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Redes de ilegalidade e exclusão

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QUESTÕES EM FOCO
Redes e ilegalidade
Ao mesmo tempo que existem redes voltadas ao fluxo contínuo do capital e o crescimento econômico 
(espaços da globalização), existem redes de ilegalidade, em que muitas vezes apresentam-se problemas 
como violência, exclusão e segregação. Analise a situação-problema exposta a seguir.
T E X T O I
A cidade de São Paulo, por seu tamanho e sua im-
portância econômica, potencializa a problemática 
habitacional. Estima-se, de acordo com os dados ex-
traídos do Sistema de Informações para Habitação 
Social na Cidade de São Paulo (Habisp/abril 2016), 
que 445 112 domicílios estejam em favelas e 385 080 
em loteamentos irregulares. Por isso, o enfrentamen-
to da precariedade habitacional, em todas as suas fa-
cetas, deve ser, pela urgência, a prioridade da política 
habitacional do município.
SÃO PAULO (CIDADE). Secretaria Municipal de Educação. 
Plano Municipal de Habitação – Projeto de Lei n. 619/16. 
São Paulo: Prefeitura da Cidade, 2016. p. 4. Disponível em: 
https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/
uploads/2014/08/20161221_PMH_PL_bxa.pdf. Acesso em: 24 
abr. 2020.
Fonte: elaborado com base em MAPA de São Paulo: favelas. 
Map of São Paulo. Disponível em: https://pt.map-of-sao-paulo.
com/outros-mapas/s%C3%A3o-paulo-favelas-mapa. 
Acesso em: 24 abr. 2020.
Localização das favelas (tipo de aglomerado 
subnormal) na cidade de São Paulo, em 2000.
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T E X T O I I
Muitas vezes articulando máfias à escala mundial, as redes ilegais podem ser vistas ao mesmo tempo 
como produtos – à margem do sistema “legal”, impondo-se como forma de sobrevivência de grupos 
excluídos; e como produtoras da desterritorialização – ao promoverem a instabilidade e a violência. 
[...] O enfraquecimento crescente do Estado como agente de intervenção diante do processo avassa-
lador e “sem fronteiras” de mercantilização da sociedade leva muitas dessas redes ilegais a promo-
ver (re)territorializações próprias, muitas vezes como modo de substituir o Estado, como ocorre com o 
narcotráfico nas favelas latino-americanas. Por outro lado, sua “clandestinidade” acaba alimentando a 
insegurança, a violência e a exclusão frente aos circuitos ditos legais da economia e da política. Muitos, 
mergulhados na confusão de redes e territórios ou totalmente deles excluídos, acabam por partilhar da 
desterritorialização mais radical, a dos “aglomerados” de exclusão. 
HAESBAERT, R. Desterritorialização: entre as redes e os aglomerados de exclusão. In: CASTRO, I. E.; GOMES, P. 
C. C.; CORREA, R. L. Geografia: conceitos e temas. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. p. 183-184.
	■ Com base na leitura dos textos e em seus conhecimentos, redija um texto dissertativo-argumentativo em 
modalidade formal da língua portuguesa sobre o tema “Redes da ilegalidade e exclusão social: atuais des-
dobramentos”. Considere em seu texto a promoção dos direitos humanos. Selecione, organize e relacione, 
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do seu ponto de vista. 
SÃO PAULO: FAVELAS (2000)
23º 50’ S
46º 30’ O
Subprefeituras
Favelas 
Distritos
0 7
km
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R O T E I R O D E E S T U D O S
 1 Para ser sustentável, a rede de transporte individual e coletivo precisa de políticas eficazes de mobilidade 
urbana, ou seja, meios eficientes de deslocamentos de pessoas e de bens pelas cidades. No Brasil, os meios 
de transporte mais utilizados são motocicletas, carros, ônibus e caminhões. Por isso, a rede rodoviária é 
mais desenvolvida que a ferroviária e a aquaviária. Sobre este assunto, analise a tirinha e responda.
Calvin, tirinha de Bill Watterson.
	■ Escreva um parágrafo relacionando as informações apresentadas no texto com a charge.
 2 Nos anos de 1960, um psicólogo estadunidense fez um experimento para identificar o que se denomina 
hoje “teoria do mundo pequeno”. Leia o texto e responda às questões com um colega.
Certamente você já ouviu falar da teoria dos “seis graus de separação” – bastam seis laços de ami-
zade para que duas pessoas possam se conectar. Entre você e o presidente de um poderoso país ou 
um surfista na Austrália existem no máximo cinco intermediários. Dados os 7 bilhões de habitantes 
humanos do planeta e as distâncias geográficas entre eles, que o mundo seja tão “pequeno” parece 
uma ideia absurda. Absurda, porém correta.
O escritor húngaro Frigyes Karinthy foi o primeiro a aventar tal hipótese, num conto publicado na 
década de 1920. Até meados da década de [19]60, a ideia deste mundo estreito não passava de 
ficção, uma lenda urbana. Isso mudou em 1967, quando o psicólogo americano Stanley Milgram 
executou um elaborado experimento de envio de cartas entre desconhecidos e descobriu que a 
distância média entre as pessoas era próxima dos seis graus de separação [...].
CHAVES, Rafael. Um mundo pequeno. Instituto Serrapilheira. Disponível em: 
https://serrapilheira.org/um-mundo-pequeno/. Acesso em: 7 jul. 2020.
a) De acordo com o que vocês compreenderam do texto, escrevam a que resultado chegou Stanley 
Milgram com seu experimento.
b) Como se pode denominar o conjunto de pessoas mobilizadas para que Milgram conseguisse chegar ao 
resultado de seu experimento? Justifiquem.
c) Seria mais fácil se Milgram fizesse esse experimento na atualidade? Por quê?
Discutindo um conceito
 3 Neste exato momento, milhares de pessoas estão saindo e entrando em países por diversos motivos: ne-
cessidades financeiras, busca de segurança, a lazer ou trabalho e até mesmo para salvar a própria vida. O 
Brasil também é destino de diversos migrantes, que acreditam haver aqui melhores condições de vida e de 
trabalho que em seus países de origem. Nos últimos anos, o Brasil recebeu muitos imigrantes do Haiti, da 
China, de países africanos como Congo e Nigéria, da Síria e, mais recentemente, da Venezuela. Segundo 
uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no início de 2019, havia imi-
grantes e/ou refugiados em quase 80% dos municípios brasileiros.
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