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Aula 10
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e
Finanças) Macroeconomia (Parte do
Conhecimentos Específicos) - 2024
(Pós-Edital)
Autor:
Celso Natale
19 de Fevereiro de 2024
1 
SUMÁRIO 
1 Política Macroprudencial e Estabilidade Financeira...................................................................... 3 
2 Riscos das Instituições Financeiras ................................................................................................... 3 
2.1 Risco de Crédito ............................................................................................................................ 4 
2.2 Risco de Mercado .......................................................................................................................... 6 
2.3 Risco de Liquidez ........................................................................................................................... 7 
2.4 Risco Operacional ......................................................................................................................... 8 
2.5 Risco sistêmico ............................................................................................................................... 9 
3 Regulação Macroprudencial .......................................................................................................... 10 
3.1 Segmentação para regulação prudencial ............................................................................... 10 
4 Acordos de Basiléia para supervisão bancária............................................................................ 11 
4.1 Basileia I ....................................................................................................................................... 13 
4.2 Basileia II ...................................................................................................................................... 14 
4.3 Basileia III ..................................................................................................................................... 15 
4.4 Princípios fundamentais de Basiléia ........................................................................................ 16 
5 Requerimento de capital prudencial ............................................................................................ 21 
5.1 Basileia III e padrões de requerimento de capital ................................................................. 22 
5.2 Apuração e exigência do Patrimônio de Referência ............................................................. 36 
5.3 Apuração do patrimônio de referência (PR) nível 1 e nível 2 ............................................... 37 
5.4 Apuração do patrimônio de referência exigido (PRE) .......................................................... 57 
6 Estrutura Simplificada: PRS5 e RWAS5 ............................................................................................ 64 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Referências Bibliográficas ...................................................................................................................... 69 
Resumos e Esquemas ............................................................................................................................. 70 
Questões Comentadas ........................................................................................................................... 85 
Gabarito.................................................................................................................................................. 174 
 
 
 
Celso Natale
Aula 10
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2 
INTRODUÇÃO 
Saudações! Aqui é o professor Celso Natale, e peço que leia as informações a seguir. 
Nesta aula, iremos cobrir o seguinte assunto do edital: 
3. Política macroprudencial e estabilidade financeira. 
Aqui, a banca foi bastante vaga. Quem tem experiência em concursos sabe que quanto mais 
curto um tópico, pior para o candidato, porque aí a banca pode cobrar praticamente tudo sobre 
o assunto. Mas eu tenho minha interpretação: 
O que aconteceu foi que quiseram enxugar o edital anterior, que tinha uma matéria inteira para 
Supervisão de Instituições Financeiras, mas não quiseram deixar de cobrar esse tema tão 
importante para o Banco Central, que representa uma parte gigante e importante se sua missão: 
a solidez do sistema financeiro. 
Portanto, acredito que precisamos mergulhar fundo neste tema. E não tem como falar sobre 
política macroprudencial e estabilidade financeira sem falar de: 
1. Basileia (Regulamentação Macroprudencial); 
2. Medidas Prudenciais Preventivas; 
3. Riscos financeiros. 
4. Requerimentos de capital prudencial. 
Os temas estão na ordem que acredito serem mais importante, ou seja, mais prováveis de cair 
na prova. Basileia é o básico de política macroprudencial, enquanto os requerimentos de capital 
são algo bem complexo e específico. A banca pode cobrar considerando o que colocou no 
edital? Creio que pode. 
Mas, se você acha que a banca vai cobrar apenas os conceitos de Política macroprudencial e de 
Estabilidade Financeira, não digo que você está errado. Não temos como prever com certeza. 
Mas digo que é arriscado ficar apenas nos conceitos. Mas é uma aposta que não posso fazer por 
você. Então, logo no primeiro tópico, teremos esses conceitos muito bem definidos. 
Agora, se você quer garantir uma preparação de alto nível, vamos à aula completa! E não se 
assuste com o número de páginas. Quase tudo é de esquemas e de questões para praticar. 
 
@profcelsonatale 
 
Celso Natale
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3 
1 POLÍTICA MACROPRUDENCIAL E ESTABILIDADE FINANCEIRA 
Vamos começar definindo o que é a política macroprudencial. 
Uma política, de forma geral, é um conjunto de diretrizes que alguém adota para lidar com 
determinado tema. A política fiscal, por exemplo, é a forma como o governo lida com seus gastos 
e sua arrecadação. 
O termo macro indica um olhar para o todo, em vez de olhar para partes isoladas (micro). Assim, 
por exemplo, a Macroeconomia olha para os grandes agregados, como PIB, taxa de câmbio, taxa 
de juros – enquanto a Microeconomia olha para os agentes econômicos, como consumidores e 
empresas, em determinados mercados. 
Prudencial é feito com prudência, ou seja, que busca evitar problemas antes que aconteçam. É 
diferente de uma visão punitiva. Sendo assim, quando um órgão de trânsito orienta os motoristas 
a usarem o cinto, está sendo prudencial, mas quando aplica uma multa, está punindo. A 
supervisão de instituições financeiras do Banco Central do Brasil tem orientação prudencial 
(tanto macro quanto micro, embora iremos focar na primeira, dada a orientação do edital). 
A política macroprudencial, portanto, é a forma como a autoridade do sistema financeiro (o 
Banco Central) lida com os riscos do sistema financeiro. Falaremos muito sobre esses riscos, mas 
note desde já que eles são “inimigos” da estabilidade financeira. 
Estabilidade financeira é definida, pelo próprio BCB, como a manutenção, ao longo do tempo e 
em qualquer cenário econômico, do regular funcionamento do sistema de intermediação 
financeira entre famílias, empresas e governo. Faz parte da missão do BCB assegurar que o 
sistema financeiro seja sólido e eficiente. 
A partir daqui, começamos a aprofundar. 
 
2 RISCOS DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 
Começamos esta aula definindo os riscos aos quais as Instituições Financeiras (IF) estão 
sujeitas. 
E há dois motivos muito práticos para isso: além de ser um tema explicito do edital, como você 
verá, todos os demais assuntos da aula estão relacionadosa esses riscos. 
Naturalmente, os riscos são inúmeros, mas aqueles que nos interessam são três, e nos interessam 
porque são um agrupamento internacional adotado também pelo Banco Central do Brasil, e, de 
certa forma, englobam praticamente qualquer risco das IF que podemos imaginar. 
Então, vou apresentar de forma bem direta, e depois desenvolveremos cada um deles. São eles: 
Celso Natale
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4 
1. Risco de Crédito 
2. Risco de Mercado 
3. Risco de Liquidez 
4. Risco Operacional 
Podemos dizer que são igualmente importantes, tanto do ponto de vista de das IF e do BCB, 
quanto do seu ponto de vista: são igualmente incidentes e “cobráveis em prova”. 
Mas o que pode ser cobrado? Para começar, todo o modelo de Supervisão do Banco Central é 
baseado em riscos. Veja o seguinte trecho do Manual de Supervisão do BCB: 
O Modelo de Supervisão adotado, observando as melhores práticas 
internacionais, é o da supervisão baseada em riscos, com foco na avaliação de 
riscos e controles das Entidades Supervisionadas – ESs, consubstanciado em 
processo integrado e contínuo e observando também os objetivos tradicionais 
de supervisão, como a verificação de elementos relevantes das demonstrações 
contábeis e o atendimento às leis e à regulamentação aplicáveis. 
Neste ponto, convém lembrar que o Banco Central também supervisiona instituições não 
financeiras1, como as Administradoras de Consórcios e as Instituições de Pagamento. 
Sendo assim, adotarei, quando se aplicar, o termo Entidades Supervisionadas (ES), termo que 
inclui tanto instituições financeiras quanto as demais supervisionadas pelo BCB. 
Mas voltando ao tema, definiremos cada tipo de risco, de forma mais aprofundada. 
2.1 Risco de Crédito 
De uma forma bem direta e, confesso, um pouco grosseira, o risco de crédito é o risco de 
calote. De forma um pouco mais técnica, podemos ficar com: 
RISCO DE CRÉDITO 
 
É a possibilidade de uma operação de crédito não ser honrada pelo 
tomador, gerando perdas para o credor. 
Portanto, quando uma IF pede um comprovante de renda ou quando analisa o extrato de um 
cliente que está pedindo um empréstimo, ela está buscando reduzir o risco de crédito. Garantias 
também são importantes mitigadores do risco de crédito. 
 
1 As definições de Instituições Financeiras e Não Financeiras são tratadas no curso de Sistema Financeiro Nacional. 
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Contudo, o risco de crédito é mais abrangente do que pode parecer à primeira vista. E a 
definição presente na Resolução CMN nº 4.557, de 23 de fevereiro de 2017, deixa isso claro 
(alguns termos podem ser novos, mas não se preocupe: explicarei na sequência): 
Art. 21. Para fins desta Resolução, define-se o risco de crédito como a possibilidade de 
ocorrência de perdas associadas a: 
I - não cumprimento pela contraparte de suas obrigações nos termos pactuados; 
II - desvalorização, redução de remunerações e ganhos esperados em instrumento 
financeiro decorrentes da deterioração da qualidade creditícia da contraparte, do 
interveniente ou do instrumento mitigador; 
III - reestruturação de instrumentos financeiros; ou 
IV - custos de recuperação de exposições caracterizadas como ativos problemáticos, 
nos termos do art. 24. 
Vamos começar a compreender. Contraparte é um termo que inclui (os dois primeiros são mais 
importantes): 
a) o tomador de recursos; 
a pessoa, física ou jurídica, que pega um empréstimo 
b) o garantidor; 
por exemplo, um fiador ou avalista em uma operação de crédito 
c) o emissor de título ou valor mobiliário adquirido; 
uma companhia que emite uma debênture, por exemplo 
d) o usuário final perante o emissor de instrumento de pagamento pós-pago 
o titular de um cartão de crédito 
e) o emissor perante o credenciador de instrumento de pagamento; 
esse é um pouco mais técnico, mas, resumidamente, seria um banco emissor de um 
cartão de crédito perante uma credenciadora, como a Stone, a Rede ou a Cielo. 
Como esse banco precisa repassar uma parte dos valores para a credenciadora, há 
risco de crédito envolvido. 
f) a instituição devedora de outra instituição decorrente de acordo de interoperabilidade 
entre diferentes arranjos de pagamento; 
ainda mais técnico e específico, mas significa, basicamente, uma instituição pode ficar 
devedora de outra no âmbito de um acordo para transferir pagamentos entre diferentes 
arranjos, como o Pix e cartões de alimentação, por exemplo. 
Em seguida, precisamos entender o que quer dizer “desvalorização, redução de remunerações 
e ganhos esperados em instrumento financeiro decorrentes da deterioração da qualidade 
creditícia da contraparte, do interveniente ou do instrumento mitigador”. 
Um exemplo ajuda: suponha que você é gestor da carteira de um banco. Seu trabalho envolve 
manter e negociar uma série de ativos para, entre outros objetivos, obter lucro. 
Celso Natale
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Agora, suponha que você tem R$20 milhões em debêntures emitidos pela Loja Zamericanas S.A., 
ou seja, você tem papeis nos quais a Zamericanas se compromete a pagar R$30 milhões para 
você, digamos, daqui a de 5 anos. Mas, se você for vender hoje, essas debentures valem R$20 
milhões. 
De repente, surge um escândalo envolvendo a Zamericanas, e o mercado passa a duvidar 
seriamente que ela honrará com suas obrigações. Seus papeis que poderiam ser vendidos por 
R$20 milhões ontem, talvez não valham nem R$10 milhões hoje. Isso se você encontrar alguém 
disposto a assumir o risco. 
Note que a contraparte não desonrou o acordo com você. Nem poderia, porque o papel ainda 
não venceu. Mas o risco de crédito também inclui a situação narrada: a desvalorização 
decorrente da deterioração da contraparte. 
Prosseguimos! 
Reestruturação de instrumentos financeiros é como chamamos a boa e velha “renegociação 
de dívidas”. Essa renegociação, naturalmente, consiste em conceder alguma vantagem à 
contraparte: pode ser um desconto na dívida, um prazo maior, a liberação ou troca de uma 
garantia. Tudo isso implica em prejuízo para instituição financeira, embora menor do que a 
inadimplência total. 
Por fim, precisamos definir ativo problemático. E, na verdade, isso é bem objetivo. Um ativo 
problemático é aquele que: 
• está em atraso há mais de 90 dias; ou 
• tem indicativos de que não será integralmente honrado. 
Viu só? Basicamente, o risco de crédito também inclui os custos envolvidos com cobrança e 
outros, como quando o banco chega ao extremo de precisar tomar uma garantia: custos com 
leilão, avaliação, cartórios, documentos etc. 
Com isso, você concorda que é bem mais do que parecia no começo, né? 
2.2 Risco de Mercado 
Se o risco de crédito tem a ver com a IF e sua contraparte, o risco de mercado é bem mais 
abrangente, e diz respeito à relação entre a IF e o mundo. 
Calma, que eu explico. 
RISCO DE MERCADO 
 
É definido como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da 
flutuação nos valores de mercado de instrumentos detidos pela instituição. 
Celso Natale
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Só para introduzir com um exemplo: se uma mudança na Taxa Selic, a taxa básica de juros, 
pode gerar perdas para a IF, isso é risco de mercado. 
O risco de mercado, é claro, inclui muitas outras variáveis além da taxa básica de juros, tais como: 
a) taxas de juros 
b) preços de ações 
c) variação cambial 
d) preços de mercadorias (commodities) 
Um exemplo? 
Bem, desta vez, seu banco fez um empréstimo emdólares para a Companhia Vale do Mar Doce. 
Se o dólar cair, o banco terá uma perda, que nada tem a ver com risco de crédito ou com a 
situação financeira da Vale (do Mar Doce). Ela continua pagando direitinho, mas agora o dólar 
vale menos do que quando você emprestou. 
Portanto, guarde bem: flutuações em variáveis macroeconômicas que afetam a economia 
como um todo são relacionadas ao risco de mercado. 
2.3 Risco de Liquidez 
Um risco muito mais imediato é o risco de liquidez e, de certa forma, capaz de causar uma crise 
enorme em pouquíssimo tempo. 
Começamos com uma definição técnica. 
RISCO DE LIQUIDEZ 
 
A possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar suas obrigações 
esperadas e inesperadas, correntes e futuras, sem afetar suas operações diárias 
e sem incorrer em perdas significativas. 
Note que, desta vez, quem pode dar o “calote” é a própria instituição financeira. 
E, na realidade, as instituições financeiras fazem milhares de pagamentos umas para as outras 
todos os dias. Cada Pix que você faz provoca um pagamento desses. Em um único dia, o SFN 
movimenta algumas vezes o PIB brasileiro. 
Então imagine a seguinte situação: o Banco Alfa precisa fazer um pagamento para o Banco Beta 
no valor de R$2 bilhões até o meio-dia. 
Mas tem um problema: o Banco Alfa “só” tem R$50 milhões na conta dele (lá no Banco Central, 
que é onde os bancos têm conta). 
Às 16h, o Banco Alfa vai receber R$10 bilhões, mais do que o suficiente para pagar a dívida, né? 
Mas a questão é: ele não terá os R$2 bilhões ao meio-dia! 
Celso Natale
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Isso é o que chamamos de problema de liquidez. 
Apesar de o Banco Alfa ter muitos ativos, uma carteira de empréstimos concedidos enorme e 
uma linda sede na Faria Lima, se precisar levantar esse dinheiro rápido, com certeza terá que 
vender barato seus ativos. É isso que a definição ali no quadro acima quis dizer com “perdas 
significativas”. 
Pode ser que ele precise vender alguma coisa “no desespero”, como um título público ou 
privado, e incorrer em prejuízo por conta disso. Mas essa, ter que vender algo com prejuízo, é a 
situação intermediária. 
Uma solução mais simples e usual é pegar um empréstimo com o BC ou com outro banco. Afinal, 
o Banco Alfa vai receber R$10 bilhões em algumas horas, lembra? 
E no outro extremo tem a situação na qual ele não consegue ou não tem nada para vender. Nesse 
caso, a coisa pode ficar bem feia, porque o Banco Beta não vai receber, e talvez ele estivesse 
precisando desse dinheiro para pagar os Bancos Gama e o Banco Theta (sem quinta série aqui, 
ok? É só uma letra grega). Isso pode levar a uma “queda de dominó”, um contágio no sistema 
inteiro. 
Portanto, podemos entender o risco de liquidez como a possibilidade de não ter ativos líquidos, 
facilmente conversíveis em dinheiro, para honrar suas obrigações imediatas, tendo muitos ativos 
de menor liquidez ou não. 
2.4 Risco Operacional 
Esse risco, na verdade, é comum a todas as empresas, mesmo fora do mercado financeiro. 
O risco operacional tem a ver com erros humanos e de sistemas. 
Mas vamos à definição técnica. 
RISCO OPERACIONAL 
 
Possibilidade da ocorrência de perdas resultantes de eventos externos ou de 
falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas ou sistemas 
Portanto, um exemplo bem simples seria o piloto de reservas – a pessoa responsável por operar 
as contas de uma IF no Banco Central – digitar um número errado e, em vez de pagar o que devia 
para outra IF, enviar o dinheiro para a conta errada. 
Contudo, a definição é mais ampla, e o risco operacional também inclui: 
I. fraudes internas; um contador da IF camuflando prejuízos, por exemplo 
II. fraudes externas; um prestador de serviço de internet que roube dados dos clientes da IF. 
III. demandas trabalhistas e segurança deficiente do local de trabalho; um ex-funcionário 
processa o banco por ter sofrido um acidente de trabalho. 
Celso Natale
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IV. práticas inadequadas relativas a usuários finais, clientes, produtos e serviços; incluindo a 
inadequação ou à deficiência em contratos firmados com clientes 
V. danos a ativos físicos próprios ou em uso pela instituição; 
VI. situações que acarretem a interrupção das atividades da instituição ou a descontinuidade 
dos serviços prestados, incluindo o de pagamentos; 
VII. falhas em sistemas, processos ou infraestrutura de tecnologia da informação (TI); 
VIII. falhas na execução, no cumprimento de prazos ou no gerenciamento das atividades da 
instituição, incluindo aquelas relacionadas aos arranjos de pagamento. 
Portanto, o risco operacional acaba por abarcar todos os demais riscos não incluídos nos três 
primeiros, incluindo o chamado risco legal. 
Agora que conhecemos os riscos aos quais estão sujeitas as instituições financeiras, vamos dar 
um passo adiante. 
2.5 Risco sistêmico 
Esse, no nosso contexto de prova, é o mais importante. 
O risco sistêmico é o risco de ocorrência de eventos ou situações capazes de comprometer a 
estabilidade de todo o sistema financeiro, afetando várias instituições simultaneamente. Esse 
risco está associado à interdependência entre as instituições financeiras e a possibilidade de 
contágio e ampliação de problemas em toda a estrutura financeira. 
Sim. É o caos! 
E, de certa forma, está relacionado a todos os demais riscos. 
Na verdade, podemos até construir uma situação hipotética que abarca todos os riscos 
anteriores e manifesta o risco sistêmico. 
Veja, imagine que uma instituição financeira X está excessivamente exposta ao câmbio (risco de 
mercado), e por um movimento do mercado vê seus ativos derreterem. Com isso, ela fica sem 
recursos para pagar suas obrigações de um determinado dia (risco de liquidez), e outra 
instituição Y que era sua credora e dependia desses recursos toma o calote (risco de crédito). A 
instituição Y, por sua vez, deixa de pagar 3 credores, que deixam de pagar outros 9 credores, 
que deixam de ter recursos para saques de seus clientes, que entram em desespero quando 
ficam sabendo que o “banco não tem dinheiro” e exigem saques que não exigiriam em outra 
situação... É como uma queda de dominó, e um desastre colossal. 
Mas não se preocupe. Daqui a poucos minutos, você vai entender como o Banco Central atua 
para evitar que isso ocorra. E dentro de alguns meses, poderá estar ajudando nesse trabalho. 
Resumidamente, o Banco Central vai buscar garantir que a instituição financeira X, para começo 
de conversa, não se exponha excessivamente a riscos. E que, mesmo se algo assim acontecer, 
ela tenha reservas suficientes para “aguentar o tranco”. Mas vamos começar a aprofundar. 
Celso Natale
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3 REGULAÇÃO MACROPRUDENCIAL 
A regulamentação ou regulação prudencial pode ser compreendida como um conjunto de 
regras financeiras que estabelecem requisitos para as instituições financeiras, com o objetivo de 
gerenciar riscos. 
Parte desse gerenciamento de risco consiste em “separar um dinheiro”, por precaução, para 
fazer frente a ocorrências relacionadas aos riscos que conhecemos. Mas isso será aprofundado 
em outro momento. 
As regras prudenciais visam evitar que dificuldades ou até mesmo a quebra de uma instituição 
financeira cause um efeito em cascata no sistema financeiro, resultando em perdas para a 
sociedade como um todo. Esse efeito em cascata é conhecido como risco sistêmico. 
Naturalmente, os requisitos prudenciais não impedem que uma instituição financeira enfrente 
dificuldades ou vá “à falência”, mas têm o objetivo de minimizar os efeitos negativoscaso isso 
ocorra. 
Mas uma pergunta importante é: será que faz sentido exigir que o Banco do Brasil e uma 
pequena instituição de microfinanças sigam as mesmas regras? Claro que não! Aí entra o que 
chamamos de segmentação. 
 
3.1 Segmentação para regulação prudencial 
A segmentação refere-se à classificação das instituições supervisionadas do Sistema Financeiro 
Nacional (SFN) em cinco segmentos, levando em consideração: 
• o tamanho 
• a atividade internacional 
• o perfil de risco 
Essa segmentação permite a aplicação de regulamentações mais adequadas para cada tipo de 
instituição, especialmente as de menor porte, que geralmente são mais dinâmicas e inovadoras, 
mas possuem menor risco sistêmico, ou seja, sua quebra tende a impactar pouco outras 
instituições e a sociedade. 
Com a segmentação, as instituições menores devem cumprir regras mais simples do que aquelas 
aplicadas aos grandes bancos. Ter regras prudenciais adequadas à complexidade das atividades 
e ao perfil de risco de cada instituição contribui para uma intermediação financeira mais eficiente, 
reduzindo custos e incentivando a competição no mercado financeiro. 
Os segmentos são S1, S2, S3, S4 e S5. 
 
Celso Natale
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SEGMENTOS COMPOSIÇÃO PORTE* E ATIVIDADE INTERNACIONAL 
S1 Bancos** 
Maior ou igual a 10% do PIB 
(ou atividade internacional relevante) 
S2 
Bancos de tamanho inferior a 10% do 
PIB e demais instituições com tamanho 
superior a 1% do PIB 
De 1% a 10% do PIB 
S3 Bancos e instituições não bancárias De 0,1% a 1% do PIB 
S4 Bancos e instituições não bancárias inferior a 0,1% 
S5 
Instituições não bancárias com perfil 
de risco simplificado 
inferior a 0,1% 
* O porte das instituições é medido pela razão da exposição total ou do ativo total em relação 
ao PIB. 
** Para fins didáticos, o termo bancos compreende: bancos múltiplos, bancos comerciais, 
bancos de investimento, bancos de câmbio e Caixa Econômica Federal (CEF). 
Fonte: BCB 
Parte do nosso trabalho será especificar as principais regras para cada segmento, nos termos do 
que está no edital. 
 
4 ACORDOS DE BASILÉIA PARA SUPERVISÃO BANCÁRIA 
Os Acordos de Basileia são daqueles assuntos que raramente aparecem no edital, e mais raros 
ainda de serem cobrados. Por isso, nossas questões são um pouco escassas, especialmente para 
a versão mais recente do acordo. 
A cobrança nas questões é basicamente de dois tipos: os objetivos e as exigências dos acordos, 
com a banca muitas vezes, por exemplo, atribuindo uma exigência do acordo X ao acordo Y 
(estando errada, portanto). 
Por isso, concentre sua atenção no que foi definido na primeira versão do acordo, e depois nas 
diferenças trazidas pelas demais versões. 
Eu já adiantei que o mais importante é você saber o que é definido em cada versão dos acordos 
de basileia. Isso, naturalmente, levanta algumas perguntas: 
• O que é “Basileia”? 
• Quem participa desses acordos? 
• Sobre o que eles tratam? 
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• Por que tem várias versões? 
E começamos respondendo essas, ainda que de forma preliminar, para que você tenha um bom 
panorama antes de aprofundarmos. 
Basileia é uma (linda) cidade na Suíça. Mas calma! Essa não é a resposta que você busca... 
No contexto desta aula (e das questões sobre o assunto), quando falamos em “Basileia”, estamos 
nos referindo ao Comitê de Basileia. 
O Comitê de Basileia para Supervisão Bancária (BCBS – Basel Committee on Banking Supervision, 
na sigla em inglês) é um fórum internacional para discussão e formulação de recomendações 
para a regulação prudencial e cooperação para supervisão bancária. 
Os membros desse comitê são autoridades monetárias (bancos centrais) e supervisoras de 28 
jurisdições. Utilizamos “jurisdições” em vez de “países” por causa da Zona do Euro, que possui 
uma autoridade monetária única, mas não é errado falar em países. 
O Comitê foi criado no âmbito do Banco de Compensações Internacionais (Bank for International 
Settlements – BIS), cuja sede fica em Basileia, e daí veio o nome. 
O objetivo do comitê é reforçar a regulação, a supervisão e as melhores práticas bancárias 
para a promoção da estabilidade financeira. 
Portanto, ele faz recomendações para os países que visam harmonização da regulação 
prudencial (regulação que visa evitar problemas) adotadas pelos seus membros, com objetivo 
de melhorar também a competição entre os bancos internacionalmente ativos. 
Essas recomendações tomam a forma de Acordos, que são compostos por princípios essenciais 
para supervisão bancária eficaz, padrão utilizado internacionalmente para avaliação da eficácia 
da supervisão bancária de um país. 
Na prática, funciona mais ou menos assim: o comitê define princípios a serem seguidos pelos 
reguladores e supervisores do setor bancário dos países. No Brasil, essa entidade é o Banco 
Central do Brasil, junto com o Conselho Monetário Nacional. 
Assim, o BCB e o CMN podem adotar os princípios e exigir que os bancos brasileiros cumpram 
uma série de regras visando à estabilidade financeira. 
Portanto, não há obrigatoriedade de adoção, mas ao não adotar os princípios, o país fica de fora 
dos padrões internacionais, e isso pode dar uma percepção muito ruim. 
E, para responder à última pergunta, há várias versões dos acordos porque o sistema financeiro 
está em constante mudança, causada tanto pelas inovações quanto pelas crises que afetam o 
setor. Por isso, os princípios são revisados e renovados, gerando novas versões a serem adotadas 
(ou não) pelos países participantes. 
 
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4.1 Basileia I 
O acordo conhecido como Basileia I foi definido em 1988. 
Ele fazia recomendações de exigências mínimas de capital para as instituições financeiras 
internacionalmente ativas para fins de mitigação do risco de crédito. Vamos lembrar: 
RISCO DE CRÉDITO 
É a possibilidade de uma operação de crédito não ser honrada pelo tomador, 
gerando perdas para o credor. 
Ou seja, os bancos passaram a ter que “separar e guardar um dinheiro” (capital) para arcar com 
os eventuais calotes de seus clientes e demais consequências do risco de crédito. 
Assim, foi definida a quantidade de capital que a instituição deve manter provisionada, de acordo 
com o grau de risco de cada operação ativa realizada (quando o banco concede um empréstimo, 
trata-se de uma operação ativa). 
Quanto maior o risco, maior a necessidade de provisionamento de capital pela instituição. 
Esse requerimento de capital é um percentual: o famoso Índice de Basileia, calculado de acordo 
com o grau de exposição da instituição financeira. 
Ainda teremos uma parte da aula na qual aprofundaremos as exigências de capital e o Índice de 
Basileia, mas ele é basicamente uma relação entre o capital (dinheiro que ela possui) e os ativos 
(dinheiro que ela emprestou) da instituição financeira, ponderados pelos seus riscos, com o 
objetivo de criar exigências mínimas de capital para instituições financeiras como forma de fazer 
face ao risco de crédito. 
Em 1996, essas recomendações foram aprimoradas com a incorporação de requerimentos para 
a cobertura dos riscos de mercado no capital mínimo exigido das instituições financeiras. 
Lembrando: 
RISCO DE MERCADO 
 
Definido como a possibilidade de perdas decorrentes de oscilações em 
variáveis macroeconômicas, como câmbio, juros, preços de ações, entre outros. 
Sendo assim, perceba que inicialmente o capital era apenas para o “risco de crédito”, enquanto 
o “risco de mercado” foi adicionado apenas na revisão de 1996,ainda no âmbito do acordo de 
Basileia I. 
Note também que o risco de mercado é algo que independe do tomador e do próprio credor. 
Se o indivíduo deixa de pagar um empréstimo porque ficou desempregado, é risco de crédito, 
mas se o banco me emprestou para eu pagar em dólar e o dólar perde muito valor, o banco tem 
prejuízos decorrentes de risco de mercado. 
Celso Natale
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4.2 Basileia II 
Basileia II entrou em vigor em 2004, como uma revisão do primeiro acordo. 
Foram agregados à exigência de capital prudencial 25 princípios para avaliação mais precisa 
dos riscos incorridos por instituições financeiras internacionalmente ativas. 
Falaremos sobre esses princípios adiante, já que são muito e podem ser compreendidos – e, 
portanto, cobrados – de forma apartada. 
A segunda versão do acordo também detalhou 3 pilares para a regulação prudencial: 
1. Critérios para o cálculo dos requerimentos mínimos de capital. 
2. Princípios de supervisão para a revisão de processos internos de avaliação da adequação de 
capital. 
3. Incentivo à disciplina de mercado por meio de requerimentos de divulgação ampla de 
informações relacionadas aos riscos assumidos pelas instituições. 
Uma importante evolução em relação ao Basileia I foi o avanço de uma regulação elaborada de 
uma forma uniforme para todas as instituições para outra baseada na autorregulação 
incentivando as instituições a controlarem seus próprios riscos, algo bastante evidente no pilar 
3, além da previsão do risco operacional. 
Uma definição resumida do risco operacional: 
RISCO OPERACIONAL 
 
Definido como a possibilidade de perdas decorrentes de falhas humanas ou 
fraudes. 
Aproveitamos para ver os três pilares com maior nível de detalhamento. 
 
4.2.1 Os três pilares de Basileia II 
Pilar 1 – requerimentos mínimos de capital 
o além dos riscos de crédito e de mercado, inclui o risco operacional, definido como a 
possibilidade de perdas decorrentes de falhas ou fraude; 
o inclui novas formas de cálculo que incluem modelos internos de avaliação de risco; 
o inclui requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência, de Nível I e Capital 
Principal. 
Pilar 2 – revisão dos processos internos de avaliação da adequação de capital 
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o incentiva a aplicação, pelos próprios supervisionados, de melhores práticas de 
gerenciamento de riscos por meio do seu monitoramento e mitigação; 
o os supervisores devem avaliar a forma como as instituições calculam o capital exigido 
e intervir quando necessário; 
o inclui riscos não cobertos no Pilar 1. 
Pilar 3 – disciplina de mercado 
o regras que promovam maior transparência de informações sobre o perfil de riscos e 
os níveis de capital; 
o padronização de procedimentos contábeis e divulgação das informações; 
o promover a autorregulação. 
 
4.3 Basileia III 
Basileia III, de 2010, surgiu em resposta à crise financeira internacional de 2008. 
O objetivo é o fortalecimento das capacidades de as instituições financeiras absorverem 
choques provenientes do próprio sistema financeiro ou dos demais setores da economia, 
reduzindo o risco de propagação de crises financeiras para a economia real, bem como 
eventual efeito dominó (risco sistêmico) no sistema financeiro em virtude de seu agravamento. 
As principais inovações e componentes fortalecidos foram: 
o elevação da quantidade e da qualidade do capital regulatório; 
o aumento dos níveis de requerimento de capital; 
o aperfeiçoamento dos fatores para a ponderação de ativos pelo risco; 
o introdução de colchões de capital (também chamados de buffers) de conservação e 
contracíclicos; 
o novos requerimentos de liquidez e de alavancagem; 
o requisitos prudenciais para as instituições sistêmicas. 
O Brasil iniciou a implementação do Acordo em 2013, e segue em andamento para adesão 
completa. 
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4.4 Princípios fundamentais de Basiléia 
Além das recomendações, o Comitê de Basileia divulga princípios essenciais para supervisão 
bancária eficaz (Basel core principles), padrão utilizado internacionalmente para avaliação da 
eficácia da supervisão bancária de um país. 
Incialmente eram 25 princípios, mas foram feitas alterações em 2012 e, atualmente, são 29 
princípios divididos em 2 grupos: 
• poderes de supervisão (princípios 1 a 13) e 
• regulação prudencial (princípios 14 a 29). 
Os princípios apresentam poderes que os supervisores devem ter para conferir segurança e 
solidez ao sistema financeiro. 
A atualização foi feita incorporando lições da crise do subprime e outros avanços regulatórios 
ocorridos após a publicação original. Os novos princípios estão relacionados à governança 
corporativa, divulgação e transparência. 
 
 
• Introduzidas exigências de capital mínimo para as instituições financeiras, em 
função do risco de suas operações ativas (Índice de Basileia).
• Em revisão, foi incluída exigência para o risco de mercado.
Basileia I (1988)
• Introdução dos 3 pilares: requerimentos mínimos de capital; supervisão dos 
processos internos da adequação de capital; disciplina de mercado.
• Introdução de tratamento para risco operacional.
Basileia II (2004)
• Reforço da qualidade e da quantidade do capital regulatório a fim absorver 
perdas não esperadas e reduzir o impacto de crises financeiras sobre os 
demais setores da economia.
Basileia III (2010)
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PODERES DE SUPERVISÃO, RESPONSABILIDADES E FUNÇÕES (1 a 13) 
1. Responsabilidades, objetivos e poderes 
• Responsabilidades e objetivos claros para cada autoridade envolvida na supervisão 
de bancos e grupos bancários. 
• As autoridades com poder de supervisão devem autorizar bancos, conduzir a 
supervisão, verificar o cumprimento das leis e executar ações corretivas 
tempestivamente. 
2. Independência, prestação de contas, recursos e proteção legal para supervisores 
• Os supervisores devem ter independência operacional, processos transparentes, 
boa governança e recursos adequados. 
• Não deve haver interferência governamental ou do mercado que comprometa a 
independência do supervisor. 
3. Cooperação e colaboração 
• Cooperação e colaboração com as autoridades domésticas relevantes e com os 
supervisores estrangeiros. 
• Necessidade de proteger informações confidenciais. 
4. Atividades permitidas 
• Definição clara das atividades dos supervisionados. 
• Controle do uso do nome “banco” pelas instituições. 
5. Critérios de licenciamento 
• O supervisor deve ter poder para definir critérios e rejeitar pedidos de autorização 
e funcionamento que não os atendam. 
• O processo de licenciamento deve consistir, no mínimo, em uma avaliação da 
estrutura de propriedade e de governança, incluindo a propriedade dos membros 
do conselho e gestores dos níveis mais altos, além da sua estratégia e plano de 
operação, controles internos, gestão de riscos e condição financeira projetada. 
• Onde o controlador for um banco estrangeiro, deve haver um consentimento 
prévio do supervisor do seu país de origem. 
6. Transferência de propriedade significativa 
• O supervisor deve ter o poder de rever, rejeitar ou impor condições para propostas 
de transferência de propriedade significativa ou de participação em controladas. 
7. Principais aquisições 
• O supervisor deve ter poder para aprovar, rejeitar o impor condições para 
aquisições ou investimentode bancos. 
8. Abordagem de supervisão 
• O supervisor deve manter um olhar prospectivo do perfil de risco dos bancos, 
proporcionado pelo seu risco sistêmico. 
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• Identificar, avaliar e enfrentar os riscos emanados pelos bancos e pelo sistema 
bancário como um todo. 
• Deve ter meios para agir, em parceria com outras autoridades, para liquidar bancos 
de uma maneira ordenada caso eles se tornem inviáveis. 
9. Técnicas e ferramentas de supervisão 
• Extensão apropriada de técnicas e ferramentas de supervisão e aplicação de 
recursos em base proporcional ao perfil de risco e importância sistêmica dos 
bancos. 
10. Relatórios de supervisão 
• Supervisor coleta, revisa e analisa relatórios prudenciais e análises estatísticas 
enviadas pelos bancos. 
11. Poderes corretivos e sancionatórios dos supervisores 
• O supervisor deve agir tempestivamente para coibir práticas inseguras ou ilegais. 
• O supervisor deve possuir competência para revogar a licença de um banco ou 
para recomendar a sua revogação. 
12. Supervisão consolidada 
• Aplicação de padrões prudenciais para todos os aspectos dos negócios 
conduzidos pelo mundo pelo grupo bancário. 
13. Relacionamentos “home-host” 
• O texto original fala em relacionamento “home-host”, o que está relacionado aos 
bancos internacionalmente ativos, e significa o relacionamento entre o supervisor 
do país sede do banco e o supervisor do país em que ele está hospedado. Por 
exemplo, para um banco espanhol que atua no Brasil, seria o relacionamento entre 
o supervisor da Espanha (home) e o supervisor do Brasil (host). 
• Os supervisores devem requerer que as operações locais dos bancos estrangeiros 
sejam conduzidas nos mesmos padrões das dos bancos domésticos. 
REGULAMENTOS E REQUISITOS PRUDENCIAIS (14 a 29) 
14. Governança corporativa 
• Os bancos devem possuir políticas robustas de governança corporativa e de 
cobertura de processos. 
15. Processo de gerenciamento de risco 
• Os bancos devem identificar, medir, avaliar, monitorar, reportar e controlar ou 
mitigar todos os riscos materiais em base oportuna e avaliar a adequação do seu 
capital e da sua liquidez em relação ao seu perfil de risco e às condições de 
mercado e macroeconômicas. 
16. Adequação de capital 
• O supervisor define níveis de requerimento de capital prudentes e apropriados, 
que reflitam os riscos tomados. 
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• O supervisor define os componentes do capital, tendo em mente sua capacidade 
de absorver perdas. 
• O supervisor pode determinar quantidades adicionais de capital, acima do índice 
normal. 
17. Risco de crédito 
• Os bancos devem ter um adequado processo de gerenciamento de risco, que leva 
em consideração o apetite de risco, o perfil de risco e as condições 
macroeconômicas e de mercado. 
• O ciclo completo de crédito deve ser coberto, incluindo a subscrição do crédito, a 
avaliação de crédito e a posterior gestão das carteiras de crédito e de investimento 
do banco. 
18. Ativos problemáticos, provisões e reservas 
• Os bancos devem ter políticas e processos adequados para a identificação 
tempestiva de ativos problemáticos e manutenção de provisões e reservas em 
níveis adequados. 
19. Risco de concentração e limites de grande exposição 
• Os bancos devem ter políticas e processos adequados para identificar, medir, 
avaliar, monitorar, relatar e controlar ou mitigar os riscos de concentração 
tempestivamente. 
• Os supervisores devem determinar limites prudenciais para restringir a exposição 
dos bancos a contrapartes isoladas ou a grupos de contrapartes conectadas. 
20. Transações com partes relacionadas 
• Prevenir abusos em transações com partes relacionadas e enfrentar o risco de 
conflito de interesses. 
21. Risco-país e riscos de transferências 
• Tanto o risco-país quanto os riscos de transferências em empréstimos 
internacionais e atividades de investimento devem ser controladas e mitigados 
pelos bancos tempestivamente. 
• Risco-país – riscos de exposição a perdas relacionados ao país. O conceito é mais 
amplo do que o risco soberano, incluindo a cobertura de todos os riscos 
relacionados a atividades de financiamento e investimento. 
• Risco de transferência – risco de que o devedor não consiga converter a moeda 
local em moeda estrangeira e com isso esteja impedido de realizar os pagamentos 
dos serviços da dívida em moeda estrangeira. 
22. Riscos de mercado 
• Os bancos devem ter um processo adequado de gestão do risco de mercado, que 
leva em conta tanto o seu apetite de risco, como seu como perfil de risco e as 
condições de mercado e macroeconômicas, bem como o risco de significante 
deterioração da liquidez do mercado. 
23. Risco de taxa de juros na carteira bancária 
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• Deve considerar o risco que a variação da taxa de juros pode acarretar sobre a 
carteira, levando em consideração o apetite de risco do banco seu perfil de risco e 
as condições do mercado e macroeconômicas. 
24. Risco de liquidez 
• O supervisor deve definir níveis de liquidez prudentes e apropriados os quais 
incluem tanto requerimentos quantitativos quanto qualitativos, o que deve refletir 
as necessidades de liquidez do banco. 
• Devem ser utilizados testes de estresse para ajustar as estratégias de 
gerenciamento do risco de liquidez. 
25. Risco operacional 
• O Comitê define risco operacional como o risco de perdas resultantes de processos 
internos falhos ou inadequados ou de eventos externos. A definição inclui o risco 
legal, mas exclui os riscos estratégicos e de reputação. 
• Os bancos devem possuir políticas e processos de tecnologia de informação 
adequados, que assegurem a integridade de dados e do sistema. 
26. Controle interno e auditoria 
• Os bancos devem manter o ambiente de controle adequado ao seu perfil de risco. 
• Deve haver segregação de atividades e claras definições de autoridade e 
responsabilidade. 
• A auditoria interna deve ter independência. 
• As funções de compliance devem testar a aderência dos controles, bem como a 
aplicação das leis e regulações. 
27. Relatórios financeiros e auditoria externa 
• As demonstrações financeiras devem ser preparadas em conformidade com as 
políticas e práticas contábeis aceitas internacionalmente. 
• Anualmente devem ser publicadas informações que reflitam a situação financeira e 
o desempenho da instituição. 
• Os relatórios devem possuir a opinião de um auditor externo independente. 
28. Divulgação e transparência 
• Os bancos devem publicar regularmente informações em bases consolidadas e, 
quando apropriado, em bases isoladas que sejam facilmente acessíveis e reflitam 
fidedignamente suas condições financeiras, desempenho, exposição a riscos, 
estratégias de gestão de risco e políticas e processos de governança corporativa. 
29. Abuso de serviços financeiros 
• Os bancos devem promover padrões éticos e profissionais no setor financeiro e 
prevenir que que sejam usados, intencionalmente ou não, para a prática de 
atividades criminosas. 
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• Os bancos devem possuir controles e sistemas suficientes para prevenir, identificar 
e reportar potenciais abusos de serviços financeiros, incluindo lavagem de dinheiro 
e financiamento do terrorismo. 
• As leis devem garantir que um membro da administração do banco que reporte 
atividade suspeita não seja responsabilizado.5 REQUERIMENTO DE CAPITAL PRUDENCIAL 
Esse tópico da aula a gente vai cumprir rapidinho. Sabe por quê? 
Porque os tais padrões internacionais para requerimento de capital foram definidos em 
Basileia III, aquele acordo de 2010, que surgiu em resposta à crise de 2008. Lembra, né? 
Então, nosso trabalho, nesta parte da aula, é detalhar o que exatamente foi definido no acordo. 
Mas quero, só para garantir, esclarecer algumas coisas mais básicas. 
Afinal, o que significa “requerimento de capital”? 
De forma um tanto grosseira, mas adequada a essa etapa da aula, significa que o Banco Central 
exige que os bancos separem e deixem guardado um dinheiro para usar em caso de problemas. 
E se esses possíveis problemas foram grande$ ou mais prováveis, então precisa separar mais 
dinheiro. 
Eu disse que a definição é grosseira porque capital não é dinheiro (inclui outras coisas, como 
ações, derivativos, cotas), porque não é só o Banco Central que exige (no Brasil, também tem o 
CMN), e porque não são apenas os bancos que precisam cumprir a exigência, ou seja, outras 
instituições financeiras também precisam, conforme as regras que veremos. 
Está bem... olhando assim, a definição foi muito grosseira, mas já serviu para abrir sua mente para 
aquilo que vamos aprender nessa aula. E eu realmente precisava disso. 
Então, vamos deixar as coisas um pouquinho mais técnicas, e faremos isso já de acordo com 
Basileia III. 
Aliás, é um bom momento para você ter um panorama do que teremos nesta aula. 
Então, agora, iremos ver o que Basileia III tem a dizer sobre exigência de capital. Como você verá, 
o Comitê estabelecei diretrizes, ou seja, ele dá linhas gerais de como a autoridade financeira 
deve abordar o assunto com suas supervisionadas. 
Em seguida, vamos ver como, de fato, o Banco Central e o Conselho Monetário Nacional 
abordam o assunto, especialmente no que diz respeito às definições de capital. Dito de forma 
mais simples, a segunda parte da nossa aula tem a ver com entender que “tipo de capital vale”. 
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Por fim, na terceira parte, veremos quanto desse “capital que vale” é exigido, e que esse quanto 
sempre terá a ver com o tamanho da instituição e os tipos de operações que ela realiza, pois isso 
é o que define o risco que ela incorre. 
5.1 Basileia III e padrões de requerimento de capital 
O que levou à terceira versão do Acordo de Basileia você já sabe, né? Uma enorme crise que 
começou como financeira e local, mas tornou-se um pesadelo econômico global. Então, não 
vamos perder tempo lembrando sobre a Crise do Subprime. 
E o negócio é que: 
O Comitê de Basileia buscou aumenta a resiliência do setor bancário ao fortalecer o arcabouço 
de capital regulatório, aprimorando os três pilares de Basileia II (requisitos mínimos de capital, 
supervisão e disciplina de mercado). 
Essas reformas elevaram tanto a qualidade quanto a quantidade da base de capital regulatório 
e aprimoram a cobertura de riscos do modelo de capital. Ou seja, embora Basileia II já previsse 
requerimentos de capital, Basileia III prevê mais capital, e capital melhor, e logo você entenderá 
o que significar “melhor”. 
Essas medidas são sustentadas por uma taxa de alavancagem que atua como uma salvaguarda 
para as medidas de capital baseadas em risco, com o objetivo de limitar a alavancagem excessiva 
no sistema bancário e oferecer uma camada adicional de proteção contra erros de modelo e de 
medição. 
Ah, não sabe exatamente o que significa taxa de alavancagem? Explico. 
ALAVANCAGEM 
 
Alavancagem, no contexto financeiro e bancário, refere-se ao uso de dívida (ou 
capital emprestado) para aumentar a capacidade de investimento de uma 
empresa ou instituição financeira. O conceito também pode ser aplicado a 
investimentos individuais. 
O objetivo da alavancagem é ampliar os retornos potenciais de um investimento. 
No entanto, ela também aumenta os riscos, pois enquanto os retornos sobre os 
investimentos podem ser amplificados, as perdas também são intensificadas se 
os investimentos não performarem como esperado. 
No caso dos bancos, a alavancagem é frequentemente expressa como uma 
proporção entre o capital próprio do banco (seu capital acionário) e o total de 
ativos (que incluem os empréstimos concedidos). 
Uma alta alavancagem significa que o banco está usando uma grande 
quantidade de dívida em relação ao seu capital próprio para financiar suas 
operações e investimentos. Isso pode aumentar a rentabilidade em tempos de 
condições econômicas favoráveis, mas também pode levar a grandes perdas em 
tempos desfavoráveis, aumentando o risco de insolvência. 
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Por exemplo, um banco que possui capital de R$10 bilhões e tem empréstimos 
de R$50 bilhões, tem uma alavancagem de 5 vezes. 
Em resposta à crise financeira de 2008, normas internacionais, como Basileia III, 
foram desenvolvidas para limitar a alavancagem dos bancos, a fim de reduzir o 
risco sistêmico e aumentar a estabilidade financeira global. 
Sendo assim, você deve lembrar que o Índice de Basileia (IB) é uma espécie de cálculo de 
alavancagem, já que ele é calculado, de forma muito simplificada (adiante, iremos entender 
como esse cálculo ocorre, de fato): 
𝐼𝐵 =
𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠
 
O Comitê implementou elementos macroprudenciais no modelo de capital para ajudar a conter 
os riscos sistêmicos decorrentes da prociclicidade e da interconexão das instituições financeiras. 
Prociclicidade significa, basicamente, o seguinte: é uma situação ou estado de coisas em que 
quando as coisas vão bem, elas tendem a ficar melhores. Mas quando vão mal, elas tendem a 
ficar piores. 
Claro, precisamos refinar essa definição. 
Prociclicidade pode ser entendida como a tendência de uma variável econômica específica de 
se mover em paralelo com a situação econômica geral e suas fases cíclicas. Quando a economia 
está em um período de crescimento, essa variável ou setor econômico também tende a expandir, 
reforçando assim o padrão cíclico do crescimento econômico. Inversamente, em períodos de 
desaceleração econômica, essa mesma variável pode intensificar a queda, contribuindo para 
agravar uma recessão, devido ao aumento do medo de riscos e à queda na confiança dos 
participantes do mercado. 
Nesse sentido, o requerimento de capital tendia a aumentar em situações de crescimento 
econômico e tranquilidade, e diminuir bem quando seria mais necessário: no momento de crise. 
Mas logo entenderemos como essa questão é endereçada. 
De forma geral, portanto, podemos elencar que os padrões internacionais trazidos por Basileia 
III envolvem: 
1. Aumento da qualidade, consistência e transparência da base de capital; 
2. Aumento da cobertura de risco 
3. Complemento do requisito de capital baseado no risco com uma taxa de alavancagem; 
4. Redução da prociclicidade e promoção de colchões contracíclicos; 
5. Foco no risco sistêmico e interconectividade. 
E são esses itens que iremos aprofundar. 
Mas, antes, uma questão para ver se você está esperto. 
 
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(INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito das normas e procedimentos do Comitê de Basileia, julgue o item subsequente. 
O Índice de Basileia (IB) é calculado como a razão entre os ativos totais e o capital da instituição 
financeira. Essa medida fornece uma avaliação simplificada da alavancagem, sendo uma 
ferramenta essencial para limitar o risco sistêmico.2 
5.1.1 Qualidade, consistência e transparência da base de capital 
Basileia III definiu como crítico que as exposições a riscodos bancos sejam cobertas por 
capital de alta qualidade. 
A crise demonstrou que as perdas de crédito e as provisões são amortizadas por lucros retidos, 
que fazem parte da base de capital dos bancos. Ou seja, os bancos usam os lucros que não foram 
distribuídos para fazer frente às perdas de crédito. 
Revelou também a inconsistência na definição de capital entre jurisdições – ou seja, cada país 
definindo de forma diferente – e a falta de divulgação que teria permitido ao mercado avaliar e 
comparar plenamente a qualidade do capital entre instituições. 
Para melhorar esses aspectos, foram redefinidos os diferentes níveis de capital. 
Para começar, a forma predominante de capital nível 1 (ou tier 1) deve ser as ações ordinárias 
e lucros retidos. Esta norma é reforçada através de um conjunto de princípios que também 
podem ser adaptados ao contexto de sociedades que não por ações, para garantir que detêm 
níveis comparáveis de capital nível 1 de alta qualidade. 
As deduções ao capital e aos filtros prudenciais – ou seja, o que deve ser desconsiderado para 
fins de cumprimento – são harmonizadas internacionalmente. 
A frase a seguir virá cheia de termos técnicos, então leia com calma e veja a explicação na 
sequência. 
O restante da base de capital nível 1 deve ser composto por instrumentos subordinados, com 
dividendos ou cupons não cumulativos totalmente discricionários e sem data de vencimento nem 
incentivo para resgate. Deixe-me explicar. 
Instrumentos Subordinados: são um tipo de dívida ou título de crédito que 
possuem uma prioridade inferior no pagamento, em comparação com outras 
dívidas ou títulos da mesma entidade emissora. Isso significa que, em caso de 
falência ou liquidação da empresa emissora, os detentores de instrumentos 
subordinados são pagos depois de todos os credores de dívidas seniores ou não 
subordinadas. 
 
2 Comentários: A afirmação está invertida. O Índice de Basileia (IB) é calculado como a razão entre o capital e os ativos totais. 
Portanto, a resposta é Falsa. Gabarito: Errado 
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Dividendos ou cupons não cumulativos: se em um determinado período o 
dividendo ou cupom não é pago, ele não é acumulado para ser pago em 
períodos futuros. Isso significa que se a empresa não declara ou não paga 
dividendos (ou juros) em um ano, os detentores de dívida perdem o direito a 
esses pagamentos. 
 
Totalmente discricionários: aqui é mais simples, e significa que o emissor só 
paga dividendos ou cupons se quiser. Naturalmente, ele vai querer pagar para 
atrair investidores, mas se a situação “apertar”, como em uma crise, ele pode 
segurar um pouco os pagamentos. 
De forma geral, esses instrumentos de nível 1 trazem maior estabilidade, porque não têm data 
de vencimento e nem obrigação de pagar dividendos, o que é especialmente desejável em 
épocas de dificuldades financeiras. Ou seja, diante de uma crise, o capital de nível 1 não é 
afetado pela obrigatoriedade de pagar dividendos ou o principal por causa de vencimento. 
 
Passemos aos próximos níveis. 
Na verdade, o capital de nível 3, que seria apenas para cobrir riscos de mercado, foi eliminado, 
então não falaremos muito sobre ele, e os instrumentos de capital nível 2 também foram 
harmonizados, mas você verá como são determinados na prática. 
Finalmente, para melhorar a disciplina do mercado, a transparência da base de capital foi 
melhorada, exigindo-se divulgação de todos os elementos do capital. 
Padrão internacional de capital de 
alta qualidade (Nivel 1)
• Ações ordinárias e lucros retidos
• Instrumentos subordinados
• dividendos/cupons não 
cumulativos
• sem vencimento
• sem incentivo para resgate
• discricionários
Celso Natale
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Uma questãozinha para te manter afiado. 
(INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo 
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente. 
O capital de nível 3, destinado a cobrir riscos de mercado, foi mantido conforme as diretrizes de 
Basileia II.3 
 
5.1.2 Aumento da cobertura de risco 
Uma das lições da crise foi a necessidade de fortalecer a cobertura de risco do arcabouço de 
capital. A falha em capturar riscos significativos, tanto no balanço dos bancos quanto fora dele, 
bem como exposições relacionadas a derivativos, foi um fator desestabilizador durante a crise. 
Em resposta a essas deficiências, o Comitê concluiu uma série de reformas críticas no arcabouço 
de Basileia II. Essas reformas aumentaram os requisitos de capital para o livro de negociação 
(trading book) e exposições a securitizações complexas, uma fonte importante de perdas para 
muitos bancos internacionalmente ativos. 
Mas o que é trading book e securitizações complexas? 
 
 
 
 
 
3 Comentários: A afirmativa está equivocada. O capital de nível 3 foi eliminado em Basileia III, não sendo mantido. Afinal, a ideia 
é simplificar, né? [contém ironia] Gabarito: Errado 
Capitais de 
nível 1 e 2
Divulgação de 
todos os 
elementos do 
capital
Qualidade, 
consistência e 
transparência
Celso Natale
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TRADING BOOK E BANKING BOOK 
 
O "trading book" e o "banking book" são termos usados no setor bancário para 
descrever duas áreas distintas de atividades e de gestão de riscos de uma 
instituição financeira. Eles diferem principalmente no tipo de ativos que contêm 
e na forma como esses ativos são gerenciados: 
 
Trading Book 
 
Definição: O trading book de um banco inclui ativos que são adquiridos com a 
intenção de venda a curto prazo ou para lucrar com diferenças de preço a curto 
prazo. Isso inclui uma variedade de instrumentos financeiros, como ações, 
dívidas, derivativos e commodities. 
Gestão de Riscos: O foco está no gerenciamento do risco de mercado, que é o 
risco de perdas devido a movimentos adversos nos preços de mercado. Os 
bancos usam diferentes técnicas e modelos, como o Value at Risk (VaR), para 
medir e gerenciar esse risco. 
Regulação: As regulamentações de Basileia impõem requisitos específicos de 
capital para os ativos do trading book, refletindo seu nível de risco de mercado. 
 
Banking Book 
 
Definição: O banking book de um banco consiste em ativos e passivos que são 
mantidos pelo banco com a intenção de mantê-los até o vencimento. Estes 
incluem empréstimos, hipotecas, títulos de dívida e depósitos. 
Gestão de Riscos: O foco principal está no gerenciamento do risco de crédito, 
que é o risco de perdas devido ao não pagamento por devedores ou 
contrapartes. Os bancos também precisam gerenciar o risco de liquidez e o risco 
de taxa de juros associados a esses ativos e passivos. 
Regulação: Os requisitos regulatórios para o banking book são diferentes 
daqueles do trading book, focando mais no risco de crédito e na adequação de 
capital de longo prazo. 
 
A distinção entre trading book e banking book é fundamental para a 
regulamentação bancária, pois determina os requisitos de capital para diferentes 
tipos de ativos e passivos e influencia a maneira como os bancos gerenciam seus 
riscos. 
As regras de Basileia III, por exemplo, introduziram mudanças significativas na 
forma como os ativos do trading book são tratados para fins de cálculo de capital 
regulatório, enfatizando a necessidade de uma gestão de risco mais robusta e 
uma maior transparência. 
E essa tal de securitização? Vamos a mais um quadro. 
Celso Natale
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Securitização é um processo financeiro onde ativos que geram receitas, como 
empréstimos, hipotecas, ou recebíveis, são agrupados e transformados em 
títulos negociáveis que podem ser vendidos a investidores. O processo de 
securitização envolve a conversão de ativos ilíquidos (difíceis de transformar 
rapidamente em dinheiro) em ativos líquidos e negociáveis, proporcionando 
liquidez adicional aos emissores originais dos ativos. 
 
Aqui está um exemplo simplificado de securitização: 
 
Exemplo: Securitização de Hipotecas 
 
Originação dos Empréstimos: Um banco concede empréstimos hipotecários a 
vários clientes para a compra de casas. Estes empréstimos hipotecários são ativos 
para o banco, pois geram fluxos de caixa regulares na forma de pagamentos de 
juros e principal. Contudo, normalmente o banco leva muito tempo para receber 
esse dinheiro, pois financiamentos imobiliários podem durar décadas. 
 
Agrupamento dos Empréstimos: O banco decide securitizar estes empréstimos. 
Para isso, ele agrupa vários empréstimos hipotecários com características 
semelhantes (como taxa de juros, prazo de pagamento, classificação de crédito 
dos mutuários). 
 
Criação de um Veículo de Propósito Específico (VPE): O banco transfere os 
empréstimos hipotecários agrupados para um Veículo de Propósito Específico 
(VPE), uma entidade legal separada criada especificamente para a securitização. 
 
Emissão de Títulos: O VPE, então, emite títulos lastreados por esses empréstimos 
hipotecários. Estes títulos são vendidos a investidores. O dinheiro arrecadado 
com a venda dos títulos é usado para pagar o banco pelos empréstimos originais. 
 
Pagamentos aos Investidores: À medida que os mutuários originais fazem seus 
pagamentos de hipoteca, o VPE coleta esses pagamentos e os distribui aos 
detentores dos títulos, geralmente incluindo juros e parte do principal. 
 
Risco e Retorno: Os títulos são estruturados em diferentes tranches com 
diferentes níveis de risco e retorno. Tranches seniores têm prioridade nos 
pagamentos, mas oferecem taxas de juros mais baixas. Tranches subordinadas 
ou júnior assumem mais risco, mas oferecem taxas de juros mais altas. 
 
A securitização de hipotecas foi um dos focos centrais durante a crise financeira 
global de 2008, onde a queda na qualidade dos empréstimos hipotecários e a 
subsequente inadimplência levaram a perdas massivas para os detentores 
desses títulos securitizados. Este exemplo ilustra como a securitização funciona e 
também destaca a importância da qualidade dos ativos subjacentes e da 
transparência para os investidores. 
Celso Natale
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O tratamento aprimorado de Basileia 3 introduz um requisito de capital baseado em valor em 
risco (VaR) estressado4, baseado em um período contínuo de 12 meses de estresse financeiro 
significativo. 
Além disso, o Comitê introduziu requisitos de capital mais altos para as chamadas 
ressecuritizações, tanto no livro bancário quanto no de negociação. As reformas também elevam 
os padrões do processo de revisão supervisora do Pilar 2 e fortalecem as divulgações do Pilar 3. 
O Acordo também introduziu medidas para fortalecer os requisitos de capital para exposições 
de crédito de contraparte decorrentes das atividades de derivativos, repo (acordos de recompra) 
e financiamento de títulos dos bancos. 
Essas reformas aumentaram os colchões (buffers) de capital que respaldam essas exposições, 
buscando reduzir a prociclicidade e fornecendo incentivos adicionais para mover contratos de 
derivativos de balcão para contrapartes centrais, ajudando assim a reduzir o risco sistêmico em 
todo o sistema financeiro. Eles também fornecem incentivos para fortalecer a gestão de risco de 
exposições de crédito de contraparte. 
Para esse fim, o Comitê introduziu diversas reformas: 
a) Requisitos de Capital para Risco de Crédito de Contraparte: uso dados estressados 
para calcular o capital necessário para cobrir o risco de crédito de contraparte. Isso visa 
prevenir a subestimação de capital durante períodos de baixa volatilidade do mercado e 
diminuir a prociclicidade, integrando melhor a gestão de risco de mercado e de crédito 
de contraparte. 
b) Cobrança de Capital para Risco de Avaliação de Crédito (CVA): uma cobrança de 
capital para cobrir possíveis perdas associadas à piora na solvência de contrapartes. Isso 
aborda uma lacuna em Basileia II, que cobria o risco de default, mas não o risco de CVA. 
c) Fortalecimento da Gestão de Garantias e Margem Inicial: bancos com grandes 
exposições a derivativos ilíquidos para uma contraparte devem aplicar períodos de 
margem mais longos para calcular o capital regulatório, fortalecendo as práticas de gestão 
de risco de garantias. 
d) Abordagem do Risco Sistêmico em Mercados Derivativos: O Comitê apoiou esforços 
para estabelecer padrões robustos para infraestruturas de mercado financeiro, incluindo 
contrapartes centrais (CCPs). A capitalização das exposições bancárias a CCPs estará 
parcialmente baseada na conformidade com esses padrões. Exposições a CCPs que 
atendem a esses princípios terão um peso de risco baixo (2%), e as exposições ao fundo 
de default de CCPs terão requisitos de capital sensíveis ao risco. Isso incentiva os bancos 
a transferirem exposições para CCPs e aborda o risco sistêmico no setor financeiro, 
aumentando os pesos de risco em exposições a instituições financeiras. 
e) Elevação dos Padrões de Gerenciamento de Risco de Crédito de Contraparte: O 
Comitê elevou os padrões em várias áreas, incluindo o tratamento do risco de sentido 
 
4 Resumidamente, VaR é uma forma de estimar riscos. Mas não aprofundaremos aqui, pois é assunto 
para a matéria de Finanças. 
Celso Natale
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contrário, onde a exposição aumenta com a deterioração da qualidade de crédito da 
contraparte. 
Essas reformas visam fortalecer o sistema financeiro, aumentando a segurança e a estabilidade 
através de uma gestão de risco mais rigorosa e eficaz. 
Mas será que você prestou atenção? 
(INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Entre diversas medidas em resposta à crise do subprime em 2008, o Comitê de Basileia 
determinou o aumento da cobertura de risco. Nesse sentido, julgue a afirmativa seguinte. 
O tratamento aprimorado de Basileia 3 introduziu um requisito de capital baseado em valor em 
risco (VaR) estressado, baseado em um período contínuo de 12 meses de estresse financeiro 
significativo.5 
5.1.3 Complemento do requisito de capital e taxa de alavancagem 
Uma das características subjacentes à crise – e de crises anteriores – foi o acúmulo de 
alavancagem excessiva, tanto no balanço quanto fora dele, no sistema bancário. 
Durante a parte mais severa da crise, o setor bancário foi forçado pelo mercado a reduzir sua 
alavancagem de maneira que amplificou a pressão descendente sobre os preços dos ativos, 
exacerbando ainda mais o ciclo de feedback positivo entre perdas, declínio no capital bancário 
e a contração na disponibilidade de crédito. 
Explicando: durante a crise, os bancos precisaram reduzir seus empréstimos ao mesmo tempo 
em que vendiam seus ativos, reduzindo os preços dos ativos no mercado. 
Portanto, o Comitê introduziu um requisito de razão de alavancagem que tem como objetivos: 
• Conter a alavancagem no setor bancário, ajudando assim a mitigar o risco dos processos 
desestabilizadores de desalavancagem que podem prejudicar o sistema financeiro e a 
economia; e 
• Introduzir salvaguardas adicionais contra o risco de modelo e erro de medição, 
complementando a medida baseada em risco com uma medida de risco simples, 
transparente e independente. 
A razão de alavancagem é calculada de maneira comparável entre jurisdições (países), 
ajustando-se a quaisquerdiferenças nos padrões contábeis. O Comitê projetou a razão de 
alavancagem para ser uma medida suplementar crível ao requisito baseado em risco, com a visão 
de migrar para um tratamento do Pilar 1 baseado em revisão e calibração apropriadas. 
 
5 Comentários: A afirmativa está correta. Basileia III introduziu um requisito de capital baseado em VaR estressado para enfrentar 
situações de estresse financeiro. Portanto, a resposta é Verdadeira. Gabarito: Certo 
Celso Natale
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5.1.4 Redução da prociclicidade e promoção de colchões contracíclicos 
Um dos elementos mais desestabilizadores da crise foi a amplificação procíclica de choques 
financeiros no sistema bancário, nos mercados financeiros e na economia de uma forma mais 
ampla. 
A tendência dos participantes do mercado de se comportarem de maneira procíclica foi 
amplificada por diversos canais, incluindo padrões contábeis para ativos marcados ao mercado 
e empréstimos mantidos até o vencimento, práticas de margem e através do acúmulo e liberação 
de alavancagem entre instituições financeiras, empresas e consumidores. 
O Comitê de Basileia introduziu medidas para tornar os bancos mais resilientes a essas dinâmicas 
procíclicas. Essas medidas buscam garantir que o setor bancário sirva como um amortecedor de 
choques, em vez de um transmissor de riscos para o sistema financeiro e a economia em geral. 
Além da razão de alavancagem discutida anteriormente, o Comitê introduziu uma série de 
medidas para abordar a prociclicidade e aumentar a resiliência do setor bancário em tempos 
bons. 
Estas medidas têm os seguintes objetivos principais: 
• amortecer a ciclicidade excessiva do requisito mínimo de capital; 
• promover provisões mais voltadas para o futuro; 
• conservar capital para construir buffers em bancos individuais e no setor bancário que 
possam ser usados em períodos de estresse; e 
• alcançar o objetivo macroprudencial mais amplo de proteger o setor bancário de 
períodos de crescimento excessivo de crédito. 
Em relação à ciclicidade do requerimento mínimo de capital, o arcabouço de Basileia II havia 
elevado a sensibilidade ao risco e a cobertura do requisito de capital regulatório. De fato, uma 
das dinâmicas mais procíclicas foi a falha dos frameworks6 de gestão de risco e capital em 
capturar exposições-chave – como atividades de negociação complexas, ressecuritizações e 
exposições a veículos fora do balanço – antes da crise. 
O Comitê promoveu práticas de provisionamento mais robustas por meio de três iniciativas 
relacionadas: 
1. Primeiro, defendendo uma mudança nos padrões contábeis em direção a uma 
abordagem de perda esperada (EL, de expected loss). O Comitê apoia fortemente a 
iniciativa do IASB7 de adotar uma abordagem de EL. O objetivo é melhorar a utilidade e 
relevância da informação financeira para os interessados, incluindo os reguladores 
prudenciais. 
 
6 Framework é a estrutura de regras para determinado tema. No nosso caso, requerimento de capital. Também pode 
ser traduzido como “Arcabouço”, mas é importante conhecer o termo em inglês, pois ele é recorrente. 
7 Padrões Internacionais de Contabilidade 
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2. Em segundo lugar, atualizou suas orientações de supervisão para serem consistentes com 
a mudança para tal abordagem de EL. Tal abordagem vai ajudar os supervisores a 
promover práticas robustas de provisionamento sob a abordagem desejável de EL. 
3. Em terceiro lugar, abordou incentivos para provisionamento mais forte no arcabouço de 
capital regulatório. 
O Comitê introduziu um arcabouço para promover a conservação de capital e a construção de 
buffers adequados acima do mínimo que podem ser utilizados em períodos de estresse. 
No início da crise financeira, diversos bancos continuaram a realizar grandes distribuições na 
forma de dividendos, recompras de ações e pagamentos generosos de compensação, mesmo 
que sua condição financeira individual e a perspectiva para o setor estivessem se deteriorando. 
Grande parte dessa atividade foi impulsionada por um problema de ação coletiva, onde 
reduções nas distribuições eram percebidas como um sinal de fraqueza. No entanto, essas ações 
tornaram os bancos individuais e o setor como um todo menos resilientes. Muitos bancos logo 
retornaram à rentabilidade, mas não fizeram o suficiente para reconstruir seus buffers de capital 
para apoiar novas atividades de empréstimo. Consideradas em conjunto, essa dinâmica 
aumentou a prociclicidade do sistema. 
Para abordar essa falha de mercado, o Comitê introduziu um arcabouço que dará aos 
supervisores ferramentas mais robustas para promover a conservação de capital no setor 
bancário. 
A implementação do arcabouço por meio de padrões internacionalmente acordados de 
conservação de capital ajuda a aumentar a resiliência do setor diante de uma desaceleração 
econômica e fornece o mecanismo para a reconstrução de capital durante a recuperação 
econômica. 
Ou seja, a ideia é que os bancos acumulem capital prudencial durante períodos bons 
economicamente, em contraste com o que tínhamos anteriormente, quando as exigências eram 
reduzidas quando tudo ia bem. 
Agora, vamos falar sobre o crescimento excessivo de crédito. 
Durante a crise financeira, as perdas no setor bancário durante uma desaceleração, precedida 
por um período de crescimento excessivo de crédito, podem ser extremamente grandes. Tais 
perdas podem desestabilizar o setor bancário, o que pode desencadear ou agravar uma 
desaceleração na economia real. Isso, por sua vez, pode desestabilizar ainda mais o setor 
bancário. 
Afinal, as crises costumam vir depois de um período de exuberância econômica e elevado 
otimismo, quando os bancos emprestam acima do normal e, portanto, são pegos pela crise em 
uma situação mais vulnerável. E a vulnerabilidade do sistema financeiro contamina o lado real da 
economia, com falta de recursos para financiar a atividade produtiva, gerando desemprego, 
inflação e mais problemas... 
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Essas interligações destacam a importância particular de o setor bancário construir suas defesas 
de capital em períodos em que o crédito cresceu a níveis excessivos. A construção dessas 
defesas deve ter o benefício adicional de ajudar a moderar o crescimento excessivo de crédito. 
O Comitê de Basileia inseriu um regime que ajustará a faixa do buffer de capital, estabelecida 
pelo mecanismo de conservação de capital, quando houver sinais de que o crédito cresceu a 
níveis excessivos. O objetivo do buffer contracíclico é alcançar a meta macroprudencial mais 
ampla de proteger o setor bancário em períodos de crescimento excessivo de crédito agregado. 
Em outras palavras, os bancos devem criar um colchão de capital, que deve aumentar quando 
eles emprestam demais. 
De forma geral, a ideia é que as medidas para abordar a prociclicidade se complementem. 
As iniciativas de provisionamento focam no fortalecimento do sistema bancário contra perdas 
esperadas, enquanto as medidas de capital focam em perdas inesperadas. 
Por fim, o requisito de abordar o crescimento excessivo de crédito é fixado em zero em tempos 
normais e só aumenta durante períodos de disponibilidade excessiva de crédito. No entanto, 
mesmo na ausência de uma bolha de crédito, os supervisores esperam que o setor bancário 
construa um buffer acima do mínimo para se proteger contra choques severos plausíveis, que 
podem emanar de várias fontes. 
5.1.5 Risco sistêmico e interconectividade 
Enquanto a prociclicidade amplificou choques ao longo dotempo, a excessiva interconexão 
entre bancos sistemicamente importantes também transmitiu choques por todo o sistema 
financeiro e economia. 
Bancos sistemicamente importantes devem ter capacidade de absorção de perdas além dos 
padrões mínimos. Como parte deste esforço, o Comitê desenvolveu uma proposta de 
metodologia que compreende indicadores quantitativos e qualitativos para avaliar a importância 
sistêmica de instituições financeiras em nível global. 
O Comitê também está conduziu um estudo sobre a magnitude da absorção adicional de perdas 
que instituições financeiras globalmente sistêmicas devem ter, juntamente com uma avaliação 
do grau de absorção de perdas em situação de funcionamento normal que poderia ser fornecido 
pelos vários instrumentos propostos. A análise do Comitê também abrangeu medidas adicionais 
para mitigar os riscos ou externalidades associadas a bancos sistêmicos, incluindo sobretaxas de 
liquidez, restrições mais rígidas para grandes exposições e supervisão aprimorada. 
Várias das exigências de capital introduzidas pelo Comitê para mitigar os riscos decorrentes de 
exposições a nível de empresa entre instituições financeiras globais também ajudarão a abordar 
o risco sistêmico e a interconexão. Estas incluem: 
• incentivos de capital para bancos usarem contrapartes centrais para derivativos de balcão; 
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• requisitos de capital mais altos para atividades de negociação e derivativos, bem como 
securitizações complexas e exposições fora do balanço (por exemplo, veículos de 
investimento estruturado); 
• requisitos de capital mais altos para exposições entre o setor financeiro; e 
• a introdução de requisitos de liquidez que penalizam a dependência excessiva de 
financiamento interbancário de curto prazo para apoiar ativos de prazo mais longo. 
5.1.6 Padrão global de liquidez 
Requisitos de capital robustos são uma condição necessária para a estabilidade do setor 
bancário, mas por si só não são suficientes. 
Uma base de liquidez forte, reforçada através de padrões de supervisão robustos, é igualmente 
importante. Até Basileia III, no entanto, não existiam padrões harmonizados internacionalmente 
nesta área. O Comitê de Basileia, portanto, introduziu padrões globais de liquidez 
harmonizados internacionalmente. 
Assim como os padrões globais de capital, os padrões de liquidez estabelecem requisitos 
mínimos e promovem um campo de jogo nivelado internacionalmente para ajudar a prevenir 
uma “corrida competitiva para o fundo”. 
Durante a fase inicial da crise financeira, muitos bancos – apesar de níveis adequados de capital 
– ainda enfrentaram dificuldades porque não gerenciaram sua liquidez de maneira prudente. A 
crise reforçou a importância da liquidez para o funcionamento adequado dos mercados 
financeiros e do setor bancário. Antes da crise, os mercados de ativos estavam em alta e o 
financiamento estava facilmente disponível a baixo custo. 
A rápida reversão nas condições do mercado ilustrou como a liquidez pode evaporar 
rapidamente e que a iliquidez pode durar por um período prolongado. O sistema bancário 
sofreu um estresse severo, o que necessitou de ação do banco central para apoiar tanto o 
funcionamento dos mercados monetários quanto, em alguns casos, instituições individuais. 
As dificuldades enfrentadas por alguns bancos foram devidas a falhas nos princípios básicos de 
gerenciamento do risco de liquidez. Em resposta, como fundação de seu quadro de liquidez, o 
Comitê publicou em 2008 os Princípios para um Gerenciamento de Risco de Liquidez e 
Supervisão Sólidos. Esses Princípios fornecem orientações detalhadas sobre a gestão de risco e 
supervisão do risco de liquidez de financiamento e devem ajudar a promover um melhor 
gerenciamento de risco nesta área crítica, mas somente se houver implementação completa por 
bancos e supervisores. 
Para complementar estes princípios, o Comitê fortaleceu ainda mais seu quadro de liquidez ao 
desenvolver dois padrões mínimos para a liquidez de financiamento. Estes padrões foram 
desenvolvidos para alcançar dois objetivos separados, mas complementares. 
O primeiro objetivo é promover a resiliência de curto prazo do perfil de risco de liquidez de um 
banco, garantindo que ele tenha recursos líquidos de alta qualidade suficientes para sobreviver 
a um cenário de estresse agudo com duração de um mês. O Comitê desenvolveu a Taxa de 
Cobertura de Liquidez (LCR) – da qual falaremos adiante – para alcançar esse objetivo. 
Celso Natale
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O segundo objetivo é promover a resiliência em um horizonte de tempo mais longo, criando 
incentivos adicionais para que um banco financie suas atividades com fontes de financiamento 
mais estáveis de forma estrutural contínua. A Razão de Financiamento Estável Líquido (NSFR) 
tem um horizonte de tempo de um ano e foi desenvolvida para fornecer uma estrutura de 
maturidade sustentável de ativos e passivos. 
Estes dois padrões são compostos principalmente de parâmetros específicos que são 
internacionalmente “harmonizados” com valores prescritos. Certos parâmetros contêm 
elementos de discrição nacional para refletir condições específicas de jurisdição. Nestes casos, 
os parâmetros devem ser transparentes e claramente delineados nos regulamentos de cada 
jurisdição para fornecer clareza tanto dentro da jurisdição quanto internacionalmente. 
5.1.7 Taxa de Cobertura de Liquidez 
O LCR (de Liquidity Coverage Ratio, ou Taxa/Índice de Cobertura de Liquidez) visa promover 
resiliência a potenciais interrupções de liquidez em um horizonte de trinta dias. Faz sentido, né, 
quando você lembra que a questão de liquidez é sempre de curto ou curtíssimo prazo. 
Ele busca ajudar a garantir que bancos globais tenham ativos líquidos de alta qualidade e não 
onerados em quantidade suficiente para compensar os fluxos de caixa líquidos negativos que 
poderiam enfrentar em um cenário de estresse agudo de curto prazo. 
O cenário especificado é baseado em circunstâncias vivenciadas na crise financeira global que 
começou em 2007 e envolve choques específicos da instituição e sistêmicos. O cenário implica 
um estresse significativo, embora não seja um cenário de pior caso, e assume o seguinte: 
• Um rebaixamento significativo na classificação de crédito público da instituição; 
• Uma perda parcial de depósitos; 
• Uma perda de financiamento atacadista sem garantia; 
• Um aumento significativo nos descontos de financiamento garantido; e 
• Aumentos nas chamadas de colateral de derivativos e chamadas substanciais sobre 
exposições fora do balanço, tanto contratuais quanto não contratuais, incluindo 
facilidades de crédito e liquidez comprometidas. 
Os ativos líquidos de alta qualidade mantidos no estoque devem ser não onerados, líquidos em 
mercados durante um período de estresse e, idealmente, serem elegíveis para o banco central. 
(INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente. 
O LCR (Taxa de Cobertura de Liquidez) visa promover resiliência a potenciais interrupções de 
liquidez em um horizonte de um ano.8 
 
8 Comentários: A afirmativa está incorreta. O LCR (Taxa de Cobertura de Liquidez) visa promover resiliência a 
potenciais interrupções de liquidez em um horizonte de trinta dias, não um ano. Afinal, liquidez tem tudo a ver com 
curto ou curtíssimo prazo, lembra? Gabarito: Errado 
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5.2 Apuração e exigência do Patrimônio de Referência 
Acabamos de ver uma série de diretrizes estabelecidaspelo Comitê de Basileia no que diz 
respeito a requerimento de capital. 
O que faremos agora é ver como isso ocorreu, na prática, no Brasil. Ou seja, como é, de fato, que 
o Banco Central exige capital das instituições financeiras. 
Atualmente, isso está definido na Resolução CMN nº 4.955/2021, que já passou por duas 
alterações desde sua publicação. 
Naturalmente, veremos o que está vigente. 
Ou melhor, essa é a principal Resolução no que diz respeito a apuração de patrimônio de 
referência. Então observe bem a palavra “apuração”, porque isso indica que a Resolução 
4955/2021 só fala sobre quais tipos de instrumentos podem ser considerados capital, além de 
definir diferentes níveis de qualidade. 
Mas existe outra Resolução que vai determinar a exigência de capital (4.958/2021), e outra 
Resolução (4.606/2017) que trata sobre apuração e requerimento para instituições de menor 
risco ou complexidade. 
Veremos essas três resoluções em detalhes, mas considero importante que você já tenha um 
panorama desde já. 
 
A partir daqui, infelizmente, a aula fica um tanto árida, e só melhora quando terminarmos o 
capítulo 2. É assim porque as normas são muito detalhadas, cheias de termos técnicos e bastante 
complexas, e banca pode cobrar o que ela quiser. Meu papel é ponderar o custo X benefício de 
tudo que coloco no material, e buscar explicar da forma mais didática possível, sem renunciar à 
precisão técnica. E é isso que farei. 
O seu trabalho é dar seu máximo, combinado? Talvez lembrar do salário de +20k ajude... 
Então, vamos lá! 
 
 
Resolução
CMN nº 4.955/2021
Apuração de 
patrimônio de 
referência
Resolução
CMN nº 4.958/2021
Requerimento 
de capital
Resolução
CMN nº 4.606/2017
Apuração e 
requerimento 
de capital 
simplificados
Celso Natale
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5.3 Apuração do patrimônio de referência (PR) nível 1 e nível 2 
Como adiantei, a Resolução CMN nº 4.955/2021 vai tratar sobre a apuração do capital para 
instituições financeiras (IF). 
Esse capital cuja destinação é especificamente fazer frente aos riscos, conforme padrões 
internacionais estabelecidos no âmbito de Basileia, é chamado de patrimônio de referência 
(PR)9. 
Então, é como se a Resolução “falasse”: olha só, a gente precisa seguir padrões internacionais 
para sermos considerados um país com sistema financeiro sólido, e esse padrões determinam 
que A, B e C são capitais que podem ser chamamos de “patrimônio de referência”, capital bom 
para fazer frente aos riscos, sabe?... ah, e tem mais: alguns desses capitais são melhores que os 
outros.” 
A Resolução não vai falar quanto desses capitais – ou patrimônio de referência – cada IF precisa 
ter. Isso é com outra resolução. 
Pois bem! A 4.595/2021 se aplica às instituições financeiras e demais instituições autorizadas a 
funcionar pelo Banco Central do Brasil. 
Mas não se aplica a: 
• Instituições Financeiras menores, que podem utilizar uma metodologia simplificada; 
• Administradoras de Consórcios; 
• Instituições de Pagamento. 
Afinal, essas instituições, dada a natureza de seus negócios, oferecem pouco risco sistêmico. 
Mas, como você pode imaginar, essas entidades também têm regras próprias sobre o tema, e 
veremos algumas delas ainda nesta aula. 
Mas voltando ao assunto. 
A Resolução define que há capitais de diferentes qualidades que podem ser considerados PR, 
divididos em Nível I e Nível II, sendo o Nível I considerado melhor. Além disso, o PR de Nível I 
é dividido em Capital Principal e Capital Complementar. Fica assim: 
 
 
9 Antigamente, era comum chamar o PR de PLA (Patrimônio Líquido Ajustado), mas hoje o termo utilizado 
é mesmo PR. 
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Ou, então: 
PR = N1 + N2 
N1 = CP + CC 
Pois bem, nosso trabalho agora será conhecer os detalhes sobre a apuração de cada um desses 
tipos de capital. 
Mas antes de começarmos, convém compreendermos alguns termos que serão bastante 
repetidos nesta aula. Estou falando de subsidiária, controlador e conglomerado. 
A ideia por trás de todos esses termos é simples: não adiante nada exigir capital de, digamos, o 
Banco Múltiplo Coruja S.A., e não olhar o que está acontecendo com o Coruja Plus Banco de 
Investimento S.A., sendo que as empresas fazem parte do mesmo grupo, ou melhor, 
conglomerado. 
De acordo com o Banco Central, há dois tipos de conglomerado: 
• Conglomerado financeiro: conjunto de entidades financeiras localizadas no país ou no 
exterior vinculadas por: 
o participação acionária majoritária, direta ou não; 
o controle operacional efetivo; ou 
o direitos de sócios preponderantes em tomadas de decisões. 
As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central 
que fazem parte de um conglomerado financeiro apresentam suas demonstrações 
contábeis de maneira consolidada, como se em conjunto representassem uma única 
entidade. 
• Conglomerado prudencial: é mais amplo, incluindo, além das instituições pertencentes 
ao conglomerado financeiro: 
o as administradoras de consórcio; 
o as instituições de pagamento; 
o as sociedades que realizam aquisição de operações de crédito, inclusive imobiliário 
ou de direitos creditórios; 
o outras pessoas jurídicas sediadas no país que tenham por objeto social exclusivo a 
participação societária nas entidades acima mencionadas; 
Patrimônio de 
Referência PR
Nível I
Capital 
Principal
Capital 
Complementar
Nível II
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o os fundos de investimento nos quais as entidades integrantes do conglomerado 
prudencial assumam ou retenham substancialmente riscos e benefícios. 
Portanto, como estamos falando de normas prudenciais, quando falarmos em “conglomerado”, 
estaremos nos referindo ao conglomerado prudencial. 
E isso nos leva aos outros dois termos: 
• Controlador: é a instituição líder do conglomerado, que detém o controle sobre as 
demais. 
• Subsidiária: é a entidade participante de conglomerado, à exceção da instituição líder. 
Apenas para isso ficar menos abstrato, vou mostrar um exemplo real do conglomerado 
prudencial do Banco do Brasil. Mas não se preocupe: é apenas para ilustrar, com fins didáticos, 
e a banca não vai perguntar “o nome das empresas do conglomerado X”. 
CNPJ Nome Condição 
31.546.476 BB-LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTIL PARTICIPANTE 
30.822.936 BB GESTÃO DE RECURSOS - DISTRIBUIDORA DE 
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS S.A. 
PARTICIPANTE 
00.000.000 BANCO DO BRASIL S.A. LIDER/HOLDING 
24.933.830 BB-BANCO DE INVESTIMENTO S/A PARTICIPANTE 
6.043.050 BB ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS S.A. PARTICIPANTE 
5.437.257 ATIVOS S.A. SECURITIZADORA DE CREDITOS 
FINANCEIROS 
PARTICIPANTE 
31.591.399 BB ADMINISTRADORA DE CARTOES DE CREDITO S A PARTICIPANTE 
40.041.316 FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPACOES 
AGVENTURES II - MULTIESTRATEGIA INVESTIMENTO 
NO EXTERIOR 
PARTICIPANTE 
43.102.544 BB IMPACTO ASG I FUNDO DE INVESTIMENTO EM 
PARTICIPACOES MULTIESTRATEGIA INVESTIMENTO 
NO EXTERIOR 
PARTICIPANTE 
43.985.691 BB VENTURES I FUNDO DE INVESTIMENTO EM 
PARTICIPACOES MULTIESTRATEGIA - INVESTIMENTO 
NO EXTERIOR 
PARTICIPANTE 
44.770.267 FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS 
- BANCOS EMISSORES DE CARTÃO DE CRÉDITO V 
PARTICIPANTE 
47.372.576 BB ACOES SELECAO FATORIAL FUNCI FUNDO DE 
INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE 
INVESTIMENTO 
PARTICIPANTE 
47.372.540 BB MULTIMERCADO MULTIESTRATEGIA LONGO 
PRAZO FUNCI FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS 
DE FUNDO DE INVESTIMENTO 
PARTICIPANTE 
Celso Natale
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47.388.308 BB MULTIMERCADO BRL ALLSPRING CLIMATE 
TRANSITION IS INVESTIMENTO NO EXTERIOR FUNDO 
DE INVESTIMENTO 
PARTICIPANTE 
47.388.362 BB ACOES BRL PICTET GLOBAL ENVIRONMENTAL 
OPPORTUNITIES IS IE FUNDO DE INVESTIMTO 
PARTICIPANTE 
48.349.314 BB ACOES BRL GLOBAL X SUPERDIVIDENDOS FUNDO 
DE INVESTIMENTO EM ACOES - BDR ETF NIVEL I 
PARTICIPANTE 
48.400.645 BB MULTIMERCADO HIGH ALPHA LONGO PRAZO 
FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDO DE 
INVESTIMENTO 
PARTICIPANTE 
50.840.259 BB ASSET ACOES SELECAO FATORIAL FUNDO DE 
INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE 
INVESTIMENTO 
PARTICIPANTE 
50.840.194 BB ASSET MULTIMERCADO HIGH ALPHA LONGO 
PRAZO FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FI 
PARTICIPANTE 
44.459.200 BB RENDA FIXA SIMPLES CASHBACK FUNDO DE 
INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE 
INVESTIMENTO 
PARTICIPANTE 
E a regra para apuração é clara: 
A apuração do PR deve ser realizada em bases consolidadas para as instituições integrantes 
de um mesmo conglomerado prudencial, nos termos da regulamentação específica. Ou seja, 
o patrimônio de referência é apurado para o conglomerado Banco do Brasil S.A. como um todo, 
por exemplo, e não pela instituição Banco do Brasil S.A. 
(INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O controle e monitoramento eficaz de entidades financeiras demandam a compreensão de 
termos como subsidiária, controlador e conglomerado. Nesse contexto, julgue o item 
subsequente. 
Conglomerado financeiro é um conjunto de entidades financeiras vinculadas por participação 
acionária majoritária, direta ou não, controle operacional efetivo, ou direitos de sócios 
preponderantes em tomadas de decisões.10 
Com isso esclarecido e ilustrado, vamos prosseguir. 
 
 
10 Comentários: Tudo correto. Temos, aqui, a definição de conglomerado financeiro. Gabarito: Certo 
Celso Natale
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5.3.1 Capital Principal (PR Nível I) 
Para apurar o Capital Principal de Nível I, são somados uma série de valores, e subtraídos 
outros tantos. Então trarei a lista e, quando for necessário, diante de termos técnicos ou 
complexos, darei algumas explicações adicionais. Será necessário com frequência... 
O Capital Principal é a soma dos valores: 
a) O capital social constituídos por quotas ou ações (apenas não resgatáveis e sem 
cumulatividade de dividendos). 
Não resgatáveis: normalmente, as ações não são resgatáveis. Se um acionista quiser 
“fazer dinheiro” com suas ações, ele precisa vender na bolsa. Contudo, algumas 
podem permitir o resgate direto com a companhia. 
Sem cumulatividade: Basileia III falou sobre isso, e para ser capital de alta qualidade, 
não pode ser do tipo que fica acumulando dividendos. Se não pagou em 
determinado período, não acumula. 
Além disso, não deve ser considerado o aumento de capital em processo de 
autorização. Sim, as instituições financeiras precisam de autorização do Banco 
Central para realizar aumentos de capital. 
b) Reservas: de capital, de reavaliação e de lucros; 
As reservas de capital, reservas de reavaliação e reservas de lucros são conceitos 
contábeis e financeiros importantes em uma empresa. Vou explicar cada um deles: 
Reservas de Capital: São montantes acumulados pela empresa que não são 
provenientes de lucros. Podem ser originárias de diversas fontes, como a emissão 
de ações acima do valor nominal, doações, subvenções para investimento, entre 
outras. Essas reservas são importantes para a saúde financeira da empresa e 
geralmente são utilizadas para investimentos ou para proteger a empresa contra 
futuros prejuízos. 
Reservas de Reavaliação: Refere-se ao aumento do valor contábil de ativos da 
empresa. Quando um ativo é reavaliado e seu valor de mercado é considerado 
maior que o valor contábil registrado anteriormente, a diferença é registrada como 
reserva de reavaliação. Esta reserva não pode ser distribuída como dividendos aos 
acionistas, mas pode ser usada, por exemplo, para absorver prejuízos futuros ou 
aumentar o capital social da empresa. 
Reservas de Lucros: São parcelas do lucro líquido de uma empresa que são 
retidas, ao invés de serem distribuídas aos acionistas. Essas reservas são formadas 
com o objetivo de financiar projetos futuros, expandir as operações da empresa, ou 
servir como um fundo de emergência. Dentro das reservas de lucros, existem várias 
categorias, como a reserva legal, reserva estatutária, reserva para contingências, 
entre outras, cada uma com um propósito específico conforme determinado pela 
legislação ou pelos estatutos da empresa. 
c) Ganhos não realizados decorrentes dos ajustes de avaliação patrimonial; 
a. Um ganho é considerado "não realizado" quando o valor de um ativo aumenta no 
papel, mas a empresa ainda não vendeu ou liquidou esse ativo. A diferença em 
relação ao que vimos em item anterior é que, aqui, esse ganho não virou uma 
reserva. 
d) Sobras ou lucros acumulados; 
e) Contas de resultado credoras; 
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f) Depósito em conta vinculada admitido para fins de reenquadramento da instituição, nas 
situações que configurarem desenquadramento nos requerimentos mínimos de capital, 
g) Saldo do ajuste positivo ao valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos 
utilizados para hedge de fluxo de caixa; 
Derivativos: São contratos financeiros cujo valor é derivado de um ativo 
subjacente, taxa de referência ou índice. Exemplos comuns incluem opções, futuros 
e swaps. Os derivativos são usados para uma variedade de propósitos, incluindo 
hedging (proteção contra riscos), especulação e obtenção de acesso a ativos ou 
mercados. 
h) saldo do ajuste positivo ao valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos 
registrados contabilmente como passivos decorrente de alterações no risco de crédito 
próprio da instituição, líquido dos efeitos tributários. 
Alterações no Risco de Crédito Próprio da Instituição: O risco de crédito próprio 
refere-se à probabilidade de a instituição não conseguir cumprir suas obrigações 
financeiras. Alterações no risco de crédito próprio podem afetar o valor de mercado 
dos derivativos. Por exemplo, se a solvência da instituição piorar, os contratos de 
derivativos nos quais ela é parte podem se desvalorizar, pois há maior risco de 
inadimplência. 
Algo que você deve observar sobre todos esses valores têm algo em comum: ausência de 
vencimento. E isso nos lembra as diretrizes de Basileia III, né? Onde o caráter de perpetuidade é 
algo essencial para capitais de maior qualidade. 
Além desses, há diversos outros instrumentos que podem compor o Capital Principal, desde que 
preencham uma série de requisitos. Não entraremos em detalhes sobre esses requisitos, mas é 
importante que você saiba que, no caso desses “outros instrumentos”, é preciso uma 
autorização expressa do Banco Central (que será vista adiante). 
E esses são os valores que compõem, positivamente, o Capital Principal. Contudo, após somar 
esses valores, a instituição precisa excluir algumas coisas. 
Você vai notar que muitos desses itens que deve ser subtraído é o inverso do que deve ser 
somado. Por exemplo: se somamos os lucros acumulados, iremos subtrair os prejuízos 
acumulados. Adiante, teremos um esquema relacionando isso. 
Portanto, devem ser subtraídos do capital principal os valores referentes a: 
a) perdas não realizadas decorrentes dos ajustes de avaliação patrimonial; 
b) às ações ou quaisquer outros instrumentos de emissão própria, autorizados a compor 
o Capital Principal, adquiridos diretamente, indiretamente ou de forma sintética. 
Explicando: a instituição deve subtrair do capital principal o valor das ações que ela 
mesma emitiu e adquiriu. Um exemplo dissosão as chamadas “Ações em 
Tesouraria”, ações que foram emitidas por uma empresa e posteriormente 
recompradas por ela. 
Portanto, mesmo que seja uma ação não resgatável e sem cumulatividade de 
dividendos, ela não pode compor o Capital Principal se for adquirida pela própria 
instituição emissora. 
Ah, caso a instituição tenha ao mesmo tempo posição comprada e vendida de suas 
próprias ações, deve ser considerado o valor líquido, desde que a instituição não 
esteja garantindo a posição vendida (risco de contraparte). 
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Além disso, o prazo da posição vendida deve ser superior a um ano e maior ou igual 
ao da posição comprada. 
c) operações com derivativos, inclusive derivativos de índices; 
d) perdas ou prejuízos acumulados; 
e) contas de resultado devedoras; 
f) ao saldo do ajuste negativo ao valor de mercado dos instrumentos financeiros 
derivativos utilizados para hedge de fluxo de caixa; 
g) ao saldo do ajuste negativo ao valor de mercado dos instrumentos financeiros 
derivativos registrados contabilmente como passivos decorrente de alterações no 
risco de crédito próprio da instituição, líquido dos efeitos tributários; e 
h) ajustes prudenciais, que incluem: 
a. ágios pagos na aquisição de investimentos com fundamento em expectativa de 
rentabilidade futura líquidos de passivos fiscais diferidos a eles associados; 
b. ativos intangíveis; 
c. ativos atuariais relacionados a fundos de pensão de benefício definido, líquidos 
de passivos fiscais diferidos a ele associados aos quais a instituição financeira não 
tenha acesso irrestrito. 
Além de definir o que deve ser somado e o que deve ser subtraído, só para deixar as coisas bem 
evidentes, a Resolução define que não devem ser considerados no Capital Principal: 
a) os recursos captados, mas ainda não integralizados; 
b) as ações para as quais a instituição tenha criado, na emissão, expectativa de resgate, 
reembolso, amortização, recompra ou cancelamento; 
c) as ações que tiveram sua compra financiada, direta ou indiretamente, pela instituição 
emissora ou por qualquer entidade do conglomerado; e 
d) os depósitos de poupança em associações de poupança e empréstimo. 
e) os investimentos em: 
a. entidade assemelhada a instituição financeira (administradoras de consórcio, 
instituições de pagamento, entre outras), sociedade seguradora, resseguradora, 
sociedade de capitalização e entidade aberta de previdência complementar; 
b. instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou em instituição 
situada no exterior que exerça atividade equivalente à de instituição financeira no 
Brasil, que não componha o conglomerado; 
f) participação de não controladores no capital de subsidiária: 
a. que seja instituição autorizada a funcionar pelo BCB; 
b. no exterior que exerça atividade equivalente à de instituição financeira no Brasil; 
c. no país que não seja instituição autorizada a funcionar pelo BCB; e 
d. no exterior que não exerça atividade equivalente à de instituição financeira no 
Brasil; 
g) créditos tributários: 
a. decorrentes de diferenças temporárias que dependam de geração de lucros ou 
receitas tributáveis futuras para sua realização, nos termos do art. 8º; 
b. decorrentes de prejuízos fiscais e de base negativa de Contribuição Social sobre o 
Lucro Líquido e os originados dessa contribuição relativos a períodos de apuração 
encerrados até 31 de dezembro de 1998; 
h) valor correspondente ao investimento em dependência, instituição financeira 
controlada no exterior ou entidade não financeira que componha o conglomerado, em 
Celso Natale
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relação às quais o Banco Central do Brasil não tenha acesso a informações, dados e 
documentos suficientes para fins da supervisão global consolidada; 
i) valor da diferença a menor entre o valor provisionado e a perda esperada nas exposições 
abrangidas por sistemas internos de classificação de risco de crédito (abordagens IRB); 
Ou seja, esses itens não devem ser somados nem subtraídos no Capital Principal. 
Vamos testar sua atenção. 
(INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Ganhos não realizados provenientes de ajustes de avaliação patrimonial são aspectos a serem 
considerados no processo de apuração do Capital Principal. Sobre esse elemento, avalie o item 
subsequente: 
Ganhos não realizados decorrentes dos ajustes de avaliação patrimonial são integrantes do 
Capital Principal.11 
Agora, vamos ao esquema para ajudar a fixar tudo que acabamos de ver, sendo que o 
quadradinho inclinado (ou losango, se preferir) indica itens relacionados: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 Comentários: Ganhos não realizados, quando derivados de ajustes de avaliação patrimonial, contribuem positivamente para 
o Capital Principal. Assim, o item está correto. Gabarito: Certo 
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CAPITAL PRINCIPAL (NÍVEL 1) 
 
Soma Subtrai Desconsidera
capital social: quotas ou 
ações
ações ou quaisquer outros 
instrumentos de emissão 
própria adquiridos pela 
instituição
ações com resgate, 
reembolso, amortização, 
recompra ou cancelamento
reservas de capital, de 
reavaliação e de lucros
operações com derivativos
 recursos captados mas 
ainda não integralizados
ganhos não realizados 
decorrentes dos ajustes de 
avaliação patrimonial
perdas não realizadas 
decorrentes dos ajustes de 
avaliação patrimonial;
ações financiadas pela 
instituição emissora ou 
entidade do conglomerado
sobras ou lucros 
acumulados
perdas ou prejuízos 
acumulados
depósitos de poupança em 
associações de poupança e 
empréstimo
contas de resultado 
credoras
contas de resultado 
devedoras
créditos tributários de 
diferenças temporárias ou 
prejuízos fiscais
ajuste positivo de derivativos 
utilizados para hedge de 
fluxo de caixa
ajuste negativo de 
derivativos utilizados para 
hedge de fluxo de caixa
investimentos em entidade 
assemelhada a IF ou IF que 
não componha o 
conglomerado
ajuste positivo de derivativos 
passivos decorrente de 
alterações no risco de 
crédito da instituição, líquido 
dos efeitos tributários.
ajuste negativo de 
derivativos passivos 
decorrente de alterações no 
risco de crédito da 
instituição, líquido dos 
efeitos tributários
participação de não 
controladores no capital de 
subsidiária (veja os casos)
depósito em conta vinculada 
ajustes prudenciais (ágios 
pagos, ativos intangíveis e 
ativos atuariais)
investimento em 
dependência, IF controlada 
no exterior ou entidade não 
financeira sem acesso do 
BCB
Celso Natale
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Vamos falar agora sobre a outra parte do PR de Nível I. 
5.3.2 Capital Complementar (PR Nível I) 
Vamos direto ao assunto. 
O Capital Complementar é composto pela soma dos valores dos instrumentos que atendam 
aos seguintes requisitos... 
Ah, antes de entrar nos requisitos, note duas coisas: 
1. No caso de Capital Principal, são listados diversos instrumentos, enquanto no Capital 
Complementar são estabelecidos requisitos que o instrumento deve possuir, sem citar 
nominalmente o instrumento em si. 
2. A lista de requisitos que você verá é cumulativa, ou seja, é preciso que o instrumento 
atenda a todos eles, em regra. 
Agora sim, os requisitos para compor o Capital Principal são: 
I. ser nominativos, quando emitidos no Brasil e, quando emitidos no exterior, sempre que 
a legislação local assim o permitir; 
II. integralizadosem espécie; 
III. ter caráter de perpetuidade (não ter vencimento); 
IV. ter o seu pagamento subordinado ao pagamento dos demais passivos da instituição, com 
exceção do pagamento dos elementos que compõem o Capital Principal, na hipótese de 
dissolução da instituição emissora; 
V. prever o pagamento de sua remuneração apenas com recursos provenientes de lucros 
e reservas de lucros passíveis de distribuição no último período de apuração; 
VI. prever a suspensão do pagamento da remuneração: 
a. que exceder os recursos disponíveis para essa finalidade; 
b. na mesma proporção da restrição imposta pelo Banco Central do Brasil à 
distribuição de dividendos ou de outros resultados relativos às ações, quotas ou 
quotas-partes, elegíveis ao Capital Principal; 
c. do instrumento nos mesmos percentuais de retenção estabelecidos para o 
pagamento de dividendos e de juros sobre o capital próprio ou para o pagamento 
das sobras líquidas apuradas e da remuneração anual às quotas-parte de capital e 
ao resgate das quotas-partes, no caso de cooperativas de crédito, se a instituição 
emissora apresentar insuficiência no cumprimento do Adicional de Capital 
Principal, nos termos da regulamentação específica, ou o pagamento acarretar 
desenquadramento em relação aos requerimentos mínimos de Capital Principal, 
Nível I e PR; 
VII. ter o resgate ou a recompra, ainda que realizado indiretamente por intermédio de 
entidade integrante do próprio conglomerado ou por entidade não financeira controlada, 
condicionado à autorização do Banco Central do Brasil; 
VIII. ser resgatáveis apenas por iniciativa do emissor; 
IX. não ser objeto de garantia, seguro ou qualquer outro mecanismo que obrigue ou 
permita pagamento ou transferência de recursos, direta ou indiretamente, da instituição 
emissora, de entidade do conglomerado, ou de entidade não financeira controlada, para 
Celso Natale
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o detentor do instrumento, de forma a comprometer a condição de subordinação 
expressa neste artigo; 
X. não possuir cláusulas que, direta ou indiretamente, alterem o montante originalmente 
captado, inclusive por meio de acordos que obriguem a instituição emissora a compensar 
o investidor se um novo instrumento for emitido com melhores condições de 
remuneração, com exceção dos casos de recompra e resgate previstos no art. 16; 
XI. não conter cláusulas que tenham previsão de variação das condições de 
remuneração após a emissão do instrumento, inclusive em função de oscilação da 
qualidade creditícia da instituição emitente; 
XII. não ter sua compra financiada, direta ou indiretamente, pela instituição emissora; 
XIII. prever a extinção, permanente e em valor no mínimo correspondente ao saldo 
computado no Nível I ou a conversão do mesmo valor em ações da instituição 
emissora elegíveis ao Capital Principal, nas seguintes situações: 
a. divulgação pela instituição emitente, na forma estabelecida pelo Banco Central do 
Brasil, de que seu Capital Principal está em patamar inferior a 5,125% (cinco inteiros 
e cento e vinte e cinco milésimos por cento) do montante RWA12, apurado na forma 
estabelecida pela regulamentação específica; 
b. assinatura de compromisso de aporte de recursos público para socorrer a 
instituição emitente; 
c. decretação, pelo Banco Central do Brasil, de regime de administração especial 
temporária ou de intervenção na instituição emitente; ou 
d. determinação, pelo Banco Central do Brasil, de extinção ou conversão; 
Muito bem! 
Os instrumentos que possuem essas características podem ser contabilizados como Capital 
Complementar, mas, assim como ocorre com o Principal, há de se fazer algumas deduções: 
a) investimentos em instrumentos elegíveis a PR emitidos por instituição autorizada a 
funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por instituição situada no exterior que exerça 
atividade equivalente à de instituição financeira no Brasil, que não componha o 
conglomerado; e 
b) às ações de emissão própria e aos instrumentos autorizados a compor o Capital 
Complementar, resgatados ou recomprados diretamente, indiretamente ou de forma 
sintética, inclusive por meio de: 
a. quotas de fundo de investimento, proporcionalmente à participação destes 
instrumentos na carteira do fundo; 
b. entidade assemelhada a instituição financeira ou entidade não financeira, 
controladas; ou 
c. operações com derivativos, inclusive derivativos de índices. 
Nesses casos (do item “b”), os valores podem ser calculados considerando a posição 
líquida na instituição entre posições compradas e vendidas por instrumento e por 
instituição investida, desde que o prazo efetivo de vencimento da posição vendida deve 
seja igual ou maior que o da posição comprada e superior a 1 (um) ano. 
 
12 Isso tem a ver com o requerimento de capital, que logo veremos. 
Celso Natale
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Você deve ter notado que, ao contrário do Capital Principal, os instrumentos elegíveis a compor 
o Capital Complementar podem ser emitidos com cláusula de opção de recompra ou resgate 
pelo emissor. Mas há algumas condições, cumulativamente: 
I. intervalo mínimo de 5 (cinco) anos entre a data de emissão e a primeira data de 
exercício de opção de recompra ou resgate; 
II. inexistência de características que acarretem a expectativa de que a recompra ou o 
resgate será exercido; e 
III. previsão contratual para que o exercício da opção de recompra ou resgate seja 
condicionado, na data do exercício, à autorização do Banco Central do Brasil. 
Essa autorização do BCB é concedida desde que: 
I. a instituição emissora cumpra os requerimentos mínimos de Capital Principal, de Nível I e 
de PR, e atenda ao Adicional de Capital Principal; 
II. a recompra ou resgate não acarrete desenquadramento em relação aos requerimentos e 
limites ou insuficiência de Adicional de Capital Principal; 
III. a instituição manifeste ao Banco Central do Brasil a intenção de exercer a opção de 
recompra ou resgate; e 
IV. ocorra uma das duas opções seguintes: 
a. emissão de novos instrumentos elegíveis ao Capital Complementar, em valor 
equivalente ao dos instrumentos recomprados ou resgatados e em condições 
pactuadas mais favoráveis; ou 
b. comprovação de condições de negócio que, a critério do Banco Central do Brasil, 
justifiquem a pretensão da instituição. 
 
(INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos instrumentos elegíveis para compor o Capital Complementar, avalie o item 
subsequente: 
Os instrumentos do Capital Complementar podem ser objeto de garantia, desde que a 
instituição emissora o autorize.13 
 
 
E é isso. Podemos passar ao próximo assunto. 
CAPITAL COMPLEMENTAR (NÍVEL 1) 
 
13 Comentários: Os instrumentos do Capital Complementar não podem ser objeto de garantia, seguro ou qualquer mecanismo 
que comprometa a condição de subordinação, independentemente da autorização da instituição emissora. Gabarito: Errado 
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5.3.3 Patrimônio de Referência de Nível II 
O esquema aqui é o mesmo que vimos: vamos somar algumas coisas, e subtrair outras. 
No caso do PR Nível II, a apuração ocorre mediante a soma dos valores de: 
I. instrumentos que atendam aos seguintes requisitos: 
a) ser nominativos, quando emitidos no Brasil e, quando emitidos no exterior, 
sempre que a legislação local assim o permitir; 
b) ser integralizados em espécie; 
c) prever intervalo mínimo de 5 (cinco) anos entre a data de emissão e a data de 
vencimento, não podendo prever o pagamento de amortizações antes de 
decorrido esse intervalo; 
d) ter o seu pagamento subordinadoao pagamento dos demais passivos da 
instituição, com exceção do pagamento dos elementos que compõem o Capital 
Deduções
nominativos
resgatáveis apenas por iniciativa 
do emissor
integralizados em espécie
não ser objeto de garantia ou 
seguro
perpetuidade (não ter 
vencimento)
não possuir cláusulas que 
alterem o montante captado
 pagamento subordinado
  não conter cláusulas de 
variação da remuneração
 pagamento de sua 
remuneração apenas com 
recursos provenientes de lucros 
não ter sua compra financiada 
pela instituição emissora;
prever a suspensão do 
pagamento da remuneração em 
determinados casos
 resgate ou a recompra 
condicionado à autorização do 
BCB
Requisitos
prever a extinção em 
determinados casos, como 
aporte de recursos públicos e 
decretação de regime de 
resolução pelo BCB
investimentos em instrumentos 
elegíveis a PR emitidos por 
instituição autorizada a 
funcionar pelo BCB ou por 
instituição situada no exterior 
que exerça atividade 
equivalente à de instituição 
financeira no Brasil, que não 
componha o conglomerado
ações de emissão própria e 
instrumentos autorizados a 
compor o Capital 
Complementar, resgatados ou 
recomprados diretamente, 
indiretamente ou de forma 
sintética
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Principal e o Capital Complementar, na hipótese de dissolução da instituição 
emissora; 
e) ter a recompra ou o resgate antecipado, ainda que realizado indiretamente por 
intermédio de entidade do conglomerado ou por entidade não financeira 
controlada, condicionado à autorização do Banco Central do Brasil; 
f) ser resgatáveis apenas por iniciativa do emissor; 
g) não ser objeto de garantia, seguro ou qualquer outro mecanismo que obrigue ou 
permita pagamento ou transferência de recursos, direta ou indiretamente, da 
instituição emissora, de entidade do conglomerado ou de entidade não financeira 
controlada, para o detentor do instrumento, de forma a comprometer a condição 
de subordinação expressa neste artigo; 
h) não conter cláusulas que tenham previsão de variação de prazos ou condições 
de remuneração entre a emissão e o vencimento do instrumento, inclusive em 
função de oscilação da qualidade creditícia da instituição emissora; 
i) não ter sua compra financiada, direta ou indiretamente, pela instituição 
emissora; 
j) prever a extinção, permanente e em valor no mínimo correspondente ao saldo 
computado no Nível II, ou a conversão do mesmo valor em ações da instituição 
emissora elegíveis ao Capital Principal, nas seguintes situações: 
i. divulgação pela instituição emitente, na forma estabelecida pelo Banco 
Central do Brasil, de que seu Capital Principal está em patamar inferior a 
4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) do montante RWA; 
ii. assinatura de compromisso de aporte de recursos públicas para socorrer a 
instituição emitente; 
iii. decretação, pelo Banco Central do Brasil, de regime de administração 
especial temporária ou de intervenção na instituição emitente; ou 
iv. determinação, pelo Banco Central do Brasil, de extinção ou conversão, 
segundo critérios estabelecidos em regulamento específico editado pelo 
Conselho Monetário Nacional; 
Aqui, cabe uma explicação. 
As abordagens IRB (Internal Ratings-Based) são métodos utilizados no cálculo 
de requisitos de capital para risco de crédito, de acordo com as diretrizes 
estabelecidas pelo Acordo de Basileia. Essas abordagens são aplicadas a 
instituições financeiras que possuem sistemas internos de classificação de risco 
de crédito. Existem duas principais abordagens IRB: Abordagem Fundamentada 
nas Fundações (FIRB, do inglês Foundation Internal Ratings-Based Approach) e a 
Abordagem Avançada (AIRB, do inglês Advanced Internal Ratings-Based 
Approach). 
Quando se fala em perda esperada nas exposições abrangidas por sistemas 
internos de classificação de risco de crédito, refere-se à estimativa das perdas 
que uma instituição financeira pode incorrer devido ao não cumprimento 
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(default) de um mutuário. A perda esperada é componente chave no cálculo do 
capital regulatório que um banco deve manter para cobrir esses riscos de crédito. 
 
Abordagem Fundamentada nas Fundações (FIRB) 
 
Nesta abordagem, o banco utiliza as classificações internas de risco de crédito 
para atribuir probabilidades de default (PD), perdas dadas a inadimplência (LGD) 
e exposições atuais (EAD) a diferentes classes de ativos. 
A perda esperada é calculada como o produto da PD, LGD e EAD. 
 
 
Abordagem Avançada (AIRB) 
 
A AIRB permite que o banco utilize modelos internos para estimar diretamente 
as PDs e as LGDs. Isso proporciona maior flexibilidade à instituição na avaliação 
de seus próprios riscos. 
Assim como na FIRB, a perda esperada é calculada multiplicando a PD, LGD e 
EAD. 
Ambas as abordagens IRB visam refletir com mais precisão o perfil de risco de 
crédito específico de cada exposição. A perda esperada é uma medida 
fundamental para determinar a quantidade de capital regulatório que um banco 
deve manter para cobrir os riscos associados às suas atividades de crédito. O uso 
de sistemas internos de classificação de risco de crédito permite uma abordagem 
mais personalizada e adaptada à realidade de cada instituição financeira. 
 
Já o valor provisionado é determinado de forma mais simplificada pelo Banco 
Central do Brasil, com maiores percentuais de acordo com o tempo de atraso da 
operação. Não entraremos em detalhes nesta aula, por fugir ao escopo, mas as 
regras estão presentes na Resolução CMN n° 2.682 de 21/12/1999, caso deseje 
conferir. 
 
Portanto, se a instituição tiver provisionado, por exemplo, R$100 bilhões, mas o método IRB 
apurar uma perda esperada de R$80 bilhões, a diferença, de R$20 bilhões, pode ser apurada 
como Capital Complementar. 
Um detalhe importante, que vale para os instrumentos em geral, é o seguinte: 
Na hipótese de emissão no exterior, os instrumentos elegíveis a compor o Nível II devem 
conter cláusula elegendo foro no qual sejam reconhecidos os requisitos para o 
instrumento, para dirimir eventuais disputas judiciais. 
Por fim, o mesmo que vimos sobre a recompra/resgate de instrumentos de Capital 
Complementar vale para o PR Nível II. Vamos apenas revisar as condições para um instrumento 
com esse tipo de cláusula poder ser considerado no PR Nível II: 
I. intervalo mínimo de 5 (cinco) anos entre a data de emissão e a primeira data de 
exercício de opção de recompra ou resgate; 
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II. inexistência de características que acarretem a expectativa de que a recompra ou o 
resgate será exercido; e 
III. previsão contratual para que o exercício da opção de recompra ou resgate seja 
condicionado, na data do exercício, à autorização do Banco Central do Brasil. 
Essa autorização do BCB, também revisando, é concedida desde que: 
I. a instituição emissora cumpra os requerimentos mínimos de Capital Principal, de Nível I e 
de PR, e atenda ao Adicional de Capital Principal; 
II. a recompra ou resgate não acarrete desenquadramento em relação aos requerimentos e 
limites ou insuficiência de Adicional de Capital Principal; 
III. a instituição manifeste ao Banco Central do Brasil a intenção de exercer a opção de 
recompra ou resgate; e 
IV. ocorra uma das duas opções seguintes: 
a. emissão de novos instrumentos elegíveis ao Capital Complementar, em valor 
equivalente ao dos instrumentos recomprados ou resgatados e em condições 
pactuadas mais favoráveis; ou 
b. comprovação de condições de negócio que, a critériodo Banco Central do Brasil, 
justifiquem a pretensão da instituição. 
Mas ficou uma explicação pendente. 
Você deve ter notado que, no Capital de nível II, é permitido que os instrumentos tenham 
vencimento, diferentemente do que ocorre com o nível I. 
Mas existe um detalhe: conforme o vencimento desses instrumentos de aproxima, seu valor vai 
sendo reduzido para fins de apuração de capital. Ou seja, sobre os saldos dos instrumentos de 
capital ou de dívida autorizados a compor o Nível II que tenham prazo de vencimento será 
aplicado redutor, observado o seguinte cronograma: 
I. de 20% (vinte por cento), do 60º (sexagésimo) mês ao 49º (quadragésimo nono) mês 
anterior ao do respectivo vencimento; 
II. de 40% (quarenta por cento), do 48º (quadragésimo oitavo) mês ao 37º (trigésimo 
sétimo) mês anterior ao do respectivo vencimento; 
III. de 60% (sessenta por cento), do 36º (trigésimo sexto) mês ao 25º (vigésimo quinto) mês 
anterior ao do respectivo vencimento; 
IV. e 80% (oitenta por cento), do 24º (vigésimo quarto) mês ao 13º (décimo terceiro) mês 
anterior ao do respectivo vencimento; e 
V. de 100% (cem por cento), nos 12 (doze) meses anteriores ao respectivo vencimento. 
Lembrando que o prazo mínimo é de 5 anos entre a emissão e o vencimento, mas conforme o 
tempo passa, esse ativo vai sendo reduzido para fins de PR Nível II, e chega a zero quando falta 
menos de um ano para o vencimento. 
Vamos de esquema para fechar isso. 
 
PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA NÍVEL 2 
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5.3.4 Autorização para o Capital Principal, Complementar e para o Nível II 
Você lembra que eu mencionei que existiam alguns instrumentos que podem compor o Capital 
Principal da instituição ou conglomerado que precisam de uma autorização específica do Banco 
Central? 
Pois bem, os valores efetivamente integralizados referentes a esses instrumentos de capital ou 
de dívida, bem como daqueles elegíveis para Capital Complementar e para o Nível II somente 
podem compor o Capital Principal, Complementar e o Nível II mediante autorização do Banco 
Central do Brasil. 
E a primeira exigência para obter essa autorização diz respeito ao contrato ou instrumento que 
ampare a operação de captação, que deve conter capítulo específico denominado Núcleo de 
Subordinação, composto por: 
I. cláusulas que permitam evidenciar o atendimento dos requisitos para o Capital Principal, 
Complementar e o Nível II; 
nominativos não ser objeto de garantia ou seguro
integralizados em espécie
não conter previsão de variação de prazos 
ou condições de remuneração
mínimo de 5 anos entre emissão vencimento
não ter sua compra financiada pela 
instituição emissora;
 pagamento subordinado aos demais 
passivos da instituição
prever a extinção em determinados casos, 
como aporte de recursos públicos e 
decretação de regime de resolução pelo 
BCB
recompra ou o resgate antecipado sujeito a 
autorização do BCB
resgatáveis apenas por iniciativa do emissor
Requisitos
 +diferença a maior entre o valor 
provisionado e a perda esperada nas 
exposições abrangidas por sistemas internos 
de classificação de risco de crédito 
(abordagens IRB)
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II. cláusula estabelecendo ser nula qualquer outra, no contrato ou em outro documento, que 
prejudique o atendimento dos requisitos previstos na Resolução; 
III. cláusula estabelecendo que o aditamento, alteração ou revogação dos termos do Núcleo 
de Subordinação dependem de prévia autorização do Banco Central do Brasil; e 
IV. resumo da operação, contendo as seguintes informações: 
a. natureza da captação; 
b. valor captado; e 
c. estrutura do fluxo de desembolsos relativos ao pagamento de amortizações e 
encargos. 
Para fins da autorização mencionada, o Núcleo de Subordinação deve, salvo regramento 
específico, ser submetido ao Banco Central do Brasil, que considerará, entre outros elementos, 
a estrutura de pagamentos e, para o Nível II, o prazo de vencimento. 
Por que só para o Nível II? Porque para o Nível I os instrumentos não podem ter vencimento, 
lembra? 
E para que sejam autorizados a compor o Capital Principal, Complementar e o Nível II, os 
instrumentos devem: 
I. ser emitidos por instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por sua 
dependência ou subsidiária no exterior, desde que essas últimas não sejam constituídas 
como sociedade de objeto exclusivo ou entidade de propósito específico, qualquer que 
seja sua forma jurídica; 
II. possuir, no momento de sua emissão, valor nominal unitário mínimo de R$300.000,00 
(trezentos mil reais) ou equivalente em moeda estrangeira; 
III. ser registrados em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos autorizado pelo 
Banco Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM); e 
IV. abranger, no registro, os componentes do Núcleo de Subordinação (vistos 
anteriormente). 
Por fim, no caso de instrumentos emitidos no exterior, o pedido de autorização deve estar 
acompanhado de parecer jurídico, emitido por escritório de advocacia habilitado na jurisdição 
cuja legislação seja aplicável ao instrumento, no qual se ateste, sem ressalvas, a adequação das 
cláusulas do instrumento à referida legislação. 
5.3.5 Deduções do Patrimônio de Referência (PR Nível I e PR Nível II) 
Como comentei, alguns instrumentos precisam ser deduzidos tanto do PR Nível I (Capital 
Principal e Complementar) quanto do PR Nível II. São eles: 
I. os investimentos em entidade assemelhada a instituição financeira não consolidada, 
sociedade seguradora, resseguradora, sociedade de capitalização e entidade aberta de 
previdência complementar; 
II. os investimentos em Capital Principal de instituição autorizada a funcionar pelo Banco 
Central do Brasil ou em instituição situada no exterior que exerça atividade equivalente à 
de instituição financeira no Brasil, que não componha o conglomerado; 
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III. créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias que dependam de geração de 
lucros ou receitas tributáveis futuras para sua realização; 
IV. os investimentos nos instrumentos elegíveis a Capital Complementar e Nível II 
mencionados: 
a) a investimentos em instrumentos elegíveis a PR emitidos por instituição autorizada 
a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por instituição situada no exterior que 
exerça atividade equivalente à de instituição financeira no Brasil, que não 
componha o conglomerado; 
V. os investimentos em outros instrumentos que atendam as seguintes condições: 
a) sejam elegíveis para cumprir requerimento mínimo regulatório de instituição listada 
como sistemicamente importante em âmbito global pelo Conselho de Estabilidade 
Financeira (FSB) ou em âmbito doméstico pela autoridade competente; e 
b) possam ser extintos ou convertidos em ações, em decorrência da atuação das 
autoridades competentes no decurso de regime de resolução. 
A dedução desses instrumentos deve ser efetuada também para os valores referentes às 
seguintes situações: 
I. aquisição direta, indireta ou de forma sintética dos ativos mencionados por meio de: 
a) entidade assemelhada a instituição financeira ou entidade não financeira, 
controlada; 
b) operações com derivativos, inclusive derivativos de índices; 
II. participação indireta de cooperativa de crédito em banco cooperativo; 
III. concessão de crédito a terceiros com conhecimento, ainda que posterior à concessão, de 
que os recursos se destinam especificamente a compor o PR de instituição autorizada a 
funcionar pelo Banco Centraldo Brasil, com exceção de cooperativas de crédito; 
IV. aquisição dos instrumentos mencionados no caput por meio de quotas de fundo de 
investimento, proporcionalmente à participação destes na carteira do fundo; e 
V. aquisição de instrumentos que, no decurso de regime de resolução, absorvam perdas 
prévia ou concomitantemente aos instrumentos. 
Uma regra geral é que devem ser deduzidas integralmente as aquisições recíprocas de 
instrumentos, quando essas aquisições aumentam, de forma artificial, o Patrimônio de 
Referência. O que significa isso? 
Suponha que duas instituições financeiras, A e B, realizem uma transação de aquisição recíproca 
de instrumentos elegíveis para compor o Patrimônio de Referência (PR). Ambas as instituições 
concordam em comprar títulos emitidos pela outra instituição, com o objetivo de aumentar seus 
respectivos PRs. 
1. Instituição A: 
Adquire títulos emitidos pela Instituição B no valor de $10 milhões. 
Estes títulos são considerados instrumentos elegíveis para compor o PR de A. 
2. Instituição B: 
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Adquire títulos emitidos pela Instituição A no valor de $10 milhões. 
Estes títulos também são considerados instrumentos elegíveis para compor o PR de B. 
Aparentemente, ambas as instituições agora têm um aumento de $10 milhões em seus 
respectivos PRs devido à aquisição recíproca de instrumentos. No entanto, essa transação pode 
ser considerada uma manipulação artificial do PR, pois o aumento não reflete uma verdadeira 
melhoria na posição de capital das instituições. Em vez disso, é uma troca de títulos entre elas, 
sem um aumento real nos recursos disponíveis para absorver perdas. 
Consequentemente, a dedução integral seria aplicada para eliminar esse aumento artificial no 
PR, assegurando que os requisitos de capital estejam alinhados com uma posição financeira mais 
sólida e realista. 
Para finalizar, a Resolução traz o seguinte (explicarei na sequência): 
Os valores da participação de não controladores no capital de subsidiária que seja 
instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou de subsidiária no exterior 
que exerça atividade equivalente à de instituição financeira no Brasil que excederem os 
requerimentos mínimos de Capital Principal, Nível I e PR dessa subsidiária devem ser 
deduzidos, respectivamente, do Capital Principal, do Nível I e do PR do conglomerado. 
Para compreender o que está escrito acima, vamos a um exemplo numérico e (mais ou menos) 
fictício. Vamos usar o conglomerado do BB para isso, e os participantes (não controladores) do 
conglomerado BB-BANCO DE INVESTIMENTO S/A e BB BANCO DE CÂMBIO S.A. 
Suponha que o BB BANCO DE INVESTIMENTO S/A tem participação na subsidiária BB BANCO 
DE CÂMBIO S.A., que é uma instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil. 
A Resolução CMN nº 4.958/2021, que veremos adiante, estabelece requisitos mínimos de 
capital, incluindo Capital Principal, Nível I e Patrimônio de Referência (PR) para essa subsidiária. 
Além disso, a Resolução CMN nº 4.955/2021 especifica que, se a participação de não 
controladores no capital da subsidiária exceder esses requisitos mínimos, os valores excedentes 
devem ser deduzidos dos respectivos componentes do conglomerado. 
Aqui está um exemplo numérico simplificado: 
1. Requerimentos Mínimos de Capital para o BB Banco de Câmbio (em milhões de reais): 
• Capital Principal: 100 
• Nível I: 50 
• Patrimônio de Referência (PR): 150 
2. Participação do BB Banco de Investimentos no Capital do BB Banco de Câmbio: 
• Capital Principal: 120 
• Nível I: 60 
• PR: 180 
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Nesse exemplo, os valores da participação de não controladores excedem os requerimentos 
mínimos estabelecidos para a subsidiária. Portanto, os valores excedentes devem ser deduzidos 
dos componentes correspondentes do conglomerado. 
1. Deduções no PR do Conglomerado: 
• Dedução do Capital Principal: 20 (excesso no Capital Principal da subsidiária) 
• Dedução do Nível I: 10 (excesso no Nível I da subsidiária) 
• Dedução do PR: 30 (excesso no PR da subsidiária) 
Lembrando que isso deve ser repetido para cada instituição do conglomerado que se enquadre 
na situação, e o PR é sempre apurado no nível do conglomerado. 
Essas deduções garantem que o conglomerado atenda aos requisitos regulatórios consolidados, 
levando em consideração não apenas a posição do conglomerado em si, mas também os valores 
em excesso presentes nas subsidiárias, especialmente quando a participação de não 
controladores ultrapassa os requisitos mínimos estabelecidos para essas subsidiárias. 
Antes de passar ao próximo assunto, um pouquinho de treino. 
(INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Deduções no PR do conglomerado são aplicadas a certos instrumentos para evitar aumento 
artificial do Patrimônio de Referência. Analise o item a seguir: 
Deduções no PR do conglomerado são aplicadas apenas se houver prejuízo real nas transações 
envolvendo instrumentos elegíveis.14 
 
5.4 Apuração do patrimônio de referência exigido (PRE) 
A primeira coisa a saber a respeito do Patrimônio de Referência Exigido (PRE) é que esse nome 
não é mais utilizado pelo BCB e pelo CMN desde 2013. Digo isso apenas para que você não 
estranhe se ler em algum lugar, como numa questão ou material mais antigo. 
E como chama agora? Normalmente, apenas nos referimos como requerimentos de capital ou 
como requerimentos de PR. 
Mas, na prática, é a mesma coisa: o CMN dizendo para a instituição (ou conglomerado) quanto 
Patrimônio de Referência ela precisa ter de cada tipo (Principal, Complementar e Nível II). Isso, é 
claro, depois de explicar detalhadamente como apurar cada tipo de PR. 
 
14 Comentários: Deduções no PR do conglomerado são aplicadas para evitar aumentos artificiais no Patrimônio de 
Referência, independentemente de haver prejuízo real nas transações envolvendo instrumentos elegíveis. O item é 
incorreto. Gabarito: Errado 
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Para começar, vou te dar um panorama. Você já sabe que a IF precisará ter determinada 
quantidade de capital, ou melhor, de PR. 
E essa quantidade vai ser definida como um percentual do risco ao qual ela está sujeita. 
Mas como medir o risco ao qual a IF está sujeita? Tem que haver uma forma objetiva de fazer 
isso, não é? 
Bom, de forma bastante ampla, podemos dizer que o principal risco de uma IF é não receber o 
que ela espera receber. Em outras palavras, os ativos (bens e direitos) da instituição representam 
seu maior risco. 
Uma instituição que possui ativos muito grandes, por lógica, deve ter um PR muito grande. 
Mas e se, apesar de muito grande, esses ativos são de excelente qualidade? Seria justo exigir um 
monte de capital nesse caso? Afinal, uma carteira cheia de títulos públicos é bem diferente de 
uma carteira cheia de empréstimos para negativados sem garantia. 
Então, precisamos levar isso em consideração... precisamos ponderar esses ativos de acordo 
com o risco que eles possuem. Ou melhor, de acordo com os riscos. 
Você vai lembrar que Basileia exige capital para os riscos de crédito, de mercado e operacional. 
Então, basicamente, o que o CMN determina é que a instituição olhe para seus ativos e avalie, 
um por um, quais são os riscos a que eles estão expostos. 
Esse ativo de R$100 mil está exposto ao risco de crédito? Opa, então vamos separar um capital 
para isso, talvez uns 1% de Capital Principal, uns 5% de Nível I, e uns 8% de PR... 
(esses percentuais são fictícios, apenas para você pegar a ideia, e logo veremos os valores reais)Ah, tem risco de mercado também? Já sabe: coloca mais PR nesse negócio aí. 
Agora, vejamos como isso ocorre, de fato, nos termos da Resolução CMN n° 4.958 de 
21/10/2021. 
Para começar, ela se aplica às instituições financeiras e demais instituições autorizadas a 
funcionar pelo Banco Central do Brasil. São elas que devem atender aos requerimentos de 
capital. 
Mas há exceções: 
• Administradoras de Consórcios; 
• Instituições de Pagamento; 
• Instituições Financeiras pequenas (enquadradas no segmento S5). 
Essas, devem seguir regras específicas. 
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Aproveitando para relembrar, rapidamente, sobre a segmentação prudencial: 
SEGMENTAÇÃO PRUDENCIAL 
• S1 (Segmento 1): composto pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de 
investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas que: 
o tenham porte igual ou superior a 10% (dez por cento) do Produto Interno Bruto; 
ou 
o exerçam atividade internacional relevante, independentemente do porte da 
instituição. 
• S2 (Segmento 2): instituições de porte igual ou superior a 1% (um por cento) do PIB. 
*exceto aquelas que se enquadram no S1. 
• S3 (Segmento 3): instituições de porte entre 0,1% e 1% do PIB 
• S4 (Segmento 4): instituições de porte inferior a 0,1% do PIB 
• S5 (Segmento 5): instituições de porte inferior a 0,1% do PIB que utilizem metodologia 
facultativa simplificada para apuração dos requerimentos mínimos de patrimônio e 
capital, exceto bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de 
câmbio e caixas econômicas. 
E tem um negócio bem específico a respeito dessas exceções, que a banca pode querer cobrar. 
É sobre as Instituições de Pagamento. Caso uma IP seja líder de um conglomerado, esse 
conglomerado deverá apurar o requerimento de forma consolidada, mas também há outra 
Resolução específica para isso. 
Pois bem, volta às instituições financeiras e demais autorizadas pelo BCB, a quem a Resolução nº 
4.958/2021 se aplica, temos que elas devem manter determinados mínimos montantes de: 
• Capital Principal 
• PR de Nível 1 
• Patrimônio de Referência 
Note, portanto, que não há exigência direta de Capital Complementar ou de PR de Nível 2, mas 
isso ocorre de forma indireta, complementar. 
E, é claro, os requerimentos mínimos devem ser apurados de forma consolidada para instituições 
integrantes de conglomerado prudencial. 
Vamos ver se você está prestando atenção? 
(INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A Resolução CMN nº 4.958/2021 – que estabelece os requerimentos mínimos de Patrimônio de 
Referência (PR), de Nível I e de Capital Principal, e sobre o Adicional de Capital Principal (ACP) – 
aplica-se apenas a bancos comerciais de grande porte, do segmento S1.15 
 
15 Comentários: A Resolução CMN nº 4.958/2021 se aplica a diversas instituições financeiras e outras autorizadas a funcionar pelo 
Banco Central do Brasil, não se restringindo apenas a bancos comerciais de grande porte. Gabarito: Errado 
Celso Natale
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Agora, vamos entender como são medidos os riscos sobre os ativos, que são a base para 
determinar os percentuais de PR. 
 
5.4.1 Ativos ponderados pelo risco 
Os ativos da instituição são ponderados de acordo com os riscos, como já adiantei. Quanto 
maiores os riscos, maior será considerado o valor do ativo e, consequentemente, maior será o 
requerimento de capital. 
E, como você sabe, existem tipos diferentes de risco. 
Por isso, os Ativos Ponderados pelos Riscos (RWA, da sigla em inglês para Risk Weighted 
Assets) são compostos por cinco parcelas: 
PARCELA DOS RWA (ATIVOS PONDERADOS PELO RISCO) 
Parcela Apuração do Risco Descrição 
RWACPAD 
Crédito 
(padronizado) 
relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao 
cálculo do requerimento de capital mediante 
abordagem padronizada 
RWACIRB 
Crédito 
(IRB) 
relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao 
cálculo do requerimento de capital mediante sistemas 
internos de classificação do risco de crédito 
(abordagens IRB) autorizados pelo Banco Central do 
Brasil 
RWAMPAD 
Mercado 
(padronizada) 
relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao 
cálculo do requerimento de capital mediante 
abordagem padronizada 
RWAMINT 
Mercado 
(IRB) 
relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao 
cálculo do requerimento de capital mediante modelo 
interno autorizado pelo Banco Central do Brasil 
RWAOPAD 
Operacional 
(padronizada) 
relativa ao cálculo do capital requerido para o risco 
operacional mediante abordagem padronizada 
Como você pode ver, os riscos de crédito e de mercado possuem, cada um deles, duas parcelas: 
uma para abordagem padronizada, outra para abordagem IRB. É assim porque alguns ativos 
estão sujeitos à abordagem padronizada, enquanto outros tipos devem seguir a metodologia 
IRB. 
Mas o risco de mercado pode ser bastante complexo, e por isso a parcela RWAMPAD é especial, se 
desdobrando em outras nove parcelas. 
 
 
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DESDOBRAMENTOS DA PARCELA RWAMPAD (RISCO DE MERCADO PADRONIZADO) 
Parcela Risco Componente 
RWAJUR1 Juros internos 
exposições sujeitas à variação de taxas de juros prefixadas 
denominadas em real cujo requerimento de capital é 
calculado mediante abordagem padronizada. 
RWAJUR2 
Juros em moeda 
estrangeira 
relativa às exposições sujeitas à variação da taxa dos 
cupons de moedas estrangeiras cujo requerimento de 
capital é calculado mediante abordagem padronizada. 
RWAJUR3 Inflação 
relativa às exposições sujeitas à variação de taxas dos 
cupons de índices de preços cujo requerimento de capital 
é calculado mediante abordagem padronizada. 
RWAJUR4 Cupom de juros 
relativa às exposições sujeitas à variação de taxas dos 
cupons de taxas de juros cujo requerimento de capital é 
calculado mediante abordagem padronizada 
RWAACS Ações 
relativa às exposições sujeitas à variação do preço de 
ações cujo requerimento de capital é calculado mediante 
abordagem padronizada 
RWACOM Commodities 
relativa às exposições sujeitas à variação dos preços de 
mercadorias (commodities) cujo requerimento de capital 
é calculado mediante abordagem padronizada 
RWACAM Câmbio 
relativa às exposições em ouro, em moeda estrangeira e 
em ativos sujeitos à variação cambial cujo requerimento de 
capital é calculado mediante abordagem padronizada; 
RWADRC 
Carteira de 
trading 
relativa às exposições ao risco de crédito dos instrumentos 
financeiros classificados na carteira de negociação 
RWACVA Derivativos 
relativa às exposições ao risco de variação do valor dos 
instrumentos financeiros derivativos em decorrência da 
variação da qualidade creditícia da contraparte 
Os procedimentos e os parâmetros detalhados para apuração das parcelas mencionadas são 
estabelecidos em normas do Banco Central do Brasil. 
Mas não entraremos em detalhes sobre isso. Além de bastante complexo, a chance de cobrança 
em provas é muitíssimo remota. Não tente decorar o exemplo a seguir, ele está aí apenas para 
você ter uma noção do que estou falando. Esta é a fórmula para apuração apenas do RWAJUR4: 
 
Ela não é nem uma das mais complicadas. Então, foque no que vai trazer pontos na sua prova! E 
se eu fosse a banca, definitivamente, eu cobraria o seguinte, que é, talvez, o ponto mais 
importante desta parte da aula. 
Afinal, quais são os percentuais mínimos de PR exigidos sobre os RWA? Isso merece um quadro 
bem grande: 
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REQUERIMENTO DE CAPITAL (PERCENTUAL DO RWA) 
 
E esse 8%, meus caros, é o famoso Índice de Basileia (IB). Ou seja, as instituições devem manter, 
pelo menos, um valor de PR de 8% do valor dos ativos ponderados pelo risco. 
E, claro, ele também merece um belo destaque: 
Índice de Basileia= 
PR (Patrimônio de Referência)
RWA (Ativos ponderados pelo risco) 
 ≥ 8% 
No Brasil, o IB já foi de 11% - o que era acima do exigido pelo Comitê de Basileia - contudo, foi 
reduzido gradativamente e, desde 2019, possui esse percentual de 8%. 
E talvez você esteja curiosa ou curiosa para saber se isso não é algo preocupante, reduzir a 
exigência de capital desse jeito. Então trago um aspecto real: no Brasil, quase todas (coisa de 
98%) as instituições supervisionadas conseguem atender ao Índice de Basileia usando apenas 
Capital Principal. 
Além disso, o Índice de Basileia efetivo médio das instituições que precisam cumpri-lo é de cerca 
de 16%, ou seja, as instituições, na média, cumprem o dobro do mínimo exigido. 
Ah, tem uma exceção em relação à exigência de IB de 8%, e fica por conta das cooperativas de 
crédito não filiadas a uma central e que não optarem pela metodologia simplificada (que 
veremos nesta aula). Essas devem manter um IB de 14%, pelo menos. 
Agora, antes de passarmos para o próximo assunto, uma questão que você não pode errar de 
forma alguma. 
(INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O Índice de Basileia é calculado como a relação entre o Patrimônio de Referência (PR) e os Ativos 
Ponderados pelo Risco (RWA).16 
 
16 Comentários: É isso mesmo. O Índice de Basileia é calculado como a relação entre o Patrimônio de Referência (PR) e os Ativos 
Ponderados pelo Risco (RWA). O índice deve ser igual ou superior a 8%, de acordo com as normas estabelecidas. Gabarito: Certo 
Capital Principal
4,5%
Nível I
6%
Patrimônio de 
Referência 
8%
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5.4.2 Adicional de Capital Principal 
Lembra dos colchões (buffers) de capital de Basileia? 
Então, aqui entra o chamado Adicional de Capital Principal (ACP), que significa, como nome 
indica, uma exigência de capital adicional, acima dos 8% do IB, e que deve ser cumprida com 
Capital Principal. 
O ACP é dividido em 3 parcelas: 
I. ACPCONSERVAÇÃO, correspondente ao Adicional de Conservação de Capital Principal; 
II. ACPCONTRACÍCLICO, correspondente ao Adicional Contracíclico de Capital Principal; e 
III. ACPSISTÊMICO, correspondente ao Adicional de Importância Sistêmica de Capital Principal. 
Um detalhe importante é que o ACPSISTÊMICO é exigido apenas para instituições integrantes do 
segmento S1, lembrando: 
• S1 (Segmento 1): composto pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de 
investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas que: 
o tenham porte igual ou superior a 10% (dez por cento) do Produto Interno Bruto; 
ou 
o exerçam atividade internacional relevante, independentemente do porte da 
instituição. 
As demais parcelas devem ser observadas por todas as instituições sujeitas a requerimento de 
capital, e todas devem ser apuradas em bases consolidadas no caso de conglomerados. 
E quais são os percentuais? No caso do ACPCONSERVAÇÃO é de 2,5% do RWA, enquanto os demais 
são determinados pelo Banco Central, mas limitados a 2,5% (contracíclico) e 2% (sistêmico). 
PARCELAS DO ACP 
Parcela Percentual Descrição 
ACPConservação 
2,5% adicional de Conservação de 
Capital Principal 
ACPContracíclico 
Determinado pelo Banco 
Central (máximo 2,5%) 
correspondente ao Adicional 
Contracíclico de Capital 
Principal 
ACPSistêmico 
Determinado pelo Banco 
Central (máximo 2%) 
correspondente ao Adicional 
de Importância Sistêmica de 
Capital Principal 
Caso a IF ou conglomerado não cumpra os requerimentos de ACP, ela estará sujeita a restrições: 
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I. ao pagamento de remuneração variável (bônus, participação nos lucros etc.) aos 
diretores e membros do conselho de administração, no caso das sociedades anônimas, e 
aos administradores de sociedades limitadas; 
II. ao pagamento de dividendos e de juros sobre o capital próprio; 
III. ao pagamento das sobras líquidas apuradas e da remuneração anual às quotas-partes de 
capital e ao resgate das quotas-partes, no caso das cooperativas de crédito; 
IV. à recompra de ações próprias em qualquer montante; e 
V. à redução do capital social, quando legalmente possível. 
No caso dos itens I a III, a restrição é progressiva, indo de 40%, caso a insuficiência seja 
relativamente baixa, até 100%, caso a insuficiência seja elevada. 
E essas restrições persistem enquanto perdurar a insuficiência de ACP. 
(INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O percentual do Adicional de Conservação de Capital Principal (ACPCONSERVAÇÃO) é fixado 
em 2,5% do total dos Ativos Ponderados pelos Riscos (RWA), conforme a Resolução CMN n° 
4.958/2021.17 
6 ESTRUTURA SIMPLIFICADA: PRS5 E RWAS5 
A Resolução nº 4.606/2017 estabelece uma estrutura simplificada de: 
• apuração do Patrimônio de Referência (PRS5); 
• ponderação dos Ativos pelos Riscos (RWAS5); e 
• exigência de capital. 
(O S5, como você pode imaginar, refere-se ao segmento S5, que enquadra as instituições de 
menores complexidade e riscos) 
Naturalmente, essa estrutura não pode ser adotada por todas as instituições, de forma que 
apenas determinados grupos podem aderir, e desde que cumpram determinados requisitos. 
Os grupos que podem aderir são: 
I. Grupo I: cooperativas singulares de crédito; 
II. Grupo II: instituições não bancárias de atuação em concessão de crédito, exceto agências 
de fomento; 
III. Grupo III: instituições não bancárias de atuação nos mercados de ouro, de moeda 
estrangeira, ou como agente fiduciário. 
 
17 Comentários: O percentual do ACPCONSERVAÇÃO é de 2,5% do RWA, como estabelecido pela Resolução CMN n° 
4.958/2021. Gabarito: Certo 
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Lembrando que instituições não bancárias são aquelas que não captam depósitos à vista e que 
não adotam a palavra banco em sua denominação. 
Mas não basta pertencer a algum desses grupos, também é necessário cumprir, 
cumulativamente, os seguintes requisitos: 
I. porte compatível com o enquadramento no Segmento 5 (S5); e 
II. perfil de risco simplificado, que significa: 
a. ausência de operações: 
i. sujeitas à variação no preço de ações, ressalvado o investimento em ações 
registrado no ativo permanente; 
ii. em sistema mantido por bolsa de valores; 
iii. com instrumento financeiro derivativo; e 
iv. de empréstimo de ativos; 
b. ausência de aplicação em títulos de securitização de créditos, exceto as 
securitizações de menor risco; 
c. ausência de operações compromissadas, exceto: 
i. operações de venda com compromisso de recompra com ativos próprios; 
ou 
ii. operações de compra com compromisso de revenda com títulos públicos 
federais prefixados, indexados a taxa de juros ou a índice de preços. 
d. não realização de atividades de: 
i. subscrição da emissão de títulos e valores mobiliários (TVM) para a revenda; 
ii. intermediação da oferta pública e distribuição de TVM no mercado; 
iii. compra e venda de TVM por conta de terceiros; 
iv. administração de carteiras de TVM; 
v. custódia de TVM; 
vi. subscrição, transferência e autenticação de endossos, desdobramento de 
cautelas, recebimento e pagamento de resgates, juros e outros proventos de 
TVM; 
vii. instituição, organização e administração de fundos e clubes de investimento; 
viii. emissão de certificados de depósito de ações; 
ix. serviços de ações escriturais; 
x. operações de conta margem.Cumpridos esses requisitos, naturalmente, as instituições integrantes de um mesmo 
conglomerado prudencial devem realizar a apuração e cumprimento das exigências em bases 
consolidadas. 
Lembra do Capital Principal, Complementar e Nível II? (claro que lembra) Então, aqui não tem 
nada disso, já que é uma estrutura simplificada. 
O que há, em termos de capital, é apenas o PRS5, composto da seguinte forma: 
I. soma dos valores correspondentes: 
a. ao capital social constituído por quotas, quotas-partes, ou por ações não 
resgatáveis e sem mecanismos de cumulatividade de dividendos; 
b. às reservas de capital, de reavaliação e de lucros; 
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c. aos ganhos não realizados decorrentes dos ajustes de avaliação patrimonial; 
d. às sobras ou lucros acumulados; 
e. às contas de resultado credoras; e 
f. ao depósito em conta vinculada para suprir deficiência de capital; e 
II. dedução dos valores correspondentes: 
a. às perdas não realizadas decorrentes dos ajustes de avaliação patrimonial; 
b. às ações ou quaisquer outros instrumentos de emissão própria, autorizados a 
compor o PRS5, adquiridos diretamente ou indiretamente; 
c. às perdas ou prejuízos acumulados; 
d. às contas de resultado devedoras; e 
e. aos ajustes prudenciais a seguir: 
i. ágios pagos na aquisição de investimentos com fundamento em expectativa 
de rentabilidade futura líquidos de passivos fiscais diferidos a eles 
associados; 
ii. ativos intangíveis; 
iii. ativos atuariais relacionados a fundos de pensão de benefício definido, 
líquidos de passivos fiscais diferidos a eles associados, aos quais a instituição 
financeira não tenha acesso irrestrito; 
iv. valor agregado dos investimentos diretos ou indiretos: 
1. no capital social de entidades não integrantes do conglomerado 
prudencial; 
2. em instrumentos elegíveis à composição de Capital Principal, de 
Capital Complementar e de Nível II, conforme definido em 
regulamentação específica, de instituição não integrante do 
conglomerado prudencial; 
v. participação de não controladores no capital de subsidiárias; 
vi. créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias que dependam 
de geração de lucros ou receitas tributáveis futuras para sua realização; e 
vii. créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais e de base negativa de 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e os originados dessa 
contribuição relativos a períodos de apuração encerrados até 31 de 
dezembro de 1998, apurados nos termos do art. 8º da Medida Provisória nº 
2.158-35, de 24 de agosto de 2001. 
f. desconsideração dos seguintes valores: 
i. recursos captados, mas ainda não integralizados; 
ii. ações para as quais a instituição tenha criado, na emissão, expectativa de 
resgate, reembolso, amortização, recompra ou cancelamento; e 
iii. ações que tiveram sua compra financiada, direta ou indiretamente, pela 
instituição emissora ou por qualquer entidade do conglomerado prudencial. 
Muito bem! Agora, vejamos como é a apuração do valor dos Ativos Ponderados pelo Risco na 
Forma Simplificada (RWAS5), composto por três parcelas: 
I. RWAROSimp, relativa ao cálculo do requerimento de capital para cobertura do risco 
operacional mediante abordagem padronizada simplificada; 
II. RWARCSimp, relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao cálculo do 
requerimento de capital mediante abordagem padronizada simplificada; e 
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III. RWACAMSimp, relativa à exposição em ouro, em moeda estrangeira e em ativos sujeitos à 
variação cambial mediante abordagem padronizada simplificada. 
Os procedimentos e parâmetros para apuração das parcelas mencionadas são estabelecidos 
pelo Banco Central do Brasil. 
Apurados esses valores, chegamos aos requerimentos de capital, que são os seguintes: 
I. 12% (doze por cento) do montante RWAS5, para cooperativa singular de crédito filiada a 
cooperativa central; e 
II. 17% (dezessete por cento) do montante RWAS5, para demais instituições. 
Ou seja, o “Índice de Basileia Simplificado” (nome didático e não oficial) é de 17%, em regra, 
e de 12% para cooperativa de crédito filiada a cooperativa central. 
Vamos ver um esquemão com toda essa parte do requerimento e apuração simplificados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURA SIMPLIFICADA DE REQUERIMENTO E APURAÇÂO DE CAPITAL 
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Grupos Requisitos 
I: cooperativas singulares de crédito segmento 5 (S5) 
II: instituições não bancárias de crédito 
*exceto agências de fomento 
perfil de risco simplificado 
III: instituições não bancárias que atuam com 
ouro, de moeda estrangeira, ou como agente 
fiduciário 
 
 
Patrimônio de Referência (PRS5) Ativos 
Ponderados 
pelo Risco 
(RWAS5) 
Exigência de 
Capital 
(RWAS5/PRS5) Soma Subtrai Desconsidera 
capital 
social 
(quotas, 
ações) 
perdas não 
realizadas de 
avaliação 
patrimonial; 
recursos 
captados não 
integralizados 
RWAROSimp 
risco operacional 
17% 
*12% para 
cooperativas 
filiadas a central 
reservas 
(capital, 
reavaliação 
e lucros) 
ações 
instrumentos 
de emissão 
própria 
ações com 
resgate, 
reembolso, 
amortização, 
recompra ou 
cancelamento 
RWARCSimp 
risco de crédito 
ganhos não 
realizados 
de avaliação 
patrimonial 
perdas ou 
prejuízos 
acumulados 
ações com 
compra 
financiada 
emissora 
RWACAMSimp 
variação cambial 
sobras ou 
lucros 
acumulados 
contas de 
resultado 
devedoras 
recursos 
captados não 
integralizados 
 
contas de 
resultado 
credoras 
ajustes 
prudenciais 
 
 
depósito 
em conta 
vinculada 
 
 
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69 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
https://www.bcb.gov.br/ 
https://www.bis.org/bcbs/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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70 
RESUMOS E ESQUEMAS 
MODELOS ADOTADOS NO BRASIL 
 
RISCOS DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 
 
S
u
p
e
rv
is
ã
o • Baseada em riscos
• é direcionada para os 
riscos que cada 
instituição enfrenta em 
suas operações e 
atividades, em vez de 
ser generalizada e 
padronizada
R
e
g
u
la
ç
ã
o • Prudencial
• busca garantir a 
estabilidade e a solidez 
do sistema financeiro, 
focando em adequação 
de capital, limites de 
exposição a riscos, 
governança corporativa, 
controles internos e 
transparência.
Risco de 
Crédito
possibilidade de uma operação de crédito não ser honrada pelo tomador, 
gerando perdas para o credor.
inclui desvalorização em virtude de deterioração da qualidade creditícia da 
contraparte e custos de recuperação.
Risco de 
Mercado
possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de 
mercado de instrumentos detidos pela instituição.
taxa de juros, preços de ativos, variação cambial e commodities.
Risco de 
Liquidez
possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar suas obrigações 
esperadas e inesperadas, correntes e futuras, sem afetar suas operações diárias 
e sem incorrer em perdas significativas.
Risco 
Operacional
Possibilidade da ocorrência de perdas resultantes de eventos externos ou de 
falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas ou sistemas
Inclui o risco legal
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SEGMENTAÇÃO DO BANCO CENTRAL 
• S1 (Segmento 1): composto pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de 
investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas que: 
o tenham porte igual ou superior a 10% (dez por cento) do Produto Interno Bruto; 
ou 
o exerçam atividade internacional relevante, independentemente do porte da 
instituição. 
• S2 (Segmento 2): instituições de porte igual ou superior a 1% (um por cento) do PIB. 
*exceto aquelas que se enquadram no S1. 
• S3 (Segmento 3): instituições de porte entre 0,1% e 1% do PIB 
• S4 (Segmento 4): instituições de porte inferior a 0,1% do PIB 
• S5 (Segmento 5): instituições de porte inferior a 0,1% do PIB que utilizem metodologia 
facultativa simplificada para apuração dos requerimentos mínimos de patrimônio e 
capital, exceto bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de 
câmbio e caixas econômicas. 
 
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PRECISAM DE AUTORIZAÇÃO DO BCB 
 
 
 
 
 
constituição e 
funcionamento
transferência ou 
alteração de controle 
societário;
fusão, cisão ou 
incorporação;
transformação 
societária;
posse e exercício de 
eleitos ou nomeados 
para cargos em 
órgãos estatutários ou 
contratuais;
alteração do valor do 
capital social;
mudança da 
denominação social;
mudança de objeto 
social para outro tipo 
de instituição 
integrante do Sistema 
Financeiro;
a criação ou extinção 
de carteira 
operacional, por 
banco múltiplo;
a alteração dos 
estatutos ou dos 
contratos sociais;
a transferência da 
sede social para outro 
município.
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72 
REQUISITOS PARA AUTORIZAÇÃO DE CONSTITUIÇÃO DE IF 
 
DOCUMENTAÇÃO PARA PROCESSO DE AUTORIZAÇÃO 
 
 
 
capacidade econômico-
financeira dos 
controladores,
origem lícita dos 
recursos;
viabilidade econômico-
financeira do 
empreendimento;
compatibilidade da 
infraestrutura de 
tecnologia da informação 
com a complexidade e os 
riscos do negócio;
compatibilidade da 
estrutura de governança 
corporativa com a 
complexidade e os riscos 
do negócio;
reputação ilibada dos 
ocupantes de cargos em 
órgãos estatutários ou 
contratuais, dos 
controladores e dos 
detentores de participação 
qualificada;
conhecimento, do ramo do 
negócio, do segmento, do 
mercado, das fontes de 
recursos, do gerenciamento 
das atividades e dos riscos;
capacitação técnica dos 
administradores, 
compatível com as 
funções a serem exercidas 
no curso do mandato; e
atendimento aos 
requerimentos mínimos 
de capital e de 
patrimônio previstos na 
regulamentação em vigor.
Requerimento
Declaração dos 
controladores
Comprovação da 
capacidade 
econômico-financeira
Declaração da origem 
dos recursos
Plano de 
negócios
Declaração de 
reputação ilibada
Autorizações 
para acesso a 
informações
Declaração dos eleitos 
ou nomeados para 
cargos em órgãos 
estatutários ou 
contratuais
Estatuto ou 
contrato social
Outros 
documentos e 
declarações
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73 
HIPÓTESES DE “NÃO AUTORIZAÇÃO” 
 
 
 
 
 
 
Arquivamento
se o BCB verificar...
que o objeto ou os 
elementos que servem 
de base para o pedido 
foram alterados no 
curso do processo;
descumprimento dos 
prazos previstos na 
regulamentação em 
vigor;
que não foram 
atendidas as 
exigências para 
complementar a 
instrução do processo, 
no prazo estabelecido;
deixarem atender a 
convocação para 
entrevista;
instrução em 
desacordo com o 
formato exigido.
Indeferimento
se o BCB verificar...
circunstância que 
possa afetar a 
reputação dos 
ocupantes de cargos;
falsidade ou omissão
nas declarações e nos 
documentos;
não atendimento ou 
não comprovação a 
qualquer dos 
requisitos ou 
condições 
estabelecidas.
Revisão
se o BCB verificar...
falsidade ou omissão nas 
declarações e nos 
documentos ou 
discrepância entre eles e 
os fatos ou dados 
apurados;
circunstâncias 
preexistentes à 
decisão capazes de 
afetar a avaliação.
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74 
 
CANCELAMENTO DA 
AUTORIZAÇÃO
A PEDIDO 
(DA INSTITUIÇÃO)
Deve liquidar as 
operações
Comunicar a seus clientes 
com antecedência 
mínima de 30 dias
DE OFÍCIO
(PELO BCB)
Em caso de:
extinção da instituição
decorrente de fusão, 
cisão total ou 
incorporação
falta de prática 
habitual da atividade
objeto da autorização
não localização da 
instituição no endereço
informado
Interrupção, por mais de 
quatro meses, sem 
justificativa, do envio ao 
Banco Central do Brasil 
dos documentos exigidos
Descumprimento do 
plano de negócio durante 
o seu período de 
abrangência
O BCB deve:
divulgar ao público sua 
intenção,para 
apresentação de objeções 
no prazo de trinta dias
notificar a instituição
para se manifestar
considerar os riscos do 
cancelamento para a 
estabilidade do sistema 
financeiro nacional
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75 
ACORDOS DE BASILEIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Introduzidas exigências de capital mínimo para as instituições financeiras, em 
função do risco de suas operações ativas (Índice de Basileia).
• Em revisão, foi incluída exigência para o risco de mercado.
Basileia I (1988)
• Introdução dos 3 pilares: requerimentos mínimos de capital; supervisão dos 
processos internos da adequação de capital; disciplina de mercado.
• Introdução de tratamento para risco operacional.
Basileia II (2004)
• Reforço da qualidade e da quantidade do capital regulatório a fim absorver 
perdas não esperadas e reduzir o impacto de crises financeiras sobre os 
demais setores da economia.
Basileia III (2010)
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76 
PRINCÍPIOS ESSENCIAIS PARA SUPERVISÃO BANCÁRIA EFICAZ (BASEL CORE PRINCIPLES) 
PODERES DE SUPERVISÃO, RESPONSABILIDADES E FUNÇÕES (1 a 13) 
1. Responsabilidades, objetivos e poderes 
2. Independência, prestação de contas, recursos e proteção legal para supervisores 
3. Cooperação e colaboração 
4. Atividades permitidas 
5. Critérios de licenciamento 
6. Transferência de propriedade significativa 
7. Principais aquisições 
8. Abordagem de supervisão 
9. Técnicas e ferramentas de supervisão 
10. Relatórios de supervisão 
11. Poderes corretivos e sancionatórios dos supervisores 
12. Supervisão consolidada 
13. Relacionamentos “home-host” 
REGULAMENTOS E REQUISITOS PRUDENCIAIS (14 a 29) 
14. Governança corporativa 
15. Processo de gerenciamento de risco 
16. Adequação de capital 
17. Risco de crédito 
18. Ativos problemáticos, provisões e reservas 
19. Risco de concentração e limites de grande exposição 
20. Transações com partes relacionadas 
21. Risco-país e riscos de transferências 
22. Riscos de mercado 
23. Risco de taxa de juros na carteira bancária 
24. Risco de liquidez 
25. Risco operacional 
26. Controle interno e auditoria 
27. Relatórios financeiros e auditoria externa 
28. Divulgação e transparência 
29. Abuso de serviços financeiros 
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77 
PRINCÍPIOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA PARA BANCOS DO BCBS 
• Princípio 1: Responsabilidades gerais do conselho• Princípio 2: Qualificações e composição do conselho 
• Princípio 3: Estrutura e práticas próprias do conselho 
• Princípio 4: Alta administração 
• Princípio 5: Governança de estruturas de grupo 
• Princípio 6: Função de gestão de risco 
• Princípio 7: Identificação, monitoramento e controle de riscos 
• Princípio 8: Comunicação de risco 
• Princípio 9: Conformidade 
• Princípio 10: Auditoria interna 
• Princípio 11: Remuneração 
• Princípio 12: Divulgação e transparência 
• Princípio 13: O papel dos supervisores 
 
 
 
Padrão internacional de capital de alta 
qualidade (Nivel 1)
• Ações ordinárias e lucros retidos
• Instrumentos subordinados
• dividendos/cupons não cumulativos
• sem vencimento
• sem incentivo para resgate
• discricionários
Capitais de 
nível 1 e 2
Divulgação de 
todos os 
elementos do 
capital
Qualidade, 
consistência e 
transparência
Resolução
CMN nº 4.955/2021
Apuração de 
patrimônio de 
referência
Resolução
CMN nº 4.958/2021
Requerimento 
de capital
Resolução
CMN nº 4.606/2017
Apuração e 
requerimento 
de capital 
simplificados
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78 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Patrimônio de 
Referência PR
Nível I
Capital 
Principal
Capital 
Complementar
Nível II
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79 
CAPITAL PRINCIPAL (NÍVEL 1) 
 
Soma Subtrai Desconsidera
capital social: quotas ou 
ações
ações ou quaisquer outros 
instrumentos de emissão 
própria adquiridos pela 
instituição
ações com resgate, 
reembolso, amortização, 
recompra ou cancelamento
reservas de capital, de 
reavaliação e de lucros
operações com derivativos
 recursos captados mas 
ainda não integralizados
ganhos não realizados 
decorrentes dos ajustes de 
avaliação patrimonial
perdas não realizadas 
decorrentes dos ajustes de 
avaliação patrimonial;
ações financiadas pela 
instituição emissora ou 
entidade do conglomerado
sobras ou lucros 
acumulados
perdas ou prejuízos 
acumulados
depósitos de poupança em 
associações de poupança e 
empréstimo
contas de resultado 
credoras
contas de resultado 
devedoras
créditos tributários de 
diferenças temporárias ou 
prejuízos fiscais
ajuste positivo de derivativos 
utilizados para hedge de 
fluxo de caixa
ajuste negativo de 
derivativos utilizados para 
hedge de fluxo de caixa
investimentos em entidade 
assemelhada a IF ou IF que 
não componha o 
conglomerado
ajuste positivo de derivativos 
passivos decorrente de 
alterações no risco de 
crédito da instituição, líquido 
dos efeitos tributários.
ajuste negativo de 
derivativos passivos 
decorrente de alterações no 
risco de crédito da 
instituição, líquido dos 
efeitos tributários
participação de não 
controladores no capital de 
subsidiária (veja os casos)
depósito em conta vinculada 
ajustes prudenciais (ágios 
pagos, ativos intangíveis e 
ativos atuariais)
investimento em 
dependência, IF controlada 
no exterior ou entidade não 
financeira sem acesso do 
BCB
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80 
CAPITAL COMPLEMENTAR (NÍVEL 1) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Deduções
nominativos
resgatáveis apenas por iniciativa 
do emissor
integralizados em espécie
não ser objeto de garantia ou 
seguro
perpetuidade (não ter 
vencimento)
não possuir cláusulas que 
alterem o montante captado
 pagamento subordinado
  não conter cláusulas de 
variação da remuneração
 pagamento de sua 
remuneração apenas com 
recursos provenientes de lucros 
não ter sua compra financiada 
pela instituição emissora;
prever a suspensão do 
pagamento da remuneração em 
determinados casos
 resgate ou a recompra 
condicionado à autorização do 
BCB
Requisitos
prever a extinção em 
determinados casos, como 
aporte de recursos públicos e 
decretação de regime de 
resolução pelo BCB
investimentos em instrumentos 
elegíveis a PR emitidos por 
instituição autorizada a 
funcionar pelo BCB ou por 
instituição situada no exterior 
que exerça atividade 
equivalente à de instituição 
financeira no Brasil, que não 
componha o conglomerado
ações de emissão própria e 
instrumentos autorizados a 
compor o Capital 
Complementar, resgatados ou 
recomprados diretamente, 
indiretamente ou de forma 
sintética
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81 
PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA NÍVEL 2 
 
 
SEGMENTAÇÃO PRUDENCIAL 
• S1 (Segmento 1): composto pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de 
investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas que: 
o tenham porte igual ou superior a 10% (dez por cento) do Produto Interno Bruto; 
ou 
o exerçam atividade internacional relevante, independentemente do porte da 
instituição. 
• S2 (Segmento 2): instituições de porte igual ou superior a 1% (um por cento) do PIB. 
*exceto aquelas que se enquadram no S1. 
• S3 (Segmento 3): instituições de porte entre 0,1% e 1% do PIB 
• S4 (Segmento 4): instituições de porte inferior a 0,1% do PIB 
• S5 (Segmento 5): instituições de porte inferior a 0,1% do PIB que utilizem metodologia 
facultativa simplificada para apuração dos requerimentos mínimos de patrimônio e 
capital, exceto bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de 
câmbio e caixas econômicas. 
nominativos não ser objeto de garantia ou seguro
integralizados em espécie
não conter previsão de variação de prazos 
ou condições de remuneração
mínimo de 5 anos entre emissão vencimento
não ter sua compra financiada pela 
instituição emissora;
 pagamento subordinado aos demais 
passivos da instituição
prever a extinção em determinados casos, 
como aporte de recursos públicos e 
decretação de regime de resolução pelo 
BCB
recompra ou o resgate antecipado sujeito a 
autorização do BCB
resgatáveis apenas por iniciativa do emissor
Requisitos
 +diferença a maior entre o valor 
provisionado e a perda esperada nas 
exposições abrangidas por sistemas internos 
de classificação de risco de crédito 
(abordagens IRB)
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82 
PARCELA DOS RWA (ATIVOS PONDERADOS PELO RISCO) 
Parcela Apuração do Risco Descrição 
RWACPAD 
Crédito 
(padronizado) 
relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao 
cálculo do requerimento de capital mediante 
abordagem padronizada 
RWACIRB 
Crédito 
(IRB) 
relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao 
cálculo do requerimento de capital mediante sistemas 
internos de classificação do risco de crédito 
(abordagens IRB) autorizados pelo Banco Central do 
Brasil 
RWAMPAD 
Mercado 
(padronizada) 
relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao 
cálculo do requerimento de capital mediante 
abordagem padronizada 
RWAMINT 
Mercado 
(IRB) 
relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao 
cálculo do requerimento de capital mediante modelo 
interno autorizado pelo Banco Central do Brasil 
RWAOPAD 
Operacional 
(padronizada) 
relativa ao cálculo do capital requerido para o risco 
operacional mediante abordagem padronizada 
DESDOBRAMENTOS DA PARCELA RWAMPAD (RISCO DE MERCADO PADRONIZADO) 
Parcela Risco Componente 
RWAJUR1 Juros internos 
exposições sujeitas à variação de taxas de juros prefixadas 
denominadas em real cujo requerimento de capital é 
calculado mediante abordagem padronizada. 
RWAJUR2 
Juros em moedaestrangeira 
relativa às exposições sujeitas à variação da taxa dos 
cupons de moedas estrangeiras cujo requerimento de 
capital é calculado mediante abordagem padronizada. 
RWAJUR3 Inflação 
relativa às exposições sujeitas à variação de taxas dos 
cupons de índices de preços cujo requerimento de capital 
é calculado mediante abordagem padronizada. 
RWAJUR4 Cupom de juros 
relativa às exposições sujeitas à variação de taxas dos 
cupons de taxas de juros cujo requerimento de capital é 
calculado mediante abordagem padronizada 
RWAACS Ações 
relativa às exposições sujeitas à variação do preço de 
ações cujo requerimento de capital é calculado mediante 
abordagem padronizada 
RWACOM Commodities 
relativa às exposições sujeitas à variação dos preços de 
mercadorias (commodities) cujo requerimento de capital 
é calculado mediante abordagem padronizada 
RWACAM Câmbio 
relativa às exposições em ouro, em moeda estrangeira e 
em ativos sujeitos à variação cambial cujo requerimento de 
capital é calculado mediante abordagem padronizada; 
RWADRC 
Carteira de 
trading 
relativa às exposições ao risco de crédito dos instrumentos 
financeiros classificados na carteira de negociação 
RWACVA Derivativos 
relativa às exposições ao risco de variação do valor dos 
instrumentos financeiros derivativos em decorrência da 
variação da qualidade creditícia da contraparte 
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83 
REQUERIMENTO DE CAPITAL (PERCENTUAL DO RWA) 
 
PARCELAS DO ADICIONAL DE CAPITAL PRINCIPAL (ACP) 
Parcela Percentual Descrição 
ACPConservação 
2,5% adicional de Conservação de 
Capital Principal 
ACPContracíclico 
Determinado pelo Banco 
Central (máximo 2,5%) 
correspondente ao Adicional 
Contracíclico de Capital 
Principal 
ACPSistêmico 
Determinado pelo Banco 
Central (máximo 2%) 
correspondente ao Adicional 
de Importância Sistêmica de 
Capital Principal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capital Principal
4,5%
Nível I
6%
Patrimônio de 
Referência 
8%
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84 
 ESTRUTURA SIMPLIFICADA DE REQUERIMENTO E APURAÇÂO DE CAPITAL 
Grupos Requisitos 
I: cooperativas singulares de crédito segmento 5 (S5) 
II: instituições não bancárias de crédito 
*exceto agências de fomento 
perfil de risco simplificado 
III: instituições não bancárias que atuam com 
ouro, de moeda estrangeira, ou como agente 
fiduciário 
 
 
Patrimônio de Referência (PRS5) Ativos 
Ponderados 
pelo Risco 
(RWAS5) 
Exigência de 
Capital 
(RWAS5/PRS5) Soma Subtrai Desconsidera 
capital 
social 
(quotas, 
ações) 
perdas não 
realizadas de 
avaliação 
patrimonial; 
recursos 
captados não 
integralizados 
RWAROSimp 
risco operacional 
17% 
*12% para 
cooperativas 
filiadas a central 
reservas 
(capital, 
reavaliação 
e lucros) 
ações 
instrumentos 
de emissão 
própria 
ações com 
resgate, 
reembolso, 
amortização, 
recompra ou 
cancelamento 
RWARCSimp 
risco de crédito 
ganhos não 
realizados 
de avaliação 
patrimonial 
perdas ou 
prejuízos 
acumulados 
ações com 
compra 
financiada 
emissora 
RWACAMSimp 
variação cambial 
sobras ou 
lucros 
acumulados 
contas de 
resultado 
devedoras 
recursos 
captados não 
integralizados 
 
contas de 
resultado 
credoras 
ajustes 
prudenciais 
 
 
depósito 
em conta 
vinculada 
 
 
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85 
QUESTÕES COMENTADAS 
1. (CEBRASPE/2002/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) 
Julgue o item que se segue, a respeito de gestão de risco no mercado financeiro e de operações 
no mercado financeiro. 
Risco de mercado consiste na possibilidade de perdas causadas pelo impacto de flutuações de 
preços, índices ou taxas sobre os instrumentos financeiros que compõem o patrimônio de uma 
empresa. 
Comentários: 
O risco de mercado está relacionado principalmente à flutuação dos preços dos ativos, dos 
índices, das taxas de juros, bem como da variação cambial. Portanto, a questão está correta. 
Gabarito: Certo 
 
2. (CEBRASPE/2000/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) 
Julgue o item que se segue, a respeito de gestão de risco no mercado financeiro e de operações 
no mercado financeiro. 
Risco operacional consiste na dificuldade de um determinado instrumento financeiro ser 
vendido no tempo desejado, fazendo que a empresa o mantenha em seu ativo e/ou passivo, 
gerando um comprometimento indesejado de liquidez. 
Comentários: 
A questão está errada, pois traz o conceito do risco de liquidez, e não do risco operacional. 
O risco operacional está relacionado à ocorrência de perdas resultantes de eventos externos ou 
de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas ou sistemas. 
Gabarito: Errado 
 
3. (CEBRASPE/2013/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) 
Com relação à avaliação de estratégias e performance, julgue o item seguinte. 
A gestão de riscos coordenada entre as áreas da instituição financeira e supervisionada por um 
conselho de administração ou órgão equivalente é denominada abordagem por silos. 
Comentários: 
Celso Natale
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86 
Pelo Princípio 8 de Governança Corporativa, os bancos devem evitar “silos” organizacionais que 
possam impedir o compartilhamento eficaz de informações em toda a organização e pode 
resultar em decisões tomadas isoladamente do resto do banco. 
A questão está errada, porque na abordagem por silos a gestão é feita de forma individualizada 
para cada área, sendo cada uma um “silo”, isolado das demais. 
Gabarito: Errado 
 
4. (IDECAN/2014/BANDES/Técnico Bancário - Administração) 
Risco corresponde à possibilidade de algum acontecimento desfavorável acontecer, tendo 
como consequência a perda financeira. Relacione as áreas nas quais os riscos financeiros 
podem ser definidos aos respectivos conceitos. 
1. Risco de Crédito. ( ) Relaciona-se à flutuação de preços de ativos e passivos das 
instituições, podendo ser definido como a variação de preços. Os 
principais elementos relacionados a este tipo de risco são: taxa de juros, 
taxa de câmbio, preço de ações e preço de commodities. 
2. Risco de Liquidez. ( ) Relaciona-se à incapacidade de pagamento das obrigações por falta 
de recursos disponíveis. Os principais elementos relacionados a este tipo 
de risco são: má gestão do fluxo de caixa, grandes posições financeiras 
em um mercado ou produto, falta de liquidez do mercado e crises 
financeiras. 
3. Risco de Mercado. ( ) Relaciona-se às perdas por falhas em processos, pessoas ou sistemas. 
Os principais elementos relacionados a este tipo de risco são: erros, 
fraudes e roubos, tecnologia defasada, falha nos processos operacionais 
e fatores externos não previstos. 
4. Risco Operacional. ( ) Relaciona-se à possibilidade de não pagamento da contraparte, seja 
por incapacidade ou vontade. Os principais elementos relacionados a 
este tipo de risco são: alteração do valor de dívidas, concentração em 
poucos credores, avaliação errada da situação econômica da 
contraparte e perda do valor de garantias. 
A sequência está correta em 
a) 1, 3, 2, 4. 
b) 1, 4, 2, 3. 
c) 2, 1, 3, 4. 
d) 3, 2, 4, 1. 
e) 4, 3, 1, 2. 
Celso Natale
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87 
Comentários: 
Questão para revisar os conceitos dos tipos de riscos. Vamos associar os riscos aos itens e grifar 
seus termos chave: 
(3) Risco de Mercado- Relaciona-se à flutuação de preços de ativos e passivos das instituições, 
podendo ser definido como a variação de preços. Os principais elementos relacionados a este 
tipo de risco são: taxa de juros, taxa de câmbio, preço de ações e preço de commodities. 
(2) Risco de Liquidez - Relaciona-se à incapacidade de pagamento das obrigações por falta de 
recursos disponíveis. Os principais elementos relacionados a este tipo de risco são: má gestão 
do fluxo de caixa, grandes posições financeiras em um mercado ou produto, falta de liquidez do 
mercado e crises financeiras. 
(4) Risco Operacional - Relaciona-se às perdas por falhas em processos, pessoas ou sistemas. 
Os principais elementos relacionados a este tipo de risco são: erros, fraudes e roubos, tecnologia 
defasada, falha nos processos operacionais e fatores externos não previstos. 
(1) Risco de Crédito - Relaciona-se à possibilidade de não pagamento da contraparte, seja por 
incapacidade ou vontade. Os principais elementos relacionados a este tipo de risco são: 
alteração do valor de dívidas, concentração em poucos credores, avaliação errada da situação 
econômica da contraparte e perda do valor de garantias. 
Gabarito: ”d” 
 
5. (IDECAN/2012/BANESTES/Analista Econômico-Financeiro) 
Sobre os riscos inerentes ao sistema econômico e financeiro, relacione corretamente as colunas 
a seguir. 
 1. Risco de liquidez. 
2. Risco de mercado. 
3. Risco operacional. 
4. Risco legal. 
5. Risco sistêmico. 
 ( ) Risco de perdas nas posições de balanço e extra-balanço que surge dos movimentos nos 
preços do mercado. 
 ( ) Variação desfavorável de retorno devido à falta de negociabilidade de um instrumento 
financeiro por preços alinhados com vendas recentes. Esse risco pode surgir em função do 
tamanho de determinada posição em relação aos volumes usuais de negociação ou da 
instabilidade das condições de mercado. 
 ( ) Risco de que a inadimplência de um participante com suas obrigações em um sistema de 
transferência, ou em geral, nos mercados financeiros, possa fazer com que outros participantes 
ou instituições financeiras não sejam capazes de cumprir com suas obrigações. Essa 
inadimplência pode causar problemas significativos de liquidez ou de crédito e poderia 
ameaçar a estabilidade dos mercados financeiros. 
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88 
 ( ) Risco de haver erro humano ou falha de equipamentos, programas de informática ou sistema 
de telecomunicações imprescindíveis ao funcionamento de determinado sistema. 
( ) O risco de que uma parte sofra uma perda porque as leis ou regulações não dão suporte às 
regras do sistema de liquidação de valores mobiliários, à execução dos arranjos de liquidação 
relacionados ou aos direitos de propriedade e outros interesses que são mantidos pelo sistema 
de liquidação. 
A sequência está correta em 
a) 1, 2, 3, 4, 5 
b) 4, 1, 5, 3, 2 
c) 3, 4, 5, 2, 1 
d) 2, 1, 5, 3, 4 
e) 2, 1, 3, 4, 5 
Comentários 
Mesmo estilo da questão anterior. Vamos novamente ser objetivos, associando os itens e 
grifando as palavras-chave. 
(2) Risco de mercado - Risco de perdas nas posições de balanço e extra-balanço que surge dos 
movimentos nos preços do mercado. 
(1) Risco de liquidez - Variação desfavorável de retorno devido à falta de negociabilidade de 
um instrumento financeiro por preços alinhados com vendas recentes. Esse risco pode surgir 
em função do tamanho de determinada posição em relação aos volumes usuais de negociação 
ou da instabilidade das condições de mercado. Nesse item alguns podem ter marcado como 
risco de mercado. Mas observe que quando o enunciando cita a falta de negociabilidade, ele está 
tratando da falta de liquidez de um ativo, ou seja, a dificuldade de convertê-lo em moeda. 
(5) Risco sistêmico - Risco de que a inadimplência de um participante com suas obrigações em 
um sistema de transferência, ou em geral, nos mercados financeiros, possa fazer com que outros 
participantes ou instituições financeiras não sejam capazes de cumprir com suas obrigações. Essa 
inadimplência pode causar problemas significativos de liquidez ou de crédito e poderia ameaçar 
a estabilidade dos mercados financeiros. O risco sistêmico é aquele que atinge o sistema como 
um todo. 
(3) Risco operacional - Risco de haver erro humano ou falha de equipamentos, programas de 
informática ou sistema de telecomunicações imprescindíveis ao funcionamento de determinado 
sistema. 
(4) Risco legal - O risco de que uma parte sofra uma perda porque as leis ou regulações não 
dão suporte às regras do sistema de liquidação de valores mobiliários, à execução dos arranjos 
de liquidação relacionados ou aos direitos de propriedade e outros interesses que são mantidos 
pelo sistema de liquidação. 
Gabarito: ”d” 
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89 
6. (FGV/2018/Banestes/Técnico Bancário) 
A fiança bancária é uma operação tradicional no mercado brasileiro, em que um banco, por 
meio da “carta de fiança”, assume o papel de fiador de uma outra companhia numa operação 
comercial, concorrência pública ou de crédito. 
Do ponto de vista dos riscos envolvidos para as partes, há mitigação do risco: 
a) de crédito envolvido entre o fiador (banco) e o afiançado (empresa.); 
b) de mercado envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por 
exemplo; 
c) operacional envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por 
exemplo; 
d) de crédito envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por 
exemplo; 
e) de mercado envolvido entre o fiador (banco) e o afiançado (empresa) 
Comentários 
A fiança bancária é um instrumento que tem como objetivo mitigar o risco de crédito. 
A empresa possui uma negociação com o seu fornecedor, e o banco entra como um terceiro 
agente, que garante por meio do instrumento a quitação da obrigação. Portanto, a fiança 
bancária mitiga o risco de crédito envolvido na negociação entre a empresa afiançada e sua 
contraparte. 
Gabarito: “d” 
 
7. (CEBRASPE/2018/BNB/Analista Bancário) 
A possibilidade de perda associada ao decréscimo dos ganhos esperados provocado pela 
deterioração da qualidade creditícia do tomador do crédito é uma situação contemplada no 
conceito de risco de mercado. 
Comentários: 
O risco de mercado está associado à oscilação de preços dos ativos na economia. O risco de 
deterioração na qualidade creditícia do tomador está relacionado ao risco de crédito. 
Gabarito: Errado 
 
8. (CEBRASPE/2018/BNB/Analista Bancário) 
O risco legal associado à inadequação ou à deficiência em contratos firmados com clientes 
beneficiários de recursos faz parte do risco operacional. 
Comentários: 
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O risco legal é parte do risco operacional. Risco legal está associado à inadequação ou 
deficiência em contratos firmados pela instituição, às sanções em razão de descumprimento de 
dispositivos legais e às indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades 
desenvolvidas pela instituição. 
O risco operacional também inclui as perdas resultantes de eventos externos ou de falha, 
deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas ou sistemas. 
Gabarito: Certo 
 
9. (CESGRANRIO/2009/BNDES/Economista) 
A operação bancária envolve vários tipos de risco. O chamado risco de mercado decorre da(s) 
a) competição e da inovação financeira gerada por outros bancos atuando no mercado. 
b) liquidez excessiva do passivo dos bancos. 
c) possibilidade de desintermediação financeira por parte do público. 
d) flutuações dos preços de mercado dostítulos mantidos na carteira dos bancos. 
e) instabilidades nas regras que regulam o mercado financeiro. 
Comentários 
Como já vimos ao longo da aula, o risco de mercado decorre da flutuação dos preços de 
mercado dos ativos presentes na carteira, com isso, concluímos que a alternativa correta é a letra 
“d”. Sobre as demais alternativas: 
Letras “a” e “c” - As condições de competitividade devem ser levadas em consideração na 
avaliação dos riscos, todavia, não fazem parte do conceito de risco de mercado, pois este está 
relacionado à flutuação de preços dos ativos mantidos em carteira. 
Letra “b” - Diz respeito ao risco de liquidez. Liquidez excessiva dos passivos significa que os 
compromissos de pagamento são altos em relação às disponibilidades para pagamento, de 
forma que falta liquidez para quitá-los. 
Letra “e” - Associada ao risco legal e, portanto, ao risco operacional. 
Gabarito: “d” 
 
10. (PROF.CELSO NATALE/INÉDITA) 
No contexto da supervisão prudencial bancária, o Banco Central realiza a segmentação das 
instituições financeiras com o objetivo de adequar sua abordagem regulatória e de supervisão 
de acordo com o perfil e risco de cada instituição. Essa segmentação é conhecida como 
"Sistema de Segmentação do Banco Central" e é classificada em diferentes categorias, como 
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S1, S2, S3, S4 e S5. Sendo assim, assinale a alternativa correta que corresponde à descrição 
adequada da segmentação S1. 
a) Instituições com menor complexidade operacional e baixo risco sistêmico, que são 
submetidas a uma supervisão mais intensiva pelo Banco Central. 
b) Instituições que apresentam riscos moderados, mas possuem controles internos eficientes, 
sendo sujeitas a uma supervisão proporcional ao seu porte e perfil de risco. 
c) Instituições sistemicamente importantes, com atividades diversificadas e alto grau de 
complexidade, que estão sujeitas a uma supervisão intensiva e controles prudenciais mais 
rigorosos. 
d) Instituições em processo de recuperação financeira, com risco elevado de insolvência, que 
são submetidas a um monitoramento frequente pelo Banco Central. 
e) Instituições em processo de liquidação, que estão sob a gestão exclusiva do Banco Central 
até que suas obrigações sejam plenamente cumpridas. 
Comentários: 
O segmento que abriga as instituições de maior importância sistêmica é o 1. Mas aproveitamos 
para lembrar os demais segmentos: 
SEGMENTAÇÃO DO BANCO CENTRAL 
• S1 (Segmento 1): composto pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de 
investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas que: 
o tenham porte igual ou superior a 10% (dez por cento) do Produto Interno Bruto; 
ou 
o exerçam atividade internacional relevante, independentemente do porte da 
instituição. 
• S2 (Segmento 2): instituições de porte igual ou superior a 1% (um por cento) do PIB. 
*exceto aquelas que se enquadram no S1. 
• S3 (Segmento 3): instituições de porte entre 0,1% e 1% do PIB 
• S4 (Segmento 4): instituições de porte inferior a 0,1% do PIB 
• S5 (Segmento 5): instituições de porte inferior a 0,1% do PIB que utilizem metodologia 
facultativa simplificada para apuração dos requerimentos mínimos de patrimônio e 
capital, exceto bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de 
câmbio e caixas econômicas. 
Gabarito: “c” 
 
11. (2018/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário) 
A Resolução no 4.553, de 30 de janeiro de 2017, estabelece a segmentação do conjunto de 
instituições financeiras e demais instituições autorizadas a aplicar proporcionalmente a 
regulação prudencial. De acordo com essa Resolução, o Segmento 2 (S2) é composto pelos(as) 
a) bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de câmbio e caixas 
econômicas, de porte inferior a 10% e igual ou superior a 1% do PIB. 
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b) bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de câmbio e caixas 
econômicas que tenham porte igual ou superior a 10% do Produto Interno Bruto (PIB). 
c) instituições de porte inferior a 0,1% do PIB que utilizem metodologia facultativa simplificada 
para apuração dos requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência (PR), de Nível I e de 
Capital Principal, exceto bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos 
de câmbio e caixas econômicas. 
d) instituições de porte inferior a 1% e igual ou superior a 0,1% do PIB. 
e) instituições de porte inferior a 0,1% do PIB. 
Comentários: 
S2 ▶ a) bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de câmbio e caixas 
econômicas, de porte inferior a 10% e igual ou superior a 1% do PIB. 
S1 ▶ b) bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de câmbio e caixas 
econômicas que tenham porte igual ou superior a 10% do Produto Interno Bruto (PIB), ou que 
exerçam atividade internacional relevante, independentemente do porte da instituição. 
S5 ▶ c) instituições de porte inferior a 0,1% do PIB que utilizem metodologia facultativa 
simplificada para apuração dos requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência (PR), de 
Nível I e de Capital Principal, exceto bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de 
investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas. 
S3 ▶ d) instituições de porte inferior a 1% e igual ou superior a 0,1% do PIB. 
S4 ▶ e) instituições de porte inferior a 0,1% do PIB. 
Gabarito: “a” 
 
12. (FCC/2019/AFAP/Analista de Fomento - Contador) 
O denominado Índice de Basileia é 
a) meio de controle e mensuração do endividamento de um país, em nível regional ou nacional, 
o qual permite às entidades internacionais estabelecer parâmetros para a concessão de 
empréstimos de médio e de longo prazo. 
b) uma relação de natureza econômico-financeira que se estabelece entre o fluxo de entradas 
e de saídas de recursos em moeda estrangeira, dentro de um determinado período, nunca 
inferior a 3 meses nem superior a 12 meses, e que tem por finalidade monitorar as taxas 
cambiais de países tomadores de recursos internacionais. 
c) um indicador utilizado no setor bancário que estabelece uma relação entre o capital e os 
ativos da instituição financeira, ponderados pelos seus riscos, com o objetivo de criar exigências 
mínimas de capital para instituições financeiras como forma de fazer face ao risco de crédito. 
d) instrumento de controle inflacionário, por meio do qual se estabelece a relação entre a 
produção de riquezas de um país, em um determinado período, e a quantidade de moeda que 
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ele pode emitir, neste mesmo período, sendo recomendável que esta relação não exceda a 
11%, sempre que a média anual de inflação for de até 1,8%. 
e) o percentual máximo tolerado de endividamento de um país, em moeda estrangeira, 
estabelecido a partir da quantidade efetiva de moeda estrangeira mantida em espécie nas 
instituições financeira do país e o montante da dívida externa desse país. 
Comentários: 
Letras “a” e “e” – Erradas, pois o Índice de Basileia não está relacionado ao controle ou 
mensuração do endividamento de um país. Nem mesmo é relacionado a questões fiscais ou 
relacionadas às contas públicas. 
Letra “b” – Errada, porque o Índice de Basileia não está relacionado ao controle do câmbio de 
um país, mas sim à solidez de seu sistema financeiro. 
Letra “c” – Correta, aqui temos o gabarito da nossa questão, pois o Índice de Basileia está 
relacionado ao requerimento de capital, ao capital mínimo das instituições financeiras a sua 
ponderação de riscos, como forma de mitigar o risco decrédito e proteger a solidez do sistema. 
Letra “d” – Errada. O Índice de Basileia não está relacionado ao controle inflacionário. 
Gabarito: “c” 
 
13. (CEBRASPE/2002/SENADO FEDERAL/Consultor - Economia) 
Com fundamento no Acordo da Basileia, julgue o item abaixo. 
Com a introdução das regras do acordo no Brasil, o risco operacional de uma instituição 
financeira passa a ser medido sobre o volume de recursos captados, de terceiros, e não mais 
sobre os tipos de aplicações feitas com o capital. 
Comentários: 
Com a introdução das regras do Acordo de Basileia, o risco da instituição de crédito – então aí já 
há um erro - passa a ser medido de acordo com as suas operações ativas realizadas, ou seja, com 
os tipos de aplicações feitas com o capital, e não mais em relação ao volume de recursos 
captados. Dessa forma, a questão também inverte as coisas. 
Gabarito: Errado 
 
14. (CEBRASPE/2013/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) 
Julgue o item que se segue, relativo à regulamentação prudencial. 
Amparada nos princípios do acordo de Basileia, a autoridade supervisora pode exigir que os 
bancos operem acima do capital mínimo estabelecido no referido acordo. 
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Comentários: 
Perfeito. Há um capital mínimo regulatório, todavia, a autoridade supervisora (no Brasil, o 
BACEN) pode exigir que as instituições operem acima deste nível de capital, amparada nos 
princípios que lhe conferem poderes para supervisão. 
Embora vários princípios sejam relacionados aos poderes de supervisor, destaca-se o seguinte: 
Princípio 16: Adequação de capital 
• O supervisor define níveis de requerimento de capital prudentes e apropriados, 
que reflitam os riscos tomados. 
• O supervisor define os componentes do capital, tendo em mente sua capacidade 
de absorver perdas. 
• O supervisor pode determinar quantidades adicionais de capital, acima do índice 
normal. 
Gabarito: Certo 
 
15. (CESGRANRIO/2014/FINEP/Analista – Crédito e Finanças) 
O Acordo de Basileia é um tratado de intenções entre os bancos centrais no sentido de 
estabelecer regras prudenciais mínimas para as atividades bancárias. 
Essas regras dizem respeito ao 
a) limite máximo de crédito a pessoas físicas e jurídicas que não ofereçam garantias suficientes. 
b) limite máximo de captação junto ao público de depósitos excessivamente voláteis. 
c) limite mínimo para o spread bancário cobrado nas operações de empréstimo. 
d) requisito mínimo de patrimônio, tendo em vista o total e a qualidade dos ativos do banco. 
e) requisito mínimo de captação de recursos governamentais por parte do banco. 
Comentários: 
Letra “a” – Errada, pois os acordos de Basileia não estão relacionados ao limite máximo de crédito 
a ser concedido, mas sim ao requisito mínimo de patrimônio das instituições financeiras. 
Letra “b” – Errada, porque os acordos de Basileia não estão relacionados ao limite máximo de 
captação junto ao público, mas sim o patrimônio da instituição financeira a ser utilizado na nas 
operações. 
Letra “c” – Errada, os acordos não estão relacionados ao estabelecimento de um spread bancário. 
Letra “d” – Correta. Realmente os acordos de Basileia estão relacionados ao estabelecimento de 
um requisito mínimo de patrimônio, que varia em função do total dos ativos e da qualidade 
desses ativos e do risco das operações. 
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Letra E – Errada, pois os acordos de Basileia não estão relacionados a captação de recursos 
governamentais por parte do banco. 
Gabarito: “d” 
 
16. (CEBRASPE/2013/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) 
Acerca do Sistema Financeiro Nacional e do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), julgue o 
item subsecutivo. 
O Acordo de Basileia apresentou os objetivos de reforçar a solidez e a estabilidade do sistema 
bancário internacional e minimizar as desigualdades competitivas entre os bancos 
internacionalmente ativos. No Brasil, devido à implantação desse acordo, foram introduzidas as 
exigências de capital mínimo para as instituições financeiras, em função do risco de suas 
operações ativas. 
Comentários: 
A questão faz um resumo perfeito sobre o Basileia I, e, portanto, está correta. Quando a questão 
falar somente Acordo de Basileia, geralmente ela estará falando do Basileia I, o qual realmente 
teve como objetivo minimizar as desigualdades competitiva entre os bancos internacionalmente 
ativos, recomendando exigências mínimas de capitais para essas instituições financeiras, a fim 
de mitigação do risco de crédito. 
Gabarito: Certo 
 
17. (ESAF/2002/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista - Supervisão) 
Em 1994, o Brasil aderiu ao chamado "Acordo de Basiléia", passando a promover importantes 
alterações nas regras de funcionamento das Instituições Financeiras. Entre as opções a seguir, 
assinale aquela que representa uma alteração nas normas então vigentes, com vistas à 
adequação ao "Acordo de Basiléia". 
a) Obrigatoriedade de manutenção, por parte das instituições financeiras, de patrimônio líquido 
ajustado compatível com o grau de risco dos ativos. 
b) Obrigatoriedade de que as instituições financeiras mantenham sigilo em suas operações 
ativas e passivas. 
c) Obrigatoriedade de que o capital das instituições financeiras seja subscrito em moeda 
corrente. 
d) Obrigatoriedade, por parte das instituições financeiras, de compra de carta-patente para 
obtenção da autorização para funcionamento, concedida pelo Banco Central do Brasil. 
e) Obrigatoriedade da separação, por parte das instituições financeiras, das atividades bancária 
e de seguros. 
Comentários: 
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Note que a questão foi para o concurso de 2002 para o BCB. Pela data, naturalmente está 
tratando do Basileia I. Observe que a única alternativa que está tratando sobre requerimento de 
capital ou composição do patrimônio é a letra “a”, que, portanto, é o gabarito da questão. 
O Basileia I introduziu recomendações para exigências mínimas de capital, havendo uma 
ponderação de risco para cada tipo de operação ativa. Por exemplo, em 2002 (data da questão), 
nas operações de crédito em geral, deveriam ser provisionados 11% do valor da operação de 
maneira prudencial, ou seja, em uma operação de R$ 10.000,00, deveria ser constituída uma 
provisão de R$ 1.100,00. 
Gabarito: “a” 
 
18. (CEBRASPE/2018/ABIN/Oficial de Inteligência) 
Julgue o item a seguir, a respeito do Sistema Financeiro Internacional. 
A exigência de capital regulatório relacionado ao risco de perdas financeiras decorrentes de 
falhas ou inadequação de pessoas, processos ou sistemas foi incorporada ao chamado Acordo 
de Basileia, em seu pilar I, quando da divulgação de sua revisão, conhecida como Basileia II. 
Comentários: 
O risco de perdas financeiras decorrentes de falhas ou inadequação de pessoas, processos ou 
sistemas está relacionado ao risco operacional. 
O Basileia II adicionou no Pilar I o risco operacional aos riscos de crédito e de mercado e, 
portanto, a questão está correta. 
Gabarito: Certo 
 
19. (CESGRANRIO/2009/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) 
O Brasil, que possuía uma supervisão bancária rigorosa e bem aderente ao Acordo da Basileia 
II, foi menos afetado pela última crise econômica mundial. Isso se deu porque os princípios 
adotados no Brasil envolveram uma supervisão eminentemente 
a) prescritiva, no lugar da regulamentação prudencial, focada na análise da situação econômico-
financeira da instituição. 
b) focada nas provisões a risco, apropriadas pelas instituições nos seus demonstrativos 
econômico-financeiros. 
c) focadano risco operacional, nos controles internos desenvolvidos pelas instituições e na 
transparência. 
d) focada no risco, na supervisão contínua e na transparência. 
e) focada nos riscos decorrentes da concentração do setor bancário e na transparência. 
Comentários: 
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A questão parece um pouco subjetiva em primeira leitura, mas na verdade o que a banca quis 
foi abordar os três pilares do Basileia II. 
• Pilar 1 – baseado nos requerimentos mínimos de capital, considerada os riscos de crédito, 
de mercado e operacional. 
• Pilar 2 – focado na supervisão contínua e na revisão dos processos internos de avaliação 
de riscos. 
• Pilar 3 – relacionado à transparência e à disciplina de mercado. 
Portanto, temos como alternativa correta a letra D. 
Erros das demais: 
Letra “a” – é o inverso. Basileia II estabelece uma regulação prudencial, ao invés de prescritiva. 
Letra “b” – o foco não é a provisão ao risco, ainda que um dos pilares seja a consideração destes 
para requerimento de capital. 
Letra “c” – o risco operacional passa a ser considerado no Basileia II, todavia, o foco não é nele, 
mas na consideração dos riscos de crédito, de mercado e operacional em conjunto. 
Letra “e” – não há foco nos riscos da concentração do setor bancário. 
Gabarito: “d” 
 
20. (FUNDATEC/2015/BRDE/Analista de Projetos – área Econômico-Financeira) 
Em 2004, o Comitê de Basileia na Suíça estabeleceu o Segundo Acordo, também conhecido 
como Basileia II, onde definiu os Pilares de sustentabilidade do sistema financeiro mundial. 
Esses Pilares fazem referência a: 
I. Capital Mínimo. 
II. Supervisão Bancária. 
III. Transparência. 
IV. Conjuntura Econômica Mundial. 
V. Comunicação. 
VI. Ouvidoria. 
VII. Spreads Bancários. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I, II e III. 
b) Apenas II, V e VII. 
c) Apenas III, V e VI. 
d) Apenas V, VI e VII. 
e) Apenas I, II, III, IV, V e VI. 
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Comentários 
Veja como os termos podem variar, por isso é importante que você entenda a essência dos 
pilares. Vamos aos itens: 
I. Capital Mínimo. Pilar 1, relacionado aos requerimentos mínimos de capital. 
II. Supervisão Bancária. Pilar 2, os bancos devem possuir processos internos de avaliação da 
adequação de capital, mas o supervisor deve avaliá-los e interferir quando necessário. 
III. Transparência. Pilar 3, disciplina de mercado, além da promoção da transparência, está 
relacionado à promoção da autorregulação. 
IV. Conjuntura Econômica Mundial. 
V. Comunicação. 
VI. Ouvidoria. 
VII. Spreads Bancários. 
Portanto, I, II e III estão relacionados aos pilares do Basileia II e o gabarito é a letra “a”. 
Gabarito: “a” 
 
21. (CESGRANRIO/2009/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) 
No Brasil, a supervisão bancária acompanha o ritmo da evolução do mercado financeiro e, 
conforme recomendação do Acordo da Basileia II, migrou de uma ótica prescritiva para outra, 
de natureza prudencial, transitando de uma postura reativa para uma proativa, com base em 
três pilares. Quais são os três pilares que norteiam o Acordo da Basileia II? 
a) Atendimento às leis e à regulamentação vigentes, verificação dos itens das demonstrações 
contábeis e disciplina de mercado. 
b) Necessidades mínimas de capital, revisão de supervisão da suficiência de capital conforme o 
perfil de risco da instituição e disciplina de mercado. 
c) Verificação dos itens das demonstrações contábeis, metodologia adotada pelas instituições 
financeiras para apuração dos riscos e disciplina de mercado. 
d) Necessidades mínimas de capital de uma instituição financeira, transparência pública e 
atendimento à regulamentação vigente. 
e) Revisão de supervisão da suficiência de capital de acordo com o perfil de risco da instituição, 
transparência e atendimento às leis e à regulamentação vigentes. 
Comentários: 
Mais uma questão sobre os pilares. Observe que é o tema mais recorrente do Basileia II. Vamos 
aos itens. 
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a) Atendimento às leis e à regulamentação vigentes, verificação dos itens das demonstrações 
contábeis e disciplina de mercado. 
b) Necessidades mínimas de capital, revisão de supervisão da suficiência de capital conforme o 
perfil de risco da instituição e disciplina de mercado. Alternativa correta. 
c) Verificação dos itens das demonstrações contábeis, metodologia adotada pelas instituições 
financeiras para apuração dos riscos e disciplina de mercado. 
d) Necessidades mínimas de capital de uma instituição financeira, transparência pública e 
atendimento à regulamentação vigente. 
e) Revisão de supervisão da suficiência de capital de acordo com o perfil de risco da instituição, 
transparência e atendimento às leis e à regulamentação vigentes. 
Gabarito: “b” 
 
22. (CEBRASPE/2016/FUNPRESP/Analista - Investimentos) 
Acerca dos riscos de mercado, julgue o item seguinte. 
Os bancos brasileiros passaram a alocar capital próprio para cobertura do risco de mercado 
após a publicação do Acordo Internacional de Basileia III. 
Comentários: 
A questão está errada, pois desde o primeiro acordo de Basileia, ainda que em revisão, os 
bancos já passaram a alocar capital próprio para cobertura do risco de mercado. 
Gabarito: Errado 
 
23. (FDC/2014/AGERIO/Analista de Desenvolvimento) 
Marque a alternativa que apresenta uma das novas recomendações propostas no âmbito do 
Acordo da Basiléia III. 
a) inclusão de capital regulatório para risco operacional; 
b) reduzir a pró-ciclicidade por meio de requerimentos adicionais de capital; 
c) inclusão do risco de crédito no cálculo do capital regulatório; 
d) estabelecimento de novos limites para as políticas cambiais dos países; 
e) separação, por parte das instituições financeiras, das atividades bancária e de seguros. 
Comentários: 
Letra “a” – Errada, porque a inclusão de capital regulatório para risco operacional foi feita pelo 
Acordo de Basileia II. 
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Letra “b” – Correta. Realmente uma das novas recomendações do Basileia III foi o requerimento 
de adicionais de capital para reduzir a pró ciclicidade, introduzindo os colchões de capital 
(buffers) de conservação e contracíclicos. 
Letra “c” – Errada. O risco de crédito já está incluído no capital regulatório desde o primeiro 
Acordo de Basileia. 
Letra “d” – Errado. Não há estabelecimento de limites para a políticas cambiais em nenhum dos 
acordos de Basileia. 
Letra “e” – Errada. Basileia III não prevê segregação de atividades. 
Gabarito: “b” 
 
24. (FGV/2018/BANESTES/Analista Econômico-Financeiro) 
 O acordo da Basileia tem sido um importante instrumento de regulação bancária prudencial, 
visando especialmente fazer frente ao risco do sistema financeiro mundial. Inicialmente, o 
Basileia I, divulgado em 1988, teve como objetivo criar exigências mínimas de capital para 
instituições financeiras como forma de fazer face ao risco de crédito. Em 2004, foi revisto e 
divulgado o Basileia II, com o objetivo de buscar uma medida mais precisa dos riscos incorridos 
pelos bancos internacionalmente ativos. A partir de 2010, os países passaram a implementar o 
Basileia III, como parte de um movimento contínuo de aprimoramento da estrutura prudencial 
aplicável às instituições financeiras. 
Sobre o Basileia III, analise as afirmativas a seguir. 
I. Procura reduzir o risco das variações dos preços dos títulos, e consequentementeo risco de 
mercado, mediante o controle das bolhas especulativas pelos Bancos Centrais. 
II. Busca ampliar a qualidade do capital regulatório, além de requerer montantes superiores de 
capital, principalmente das parcelas com maior capacidade de absorver perdas. 
III. Introduziu na regulação os pilares de definição do capital mínimo para bancar o risco de 
crédito, de mercado e operacional, aprimorou a supervisão bancária e estabeleceu regras para 
disciplina de mercado. 
IV. Visa ao aperfeiçoamento da capacidade das instituições financeiras absorverem choques 
provenientes do próprio sistema financeiro ou dos demais setores da economia, reduzindo o 
risco de transferência de crises financeiras para a economia real. 
Está correto somente o que se afirma em: 
a) I e III; 
b) I e IV; 
c) II e III; 
d) II e IV; 
e) II, III e IV. 
Comentários: 
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Item I – Errado. O Basileia III não está relacionado ao risco de variação dos preços dos títulos. 
Item II – Certo. O Basileia III busca aumentar tanto a quantidade como a qualidade do capital 
regulatório. Dentre as suas recomendações estão a realização de testes de estresse e a elevação 
dos níveis de capital com maior capacidade de absorção de perdas, como o capital principal e 
os buffers de conservação e contracíclico. 
Item III – Errado. O item estaria correto caso se referisse ao Basileia II. 
Item IV – Certo. A absorção dos choques do sistema financeira e a redução do impacto nos 
demais setores da economia foram os principais objetivos do Basileia III, o qual foi elaborado em 
resposta à crise do subprime. 
Como os itens II e IV estão corretos, chegamos à letra “d” como gabarito da questão. 
Gabarito: “d” 
 
25. (INAZ/2014/BANPARÁ/Contador) 
São recomendações estabelecidas pelo Acordo de Basileia III, emitido em 16 de dezembro de 
2010, exceto: 
a) Implementação do índice de endividamento, exigindo o mínimo efeito na estrutura de capital. 
b) Composição do capital de forma mais rigorosa. 
c) Exigência de uma quantidade mínima de liquidez para as instituições financeiras. 
d) Criação de duas modalidades de capital para absorção de perdas, a primeira voltada a 
momentos de estresse e a segunda a modificações no ambiente macroeconômico. 
e) Aumento nos níveis de transparência dos elementos da composição do capital. 
Comentários: 
Letra “a” – Errada. Não há implementação de índice de endividamento do Basileia III. O foco é 
nos requerimentos de capital, de liquidez e de alavancagem. A lógica que você pode usar aqui 
é que os níveis de endividamento não são as ferramentas mais adequadas para analisar uma 
instituição financeira, tendo em vista que os depósitos à vista e a prazo fazem parte do seu 
passivo e de suas atividades operacionais, o que distorceria a análise. O mais correto é que a 
análise seja feita pela qualidade do capital próprio, liquidez, alavancagem e capacidade de 
absorção de estresse, fatores estes que foram trabalhados no Basileia III. 
Letra “b” – Certa. Uma das recomendações foi o aumento da qualidade e da quantidade do 
capital regulatório. 
Letra “c” – Certa. O Basileia III introduziu novos requerimentos tanto de liquidez como de 
alavancagem. 
Letra “d” – Certa. Trata-se dos buffers de conservação e contracíclico. 
Celso Natale
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Letra “e” – Certa. Foram recomendados o aumento da qualidade, da consistência e da 
transparência da base de capital. 
Gabarito: “a” 
 
26. (CESGRANRIO/2018/BANCO DO BRASIL/Escriturário) 
Com o objetivo de evitar crises financeiras, o Banco Central do Brasil tem adotado, nas últimas 
décadas, diversos mecanismos visando a compatibilizar as normas do Sistema Financeiro 
Nacional com os requisitos emanados dos chamados Acordos de Capital da Basileia, que 
estabelecem regras do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) para 
assegurar a estabilidade financeira internacional. Desde o final da década de 1980, foram 
emitidos os Acordos da Basileia I (1988), Basileia II (2004) e Basileia III (2010). 
No caso do Acordo da Basileia III, concebido após a crise financeira global de 2008, as normas 
introduzidas e já implementadas pelo Banco Central do Brasil foram ainda mais rígidas, porque 
a) impuseram proibições aos bancos de transacionarem nos mercados de derivativos, altamente 
vulneráveis a especulações financeiras. 
b) estabeleceram mecanismos de supervisão bancária prudencial e disciplina do mercado 
bancário. 
c) fixaram exigências de capital para riscos de crédito e de mercado, bem como para risco 
operacional. 
d) adotaram maiores exigências adicionais de capital principal, incluindo procedimentos para 
o cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco referente às exposições ao risco de 
crédito. 
e) estabeleceram mecanismos de supervisão do processo de avaliação da adequação de capital 
dos bancos. 
Comentários: 
Letra “a” – Errada. Não há esta proibição. Os bancos podem transacionar com derivativos. A 
questão tenta confundir com o fato de um dos instrumentos que estiveram no centro da crise do 
subprime foram os CDS (credit default swap), os quais funcionam como um título derivativo. 
Letras “b”, “c” e “e” - Estão erradas porque trazem características do Basileia II. 
Letra “d” – Certa. Basileia III determina capital adicional. 
Gabarito: “d” 
 
27. (CEBRASPE/2009/FINESP/Analista - Finanças) 
Com relação aos princípios fundamentais de supervisão bancária estabelecidos no Acordo da 
Basiléia, assinale a opção correta. 
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a) No caso de transferência significativa de propriedade, ou controle de interesses mantidos 
direta ou indiretamente pelos bancos para terceiros, o supervisor pode recomendar que a 
operação não seja realizada, embora não possa rejeitá-la. 
b) Nos âmbitos do monitoramento e do controle do risco de crédito, os procedimentos do 
supervisor devem envolver exclusivamente as operações de empréstimos, sendo que, nessas 
operações, deve ser considerado o risco de contraparte. 
c) A supervisão envolve a adoção de práticas e processos destinados a evitar que os bancos 
sejam utilizados, intencionalmente ou não, para práticas criminosas. 
d) Antes de conceder autorização para funcionamento de um banco, a autoridade supervisora 
é obrigada a avaliar as propriedades e a condição financeira dos membros do conselho e da 
alta administração da entidade pleiteante, ainda que se trate de bens e ativos localizados em 
países estrangeiros. 
e) Cabe aos supervisores garantir que sejam cumpridos limites de prudência, definidos 
internacionalmente. 
Comentários: 
Letra “a” – Errada, porque o supervisor deve ter poder para rejeitar essas operações. 
Letra “b” – Errada. A questão trata do atual princípio 17 – risco de crédito. O erro está em afirmar 
que os processos envolvem exclusivamente as operações de empréstimos, sendo que na 
verdade o ciclo completo é coberto, incluindo desde a avaliação de crédito até a gestão das 
carteiras de crédito e de investimento dos bancos. 
Letra “c” – Certa. Um dos objetivos da supervisão é evitar a utilização do sistema financeiro para 
práticas criminosas. Na revisão atual, esta prática está relacionada ao princípio 29 (abuso de 
serviços financeiros) o qual coloca especial ênfase no combate à lavagem de dinheiro e 
financiamento do terrorismo. 
Letra “d” – Errada. A questão trata do atual princípio 5, o qual, em tradução livre, diz: 
“Princípio 5 – Critérios de licenciamento: a autoridade licenciadora tem o poder para definir 
critérios e rejeitar solicitaçõespara estabelecimentos que não se enquadrem no critério. No 
mínimo, o processo de licenciamento consiste em uma avaliação de estrutura de propriedade e 
governança (incluindo a aptidão e patrimônio dos membros do conselho e de alta direção) do 
banco e do seu grupo, e seus planos estratégico e operacional controles internos, gestão de 
riscos e condição financeira projetada (incluindo a base de capital). Onde o controlador for um 
banco estrangeiro, é necessário o consentimento prévio do supervisor do seu país de 
origem.” 
O enunciado da alternativa ficou um pouco confuso, mas o examinador o considerou errado, 
provavelmente porque quando os bens e ativos do controlador estiverem localizados em países 
estrangeiros é necessário o consentimento prévio do supervisor do país. 
Letra “e” – Errada. A questão está errada pois os limites prudenciais não são definidos 
internacionalmente, mas há liberdade para os supervisores definirem os limites de capital dentro 
do país. 
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Gabarito: “c” 
 
28. (FUNDATEC/2017/BRDE/Analista de Projetos – Área Econômico-Financeira) 
Os 25 Princípios Básicos do Comitê de Basiléia referem-se: 
I. A precondições para uma supervisão bancária eficaz. 
II. A autorizações e estrutura. 
III. A regulamentos e requisitos prudenciais. 
IV. Ao cumprimento das diretrizes e de protocolos pré-estabelecidos. 
V. A poderes formais dos supervisores e atividades bancárias internacionais. 
VI. À gestão permanente de riscos e transferências bancárias. 
VII. A métodos de supervisão bancária contínua e requisitos de informação. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I, II e VI. 
b) Apenas III, IV e VII. 
c) Apenas III, IV, V e VI. 
d) Apenas IV, V, VI e VII. 
e) Apenas I, II, III, V e VII. 
Comentários: 
A questão fala em 25 princípios, mas você estudou a aula e sabe que, na verdade, são 29 (e já 
eram em 2017). Deixando de lado essa impropriedade do enunciado. 
Observe que os princípios apresentados em nosso roteiro de revisão dizem respeito a 
principalmente à previsão de poderes e responsabilidades ao supervisor, bem como à 
mecanismos de prevenção de riscos e governança corporativa pelos bancos. Dito isso, vamos 
aos itens. 
I. A precondições para uma supervisão bancária eficaz. Certo. Os princípios 1 a 13 tratam de 
questões essenciais para uma supervisão bancária eficaz. 
II. A autorizações e estrutura. Certo. Autorização e estrutura das instituições são objetos dos 
princípios, sendo abordados principalmente no princípio 5 - critérios de licenciamento. 
III. A regulamentos e requisitos prudenciais. Certo. Mas os princípios 14 a 29 dizem respeito a 
regulamentos e requisitos prudenciais. 
IV. Ao cumprimento das diretrizes e de protocolos pré-estabelecidos. Errado. Não está 
relacionado ao cumprimento das diretrizes de protocolos pré-estabelecidos, mas sim a princípios 
que devem ser adequados para cada país e seu sistema financeiro de acordo com critérios 
macroeconômicos. 
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V. A poderes formais dos supervisores e atividades bancárias internacionais. Certo. Os princípios 
1 a 13 trazem diversos poderes formais para os supervisores. Especialmente os princípios 2, que 
trata da proteção legal aos supervisores, e o princípio 11, que trata dos poderes corretivos e 
sancionatórios dos supervisores. Em relação às atividades internacionais, vários dos princípios 
dizem respeito a elas, destacando-se o princípio 13, que fala do relacionamento home-host, que 
diz respeito ao relacionamento entre o supervisor do país de origem do banco e o supervisor dos 
outros países onde o banco opera. 
VI. À gestão permanente de riscos e transferências bancárias. Errado. Os princípios tratam da 
gestão dos riscos, do requerimento de capital, gestão corporativa, entre outros fatores, todavia 
não tratam das transferências bancárias. 
VII. A métodos de supervisão bancária contínua e requisitos de informação. Certo. Uma das 
preocupações é o estabelecimento de métodos para a supervisão bancária contínua, além da 
transparência e da divulgação das informações financeiras e perfil de risco. 
Portanto, os itens corretos são I, II, III, V e VII, e o gabarito é a letra E. 
Gabarito: “e” 
 
29. (CESGRANRIO/2009/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) [adaptada] 
Entre os Princípios Fundamentais de Basileia para uma supervisão bancária efetiva, o princípio 
26 trata dos controles internos e da auditoria, além de orientar os supervisores para que se 
assegurem de que os bancos adotam controles internos adequados ao porte e à complexidade 
de seus negócios. 
Os controles internos têm, entre seus objetivos, 
a) preparar a contabilidade do banco e enviar os relatórios consolidados ao Banco Central e à 
Receita Federal, quando solicitados. 
b) realizar o acompanhamento sistemático das atividades desenvolvidas pela instituição e 
verificar se os limites estabelecidos e as leis e regulamentos aplicáveis estão sendo cumpridos. 
c) realizar o arquivamento de todos os documentos, garantindo a guarda e o controle das 
informações. 
d) definir os indicadores de desempenho das instituições, de forma que estejam adequados ao 
porte e à complexidade dos negócios. 
e) participar do desenvolvimento do sistema de informações do banco, de forma a garantir a 
veracidade dos relatórios que estarão sendo divulgados para diretores e acionistas. 
Comentários: 
Em 2012 houve uma revisão dos princípios e controle interno não é mais o 17 (como constava 
originalmente na questão). Agora, faz parte do 26: “Controle Interno e Auditoria”. 
Celso Natale
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Independentemente disso, a assertiva correta é a letra B. O controle interno é caracterizado por 
pertencer à estrutura da instituição. Ele atua de forma permanente e contínua, realizando o 
acompanhamento sistemático das atividades desenvolvidas pela instituição. 
Dentre as suas diversas atribuições estão a verificação dos limites estabelecidos pelas leis e 
regulamentos aplicáveis, a eficiência operacional, a prevenção a fraudes e erros, e a correção de 
diversas outras inadequações que possam ocorrer nas atividades da instituição. 
Gabarito: “b” 
 
30. (PROF.CELSO NATALE/INÉDITA) 
O Acordo de Basileia, um conjunto de diretrizes internacionais para o setor bancário, estabelece 
princípios que visam promover a estabilidade financeira e a gestão prudente dos bancos. Sobre 
alguns desses princípios, assinale a alternativa correta: 
a) O princípio da "Adequação de Capital" estabelece que os bancos devem manter um nível 
mínimo de capital em relação aos seus ativos ponderados pelo risco, a fim de proteger-se contra 
potenciais perdas e garantir a solidez financeira. 
b) O princípio da "Concorrência e Livre Mercado" incentiva a criação de restrições regulatórias 
sobre a atuação dos bancos, visando promover a concorrência e a oferta de serviços financeiros 
diversificados. 
c) O princípio da "Minimização de Reservas" preconiza que os bancos devem manter uma 
quantidade substancial de reservas para cobrir possíveis perdas decorrentes de empréstimos 
inadimplentes. 
d) O princípio da "Privacidade do Cliente" protege os dados pessoais dos clientes bancários, 
impedindo que as instituições financeiras compartilhem informações sem o consentimento 
explícito dos titulares das contas. 
e) O princípio da "Alavancagem Ilimitada" permite que os bancos tomem empréstimos e se 
alavanquem no mercado financeiro sem restrições, visando aumentar seus lucros e expandir 
suas operações livremente. 
Comentários: 
A única alternativa com um dos 29princípios é a letra “a”, que traz o princípio 16: 
Princípio 16: Adequação de capital 
• O supervisor define níveis de requerimento de capital prudentes e apropriados, 
que reflitam os riscos tomados. 
• O supervisor define os componentes do capital, tendo em mente sua capacidade 
de absorver perdas. 
• O supervisor pode determinar quantidades adicionais de capital, acima do índice 
normal. 
As demais trazem “princípios” inventados. 
Gabarito: “a” 
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31. (PROF.CELSO NATALE/INÉDITA) 
O Acordo de Basileia, um conjunto de diretrizes internacionais para o setor bancário, estabelece 
princípios que visam promover a estabilidade financeira e a gestão prudente dos bancos. Sobre 
alguns desses princípios, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) O princípio da "Transações com partes relacionadas" estabelece que os bancos devem 
prevenir abusos em transações com partes relacionadas e enfrentar o risco de conflito de 
interesses. 
b) O princípio da "Relatórios de supervisão" preconiza que o supervisor coleta, revisa e analisa 
relatórios prudenciais e análises estatísticas enviadas pelos bancos. 
c) O princípio da "Transparência e Divulgação" requer que os bancos forneçam informações 
detalhadas sobre suas operações, riscos e situação financeira para os reguladores e o público 
em geral. 
d) O princípio da "Risco operacional" determina que o supervisor deve definir níveis de liquidez 
prudentes e apropriados os quais incluem tanto requerimentos quantitativos quanto 
qualitativos, o que deve refletir as necessidades de liquidez do banco. 
e) O princípio da "Transações com partes relacionadas " refere-se ao enfretamento o risco de 
conflito de interesses. 
Comentários: 
O gabarito é a letra “d”, pois nomeia o princípio 25 (risco operacional), mas descreve o princípio 
24 (risco de liquidez). 
Estão corretas: 
a) Princípio 20. 
b) Princípio 10. 
c) Princípio 28 (o original é “Divulgação e transparência”, e na questão está invertido 
“Transparência e divulgação”. Mas isso não muda o sentido, e variações no nome podem 
ocorrer). 
e) Princípio 20. 
Gabarito: “d” 
 
32. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital determinados no âmbito do 
Comitê de Basileia, julgue o item subsequente. 
(I) O Índice de Basileia (IB) é calculado como a razão entre o capital próprio do banco e o total 
de ativos. Essa medida proporciona uma avaliação simplificada da alavancagem, sendo uma 
ferramenta essencial para limitar o risco sistêmico. 
Celso Natale
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Comentários: 
O Índice de Basileia (IB) é realmente calculado como o ratio (razão) entre o capital próprio e os 
ativos, fornecendo uma medida simplificada da alavancagem. Portanto, a afirmação é 
Verdadeira. 
Gabarito: Certo 
 
33. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital determinados no âmbito do 
Comitê de Basileia, julgue o item subsequente. 
A alavancagem, no contexto bancário, refere-se à capacidade de uma instituição financeira 
utilizar dívida para ampliar seus investimentos, buscando maiores retornos. No entanto, o uso 
excessivo de alavancagem pode aumentar a rentabilidade em tempos favoráveis, mas também 
intensificar as perdas em condições desfavoráveis, elevando o risco de insolvência. 
Comentários: 
 A descrição da alavancagem no contexto bancário está correta, destacando os benefícios e os 
riscos associados ao seu uso, que têm total relação com a chamada prociclicidade. Portanto, a 
afirmação é Verdadeira. 
Gabarito: Certo 
 
34. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital determinados no âmbito do 
Comitê de Basileia, julgue o item subsequente. 
Basileia III introduziu elementos macroprudenciais no modelo de capital, visando conter riscos 
sistêmicos associados à prociclicidade e à interconexão entre instituições financeiras. A 
prociclicidade refere-se à tendência de uma variável econômica específica acompanhar as fases 
cíclicas da economia, podendo intensificar padrões de crescimento ou agravar recessões. 
Comentários: 
Basileia III, de fato, incorporou elementos macroprudenciais para abordar riscos sistêmicos, 
incluindo a prociclicidade. A afirmação é, portanto, correta. 
Gabarito: Certo 
 
35. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital determinados no âmbito do 
Comitê de Basileia, julgue o item subsequente. 
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A principal preocupação do Comitê de Basileia ao aumentar a qualidade, consistência e 
transparência da base de capital é promover a expansão acelerada em períodos de crescimento 
econômico, fortalecendo o sistema bancário global. 
Comentários: 
A principal preocupação do Comitê de Basileia, ao aumentar a qualidade, consistência e 
transparência da base de capital, é, na verdade, promover a estabilidade financeira global e 
reduzir riscos sistêmicos, não necessariamente promovendo expansão acelerada em períodos 
de crescimento econômico, o que seria a própria prociclicidade. A afirmação é, portanto, errada. 
Gabarito: Errado 
 
36. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital determinados no âmbito do 
Comitê de Basileia, julgue o item subsequente. 
A alavancagem, no contexto bancário, refere-se à capacidade de uma instituição financeira 
utilizar dívida para ampliar seus investimentos, buscando maiores retornos. O uso excessivo de 
alavancagem pode aumentar a rentabilidade em tempos favoráveis, mas também pode reduzir 
as perdas em condições desfavoráveis, elevando o risco de insolvência. 
Comentários: 
O final está errado, pois o uso excessivo de alavancagem intensifica as perdas em tempos 
desfavoráveis, aumentando o risco de insolvência. 
Gabarito: Errado 
 
37. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo 
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente. 
O principal componente do capital de nível 1 deve ser ações ordinárias e lucros distribuídos, 
fortalecendo assim a qualidade do capital. 
Comentários: 
A afirmativa está incorreta. O capital de nível 1 deve ser composto por ações ordinárias e lucros 
retidos, não distribuídos. Portanto, a afirmativa está incorreta. 
Gabarito: Errado 
 
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38. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo 
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente. 
Além dos instrumentos de maior qualidade, o restante do capital de nível 1 é formado por 
instrumentos subordinados, que são títulos de crédito com prioridade superior no pagamento 
em caso de falência ou liquidação. 
Comentários: 
A afirmativa está incorreta. Instrumentos subordinados têm prioridade inferior no pagamento em 
caso de falência ou liquidação. 
Gabarito: Errado 
 
39. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo 
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente. 
Os dividendos ou cupons não cumulativos presentes nos instrumentos subordinados significam 
que, se não forem pagos em um período, não se acumulam para serem quitados em períodos 
futuros. 
Comentários: 
A afirmativa está correta.Dividendos ou cupons não cumulativos não se acumulam para serem 
pagos em períodos futuros. 
Gabarito: Certo 
 
40. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo 
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente. 
Os instrumentos de capital de nível 2 foram harmonizados para garantir consistência e 
transparência na base de capital. 
Comentários: 
A afirmativa está correta, e de acordo com as publicações do Comitê vistas nesta aula. Os 
instrumentos de capital de nível 2 foram harmonizados para garantir consistência e 
transparência. 
Gabarito: Certo 
Celso Natale
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41. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo 
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente. 
Para melhorar a transparência, Basileia III exige a divulgação de todos os elementos do capital, 
proporcionando ao mercado uma avaliação mais abrangente. 
Comentários: 
A afirmativa está correta. Basileia III, de fato, exige a divulgação de todos os elementos do capital 
para promover transparência. Portanto, a resposta é Verdadeira. 
Gabarito: Certo 
 
42. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Entre diversas medidas em resposta à crise do subprime em 2008, o Comitê de Basileia 
determinou o aumento da cobertura de risco. Nesse sentido, julgue a afirmativa seguinte. 
O trading book de um banco inclui ativos que são adquiridos com a intenção de venda a curto 
prazo ou para lucrar com diferenças de preço a curto prazo. 
Comentários: 
A afirmativa, conceitual, está correta. O trading book envolve ativos adquiridos para venda a 
curto prazo ou para lucros imediatos. Portanto, a resposta é Verdadeira. 
Gabarito: Certo 
 
43. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Entre diversas medidas em resposta à crise do subprime em 2008, o Comitê de Basileia 
determinou o aumento da cobertura de risco. Nesse sentido, julgue a afirmativa seguinte. 
O banking book de um banco consiste em ativos e passivos que são mantidos pelo banco com 
a intenção de vendê-los antes do vencimento. 
Comentários: 
A afirmativa está incorreta. O banking book consiste em ativos e passivos mantidos até o 
vencimento, não com a intenção de venda antes disso. 
Gabarito: Errado 
 
 
Celso Natale
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44. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Entre diversas medidas em resposta à crise do subprime em 2008, o Comitê de Basileia 
determinou o aumento da cobertura de risco. Nesse sentido, julgue a afirmativa seguinte. 
A securitização é um processo financeiro que transforma ativos ilíquidos em ativos líquidos, 
proporcionando liquidez adicional aos emissores originais dos ativos. 
Comentários: 
A afirmativa está correta. A securitização envolve a conversão de ativos ilíquidos em títulos 
negociáveis, proporcionando liquidez adicional aos emissores originais. Portanto, a resposta é 
Verdadeira. 
Gabarito: Certo 
 
45. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Entre diversas medidas em resposta à crise do subprime em 2008, o Comitê de Basileia 
determinou o aumento da cobertura de risco. Nesse sentido, julgue a afirmativa seguinte. 
O Comitê introduziu requisitos de capital mais baixos para as ressecuritizações, buscando 
reduzir a prociclicidade e fornecendo incentivos adicionais para mover contratos de derivativos 
de balcão para contrapartes centrais. 
Comentários: 
A afirmativa está incorreta. O Comitê introduziu requisitos de capital mais altos para as 
ressecuritizações, não mais baixos. O restante está correto, mas a questão já ficou prejudicada. 
Gabarito: Errado 
 
46. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente. 
Durante a parte mais severa da crise, o setor bancário foi forçado pelo mercado a aumentar sua 
alavancagem, amplificando a pressão descendente sobre os preços dos ativos. 
Comentários: 
A afirmativa está incorreta. Durante a crise, os bancos foram forçados a reduzir sua alavancagem, 
não a aumentar, o que contribuiu para a pressão descendente sobre os preços dos ativos. 
Gabarito: Errado 
 
Celso Natale
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47. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente. 
A razão de alavancagem introduzida pelo Comitê tem como objetivo conter a alavancagem no 
setor bancário e introduzir salvaguardas adicionais contra o risco de modelo e erro de medição. 
Comentários: 
A afirmativa está correta. A razão de alavancagem visa conter a alavancagem no setor bancário 
e introduzir salvaguardas adicionais contra o risco de modelo e erro de medição. 
Gabarito: Certo 
 
48. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente. 
A excessiva interconexão entre bancos sistemicamente importantes amplificou choques ao 
longo do tempo, transmitindo-os por todo o sistema financeiro. 
Comentários: 
A afirmativa está correta. A excessiva interconexão entre bancos sistemicamente importantes 
contribuiu para a transmissão de choques por todo o sistema financeiro. 
Gabarito: Certo 
 
49. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente. 
O Comitê desenvolveu a Razão de Financiamento Estável Líquido (NSFR) para promover 
resiliência em um horizonte de tempo mais curto, quando comparado com a Taxa de Cobertura 
de Liquidez (LCR), garantindo recursos líquidos suficientes para sobreviver a um cenário de 
estresse agudo. 
Comentários: 
A afirmativa está incorreta. A NSFR visa promover resiliência em um horizonte de tempo mais 
longo, não mais curto. 
Gabarito: Errado 
 
50. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente. 
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Durante a crise financeira, a excessiva interconexão entre bancos sistemicamente importantes 
contribuiu para a transmissão de choques por todo o sistema financeiro. 
Comentários: 
A afirmativa está correta. A excessiva interconexão entre bancos sistemicamente importantes 
contribuiu para a transmissão de choques por todo o sistema financeiro. 
Gabarito: Certo 
 
51. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente. 
Durante a crise financeira, muitos bancos continuaram a realizar grandes distribuições na forma 
de dividendos, recompras de ações e pagamentos generosos de compensação, mesmo que 
sua condição financeira estivesse se deteriorando. 
Comentários: 
A afirmativa está correta. Muitos bancos continuaram a realizar grandes distribuições durante a 
crise financeira, mesmo com a deterioração de sua condição financeira. 
Gabarito: Certo 
 
52. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente. 
O Comitê desenvolveu a Taxa de Cobertura de Liquidez (LCR) para promover resiliência a 
potenciais interrupções de liquidez em um horizonte de trinta dias. 
Comentários: 
A afirmativa está correta. A LCR foi desenvolvida para promover resiliência a interrupções de 
liquidez em um horizonte de trinta dias. 
Gabarito: Certo 
 
53. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais derequerimento de capital, julgue o item subsequente. 
Durante a crise financeira, o Comitê introduziu medidas para tornar os bancos mais aderentes 
a dinâmicas procíclicas, promovendo a expansão do crédito. 
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Comentários: 
O Comitê introduziu medidas para tornar os bancos menos vulneráveis a dinâmicas procíclicas, 
buscando conter a expansão excessiva do crédito. 
Gabarito: Errado 
 
54. (2018/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Agente Comercial) 
Com o objetivo de evitar crises financeiras, o Banco Central do Brasil tem adotado, nas últimas 
décadas, diversos mecanismos visando a compatibilizar as normas do Sistema Financeiro 
Nacional com os requisitos emanados dos chamados Acordos de Capital da Basileia, que 
estabelecem regras do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) para 
assegurar a estabilidade financeira internacional. Desde o final da década de 1980, foram 
emitidos os Acordos da Basileia I (1988), Basileia II (2004) e Basileia III (2010). 
No caso do Acordo da Basileia III, concebido após a crise financeira global de 2008, as normas 
introduzidas e já implementadas pelo Banco Central do Brasil foram ainda mais rígidas, porque 
a) impuseram proibições aos bancos de transacionarem nos mercados de derivativos, altamente 
vulneráveis a especulações financeiras. 
b) estabeleceram mecanismos de supervisão bancária prudencial e disciplina do mercado 
bancário. 
c) fixaram exigências de capital para riscos de crédito e de mercado, bem como para risco 
operacional. 
d) adotaram maiores exigências adicionais de capital principal, incluindo procedimentos para 
o cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco referente às exposições ao risco de 
crédito. 
e) estabeleceram mecanismos de supervisão do processo de avaliação da adequação de capital 
dos bancos. 
Comentários: 
Precisamos avaliar cada uma das alternativas, para encontrar a correta. 
a) impuseram proibições aos bancos de transacionarem nos mercados de derivativos, altamente 
vulneráveis a especulações financeiras. 
Errado. Embora o mercado de derivativos seja, realmente, mais vulnerável à especulação, não é 
verdade que houve proibição para os bancos de transacionarem nesse mercado. 
b) estabeleceram mecanismos de supervisão bancária prudencial e disciplina do mercado 
bancário. 
Errado. Esses mecanismos eram previstos desde Basileia I. Portanto, não é rigorosamente correto 
dizer que Basileia III foi mais rígida por causa disso. Embora, é verdade, essa poderia ser o 
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gabarito se não houvesse uma “mais certa”, pois certamente foram estabelecidos NOVOS 
mecanismos de supervisão prudencial. 
c) fixaram exigências de capital para riscos de crédito e de mercado, bem como para risco 
operacional. 
Errado, pelo mesmo raciocínio da alternativa anterior. Já havia exigências para risco de crédito 
e de mercado em Basileia II. 
d) adotaram maiores exigências adicionais de capital principal, incluindo procedimentos para o 
cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco referente às exposições ao risco de crédito. 
Certo! Maiores exigências de capital (quantidade e qualidade) são a essência de Basileia III. 
e) estabeleceram mecanismos de supervisão do processo de avaliação da adequação de capital 
dos bancos. 
Errado, por também não ser uma novidade de Basileia III. 
De forma geral, temos 3 alternativas (b, c , e) que poderiam ser o gabarito, pois discorrem sobre 
itens que, de fato, estão presentes em Basileia III, mas já estavam presentes anteriormente, e a 
questão pede a justificativa para esse acordo ser mais rígido. 
Gabarito: “d” 
 
55. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O Patrimônio de Referência (PR), segundo a Resolução CMN nº 4.595/2021, desempenha um 
papel crucial ao enfrentar os desafios inerentes aos riscos no setor financeiro, seguindo padrões 
internacionalmente estabelecidos por Basileia. Diante disso, avalie se a afirmativa abaixo. 
O patrimônio de referência (PR) é destinado a fazer frente aos riscos, conforme padrões 
internacionais estabelecidos no âmbito de Basileia. 
Comentários: 
Essa é mais tranquila, pois, de fato, o PR é concebido para ser um recurso capaz de enfrentar os 
riscos financeiros de acordo com as normas globais estipuladas por Basileia. 
Gabarito: Certo 
 
56. (2023/CESGRANRIO/AgeRIO/Analista de Desenvolvimento – Contabilidade) 
O Patrimônio de Referência (PR), para fins da verificação do cumprimento dos limites 
operacionais das instituições financeiras e das demais instituições autorizadas a funcionar pelo 
Banco Central do Brasil, consiste no somatório do Nível I e do Nível II. 
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O Nível I do PR consiste 
a) no capital principal, exclusivamente 
b) no capital complementar, exclusivamente 
c) no somatório do capital principal e do capital complementar 
d) na diferença entre o capital principal e o capital complementar 
e) na multiplicação do capital principal com o capital complementar 
Comentários: 
Vamos rever o que apreendemos. 
A Resolução define que há capitais de diferentes qualidades que podem ser considerados PR, 
divididos em Nível I e Nível II, sendo o Nível I considerado melhor. Além disso, o PR de Nível 
I é dividido em Capital Principal e Capital Complementar. Fica assim: 
 
Portanto, está correta a alternativa “c”. 
Gabarito: “c” 
57. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A Resolução CMN nº 4.595/2021, responsável por abordar a apuração do capital para 
instituições financeiras (IF), possui escopo específico de aplicação. Sobre essa delimitação, 
julgue o item subsequente. 
A Resolução CMN nº 4.595/2021 se aplica a instituições financeiras menores, administradoras 
de consórcios e instituições de pagamento. 
Comentários: 
Dois erros. Primeiro, por definição, Administradoras de Consórcios e Instituições de Pagamento 
não são instituições financeiras. 
Além disso, a Resolução CMN nº 4.595/2021, expressamente, não é aplicável a administradoras 
de consórcios e a instituições de pagamento, dada a natureza diferenciada de seus negócios e 
menor impacto sistêmico. 
Patrimônio de 
Referência PR
Nível I
Capital 
Principal
Capital 
Complementar
Nível II
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Gabarito: Errado 
 
58. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A categorização do Patrimônio de Referência (PR) em Nível I e Nível II, sendo o Nível I 
considerado de qualidade superior, é uma distinção importante conforme a Resolução CMN nº 
4.595/2021. julgue o item subsequente. 
O Patrimônio de Referência (PR) é dividido em Nível I e Nível II, sendo o Nível I considerado 
melhor. 
Comentários: 
A distinção entre Nível I e Nível II no PR estabelece que o Nível I é de melhor qualidade, indicando 
que possui capitais mais robustos. Assim, a afirmativa é Verdadeira. 
Gabarito: Certo 
 
59. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
No contexto de conglomerados, a figura do controlador é crucial para a supervisão das 
instituições envolvidas. Nesse sentido, julgue o item a seguir. 
Controlador é a instituição líder do conglomerado que detém o controle sobre as demais. 
Comentários: 
O controlador é, de fato, a instituição líder do conglomerado, detendo o controle sobre as 
demais entidades. 
Gabarito: Certo 
 
60. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Entender a dinâmica entre controlador e subsidiária é fundamental nas práticas regulatórias. 
Nesse contexto, julgue o itema seguir. 
Subsidiária é a entidade participante de conglomerado que detém o controle sobre as demais. 
Comentários: 
Subsidiária é a entidade que faz parte do conglomerado, excluindo a instituição líder 
(controlador). Portanto, a afirmativa é incorreta. 
Gabarito: Errado 
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61. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A consolidação das demonstrações contábeis é uma prática essencial na avaliação do 
Patrimônio de Referência (PR). Analise se a afirmativa abaixo é certa ou errada. 
A apuração do Patrimônio de Referência (PR) deve ser realizada em bases consolidadas para as 
instituições integrantes de um mesmo conglomerado financeiro. 
Comentários: 
A apuração do PR é realizada de forma consolidada para as instituições dentro do mesmo 
conglomerado prudencial. E se elas fazem parte do mesmo conglomerado financeiro, também 
fazem parte do mesmo conglomerado prudencial, pois este é um conceito mais amplo. 
Portanto, a afirmativa está, do ponto de vista lógico, correta, mas eu entendo se você quiser 
entrar com recurso, pois a exigência expressa é que o conglomerado prudencial apure o PR de 
forma consolidada. 
Gabarito: Certo 
 
62. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A segmentação do Patrimônio de Referência (PR) em Nível I, subdividido em Capital Principal 
(CP) e Capital Complementar (CC), é um ponto crucial na regulamentação. Julgue o item 
subsequente. 
O Patrimônio de Referência (PR) de Nível I é dividido em Capital Principal (CP) e Capital 
Complementar (CC). 
Comentários: 
O PR de Nível I é, de fato, dividido em Capital Principal (CP) e Capital Complementar (CC). Essa 
distinção busca categorizar diferentes tipos de capitais nessa camada de maior qualidade. 
Portanto, a afirmativa está correta. 
Gabarito: Certo 
 
63. (2013/CEBRASPE-CESPE/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) 
Com relação à regulamentação da resolução bancária no Brasil, julgue o item subsequente. 
Depósito em conta vinculada pode, temporariamente, ser admitido pelo BACEN como forma 
de suprir deficiências de patrimônio de referência. 
Comentários: 
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Isso está correto. O Depósito em conta vinculada é admitido tanto para compor o Capital 
Principal, quanto o PRS5 (estrutura simplificada). 
Depósito em conta vinculada admitido para fins de reenquadramento da instituição, nas 
situações que configurarem desenquadramento nos requerimentos mínimos de capital, 
Gabarito: Certo 
 
64. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O Capital Principal de Nível I desempenha um papel crucial na sustentação da estabilidade 
financeira das instituições. Para avaliá-lo, diversos elementos são somados, enquanto outros são 
subtraídos. Sobre a composição positiva do Capital Principal, avalie o item subsequente. 
O capital social constituído por quotas ou ações, não resgatáveis e sem cumulatividade de 
dividendos, pode compor o Capital Principal. 
Comentários: 
O capital social, sob condições específicas, como ser não resgatável e sem cumulatividade de 
dividendos, é parte integrante do Capital Principal de Nível I. Logo, o item é correto. 
Gabarito: Certo 
 
65. (2021/CAE-CFC/BCB/Cadastro Nacional de Auditores Independentes) [adaptada] 
O Patrimônio de Referência (PR) de Conglomerado deve ser calculado em bases consolidadas 
para as instituições integrantes de um mesmo conglomerado prudencial. Com relação a esse 
assunto, assinale a opção que apresenta a composição do Capital Principal para efeitos de PR 
de Conglomerado Prudencial. 
a) Aumento de Capital em processo de autorização, com exceção do aumento de capital 
realizado por meio de incorporação de reservas e de sobras ou lucros acumulados. 
b) Valores relativos ao capital social constituído por quotas, quotas-partes ou por ações não 
resgatáveis e sem mecanismos de cumulatividade de dividendos. 
c) Valores relativos ao capital social constituído por quotas, quotas-partes ou por ações 
resgatáveis e com mecanismos de cumulatividade de dividendos. 
d) Operações com derivativos de índices. 
Comentários: 
O Capital Principal é a soma dos valores, entre outros, do capital social constituído por quotas 
ou ações (apenas não resgatáveis e sem cumulatividade de dividendos). Portanto, está correta a 
letra “b” e incorreta a letra “c”. 
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Contudo, não deve ser considerado o aumento de capital em processo de autorização. O que 
torna a letra “a” incorreta. 
Por fim, as operações com derivativos estão entre os valores que devem ser subtraídos do Capital 
Principal, sendo esse o erro da alternativa “d”. 
Gabarito: “b” 
 
66. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Reservas são elementos-chave no reforço do Capital Principal. Dentre as reservas que 
contribuem para a sua composição, avalie o item subsequente. 
Reservas de capital, de reavaliação e de lucros são componentes do Capital Principal. 
Comentários: 
Reservas de capital, de reavaliação e de lucros, que desempenham funções distintas, são 
incluídas no cálculo do Capital Principal. Portanto, o item é correto. 
Gabarito: Certo 
 
67. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Dentre os elementos positivos do Capital Principal, sobressaem-se sobras ou lucros 
acumulados. Avalie o item subsequente: 
Sobras ou lucros acumulados são incluídos no cálculo do Capital Principal. 
Comentários: 
Sobras ou lucros acumulados constituem uma parcela positiva do Capital Principal e, portanto, 
são incluídos no seu cálculo. 
Gabarito: Certo 
 
68. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Instrumentos financeiros derivativos podem influenciar o Capital Principal. Sobre o saldo do 
ajuste positivo ao valor de mercado desses derivativos utilizados para hedge de fluxo de caixa, 
avalie o item subsequente: 
O saldo do ajuste positivo ao valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos 
utilizados para hedge de fluxo de caixa contribui positivamente para o Capital Principal. 
Comentários: 
Celso Natale
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O saldo positivo ao valor de mercado de derivativos utilizados para hedge de fluxo de caixa é 
considerado no cálculo positivo do Capital Principal, ou seja, é somado ao montante. 
Gabarito: Certo 
 
69. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Alterações no risco de crédito próprio da instituição podem impactar o valor de mercado dos 
derivativos. Sobre o saldo do ajuste positivo ao valor de mercado desses instrumentos 
financeiros derivativos, avalie o item subsequente. 
O saldo do ajuste positivo ao valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos, 
decorrente de alterações no risco de crédito próprio da instituição, contribui positivamente para 
o Capital Principal. 
Comentários: 
O saldo positivo ao valor de mercado de derivativos, em relação a alterações no risco de crédito 
próprio da instituição, é um componente positivo no cálculo do Capital Principal. O item é certo. 
Gabarito: Certo 
 
70. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A Resolução CMN nº 4.595/2021 estabelece critérios para a subtração de elementos no cálculo 
do Capital Principal. Sobre esses critérios, avalie o item subsequente: 
Perdas não realizadas decorrentes dos ajustes de avaliação patrimonial devem ser subtraídas 
do Capital Principal. 
Comentários: 
Tudo correto. De fato, perdas não realizadas provenientes de ajustes de avaliação patrimonial 
devem ser subtraídas do Capital Principal. 
Gabarito: Certo 
 
71. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A aquisição de ações própriaspela instituição emissora tem implicações no cálculo do Capital 
Principal. Avalie se o item subsequente é Verdadeiro (V) ou Falso (F): 
Ações próprias adquiridas diretamente, indiretamente ou de forma sintética, mesmo sendo não 
resgatáveis, não podem ser somadas ao Capital Principal. 
Comentários: 
Celso Natale
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Ações próprias adquiridas pela instituição emissora, mesmo sendo não resgatáveis, não podem 
compor o Capital Principal, sendo subtraídas. Portanto, o gabarito é “certo”. 
Gabarito: Certo 
 
72. (2016/CAE-CFC/BCB - Cadastro Nacional de Auditores Independentes) 
O Nível I do Patrimônio de Referência consiste no somatório do Capital Principal e do Capital 
Complementar. O Capital Principal é apurado mediante a soma e dedução dos valores 
correspondentes aos itens apontados especificamente nas normas regulamentares do 
CMN/BCB. Identifique os itens apontados regularmente para a soma na apuração do Capital 
Principal e, em seguida, assinale a opção CORRETA. 
1. O capital social constituído por quotas, quotas-partes, ou por ações não resgatáveis e sem 
mecanismos de cumulatividade de dividendos. 
2. Às perdas ou prejuízos acumulados. 
3. Às reservas de capital, de reavaliação e de lucros. 
4. Às contas de resultado credoras. 
Estão CERTOS os itens: 
a) 1, 2 e 4, apenas. 
b) 1, 3 e 4, apenas. 
c) 1, 2 e 3, apenas. 
d) 2 e 4, apenas. 
Comentários: 
A questão quer a SOMA do Capital Principal, e naturalmente as perdas ou prejuízos 
acumulados devem ser subtraídos, tornando item 2 o único incorreto. 
Gabarito: “b” 
 
73. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Operações com derivativos, incluindo derivativos de índices, são elementos que devem ser 
subtraídos do Capital Principal. Avalie se o item subsequente é Verdadeiro (V) ou Falso (F): 
Operações com derivativos, inclusive derivativos de índices, devem ser subtraídas do Capital 
Principal. 
Comentários: 
Operações com derivativos, incluindo derivativos de índices, devem ser subtraídas do Capital 
Principal. O item é Verdadeiro. 
Gabarito: Certo 
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74. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A Resolução CMN nº 4.595/2021 estabelece critérios claros sobre o que não deve ser 
considerado no cálculo do Capital Principal. Avalie o item subsequente. 
Recursos captados, mas ainda não integralizados, devem ser subtraídos do Capital Principal. 
Comentários: 
Errado, Recursos captados, mas ainda não integralizados, devem ser desconsiderados (e não 
subtraídos) no cálculo do Capital Principal. 
São coisas diferentes, o que torna a questão errada (e maliciosa, confesso). 
Gabarito: Errada 
 
75. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O Capital Complementar, diferentemente do Capital Principal, é definido por requisitos que os 
instrumentos devem atender. Analise o seguinte item: 
Os instrumentos elegíveis para compor o Capital Complementar devem ter vencimento pré-
estabelecido. 
Comentários: 
O requisito de perpetuidade é aplicável ao Capital Principal e ao Capital Complementar, ou seja, 
ao PR de Nível I. Portanto, os instrumentos elegíveis para compor o Capital Complementar não 
podem ter vencimento. 
Apenas para lembrar: no Capital de Nível II é admitido vencimento. 
Gabarito: Errado 
 
76. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Os instrumentos que compõem o Capital Complementar precisam atender a uma série de 
requisitos cumulativos. Sobre esses requisitos, avalie o item a seguir. 
O pagamento da remuneração dos instrumentos deve ser subordinado ao pagamento dos 
demais passivos da instituição, exceto o Capital Principal, em caso de dissolução. 
Comentários: 
O requisito de subordinação ao pagamento dos demais passivos, exceto o Capital Principal, é 
um dos critérios para os instrumentos comporem o Capital Complementar. O item é correto. 
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Gabarito: Certo 
 
77. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A Resolução CMN nº 4.595/2021 estabelece que os instrumentos do Capital Complementar 
devem prever a suspensão do pagamento da remuneração em determinadas condições. Sobre 
essas condições, avalie o item subsequente: 
 suspensão do pagamento da remuneração pode ocorrer apenas por falta de recursos 
disponíveis para essa finalidade. 
Comentários: 
A suspensão do pagamento da remuneração pode ocorrer não apenas por falta de recursos, 
mas também em situações específicas, como restrições impostas pelo Banco Central do Brasil à 
distribuição de dividendos. 
Gabarito: Errado 
 
78. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A recompra ou o resgate de instrumentos do Capital Complementar, em regra, está 
condicionada à autorização do Banco Central do Brasil. Sobre essa condição, avalie o item 
subsequente: 
A recompra ou o resgate pode ocorrer sem autorização do Banco Central do Brasil, 
excepcionalmente, caso o emissor cumpra os requerimentos mínimos de Capital Principal. 
Comentários: 
A recompra ou o resgate de instrumentos do Capital Complementar está condicionada à 
autorização do Banco Central do Brasil, independentemente do cumprimento dos 
requerimentos mínimos de Capital Principal. 
Gabarito: Errado 
 
79. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Os instrumentos do Capital Complementar podem ser resgatáveis apenas por iniciativa do 
emissor. Sobre essa característica, avalie o item a seguir: 
Caso o detentor do instrumento queira resgatá-lo, o emissor está autorizado a realizar o resgate 
imediatamente, sem restrições. 
Comentários: 
Celso Natale
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Os instrumentos do Capital Complementar podem ser resgatáveis apenas por iniciativa do 
emissor e estão condicionados à autorização do Banco Central do Brasil. 
Gabarito: Errado 
 
80. (2016/CAE-CFC/BCB/Cadastro Nacional de Auditores Independentes) 
O Patrimônio de Referência (PR) de Conglomerado deve ser calculado em bases consolidadas 
para as instituições integrantes de um mesmo conglomerado prudencial. Consiste no somatório 
do Nível I e do Nível II, em que o Nível I consiste no somatório do Capital Principal e do Capital 
Complementar. O Capital Complementar é apurado mediante o somatório dos valores 
correspondentes aos instrumentos que atendem, entre outros, a requisitos específicos. Com 
relação aos requisitos, identifique somente aqueles regulamentares da espécie e, em seguida, 
assinale a opção CORRETA. 
1. Ser integralizados em espécie. 
2. Ter caráter de perpetuidade. 
3. Ser resgatáveis apenas por iniciativa do emissor. 
4. Ter a sua compra financiada, direta ou indiretamente, pela instituição emissora. 
Estão CERTOS os requisitos: 
a) 1, 2 e 3, apenas. 
b) 1, 3 e 4, apenas. 
c) 2, 3 e 4, apenas. 
d) 3 e 4, apenas. 
Comentários: 
Vejamos os requisitos para compor o Capital Complementar: 
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Portanto, o item 4 está incorreto, e o gabarito é a letra A. 
Gabarito: “a” 
 
81. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Os instrumentos do Capital Complementar não podem conter cláusulas que prevejam variação 
das condições de remuneração após a emissão. Sobre essa restrição, avalie o item 
subsequente: 
Cláusulas que prevejam variação das condições de remuneração após a emissão são 
permitidas, desde que a instituição emissora concorde. 
Comentários: 
As cláusulas que preveem variação das condições de remuneraçãoapós a emissão não são 
permitidas para os instrumentos do Capital Complementar. 
Gabarito: Errado 
 
 
Celso Natale
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128 
82. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Os instrumentos do Capital Complementar, quando recomprados ou resgatados, estão sujeitos 
a algumas condições. Sobre essas condições, avalie o item a seguir: 
O resgate de instrumentos do Capital Complementar está condicionado à recompra simultânea 
de instrumentos equivalentes ou à comprovação de condições de negócio favoráveis. 
Comentários: 
O resgate de instrumentos do Capital Complementar está condicionado à recompra simultânea 
de instrumentos equivalentes ou à emissão de novos instrumentos equivalentes. Não tem isso 
de “comprovação de condições de negócios favoráveis”. 
Gabarito: Errado 
 
83. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Os instrumentos do Capital Complementar podem ter cláusula de opção de recompra ou 
resgate pelo emissor. Sobre essa possibilidade, avalie o item subsequente: 
Os instrumentos do Capital Complementar não podem, em absoluto, conter cláusula de opção 
de recompra ou resgate pelo emissor. 
Comentários: 
Os instrumentos do Capital Complementar podem conter cláusula de opção de recompra ou 
resgate pelo emissor, desde que atendam a condições específicas e sejam autorizados pelo 
Banco Central do Brasil. 
Gabarito: Errado 
 
84. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A Resolução CMN nº 4.595/2021 estabelece intervalo mínimo entre a emissão e a primeira data 
de exercício de opção de recompra ou resgate para os instrumentos do Capital Complementar. 
Sobre esse intervalo, avalie o item subsequente: 
O intervalo mínimo entre a emissão e a primeira data de exercício de opção de recompra ou 
resgate é de 10 anos. 
Comentários: 
O intervalo mínimo entre a emissão e a primeira data de exercício de opção de recompra ou 
resgate para os instrumentos do Capital Complementar é de 5 anos. 
Gabarito: Errado 
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85. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A recompra ou resgate de instrumentos do Capital Complementar está sujeita à autorização do 
Banco Central do Brasil. Sobre as condições para essa autorização, avalie o item a seguir: 
A recompra ou resgate pode ocorrer sem autorização do Banco Central do Brasil, desde que a 
instituição manifeste a intenção de exercer a opção e comprove condições de negócio 
favoráveis. 
Comentários: 
A recompra ou resgate de instrumentos do Capital Complementar está sujeita à autorização do 
Banco Central do Brasil, que depende do cumprimento de requisitos específicos pela instituição 
emissora. 
Gabarito: Errado 
 
86. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
No contexto do PR Nível II, a apuração é realizada considerando diversos requisitos que os 
instrumentos devem atender. Analise o seguinte item. 
Os instrumentos elegíveis para compor o PR Nível II podem prever o pagamento de 
amortizações antes de decorrido o intervalo mínimo de 5 anos entre a data de emissão e a data 
de vencimento. 
Comentários: 
A negativa tornaria a afirmação correta. Os instrumentos elegíveis para compor o PR Nível II não 
podem prever o pagamento de amortizações antes de decorrido o intervalo mínimo de 5 anos 
entre a data de emissão e a data de vencimento. 
Gabarito: Errado 
 
87. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O pagamento dos instrumentos do PR Nível II deve ser subordinado ao pagamento dos demais 
passivos da instituição, com exceção do pagamento dos elementos que compõem o Capital 
Principal e o Capital Complementar, em caso de dissolução da instituição emissora. Avalie o 
item a seguir: 
Em caso de dissolução da instituição emissora, os instrumentos do PR Nível II devem ter o seu 
pagamento subordinado ao pagamento dos demais passivos da instituição, com exceção do 
pagamento dos elementos que compõem o Capital Principal e o Capital Complementar. 
Comentários: 
Tudo perfeito, sendo esse um dos requisitos para compor o PR Nível II. 
Celso Natale
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Gabarito: Certo 
 
88. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Os instrumentos do PR Nível II devem ser resgatáveis apenas por iniciativa do emissor. Sobre 
essa característica, avalie o item subsequente: 
Caso o detentor do instrumento queira resgatá-lo, o emissor está autorizado a realizar o resgate 
imediatamente, sem restrições. 
Comentários: 
Os instrumentos do PR Nível II são resgatáveis apenas por iniciativa do emissor, mas esse resgate 
é condicionado à autorização do Banco Central do Brasil. 
Gabarito: Errado 
89. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Para obter a autorização do Banco Central do Brasil e compor o Capital Principal, 
Complementar e Nível II, os instrumentos devem atender a requisitos específicos, incluindo a 
elaboração do Núcleo de Subordinação. Avalie o seguinte item relacionado ao Núcleo de 
Subordinação. 
O aditamento, alteração ou revogação dos termos do Núcleo de Subordinação pode ser 
realizado sem a necessidade de prévia autorização do Banco Central do Brasil. 
Comentários: 
O aditamento, alteração ou revogação dos termos do Núcleo de Subordinação depende de 
prévia autorização do Banco Central do Brasil. O item é Falso. 
Gabarito: Errado 
 
90. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Instrumentos elegíveis para compor o Capital Principal, Complementar e Nível II devem atender 
a critérios específicos para obtenção de autorização, incluindo sua emissão por instituição 
autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por sua dependência ou subsidiária no 
exterior. Analise o item a seguir: 
Os instrumentos podem ser emitidos por entidades constituídas como sociedade de objeto 
exclusivo ou entidade de propósito específico, desde que estejam vinculadas a uma instituição 
autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil. 
Comentários: 
Celso Natale
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131 
Os instrumentos não podem ser emitidos por entidades constituídas como sociedade de objeto 
exclusivo ou entidade de propósito específico, sem essa exceção de ser vinculada a IF autorizada 
a funcionar pelo BCB. O item é incorreto. 
Gabarito: Errado 
 
91. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Instrumentos que compõem o Patrimônio de Referência estão sujeitos a deduções. Analise o 
seguinte item relacionado às deduções: 
No caso de instrumentos emitidos no exterior, o pedido de autorização para compor o 
Patrimônio de Referência requer parecer jurídico atestando a adequação das cláusulas do 
instrumento à legislação aplicável. 
Comentários: 
No caso de instrumentos emitidos no exterior, o pedido de autorização deve estar acompanhado 
de parecer jurídico atestando a adequação das cláusulas do instrumento à legislação aplicável. 
O item, portanto, está correto. 
Gabarito: Certo 
 
92. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Diversos instrumentos são passíveis de dedução do Patrimônio de Referência (PR) em níveis I e 
II. Analise o item a seguir. 
Os investimentos em entidade assemelhada a instituição financeira não consolidada, sociedade 
seguradora, resseguradora, sociedade de capitalização e entidade aberta de previdência 
complementar não são sujeitos a dedução do PR. 
Comentários: 
Pelo contrário! Os investimentos em entidade assemelhada a instituição financeira não 
consolidada, sociedade seguradora, resseguradora, sociedade de capitalização e entidade 
aberta de previdência complementar são sujeitos a dedução do PR. 
Gabarito: Errado 
 
93. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A Resolução CMN nº 4.955/2021 especificaas condições para deduções no Patrimônio de 
Referência (PR) do conglomerado relacionadas à participação de não controladores. Avalie o 
item a seguir. 
Celso Natale
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132 
Os valores excedentes provenientes da participação de não controladores no capital de 
subsidiárias devem ser somados ao Capital Principal, Nível I e PR do conglomerado. 
Comentários: 
Os valores excedentes provenientes da participação de não controladores no capital de 
subsidiárias devem ser deduzidos, não somados, do Capital Principal, Nível I e PR do 
conglomerado. 
Gabarito: Errado 
 
94. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Os valores da participação de não controladores em subsidiárias que excedem os 
requerimentos mínimos de Capital Principal, Nível I e PR devem ser deduzidos do 
conglomerado. Analise o seguinte item: 
A dedução dos valores excedentes da participação de não controladores aplica-se apenas ao 
Capital Principal do conglomerado. 
Comentários: 
A dedução dos valores excedentes da participação de não controladores aplica-se ao Capital 
Principal, Nível I e PR do conglomerado. O item é incorreto. 
Gabarito: Errado 
 
95. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O termo "Patrimônio de Referência Exigido (PRE)" é atualmente utilizado pelo Banco Central do 
Brasil (BCB) e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). 
Comentários: 
Errado. Desde 2013, o termo "Patrimônio de Referência Exigido (PRE)" não é mais utilizado pelo 
BCB e pelo CMN. O nome comumente utilizado agora são os "requerimentos de capital" ou 
"requerimentos de PR". 
E, para ser sincero, esse não é o tipo de questão que as bancas costumam cobrar. Mas conto 
com seu perdão, porque ela está aqui para reforçar esse fato e garantir que você não fique se 
confundindo com termos desatualizados que, certamente, você ainda pode encontrar por aí. 
Gabarito: Errado 
96. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Celso Natale
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133 
A principal medida de risco considerada pelo CMN ao determinar os requerimentos de capital 
é o risco associado aos passivos das instituições financeiras. 
Comentários: 
Errado. Ao determinar os requerimentos de capital, o CMN foca no risco associado aos ativos 
das instituições financeiras, não nos passivos. O risco principal está relacionado à possibilidade 
de não receber o valor esperado dos ativos. 
Gabarito: Errado 
 
97. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
As instituições financeiras enquadradas no segmento S5 podem utilizar metodologia facultativa 
simplificada para apuração dos requerimentos mínimos de patrimônio e capital. 
Comentários: 
Certo. As instituições do segmento S5, que têm porte inferior a 0,1% do PIB, podem optar por 
uma metodologia facultativa simplificada para apuração dos requerimentos mínimos de 
patrimônio e capital. 
Gabarito: Certo 
 
98. (2022/CESGRANRIO/CFC/BCB/Cadastro Nacional de Auditores Independentes) 
O banco XX possui um patrimônio líquido, publicado em 31.12.20X2, no valor de $ 
4.000.000,00. Para calcular seu patrimônio de referência - PR, o banco considera $ 1.520.000,00 
de ajustes prudenciais, nos termos da resolução 4.192/2013. Possui ainda letras financeiras 
subordinadas no nível I, no valor total de $ 520.000,00 e ainda $ 300.000,00, de letras financeiras 
subordinadas no nível 2. O total dos ativos ponderados pelo risco (risk weighted assets - rwa) 
importa, em 31.12.20X2, no valor de $ 18.500.000,00. 
O índice de Basileia e o índice do capital principal são, em 31.12.20X2, respectivamente, 
a) ≈15,02% e ≈17,84% 
b) ≈13,40% e ≈15,02% 
c) ≈15,02% e ≈13,40% 
d) ≈17,84% e ≈15,02% 
e) ≈17,84% e ≈13,40% 
Comentários: 
Vamos lá... primeiro, irei colocar todos os valores elencados em uma tabela: 
Itens do PR 
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134 
Patrimônio Líquido 4.000.000 
Ajustes prudenciais 1.520.000 
Letras financeiras subordinadas no Nível I 520.000 
Letras financeiras subordinadas no Nível II 300.000 
 
RWA (Ativos Ponderados pelo Risco 18.500.000 
Como a questão quer o IB, precisamos saber que as ajustes prudenciais devem ser subtraídos 
do PR, de forma que teremos: 
Patrimônio Líquido 4.000.000 
Ajustes prudenciais -1.520.000 
Letras financeiras subordinadas no Nível I 520.000 
Letras financeiras subordinadas no Nível II 300.000 
PR TOTAL 3.300.000 
Calculando o IB: 
IB = PR/RWA = 3300000/18500000 = 17,84% 
O capital principal, por sua vez, será apenas o Patrimônio Líquido menos os ajustes prudenciais: 
Patrimônio Líquido 4.000.000 
Ajustes prudenciais -1.520.000 
Capital Principal 2.480.000 
O índice de capital principal, embora não estabelecido oficialmente, é algo que podemos 
deduzir ser: 
ICP = CP / RWA 
ICP = 2480000 / 18500000 = 13,40% 
Gabarito: “e” 
 
 
 
 
 
 
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135 
99. (2021/CAE-CFC/BCB/Cadastro Nacional de Auditores Independentes) 
O Banco XX apresentou as seguintes informações em suas demonstrações contábeis e registros 
auxiliares, as quais foram devidamente auditadas relativas ao exercício findo em 31 de 
dezembro de 2XX0: 
reais Valores em milhares de 
I. Capital Social 60.000 
II. Reservas de lucros 30.125 
III. Ações em tesouraria 498 
IV. Ativos intangíveis 686 
V. Créditos tributários decorrentes de prejuízos 
Fiscais, líquidos da provisão de IR/CS 
6.122 
VI. Caixa e equivalentes de caixa 18.652 
VII. Ativos ponderados de risco de mercado 40.000 
VIII. Ativos ponderados de risco de crédito 20.000 
IX. Ativos ponderados de risco operacional 14.950 
Baseado nas informações, o Patrimônio de Referência (PR) é: 
a) R$82.819. 
b) R$101.471. 
c) R$97.431. 
d) R$116.083. 
Comentários: 
Nesta questão, precisamos saber o que somar, o que subtrair, e o que ignorar. Façamos isso na 
própria tabela: 
reais Valores em milhares de 
I. Capital Social 60.000 Soma 
II. Reservas de lucros 30.125 Soma 
III. Ações em tesouraria -498 
Subtrai (ações de 
emissão própria 
adquiridas) 
IV. Ativos intangíveis -686 
Subtrai (ajustes 
prudenciais) 
V. Créditos tributários decorrentes de prejuízos 
Fiscais, líquidos da provisão de IR/CS 
-6.122 
Subtrai 
VI. Caixa e equivalentes de caixa 18.652 
Ignora (não se 
enquadra em 
nenhum tipo de PR) 
 82.819 
Naturalmente, ignoramos também os RWA, pois não fazem parte da apuração do PR. 
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136 
Gabarito: “a” 
 
100. (2021/CAE-CFC/BCB/Cadastro Nacional de Auditores Independentes) [adaptada] 
O Banco XX apresentou as seguintes informações em suas demonstrações contábeis e registros 
auxiliares, as quais foram devidamente auditadas relativas ao exercício findo em 31 de 
dezembro de 2XX0: 
 Valores em milhares de reais 
I. Capital Social 60.000 
II. Reservas de lucros 30.125 
III. Ações em tesouraria 498 
IV. Ativos intangíveis 686 
V. Créditos tributários decorrentes de prejuízos 
Fiscais, líquidos da provisão de IR/CS 
6.122 
VI. Caixa e equivalentes de caixa 18.652 
VII. Ativos ponderados de risco de mercado 40.000 
VIII. Ativos ponderados de risco de crédito 20.000 
IX. Ativos ponderados de risco operacional 14.950 
Baseado nas informações, o requerimento mínimo de patrimônio de referência (PR), em 
milhares de reais, é: 
a) R$3.747,50 
b) R$5.996,00 
c) R$8.244,50 
d) R$8.000,00 
e) R$3.550,00 
Comentários: 
O requerimento mínimo é o Índice deBasileia, ou seja, 8% do somatório dos ativos ponderados 
pelo risco (RWA), que aparecem um tanto simplificados na tabela. 
RWA: 40.000 + 20.000 + 14.950 = 74.950 
IB = 8% de 74.950 = 5.996 
Gabarito: “b” 
 
 
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137 
101. (2022/CEBRASPE-CESPE/PETROBRAS/Economista) 
Considerando os principais acordos internacionais relacionados à supervisão bancária e seus 
impactos sobre o sistema financeiro nacional, julgue o item a seguir. 
Os lucros acumulados incorporam o capital principal (Tier 1) das instituições e possuem 
capacidade de alavancar a geração de crédito. 
Comentários: 
Tudo correto aqui. De fato, os lucros acumulados são componentes elegíveis ao Capital Principal 
e, portanto, elevam o PR e proporcionam potencial para alavancagem das operações de crédito. 
Gabarito: Certo 
 
102. (2013/CEBRASPE-CESPE/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) [adaptada] 
Julgue o item que se segue, relativo à regulamentação prudencial. 
O cálculo do patrimônio de referência exigido (PRE) envolve a apuração de cinco parcelas 
relacionadas ao risco a que as instituições financeiras estão sujeitas. 
Comentários: 
Como você pode ver, a questão é de 2013, então tive que adaptar para a realidade atual. E 
mantive a questão como correta, pois relembremos as parcelas RWA: 
PARCELA DOS RWA (ATIVOS PONDERADOS PELO RISCO) 
Parcela Apuração do Risco Descrição 
RWACPAD 
Crédito 
(padronizado) 
relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao 
cálculo do requerimento de capital mediante 
abordagem padronizada 
RWACIRB 
Crédito 
(IRB) 
relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao 
cálculo do requerimento de capital mediante sistemas 
internos de classificação do risco de crédito 
(abordagens IRB) autorizados pelo Banco Central do 
Brasil 
RWAMPAD 
Mercado 
(padronizada) 
relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao 
cálculo do requerimento de capital mediante 
abordagem padronizada 
RWAMINT 
Mercado 
(IRB) 
relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao 
cálculo do requerimento de capital mediante modelo 
interno autorizado pelo Banco Central do Brasil 
RWAOPAD 
Operacional 
(padronizada) 
relativa ao cálculo do capital requerido para o risco 
operacional mediante abordagem padronizada 
Mas eu mantive o termo PRE, porque isso pode ocorrer na prova se a banca “der mole”, e é 
melhor você compreender do que se trata do que ter que brigar com a banca depois. 
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138 
Gabarito: errado 
 
103. (2019/FCC/AFAP/Analista de Fomento - Contador) 
O denominado Índice de Basileia é 
a) meio de controle e mensuração do endividamento de um país, em nível regional ou nacional, 
o qual permite às entidades internacionais estabelecer parâmetros para a concessão de 
empréstimos de médio e de longo prazo. 
b) uma relação de natureza econômico-financeira que se estabelece entre o fluxo de entradas 
e de saídas de recursos em moeda estrangeira, dentro de um determinado período, nunca 
inferior a 3 meses nem superior a 12 meses, e que tem por finalidade monitorar as taxas 
cambiais de países tomadores de recursos internacionais. 
c) um indicador utilizado no setor bancário que estabelece uma relação entre o capital e os 
ativos da instituição financeira, ponderados pelos seus riscos, com o objetivo de criar exigências 
mínimas de capital para instituições financeiras como forma de fazer face ao risco de crédito. 
d) instrumento de controle inflacionário, por meio do qual se estabelece a relação entre a 
produção de riquezas de um país, em um determinado período, e a quantidade de moeda que 
ele pode emitir, neste mesmo período, sendo recomendável que esta relação não exceda a 
11%, sempre que a média anual de inflação for de até 1,8%. 
e) o percentual máximo tolerado de endividamento de um país, em moeda estrangeira, 
estabelecido a partir da quantidade efetiva de moeda estrangeira mantida em espécie nas 
instituições financeira do país e o montante da dívida externa desse país. 
Comentários: 
O índice de Basileia não é sobre um país (A e E erradas). 
Também não diz respeito a fluxo cambial (B errada). 
Tampouco é um instrumento de controle inflacionário (D errada). 
A descrição na letra C é bastante precisa, tornando-a nosso gabarito. 
Gabarito: “c” 
 
104. (2013/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico – Contabilidade) 
O Banco Central do Brasil, no Comunicado nº 20.615, de 17 de fevereiro de 2011, que divulga 
as orientações relativas à implementação, no Brasil, das recomendações do Comitê de 
Supervisão Bancária de Basileia, conhecidas como Basileia III, estabelece que o Capital 
Principal, em princípio, nos termos de Basileia III, será composto, fundamentalmente, pelo 
capital social, constituído por cotas ou por ações ordinárias e ações preferenciais não 
resgatáveis e sem mecanismos de cumulatividade de dividendos, e por lucros retidos, 
deduzidos os valores referentes aos ajustes regulamentares. 
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139 
O anexo ao Comunicado nº 20.615, de 17 de fevereiro de 2011 (dos parâmetros mínimos para 
o capital regulamentar conforme Basileia III), estabelece que o parâmetro do Capital Principal, 
em 1º de janeiro de 2013, será 
a) 4,5% 
b) 6,0% 
c) 8,0% 
d) 10,5% 
e) 11,0% 
Comentários: 
Apesar de ser antiga e fazer referência a normativos antigos, o gabarito continua sendo correto. 
REQUERIMENTO DE CAPITAL (PERCENTUAL DO RWA) 
 
Gabarito: “a” 
 
105. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Os Ativos Ponderados pelos Riscos (RWA) são compostos por cinco parcelas, incluindo aquelas 
relativas aos riscos de crédito e mercado, conforme a Resolução CMN n° 4.958/2021. 
Comentários: 
Correto. A Resolução CMN n° 4.958/2021 estabelece as parcelas dos Ativos Ponderados pelos 
Riscos, considerando diferentes tipos de risco, como crédito, mercado e operacional. 
PARCELA DOS RWA (ATIVOS PONDERADOS PELO RISCO) 
Parcela Apuração do Risco Descrição 
RWACPAD 
Crédito 
(padronizado) 
relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao 
cálculo do requerimento de capital mediante 
abordagem padronizada 
RWACIRB 
Crédito 
(IRB) 
relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao 
cálculo do requerimento de capital mediante sistemas 
internos de classificação do risco de crédito 
Capital Principal
4,5%
Nível I
6%
Patrimônio de 
Referência 
8%
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(abordagens IRB) autorizados pelo Banco Central do 
Brasil 
RWAMPAD 
Mercado 
(padronizada) 
relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao 
cálculo do requerimento de capital mediante 
abordagem padronizada 
RWAMINT 
Mercado 
(IRB) 
relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao 
cálculo do requerimento de capital mediante modelo 
interno autorizado pelo Banco Central do Brasil 
RWAOPAD 
Operacional 
(padronizada) 
relativa ao cálculo do capital requerido para o risco 
operacional mediante abordagem padronizada 
Gabarito: Certo 
 
106. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A parcela RWAOPAD refere-se ao cálculo do capital requerido para o risco operacional mediante 
abordagem interna, segundo a Resolução CMN n° 4.958/2021. 
Comentários: 
Errado. A parcela RWAOPAD refere-se ao cálculo do capital requerido para o risco operacional 
mediante abordagem padronizada, não interna. 
Gabarito: Errado 
 
107. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A Resolução CMN n° 4.958/2021 estabelece a abordagem padronizada e a abordagemIRB para 
calcular o risco de mercado, especificando nove parcelas para a abordagem padronizada. 
Comentários: 
De fato, a Resolução CMN n° 4.958/2021 estabelece nove parcelas para a abordagem 
padronizada ao calcular o risco de mercado. 
Aproveitando para revisar: 
DESDOBRAMENTOS DA PARCELA RWAMPAD (RISCO DE MERCADO PADRONIZADO) 
Parcela Risco Componente 
RWAJUR1 Juros internos 
exposições sujeitas à variação de taxas de juros prefixadas 
denominadas em real cujo requerimento de capital é 
calculado mediante abordagem padronizada. 
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RWAJUR2 
Juros em moeda 
estrangeira 
relativa às exposições sujeitas à variação da taxa dos 
cupons de moedas estrangeiras cujo requerimento de 
capital é calculado mediante abordagem padronizada. 
RWAJUR3 Inflação 
relativa às exposições sujeitas à variação de taxas dos 
cupons de índices de preços cujo requerimento de capital 
é calculado mediante abordagem padronizada. 
RWAJUR4 Cupom de juros 
relativa às exposições sujeitas à variação de taxas dos 
cupons de taxas de juros cujo requerimento de capital é 
calculado mediante abordagem padronizada 
RWAACS Ações 
relativa às exposições sujeitas à variação do preço de 
ações cujo requerimento de capital é calculado mediante 
abordagem padronizada 
RWACOM Commodities 
relativa às exposições sujeitas à variação dos preços de 
mercadorias (commodities) cujo requerimento de capital 
é calculado mediante abordagem padronizada 
RWACAM Câmbio 
relativa às exposições em ouro, em moeda estrangeira e 
em ativos sujeitos à variação cambial cujo requerimento de 
capital é calculado mediante abordagem padronizada; 
RWADRC 
Carteira de 
trading 
relativa às exposições ao risco de crédito dos instrumentos 
financeiros classificados na carteira de negociação 
RWACVA Derivativos 
relativa às exposições ao risco de variação do valor dos 
instrumentos financeiros derivativos em decorrência da 
variação da qualidade creditícia da contraparte 
Gabarito: Certo 
108. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O Índice de Basileia (IB) é calculado como a relação entre o valor do Patrimônio de Referência 
(PR) e o valor dos Ativos Totais, conforme a Resolução CMN n° 4.958/2021. 
Comentários: 
Errado. O Índice de Basileia é calculado como a relação entre o Patrimônio de Referência (PR) e 
os Ativos Ponderados pelo Risco (RWA), não os Ativos Totais. 
Gabarito: Errado 
109. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O Brasil, atualmente, exige um Índice de Basileia (IB) de 8%, de acordo com a Resolução CMN 
n° 4.958/2021. 
Comentários: 
Desde 2019, o IB no Brasil é de 8%, conforme os normativos vigentes. 
Gabarito: Certo 
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110. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A maioria das instituições supervisionadas no Brasil conseguiria atender ao Índice de Basileia 
usando apenas Capital Complementar. 
Comentários: 
Errado. Quase todas as instituições (cerca de 98%) atendem ao Índice de Basileia usando apenas 
Capital Principal, não Complementar. 
Gabarito: Certo 
 
111. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
As cooperativas de crédito não filiadas a uma central e que não optarem pela metodologia 
simplificada devem manter um Índice de Basileia (IB) de pelo menos 12%, de acordo com a 
Resolução CMN n° 4.958/2021. 
Comentários: 
Errado. As cooperativas de crédito não filiadas a uma central e que não optarem pela 
metodologia simplificada devem manter um IB de 14%, não 12%. 
Gabarito: Errado 
 
112. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O Adicional de Capital Principal (ACP) é exigido apenas para instituições integrantes do 
segmento S1, sendo composto por três parcelas: ACPCONSERVAÇÃO, ACPCONTRACÍCLICO 
e ACPSISTÊMICO, conforme a Resolução CMN n° 4.958/2021. 
Comentários: 
O ACPSISTÊMICO é exigido apenas para instituições integrantes do segmento S1. 
As demais parcelas, ACPCONSERVAÇÃO e ACPCONTRACÍCLICO, devem ser observadas por 
todas as instituições sujeitas a requerimento de capital pela metodologia completa. 
Gabarito: Errado 
 
113. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
No caso de não cumprimento dos requerimentos de Adicional de Capital Principal (ACP), a 
instituição ou conglomerado está sujeito a restrições, incluindo a redução do capital social 
quando legalmente possível. 
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Comentários: 
Certo. Em caso de não cumprimento dos requerimentos de ACP, a instituição ou conglomerado 
está sujeito a diversas restrições, incluindo a redução do capital social quando legalmente 
possível, de acordo com a Resolução CMN n° 4.958/2021. 
Gabarito: Certo 
 
114. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A estrutura simplificada estabelecida pela Resolução nº 4.606/2017 para apuração do 
Patrimônio de Referência (PRS5), ponderação dos Ativos pelos Riscos (RWAS5) e exigência de 
capital é aplicável a todas as instituições financeiras supervisionadas pelo Banco Central do 
Brasil. 
Comentários: 
Errado. A estrutura simplificada é destinada a grupos específicos que atendam a requisitos 
estabelecidos, como cooperativas singulares de crédito, instituições não bancárias de concessão 
de crédito, entre outros. 
Gabarito: Errado 
 
115. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
As instituições não bancárias, segundo a Resolução nº 4.606/2017, são caracterizadas pela 
captação de depósitos à vista e pela adoção da palavra "financeira" em sua denominação. 
Comentários: 
Nada disso. As instituições não bancárias, conforme a resolução, são aquelas que não captam 
depósitos à vista e não adotam a palavra "banco" em sua denominação. 
Gabarito: Errado 
 
116. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O Adicional de Conservação de Capital Principal (ACPCONSERVAÇÃO) faz parte da estrutura 
simplificada de exigência de capital conforme a Resolução nº 4.606/2017. 
Comentários: 
Errado. Na estrutura simplificada, não há menção ao Adicional de Conservação de Capital 
Principal (ACPCONSERVAÇÃO). O enfoque é no Patrimônio de Referência Simplificado (PRS5). 
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Gabarito: Errado 
 
117. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O “Índice de Basileia”, na estrutura simplificada, é de 17% para todas as instituições financeiras 
abrangidas pela Resolução nº 4.606/2017. 
Comentários: 
Nada disso. O que chamamos de Índice de Basileia Simplificado (por isso as aspas) é de 17% em 
regra, mas para cooperativas singulares de crédito filiadas a cooperativa central, o índice é de 
12%. 
Gabarito: Errado 
 
118. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A ausência de operações sujeitas à variação no preço de ações é um requisito para o perfil de 
risco simplificado na estrutura simplificada. 
Comentários: 
O perfil de risco simplificado inclui a ausência de operações sujeitas à variação no preço de 
ações, entre outros requisitos. 
Gabarito: Certo 
 
119. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
As instituições integrantes de um mesmo conglomerado prudencial, segundo a Resolução nº 
4.606/2017, são dispensadas de realizar a apuração e cumprimento das exigências em bases 
consolidadas caso sejam instituições não monetárias. 
Comentários: 
Não há esse tipo de exceção para instituições não monetárias. 
As instituições integrantes de um mesmo conglomerado prudencial devem realizar a apuração 
e cumprimento das exigências em bases consolidadas. 
Gabarito: Errado 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
1. (CEBRASPE/2002/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) 
Julgue o item que se segue, a respeito de gestão de risco no mercado financeiro e de operações 
no mercado financeiro. 
Risco de mercado consiste na possibilidade de perdas causadas pelo impacto de flutuações de 
preços, índices ou taxas sobre os instrumentos financeiros que compõem o patrimônio de uma 
empresa. 
 
2. (CEBRASPE/2000/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) 
Julgue o item que se segue, a respeito de gestão de risco no mercado financeiro e de operações 
no mercado financeiro. 
Risco operacional consiste na dificuldade de um determinado instrumento financeiro ser 
vendido no tempo desejado, fazendo que a empresa o mantenha em seu ativo e/ou passivo, 
gerando um comprometimento indesejado de liquidez. 
 
3. (CEBRASPE/2013/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) 
Com relação à avaliação de estratégias e performance, julgue o item seguinte. 
A gestão de riscos coordenada entre as áreas da instituição financeira e supervisionada por um 
conselho de administração ou órgão equivalente é denominada abordagem por silos. 
 
4. (IDECAN/2014/BANDES/Técnico Bancário - Administração) 
Risco corresponde à possibilidade de algum acontecimento desfavorável acontecer, tendo 
como consequência a perda financeira. Relacione as áreas nas quais os riscos financeiros 
podem ser definidos aos respectivos conceitos. 
1. Risco de Crédito. ( ) Relaciona-se à flutuação de preços de ativos e passivos das 
instituições, podendo ser definido como a variação de preços. Os 
principais elementos relacionados a este tipo de risco são: taxa de juros, 
taxa de câmbio, preço de ações e preço de commodities. 
2. Risco de Liquidez. ( ) Relaciona-se à incapacidade de pagamento das obrigações por falta 
de recursos disponíveis. Os principais elementos relacionados a este tipo 
de risco são: má gestão do fluxo de caixa, grandes posições financeiras 
em um mercado ou produto, falta de liquidez do mercado e crises 
financeiras. 
3. Risco de Mercado. ( ) Relaciona-se às perdas por falhas em processos, pessoas ou sistemas. 
Os principais elementos relacionados a este tipo de risco são: erros, 
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fraudes e roubos, tecnologia defasada, falha nos processos operacionais 
e fatores externos não previstos. 
4. Risco Operacional. ( ) Relaciona-se à possibilidade de não pagamento da contraparte, seja 
por incapacidade ou vontade. Os principais elementos relacionados a 
este tipo de risco são: alteração do valor de dívidas, concentração em 
poucos credores, avaliação errada da situação econômica da 
contraparte e perda do valor de garantias. 
A sequência está correta em 
a) 1, 3, 2, 4. 
b) 1, 4, 2, 3. 
c) 2, 1, 3, 4. 
d) 3, 2, 4, 1. 
e) 4, 3, 1, 2. 
 
5. (IDECAN/2012/BANESTES/Analista Econômico-Financeiro) 
Sobre os riscos inerentes ao sistema econômico e financeiro, relacione corretamente as colunas 
a seguir. 
 1. Risco de liquidez. 
2. Risco de mercado. 
3. Risco operacional. 
4. Risco legal. 
5. Risco sistêmico. 
 ( ) Risco de perdas nas posições de balanço e extra-balanço que surge dos movimentos nos 
preços do mercado. 
 ( ) Variação desfavorável de retorno devido à falta de negociabilidade de um instrumento 
financeiro por preços alinhados com vendas recentes. Esse risco pode surgir em função do 
tamanho de determinada posição em relação aos volumes usuais de negociação ou da 
instabilidade das condições de mercado. 
 ( ) Risco de que a inadimplência de um participante com suas obrigações em um sistema de 
transferência, ou em geral, nos mercados financeiros, possa fazer com que outros participantes 
ou instituições financeiras não sejam capazes de cumprir com suas obrigações. Essa 
inadimplência pode causar problemas significativos de liquidez ou de crédito e poderia 
ameaçar a estabilidade dos mercados financeiros. 
 ( ) Risco de haver erro humano ou falha de equipamentos, programas de informática ou sistema 
de telecomunicações imprescindíveis ao funcionamento de determinado sistema. 
( ) O risco de que uma parte sofra uma perda porque as leis ou regulações não dão suporte às 
regras do sistema de liquidação de valores mobiliários, à execução dos arranjos de liquidação 
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relacionados ou aos direitos de propriedade e outros interesses que são mantidos pelo sistema 
de liquidação. 
A sequência está correta em 
a) 1, 2, 3, 4, 5 
b) 4, 1, 5, 3, 2 
c) 3, 4, 5, 2, 1 
d) 2, 1, 5, 3, 4 
e) 2, 1, 3, 4, 5 
 
6. (FGV/2018/Banestes/Técnico Bancário) 
A fiança bancária é uma operação tradicional no mercado brasileiro, em que um banco, por 
meio da “carta de fiança”, assume o papel de fiador de uma outra companhia numa operação 
comercial, concorrência pública ou de crédito. 
Do ponto de vista dos riscos envolvidos para as partes, há mitigação do risco: 
a) de crédito envolvido entre o fiador (banco) e o afiançado (empresa.); 
b) de mercado envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por 
exemplo; 
c) operacional envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por 
exemplo; 
d) de crédito envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por 
exemplo; 
e) de mercado envolvido entre o fiador (banco) e o afiançado (empresa) 
 
7. (CEBRASPE/2018/BNB/Analista Bancário) 
A possibilidade de perda associada ao decréscimo dos ganhos esperados provocado pela 
deterioração da qualidade creditícia do tomador do crédito é uma situação contemplada no 
conceito de risco de mercado. 
 
8. (CEBRASPE/2018/BNB/Analista Bancário) 
O risco legal associado à inadequação ou à deficiência em contratos firmados com clientes 
beneficiários de recursos faz parte do risco operacional. 
 
9. (CESGRANRIO/2009/BNDES/Economista) 
A operação bancária envolve vários tipos de risco. O chamado risco de mercado decorre da(s) 
a) competição e da inovação financeira gerada por outros bancos atuando no mercado. 
b) liquidez excessiva do passivo dos bancos. 
c) possibilidade de desintermediação financeira por parte do público. 
d) flutuações dos preços de mercado dos títulos mantidos na carteira dos bancos. 
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e) instabilidades nas regras que regulam o mercado financeiro. 
 
10. (PROF.CELSO NATALE/INÉDITA) 
No contexto da supervisão prudencial bancária, o Banco Central realiza a segmentação das 
instituições financeiras com o objetivo de adequar sua abordagem regulatória e de supervisão 
de acordo com o perfil e risco de cada instituição. Essa segmentação é conhecida como 
"Sistema de Segmentação do Banco Central" e é classificada em diferentes categorias, como 
S1, S2, S3, S4 e S5. Sendo assim, assinale a alternativa correta que corresponde à descrição 
adequada da segmentação S1. 
a) Instituições com menor complexidade operacional e baixo risco sistêmico, que são 
submetidas a uma supervisão mais intensiva pelo Banco Central. 
b) Instituições que apresentam riscos moderados, mas possuem controles internos eficientes, 
sendo sujeitas a uma supervisão proporcional ao seu porte e perfil de risco. 
c) Instituições sistemicamente importantes, com atividades diversificadas e alto grau de 
complexidade, que estão sujeitas a uma supervisão intensiva e controles prudenciais mais 
rigorosos. 
d) Instituições em processo de recuperação financeira, com risco elevado de insolvência, que 
são submetidas a um monitoramento frequente pelo Banco Central. 
e) Instituições em processo de liquidação, que estão sob a gestão exclusiva do BancoCentral 
até que suas obrigações sejam plenamente cumpridas. 
 
11. (2018/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário) 
A Resolução no 4.553, de 30 de janeiro de 2017, estabelece a segmentação do conjunto de 
instituições financeiras e demais instituições autorizadas a aplicar proporcionalmente a 
regulação prudencial. De acordo com essa Resolução, o Segmento 2 (S2) é composto pelos(as) 
a) bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de câmbio e caixas 
econômicas, de porte inferior a 10% e igual ou superior a 1% do PIB. 
b) bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de câmbio e caixas 
econômicas que tenham porte igual ou superior a 10% do Produto Interno Bruto (PIB). 
c) instituições de porte inferior a 0,1% do PIB que utilizem metodologia facultativa simplificada 
para apuração dos requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência (PR), de Nível I e de 
Capital Principal, exceto bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos 
de câmbio e caixas econômicas. 
d) instituições de porte inferior a 1% e igual ou superior a 0,1% do PIB. 
e) instituições de porte inferior a 0,1% do PIB. 
 
12. (FCC/2019/AFAP/Analista de Fomento - Contador) 
O denominado Índice de Basileia é 
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a) meio de controle e mensuração do endividamento de um país, em nível regional ou nacional, 
o qual permite às entidades internacionais estabelecer parâmetros para a concessão de 
empréstimos de médio e de longo prazo. 
b) uma relação de natureza econômico-financeira que se estabelece entre o fluxo de entradas 
e de saídas de recursos em moeda estrangeira, dentro de um determinado período, nunca 
inferior a 3 meses nem superior a 12 meses, e que tem por finalidade monitorar as taxas 
cambiais de países tomadores de recursos internacionais. 
c) um indicador utilizado no setor bancário que estabelece uma relação entre o capital e os 
ativos da instituição financeira, ponderados pelos seus riscos, com o objetivo de criar exigências 
mínimas de capital para instituições financeiras como forma de fazer face ao risco de crédito. 
d) instrumento de controle inflacionário, por meio do qual se estabelece a relação entre a 
produção de riquezas de um país, em um determinado período, e a quantidade de moeda que 
ele pode emitir, neste mesmo período, sendo recomendável que esta relação não exceda a 
11%, sempre que a média anual de inflação for de até 1,8%. 
e) o percentual máximo tolerado de endividamento de um país, em moeda estrangeira, 
estabelecido a partir da quantidade efetiva de moeda estrangeira mantida em espécie nas 
instituições financeira do país e o montante da dívida externa desse país. 
 
13. (CEBRASPE/2002/SENADO FEDERAL/Consultor - Economia) 
Com fundamento no Acordo da Basileia, julgue o item abaixo. 
Com a introdução das regras do acordo no Brasil, o risco operacional de uma instituição 
financeira passa a ser medido sobre o volume de recursos captados, de terceiros, e não mais 
sobre os tipos de aplicações feitas com o capital. 
 
14. (CEBRASPE/2013/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) 
Julgue o item que se segue, relativo à regulamentação prudencial. 
Amparada nos princípios do acordo de Basileia, a autoridade supervisora pode exigir que os 
bancos operem acima do capital mínimo estabelecido no referido acordo. 
 
15. (CESGRANRIO/2014/FINEP/Analista – Crédito e Finanças) 
O Acordo de Basileia é um tratado de intenções entre os bancos centrais no sentido de 
estabelecer regras prudenciais mínimas para as atividades bancárias. 
Essas regras dizem respeito ao 
a) limite máximo de crédito a pessoas físicas e jurídicas que não ofereçam garantias suficientes. 
b) limite máximo de captação junto ao público de depósitos excessivamente voláteis. 
c) limite mínimo para o spread bancário cobrado nas operações de empréstimo. 
d) requisito mínimo de patrimônio, tendo em vista o total e a qualidade dos ativos do banco. 
e) requisito mínimo de captação de recursos governamentais por parte do banco. 
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16. (CEBRASPE/2013/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) 
Acerca do Sistema Financeiro Nacional e do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), julgue o 
item subsecutivo. 
O Acordo de Basileia apresentou os objetivos de reforçar a solidez e a estabilidade do sistema 
bancário internacional e minimizar as desigualdades competitivas entre os bancos 
internacionalmente ativos. No Brasil, devido à implantação desse acordo, foram introduzidas as 
exigências de capital mínimo para as instituições financeiras, em função do risco de suas 
operações ativas. 
 
17. (ESAF/2002/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista - Supervisão) 
Em 1994, o Brasil aderiu ao chamado "Acordo de Basiléia", passando a promover importantes 
alterações nas regras de funcionamento das Instituições Financeiras. Entre as opções a seguir, 
assinale aquela que representa uma alteração nas normas então vigentes, com vistas à 
adequação ao "Acordo de Basiléia". 
a) Obrigatoriedade de manutenção, por parte das instituições financeiras, de patrimônio líquido 
ajustado compatível com o grau de risco dos ativos. 
b) Obrigatoriedade de que as instituições financeiras mantenham sigilo em suas operações 
ativas e passivas. 
c) Obrigatoriedade de que o capital das instituições financeiras seja subscrito em moeda 
corrente. 
d) Obrigatoriedade, por parte das instituições financeiras, de compra de carta-patente para 
obtenção da autorização para funcionamento, concedida pelo Banco Central do Brasil. 
e) Obrigatoriedade da separação, por parte das instituições financeiras, das atividades bancária 
e de seguros. 
 
18. (CEBRASPE/2018/ABIN/Oficial de Inteligência) 
Julgue o item a seguir, a respeito do Sistema Financeiro Internacional. 
A exigência de capital regulatório relacionado ao risco de perdas financeiras decorrentes de 
falhas ou inadequação de pessoas, processos ou sistemas foi incorporada ao chamado Acordo 
de Basileia, em seu pilar I, quando da divulgação de sua revisão, conhecida como Basileia II. 
 
19. (CESGRANRIO/2009/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) 
O Brasil, que possuía uma supervisão bancária rigorosa e bem aderente ao Acordo da Basileia 
II, foi menos afetado pela última crise econômica mundial. Isso se deu porque os princípios 
adotados no Brasil envolveram uma supervisão eminentemente 
a) prescritiva, no lugar da regulamentação prudencial, focada na análise da situação econômico-
financeira da instituição. 
b) focada nas provisões a risco, apropriadas pelas instituições nos seus demonstrativos 
econômico-financeiros. 
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c) focada no risco operacional, nos controles internos desenvolvidos pelas instituições e na 
transparência. 
d) focada no risco, na supervisão contínua e na transparência. 
e) focada nos riscos decorrentes da concentração do setor bancário e na transparência. 
 
20. (FUNDATEC/2015/BRDE/Analista de Projetos – área Econômico-Financeira) 
Em 2004, o Comitê de Basileia na Suíça estabeleceu o Segundo Acordo, também conhecido 
como Basileia II, onde definiu os Pilares de sustentabilidade do sistema financeiro mundial. 
Esses Pilares fazem referência a: 
I. Capital Mínimo. 
II. Supervisão Bancária. 
III. Transparência. 
IV. Conjuntura Econômica Mundial. 
V. Comunicação. 
VI. Ouvidoria. 
VII. Spreads Bancários. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I, II e III. 
b) Apenas II, V e VII. 
c) Apenas III, V e VI. 
d) Apenas V, VI e VII. 
e) Apenas I, II, III, IV, V e VI. 
 
21. (CESGRANRIO/2009/BANCO CENTRAL DOBRASIL/Analista) 
No Brasil, a supervisão bancária acompanha o ritmo da evolução do mercado financeiro e, 
conforme recomendação do Acordo da Basileia II, migrou de uma ótica prescritiva para outra, 
de natureza prudencial, transitando de uma postura reativa para uma proativa, com base em 
três pilares. Quais são os três pilares que norteiam o Acordo da Basileia II? 
a) Atendimento às leis e à regulamentação vigentes, verificação dos itens das demonstrações 
contábeis e disciplina de mercado. 
b) Necessidades mínimas de capital, revisão de supervisão da suficiência de capital conforme o 
perfil de risco da instituição e disciplina de mercado. 
c) Verificação dos itens das demonstrações contábeis, metodologia adotada pelas instituições 
financeiras para apuração dos riscos e disciplina de mercado. 
d) Necessidades mínimas de capital de uma instituição financeira, transparência pública e 
atendimento à regulamentação vigente. 
e) Revisão de supervisão da suficiência de capital de acordo com o perfil de risco da instituição, 
transparência e atendimento às leis e à regulamentação vigentes. 
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22. (CEBRASPE/2016/FUNPRESP/Analista - Investimentos) 
Acerca dos riscos de mercado, julgue o item seguinte. 
Os bancos brasileiros passaram a alocar capital próprio para cobertura do risco de mercado 
após a publicação do Acordo Internacional de Basileia III. 
 
23. (FDC/2014/AGERIO/Analista de Desenvolvimento) 
Marque a alternativa que apresenta uma das novas recomendações propostas no âmbito do 
Acordo da Basiléia III. 
a) inclusão de capital regulatório para risco operacional; 
b) reduzir a pró-ciclicidade por meio de requerimentos adicionais de capital; 
c) inclusão do risco de crédito no cálculo do capital regulatório; 
d) estabelecimento de novos limites para as políticas cambiais dos países; 
e) separação, por parte das instituições financeiras, das atividades bancária e de seguros. 
 
24. (FGV/2018/BANESTES/Analista Econômico-Financeiro) 
 O acordo da Basileia tem sido um importante instrumento de regulação bancária prudencial, 
visando especialmente fazer frente ao risco do sistema financeiro mundial. Inicialmente, o 
Basileia I, divulgado em 1988, teve como objetivo criar exigências mínimas de capital para 
instituições financeiras como forma de fazer face ao risco de crédito. Em 2004, foi revisto e 
divulgado o Basileia II, com o objetivo de buscar uma medida mais precisa dos riscos incorridos 
pelos bancos internacionalmente ativos. A partir de 2010, os países passaram a implementar o 
Basileia III, como parte de um movimento contínuo de aprimoramento da estrutura prudencial 
aplicável às instituições financeiras. 
Sobre o Basileia III, analise as afirmativas a seguir. 
I. Procura reduzir o risco das variações dos preços dos títulos, e consequentemente o risco de 
mercado, mediante o controle das bolhas especulativas pelos Bancos Centrais. 
II. Busca ampliar a qualidade do capital regulatório, além de requerer montantes superiores de 
capital, principalmente das parcelas com maior capacidade de absorver perdas. 
III. Introduziu na regulação os pilares de definição do capital mínimo para bancar o risco de 
crédito, de mercado e operacional, aprimorou a supervisão bancária e estabeleceu regras para 
disciplina de mercado. 
IV. Visa ao aperfeiçoamento da capacidade das instituições financeiras absorverem choques 
provenientes do próprio sistema financeiro ou dos demais setores da economia, reduzindo o 
risco de transferência de crises financeiras para a economia real. 
Está correto somente o que se afirma em: 
a) I e III; 
b) I e IV; 
c) II e III; 
d) II e IV; 
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e) II, III e IV. 
 
25. (INAZ/2014/BANPARÁ/Contador) 
São recomendações estabelecidas pelo Acordo de Basileia III, emitido em 16 de dezembro de 
2010, exceto: 
a) Implementação do índice de endividamento, exigindo o mínimo efeito na estrutura de capital. 
b) Composição do capital de forma mais rigorosa. 
c) Exigência de uma quantidade mínima de liquidez para as instituições financeiras. 
d) Criação de duas modalidades de capital para absorção de perdas, a primeira voltada a 
momentos de estresse e a segunda a modificações no ambiente macroeconômico. 
e) Aumento nos níveis de transparência dos elementos da composição do capital. 
 
26. (CESGRANRIO/2018/BANCO DO BRASIL/Escriturário) 
Com o objetivo de evitar crises financeiras, o Banco Central do Brasil tem adotado, nas últimas 
décadas, diversos mecanismos visando a compatibilizar as normas do Sistema Financeiro 
Nacional com os requisitos emanados dos chamados Acordos de Capital da Basileia, que 
estabelecem regras do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) para 
assegurar a estabilidade financeira internacional. Desde o final da década de 1980, foram 
emitidos os Acordos da Basileia I (1988), Basileia II (2004) e Basileia III (2010). 
No caso do Acordo da Basileia III, concebido após a crise financeira global de 2008, as normas 
introduzidas e já implementadas pelo Banco Central do Brasil foram ainda mais rígidas, porque 
a) impuseram proibições aos bancos de transacionarem nos mercados de derivativos, altamente 
vulneráveis a especulações financeiras. 
b) estabeleceram mecanismos de supervisão bancária prudencial e disciplina do mercado 
bancário. 
c) fixaram exigências de capital para riscos de crédito e de mercado, bem como para risco 
operacional. 
d) adotaram maiores exigências adicionais de capital principal, incluindo procedimentos para 
o cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco referente às exposições ao risco de 
crédito. 
e) estabeleceram mecanismos de supervisão do processo de avaliação da adequação de capital 
dos bancos. 
 
27. (CEBRASPE/2009/FINESP/Analista - Finanças) 
Com relação aos princípios fundamentais de supervisão bancária estabelecidos no Acordo da 
Basiléia, assinale a opção correta. 
Celso Natale
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a) No caso de transferência significativa de propriedade, ou controle de interesses mantidos 
direta ou indiretamente pelos bancos para terceiros, o supervisor pode recomendar que a 
operação não seja realizada, embora não possa rejeitá-la. 
b) Nos âmbitos do monitoramento e do controle do risco de crédito, os procedimentos do 
supervisor devem envolver exclusivamente as operações de empréstimos, sendo que, nessas 
operações, deve ser considerado o risco de contraparte. 
c) A supervisão envolve a adoção de práticas e processos destinados a evitar que os bancos 
sejam utilizados, intencionalmente ou não, para práticas criminosas. 
d) Antes de conceder autorização para funcionamento de um banco, a autoridade supervisora 
é obrigada a avaliar as propriedades e a condição financeira dos membros do conselho e da 
alta administração da entidade pleiteante, ainda que se trate de bens e ativos localizados em 
países estrangeiros. 
e) Cabe aos supervisores garantir que sejam cumpridos limites de prudência, definidos 
internacionalmente. 
 
28. (FUNDATEC/2017/BRDE/Analista de Projetos – Área Econômico-Financeira) 
Os 25 Princípios Básicos do Comitê de Basiléia referem-se: 
I. A precondições para uma supervisão bancária eficaz. 
II. A autorizações e estrutura. 
III. A regulamentos e requisitos prudenciais. 
IV. Ao cumprimento das diretrizes e de protocolos pré-estabelecidos. 
V. A poderes formais dos supervisores e atividades bancárias internacionais. 
VI. À gestão permanente de riscos e transferências bancárias. 
VII. A métodos de supervisão bancária contínuae requisitos de informação. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I, II e VI. 
b) Apenas III, IV e VII. 
c) Apenas III, IV, V e VI. 
d) Apenas IV, V, VI e VII. 
e) Apenas I, II, III, V e VII. 
29. (CESGRANRIO/2009/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) [adaptada] 
Entre os Princípios Fundamentais de Basileia para uma supervisão bancária efetiva, o princípio 
26 trata dos controles internos e da auditoria, além de orientar os supervisores para que se 
assegurem de que os bancos adotam controles internos adequados ao porte e à complexidade 
de seus negócios. 
Os controles internos têm, entre seus objetivos, 
a) preparar a contabilidade do banco e enviar os relatórios consolidados ao Banco Central e à 
Receita Federal, quando solicitados. 
b) realizar o acompanhamento sistemático das atividades desenvolvidas pela instituição e 
verificar se os limites estabelecidos e as leis e regulamentos aplicáveis estão sendo cumpridos. 
Celso Natale
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c) realizar o arquivamento de todos os documentos, garantindo a guarda e o controle das 
informações. 
d) definir os indicadores de desempenho das instituições, de forma que estejam adequados ao 
porte e à complexidade dos negócios. 
e) participar do desenvolvimento do sistema de informações do banco, de forma a garantir a 
veracidade dos relatórios que estarão sendo divulgados para diretores e acionistas. 
 
30. (PROF.CELSO NATALE/INÉDITA) 
O Acordo de Basileia, um conjunto de diretrizes internacionais para o setor bancário, estabelece 
princípios que visam promover a estabilidade financeira e a gestão prudente dos bancos. Sobre 
alguns desses princípios, assinale a alternativa correta: 
a) O princípio da "Adequação de Capital" estabelece que os bancos devem manter um nível 
mínimo de capital em relação aos seus ativos ponderados pelo risco, a fim de proteger-se contra 
potenciais perdas e garantir a solidez financeira. 
b) O princípio da "Concorrência e Livre Mercado" incentiva a criação de restrições regulatórias 
sobre a atuação dos bancos, visando promover a concorrência e a oferta de serviços financeiros 
diversificados. 
c) O princípio da "Minimização de Reservas" preconiza que os bancos devem manter uma 
quantidade substancial de reservas para cobrir possíveis perdas decorrentes de empréstimos 
inadimplentes. 
d) O princípio da "Privacidade do Cliente" protege os dados pessoais dos clientes bancários, 
impedindo que as instituições financeiras compartilhem informações sem o consentimento 
explícito dos titulares das contas. 
e) O princípio da "Alavancagem Ilimitada" permite que os bancos tomem empréstimos e se 
alavanquem no mercado financeiro sem restrições, visando aumentar seus lucros e expandir 
suas operações livremente. 
 
31. (PROF.CELSO NATALE/INÉDITA) 
O Acordo de Basileia, um conjunto de diretrizes internacionais para o setor bancário, estabelece 
princípios que visam promover a estabilidade financeira e a gestão prudente dos bancos. Sobre 
alguns desses princípios, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) O princípio da "Transações com partes relacionadas" estabelece que os bancos devem 
prevenir abusos em transações com partes relacionadas e enfrentar o risco de conflito de 
interesses. 
b) O princípio da "Relatórios de supervisão" preconiza que o supervisor coleta, revisa e analisa 
relatórios prudenciais e análises estatísticas enviadas pelos bancos. 
c) O princípio da "Transparência e Divulgação" requer que os bancos forneçam informações 
detalhadas sobre suas operações, riscos e situação financeira para os reguladores e o público 
em geral. 
d) O princípio da "Risco operacional" determina que o supervisor deve definir níveis de liquidez 
prudentes e apropriados os quais incluem tanto requerimentos quantitativos quanto 
qualitativos, o que deve refletir as necessidades de liquidez do banco. 
Celso Natale
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e) O princípio da "Transações com partes relacionadas " refere-se ao enfretamento o risco de 
conflito de interesses. 
 
32. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital determinados no âmbito do 
Comitê de Basileia, julgue o item subsequente. 
(I) O Índice de Basileia (IB) é calculado como a razão entre o capital próprio do banco e o total 
de ativos. Essa medida proporciona uma avaliação simplificada da alavancagem, sendo uma 
ferramenta essencial para limitar o risco sistêmico. 
 
33. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital determinados no âmbito do 
Comitê de Basileia, julgue o item subsequente. 
A alavancagem, no contexto bancário, refere-se à capacidade de uma instituição financeira 
utilizar dívida para ampliar seus investimentos, buscando maiores retornos. No entanto, o uso 
excessivo de alavancagem pode aumentar a rentabilidade em tempos favoráveis, mas também 
intensificar as perdas em condições desfavoráveis, elevando o risco de insolvência. 
 
34. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital determinados no âmbito do 
Comitê de Basileia, julgue o item subsequente. 
Basileia III introduziu elementos macroprudenciais no modelo de capital, visando conter riscos 
sistêmicos associados à prociclicidade e à interconexão entre instituições financeiras. A 
prociclicidade refere-se à tendência de uma variável econômica específica acompanhar as fases 
cíclicas da economia, podendo intensificar padrões de crescimento ou agravar recessões. 
 
35. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital determinados no âmbito do 
Comitê de Basileia, julgue o item subsequente. 
A principal preocupação do Comitê de Basileia ao aumentar a qualidade, consistência e 
transparência da base de capital é promover a expansão acelerada em períodos de crescimento 
econômico, fortalecendo o sistema bancário global. 
 
36. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital determinados no âmbito do 
Comitê de Basileia, julgue o item subsequente. 
Celso Natale
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A alavancagem, no contexto bancário, refere-se à capacidade de uma instituição financeira 
utilizar dívida para ampliar seus investimentos, buscando maiores retornos. O uso excessivo de 
alavancagem pode aumentar a rentabilidade em tempos favoráveis, mas também pode reduzir 
as perdas em condições desfavoráveis, elevando o risco de insolvência. 
 
37. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo 
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente. 
O principal componente do capital de nível 1 deve ser ações ordinárias e lucros distribuídos, 
fortalecendo assim a qualidade do capital. 
 
38. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo 
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente. 
Além dos instrumentos de maior qualidade, o restante do capital de nível 1 é formado por 
instrumentos subordinados, que são títulos de crédito com prioridade superior no pagamento 
em caso de falência ou liquidação. 
 
39. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo 
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente. 
Os dividendos ou cupons não cumulativos presentes nos instrumentos subordinados significam 
que, se não forem pagos em um período, não se acumulam para serem quitados em períodos 
futuros. 
 
40. (INÉDITA/Prof.Celso Natale) 
A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo 
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente. 
Os instrumentos de capital de nível 2 foram harmonizados para garantir consistência e 
transparência na base de capital. 
 
41. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo 
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente. 
Para melhorar a transparência, Basileia III exige a divulgação de todos os elementos do capital, 
proporcionando ao mercado uma avaliação mais abrangente. 
Celso Natale
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42. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Entre diversas medidas em resposta à crise do subprime em 2008, o Comitê de Basileia 
determinou o aumento da cobertura de risco. Nesse sentido, julgue a afirmativa seguinte. 
O trading book de um banco inclui ativos que são adquiridos com a intenção de venda a curto 
prazo ou para lucrar com diferenças de preço a curto prazo. 
 
43. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Entre diversas medidas em resposta à crise do subprime em 2008, o Comitê de Basileia 
determinou o aumento da cobertura de risco. Nesse sentido, julgue a afirmativa seguinte. 
O banking book de um banco consiste em ativos e passivos que são mantidos pelo banco com 
a intenção de vendê-los antes do vencimento. 
 
44. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Entre diversas medidas em resposta à crise do subprime em 2008, o Comitê de Basileia 
determinou o aumento da cobertura de risco. Nesse sentido, julgue a afirmativa seguinte. 
A securitização é um processo financeiro que transforma ativos ilíquidos em ativos líquidos, 
proporcionando liquidez adicional aos emissores originais dos ativos. 
 
45. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Entre diversas medidas em resposta à crise do subprime em 2008, o Comitê de Basileia 
determinou o aumento da cobertura de risco. Nesse sentido, julgue a afirmativa seguinte. 
O Comitê introduziu requisitos de capital mais baixos para as ressecuritizações, buscando 
reduzir a prociclicidade e fornecendo incentivos adicionais para mover contratos de derivativos 
de balcão para contrapartes centrais. 
 
46. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente. 
Durante a parte mais severa da crise, o setor bancário foi forçado pelo mercado a aumentar sua 
alavancagem, amplificando a pressão descendente sobre os preços dos ativos. 
 
47. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente. 
A razão de alavancagem introduzida pelo Comitê tem como objetivo conter a alavancagem no 
setor bancário e introduzir salvaguardas adicionais contra o risco de modelo e erro de medição. 
Celso Natale
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48. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente. 
A excessiva interconexão entre bancos sistemicamente importantes amplificou choques ao 
longo do tempo, transmitindo-os por todo o sistema financeiro. 
 
49. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente. 
O Comitê desenvolveu a Razão de Financiamento Estável Líquido (NSFR) para promover 
resiliência em um horizonte de tempo mais curto, quando comparado com a Taxa de Cobertura 
de Liquidez (LCR), garantindo recursos líquidos suficientes para sobreviver a um cenário de 
estresse agudo. 
 
50. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente. 
Durante a crise financeira, a excessiva interconexão entre bancos sistemicamente importantes 
contribuiu para a transmissão de choques por todo o sistema financeiro. 
 
51. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente. 
Durante a crise financeira, muitos bancos continuaram a realizar grandes distribuições na forma 
de dividendos, recompras de ações e pagamentos generosos de compensação, mesmo que 
sua condição financeira estivesse se deteriorando. 
 
52. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente. 
O Comitê desenvolveu a Taxa de Cobertura de Liquidez (LCR) para promover resiliência a 
potenciais interrupções de liquidez em um horizonte de trinta dias. 
 
53. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente. 
Durante a crise financeira, o Comitê introduziu medidas para tornar os bancos mais aderentes 
a dinâmicas procíclicas, promovendo a expansão do crédito. 
 
Celso Natale
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54. (2018/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Agente Comercial) 
Com o objetivo de evitar crises financeiras, o Banco Central do Brasil tem adotado, nas últimas 
décadas, diversos mecanismos visando a compatibilizar as normas do Sistema Financeiro 
Nacional com os requisitos emanados dos chamados Acordos de Capital da Basileia, que 
estabelecem regras do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) para 
assegurar a estabilidade financeira internacional. Desde o final da década de 1980, foram 
emitidos os Acordos da Basileia I (1988), Basileia II (2004) e Basileia III (2010). 
No caso do Acordo da Basileia III, concebido após a crise financeira global de 2008, as normas 
introduzidas e já implementadas pelo Banco Central do Brasil foram ainda mais rígidas, porque 
a) impuseram proibições aos bancos de transacionarem nos mercados de derivativos, altamente 
vulneráveis a especulações financeiras. 
b) estabeleceram mecanismos de supervisão bancária prudencial e disciplina do mercado 
bancário. 
c) fixaram exigências de capital para riscos de crédito e de mercado, bem como para risco 
operacional. 
d) adotaram maiores exigências adicionais de capital principal, incluindo procedimentos para 
o cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco referente às exposições ao risco de 
crédito. 
e) estabeleceram mecanismos de supervisão do processo de avaliação da adequação de capital 
dos bancos. 
 
55. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O Patrimônio de Referência (PR), segundo a Resolução CMN nº 4.595/2021, desempenha um 
papel crucial ao enfrentar os desafios inerentes aos riscos no setor financeiro, seguindo padrões 
internacionalmente estabelecidos por Basileia. Diante disso, avalie se a afirmativa abaixo. 
O patrimônio de referência (PR) é destinado a fazer frente aos riscos, conforme padrões 
internacionais estabelecidos no âmbito de Basileia. 
 
56. (2023/CESGRANRIO/AgeRIO/Analista de Desenvolvimento – Contabilidade) 
O Patrimônio de Referência (PR), para fins da verificação do cumprimento dos limites 
operacionais das instituições financeiras e das demais instituições autorizadas a funcionar pelo 
Banco Central do Brasil, consiste no somatório do Nível I e do Nível II. 
O Nível I do PR consiste 
a) no capital principal, exclusivamente 
b) no capital complementar, exclusivamente 
c) no somatório do capital principal e do capital complementar 
d) na diferença entre o capital principal e o capital complementar 
e) na multiplicação do capital principal com o capital complementar 
 
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57. (INÉDITA/Prof. CelsoNatale) 
A Resolução CMN nº 4.595/2021, responsável por abordar a apuração do capital para 
instituições financeiras (IF), possui escopo específico de aplicação. Sobre essa delimitação, 
julgue o item subsequente. 
A Resolução CMN nº 4.595/2021 se aplica a instituições financeiras menores, administradoras 
de consórcios e instituições de pagamento. 
 
58. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A categorização do Patrimônio de Referência (PR) em Nível I e Nível II, sendo o Nível I 
considerado de qualidade superior, é uma distinção importante conforme a Resolução CMN nº 
4.595/2021. julgue o item subsequente. 
O Patrimônio de Referência (PR) é dividido em Nível I e Nível II, sendo o Nível I considerado 
melhor. 
 
59. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
No contexto de conglomerados, a figura do controlador é crucial para a supervisão das 
instituições envolvidas. Nesse sentido, julgue o item a seguir. 
Controlador é a instituição líder do conglomerado que detém o controle sobre as demais. 
 
60. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Entender a dinâmica entre controlador e subsidiária é fundamental nas práticas regulatórias. 
Nesse contexto, julgue o item a seguir. 
Subsidiária é a entidade participante de conglomerado que detém o controle sobre as demais. 
 
61. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A consolidação das demonstrações contábeis é uma prática essencial na avaliação do 
Patrimônio de Referência (PR). Analise se a afirmativa abaixo é certa ou errada. 
A apuração do Patrimônio de Referência (PR) deve ser realizada em bases consolidadas para as 
instituições integrantes de um mesmo conglomerado financeiro. 
 
62. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A segmentação do Patrimônio de Referência (PR) em Nível I, subdividido em Capital Principal 
(CP) e Capital Complementar (CC), é um ponto crucial na regulamentação. Julgue o item 
subsequente. 
Celso Natale
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O Patrimônio de Referência (PR) de Nível I é dividido em Capital Principal (CP) e Capital 
Complementar (CC). 
 
63. (2013/CEBRASPE-CESPE/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) 
Com relação à regulamentação da resolução bancária no Brasil, julgue o item subsequente. 
Depósito em conta vinculada pode, temporariamente, ser admitido pelo BACEN como forma 
de suprir deficiências de patrimônio de referência. 
 
64. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O Capital Principal de Nível I desempenha um papel crucial na sustentação da estabilidade 
financeira das instituições. Para avaliá-lo, diversos elementos são somados, enquanto outros são 
subtraídos. Sobre a composição positiva do Capital Principal, avalie o item subsequente. 
O capital social constituído por quotas ou ações, não resgatáveis e sem cumulatividade de 
dividendos, pode compor o Capital Principal. 
 
65. (2021/CAE-CFC/BCB/Cadastro Nacional de Auditores Independentes) [adaptada] 
O Patrimônio de Referência (PR) de Conglomerado deve ser calculado em bases consolidadas 
para as instituições integrantes de um mesmo conglomerado prudencial. Com relação a esse 
assunto, assinale a opção que apresenta a composição do Capital Principal para efeitos de PR 
de Conglomerado Prudencial. 
a) Aumento de Capital em processo de autorização, com exceção do aumento de capital 
realizado por meio de incorporação de reservas e de sobras ou lucros acumulados. 
b) Valores relativos ao capital social constituído por quotas, quotas-partes ou por ações não 
resgatáveis e sem mecanismos de cumulatividade de dividendos. 
c) Valores relativos ao capital social constituído por quotas, quotas-partes ou por ações 
resgatáveis e com mecanismos de cumulatividade de dividendos. 
d) Operações com derivativos de índices. 
 
66. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Reservas são elementos-chave no reforço do Capital Principal. Dentre as reservas que 
contribuem para a sua composição, avalie o item subsequente. 
Reservas de capital, de reavaliação e de lucros são componentes do Capital Principal. 
 
 
Celso Natale
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67. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Dentre os elementos positivos do Capital Principal, sobressaem-se sobras ou lucros 
acumulados. Avalie o item subsequente: 
Sobras ou lucros acumulados são incluídos no cálculo do Capital Principal. 
 
68. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Instrumentos financeiros derivativos podem influenciar o Capital Principal. Sobre o saldo do 
ajuste positivo ao valor de mercado desses derivativos utilizados para hedge de fluxo de caixa, 
avalie o item subsequente: 
O saldo do ajuste positivo ao valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos 
utilizados para hedge de fluxo de caixa contribui positivamente para o Capital Principal. 
 
69. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Alterações no risco de crédito próprio da instituição podem impactar o valor de mercado dos 
derivativos. Sobre o saldo do ajuste positivo ao valor de mercado desses instrumentos 
financeiros derivativos, avalie o item subsequente. 
O saldo do ajuste positivo ao valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos, 
decorrente de alterações no risco de crédito próprio da instituição, contribui positivamente para 
o Capital Principal. 
 
70. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A Resolução CMN nº 4.595/2021 estabelece critérios para a subtração de elementos no cálculo 
do Capital Principal. Sobre esses critérios, avalie o item subsequente: 
Perdas não realizadas decorrentes dos ajustes de avaliação patrimonial devem ser subtraídas 
do Capital Principal. 
 
71. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A aquisição de ações próprias pela instituição emissora tem implicações no cálculo do Capital 
Principal. Avalie se o item subsequente é Verdadeiro (V) ou Falso (F): 
Ações próprias adquiridas diretamente, indiretamente ou de forma sintética, mesmo sendo não 
resgatáveis, não podem ser somadas ao Capital Principal. 
 
72. (2016/CAE-CFC/BCB - Cadastro Nacional de Auditores Independentes) 
O Nível I do Patrimônio de Referência consiste no somatório do Capital Principal e do Capital 
Complementar. O Capital Principal é apurado mediante a soma e dedução dos valores 
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correspondentes aos itens apontados especificamente nas normas regulamentares do 
CMN/BCB. Identifique os itens apontados regularmente para a soma na apuração do Capital 
Principal e, em seguida, assinale a opção CORRETA. 
1. O capital social constituído por quotas, quotas-partes, ou por ações não resgatáveis e sem 
mecanismos de cumulatividade de dividendos. 
2. Às perdas ou prejuízos acumulados. 
3. Às reservas de capital, de reavaliação e de lucros. 
4. Às contas de resultado credoras. 
Estão CERTOS os itens: 
a) 1, 2 e 4, apenas. 
b) 1, 3 e 4, apenas. 
c) 1, 2 e 3, apenas. 
d) 2 e 4, apenas. 
 
73. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Operações com derivativos, incluindo derivativos de índices, são elementos que devem ser 
subtraídos do Capital Principal. Avalie se o item subsequente é Verdadeiro (V) ou Falso (F): 
Operações com derivativos, inclusive derivativos de índices, devem ser subtraídas do Capital 
Principal. 
 
74. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A Resolução CMN nº 4.595/2021 estabelece critérios claros sobre o que não deve ser 
considerado no cálculo do Capital Principal. Avalie o item subsequente. 
Recursos captados, mas ainda não integralizados, devem ser subtraídos do Capital Principal. 
 
75. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O Capital Complementar, diferentemente do Capital Principal, é definido por requisitos que os 
instrumentos devem atender. Analise o seguinte item: 
Os instrumentos elegíveis para compor o Capital Complementardevem ter vencimento pré-
estabelecido. 
 
76. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Os instrumentos que compõem o Capital Complementar precisam atender a uma série de 
requisitos cumulativos. Sobre esses requisitos, avalie o item a seguir. 
O pagamento da remuneração dos instrumentos deve ser subordinado ao pagamento dos 
demais passivos da instituição, exceto o Capital Principal, em caso de dissolução. 
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77. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A Resolução CMN nº 4.595/2021 estabelece que os instrumentos do Capital Complementar 
devem prever a suspensão do pagamento da remuneração em determinadas condições. Sobre 
essas condições, avalie o item subsequente: 
 suspensão do pagamento da remuneração pode ocorrer apenas por falta de recursos 
disponíveis para essa finalidade. 
 
78. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A recompra ou o resgate de instrumentos do Capital Complementar, em regra, está 
condicionada à autorização do Banco Central do Brasil. Sobre essa condição, avalie o item 
subsequente: 
A recompra ou o resgate pode ocorrer sem autorização do Banco Central do Brasil, 
excepcionalmente, caso o emissor cumpra os requerimentos mínimos de Capital Principal. 
 
79. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Os instrumentos do Capital Complementar podem ser resgatáveis apenas por iniciativa do 
emissor. Sobre essa característica, avalie o item a seguir: 
Caso o detentor do instrumento queira resgatá-lo, o emissor está autorizado a realizar o resgate 
imediatamente, sem restrições. 
 
80. (2016/CAE-CFC/BCB/Cadastro Nacional de Auditores Independentes) 
O Patrimônio de Referência (PR) de Conglomerado deve ser calculado em bases consolidadas 
para as instituições integrantes de um mesmo conglomerado prudencial. Consiste no somatório 
do Nível I e do Nível II, em que o Nível I consiste no somatório do Capital Principal e do Capital 
Complementar. O Capital Complementar é apurado mediante o somatório dos valores 
correspondentes aos instrumentos que atendem, entre outros, a requisitos específicos. Com 
relação aos requisitos, identifique somente aqueles regulamentares da espécie e, em seguida, 
assinale a opção CORRETA. 
1. Ser integralizados em espécie. 
2. Ter caráter de perpetuidade. 
3. Ser resgatáveis apenas por iniciativa do emissor. 
4. Ter a sua compra financiada, direta ou indiretamente, pela instituição emissora. 
Estão CERTOS os requisitos: 
a) 1, 2 e 3, apenas. 
b) 1, 3 e 4, apenas. 
c) 2, 3 e 4, apenas. 
d) 3 e 4, apenas. 
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81. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Os instrumentos do Capital Complementar não podem conter cláusulas que prevejam variação 
das condições de remuneração após a emissão. Sobre essa restrição, avalie o item 
subsequente: 
Cláusulas que prevejam variação das condições de remuneração após a emissão são 
permitidas, desde que a instituição emissora concorde. 
 
82. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Os instrumentos do Capital Complementar, quando recomprados ou resgatados, estão sujeitos 
a algumas condições. Sobre essas condições, avalie o item a seguir: 
O resgate de instrumentos do Capital Complementar está condicionado à recompra simultânea 
de instrumentos equivalentes ou à comprovação de condições de negócio favoráveis. 
 
83. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Os instrumentos do Capital Complementar podem ter cláusula de opção de recompra ou 
resgate pelo emissor. Sobre essa possibilidade, avalie o item subsequente: 
Os instrumentos do Capital Complementar não podem, em absoluto, conter cláusula de opção 
de recompra ou resgate pelo emissor. 
84. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A Resolução CMN nº 4.595/2021 estabelece intervalo mínimo entre a emissão e a primeira data 
de exercício de opção de recompra ou resgate para os instrumentos do Capital Complementar. 
Sobre esse intervalo, avalie o item subsequente: 
O intervalo mínimo entre a emissão e a primeira data de exercício de opção de recompra ou 
resgate é de 10 anos. 
 
85. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A recompra ou resgate de instrumentos do Capital Complementar está sujeita à autorização do 
Banco Central do Brasil. Sobre as condições para essa autorização, avalie o item a seguir: 
A recompra ou resgate pode ocorrer sem autorização do Banco Central do Brasil, desde que a 
instituição manifeste a intenção de exercer a opção e comprove condições de negócio 
favoráveis. 
 
86. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
No contexto do PR Nível II, a apuração é realizada considerando diversos requisitos que os 
instrumentos devem atender. Analise o seguinte item. 
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Os instrumentos elegíveis para compor o PR Nível II podem prever o pagamento de 
amortizações antes de decorrido o intervalo mínimo de 5 anos entre a data de emissão e a data 
de vencimento. 
 
87. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O pagamento dos instrumentos do PR Nível II deve ser subordinado ao pagamento dos demais 
passivos da instituição, com exceção do pagamento dos elementos que compõem o Capital 
Principal e o Capital Complementar, em caso de dissolução da instituição emissora. Avalie o 
item a seguir: 
Em caso de dissolução da instituição emissora, os instrumentos do PR Nível II devem ter o seu 
pagamento subordinado ao pagamento dos demais passivos da instituição, com exceção do 
pagamento dos elementos que compõem o Capital Principal e o Capital Complementar. 
 
88. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Os instrumentos do PR Nível II devem ser resgatáveis apenas por iniciativa do emissor. Sobre 
essa característica, avalie o item subsequente: 
Caso o detentor do instrumento queira resgatá-lo, o emissor está autorizado a realizar o resgate 
imediatamente, sem restrições. 
 
89. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Para obter a autorização do Banco Central do Brasil e compor o Capital Principal, 
Complementar e Nível II, os instrumentos devem atender a requisitos específicos, incluindo a 
elaboração do Núcleo de Subordinação. Avalie o seguinte item relacionado ao Núcleo de 
Subordinação. 
O aditamento, alteração ou revogação dos termos do Núcleo de Subordinação pode ser 
realizado sem a necessidade de prévia autorização do Banco Central do Brasil. 
 
90. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Instrumentos elegíveis para compor o Capital Principal, Complementar e Nível II devem atender 
a critérios específicos para obtenção de autorização, incluindo sua emissão por instituição 
autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por sua dependência ou subsidiária no 
exterior. Analise o item a seguir: 
Os instrumentos podem ser emitidos por entidades constituídas como sociedade de objeto 
exclusivo ou entidade de propósito específico, desde que estejam vinculadas a uma instituição 
autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil. 
 
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91. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Instrumentos que compõem o Patrimônio de Referência estão sujeitos a deduções. Analise o 
seguinte item relacionado às deduções: 
No caso de instrumentos emitidos no exterior, o pedido de autorização para compor o 
Patrimônio de Referência requer parecer jurídico atestando a adequação das cláusulas do 
instrumento à legislação aplicável. 
 
92. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Diversos instrumentos são passíveis de dedução do Patrimônio de Referência (PR) em níveis I e 
II. Analise o item a seguir. 
Os investimentos em entidade assemelhada a instituição financeira não consolidada,sociedade 
seguradora, resseguradora, sociedade de capitalização e entidade aberta de previdência 
complementar não são sujeitos a dedução do PR. 
Comentários: 
Pelo contrário! Os investimentos em entidade assemelhada a instituição financeira não 
consolidada, sociedade seguradora, resseguradora, sociedade de capitalização e entidade 
aberta de previdência complementar são sujeitos a dedução do PR. 
Gabarito: Errado 
 
93. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A Resolução CMN nº 4.955/2021 especifica as condições para deduções no Patrimônio de 
Referência (PR) do conglomerado relacionadas à participação de não controladores. Avalie o 
item a seguir. 
Os valores excedentes provenientes da participação de não controladores no capital de 
subsidiárias devem ser somados ao Capital Principal, Nível I e PR do conglomerado. 
 
94. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Os valores da participação de não controladores em subsidiárias que excedem os 
requerimentos mínimos de Capital Principal, Nível I e PR devem ser deduzidos do 
conglomerado. Analise o seguinte item: 
A dedução dos valores excedentes da participação de não controladores aplica-se apenas ao 
Capital Principal do conglomerado. 
 
 
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95. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O termo "Patrimônio de Referência Exigido (PRE)" é atualmente utilizado pelo Banco Central do 
Brasil (BCB) e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). 
 
96. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A principal medida de risco considerada pelo CMN ao determinar os requerimentos de capital 
é o risco associado aos passivos das instituições financeiras. 
 
97. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
As instituições financeiras enquadradas no segmento S5 podem utilizar metodologia facultativa 
simplificada para apuração dos requerimentos mínimos de patrimônio e capital. 
 
98. (2022/CESGRANRIO/CFC/BCB/Cadastro Nacional de Auditores Independentes) 
O banco XX possui um patrimônio líquido, publicado em 31.12.20X2, no valor de $ 
4.000.000,00. Para calcular seu patrimônio de referência - PR, o banco considera $ 1.520.000,00 
de ajustes prudenciais, nos termos da resolução 4.192/2013. Possui ainda letras financeiras 
subordinadas no nível I, no valor total de $ 520.000,00 e ainda $ 300.000,00, de letras financeiras 
subordinadas no nível 2. O total dos ativos ponderados pelo risco (risk weighted assets - rwa) 
importa, em 31.12.20X2, no valor de $ 18.500.000,00. 
O índice de Basileia e o índice do capital principal são, em 31.12.20X2, respectivamente, 
a) ≈15,02% e ≈17,84% 
b) ≈13,40% e ≈15,02% 
c) ≈15,02% e ≈13,40% 
d) ≈17,84% e ≈15,02% 
e) ≈17,84% e ≈13,40% 
 
99. (2021/CAE-CFC/BCB/Cadastro Nacional de Auditores Independentes) 
O Banco XX apresentou as seguintes informações em suas demonstrações contábeis e registros 
auxiliares, as quais foram devidamente auditadas relativas ao exercício findo em 31 de 
dezembro de 2XX0: 
reais Valores em milhares de 
I. Capital Social 60.000 
II. Reservas de lucros 30.125 
III. Ações em tesouraria 498 
IV. Ativos intangíveis 686 
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V. Créditos tributários decorrentes de prejuízos 
Fiscais, líquidos da provisão de IR/CS 
6.122 
VI. Caixa e equivalentes de caixa 18.652 
VII. Ativos ponderados de risco de mercado 40.000 
VIII. Ativos ponderados de risco de crédito 20.000 
IX. Ativos ponderados de risco operacional 14.950 
Baseado nas informações, o Patrimônio de Referência (PR) é: 
a) R$82.819. 
b) R$101.471. 
c) R$97.431. 
d) R$116.083. 
 
100. (2021/CAE-CFC/BCB/Cadastro Nacional de Auditores Independentes) [adaptada] 
O Banco XX apresentou as seguintes informações em suas demonstrações contábeis e registros 
auxiliares, as quais foram devidamente auditadas relativas ao exercício findo em 31 de 
dezembro de 2XX0: 
 Valores em milhares de reais 
I. Capital Social 60.000 
II. Reservas de lucros 30.125 
III. Ações em tesouraria 498 
IV. Ativos intangíveis 686 
V. Créditos tributários decorrentes de prejuízos 
Fiscais, líquidos da provisão de IR/CS 
6.122 
VI. Caixa e equivalentes de caixa 18.652 
VII. Ativos ponderados de risco de mercado 40.000 
VIII. Ativos ponderados de risco de crédito 20.000 
IX. Ativos ponderados de risco operacional 14.950 
Baseado nas informações, o requerimento mínimo de patrimônio de referência (PR), em 
milhares de reais, é: 
a) R$3.747,50 
b) R$5.996,00 
c) R$8.244,50 
d) R$8.000,00 
e) R$3.550,00 
 
 
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101. (2022/CEBRASPE-CESPE/PETROBRAS/Economista) 
Considerando os principais acordos internacionais relacionados à supervisão bancária e seus 
impactos sobre o sistema financeiro nacional, julgue o item a seguir. 
Os lucros acumulados incorporam o capital principal (Tier 1) das instituições e possuem 
capacidade de alavancar a geração de crédito. 
 
102. (2013/CEBRASPE-CESPE/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) [adaptada] 
Julgue o item que se segue, relativo à regulamentação prudencial. 
O cálculo do patrimônio de referência exigido (PRE) envolve a apuração de cinco parcelas 
relacionadas ao risco a que as instituições financeiras estão sujeitas. 
 
103. (2019/FCC/AFAP/Analista de Fomento - Contador) 
O denominado Índice de Basileia é 
a) meio de controle e mensuração do endividamento de um país, em nível regional ou nacional, 
o qual permite às entidades internacionais estabelecer parâmetros para a concessão de 
empréstimos de médio e de longo prazo. 
b) uma relação de natureza econômico-financeira que se estabelece entre o fluxo de entradas 
e de saídas de recursos em moeda estrangeira, dentro de um determinado período, nunca 
inferior a 3 meses nem superior a 12 meses, e que tem por finalidade monitorar as taxas 
cambiais de países tomadores de recursos internacionais. 
c) um indicador utilizado no setor bancário que estabelece uma relação entre o capital e os 
ativos da instituição financeira, ponderados pelos seus riscos, com o objetivo de criar exigências 
mínimas de capital para instituições financeiras como forma de fazer face ao risco de crédito. 
d) instrumento de controle inflacionário, por meio do qual se estabelece a relação entre a 
produção de riquezas de um país, em um determinado período, e a quantidade de moeda que 
ele pode emitir, neste mesmo período, sendo recomendável que esta relação não exceda a 
11%, sempre que a média anual de inflação for de até 1,8%. 
e) o percentual máximo tolerado de endividamento de um país, em moeda estrangeira, 
estabelecido a partir da quantidade efetiva de moeda estrangeira mantida em espécie nas 
instituições financeira do país e o montante da dívida externa desse país. 
 
104. (2013/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico – Contabilidade) 
O Banco Central do Brasil, no Comunicado nº 20.615, de 17 de fevereiro de 2011, que divulga 
as orientações relativas à implementação, no Brasil, das recomendações do Comitê de 
Supervisão Bancária de Basileia, conhecidas como Basileia III, estabelece que o Capital 
Principal, em princípio, nos termos de Basileia III, será composto, fundamentalmente, pelo 
capital social, constituído por cotas ou por ações ordinárias e ações preferenciais não 
resgatáveis e sem mecanismos de cumulatividade de dividendos, e por lucros retidos, 
deduzidos os valores referentes aos ajustes regulamentares. 
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O anexo ao Comunicado nº 20.615, de 17 de fevereiro de 2011 (dos parâmetros mínimos para 
ocapital regulamentar conforme Basileia III), estabelece que o parâmetro do Capital Principal, 
em 1º de janeiro de 2013, será 
a) 4,5% 
b) 6,0% 
c) 8,0% 
d) 10,5% 
e) 11,0% 
 
105. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
Os Ativos Ponderados pelos Riscos (RWA) são compostos por cinco parcelas, incluindo aquelas 
relativas aos riscos de crédito e mercado, conforme a Resolução CMN n° 4.958/2021. 
 
106. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A parcela RWAOPAD refere-se ao cálculo do capital requerido para o risco operacional mediante 
abordagem interna, segundo a Resolução CMN n° 4.958/2021. 
 
107. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A Resolução CMN n° 4.958/2021 estabelece a abordagem padronizada e a abordagem IRB para 
calcular o risco de mercado, especificando nove parcelas para a abordagem padronizada. 
 
108. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O Índice de Basileia (IB) é calculado como a relação entre o valor do Patrimônio de Referência 
(PR) e o valor dos Ativos Totais, conforme a Resolução CMN n° 4.958/2021. 
 
109. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O Brasil, atualmente, exige um Índice de Basileia (IB) de 8%, de acordo com a Resolução CMN 
n° 4.958/2021. 
 
110. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A maioria das instituições supervisionadas no Brasil conseguiria atender ao Índice de Basileia 
usando apenas Capital Complementar. 
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111. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
As cooperativas de crédito não filiadas a uma central e que não optarem pela metodologia 
simplificada devem manter um Índice de Basileia (IB) de pelo menos 12%, de acordo com a 
Resolução CMN n° 4.958/2021. 
 
112. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O Adicional de Capital Principal (ACP) é exigido apenas para instituições integrantes do 
segmento S1, sendo composto por três parcelas: ACPCONSERVAÇÃO, ACPCONTRACÍCLICO 
e ACPSISTÊMICO, conforme a Resolução CMN n° 4.958/2021. 
 
113. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
No caso de não cumprimento dos requerimentos de Adicional de Capital Principal (ACP), a 
instituição ou conglomerado está sujeito a restrições, incluindo a redução do capital social 
quando legalmente possível. 
 
114. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A estrutura simplificada estabelecida pela Resolução nº 4.606/2017 para apuração do 
Patrimônio de Referência (PRS5), ponderação dos Ativos pelos Riscos (RWAS5) e exigência de 
capital é aplicável a todas as instituições financeiras supervisionadas pelo Banco Central do 
Brasil. 
 
115. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
As instituições não bancárias, segundo a Resolução nº 4.606/2017, são caracterizadas pela 
captação de depósitos à vista e pela adoção da palavra "financeira" em sua denominação. 
 
116. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O Adicional de Conservação de Capital Principal (ACPCONSERVAÇÃO) faz parte da estrutura 
simplificada de exigência de capital conforme a Resolução nº 4.606/2017. 
 
117. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
O “Índice de Basileia”, na estrutura simplificada, é de 17% para todas as instituições financeiras 
abrangidas pela Resolução nº 4.606/2017. 
 
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118. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
A ausência de operações sujeitas à variação no preço de ações é um requisito para o perfil de 
risco simplificado na estrutura simplificada. 
 
119. (INÉDITA/Prof. Celso Natale) 
As instituições integrantes de um mesmo conglomerado prudencial, segundo a Resolução nº 
4.606/2017, são dispensadas de realizar a apuração e cumprimento das exigências em bases 
consolidadas caso sejam instituições não monetárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO
1. C 
2. E 
3. E 
4. D 
5. D 
6. D 
7. E 
8. C 
9. D 
10. C 
11. A 
12. C 
13. E 
14. C 
15. D 
16. C 
17. A 
18. C 
19. D 
20. A 
21. B 
22. E 
23. B 
24. D 
25. A 
26. D 
27. C 
28. E 
29. B 
30. A 
31. D 
32. C 
33. C 
34. C 
35. E 
36. E 
37. E 
38. E 
39. C 
40. C 
41. C 
42. C 
43. E 
44. C 
45. E 
46. E 
47. C 
48. C 
49. E 
50. C 
51. C 
52. C 
53. E 
54. D 
55. C 
56. C 
57. E 
58. C 
59. C 
60. E 
61. C 
62. C 
63. C 
64. C 
65. B 
66. C 
67. C 
68. C 
69. C 
70. C 
71. C 
72. B 
73. C 
74. E 
75. E 
76. C 
77. E 
78. E 
79. E 
80. A 
81. E 
82. E 
83. E 
84. E 
85. E 
86. E 
87. C 
88. E 
89. E 
90. E 
91. C 
92. E 
93. E 
94. E 
95. E 
96. E 
97. C 
98. E 
99. A 
100. B 
101. C 
102. E 
103. C 
104. A 
105. C 
106. E 
107. C 
108. E 
109. C 
110. C 
111. E 
112. E 
113. C 
114. E 
115. E 
116. E 
117. E 
118. C 
119. E 
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