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FUNDAMENTOS DA 
HARMONIA 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Anderson Roberto Zabrocki Rosa 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
 Para que o estudo e a prática da harmonia sejam realizados de maneira 
fluente, alguns fundamentos da teoria musical devem estar bem estabelecidos. 
Por essa razão, nesta aula, iremos nos ater aos intervalos musicais, suas 
configurações e classificações; as escalas maiores e menores (natural, 
harmônica e melódica); as armaduras de clave; e os princípios para a notação 
harmônica em música popular por meio das cifras. 
TEMA 1 – OS INTERVALOS MUSICAIS 
1.1 Intervalos melódicos e harmônicos 
Joaquim Zamacois (2009, p. 69) define os intervalos melódicos e 
harmônicos da seguinte maneira: “Os intervalos são melódicos quando as suas 
duas notas soam sucessivamente e harmônicos quando soam simultaneamente, 
ainda que não ataquem ambas ao mesmo tempo” (Zamacois, 2009, p. 69). 
Figura 1 – Intervalos melódicos 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Intervalos harmônicos 
 
 
 
 
 
 
“Com os intervalos melódicos formam-se a melodia e com os harmônicos 
a harmonia” (Zamacois, 2009, p. 69). 
3 
1.2 Intervalos conjuntos e disjuntos 
Os intervalos disjuntos são aqueles em que a distância entre duas notas 
ultrapassa o intervalo de um tom. Os intervalos conjuntos ocorrem quando a 
distância entre duas notas não é maior que um tom. 
Figura 3 – Intervalos conjuntos e disjuntos 
1.3 Intervalos simples e compostos 
Os intervalos simples são aqueles que se mantém no âmbito de uma 
oitava. Os intervalos compostos são aqueles que ultrapassam uma oitava, 
podendo ter sua distância contabilizada da soma do intervalo simples + oitava 
8J (= 7 notas). 
Figura 4 – Intervalos melódicos simples e compostos 
1.4 Classificação dos intervalos 
A classificação de intervalos é estabelecida pelo número de semitons que 
separam as notas que o formam. (Almada, 2013, p. 22). 
Tabela 1 – Classificação dos intervalos 
Nome do intervalo Símbolo (tipo/qualidade) N.º de semitons
 
 
4 
Uníssono (justo) 1 0 
Segunda menor 2m 1 
Segunda maior 2M 2 
Terça menor 3m 3 
Terça maior 3M 4 
Quarta justa 4J 5 
Quarta aumentada 4+ 6 
Quinta diminuta 5º 6 
Quinta justa 5J 7 
Quinta aumentada 5+ 8 
Sexta menor 6m 8 
Sexta maior 6M 9 
Sétima menor 7m (ou, simplesmente,7)* 10 
Sétima maior 7M 11 
Oitava (justa) 8 12 
 
*Por convenção e com o objetivo principal de simplificar a notação de acordes no estudo da 
Harmonia Funcional, adota-se o símbolo 7 para a sétima menor, em vez do esperado 7m. Da 
mesma forma ela é chamada apenas de sétima (e não sétima menor), diferenciando-se assim da 
sétima maior. 
 
 
Fonte: Almada, 2013, p. 22. 
TEMA 2 – AS ESCALAS DIATÔNICAS MAIORES E MENORES 
2.1 A escala diatônica 
Uma escala diatônica se constitui da sucessão de notas por intervalos de 
segunda, ascendentes ou descendentes, por meio de sete notas diferentes. 
“A denominação diatônica refere-se exclusivamente ao número de 
sons distintos, não ao total de notas que se escreve, já que estas 
podem ir-se repetindo em diferentes oitavas até ao limite que se 
pretenda. Quando se diz simplesmente escala, deve entender-se 
escala diatônica. A escala toma o nome da nota que desempenha a 
função de tônica, mesmo que não se inicie com esta.” (Zamacois, p. 
95-96) 
 
A cada uma das notas que compõem uma escala diatônica se atribui um 
grau. Os graus da escala são assinalados com algarismos romanos, sendo a 
primeira nota da escala o grau I, a segunda o grau II e assim por diante. 
Figura 5 – Escala diatônica com os seus graus 
 
 
5 
 
2.2 A escala maior 
Para a construção ou reconhecimento de uma escala maior é necessário 
o entendimento de sua estrutura. Bohumil Med (1996, p. 100) define a escala 
maior da seguinte maneira: “A escala maior é uma escala diatônica que tem dois 
semitons entre os graus III-IV e VII-I. Entre os outros graus há um tom”. 
Veja a escala de Dó maior (escala modelo). 
Figura 6 – Escala de Dó maior com destaque aos seus semitons 
 
Figura 7– Escala de Dó maior com sua estrutura em tons e semitons 
 
2.3 A escala menor natural 
Assim como a escala maior, a escala menor também tem sua estrutura e 
sua escala modelo: a escala de Lá menor, a relativa menor de Dó maior. A 
principal característica de uma escala menor é o intervalo de terça menor entre 
os graus I e III. 
Veja a escala Lá menor (escala modelo). 
 
 
6 
Figura 8 – Escala de Lá menor tendo destacado o intervalo de terça menor entre 
os graus I e III 
 
Figura 9 – Escala de Lá menor com sua estrutura em tons e semitons 
 
2.3.1 A escala menor harmônica 
 A escala menor harmônica difere da forma natural somente no grau VII 
no qual é elevado meio tom. 
Figura 10 – Escala de Lá menor harmônica com sua estrutura em tons e 
semitons 
 
2.3.2 A escala menor melódica 
A escala menor melódica difere de sua forma natural nos graus VI e VII 
nos quais são elevados meio tom em seu estado ascendente. 
Na parte descendente, os graus VI e VII têm a mesma formação da 
escala menor em sua forma natural. 
 
 
 
7 
Figura 11 – Constituição da escala menor melódica 
 
TEMA 3 – O CÍRCULO DAS QUARTAS E QUINTAS 
 O círculo das quartas e quintas é uma forma de ilustrar a disposição de 
todas as tonalidades e suas distâncias por intervalos de quartas justas (4J) e 
quintas justas (5J). Quartas justas ascendentes para as tonalidades com bemol, 
no sentido anti-horário; e quintas justas ascendentes para as tonalidades com 
sustenido, no sentido horário. 
 Segundo Almada (2012, p. 32), “Uma das diversas propriedades desse 
círculo é dispor das tonalidades ordenadas gradualmente quanto ao número de 
acidentes de suas armaduras (o que entre outros benefícios, torna mais fácil e 
rápida sua memorização).” 
 
 
 
8 
Tabela 2 – Círculo de quartas e quintas 
Sentido anti-horário (4J) Sentido horário (5J) 
(armadura em bemóis) (armadura em sustenidos) 
 
 
 
 
 
Observações: 
A) O número que aparece entre parênteses diante de cada tonalidade refere-se à 
quantidade de acidentes que ela possui em sua armadura. 
B) Para cada tonalidade haverá sempre duas outras – as que a ladeiam, à direita e à 
esquerda –, chamadas tonalidades vizinhas. 
Fonte: Almada, 2013, p. 32. 
 
DÓ (0) 
SOL (1) 
RÉ (2) 
LÁ (3) 
MI (4) 
SI (5) 
SOLb/FÁ# 
(6) 
RÉb (5) 
LÁb (4) 
MIb (3) 
SIb (2) 
FÁ (1) 
 
 
9 
TEMA 4 – AS DIFERENTES TONALIDADES MUSICAIS COM SUAS 
ARMADURAS DE CLAVE 
“A armadura da escala é um conjunto de alterações constitutivas, 
sustenidos ou bemóis, que pertencem a uma escala. A armadura é grafada no 
começo de cada pauta, imediatamente após a clave” (Med, 1996, p.105). 
Figura 12 – Armadura de clave das tonalidades maiores com sustenidos e suas 
relativas menores 
 
 
 
Os bemóis se sucedem, como as escalas, por quartas justas 
ascendentes, a partir de Si bemol (o primeiro bemol). 
Figura 12- Armadura de clave das tonalidades maiores com bemóis e suas 
relativas menores 
 
 
 
 
10 
 
 
TEMA 5 – A ESCRITA CIFRADA E A HARMONIA 
Para a representação dos acordes utilizaremos a escrita por cifras. Nesse 
sistema de notação, as notas fundamentais são simbolizadas por letras 
maiúsculas: A (Lá), B (Si), C (Dó), D (Ré), E (Mi), F (Fá), G (Sol). 
Segundo Guest (2010, p. 26-27), 
“A letra da cifra designa a nota fundamental do acorde, ou seja, a nota 
mais grave a partir da qual o acorde é construído numa sucessão de 
terças superpostas. Se essa nota for alterada, o sinal da alteração 
aparece ao lado direito da letra: si bemol = Bb, sol sustenido = G# etc. 
O complemento representa (através de números, letras e símbolos) a 
estrutura do acorde; indica os intervalos característicos formados entre 
a nota fundamental e as demais notas do acorde. Para representar as 
diferentes estruturas,anotaremos os acordes em sua forma mais 
sintética: terças superpostas a partir da nota fundamental. (Guest, 
2010, p. 26-27) 
Veja exemplos de denominação de acordes por cifras. 
 
A = Lá Maior; B = Si Maior; C = Dó Maior etc. 
 
A# = Lá sustenido Maior; B# = Si sustenido Maior etc. 
 
Ab = Lá bemol Maior; Bb = Si bemol Maior etc. 
 
Am = Lá Menor; Bm = Si Menor; Cm = Dó Menor etc. 
 
A#m = Lá sustenido Menor; B#m = Si sustenido Menor etc. 
 
Abm = Lá bemol Menor; Bbm = Si sustenido Menor etc. 
 
A9 = Lá Maior com nona; B11 = Si Maior com décima primeira etc. 
 
A7 = Lá Maior com sétima (Menor); B7M = Si Maior com sétima Maior etc. 
 
A#m7/9 = Lá sustenido Menor com sétima (Menor) e nona etc. 
 
 
 
11 
Am (b5) = Lá Menor com quinta diminuta. (Também nomeado como Lá 
diminuto e simbolizado por Aº) 
 
Am7 (b5) = Lá Menor com sétima e quinta diminuta. (Também nomeado acorde 
de Lá meio-diminuto e simbolizado por Aº) 
 
A (#5) – Lá Maior com quinta aumentada 
NA PRÁTICA 
Entre as possibilidades práticas possíveis juntamente com os conteúdos 
abordados nesta aula, algo que pode ser explorado é a transposição de 
melodias. 
Um ótimo exercício para fixar o conteúdo seria escolher uma melodia 
pertencente a uma escala maior e transpô-la para uma escala menor (natural, 
harmônica ou melódica) ou vice-versa. 
Outra possibilidade a ser explorada é a transposição de melodias para 
diferentes tonalidades, auxiliada pela ferramenta do círculo das quartas e 
quintas. 
FINALIZANDO 
Nesta aula, tratamos de importantes aspectos para o estudo e a prática 
da harmonia. Iniciamos pelas diferentes denominações intervalares: melódicas, 
harmônicas, simples, compostos, conjuntos, disjuntos e suas classificações – 
menores, maiores, aumentados, diminutos, justos. 
Na sequência, vimos como se dão as estruturas das escalas maiores e 
menores (natural, harmônica e melódica). Como auxiliar para o trabalho com 
escalas e tonalidades, exploramos o círculo das quartas e quintas e também as 
armaduras de clave. Por fim, apresentamos uma introdução ao sistema de cifras 
harmônicas. 
 
 
 
12 
REFERÊNCIAS 
ALMADA, C. Harmonia funcional. 2. ed. Campinas: Editora Unicamp, 2012. 
_____. Contraponto em música popular – fundamentação teórica e aplicações 
composicionais. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2013. 
GUEST, I. Harmonia 1: método prático. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010. 
MED, B. Teoria da música. 4. ed. rev.; atual. e ampl. Brasília: Musimed, 1996. 
ZAMACOIS, J. Teoria da música. Lisboa: Edições 70, 2009.

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