seguir uma revisão bibliográfica a respeito desse 
assunto.
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Tráfico de animais silvestres moveu R$ 7 bilhões no Brasil em 10 anos
Esta reportagem mostra a crueldade e o desrespeito à vida dos animais que o tráfico 
internacional de animais silvestres ocasiona. As quadrilhas desafiam as autoridades e alimentam 
um mercado lucrativo e criminoso, sendo que centenas de animais, muitos em risco de extinção, 
são capturados diariamente, e muitos acabam morrendo antes de chegar ao destino final. Assista 
à reportagem a seguir e fique por dentro desse assunto.
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Revista Brasileira de Direito Animal
Este artigo objetiva perquirir uma análise dos direitos dos animais, no intuito de averiguar sua 
harmonia com a Constituição Federal, de 1988. Nesse escopo, dá-se seguimento a uma 
apreciação filosófica, ética e jurídica dos conceitos que envolvem o Direito Animal, bem como 
das normas legais infraconstitucionais que auxiliam na consecução do objetivo da Lei Maior: o 
da vedação à crueldade praticada contra esses seres. Acompanhe o artigo a seguir, o qual 
apresenta uma revisão bibliográfica completa a respeito desse assunto.
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Procedimentos para a obtenção das 
licenças ambientais
APRESENTAÇÃO
O licenciamento ambiental é um processo que envolve a elaboração de inúmeros laudos e 
documentos. Dependendo do tipo de licenciamento necessário, diferentes profissionais são 
necessários. O estudo de impacto ambiental, por exemplo, geralmente solicitado durante a 
Licença Prévia, envolve uma equipe multidisciplinar com engenheiros, biólogos, geólogos, 
topógrafos, entre outros, cada um realizando estudos correspondentes a sua área, mas também 
cruzando as informações para a verificação dos impactos ambientais que determinado 
empreendimento/atividade poderá ocasionar em sua totalidade. 
É recomendável procurar o órgão ambiental antes de iniciar um projeto ambiental, pois ele deve 
fornecer formulários em que constam os documentos necessários e os estudos que devem ser 
anexados ao projeto. Após a entrega do projeto e caso o órgão ambiental tiver dúvidas, poderão 
ser solicitados estudos ou documentos adicionais. Realizada a vistoria, será dado um parecer 
favorável ou não, dependendo do tipo de impactos ambientais que poderão ocorrer.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender principalmente quais são os profissionais 
envolvidos no licenciamento ambiental, quais os procedimentos necessários para obter o 
licenciamento ambiental e como ocorre a análise e os tramites no órgão ambiental.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever os principais procedimentos para obter o licenciamento ambiental.•
Identificar os diferentes profissionais envolvidos no licenciamento ambiental.•
Analisar o processo de avaliação do projeto ambiental pelo órgão ambiental competente.•
DESAFIO
É comum, principalmente em municípios de pequeno porte, serem contratadas empresas 
(mediante processo de licitação) para a realização de pareceres técnicos de projetos de 
licenciamento ambiental, projetos de recuperação de áreas degradadas (PRAD), entre outros.
Além da medida, você deverá apresentar um parecer técnico. Ele será favorável ou 
desfavorável? O parecer deve estar baseado nas informações apresentadas no projeto ambiental. 
Justifique sua resposta.
INFOGRÁFICO
Para muitos, o licenciamento ambiental é bastante burocrático, mas essencial, pois as atividades 
precisam seguir e respeitar a legislação ambiental vigente, bem como apresentar um 
determinado padrão mínimo esperado. Além disso, a atividade/empreendimento deve ser 
apresentada e aprovada pelo órgão ambiental, que vai verificar (após vistoria) se realmente não 
haverá impactos ambientais ao meio ambiente e à sociedade num todo. Comumente, na licença 
prévia (LP) há maior número de profissionais multidisciplinares envolvidos em comparação 
com a licença de instalação e operação. Esse fato é explicado devido aos diferentes tipos de 
estudos ambientais que devem ser apresentados como, por exemplo, laudo geológico, laudo da 
cobertura vegetal, laudo da fauna associada, laudo topográfico, medidas compensatórias e 
mitigadoras, entre outros.
Já na licença de instalação e operação, esses mesmos profissionais podem estar envolvidos 
principalmente acompanhando o empreendimento e verificando se realmente as condicionantes 
serão cumpridas. Outros profissionais podem entrar em cena, como engenheiros civis, 
advogados, arquitetos, entre outros. Porém, é preciso tomar alguns cuidados ao encaminhar o 
projeto ambiental ao órgão ambiental.
Acompanhe, no Infográfico a seguir, como ocorre o processo de análise do projeto pelo órgão 
ambiental. Mas tenha em mente que esse processo pode não ser utilizado por todos os órgãos, 
podendo haver variações de acordo com a esfera federal, estadual ou municipal.
CONTEÚDO DO LIVRO
O diagnóstico ambiental configura-se como a base fundamental dos estudos do ecossistema, 
consistindo na identificação e na apresentação das características dos compartimentos 
ambientais da área de influência do empreendimento em estudo a fim de propiciar conhecimento 
da dinâmicadas características físicas, bióticas e antrópicas e suas interações e inter-relações. 
Esse diagnóstico é levantado por diferentes profissionais, pois não basta apenas analisar o meio 
biótico, deve-se levar em conta também o meio abiótico e socioeconômico. É importante gastar 
certa parcela do tempo nessa etapa, porque, quando o diagnóstico for encaminhado ao órgão 
ambiental, será um item bastante analisado e discutido e, caso esteja equivocado, o projeto corre 
risco de ser indeferido. Com isso, tempo e dinheiro serão gastos visando à adequação do projeto 
à realidade da área.
Para entender mais sobre os profissionais envolvidos no licenciamento ambiental, quais os 
procedimentos e o processo de avaliação do projeto ambiental pelo órgão ambiental competente, 
leia o capítulo Procedimentos para obtenção de licenças ambientais, que faz parte do livro 
Licenciamento ambiental, base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
LICENCIAMENTO 
AMBIENTAL 
Ronei Stein 
Procedimentos para 
obtenção de licenças 
ambientais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
� Descrever os principais procedimentos para obter o licenciamento
ambiental.
� Identificar os diferentes profissionais envolvidos no licenciamento
ambiental.
� Discutir o processo de avaliação do projeto ambiental pelo órgão
ambiental competente.
Introdução
Dependendo do tipo de licenciamento necessário (principalmente na 
licença prévia — LP), uma equipe multidisciplinar pode estar envolvida, 
como engenheiros, biólogos, geólogos, topógrafos, entre outros. Cada 
um realizará laudos correspondentes à sua área, que serão reunidos para 
que possam ser analisados os reais impactos ambientais que determinado 
empreendimento ou atividade pode ocasionar. É recomendável procurar 
o órgão ambiental antes de iniciar um projeto ambiental, pois ele deve
fornecer formulários em que constam os documentos necessários e os
estudos que devem ser anexados.
Após a entrega do projeto ambiental, caso o órgão ambiental tiver 
dúvidas, pode solicitar estudos ou documentos adicionais. Realizada a 
vistoria, será dado um parecer favorável ou não, dependendo dos tipos 
de impactos ambientais que constam nos laudos. 
Neste capítulo, você descobrirá quais são os profissionais envolvidos 
no licenciamento ambiental e quais são os procedimentos necessários 
para a obtenção do licenciamento ambiental. Ainda, verá como ocorrem 
a análise e os tramites junto ao órgão ambiental.
Procedimentos para obter 
o licenciamento ambiental
Existem diferentes esferas dos órgãos ambientais — podem ser federais, 
estaduais ou municipais. Cada estado e município pode exigir documentos 
e estudos separadamente, assim como os trâmites legais para protocolar o 
projeto podem variar. 
O procedimento para obter o licenciamento ambiental descrito neste ca-
pítulo tem a intenção de servir como um molde, ou seja, não deve ser usado 
para todos os tipos de órgãos ambientais. Indicamos que, antes de iniciar um 
projeto ambiental, o órgão ambiental competente seja consultado para saber 
exatamente quais são os documentos e estudos que devem ser providenciados, 
a fim de evitar surpresas no andamento do processo.
As solicitações de documentos licenciatórios, como licenças, declarações, autoriza-
ções, certificados, entre outros, somente serão protocolados com a apresentação da 
documentação necessária e completa.
Para facilitar o entendimento de como deverá ocorrer o encaminhamento do 
licenciamento ambiental (LP, licença de instalação [LI] e licença de operação 
[LO]) em relação ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA), bem como a análise 
do projeto pelo órgão ambiental, o Tribunal de Contas da União (BRASIL, 
2004) apresenta 14 (quatorze) procedimentos básicos:
 � Procedimento 1 — o empreendedor protocoliza no órgão ambien-
tal o seu pedido de LP, acompanhado do esboço do projeto do seu 
empreendimento.
Procedimentos para obtenção de licenças ambientais2
 � Procedimento 2 — o órgão ambiental avalia os projetos, realiza vistoria 
no local e, com base nisso, elabora os termos de referências dos estudos 
ambientais e efetua o registro do empreendimento em cadastro próprio.
 � Procedimento 3 — o empreendedor entrega ao órgão ambiental cópia dos 
estudos ambientais, realizados de acordo com os termos de referência 
elaborados pelo próprio órgão de meio ambiente.
 � Procedimento 4 — o órgão ambiental verifica se os estudos foram re-
alizados de forma satisfatória; em caso negativo, são devolvidos para 
complementação. O prazo total para a análise é de 1 ano (Resolução Con-
selho Nacional do Meio Ambiente [CONAMA] nº. 237) (BRASIL, 1997).
 � Procedimento 5 — o órgão ambiental emite parecer favorável ou não à 
implementação do empreendimento, fixando o valor da compensação 
ambiental. Emite a LP, estabelecendo condicionantes que, se cumpridas, 
habilitam o empreendedor a adquirir a LI.
 � Procedimento 6 — o empreendedor retira, no órgão ambiental, a LP, 
à qual dá publicidade. Obtida a licença, elabora o projeto básico do 
empreendimento.
 � Procedimento 7 — o empreendedor detalha os programas ambientais 
e apresenta-os ao órgão ambiental, junto com o pedido de LI.
 � Procedimento 8 — o órgão ambiental avalia se houve o cumprimento 
das condicionantes da LP. Em caso positivo, emite a LI, com condicio-
nantes que, se implementadas, habilitam o empreendedor a obter a LO.
 � Procedimento 9 — o empreendedor retira, no órgão ambiental, a LI, à 
qual dá publicidade.
 � Procedimento 10 — o órgão ambiental monitora, durante a vigência da 
LI, a implementação das condicionantes da LI e, constatando que está 
satisfatória, a pedido do empreendedor, emite a LO.
 � Procedimento 11 — o empreendedor retira, no órgão ambiental, a LO, 
à qual dá publicidade.
 � Procedimento 12 — o órgão ambiental realiza o monitoramento das 
condicionantes e dos impactos ambientais do empreendimento durante 
o tempo em que existir a atividade ou o empreendimento licenciado.
 � Procedimento 13 — o empreendedor apresenta requerimento solici-
tando a renovação da LO, acompanhado da documentação exigida, 
com antecedência mínima de 120 da expiração do prazo de validade 
da licença anterior.
 � Procedimento 14 — o órgão ambiental, com base nas informações 
geradas pelo monitoramento das condicionantes, pronuncia-se sobre 
3Procedimentos para obtenção de licenças ambientais
a renovação da licença no prazo de 120 dias, sob pena de a LO ser 
prorrogada por decurso de prazo.
O licenciamento envolve as seguintes despesas, todas a cargo do empre-
endedor ou proprietário da área (BRASIL, 2004):
 � contratação da elaboração dos estudos ambientais (EIA, Relatório de 
Impacto Ambiental [RIMA], entre outros);
 � contratação, se necessário, de empresa de consultoria, para interagir com 
o órgão ambiental (acompanhamento a tramitação do processo de licencia-
mento), podendo ou não ser a mesma empresa que elaborou o EIA/RIMA;
 � despesas relativas à realização de reuniões de atos relacionados com o 
processo de licenciamento;
 � pagamento de compensação ambiental;
 � pagamento das taxas (emissão das licenças e da análise dos estudos e 
projetos) cobradas pelo órgão licenciador;
 � despesas relativas à implementação dos programas ambientais (medidas 
mitigadoras).
O custo da análise dos documentos necessários para a obtenção da licença 
ambiental (art. 13 da Resolução CONAMA 237/1997) inclui as despesas com 
viagens para fins de vistoria do empreendimento (diárias e passagens) e os 
custos da análise propriamente dita, que considera os salários e respectivos 
encargos da equipe do órgão responsável, no período em que durar a análise 
dos estudos ambientais (BRASIL, 1997).
Licenciamento ambiental 
e profissionais envolvidos
É fundamental frisar que, antes de iniciar um projeto de licenciamento am-
biental, você deve procurar o órgão ambiental competente para saber quais 
estudos ambientais devem ser apresentados.Existem questões financeiras e 
prazos envolvidos, e, dependendo do tipo de estudo, levará determinado prazo 
para esses estudos ficarem prontos. 
Imagine que você quer instalar uma padaria, por exemplo, e que um enge-
nheiro ambiental montou todo o projeto. Após a análise inicial desse projeto, o 
órgão ambiental solicitou um laudo geológico, que pode ser realizado apenas 
por geólogos ou engenheiros de minas. Dessa forma, o projeto ficará parado 
Procedimentos para obtenção de licenças ambientais4
no órgão ambiental, esperando as complementações serem entregues. Sem 
contar que os custos para o empreendedor serão maiores e, dependendo do 
tipo de contrato firmado entre as partes, poderá haver divergências.
O licenciamento ambiental pode envolver diferentes profissionais, de 
acordo com o tipo de licença requerida, o grau poluidor, o porte do em-
preendimento, a localização e as exigências dos órgãos ambientais. Aqui, 
vamos focar nos profissionais que podem estar envolvidos em um EIA, por 
se tratar de um estudo com maior complexibilidade, envolvendo profissionais 
de áreas distintas.
O EIA, normalmente acompanhado do RIMA, é um estudo prévio que serve de ins-
trumento de planejamento e subsídio à tomada de decisões na implantação da obra 
referente a um projeto específico.
Apesar de o art. 2º da Resolução CONAMA nº. 001, de 23 de janeiro de 1986, listar, a 
título exemplificativo, os casos de empreendimentos ou atividades sujeitas ao EIA e 
ao Rima, caberá ao órgão ambiental competente identificar as atividades e os empre-
endimentos causadores de “impactos significativos” (BRASIL, 2007).
As normativas de um licenciamento ambiental são realizadas pelos órgãos 
ambientais, em suas distintas esferas, municipal, estadual e federal e, portanto, 
não pertencem a nenhuma outra autarquia profissional ou conselho federal. 
Em termos práticos, não é o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia 
(CREA), o Conselho Regional de Biologia (CRBio), o Conselho Regional de 
Química (CRQ) nem qualquer outro órgão federal ou regional que regulamenta 
a prática do licenciamento ambiental. 
Os profissionais que realizam atividades para licenciamento podem ser 
egressos de diversas áreas de formação, pois o ato de licenciar, efetiva-
mente, não é feito por nenhum profissional específico, mas pelo próprio 
órgão, cabendo aos profissionais apenas ter o domínio na elaboração dos 
levantamentos e na formulação dos textos. Após isso, o estudo é entregue 
ao órgão ambiental competente, que, a partir do que recebe, licencia (ou 
não) o projeto em questão.
Porém, antes de iniciarmos a discussão a respeito dos profissionais e das 
suas respectivas funções, é importante diferenciar alguns conceitos referentes 
às equipes que podem estar envolvidas em um EIA/RIMA:
5Procedimentos para obtenção de licenças ambientais
 � equipe multidisciplinar — conjunto de várias disciplinas dentro de uma 
mesma área do conhecimento;
 � equipe interdisciplinar — conjunto das diferentes contribuições das 
várias ciências no sentido de encontrar uma explicação e um entendi-
mento de determinado assunto; nesse caso, o impacto ambiental, social e 
econômico causado pela implantação de determinado empreendimento, 
em determinado local. 
É importante frisar, que, no estudo, deverá constar a Anotação de Res-
ponsabilidade Técnica (ART) de cada profissional. A responsabilidade de 
cada membro da equipe multidisciplinar ou a equipe como um todo depende 
da prova de culpa. A conduta dolosa dos membros da equipe multidisciplinar 
poderá configurar o crime de falsidade ideológica, estando os profissionais 
sujeitos às penas previstas em lei. 
Para compreender melhor quais os profissionais que podem estar envolvidos 
no licenciamento ambiental (LP, LI e LO), veja o Quadro 1.
Profissional 
envolvido Atividade(s) desenvolvida(s)
Engenheiro 
(químico, 
ambiental, florestal, 
civil, etc.) 
Análise físico-química e microbiológica da água, do 
esgoto ou efluente; responsável pela estação de 
tratamento de efluentes/esgoto e pelo PGRS; descrição 
e elaboração de medidas mitigadoras e compensatórias; 
gestão correta dos resíduos; reposição florestal 
obrigatória; práticas de manejo adequado do solo, etc. 
Engenheiro civil/
arquiteto
Confecção de plantas baixas; acompanhamento 
da edificação; entre outros.
Biólogo Elaboração do laudo de cobertura vegetal, 
descrição da fauna associada (aves, peixes, 
mamíferos, répteis, anfíbios, insetos), etc.
Geólogo/
engenheiro 
de minas
Elaboração do laudo geológico, morfológico, 
geotécnica, geomorfológica, etc.
Topógrafo Elaboração do laudo topográfico.
Quadro 1. Exemplo de uma equipe técnica visando à elaboração de EIA/RIMA.
(Continua)
Procedimentos para obtenção de licenças ambientais6
Não quer dizer que apenas os profissionais apresentados no Quadro 1 constituem o 
corpo técnico dos estudos ambientais e que estão aptos a trabalhar com licenciamento 
ambiental. Diversos outros profissionais podem estar envolvidos, dependendo do 
empreendimento a ser instalado.
Além disso, em alguns casos, é necessária a presença de profissionais com conhe-
cimentos específicos, como, por exemplo, na análise de peixes (ictiofauna), anfíbios e 
répteis (herpetofauna), conjunto de mamíferos (mastofauna), entre outros.
Em cada equipe, é indicado que haja um profissional responsável pela 
coordenação geral, o qual deverá ter experiência tanto na área ambiental 
quanto em liderança. Além disso, no projeto ambiental final, devem constar 
o nome completo, o CPF, a qualificação profissional, o número do conselho 
de classe e região, o endereço completo, a declaração dos profissionais, sob 
as penas da lei, de que as informações prestadas são verdadeiras, local e data, 
assinatura de cada responsável técnico e o número da ART ou AFT (Anotação 
de Função Técnica) e data de expedição.
Fonte: O autor.
Profissional 
envolvido Atividade(s) desenvolvida(s)
Sociólogo Análise dos impactos da obra na sociedade.
Arqueólogo Análise dos fragmentos históricos.
Advogado Prestar assistência profissional em assunto jurídico.
Hidrólogo Estudo dos recursos hídricos (superficiais e subterrâneos).
Geógrafo Realização de estudos ambientais, planejamento 
regional, mapeamentos, etc.
Economista Análise da viabilidade financeira do 
empreendimento ou da atividade.
Quadro 1. Exemplo de uma equipe técnica visando à elaboração de EIA/RIMA.
(Continuação)
7Procedimentos para obtenção de licenças ambientais
Nos processos de licenciamento ambiental conduzidos por órgão ambiental federal, 
estadual ou municipal, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) 
deve ser consultado preventivamente. A manifestação do Instituto é imprescindível 
para que um empreendimento ou atividade em processo de licenciamento não venha 
a impactar ou destruir os bens culturais considerados patrimônio dos brasileiros, 
protegidos por tombamento.
Análise do projeto ambiental 
pelo órgão ambiental
Para o encaminhamento da documentação e do projeto, os órgãos ambien-
tais somente os aceitam após estarem devidamente preenchidos e na ordem 
descrita no formulário e nos termos de referência. A documentação recebida 
passará por uma triagem, sendo encaminhada para a abertura de processo 
administrativo quando estiver completa. Caso seja considerada incompleta, será 
devolvida ao requerente. Quando ocorrer a devolução, o requerente receberá 
um formulário com a indicação exata dos itens faltantes, acompanhado dos 
modelos de documentação a serem apresentados. 
O órgão ambiental possui formulários padronizados e termos de referência 
para a elaboração dos documentos técnicos exigidos nas três fases do licen-
ciamento ambiental (LP, LI e LO). É fundamental que a documentação seja 
preparada pelo solicitante seguindo esses padrões. Dessa forma, o processo de 
licenciamento somente é protocolado e formalizado se todos os documentos 
solicitados forem apresentados.
Entre os documentos mais comumente solicitados,podemos citar:
Requerimento ambiental — para protocolar qualquer solicitação de docu-
mento licenciatórios, é necessária a apresentação do requerimento. É importante 
ressaltar que, normalmente, encontram-se disponíveis formulários específicos 
para autorização, certificado, declaração, alteração, licença e registro. 
Registro pessoa física ou jurídica (cópia do CPF ou cartão CNPJ) — o 
cartão do CNPJ (em caso de pessoa jurídica) pode ser obtido da internet, na 
página da Receita Federal (BRASIL, 2017). Caso a empresa ainda não possua 
o cartão CNPJ, deverá encaminhar cópia ou carimbo do CNPJ ou CPF/CIC 
do empreendedor responsável.
Procedimentos para obtenção de licenças ambientais8
Na abertura de processos de LO, LP de ampliação e LI de ampliação, é necessário 
que, no cartão do CNPJ, na descrição da atividade principal ou secundária, conste o 
ramo, ou a atividade, para o qual está sendo solicitado o licenciamento, que deverá 
corresponder ao que está sendo pedido ao órgão ambiental.
Por exemplo, caso esteja escrito conserto veicular no cartão CNPJ, a licença não 
pode ser solicitada para outra atividade, como panificação.
Cópia da última licença ambiental — somente se houver, principalmente 
se tratando de uma renovação da LO. Além disso, deve-se encaminhar 
toda a documentação descrita na licença antiga, normalmente com título 
“com vistas à obtenção/renovação da licença, o empreendedor deverá 
apresentar [...]”.
Formulário específico — este é um dos principais itens do projeto ambiental. 
Esse formulário (disponível normalmente no site do órgão ambiental) deve 
ser apresentado de acordo com as normas, os roteiros, os termos de referência 
ou as instruções técnicas, acompanhado da documentação nestes solicitada. 
Toda a documentação, incluindo o formulário específico de licenciamento 
ambiental, termo de referência, EIA/RIMA, plantas baixas, etc., deverá ser 
anexada ao respectivo processo administrativo do licenciamento.
Os formulários variam de acordo com a atividade ou o empreendimento. São identi-
ficados segundo código específico, que deve ser verificado com o órgão ambiental 
competente.
O formulário deve ser assinado pelo responsável pelo empreendimento na úl-
tima folha, e as demais devem ser rubricadas. Caso haja uma procuração (terceiros 
representam a empresa), deverá ser apresentada com o documento assinado pelo 
responsável da empresa.
Comprovante de pagamento da taxa de licenciamento ambiental — para 
cada tipo de documento solicitado, haverá cobrança de taxas pelo órgão 
ambiental. Esses valores apresentam grandes variações, e normalmente os 
9Procedimentos para obtenção de licenças ambientais
órgãos municipais apresentam valores menores em comparação aos órgãos 
estaduais e federais, porque os municípios licenciam atividades com porte/
grau poluidor menor, além de estarem mais próximos do estabelecimento 
ou da atividade. 
Sempre que for protocolado informações adicionais, no requerimento de apresentação 
deverá constar obrigatoriamente o número do processo administrativo no qual a 
informação deve ser anexada.
Após verificado que a documentação está completa, é gerado um proto-
colo da documentação, o qual permite verificar o andamento do processo. 
Normalmente, no próprio site do órgão, é possível analisar o andamento, 
ou se pode ligar para o órgão, mas é fundamental ter em mãos o número 
do protocolo.
Caso sejam necessários esclarecimentos adicionais a consultas técnicas, 
podem ser obtidos mediante prévio agendamento (normalmente a partir de 
10 dias úteis), a contar da data de protocolo, com os setores competentes. 
Após concluída a tramitação do processo, os documentos licenciatórios serão 
disponibilizados no site do órgão, certificados digitalmente e com data de 
validade jurídica.
Parecer técnico
O parecer técnico é realizado a partir da análise técnica das informações no 
processo:
 � apresentados pelo requerente/empreendedor;
 � constatadas em vistoria.
De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro 
(2004), durante o processo de avaliação, o empreendimento ou a atividade vão 
receber a visita dos técnicos do órgão ambiental, que verificarão as condições 
em que se encontra a área. Essa vistoria avalia se realmente o projeto ambiental 
Procedimentos para obtenção de licenças ambientais10
descreve todos os impactos ambientais existentes e se as medidas apresentadas 
realmente são suficientes para a recuperação da área.
O parecer técnico considera principalmente:
 � a legislação ambiental vigente e pertinente à atividade;
 � a caracterização do empreendimento (tipo de atividade, tecnologia 
empregada, tecnologias de controle e poluição disponíveis) e a situação 
ambiental do entorno;
 � possíveis impactos da atividade no entorno;
 � possibilidades de minimização do impacto da atividade no entorno;
 � eficácia da recuperação da área por meio das metodologias empregadas.
Não existe como prever quanto tempo o órgão ambiental leva para analisar o projeto 
e fazer a vistoria técnica. De acordo com o art. 14 da Resolução CONAMA 237/1997 
(BRASIL, 1997): 
O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de análise di-
ferenciados para cada modalidade de licença (LP, LI e LO), em função 
das peculiaridades da atividade ou empreendimento, bem como para a 
formulação de exigências complementares, desde que observado o prazo 
máximo de 6 (seis) meses a contar do ato de protocolar o requerimento até 
seu deferimento ou indeferimento, ressalvados os casos em que houver EIA/
RIMA e/ou audiência pública, quando o prazo será de até 12 (doze) meses.
Dessa forma, é fundamental o cronograma do Plano de Recuperação de Áreas 
Degradadas (PRAD) prever o tempo máximo necessário pelo órgão ambiental para 
dar uma resposta.
A morosidade dos órgãos públicos em licenciar empreendimentos em todo o 
Brasil tem impactado diretamente o desenvolvimento econômico e sustentável 
em diversas áreas do País. Devido à falta de agilidade nesses processos, muitos 
enxergam o licenciamento como um fluxograma burocrático a ser preenchido 
por papéis (OLIVEIRA; HENKES, 2016). Falta de recursos financeiros e 
escassez de profissionais técnicos nesses órgãos faz com que o processo de 
análise e aprovação seja extremamente lento no território nacional.
11Procedimentos para obtenção de licenças ambientais
BRASIL. Ministério da Fazenda. Receita Federal. 2017. Disponível em: <http://idg.
receita.fazenda.gov.br/>. Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Cartilha de licenciamento ambiental. 2. ed. Bra-
sília: TCU, 2007.
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Cartilha de licenciamento ambiental. Brasília: TCU, 
2004. Disponível em: <http://www.ambiente.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/
cart_tcu.PDF>. Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 237, de 19 de dezembro 
de 1997. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.
html>. Acesso em: 22 nov. 2017.
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Manual de licencia-
mento ambiental: guia de procedimento passo a passo. Rio de Janeiro: GMA, 2004. 
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/cart_sebrae.
pdf>. Acesso em: 22 nov. 2017.
OLIVEIRA, M. J.; HENKES, J. A. Licenciamento ambiental: uma análise sobre a morosidade 
dos órgãos públicos e suas consequências. Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, 
Florianópolis, v. 4, n. 2, 2016. Disponível em: <http://www.portaldeperiodicos.unisul.
br/index.php/gestao_ambiental/article/view/3220/2289>. Acesso em: 22 nov. 2017.
Leituras recomendadas
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Caderno de licenciamento ambiental. Brasília: 
MMA, 2009. 
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 001, de 23 de janeiro de 
1986. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.
html>. Acesso em: 22 nov. 2017.
MACHADO, A. Q. Licenciamento ambiental: atuação preventiva do Estadoà luz da Cons-
tituição da República Federativa do Brasil. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012. 
STRUCHEL, A. C. O. Licenciamento ambiental municipal. São Paulo: Oficina de Textos, 2016. 
Procedimentos para obtenção de licenças ambientais12
DICA DO PROFESSOR
Saber quais os impactos ambientais que a implantação de determinada atividade pode ocasionar 
é fundamental. Em obras maiores, como a construção de uma hidrelétrica, 
construção/duplicação de rodovias, entre outras, é fundamental realizar o estudo de impacto 
ambiental (EIA), que deve descrever os impactos no meio físico, biológico e socioeconômico. 
Dessa forma, é essencial contar com uma equipe multidisciplinar. Para saber mais a respeito dos 
profissionais envolvidos no licenciamento ambiental, assista ao vídeo a seguir.
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EXERCÍCIOS
1) A análise do projeto ambiental pelo órgão ambiental competente é de grande 
importância, sendo que, normalmente, essa etapa pode levar um determinado tempo. 
Entre as alternativas a seguir, qual está correta em relação à análise do projeto pelo 
órgão ambiental? 
A) O órgão ambiental pode levar, por lei, até 1 ano para analisar todo e qualquer projeto 
ambiental.
B) O empreendedor, quando tem urgência para obter a licença ambiental, deve pagar uma 
taxa a mais para que o processo seja agilizado.
C) O parecer técnico baseia-se, unicamente, nas informações disponibilizadas no projeto 
ambiental entregue no órgão ambiental.
D) O órgão ambiental poderá solicitar estudos adicionais sempre que achar necessário.
E) O parecer favorável do órgão ambiental significa que o empreendimento/atividade está 
livre de degradação ambiental.
2) Imagine que você é o responsável técnico de um empreendimento e que seu cliente 
quer saber o andamento do projeto no órgão ambiental. Entre as alternativas a 
seguir, qual aponta a atitude mais apropriada? 
A) Analisar o andamento do projeto no site do órgão ambiental por meio do número de 
protocolo ou então entrar em contato (telefone, e-mail) para saber como anda o 
andamento.
B) Instruir o cliente a iniciar a atividade/empreendimento devido à demora na análise.
C) Sugerir a retirada do projeto no órgão ambiental e o envio para outro órgão, visando a uma 
maior rapidez na análise do projeto.
D) Dizer ao cliente que ele precisa pagar uma taxa a mais no órgão ambiental para que o 
andamento do projeto ocorra de forma mais rápida.
E) Ir pessoalmente ao órgão ambiental e tirar satisfação, afinal de contas a demora está 
demasiada.
3) Dependendo da atividade a ser desenvolvida, diversos profissionais podem estar 
envolvidos. Qual o profissional mais indicado para elaborar o Plano de 
Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS)? 
A) Engenheiro florestal.
B) Sociólogo.
C) Geógrafo.
D) Geólogo.
E) Engenheiro ambiental.
4) O encaminhamento do projeto ambiental no órgão ambiental muitas vezes é 
acompanhado por certa burocracia. Porém, existem procedimentos básicos que 
devem ser respeitados. Em relação a esses procedimentos, qual a alternativa correta? 
A) O empreendedor protocoliza, no órgão ambiental, um pedido de licenciamento ambiental 
simples, descrevendo principalmente a atividade almejada. O órgão ambiental vai definir 
se essa atividade poderá ou não ser realizada.
B) O órgão ambiental verifica se os estudos foram realizados de forma satisfatória. Em caso 
negativo, são devolvidos para complementação.
C) A licença de instalação somente será fornecida se todos os documentos forem entregues 
conforme solicitado.
D) d) A vistoria técnica consiste na análise do projeto ambiental, verificando se todos os 
documentos foram entregues e a qualidade do projeto.
E) Enquanto o órgão ambiental estiver analisando a projeto ambiental para obtenção de 
licença prévia, é indicado que os profissionais já montem o projeto visando a obter a 
licença de instalação.
5) Um dos papéis do gestor ambiental refere-se à preocupação da definição de local 
adequado para a implantação de um determinado projeto, por exemplo, uma 
empresa ou unidade de conservação. Refletindo sobre essa questão, podemos dizer: 
A) Ao considerar um local, deve-se levar em conta exclusivamente a legislação.
B) O planejamento do uso do solo é a única medida que deve ser tomada ao considerar a 
escolha do local.
C) O zoneamento ambiental é extremamente importante para a organização territorial
D) d) A análise do tipo de solo presente no local de instalação de um determinado 
empreendimento visa, unicamente, a saber se está mais suscetível a contaminações.
E) O levantamento do uso do solo é importante para determinar a organização do espaço. 
Contudo, a realização desse levantamento é opcional.
NA PRÁTICA
Existem diversos profissionais envolvidos na área ambiental, como engenheiros (civil, 
sanitarista, ambiental, agrícola, florestal), geólogos, biólogos, topógrafos, químicos, entre 
outros. Porém, cada profissional apresenta atribuições específicas, sendo que um não pode 
invadir a área do outro. É exatamente para isso que servem os conselhos de classe como, por 
exemplo, o CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), o CRBio (Conselho 
Regional de Biologia) e o CRQ (Conselho Regional de Química), os quais definem as 
atribuições de cada profissional. O licenciamento ambiental é uma atividade que normalmente 
necessita de mais de um profissional, tornando o diagnóstico ambiental o mais completo 
possível. 
Para aprimorar seus conhecimentos a respeito desse assunto, acompanhe o Na Prática a seguir.
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Especialista aponta um sucateamento dos órgãos de licenciamento ambiental no Brasil
Acompanhe, no vídeo a seguir, uma entrevista com um especialista da área sobre o 
sucateamento dos órgãos de licenciamento ambiental no Brasil.
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Licenciamento ambiental: entrave ou referência de sustentabilidade?
Acompanhe, no artigo a seguir, quais os maiores problemas do licenciamento ambiental.
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Os conflitos técnicos e legais do licenciamento ambiental em Minas Gerais
Acesse o artigo, a seguir, que apresenta uma avaliação da qualidade técnica e legal do processo 
de licenciamento ambiental de empreendimentos minerários, em Minas Gerais.
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Condicionantes e prazos de validade
APRESENTAÇÃO
O licenciamento ambiental tem por finalidade garantir que o desenvolvimento ocorra em 
harmonia e equilíbrio com o meio ambiente. Isso quer dizer que quando o empreendedor obtém 
a licença ambiental, ele não precisa mais se preocupar, a não ser para renovar a licença quando 
ela estiver vencendo, certo? Errado. O empreendedor precisa respeitar as condicionantes, 
impostas pelo órgão ambiental, baseadas nas legislações ambientais vigentes. Existem diferentes 
condicionantes, variando de acordo com o tipo de licença (LP, LI e LO).
Por exemplo, na licença prévia, o empreendedor precisa achar soluções que visam a reduzir os 
impactos ambientais negativos; na licença de instalação, deve-se buscar soluções para reduzir 
resíduos ou poluições referentes à construção do empreendimento, como material particulado. 
Na licença de operação, as condicionantes muitas vezes estão voltadas ao armazenamento, 
segregação e tratamento adequados dos resíduos gerados pelo empreendimento.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá a definição de condicionantes e seus principais 
tipos. Além disso, irá aprender sobre os estudos adicionais que o órgão ambiental poderá exigir 
e os prazos que o empreendedor possui para a entrega deles. Por fim, serão apresentadas formas 
de verificação do andamento do processo licenciatório e as consequências, quando identificada 
alguma irregularidade.Bons estudos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Demonstrar as principais condicionantes presentes na LP, LI e LO.•
Identificar os distintos estudos adicionais exigidos pelo órgão ambiental.•
Explicar as formas de verificação do andamento dos processos licenciatórios e as formas 
de invalidação das licenças ambientais.
•
DESAFIO
As condicionantes são compromissos assumidos pelos empreendedores, ainda durante o 
processo de licenciamento ambiental de seus empreendimentos, e têm como objetivo evitar, 
mitigar ou compensar os impactos ambientais e sociais que determinado empreendimento ou 
atividade poderá ocasionar.
 
 
Dessa forma, seu cliente precisa saber:
1. Se ele necessita encaminhar uma nova licença ambiental ao órgão ambiental, ou pelo fato do 
estabelecimento já possuir licenciamento, deverá esperar a licença em vigor vencer, e só então 
encaminhar as alterações?
2. Caso ocorra uma fiscalização ambiental, o órgão ambiental poderá impor algum tipo de 
sanção ao estabelecimento? Justifique suas respostas com argumentos plausíveis.
INFOGRÁFICO
Para que um determinado empreendimento obtenha a licença ambiental, esse precisa seguir e 
respeitar as condicionantes impostas pelo órgão ambiental competente. A palavra condicionante 
propriamente dita, refere-se a tudo aquilo que condiciona, ou seja, que restringe/cria 
condicionamentos. Em outras palavras, as condicionantes estabelecem condições para a 
realização ou o cumprimento de alguma coisa.
Em relação às condicionastes ambientais, estas consistem em um compromisso e uma garantia 
que precisa existir, de modo a identificar os impactos ambientais e achar soluções para reduzir 
ou adequar esses às normas ambientais em vigor. As condicionantes ambientais são, dessa 
forma, ações que visam a mitigar e controlar impactos que podem afetar drasticamente o meio 
ambiente em que um determinado empreendimento será ou está sendo inserido.
Existem diferentes tipos de condicionantes. Para saber quais são esses tipos, acompanhe o 
Infográfico a seguir.
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CONTEÚDO DO LIVRO
Muitas vezes os termos condicionantes e compensações ambientais acabam sendo confundidos. 
As condicionantes ambientais consistem nos compromissos e garantias que o empreendedor 
deve assumir, com base em seu projeto e nos programas e medidas mitigadoras previstos nos 
estudos ambientais. As compensações ambientais referem-se a ações objetivamente relacionadas 
à compensação de impactos não mitigáveis (que não podem ser reduzidos) identificados nos 
estudos ambientais, ou seja, ações específicas e diretamente relacionadas a impactos também 
específicos e identificados de forma clara o objetiva.
Para entender mais a respeito das condicionantes impostas pelos órgãos ambientais competentes, 
com base nas legislações ambientais vigentes, leia o capítulo Condicionantes e prazos de 
validade, que faz parte do livro Licenciamento Ambiental, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem.
Boa leitura.
LICENCIAMENTO 
AMBIENTAL 
Ronei Stein
Revisão técnica:
Vanessa de Souza Machado 
Bióloga
Mestre e Doutora em Ciências Biológicas
Professora de Curso de Tecnologia 
em Gestão Ambiental
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB-10/2147
S818l Stein, Ronei Tiago.
Licenciamento ambiental / Ronei Tiago Stein ; [revisão 
técnica: Vanessa de Souza Machado]. – Porto Alegre: 
SAGAH, 2017.
265 p. : il ; 22,5 cm.
ISBN 978-85-9502-277-5
1. Ciências Biológicas. 2. Licenças ambientais. I. Título.
CDU 502.13
Condicionantes e 
prazos de validade
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Apresentar as principais condicionantes presentes nas licenças prévia, 
de instalação e de operação.
  Identifi car os distintos estudos adicionais exigidos pelo órgão ambiental.
  Descrever as formas de verifi cação do andamento dos processos 
licenciatórios e as formas de invalidação das licenças ambientais.
Introdução
O licenciamento ambiental tem por finalidade garantir que o desenvolvi-
mento ocorra em harmonia e equilíbrio com o meio ambiente. Ou seja, 
a partir da obtenção da licença ambiental, o empreendedor não precisa 
mais se preocupar, a não ser com a renovação da licença quando esta 
estiver vencendo, certo? Errado! 
O empreendedor precisa respeitar as condicionantes, as quais são 
impostas pelo órgão ambiental e baseadas nas legislações ambientais 
vigentes. Existem diferentes condicionantes, que variam de acordo 
com o tipo de licença (licença prévia [LP], licença de instalação [LI] 
e licença de operação [LO]). Por exemplo, na LP, o empreendedor 
precisa achar soluções que visam minimizar os impactos ambientais 
negativos. Na LI, deve buscar soluções para reduzir resíduos ou po-
luições referentes à construção do empreendimento, como material 
particulado. Já na LO, as condicionantes, muitas vezes, estão voltadas 
ao armazenamento, à segregação e ao tratamento adequados dos 
resíduos gerados pelo negócio.
Neste capítulo, você vai ler a respeito dos condicionantes e dos 
seus principais tipos. Além disso, identificará os estudos adicionais 
que o órgão ambiental poderá exigir e os prazos do empreendedor 
para os entregar. Por fim, serão apresentadas formas de verificação 
do andamento do processo licenciatório e as consequências quando 
identificada alguma irregularidade.
Licenças ambientais e as suas condicionantes
A licença ambiental é um ato administrativo pelo qual o órgão licenciador 
autoriza a realização de uma atividade e estabelece as condições, restrições 
e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreen-
dedor. Portanto, o órgão ambiental deverá expor de maneira clara os motivos 
que levaram à decisão. As condições impostas, ou condicionantes, em geral 
relacionadas com os impactos causados pelos empreendimentos, são medidas 
para evitar, mitigar ou compensar tais consequências (OBSERVATÓRIO 
LITORAL SUSTENTÁVEL, 2016).
A compensação ambiental é obrigatória em processos de licenciamento ambiental 
de empreendimentos ou atividades que provoquem perda de biodiversidade e de 
recursos naturais, como perda de vegetação nativa, perda de habitat, corredores 
ecológicos e ecossistemas de interesse para a flora e a fauna, com fundamento no 
Estudo de Impacto Ambiental (EIA). 
No entanto, há impactos no meio ambiente que não são sujeitos à mitiga-
ção, ou seja, a reversão dos danos ambientais é impossível. Assim, o Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) determinou 
que a compensação de perdas ocorrerá por intermédio da destinação de 
recursos para a manutenção ou criação de unidades de conservação (UC). 
A arrecadação e a destinação dos recursos estão relacionadas à execução 
do licenciamento ambiental: se o processo é estadual ou municipal, é tarefa 
do órgão ambiental estadual, pois é o responsável pelo licenciamento nessas 
esferas; se o processo de licenciamento é federal, é tarefa do Comitê de Com-
pensação Ambiental Federal (CCAF), órgão colegiado presidido pelo Instituto 
Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), 
o órgão licenciador federal.
As condicionantes, por sua vez, são compromissos assumidos pelos 
empreendedores ainda durante o processo de licenciamento ambiental 
Condicionantes e prazos de validade100
dos seus empreendimentos. São definidas nas diferentes fases do licen-
ciamento (LP, LI e LO), quando o órgão licenciador avaliará os estudos 
de impacto ambiental do empreendimento e emitirá a licença, desde que 
determinadas condições sejam cumpridas (OBSERVATÓRIO LITORAL 
SUSTENTÁVEL, 2016).
O objetivo das condicionantes é evitar, mitigar ou compensar os impactos ambientais 
e sociais que determinado empreendimento poderá ocasionar. Ou, então, as condi-
cionantes podem ser exigências de realização de estudosou do monitoramento do 
impacto (ambiental e social) da atividade ou do empreendimento.
Após a análise do projeto e a realização da vistoria técnica, o órgão am-
biental pode aprovar, rejeitar ou requerer complementações/adequações no 
pedido de licenciamento. Se aprovado o estudo, o órgão licenciador emite 
a LP atestando a viabilidade ambiental do empreendimento e definindo as 
condições necessárias para que o empreendedor possa requer a LI e a LO. 
Mas quais seriam essas condicionantes na LP, LI e LO? Primeiramente, 
é preciso ressaltar que essas condicionantes variam de um empreendimento 
para outro e são as mesmas impostas pelo órgão ambiental. Veja algumas 
condicionantes nas diferentes licenças ambientais:
LP. Normalmente as condicionantes se referem à preservação do meio ambiente 
e da sociedade, respeitando o projeto ambiental e a licença ambiental. Dessa 
forma, o empreendimento deverá buscar soluções para minimizar os impactos 
na fauna, na fl ora, nos recursos hídricos, no solo e na sociedade. 
LI. Será fornecida após as condicionantes da LP terem sido atendidas. Entre 
algumas condicionantes que podem estar presentes na LI, encontram-se:
  a necessidade de o empreendimento possuir local apropriado para ar-
mazenamento de resíduos gerados, preferencialmente em área coberta, 
respeitando normas ambientais vigentes; 
  a proibição da queima de resíduos sólidos de qualquer natureza; 
  a notificação do órgão ambiental em caso de acidente que possa oca-
sionar dano ambiental; 
101Condicionantes e prazos de validade
  a prevenção de ascensão e dispersão de material particulado durante 
a execução da obra.
LO. Será fornecida após as condicionantes da LI terem sido atendidas. Entre 
algumas condicionantes que podem estar presentes na LO, citam-se:
  a necessidade de segregação, classificação, acondicionamento e arma-
zenamento dos resíduos sólidos em áreas que não provoquem conta-
minação do meio ambiente; 
  a determinação de manter à disposição da fiscalização ambiental todos 
os comprovantes de destinação dos resíduos gerados com datas, peso, 
volume e cópias do licenciamento ambiental das empresas recolhedoras; 
  a elaboração e atualização de planilha de dados referente à destinação/
doação de resíduos, com controle de datas, quantidades, volumes e o 
responsável pela coleta e destinação final; 
  envio semestral (o prazo pode variar) de uma planilha contendo os dados 
da destinação/doação dos resíduos para o órgão ambiental.
Basicamente, existem três principais tipologias de condicionantes am-
bientais definidas pelos órgãos licenciadores: 
Preventivas, mitigadoras e compensadoras. Medidas preventivas são aquelas 
que visam evitar que determinada atividade cause algum dano ambiental. Me-
didas mitigadoras têm como objetivo minimizar, ou seja, reduzir ou abrandar 
algum dano ambiental. Medidas compensatórias buscam compensar um dano 
ambiental que não pode ser prevenido ou mitigado. 
Estudos e monitoramentos. O empreendedor deverá monitorar o meio físico, 
biótico ou socioeconômico, observando possíveis impactos que possam ser 
causados pelo empreendimento. Ou, ainda, deve realizar estudos, diagnósticos 
e mapeamentos adicionais ao EIA para a adequada caracterização de aspectos 
físico, biótico ou socioeconômico de impacto do empreendimento, sempre 
que necessário.
Caráter administrativo e de procedimentos. Essa tipologia está relacionada 
à regularidade do processo de licenciamento ambiental e à adequação do 
empreendedor a procedimentos que devem obedecer a critérios da legali-
dade, impessoalidade, moralidade, publicidade e efi ciência. Por exemplo, o 
órgão ambiental poderá defi nir prazos para a apresentação de documentos 
Condicionantes e prazos de validade102
técnicos ou, ainda, solicitar a apresentação de relatórios periódicos que 
comprovem a execução de obrigações previstas nas licenças. Caso esses 
itens não sejam respeitados, poderá haver sanções ou mesmo o cancelamento 
da licença ambiental.
Estudos adicionais no licenciamento ambiental
Para a obtenção da licença ambiental, além do atendimento aos padrões 
estabelecidos, os impactos ambientais negativos decorrentes da implantação 
do empreendimento devem ser previstos, corrigidos, mitigados e compen-
sados, assim como introduzidas práticas adequadas de gestão na operação 
(BRASIL, 2002). Dessa forma, existe uma enorme gama de distintos estudos 
ambientais que podem ser exigidos pelo órgão ambiental, os quais variam, 
principalmente, de acordo com o porte do empreendimento, o grau poluidor 
e a localização. 
Entre os estudos mais comumente solicitados, tem-se o EIA e Relatório de Impacto 
Ambiental (RIMA), o Relatório Ambiental Simplificado (RAS) o Relatório de Controle 
Ambiental (RCA), o Projeto Básico Ambiental (PBA), o Plano de Controle Ambiental 
(PCA), o Plano de Recuperação de Áreas Degradas (PRAD) e o Estudo de Viabilidade 
Ambiental (EVA). 
Estudos adicionais podem ser exigidos quando o órgão ambiental entender 
que não há informações suficientes que garantam a proteção do meio ambiente 
e da sociedade, ou quando os técnicos do órgão ambiental percebem que há 
alguma informação incoerente ou duvidosa no projeto ambiental, em relação à 
área. Além disso, também são solicitados quando o órgão ambiental entender 
que a compensação ambiental não está coerente com a legislação vigente ou, 
então, que não é suficiente para minimizar ou mitigar os passivos ambientais 
referentes à obra/atividade.
Veja a seguir os estudos adicionais que podem ser exigidos pelo órgão 
ambiental, conforme IBAMA (BRASIL, 2002).
103Condicionantes e prazos de validade
Análise de risco — é utilizada para avaliar tanto a implementação quanto a 
operação de uma atividade ou um empreendimento no que se refere aos perigos 
envolvendo a operação com produtos perigosos (químicos tóxicos, infl amáveis 
ou explosivos). Os fatores que infl uenciam os estudos de análise de riscos são 
periculosidade das substâncias, quantidade das substâncias e vulnerabilidade 
da região. Dessa forma, esses estudos devem apresentar principalmente a 
caracterização do empreendimento e da região, a identifi cação de perigos e 
consolidação dos cenários acidentais, a estimativa dos efeitos físicos e análise 
de vulnerabilidade, a estimativa de frequências, a estimativa e avaliação de 
riscos, o gerenciamento de riscos e conclusões.
Plano de Ação de Emergência (PAE) — normalmente está associado ao 
processo de gerenciamento de riscos. A sua elaboração se baseia nos resultados 
obtidos no estudo de análise e avaliação de riscos e na legislação vigente.
Comumente, o órgão ambiental pode solicitar os seguintes estudos/itens 
na PAE: 
  descrição das instalações envolvidas; 
  cenários acidentais considerados; 
  área de abrangência e limitações do plano; 
  estrutura organizacional, contemplando as atribuições e responsabili-
dades dos envolvidos; 
  fluxograma de acionamento; 
  ações de resposta às situações emergenciais, como combate a incêndios, 
isolamento, evacuação e controle de vazamentos; 
  tipos e cronogramas de exercícios teóricos e práticos, de acordo com 
os diferentes cenários acidentais estimados; 
  documentos anexos, como plantas de localização da instalação e planta 
industrial, incluindo a vizinhança sob risco, listas de acionamento 
(internas e externas), lista de equipamentos, sistemas de comunicação 
e alternativos de energia elétrica, relatórios, etc.
Importância e cuidados
Para cada tipo de licença ambiental, existem diferentes estudos e análises 
que devem ser apresentados ao órgão ambiental. Porém, é muito comum os 
responsáveis pelo empreendimento/atividade não lerem o licenciamento na 
íntegra após recebê-lo, arquivando-o em um lugar qualquer. 
Condicionantes e prazos de validade104
É importante ressaltar que a licença ambiental, bem como demais alvarás, deve estar 
fixada em local visível.
Na maioria das licenças, constaque, caso não forem cumpridas as condi-
cionantes ambientais, o órgão ambiental tem o direito de cancelar a licença. 
Para facilitar o entendimento, serão descritos a seguir dois exemplos práticas 
de empreendimentos que, mesmo possuindo o licenciamento ambiental (no 
caso, a licença de operação), devem apresentar documentos periodicamente 
para o órgão ambiental.
1. Posto de gasolina sem lavagem veicular: o órgão ambiental poderá 
descrever na LO que, semestralmente, os comprovantes de destinação 
dos resíduos deverão ser entregues para uma empresa devidamente 
licenciada e apta a recebê-los/tratá-los, conforme descrito no Plano 
Geral de Resíduos Sólidos (PGRS). Ou seja, caso os recibos não forem 
apresentados, o empreendimento não estará respeitando as condicionan-
tes contidas na licença ambiental, e, dessa forma, poderá ser multado 
e ter a sua licença anulada.
2. Posto de gasolina com lavagem veicular: além de solicitar os recibos 
de destinação de resíduos, o órgão ambiental poderá requerer que, 
trimestralmente, semestralmente ou anualmente, seja entregue um 
laudo físico-químico da qualidade do efluente final. Esse laudo deve ser 
emitido por um laboratório devidamente credenciado e conter a análise 
de diferentes parâmetros, como pH, Demanda Química de Oxigênio 
(DQO), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), turbidez, óleos e 
graxas, surfactantes, entre outros. 
Os parâmetros são utilizados na caracterização da qualidade da água e 
indicam a quantidade de impurezas presentes nela, bem como apontam se 
tais impurezas estão de acordo com o que foi instituídos para determinado 
uso. Atualmente, a Resolução nº. 430, de 13 de maio de 2011, dispõe sobre as 
condições e padrões de lançamento de efluentes, complementando e alterando 
a Resolução nº. 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio 
Ambiente (CONAMA).
105Condicionantes e prazos de validade
No art. 4º da Lei nº. 9.433, de 8 de janeiro de 1997 (BRASIL, 1997), é descrito 
que a União pode articular-se com os Estados, tendo em vista o gerenciamento 
dos recursos hídricos de interesse comum. Logo, cada estado brasileiro poderá 
apresentar legislações específicas mais restritivas tratando-se dos parâmetros 
máximos permitidos, tanto para captação de águas para consumo humano quanto 
para o lançamento de águas em corpos receptores (efluente final).
A periodicidade da apresentação dos laudos, recibos, entre outros, varia de acordo 
com órgão ambiental, o tipo e o porte do empreendimento, e o grau poluidor. Dessa 
forma, é fundamental deixar a licença ambiental em local visível, ou mesmo elaborar 
planilhas que facilitem a organização, a fim de não perder os prazos de entrega.
Cabe ressaltar que muitos responsáveis técnicos pelo empreendimento 
ganham um dinheiro extra nesses períodos. Isto porque, como possuem o 
seu nome atrelado ao empreendimento, uma vez que emitiram uma Anota-
ção de Responsabilidade Técnica (ART), lembram o empreendedor das suas 
responsabilidades com o órgão ambiental, e, dessa forma, comumente são os 
responsáveis por entrar em contato com as empresas que recolhem os resíduos 
ou as análises de efluentes.
Além disso, quando os parâmetros analisados não atenderem à legislação, 
muitas vezes por falta de limpeza na Estação de Tratamento de Efluentes 
(ETE), os técnicos solicitam a limpeza ou o uso/alteração de algum agente 
químico, como coagulantes/floculante ou correção de pH, para que as nor-
mativas de lançamento de efluentes sejam atendidas — serviço cobrado 
separadamente.
Verificação dos processos licenciatórios
Entre as principais etapas do licenciamento ambiental, estão:
  a contratação de uma equipe multidisciplinar;
  a realização dos estudos ambientais;
Condicionantes e prazos de validade106
  a elaboração do projeto ambiental;
  o pagamento de taxas;
  encaminhamento do projeto ambiental ao órgão competente. 
Quando o projeto é apresentado ao órgão ambiental, de acordo com as 
suas exigências, é entregue um recibo contendo o número de protocolo da 
documentação. Esse protocolo consiste em uma sequência de números e 
letras que tem como finalidade a verificação do andamento do processo 
licenciatório. 
É fundamental o proprietário ter em mãos o número do protocolo quando necessitar 
verificar o andamento do seu projeto. Como existem pilhas de projetos a serem ana-
lisados, o protocolo agiliza a consulta.
Existem diferentes formas de verificação do processo licenciatório: pelo 
do site do órgão ambiental, na central de atendimento ou ligando diretamente 
para o órgão. Porém, é indicado que o empreendedor, na medida do possível, 
consulte o andamento por meio do site, pois muitos órgãos ambientais passam 
por algumas dificuldades, como o número reduzido de técnicos. Essa realidade 
faz o andamento dos projetos ficar ainda mais lento quando é necessário prestar 
informações para o empreendedor. 
Para consultar o processo de licenciamento em órgão federal, como o IBAMA, o em-
preendedor deverá acessar o site https://goo.gl/aLBqVT, clicando na aba “Consulta a 
processos de licenciamento ambiental”, conforme figura abaixo. Cada órgão ambiental 
estadual possui particularidades nos seus sites, portanto recomendamos que você entre 
em contato diretamente com o orgão. Já os órgãos ambientais municipais, dependendo 
do porte, podem não ter um endereço eletrônico para verificar o andamento; assim, 
você deve entrar em contato por telefone ou pessoalmente.
107Condicionantes e prazos de validade
Figura 1. Consulta do processo licenciatório em nível federal.
Fonte: Brasil (2002).
Formas de invalidação de documentos licenciatórios
As licenças ambientais poderão ser revogadas, suspensas, anuladas ou cas-
sadas se, no curso da sua vigência, for considerado o descumprimento das 
condicionantes previstas na licença concedida. 
A licença ambiental pode ser revogada se um dos seguintes casos ocorrer: 
  por motivo de conveniência ou oportunidade, o documento licenciatório 
ambiental for invalidado; 
  o documento licenciatório é válido, mas se tornou inconveniente ao 
interesse público; 
  o documento licenciatório foi emitido contendo erro, de qualquer das 
partes, mas não houve ilegalidade; 
  a revogação for utilizada para correções de erros e alterações de respon-
sabilidade ambiental durante a vigência de documentos licenciatórios.
A suspensão da licença ambiental pressupõe a suspensão dos seus efeitos, 
ou seja, a descontinuidade da vigência. A suspensão da licença ambiental 
pode ocorrer por vontade do próprio administrativo, que temporariamente 
interrompe a atividade autorizada. 
Condicionantes e prazos de validade108
É importante ressaltar, entretanto, que a eficácia do documento licenciatório ambiental 
poderá ser retomada após a verificação do atendimento de normas ambientais.
A anulação pode ocorrer por motivo de ilegalidade ou ilegitimidade. A 
licença ambiental pode ser anulada sempre que não tenha sido observada a 
totalidade das normas legais que disciplinam a sua concessão.
Por fim, a cassação da licença ambiental pode ocorrer por descumprimento 
por parte do empreendedor das condições que deveriam ser atendidas. Nesse 
caso, a norma ambiental deve ser infringida de maneira que não possibilite a 
sua adequação no desenvolvimento ordinário da atividade.
1. Com relação às condicionantes 
ambientais, assinale a 
alternativa correta.
a) Apenas a LO apresenta 
condicionantes.
b) O responsável técnico é o 
responsável por impor as 
condicionantes, as quais 
devem estar apresentadas 
no projeto ambiental.
c) O principal objetivo das 
condicionantes ambientais 
é proteger a sociedade 
de possíveis impactos 
ambientais negativos.
d) As condicionantes consistem 
em compromissos assumidos 
pelo responsável técnico, 
ainda durante o processo de 
licenciamento ambiental.
e) Caso as condicionantes 
ambientais impostas não sejam 
respeitadas, o empreendedor 
poderásofrer sanções, como 
multas ou mesmo a perda 
da licença ambiental.
2. Após encaminhar o projeto 
ambiental, João obteve a licença 
ambiental de operação. Porém, ao 
chegar no seu empreendimento, 
verificou que o número do 
CNPJ estava errado na licença 
ambiental. Entre as alternativas 
a seguir, qual está correta?
a) João deverá encaminhar todo 
o processo de licenciamento 
ambiental novamente.
b) João deve solicitar a anulação 
da licença ambiental.
c) João pode ter a sua licença 
cassada, pois, afinal, ele 
prestou informações falsas.
d) João deve entrar em contato 
com o responsável técnico 
109Condicionantes e prazos de validade
contratado por ele, para que o 
mesmo encaminhe no órgão 
ambiental, por meio de um 
protocolo, um pedido formal de 
alteração do número de CNPJ.
e) João não deve se importar 
com este erro, pois não 
haverá prejuízos.
3. Com relação aos prazos de análise 
do projeto ambiental e aos 
prazos do empreendedor para 
a entrega de estudos adicionais, 
qual é a alternativa correta?
a) Os prazos de análises 
dos diferentes processos 
licenciatórios (LP, LI e 
LO) são iguais.
b) Uma vez estipulado um 
prazo para entrega de 
estudos adicionais, não 
poderá mais ser alterado.
c) Os órgãos ambientais têm o 
prazo máximo de um mês 
para apresentar um parecer 
para determinada atividade/
empreendimento.
d) Por lei, o órgão ambiental 
poderá fornecer o prazo 
máximos de quatro meses 
para que o empreendedor 
apresenta estudos adicionais 
(quando necessário).
e) A renovação da licença de 
operação deve ser solicitada 
90 dias antes da expiração 
do prazo de validade.
4. Pedro é um dos responsáveis 
técnicos da Secretaria Municipal do 
Meio Ambiente e está analisando um 
projeto de supressão de vegetação. 
Durante a análise, ele percebeu que 
não foram descritos os impactos 
na fauna local. Entre as alternativas 
a seguir, qual está correta?
a) Pedro poderá solicitar estudos 
adicionais, pois o projeto 
ambiental não apresenta 
tal impacto ambiental.
b) Uma vez protocolado o projeto 
ambiental, os técnicos não 
possuem autonomia para 
exigir complementações.
c) Pedro deverá entrar em contato 
por telefone com o responsável 
técnico e informar a não 
descrição dos impactos na fauna.
d) Pedro deverá indeferir o 
projeto ambiental.
e) Pedro deverá fornecer a licença 
ambiental, porém, exigindo que 
o proprietário apresente, ainda 
durante o vigor da licença, o 
laudo de impacto na fauna.
5. Entre as alternativas a seguir, 
qual é considerado um exemplo 
de condicionantes visando 
obter a licença de operação?
a) Apresentar o laudo 
geológico da área.
b) Apresentar a planta baixa 
do empreendimento.
c) Apresentar estudos de 
impacto de vizinhança.
d) Apresentar o laudo de 
cobertura vegetal.
e) Apresentar o PGRS.
Condicionantes e prazos de validade110
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos 
Recursos Naturais Renováveis. Guia de procedimentos do licenciamento ambiental: 
documento de referência. Brasília: MMA, 2002.
BRASIL. Lei nº. 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, 
cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso 
XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março 
de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. 1997. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm>. Acesso em: 22 nov. 2017.
OBSERVATÓRIO LITORAL SUSTENTÁVEL. Condicionantes. Boletim informativo, n. 3, 
2016. Disponível em: <http://polis.org.br/wp-content/uploads/bo_03.pdf>. Acesso 
em: 22 nov. 2017.
Leituras recomendadas
BRASIL. Lei complementar nº. 140, de 8 de dezembro de 2011. Fixa normas, nos termos dos 
incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, 
para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas 
ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à 
proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate 
à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da 
flora; e altera a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm>. Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Caderno de licenciamento ambiental. Brasília: 
MMA, 2009. 
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Cartilha de licenciamento ambiental. Brasília: TCU, 
2004. Disponível em: http://www.ambiente.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/
cart_tcu.PDF>. Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 237, de 19 de dezembro 
de 1997. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.
html>. Acesso em: 22 nov. 2017.
MACHADO, A. Q. Licenciamento ambiental: atuação preventiva do Estado à luz da Cons-
tituição da República Federativa do Brasil. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012. 
STRUCHEL, A. C. O. Licenciamento ambiental municipal. São Paulo: Oficina de Textos, 2016. 
111Condicionantes e prazos de validade
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
O licenciamento é um compromisso, assumido pelo empreendedor junto ao órgão ambiental, de 
atuar conforme o projeto aprovado. Portanto, modificações posteriores, como, por exemplo, 
redesenho de seu processo produtivo ou ampliação da área de influência, deverão ser levadas 
novamente ao crivo do órgão ambiental. Além disso, o órgão ambiental monitorará, ao longo do 
tempo, o trato das questões ambientais e das condicionantes determinadas ao empreendimento. 
Em relação às condicionantes, estas visam à implementação correta dos programas de 
monitoramento e acompanhamento ambiental do empreendimento. Também objetivam prevenir 
riscos à saúde e ao meio ambiente. Para saber mais a respeito das condicionantes, assista o vídeo 
a seguir.
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EXERCÍCIOS
1) Em relação às condicionantes ambientais, assinale a alternativa CORRETA.
A) Apenas a licença de operação (LO) apresenta condicionantes.
B) O responsável técnico é o responsável por impor as condicionantes, as quais devem estar 
apresentadas no projeto ambiental.
C) O principal objetivo das condicionantes ambientais é proteger a sociedade de possíveis 
impactos ambientais negativos.
D) As condicionantes consistem em compromissos assumidos pelo responsável técnico, ainda 
durante o processo de licenciamento ambiental.
E) Caso as condicionantes ambientais impostas não sejam respeitadas, o empreendedor 
poderá sofrer sanções, como multas ou mesmo a perda da licença ambiental.
2) Após encaminhar o projeto ambiental, João obteve sua licença ambiental de 
operação. Porém, ao chegar em seu empreendimento, verificou que o número do 
CNPJ está digitado errado na licença ambiental. Entre as alternativas a seguir, qual 
está CORRETA?
A) João deverá encaminhar todo o processo de licenciamento ambiental novamente.
B) João deve solicitar a anulação da licença ambiental.
C) João pode ter sua licença cassada, pois, afinal de contas, ele prestou informações falsas.
D) João deve entrar em contato com o responsável técnico contratado por ele, para que esse 
encaminhe, no órgão ambiental, através de um protocolo, um pedido formal de alteração 
do número de CNPJ.
E) João não deve se importar com esse erro, pois não haverá prejuízos a ele.
3) Em relação aos prazos de análise do projeto ambiental e dos prazos do empreendedor 
quanto à entrega de estudos adicionais, qual é a alternativa CORRETA?
A) Os prazos de análise dos diferentes processos licenciatórios (LP, LI e LO) são iguais.
B) Uma vez estipulado um prazo para entrega de estudos adicionais,esse não poderá mais ser 
alterado.
C) Os órgãos ambientais têm o prazo máximo de um mês para apresentar um parecer para 
determinada atividade/empreendimento.
D) Por lei, o órgão ambiental poderá fornecer o prazo máximos de quatro meses para que o 
empreendedor apresente estudos adicionais (quando necessário).
E) A renovação da licença de operação deve ser solicitada 90 dias antes da expiração do 
prazo de validade.
4) Pedro é um dos responsáveis técnicos da secretaria municipal do meio ambiente, e 
está analisando um projeto de supressão de vegetação. Durante a análise, ele 
percebeu que NÃO foram descritos os impactos na fauna local. Entre as alternativas 
a seguir, qual está CORRETA?
A) Ele poderá solicitar estudos adicionais, pois o projeto ambiental não apresenta tal impacto 
ambiental.
B) Uma vez protocolado o projeto ambiental, os técnicos não possuem autonomia para exigir 
complementações.
C) Pedro deverá entrar em contato, por telefone, com o responsável técnico, informando a não 
descrição dos impactos na fauna.
D) Pedro deverá indeferir o projeto ambiental.
E) Pedro deve fornecer a licença ambiental, porém exigir que o proprietário apresente, ainda 
durante o vigor da licença, o laudo de impacto na fauna.
5) Entre as alternativas a seguir, qual é considerada um exemplo de condicionantes 
visando a obter a licença de operação?
A) Apresentar o laudo geológico da área.
B) Apresentar a planta baixa do empreendimento.
C) Apresentar estudos de impacto de vizinhança.
D) Apresentar o laudo de cobertura vegetal.
E) Apresentar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS).
NA PRÁTICA
Carlos adquiriu recentemente uma rampa de lavagem, e após contratar um técnico que realizou o 
estudo ambiental e encaminhamento do projeto ambiental ao órgão ambiental municipal, obteve 
a licença ambiental, com validade de 4 anos. Porém, na referida licença ambiental, estão 
descritas algumas condicionantes ambientais que devem ser cumpridas.
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Acompanhe no artigo a seguir, os aspectos legais do licenciamento ambiental de 
loteamentos no município de Caçador/SC.
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Para que a Usina Hidrelétrica de Belo Monte fosse construída, foram definidas diversas 
condicionantes que devem ser realizadas para compensar impactos sociais, ambientais e 
econômicos na região impactada pela obra. Confira no vídeo a seguir quais são essas 
condicionantes.
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Acompanhe no texto a seguir quais são as condicionantes descritas na licença ambiental e 
o que está sendo feito para atendê-las na construção da hidrelétrica de Belo Monte.
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Estudos ambientais: definição, objetivos 
e importância
APRESENTAÇÃO
Toda e qualquer atividade/empreendimento irá resultar em impactos ambientais, que podem ser 
tanto positivos como negativos. Esses impactos podem variar de acordo com o grau poluidor e 
do tamanho do empreendimento. Para saber exatamente quais serão as consequências 
ambientais, deve-se realizar estudos ambientais, analisando o meio biótico e abiótico. Em outras 
palavras, os estudos ambientais caracterizam a essência do licenciamento ambiental, são eles 
que irão definir se determinado empreendimento poderá ou não ocorrer. Existem diferentes tipos 
de estudos ambientais, sendo fundamental analisar a cobertura vegetal da área e a fauna 
associada, além de identificar o tipo de solo e a profundidade do lençol freático. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai compreender melhor os estudos ambientais e seus 
diferentes tipos. Não há como dizer quais estudos serão necessários para determinado 
licenciamento ambiental, por isso, é importante consultar sempre o órgão ambiental, que 
fornece, nos próprios termos de referência, o que deverá ser apresentado. Além disso, serão 
vistos os laudos de cobertura vegetal, da fauna e geológico, laudos que requerem maior atenção 
e tempo. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os objetivos e tipos de estudos ambientais.•
Distinguir laudo de cobertura vegetal e laudo de fauna.•
Reconhecer a importância do laudo geológico.•
DESAFIO
Sabe-se que o licenciamento ambiental é um procedimento que envolve uma equipe 
multidisciplinar, pois é necessário analisar os impactos ambientais do meio abiótico e biótico. 
Veja a situação a seguir.
Visando a construção de uma Pequena Central Hidrelétrica-PCH, a empresa Construct, após 1 
mês de muitos estudos ambientais, encaminhou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para o 
órgão ambiental estadual, uma vez que a área de inundação ultrapassa limites municipais. Após 
o corpo técnico do órgão estadual realizar vistoria e apresentação do Relatório de Impacto 
Ambiental (RIMA) para a população, foi possível concluir o seguinte:
Percebe-se que a empresa analisou a fauna, a flora e as características da população vizinha ao 
empreendimento porém, você, como responsável pelo licenciamento ambiental do órgão 
estadual, julga que essa análise está correta? Você emitiria um parecer técnico favorável ou 
desfavorável à construção dessa hidrelétrica? Justifique suas respostas com argumentos 
plausíveis.
INFOGRÁFICO
O processo de licenciamento ambiental para a liberação de uma determinada 
atividade/empreendimento consiste em apresentar documentos técnicos e estudos ambientais ao 
órgão ambiental competente, visando a fornecer embasamento teórico e prático ao 
licenciamento da atividade em questão. Existem diversos tipos de documentos técnicos que o 
órgão poderá solicitar, como requerimentos, caracterização do empreendimento, termo de 
referência e estudos ambientais. 
Especificamente falando dos estudos ambientais, estes devem ser elaborados com cautela, 
visando a analisar o meio biótico e abiótico. Existem diferentes tipos de estudos ambientais, 
como: EIA/RIMA, PCA, RCA, PRAD, programas de monitoramento, educação ambiental, entre 
outros.
Confira no Infográfico a seguir como ocorrem esses estudos ambientais.
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CONTEÚDO DO LIVRO
Basicamente, os estudos ambientais objetivam analisar os impactos ambientais, principalmente 
os negativos, que uma certa atividade ou empreendimento poderá ocasionar. Mas está enganado 
quem pensa que esses estudos estão voltados unicamente ao meio ambiente, ou seja, à fauna e à 
flora. Deve-se analisar também a geologia do local, visando a saber qual é o tipo de solo e a 
profundidade do lençol freático, pois alguns solos são mais vulneráveis que outros, como, por 
exemplo, os solos arenosos. 
Além disso, dependendo da atividade, é fundamental saber a profundidade do lençol freático, 
pois caso venham a ocorrer vazamentos ou contaminações, enormes passivos ambientais podem 
ocorrer, colocando em risco tanto o meio ambiente como a população, caso consumam a água 
contaminada. 
Para entender mais a respeito dos diferentes tipos e importância dos estudos ambientais, leia o 
capítulo Estudos Ambientais: definição, objetivos e importância, parte do livro Licenciamento 
Ambiental, base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
LICENCIAMENTO 
AMBIENTAL 
Ronei Tiago Stein
Estudos ambientais: 
defi nição, objetivos 
e importância
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Identifi car os objetivos e tipos de estudos ambientais.
 Distinguir laudo de cobertura vegetal de laudo de fauna.
 Reconhecer a importância do laudo geológico.
Introdução
Todo e qualquer empreendimento ou atividade resultará em impactos 
ambientais, que podem ser tanto positivos quanto negativos. Obviamente, 
esses impactos variam de acordocom o grau poluidor e o porte do 
empreendimento. Para saber exatamente quais são as consequências 
ambientais, devem ser realizados estudos ambientais, que inclui a análise 
do meio biótico e abiótico. Em outras palavras, os estudos ambientais 
caracterizam a essência do licenciamento ambiental, pois são eles que 
vão definir se determinado empreendimento poderá ou não sair. 
Neste capítulo, você vai ler a respeito dos estudos ambientais e seus 
diferentes tipos. Existem diferentes tipos de estudos ambientais, sendo 
fundamental analisar a cobertura vegetal da área e a fauna associada, além 
de identificar o tipo de solo e a profundidade do lençol freático. Ainda, 
você vai ler sobre os laudos de cobertura vegetal, da fauna e geológico, 
por serem laudos demorados, que requerem maior atenção.
Definições gerais
Como vimos, o licenciamento ambiental objetiva principalmente a proteção 
do meio ambiente, mas sem deixar de lado o desenvolvimento econômico. 
Embora essa defi nição pareça simples, esse assunto gera muita discussão na 
prática, porque, dependendo da atividade ou do empreendimento a ser cons-
truído, difi cilmente não haverá impactos ambientais. Um bom exemplo é a 
construção de uma hidrelétrica, em que vastas áreas acabam sendo inundadas. 
De um lado está a necessidade de o País fornecer energia para a população; 
de outro, os impactos ambientais que podem ocorrer.
Os estudos ambientais objetivam analisar principalmente os impactos negativos 
que determinada atividade pode ocasionar no meio ambiente. Para realizar esse 
levantamento, o órgão ambiental pode solicitar relatório ambiental, plano e projeto 
de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano 
de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco 
(BRASIL, 2009).
Portanto, é essencial investir nos estudos ambientais, visando descobrir 
quais são os prováveis impactos ambientais que determinada atividade pode 
ocasionar. 
Está enganado quem pensa que esses estudos estão voltados unicamente 
ao meio biótico, característico dos seres vivos ou que está vinculado a 
estes. É preciso analisar também o meio abiótico (todas as influências que 
os seres vivos possam receber em um ecossistema, derivadas de aspectos 
físicos, químicos ou físico-químicos do meio ambiente) e o socioeconômico, 
ou seja, a interferência na vida dos moradores e nas atividades no entorno 
do empreendimento.
Os estudos ambientais necessários ao processo de licenciamento deverão 
ser realizados por profissionais legalmente habilitados (equipe multidisci-
plinar), e os custos são arcados pelo empreendedor. Ou seja, o principal 
objetivo dos estudos ambientais é analisar os possíveis impactos ambientais. 
De acordo com o MMA (BRASIL, 2009), esses estudos incluem alterna-
Estudos ambientais: definição, objetivos e importância114
tivas à ação ou ao projeto e pressupõem a participação do público, não 
representando um instrumento de decisão em si, mas um instrumento de 
conhecimento a serviço da decisão.
Impactos ambientais são alterações no ambiente causadas pelo desenvolvimento das 
atividades humanas no espaço geográfico. Podem ser positivos, quando resultam em 
melhorias para o ambiente, ou negativos, quando essas alterações causam algum risco 
para o ser humano ou para os recursos naturais encontrados no espaço. Normalmente, 
o termo impacto ambiental é mais utilizado para atividades negativas.
Tipos de estudos ambientais
Existem diferentes tipos de estudos ambientais. Os mais empregados, de 
acordo com MMA (BRASIL, 2009), são:
Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) — série de procedimentos legais, 
institucionais e técnico-científi cos, com o objetivo de caracterizar e identifi car 
impactos potenciais na instalação futura de um empreendimento, ou seja, de 
prever a magnitude e a importância desses impactos. 
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental 
(RIMA) — o EIA é um documento de natureza técnica, cuja fi nalidade é 
avaliar os impactos ambientais gerados por atividades e/ou empreendimentos 
potencialmente poluidores ou que possam causar degradação ambiental. Deverá 
contemplar a proposição de medidas mitigadoras e de controle ambiental, 
garantindo o uso sustentável dos recursos naturais. Já o RIMA deve refl etir 
as conclusões do EIA e tem como objetivo informar à sociedade sobre os 
impactos, medidas mitigadoras e programas de monitoramento do empreen-
dimento ou da atividade. Para que esse objetivo seja atendido, o RIMA deve 
ser apresentado de forma objetiva e de fácil compreensão.
Projeto Básico Ambiental (PBA) — deverá apresentar um detalhamento 
de todos os programas e projetos ambientais previstos, ou seja, aqueles pro-
115Estudos ambientais: definição, objetivos e importância
venientes do EIA/RIMA, bem como os considerados pertinentes pelo órgão 
licenciador. Constitui-se em um dos documentos-base para a obtenção da 
licença de instalação (LI).
Plano de Controle Ambiental (PCA) — é exigido para a concessão da LI 
de atividade de extração mineral de todas as classes. O PCA é uma exigência 
adicional ao EIA/RIMA, apresentado na fase anterior à concessão da licença 
prévia (LP). No entanto, o PCA tem sido exigido, também, para o licenciamento 
de outros tipos de atividades. 
Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) — concebido para a 
recomposição de áreas degradadas pela atividade de exploração de recursos 
minerais. No entanto, tem sido utilizado para os diversos tipos de empreen-
dimentos e, geralmente, é previsto no escopo dos estudos ambientais.
Relatório de Controle Ambiental (RCA) — é exigido na hipótese de 
dispensa do EIA/RIMA para a obtenção da LP de atividades de extração 
mineral da classe II. Deve ser elaborado de acordo com as diretrizes esta-
belecidas pelo órgão ambiental competente. O RCA tem sido exigido por 
alguns órgãos de meio ambiente também para o licenciamento de outros 
tipos de atividade.
Análise de risco — consiste em uma metodologia para analisar as possíveis 
consequências negativas para a sociedade de atividades humanas ou das 
forças da natureza. De maneira geral, a análise de riscos tem por objetivo 
responder às seguintes perguntas com relação a um determinado empreen-
dimento ou atividade: 
 O que pode acontecer de errado?
 Com que frequência isso pode acontecer?
 Quais são os efeitos e as consequências?
 É necessário reduzir os riscos? De que modo isso pode ser feito?
Estudos ambientais: definição, objetivos e importância116
Relatório Ambiental Simplifi cado (RAS) — estudos relativos aos aspec-
tos ambientais relacionados à localização, instalação e operação de novos 
empreendimentos habitacionais, incluindo as atividades de infraestrutura 
de saneamento básico, viária e energia, apresentados como subsídio para a 
concessão da licença requerida, que conterá, entre outras, as informações 
relativas ao diagnóstico ambiental da região de inserção do empreendimento, 
a sua caracterização, a identifi cação dos impactos ambientais e das medidas 
de controle, de mitigação e de compensação.
Todos esses estudos são aplicáveis para determinados tipos de empreendimentos. 
Para uniformizar e padronizar esses estudos, os órgãos ambientais elaboram os termos 
de referência (TR), visando orientar os profissionais na elaboração de qualquer tipo de 
estudo ambiental. Dessa forma, o TR bem elaborado é um dos passos fundamentais 
para que um estudo ambiental alcance a qualidade esperada. 
Laudo de cobertura vegetal e laudo de fauna
Como vimos, os estudos ambientais são fundamentais visando prevenir ao 
máximo os impactos ambientais. Em relação ao licenciamento ambiental, é 
fundamental saber identifi car a cobertura vegetal e a fauna associadas em 
determinada área. A identifi cação da cobertura vegetal ocorre por meio de 
laudos, sendo que esse estudo pode levar bastante tempo, dependendo do 
tamanho da área a ser analisada.
O laudo de cobertura vegetal consiste em levantamento in loco daco-
bertura vegetal existente nas áreas, com avaliação da florística, composição 
qualiquantitativa das espécies florestais, estudo do grau de sucessão florestal 
existente, identificação de espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção, 
com registro fotográfico, emissão de laudos e pareceres técnicos (Figura 1).
117Estudos ambientais: definição, objetivos e importância
Figura 1. a) Obtenção da circunferência na altura do peito e b) obtenção da 
altura média da árvore.
Fonte: Robert Cum/Shutterstock.
Segundo a Lei nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, elaborar ou apresentar, no licencia-
mento, concessão florestal ou qualquer outro procedimento administrativo, estudo, 
laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por 
omissão, é considerado crime ambiental, resultando em uma pena com reclusão de 
três a seis anos e multa (BRASIL, 1998).
Estudos ambientais: definição, objetivos e importância118
Uma das informações mais importantes que deve constar no laudo de 
cobertura vegetal é a fase de sucessão ecológica que a vegetação se encontra. 
A expressão sucessão ecológica é usada para descrever processos de alteração 
nos ecossistemas sobre várias escalas, como temporal, espacial ou vegetacional. 
Ou seja, sucessão é o processo ordenado de mudanças em um determinado 
ecossistema, resultando na modificação do ambiente físico pela comunidade 
biológica (ROSARIO, 2010).
Além disso, deve constar, no laudo de cobertura vegetal, a qual grupo 
ecológico a vegetação da respectiva área pertence. Os grupos ecológicos 
representam o comportamento das espécies f lorestais nos processos de 
sucessão ecológica, que ocorrem de forma natural (por exemplo, uma árvore 
que tomba, abrindo uma clareira em uma mata) ou devido à ação humana. 
Esses grupos são formados por espécies que apresentam características 
biológicas e ecológicas em comuns, além da regeneração natural e padrão 
de crescimento da espécie. O grupo ecológico pode apresentar três dife-
rentes tipos: 
Pioneiras (P) — são as primeiras a aparecerem em uma clareira recente. 
São espécies cujas sementes necessitam da luz solar direta para germinarem. 
Normalmente, têm tamanho médio, são transportadas à longa distância por 
animais, principalmente pássaros e morcegos, e apresentam dormência e alta 
longevidade. A regeneração natural ocorre principalmente a partir do banco de 
sementes existentes no solo. A plântula necessita de luz para desenvolvimento 
e apresenta pouca reserva. A planta jovem apresenta rápido crescimento e 
competição por luz. São espécies de rápido crescimento, regeneração precoce, 
com produção contínua de sementes, ciclo de vida curto, podendo atingir 
de 5 a 8 m de altura. São modifi cadoras do ambiente após a germinação e 
desenvolvimento, propiciando condições para germinação e desenvolvimento 
das espécies secundárias e climácicas.
Secundárias (S) — também conhecidas como oportunistas de clareira, têm 
sementes geralmente aladas e de curta longevidade natural, necessitando de 
períodos secos para a sua dispersão anemocórica (disseminação de sementes 
de uma planta pela ação dos ventos), mas também podem apresentar dispersão 
zoocórica (dispersão de sementes por animais). As sementes não apresentam 
dormência e têm condições de germinarem à sombra da mata, muitas vezes 
formando banco de plântulas sob o dossel. As plântulas recém-germinadas 
apresentam pouca reserva e o seu desenvolvimento é estimulado com o sur-
gimento de clareira.
119Estudos ambientais: definição, objetivos e importância
Algumas bibliografias dividem as espécies secundárias em inicial e tardia. Nas espécies 
caracterizadas como inicial, o crescimento é mais rápido, a madeira é leve e não 
toleram sobra, sendo o tempo para primeira reprodução de 5 a 10 anos. Já nas espécies 
secundárias tardias, o crescimento é médio a rápido, a madeira normalmente é dura 
são intolerantes a sombra no estágio juvenil e a idade da primeira reprodução é entre 
10 a 20 anos (MORAES et al., 2013).
Climácicas (C) — com uma grande quantidade de nutrientes e todas condições 
e recursos ideais, bem como uma fauna já associada ao local, outras espécies 
muito mais exigentes, com ciclo de vinda longo e melhores competidoras, 
estabelecem-se: as espécies clímax. Elas dependem da umidade no solo e 
também de uma ampla gama de nutrientes para que as suas sementes germinem. 
As sementes das espécies clímax geralmente são grandes, protegidas por uma 
camada grossa de tecido que evita a perda de água e difi culta a predação por 
pequenos insetos. Enquanto as pioneiras e secundárias são pouco exigentes, 
competidoras inferiores e investem em sementes pequenas que são facilmente 
dispersadas pelo vento e água, as espécies clímax são competidoras superio-
res, mais exigentes e dependem geralmente da fauna para dispersar as suas 
sementes, que são grandes e associadas a frutos. Os frutos dessas espécies 
são fundamentais, e é por meio deles que a maioria é dispersada.
As florestas secundárias são classificadas de acordo com o estágio de 
regeneração. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), por meio 
da Resolução nº. 29, de 7 de dezembro de 1994, defini-as em:
 estágio inicial de regeneração — surge logo após o abandono do solo.
Esse estágio geralmente dura entre seis e dez anos, dependendo do grau 
de degradação do solo e do entorno. A altura média da vegetação não
ultrapassa quatro metros.
 estágio médio de regeneração — esse estágio pode ocorrer entre seis
e 15 anos depois do abandono do solo. As árvores podem atingir o
comprimento de 12 metros. A diversidade aumenta, mas ainda há pre-
dominância de espécies de árvores pioneiras.
 estágio avançado de regeneração — inicia-se geralmente depois de 15
anos e pode levar de 60 a 200 anos para alcançar novamente o estágio
semelhante à floresta primária (floresta intocada ou aquela em que a
ação humana não provocou significativas alterações das características
Estudos ambientais: definição, objetivos e importância120
originais de estrutura e de espécies). A diversidade aumenta gradual-
mente à medida que o tempo passa e esse processo é acelerado caso 
existam remanescentes primários para fornecer sementes. A altura 
média das árvores é superior a 12 metros.
No laudo de cobertura vegetal, devem ser identificadas espécies raras, endêmicas, 
ameaçadas de extinção e imunes ao corte conforme portaria do Instituto Brasileiro 
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) nº. 37-N, de 3 de abril 
de 1992 (INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS 
RENOVÁVEIS, 1992).
Laudo de fauna
Segundo a Lei de Proteção à Fauna Brasileira, os animais selvagens constituem 
um patrimônio público, sendo a sua preservação um dever e uma necessidade 
de todos os cidadãos (Lei Federal nº. 5.197, de janeiro de 1967). O art. 1º da 
referida Lei respalda: 
os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase de seu desenvolvimento 
e que vivem naturalmente fora de cativeiro, constituindo a fauna silvestre, 
bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são propriedades do 
Estado, sendo proibida sua utilização perseguição, destruição, caça ou apanha 
(BRASIL, 1967).
Assim, a fauna presente na referida área deve ser identificada. Esse le-
vantamento deve ocorrer principalmente percorrendo toda a sua extensão, 
analisando vestígios (pegadas, restos de comida, fezes, entre outros) por meio 
de bibliografias ou de conversa com moradores mais antigos. Pelo fato de 
muitos animais terem hábitos noturnos, é indicado a colocação de armadilhas, 
visando identificar o máximo de espécies possíveis.
Cabe ressaltar que tanto o laudo vegetal quanto o laudo da fauna devem ser 
realizados por profissionais as atribuições necessárias, visto que os animais 
vertebrados (aves, mamíferos, peixes, répteis e anfíbios) e os invertebrados 
(insetos, aracnídeos, crustáceos, centopeias, moluscos e vermes) possuem 
121Estudos ambientais: definição, objetivos e importância
característicase hábitos totalmente distintos, que só podem ser identificados 
por profissionais devidamente capacitados e que conhecem bem as espécies. 
Dependendo do tipo de empreendimento (no caso de uma hidrelétrica, por exemplo, 
os impactos ambientais são muito grandes), o levantamento da fauna pode levar até 
1 ano, pois é necessário analisar os impactos nos animais migratórios (aves, peixes, 
entre outros).
O órgão ambiental poderá solicitar diferentes estudos/levantamentos da 
fauna, como:
 Inventários da Fauna Silvestre, como mastofauna (conjunto de mamí-
feros existentes em uma região), herpetofauna (conjunto de répteis e
anfíbios de uma região), avifauna (conjunto de aves de uma região) e
ictiofauna (conjunto de peixes de uma região);
 Programas de Monitoramento da Fauna;
 Programa de Resgate da Fauna Silvestre;
 Programa de Manejo da Fauna Silvestre;
 Elaboração de Programas de Monitoramento da Fauna;
 Elaboração de Programas de Resgate da Fauna;
 Identificação Taxonômica de Espécies.
A construção de hidrelétricas é uma das atividades que mais impacta negativamente 
o meio ambiente. Houve casos em que o levantamento da flora e da fauna não foi
bem feito, ocasionando a extinção de espécies. Para saber mais a respeito do assunto, 
leia as reportagens disponíveis nestes links:
https://goo.gl/XAB3T5
https://goo.gl/yJqfAC
https://goo.gl/knmVDG
Estudos ambientais: definição, objetivos e importância122
Laudo geológico
O laudo geológico é defi nido como um parecer técnico-ambiental, apre-
sentando a caracterização geológica e hidrogeológica do ambiente onde o 
empreendimento será instalado. Os profi ssionais que realizam esse tipo de 
serviço são principalmente geólogos e engenheiros de minas. Como a expan-
são imobiliária vem aumentando nos últimos aos, o laudo geológico tem sido 
cada vez mais solicitado, sobretudo na demarcação de loteamentos urbanos 
e rurais, sendo que, nesse caso, o trabalho deverá ser realizado também por 
um topógrafo. Essa análise técnica acaba assumindo a responsabilidade de 
dizer se um terreno está apto ou não à construção civil, de acordo com as 
normas ambientais.
Existem diversos tipos de estudos que podem estar inclusos no laudo 
geológico, sendo recomendado procurar sempre o órgão ambiental para saber 
exatamente o que será pedido. Isso porque, dependendo da atividade a ser 
desenvolvida, poderá haver contaminações do solo e até mesmo das águas 
subterrâneas, ou mesmo queda de taludes, se não forem construídos adequa-
damente (Figura 2). 
Figura 2. Exemplo de uma atividade cujo laudo geológico é de suma importância.
Fonte: Dmitriy Kuzmichev/Shutterstock.com.
123Estudos ambientais: definição, objetivos e importância
Entre os principais itens que um laudo geológico deve ter, podemos citar, 
de acordo com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz 
Roessler (RIO GRANDE DO SUL, 2017):
1. caracterização geológica da área do empreendimento, abordando
aspectos litológicos (composição e grau de alteração das rochas) e
estruturais (fraturamentos, falhamentos e tipos de contatos) das rochas
ocorrentes por meio da execução de sondagens/cavas representativas
de, no mínimo dois metros de profundidade, acompanhada de seções
geológicas transversais e longitudinais, especificando tipo e espessura
de cada camada com demarcação do nível freático, quando ocorrer;
2. caracterização geomorfológica da área do empreendimento contem-
plando a compartimentação do relevo e as formas dominantes, bem
como a dinâmica dos processos geomorfológicos;
3. caracterização geotécnica da área do empreendimento, contendo a
descrição dos tipos de solo e classes de uso, da declividade dos terrenos 
versus estabilidade de taludes e propensão a movimentos de massa
(áreas com a presença e delimitação de colúvios) e de áreas suscetíveis
à erosão e sujeitas à inundação (planície de inundação, travessias e
várzeas, solos orgânicos e hidromórficos).
No caso de infiltração de efluentes líquidos no solo, devem ser realizados, de forma 
representativa ao longo da área do empreendimento, ensaios de infiltração de acordo 
com as normas técnicas brasileiras NBR 13969:1997 ou 7229:1993 da Associação Brasileira 
de Normas Técnicas (ABNT), contendo a indicação da profundidade da cava e locação 
dos pontos em planta, o tempo de infiltração, coeficiente de infiltração L/m².dia, taxa 
de percolação em m³/m².dia para cada ensaio, a data e as condições climáticas da 
época de realização dos referidos testes, e, ainda, posicionamento técnico conclusivo 
do profissional responsável pelas informações quanto à possibilidade de utilização 
do solo/subsolo da gleba em receber os efluentes líquidos tratados a serem gerados.
4. caracterização hidrogeológica local, identificando os tipos de aquíferos
ocorrentes e o potencial de vulnerabilidade à contaminação das águas
subterrâneas, considerando a delimitação das zonas de recarga e descarga,
bem como a direção de fluxo e a dinâmica do aquífero. Ainda, informa a
Estudos ambientais: definição, objetivos e importância124
localização dos poços de captação das águas subterrâneas destinado ao 
abastecimento público ou privado, existentes na área e no entorno, em 
um raio de 500 metros sujeitos à influência do empreendimento;
5. caracterização de todos os recursos hídricos superficiais (rios, riachos,
sangas, lagos, açudes, nascentes, olhos d’água, drenagens, áreas úmidas, 
etc.) existentes na área do empreendimento e no seu entorno em um raio
de 500 metros (esta metragem pode variar de acordo com as exigência do
órgão ambiental competente), contendo a bacia hidrográfica, sub-bacia e
curso d’água mais próximo (inserção do empreendimento na micro-bacia
hidrográfica), etc. A caracterização deve estar acompanhada de planta em
escala adequada com a devida representação dos recursos hídricos identi-
ficados, indicando a direção do fluxo preferencial das águas superficiais.
O laudo geológico apresenta funções de extrema importância, visando 
principalmente à proteção ambiental. Entre essas funções, podemos citar:
 prevenção contra deslizamentos de terra, visto que o estudo da super-
fície do solo averígua se ele pode ou não receber a instalação civil, a
mineração e demais ações humanas;
 prevenção contra a contaminação do solo, analisando-se o grau de
permeabilidade do solo, identificando se está suscetível à contaminação
por combustíveis líquidos, chorume ou outros materiais.
 combate ao crescimento desordenado das grandes cidades. Uma cons-
trução civil só estará autorizada mediante ao parecer positivo do laudo
geológico e do licenciamento ambiental sobre as condições físicas do
terreno em questão;
 um projeto arquitetônico que considera que o laudo geológico é desen-
volvido de forma mais alinhada às condições ambientais do próprio
terreno onde a construção está sendo feita. Futuramente, isso evita
erros arquitetônicos que comprometam a estrutura das residências e
provoquem rachaduras em paredes e desmoronamentos de casas.
É fundamental identificar o tipo de solo, pois este apresenta propriedades e caracterís-
ticas distintas. Por exemplo, solos arenosos são mais vulneráveis a processos erosivos 
em comparação a solos argilosos, o que pode acabar ocasionado graves consequências 
ambientais, dependo do local e do porte do empreendimento. 
125Estudos ambientais: definição, objetivos e importância
Estudos ambientais: definição, objetivos e importância126
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Caderno de licenciamento ambiental. Brasília: 
MMA, 2009. 
BRASIL. Lei nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e admi-
nistrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras 
providências. 1998. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.
htm>. Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL. Lei Federal nº. 5.197, de janeiro de 1967. Dispõe sobre a proteção à fauna e dá 
outras providências. 1967. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L5197.htm>. Acesso em: 23nov. 2017.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 29, de 07 de dezembro 
de 1994. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res94/res2994.
html>. Acesso em: 22 nov. 2017.
INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. 
Portaria IBAMA nº. 37-N, de 03 de abril de 1992. Reconhece como lista oficial das espécies 
da flora brasileira ameaçadas de extinção a relação que apresenta. 1992. Disponível 
em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/179/_arquivos/179_05122008033627.pdf>. 
Acesso em: 23 nov. 2017.
MORAES, L. F. D. et al. Manual técnico para a restauração de áreas degradadas no estado 
do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: [s.n.], 2013. Disponível em: <https://www.jbrj.gov.br/
sites/all/themes/corporateclean/content/publicacoes/manual_tecnico_restauracao.
pdf>. Acesso em: 23 nov. 2017.
RIO GRANDE DO SUL. Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Fundação Estadual 
de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler. Licenciamento ambiental. [200-?]. 
Disponível em: <http://www.fepam.rs.gov.br/licenciamento/area4/mineracao.asp>. 
Acesso em: 23 nov. 2017.
ROSARIO, R. P. G. Estágios sucessionais e o enquadramento jurídico das florestas montanas 
secundárias na Reserva Florestal do Morro Grande (Cotia, SP) e entorno. Dissertação (Mes-
trado em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente) - Instituto de Botânica da Secretaria 
do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica da Secretaria do Meio Ambiente, 2010.
Leituras recomendadas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13969: Tanques sépticos - Uni-
dades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, 
construção e operação. Rio de Janeiro: ABNT, 1997.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7229: projeto, construção e 
operação de sistemas de tanques sépticos. Rio de Janeiro: ABNT, 1993. 
DICA DO PROFESSOR
Biodiversidade, ou também conhecida como diversidade biológica, traça a riqueza e a variedade 
do mundo natural. As plantas, os animais e os microrganismos fornecem alimentos, 
medicamentos e boa parte da matéria-prima industrial consumida pelo homem. Dessa forma, 
toda e qualquer atividade desenvolvida pelo homem deveria passar por um estudo ambiental 
criterioso, visando a descobrir quais as espécies encontradas na área de instalação. Nem sempre 
esses estudos são realizados, ou, então, apresentam falhas, colocando em risco a qualidade do 
meio ambiente, a diversidade biológica e, dependendo da atividade, até mesmo a saúde humana.
Confira na Dica do Professor, qual é a importância dos estudos da fauna e da flora e como o 
meio ambiente pode ser impactado pelas diferentes atividades antrópicas.
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EXERCÍCIOS
1) Visando a identificar os possíveis impactos ambientais, os estudos ambientais 
apresentam papel fundamental, os quais necessitam conhecimento dos técnicos e 
cautela. Entre as alternativas a seguir, qual está CORRETA em relação aos estudos 
ambientais? 
A) Todos os empreendimentos/atividades que necessitam obter a licença prévia devem 
providenciar os estudos ambientais.
B) O levantamento da fauna de uma região deve ser realizado pelo menos durante 1 ano para 
os diferentes tipos de empreendimentos.
C) Nos estudos ambientais são descritos apenas os impactos na fauna e na flora.
D) Os estudos ambientais objetivam apenas levantar impactos ambientais negativos.
E) O laudo de cobertura vegetal, um dos principais itens dos estudos ambientais, pode ser 
realizado por qualquer profissional que tenha cursos superior.
2) Existem diferentes tipos de estudos ambientais, sendo que sua apresentação ou não 
varia de acordo com o porte do empreendimento, grau poluidor, localização, entre 
outros. O estudo apresentado para a população, como forma de obter a licença 
prévia, com um linguajar não técnico, visando o entendimento de todos, é 
denominado? 
A) Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).
B) Relatório de Controle Ambiental (RCA).
C) Projeto básico ambiental (PBA).
D) Plano de controle ambiental (PCA).
E) Estudo de Impacto Ambiental (EIA).
3) Em relação ao levantamento da fauna e da flora, assinale a alternativa CORRETA. 
A) É fundamental identificar a sucessão ecológica da área onde será implantado o 
empreendimento.
B) A sucessão primária ocorre em uma área que já foi ocupada por uma comunidade 
anteriormente.
C) O órgão ambiental normalmente descreve que os animais invertebrados devem ser 
identificados no levantamento da fauna.
D) A reposição florestal obrigatória é exigida por lei apenas para empreendimentos que 
apresentam vegetação em estágio avançado de regeneração.
E) Espécies pioneiras não necessitam ser apresentadas no laudo florestal, pois essas 
apresentam um crescimento muito rápido.
4) Em relação ao laudo geológico nos estudos ambientais, qual das alternativas a seguir 
está CORRETA? 
A) É exigido pelo órgão ambiental apenas quando há parcelamento dos solos, como a 
realização de novos loteamentos.
B) O objetivo do laudo geológico é apresentar estudos consistentes para a caracterização 
geológica e hidrogeológica da área de interesse, visando a obtenção do licenciamento 
ambiental para instalação e/ou funcionamento de empreendimentos.
C) A caracterização geomorfológica visa a descrição dos tipos de solo e classes de uso, além 
de analisar a declividade dos terrenos e a estabilidade de taludes.
D) O órgão ambiental solicita o laudo geológico para saber se o solo do local possui 
capacidade de sustentar a edificação, ou seja, visa a verificar o grau de resistência desse.
E) O laudo geológico é uma ferramenta importante na caracterização química da área, pois 
esse conta com informações relevantes referentes à aptidão do local para a instalação do 
empreendimento.
5) A Itaipu Binacional é considerada uma das maiores hidrelétricas do mundo, sendo a 
sua construção uma parceria entre o Brasil e o Paraguai, que ocorreu entre 1975 e 
1982. Essa obra, além de ser um desafio na área da engenharia civil, ocasionou vários 
impactos ambientais. Em relação ao levantamento da fauna e da flora em uma obra 
de grande porte, como no caso da Usina de Itaipu, qual é a alternativa CORRETA? 
A) De acordo com a Lei Federal n.o 5.197, de janeiro de 1967, esta ressalta que os animais 
adultos são propriedades do Estado, e, dessa forma, é fundamental haver o levantamento 
da fauna que poderá ser afetada.
B) Em se tratando do laudo de cobertura vegetal, deve levar-se em conta apenas as árvores de 
grande porte, pois estas são mais significativas para o levantamento.
C) Pelo fato de haver uma grande diversidade biológica, não existem metodologias 
específicas para o levantamento da cobertura vegetal, sendo que os próprios profissionais 
devem escolher como realizar o trabalho.
D) O laudo apresentando a fauna de uma região deve englobar todos os animais que 
necessitam da área para sobreviver, inclusive os animais migratórios.
E) O levantamento da fauna deve basear-se apenas nos animais visualizados in loco na área 
afetada.
NA PRÁTICA
Existem metodologias visando o levantamento da flora e da fauna de um determinado local. 
Porém, é fundamental que os profissionais envolvidos tenham conhecimento a respeito desses, 
para que ocorra o correto levantamento das espécies encontradas. Como existe uma diversidade 
de espécies muito grande, principalmente da flora, é importante que o responsável técnico saiba 
identificá-las corretamente.
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Confira na reportagem a seguir como a população pode ser afetada com determinadas 
atividades/empreendimentos que não respeitam as normas ambientais.
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Confira um estudo sobre a composição, riqueza e abundância de anuros na Estação 
Ecológica de Angatuba, um remanescentede Cerrado e Mata Atlântica presente na bacia 
hidrográfca do Alto Paranapanema. O levantamento das espécies foi realizado em duas 
etapas de campo: março e novembro de 2007 e outubro de 2008 a março de 2009, 
totalizando 38 dias de inventário.
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Veja um estudo que teve como objetivo inventariar a fauna de mamíferos de médio e 
grande porte da Reserva Biológica Augusto Ruschi (RBAR), localizada na região serrana 
do Espírito Santo. Foram utilizadas diversas técnicas indiretas para encontrar evidências 
de mamíferos na RBAR. Para saber quais foram essas técnicas, leia o artigo a seguir.
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Termos de referência
APRESENTAÇÃO
Os termos de referência (TR) têm a função principal de orientar os técnicos na elaboração e 
estudos necessários, visando iniciar o processo de licenciamento ambiental. Cabe ao órgão 
ambiental fornecer este termo, que normalmente está disponível no site, porém é comum que 
municípios de pequeno porte não tenham os TR, sendo indicado que os profissionais se baseiem 
nos termos disponibilizados no órgão estadual.
Estes termos visam obter informações do empreendimento e responsável técnico, além de serem 
descritos os documentos/estudos necessários para cada tipo de licença ambiental. Desta forma, 
os profissionais envolvidos devem respeitar estes termos, caso contrário, corre-se o risco do 
órgão ambiental não aceitar ou indeferir o projeto ambiental.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar sobre os termos de referências e a 
documentação que normalmente é solicitada. Outro ponto crucial são os diferentes tipos de 
mapas e certidões que podem ser exigidos pelo órgão ambiental, os quais serão apresentados ao 
longo da unidade, bem como a função e importância de se obter a outorga de água para que 
determinado empreendimento/atividade consiga a licença ambiental.
Bons estudos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir os termos de referência e a documentação necessária para encaminhar a licença 
ambiental.
•
Identificar os diferentes tipos de mapas e certidões que podem ser solicitados no processo 
de licenciamento ambiental.
•
Explicar o que é outorga de água e os procedimentos para obtenção da mesma.•
DESAFIO
O Termo de Referência visa orientar a equipe técnica, definindo o conteúdo, a abrangência e os 
métodos a serem utilizados para identificar os impactos ambientais, para os mais diversos tipos 
de empreendimentos.
INFOGRÁFICO
Não basta apenas retirar o Termo de Referência no órgão ambiental e preenchê-lo corretamente, 
é fundamental que os profissionais leiam o mesmo cuidadosamente, pois normalmente no final 
do TR existe uma lista de documentos e estudos que devem ser anexados, para cada tipo de 
licença. Estes documentos e estudos anexados visam comprovar a veracidade das informações 
prestadas no TR, e caso os mesmos não sejam apresentados, o órgão ambiental irá emitir um 
parecer técnico, informando e dando um prazo para a apresentação destes.
Acompanhe o Infográfico a seguir, um esquema dos diferentes tipos de documentos que devem 
anexados junto com o Termo de Referência.
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CONTEÚDO DO LIVRO
A outorga de água é o ato administrativo mediante o qual o Poder Público outorgante concede o 
direito de uso dos recursos hídricos nos termos e nas condições estabelecidas no referido ato 
administrativo. É por meio da outorga de direito de uso da água que o Poder Público promove a 
harmonização entre os múltiplos usos, garantindo a todos os usuários o acesso aos recursos 
hídricos, conforme a disponibilidade em cada bacia hidrográfica. Para saber se determinado 
empreendimento necessita ou não de outorga de água, deve-se consultar o órgão ambiental 
responsável por analisar e emitir a licença ambiental, ou então, consultar o termo de referência. 
Em se tratando do termo de referência, é fundamental o preenchimento correto, além de anexar 
todos os documentos e estudos solicitados pelo mesmo.
Para saber mais a respeito do preenchimento correto do termo de referência, os diferentes tipos 
de mapas e certidões exigidos, a importância e a forma de solicitação da outorga de água, 
acompanhe a leitura do Capítulo Termo de Referência, parte da obra Licenciamento Ambiental, 
que serve como base de leitura desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
LICENCIAMENTO 
AMBIENTAL 
Ronei Stein
Revisão técnica:
Vanessa de Souza Machado 
Bióloga
Mestre e Doutora em Ciências Biológicas
Professora de Curso de Tecnologia 
em Gestão Ambiental
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB-10/2147
S818l Stein, Ronei Tiago.
Licenciamento ambiental / Ronei Tiago Stein ; [revisão 
técnica: Vanessa de Souza Machado]. – Porto Alegre: 
SAGAH, 2017.
265 p. : il ; 22,5 cm.
ISBN 978-85-9502-277-5
1. Ciências Biológicas. 2. Licenças ambientais. I. Título.
CDU 502.13
Termos de referência
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer termos de referências e a documentação necessária para 
encaminhar a licença ambiental.
  Apresentar os diferentes tipos de mapas e certidões que podem ser 
solicitados no processo de licenciamento ambiental. 
  Defi nir o que é outorga de água e os procedimentos para a obter.
Introdução
A principal função dos termos de referência (TRs) é orientar os técnicos 
na elaboração dos estudos ambientais, visando iniciar o processo de 
licenciamento. Ainda, condensam informações a respeito do empreen-
dimento e do seu responsável técnico. 
Cabe ao órgão ambiental fornecer os TRs, o qual normalmente está 
disponível no site da instituição. Porém, é comum municípios de pequeno 
porte não terem os TR. Nesse caso, é indicado que os profissionais se baseiem 
nos termos disponibilizados pelo órgão estadual. Dessa forma, os profissionais 
envolvidos devem respeitar os TRs, caso contrário, corre-se o risco de o órgão 
ambiental não aceitar ou mesmo indeferir o projeto ambiental. 
Neste capítulo, você estudará sobre os TRs e a documentação que 
normalmente é solicitada. Também verá os diferentes tipos de mapas e 
certidões que podem ser exigidos pelo órgão ambiental, bem como a 
função e a importância de obter a outorga de água para que determinado 
empreendimento ou atividade consiga a licença ambiental.
Definição e objetivos
O TR é um documento disponibilizado pelo órgão ambiental cuja fi nalidade é 
informar as diretrizes para a elaboração de Estudos de Impacto Ambientais/
Relatórios de Impacto Ambientais (EIAs/RIMAs) ou qualquer outro tipo de 
licenciamento ambiental. Portanto, o TR visa orientar a equipe técnica, defi -
nindo o conteúdo, a abrangência e os métodos a serem utilizados para identifi car 
os impactos ambientais, para os mais diversos tipos de empreendimentos.
Para o encaminhamento do projeto ambiental, o empreendedor deve apre-
sentar um TR ao órgão ambiental competente (municipal, estadual ou federal), 
que avaliará e julgará o documento. Em algumas situações, o empreendedor 
pode agilizar o processo se encaminhar o TR com o pedido de licenciamento.
Documentação que deve ser anexada ao TR
Além do diagnóstico ambiental da área, há outros documentos que devem 
ser providenciados pelo empreendedor e anexados ao TR. Normalmente, os 
próprios TRs apresentam a listagem desses documentos, os quais variam para 
cada tipo de licença. A seguir, apresentamos os principais documentos que 
podem ser exigidos pelo órgão ambiental para atividades industriais.
Na licença prévia (LP):
  Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do responsável pelas 
informações fornecidas na solicitação da LP, para empreendimentos 
de porte grande e excepcional;
  documentos pessoais, como cartão do Cadastro Nacional de Pessoa 
Jurídica (CNPJ), cópia do Cadastrode Pessoa Física (CPF), contrato 
social, entre outros;
  certidão atualizada do Poder Público Municipal, a qual deve apresentar 
a razão social do empreendimento e o endereço completo, enquadrando 
a área selecionada a construção frente ao disposto no plano diretor, 
nas diretrizes urbanas, na Lei Orgânica do Município, entre outros 
dispositivos municipais;
  planta de localização, em escala adequada e assinada (tanto pelo res-
ponsável técnico como pelo empreendedor);
  planta de situação, em escala, de toda a área do empreendimento, com 
indicação dos prédios existentes ou a serem construídos, das linhas de 
transmissão existentes e dos corpos hídricos superficiais;
  Documento de Reserva de Disponibilidade Hídrica (DRDH), no caso 
de necessidade de captação de água superficial ou subterrânea. 
Termos de referência130
Na licença de instalação (LI):
  cópia da LP em vigor;
  documentos pessoais, como cartão CNPJ, cópia do CPF, contrato social, 
entre outros;
  declaração do empreendedor informando que cumpriu as condições 
e restrições citadas na LP e que a área se encontra sem alterações, 
acompanhada de relatório fotográfico;
  planta de situação ou croqui (layout) de toda a área do empreendimento;
  projeto arquitetônico e do Sistema de Tratamento de Efluentes Domés-
ticos, elaborado por profissional habilitado com ART;
  projeto(s) técnico(s) e respectivo(s) Memoriais de Cálculo e Cronograma 
de Implantação, com devida ART do(s) técnico(s) responsável(is), caso 
houver necessidade, do sistema de tratamento de efluentes industriais, 
dos sistemas de exaustão e contenção de emissões atmosféricas (cabine 
de pintura) e dos sistemas de contenção de derrames/despejos;
  Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGIRCC) 
elaborado por profissional legalmente habilitado com ART;
  cronograma de implantação do empreendimento. 
Na licença de operação (LO):
  cópia da LI;
  documentos pessoais, como cartão CNPJ, cópia do CPF, contrato social, 
entre outros;
  planta baixa de toda a área do terreno, com identificação das áreas constru-
ídas, estação de tratamento de efluentes, áreas de armazenamento e dispo-
sição de resíduos, chaminés, tanques de armazenamento de produtos, etc;
  relatório fotográfico do local onde foi instalado o empreendimento, 
contemplando vistas da área total e pormenorizando as áreas constru-
ídas, com ênfase nos sistemas de controle de poluição;
  Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS);
  planta de localização, em escala, devidamente cotada;
  cópia do contrato social, caso tenha havido troca de razão social.
131Termos de referência
Esses são apenas alguns exemplos de documentos que podem ser exigidos pelo órgão 
ambiental e anexados ao TR. Outros documentos/estudos podem ser requeridos. 
Portanto, é indicado entrar em contato com o respectivo órgão para saber exatamente 
o que deve ser apresentado.
Cuidados necessários para o preenchimento dos TRs
É muito comum, em processos licenciatórios, o preenchimento incorreto 
dos formulários pelos responsáveis técnicos. Por essa razão, a seguir, serão 
apresentadas algumas dicas e cuidados necessários no preenchimento dos TRs.
  Use sempre o formulário atualizado no site, pois é comum os técnicos 
baixarem os TRs e os deixarem salvos no seu computador. Todavia, 
os órgãos ambientais podem atualizar os TRs e não aceitar o modelo 
anterior quando for protocolado.
  Em geral, os técnicos informam apenas o endereço do terreno baldio, 
principalmente se tratando de licenças prévias e de instalação, e es-
quecem de colocar o endereço do proprietário. Caso o órgão ambiental 
necessitar contatar com o responsável, encontrará dificuldades.
  O técnico deve ficar atento ao tipo de coordenadas geográficas soli-
citadas no TR. 
  Normalmente, os técnicos se confundem com a definição de área útil. Os 
próprios TRs definem que a área útil total deve ser a soma da área útil 
construída e da área útil ao ar livre. Por exemplo, se um empreendimento 
possui 200 m² de área construída, e mais 100 m² de área externa (pátio de 
manobra, estação de tratamento, entre outros), a área útil total será de 300m².
  A capacidade máxima produtiva consiste na capacidade máxima de pro-
dução com a instalação existente, como máquinas, turnos, colaboradores, 
entre outros. Desse modo, quando ocorrer a renovação da LO, haverá diver-
gências, podendo, inclusive, o órgão ambiental autuar o empreendimento.
  Alguns técnicos informam que o sistema de tratamentos dos efluentes 
sanitários consiste em fossa séptica, filtro e sumidouro, porém, poste-
Termos de referência132
riormente, informam que o corpo receptor é um rio. Ora, se o sistema 
é composto por sumidouro, o corpo receptor será o solo.
  Os técnicos têm o hábito comunicar que a empresa gera efluentes 
líquidos industriais, porém, quando tipos de tratamento, quantidade, 
volumes são solicitados, acabam deixando essas informações em branco. 
O oposto também pode ocorrer: quando preenchem todos os campos e 
é assinalado que a empresa não gera efluentes industriais.
  Os técnicos indicam as coordenadas geográficas erradas, principal-
mente quando se trata das estações de tratamento. Quando o ponto 
de lançamento do efluente é solicitado nos TRs, deve-se pegar a 
coordenada do ponto exato que o efluente é destinado ao rio, em vez 
dos pontos do portão de entrada da estação, ou o ponto da prefeitura 
da cidade, entre outros.
  É muito comum haver divergências sobre o balanço hídrico, principal-
mente quanto aos itens de tratamento/reúso/reciclo. Ou seja, o técnico 
aponta que a empresa utiliza (por exemplo) 10 m³ de água por dia, e 
realiza o tratamento ou o reuso de 12 m³ diários. 
  Em relação ao preenchimento das tabelas de geração de resíduos, os 
técnicos colocam apenas o nome fantasia da empresa responsável pelo 
seu recolhimento, esquecendo de colocar o número de CNPJ e o nome 
oficial do empreendimento responsável. 
  Normalmente os técnicos informam que não existe Unidades de Conser-
vação (UCs) próximas em um raio de 10 km. É fundamental conferir a 
real existência dessas áreas, pois os órgãos ambientais (principalmente 
estaduais e federais) conferem esse item, e, caso haja discrepância, a 
licença ambiental pode ser indeferida.
Esses erros de preenchimento são verificados e apontados pelo órgão ambiental, tor-
nando o processo licenciatório mais lento e cansativo, tanto para o técnico responsável 
quanto para o proprietário e o órgão ambiental. 
133Termos de referência
Principais tipos de mapas e certidões 
exigidos pelo órgão ambiental
Conforme comentamos, além do preenchimento do TR, também deverão ser 
apresentados ao órgão ambiental mapas, laudos e certidões, os quais visam 
comprovar a veracidade das informações prestadas no TR e permitir a análise 
dos possíveis impactos ambientais que poderão ocorrer na área. 
Qual é a diferença entre mapa, carta e planta?
Mapa: caracteriza-se pela representação plana; apresenta escala pequena (grandes 
áreas); pode exibir delimitações de acidentes naturais (bacias, chapadas, planaltos, 
entre outros); pode indicar fins temáticos, culturais ou ilustrativos; retrata uma análise 
qualitativa ou quantitativa genérica.
Carta: apresenta escalas médias ou grandes e desdobramento em folhas articuladas 
de maneira sistemática; possui uma avaliação precisa de direções, distâncias, localização 
de pontos, áreas e detalhes; considera a curvatura terrestre.
Planta: consiste em uma representação em escala grande de uma área muito 
limitada, portanto, com maior quantidade de detalhes.
As figuras abaixo mostram as diferenças entre carta (a), mapa (b) e planta (c).
Termos de referência134
Com relação à representação cartográfica de uma área, o Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA 
E ESTATÍSTICA, 1998) descreve que a confecção exige, antes de tudo, o 
estabelecimento de um método segundo o quala cada ponto da superfície da 
Terra corresponda um ponto da carta e vice-versa. Diversos métodos podem 
ser empregados para obtermos essa correspondência de pontos, que constitui 
os chamados sistemas de projeções. Cabe aos profissionais identificar quais 
são os melhores métodos, de acordo com o tipo de mapa exigido pelo órgão 
ambiental competente. 
No licenciamento ambiental, são utilizados mapas temáticos, os quais estão 
focados na apresentação de um tema específico para apresentar as informações. 
Visando facilitar o entendimento dos dados, esses mapas são acompanhados 
de legendas explicativas, cores e símbolos, os quais auxiliam na interpretação 
das informações descritas. 
135Termos de referência
A seguir, indicamos os principais tipos de mapas temáticos que podem 
ser exigidos no processo de licenciamento ambiental, principalmente para 
empreendimento de grande porte e alto grau poluidor.
  Mapa físico: reúne diversas informações relacionadas com os aspectos 
físicos de algum local (relevo, altitude, hidrografia, entre outros). Os 
mapas topográficos, por exemplo, estão englobados neste tipo de mapa.
  Mapa de vegetação: apresenta informações relacionadas com o tipo de 
cobertura vegetal de determinado local.
  Mapa político: indica os estados, capitais e cidades mais importantes, 
objetivando a demarcação da fronteira entre os territórios.
  Mapa econômico: abrange aspectos relacionados com o tipo de economia 
de cada região, ou seja, as atividades econômicas desenvolvidas em 
cada território.
  Mapa histórico: apresenta informações ou acontecimentos históricos 
sobre determinado local. O mapa histórico pode apresentar informações 
sobre passivos/acidentes ambientais na área.
  Mapa populacional: também chamado de mapa demográfico, engloba 
informações relacionadas com a densidade demográfica de determinado 
local.
  Mapa climático: reúne informações relacionadas com o tipo clima e os 
fenômenos meteorológicos que ocorrem em determinado local.
  Mapa pluviométrico: aponta informações sobre os índices pluviomé-
tricos (chuvas) de uma região.
Para empreendimentos de pequeno porte e baixo grau poluidor, é comum a 
solicitação de entrega de planta de localização pelo órgão ambiental. A planta 
de localização deve apresentar escala, estar devidamente assinada (tanto pelo 
responsável técnico como pelo empreendedor) e conter as seguintes informações: 
  localização do terreno (com dimensões); 
  orientação magnética; 
  demarcação da direção predominante dos ventos; 
  sistema viário no raio de mil metros; 
  rede hidrográfica (rios, riachos, sangas, lagos, açudes, nascentes, olhos 
d’água, etc.) em um raio de mil metros, indicando a direção do fluxo 
preferencial das águas superficiais; 
Termos de referência136
  vizinhança no raio de mil metros, apontando os usos residencial, indus-
trial, escolar, hospitalar, etc., e identificando os pontos de referência de 
amplo conhecimento público; 
  linhas de transmissão de alta tensão.
Os mapas, laudos e certidões devem ser legíveis e identificar claramente que se referem 
ao empreendimento objeto do licenciamento. Além disso, devem estar assinados pelo 
técnico executante e pelo empreendedor contratante, bem como devidamente datados.
O órgão ambiental poderá, ainda, solicitar um croqui de localização, o qual consiste 
em um desenho/mapa mais simples da área, normalmente sem escala, apenas infor-
mando localização, vizinhança, recursos hídricos, entre outros. 
A certidão municipal é outro documento que necessita estar anexado ao 
projeto ambiental, pois, de acordo com a Resolução do Conselho Nacional 
do Meio Ambiente (CONAMA) nº. 237, de 19 de dezembro de 1997, o órgão 
ambiental estadual somente poderá iniciar o licenciamento ambiental após 
consultar o município. De acordo com a respectiva legislação, no procedimento 
de licenciamento ambiental deverá constar, obrigatoriamente, a certidão da 
Prefeitura Municipal, declarando que o local e o tipo de empreendimento 
ou atividade estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e 
ocupação do solo e, quando for o caso, a autorização para supressão de ve-
getação e a outorga para o uso da água, emitidas pelos órgãos competentes 
(BRASIL, 1997a).
Nas certidões, devem constar o zoneamento estabelecido no plano diretor ou 
nas diretrizes urbanas para o local do empreendimento. Além disso, a certidão 
deve apresentar a listagem dos usos permitidos na referida área, identificando 
de forma clara e suficiente que o tipo de atividade do empreendimento está 
contemplado entre os usos autorizados. 
Caso o plano diretor ou as diretrizes urbanas ainda não estejam em vigência, 
o município deverá declarar a situação existente e a não existência de restrições 
quanto à implantação da atividade almejada naquele local. Porém, caso se trate 
de ampliação do empreendimento, a certidão do município deverá ser atualizada 
e expressar claramente que não há impedimento para a ampliação pretendida. 
137Termos de referência
Outorga de uso de recursos hídricos
No licenciamento ambiental, dependendo da atividade a ser desenvolvida, o 
órgão ambiental poderá solicitar a outorga de água. A outorga de direito de 
uso da água representa um instrumento pelo qual o poder público autoriza 
ou ainda permite ao usuário fazer o uso desse bem público. É por meio dele 
que o Estado exerce, efetivamente, o domínio das águas preconizado pela 
Constituição Federal, regulando o compartilhamento entre os diversos usuários. 
Segundo a Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988, a água é um bem de domínio 
da União ou dos Estados (BRASIL, 1988). A Lei nº. 9.433, de 8 de janeiro de 1997, intitulada 
Lei das Águas, descreve que a água é um bem de domínio público. Tais instrumentos 
legais constituem os principais argumentos que sustentam a implementação da 
chamada outorga de direito de uso de recursos hídricos (BRASIL, 1997b).
A Lei nº. 9.984, de 17 de julho de 2000 (BRASIL, 2000), que dispõe sobre a criação da 
Agência Nacional de Águas (ANA) e dá outras providências, complementou a regulamen-
tação da outorga, estabelecendo a possibilidade da emissão das outorgas preventivas, 
definindo limites para os prazos de vigências das outorgas preventivas e de direito de 
uso e, ainda, dispondo sobre a declaração de reserva de disponibilidade hídrica. 
A outorga é a garantia de água para todos os usos. É, portanto, obrigatória. 
Essa obrigatoriedade é necessária para que o poder público possa, efetivamente, 
assegurar o controle, tanto quantitativo como qualitativo dos usos da água, 
e para que o usuário tenha a autorização de direito de acesso à água para as 
finalidades desejadas.
A outorga de direito de uso de recursos hídricos deve ser solicitada por 
todos aqueles que usam, ou pretendem usar, os recursos hídricos, seja para 
captação de águas superficiais ou subterrâneas, para lançamento de efluentes 
ou para qualquer ação que interfira no regime hídrico existente, além do uso 
de potenciais hidrelétricos. 
Essas informações repassadas ao poder público são preciosas para a correta 
gestão dos recursos hídricos. O controle feito a partir das outorgas permite 
evitar conflitos entre usuários de recursos hídricos e assegurar o efetivo direito 
Termos de referência138
de acesso à água. Por isso, a outorga é um valioso instrumento de gestão e sua 
efetiva implementação depende do compromisso de todo usuário.
Mecanismos e critérios para solicitar/obter
a outorga de água
Segundo a ANA (BRASIL, 2011), para a análise criteriosa de um pedido de 
outorga é fundamental o conhecimento das informações a seguir. 
  Realidade hídrica da bacia, por meio de estações de monitoramento 
qualiquantitativo, com séries históricas consistentes, de forma a permitir 
o cálculo da quantidade de água disponível com alto grau de certeza.
  Conhecimento da demanda por água, não só em termos quantitativos, 
mas também em relação aos tipos de usos preponderantes,pois, depen-
dendo das características dos usos, pode ser necessária maior garantia 
do acesso à água. 
  Existência de instrumentos regradores dos usos das águas na bacia, tais 
como enquadramento, áreas de restrição de uso e prioridades para outorga.
Todas essas informações devem ser consideradas na determinação dos 
critérios para emissão das outorgas, pois estas devem garantir o acesso da 
água aos usuários, de acordo com os termos da outorga, inclusive em períodos 
de escassez hídrica.
A seguir, serão apresentados alguns passos visando à obtenção da outorga 
de água na ANA. Caso a outorga seja via estadual, deve-se consultar as normas 
e critérios de cada estado, pois cada um apresenta leis específicas. 
1. Cadastro Nacional de Usuários Hídricos (CNARH): como procedi-
mento estabelecido para realizar o pedido de outorga, a ANA solicita que 
o usuário faça, como passo inicial, o seu registro no CNARH, no endereço 
eletrônico https://goo.gl/zEtPTf. De acordo com a Resolução ANA nº. 
317, de 26 de agosto de 2003, o CNARH contém informações sobre a 
vazão utilizada, local de captação, denominação e localização do curso 
d’água, empreendimento do usuário, a sua atividade ou a intervenção que 
pretende realizar, como derivação, captação e lançamento de efluentes. 
Tais informações são prestadas pelos usuários de recursos hídricos, em 
formas e tempos a serem definidos pela ANA (BRASIL, 2003). 
139Termos de referência
Todos os usos de recursos hídricos sujeitos à outorga preventiva e de direito de uso 
de recursos hídricos, nos termos da Lei nº. 9.433/1997 (BRASIL, 1997b) devem estar 
obrigatoriamente registrados no CNARH, assim como as captações, os lançamentos e 
as acumulações que independem de outorga, para fins de controle de usos múltiplos. 
Também devem se cadastrar no CNARH as obras de travessia de corpos de água, como 
pontes, passagens molhadas, dutos, bem como outras interferências hidráulicas como 
diques, canalizações e soleiras de nível, apesar de não estarem sujeitas à outorga.
No CNARH, todas as informações sobre o empreendimento, as finalidades ou 
componentes e todas as captações de água e lançamentos de efluentes devem ser 
preenchidas, incluindo aquelas em redes de abastecimento e de esgotamento sanitário, 
em águas subterrâneas e rios de domínio da União e dos Estados.
2. Renovação, alteração ou transferência: os usuários de recursos hídri-
cos poderão solicitar a outorga de direito de uso de recursos hídricos, a 
sua renovação, alteração ou transferência de titularidade. A renovação 
da outorga deverá ser requerida à ANA com antecedência mínima de 
90 dias da data de término do prazo de validade da outorga.
3. Validades das outorgas de água: a outorga de direito de uso de recursos 
hídricos não tem validade indeterminada. É concedida por um prazo 
limitado. A Lei n°. 9.433/1997 estipulou a sua validade máxima em 35 
anos, embora possa haver renovação (BRASIL, 1997b). 
Conforme Resolução ANA n°. 1.041, de 19 de agosto de 2013 (BRASIL, 2013), 
o prazo de validade das outorgas de direito de uso de recursos hídricos de domínio 
da União varia de acordo com as atividades desenvolvidas, conforme Quadro 1.
Termos de referência140
Fonte: Adaptado de Brasil (2013).
Validade das outorgas de água
10 anos 20 anos 35 anos
  Irrigação de lavouras 
de até 2 mil ha.
  Unidades industriais 
e afins com vazão 
de captação máxima 
instantânea de até 
1m³/s.
  Aquicultura e 
dessedentação animal.
  Extração de areia em 
leito de rio e outras 
atividades minerárias.
  Outras finalidades 
não mencionadas 
anteriormente.
  No caso de atividades 
minerárias em fase de 
pesquisa mineral, o 
prazo de validade da 
outorga mencionado 
acima poderá ser 
reduzido para cinco 
anos.
  Irrigação 
de lavouras 
superiores 
a 2 mil há. 
Unidades 
industriais e 
afins com vazão 
de captação 
máxima 
instantânea 
superior 1 m³/s.
  Barragens de 
regularização de vazões 
ou de aproveitamento 
hidrelétrico sem 
concessão ou ato 
administrativo de 
autorização e outras 
obras hidráulicas que 
necessitem de outorga.
  Abastecimento público 
e esgotamento 
sanitário operados por 
prestadores de serviço 
que independem 
de concessão ou ato 
administrativo de 
autorização.
Quadro 1. Validade das outorgas de água.
141Termos de referência
1. Instituída pela Lei nº. 9.433/1997 
como um dos instrumentos da 
Política Nacional de Recursos 
Hídricos, a Outorga de Direito 
de Uso de Recursos Hídricos 
tem como objetivo assegurar o 
controle quantitativo e qualitativo 
dos usos da água e o efetivo 
exercício dos direitos a seu acesso. 
Em relação à outorga de água, 
assinale a alternativa correta.
a) A outorga é fornecida pela União, 
pelos estados ou municípios.
b) Uma vez obtida a outorga 
de água, possui data de 
validade indeterminada.
c) A ANA é a única a fornecer 
outorga de água caso for de 
competência da União.
d) A ANA solicita que a renovação 
da outorga de água deve ser 
feita cerca de 90 dias antes da 
sua data de validade expirar.
e) Todos os estados apresentam os 
mesmos passos e critérios para a 
obtenção da outorga de água.
2. É muito importante o 
preenchimento correto do TR, 
pois, caso alguma informação for 
preenchida de forma equivoca, o 
órgão ambiental solicitará alterações. 
Em relação ao preenchimento do TR, 
assinale a alternativa correta. 
a) Os TRs são iguais para todos 
os órgãos ambientais, o que 
acaba agilizando a análise e a 
emissão do parecer técnico.
b) É fundamental preencher 
o TR com o nome fantasia 
do empreendimento.
c) A área útil do empreendimento 
consiste no somatório da 
área útil construída e da 
área útil ao ar livre.
d) Jamais devemos deixar 
informações em branco no TR.
e) O próprio empreendedor/
proprietário poderá preencher o 
TR, porém, quem deve assiná-lo 
é o responsável técnico.
3. É fundamental compreender a 
diferença entre carta, planta e mapa, 
os quais podem ser exigidos pelo 
órgão ambiental. Entre as alternativas 
a seguir, qual está correta? 
a) As plantas apresentam uma 
escala muito pequena, e, 
dessa forma, exibem grande 
quantidade de detalhes.
b) O mapa é a representação 
de uma superfície qualquer 
do espaço geográfico.
c) O mapa apresenta uma 
escala muito grande.
d) A carta é a representação 
no plano, normalmente em 
escala pequena, dos aspectos 
geográficos, naturais, culturais 
Termos de referência142
e artificiais de uma área tomada 
na superfície de uma figura 
planetária, delimitada por 
elementos físicos, político-
administrativos, destinada aos 
mais variados usos, temáticos, 
culturais e ilustrativos.
e) Os mapas consistem na 
representação no plano, em 
escala média ou grande, dos 
aspectos artificiais e naturais 
de uma área tomada de uma 
superfície planetária, subdividida 
em folhas delimitadas 
por linhas convencionais, 
paralelos e meridianos, com 
a finalidade de possibilitar 
a avaliação de pormenores, 
com grau de precisão 
compatível com a escala.
4. Existe uma vasta lista de 
documentos, estudos e mapas que 
podem ser exigidos no processo 
de licenciamento ambiental, os 
quais comumente estão descritos 
no próprio TR. Entre as alternativas 
a seguir, qual apresenta um 
exemplo de documento que 
deve ser apresentado visando 
obter uma licença de operação?
a) Cópia da LP em vigor.
b) Certidão de zoneamento 
atualizada do poder 
público municipal.
c) PGRS.
d) Documento de Reserva de 
Disponibilidade Hídrica.
e) Cronograma de implantação 
do empreendimento.
5. Tratando-se do prazo de validade 
das outorgas de direito de 
uso de recursos hídricos de 
domínio da União, segundo a 
Resolução ANA nº. 1.041/2013, 
assinale a alternativa correta.
a) Irrigação de lavouras superiores 
a 2 mil hectares possui validade 
de outorga de água de 35 anos.
b) Barragens com aproveitamento 
hidrelétrico possuem outorga 
de água de 35 anos.
c) As atividades minerárias 
possuemvalidade de 
outorga de água estimada 
em, no mínimo, 10 anos.
d) A validade de outorga de 
água para atividades de 
aquicultura e dessedentação 
animal é de 20 anos.
e) A extração de areia em leitos 
de rios apresenta validade 
de outorga de água de no 
máximo cinco anos.
143Termos de referência
BRASIL. Agência Nacional de Águas. Resolução nº. 1041, de 19 de agosto de 2013. Define 
os critérios para análise de balanço hídrico em pedidos de outorga preventiva e de 
direito de uso de recursos hídricos para captação de água e lançamento de efluentes 
com fins de diluição, bem como prazos de validade das outorgas de direito de uso 
de recursos hídricos e dá outras providências. 2013. Disponível em: < http://arquivos.
ana.gov.br/resolucoes/2013/1041-2013.pdf>. Acesso em: 26 nov. 2017.
BRASIL. Agência Nacional de Águas. Outorga de direito de uso de recursos hídricos. 6. 
ed. Brasília: SAG, 6 ed. 2011.
BRASIL. Agência Nacional de Águas. Resolução nº. 317, de 26 de agosto de 2003. 2003. 
Disponível em: <http://arquivos.ana.gov.br/resolucoes/2003/317-2003.pdf>. Acesso 
em: 26 nov. 2017.
BRASIL. Lei nº. 9.984, de 17 de julho de 2000. Dispõe sobre a criação da Agência Nacional 
de Águas — ANA, entidade federal de implementação da Política Nacional de Recur-
sos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos 
Hídricos, e dá outras providências. 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/leis/L9984.htm>. Acesso em: 26 nov. 2017.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 237, de 19 de dezembro 
de 1997. 1997a. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res97/
res23797.html>. Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL. Lei nº. 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hí-
dricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta 
o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 
de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. 1997b. 
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm>. Acesso em: 
26 nov. 2017.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: 
Senado Federal, 1988. 
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Noções básicas de cartografia. 
Rio de Janeiro: IBGE, 1998. Disponível em: <http://www.cartografica.ufpr.br/home/wp-
-content/uploads/2013/09/Nocoes-Basicas-Cartografia.pdf>. Acesso em: 26 nov. 2017.
Leituras recomendadas
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Cartilha de licenciamento ambiental. Brasília: TCU, 
2004. Disponível em: <http://www.ambiente.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/
cart_tcu.PDF>. Acesso em: 26 nov. 2017.
MACHADO, A. Q. Licenciamento ambiental: atuação preventiva do Estado à luz da Cons-
tituição da República Federativa do Brasil. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012. 
Termos de referência144
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
A outorga de água é um dos documentos que podem ser exigidos no termo de referência, 
dependendo do tipo de empreendimento. A outorga consiste no ato administrativo, mediante o 
qual o poder público outorgante (União, Estado ou Distrito Federal) faculta ao outorgado (no 
caso o requerente) o direito de uso de recursos hídricos, por prazo determinado, nos termos e nas 
condições expressas no respectivo ato.
O ato administrativo é publicado no Diário Oficial da União (no caso da ANA - Agência 
Nacional das Águas), ou nos Diários Oficiais dos Estados ou do Distrito Federal.
Os instrumentos de outorga e licenciamento ambiental, quando avaliados de forma articulada, 
contribuem com essa integração, uma vez que permitem que sejam avaliados os 
empreendimentos quanto ao seu aspecto ambiental e à disponibilidade hídrica para as diversas 
fases do empreendimento (planejamento, implantação, operação e fechamento). Para saber mais 
a respeito da outorga de água, assista ao vídeo a seguir.
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EXERCÍCIOS
1) Instituída pela Lei no 9.433/1997 como um dos instrumentos da Política Nacional de 
Recursos Hídricos, a Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos tem como 
objetivo assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo 
exercício dos direitos a seu acesso. Em relação a outorga de água, qual a alternativa 
CORRETA?
A) A outorga é fornecida pela União, pelos estados ou municípios.
B) Uma vez obtida a outorga de água, ela tem data de validade indeterminada.
C) A Agência Nacional de Águas (ANA) é a única a fornecer outorga de água, caso for de 
competência da União.
D) A ANA solicita que a renovação de outorga da água deve ser feita cerca de 90 dias antes 
de a data de validade expirar.
E) Todos os estados apresentam os mesmos passos e critérios para a obtenção da outorga de 
água.
2) É muito importante o preenchimento correto do termo de referência, pois caso 
alguma informação for preenchida de forma equivocada, o órgão ambiental irá 
solicitar alterações. Em relação ao preenchimento do termo de referência, assinale a 
alternativa CORRETA.
A) Os termos de referência são iguais para todos os órgãos ambientais, o que acaba agilizando 
a análise e a emissão do parecer técnico.
B) É fundamental preencher o termo de referência com o nome fantasia do empreendimento.
C) A área útil do empreendimento consiste no somatório da área útil construída e da área útil 
ao ar livre.
D) Jamais deve-se deixar informações em branco no termo de referência.
E) O próprio empreendedor/proprietário poderá preencher o termo de referência, porém quem 
deve assinar o mesmo é o responsável técnico.
3) É fundamental compreender a diferença entre carta, planta e mapa, os quais podem 
ser exigidos pelo órgão ambiental. Entre as alternativas a seguir, qual está 
CORRETA?
A) a) As plantas apresentam uma escala muito pequena e, desta forma, apresentam grande 
quantidade de detalhes.
B) O mapa é a representação de uma superfície qualquer do espaço geográfico.
C) O mapa apresenta uma escala muito grande.
D) A carta é a representação no plano, normalmente em escala pequena, dos aspectos 
geográficos, naturais, culturais e artificiais de uma área tomada na superfície de uma figura 
planetária, delimitada por elementos físicos, político-administrativos, destinada aos mais 
variados usos, temáticos, culturais e ilustrativos.
E) Os mapas consistem na representação no plano, em escala média ou grande, dos aspectos 
artificiais e naturais de uma área tomada de uma superfície planetária, subdividida em 
folhas delimitadas por linhas convencionais, paralelos e meridianos, com a finalidade de 
possibilitar a avaliação de pormenores, com grau de precisão compatível com a escala.
4) Existe uma vasta lista de documentos, estudos e mapas que podem ser exigidos no 
processo de licenciamento ambiental, sendo que estes comumente estão descritos no 
próprio termo de referência. Entre as alternativas a seguir, qual apresenta um 
exemplo de documento que deve ser apresentado visando obter uma licença de 
operação?
A) Cópia da Licença Prévia em vigor.
B) Certidão de zoneamento atualizada do Poder Público Municipal.
C) Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS).
D) Documento de Reserva de Disponibilidade Hídrica.
E) Cronograma de implantação do empreendimento.
Em se tratando do prazo de validade das outorgas de direito de uso de recursos 5) 
hídricos de domínio da União, segundo a Resolução ANA no 1041/2013, assinale a 
alternativa CORRETA.
A) Irrigação de lavouras superiores a 2.000 hectares, tem validade de outorga de água de 35 
anos.
B) Barragens com aproveitamento hidrelétrico têm outorga de água de 35 anos.
C) As atividades minerárias possuem validade de outorga de água estimada em no mínimo10 
anos.
D) A validade de outorga de água para atividades de aquicultura e dessedentação animal é de 
20 anos.
E) A extração de areia em leitos de rios apresenta validade de outorga de água de no máximo 
5 anos.
NA PRÁTICA
Um dos primeiro documentos que o empreendedor deve apresentar para iniciar o processo de 
licenciamento ambiental é a Certidão de Zoneamento. Esta certidão atesta, principalmente, a 
regularidade do empreendimento em relação ao zoneamento urbano, disposto no Plano Diretor 
Municipal. O zoneamento determina as atividades que podem ser desenvolvidas em cada área 
do município.
Acompanhe por meio de um caso prático, a importância dessa certidão nos processos de 
licenciamento ambiental.
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
A Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão e a Fundação Estadual do 
Meio Ambiente assinaram um termo de referência para a obtenção de licenças ambientais. 
O documento vai permitir que as emissoras regularizem as antenas instaladas no Estado 
de Santa Catarina, sendo que as licenças ambientais terão validade de 10 anos. Assista a 
reportagem a seguir, e saiba mais a respeito do assunto.
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A água é um dos recursos naturais mais ameaçados, devido à poluição e desenfreada que 
os recursos hídricos vêm sofrendo. Desta forma, é fundamental haver um controle destes 
usos, e é exatamente isto que visa à outorga de água. Para saber mais a respeito deste 
assunto, acompanhe o vídeo a seguir.
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Leia no artigo a seguir sobre os avanços na Gestão de Recursos Hídricos por meio da 
análise da legislação federal e estadual vigente assim como o instrumento de outorga e a 
cobrança adotada no Estado do Rio de Janeiro visando o cenário atual.
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Leia no estudo a seguir uma análise da legislação maranhense de recursos hídricos no que 
se refere à aplicação dos procedimentos de liberação de outorgas dos corpos hídricos sob o 
domínio do estado, mais especificamente, na concessão de uso da água superficial.
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Aprofunde seus conhecimentos lendo o artigo a seguir, que fornece informações e dicas 
sobre como deve ser a leitura correta dos mapas, demonstrando também, dessa forma, 
como um mapa deve ser feito para que seja facilmente compreendido.
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Estudo de impacto ambiental (EIA)
APRESENTAÇÃO
O Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) foi instituído no Brasil pela Política Nacional 
do Meio Ambiente (PNMA), através da Lei n.o 6938/81, sendo regulamentado pela Resolução 
do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) n.o 001/1986. Dessa forma, a instalação 
de empreendimentos com impactos ambientais significativos exige a realização de estudos de 
impactos ambientais, bem como do Relatório de Impacto de Meio Ambiente (EIA/RIMA). O 
EIA engloba várias etapas, com o principal objetivo de identificar os impactos ambientais 
(principalmente negativos) nas diferentes esferas (social, econômica e ambiental) que um 
empreendimento pode ocasionar. Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá os conceitos que 
regem os estudos de impactos ambientais, bem como as atividades/empreendimento que 
necessitam apresentar o EIA. Além disso, serão apresentadas as principais etapas e 
metodologias envolvidas nesse tipo de estudo ambiental. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir EIA e apresentar obras/atividades sujeitas a esse estudo.•
Identificar quais as etapas envolvidas para a elaboração do EIA.•
Reconhecer algumas metodologias para a identificação de impactos ambientais.•
DESAFIO
A apresentação de EIA/RIMA deve ser feita apenas nos casos de atividades potencialmente 
causadoras de significativa degradação do meio ambiente.
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Dessa forma, seu desafio consiste em responder se a construção do aeroporto necessita ou não 
da elaboração de um Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental 
(EIA/RIMA). Justifique sua resposta, indicando a legislação que você usou para se basear.
Quais são os impactos ambientais negativos que um aeroporto poderia ocasionar (cite pelo 
menos três)?
Lembre-se que a construção do aeroporto é para pequenas aeronaves, principalmente agrícolas, 
e alguns voos esporádicos de passageiros.
INFOGRÁFICO
Dependendo do porte e dos impactos ambientais que determinado empreendimento/atividade 
pode ocasionar, o EIA poderá levar bastante tempo, podendo chegar até mesmo a 1 ano. É 
necessário analisar os impactos na fauna migratória, como, por exemplo, em hidrelétricas, onde 
necessita-se saber ao certo se a atividade irá interferir na piracema (período em que os peixes 
sobem os rios para reprodução).
Porém, para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental, bem como do Relatório de Impacto 
de Meio Ambiente, é necessária a realização de várias etapas, visando realizar o correto 
levantamento de todos os dados e estudos necessários.
No Infográfico a seguir você visualizará cada uma delas.
CONTEÚDO DO LIVRO
Em relação ao meio ambiente e ao licenciamento ambiental, não pode-se deixar de abordar um 
dos instrumentos de controle preventivo de danos ambientais mais importante. Trata-se do 
Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que é obrigatório, de acordo com Conselho Nacional do 
Meio Ambiente (CONAMA) n.º 001/1986, para a atividade ou empreendimento causador de 
significativo impacto ambiental. Esse estudo consiste em um controle preventivo de danos 
ambientais para a atividade onde for constatado um grande perigo ao meio ambiente e ao 
constatá-lo são avaliados os meios para evitar ou minimizar os prejuízos causados.
Para entender mais a respeito das etapas e das diferentes metodologias aplicadas ao EIA, leia o 
capítulo Estudo de Impacto Ambiental, parte do livro Licenciamento Ambiental, base teórica 
desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
Ronei Tiago Stein
MEIO AMBIENTE
Revisão técnica:
Vanessa de Souza Machado
Mestre e Doutora em Ciências
Graduada em Ciências Biológicas
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB – 10/2147
M499 Meio ambiente [recurso eletrônico] / Ronei Tiago Stein
... [et al.]; [revisão técnica : Vanessa de Souza Machado]. – 
Porto Alegre : SAGAH, 2018.
ISBN 978-85-9502-573-8
Engenharia de produção. 2. Meio ambiente. I. Stein,
Ronei Tiago.
 
CDU 502
Estudo de Impacto 
Ambiental
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Definir Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e apresentar obras/ativi-
dades sujeitas a ele.
 � Verificar quais são as etapas envolvidas para elaboração do EIA.
 � Reconhecer algumas metodologias para identificação de impactos 
ambientais.
Introdução
O Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental 
(EIA/RIMA) foram instituídos no Brasil pela Política Nacional do Meio 
Ambiente (PNMA), por meio da Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981, e 
regulamentado pela Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA) nº. 001, de 23 de janeiro de 1986. Dessa forma, a instalação 
de empreendimentos com impactos ambientais significativos exige a 
realização de estudos de impactos ambientais, bem como a criação de 
um relatório de impacto de meio ambiente (EIA/RIMA).
O EIA engloba várias etapas e tem como objetivo principal identificar 
os impactos ambientais (principalmente negativos) que um empre-
endimento pode ocasionar nas diferentes esferas (social, econômica e 
ambiental). 
Neste capítulo, serão definidos conceitos que regem o estudo de 
impactos ambientais e quais são as atividades/empreendimentosque 
necessitam apresentar o EIA. Além disso, serão apresentadas as principais 
etapas e metodologias envolvidas nesse tipo de estudo ambiental.
Definição de Estudo de Impacto Ambiental
O EIA é um procedimento administrativo que, apoiado em uma avaliação 
de impacto sobre as incidências ambientais de determinado projeto e em 
um processo de participação pública sobre tais incidências, subsidia o órgão 
ambiental, em termos de aprovação, modificação ou recusa de um projeto. 
De acordo com o art. 22 da Resolução CONAMA nº. 001/86, “dependerá de 
elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto 
ambiental — RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual 
competente, e do IBAMA em caráter supletivo, o licenciamento de atividades 
modificadoras do meio ambiente” (BRASIL, 1986).
O EIA/RIMA deve ser realizado por uma equipe técnica multidisciplinar, que contará com 
profissionais das mais diferentes áreas, como geólogos, físicos, biólogos, psicólogos, 
sociólogos, advogados, engenheiros (de diferentes setores), arqueólogos, entre outros, 
os quais avaliarão os impactos ambientais positivos e negativos do empreendimento 
pretendido. Objetiva-se com isso a elaboração de um estudo completo e profundo a 
respeito da pretensa atividade, conforme ressalta Fiorillo (2014).
A maior parcela das bibliografias apresenta o conceito de EIA e RIMA de 
forma interligada. Portanto, EIA/RIMA consiste em um estudo prévio que 
serve de instrumento de planejamento e subsídio à tomada de decisões sobre um 
projeto a ser estabelecido em determinada área ou meio. O EIA/RIMA tem como 
objetivo antecipar e apoiar a decisão, fornecendo aos decisores (órgão público) 
informações sobre as implantações ambientais significativas de determinadas 
ações propostas, sugerindo modificações da ação visando à eliminação dos 
potenciais impactos adversos e potenciação dos impactos positivos e, ainda, 
propondo os meios de minimização dos potenciais impactos inevitáveis.
O RIMA reflete as conclusões do EIA, conforme definido no art. 9º da Resolução CONAMA 
nº. 001/1986. O relatório deve apresentar uma linguagem simples e objetiva, tornando-o 
formal perante o Poder Público e a sociedade (BRASIL, 1986).
Estudo de Impacto Ambiental56
Neste capítulo, estudaremos apenas o EIA, o qual compreende levanta-
mento da literatura científica e legal pertinente, trabalhos de campo, análises 
de laboratório, bem como a redação do relatório. O EIA deverá contemplar a 
proposição de medidas mitigadoras e de controle ambiental, garantindo o uso 
sustentável dos recursos naturais. Desse modo, o EIA deve seguir um roteiro 
que contenha (aborde) pelo menos as etapas a seguir, conforme Ministério 
do Meio Ambiente (BRASIL, 2009).
 � Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto: a primeira 
atividade em um estudo de impacto ambiental é o diagnóstico ambiental 
da área a ser estudada, que é uma atividade extremamente importante, 
pois serve de base para as atividades posteriores. O diagnóstico deve 
conter a descrição dos recursos ambientais e suas interações, caracteri-
zando as condições ambientais antes da implantação do projeto, assim 
como contemplar os meios físico, biótico e socioeconômico. 
Um problema encontrado nessa etapa é a falta de disponibilidade de dados como 
informações cartográficas atualizadas e em escalas adequadas, dados referentes aos 
componentes físicos e biológicos do meio ambiente, dados econômicos e sociais 
da população local, etc. Nem sempre existem todos os dados necessários para o 
diagnóstico da área, o que exige, na maioria das vezes, trabalho de campo para sua 
complementação.
 � Avaliação de Impacto Ambiental (AIA): análise dos impactos am-
bientais do projeto e das suas alternativas, por meio de identificação, 
previsão da magnitude e interpretação da importância dos prováveis 
impactos relevantes (diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo 
prazos, temporários e permanentes; seu grau de reversibilidade; a dis-
tribuição dos ônus; e benefícios sociais). Essa etapa, de maneira geral, 
é mais complexa devido à variedade de impactos que podem ocorrer 
sobre os sistemas ambientais na área de estudo.
 � Medidas mitigadoras: são aquelas destinadas a corrigir impactos 
negativos ou a reduzir sua magnitude. Identificados os impactos, 
deve-se pesquisar quais são os mecanismos capazes de reduzi-los 
ou anulá-los.
57Estudo de Impacto Ambiental
 � Programa de monitoramento dos impactos: estabelecidos no EIA, plano 
que permite comparar, durante a implantação e operação da atividade, os 
impactos previstos com os que efetivamente ocorreram. O programa deve 
permitir o acompanhamento da implantação e da operação de todas as 
medidas mitigadoras e compensatórias previstas, dentro do cronograma 
proposto, ficando automaticamente vinculado à licença prévia (LP), 
de forma que a continuidade do processo de licenciamento permita a 
verificação da efetiva implementação das medidas propostas.
Struchel (2016) comenta que, quando o processo de licenciamento ambiental 
tiver por pressuposto o EIA, esse estudo é elaborado e apresentando anterior-
mente à emissão da LP. Trata-se de um procedimento administrativo prévio 
à implantação do empreendimento e ao início da atividade, que faz parte do 
requerimento de licença ambiental e sujeita-se a três condicionantes básicas:
 � transparência administrativa, pois todas informações devem ser públi-
cas, salvo o sigilo industrial;
 � consulta aos interessados, pois a comunidade tem o direito e o dever 
de participar;
 � motivação da decisão ambiental, pois as metodologias de investigação 
dos impactos ambientais (negativos e positivos) devem ser claramente 
apresentadas.
Atividades/empreendimentos sujeitos 
ao Estudo de Impacto Ambiental
O art. 225 da Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988, exige a apresen-
tação de EIA/RIMA apenas nos casos de “atividades potencialmente causadora 
de significativa degradação do meio ambiente” (BRASIL, 1988). Por essa 
razão, Machado (2012) ressalta que não é qualquer atividade capaz de lesar 
o meio ambiente que deve ser precedida do EIA/RIMA, apenas aquelas que 
agravem substancialmente o risco de dano a esse bem jurídico constitucional. 
Entre elas, podemos citar:
 � estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamentos;
 � ferrovias;
 � portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;
 � aeroportos;
Estudo de Impacto Ambiental58
 � oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de 
esgotos sanitários;
 � linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230 kV;
 � obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos (hidrelétricas);
 � extração de combustível fóssil;
 � extração de minério, inclusive os de classe II;
 � aterros sanitários e de processamento e destino final de resíduos tóxicos 
ou perigosos;
 � usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia 
primária, acima de 10 MV.
Apesar de a Resolução CONAMA nº 001/86, em seu art. 2º, listar os casos de empreendi-
mentos ou atividades sujeitas ao EIA e ao RIMA, caberá ao órgão ambiental competente 
identificar as atividades e os empreendimentos causadores de impactos significativos.
Etapas do Estudo de Impacto Ambiental/
Relatório de Impacto Ambiental
O EIA e o seu respectivo RIMA devem ser previamente definidos junto ao 
órgão ambiental, por meio do termo de referência (TR). O TR é o instrumento 
orientador para a elaboração de qualquer tipo de estudo ambiental e tem por 
objetivo estabelecer as diretrizes orientadoras, o conteúdo e a abrangência 
do estudo exigido do empreendedor, em etapa antecedente à implantação da 
atividade modificadora do meio ambiente.
O TR é elaborado pelo órgão ambiental a partir das informações prestadas pelo 
empreendedor na fase de pedido de licenciamento ambiental. Em alguns casos, o 
órgão ambiental solicita que o empreendedor elabore o TR, reservando-se ao papel 
de julgá-lo e aprová-lo.
59Estudo de Impacto Ambiental
Apósdefinido o TR, o próximo passo é contratar uma equipe multidisci-
plinar para realizar o trabalho/levantamento, de acordo com a caraterização 
do empreendimento e os seus possíveis impactos ambientais (positivos e 
negativos) no meio físico, biológico e socioeconômico. É imprescindível que 
toda a equipe entenda a atividade proposta, pois deve ser considerada para a 
avaliação dos impactos específicos sobre os distintos meios diagnosticados. 
Além disso, é importante analisar os currículos de todos membros, verificando 
se possuem experiência na área. Todos devem assinar o trabalho e indicar o 
seu número de inscrição nos respectivos conselhos profissionais (Conselho 
Regional de Engenharia e Agronomia, Conselho Regional de Química, Con-
selho Regional de Biologia).
Os impactos no meio físico, biológico e socioeconômico diferem quando tratamos 
das atividades de geração de energia hidrelétrica ou mesmo eólica. No primeiro caso, 
temos um manancial (recurso hídrico) diretamente inserido na área de operação da 
atividade, impactando mais especificamente a fauna aquática e terrestre, bem como 
na vegetação ciliar. Já no segundo caso, de geração eólica, os impactos são mais 
perceptíveis nos animais alados que voam, em aves ou mesmo mamíferos (morcegos). 
É durante a caracterização do empreendimento que se abordam todos os 
aspectos ligados à nova atividade. Informações básicas do empreendimento, 
como Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), razão social, endereço, 
atividade principal, infraestrutura, área total da empresa e da sua operação, 
matéria-prima, processo e resíduos gerados, devem ser previamente apresen-
tadas. A partir da definição e caracterização da empresa, e levando em consi-
deração o potencial de impactos da atividade, o próximo passo é caracterizar 
as áreas de influência do empreendimento, que, de forma geral, são definidas 
com base na área aferrada pelo empreendimento, no conhecimento da equipe 
técnica ou mesmo em impactos específicos em algum dos meios diagnosti-
cados. Existem várias denominações para designar as áreas de influência, 
mas as mais utilizadas e ilustradas nos EIA/RIMAs estão elencadas a seguir.
 � Área Diretamente Afetada (ADA): diz respeito à área que sofrerá 
os impactos diretos, ou seja, a área que será diretamente alterada pela 
implantação do empreendimento.
Estudo de Impacto Ambiental60
 � Área de Influência Direta (AID): compreende a área indiretamente 
afetada pela implantação da obra, integrando as regiões do entorno e 
também as vias de acesso ao empreendimento.
 � Área de Influência Indireta (AII): refere-se à área maior, mais abran-
gente, que pode ser afetada pelo empreendimento. Pode ser definida, por 
exemplo, com base na área de uma bacia hidrográfica, quando existir 
o risco de os efeitos do empreendimento atingirem tais proporções.
Definido o TR, realizada a contratação da equipe técnica e a caracterização 
do empreendimento, o passo seguinte é realizar o diagnóstico ambiental da 
área. Os meios a serem diagnosticados, nas três áreas de influência definidas, 
são o físico, o biológico e o socioeconômico. Dados primários e secundários 
devem embasar os levantamentos e diagnósticos das áreas de influência do 
empreendimento.
Concluída a fase de diagnóstico, ou seja, da compreensão da situação 
atual da área, a próxima etapa é a análise de impactos. Essa é uma parte 
um tanto subjetiva, pois imagina-se como será o efeito da implantação do 
empreendimento sobre os distintos meios diagnosticados, tanto positivo como 
negativo. Nesse sentido, existem metodologias de levantamento de impactos, 
das mais simples às mais complexas, que utilizam métodos qualitativos ou 
quantitativos, mas com foco na identificação dos principais impactos (em 
especial os negativos) gerados pela atividade. 
Após o diagnóstico e a AIA, o estágio seguinte consiste nas medidas 
mitigadoras, as quais visam achar soluções que possam remediar/minimizar 
os impactos ambientais (principalmente os negativos). Podemos citar como 
exemplos de medidas mitigadoras realizar o plantio de mudas de árvores, 
construir taludes para conter a erosão, regar o solo para evitar a emissão de 
material particulado, capturar e transferir os animais silvestres que podem 
ser afetados, e edificar novos núcleos habitacionais. A seguir são elencados 
alguns tipos de medidas mitigadoras.
 � Medidas mitigadoras preventivas: têm como objetivo minimizar ou 
eliminar potenciais eventos adversos que se apresentam para causar 
prejuízos aos itens ambientais do meio natural (físico, biótico e antró-
pico). Busca anteceder o impacto negativo.
 � Medidas mitigadoras corretivas: visam restabelecer a situação anterior 
à ocorrência de um evento adverso sobre o item ambiental destacado 
nos meios físico, biótico e antrópico, por meio de ações de controle ou 
de eliminação/controle do fator provocador do impacto.
61Estudo de Impacto Ambiental
 � Medidas mitigadoras compensatórias: procuram repor bens socio-
ambientais perdidos em decorrência de ações diretas ou indiretas do 
empreendimento.
 � Medidas potencializadoras: buscam otimizar e maximizar o efeito de 
um impacto positivo decorrente direta ou indiretamente da implantação 
do empreendimento.
É fundamental que haja um planejamento do EIA e organização dos trabalhos que serão 
realizados. Um diagnóstico incorreto ou mesmo omisso pode gerar enormes conflitos 
de terra, os quais são realidade nos dias atuais. Além disso, um estudo mal elaborado 
pode ocasionar enormes prejuízos ambientais, principalmente para a fauna e a flora. 
Portanto, dependendo da atividade/empreendimento, a conclusão do EIA poderá levar 
até um ano, pois é necessária, por exemplo, a análise da presença de animais migratórios. 
Metodologias para o Estudo 
de Impacto Ambiental
Antes de definir quais são as metodologias empregadas nos estudos de impacto 
ambiental, é preciso comentar sobre as informações que devem constar no 
EIA/RIMA. Veja o Quadro 1 a seguir.
Informações no EIA/RIMA
Informações gerais Identifica, localiza, informa e 
sintetiza o empreendimento
Caracterização do 
empreendimento
Refere-se ao planejamento, à implantação, 
à operação e à desativação da obra
Área de influência Limita sua área geográfica, 
representando-a em mapas
Diagnóstico ambiental Caracteriza o ambiente da área antes 
da implantação do empreendimento
Quadro 1. Informações que devem constar no EIA/RIMA
(Continua)
Estudo de Impacto Ambiental62
De forma geral, os estudos de impacto ambiental devem atentar para quatro 
pontos principais, a saber: a identificação causa-efeito, a previsão ou cálculo 
dos efeitos e magnitudes dos impactos, a interpretação dos impactos e efeitos 
ambientais e a prevenção dos efeitos.
Existem diferentes métodos que podem ser aplicados no Estudo de Impacto Am-
biental, os quais não são estabelecidos pela legislação. Podem e devem, portanto, ser 
modificados de acordo com o tipo de projeto que será desenvolvido. Além disso, os 
impactos devem ser considerados durante todas as fases do empreendimento: fase 
preliminar (LP), fase de instalação (licença de instalação [LI]), fase de operação (licença 
de operação [LO]) e fase de desativação (se for o caso).
(Continuação)
Informações no EIA/RIMA
Qualidade ambiental Expõe as interações e descreve as inter-
-relações dos componentes bióticos, 
abióticos e antrópicos do sistema, 
apresentando-os em um quadro sintético
Fatores ambientais São responsáveis pela pormenorização 
do meio físico, meio biótico, meio 
antrópico, em função das características 
da área onde se desenvolverá o projeto
AIA Identifica e interpreta os prováveis 
impactos ocorridos nas diferentes fases do 
projeto. Leva-se em conta a repercussão 
do empreendimento sobre o meio
Medidas mitigadoras São medidas que visam minimizar 
os impactos adversos, especificando 
sua natureza, época em que deverão 
ser adotadas, prazo de duração, fator 
ambiental específico a que se destinam e 
responsabilidade pela sua implantação
Quadro 1.Informações que devem constar no EIA/RIMA
63Estudo de Impacto Ambiental
De acordo com a Resolução CONAMA nº. 001/1986, a AIA deve considerar 
alguns atributos:
 � natureza — os impactos são benéficos ou adversos, positivos ou negativos?
 � duração — os impactos são temporários ou permanentes?
 � incidência — os impactos são diretos (ocorrem na área onde o empreen-
dimento será implantado) ou são indiretos (podem afetar outras regiões)?
 � reversibilidade — os impactos são reversíveis ou irreversíveis?
 � sinergia — os impactos são cumulativos ou sinérgicos (acumulativos)? 
(BRASIL, 1986).
Os métodos de AIA objetivam comparar, organizar e analisar informações 
sobre impactos ambientais de uma determinada atividade, incluindo formas de 
apresentação escrita e visual desses dados. Quanto aos métodos de avaliação 
de impactos e ponderação de atributos, os mais utilizados em EIAs/RIMAs 
estão descritos a seguir.
Listagens de controle (checklist): apresenta uma relação dos impactos mais 
relevantes, associando-os ou não ao respectivo aspecto (a causa do impacto) 
ou mesmo ao meio afetado (físico, biológico, socioeconômico). Além disso, o 
método permite avaliar os impactos por meio da atribuição de qualificações ou 
quantificação de atributos como magnitude e natureza. Seu emprego também 
permite a elaboração e aplicação de questionários. Como vantagem, essa 
ferramenta pode ser considerada simples e de fácil visualização, no entanto, 
não permite caracterizar e discutir cada impacto de forma mais minuciosa.
Matrizes de interação (matriz de Leopold): aponta os impactos em uma 
matriz bidimensional. Em um eixo são relacionadas as características do 
ambiente e, no outro, as ações (aspectos) do projeto. Na quadrícula de intera-
ção entre os dois eixos, é possível identificar e avaliar o impacto quanto aos 
atributos avaliadores propostos no método. Entre as vantagens do método, está 
a facilidade de observação dos impactos além da avaliação e interação dos 
atributos. Por outro lado, a quantidade de atributos avaliadores é menor que 
na aplicação de outras ferramentas, como o checklist, por exemplo.
Após a identificação e a valoração dos impactos ambientais, é preciso 
indicar as medidas mitigadoras e compensatórias para cada impacto detectado 
no estudo. As medidas mitigadoras podem ser classificadas quanto a natureza 
(preventiva ou corretiva), fase (construção, operação e/ou desativação), duração 
(curto, médio ou longo), e responsabilidade (empreendedor ou poder público). 
Estudo de Impacto Ambiental64
O Quadro 2 apresenta alguns critérios que devem ser avaliados na instalação 
e na operação do empreendimento e alguns planos de monitoramento.
Etapa do 
empreendimento Itens a serem avaliados
Instalação � Redução das interferências e transtornos à 
população, no que se refere às emissões atmosféricas, 
ruídos tráfego de máquinas
 � Controle dos impactos resultantes das obras de 
terraplanagem (erosão e instabilidade do solo).
 � Mitigação da retirada de cobertura vegetal
 � Proteção de nascentes, cursos d’água e lagoas 
existentes na área
 � Proteção do patrimônio histórico e paisagístico
 � Mitigação do incremento da impermeabilização do 
solo
 � Mitigação dos efeitos do lançamento das águas 
pluviais
 � Destinação final adequada para efluentes sanitários 
e resíduos sólidos gerados no canteiro de obras e 
demais instalações de apoio administrativo
Operação � Garantia de segurança à população do entorno
 � Garantia de atendimento de transporte coletivo ao 
empreendimento
 � Tratamento e disposição final de efluentes sanitários 
do empreendimento
 � Coleta e destino final de resíduos sólidos
 � Arborização do sistema viário e espaços de uso 
comum
 � Recuperação e revegetação das áreas degradas
Planos de 
monitoramento
O monitoramento proposto deverá abordar, no mínimo:
 � plano de avaliação das obras destinadas à contenção 
de encostas e drenagem pluvial
 � plano de acompanhamento do desenvolvimento da 
arborização
 � plano de monitoramento do sistema de 
abastecimento e da qualidade da água
 � plano de monitoramento do sistema de tratamento 
de efluentes líquidos
Quadro 2. Itens que devem ser avaliados ao longo do EIA para que sejam encontradas 
medidas mitigadoras
65Estudo de Impacto Ambiental
O EIA/RIMA é obrigado por lei, mas o método de avaliação dos impactos 
dependerá da equipe técnica que desenvolverá o estudo. Qualquer que seja o 
método escolhido para utilização, o mais importante é descrever detalhada-
mente cada impacto detectado, bem como as formas de mitigar ou compensar 
cada um desses impactos.
1. Existem diferentes metodologias 
usadas nos EIA, para o meio físico, 
o biológico e o socioeconômico. 
Entre as alternativas a seguir, 
qual está correta em relação 
a essas metodologias?
a) No checklist, os impactos são 
demostrados na forma de matriz.
b) A metodologia baseada em 
redes de interação baseia-se 
na construção de redes de 
interação e fluxogramas para 
a indicação dos impactos 
ambientais causados somente na 
construção do empreendimento.
c) A sobreposição de cartas é 
uma metodologia que permite 
uma boa compreensão de 
relações espaciais. Sua adoção 
é indicada nos projetos de 
desenvolvimento regional e 
com configuração linear.
d) O método de matriz consiste na 
construção de redes de interação 
e fluxogramas para a indicação 
dos impactos ambientais.
e) No método quantitativo há 
a qualificação dos impactos, 
que permite obter índices 
de qualidade ambiental.
2. Com relação aos conceitos que 
regem o EIA/RIMA, assinale 
a alternativa correta.
a) Os EIA/RIMA são elaborados 
pelo empreendedor, sendo que 
o órgão ambiental competente 
deverá arcar com os custos.
b) No RIMA, são apresentados os 
resultados obtidos no EIA em uma 
linguagem acessível à população.
c) Os EIA/RIMA são exigidos para 
todos os empreendimentos que 
possam causar algum tipo de 
impacto ambiental negativo.
d) Os EIA/RIMA são elaborados 
pelo empreendedor por meio 
da contratação de profissionais 
somente da área ambiental.
e) O EIA deve ser realizado 
pelo órgão ambiental e 
pelo empreendedor.
3. Assinale a alternativa que se refere 
corretamente ao Estudo de Impacto 
Ambiental (EIA) e ao Relatório 
de Impacto Ambiental (RIMA).
a) O RIMA possui conteúdo 
específico e de difícil 
entendimento para leigos.
b) O RIMA precede o EIA.
c) O EIA-RIMA é um estudo 
complexo elaborado por 
diversos especialistas.
d) O órgão ambiental definirá se 
deverá ser desenvolvido um 
EIA ou um RIMA para cada 
Estudo de Impacto Ambiental66
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Caderno de licenciamento ambiental. Brasília: 
MMA, 2009. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: 
Senado Federal, 1988. 
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 001, de 23 de janeiro de 
1986. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.
html>. Acesso em: 22 nov. 2017.
FIORILLO, C. A. P. Curso de Direito Ambiental. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
MACHADO, A. Q. Licenciamento ambiental: atuação preventiva do Estado à luz da Cons-
tituição da República Federativa do Brasil. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012. 
STRUCHEL, A. C. O. Licenciamento ambiental municipal. São Paulo: Oficina de Textos, 
2016. 
empreendimento específico.
e) É o EIA que serve de base para 
a apresentação do estudo 
de impactos à comunidade 
durante a audiência pública.
4. Existem algumas atividades/
empreendimentos que necessitam 
apresentar o EIA/RIMA. Entre as 
alternativas a seguir, qual é um 
exemplo de empreendimento 
cuja apresentação desse tipo de 
estudo ambiental é obrigatória?
a) Supressão de vegetação 
acima de dois hectares.
b) Construção de empreendimentos 
acima de 300 m².
c) Projetos de aquacultura.
d) Linha de transmissão de 
energia com 500 KV.
e) Estradas com uma 
faixa de rodagem.
5. Entre as alternativas a seguir, 
qual está corretaem relação as 
etapas que envolvem o EIA?
a) Diagnóstico ambiental, 
AIA, medidas mitigadoras e 
elaboração de programas.
b) Identificação dos processos 
e estabelecimento de 
indicadores, mensuração 
qualitativa e quantitativa, 
viabilização ambiental e 
plano de ação ambiental.
c) Elaboração do Plano de 
Mobilização Social, realização 
do diagnóstico, apresentação 
do prognóstico e concepção 
de programas, projetos e ações 
necessárias para atingir as metas.
d) Diagnóstico ambiental, 
AIA, medidas mitigadoras, 
elaboração de programas 
e mobilização social.
e) Diagnóstico ambiental, 
prognóstico ambiental, 
medidas mitigadoras e 
plano de ação ambiental.
67Estudo de Impacto Ambiental
Conteúdo:
 
DICA DO PROFESSOR
Os métodos de avaliação de impacto ambiental servem de referência nos estudos ambientais 
para se determinar, de forma mais precisa, a significância de uma alteração ambiental. Também 
são usados para padronizar e facilitar a abordagem do meio físico que, em geral, leva em 
consideração vários aspectos. Quaisquer metodologias de abordagem podem ser utilizadas, 
desde que em acordo com a literatura nacional e/ou internacional sobre o assunto. Porém, deve-
se tomar cuidado, pois a maioria dos métodos apresenta caráter subjetivo na abordagem do meio 
físico.
Portanto, devem ser utilizados critérios bem definidos para a escolha do método a ser usado, ou 
seja, cada método tem uma aplicação definida, sendo utilizado conforme o caso.
Para saber mais a respeito das principais metodologias utilizadas no Estudo de Impacto 
Ambiental, assista ao vídeo a seguir.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Existem diferentes metodologias usadas nos Estudos de Impactos Ambientais (EIA), 
tanto para o meio físico, biológico como socioeconômico. Entre as alternativas a 
seguir, qual está CORRETA em relação a essas metodologias?
A) No checklist, os impactos são demostrados na forma de matriz.
B) A metodologia baseada em redes de interação baseia-se na construção de redes de 
interação e fluxogramas para a indicação dos impactos ambientais causados somente na 
construção do empreendimento.
C) A sobreposição de cartas é uma metodologia que permite uma boa compreensão de 
relações espaciais. Sua adoção é indicada nos projetos de desenvolvimento regional e com 
configuração linear.
D) O método de matriz consiste na construção de redes de interação e fluxogramas para a 
indicação dos impactos ambientais.
E) No método quantitativo há a qualificação dos impactos, obtendo-se índices de qualidade 
ambiental.
2) Em relação aos conceitos que regem o EIA/RIMA, assinale a alternativa CORRETA.
A) Os EIA/RIMA são elaborados pelo empreendedor, sendo que o órgão ambiental 
competente deverá arcar com os custos.
B) No RIMA são apresentados os resultados obtidos no EIA em uma linguagem acessível à 
população.
C) Os EIA/RIMA são exigidos para todos os empreendimentos que possam causar algum tipo 
de impacto ambiental negativo.
D) Os EIA/RIMA são elaborados pelo empreendedor por meio da contratação de profissionais 
somente da área ambiental.
E) O EIA deve ser realizado pelo órgão ambiental e pelo empreendedor.
3) Assinale a alternativa que se refere corretamente ao Estudo de Impacto Ambiental 
(EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).
A) O RIMA possui conteúdo específico e de difícil entendimento para leigos.
B) O RIMA precede o EIA.
C) O EIA/RIMA é um estudo complexo elaborado por diversos especialistas.
D) O órgão ambiental definirá se deverá ser desenvolvido um EIA ou um RIMA para cada 
empreendimento específico.
E) É o EIA que serve de base para a apresentação do estudo de impactos à comunidade 
durante a audiência pública.
4) Existem algumas atividades/empreendimentos que necessitam apresentar 
EIA/RIMA. Entre as alternativas a seguir, qual é um exemplo de empreendimento 
que necessita apresentar esse tipo de estudo ambiental?
A) Supressão de vegetação acima de 2 hectares.
B) Construção de empreendimentos acima de 300 m2.
C) Projetos de aquacultura.
D) Linha de transmissão de energia com 500 KV.
E) Estradas com 1 faixa de rodagem.
5) Entre as alternativas a baixo, qual está CORRETA em relação às etapas que 
envolvem o Estudo de Impacto Ambiental?
A) Diagnóstico ambiental, análise dos impactos ambientais, medidas mitigadoras e elaboração 
de programas.
B) Identificação dos processos e estabelecimento de indicadores, mensuração qualitativa e 
quantitativa, viabilização ambiental e plano de ação ambiental.
Elaboração do Plano de Mobilização Social, realização do diagnóstico, apresentação do C) 
prognóstico e concepção de programas, projetos e ações necessárias para atingir as metas.
D) Diagnóstico ambiental, análise dos impactos ambientais, medidas mitigadoras, elaboração 
de programas e mobilização social.
E) Diagnóstico ambiental, prognóstico ambiental, medidas mitigadoras e plano de ação 
ambiental.
NA PRÁTICA
Acabar com a seca do nordeste é mais do que um sonho, é um projeto com a maior 
infraestrutura hídrica que o Brasil jamais viu antes. Estamos falando da transposição do rio São 
Francisco, obra de infraestrutura do Governo Federal que tem o objetivo de levar água para 12 
milhões de pessoas de 390 municípios de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
Entretanto, desde que entrou em cena, o projeto tem gerado muita polêmica. Em relação ao 
Estudo de Impacto Ambiental, este foi um grande desafio, devido à extensão do 
empreendimento e pelos mais diversos impactos ambientais negativos que a obra poderá 
ocasionar, principalmente para o meio ambiente.
Acompanhe a seguir quais são os principais impactos ambientais negativos desta obra.
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Avaliação de impacto ambiental: metodologias aplicadas no Brasil
Leia, no artigo a seguir, um estudo sobre as diferentes metodologias utilizadas/implantadas no 
Estudo de Impacto Ambiental no Brasil.
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Estudo de impacto ambiental nas APAs
Muitas vezes as atividades/empreendimentos ocasionam em impactos ambientais em áreas de 
preservação permanente (APP). Confira no vídeo a seguir como ocorre o EIA nesse tipo de 
local.
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Situação de Impacto Ambiental:um estudo em uma Indústria de Extração Mineral
A exploração de recursos minerais é uma atividade extrativa de grande importância para a 
construção civil, porém, ocasiona em enormes impactos ambientais. O artigo a seguir tem como 
objetivo diagnosticar a situação da Gestão Ambiental da ALFA, com base na metodologia 
proposta pelo CEBDES (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável). 
Para saber quais são os resultados e conclusões obtidos pelos autores, leia o artigo a seguir.
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Relatório de impacto ambiental (RIMA)
APRESENTAÇÃO
O relatório de impacto ambiental (RIMA) expõe as conclusões do estudo de impacto ambiental 
(EIA). As informações devem ser objetivas e apresentar uma linguagem de fácil compreensão, 
ilustrada por mapas, cartas, quadros, gráficos e outras técnicas de comunicação visual, para que 
a população possa entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as 
consequências ambientais de sua implementação. Nesta Unidade de Aprendizagem, vão ser 
descritas as diferenças entre o estudo de impacto ambiental (EIA) e o relatório de impacto 
ambiental (RIMA). Além disso, vai ser apresentado um roteiro dos principais pontos/etapas que 
um EIA/RIMA deve conter. Um desses pontos, que vai ser tratado com maior enfase nesta 
unidade, são as audiências públicas. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Diferenciar estudode impacto ambiental (EIA) de relatório de impacto ambiental (RIMA).•
Relacionar a produção do EIA/RIMA e da audiência pública com as etapas do processo de 
licenciamento.
•
Descrever sobre a apresentação do RIMA em audiências públicas.•
DESAFIO
A construção do relatório de impacto ambiental (RIMA) deve ser feita da mesma forma que a 
construção do estudo de impacto ambiental (EIA), com os mesmos conteúdos e etapas. No 
entanto, o RIMA deve ser escrito com uma linguagem mais acessível, ou seja, da forma mais 
simples possível.
 
 
Você, como futuro profissional da área ambiental, concorda com as respostas dadas pelo técnico 
da prefeitura? 
Existe alguma forma de os moradores terem suas dúvidas respondidas? 
Mesmo se tratando de uma pequena central hidrelétrica (PCH), ela necessita ou não do 
EIA/RIMA? 
Justifique suas respostas.
INFOGRÁFICO
A audiência pública é a parte do licenciamento ambiental em que se fazem esclarecimentos à 
população sobre uma atividade potencialmente causadora de degradação ambiental. Sua 
principal finalidade é expor ao público as características do projeto e o conteúdo do estudo de 
impacto ambiental (EIA) e do relatório de impacto ambiental (RIMA), o qual consiste em um 
resumo do EIA com uma linguagem simplificada e acessível ao leigo. Esses documentos são 
elaborados pelo empreendedor e são distribuídos a órgãos e entidades para que possam enviar 
suas manifestações ao órgão ambiental e como subsídio à audiência pública.
Durante a audiência pública, os participantes podem fazer perguntas sobre o empreendimento e 
tirar dúvidas de como se dá o licenciamento. Além disso, a plateia pode encaminhar propostas e 
solicitações que são protocoladas pelo órgão ambiental e passam a fazer parte do processo 
administrativo que trata do requerimento de licença ambiental pretendida. Para saber mais a 
respeito da importância do RIMA e das audiências públicas, confira o Infográfico a seguir.
CONTEÚDO DO LIVRO
A audiência pública é um instrumento de participação popular fundamental no processo de 
avaliação de impacto ambiental (AIA) referido nas Resoluções Conama 01/86 e 009/87 e 
ratificado no texto da Constituição Estadual (1989). Sua realização se dá após a execução do 
estudo de impacto ambiental (EIA), do relatório de impacto ambiental (RIMA) e da 
apresentação desses ao órgão ambiental.
A audiência pública serve para informar, discutir, tirar dúvidas e ouvir opiniões sobre os anseios 
da comunidade, em especial da população diretamente afetada, cujas preocupações, 
pronunciamentos e informações o órgão ambiental encarregado do licenciamento vai levar em 
consideração no procedimento decisório sobre a aprovação ou não do projeto.
Para saber mais a respeito de audiência pública, leia o capítulo Relatório de impacto ambiental 
(RIMA), parte do livro Licenciamento ambiental, base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
Ronei Tiago Stein
MEIO AMBIENTE
Revisão técnica:
Vanessa de Souza Machado
Mestre e Doutora em Ciências
Graduada em Ciências Biológicas
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB – 10/2147
M499 Meio ambiente [recurso eletrônico] / Ronei Tiago Stein
... [et al.]; [revisão técnica : Vanessa de Souza Machado]. – 
Porto Alegre : SAGAH, 2018.
ISBN 978-85-9502-573-8
Engenharia de produção. 2. Meio ambiente. I. Stein,
Ronei Tiago.
 
CDU 502
Relatório de Impacto 
Ambiental
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Diferenciar Estudo de Impacto Ambiental (EIA) de Relatório de Impacto 
Ambiental (RIMA).
 � Relacionar a produção do EIA/RIMA e da audiência pública com as 
etapas do processo de licenciamento.
 � Descrever a apresentação do RIMA em audiências públicas.
Introdução
O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) reflete as conclusões do Estudo 
de Impacto Ambiental (EIA). Portanto, o RIMA deve ser apresentado de 
forma objetiva e adequada para a sua compreensão. As informações 
devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas, 
quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que 
a população possa entender as vantagens e desvantagens do projeto, 
bem como todas as consequências ambientais da sua implementação.
Neste capítulo, serão descritas as diferenças entre o Estudo de Impacto 
Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Também será 
apresentado um roteiro dos principais pontos/etapas que um EIA/RIMA 
deve conter. Um desses pontos, que será tratado com maior ênfase nesse 
texto, são as Audiências Públicas.
Diferenças entre Estudo de Impacto Ambiental 
e Relatório de Impacto Ambiental
O EIA é um procedimento administrativo que visa realizar um estudo dos 
prováveis impactos que uma obra, um empreendimento ou uma atividade 
ocasionará no meio ambiente em todas as suas formas (natural, urbano e 
cultural), cuja aprovação fica a cargo da autoridade ambiental competente 
(STRUCHEL, 2016).
O RIMA, por sua vez, tem por finalidade tornar compreensível para o 
público o conteúdo do EIA, já que este é elaborado segundo critérios técnicos. 
Dessa forma, em respeito ao princípio da informação ambiental, o RIMA 
deve ser claro e acessível, retratando fielmente o conteúdo do estudo, de 
modo compreensível e menos técnico. O relatório de impacto ambiental e o 
seu correspondente estudo deverão ser encaminhados para o órgão ambiental 
competente para que se proceda a análise sobre o licenciamento ou não da 
atividade, segundo Fiorillo (2014).
É importante salientar que o EIA deve ser elaborado de forma minuciosa e técnica. 
No entanto, a equipe multidisciplinar envolvida no EIA deve transformar essas infor-
mações em uma abordagem mais simplificada e acessível para leitura do público em 
geral, ou seja, elaborar o RIMA. Portanto, a preparação do RIMA deve ser realizada da 
mesma forma que a do EIA, com os mesmos conteúdos e etapas, mas escrito com 
uma linguagem mais simples. Esse documento então, o EIA/RIMA, é protocolado para 
o requerimento da licença prévia (LP) durante o processo de licenciamento.
Para facilitar o entendimento a respeito das diferenças entre o EIA e o 
RIMA, veja o Quadro 1.
Aspectos EIA RIMA
Linguagem Mais técnica Mais acessível
Disponibilidade Apenas ao órgão 
ambiental
Público/sociedade 
Necessidade de apresentação 
em audiência pública
Não Sim
Quadro 1. Principais diferenças entre o EIA e o RIMA
Relatório de Impacto Ambiental70
No entanto, é importante que os profissionais da área ambiental saibam 
também a diferença entre EIA/RIMA e Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) 
e Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV). O EIV se refere à construção 
de qualquer empreendimento imobiliário, principalmente em áreas urbanas, 
o qual possa causar impactos positivos ou negativos em todo o seu entorno. 
Para avaliá-los e corrigi-los, o EIV precisa ser realizado. As reformas em 
geral, como ampliações, também necessitam do estudo, cuja obrigatoriedade 
é determinada pela legislação de cada município.
O EIV tem função semelhante ao EIA. Contudo, enquanto o EIA compre-
ende a identificação e análise dos impactos no meio ambiente, o EIV analisa 
os impactos de determinada atividade no contexto urbano, relativos ao entorno 
da atividade pretendida, como impactos no sistema viário (trânsito) ou mesmo 
de valorização imobiliária. 
É importante salientar que o EIV não substitui a elaboração e aprovação do EIA, 
requerido nos termos da legislação ambiental. Da mesma forma, o EIA não supre 
o EIV. Segundo o art. 36 da Lei nº. 10.257, de 10 de julho de 2001, a lei municipal 
definirá os empreendimentos e atividades privadas ou públicas em área urbana 
que dependerão de elaboração de EIV para obter as licenças ou autorizações de 
construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público municipal 
(BRASIL, 2001). O Quadro 2 apresenta as diferenças entre o EIA e o EIV.
Fonte: Adaptado de Struchel (2016).
EIA EIV
Ambiental UrbanoRequisito prévio para a concessão 
de licença ambiental
Requisito prévio para a concessão 
de licenças e autorizações 
municipais urbanísticas
Campo de análise amplo (meio físico, 
biológico e socioeconômico)
Campo de análise restrito
É exigido pelos órgãos do Sistema Nacional 
do Meio Ambiente (SISNAMA), como o 
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), 
nos âmbitos federal, estadual e municipal
É exigido pelos órgãos municipais
Quadro 2. Impactos urbanos versus impactos no meio ambiente natural
71Relatório de Impacto Ambiental
Para distribuir as responsabilidades entre municípios, estados e a União, foi instituído 
o SISNAMA, um modelo descentralizado de gestão ambiental que cria uma rede 
articulada de organizações nos diferentes âmbitos da federação (BRASIL, 1981).
O RIV, por sua vez, pode ser parte do EIV ou ser complementar a ele. A 
sua principal função é registrar as características do local onde será realizada a 
construção e do seu entorno, abrangendo toda a área que pode ser influenciada 
pela futura atividade. Além disso, também contém os impactos proporcionados 
pela obra, independentemente da gravidade de cada um desses efeitos e do 
porte da construção ou reforma. 
O RIV é um demonstrativo no qual toda a área é analisada, como, por exem-
plo, a infraestrutura urbana e viária, paisagem e meio ambiente. O resultado 
produz o nível de harmonização entre o empreendimento e os seus arredores, 
tanto como complemento do local quanto por similaridade.
Ao longo do EIA/RIMA, podem ser encontrados alguns problemas, como:
 � análise e avaliação ambiental de forma pontual;
 � conhecimento localizado, ou seja, não há um conhecimento da situação 
regional ou até mesmo estadual que determinado empreendimento 
poderá ocasionar;
 � equipe multidisciplinar limitada;
 � ausência de análise de séries históricas (p.ex., enchentes);
 � ausência de parâmetros de controle ambiental;
 � ausência de formas específicas para elaboração do estudo (inexistência 
de metodologias para levantamentos específicos);
 � legislações ultrapassadas;
 � participação pública inadequada;
 � crescimento econômico a qualquer preço, deixando aspectos ambientais 
de lado.
Relatório de Impacto Ambiental72
Roteiro de elaboração e apresentação 
do Estudo de Impacto Ambiental/Relatório 
de Impacto Ambiental
O RIMA, o qual reflete as conclusões do EIA de forma objetiva e em linguagem 
adequada à sua compreensão, deve estar acessível ao público em locais apro-
priados, de forma a garantir o conhecimento do seu conteúdo pelos interessados, 
durante a análise técnica do pedido de licença ambiental (BRASIL, 2009). A fim 
de facilitar o entendimento e deixar o presente capítulo mais didático, o Quadro 3 
apresenta as principais fases do processo de licenciamento prévio e que envolvem 
a elaboração do EIA e do RIMA, e também da realização da audiência pública.
Fases do EIA/RIMA Procedimento
1 Empreendedor 
realiza consulta ao 
órgão ambiental.
Identificar questões legais, 
socioeconômicas e políticas relacionadas 
com a implantação do projeto. 
2 Órgão ambiental emite 
instrução normativa.
Apontar, no termo de referência, todos os 
itens a serem seguidos para a elaboração 
do EIA/RIMA pela empresa consultora/
ou profissionais a serem contratados.
3 Empreendedor licita/
contrata a elaboração 
do EIA/RIMA.
Realizar a licitação por meio de 
convite direto, tomada de preços, 
carta-convite ou licitação, dependendo 
se a atividade for pública ou privada.
4 Empresas de consultoria 
ambiental apresentam as 
suas propostas técnicas 
em concorrência (em caso 
de o empreendimento 
ser público).
Analisar as empresas, que deverão 
possuir habilitação legal e 
apresentar as suas propostas no 
prazo determinado, respeitando e 
cumprindo as exigências definidas no 
respectivo edital de concorrência.
5 Empreendedor negocia 
a(s) proposta(s) e contrata a 
empresa vencedora, a qual 
apresentou o menor preço, 
mas possui capacidade 
de realizar o EIA/RIMA.
Examinar as propostas técnicas e 
orçamentos antes do estabelecimento/
negociação das cláusulas contratuais.
Quadro 3. Fases do EIA/RIMA no processo de licenciamento ambiental
(Continua)
73Relatório de Impacto Ambiental
Fases do EIA/RIMA Procedimento
6 Consultora elabora 
o EIA/RIMA.
A empresa vencedora deve cumprir todas 
exigências para a realização dos relatórios, 
destacando as necessidades de formar 
uma equipe multidisciplinar habilitada 
e administrativa. Deve-se obter dados 
e informações técnico-científicas e dar 
tratamento a esse material, obedecendo 
um cronograma de trabalho. Para 
isso, é necessário recursos materiais 
e financeiros para a apresentação 
do produto final, garantindo uma 
gestão/trabalho com qualidade.
7 Empreendedor deve 
fiscalizar os segmentos da 
realização dos estudos.
Acompanhar sistematicamente todas 
as atividades a serem realizadas na 
elaboração dos estudos/levantamentos.
8 Empreendedor submete 
os estudos/levantamentos 
ao órgão ambiental.
Os estudos serão analisados por 
uma equipe técnica especializada 
e qualificada, que poderá aprová-
los (parecer favorável), sugerir 
modificações/complementações ou 
reprová-los (parecer desfavorável).
9 Caso for aceito, o órgão 
ambiental coloca o EIA/
RIMA à disposição do 
público, marcando a 
audiência pública, e 
inicia-se a análise dos 
estudos elaborados.
A audiência será marcada em local, data 
e horário acessíveis para a participação 
pública, e divulgada em jornais de grande 
circulação e no Diário Oficial da União. O 
RIMA ficará à disposição da comunidade 
para análise e conhecimento por, no 
mínimo, 45 dias antes da audiência.
10 Empreendedor encomenda 
material para a audiência 
pública à consultoria.
As equipes técnicas e de comunicação 
visual preparam o material para a sua 
apresentação. São de responsabilidade 
do empreendedor todos os custos 
necessários à realização da audiência.
Quadro 3. Fases do EIA/RIMA no processo de licenciamento ambiental
(Continuação)
(Continua)
Relatório de Impacto Ambiental74
Embora o RIMA seja mais objetivo e sintético que o EIA e apresente uma 
linguagem corrente e acessível a leigos, sem prejuízo da sua qualidade técnica, 
deve seguir um roteiro, listado a seguir.
 � Descrição do projeto, localização, etapas de construção e operação, 
utilizando, sempre que necessário, mapas, gráficos e desenhos, e espe-
cificando matérias-primas e mão de obra, fontes de energia, processos e 
técnica operacionais, prováveis efluentes, emissões, resíduos de energia, 
empregos diretos e indiretos a serem gerados e outras técnicas.
 � Justificativas técnicas, econômicas, ambientais e de segurança, e compa-
tibilidade com as políticas setoriais, planos e programas governamentais.
 � Síntese (resumo) do diagnóstico ambiental da área de influência.
 � Descrição dos principais impactos ambientais (positivos e negativos), 
fases de ocorrência, medidas mitigadoras e sua eficiência, indicando 
impactos que não podem ser evitados e mitigados, medidas compen-
satórias, bem como os métodos, técnicas e critérios adotados para sua 
identificação, quantificação e interpretação.
Fonte: Adaptado de Brasil (2009).
Fases do EIA/RIMA Procedimento
11 Órgão ambiental realiza a 
referida audiência, na qual 
o empreendedor apresenta 
o empreendimento, e 
a consultora apresenta 
o EIA/RIMA para o 
público presente.
Podem ocorrer audiências prévias e/ou 
seminários em universidades, auditórios 
públicos, anteriormente à audiência 
propriamente dita. Expositores treinados 
defendem os seus pontos de vista e o 
conteúdo técnico de forma objetiva 
e coloquial no dia da audiência.
12 Órgão ambiental elabora 
a ata da audiência, finaliza 
a análise do EIA/RIMA e 
emite o parecer técnico.
A ata leva em consideração todas as 
questões analisadas e comentadas na 
audiência pública, das interferências 
técnicas do empreendedor, consultora 
e comunidade. Há um detalhamento 
de informações e/ou informações 
adicionais e justificativastécnicas, com 
possíveis exigências, e, finalmente, 
a emissão ou não a licença.
Quadro 3. Fases do EIA/RIMA no processo de licenciamento ambiental
(Continuação)
75Relatório de Impacto Ambiental
 � Caracterização sucinta da qualidade ambiental futura da área de influ-
ência, comparando as diferentes situações da adoção do projeto e suas 
alternativas, incluindo a hipótese de sua não realização.
 � Planos de monitoramento e acompanhamento dos impactos.
 � Apresentação da equipe técnica.
 � Recomendações quanto a alternativas mais favoráveis.
Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de 
Impacto Ambiental e audiências públicas
Como descrito anteriormente, o EIA é analisado pelo órgão ambiental e apre-
senta um linguajar mais técnico. O RIMA, por sua vez, deve ser disponibilizado 
para a comunidade com uma linguagem mais simples, e apresentado e discutido 
em audiência pública. O resultado dessas análises deverá subsidiar a decisão 
do órgão ambiental no deferimento ou não da LP para o empreendimento.
As normas ambientais que visam a atender aos princípios que norteiam o 
licenciamento ambiental possibilitam a participação da sociedade em decisões 
que envolvem o meio ambiente, considerando que este é um bem de uso comum. 
Machado (2012) destaca que um dos principais instrumentos de participação 
popular é a audiência pública.
A audiência pública tem por finalidade expor o projeto e os seus impactos ambientais 
aos interessados, recolhendo críticas e sugestões dos presentes. Essas informações 
servirão de subsídios para a análise e o parecer final dos Órgãos Estaduais de Meio 
Ambiente (OEMA) e/ou IBAMA sobre o empreendimento proposto, para efeito de 
licenciamento ambiental.
As audiências públicas foram regulamentadas pelas resoluções do Conselho 
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº. 001, de 23 de janeiro de 1986 
(BRASIL, 1986), e nº. 09, de 03 de dezembro de 1987. O art. 1º da Resolução 
CONAMA nº. 009/1987 ressalta que a audiência pública tem por finalidade 
expor aos interessados o conteúdo do produto em análise e do seu referido 
RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos presentes as críticas e sugestões 
Relatório de Impacto Ambiental76
a respeito (BRASIL, 1987). Machado (2012) ressalta que a audiência pública 
é realizada com dois objetivos principais: 
1. informar o público sobre o projeto e os seus impactos, de modo que 
os interessados tenham oportunidade de expor suas dúvidas sobre o 
empreendimento e vê-las esclarecidas;
2. informar aos responsáveis pela decisão e ao proponente do projeto as 
expectativas e eventuais objeções do público.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (BRASIL, 2009), a audiência 
pública é promovida pelo OEMA ou IBAMA, ou, quando couber, pelo município, 
sempre que julgada necessária ou quando solicitada por entidade civil ou pelo 
Ministério Público ou por 50 (cinquenta) ou mais cidadãos. Deverá ser redigido 
um edital, que deverá ser fixado/disponibilizado em espaços de grande circulação 
e visualização pela população. Esses locais podem ser jornais impressos (imprensa 
local), sites, distribuição de panfletos, entre outros, e a abertura do prazo de 
solicitação da audiência pública deverá ser, no mínimo, de 45 dias antes da sua 
ocorrência. Durante esse período, cópias do RIMA são colocadas à disposição 
do público no órgão ambiental, desde que respeitado o sigilo industrial.
A audiência pública é realizada com a participação, basicamente, dos 
grupos de atores a seguir. 
 � Órgão ambiental (OEMA ou IBAMA) ou, quando couber, o muni-
cípio: coordena a realização da audiência pública e registra as questões 
relevantes suscitadas para fins decisórios subsequentes. 
 � O empreendedor: organiza a sua realização, apresenta o empreen-
dimento, responde aos questionamentos referentes à implantação 
pretendida e arca com os custos correspondentes. Geralmente expõe, 
na audiência pública, a concepção original da ação proposta, desta-
cando os benefícios sociais do projeto e explicitando como a dimensão 
ambiental está incorporada na sua concepção. O empreendedor deve 
ressaltar as soluções técnicas empregadas para prevenir e/ou controlar 
os efeitos ambientais esperados, o montante dos recursos financeiros 
disponíveis e as tecnologias adotadas para a mitigação dos impactos.
 � A equipe multidisciplinar responsável pela elaboração do RIMA: 
apresenta suas conclusões, responde tecnicamente pelo seu conteúdo 
e atende aos questionamentos levantados sobre os estudos realizados. 
 � Órgão da administração pública: federal, estadual e municipal, que 
tem interesse no projeto proposto, participa da audiência pública para 
77Relatório de Impacto Ambiental
conhecimento e manifestação sobre conclusões do Estudo de Impacto 
Ambiental. Como exemplos, podem-se citar os órgãos responsáveis 
pelo fornecimento de infraestrutura, como água, luz, transporte, vias 
de acesso, entre outros.
 � Pessoas físicas: são indivíduos ou grupo de pessoas que, em geral, man-
têm relação direta ou que se consideram afetadas pelo empreendimento 
proposto. Participam da audiência pública para tomarem conhecimento e 
se manifestarem sobre as conclusões dos Estudos de Impacto Ambiental.
 � Empresas públicas e privadas: são empreendedores que já possuem 
projetos instalados e/ou em instalação na área de influência do projeto 
proposto. Participam como observadores e, também, para manifestarem 
opiniões sobre as conclusões do Estudo de Impacto Ambiental.
 � Entidades civis (ONGs): são representantes de segmentos da sociedade 
civil organizada que mantêm relação direta com o projeto proposto. 
Participam da audiência pública para tomar conhecimento e colocar 
seus questionamentos e aspirações.
 � Poder Legislativo: membros do Poder Legislativo participam da audi-
ência pública para tomar conhecimento e apresentar questionamentos de 
interesse para o conjunto da sociedade que representam. Os membros 
devem estabelecer compromissos de compatibilizar e incorporar na 
legislação as ações propostas nos estudos ambientais.
 � Comunidade científica: são pesquisadores e/ou centros de conhecimento 
que participam a convite de algum dos outros agentes, para opinarem 
sobre as conclusões do Estudo de Impacto Ambiental do projeto proposto.
 � Ministério Público: participa para cumprir suas funções institucionais 
estabelecidas na Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988, da 
qual destaca-se o inciso III do art. 129: “promover o inquérito civil e 
a ação civil pública, para proteção do patrimônio público e social do 
meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos” (BRASIL, 
1988). A sua participação busca garantir a exequibilidade das medidas 
propostas pelo empreendedor e fiscalizar o Poder Executivo.
Existem regras e formas de organização das audiências públicas, as quais foram definidas 
pela Resolução CONAMA nº 009/1987.
Relatório de Impacto Ambiental78
A audiência pública é dirigida pelo representante do órgão ambiental 
que, após a exposição objetiva do projeto e do seu respectivo RIMA, abre a 
discussão com os interessados presentes. Ao final de cada audiência pública, 
é lavrada uma ata sucinta, na qual todos os documentos escritos e assinados 
durante a sessão são anexados. A ata da(s) audência(s) pública(s) e os seus 
anexos servem de base, com o RIMA, para a análise do órgão ambiental sobre 
o licenciamento ambiental do projeto.
1. Foi instituído no Brasil pela Política 
Nacional do Meio Ambiente 
(PNMA), Lei nº. 6.938/1981 e 
regulamentado pela CONAMA 
nº001/1986. Apresenta os impactos 
ambientais que determinada obra/
atividade poderá ocasionar, mas 
de forma mais simples, visando à 
compreensão do seu conteúdo 
pela sociedade. Essa definição se 
refere a qual das alternativas?
a) Estudo de Impacto Ambiental.
b) Relatório de Impacto 
de Vizinhança.
c) Plano de Recuperação 
de Área Degradada.
d) Relatório de Impacto Ambiental.
e) Estudo de Impacto 
de Vizinhança.
2. A audiência pública tem por 
finalidade expor aos interessados

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