Prévia do material em texto
Prof. Breno Avelar Rodrigues de Andrade E-mail: breno.andrade@ufpi.edu.br Visão Geral do Sistema Elétrico de Potência Universidade Federal do Piauí - UFPI Curso: Engenharia Elétrica Disciplina: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjpmJff8PvNAhUFmx4KHSSZCCcQjRwIBw&url=http://fullenergy.grupomidia.com/tag/politica-para-o-setor-eletrico/&psig=AFQjCNE4Q_jsnBwl7qy_hdna5sONzXkvpg&ust=1468891622862711 SEP – SISTEMA DE ELÉTRICO DE POTÊNCIA Definição É um conjunto de equipamentos de potência que operam de maneira coordenada de forma a gerar, transmitir e fornecer energia elétrica aos consumidores, mantendo-o no melhor padrão de qualidade possível. Objetivo do SEP: Gerar, transmitir e distribuir energia elétrica atendendo a determinados padrões de: confiabilidade, disponibilidade, qualidade, segurança, e custos, com o mínimo impacto ambiental e o máximo de segurança pessoal. Os sistemas elétricos são tipicamente divididos nos segmentos: Geração, Transmissão e Distribuição A estrutura do sistema elétrico de potência com Usinas de geração, Linhas de transmissão, Linhas de distribuição e subestações de energia elétrica, em geral cobrem uma grande área geográfica. O sistema atual de energia elétrica é baseado em grandes usinas de geração que transmitem energia através de sistemas de transmissão de alta tensão, que é então distribuída para sistemas de distribuição de média e baixa tensão. Geração de Energia Elétrica É a primeira etapa do SEP, onde ocorre a transformação de um tipo de energia em elétrica como: hidráulica, solar, eólica, térmica. Geralmente é produzida uma tensão senoidal em 13,8 kV. Essa onda propaga-se pelo sistema elétrico mantendo a frequência constante e modificando a amplitude à medida que trafegue por transformadores. Redes de Transmissão Liga as grandes usinas de geração às áreas de grande consumo. Apenas poucos consumidores com um alto consumo de energia elétrica são conectados às redes de transmissão onde predomina a estrutura de linhas aéreas. Qualquer falta neste nível pode levar a descontinuidade de suprimento para um grande número de consumidores, portanto, sendo permanentemente monitorada e gerenciada por um centro de controle. O nível de tensão depende do país, mas normalmente o nível de tensão estabelecido está entre 220 kV e 765 kV. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjpmJff8PvNAhUFmx4KHSSZCCcQjRwIBw&url=http://fullenergy.grupomidia.com/tag/politica-para-o-setor-eletrico/&psig=AFQjCNE4Q_jsnBwl7qy_hdna5sONzXkvpg&ust=1468891622862711 Rede de Sub-Transmissão Recebe energia da rede de transmissão com objetivo de transportar energia elétrica a pequenas cidades ou importantes consumidores industriais. A estrutura dessas redes é em geral em linhas aéreas, por vezes cabos subterrâneos próximos a centros urbanos fazem parte da rede. Redes de Distribuição As redes de distribuição alimentam consumidores industriais de médio e pequeno porte, consumidores comerciais e de serviços e consumidores residenciais. Os níveis de tensão do SEP são assim classificados: − Alta tensão de distribuição (AT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou superior a 69kV e inferior a 230kV. − Média tensão de distribuição (MT): tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 1kV e inferior a 69kV. − Baixa tensão de distribuição (BT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou inferior a 1kV. Os níveis de tensões praticados no Brasil são: 765 kV, 525 kV, 500 kV, 440 kV, 345 kV, 300 kV, 230 kV, 161 kV, 138 kV, 132 kV, 115 kV, 88 kV, 69 kV, 34,5 kV, 23 kV, 13,8 kV, 440 V, 380 V, 220 V, 110 V. A rede BT representa o nível final na estrutura de um sistema de potência. Representação dos vários segmentos de um sistema de potência com seus respectivos níveis de tensão. Estrutura do Sistema Elétrico de Potência Perdas de Energia https://www.aneel.gov.br/metodologia-distribuicao/-/asset_publisher/e2INtBH4EC4e/content/perdas/654800?inheritRedirect=false https://www.aneel.gov.br/metodologia-distribuicao/-/asset_publisher/e2INtBH4EC4e/content/perdas/654800?inheritRedirect=false Mapas do Sistema Elétrico Mapas do Sistema Elétrico Brasileiro - https://eletrobras.com/pt/Paginas/Sistema-Eletrico-Brasileiro. aspx MAPA DINÂMICO DO SIN http://www.ons.org.br/paginas/sobre-o-sin/mapas https://eletrobras.com/pt/Paginas/Sistema-Eletrico-Brasileiro.aspx https://eletrobras.com/pt/Paginas/Sistema-Eletrico-Brasileiro.aspx http://www.ons.org.br/paginas/sobre-o-sin/mapas O que é o SIN - Sistema Interligado Nacional Com tamanho e características que permitem considerá-lo único em âmbito mundial, o sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil é um sistema hidrotérmico de grande porte, com forte predominância de usinas hidrelétricas e com múltiplos proprietários. O Sistema Interligado Nacional é formado pelas empresas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte. Fonte: ONS fev/2016 • Foi criado com o objetivo de maximizar o aproveitamento energético brasileiro; • É um sistema de produção e transmissão de energia elétrica hidrotérmico de grande porte, com predominância de usinas hidrelétricas; • Em meados da década de 70 o Sul e Sudeste passaram a ser as primeiras regiões interligadas pelo SIN; • Atualmente o SIN interliga as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte. Com uma capacidade instalada de 145,0 Gigawatts (GW). (Fonte: ANEEL/Julho2016) Sistema Interligado Nacional (SIN) SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN) • Esse sistema é uma interconexão dos sistemas elétricos e uma integração dos recursos de geração e transmissão para atender ao mercado energético brasileiro; • O Operador nacional do Sistema Elétrico (ONS) é o órgão responsável pelo controle do SIN; SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN) • O SIN permite que regiões com menor capacidade de geração recebam energia de outras localidades; • Com o SIN o ONS pode controlar o balanço entre a geração e a demanda de energia; • Devido às grandes distâncias percorridas pelas linhas de transmissão há muita perda de energia • Os problemas também podem ser transmitidos pelo sistema. TRANSMISSÃO HVDC NO BRASIL Em 1986 foi inaugurada o primeiro elo de transmissão em corrente contínua no Brasil: com capacidade de 6.300 MW e tensão de 600 kV duas linhas entre Foz do Iguaçu/PR e Ibiúna/SP hoje escoam energia da UHE Itaipu para a região Sudeste. https://youtu.be/q6z5tMoj_Tw https://youtu.be/q6z5tMoj_Tw TRANSMISSÃO HVDC NO BRASIL Dois bipolos de corrente contínua (2x3150 MW em tensão de 600 kVCC), entre as SE Coletora Porto Velho (RO) e Araraquara (SP), com uma extensão de 2.420 km com dois conversores “back-to-back” (2x400 MW) A expressão back-to-back indica que o retificador e inversor encontram-se na mesma estação. https://youtu.be/q6z5tMoj_Tw https://youtu.be/q6z5tMoj_Tw TRANSMISSÃO HVDC NO BRASIL Linha de transmissão de energia elétrica vai ligar a Usina de Belo Monte, no Xingu (Pará), à subestação de Estreito na cidade de Ibiraci (Minas Gerais). Com cerca de 2.100 quilômetros de extensão, a linha de transmissão tem tecnologia inédita no Brasil pois é de ultra-alta tensão, de 800 kilovolts (kv), permitindo o transporte de energia com redução de perdas.A ser concluída até 2018 e prevê investimentos de R$ 5 bilhões. TRANSMISSÃO HVDC NO BRASIL TRANSMISSÃO ASSOCIADA À INTEGRAÇÃO DAS USINAS DO RIO MADEIRA - http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/editais_transmissao/documentos/01%20-% 20LOTE%20LA-CC%20Integra%c3%a7%c3%a3o%20Madeira.pdf RIMA LT Xingu - http://www.bmte.com.br/wp-content/uploads/2016/06/RIMA.pdf http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/editais_transmissao/documentos/01%20-%20LOTE%20LA-CC%20Integra%c3%a7%c3%a3o%20Madeira.pdfhttp://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/editais_transmissao/documentos/01%20-%20LOTE%20LA-CC%20Integra%c3%a7%c3%a3o%20Madeira.pdf http://www.bmte.com.br/wp-content/uploads/2016/06/RIMA.pdf DIMENSÃO DO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL Fonte: ONS Vantagens da Interligação -Operação mais econômica do sistema: unidades geradoras de alto custo de produção podem ser substituídas por outras de menores custos. -Ajuda mútua em casos de emergência. -Aproveitamento da diversidade de carga: redução dos níveis de ponta do sistema como um todo. -Aproveitamento energético da diversidade hidrológica entre bacias distintas em casos de períodos hidrológicos adversos. - Aumento geral no nível de confiabilidade: melhores níveis de tensão e freqüência, melhores condições de regulação, flexibilidade nos programas de manutenção programada, etc. Desvantagens da Interligação - Permite que distúrbios em uma região sejam transferidos para outra; - Exige reforços adicionais em unidades geradoras, interligações em corrente contínua, etc; - O aumento no nível de curto-circuito é outro aspecto a ser considerado; - Superação antecipada da capacidade dos disjuntores existentes. EXTENSÃO DO SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO