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15
Reflorestamento com mudas altas: uma 
inovação da restauração florestal na 
mineração de bauxita em Minas Gerais
Sebastião Venâncio Martins
UFV
Wesley da Silva Fonseca
UFV
Christian Fonseca de Andrade
CBA
Rodrigo da Silva Barros
CBA
Juliana Marcela de Paiva
CBA
Clayton Henriques da Silva
CBA
Marcos Antônio Fernandes Brito
CBA
'10.37885/220308108
https://dx.doi.org/10.37885/220308108
Engenharia Florestal: contribuições, análises e práticas em pesquisa - ISBN 978-65-5360-099-7 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022
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Palavras-chave: Mineração de Bauxita, Sustentabilidade, Tamanho de Mudas, Mata 
Atlântica, Biodiversidade.
RESUMO
O objetivo desse capítulo é apresentar novas perspectivas sobre a utilização de mudas 
altas na restauração florestal, destacar as principais vantagens e os resultados dos es-
tudos da parceria entre o Laboratório de Restauração Florestal da Universidade Federal 
de Viçosa (LARF-UFV) e a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) em áreas mineradas 
e em áreas de compensação à mineração de bauxita na Zona da Mata de Minas Gerais, 
Sudeste do Brasil. As mudas altas (1,5 – 2,5 m) de espécies arbóreas são comumente 
utilizadas na arborização urbana e paisagismo, contudo, no contexto da restauração 
florestal, se tem utilizado no Brasil apenas mudas baixas, geralmente de 0,30 m a 0,50 
m. Nossos resultados indicaram que as mudas altas conseguem superar as limitações 
iniciais da competição por luz com gramíneas invasoras, um dos grandes problemas dos 
projetos de restauração florestal no Brasil. Nesta pesquisa, as mudas altas funcionaram 
como poleiros para aves, e como muitas são plantadas já florescendo e frutificando, elas 
atraem polinizadores e dispersores de sementes, estimulando as relações fauna-flora. 
Além disso, o bom desenvolvimento radicular das mudas altas permite uma maior ex-
ploração de água e nutrientes do solo. Embora o custo de aquisição das mudas altas 
seja superior às mudas tradicionalmente utilizadas (30-50 cm), os benefícios ecológicos 
proporcionados pelo sombreamento do solo em menor tempo e a redução dos custos 
com manutenção e replantios são compensatórios e devem ser considerados no plane-
jamento de projetos de restauração florestal.
Engenharia Florestal: contribuições, análises e práticas em pesquisa - ISBN 978-65-5360-099-7 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022
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INTRODUÇÃO
Os projetos de restauração florestal são fundamentais para conservação da biodi-
versidade, reestabelecimento das relações funcionais entre fauna e flora, recuperação da 
estrutura da vegetação e diversidade de espécies, além do expressivo potencial de mitigar 
os efeitos das mudanças climáticas, ou seja, a restauração promove a recuperação dos 
serviços ecossistêmicos e da integridade dos ambientes, considerando-se os aspectos 
ecológicos, econômicos e sociais (MARTINS, 2015; GANN et al., 2019; FONSECA, 2021; 
ROMANELLI et al., 2022).
Nesse contexto, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) vem desenvolvendo proje-
tos de restauração florestal em áreas mineradas e em áreas de compensação à mineração 
de bauxita desde 1993, na região Zona da Mata de Minas Gerais, no Sudeste do Brasil 
(MARTINS et al., 2020). Diante da necessidade de avaliar e monitorar o processo de restau-
ração florestal dessas áreas, o Laboratório de Restauração Florestal (LARF-UFV) e a CBA fir-
maram um convênio, com foco em pesquisas sobre restauração de florestas nativas, visando 
contribuir com a sustentabilidade ambiental da mineração de bauxita (MARTINS et al., 2020).
As pesquisas do LARF em parceria com a CBA, por meio da avaliação e monitoramen-
to de inúmeros bioindicadores, demostraram o aumento da cobertura florestal regional em 
comparação a antes do início da atividade de mineração de bauxita e à redução da perda 
de solo por processos erosivos (BALESTRIN et al., 2019), à recuperação da diversidade de 
espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica (MARTINS et al., 2020), ao restabelecimento 
das relações fauna-flora em projetos de restauração, com destaque para espécies de aves, 
mamíferos, répteis e anfíbios (VOLPATO et al., 2018; FONSECA e MARTINS 2021), à re-
cuperação da fertilidade dos solos, principalmente dos teores de matéria orgânica devido ao 
aporte de serapilheira (SILVA et al., 2018), à eficiência das técnicas de nucleação e rápido 
recobrimento do solo pela adubação verde (FONSECA, 2021), além do potencial de rege-
neração natural das áreas (MIRANDA-NETO et al., 2014; SILVA et al., 2016; SILVA et al., 
2020; MARTINS et al., 2021).
Assim sendo, os bioindicadores são ferramentas importantes para subsidiar a definição 
de técnicas de restauração mais adequadas para cada cenário no ambiente da mineração 
de bauxita, seja por técnicas de restauração ativa, tais como plantio de mudas, semeadura 
direta, nucleação, adubação verde, ou por restauração passiva por meio da condução da 
regeneração natural (MARTINS, 2018; MARTINS et al., 2020; FONSECA, 2021). A restau-
ração florestal por reflorestamento heterogêneo com espécies nativas da Mata Atlântica é a 
principal técnica de restauração utilizada pela CBA, principalmente devido à recuperação dos 
parâmetros de estrutura, diversidade de espécies e recobrimento do solo, em menor tempo 
(MARTINS et al., 2020). Dessa forma, a seleção de espécies e a qualidade de mudas são 
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parâmetros determinantes para o sucesso da restauração florestal ativa (GROSSNICKLE 
e MACDONALD 2018).
A finalidade do reflorestamento é um fator chave na seleção das mudas florestais. Neste 
contexto, um aspecto importante a ser considerado é o tamanho das mudas. Geralmente 
no reflorestamento tradicional utilizam-se mudas com 30 – 50 cm de altura, plantadas em 
espaçamentos fixos (MARTINS, 2018). Em contraste, na arborização urbana e no paisagis-
mo utilizam-se mudas altas, com tamanho variando de 1,5 a 2,5 m de altura, principalmente 
devido à maior adaptação das mudas ao ambiente, melhor formação do sistema radicular, 
menor taxa de mortalidade, redução de custos com manutenção, menor competição com 
gramíneas invasoras e rápida formação da copa (GONÇALVES et al., 2004; MARTINI et al., 
2015; ANDIVIA et al., 2021).
A busca pela melhoria constante dos reflorestamentos com espécies nativas da Mata 
Atlântica em áreas mineradas ou de compensação à mineração de bauxita na Zona da Mata 
mineira tem sido uma prioridade para a CBA (MARTINS et al., 2020). Nesse sentido, o plantio 
de mudas altas (1,5 – 2,5 m) no contexto da restauração florestal é uma iniciativa pioneira 
da parceria CBA / LARF – UFV. As mudas altas tendem a promover mais rapidamente a 
cobertura do solo e o sombreamento de gramíneas exóticas invasoras, além disso, podem 
funcionar como poleiros para aves, contribuindo para a chegada de sementes e o aumento 
da biodiversidade na área em restauração.
Assim, nesse capítulo são apresentadas novas perspectivas sobre a utilização de 
mudas altas na restauração florestal, as principais vantagens e os resultados dos estudos 
da parceria LARF e CBA em áreas mineradas e em áreas de compensação à mineração de 
bauxita na Zona da Mata de Minas Gerais, Sudeste do Brasil.
MUDAS ALTAS E A MATOCOMPETIÇÃO
Espécies de plantas exóticas invasoras ameaçam o equilíbrio de muitos ecossiste-
mas e comunidades e são relatadas em todo o mundo como uma das principais causas da 
perda de biodiversidade (WEIDLICH et al., 2020; SILVA et al., 2021). As espécies invaso-
ras podem alterar a formação de comunidades naturais e representar uma barreira crítica 
para a restauração de ecossistemas nativos, desse modo, podem ameaçar os esforços 
de restauração, principalmente devido aos gastos consideráveis com prevenção ou con-
trole da invasão (BALESTRIN et al., 2019; SILVA et al., 2021; GONÇALVES et al.,2021; 
MARTINS et al., 2021).
Nesse contexto, as gramíneas exóticas são um grupo notável por sua capacidade 
de alterar significativamente os principais aspectos funcionais do ecossistema (KERNS 
et al., 2020). No Brasil, um dos principais problemas encontrados na restauração florestal 
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é a matocompetição que as mudas sofrem com espécies agressivas, como as gramíneas 
exóticas, com destaque para a Urochloa decumbens Stapf. (braquiária) e Melinis minutiflo-
ra P. Beauv. (capim-gordura), que, via de regra, resultam em elevadas taxas de mortalidade 
das mudas (LÖF et al., 2012; MARTINS., 2015; SILVA et al., 2016; WEIDLICH et al., 2020).
Assim sendo, a competição entre as gramíneas exóticas e as mudas florestais por água, 
nutrientes e luz pode influenciar negativamente a sobrevivência e o desenvolvimento das 
espécies arbóreas na restauração (SILVA et al., 2016; SANTOS et al., 2020). De acordo com 
Grman e Suding (2010), quando há interações entre plantas com diferentes tamanhos, ocorre 
uma relação competitiva desequilibrada, na qual indivíduos maiores suprimem os indivíduos 
menores. Nesse sentido, as mudas convencionais (30-40 cm), tradicionalmente utilizadas em 
reflorestamentos, tendem a sofrer mais os efeitos da competição com as gramíneas invasoras, 
principalmente no que tange ao sombreamento (LÖF et al., 2012). Em contraste, as mudas 
altas tendem a superar as limitações iniciais da competição por luz (IVETIĆ et al., 2016).
De modo geral, as gramíneas são melhores competidoras devido ao metabolismo C4, 
ou seja, apresentam vantagem fotossintética em ambientes com alta intensidade luminosa, o 
que facilita a maior produção de biomassa por unidade de tempo e área (SANTOS e SILVA 
2018). Com isso, as gramíneas podem impedir a regeneração natural em florestas tropicais, 
podendo atuar como filtros ecológicos, limitando a germinação do banco de sementes do 
solo e dificultando a chegada ao solo de novos propágulos oriundos da chuva de sementes 
(MARTINS, 2015; BALESTRIN et al., 2019; MARTINS et al., 2021).
Diante desses desafios, as mudas altas se destacam por promover o sombreamento 
e supressão das gramíneas em um menor tempo e, assim, favorecer a regeneração natu-
ral, visto que mudas mais altas mantêm sua vantagem de altura ao longo do tempo após o 
plantio em campo em projetos de reflorestamento (IVETIĆ et al., 2016).
As figuras 1 e 2 mostram mudas altas plantadas e um experimento de restauração 
florestal através da parceria CBA / LARF-UFV. Nelas, é possível observar a superação da 
competição das mudas com a braquiária.
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Figura 1. Mudas altas de Croton urucurana (sangra d’água), superando a competição com a braquiária. Convênio CBA / 
LARF-UFV.
 
Fotos: Sebastião V. Martins e Wesley da Silva Fonseca.
Figura 2. Medições de altura de mudas altas em experimento de restauração florestal. Convênio CBA / LARF-UFV.
Foto: Sebastião V. Martins.
ASPECTOS DO SISTEMA RADICULAR EM MUDAS ALTAS: UM ESTUDO 
DE CASO
O sucesso do reflorestamento está associado ao plantio de mudas de qualidade com 
ótimo potencial de estabelecimento e crescimento em conformidade com as características 
edafoclimáticas da área (GROSSNICKLE e MACDONALD 2018). De modo geral, mudas de 
qualidade possuem equilíbrio entre sistema radicular e parte aérea, bom estado nutricional, 
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ausência de pragas e doenças, altas taxas de sobrevivência e desenvolvimento, além de 
potencial para crescimento, florescimento e frutificação precoces (GROSSNICKLE, 2012; 
RIIKONEN e LUORANEN 2018).
Nesse contexto, o sistema radicular é fundamental para o estabelecimento das mudas 
plantadas, uma vez que é responsável pela conexão da planta ao solo, desempenhando 
funções de sustentação, absorção e reserva de água e nutrientes (FITTER, 2002; BILLINGS 
et al., 2018). Sendo assim, mudas com sistemas radiculares com altos padrões morfológicos 
e fisiológicos têm maior capacidade de produzir novas raízes rapidamente após o plantio, ou 
seja, o seu potencial de crescimento inerente está relacionado à sua resposta ecofisiológica 
às condições edafoclimáticas do local de plantio (GROSSNICKLE, 2018).
A seleção de mudas é fundamental para programas de reflorestamento.Assim sendo, 
mudas com maior sistema radicular possuem maior potencial de absorver nutrientes e água, 
agregar o solo evitando processos erosivos e atenuar os efeitos dos estresses por fatores 
abióticos (GROSSNICKLE e MACDONALD 2018; ANDIVIA et al., 2021). Nesse sentido, 
mudas altas podem apresentar um sistema radicular mais estruturado, que consegue explo-
rar melhor o solo tanto na vertical quanto na horizontal. Contudo, cabe destacar que muda 
alta não é sinônimo de muda velha. Sendo assimssim é fundamental que as mudas sejam 
produzidas em recipientes adequados para permitir o pleno desenvolvimento do sistema 
radicular e evitar o enovelamento das raízes (ZUFFO et al 2018; MORAIS-JUNIOR et al., 
2020; DAVIS e PINTO 2021).
De acordo com Busato et al (2015), as mudas para a restauração florestal devem 
apresentar características como resiliência e plasticidade, de modo a permitir o restabele-
cimento do ecossistema e dos fluxos bióticos e abióticos, entre a área-alvo de restauração 
e o ecossistema de referência. Nesse sentido, o tamanho e porte das mudas devem ser 
definidos de acordo com as características e objetivos do projeto, buscando a variabilidade 
genotípica e genética, e a produção deve ser feita obrigatoriamente a partir de sementes. 
Tendo em vista que a restauração florestal visa restabelecer as relações funcionais entre 
fauna e flora, aumentar e conservar a biodiversidade e acelerar a cobertura vegetal na área, 
as mudas altas são estratégias potenciais para o reflorestamento em muitas regiões (LÖF 
et al., 2015; FONSECA, 2021).
Diante da importância do sistema radicular para o estabelecimento das mudas em con-
dições de campo e da carência de estudos sobre crescimento de raízes de espécies nativa, 
foi implantado na Unidade de Itamarati de Minas da CBA um experimento com o objetivo 
de realizar uma análise do sistema radicular de mudas altas de diferentes espécies nativas 
da Mata Atlântica, com idades de 7 a 19 meses.
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O município de Itamarati de Minas está localizado na Zona da Mata Mineira. A vegetação 
característica da região é classificada como Floresta Estacional Semidecidual, inserida no 
Domínio Floresta Atlântica (IBGE, 2012). De acordo com a classificação de Köppen, o clima 
da região é do tipo Cwa, temperado úmido com verão quente e inverno seco (ALVARES et al., 
2013). A região tem altitudes entre 200 a 700 m e relevo com formações variando de leve on-
dulado a montanhoso. De acordo com o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, o solo 
predominante na região é o Latossolo Vermelho-Amarelo distróficos (SANTOS et al., 2018).
As mudas altas plantadas no experimento apresentaram bom desenvolvimento radi-
cular, principalmente pela presença de raízes finas, que permitem maior exploração do solo 
e, assim, uma maior absorção de água e nutrientes. Após sete meses do plantio, a espécie 
Cecropia hololeuca Miq. popularmente conhecida como embaúba-vermelha, apresentou 
raízes bem desenvolvidas com 50 cm de comprimento (Figura 3).
Figura 3. Muda alta de Cecropia hololeuca Miq. (embaúba) após sete meses do plantio, com raiz bem desenvolvida,com 
profundidade de 50 cm de fixação no solo.
Fotos: Juliana Marcela de Paiva.
A análise do sistema radicular das mudas altas, após 19 meses, demonstrou ótimo 
desenvolvimento das raízes, atingindo 65 cm de comprimento em algumas espécies, como 
exemplo, Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A.Robyns (embiruçu) e Rapanea ferruginea 
(Ruiz & Pav.) Mez. (capororoca) (Figura 4). Este padrão demostra que mudas altas não 
apresentam restrição de crescimento de raízes, visto que o bom desenvolvimento do sistema 
radicular permitiu uma rápida exploração do solo ao redor da cova de plantio, possivelmen-
te conferindo a essas mudas uma maior capacidade de aproveitamento de nutrientes da 
adubação quando comparadas às mudas tradicionalmente utilizadas em reflorestamentos 
(mudas menores).
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Figura 4. Muda alta de Rapanea ferruginea (copororoca) após 19 meses do plantio com raiz bem desenvolvida, com 
profundidade de 65 cm de fixação no solo.
Fotos: Juliana Marcela de Paiva.
A ATRATIVIDADE À FAUNA PELAS MUDAS ALTAS
A fauna de diferentes níveis tróficos desempenha papéis complexos e críticos para 
restaurar o equilíbrio do ecossistema, principalmente no que se refere à funcionalidade e à 
diversidade, atuando como facilitadores da restauração em diversos processos como po-
linização, ciclagem de nutrientes, dispersão de sementes, regulação de populações, entre 
outras interações ecológicas.Desse modo, a fauna é parte integrante das aspirações para 
alcançar a recuperação do ecossistema (CROSS et al., 2020; LOCH et al., 2020; FONSECA 
e MARTINS 2021).
Nesse contexto, árvores com frutos carnosos são tipicamente selecionadas e indica-
das para plantios em projetos de restauração para atrair frugívoros, de modo a aumentar 
a dispersão e consequentemente acelerar a regeneração da floresta (VIANI et al., 2015; 
CAMARGO et al., 2020). Assim, os animais dispersores possuem papel fundamental tanto 
no sucesso individual da planta quanto na dinâmica de populações das comunidades vege-
tais (FONSECA, 2021).
Dentre os dispersores de sementes, as aves se destacam devido à sua alta abundância, 
mobilidade e alta diversidade, sendo consideradas importantes bioindicadores da restauração 
(VOLPATO et al., 2018; CAMARGO et al., 2020; FONSECA, 2021). Embora, a princípio, os 
frugívoros sejam atraídos por árvores zoocóricas, a dispersão de sementes não é restrita 
apenas a essas árvores, visto que os animais podem utilizar qualquer tipo de árvore como 
poleiro de alimentação ou descanso, desde que tenham o tamanho adequado, e, assim, 
dispersar as sementes por defecação ou regurgitação (VIANI et al., 2015).
Desse modo, a escolha de mudas altas é uma estratégia a ser considerada em projetos 
de restauração florestal, uma vez que o tamanho das mudas é um fator que pode contri-
buir positivamente. Nesse sentido, as mudas altas são mais vantajosas devido à: 1) Maior 
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atratividade à fauna por conta da floração e frutificação precoces; e por 2) Atuarem como 
poleiros naturais para frugívoros.
1) Para muitas espécies, as mudas altas são plantadas já florescendo e frutificando, o 
que pode atrair polinizadores, como abelhas e beija-flores, e contribuir para o restabelecimen-
to das interações planta-polinizador (MONTOYA-PFEIFFER et al., 2018; SOUZA et al., 2021; 
VARASSIN et al., 2021). Os serviços de polinização contribuem para a sustentabilidade dos 
ecossistemas restaurados, principalmente em ambientes tropicais (DIXON, 2009). Em con-
sonância, a frutificação precoce das mudas altas colabora para atração, manutenção e 
conservação de espécies dispersoras de sementes (FONSECA e MARTINS 2021).
2) A baixa oferta de propágulos é uma das principais barreiras para a regeneração 
natural da vegetação em ambientes tropicais (GUIDETTI et al., 2016). Nesse sentido, as 
mudas altas podem atuar como poleiros naturais para as espécies frugívoras, uma vez que 
proporcionam maior suporte, principalmente para o pouso de aves, facilitando atividades 
como forrageamento, abrigo, alimentação, etc. Assim, os poleiros naturais são considerados 
facilitadores de sucessão, pois atraem dispersores advindos de áreas no entorno e contri-
buem para aumento da diversidade de espécies (FONSECA, 2021).
Cabe destacar que as mudas tradicionalmente utilizadas em reflorestamentos possuem 
potencial para funcionarem como poleiros naturais, contudo, será necessário um período 
maior de tempo, em comparação às mudas altas, em termos de estrutura e suporte para as 
aves, visto que mudas menores não são tão atrativas à avifauna (MARTINS, 2018). Assim 
sendo, os programas de restauração florestal devem priorizar a conservação da biofunciona-
lidade, para que haja a integração entre a área impactada e os remanescentes da paisagem 
circundante, através de um fluxo ecológico (FONSECA, 2021).
As mudas altas atuando como poleiros naturais contribuem para o aumento da com-
plexidade estrutural do ambiente, tornando-o mais atrativo para as espécies frugívoras 
(BOANARES e AZEVEDO 2014; MARTINS, 2015; MARTINS, 2018), como exemplo, o 
registro de Gubernetes yetapa e de Myiodynastes maculatus utilizando as mudas altas em 
plantios de compensação da CBA na unidade Zona da Mata (Figura 5).
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Figura 5. Registro de Gubernetes yetapa (tesoura-do-brejo) (A) e de Myiodynastes maculatus (bem-te-vi-rajado) (B) 
utilizando as mudas altas como poleiro natural.
 
Fotos: Juliana Marcela de Paiva.
FORMAÇÃO DO DOSSEL
A luminosidade é um fator determinante nos processos ecofisiológicos de uma floresta, 
principalmente em regiões tropicais, e pode influenciar o desenvolvimento e estabelecimento 
das espécies vegetais e, consequentemente, interferir na formação do dossel (SUGANUMA 
et al., 2008). Nesse sentido, em projetos de restauração florestal baseados nos princípios 
da sucessão secundária, a arquitetura e a cobertura de copas possuem a função de regular 
o regime de luz e atuar como barreira física, diminuindo o impacto das gotas de chuva no 
solo (SILVA et al., 2016).
Em termos ecológicos, a cobertura de copas apresenta grande influência na regene-
ração de espécies arbustivo-arbóreas, visto que cria um microclima favorável ao estabeleci-
mento de espécies de sucessão mais tardia.Além disso, o rápido sombreamento promovido 
pelo fechamento das copas reduz a incidência de radiação direta sobre o solo, tornando o 
ambiente desfavorável ao desenvolvimento de gramíneas heliófilas que competem com as 
mudas florestais plantadas (BALESTRIN et al., 2019; SANTOS et al., 2020). Em complemen-
to, a rápida cobertura vegetal promovida pelas mudas altas contribui para mitigar os impactos 
da erosividade da água e da erodibilidade do solo (FERREIRA et al., 2021; FONSECA, 2021).
Nesse contexto, é fundamental que a restauração florestal promova o recobrimento do 
solo, de forma economicamente viável e no menor tempo possível (GANN et al., 2019). No re-
florestamento, um aspecto determinante para acelerar o fechamento do dossel e cobertura 
do solo é a altura das mudas no plantio (Figura 6). De acordo com Grossnickle e Macdonald 
(2018), a altura das mudas pode prever o crescimento, visto que mudas mais altas mantêm 
sua vantagem de altura ao longo do tempo.Assim sendo, em locais com vegetação concor-
rente (ex: gramíneas exóticas invasoras), as mudas mais altas são beneficiadas devido à 
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minimização de competição por luz. Além disso, as mudas com maior altura inicial podem, 
posteriormente, apresentar maior desenvolvimento de brotações, devido ao maior número 
de ramos, gemas e folhagens, e dessa forma, apresentarem maior área superficial fotossin-
teticamente ativa (IVETIĆ et al., 2016; ANDIVIA et al., 2021; OLIVEIRA et al., 2021).
A relação positiva entre altura inicial das mudas e o crescimento em altura subsequente 
foi relata em diversos artigos publicados entre 1991 e 2016, conforme análise compilató-
ria realizada por Grossnickle e Macdonald (2018). A altura das mudas também apresenta 
correlação positiva com a sobrevivência de mudas após o plantio em campo, em projetos 
de reflorestamento (IVETIĆ et al 2016; ANDIVIA et al., 2021). Desse modo, a utilização 
de mudas altas na restauração florestal pode favorecer a formação do dossel, em menor 
espaço de tempo.
Figura 6. Área em restauração um ano após o plantio (A) e fechamento de dossel aos dois anos após o plantio (B). 
Convênio CBA / LARF-UFV. 
Fotos: Sebastião V. Martins.
ASPECTOS DA RELAÇÃO CUSTO-BENEFÍCIO DA UTILIZAÇÃO DE 
MUDAS ALTAS
A manutenção é uma das etapas mais importantes do reflorestamento, envolvendo as 
operações de replantio, adubação de cobertura, coroamento, combate às formigas, irriga-
ção, cercamento, entre outras atividades. Em áreas de pastagens ocupadas por gramíneas 
exóticas, os altos custos de manutenção podem ser um grande obstáculo para a restauração 
florestal, em especial pela matocompetição por água, luz e nutrientes (LELES et al., 2015; 
GONÇALVES et al., 2021). Assim sendo, é essencial realizar o controle das gramíneas para 
permitir o pleno desenvolvimento das mudas plantadas (SILVA et al., 2016).
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Nesse contexto, reduzir a competição com gramíneas é fundamental para otimizar 
o crescimento, desenvolvimento e sobrevivência das mudas plantadas. Assim sendo, as 
mudas altas são vantajosas, pois conseguem superar a competição por luz (IVETIĆ et al., 
2016; WEIDLICH et al., 2020; SILVA et al., 2021). Embora o custo das mudas altas (1,5 – 
2,5 m) seja maior, quando comparado ao custo das mudas tradicionais (30 – 40 cm), essa 
diferença é compensada graças à redução dos custos de manutenção com atividades como 
coroamento e replantio e redução dos custos com mãodeobra especializada nessas ativi-
dades (LÖF et al., 2012; SILVA et al., 2015).
De acordo com o relatório de pesquisas “Diagnóstico da Produção de Mudas Florestais 
Nativas no Brasil”, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o custo 
das mudas florestais varia de acordo com a espécies, tamanho, época do ano, região, tipo 
de viveiro, transporte, recipiente, necessidade de tratos silviculturais, entre outros fatores 
(SILVA et al., 2015). Nesse sentido, a disponibilidade de mudas altas pode ser um fator limi-
tante em algumas regiões, entretanto, o estímulo à utilização de mudas altas em projetos de 
restauração florestal pode incentivar a produção dessas mudas, criando um novo mercado 
para produtores da região (LÖF et al 2015).
Estudos conduzidos na Mata Atlântica demonstram que o custo com o controle de 
gramíneas pode representar até 60% do custo total em projetos de restauração florestal 
(LELES et al., 2015; SANTOS et al., 2020). Nesse contexto, as mudas altas podem contri-
buir na antecipação do fechamento do dossel e, consequentemente, promover economia 
de recursos humanos e financeiros relativos à manutenção, e, assim, haverá uma redução 
direta e significativa no custo total das ações de restauração florestal (LÖF et al 2015; 
SANTOS et al., 2020).
Em suma, a escolha por um reflorestamento com mudas altas representa um maior 
custo inicial com aquisição das mudas, contudo, os benefícios ecológicos proporcionados 
pelo sombreamento do solo em menor tempo e a redução dos custos com manutenção são 
fundamentais e devem ser considerados no planejamento de projetos de restauração florestal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Um grande desafio do reflorestamento com espécies nativas é o controle de gramíneas 
exóticas invasoras, que geralmente resultam em elevadas taxas de mortalidade das mudas, 
devido aos efeitos da matocompetição por água, luz e nutrientes. Tradicionalmente, os pro-
jetos de reflorestamento utilizam mudas de 30-50 cm, contudo, em muitas regiões essas 
mudas são rapidamente suprimidas pelas gramíneas, necessitando de muitos replantios e 
outras manutenções. Diante dessa limitação, uma alternativa é a utilização de mudas altas.
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As mudas altas (1,5 – 2,5 m) tendem a apresentar maior área superficial fotossin-
teticamente ativa edesse modo, conseguem superar as limitações iniciais da competição 
por luz, concomitantemente com o sombreamento das gramíneas, e o favorecimento da 
regeneração de espécies arbustivo-arbóreas do banco de sementes do solo. Além disso, 
as mudas altas funcionam como poleiros para aves, e como geralmente são plantadas flo-
rescendo e frutificando, atraem polinizadores e dispersores de sementes, reestabelecendo 
as relações fauna-flora.
Embora os aspectos positivos do reflorestamento com mudas em tamanho tradicional 
não possam ser desconsiderados, como por exemplo, o menor custo com aquisição de 
mudas, é necessário que os projetos de restauração florestal contemplem novas aborda-
gens, baseadas em princípios ecológicos e funcionais, para que, em menor tempo possível, 
o ecossistema recupere a estrutura da vegetação, a diversidade de espécies, conserve a 
biodiversidade e restabeleça as relações funcionais entre fauna e flora. Nessa perspectiva, 
a utilização de mudas altas em projetos de restauração florestal é inovadora e apresenta 
grande potencial para utilização em reflorestamentos com redução nos custos de manuten-
ção e redução expressiva na mortalidade.
Agradecimentos
Os autores agradecem à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível 
Superior (CAPES) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico 
(CNPq) pelas bolsas de pesquisa para os autores e à Companhia Brasileira de Alumínio 
(CBA) pela infraestrutura e apoio financeiro ao projeto.
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