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CROCO DILIANOS BRASILEIROS Biologia geral e aplicações ecotoxicologicas DIA 1 CROCODILIANOS INTRODUÇÃO AOS Origem aproximadamente 240 Mi Archossauria Maior grau de parentesco com as aves Ecotótermicos aquáticos archosauria Ornithoauchidae Phytosauria Aetosauria Rauisuchia Crocodylomorpha Dinousauros como os carnívoros bípedes Crocodilos como phtytosauros Herbívoros que eram pesadamente blindados Dinousauros quadrúpedes carnivoros Dinoussaurs quadrúpedes carnivoros Alligatoroidea Crocodylidae CROCO DYLIA Gavialoidea Crocodyloidea Gavialinae Gryposuchinae Outros gavialóideos Gavialidae Planocraniidae Outros aligatoróides Alligatoridae Alligatorinae Caimaninae Outros crocodilóides Mekosuchinae Osteolaminae Crocodylinae Tomistominae morfologia BROCHU, 2003 OS GRUPOS DIFERENÇA ENTRE A maior variação interespecífica observada nos crocodilianos atuais refere-se à morfologia da cabeça, relacionada a preferências e estratégias alimentares. uma família (Crocodylidae) e três subfamília (Crocodylinae, Alligatorinae e Gavialinae) Uma ordem e três famílias (Crocodylidae, Alligatoridae e Gavialidae) Crocodylinae Alligatorinae Rostro mais largo e cabeça mais curta; Américas e na China Rostro relativamente estreito e cabeça comprida; América central e do sul; quase toda Áfica e na parte equatorial da Ásia Gavialidae Ásia Cabeça comprida e rostro estreito e longo BÁSICO PLANO CORPORAL Predadores de emboscada, plenamente adaptados aos nichos ecológicos dos ambientes de interface água- terra, onde habitam. CRÂNIO PLANO CORPORAL Platirostria curto/largo/ alongado/estreito CRÂNIO PLANO CORPORAL alongadas: maior área de impacto focinho: varia de acordo com a espécie músculos que fecham : bem mais maciços e potentes unidos à porção média da mandíbula inferior e a articulação mandibular une-se à articulação atlanto-occipital CRÂNIO PLANO CORPORAL 2.125 lbf (9 500 N) 3.700 lbf (16 000 N) p>0.05 entre força da mordida e forma do focinho CRÂNIO PLANO CORPORAL as mandíbulas dos gaviais são relativamente “fracas” e melhor adaptadas para fechar rapidamente a boca Deinosuchus: 1000.000 N > dinosauros terópodes como o Tyrannosaurus DENTES PLANO CORPORAL - Em média: 80 dentes; - 35-75 anos; - Polifodontes: 50x - Tecondontes: únicos não mamíferos com alvéolos dentários curtos e bulbosos (durofagia) finos e alongados (piscivoria) BOCA PLANO CORPORAL Válvula palatal musculatura mandibular língua presa OLHOS PLANO CORPORAL membrana nictitante - glândula de sal tapetum lucindum ORIFÍCIOS NASAIS PLANO CORPORAL possuem apenas uma câmara olfativa orgão vomeronasal ausenta-se nos adultos detectam tanto as substâncias químicas do ar e da água OUVIDOS PLANO CORPORAL adaptados: ar e águamembranas timpânicas: protegidas e móveis elevada amplitude auditiva MUSCULATURA AXIAL PLANO CORPORAL REGIÃO CRANIOCERVICAL CAUDAL REGIÃO PÓS- CRANIO PLANO CORPORAL osteodermos: couraça dérmica com funções protetoras, reprodutivas e térmicas MEMBROS TORÁCICOS PLANO CORPORAL TORÁCICOSPÉLVICOS LOCOMOÇÃO AQUÁTICA PLANO CORPORAL - ondulação axial com propulsão; - modo de vida semiaquatico: desde o período Cretáceo; - Glândulas dessalinizadoras CONTROLE DE TEMPERATURA PLANO CORPORAL - ectotérmicos aquáticos; - troca de energia com o meio ambiente; -Termorregulação: reprodução, alimentação e crescimento. CARACTERÍSTICAS GERAIS REPRODUÇÃO - ovíparos, com postura em ninhos ou covas; - determinação sexual dependente da temperatura 01 SÃO RECONHECIDAS 24 ESPÉCIES DE CROCODILIANOS NO MUNDO 02 03 06 JACARÉS, 01 CROCODILO E 01 GAVIAL GRIPOSSÚQUIO 04 05 06 AS 3 LINHAS EVOLUTIVAS: DIVERGIRAM NO CRETÁCEO há 85 milhões- Á de anos ORDEM CROCODYLIA DADOS GERAIS BRASIL: 3 GENEROS E 06 ESPÉCIES 08 ESPÉCIES EXTINTAS FORMALMENTE DESCRITAS Atingiram seu ápice e déclinio ao longo dos ultimos 6 milhões de anos, na era Cenozóica CROCODILIANOS BRASILEIROS CLASSIFICAÇÃO A. Caiman crocodilus B. Caiman latirostris C. Caiman yacare CROCODILIANOS BRASILEIROS CLASSIFICAÇÃO D. Melanosuchus niger E. Paleosuchus palpebrosus F. Paleosuchus trigonatus AMEAÇA DE EXTINÇÃO Todas espécies de crocodilianos do Brasil estao classificados como não ameaçdas de extinção, em nível internacional e nacional. Nacional Porém, C. latirostris figura em "Perigo de extinção" na lista estadual do RJ e ES. Estadual OCORRÊNCIA Associados a rios, lagos e pântanos, charcos e corpos de água provisórios, além de ambientes urbanizados em grande cidades. Ampla distribuição até cinco espécies de jacarés: C. crocodilus, C. yacare, M. niger, P. palpebrosus e P. trigonatus. Amazônia Reserva Piagaçu-Purus (AM) C. latirostris : Mata Atlântica, Pantanal, Caatinga, Cerrado e nos Pampas sulinos. 57% 88% 64% Caiman Spix, 1825 DO BRASIL BIOLOGIA DOS JACARÉS Melanosuchus Gray, 1862 Paleosuchus Gray, 1862 Caiman crocodilus (Linnaeus, 1758) 01. Caiman latirostris (Daudin, 1802) 02. 03. Caiman yacare (Daudin, 1802) CAIMAN SPIX, 1985 Caiman niger não existe sinapomorfias morfológicas que separem TODAS as espécies de Caiman de Melanosuchus Grupo monofilético (filogenia molecular) B palpebras completamente ossificadas filogenia baseada em caracteres morfológicos: crista pré-orbital óssea crista rostral sinapomorias osteologicas CAIMAN CROCODILUS (DAUDIN, 1802) CAIMAN SPIX, 1985 Jacaré-tinga Machos: 2,7 - Fêmeas: 1,10m Maturidade sexual: 1,73m Coloração dorsal amarela olivácea, com manchas na dorsal e cauda; CAIMAN CROCODILUS (DAUDIN, 1802) CAIMAN SPIX, 1985 Não possuem manchas escuras bem definidas nas mandíbulas; Crânio longirostris Focinho comprido e estreito ausência de crista rostral proeminente CAIMAN CROCODILUS (DAUDIN, 1802) CAIMAN SPIX, 1985 Brasil: Nas bacias do Rio Amazonas, no Escudo Brasileiro, no complexo das bacias costeiras do Atlântico. América do Sul: Sul do México (em Chiapas), na Guatemala, em El Salvador, Honduras Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Trinidad e Tobago, Peru, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Suriname. Populações exóticas em Cuba, Porto Rico e nos Estados Unidos. CAIMAN CROCODILUS (DAUDIN, 1802) CAIMAN SPIX, 1985 Hábitat: generalista Ecossistemas lacustres, rios, manguezais, em vários biomas como Amazônia, Caatinga, Cerrado e Llanos. Período reprodutivo: Chuvoso Ninhadas: 17-38 ovos Acasalamento: Poliândrico Dieta: Generalista Juvenil - invertebrados Adultos - peixes CAIMAN LATIROSTRIS (DAUDIN, 1802) CAIMAN SPIX, 1985 Jacaré-do-papo-amarelo 3,5m - maior espécie do gênero Machos: 3,0m - Fêmeas: 2,0m Adultos: Coloração verde-oliva enquanto; Filhotes: Amarronzados com costas listradas em preto e pontos escuros na cabeça e lateral da mandíbula. CAIMAN LATIROSTRIS (DAUDIN, 1802) CAIMAN SPIX, 1985 presença de cristas rostrais evidentes formato da cabeça mais largo focinho mais curto CAIMAN LATIROSTRIS (DAUDIN, 1802) CAIMAN SPIX, 1985 Brasil: Bacia costeira do atlântico, do Rio Grande do Sul, nas bacias do Paraná, São Francisco, Doce e Jequitinhonha América do Sul: Região do Chaco, Rio Pilcomayo, Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai CAIMAN LATIROSTRIS (DAUDIN, 1802) CAIMAN SPIX, 1985 Hábitat: generalista lagos, calhas de rios, manguezais, pântanos e em corpos hídricos em ambientes urbanizados Período reprodutivo: Chuvoso Ninhadas: 18-50 ovos em ninhos com material orgânico vegeta e solo nas margens dos corpos de água. Acasalamento: Poliândrico (ARG) Dieta: Generalista Juvenil - invertebrados Adultos - peixes, répteis, aves e mamíferos CAIMAN YACARE (DAUDIN, 1802) CAIMAN SPIX, 1985 Jacaré-do-pantanal Adultos: presença de manchas grandes pretas na mandíbula e maxila e pelo padrão de escamas na região lateral do corpo; Não possui diferenças relacionadas à conformação de escamas que as separe do C. crocodilus. manchas grandes pretas na mandíbula e maxila padrão de escamas na região lateral docorpo CAIMAN YACARE (DAUDIN, 1802) CAIMAN SPIX, 1985 CAIMAN YACARE (DAUDIN, 1802) CAIMAN SPIX, 1985 As populações dos rios Beni (Bolívia) e do Madeira (Brasil), possuem uma variação clinal no padrão de coloração CAIMAN YACARE (DAUDIN, 1802) CAIMAN SPIX, 1985 Ao longo do Rio Madeira, existe uma zona onde C. crocodilus e C. yacare ocorrem em simpatria. Entre os rios Madre de Dios e Beni, na Bolívia e no Peru subespécie de C. crocodilus CAIMAN YACARE (DAUDIN, 1802) CAIMAN SPIX, 1985 Rio Beni e pelas regiões alagadas do nordeste e leste da Bolívia; Nos afluentes do Rio Madeira; Nos sistemas do Rio Paraná, No Paraguai, No Pantanal mato-grossense e Nos rios Madeira, Mamoré e Guaporé, no Brasil e No nordeste da Argentina CAIMAN YACARE (DAUDIN, 1802) CAIMAN SPIX, 1985 Hábitat: generalista lagos, calhas de rios, manguezais, pântanos e em corpos hídricos em ambientes urbanizados Período reprodutivo: Entre o meio e o final do período seco do ano; Ninhadas: 18-41 ovos em ninhos com material orgânico vegeta e solo, em habitats de floresta semidecidual, secundária e carandazal. Dieta: Generalista Juvenil - invertebrados Adultos - peixes geralmente construídos na base de árvores, distando até 200 metros dos corpos de água 100 dias, com oviposição em janeiro e nascimento dos filhotes ocorrendo no final de março até o meio de abril 01. Melanosuchus niger Spix, 1825 MELANOSUCHUS GRAY, 1862 MELANOSUCHUS NIGER SPIX, 1825 MELANOSUCHUS SPIX, 1862 Jacaré-açu Machos: 4,0m- Fêmeas: 2,8m Maturidade sexual: 1,73m Adultos: Cor preta na maior parte do corpo (dorso, cauda, flancos) e coloração ventral branca ou amarelada lateralmente MELANOSUCHUS NIGER SPIX, 1825 MELANOSUCHUS SPIX, 1862 volumosa e sua cor varia de marrom amarelado a cinza esverdeado; manchas circulares escuras grandes, tanto na maxila quanto na mandíbula focinho largo, plano e relativamente longo cristas rostrais proeminentes as pálpebras superiores são planas, estriadas e levemente ossificadas MELANOSUCHUS NIGER SPIX, 1825 MELANOSUCHUS SPIX, 1862 Região Amazônica da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana e Peru. bacia hidrográfica do Rio Amazonas, na bacia dos rios Tocantins-Araguaia, além de algumas bacias periféricas do escudo das Guianas que drenam para o litoral Atlântico mais de 70% Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins (Região Norte), Goiás e Mato-Grosso MELANOSUCHUS NIGER SPIX, 1825 MELANOSUCHUS SPIX, 1862 Hábitat: ambientes de águas tranquilas áreas de rios com menos correnteza, lagos, várzeas e igapós Predadores generalistas oportunistas Juvenil - invertebrados Adultos - peixes Comportamento reprodutivo: Poliândrico Maturidade sexual fêmea: 8 anos - 2m de comprimento Ninhada: 35-50 ovos Comportamento reprodutivo: Poliândrico Maturidade sexual fêmea: 8 anos - 2m de comprimento Ninhada: 35-50 ovos ninhos em forma de montículos, a partir de material vegetal, na beira de lagos ou sobre ilhas de vegetação 01. Paleosuchus palpebrosus (Cuvier, 1807) PALEOSUCHUS GRAY, 1862 02. Paleosuchus trigonatus (Schneider, 1801) PALEOSUCHUS GRAY, 1862 Pequeno porte ( total: 2m) Ausência de crista pré orbital óssea; Presença de palpebras ossificadas; Quatro dentes em cada pré maxilar; Íris cor castanho-escuro Escamas pós occipitais extremamente quilhadas PALEOSUCHUS GRAY, 1862 “jacaré-paguá”, “jacaré-ferro”, “jacaré- pedra”, “jacaré-anão”, “tiritiri”; Menor crocodiliano vivente: - Machos: 2,0m; Fêmeas: 1,4m PALEOSUCHUS PALPEBROSUS (CUVIER, 1807) PALEOSUCHUS GRAY, 1862 PALEOSUCHUS PALPEBROSUS (CUVIER, 1807) mais largo, curto e volumoso focinho curto, com ponta larga e voltada para cima abertura nasal mais estreita região pré-orbital mais inclinada presença de canthus rostralis entre ossos lacrimais quarto dente maxilar PALEOSUCHUS GRAY, 1862 PALEOSUCHUS PALPEBROSUS (CUVIER, 1807) teto craniano de adultos marrom avermelhado e juvenis amarelados dorsalmente: a coloração do corpo e cauda são marrom escura ou enegrecida, sendo menos evidente conforme a idade do jacaré, coloração é preta brilhante, com áreas de cinza claro PALEOSUCHUS GRAY, 1862 PALEOSUCHUS PALPEBROSUS (CUVIER, 1807) América do Sul: olívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Paraguai, Peru e Venezuela: América central: Ilha de Trinidad Brasil: Biomas da Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e áreas no entorno do Pantanal PALEOSUCHUS GRAY, 1862 PALEOSUCHUS PALPEBROSUS (CUVIER, 1807) Hábitat: variados Na Amazônia, ocupa áreas de floresta alagada próximas a grandes rios e lagos, poças artificiais ao longo de rodovias, e veredas de buritizais Idade reprodutiva fêmeas: 8 anos - 60cm CRC Período reprodutivo: Entre o meio e o final do período seco do ano; Dieta: peixes, crustáceos, moluscos e invertebrados terrestres, vertebrados terrestres, como mamíferos, aves, répteis e anuros de pequeno porte Estivação: Em buracos durante os meses frios e secos, mantendo baixa temperatura corporal Na bacia do Alto rio Paraguai, ocorre nas cabeceiras de rios e riachos de corredeiras com substrato rochoso no entorno do Pantanal PALEOSUCHUS GRAY, 1862 Jacaré-Coroa Menores crocodilianos viventes CM: 2,3m Machos: 1,7m - Fêmeas: 1,4m Maturidade reprodutiva: Machos - 20 anos; Fêmeas - 11 anos Ninhos: Montes de folhas caídas; Comportamento de defesa do ninho Ninhada: 10-20 ovos Dieta: vertebrados terrestres PALEOSUCHUS TRIGONATUS (SCHNEIDER, 1801) PALEOSUCHUS GRAY, 1862 PALEOSUCHUS TRIGONATUS (SCHNEIDER, 1801) crânio mais estreito, longo e raso focinho alongado e estreito com projeção dos ossos nasais para dentro da abertura nasal ausência de canthus rostralis crânio menos robusto e ossificado PALEOSUCHUS GRAY, 1862 PALEOSUCHUS TRIGONATUS (SCHNEIDER, 1801) teto craniano: marrom escurro em adultos e amarronzado em juvenil Ventralmente apresenta coloração creme, com áreas de pigmentação escura menos extensiva, PALEOSUCHUS GRAY, 1862 PALEOSUCHUS TRIGONATUS (SCHNEIDER, 1801) América do Sul: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Peru e Venezuela Brasil: Bioma Amazônia e entre os biomas Amazônia-Cerrado Bacia do Rio Juruena, no rios Sangue, Claro, Marapi e Alegre, no Cerrado, Estado do Mato Grosso PALEOSUCHUS GRAY, 1862 PALEOSUCHUS TRIGONATUS (SCHNEIDER, 1801) Hábitat: variados Amazônia: rios e riachos em áreas densamente florestadas, águas abertas ou áreas próximas de cachoeiras de grandes rios, como os rios Madeira, Mamoré, Guaporé e Abunã. comportamento críptico: é raramente observado na natureza e permanece a maior parte do tempo em abrigos terrestres, escondido em buracos, troncos ocos e cavidades debaixo de árvores caídas. Amazônia central: Florestas de igapó e savanas do Rio Branco-Rupununi. Áreas de transição entre a Amazônia e o Cerrado nas cabeceiras do rio Juruena. CROCO DILIANOS BRASILEIROS Biologia geral e aplicações ecotoxicologicas DIA 2 CROCO DILIANOS BRASILEIROS Biologia geral e aplicações ecotoxicologicas DIA 2 Ecossistemas aquáticos: aporte de mais de 100 mil tipos de contaminantes Intensificação + Exposição crônica Toxicidade subletal aos organismos CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS parâmetros moleculares, bioquímicos, histológicos e comportamentais mudanças climáticas, alteração e perda de habitat, captura incidental, e contaminantes antropogênicos. CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS Escassez de estudos sobre bioacumulação e efeitos ingestão de água e alimentos contaminados, ingestão de solo, inalação, transferência materna para ovos/jovens, exposição dérmica e absorção de contaminantes pela superfície dos ovos EFEITOS CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS alteração de esteróides sexuais, atividade enzimática, e cromossômicas, desenvolvimento sexual alterado, anormalidades no desenvolvimento e reversão sexual CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS LAGO APOPKA - EUA Nos anos 80,o lago Apopka sofreu um grave derramamento de DDD, DDE, DDT e ácido sulfúrico. Aporte de pesticidas agrícolas e nutrientes nos últimos 40 anos. Nos anos seguintes ao derramamento, jacarés masculinos e femininos exibiram uma variedade de efeitos adversos notáveis CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS LAGO APOPKA - EUA Machos do Lago Apopka tinham metade dos níveis de testosterona e duas vezes os níveis de estradiol do que os machos de um lago de referência; Jacarés de ambos os sexos apresentaram morfologia anormal da gônada e esteroidogênese alterada da gônada. Despencou 90% dentro de 4 anos após o derramamento BIOMONITORES CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS São organismo ou parte de um organismo ou comunidade que contém informações quantitativas sobre a qualidade ambiental. metais pesados contaminantes orgânicos disruptores endócrinos tecidos órgãos organismo Também são considerados os maiores transportadores de contaminantes através das teias tróficas; São relativamente fáceis de capturar e possuem uma grande quantidade de matrizes não-letais que podem ser acessadas e utilizadas em análises de pesquisa; Importância cultural e socieconômica. CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS CARACTERISTICAS Possuem altas densidades populacionais; São espécies sentinela que controlam a homeostase de ecossistemas aquáticos; Possuem o ciclo de vida longo e complexo, com grande variabilidade de itens alimentares ao longo da vida; CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS Substâncias liberadas através do descarte inadequado de resíduos sólidos; Aumento na demanda bioquímica de oxigênio, proliferação de algas plânctons; Insuficiência de oxigênio necessários para manter a vida aquática. Grupo de Poluentes 1 Rejeitos provenientes de atividade industrial, mineração, queima de petróleo, entre outros; Metais pesados, poluentes orgânicos, gases de efeito estufa; Continuam como fontes pontuais e difusas em resposta ao crescimento populacional urbano. Grupo de Poluentes 2 CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS CONTAMINANTES INORGÂNICOS CONTAMINANTES ORGÂNICOS DISRUPTORES ENDÓCRINOS CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS CONTAMINANTES INORGÂNICOS Densidade 4,0g/cm³ Número atômico <20 Maioria presente nos ecossistemas e serem essenciais na manutenção da homeostase dos organismos em suas funções fisiológicas; Altas taxas de mortalidade, mutação genética, diminuição da longevidade e potencial reprodutivo. CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS Elementos essenciais: Sódio, Potássio, Cálcio, Ferro, Zinco, Cobre, Níquel e Magnésio; Elementos essenciais e micro-contaminantes: Cromo, Zinco, Ferro , Cobalto, Manganês e Níquel; Micro-contaminantes ambientais: Arsênio, Chumbo, Cádmio, Mercúrio, Alumínio, Titânio, Estanho e Tungstênio. CONTAMINANTES INORGÂNICOS CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS BIODISPONIBILIDADE A toxicidade de cada metal dependerá da sua biodisponibilidade e espécie química. parâmetro que mede a capacidade de determinado elemento químico em ser absorvido pelos seres vivos. depende da fração de elementos biodisponíveis no meio. a forma mais tóxica de um metal não é a metálica e sim quando este se encontra como cátion ou ligado a cadeias carbônicas CONTAMINANTES INORGÂNICOS CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS BIOMAGNIFICAÇÃO Lago Ontário foi observada a biomagnificação de PCB (policloretos de bifenilas), desde os fitoplânctons e zooplânctons até trutas e gaivotas. 250x 500x 2.800.000x 25.000.000x CONTAMINANTES INORGÂNICOS CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS capacidade de causar disturbios, estudos relacionados à contaminação por elementos inorgânicos em crocodilianos têm sido documentados em diversas partes do mundo. focados principalmente na detecção e monitoramento das concentrações desses elementos no ambiente. CONTAMINANTES INORGÂNICOS apenas a quantificação química; quantificação e efeito EUA: American Alligator Hg, Cd, Pb CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS O primeiro estudo foi publicado por Lance et al. (1983); não essenciais e tóxicos mas como são realizados esses estudos ? CONTAMINANTES INORGÂNICOS amostras biológicas letais não letais fígado rins músculo escama sangue garra CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS MATRIZES CONTAMINANTES INORGÂNICOS CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS VARIÁVEIS QUE INTERFEREM NAS CONCENTRAÇÕES DE METAIS o fator biológico “dieta” deve ser levado em consideração ao estudar o mercúrio DIETA/ESPÉCIE Caiman crocodilus (menor) X Melanosuchus niger (maior) CONTAMINANTES INORGÂNICOS CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS SEXO machos, fêmeas e juvenis armazenam elementos inorgânicos de diferentes maneiras machos > fêmeas processos de nidificação e oviposição os ovos fornecem registros importantes de contaminação via reprodução, demonstrando diferenças significativas entre o conteúdo (gema) e a casca CONTAMINANTES INORGÂNICOS CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS IDADE/TAMANHO animais maiores > maiores concentrações aumento da idade e redução nas taxas de eliminação; mudança na dieta quando os animais crescem (presas maiores); animais maiores > maiores presas > maiores concentrações; maior tempo de exposição > concentrações mais altas CONTAMINANTES INORGÂNICOS Hidrocarbonetos Solventes orgânicos: - Benzeno, touleno, xileno - Pesticidas: - Herbicidas, inseticidas e fungicidas Poluentes orgânicos persistentes: - Pesticidas organoclorados, dioxinas e furanos CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS CONTAMINANTES ORGÂNICOS contaminantes compostos por carbono oriundos de processos industriais, agrícolas, resíduos urbanos, descarga de esgoto entre outros derivados de petróleo, como óleo diesel, gasolina e óleos lubrificantes. comuns usados em muitos processos industriais. Incluindo herbicidas, inseticidas e fungicidas pesticidas organoclorados, dioxinas e furanos CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS CONTAMINANTES ORGÂNICOS A degradação de compostos orgânicos pode variar amplamente dependendo da natureza específica desses compostos. Estrutura Molecular; Solubilidade em água; Presença de grupos funcionais; Condições ambientais; Tempo. CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS CONTAMINANTES ORGÂNICOS contribuindo para em larga extensão para poluição do solo, agua e poluição um dos maiores contaminantes ambientais estudados está sujeito a vários processos físicos, químicos e biológicos afeta sua degradação e interação com os componentes ambientais CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS CONTAMINANTES ORGÂNICOS Mesmo nos habitats mais isolados crocodilianos estão expostos a COs bifenilos policlorados (PCB) e pesticidas Distribuídos em todo o mundo através da atmosfera distribuídos no planeta através da atmosfera diclorodifeniltricloroet ano (DDT) e os PCB proibidos na maioria dos países desenvolvidos seus resíduos persistirão CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS CONTAMINANTES ORGÂNICOS CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS CONTAMINANTES ORGÂNICOS Enfraquecer o sistema imune; Deformidades; Falhas reprodutivas; Indução enzimática; Aumento da mortalidade embrionária; Efeitos adversos de desenvolvimento; Desreguladores endócrinos Machos de A. mississippiensis apresentaram níveis plasmático de testosterona reduzido e tamanho do penis reduzido Enfraquecer o sistema imune; Deformidades; Falhas reprodutivas; Indução enzimática; Aumento da mortalidade embrionária; Efeitos adversos de desenvolvimento; Desreguladores endócrinos CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS CONTAMINANTES ORGÂNICOS resíduos organoclorados foram encontrados em todos os ovos de Crocodylus moreletti avaliados Complicações reprodutivas quando expostos durante o desenvolvimento embrionário ou após a eclosão Proveninentes de transferência materna Enfraquecer o sistema imune; Deformidades; Falhas reprodutivas; Indução enzimática; Aumento da mortalidadeembrionária; Efeitos adversos de desenvolvimento; Desreguladores endócrinos CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS CONTAMINANTES ORGÂNICOS Confirmaram que C. latirostris é uma espécie com TSD Demonstramos que o BPA causa efeitos de desenvolvimento semelhantes aos do estrogênio, revertendo o sexo e alterando a histoarquitetura gonadal. respostas biológicas de exposição a químicos ambientais ou efeitos tóxicos relacionados. CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS BIOMARCADORES AMBIENTAIS Peakall (1994) manifestam-se após logos períodos CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS BIOMARCADORES AMBIENTAIS Biomarcadores de exposição; Biomarcadores de efeito; Biomarcadores de suscetibilidade. NCR (1987) detecção e medição de substâncias (ou seus metabólitos) dentro de algum compartimento dos organismos. alterações mensuráveis em tecidos e fluidos corporais como alterações fisiológicas e bioquímicas aptidão própria ou adquirida de um organismo em reagir a exposição a um determina xenobiótico CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS BIOMARCADORES AMBIENTAIS Biomarcadores de de defesa Biomarcadores de dano Lafontaine et al. (2000) mecanismos de defesa do organismo na presença de substâncias potencialmente tóxicas e incluem as enzimas de biotransformação de fase I, II e III, metalotioneínas e moléculas do sistema de defesa antioxidante. demonstram problemas biológicos responsáveis por efeitos nos ciclos reprodutivos e/ou sobrevivência dos organismos. elucidar precocemente sinais que precedem níveis de resposta posteriores em níveis hierárquicos mais altos, elucidar precocemente sinais que precedem níveis de resposta posteriores em níveis hierárquicos mais altos CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS BIOMARCADORES AMBIENTAIS Biomarcadores bioquímicos; Biomarcadores moleculares; Biomarcadores celulares; Biomarcadores sistêmicos em órgãos e tecido; Indicadores de desevolvimento e respostas individuais (comportamento/reprodução) CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS BIOMARCADORES AMBIENTAIS biomarcadores em répteis determinação da atividade enzimática/proteicas;1. efeitos causados por desreguladores endócrinos;2. marcadores de genotoxicidade3. Diversidade na composição alimentar; Ciclo de vida longo Altas posições na cadeia trófica Alta concentração de lipídios; Anos 80: efeitos da contaminação química CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS BIOMARCADORES AMBIENTAIS ao mesmo tempo em que eram realizadas quantificações dos poluentes avaliados Guillette: avaliam efeitos de xenobióticos e alterações reprodutivas causadas em populações de jacarés americanos (Alligator mississippiensis) do lago Apopka Anos depois: A tolerância de intoxicação pelos crocodilianos a uma diversidade de contaminantes Controle - Referência Hipóteses de exposição e efeito América do Sul (2000) CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS BIOMARCADORES AMBIENTAIS Poletta e colaboradores “Proyecto Yacaré”, Santa Fé/ARG; Linhas de base para os biomarcadores bioquímicos e genotóxicos em C. latirostris; Organismo sentinela Roundup® - herbicida sistêmico de amplo espectro à base de glifosato quanto ao seu ingrediente ativo Glifosato CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS BIOMARCADORES AMBIENTAIS induzem efeitos genotóxicos, bioquímicos, metabólicos e de desenvolvimento (BURELLA; ODETTI; SIMONIELLO; POLETTA, 2018; BURELLA; SIMONIELLO; POLETTA, 2016; POLETTA; KLEINSORGE; PAONESSA; MUDRY et al., 2011).(ODETTI; LÓPEZ GONZÁLEZ; ROMITO; SIMONIELLO et al., 2020). Buenfil-Rojas et al. (2015-2022) no México: Crocodylus moreletii CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS BIOMARCADORES AMBIENTAIS Concentrações dos metais Hg e Cd em populações cativas e de áreas naturais; Plasma, eritrócito e sangue total, escama, pele e garras; Correlação: metalotioneínas; Correlação: entre matrizes BUENFIL-ROJAS; ALVAREZ-LEGORRETA; CEDEÑO-VAZQUEZ; RENDÓN-VON OSTEN et al., 2020; BUENFIL-ROJAS; ALVAREZ- LEGORRETA; CEDEÑO-VÁZQUEZ, 2018; BUENFIL-ROJAS; ALVAREZ-LEGORRETA; GONZÁLEZ-JÁUREGUI; RENDÓN-VON OSTEN et al., 2022; BUENFIL-ROJAS; ÁLVAREZ-LEGORRETA; CEDEÑO-VÁZQUEZ, 2015). Brasil: poucos registros CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS BIOMARCADORES AMBIENTAIS Biomarcadores de genotoxicidade: Danos genéticos CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS BIOMARCADORES AMBIENTAIS Danos genéticos são capazes de causar problemas no desenvolvimento dos organismos e podem inclusive ser oriundos de exposição crônicas, mesmo em concentrações muito baixas. independente do tempo de exposição a genotoxicidade é induzida em indivíduos no período embrionário; misturas binárias e ternárias dos inseticidas endosulfan, cipermetrina e clorpirifos em embriões e filhotes. CROCODILIANOS COMO BIOMONITORES AMBIENTAIS ESTUDO DE CASO DE CONTATO INFORMAÇÕES 81995749280 @2cientistas Recife, Pernambuco rayssalimasantos00@gmail.com THANK'S FOR WATCHING