Prévia do material em texto
DISCIPLINA: Atelier de Artes Visuais - Pintura TEMA: Pintura contemporânea OBJETIVO: Produzir uma pintura a partir da definição de algum teórico contemporâneo da área de artes visuais COMPETÊNCIAS: - Desenvolver pesquisa científica e tecnológica em Artes Visuais, objetivando a criação, a compreensão, a difusão e o desenvolvimento da cultura visual. - Estabelecer relações entre teoria, história e crítica em Artes Visuais. - Conhecer e experienciar a produção de poéticas contemporâneas do campo da Arte e do seu ensino, balizado pelos seus referenciais teóricos e metodológicos. - Articular vivências e processos de criação em poéticas visuais EXPERIMENTE E PRODUZA: A compreensão do que seja pintura no campo das artes visuais é um tema que, muitas vezes, no senso comum, se dá a partir de telas e papeis pintados que tendem para uma representação figurativa ou abstrata. Todavia, para nós que trabalhamos com arte, a linguagem da pintura não pode ser uma derivação apenas por meio destas possibilidades visuais. Certamente, a definição do que seja pintura não se esgota com os comentários dos poucos autores que apresentaremos na sequência, pois a linguagem pictórica está em franca expansão na contemporaneidade. Contudo, por uma questão de espaço, optamos por uma breve introdução que apresentará alguns pensadores da linguagem da pintura até meados do século XX. Muitos autores já tentaram definir o que seria uma pintura. Dois artistas e pensadores da arte, Jean-Auguste Dominique Ingres (1780 - 1867), um dos ícones do período neoclássico na França, e o romântico Ferdinand Victor Eugène Delacroix (1798 – 1863), travaram grandes discussões a respeito do tema. Para Ingres, a pintura deveria seguir rigidamente as convenções do desenho. Ou seja, para o neoclassicista, a pintura deveria ser subalterna, estar a serviço de um desenho bem estruturado segundo regras e convenções acadêmicas. Por outro lado, Delacroix entendia que a pintura deveria ser ricamente repleta de manchas e cores e que não deveria se preocupar tanto com a rigidez do desenho. Note que tanto um teórico quanto outro, entendia a pintura como representação de algo do mundo natural, ou seja, o trabalho do pintor era transpor as percepções sentidas por meio de linhas, cores, manchas. Podemos dar um salto no tempo e migrar dos séculos XVIII e XIX para o início do século XX e observar como a linguagem da pintura foi tratada. Para algumas vanguardas, os elementos formais da linguagem visual se bastavam para estruturar uma imagem, assim, alguns artistas como Wassily Wassilyevich Kandinsky (1866 – 1944) e Markus Yakovlevich Rothkowitz - “Marc Rothko” (1903 – 1970) entendiam a arte como “concreta”1, ou seja, ela dependia única e exclusivamente dos elementos que continha sem fazer menção a nada que estava além da própria linguagem. Por volta da metade do século XX, o crítico de arte Clement Greenberg (1909 – 1994) disse que caberia à pintura ser plana, ou seja, evitar qualquer tipo de ilusão tridimensional, afinal estes elementos eram melhor descritos pela linguagem da escultura. Assim, a pintura poderia ser compreendida como tinta, organizada em uma superfície plana a partir de uma determinada ordem. Em síntese, os autores que trouxemos aqui pensam a pintura da seguinte maneira: Jean-Auguste Dominique Ingres (1780 - 1867) “[...] a pintura deveria seguir rigidamente as convenções do desenho.” Ferdinand Victor Eugène Delacroix (1798 – 1863) “[...] a pintura deveria ser ricamente repleta de manchas e cores e que não deveria se preocupar tanto com a rigidez do desenho.” Wassily Wassilyevich Kandinsky (1866 – 1944) e Markus Yakovlevich Rothkowitz - “Marc Rothko” (1903 – 1970) “[...] entendiam a arte como “concreta””. Clement Greenberg (1909 – 1994) “[...] caberia à pintura ser plana, ou seja, evitar qualquer tipo de ilusão tridimensional, afinal estes elementos eram melhor descritos pela linguagem da escultura”. Há mais a ser averiguado quando se trata da história de uma determinada linguagem artística, cabem ampliações dessas informações. Sua tarefa será a de investigar como a linguagem da pintura pode ser utilizada na contemporaneidade. Para isso, execute o que se pede nas atividades que seguem. Na atividade 01 você deverá apresentar de maneira muito breve em até dez linhas, por meio de um texto discursivo, a reflexão de um teórico contemporâneo da área de artes visuais, que tenha abordado a temática da linguagem da pintura. Tente resumir com suas palavras o que esse investigador ou essa investigadora diz sobre o ato de se fazer pintura hoje. Após apresentar a reflexão do teórico, relacione-a com o trabalho que você realizou e a região em que você mora. Seja objetivo, contudo, construa um texto, que norteie o leitor e estimule-o a pesquisar mais sobre os seus achados. 1 Termo utilizado e explicado por Kandinsky em sua obra KANDINSKY, W. Do Espiritual na Arte, D. Quixote, Alfragide, 2010. Na atividade 02 produza uma pintura autoral, a partir das contribuições teóricas do autor ou da autora escolhido por você para a atividade anterior. Lembre-se de que sua pintura deve de alguma maneira se relacionar com a sua região. Registre o passo a passo, ou seja, suas ações para executar o trabalho. Na atividade 03 mostre-nos, por meio de fotografias, a etapa inicial, a etapa intermediária e a etapa final de sua produção. Registre as etapas por meio de fotografias que sejam bem descritivas, sem ruídos e com boa iluminação. Pense que as fotos serão as fontes para que o leitor compreenda o seu trabalho, por este motivo a necessidade de serem bem executadas. Por fim, na atividade 04, tire uma foto de seu trabalho em condições de exposição. Por exemplo, caso a resultante de seu trabalho tenha sido um painel que possa ser colocado na vertical, procure uma parede que não tenha outras informações além de seu trabalho, ajuste-o em relação à luz do ambiente, procure eliminar as possíveis sombras ou distorções de perspectiva. Planeje a fotografia, imagine por exemplo, que essa foto poderia servir de meio para que um avaliador possa ou não selecionar o seu trabalho em uma mostra ou salão de arte. ATENÇÃO: IMAGENS E TEXTOS COPIADOS DA INTERNET OU QUALQUER OUTRO MEIO SERÃO INVALIDADOS. MATERIAL DE APOIO: caso o estudante e/ou grupo desejar poderá ampliar a compreensão teórica e prática do tema a partir das seguintes indicações: ELGER, Dietmar. Dadaísmo. Hong Kong: Taschen, 2010. NO QUE CONSISTE A ATIVIDADE PRÁTICA LOCORRREGIONAL? O QUE COMPREENDEMOS POR COMPETÊNCIA? Confira no vídeo 1 as orientações da professora Jeimely e do professor André: https://vod.grupouninter.com.br/2023/FEV/10202300780-P01.mp4 QUAIS SÃO OS FUNDAMENTOS DA ATIVIDADE PRÁTICA LOCORREGIONAL? O QUE ESPERAMOS QUE O ESTUDANTE CONSIGA COMPREENDER? Confira no vídeo 2 as orientações da professora Jeimely e do professor André: https://vod.grupouninter.com.br/2023/FEV/10202300780.mp4 EM QUAIS DISCIPLINAS ACONTECEM A ATIVIDADE PRÁTICA LOCORREGIONAL? A ATIVIDADE PRÁTICA LOCORREGIONAL FAZ PARTE DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO? QUANTO REPRESENTA NA MÉDIA? Confira no vídeo 3 as orientações da professora Jeimely e do professor André: https://vod.grupouninter.com.br/2023/FEV/10202300780-P03.mp4 https://vod.grupouninter.com.br/2023/FEV/10202300780-P01.mp4 https://vod.grupouninter.com.br/2023/FEV/10202300780.mp4 https://vod.grupouninter.com.br/2023/FEV/10202300780-P03.mp4