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Prévia do material em texto

252015105
Agressão física
Furto de pertences pessoais
Exclusão social
Ofensas
Discriminação de qualquer tipo
7
1
8
24
17
0
 Tipos de bullying
Agora, reúna-se com seu grupo e elaborem um relatório sobre a pesquisa. Se possível, esse relatório 
deve ter ao menos quatro páginas e cinco gráficos e mencionar as descobertas mais relevantes.
Na próxima etapa, vamos preparar uma dramatização sobre bullying. Ela será elaborada utilizando 
os dados que coletamos com o auxílio do questionário. Por isso, neste momento é importante que a 
turma discuta e interprete os resultados da pesquisa e os relatórios produzidos. Essa atividade será 
mediada pelo professor, que os ajudará a refletir sobre as informações.
Esse debate é importante como forma de refletir sobre os problemas e sobre quais atitudes podem 
ser tomadas para combater o bullying. Toda essa experiência educacional deve ser baseada na ética 
e na cidadania.
Vamos explorar mais os dados coletados. Pesquisas sugerem que meninos são mais propensos a 
exercer e vivenciar violência física4. Mas será que essa tendência se reproduz na sua amostra? Para 
testar essa hipótese, vamos organizar e cruzar alguns dados. 
Monte uma planilha de modo que cada linha corresponda a um entrevistado, uma coluna ao respec-
tivo gênero e outra coluna à resposta sobre o tipo de bullying vivenciado. No exemplo abaixo, temos 
oito entrevistados e as respostas que mencionamos. Para facilitar, as respostas sobre gênero serão 
abreviadas com as letras “M” (masculino) e “F” (feminino). As respostas sobre agressão física serão 
codificadas com “1” para quem respondeu “Sim” e “0” para quem respondeu “Não” (pois neste mo-
mento queremos contabilizar apenas quem relatou agressão física).
Entrevistado Gênero Vivenciou agressão física
1 M 1
2 M 0
3 F 0
4 F 0
5 M 1
6 F 0
7 M 1
8 F 1
4  UNESCO. Violência escolar e bullying: relatório sobre a situação mundial. Brasília: Unesco, 2019. p. 18.
ATIVIDADES
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Não escreva no livro
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Mulheres
Homens
 Agressão física e/ou vivenciada
Em seguida, vamos montar uma tabela consolidada. Para fazer isso, monte uma tabela digitando na 
primeira célula “Mulheres” e, na célula logo abaixo, “Homens”. Na coluna ao lado, digite na célula cor-
respondente quantas mulheres (M) e quantos homens (H) responderam “Sim” para “Agressão física”. 
De acordo com nosso exemplo, a tabela ficaria da seguinte maneira:
Mulheres 1
Homens 3
Você já tem um resultado, mas vamos produzir um gráfico que o represente?
Repita os passos anteriores para a elaboração do gráfico. No espaço reservado, escolha um título para o 
gráfico (é importante que ele mostre o tema dos dados representados). Veja como ficou nosso exemplo:
CADERNO DE CAMPO
Anote em seu diário de aprendizagem como foi realizar essa etapa para você e para seu grupo. 
1. Como foi a discussão sobre as perguntas que deveriam entrar no questionário? 
2. Houve algum comportamento que antes você não achava que fosse bullying e agora acha que é? 
3. Algum dos resultados do questionário surpreenderam você e/ou seu grupo? 
4. Foi difícil utilizar o programa de edição de planilha de dados? 
5. Você sentiu vontade de se aprofundar mais no estudo da análise de dados?
1. Com base em uma discussão em grupo, elaboramos um questionário de pesquisa para entender como o 
bullying ocorre e como é encarado em sua turma. O que você achou mais difícil nessa etapa? 
2. Aplicamos esse questionário na pesquisa com seus colegas de turma. Como foi a reação deles? Você 
também respondeu ao questionário? A importância de aplicá-lo ficou clara para você?
3. Organizamos e analisamos os dados em um relatório de pesquisa. Como foi essa experiência? Você 
achou difícil trabalhar com dados? Gostaria de aprender mais sobre isso?
TUDO O QUE FIZEMOS ATÉ AQUI
A hipótese sugerida pelos pesquisadores foi confirmada ou refutada em sua amostra? Debata com a 
turma os resultados.
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Na etapa anterior desenvolvemos um questionário de pesquisa e o utiliza-
mos para compreender o fenômeno do bullying em sua turma. Identificamos 
a frequência do bullying, as formas mais comuns e as consequências para 
os envolvidos. Agora, com base no que aprendemos, vamos planejar e exe-
cutar uma dramatização (uma encenação, como uma peça de teatro) sobre 
bullying.
 Mediação de conflitos para desarmar o bullying
Em nossa dramatização, vamos encenar possibilidades de combate ao 
bullying. Por isso, antes de começar, vamos retomar a reflexão sobre como 
resolver conflitos no ambiente escolar e fora dele.
Existem diversas atitudes éticas e cidadãs que podem ser adotadas para 
lidar com o bullying. Na incursão 1, elencamos algumas possibilidades de 
posicionamento envolvendo estudantes, professores e a gestão escolar. Re-
tome-as se achar conveniente. Mais de uma ou todas essas atitudes podem 
ser adotadas ao mesmo tempo, de acordo com a percepção dos envolvidos. 
Neste projeto, vamos trabalhar com a mediação de conflitos como forma 
principal de “desarmar” o bullying e contribuir para uma cultura de paz. 
Conflitos fazem parte da vida em comunidade e da constituição da socieda-
de. Pessoas têm interesses diferentes, ideias diferentes, gostos diferentes. O 
importante é que saibamos como lidar com o conflito e chegar ao consenso. 
Um dos principais métodos para lidar com o conflito é a mediação, um 
processo pacífico de resolução. Essa prática pode ser utilizada no ambien-
te escolar, no Direito, no mundo dos negócios e em diversas outras áreas e 
situações.
Na mediação de conflitos, a figura do mediador deve ser imparcial e inde-
pendente. No caso da escola, o mediador pode ser um professor ou um coor-
denador pedagógico, por exemplo, mas os próprios estudantes podem ser 
orientados para atuar como mediadores.
INCURSÃO 3 Dramatização sobre bullying
Habilidades trabalhadas 
nesta etapa
EM13CHS501
EM13CHS502
EM13CHS503
EM13CHS605
EM13LGG204
EM13LGG301
EM13LGG304
EM13LGG305
EM13MAT203
Nesta etapa, 
você vai aprender:
sobre mediação 
de conflitos; a 
criar e organizar 
uma dramatização 
sobre combate ao 
bullying; a refletir 
sobre resoluções 
éticas e cidadãs 
para o bullying; 
a encenar uma 
dramatização.
Materiais que 
serão utilizados:
caderno e/ou folhas 
de papel sulfite; 
lápis e/ou caneta; 
programas de 
edição de texto.
 Primeiro contato
 Incursão 1
 Incursão 2
 Incursão 3
 Incursão 4
 Conclusão
O mediador é uma peça 
fundamental na mediação 
de conflitos. A função 
do mediador é contribuir 
para que duas pessoas ou 
grupos em conflito possam 
alcançar um consenso. Para 
atingir esse fim, o mediador 
não deve estar diretamente 
envolvido no conflito, o que 
possibilita a ele uma visão 
distanciada da questão.
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O mediador deve auxiliar a comunicação entre os envolvidos para que cheguem a um consenso de 
forma pacífica. O ideal é que o mediador não busque impor uma solução já no começo da conciliação, 
mas que organize a discussão, evitando que ela se torne agressiva e chamando a atenção para possi-
bilidades de solução pacífica que talvez tenham passado desapercebidas pelas partes.
A mediação de conflitos é uma estratégia eficaz para lidar com o bullying. Além de proporcionar boas 
chances de sucesso, ajuda os estudantes a desenvolver habilidades relacionadas à resolução de con-
flitos, o que certamente é e será muito útil durante toda sua vida.A dramatização
Organização
Como a estratégia deste projeto é a mediação de conflitos, a dramatização que vocês vão organizar 
deve enfocar formas de utilizar essa estratégia em uma ou mais situações de bullying. 
Para que essa atividade seja segura e acolhedora para todos, é importante que sempre haja espaço 
para a empatia, o respeito e o diálogo. Antes de iniciar essa etapa do trabalho, e sob a supervisão 
do professor, separem alguns minutos para conversar sobre a importância de que todos se sintam à 
vontade durante a atividade. É possível que algum colega, principalmente os que já vivenciaram situa-
ções de bullying, sintam algum desconforto durante a organização e a apresentação da dramatização. 
Por esse motivo, deixem claro que, caso surja algum incômodo, ele pode ser relatado para os colegas 
e para o professor. Para que seja positiva para todos, a trajetória do trabalho pode ser repensada. 
Essa conversa prévia deve ser realizada principalmente entre os integrantes do grupo. Pode ser que 
alguns estudantes tenham dificuldade para se expor diante de toda a turma, mas se sintam menos 
desconfortáveis em um grupo menor. Portanto, se você já foi vítima de bullying, avalie se não é possí-
vel relatar ao seu grupo. Por outro lado, se você nunca foi vítima de bullying, seja acolhedor com seus 
colegas. Por fim, se você já fez bullying com alguém, esse pode ser um momento interessante para 
você escutar de que modo o bullying afeta a vida das vítimas.
Em seguida, é o momento de escolher o tema da dramatização de seu grupo. Para isso, retomem os 
relatórios de pesquisa produzidos na etapa anterior. Um parâmetro para a escolha pode ser qual o 
tipo ou o efeito do bullying mais comum na escola em que você estuda. Mas esse critério não precisa 
ser obrigatório. Se vocês acharem, por exemplo, que há outros tipos ou efeitos do bullying cuja abor-
dagem seja relevante, sintam-se livres para escolhê-los.
Fique atento: não esqueça de fazer registros no diário de aprendizagem correspondente a cada etapa 
de produção da dramatização. Ao final da apresentação, você e seu grupo poderão contar um pouco 
sobre esse processo para o público.
Roteiro
Nas incursões anteriores já estudamos e discutimos o bullying. A dramatização será a etapa em que 
serão apresentadas formas de mediar as situações de bullying selecionadas por vocês. Essa é uma 
oportunidade muito rica de mostrar e refletir sobre como podemos combater o bullying na prática. 
Depois de selecionado o tema, é o momento de partir para o roteiro. A fim de facilitar o trabalho, 
vocês podem organizar os principais elementos dele em tópicos:
 Qual será a situação representada?
 Quais serão os personagens?
 Qual o cenário em que se passa a situação?
 Como será feita a mediação de conflito e o desfecho da situação?
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Como vimos, o bullying envolve agressor, vítima e espectador. Então, todos es-
ses personagens devem aparecer na dramatização. A definição de quantos e 
como eles serão depende da situação representada. De acordo com a situação 
que se queira encenar, mais de um estudante pode desempenhar um mesmo 
papel ou um mesmo estudante pode desempenhar mais de um papel.
Quando estiverem escrevendo, retomem as discussões e ideias apresenta-
das na incursão 1: o fato de muitas vezes o agressor também ser vítima de 
bullying, as consequências para a vítima e para o restante dos envolvidos, as 
possíveis motivações do agressor, etc. Isso vai enriquecer o roteiro e evitar o 
reforço de estereótipos.
Tendo essas perguntas como norteadoras, você e seu grupo poderão come-
çar a escrever o roteiro. Como o objetivo é abordar as formas de lidar com o 
bullying, uma sugestão é que um estudante interprete um quarto papel − o 
narrador −, apresentando ao público os demais personagens e narrando a 
situação de bullying. Em seguida, os outros estudantes poderão entrar em 
cena representando a forma de resolução escolhida para aquela situação. 
O roteiro não precisa ser nem complexo nem muito longo (lembre-se de que 
outros grupos também vão se apresentar). Concentrem-se na reflexão que 
desejam estimular em quem assisti-lo. Relembrar as reflexões que o tema 
provocou em vocês durante esse projeto pode ajudá-los nessa tarefa. 
O propósito dessa dramatização não deve ser exclusivamente mostrar que o 
bullying é prejudicial ao desenvolvimento dos estudantes e ao ambiente es-
colar. O objetivo é que vocês, como protagonistas desse projeto, e a comuni-
dade, como espectadora do produto final, possam visualizar formas de atuar 
para desarmar o bullying e percebam que os conflitos podem ser resolvidos 
na comunidade pela própria iniciativa de seus membros e com a participação 
de todos os envolvidos.
O bullying é uma violência que pode ocorrer em diferentes ambientes: profissional, esportivo e mesmo familiar. 
No entanto, essa violência tem ocorrido com mais frequência no ambiente escolar. Algumas dificuldades de 
aprendizagem na escola, por exemplo, estão estreitamente associadas ao bullying.
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Posicionamento ético e cidadão
A escolha sobre como a mediação de conflito deverá ser conduzida depen-
derá da situação de bullying representada. Levando isso em conta, existem 
diversas possibilidades: empoderar a vítima, conversar com o agressor, inte-
grar todos os envolvidos em uma atividade inclusiva, etc. Como fazer com que 
cada estudante cultive seus interesses e lide com as próprias dificuldades sem 
que isso prejudique a vida em comunidade? Como autores da dramatização, 
esse é um desafio com o qual você e seu grupo terão que lidar.
Tenha em mente que é indispensável o posicionamento ético e cidadão dian-
te do bullying. Qualquer proposta de resolução de conflitos deve apoiar to-
dos os envolvidos e promover um ambiente escolar saudável e democrático. 
A seguir, retomamos algumas estratégias para lidar com o bullying. Elas 
poderão auxiliá-lo a pensar em um desfecho para a situação de bullying em 
seu roteiro.
 Promoção de comportamentos e relações positivas entre colegas.
 Criação e implementação de comitês estudantis e códigos de conduta que 
forneçam parâmetros para que comportamentos inadequados sejam iden-
tificados e revistos.
 Implementação de atividades que auxiliem a reconhecer e combater o 
bullying.
 Desenvolvimento de práticas inclusivas na escola, como palestras, debates 
e esportes,
 Aproximação entre escola e comunidade.
 Encorajamento de estudantes que tendem a ser discriminados (se neces-
sário, retomem a imagem sobre desencadeadores do bullying que aparece 
na incursão 1) a assumir posições de liderança em atividades escolares.
Essas atitudes são descritas mais detalhadamente na página 110. Se achar 
conveniente, retome esse texto.
Hora de ensaiar
Depois de pronto o roteiro, você e seu grupo 
deverão decorar o texto e ensaiar a dramati-
zação para que a apresentação saia da forma 
como vocês imaginaram.
Escolham um local da escola e um momento 
em que possam se reunir para os ensaios. Pode 
ser a própria sala de aula, em um período da 
aula selecionado para essa atividade. O profes-
sor vai orientá-los sobre a melhor forma de se 
organizar em relação a isso.
A dramatização é um fenômeno essencialmente estético, 
associado à arte, mas também pode ser utilizada como 
um recurso pedagógico. O público pode se identificar 
mais facilmente com os personagens e com os problemas 
em que estão envolvidos, contribuindo para incentivar a 
reflexão sobre determinada questão.
Hill Street Studios/Digital Vision/Getty Images
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Essa etapa é importante porque é a partir dela que vocês vão perceber se 
as falas e os elementos planejados no roteiro surtirão o efeito desejado. Ob-
servem se, quando encenado, o texto prenderá a atenção do espectador e 
passará a mensagem que vocês querem. Aproveitem esse momento para 
fazer as adequações no roteiro que acharem necessárias.
Falas muito longas ou formais tendem a prender menos a atenção do es-
pectador. Procurem se aproximar do cotidiano e do modo como seu públi-
co se expressa, seja ele formado por seus colegas, seja por outros membros 
da comunidade escolar.
Quando vocês estiverem familiarizados com o roteiro, não precisarem mais 
fazer mudanças nele e estiverem encenando a dramatização com desenvol-
tura, é hora de apresentá-la!
E lembre-se: a dramatização deve ser filmada! Dessa forma, ela poderá ser 
vista por muito mais pessoas e funcionar como um instrumento de divulga-
ção do combate ao bullying.
EM PERSPECTIVA
A Finlândia possui um sistema educacional que é referência no mundo. Confira no texto a seguir um 
programa de combate ao bullying desenvolvido nesse país. 
Programa �nlandês de combate ao bullying foca 
nos potenciais observadores das agressões
Existe uma maneira e�ciente de impedir o bullying nas escolas? A Finlândia parece ter encon-
trado a resposta em duas sílabas: KiVa, um programa implementado em 90% das escolas do 
país e que, segundo estudos, levou a uma diminuição sensível do número de casos de agressão 
nos colégios que o adotaram.
O nome do programa vem de Kiusaamista Vastaan, que signi�ca “contra o abuso escolar”. 
Trata-se de um método que busca criar respeito e empatia entre crianças em idade escolar. A 
grande diferença em relação a outras iniciativas é que, para evitar que o bullying aconteça, o 
KiVa tem como foco os espectadores, ou seja, os potenciais observadores das agressões.
[...]
A abordagem parte da ideia de que os próprios envolvidos no bullying devem sugerir como podem 
melhorar seus comportamentos, após discussões com os membros da equipe KiVa. No dia a dia, 
o objetivo é aumentar a empatia entre os alunos, para fazer com que eles saibam se colocar no 
lugar dos outros e possam se perguntar “o que posso fazer para ajudar quem está sofrendo?”.
Todas as escolas que aplicam o KiVa precisam oferecer, mensalmente, pelo menos duas aulas de 
45 minutos sobre assuntos relacionados ao programa. “Nessas aulas, os alunos discutem temas 
como emoções, como se comportar em grupo, como defender alguém em apuros e por que as 
pessoas são diferentes”, relata Johanna [Alanen, gerente do projeto na Universidade de Turku]. 
As “aulas KiVa” abrangem assuntos internos e externos à vida escolar para que as crianças 
saibam respeitar diferenças e conviver melhor com elas. Tudo para que todas se sintam parte 
de um grupo que as acolhe e se importa com elas.
AMARAL, Bruna Passos. Programa �nlandês de combate ao bullying foca nos potenciais observadores das 
agressões. Revista Educa•‹o, 6 out. 2015. Disponível em: https://www.revistaeducacao.com.br/programa-�nlandes-
de-combate-ao-bullying-foca-nos-potenciais-observadores-das-agressoes/. Acesso em: 25 jan. 2020.
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https://www.revistaeducacao.com.br/programa-finlandes-de-combate-ao-bullying-foca-nos-potenciais-observadores-das-agressoes/
https://www.revistaeducacao.com.br/programa-finlandes-de-combate-ao-bullying-foca-nos-potenciais-observadores-das-agressoes/
Leia o relato abaixo sobre uma mediação de conflito em uma escola de São Paulo. 
Escolas de São Paulo usam mediadores para diminuir con�itos entre alunos
[...] Já há algum tempo, Victória Ribeiro, de 17 anos, acumulava atritos com os colegas de classe. 
Ante a provocação de um amigo, explodiu. Ofensas foram disparadas de parte a parte e, chorando, 
Victória telefonou para o pai, pedindo para ser transferida de escola. De pronto, o professor Luiz 
Eduardo Carvalho, um rapaz esguio e sereno, entrou em ação. Depois de falar com os pais dos alunos 
em conflito, marcou uma reunião com a sala de Victória. Convenceu os estudantes a conversar com a 
aluna. Numa segunda-feira, todos se reuniram em círculo, para colocar suas diferenças em dia:
– A Victória foi a primeira a falar. E desarmou a todos, pedindo desculpas – conta Carvalho.
A conversa durou quatro horas e rendeu algumas lágrimas. Ao final, saldo positivo: Victória saiu 
convencida a continuar no colégio.
Desde o começo do ano, Carvalho ocupa a função de mediador escolar e comunitário no Ciridião 
Buarque. Concilia a tarefa com as aulas de português. Na função, sua principal tarefa é escutar os 
estudantes – e ajudá-los a dialogar.
[...]
A figura do mediador escolar passou a fazer parte do cotidiano de algumas escolas estaduais pau-
listas em 2010. [...]
CISCATI, Rafael. Escolas de São Paulo usam mediadores para diminuir conflitos entre alunos. O Globo, 17 abr. 2019. 
Disponível em: https://oglobo.globo.com/sociedade/escolas-de-sao-paulo-usam-mediadores-para-diminuir-conflitos-entre-
alunos-23605302. Acesso em: 25 jan. 2020.
Com base no que discutimos até aqui, responda às questões.
1 Por que Victória desarmou a todos ao pedir desculpas?
2 Qual importância o mediador teve nessa situação? 
CADERNO DE CAMPO
Registre em seu diário de aprendizagem como foi, para você e seu grupo, a realização dessa etapa. 
1. Vocês já conheciam a proposta da mediação de conflitos? E a figura do mediador?
2. Como vocês escolheram o tema da dramatização? Foi difícil escrever o roteiro? 
3. Conseguiram encontrar uma proposta de resolução de conflitos que contentasse a todos?
1. Aprendemos o que é mediação. Você se interessou pelo tema? E pela proposta de resolução? 
2. Montamos o roteiro de uma dramatização sobre bullying. Você achou que essa atividade ajudou a 
desenvolver empatia pelos envolvidos em situações de bullying? 
3. Realizamos ensaios da encenação. Foi difícil organizar e participar de uma dramatização?
4. Aprendemos a importância de mobilizar os espectadores para combater o bullying. Você achou que isso 
ficou claro? Você pretende mudar seu comportamento depois dessa experiência?
TUDO O QUE FIZEMOS ATÉ AQUI
ATIVIDADESNão escreva no livro
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 É hora de encenar
Se nosso projeto foi bem-sucedido, você já entendeu o que é o bullying, quais 
são suas características e a importância de combatê-lo. Compreendeu a im-
portância do engajamento de todos os envolvidos para desarmá-lo. Descobriu 
se o bullying acontece em sua escola e de que maneira. Estudou um pouco 
mais sobre mediação de conflitos. Por fim, aprendeu a organizar e montar uma 
dramatização. Agora, é hora de contar tudo isso para o mundo lá fora.
Depois de uma fase de ensaios, vocês já estão prontos para encenar e filmar a 
dramatização. Combine com o professor ou colegas de outro grupo para filma-
rem sua apresentação. Vocês podem revezar e, assim, quando outros grupos 
de sua turma encenarem, um de vocês pode gravar a apresentação deles. 
Para a filmagem, utilizem um celular que tenha recurso de câmera. Atenção! 
Neste momento é importante ficar atento ao enquadramento e à qualidade 
das imagens produzidas. Lembrem-se de que quem for assistir ao vídeo deve 
conseguir ver os atores, suas expressões e ouvir as falas com clareza.
Fique atento: reservem um tempo ao final da apresentação para relatarem 
brevemente ao público como foi a produção da dramatização. Para isso, uti-
lizem os registros que fizeram no diário de aprendizagem.
 Compartilhando o conteúdo
Agora é hora de disponibilizar a dramatização em um site de compartilha-
mento de vídeos. Existem diversas opções de plataformas gratuitas em que 
a gravação de sua dramatização pode ser publicada. É provávelque você 
conheça alguma. O roteiro de publicação nesses sites de compartilhamento 
costuma ser bastante intuitivo e similar entre si. Converse com seu professor 
sobre a opção de site mais adequada. Ele poderá dar orientações sobre como 
encontrar na internet tutoriais básicos sobre a utilização da plataforma. 
Para começar, é necessário criar uma conta no site de compartilhamento 
escolhido. Como costuma ser necessário preencher um cadastro com dados 
pessoais, o ideal é que seja criada uma conta da turma ou da escola. Mais 
uma vez, o professor fornecerá orientações em relação a essa tarefa. Talvez, 
sua escola já até tenha uma conta em uma dessas plataformas.
INCURSÃO 4 Encenando e divulgando 
a dramatização
Habilidades trabalhadas 
nesta etapa
EM13CHS501
EM13CHS503
EM13CHS605
EM13LGG201
EM13LGG204
EM13LGG301
EM13LGG305
Nesta etapa, 
você vai aprender:
a gravar um vídeo 
da dramatização 
sobre bullying
que você montou 
com seu grupo 
e a divulgá-lo na 
internet.
Materiais que 
serão utilizados:
celulares e/ou 
computadores 
com acesso à 
internet; celulares 
com câmera para 
gravação de vídeo.
 Primeiro contato
 Incursão 1
 Incursão 2
 Incursão 3
 Incursão 4
 Conclusão
Em um site de 
compartilhamento de 
vídeos, os usuários 
cadastrados podem 
disponibilizar seus 
vídeos para que outros 
usuários possam assistir 
a eles. Existem algumas 
opções gratuitas muito 
interessantes de sites de 
compartilhamento.
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Depois de criada uma conta para postagem do vídeo, façam o carregamento 
de seu vídeo na plataforma. Isso pode ser feito diretamente do celular em 
que foi feita a filmagem ou de um computador. Fique atento: independente-
mente do aparelho utilizado, ele deve ter acesso à internet. 
De modo geral, depois de feito login no site, você terá que:
 selecionar o arquivo com o vídeo de sua dramatização;
 preencher os dados do vídeo (título, descrição, etc.);
 e, finalmente, publicar o conteúdo desejado.
Pode ser que demore um pouco para o vídeo ser carregado e processado pelo 
site. Caso não seja enviado um aviso de publicação por e-mail quando o pro-
cesso acabar, aguarde alguns minutos e verifique se o conteúdo está disponível.
Agora que nosso produto final está pronto, reflita um pouco sobre nossa tra-
jetória até aqui. Ela certamente foi muito rica e significativa. Sob diversos as-
pectos, aprendemos que um problema social tem impacto direto no cotidia-
no e na vida de muitos estudantes. Durante nosso caminho, ficou evidente a 
necessidade de mobilização de todos os envolvidos no combate ao bullying, 
incluindo a comunidade escolar. Do ponto de vista prático, aprendemos a 
fazer uma pesquisa sobre bullying em nossa comunidade e, por intermédio 
da dramatização, transformamos as descobertas de nosso projeto em resul-
tados disponíveis para a comunidade.
Com esse projeto, contribuímos para fortalecer uma cultura de paz em nossa 
comunidade!
EM PERSPECTIVA
A entrevista a seguir, com o especialista Nei Alberto Salles Filho, mostra a importância de fomentar uma 
cultura de paz no ambiente escolar.
Aplicar cultura da paz na escola exige práticas 
combinadas entre diversas disciplinas
Formador de professores indica atividades sobre valores humanos, 
mediação de con�itos, ecologia e convivência
A Lei n. 13 663, sancionada em maio de 2018, incluiu a promoção da cultura de paz e da não 
violência nas escolas. Para o coordenador do Núcleo de Estudos e Formação de Professores em 
Educação para a Paz e Convivências (NEP), da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), 
Nei Alberto Salles Filho, o ensino do tema é uma forma de mudar o cenário de intolerâncias que 
ficou ainda mais evidente na sociedade brasileira no período de eleições. [...]
[...]
O que Ž a cultura de paz?
Nei Alberto Salles Filho: É possível pensar a cultura de paz a comparando com a cultura da vio-
lência. Essa última tem duas características. A primeira é direta, ou seja, as agressões. Geral-
mente, apenas nos damos conta dessa face na escola. A segunda é estrutural: miséria, pobreza 
e desigualdade social geram isso. Assim, a cultura de paz busca uma reflexão individual, mas 
também pensar condições sociais para um processo de não violência, e isso passa pelos direitos 
humanos, enfrentamento da pobreza, entre outros.
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