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O papel utilizado neste livro é biodegradável e renovável. Provém de florestas 
plantadas que dão emprego a milhares de brasileiros e combatem o efeito estufa, pois 
absorvem gás carbônico durante o seu crescimento! A tinta utilizada na impressão 
das páginas é à base de soja, cujo componente é renovável e atóxico que não degrada 
o meio ambiente.
1ª Edição
Campo Grande - MS - Brasil
2016
Coordenação Editorial
Valter Jeronymo
Assistente de coordenação
Sheila Radich - CRB1 2208
Projeto Gráfico
Diagramação e Capa
Life Editora
Revisão
Sarah Elzeny Zayit
Impressão e Acabamento
Life Digital
Direitos Autorais reservados de acordo com a Lei 9.610/98
Copyright © by Sarah Elzeny Zayit
Proibida a reprodução total ou parcial, sejam quais forem
os meios ou sistemas, sem prévia autorização da autora.
Israel - Cumprindo Profecias / Sarah Elzeny Zayit – Campo Grande, 
MS: Life Editora, 2016.
352p. : 21 cm
ISBN 978-85-8150-297-7
1. Israel 2. Profecias I. Título
CDD - 230
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Zayit, Sarah Elzeny 
Life Editora
Rua Gen. Lima de Figueiredo, 131 - Santo Antonio
CEP: 79.100-280 - Campo Grande - MS
Fones: (67) 3028-5548 - Cel.: (67) 9297-4890
life.editora@gmail.com • www.lifeeditora.com.br
Adonai escolheu uma terra (Israel) e um povo (hebreu) e a 
eles fez promessas, para provar, após milênios, a veracidade de Sua 
Palavra. Embora uma grande parte das profecias bíblicas sobre 
Israel seja referente ao tempo do “Reino universal do Mashiach 
(Messias)”, muitas delas já estão começando a se cumprir, como 
um palco de preparação para os dias da redenção. E outras são 
para este tempo de transição, para que entendamos que Adonai 
age hoje com Seu povo como nos tempos bíblicos e o que Ele 
falou sobre a Terra e o povo de Israel é literal e neles mostra ao 
mundo que Ele é O Único Deus.
Agradecimentos
Agradeço Ao Eterno Nosso Deus:
Pela honra de conhecê-Lo, e pela Sua Palavra, a nós outor-
gada no Sinai.
Por conceder-me vida e saúde e dar-me o privilegio de viver 
na Terra da Bíblia e assim proporcionar-me condições de fazer 
esta obra;
Por ter me dado um esposo que me apóia e que me incenti-
vou e me apoiou nesta obra;
Por ter-me concedido: filhos, netos, genro, nora e irmãos e 
toda minha família que ama e teme ao Eterno e que é verdadeira 
bênção em minha vida;
Pela bênção dos pais e avós que tive, porque foram exem-
plos de fé e vida dedicada Ao Eterno.
Por ter levantado um grupo de intercessores, que está a nos-
sa retaguarda, nos cobrindo de orações todos os dias.
Pelos amigos que Ele nos deu em Eretz Israel
Exaltado e santificado seja O Seu grande Nome
“Yitgadal veyitcadash Shem rabá”.
 
Sumário
Nota da Autora .................................................................................... 11
Introdução........................................................................................... 13
1ª PARTE - A TERRA DE ISRAEL ..................................................... 17
Adonai elegeu Jerusalem........................................................................26
Visão Profética sobre Israel - Promessas que se cumprem hoje na terra que 
emana leite e mel................................................................................... 51
Israel é a Terra da Bíblia.......................................................................87
Povo e a Terra no Contexto Profético ................................................... 99
2ª PARTE - A NAÇÃO DE ISRAEL....................................................105
Congresso Sionista da Basiléia ........................................................... 113
O Dia em que Israel Renasceu ............................................................ 117
Independência do Estado de Israel...................................................... 121
Símbolos de Israel.............................................................................. 129
3ª PARTE - O POVO DE ISRAEL......................................................151
Aliyah Física – Promessa......................................................................161
Aliah espiritual – Conserto com Adonai..............................................177
Costumes e Festas Judaicas..................................................................185
Fundamentos da Fé Judaica.................................................................217
Preceitos Bíblicos Judaicos..................................................................235
A Fé Judaica no Mashiach (Messias).....................................................251
Sionismo ........................................................................................... 269
Porque Amar o Povo Judeu................................................................. 281
Abençoe Israel!.................................................................................. 287
4ª PARTE - O DEUS DE ISRAEL.......................................................291
Epílogo .............................................................................................. 331
Glossário ........................................................................................... 337
Obras Consultadas............................................................................. 341
Álbum de Fotos.................................................................................. 343
Nota da Autora
Esta obra nasceu a partir do desejo de que todo aquele que 
acredita na veracidade Bíblica (Tanach) pudesse, de alguma for-
ma, passar pela Terra Santa e entender melhor como, em que cir-
cunstancia e lugar, foram escritos os textos sagrados. Vivenciar 
e alegrar-se no cumprimento das profecias Bíblicas, entendendo 
melhor o povo judeu em seu contexto, seus símbolos e sua fé; bem 
como a escolha do povo e da terra, por Adonai. 
Ilustrando com dezenas de fotos e com documentários, pre-
tende enfatizar a verdade da Palavra de Adonai sobre o povo e 
a terra de Israel. E dizer sobre a cultura e costumes judaicos; a 
formação do Estado de Israel (um Estado Judeu); do chamado 
de Adonai para esse povo, agora, como nos tempos bíblicos e das 
festas bíblicas comemoradas em Israel.
Enfocar o antigo e o moderno Israel, à luz das Escrituras 
Sagradas. 
Meu desejo é, com ajuda Do Eterno, que esta obra possa 
tornar mais claro e vívido os milagres que ainda hoje acontecem 
com o povo judeu na Terra Santa, e o propósito e cuidado especi-
fico de Adonai para com o povo que escolheu com um propósito 
também especifico, hoje, como nos tempos antigos, em perfeita 
sintonia com as Sagradas Escrituras. E que assim, sirva de benção 
e de crescimento espiritual a todos que a lerem. 
Agradecendo e pedindo a benção Do Todo Poderoso:
Ao Eterno, toda a gloria! “Kol haKavod le Baruch Hu”
 
13
Era uma tarde fria de inverno, o sol se escondia atrás da “Ci-
dade de Ouro”. Jamais poderei esquecer-me! Estávamos dentro de 
um ônibus de turismo e ouvíamos uma musica que diz:
“Dormindo em meu leito... em sonho encantador, eu vi Jeru-
salém e o templo Do Senhor, ouvi cantar crianças, e entre seu cantar, 
rompeu a voz dos anjos, do céu a proclamar: Jerusalém! Jerusalém! 
O dia está a raiar, Hosanas! nas alturas, Hosanas! Ao Nosso Deus!”
Quanto mais nos aproximávamos da cidade dourada, o som 
se intensificava misturando-se com vozes de glorificação, louvor, 
exaltação e adoração Ao Eterno; entre lágrimas, dos que como 
eu, agradecia a Adonai por poder entrar pela primeira vez em 
Jerusalém.
Chegamos ao Monte das Oliveiras, para brindar a entrada 
na cidade. Fomos a um mirante, e ali estava diante de nossos olhos, 
a cidade Do Grande Rei; Do Rei dos Reis e Senhor dos senhores, 
onde Ele colocará Seu trono e de onde reinará sobre toda a terra. 
Podíamos contemplar Jerusalém rodeada pelos Montes; suas mu-
ralhas iluminadas dando aspecto dourado; os portõesda Cidade 
Antiga; o Portão Dourado por onde Jesus (Yeshuah) entrava com 
seus discípulos para ir ao Templo. Sentíamos um aroma especial 
Introdução
14
Israel - Cumprindo Profecias
que só existe em Jerusalém o qual transportamos dentro de nos-
sas malas, em nossas roupas, quando retornamos a nosso lugar de 
origem. Por muito tempo sentimos esse aroma. 
Os últimos raios de sol misturavam-se com as luzes da cida-
de que cintilava e a deixava ainda mais deslumbrante. Não exis-
tem palavras para descrever tal era o sentimento de emoção e de 
gratidão Ao Eterno. Era impossível ver aquele quadro de olhos 
enxutos. Jerusalém é impar. Nenhuma outra cidade no mundo 
possui as características dela. Quando entramos na cidade pela 
primeira vez, temos a impressão de que somos de lá. E quando 
saímos sentimos saudade tamanha, com se fosse o lugar em que 
nascemos.
É indescritível o amor e a paz que sentimos naquele lugar. 
Só então entendemos o significado de seu nome Jerusalém (em 
hebraico: Yerushalayim) “cidade da paz” Cumprindo a profecia 
de Isaias (66:12). Adonai diz: “Porei sobre ela (Jerusalém) a paz 
como um rio e a glória das nações como um ribeiro que transbor-
da”. “É possível sentir mui perto a presença Daquele que disse: 
Escolhi e santifiquei este lugar, e (aqui) colocarei o Meu Nome, 
os Meus olhos e o Meu coração todos os dias (II Crônicas 7:16). 
Como isso é verdade! Temos ouvido constantemente turistas de 
muitos lugares do mundo dizerem: “Que indescritível paz possui 
este lugar”. 
Lembrávamo-nos daqueles nossos irmãos hebreus que 
foram tirados a força de Jerusalém e levados cativos por muito 
tempo, e não conseguiam mais cantar, tal era a tristeza de seus 
corações, por estar distante de Jerusalém. Mas Adonai os trouxe 
de volta e quando chegaram, e puseram seus pés no lugar onde 
agora estávamos, e puderam contemplar Jerusalém, como agora 
contemplávamos, eles diziam: “Estamos como que sonhando! En-
tão suas bocas se encheram de risos e suas línguas de cânticos e 
catavam: grandes coisas O Eterno fez por nós e por isso estamos 
alegres!” (Salmos 126). Exatamente assim nos sentíamos; era uma 
15
Sarah Elzeny Zayit
mistura de risos e lágrimas enquanto nos abraçávamos. 
Essa foi à primeira de muitas vezes. Pois a partir daí, Uma 
vez por ano vínhamos a Israel e subíamos a Jerusalém. Agora, já 
há vários anos, vivemos aqui há poucos quilômetros de Jerusa-
lém, e pela graça de Adonai podemos subir quase toda semana 
para adorá-Lo na cidade dourada.
 
“Regozijai-vos com Jerusalém, e Alegrai-vos com ela vós to-
dos que a amais. Encham-vos por ela de alegria, todos os que por 
ela pranteastes... vos farteis nos seios de suas consolações e vos 
deleiteis com o resplendor de sua glória” (Isaias 66:10 e 11)
17
 Tiberíades - Galiléia
Qual a importância da Terra de Israel? 
O Mundo inteiro está olhando para a Terra de Israel tam-
bém chamada de Canaã. Milhares de pessoas arriscam palpites 
sobre: “De quem é a Terra”. Pregadores e conferencistas dizem 
constantemente, que Israel é o relógio de Adonai. Qualquer noti-
cia sobre Israel move o mundo. 
1ª PARTE - A TERRA DE ISRAEL
18
Israel - Cumprindo Profecias
Porque todo esse interesse por uma terra tão pequenina, 
cujos nomes de suas cidades estão escritos no mar, por falta de 
espaço dentro do mapa pra escrever o nome delas, por ser tão 
diminuto o espaço que Israel ocupa no Mapa Mundi. 
Que há de tão especial nessa Terra? Apesar de pequeno, 
Israel é um País com tanta diversificação. Tem ao oeste o Mar 
Mediterrâneo, ao sul tem O mar Vermelho, ao leste Mar Morto, e 
ao Norte o Mar Galiléia. Possui o deposito sedimentar mais rico 
do mundo. Tem desertos, Montes e vales férteis; montanhas de 
cloreto de sódio; sítios arqueológicos de cidades de mais de qua-
tro mil anos e cidades modernas. É uma maravilhosa mescla do 
antigo com o novo. Há em Eretz Israel (Terra de Israel) todo o 
tipo de água, terra, flora, fauna que há em todo o mundo. É como 
um protótipo do mundo. Está localizado no ponto de encontro do 
norte e do sul; do oriente e do ocidente; no encontro da Europa, 
Ásia e África. 
Mas não é tudo isso que torna Eretz Israel (Terra de Israel) 
tão especial. O que a distingue de qualquer outro lugar no mun-
do é a escolha Do Eterno. 
Adonai a escolheu e disse que essa pequenina Terra é a glo-
ria de todas as terras (Ezequiel 20:6): “Eu O Eterno vosso Deus, 
levantei minha mão (jurei) a eles (ao povo de Israel), para tirá-los 
do Egito e levá-los a uma Terra que Eu escolhi para eles; Terra que 
emana leite e mel e que é a gloria de todas as terras”.
19
Sarah Elzeny Zayit
DE QUEM É A TERRA?
O Tanach, (a Bíblia), responde de quem é a terra:
“E falou o Eterno a Moshê (Moisés): fala aos filhos de Israel... 
quando vierdes ‘a terra que Eu vos dou,... a terra não será vendida 
em perpetuidade, porque Minha é a Terra e vos sois moradores 
para Mim”. (Levítico 25:1, 2 e 23). Cumprindo essa Palavra, hoje 
em Israel não se passa escritura definitiva de uma propriedade, 
somente autorização de uso, porque a terra é de Adonai.
Nesse texto e muitos outros, Adonai fala enfaticamente: 
“Minha é a Terra”. E Ele continua dizendo que nós somos mora-
dores na terra Dele e que moramos pra Ele! Pense: Que privilegio! 
Morar para Adonai, na Terra de Adonai, por causa Dele! E Para 
servi-Lo!
Adonai adverte: “Falei contra o resto das nações... Que se 
apropriaram da “Minha Terra””. (Ezequiel 36.5)
“Veio um povo poderoso contra a “Minha Terra”!...”(Joel 1.6).
“O Senhor Deus terá zelo de “Sua Terra” e se compadecerá de 
Seu Povo” (Joel 2:18).
 “Congregarei todas as nações no vale de Josafá e ali entrarei 
em juízo contra as nações por causa do Meu povo, a minha herança 
Israel a quem eles espalharam entre as nações, repartindo a “Minha 
Terra” entre si”. (Joel 3:2).
E O salmista disse: “Tu oh Eterno, te compadeceste da “Tua 
Terra” e fizeste retornar os cativos de Yacov (Jacó) (Salmo 95:1)”.
A terra é única e exclusivamente de Adonai que a criou, 
escolheu e a sustenta. O Eterno Criador em Sua soberania, a dá 
a quem quer dar, segundo Seu santo propósito, e para fazer cum-
prir os Seus desígnios. Ele é Deus e não necessita do conselho dos 
homens para decidir o que fazer.
20
Israel - Cumprindo Profecias
A QUEM ADONAI PROMETEU A TERRA?
Disse O Eterno: “Esta terra Eu darei a ti, e à tua descendên-
cia para sempre”. Adonai chamou a Avraham (Abraão), para sair 
de uma terra idólatra, para servir e adorar somente a Ele, como 
único Deus verdadeiro; e em premio por isso lhe prometeu como 
herança, a ele e a sua descendência, uma terra que emana leite e 
mel.
O Eterno colocou a Avraham como pai de uma grande na-
ção e a partir daí ele passou ser conhecido como “O Patriarca 
Avraham”.
Na aliança Patriarcal com Avraham (Abraão), Deus se com-
prometeu dar aos descendentes Ytzaque (Isaque) e Yacov (Jacó), a 
terra de Canaã, como herança eterna. E essa eterna aliança divina, 
foi selada com uma promessa de ADONAI, sobre a Terra. A terra 
é, portanto, o selo de uma aliança eterna, de Adonai com Seu povo 
Israel. Promessa essa, (da terra a Israel como posse eterna), que 
Adonai repetiu muitas vezes aos patriarcas: Abraão (Avraham) e a 
seu filho Isaque (Ytzaque) e depois a seu neto Jacó (Yacov) ao qual 
Adonai lhe mudara o nome para Israel (Gênesis 35:10).
Adonai disse a Moshê (Moises): “Eu Me fiz ver por Avraham 
(Abraão), por Ytzaque (Isaque) por Yacov (Jacó) como Deus Todo-
-Poderoso...” “e também estabeleci a Minha Aliança com eles para 
dar-lhes a terra de Canaã” (não outra). (Êxodo 6:4). ”A terra de 
suas peregrinações, na qual foram peregrinos. E eu vos levarei a 
terra, acerca da qual levantei a Minha mão (jurei) para dá-la a 
Abraão, a Isaque e a Jacó, e dá-la-ei a vós por herança, Eu O Se-
nhor” (Êxodo 6: 8). Adonai fala de aliança, de pacto inviolável e 
eterno, como Ele é Eterno! 
Promessa a Avraham (Abraão). 
Quando Abraão (Avraham)saiu de Ur dos Caldeus, em direção 
a Canaã, estando em Harã, Adonai lhe disse: “Sai do meio da tua paren-
21
Sarah Elzeny Zayit
tela e vai para o lugar que eu te mostrarei. Farei de ti uma grande nação e 
te abençoarei” (Gênesis 12:1 e 2). Estando Ele já em Siquém, O Eterno 
torna a dizer-lhe “Darei à tua descendência esta terra”. (Gênesis 12.7). 
(Siquém situa-se na região montanhosa herdada posteriormente pela 
tribo de Efraim, em Samaría região central de Israel).
Novamente em Beit El (Betel situa-se há poucos quilôme-
tros ao norte de Jerusalém) O Eterno confirma Sua promessa so-
bre a terra. Ali Abraão erigiu um altar Ao Eterno. 
Em Canaã Adonai disse: “Ergue os olhos desde onde estás 
para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente, porque 
toda esta terra, Eu darei a ti e à tua descendência para sempre”. 
(Gênesis 13.14). 
E em Hebron (ao sul de Israel): “Naquele dia fez O Senhor 
Deus aliança com Abraão, dizendo: à tua descendência dei esta ter-
ra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates” (Gênesis 15.18). 
Esse é o verdadeiro limite da Terra de Israel, marcado por Adonai. 
Promessa a Ytzaque (Isaque) (filho de Abraão) 
Adonai disse a Abraão: “... ouve o que Sarah te diz, porque 
em Isaque será chamada a tua semente”. (Gênesis 12:12 b;) O 
Apostolo Paulo (Rabino Shaul) diz: “Nem por serem filhos são to-
dos descendência de Abraão; mas: Em Isaque será chamada a tua 
descendência” (Romanos 9:7a 9). 
Deus repete a Isaque a promessa feita a Abraão, a respeito 
da terra, usando as mesmas palavras que usou a Abraão, confir-
mando, em Isaque, a geração da promessa.
Isaque foi a Guerar (sul de Israel, região da Judéia) e Adonai 
apareceu a ele e disse: “Peregrina nesta terra e Eu serei contigo e te 
abençoarei; porque a ti e a tua semente darei todas estas terras, e 
confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão teu pai”: “E 
multiplicarei a tua semente como as estrelas do céu e darei à tua se-
mente todas estas terras; e em tua semente serão benditas todas as 
nações da terra, portanto Abraão obedeceu a minha voz e guardou os 
22
Israel - Cumprindo Profecias
meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis”. (Gênesis 26:2-5)
Em Beer Sheva (Berseba), Adonai visita Isaque e reafirma Seu 
pacto com ele: “E O Eterno apareceu a Isaque e disse: Eu sou o Deus 
de Abrão teu pai. Não temas, pois Eu estou contigo, e Eu te abençoa-
rei, e farei multiplicar a tua descendência por causa de Abraão Meu 
servo”. (Gênesis 26:23 a 25). Isaque faz ali um altar Ao Eterno.
Promessa a Jacó-Israel (neto de Abraão).
A Jacó (Yacov- Israel) disse ADONAI: “A terra que dei a 
Abraão e a Isaque, dar-te-ei a ti...”, (Gênesis 35.12). E O Eter-
no disse a Jacó em Beit El (Betel) “EU SOU O Eterno, Deus de 
Avraham (Abraão) teu pai, e Deus de Ytzaque (Isaque); a terra em 
que tu estás deitado sobre ela, a ti darei e a tua semente. (Gênesis 
28:13). E disse mais: “E será a tua semente como o pó da terra, e 
te fortalecerás ao oeste e ao leste, ao norte e ao sul, e em ti e na tua 
posteridade, serão benditas todas as famílias da terra; Eis que Eu 
estou contigo e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar 
a esta terra; porque não te abandonarei e Eu farei por ti, tudo o que 
tenho falado”. (Gênesis 28:13 a 15). 
EM BEIT EL, O ETERNO SELA O LUGAR DE SUA 
PROMESSA. 
Em Betel (Beit El – Casa de Deus) ADONAI reafirma sua 
promessa a Yacov (Jacó). (Betel foi o mesmo lugar onde Adonai 
já havia falado com Abraão). Esse é o lugar onde Yacov (Jacó) 
deitado sobre uma pedra, quando fugia de Esaú, teve a visão de 
uma escada que subia até os céus, e os anjos de Adonai subiam e 
desciam por ela. (Gênesis 28:12 a 18). 
A escada que Jacó sonhou, representa nossa subida ao Eter-
no. A cada degrau que subimos em direção ao Todo Poderoso, 
vamos crucificando nossa carne. Então, vamos perdendo as for-
ças humanas e ganhando forças espirituais. Quando chegamos ao 
23
Sarah Elzeny Zayit
topo da escada, nossa força natural já se esvaiu, e prevalece a nos-
sa força espiritual. Quanto mais anulamos o desejo de nossa car-
ne, mais o espírito prevalece, isto é, estamos subindo, e chegando 
mais perto de Adonai, e podemos ouví-Lo, sentí-Lo, conhecê-lo 
mais e consequentemente tomar posse de suas promessas. 
E nessa escalada do sonho de Jacó, O Eterno prometeu a ele 
e para suas gerações, aquela terra onde ele estava deitado. Jacó 
adorou Ao Eterno e tomou a pedra em que estava deitado, a ungiu 
com azeite para santificação e a colocou naquele lugar como altar 
Ao Eterno Nosso Deus, (gênesis 28:18 a 22) como anteriormente 
havia feito seu avô Abraão, quando no mesmo lugar Adonai já 
havia lhe falado e ele havia também edificado ali um altar ao Se-
nhor (Gênesis 12:8). ‘No mesmo lugar’, (observe como O Eterno 
é especifico e detalhista em escolher). 
A construção de um altar não é apenas um lugar para o sa-
crifício, mas é uma demarcação de um lugar, um território esco-
lhido pelo Eterno e separado para Ele.
*Nota: (O Altar era construído com pedra sobre pedra, sem ade-
sivos; e essas pedras teriam que ser virgens, não talhadas, porque não 
se poderia bater sobre elas com bigorna ou 
outro instrumento qualquer: Adonai disse: 
“E quando fizeres pra Mim o altar de pedras, 
não o edificarás com pedras lavradas, para 
que não levantes tua ferramenta sobre ele e 
assim o profane. Em Mateus 24:2 Yeshuah 
(Jesus) fala a seus discípulos que olhassem 
para o templo e disse que não ficaria ali pedra 
sobre pedra que não fosse derribada. Porém, 
Yeshuah (Jesus) estava falando a respeito do 
altar: “Pedra sobre pedra”. Com a destruição 
do templo, cessou o sacrifício: não ficou “pe-
dra sobre pedra”, ou seja, o altar não mais 
existe)”. 
 Jacó (Yacov) após lutar com o anjo no Vale do Jaboc, e pre-
valecer, Adonai lhe mudou o nome para ISRAEL.
24
Israel - Cumprindo Profecias
O Eterno desvendou a Abraão, Isaque e Jacó, não apenas seus 
destinos individuais, mas de seus descendentes, pois segundo a pro-
messa, eles fazem parte da aliança eterna. Adonai prometeu a eles 
que jamais se esqueceria, ou anularia Sua aliança, Seu pacto com eles. 
Josué, o sucessor de Moshê (Moises) que conduziu o povo de 
Israel a Terra Prometida, disse: “E o Eterno deu a Israel toda a terra 
que jurara dar aos seus pais. Nada falhou de todas as boas palavras 
que O Eterno havia falado à casa de Israel” (Josué 21:41 a 43). O 
Eterno cumpriu tudo o que disse. E O Anjo Do Eterno veio a Josué 
e disse as palavras Do Eterno: “Eu vos trouxe à terra que jurei a teus 
pais, e nunca invalidarei meu concerto convosco” (Juízes 2:1-2)
Como Deus Único e Soberano, O Eterno escolheu o povo 
de Israel para fazer habitar (para Ele) na Terra Dele. Em Josué 
(22.19) diz: “Passai para a terra da possessão do Senhor, onde ha-
bita o tabernáculo do Eterno”.
Deus não escolheu como Sua exclusiva propriedade uma 
terra de grandes extensões, mas uma terra pequena (ela é menor, 
que o menor Estado brasileiro). E nem escolheu um povo pelo 
seu tamanho, Ele fala pelo profeta Isaías (41.14) do “vermezinho e 
do povozinho de Jacó a quem escolheu”. Deus deu a terra ao povo 
de Israel, não como dono, porque Ele é O Dono, mas como posse 
eterna, herança como selo de um pacto eterno. 
Essa pequenina terra de Israel, onde ideais eternos foram 
concebidos, e que há mais de 4000 anos, foi prometida Abraão, a 
Isaque e a Jacó, Ela é de DEUS! E só Ele tem o direito de dar a quem 
Ele quiser. O salmo 135:12 diz: “E deu a SUA TERRA, em heran-
ça, a Israel Seu povo”. Diz ainda: “O pacto que O Eterno fez com 
Abraão, Seu juramento a Isaque, o qual confirmou a Jacó como Lei 
imutável e a Israel como aliança eterna, proclamando: A ti darei a 
terra de Canaã, quinhão de tua eterna herança” (Salmo 105:8-10).
O Deus Eterno, Criador de todas as coisas, segundo Sua 
Santa vontade, escolheu dar a Sua Terra aos descendentes de 
Abraão, Isaque e Jacó. Ele não perguntou a ninguém. Ele fez; Ele 
estabeleceu; Porque Ele é Soberano; e ninguém, e nenhum go-verno humano, e nem o inferno, pode mudar isso que O Eterno 
25
Sarah Elzeny Zayit
determinou, Pois Ele é Deus! Ele é Dono e faz como lhe aprouver. 
Kadosh Baruch Hu! Santo e Bendito é Ele!
O NOME DE ADONAI ESCRITO NA TERRA
Pode alguém questionar uma prova maior que essa? 
Adonai disse que colocaria Seu Nome nessa terra, e o fez lite-
ralmente. “O Lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar 
o Meu Nome” (Neêmias 1:9 b); (I Reis 11:36 e 8:29). (Isaias 
18:7)
Há alguns anos atrás, em uma fotografia feita pela NASA 
descobriu-se que entre Jerusalém e Betel (Beit El - em Hebraico 
“Casa de Deus”), está escrito literalmente o Nome de Deus. Rele-
vos, vales e montanhas formam perfeitamente o Nome Dele em 
hebraico, com letras do mesmo tamanho e na mesma direção e na 
mesma dimensão. Beit El situa-se numa região de serras ao norte 
de Jerusalém. 
O Nome de Adonai foi localizado entre Beit El e Jerusalém. 
Entre o Beit Hamikdash (Templo em Jerusalém) e o Mishkan 
Hamikdash (O Tabernáculo Santo em Shiló). Em Beit El Jacó 
(Yakov) teve o sonho da escada que ligava aos céus e ele disse: 
Na verdade O Eterno está neste lugar e eu não sabia. Quão es-
pantoso é este lugar. “Este não é outro lugar senão a Casa de 
Deus e esta é a porta dos céus”. E sobre o Templo, Adonai disse 
a Salomão: “Porque Eu escolhi esta casa para que Meu Nome es-
teja nela perpetuamente” (II Crônicas 7:16) e também ao profeta 
Ezequiel (43:7) O Eterno falou: “Este é o lugar do Meu trono e o 
lugar da planta dos Meus pés, onde habitarei no meio dos filhos 
de Israel para sempre”.
Confira as fotos, tiradas pela NASA, que mostram as letras 
hebraicas que formam o NOME de ADONAI, ao qual conhece-
mos como tetragrama, (nome dado às quatro letras que formam 
o nome Divino). 
26
Israel - Cumprindo Profecias
Este é o Nome em hebraico: “ יהוה” (Yod, Hei, Vav, Hei). 
O Eterno falou pelo profeta Jeremias (7:12 a): “Mas ide ago-
ra ao Meu lugar... onde no princípio, fiz habitar o Meu Nome!” 
Que princípio seria esse, senão quando Adonai criou a terra e fez 
habitar naquele lugar o Seu Maravilhoso Nome!
Essa descoberta, do Nome de Adonai escrito na terra, fez 
com que alguns integrantes da NASA se convertessem ao Deus 
Vivo e cressem que Bíblia é a Palavra Dele, e o que Ele diz sobre a 
Terra e o povo de Israel, é literal! 
Essa é mais uma prova da veracidade dos textos sagrados do 
Tanach (Bíblia) que foram escritos há mais de 2500 anos. E agora, 
graças à evolução científica, profetizada por Isaias (33:6), com equi-
pamentos sofisticados, podem provar que a Bíblia não é um livro co-
mum, mas um livro que tem o dedo Do Criador dos céus e da terra.
É também uma confirmação de que realmente Adonai esco-
lheu essa terra, como um lugar especial para Si e que fala literalmente 
sobre ela. Prova também que O Eterno se comunica com os homens.
ADONAI ELEGEU JERUSALÉM. 
“Eu elegi Jerusalém” 
(I Reis 11:36). O Eterno decidiu isso. “Haverá livramento no 
Monte Sião (Jerusalém) e a Casa de Jacó (Israel) possuirá as suas 
herdades”. (Obadias 1:17). 
27
Sarah Elzeny Zayit
“O Eterno fundou 
a Sião para que Seu povo, 
nela encontre abrigo” 
(Isaias 14.32). “Desde en-
tão, Seu povo Israel habita 
ali” (Isaias 10.24; 18.7).
Adonai elegeu a 
Sião ou Jerusalém: “As-
sim, diz Adonai, O Re-
dentor de Israel, O seu 
Santo, que te escolheu... darei por concerto ao Meu povo, para restaurar 
a terra e lhe dar em herança as herdades assoladas”. 
O texto, a seguir, diz que Sião pergunta se O Eterno se esque-
ceu dela, então Ele responde: “Pode uma mulher esquecer-se de seu 
filho que cria que se não compadeça dele, do filho de seu ventre? Mas 
ainda que esta se esquecesse, Eu, todavia, não me esquecerei de Ti. 
Eis que nas palmas de minhas, mãos te tenho gravado: os teus mu-
ros estão continuamente perante mim... teus filhos virão a ti... vivo 
Eu, diz o Senhor...”. (Isaias 49:7 a 18).
Quando O Eterno pediu a Avraham (Abraão) seu filho Ytza-
que (Isaque) em sacrifício, Avraham residia em Beer Sheva (Berseba), 
que dista de Jerusalém 84 quilômetros (hoje com estradas modernas, 
porém, no tempo de Abraham, andando a pé ou em burrinhos, cos-
teando montanhas e vales, chegaria perto de uns 100 quilômetros); 
O Eterno ordenou que ele subisse a Jerusalém pra fazer o sacrifício 
lá. Porque aquele era o lugar que Ele escolhera.
O rei David, Já há três mil anos, chegou a Jerusalém com 
o tabernáculo santo “Mishkan Hamikdash” e a transformou em 
centro espiritual do reino de Israel. Ele fez de Jerusalém a capital 
de seu reino, e desde então ela tem sido a capital de todas as enti-
dades judaicas estabelecidas em Eretz Israel (terra de Israel).
Salomão, filho de David, construiu o majestoso Templo, que 
maravilhou a todos os habitantes do mundo antigo. Inspirado e en-
28
Israel - Cumprindo Profecias
volvido pela inigualável beleza de Jerusalém e o esplendor do tem-
plo, o poeta do livro de Salmos nos conta com incontida admiração, 
sobre a cidade naqueles dias (Salmo 48): “Percorrei a Sião, rodeia-a 
toda, contai-lhe as Tôrres. Notai bem suas muralhas para que conteis 
às seguintes gerações; Deus é conhecido nos seus palácios” “Grande é o 
Eterno, e digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus (Jerusalém), 
Seu Santo Monte (Sião), formoso lugar, é a alegria de toda a terra”.
Quando Salomão edificou em Jerusalém, a casa para Ado-
nai “Beit HaMikdash”, Adonai lhe disse: “Ouvi tua oração e san-
tifiquei a casa que edificaste, a fim de por ali O Meu Nome para 
sempre; e os meus olhos e o Meu coração todos os dias”. Adonai não 
disse colocarei ali Meu Nome em teus dias, mas, “para sempre!”.
O Tanach (Bíblia) diz repetidas vezes: “em Jerusalém no seu 
próprio lugar” (não outro), esse é o lugar que Adonai elegeu, e es-
tabeleceu. Ele disse: “Eu elegi Jerusalém” (I Reis 11:36). “Lugar que 
elegi para a morada do Meu Nome” (Neêmias 1:9). “Escolhi este 
lugar” (II Crônicas 7:14) . Quem pode ir contra a determinação Do 
Todo Poderoso? As Nações Unidas? Os governos humanos? Ou o 
próprio inferno? NINGUÉM pode mudar o que Adonai determi-
nou. Ele é O Senhor absoluto! E faz como lhe apraz! Ele, O Criador, 
Dono e Sustentador de todas as coisas elegeu Jerusalém! 
Adonai habita no Monte Sião em Jerusalém (Isaias 8:18): 
“Eis-me aqui, com os filhos que me deu Adonai, com sinais e ma-
ravilhas em Israel da parte do Senhor dos Exércitos que habita no 
Monte Sião”.
Jerusalém celestial que paira sobre a Jerusalém terrena. 
Ouvi contar que um membro do Knesset, (Parlamento de Israel) 
em visita a África, pediu à telefonista do hotel instruções de como 
fazer uma chamada telefônica para Jerusalém. Após um momen-
to de silêncio, a telefonista respondeu que era impossível fazer 
tal ligação, pois Jerusalém não era um lugar físico - mas um local 
espiritual, nos Céus. Essa jovem tinha ouvido sobre o que diz no 
livro de Apocalipse, de uma Jerusalém celeste que descerá sobre 
29
Sarah Elzeny Zayit
a terrestre. O Talmud nos conta de uma Jerusalém celestial que 
paira sobre a Jerusalém terrena; e como tudo o que é espiritual no 
mundo, a etérea Jerusalém influencia sua contraparte física.
Abraham (Abraão) foi visitado por Melquisedeque, (em he-
braico "מַלְכִי־צָדֶק" “Malkiy-Tzadeq”, “meu rei é justiça”) (Gênesis 
14:18); este é descrito como Sacerdote Do Deus Altissimo “Elion”, 
e rei de Salém (da Paz). O escritor de Hebreus citando o Salmos 
110:4 se refere a uma ordem de sacerdocio eterno, e diz que ele 
nao teve pai, mae, era sem geneologia, sem princípio e nem fim, 
semelhante Ao Filho de Deus (Hebreus 7:3). E no capitulo 11:10 
comenta que Avrahan buscava a cidade, da qual O artifice e cons-
trutor é Deus! Nao seria essa Jerusalem “Yerushalaym” literalmete 
“Cidade da Paz”, a “Jerusalem etérea”?
EM JERUSALÉM PAIRA UMA NUVEM DE 
ADORAÇÃO A ADONAI
É impossível estar em Jerusalém e não adorar Ao Rei dos Reis. 
Em 2004, acompanhei um grande grupo (de mais de 200 pes-
soas) do Brasil e países da América do Sul, vindos a Israel para a Fes-
tados Tabernáculos “Sucot”, numa Tour por todo o Estado de Israel.
Todos os lugares que chegávamos havia uma grande euforia 
por parte dos visitantes, que sorriam, gritavam (expressão comum 
do povo latino-americano) filmavam e tiravam fotos, cantavam e 
aplaudiam. Porém quando chegamos ao Monte das Oliveiras e de 
um mirante podíamos ver toda Jerusalém, a expressão mudou, 
e tanto idosos como adolescentes se prostravam no chão, e em 
lágrimas adoravam Ao Rei Eterno Nosso Deus por tê-los trazido 
aquele lugar. Em meio a uma emoção impar, oramos abençoando 
a cidade; brindamos a chegada e participamos de uma inesque-
cível “Ceia”. Não havia nenhum barulho; só lágrimas e adoração 
Ao Eterno.
O Eterno tem me abençoado com a honra de acompanhar 
30
Israel - Cumprindo Profecias
muitos grupos que veem do Brasil, de Portugal e da Angola, para 
visitar a Terra santa. Dentre eles, em 1998, o que muito me emo-
cionou quando entravamos em Jerusalém. Dentro do ônibus es-
cutávamos uma canção sobre a Jerusalém de ouro. Vários pas-
tores compunham esse grupo e um deles (ainda me lembro do 
nome), Pastora Amélia (de Goiânia) que portava uma filmadora 
em seu ombro e chorava como um rio e dizia: “Jerusalém! Cidade 
Do meu Rei!” (Não sei como ficou seu filme, porque a emoção 
era tanta, que havia mais soluços do que fala). De repente aquele 
choro com soluços que entremeavam a glorificação e adoração 
tomou conta de todos que estavam naquele lugar. Era impossí-
vel alguém permanecer com olhos enxutos, contemplando aquela 
cena na entrada da Cidade Do Grande Rei, e não adorá-Lo. Cenas 
como essa, têm se repetido, dia a dia em Jerusalém, a “Cidade de 
Ouro”, cumprindo a profecia de Zacarias (8:22) que diz: “Povos e 
nações virão à Jerusalém buscar Adonai dos Exércitos”.
É incontestável que a promessa de Adonai a Israel não se 
refere a outro lugar da terra, mas a terra de Israel “E habitarão na 
terra que dei a Meu servo Jacó (Yacov), na qual habitaram vossos 
pais; e habitarão nela, eles e seus filhos, e os filhos de seus filhos, 
para sempre”. (Ezequiel 37:25). “E Jerusalém será habitada outra 
vez no seu próprio lugar mesmo, em Jerusalém”. (Zacarias 13:6 b). 
“Jerusalém, mesmo não tendo tão grande importância financei-
ra de outras grandes metrópoles do mundo, ela mobiliza e toca 
a alma do homem como lugar algum na face da Terra. Se Israel 
está no centro do mundo; Jerusalém é o ponto central desse cen-
tro”. Um antigo ditado talmúdico diz que “o mundo é como 
um olho: o branco do olho é o oceano que o circunda; o pig-
mento é o próprio mundo, a pupila é Jerusalém e a face nela 
refletida é o Templo Sagrado”. (*Derech Eretz Zuta).
Jerusalém, também chamada de Sião (Tzion). A Bíblia 
31
Sarah Elzeny Zayit
menciona em muitos textos a palavra Sião como sinônimo de Je-
rusalém e de Israel. Há também um monte em Jerusalém chama-
do: Monte Sião (Tzion), onde Deus habita: “O Senhor dos Exér-
citos que habita no Monte Sião”. (Isaias 8.18; 18.7). Sião é o áxis 
Mundi’, considerado pelos judeus e cristãos o centro mais impor-
tante do mundo. Há dezenas de textos bíblicos que a menciona:
“Saberás que Eu Sou O Eterno vosso Deus que habita em 
Sião (Tzion), Meu Santo Monte e Jerusalém” (Joel 3:17). “... Sião, 
a cidade das nossas solenidades” (Isaias 33.20a). Jerusalém é tam-
bém a cidade do culto ao Deus de Israel.
Nos tempos finais, os exércitos das poderosas nações mun-
diais irão lutar contra Sião (Isaias 29.8). Mas o Messias (Mashiach) 
de Deus será o vitorioso e estabelecerá Seu trono em Sião. 
Quando O Eterno estabelecer Seu reino na terra, com O 
Mashiach (O Messias), Ele o fará em Jerusalém. O profeta Isaias 
diz: “Quando O Senhor dos Exércitos... (Adonai Tzevaot) reinar, 
será no Monte Sião em Jerusalém” (Isaias 24.23). 
De Sião sairá à paz, a sabedoria, a justiça e a Luz que são os 
ensinamentos divinos para a humanidade toda: E virão muitos 
povos e dirão: “Vamos, subamos ao Monte Do Senhor, à Casa Do 
Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos Seus cami-
nhos, e andemos nas Suas veredas; porque de Sião sairá a Lei e de 
Jerusalém a Palavra Do Senhor” (Isaias 2.3). 
Orar em direção a Jerusalém. 
Todo judeu ora em direção ao templo em Jerusalém. Esse 
costume judaico vem desde o tempo que Salomão construiu o “Beit 
Hamikdash” (Templo Santo); isso permaneceu durante o exílio na 
Babilônia (586 a.C.), e após a dispersão no ano 70 d.C., que durou 
quase 2000 anos (diáspora) e até os dias de hoje, quando um judeu 
ora em qualquer lugar do mundo, ele o faz em direção a Jerusalém.
Já o Profeta Daniel, quando levado cativo a Babilônia, exer-
32
Israel - Cumprindo Profecias
cendo um importante cargo lá, mesmo tendo conhecimento de 
que Jerusalém estava destruída, ele orava três vezes ao dia com 
sua janela aberta em direção a Jerusalém. 
Quando Salomão terminou a construção do Templo “Beit 
HaMikdash” em Jerusalém, ele orou pedindo Ao Eterno que se o 
povo Dele estivesse em qualquer parte do mundo, e que orasse em 
direção ao templo, que Adonai os ouvisse, os perdoasse e os sa-
rasse. Ao que Adonai respondeu afirmativamente dizendo: “Meus 
olhos estarão abertos e Meu ouvido atento à oração deste lugar... 
Porque Eu escolhi e santifiquei esta casa, para que O Meu Nome 
esteja nela perpetuamente (pra sempre), e nela estarão fixos os 
Meus olhos e o Meu coração todos os dias” (II Crônicas 7:15 e 16) 
O profeta Ezequiel viu a “Shechináh” a gloria da presença Do 
Eterno entrar no Templo; (Ezequiel 43:1-7) E a Shechináh do Deus 
de Israel vinha pelo caminho do Oriente e entrou no Templo e en-
cheu o Templo e sendo ele levado em espírito ao átrio do Templo, 
Deus lhe disse: “Este é o lugar do Meu trono, e o lugar das plantas dos 
meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre”!
Desde então, o povo de Israel de qualquer lugar do mundo, 
ora em direção a Jerusalém. E estando em Jerusalém ora em dire-
ção ao local do Templo. Jamais um judeu se esqueceu de Jerusa-
lém e do Templo.
*Nota: “Shechináh” é a gloria da presença de Adonai no meio do 
Seu povo e pronuncia-se “Sherrinah”; pois na transliteração hebraica o 
“CH” e o “CK” tem som de RR.
Cumprindo a profecia que diz que buscariam a Adonai 
com suas faces voltadas para Sião. (Jeremias 50:5)
Depois da reunificação de Jerusalém os judeus oram no 
Muro das Lamentações (Kotel) que é o lugar mais próximo ao 
33
Sarah Elzeny Zayit
Santo dos Santos.
 Há vários anos atrás perguntei a um guia de turismo de Is-
rael se ele acreditava que Adonai nos ouvia em qualquer lugar da 
terra. Ele respondeu que sim. Então perguntei: “Qual a diferença 
de orar aqui ou em outro lugar?”.
Ele respondeu: “Aqui a ligação é local e não internacional”.
*Nota: Quando os judeus oram, eles fazem um gesto em sincronia 
se inclinando pra frente e pra traz. Fazendo isso todo o seu corpo se move: 
ossos, músculos, nervos, tendões, pele, enfim tudo. Isso eles o fazem, para 
adorar Ao Eterno com todo seu ser, por causa do Texto bíblico: “Tudo que 
há em mim bendiga Teu Santo Nome”. (Salmo 103:1). “Seja Teu santo 
Nome bendito por todo o meu ser”. 
A RECONQUISTA E REUNIFICAÇÃO DE JERUSALÉM 
É UM DOS MAIORES ACONTECIMENTOS PROFÉTI-
COS EM NOSSOS DIAS.
No ano de 63 a.C. quando o império romano conquistou 
o oriente médio, incluindo a terra de Israel, Jerusalém já era (há 
quase mil anos) sua capital, cidade religiosa e o centro do juda-
ísmo. A mando de Herodes, o Segundo Templo foi totalmente 
reformado antes do nascimento de Yeshuah (Jesus). E esse mesmo 
Templo foi incendiado e destruído no ano 70 d.C., sob as ordens 
do Imperador romano Tito. Jerusalém passou por várias domi-
nações: romanos, bizantinos, califado muçulmano, turcos otoma-
nos, cruzados, e os ingleses. Mas após alguns anos depois da con-
solidação do Estado de Israel, na Guerra dos Seis dias em 1967, o 
exército de Israel numa ação miraculosa de Adonai dos Exércitos, 
reconquistou a parte antiga de Jerusalém, unificando-a, declaran-
do-a como sua capital eterna e indivisível; foium dos maiores 
acontecimentos proféticos dos últimos dias. “Naquele dia se dirá 
a Jerusalém: não temas oh Sião, não se enfraqueçam as tuas mãos. 
34
Israel - Cumprindo Profecias
O Senhor teu Deus está no meio de ti, Poderoso para te salvar; Ele 
se deleita em ti com alegria; calar-se-á por Seu amor, regozijar-se-á 
em ti com júbilo”. (Sofanias 3:17 a 20).
O Eterno Adonai dos Exércitos nos devolveu a cidade anti-
ga de Jerusalém na Guerra dos Seis dias, chamada de “Guerra dos 
Milagres”. Vitória milagrosa de Israel, frente à diferença da esma-
gadora força dos inimigos. Isso nada mais é do que a intervenção 
do Próprio Deus a favor de Seu povo, como nos tempos bíblicos, 
Adonai surpreendeu os inimigos de Seu povo.
A guerra terminou em uma segunda-feira, de Junho 1967. 
Com a benção de Adonai a cidade Antiga de Jerusalém foi recon-
quistada pelas Forças de Defesa de Israel. Quando a guerra termi-
nou, os soldados estouraram numa canção “Jerusalém do ouro”. 
Elevaram-se em grande voz no Muro Ocidental. Até repórteres 
esqueceram-se de que estavam a serviço da imprensa e começa-
ram a cantar junto com os soldados.
Jerusalém, finalmente unificada, ninguém, jamais, esque-
cer-se-á as cenas jubilantes dos israelitas, maravilhados no Muro 
Ocidental e lotando a Cidade Velha agora reunificada. O Rabino 
Shlomo Goren tocou o shofar (trombeta de chifre de carneiro) e 
orou agradecendo a Adonai pelo cumprimento de suas promes-
sas. A alegria tomou conta da multidão e na euforia que se se-
guiu à libertação de Jerusalém, milhares de pessoas foram ao Ko-
tel (Muro das Lamentações), para ver tocar o shofar e agradecer 
Adonai, junto ao Muro, que se tornou centro nacional, cultural e 
religioso do Estado de Israel e do povo judeu por todo o mundo. 
Adonai restaurou para Israel, a Antiga cidade do Rei David, Jeru-
salém. Deus é Fiel!
35
Sarah Elzeny Zayit
Jerusalém é a Capital eterna do povo judeu e do Estado de 
Israel. É a sua Capital histórica, religiosa e política.
“A Cidade Santa tem importância tão vital que se tornou um 
conceito e um símbolo que em muito transcendem seus próprios li-
mites geográficos”. Jerusalém significa Israel como um todo: contém 
dentro de si a essência da Terra Santa.
Durante os vários séculos em que praticamente todo o nosso 
povo viveu na Diáspora, um judeu que viesse de qualquer parte 
da Terra de Israel era chamado de Yerushalmi (Jerusalemita). De 
modo semelhante, o Talmud compilado ao longo de anos em várias 
partes da Terra de Israel e ordenado em Tiberíades e Cesárea foi 
intitulado “Talmud Yerushalmi”, o “Talmud de Jerusalém”.* (Re-
vistaMorasha Edição 49)
“A independência judaica foi restaurada em 1948 e Jerusa-
lém foi declarada mais uma vez a capital de Israel. Essa decisão, 
incluída numa Lei Básica (1980), tem implicações práticas. Jerusa-
lém, além de ícone da existência nacional e do conteúdo religioso do 
povo judeu, é a sede de todos os símbolos da soberania de Israel: o 
presidente do Estado, a Knesset (Parlamento), o Governo e a Supre-
ma Corte. Para o Estado de Israel e para o povo judeu, Jerusalém é 
36
Israel - Cumprindo Profecias
a capital inquestionável, o centro de suas decisões e de sua visão de 
si mesmos” *(http://www.museujudaico.org.br). 
Nossos sábios descreveram a reconquista de Jerusalém e o fim 
do exílio como:
“O despertar de um pesadelo”. E, de fato, foi apenas após o 
Holocausto (que foi muito mais terrível do que qualquer pesadelo 
jamais poderia ter sido) que milhões de judeus começaram seu re-
torno ao Lar. Como se sabe, um grande milagre Divino, perpetrado 
pelas mãos de todos os heróis judeus que deram a vida pelo nosso 
povo, ocorreu no ano de 1948; alguns anos mais tarde, em 1967, 
ocorreria outro milagre, talvez ainda mais significativo. Elie Wie-
sel, testemunha ocular do mesmo, descreve-o da seguinte forma:
“O combate ainda perdurava em várias frentes... mas isso 
não impediu que as pessoas, num êxtase espiritual, acorressem em 
direção à Cidade Velha, que estivera inacessível a todos os judeus 
durante o domínio jordaniano... sobreviventes de todo tipo de so-
frimento, rostos de todo tipo de destino - vi-os correndo, ofegantes, 
voando quase... correndo para tocar o Muro. E lá chegando, incré-
dulos e estupefatos, como crianças que temem o despertar por não 
querer o fim do sonho, detêm-se, de súbito. Eis que se ouve um choro 
convulsivo, preces sendo entoadas, enquanto outros dançam, dando 
vazão à emoção. O país inteiro dançou. A história judaica dançou. 
Explodindo de júbilo e gratidão Ao Eterno pelo privilégio de tes-
temunhar aquele momento, pensei: “É isto, Jerusalém, o lugar que 
atrai e irmana todos os judeus, a verdadeira cidade da saudade e 
promessas Eternas”.
Jerusalém, tantas vezes conquistada; dividida em 1948; e 
finalmente reunificada em 1967. E unificada permanecerá para 
sempre, pois se há algo que congregue todos os judeus, este algo é o 
seu amor por Jerusalém. Nos debates sobre a Cidade Santa, não se 
faz necessário citar nossos líderes religiosos, nem tampouco os parti-
dos israelenses de centro ou de direita. Basta ouvir as vozes dos mais 
pacifistas, em suas opiniões políticas, e liberais, em sua observância 
37
Sarah Elzeny Zayit
da religião, pois as mesmas revelam o consenso de que Israel não 
pode existir sem a Cidade Santa.
O Primeiro Ministro Shimon Peres declarou, certa vez, que 
“não há lugar nem lógica em capitais divididas. Tal divisão seria 
um convite ao terrível fantasma do conflito renovado. E Jerusalém 
foi destruída mais vezes do que reconstruída. E agora, por fim, foi 
reunificada e reconstruída”. Eric Yoffie, rabino e presidente do mo-
vimento reformista judaico norte-americano, disse, em um artigo, 
que “os laços que vinculam o povo judeu a Jerusalém constituem a 
pedra de toque da civilização judaica. Na ausência de Jerusalém, 
desaparecem a fé judaica e o futuro do judaísmo”. E não são apenas 
os judeus os que entendem o milagre - e as implicações espirituais 
- do retorno do povo judeu à Terra de Israel. Em todo o mundo, mi-
lhões de cristãos apoiam ardentemente Israel, por entenderem que 
esse país é a chave para a redenção da humanidade toda. 
O Arcebispo de Viena, Cardeal Christoph Schönborn, decla-
rou recentemente: “Uma única vez na história humana D’us esco-
lheu um País como legado e o ofertou a Seu povo escolhido”. O Car-
deal declarou, também, que no que dizia respeito ao recém-falecido 
João Paulo II e ao Vaticano, a obrigação que recaía sobre os judeus 
de viverem na Terra de Israel continuava válida até os dias de hoje. 
Tal apoio ao direito do povo judeu sobre a Terra Santa e sobre a 
Cidade Santa é expresso de maneira ainda mais contundente pelos 
evangélicos - especialmente no Brasil e nos Estados Unidos. O fun-
dador da Coalizão Cristã, Doutor Pat Robertson, um dos líderes 
religiosos mais influentes dos Estados Unidos, assim se manifestou: 
“Foi apenas após 1967 e a Guerra dos Seis Dias que o Estado de 
Israel voltou a se apossar de Jerusalém Oriental. Para os evangéli-
cos, tal momento teve grande significado. E, em nossa opinião, abrir 
mão dessa parte da cidade de Jerusalém seria uma profanação ini-
maginável, em outras palavras, seria a ruptura de uma profecia so-
lene que só iria ocorrer em nossos dias”. *(Revista Morashah N.51/
dezembro 2005).
38
Israel - Cumprindo Profecias
Depoimento do escritor e jornalista Zevi Ghivelder para a 
Revista “Morashah”:
“Precisamente no quarto dia depois da Guerra dos Seis Dias, 
fui pela primeira vez à Cidade Velha de Jerusalém, ávido para che-
gar ao Muro,... Percorri as vielas do antigo bazar entre israelenses 
emocionados, turistas deslumbrados e centenas de moças e rapa-
zes vestindo uniformes... Numa loja de tapetes, conversei com um 
palestino que tinha morado no Brasil e falava português. Estava 
contente. Em uma semana, tinha vendido mais tapetes do que no 
ano inteiro. Por quantos anos eu viver, jamais me esquecerei os por-
menores do que aconteceu na minha chegada ao Muro. Com asca-
beças cobertas por chapéus, kipot e capacetes de aço, velhos ortodo-
xos e jovens soldados ali se revelavam igualmente impregnados pelo 
mistério de Jerusalém. Esse mistério, difícil de ser explicado ou se-
quer apreendido, contém uma série de referências. Se, por um lado, 
Jerusalém enfeixou através dos séculos um acentuado sentido de 
ideal espiritual, por outro, sua presença física jamais esteve ausente.
A Jerusalém dos sonhos e das orações nunca deixou de ser 
uma cidade viva e palpável. Por isso, os soldados israelenses junto 
ao Muro Ocidental me davam a impressão de que ali se encontra-
vam há séculos, e não apenas há uma semana.
Comecei, então, a assistir a uma cena transbordante de emo-
ção. Jovens dos dezoito, aos quarenta e tantos anos, faziam suas 
orações, em altas vozes, ao pé do Muro. Ao lado deles, os ortodoxos 
entoavam orações com fervor milenar. 
O sol ficava cada vez mais forte e o muro branco adquiria 
tons dourados, irradiando uma luminosidade que muito deve ter 
contribuído para emoldurar o mistério de Jerusalém. Um velho 
judeu religioso, com uma bengala na mão direita e um shofar, na 
esquerda, aproximou-se do Muro e beijou-o com devoção. Come-
çou um inflamado discurso sobre as gloriosas vitórias que Adonai 
concedera ao povo de Israel. Tudo se passou em poucos segundos. 
Os soldados o rodearam e passaram a bater palmas. De súbito, vi o 
39
Sarah Elzeny Zayit
velho sentado nos ombros dos rapazes que dançavam, aplaudiam e 
cantavam a tradicional canção hebraica David, Rei de Israel, Vive 
para Sempre. Sob o céu de Jerusalém, tanto a bengala do velho 
como as armas dos soldados se confundiam com lanças. Em meio à 
canção entoada, ouvimos todos o som do shofar soprado pelo velho. 
Era uma cena de arrepiar. Realmente, aquele nunca mais seria o 
“Muro das Lamentações”. Depois de dois mil anos, os judeus não 
mais lamentariam os esplendores perdidos do passado. “Passariam 
a celebrar as conquistas do presente”
Eis o depoimento de Segal, uma judia, cujos irmãos e pai, 
participaram da guerra dos seis dias:
“Quando eu terminava meu curso primário e me preparava 
para as férias de junho de 1967, Israel repentinamente achou-se en-
volvida no que veio a ser conhecida como a “Guerra dos seis dias”. 
Os israelitas recordam dela como tendo sido a “Guerra Miraculo-
sa”. Fiquei surpresa a ver que meu pai e meus dois irmãos foram 
convocados para servirem na reserva. Por sete dias nossa família 
ficou em um porão vizinho, ansiosamente esperando por ouvir noti-
cias. Nosso único contato com o mundo exterior era o radio. A cada 
hora quando ouvíamos o som característico, corríamos para ouvir 
os últimos boletins”.
O segundo dia da guerra, todos os adultos no salão come-
çaram a pular de alegria, abraçando-se um ao outro, e gritando. 
Quando eu perguntei o que era, disseram-me que Jerusalém se jun-
tara a Israel, e que a nossa Bandeira israelense havia sido hasteada 
no Monte do Templo. Mesmo sendo criança, percebi que aquilo era 
um milagre que somente Deus poderia ter realizado. Depois de dois 
mil anos de domínio estrangeiro, Israel expandia suas fronteiras ao 
coração de seu antigo território! “Comecei a compreender a palavra 
profética de Deus para o povo judeu”. (*Eles pensaram por si mes-
mos).
40
Israel - Cumprindo Profecias
O autor do Livro “A Mitzva de morar em Eretz Israel” faz a se-
guinte citação das palavras do Rabino chefe da Yeshiva de Jerusalem.
O Dia em que o Cotel (Muro das Lamentações) foi recon-
quistado.
“É impossível esquecer aquele dia! (28 de Iyar, 5727). Já 
durante vários dias a situação da cidade estava tensa... a guerra 
tinha começado e a Legião Árabe ostentava que conquistaria 
Jerusalém inteira... um amigo me telefonou em nome do Rabino 
Goren, Rabino-chefe das Forcas de Defesa de Israel, relatando que 
estas estavam se aproximando cada vez mais da Cidade Velha de 
Jerusalém... a cada hora a expectativa aumentava... Um estudante 
da Yeshivah (estudos da Torah), que estava no exército, anunciou 
que: ‘com a ajuda Do Todo Poderoso, nossos paraquedistas alcan-
çariam o Cotel (muro das Lamentações)’. Todos nos esperávamos 
ansiosos. No quarto dia da semana, um oficial bateu a minha por-
ta, ele vinha com uma mensagem do Rabino Goren: ‘Rabino, você 
esta convidado pelo Rabino-chefe do exército a vir ao Kotel’, anun-
ciou ele, ‘um carro brindado está aguardando aqui em baixo’...
O carro do exército avançava lentamente por entre a mul-
tidão alegre que enchia as ruas da cidade – milhares de pessoas 
cantavam e dançavam. Muitos tinham lágrimas de felicidade nos 
olhos pela liberação de Jerusalém.
(Povo dançando e exaltando a Adonai, nas ruas de Jerusalém).
41
Sarah Elzeny Zayit
Cumprindo a Profecia que diz: Exultarão em Tsion (Sião) 
com danças, mancebos e anciões... E sairá deles o louvor e a voz de 
júbilo!” (Jeremias 31:8 a 13 e 19) 
“No caminho, o oficial me falou que no momento em que os 
paraquedistas alcançaram o perímetro do Kotel, um soldado, que 
era estudante de nossa Yeshivah, escalou o topo do Muro e desfral-
dou a bandeira de Israel... O oficial também me contou que o Rabino 
Shlomo Goren estivera entre os primeiros que alcançaram o Kotel, 
sob o fogo de franco-atiradores árabes, que continuaram atirando 
de seus esconderijos. Ele (o rabino) apertava um rolo da Torah em 
uma das mãos, e um shofar na outra. Soldados que tinham sobre-
vivido às violentas batalhas choravam como crianças ao ouvirem o 
som do shofar sendo tocado pelo rabino-chefe. Eles admiravam sua 
coragem de permanecer o tempo todo a frente da batalha junto com 
os paraquedistas que saltaram do monte das Oliveiras para o Kotel. 
Muitos de nossos meninos foram feridos na batalha... um sol-
dado de nossa Yeshivah disse: ‘Baruch HaShem, (Bendito O Nome 
Do Eterno) todos os portões (da cidade) estao abertos! Outro ra-
bino correu ate o lugar do Kotel (lugar mais próximo ao Santo dos 
Santos) onde eu estava e me falou que havia recebido permissão do 
comando do Exército para liderar a Oração de Mincha (da tarde) 
junto ao Muro (das Lamentações). Era a primeira prece da na-
ção (de Israel) no Kotel, após uma separação de cento e dezenove 
anos! Uma oração de total gratidão a Adonai. Os olhos de todos 
42
Israel - Cumprindo Profecias
estavam cheios de lágrimas. Soldados se prostravam no chão em 
frente ao Kotel. Outros pressionavam seus dedos entre as frestas do 
Muro. Todo mundo entoou junto o Tehilim (Salmo) 126, uma can-
ção de Ascensão: “Quando Adonai trouxe de volta os exilados de 
Sião, estávamos como os sonhadores” Entao nossa boca se encheu 
de riso e nossa língua de cânticos”.
...Fui entrevistado pela televisão... E eu disse: “Vejam! Nós 
anunciamos a todo Israel, e a todo mundo, que por um comando 
Divino nós voltamos para a nossa casa, para a nossa Cidade Santa. 
De hoje em diante, nós nunca mais sairemos daqui! Nós voltamos 
pra casa!” *(“A Mitzva de morar em Etertz Israel” pags.110-111).
O apego dos hebreus por Jerusalém desde os tempos bíblicos. 
Foto: Judeus no kotel “Muro das Lamentações”- 1864.
Neemias, no tempo do cativeiro babilônico, ouviu que 
os muros de Jerusalém haviam sido derrubados e seus por-
tões queimados pelo fogo; ele não pode suportar estas notí-
cias. Neemias sentou-se, chorou e lamentou durante muitos 
dias, jejuando e orando perante Deus por Jerusalém. Até que 
Judeus no kotel “Muro das Lamentações”- 1864.
43
Sarah Elzeny Zayit
recebeu um impacto de Adonai e foi reconstruir os muros da 
cidade. (Neemias 1). Israel cativo na Babilônia, seus corações 
estavam amargurados, e eles pediam ao Senhor que se lem-
brasse deles e os levasse de volta a Sião. Então O Eterno os 
trouxe de volta.
Imagino os filhos de Israel chegando e contemplando 
sua amada Jerusalém, O Templo Sagrado, onde antes do exílio 
eles subiam em todas as festas para adorar O Eterno; eles vi-
nham trazendo as primícias para Adonai no Lugar em que Ele 
próprio escolheu e designou para abençoá-los. Acredito que 
eles choravam e riam ao mesmo tempo, deemoção e felici-
dade. Agora podiam perceber as grandes coisas que O Todo 
Poderoso tinha feito por eles, trazendo-os de volta a Sião. Foi 
referindo-se a esse contexto que o salmista escreveu o Salmo 
126 dizendo:
“Quando O Senhor trouxe do cativeiro, os que voltaram a 
Sião, nós estávamos como os que sonham. Então a nossa boca 
se encheu de risos e nossa língua de cânticos; porque se dizia 
entre as nações: que extraordinário é o que fez o Eterno a este 
povo. Imenso é o nosso regozijo, pelas maravilhas que nos fez O 
Eterno.”. 
Ao chegar a Terra e vendo tudo devastado, mantinham 
a esperança de plantar e colher e cantavam: “Os que a chorar 
vem trazendo as sementes, em júbilo retornarão carregando 
os frutos da colheita tão esperada”. Eles pedem que O Eter-
no faça retornar a todos cativos como as correntes do Negev 
(como os rios de inverno que com força gigantesca, vindo de 
todos os lados, sem que nada os detenha, cortam o deserto do 
Negev).
44
Israel - Cumprindo Profecias
JERUSALÉM NA EXPRESSÃO JUDAICA, 
DE ESPERANÇA DA REDENÇÃO. 
 
Jerusalém dezenas de vezes mencionada na Bíblia como o 
centro da vida espiritual judaico. Mesmo na dispersão, Jerusalém 
e o monte Sião, sempre foram referência central da unidade do 
povo judeu durante quase 2.000 anos de diáspora (dispersão). 
Toda vez que um judeu fala em esperança da redenção cita 
Jerusalém. Os textos religiosos, as saudações, a visão messiânica, 
o sonho do retorno, a literatura e a arte dos judeus durante todo 
o exílio, têm Jerusalém como inspiração. Desde os Salmos até o 
dia de hoje.
O salmista dizia no Salmo 137, que junto aos Rios de Babi-
lônia (quando o povo de Israel estava cativo lá) eles se assentavam 
e choravam por Sião, penduraram suas harpas nos salgueiros e 
não podiam cantar e diziam: “como entoaremos cântico ao Senhor 
em terra estranha? Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, que perca a 
minha destra a sua destreza! Que se cole a minha língua ao palato, 
se não me lembrar sempre de ti e não mantiver a tua lembrança 
acima de minha maior alegria!”. Esse texto de Salmos é recitado 
por todo judeu em todo mundo em todos os seus momentos ale-
45
Sarah Elzeny Zayit
gres e importantes, inclusive no dia de seu casamento. Em um 
casamento judeu, o noivo esmigalha uma taça com os pés, sim-
bolizando que nenhuma alegria sobre a terra pode ser perfeita 
enquanto Sião não tiver ressurgido. Toda vez que um judeu tem 
uma festa ou um momento de grande alegria, ele ora proferin-
do esses versículos, isso vem se repetindo através dos séculos no 
exílio e até hoje, nunca deixaram de anelar por Jerusalém. Ado-
nai ordenou através do profeta Jeremias (51:50): “Lembrai-vos Do 
Eteno onde estiverdes e mantende Jerusalém em vossos corações”. 
Durante dois milênios os judeus expressaram, em cada ora-
ção, o desejo de voltar à sua terra ancestral: nas orações diárias, 
na bênção após as refeições; na cerimônia do Yom Kipur (Dia 
do Perdão); sob o dossel durante a celebração do casamento; no 
Tisha B’Av (o dia do luto nacional); e no ato de colocar um pouco 
da terra de Israel no túmulo de seus mortos; no Sêder (cerimônia) 
da Páscoa, o ponto culminante de cada festa de Pêssach (páscoa) é 
a oração repetida ano após ano: “No próximo ano em Jerusalém!”.
As grandezas de Jerusalém. Flavio Josefo, erudito escritor 
judeu que viveu no primeiro século, logo após Yeshuah, escreveu 
sobre as grandezas de Jerusalém e do templo:
“Se os alicerces eram maravilhosos, o que eles sustentavam 
não era menos digno de admiração. Os ornamentos eram tão 
belos, tão bem justapostos e tão polidos, que não havia necessi-
dades de escultura e pintura para encantar os olhos... todo espa-
ço livre era coberto de toda sorte de pedras... nove portas eram 
cobertas com laminas de ouro e prata e a décima era de cobre de 
Corinto, mais precioso que o ouro... O Templo, lugar santo, con-
sagrado a Deus, estava no meio... tudo o que se via no templo, 
era dourado, de sorte que os olhos mal podiam suportar o bri-
lho... Viam-se nos altos ramos de videira, cachos de uvas; tudo 
era de ouro... Nada havia na face exterior do templo, que não 
arrebatasse os olhos de admiração e a alma de espanto. Estava 
46
Israel - Cumprindo Profecias
todo recoberto de laminas de ouro, tão espessas, que quando des-
pontava o dia, tornava-se tão arrebatador, pela sua beleza, como 
pelos dourados raios do sol... todo o telhado do templo estava 
semeado e eriçado de pontas de ouro” * (Flavio Josefo- Livro 5º, 
Capitulo 14:394 e 395). 
Jerusalém considerada capital religiosa para judeus e cristãos 
“Quando Israel assumiu o controle de Jerusalém ocidental e a uni-
ficou no ano de 1967, em vez de proibir a religião muçulmana ou fechar 
as mesquitas (como eles vinham fazendo com Israel, fechando e destruin-
do as sinagogas), ao contrario, Israel permitiu que o Waqf muçulmano 
(autoridade religiosa) administrasse e controlasse o Monte do Templo e 
mantivesse seus lugares religiosos: Omar a mesquita de Al-Aqsa.
Na reunificação de Jerusalém em 1967, o Monte do Templo e 
o Muro Ocidental retornaram à soberania judaica. Ao mesmo tem-
po, a reunificação trouxe consigo a mais ampla e irrestrita liberdade 
de religião, expressão de culto e locomoção aos lugares sagrados. 
Pela primeira vez em 19 anos (depois da criação do Estado de Isra-
el), os lugares santos foram abertos a visitantes de todos as religiões. 
Assim tem sido até hoje.
Quando o controle da região era da Jordânia, os judeus fo-
ram proibidos de orar no Muro Ocidental (Muro das Lamentações). 
Além disso, o cemitério do Monte das Oliveiras e 58 sinagogas fo-
ram destruídos. Quando Israel transferiu o controle militar de Jeri-
có e Belém para a Autoridade Palestina, multidões de muçulmanos 
enfurecidas queimaram e destruíram lugares sagrados e artefatos 
religiosos dos judeus. Em 2002, trinta monges católicos da Igreja 
da Natividade, em Belém, ficaram reféns de terroristas palestinos. 
Depois que os reféns foram libertos, os investigadores encontraram 
a igreja profanada, pelos palestinos. 
47
Sarah Elzeny Zayit
Porém no governo de Israel, os lugares sagrados dos cristãos, 
judeus e muçulmanos estão preservados, cuidados e abertos a todos 
os fiéis. 
O documento fundador da Organização para a Libertação 
da Palestina, o chamado Pacto Nacional Palestino, que data de 
1964, não menciona Jerusalém uma vez sequer.  Enquanto a Ci-
dade Velha de Jerusalém esteve sob o controle da Jordânia entre 
1948 e 1967, os muçulmanos pouco se lembraram dela. Não era de 
Al-Aqsa (Jerusalém), que as estações de rádio jordanianas transmi-
tiam as orações das sextas-feiras, mas de uma mesquita de Amã. 
Jerusalém nem sequer é citada, nem uma só vez no Alcorão (livro 
sagrado dos mulçumanos). 
Quando Jerusalém foi conquistada pela Jordânia, em 1949, 
nenhuma autoridade ou líder muçulmano visitou a cidade em ca-
ráter oficial, publico e religioso. Já em fontes judaicas tradicionais, a 
palavra “Jerusalém” é mencionada mais de 600 vezes, e pelo menos 
140 vezes no Novo Testamento, mas nenhuma vez no Alcorão. O 
interesse muçulmano pela cidade de Jerusalém só apareceu após a 
conquista de Jerusalém por Israel em 1967. 
As cidades sagradas para os muçulmanos sempre foram, até 
então, Meca e Medina. Embora Jerusalém tenha importância para 
muitas religiões, porém para os judeus e para os cristãos evangélicos 
ela é como sua capital e cidade mais sagrada, mais importante do 
mundo. Jerusalém é central para o judaísmo desde os tempos bíbli-
cos, quando foi estabelecida como eterna capital espiritual do povo 
judeu. Os judeus são maioria em Jerusalém desde 1840, e grupos de 
judeus sempre habitaram a cidade, interruptamente, mesmo após a 
destruição do Templo, no ano 70 de nossa era, Jerusalém é uma só 
cidade.” (*revista Noticias de Israel, set.2004)
48
Israel - Cumprindo Profecias
Visão do Profeta Ezequiel: Homens que oravam de costas 
para o santuário.
“E levou-me ao átrio exterior da Casa de Adonai e eis que 
estavam à entradado Templo de Adonai, entre o pórtico e o altar... 
homens de costas para o Templo de Adonai, e com os rostos voltados 
para o Oriente”. (Ezequiel 8:16), 
Esse lugar hoje (a esplanada do Templo) está sob o con-
trole e sendo usado pelos muçulmanos, onde diariamente eles 
oram de costas para o lugar do Santuário Do Eterno, virados 
para o oriente, para Meca, (você pode conferir na foto) cum-
prindo a visão profética de Ezequiel. Exatamente como se pode 
constatar nessa foto em que os muçulmanos estão no Monte do 
Templo, no lugar onde era o átrio, entre o pórtico e o altar da 
Casa de Adonai, e eles estão orando virados pra o oriente (para 
Meca) e estão de costas para o santuário, conforme a visão do 
profeta. 
Ao contrário do muçulmano, todo judeu, em qualquer lu-
gar do mundo em que ele esteja ele ora com sua face voltada para 
o lugar do Santuário, também cumprindo a palavra profética de 
Jeremias (50:5), que diz: “Buscarão a Adonai com suas faces vol-
tadas para Sião”. 
49
PROFECIAS sobre Jerusalém
“Tornarão a vir, e adorarão a Adonai no Monte Santo de 
Jerusalém”. (Isaias 27:13). “Porque o povo habitará em Sião, em 
Jerusalém...” (Isaias 30:19) Assim diz Adonai: “Voltarei a Sião e 
habitarei no meio de Jerusalém... No Monte do Senhor dos exér-
citos, no Monte da Santidade... No meio das praças de Jerusalém 
habitarão velhos e velhas, levando cada um em sua mão um bordão 
por causa de sua muita idade. As ruas da cidade se encherão de me-
ninos e meninas, que nelas brincarão... Será maravilhoso aos meus 
olhos, diz Adonai dos Exércitos... Eis que salvarei o Meu povo, da 
terra do oriente e da terra do ocidente. E os trarei, e habitarão em 
Jerusalém e serão o Meu povo e Eu serei O seu Deus em verdade e 
em justiça”. (Zacarias 8:3 a 8). “Então os gentios temerão o nome do 
SENHOR, e todos os reis da terra a Sua glória. Quando o SENHOR 
edificar a Sião” (Salmo 102:13-16).
51
Embora uma grande parte das profecias bíblicas seja re-
ferente ao tempo do Reino universal do Mashiach (Messias); 
muitas delas já estão começando a se cumprir, como um palco 
de preparação para os dias da Redenção. E outras são para este 
tempo de transição.
Visão Profética sobre Israel - Promessas que se 
cumprem hoje na terra que emana leite e mel
Representantes de muitas nações, os quais, todos os anos veem a Jerusalém para 
adorar O Rei Eterno, na Festa dos Tabernáculos.
52
Israel - Cumprindo Profecias
A Profecia diz: “De todas as nações subirão a Jerusalém 
para adorar O Rei, Adonai dos Exércitos, celebrarem a Festa das 
cabanas (Tabernáculos)”. (Zacarias 14:16 e 17). 
“FRUTO EXCELENTE E FORMOSO” (Isaias 4:2)
Nota: Uma Romã pode pesar até um quilo e meio. 
Sete frutos da Terra. Em Deuteronômio (8:8) diz: “O Se-
nhor teu Deus te coloca numa boa terra; de trigo e cevada, e de 
videiras, e figueiras, e romeiras; terra de oliveiras, abundante de 
azeite e mel”. “Hei de mandar-vos trigo, mosto e azeite; e deles vos 
fartareis” (Joel 2:19). O trigo e a cevada representam a força; as 
videiras a alegria; figueiras e romeiras a beleza; oliveiras a unção; 
e o mel a doçura das bênçãos da Terra de Israel.
“Seus lábios são como um fio de escarlate” exaltou Salomão 
em sua celebração do amor entre o Noivo Divino e Sua noiva Isra-
el: “Sua boca é graciosa: sua têmpora é como um pedaço de romã 
em seus cachos”. (Shir HaShirim, Cântico dos Cantos 4:3). 
Apesar de a Terra de Israel ser abençoada com uma enorme 
diversificação de frutas, as sete espécies descritas no verso bíblico, 
podemos vê-las em todo Israel. Cada uma dessas espécies tinha 
um caráter especial, pois foram as “primícias” – ou os frutos da 
primeira colheita levadas ao Templo Sagrado, em Shavuot, e en-
tregues como oferta a Adonai. Como tal, simbolizam Eretz Israel 
e a intensa ligação do Povo de Israel à sua terra: “... Pois Adonai 
teu Deus, te coloca em uma terra boa.” 
53
Sarah Elzeny Zayit
“MULTIPLICAREI O FRUTO DAS ARVORES E A 
NOVIDADE DO CAMPO”.
Assim canta o Salmista: “O tsadic (pessoa justa) vicejará 
como a tamareira” (Salmos 92:13, Ezequiel 36:30) 
Tamareiras nas ruas das cidades. Seus galhos não suportam o peso da imensidade 
de tâmaras, também chamadas de “o mel da terra”, porque são doces como mel.
Em cumprimento a essa profecia, Flores e frutos disputam 
o espaço. É realmente lindo ver tantos frutos em uma só arvore 
como acontece em Israel. Por exemplo: Em outros lugares, uma 
tamareira produz em media 20 quilos de tâmaras por ano, em 
Israel cada tamareira produz mais de 100 quilos de tâmaras por 
ano. Existem as mais diferentes espécies de frutas que há em todo 
o mundo e pesquisas revelam que um hectare de terreno plantado 
em Israel, pode chegar a produzir até 30 vezes mais que o mesmo 
espaço plantado em outro lugar.
“Seu fruto é doce”. (Cantares 2:3). Perguntei a um feirante se 
os frutos eram doces, ao que ele respondeu: “Com certeza! Não por 
causa de mim, mas por causa Do Santo de Israel, Bendito seja Ele!”.
Fiquei impressionada com a resposta e imediatamente me 
lembrei do texto bíblico que diz que nós comeríamos e ficaríamos 
satisfeitos e bendiríamos ao Eterno. Pensei que O Eterno, Bendito 
54
Israel - Cumprindo Profecias
seja Ele, quando disse que ficaríamos satisfeitos, não era apenas 
em quantidade, mas em qualidade e sabor. Que carinho Do Eter-
no! Quando Moshêh (Moises) mandou espiar a Terra, eles toma-
ram dos frutos da terra em suas mãos e disseram: Boa é a terra! 
(Deuteronômio 1:25)
“PLANTARÃO VINHAS... E GOZARÃO DOS SEUS 
FRUTOS” (Jeremias 31:5) 
Plantação de uvas em Kiriat Malaachi; há cachos que chegam a medir 60 cm.
 Isaias profetizou que filhos de estrangeiros, seriam os seus 
vinhateiros. 
“Restaurarão os lugares destruídos... e haverá estrangeiros 
que apascentarão os vossos rebanhos e serão vossos lavradores e 
vossos vinhateiros”.(Isaias 61:4-5)
Yonatan Behar, o porta- Har Bracha Yeshivah disse: “Nossos 
sábios nos ensinaram que, durante os tempos da redenção final, que 
estamos agora, que de outras nações virão para ajudar a construir 
a terra de Israel, para ajudar a nação judaica, a cumprir todas as 
profecias”. 
55
Sarah Elzeny Zayit
Em Samaria Tommy Waller, um cristão de os EUA, trabalha 
nas vinhas, nos últimos seis anos. Ele começou como um tempo 
de projeto da família e cresceu em Ha Yovel, hoje trabalha com 
mais de 150 voluntários norte-americanos. Isso também acontece 
em dezenas de Kibutz em todo Israel, onde centenas de voluntá-
rios de todo o mundo, cumprindo profecias, ajudam no plantio e 
colheita dos frutos e apascentar rebanhos.
AZEITE DA ROCHA
A palavra profética do Cântico 
de Moshê (Moises) em Deuteronômio 
(32:13), diz que Adonai faz tirar “Azeite 
da dura pederneira”. Também Jó (29:6) 
lembrando-se de seus bens disse: “Da 
rocha me corriam ribeiros de azeite”.
Na foto vemos as raízes de uma 
oliveira que nasceu no meio de uma 
rocha. Essa oliveira está carregada de 
frutos. Podemos ver hoje imensidade 
de oliveiras que nascem em meio às 
pedras e produzem frutos em abun-
dância e deles produzimos o azeite, 
cumprindo essa Palavra: “Azeite da dura pederneira” 
Nota: O 15º dia do mês hebraico de Shevat é o dia designado pelo ca-
lendário judaico como o “Ano Novo das Árvores”. Nesse dia, celebramos tudo 
que O Eterno nos dá através das arvores e bendizemos Seu Santo Nome. 
A Profecia diz: “Exultarão nas alturas de Sião e correrão aos bens de 
Adonai, ao trigo, ao mosto, ao azeite...”. (Jeremias 31:12)
A profecia diz: “Suas eiras se encherão de Trigo!” (Joel 2:23.).
Viajando por todo Israel, inclusive no deserto, poderemos 
testificar o cumprimento dessa profecia, pois há campos imensos 
cheios de trigo, com uma imensidade de grãos em cada pé de tri-
56
Israel - Cumprindo Profecias
go. Ontem viajando de Beer Sheva a Ashkelon, pude glorificar Ao 
Eterno, vendo imensos campos de trigo e lembrando-me do que 
Ele disse e que literalmente, minuciosamente, o tem cumprido!
O profeta Joel continua dizendo: “Suas eiras se encherão de 
trigo, seuslagares de vinho e de azeite e comereis abundantemente 
e ficareis satisfeitos e louvareis O Nome de Adonai vosso Deus que 
procedeu para convosco maravilhosamente! E vós sabereis que Eu 
estou no meio de Israel e que Eu Sou O Senhor vosso Deus”.
Esse texto profético fala também de um acontecimento espiri-
tual. O trigo representa o alimento espiritual, a Palavra Do Eterno sa-
ciando Seu povo. O vinho representa a alegria, o gozo, o regozijo pela 
gloriosa presença de Adonai “a Shechinah” no meio de Seu povo. E 
o azeite a unção De Adonai para santificação, separação para ser luz 
entre as nações e fazer Seu Santo nome conhecido em toda a terra.
(Campos de trigo, prontos para a ceifa, na Galiléia)
“Plantei onde só havia deserto; Eu O Eterno assim determi-
nei e o farei cumprir”. (Ezequiel 36:36). 
(tomates especiais do deserto do Negev)
57
Sarah Elzeny Zayit
Israel é um País semiárido com grande parte de deserto; 
apesar disso, hoje podemos contemplar grandes plantações de 
flores, frutos, legumes e oliveiras no deserto. 
A terra árida e a necessidade de economizar ao máximo a 
pouca água existente, levou Israel a uma verdadeira revolução na 
tecnologia de métodos agrícolas que contribuiu para o desenvol-
vimento de um avançado sistema de irrigação controlado por 
computador. É um método de gotejamento, que dirige o fluxo de 
água diretamente à raiz da planta, e somente quantidade neces-
sária. A dessalinização da água do mar, e ainda, outro meio usa-
do é de um enorme reservatório subterrâneo de água salobra no 
Deserto do Negev, para o cultivo de safras tais como uma grande 
variedade de tomates e frutas, de primeira qualidade, e de flores 
as mais diversas. Nós semeamos, Adonai faz produzir em abun-
dância.
A PROFECIA DIZ QUE ISRAEL ENCHERIA A TERRA 
COM SEUS FRUTOS. (ISAIAS 27:6) 
Exportação é cumprimento dessa profecia. Uma grande 
quantidade de frutos produzidos até no deserto, é destinado à 
exportação aos mercados europeus e americanos, durante o in-
verno. 
A pesquisa no campo do tratamento eletro-magnética da 
água, para melhorar a saúde dos animais e a qualidade das colhei-
tas também vem produzindo resultados promissores. Computa-
dores projetados e construídos em Israel são amplamente utiliza-
dos na área agrícola.
Foi desenvolvida, pelo instituto de pesquisa israelense, uma 
grande variedade de sementes resistentes a pragas, duráveis no ar-
mazenamento e adaptáveis a uma grande variedade de condições 
climáticas, que são exportadas para Europa, Centro-America e 
África do Sul. 
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Israel - Cumprindo Profecias
Israel desenvolveu uma grande variedade de tomate cereja, 
também as frutas cítricas Or, resistentes a doenças e sem caroços, 
bem como uma variedade de uvas que produzem colheitas abun-
dantes, os melões Galia e outras tantas frutas. Tecnologias agríco-
las foram vendidas para toda Europa. Israel desenvolveu também 
espécies de frutas que crescem fora das estações, como morango, 
Caqui e framboesa, etc.. 
Israel exporta flores, frutos, legumes, sementes e tecnolo-
gia agrícola para dezenas de Países. 
A PROFECIA DIZ: “DE SUAS COLINAS 
EMANARÃO LEITE”
O profeta Joel (3:18) diz: “E acontecerá naquele dia, que das 
montanhas brotará vinho doce e as colinas emanarão leite”. “Levá-
-los-Ei a uma Terra que emana leite e mel (Ezequiel 20:6). Disse O 
Eterno: “Em herança possuireis a sua terra, e eu vo-la darei para 
a possuirdes, terra que emana leite e mel: Eu sou o Senhor vosso 
Deus, que vos separei de entre os povos”. (Levítico 20:24). 
As vacas leiteiras de Israel são as campeãs mundiais de pro-
dução de leite. Sua produção média por cabeça é de 60 litros di-
ários. Hoje em dia, graças à criação científica, Israel eleva o nível 
de seu rebanho, assim como compartilha suas conquistas neste 
campo com outros países. 
Crendo nessas profecias do profeta Joel e Ezequiel, um 
grupo de jovens em 1957, membros do movimento Nahal, criou 
o kibutz Yotvata, no Deserto do Aravah, para criação de gado 
leiteiro e que hoje cobre 60% de todo consumo de leite de Israel 
e também uma grande plantação e produção de tâmaras (o mel 
da terra). O nome Yotvat (em português “Jotba”) é mencionado 
na Bíblia, em Deuteronômio, capítulo 10:7, foi uma das estações 
do povo de Israel no deserto, em sua peregrinação do Egito para 
Canaã.
59
Sarah Elzeny Zayit
“O DESERTO FLORESCERÁ!” ADONAI FALOU 
PELO PROFETA:
“O deserto e os lugares secos se alegrarão disto; e o ermo flo-
rescerá como a rosa” “Abundantemente florescerá”. (Isaias 35:1 e 2).
(flores em meio às pedras)
“Te farei florescer”. (Ezequiel 36:8). 
Todos os anos na primavera, após as chuvas do inverno, o 
deserto florece por si mesmo. Flores delicadas como a orquídea, 
ciclâmen, íris, açafrão da primavera, tulipas e papoulas florescem 
transformando o deserto em um jardim ao longo de uma fina e 
delicada grama. Além do florescimento natural da primavera há 
hoje grandes plantações no deserto.
 (flores como um rio, no Deserto de Negev)
60
David Ben-Gurion, Primeiro Ministro sendo um dos funda-
dores do Estado de Israel, acreditava nas profecias e por isso creu 
que o deserto do Negev representava o futuro de Israel. Ele tinha 
um sonho e costumava dizer: “É no Negev que serão testados a 
criatividade e o vigor pioneiro de Israel”. “O Velho” - como era ca-
rinhosamente chamado por seus seguidores, sempre acreditou que 
com determinação e trabalho, crendo na profecia, o deserto flores-
ceria. Assim, em 1947 e 1948, quando nos fóruns internacionais 
as fronteiras dos futuros Estados - um judeu e um árabe - estavam 
sendo discutidas pelos diplomatas, Ben-Gurion insistiu para que 
o Negev fosse parte da nova nação judaica. Nunca quis abrir mão 
dessa faixa desértica de terra, pois sabia que a área seria importante 
para o desenvolvimento do recém- formado Estado de Israel. Ele 
tinha visão profética e cria que o deserto poderia ser cultivado e 
transformado em um lugar onde os judeus poderiam se estabelecer 
e prosperar. Mais de 50 anos depois, sua visão se realizou. Ele pas-
sou seus últimos anos no deserto do Negev, vendo-o florecer.
“Semeá-la-eis para mim na Terra” (Oséias 2:22-23). Seme-
amos para O Eterno, na terra Dele. 
Israel é hoje o terceiro maior exportador de flores do mun-
do e a maior parte é cultivada no deserto. A tecnologia de estufas 
buscando o aperfeiçoamento da produção agrícola tornou possível 
o Cultivo de mais de três milhões de rosas por hectare por estação.
O Deserto de Negev, no ao sul de Israel, estende-se uma 
região semi-árida onde, apesar da escassez de recursos hídricos 
e solos férteis, surgem modernos centros urbanos e se desenvol-
ve uma das mais avançadas agriculturas do mundo. Nesse lugar, 
segundo Ben Gurion, a criatividade israelense encontraria seu 
maior desafio. Assim, o Deserto de Negev está se tornando um 
dos celeiros agrícolas de Israel e berço de inúmeras inovações 
nessa área.
Adonai cumprindo o que disse pelos Seus profetas: “Plan-
tarei no Deserto o cedro, a arvore de sita, e a murta, e a oliveira; 
61
Sarah Elzeny Zayit
conjuntamente porei no ermo a faia, o olmeiro e o álamo. Para que 
todos vejam e saibam e considerem, e juntamente entendam que a 
mão de Adonai fez isto e O Santo de Israel o criou”. (Isaias 41:19 
e 20) Temos prova real e concreta de como Deus cumpre lite-
ralmente o que diz. Há bem poucos anos atrás, não se podia ver 
nada senão areia e pedra nesse deserto. Cumprindo a profecia, 
hoje vemos quilômetros e quilômetros do deserto de Negev com 
imensas plantações de trigo, frutas, flores, tomates, melões, aba-
cates, tâmaras, oliveiras, etc.
PRIMAVERA EM ISRAEL. 
Além das flores que nascem naturalmente depois da esta-
ção das chuvas, há também, muita plantação de flores e frutos. 
No momento em que estou escrevendo este capitulo, é primavera 
aqui, o inverno terminou com muita chuva e neve, e agora o sol 
brilha com tal intensidade, que é quase impossível não usar ócu-
los de sol. 
Tudo aqui está coberto de flores: os campos, os quintais,as 
dunas da praia, entre as pedras, nas frestas de calçadas, nos can-
teiros das avenidas, nos terrenos baldios, nos montes, nos bos-
ques; não existe lugar que não tenha flor, em todo Estado de Is-
rael. Existem em Israel, as mais variadas espécies de flores. Creio 
que só no Éden, seria possível existir mais flores.
Enquanto escrevo posso ver uma imensidade de flores; vo-
zes de pássaros cantando; figueiras já com seus figuinhos, e videi-
ras em flor, exalando seu delicioso aroma. Acredito estar vendo o 
quadro exatamente do contexto de Cantares de Salomão (2:10 a 
13) que diz: “O meu Amado (O Eterno) fala e me diz: Levanta-te, 
amiga minha, formosa minha, e vem! Porque eis que passou o in-
verno; a chuva cessou e se foi. Aparecem as flores na terra, o tempo 
de cantar chega, (também alusivo a Jerusalém que estava deserta e 
assolada, porém volta a florir e o tempo de dançar e cantar chegou) 
e a voz da rola ouve-se em nossa terra. A figueira já deu seus figui-
62
Israel - Cumprindo Profecias
nhos, e as vides em flor, exalam seu perfume. Levanta-te, amiga 
minha, formosa minha, e vem!”.
Já o inverno tão bem figurado nesse texto e tão bem compre-
endido aqui. Fala de nosso momento de luta e de provação. Mo-
mento de solidão, mas que nos leva a estar a sós com O Eterno e 
Nele somos edificados. Então de repente Ele nos chama a sair com 
Ele porque passou o inverno, passou o momento de prova; e sol 
brilha, é chegada a primavera; é momento de desfrutar das delicias 
da vitória com O Eterno Amado de nossa Alma. O Inverno foi só 
um momento, agora é tempo de cantar! Porque as promessas De 
Adonai são cumpridas e as vemos, as sentimos, as tocamos; e ja-
mais falharão, tudo se cumprirá porque a voz Do Eterno disse: “Eu 
velo pela minha Palavra em cumprir”. (Jeremias 1: 12). 
“O tempo de cantar chegou” (Cantares 2:12) 
“Então a virgem se alegrará na dança e também os man-
cebos e velhos; e tornarei seu pranto em alegria e sua tristeza em 
regozijo”
A profecia diz: “oh virgem de Israel”! Ainda serás adornada 
e sairás com o coro dos que dançam! (Jeremias 31:4 e 13)
“Irrompe em altos cânticos de gozo, oh habitante de Sião; 
porque imensa é a grandeza Do Santíssimo de Israel no meio de 
ti”. (Isaias 12:6)
 
63
Sarah Elzeny Zayit
A cada festa bíblica, o povo de Israel, juntamente com mi-
lhares de judeus e cristãos do mundo inteiro, continuam cantan-
do, dançando e se alegrando em Deus, nas ruas de Jerusalém, 
cumprindo a Palavra profética: “E será a casa de Judá gozo, ale-
gria e festividades solenes” (Zacarias 8:19)
TERRA COMO O ÉDEN
A profecia diz: “O deserto será como o Édem”. “O Senhor 
consolará a Sião; consolará a todos os seus lugares assolados, e 
fará o seu deserto como o Edem...” (Isaias 51:3).
 
Jardim do Tumulo de Yeshuah onde cristãos evangélicos, do mundo todo, realizam 
cultos e celebram Santa Ceia. Entrar nesse tumulo e vê-lo vazio, nos da uma tre-
menda sensação de vitória. 
 Em Janeiro de 1996, havia uma quantidade enorme de tu-
ristas em Israel e eu estava em Jerusalém, no Jardim da Tumba de 
Yeshuah (Jesus). É um jardim lindíssimo, muito florido. (Para re-
frescar a memória) era o jardim particular de um homem rico, 
Jose de Arimatéia.
Participávamos de uma ceia e ouvíamos de todos os lados, 
sons de musicas e de adoração a Adonai em muitos idiomas, pois 
ali ha sempre grupos de vários países. Havia negros da África 
do Sul, amarelos da Coréia do Sul, brancos do Canadá, Filipi-
nas, USA, pardos e outros do Brasil. Havia gente das Américas, 
da Ásia, da África, gente do Ocidente e do Oriente; cumprindo a 
64
Israel - Cumprindo Profecias
profecia de Zacarias (8:22) que diz: “Muitos povos virão a Jeru-
salém, buscar O Senhor dos exércitos”. Estávamos embebidos de 
uma visão pré-celestial. 
Lembrávamos-nos da visão do Apocalipse, onde de todas as 
tribos, línguas e nações estarão diante do trono de Deus, em ado-
ração. Nesse clima delicioso, nossos amigos diziam: “temos a im-
pressão de estar no paraíso, no Jardim do Édem!”. Nesse momento 
eu me lembrei dessa profecia: “E dirão: esta terra (antes) assolada 
ficou como o Jardim do Édem”. (Ezequiel. 36:34). Então meus olhos 
se encheram de lágrimas e minha boca de louvor, minha alma de 
adoração a Aquele que fala e cumpre! Realmente a Bíblia, a Palavra 
de Adonai é verdade! E isso é só o preâmbulo do que realmente 
será no Reino Universal de Deus com O Mashiach (Messias) Hale-
luia! Jeremias 31:12 diz; “E serás como um jardim regado”.
“OS CÉUS DARÃO ORVALHO...” DIZ A PROFECIA!
“A semente prosperará, e a vide dará o seu fruto, e a terra 
dará a sua novidade, e os céus darão orvalho; e farei que o resto 
deste Povo herde tudo isto”. (Zacarias 8:12)
Em Israel não chove por aproximadamente oito meses, nem 
sequer uma gota de chuva. Mas como no princípio quando Deus 
65
Sarah Elzeny Zayit
criou o mundo havia um grosso orvalho que cobria a terra, Ado-
nai faz isso hoje com Israel, cumprindo essa promessa. Todas as 
manhãs de estio, um grosso orvalho cobre a terra. Como Ele fazia 
em volta do arraial dos hebreus no deserto (Êxodo 16:13).
Encanta-me o texto bíblico de Oséias (14:5-6) que Diz que 
O Eterno Bendito seja Ele, será como orvalho para Israel, que 
florescerá como o lírio, e fará crescer o trigo e florescer a oliveira. 
Adonai é o nosso orvalho!.
 
 
A profecia de Jeremias (31:12) diz; “E correrão aos bens de 
Adonai: ao trigo, ao mosto, ao azeite, aos cordeiros, e aos bezerros 
e sua alma será como um jardim regado”. Ezequiel (36:8 e 9) “ó 
montes de Israel... sereis lavrados e semeados”. “Vós ó montanhas 
de Israel, vos farei florescer vossos ramos e produzireis frutos para 
o Meu povo”. (Ezequiel 36:8).
CIDADES NO DESERTO: A profecia diz (Isaias 49:19) 
Há hoje em Israel muitas cidades no meio do deserto, entre 
elas, Beer Shevah que é o lugar onde Abraão (Avraham) ordenha-
66
Israel - Cumprindo Profecias
va suas cabras. Onde ele plantou um jardim de arvores frutíferas 
e adorou Ao Eterno. Lugar onde habitava quando Adonai lhe pe-
diu o seu filho Ytzaque em sacrifício. (Gênesis 21 e 22). Foi onde 
Abraão (Avraham) em um concerto com Abimeleque separou 
sete cordeiras e cavou mais um poço, daí o nome: “Beer” (poço); 
“sheva” (sete) (Gênesis 21:29 a 31).
 
Foi também o local onde O Eterno reafirmou a Isaque a 
promessa feita a Abraão seu pai, e ali ele edificou um altar A Ado-
nai (Gênesis 26:23 a 25). Hoje é uma linda e moderna cidade no 
coração do deserto de Neguev, com importantes Universidades. 
Uma das mais importantes do País ostenta o nome do Ex-Primei-
ro Ministro “Ben-Gurion do Neguev”, além de importantes insti-
tuições de pesquisa agrícola: Como o Centro de Pesquisas Guilat, 
que desenvolve importante tecnologia para suprir às necessidades 
dos agricultores da região.
O Deserto de Neguev representa mais de 60% do território 
israelense e abriga 10% da população do país. A região possui 
grandes centros urbanos como Arad, Beer Sheva, Eilat e outros. 
Possui cerca de 13 mil quilômetros quadrados. Essa região tem a 
forma de um triângulo invertido, cuja fronteira ocidental é contí-
67
Sarah Elzeny Zayit
gua à desértica Península do Sinai, e, a oriental, ao Wadi Aravah, 
que faz fronteira com a Jordânia. Deserto onde Moises construiu 
o Tabernáculo e onde estavam as minas de cobre do Rei Salomão. 
Durante séculos a área foi habitada apenas por beduínos (nôma-
des, filhos do deserto) muitos deles, foram trocando seu estilo de 
vida nômade pelo assentamento em vilarejos. Ao final do deserto 
do Neguev, no extremo sul de Israel, está a cidade de Eilat que 
é um moderníssimo Balneário, um dos principais do país, com 
um aquário e um observatório submarino no Mar Vermelho, com 
uma imensa diversidade de corais e peixes, visitados e admirados 
por turistas de todo o mundo
Nos tempos bíblicos, Eilat foi o Porto, por onde a rainha de 
Sabá chegou para visitar Salomão, e por onde eram trazidos obje-
tos para a construção do Templo, inclusive o ouro de OfirHoje 
uma belíssima cidade que recebe milhares de turistas de todo o 
mundo. Mesclando a singularidade do deserto e a beleza do Mar 
vermelho, Eilat atrai turistas, principalmente do hemisfério norte, 
quando as baixas temperaturas, a neve leva especialmente os eu-
ropeus a buscarem opções mais quentes.
(Eilat - Mar vermelho)
68
Israel - Cumprindo Profecias
NOTA: O nome “Mar Vermelho” é por causa das sombras refleti-
das em suas águas, causadas pelas montanhas de calcário que mudam 
de cor conforme a claridade e o por do sol, que se torna avermelhada ao 
entardecer, em uma determinada época. 
RIOS NO DESERTO. (Isaias 41:18) 
Por ocasião do inverno duran-
te alguns dias por ano, há chuva no 
deserto, e uma grande quantidade 
de águas correm por ele, montanhas 
abaixo, como se fossem grandes rios. 
Por isso a profecia diz “no inverno e 
no estio se fará isso”. Porque quan-
do se implantar O Reino de Adonai 
na terra, esses rios existirão sempre, 
não apenas no inverno. “O Senhor 
teu Deus te coloca numa boa terra, 
terra de ribeiros de águas, de fontes e 
de abismos que saem dos vales e das 
montanhas”. (Deuteronômio 8:8). 
“Fontes de águas em lugares se
cos e rios no deserto”. 
Adonai falou pelo profeta Isaias acerca disso: “Abrirei rios 
em lugares altos..., e tornarei o deserto em tangues de águas, e a 
terra seca em mananciais. (Isaias 41:18)”. 
Quem nunca andou por um deserto não é capaz de imagi-
nar o verdadeiro valor dessa promessa de rios no deserto. Imagine 
como se sente uma pessoa, andando o dia todo sob um sol causti-
cante e vendo só areia ou pedra, num calor esbaforido, sem nem 
uma gota de água ou um arbusto pra uma pequena sombra. Pri-
meiro sente a boca secar, depois a língua, depois a garganta e depois 
seu corpo todo sente tamanha sequidão, dando a impressão de que 
até os ossos estão secos. A pessoa sente febre, por causa do calor 
intenso e exposição constante ao sol e por causa da febre ele tem va-
Rio de inverno no deserto da 
Judéia
69
riações em sua mente e vê oásis (fonte de água no deserto) então ele 
junta todas as forças que lhe restam e chega até lá, porém é apenas 
fruto da imaginação, porque só existe areia ou pedra e nada mais. 
Nesse momento não lhe resta mais esperança e só lhe resta a morte.
Foi conhecendo extremamente esse contexto, vivendo na 
região desértica do oriente, que o salmista escreveu:
“... minha alma tem sede de Ti oh Deus!”. Não é apenas sede, 
mas é desespero por viver. Em outras palavras diria: “Dá-me Tua 
presença ou morro!”.
Há alguns anos atrás estávamos fazendo um curso turismo 
em Israel e, como alunos, tivemos que subir montanhas e cami-
nhar no deserto por varias horas; a água que eu levara não foi 
suficiente e acabou no meio do percurso, então pude entender, 
em partes, o que realmente esse texto bíblico quer dizer; É muito 
mais que sede, é angustia de alma, e desespero pela necessidade 
de viver! “Como o cervo que anseia pela fonte das águas, assim 
minha alma suspira por Ti oh Deus!”. (Salmo 42:1). “Como o cer-
vo angustia-se pela fonte de águas, assim minha alma desespera-
damente anseia por Ti Oh Deus”. 
Em Israel Adonai tem transformado o deserto em terra fértil! 
Ele é Deus!. Muitas vezes nos sentimos como uma pessoa no deser-
to, embora em meio uma multidão de pessoas, nossa alma se acha 
solitária e nos temos sede de Deus. Já buscamos em tantos lugares, 
já batemos em tantas portas, e a sede de nossa alma só aumentou. 
Porém a Palavra de Deus é que “Ele coloca fontes de águas no de-
serto e rios em lugares secos!” Ele esta fazendo isso com a Terra de 
Israel e quer fazer isso também na terra de nosso coração. “E vós 
com alegria tirareis águas das fontes da salvação”. (Isaias 12:3 e 4).
“DEPENDERÁS DA ÁGUA DAS CHUVAS PARA VIVER” 
(Deuteronômio 11:11-12). 
 Esta terra não tem grandes rios e abundantes como no Bra-
sil. Dependemos das chuvas e da neve para termos água. Aqui se 
70
Israel - Cumprindo Profecias
aprende a depender de Adonai para viver. Somos como um barco 
à deriva, mas sentimos que o vento que nos leva e impulsiona é 
o vento do Espírito de Deus. Vivemos na pratica o que ouvimos 
durante anos. “Aquele que é guiado pelo Espírito”. Em todos os 
sentidos. 
O povo de Deus, na saída do Egito, quando estava no De-
serto de Tzin e não havia água para eles; e apareceu a gloria do 
Eterno a eles e Adonai falou a Moises: “... tirareis águas da rocha e 
dareis de beber ‘a congregação e aos animais” e Moises feriu a ro-
cha e jorrou água no deserto. E O Eterno diz: “Os aflitos e neces-
sitados buscam águas e não as encontram, e sua língua se seca de 
sede; mas Eu O Senhor os ouvirei e tornarei o deserto em tanques 
de águas e a terra seca em mananciais... para que todos saibam 
que a mão De Adonai fez isso” (Isaias 41:17 e 20). “Então os coxos 
saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará: porque águas 
arrebentarão no deserto e ribeiros no ermo” (Isaias 35:6). 
Rio Do Eterno. Há algum tempo atrás estivemos em Jeru-
salém, por duas semanas, em um seminário ministrado por um 
conferencista de oitenta e quatro anos de idade, B.H.Clendennem. 
Sentíamos que o rio de Adonai passava por nós. Foi um mover tão 
grande de Deus, que era como uma cachoeira do Espírito que nos 
inundava. Não podíamos nos conter diante do transbordar Do 
Eterno em nossas vidas. O Espírito Santo nos envolveu com Sua 
presença a tal ponto que não queríamos falar de outra coisa, não 
queríamos pensar em outra coisa, “não queríamos querer outra 
coisa”. É a unção, a comunhão, tão doce e ao mesmo tempo tão 
forte e tão profunda, que nos impulsiona, nos move e nos domi-
na. Só conseguimos dizer: Te quero, Adonai, mais que tudo! E nos 
prostramos em adoração no mais profundo e inigualável amor! 
Creio que haverá um grande mover Do Espírito nos últimos 
dias. Esse mover começará em Jerusalém como no dia de Pente-
costes e se espalhará e inundará toda terra. “E toda a terra se en-
chera do conhecimento da gloria Do Eterno, como as águas cobrem 
71
Sarah Elzeny Zayit
o mar”. “Naquele dia acontecerá que correrão de Jerusalém águas 
vivas... Adonai será Rei sobre toda a terra; naquele dia um será O 
Senhor e um será O Seu Nome”. (Zacarias 14:8). Não nos satisfa-
çamos com gotas apenas, quando Adonai tem rios do Seu Espírito 
para nós. Podemos entender o que diz a Palavra do Eterno: “Rios 
de águas correm do seu interior”. (João 7:38).
Primeiro O rio de Deus passa por nos e nos lava e nos limpa 
e nos santifica e depois nos enche, inunda nosso espírito alma e 
corpo de tal modo que se unifica, a tal ponto de que não existe 
mais o desejo da carne ou sentimentos da alma, mas apenas o es-
pírito vence e se torna um como, O Pai e O Filho são Um. E então 
brota de nosso interior uma fonte, “rios correm do seu interior” 
Rios de comunhão, de exaltação, de adoração. É o transbordar 
de Deus. “O que o olho não viu, o ouvido não ouviu e nem subiu 
ao coração do homem, são as coisas que Deus preparou para os 
que o amam” Aleluia! Na visão do profeta Ezequiel (47:1) saíam 
águas debaixo do altar. E subiam pelos artelhos, pelos joelhos e 
pelos lombos, até que se formou um ribeiro de águas profundas. 
Nunca podemos pensar que já alcançamos tudo, porque 
Adonai é infinito. Ele sempre tem mais, e quanto mais O alcan-
çamos, mais essa fonte jorra; mais Ele tem pra dar. É uma fonte 
inesgotável. O Rei Davi disse no Salmo 65:9, que O Eterno nos 
enriquece grandemente com Seu Rio e o Rio de Deus está cheio 
de água. Sempre tem pra dar! Caminhemos com O Nosso Amado 
pela chuva Do Espirito! Haleluia! “Quando mais... mais!”. “Le-
vanta-te e resplandece, porque já vem a tua luz e a gloria do Senhor 
vai nascendo sobre ti” (Isaías 60:1).
Deus quer tornar nossa vida em um manancial de águas, e 
essa é Sua promessa: “E Adonai te guiara continuamente, e farta-
rá a tua alma em lugares secos e fortificará os teus ossos, e serás 
como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nun-
ca faltam... então te deleitaras No Eterno!” (Isaias58:11 e 14). 
 Adonai quer fazer de nossa vida também, uma fonte, cujas 
72
Israel - Cumprindo Profecias
águas nunca faltem; e sendo uma fonte que jorra poderá abençoar 
a vida de todos que nos cercam! E o Rio de Adonai passará por 
toda a terra. O ponteiro do relógio Do Eterno está se aproximan-
do da meia noite. “E O Espírito e a esposa dizem: VEM!”. 
A PROFECIA DIZ: “Os peixes serão em grandes varieda-
des”. (Ezequiel 47:10). 
(EILAT, observatório submarino no Mar Vermelho)
 
Além da grande variedade natural de peixes no Mar Medi-
terrâneo, Mar da Galiléia, e Rio Jordão, há também piscicultura 
em Israel feita em mar aberto com gaiolas submersas, assim como 
também em reservatórios e lagos artificiais. Devido à carência de 
água potável, os piscicultores usam um sistema fechado de águas 
para criação intensiva. Alguns projetos também usam reservató-
rios de água para irrigação.
Existe uma grande variedade de peixes ornamentais, in-
cluindo peixes de águas frias, peixes tropicais e cultivo de plantas 
marinhas e lírios aquáticos, que são exportados para o mundo 
todo, especialmente para a Europa. 
A PROMESSA É: “TERRA CUJAS PEDRAS SÃO DE 
FERRO E DOS MONTES CAVARÁS O COBRE”. (Deute-
ronômio 8:9). 
73
Sarah Elzeny Zayit
Colunas de Salomão em Timna e minas de cobre do Rei Salomão.
A Palavra do Eterno é que nos daria uma terra que dos 
montes tiraríamos o cobre. No Deserto do Negev a poucos quilô-
metros de Eilat onde eram as Minas do rei Salomão, de onde ele 
tirou cobre para a construção do Templo e dos objetos sagrados, 
até hoje há extração de cobre nesse lugar.
A PROFECIA DIZ: CIDADES REEDIFICADAS 
EM SEUS PRÓPRIOS LUGARES. 
“Regressa ó virgem de Israel a estas tuas cidades”, diz a pro-
fecia. (Jeremias 32:21) 
“Ainda te edificarei, diz Adonai” “E as cidades (de Israel) 
serão habitadas e nos seus próprios lugares”. (Jeremias 31:24)“
O Eterno falou através do profeta Jeremias (31:4-7): “Ainda 
te edificarei e serás edificada, oh virgem de Israel!.... Ainda planta-
rás vinha sobre os Montes de Samaria”.(Zacarias14:20- 21). 
“Farei com que as cidades voltem a ser habitadas e se edifiquem 
novamente nos lugares que ficaram desertos”. “Edificarei os lugares as-
solados; Eu O Senhor determinei e farei cumprir”. (Ezequiel36: 33,35-36):
Conforme as profecias, as cidades em Israel foram recons-
truídas em seus próprios lugares. As cidades vão reerguendo-se e 
estabelecendo-se no lugar bíblico.
74
Israel - Cumprindo Profecias
APENAS ALGUNS EXEMPLOS DAS DEZENAS DE 
CIDADES RECONSTRUÍDAS:
Jope (Yafo);
Cidade bíblica. Porto marítimo onde Jonas tomou o navio 
para Tarsis; e por onde chegaram as madeiras do Líbano, para cons-
trução do Templo de Salomão. Também viveu Dorcas (mulher rica 
em caridade, que foi ressuscitada por Pedro o apostolo); casa de 
Simão curtidor, onde se hospedou Pedro, quando teve a visão do 
lençol cheio de répteis, que figurava os gentios, porque até então 
Pedro não aceitava que o evangelho fosse além dos judeus.
Tiberíades. 
75
Sarah Elzeny Zayit
Onde o antigo se mescla com o moderno. Cidade constru-
ída por Herodes Antipas (João 6:1 a 23). Seu nome era em honra 
ao imperador Tibério. Situada as margens das águas azuis e crista-
linas do (Kineret), Mar da Galiléia, sendo uma das quatro cidades 
sagradas do judaísmo. (Tiberíades, Jerusalém, Hebron e Safed que 
é um dos principais locais de peregrinação judaica, chamados de 
“Ir hacodesh” cidade santa).
Tiberíades é a Capital da Galiléia – centro espiritual importan-
te desde a queda de Jerusalém e a destruição do Segundo Templo. 
Sfad. (Sfat) 
Cidade referida por Yeshuah (Jesus) quando disse que não 
se pode esconder uma cidade edificada sobre o monte. Ela fica no 
topo de uma das mais altas colinas na região da Galiléia e pode ser 
avistada do Mar da Galiléia. Lugar onde sempre (desde os tempos 
bíblicos até hoje) houve estudo minucioso e interruptivel da To-
rah. Escolas bíblicas “Yeshivah”. 
Nazaré 
76
Israel - Cumprindo Profecias
Cidade onde o anjo anunciou a Maria o nascimento de Yeshuah 
e onde Ele foi criado. Também ai estava a carpintaria de Jose. 
Ashkelon. 
Situada às margens do Mar Mediterrâneo é uma das cidades 
onde viveram os filisteus. Sansão derrubou as colunas do templo de 
Dagon. (Juízes 16).Os filisteus roubaram a Arca da Aliança Do Deus 
de Israel e levaram-na diante de seu deus Dagon. Na manhã seguinte 
o deus Dagon amanheceu no chão, com o rosto em terra diante da 
Arca de Adonai. Eles levantaram o ídolo no seu lugar; e na manhã se-
guinte encontraram-no novamente estendido no chão com a cabeça e 
mãos desprendidas do corpo, sobrando apenas o tronco. (Juízes 1:1, 5). 
Ashkelon hoje é uma cidade moderna turística e que con-
serva as marcas da historia bíblica. 
Beit Shean. 
77
Sarah Elzeny Zayit
Cidade de Issacar e Manasses, reconstruída pelos romanos, 
nos tempos de Yeshuah. Hoje existe a moderna cidade de Beit 
Shean ao lado das ruínas da antiga cidade romana. Milhares de 
achados arqueológicos vêm confirmar a veracidade dos fatos des-
critos na Bíblia. 
Haifa 
Cidade junto ao Monte Carmelo, onde o profeta Elias, des-
fiando os falsos profetas de Baal, fez descer fogo dos céus e con-
sumir o holocausto.
Haifa hoje é uma linda e próspera cidade Possui várias Uni-
versidades e Centros de pesquisa Cientifica.
“EU OS MULTIPLICAREI, DIZ ADONAI” 
(Ezequiel 37:26).
“Vos multiplicarei para que cresçam, e farei com que sejais 
habitadas como antes, e que prosperem mais que no passado, e as-
sim sabereis que Eu Sou O Eterno”. (Ezequiel 36:10 e 11). “Assim 
diz Adonai dos Exércitos: as minhas cidades ainda aumentarão e 
prosperarão” (Zacarias 1:17).
78
Israel - Cumprindo Profecias
Tel Aviv. 
Conhecida como a ‘Cidade Branca’, é um rico exemplar de 
arquitetura moderna. Tem a maior concentração do mundo de 
prédios no estilo “moderno internacional”, mais conhecido como 
“Bauhaus”. A famosa faculdade alemã que praticava a racionali-
dade e o funcionalismo na arquitetura encontrou em Tel Aviv seu 
lugar adequado. Israel hoje possui as cidades e as edificações mais 
modernas do mundo. (Como Tókio e New York). 
“Apertada de moradores” “Porque nos desertos, e nos teus 
lugares solitários, e na tua terra destruída, te verás agora aperta-
da de moradores...” (Isaias 49:19). “... e as cidades antes destruí-
das, estão fortalecidas e habitadas”. 
Jerusalém 
79
Sarah Elzeny Zayit
Jerusalém e outras tantas cidades foram abandonadas e as-
soladas por muitos anos, ficaram como deserto; hoje grandes e 
lindas cidades, floridas e apertadas de moradores, cumprindo as 
profecias bíblicas. E como já mencionamos, elas foram construí-
das em seus próprios lugares, dos tempos bíblicos. “Judá habitará 
em todas as suas cidades” (Jeremias 31:24). 
“E as ruas da cidade se encherão de meninos e meninas e 
nelas brincarão” diz o profeta.” (Zacarias 8:5). 
“Como o rebanho santificado, como o rebanho de Jerusalém 
nas suas solenidades, assim as cidades desertas e encherão de famí-
lias; e saberão que Eu Sou O Senhor!”. Aleluia!
*nota: É impressionante, a quantidade de gêmeos que nascem em 
Israel, principalmente em Jerusalém, e entre judeus ortodoxos, (os mais 
zelosos das Leis de Adonai).
VOZ DO NOIVO E VOZ DA NOIVA
A profecia diz: “Se ouvirá a voz do noivo e a voz da noiva”.
“Assim diz O Senhor: Neste lugar de que vós dizeis que está 
deserto... Nas ruas de Jerusalém... ainda se ouvirá a voz do gozo, 
a voz da alegria, a voz do noivo, a voz da noiva e a voz dos que 
dizem: Louvai ao Senhor dos Exércitos, porque bom é O Senhor, 
porque a sua benignidade é para sempre”. (Jeremias 33:10 e 110).
80
Israel - Cumprindo Profecias
Hoje podemos ver nas ruas de Jerusalém, noivos passeando, 
pois esse é um costume no oriente; os noivos saem passear pelas 
ruas e praças da cidade. Mas essa também é uma figura do Messias 
de Israel e Seu povo, quando Ele se assentar no trono de David 
para reinar sobre toda a terra, como Profetizou Isaias: “Quando 
Adonai reinarno Monte Sião em Jerusalém” (Isaias 24:23). En-
tão se ouvira a voz do noivo (O Messias) A voz da noiva (O Seu 
povo); e gozo, e júbilo! 
É comum nos sentirmos angustiados por que ainda não rece-
bemos o que nos foi prometido por Deus, porém temos a confiança 
de que Ele não tarda e não falha, Ele faz tudo no tempo exato. Nós 
é que não entendemos que ainda não estamos prontos para rece-
ber a resposta. Somos para Deus como crianças para seus pais. Se 
seu filho de dois anos de idade lhe pedir uma tesoura, com certeza 
não lhe dará; porém se seu filho de quinze anos lhe pedir a mesma 
tesoura, com certeza lhe dará. Por quê? Será que você ama mais o 
que tem quinze anos? Claro que não. Assim como pai ou mãe co-
nhecem as limitações dos filhos, O Eterno dar-nos-á aquilo que nos 
for benéfico, no momento certo que nos fará bem. 
Adonai, com incondicional amor e imenso carinho, nos 
toma no colo quando não estamos em condições de caminhar so-
zinhos, e nos segura pela mão, quando precisamos de direção. Ele 
não está alheio a nossa situação. O Salmo 113 diz que Ele habita 
nas alturas e que se curva para ver o que está acontecendo nos 
céus e na terra e faz com que a mulher estéril habite em família e 
seja alegre mãe de filhos. Ele é O Deus dos impossíveis, e cumpri-
rá tudo o que prometeu.
O Eterno disse que em Jerusalém, que dantes estava assolada, 
nela voltaríamos a ouvir a voz do noivo e da noiva, nisso constata-
mos que Ele cumpre literalmente o que diz. Portanto, se O Eterno 
falou, segure a Palavra Dele, mesmo que as circunstancias pareçam 
adversas; Firme-se nas promessas do Todo Poderoso Deus, e não 
nas aparentes circunstancias. Tome posse pela fé do que Ele disse e 
81
Sarah Elzeny Zayit
seja mais que vencedor, porque, fiel é Deus. Usufruamos, portanto, 
de tudo que Ele preparou para nossa alegria, antes da fundação do 
mundo, porque já fazíamos parte do projeto Do Criador.
O apostolo Paulo (Rabino Shaul) escreveu aos Efésios, no 
capitulo primeiro, que Adonai nos elegeu antes da fundação do 
mundo e nos predestinou para filhos de adoção por Yeshuah Há 
Mashiach (Jesus O Messias), para o louvor e gloria de Sua graça, 
pela qual nos fez agradáveis a Si mesmo. Nele, em quem temos a 
redenção (fomos comprados) e a remissão dos pecados (foi pago 
o preço de nossa culpa). Não devemos mais nada, e por isso o 
inimigo não tem poder sobre nossa vida e não nos pode acusar. 
Somos vencedores!
A PORTA FECHADA. 
A profecia diz: “Esta porta estará fechada e ninguém entrará 
por ela porque O Senhor Deus de Israel entrou por ela” (Ezequiel 
44:2) 
A Porta Dourada por onde deve entrar O Messias “Mashiach 
de Israel”, no muro oriental da cidade velha de Jerusalém é vista 
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do Jardim Getsêmani, no Monte das Oliveiras, quando olhamos 
em direção ao Monte do Templo. O Messias, quando voltar, des-
cerá no Monte das Oliveiras (Zacarias 14:4) e atravessará o Vale 
do Cedrom (kedron) e entrará na Porta Dourada ao Monte do 
Templo, exatamente como fazia Yeshuah há dois mil anos atrás. 
Essa porta dava entrada ao Santuário Do Eterno. 
Jerusalém possui oito portas. Essa porta que está em frente 
ao Monte das Oliveiras (somente essa) está fechada com pedras. 
Segundo a tradição judaica O Messias (HáMachiach) entrará por 
ela, para cumprir a profecia de Ezequiel que diz que a gloria Do 
Eterno entrará no templo pela porta oriental (Ezequiel 43:1-5). 
Quando os turcos otomanos tomaram o poder em Jeru-
salém, no ano de 1517, sabendo dessa tradição judaica, e tendo 
ciência dessa profecia bíblica, quanto à vinda do Messias judeu 
à Jerusalém, de onde Ele reinará sobre as nações, temendo o cum-
primento dessa profecia, eles fecharam a porta e a lacraram com 
grandes pedras; não sabendo que estavam justamente cumprindo 
outra profecia, de Ezequiel (44:2) que diz: “Esta porta estará fe-
chada... porque O Senhor Deus de Israel entrou por ela”.
No Brit Hadashah (Novo Testamento) está escrito: “Trouxe-
ram a jumenta e fizerem-no (Yeshuah) assentar em cima e a multi-
dão clamava dizendo: Bendito é Aquele que vem em Nome Do Se-
nhor”. “Baruch Rabá Shem Adonai” Hozanas Ao Filho de David! E 
entrando Ele (Yeshuah) em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, 
dizendo: Quem é este?”(Mateus 21:1 a 11) Isso aconteceu para que 
se cumprisse a profecia de Isaias 62:11 e Zacarias 14:4: “Eis que O 
teu Rei ai te vem, manso e assentado sobre uma jumenta“.
Do Monte das Oliveiras Yeshuah ascendeu aos céus, e o anjo 
disse: “assim como o viste subir Ele voltara”. Segundo profetizou 
Zacarias (14:4), Ele voltará no mesmo lugar: “E naquele dia es-
tarão Seus pés sobre o Monte das Oliveiras, que está de fronte a 
Jerusalém, para o oriente, e o Monte das oliveiras será fendido pelo 
meio...”.
83
Sarah Elzeny Zayit
E essa Porta Oriental seria fechada, preservando-a para a 
gloriosa e triunfal entrada Do Mashiach (Messias) Yeshuah, que 
retornará pelo mesmo lugar onde passou outrora, pela Porta 
Dourada.
Os muçulmanos fizeram um cemitério em frente à Porta 
Oriental, pois eles sabem da “mitzvah” (mandamento judaico) 
que um sacerdote não pode passar por cima de um lugar onde 
esteja enterrado algum morto, pois de acordo com a Toráh (Nú-
meros 19:16) tal atitude o tornaria impuro. E como O Messias 
atravessaria? O que eles não sabiam é que quando o Messias che-
gar, os mortos vão ressuscitar. Haleluia!
A Bíblia diz também, que uma fenda se abrirá no Vale do 
kedron (Cedrom) entre os Montes do Templo e das Oliveiras, 
quando o Messias por ali regressar (Zacarias 14:4). Os túmulos se 
removerão e a Porta Dourada será aberta; e entrará O Rei da Glo-
ria! Então se dirá: “Levantai oh portas as vossas cabeças; levantai-
-vos oh portais eternos e entrará O Rei da Gloria... O Senhor Po-
deroso na Guerra; O Senhor dos Exércitos, Ele é O Rei da Gloria!” 
Haleluia!
Estamos vivendo a tarde do último dia antes da vinda do 
Mashiach (Messias) e haverá em breve uma revelação do Messias 
ao povo judeu e um avivamento como nunca houve.
84
Israel - Cumprindo Profecias
EXPLOSÃO DE CONHECIMENTO. 
A profecia diz: “A ciência se multiplicará” (Daniel :12:4).. 
“Haverá sabedoria e conhecimento” (Isaias 33:6)
A criatividade israelense é conhecida no mundo. A genia-
lidade industrial dos profissionais e pesquisadores de Israel está 
presente em inúmeros segmentos necessários ao cotidiano de 
muitos países. Eis alguns exemplos:
A Msystems foi pioneira no desenvolvimento da memória-
-flash DiskOnKey e DiskOnChip, transformando gerenciamento 
e armazenamento de informações.
A GE Healthcare Israel lançou o primeiro equipamento ta-
manho miniatura de ultra-som cardíaco portátil, do mundo.
O scanner de tomografia computadorizada Philips Brillian-
ce faz um diagnóstico abrangente do paciente, em poucos segun-
dos, nas salas de emergência, onde cada segundo é vital.
A tecnologia de compressão ZIP foi desenvolvida por dois 
professores do Instituto Tecnológico - Technion de Haifa.
A pílula endoscópica com micro câmera foi lançada pela 
Given Imaging, em Israel.
A ferramenta ICQ do AOL Instant Messenger foi desenvol-
vida, em 1996, por quatro jovens israelenses.
A telefonia pioneira através do protocolo IP foi lançada pela 
Vocaltec de Israel.
Os microprocessadores Centrino e Pentium-4 Dotan foram 
desenvolvidos pela Intel Israel.
Dois professores Israelenses do Technion ganharam o Prê-
mio Nobel de Química, em 2004. Seu trabalho de identificação 
da proteína Ubiquitin é uma inovação nas pesquisas do câncer, 
doenças degenerativas do cérebro e muitas outras.
A empresa israelense Lumus Optical criou os vídeos-óculo 
PD-20, para assistir a TV e vídeos em qualquer lugar. As imagens 
85
Sarah Elzeny Zayit
são refletidas diretamente no globo ocular pelo aparelho, preso 
na armação dos óculos que podem ser usados até mesmo com 
telefones celulares.
Cientistas israelenses têm feito importantes descobertas na 
área de ciências medicas. A contribuição de Israel à revolução 
biotecnológica ao mundo é relevante; a infra-estrutura de pes-quisa médica e paramédica é altamente desenvolvida, o mesmo 
ocorrendo com suas instalações de pesquisa no campo da bio-
-engenharia. 
 A medicina clínica e a pesquisa científica biomédica cons-
tituem os assuntos de mais da metade das publicações científicas 
do país. O setor industrial do país vem ampliando sua atividade 
neste campo, para aproveitar o vasto conhecimento existente em 
Israel.
 Pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciências de Israel 
identificaram vários genes que intervêm no processo que impede 
a divisão das células, o que pode prevenir o câncer, caracterizado 
pela reprodução celular sem limite. (Fonte:EFE)
Cientistas Israelenses do Technion criaram um tecido do 
coração que funciona através de pilhas, enquanto os cientistas do 
Instituto Weizmann encontraram uma enzima capaz de impedir 
os danos de cérebro. 
Dr. Shulamit Levenberg de Technion e o Professor Lior 
Gepstein usaram com sucesso pilhas de haste embriã para criar 
vasos de sangue dentro do tecido, que deve permitir sua incorpo-
ração no sistema vascular do coração.
Um dispositivo Israelita sem fios, controlado por compu-
tador, desenvolvido e fabricado em Israel que habilita um cami-
nhar seguro para pessoas com perna paralisada devido a der-
rame, dano cerebral, paralisia cerebral, dano na espinha dorsal 
ou esclerose múltipla recebeu aprovação da US Food and Drug 
Administration. (Good News From Israel). Grupo de cientistas 
locais tem desenvolvido métodos para a produção de um grupo 
86
Israel - Cumprindo Profecias
de proteínas eficaz contra infecções viróticas, além de produzir 
um hormônio de crescimento humano. Entre as conquistas de 
engenharia genética, citam-se vários estojos de diagnósticos ba-
seados em anticorpos monoclonais, assim como outros produ-
tos microbiológicos.
Equipamentos médicos altamente sofisticados foram desen-
volvidos, e comercializados em todo o mundo. Incluindo scan-
ners para tomografia computadorizada (CT), sistema de imagens 
por ressonância magnética. Scanner de ultra-som, câmeras medi-
cas nucleares, lasers cirúrgicos e muitos outros. 
Dois acadêmicos da Universidade de Tel Aviv, conduzidos 
pelo professor Eshel Bem Jacob e o Doutor Itay Baruchi, rea-
lizaram uma revolucionaria descoberta cientifica no campo de 
inteligência artificial relacionada ao tratamento do mal de Pa-
rkinson. Eles desenvolveram uma espécie de chip orgânico de 
memória. 
Uma outra invenção medica israelita de um robô, menor 
do mundo; é utilizado para cirurgias na coluna vertebral.
Empresa israelense cria injeção indolor. O sistema ViaDerm 
Drug Delivery é um aplicador indolor que não erra o alvo. Em vez 
de injetar o medicamento diretamente na corrente sanguínea ou 
através da camada externa da pele (epiderme), o sistema cria mi-
cro canais na epiderme que difundem o medicamento até a der-
me. E entram no sistema sanguíneo. 
O aparelho é muito importante para tratamento médicos, 
como da diabete que obriga o uso de aplicações diárias de inje-
ções. (Noticias de Israel 2006).
No campo de Energia. Em Israel, é notório o grande desen-
volvimento de fontes alternativas de energia, tais como a solar, 
térmica e eólica, Israel é líder no campo da energia solar em todos 
os níveis. Foi desenvolvido um novo receptor de alta eficiência 
que recolhe a luz solar concentrada, vai ampliando o uso da ener-
gia solar também para fins industriais. 
87
Sarah Elzeny Zayit
*NOTA: Depois que escrevi este capitulo (em 2007), descobertas 
científicas continuam acontecendo em Israel todo tempo, pois é um dos 
maiores exportadores de Tecnologia na área cientifica medica e informá-
tica e na área de produção agrícola da qual falaremos mais tarde.
ISRAEL É A TERRA DA BÍBLIA.
 
É impossível desassociar Israel da Bíblia e do espiritual; eles 
estão de tal forma interligados, que Israel não existe sem a Palavra 
Do Eterno. Quanto mais conhecemos Israel, mais podemos en-
tender a Bíblia em seu contexto. Os lugares são os mesmos e com 
os mesmos nomes citados na Bíblia, cumprindo a profecia que 
diz: “E saberão as nações que Eu O Senhor tenho edificado as ci-
dades destruídas, e plantado o que estava devastado, Eu O Senhor 
disse e farei”. (Ezequiel 36:36). 
A cada palmo que pisamos é como se estivéssemos andando 
com os reis e profetas bíblicos, vendo profecias já cumpridas e se 
cumprindo hoje. 
O escritor de “Bibliabaytes” disse que ler as profecias bí-
blicas, é o mesmo que ler um jornal de notícias diárias de Israel 
“Pode passar os céus e a terra, mas as Minhas palavras não passa-
88
Israel - Cumprindo Profecias
rão, diz O Eterno”. 
Ao chegar a Israel pelo Aeroporto Bem Gurion de Tel Aviv, 
você vai deparar com o texto bíblico numa parede com uma expo-
sição arqueológica, dizendo: “Bendito serás ao entrares e bendito 
serás ao saíres” (Deuteronômio 28:6). Você já entra com a bênção 
da Palavra De Adonai.
Ao levantar-se pela manhã, a primeira coisa que vai ouvir 
de alguém é: “Shalom” “Paz” e todo o dia vai se ouvir palavras 
como: “com a ajuda Do Eterno”, “se O Eterno permitir”, “Bendito 
seja O Eterno nosso Deus”.
Em Israel o povo em geral se cumprimenta dizendo “Sha-
lom!”, “Paz!”; em seguida dizem: “Ma Neshimah?” “Como está 
sua alma?” ou “Ma shalomchah”? (lê-se ma shalomrrah) “Como 
está sua paz”?”. Ao que se responde: “Baruch HaShem” “Bendito 
O Nome (Do Eterno) Ao Eterno Santo e Bendito”. Quando ques-
tionado sobre fazer algo, se responde: “Se O Eterno quiser” ou 
“Com a ajuda Do Eterno, farei...” (assim diz o povo em geral e não 
apenas os mais religiosos). 
Em cada porta que entramos há no portal a “Mesusah” com 
o Texto de Deuteronomio 6:4 “Ouve oh Israel Adonai nosso Deus 
é Único Deus”
As músicas folclóricas de Israel falam da terra santa, e de tudo 
que faz Adonai por Sua terra e por Seu povo e dá a Ele glória!.
Os feriados e festas comemoradas em Israel são festas bíbli-
cas. E nos feriados cívicos as autoridades veem ao publico para 
ler textos das profecias bíblicas e orar agradecendo a Adonai pelo 
cumprimento delas.
A história, a geografia e a arqueologia de Israel são as bíblicas. 
Todo Estado de Israel nos fala de Adonai e de Yeshuah (Je-
sus). É impossível andar por qualquer parte de Israel, sem fazer 
associações Bíblicas. É impossível desvencilhar Israel e o povo ju-
deu da Bíblia.
89
Sarah Elzeny Zayit
*Nota: Mencionarei apenas alguns lugares, pois necessitaríamos de 
muitos livros pra falamos de cada lugar bíblico de Israel.
MAR DA GALILÉIA
Também chamado de Lago de Genezaré, Lago de Tibería-
des. Em Israel se chama Kineret (que quer dizer o que toca Harpa 
ou violinista, porque ele tem o formato de uma Harpa).
Esse Lago ou Mar doce foi palco de grandes acontecimen-
tos e da maior parte do ministério de Yeshuah (Jesus). É região 
de muitas fontes de águas quentes, que possuem uma riqueza 
enorme de minerais curativos; E desde os tempos de Yeshuah até 
hoje, essas águas são usadas medicinalmente. Por isso, nos tem-
pos Dele, milhares de pessoas vinham de todas as partes para 
Galiléia, para se tratar de enfermidades; razão pela qual Yeshuah 
encontrou ali tantos enfermos como pobres e necessitados para 
os quais Ele veio, por isso operou uma imensidade de milagres 
ao redor desse lago. Foi onde chamou a Pedro, Tiago e João para 
serem seus discípulos, serem pescadores de homens; Ele andou 
por sobre as águas; retirou a dracma de um peixe; efetuou a pesca 
milagrosa, a multiplicação de pães e peixes e acalmou a tempesta-
de e muitos outros milagres.
Um lugar impar! Estar no Mar da Galiléia, e poder contem-
plar as maravilhas da criação de Adonai, é sempre uma emoção: 
De um lado Montanhas, de um verde carregado do bosque, e uma 
imensidade de flores vivas e as mais variadas margeiam o grande 
lago. O sol brilha intensamente, refletido nas pedras brancas. 
Do outro lado do Lago as Colinas do Golan são Montanhas de 
calcário que mudam de cor conforme a claridade (desde rosa, 
cinza azulada, até branca). Essas contrastam com o lindo azul das 
águasque refletem a cor do céu, como um verdadeiro paraíso! 
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Quando estive na Galiléia pela primeira vez, lembro-me 
como se fora hoje, fiquei impressionada com tanta beleza. Fiquei 
hospedada em um hotel bem em frente o Mar da Galiléia. À noite, 
da minha cama eu podia ver o mar. A paisagem noturna não era 
menos impressionante que a diurna. Aos fundos as brancas coli-
nas do Golan refletiam a luz da lua sobre as águas; na margem do 
mar havia lindas tamareiras que revolviam com o vento, que batia 
nas águas levantando ondas fortes. 
Eu estava tão emocionada, que não podia dormir, pensan-
do que Meu Senhor andou por cima daquelas águas. Era uma 
noite de luar, e a luz muito clara da lua, refletia sobre as águas do 
mar, dando a elas um brilho prateado, um aspecto inigualável. Eu 
pensava que quando Yeshuah (Jesus) andava por cima daquelas 
águas, elas deveriam brilhar muito, muito mais que aquilo, por-
que era Aquele que disse: “EU SOU a LUZ do mundo!” que anda-
va sobre as águas. Meu coração foi tomado por tamanha emoção 
e meu espírito se encheu de louvor e adoração Ao Eterno, de tal 
forma que eu não pude me conter na cama e tive que me levantar 
para adorar meu Senhor ali naquele quarto de hotel. 
Eu só queria Adorar Ao Rei meu Senhor! Seis anos antes eu 
tinha sofrido um acidente. Por causa disso eu não podia me ajo-
elhar nem em cima de uma almofada, pois sentia muita dor. Mas 
naquela noite, meu coração não podia conter-se. Eu disse: “Ado-
nai, quero prostrar-me e adorar-te, nem que seja por dois minu-
tos, eu suportarei a dor”. Então me ajoelhei e comecei adorá-lo. O 
Espírito de Adonai encheu aquele quarto em que eu me encon-
trava. Sua presença era tão real, que aquele local foi transformado 
num Mishkan Hamikdash (Tabernáculo Santo), assim eu sentia. 
Minha alma foi inundada pelo Espírito de Adonai, e a ado-
ração e o louvor tomaram conta de todo o meu ser. Não senti 
passar o tempo. De repente ouvi o telefone tocar. 
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Sarah Elzeny Zayit
 
Réplica do barco do tempo Bíblico
Despertei-me daquele êxtase espiritual e atendi ao telefone. 
Era da recepção do hotel, alguém me chamando para o café, pois 
já eram sete e meia da manhã.
Na presença Do Eterno, o tempo não existe. Eu estive ajoe-
lhada desde aproximadamente dez horas e trinta minutos da noi-
te, até às sete e trinta da manhã do outro dia. Nove horas haviam 
se passado e eu pensava que se passaram apenas alguns minutos. 
Eu estava curada. Então desci para o café e já no elevador 
é que eu me lembrei de que há seis anos não podia ajoelhar-me 
e pensei: Estou curada! (Porque eu não pedi por cura, eu não 
pensei em cura! Eu só quis adorar Ao Eterno nosso Deus). Hale-
luia. Mais um milagre, como os milhares, operados por Yeshuah 
HáMashiach (Jesus O Messias) na Galiléia
Nos tempos bíblicos. Os discípulos de Yeshuah (Jesus) es-
tavam pescando a noite no Mar da Galiléia, e o barco deles es-
tava no meio do mar e era açoitado pelas fortes ondas, porque 
o vento era contrário (Com a mudança de temperatura à noite, 
por causa do vento frio que vem do Hermon e o contraste com 
águas de muitas fontes quentes, levantam-se ondas muito altas 
ali). Yeshuah foi ter com os discípulos, os quais estavam em apuro 
quando viram o Mestre andando por sobre as águas do Mar e logo 
foram acalmados pela doce voz do Mestre que disse: “Sou Eu, não 
tenhais medo, tende bom ânimo!”. 
Se o vento nos parece contrário, é nesse momento que O Mes-
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Israel - Cumprindo Profecias
tre aparece andando por cima das águas (dos nossos problemas) e 
nos diz carinhosamente: “Sou Eu, não tenhais medo, tende bom 
ânimo!”. Não importa a altura das ondas. O Mestre nos convida a 
andar com Ele. Tenhamos coragem de Pedro de abandonar o barco, 
descer sobre águas e andar apenas por fé, caminhar em vitória.
O MAR MORTO 
É muitas vezes maior em salinidade que outros mares, por 
isso as pessoas deitadas ou sentadas em suas águas, não afun-
dam. Seus cristais são lindíssimos. Não há vida nessas águas, 
mas a profecia de Ezequiel (47) diz que quando brotarem as 
águas debaixo do santuário, elas correrão metade para o Mar 
Grande e outra metade para o Mar oriental (mar Morto), e essas 
águas sararão e terão grande quantidade de peixes como no Mar 
Grande. 
A profecia diz ainda, que quando essa torrente, esse rio, che-
gar até ao Mar pequeno, (Mar Morto), ele terá em suas margens 
arvores frutíferas, de toda espécie e cujos frutos não cessarão; to-
dos os meses terão frutos novos; e suas folhas jamais murcharão 
e servirão de remédio para cura; porque essas árvores serão rega-
das com as águas que saem do Santuário! (Ezequiel 47:1, 8-12) 
(Zacarias14: 8). 
O profeta Joel (3:18) diz: “E acontecerá naquele dia, que to-
dos os rios de Judá transbordarão de águas; e sairá um manancial 
Da Casa Do Eterno, que regará o vale de Shitim”. Foto da caverna 
descoberta há pouco tempo em Jerusalém.
93
Sarah Elzeny Zayit
O jornal “Haaretz” de Jerusalém no dia 27.11.2011 (Kislev 1, 
5772 do calendário judaico) publicou que quando a Empresa Rai-
lways cavava, no centro de Jerusalém, para a construção de uma 
nova estação subterrânea de trens de alta velocidade para atuar de 
Jerusalém a Tel aviv, descobriu uma caverna com as maiores fon-
tes de água subterrânea já descoberta em Israel, cujos desfiladei-
ros profundos e cachoeiras é um dos mais impressionantes acha-
dos para os cientistas. A Empresa construtora chamou a equipe 
de os geólogos da Unidade de pesquisa da Universidade Hebraica.
“Nós encontramos um rio bonito” disse o Professor Amos Fru-
mkin, chefe da Unidade de Pesquisa geográfica do Departamento da 
Universidade Hebraica de Jerusalém. “Em termos de Israel, é a maior 
corrente subterrânea que já vi. É uma espécie de canyon que foi cortado 
pelo córrego da água durante um longo período de tempo, talvez milhões 
de anos”. “Essa descoberta, coloca Israel no mapa de regiões tropicais e 
temperadas, onde córregos subterrâneos são comuns”. Disse Frumkin. 
Charco do Mar Morto
94
Israel - Cumprindo Profecias
“Porém, seus charcos serão preservados”. Hoje, desses char-
cos é extraído uma grande quantidade e variedade de minérios 
que servem de cura para muitas enfermidades da pele. Usados em 
cremes que são exportados para todo o mundo. 
Monte Hermon
Hermon é uma das fontes de água do Rio Jordão. Toda neve 
que derrete desce para o Rio Jordão, enchendo o Mar da Galiléia, 
que é a “caixa d’água” de Israel, Jordânia e Cisjordânia. Segundo 
dados de pesquisas cientificas, há tantas propriedades naturais 
nessas águas, que as tornam melhores a saúde do que qualquer 
água mineral. O cume do monte sempre cheio de neve, de gran-
de beleza, pode ser avistado do Mar da Galiléia. Hoje é uma das 
grandes atrações de Israel, por causa da neve. Há uma grande es-
tação de esquiar, que atrai milhares de turistas todos os anos. 
Água é vida. O Monte Hermon é realmente uma fonte de 
vida de Israel, conforme é mencionado no Salmo 133, que o orva-
lho do Hermon desce sobre os Montes de Sião, (a neve derrete e 
vai para o Rio Jordão que leva vida a Sião) onde Adonai ordena e 
benção e vida para sempre
O Monte Hermon é mencionado na poesia hebraica no Sal-
mo (89:13-13): “Os montes Hermon e o Tabor cantam de júbilo Ao 
Teu Nome!”.
95
Sarah Elzeny Zayit
Colinas do Golan. A ligação entre o povo judeu e as Colinas 
do Golan remonta aos tempos bíblicos. Foram dadas pelo Eterno 
como posse aos filhos de Israel (Deuteronômio 4:47-49).
Era a região de Basã que foi entregue a meia tribo oriental 
de Manasses (Josué 20:8).
Diz a tradição judaica que foi no Monte Havtarim, na região 
do Monte Hermon,(a 1.296m acima do nível do mar) nos decli-
ves de Katef Sion, que Adonai prometeu a Abrão que lhe daria a 
terra para seus descendentes. Lá estão também nascentes do Rio 
Jordão, as quais, há alguns anos atrás, os sírios tentaram desviá-
-las e isso traria uma calamitosa falta de água potável para Israel, 
Jordânia e Cisjordânia; esse é um dos motivospelo qual Israel 
guarda com tanto carinho aquele lugar. 
Jericó. Foi cidade cercada e derribada por Josué. Lugar onde 
Yeshuah curou um cego de nascença e encontrou-se com Zaqueu, 
o qual subiu em uma figueira para vê-Lo. A caminho de Jericó 
(Lucas 19:1 a 10) que Yeshuah se revela como Mashiach, quan-
do encontrou à margem do caminho, um cego de nascença, que 
costumava sentar-se para pedir esmolas aos transeuntes. Ao ouvir 
que Yeshuah passava, o cego gritou: “Yeshuah Filho de David, 
tem misericórdia de mim”.
Os judeus esperavam naquela época o sinal do verdadeiro 
Messias, segundo as profecias, Ele teria poder pra dar vista aos 
cegos e ressuscitar mortos. Quando o cego disse “Senhor eu quero 
ver”. Nessa resposta ele estava confessando diante de todos, que 
cria que Yeshuah era O Messias de Israel, porque só Ele teria po-
der para dar vista a cegos de nascença e para ressuscitar mortos. 
Em Nazaré Yeshuah ao ler o Texto de Isaias (61:1-2) disse: 
“Adonai me ungiu para dar vista a cegos” (não apenas retornar 
a visão a quem já teve, mas dar vista a quem nunca teve) (Lucas 
4:18-19). Por esse mesmo motivo, depois quando questionado 
96
Israel - Cumprindo Profecias
pelos enviados de João Batista, se Ele era o Messias de Israel, Ele 
respondeu: “Os cegos veem!...”. (Lucas 4:19).Yeshuah estava se re-
velando como O Messias de Israel.
Cafarnaum. Nome em hebraico “Kfar Nahum” Kfar (al-
deia) Naum (o profeta). Situada ao noroeste do Mar da Galiléia, 
foi o centro do ministério de Yeshuah e onde Ele operou o maior 
número de milagres. Foi sua habitação (casa de Pedro) quando 
não foi aceito em Nazaré Ele mudou-se para Cafarnaum. Era uma 
grande cidade de Herodes Felipe. Possuía alfândega onde Yeshuah 
chamou a Mateus para ser Seu discípulo. 
Ruínas de uma sinagoga em Cafarnaum, lugar onde Yeshuah pregou, ensinou e 
operou muitos milagres.
Monte Tabor. 
Monte da transfiguração onde Yeshuah transfigurou-se, 
(Marcos 9:2-8) e apareceram Moises e Elias com Ele. Moises figu-
rando a Lei e Elias a Profecia e Yeshuah o cumprimento da lei e da 
97
Sarah Elzeny Zayit
profecia. Desse Monte é possível ver todo o Vale do Armagedom; 
Vale de Jesreel. Também nesse monte Adonai se manifesta como 
O Deus dos Exércitos de Israel, na batalha de Barac e a profetiza 
Débora (Devorah) vencendo o exército de Sicera (Sisrah), com 
seus 900 carros de ferro. Adonai enviou Seu anjo para lutar por 
Israel e até as estrelas dos céus lutaram contra Sicera naquele dia. 
E Adonai os derrotou. (Juízes 4:14 e Juízes 5:20). 
Rio Jordão. 
Esse rio foi palco de muitos milagres; foi aberto varias vezes 
por Adonai. A primeira com Josué conduzindo o povo à Terra 
prometida, quando os sacerdotes (que carregavam a arca de Deus) 
tocaram seus pés na água, o rio se abriu; a água que vinha de cima 
parou num montão (e o Rio estava transbordante em suas bordas) 
e ficou seco até o Mar Morto, (mais de cinco quilômetros), para 
que o povo de Israel passasse, a pés enxutos, a exemplo do que 
ocorreu no Mar Vermelho (Josué 3:11 a 17). Anos depois Elias 
tocou sua capa, e outra vez o Rio se abriu e ele e Elizeu passaram 
e Elias foi arrebatado num carro de fogo e ao retornar sozinho 
Rio Jordão
98
Israel - Cumprindo Profecias
Elizeu, tocou novamente com a capa de Elias (que lhe ficara) e 
pela terceira vez o rio se abriu. Não há portas fechadas para O 
Nosso Deus! 
99
O PLANO DO ETERNO PARA ISRAEL
Excelente documentário do “Bibliabytes” a seguir:
“O eterno plano redentor de Deus é claro na Bíblia. O homem 
pecou e se separou de Deus. Mesmo assim, Deus quer ter comu-
nhão conosco, por isso Ele criou um plano que envolveria o homem, 
Abraão e a Terra de Israel, para trazer salvação ao mundo”
Oasis no Deserto da Judéia
Povo e a Terra no Contexto Profético
100
Israel - Cumprindo Profecias
Portanto, esse plano não está terminado e o cumprimento das 
profecias de Deus está acontecendo e estão relacionadas a Israel e ao 
povo judeu hoje. Não há dúvida de que havia e ainda há um futuro 
que tem moldado a história do mundo. O povo de Israel foi esco-
lhido para testemunhar sobre Deus. Eles não tinham livros, grava-
dores, rádio e televisão como nós temos hoje. Suas vidas eram uma 
mensagem viva do amor de Deus o qual Ele usou para expandir 
Sua Palavra para o mundo.
Nos tempos bíblicos, a terra e o povo de Israel eram essenciais 
para levarem a mensagem de Deus às nações. Hoje eles não são me-
nos importantes nos planos finais de Deus, o que mostra ao mundo 
que O Eterno é fiel à Sua Palavra. 
Em Amós 9:14-15 Deus diz: “Trarei de volta do exílio o meu 
povo Israel, reedificarão as cidades assoladas, e nelas habitarão. 
Plantarão vinhas e beberão o seu vinho; farão pomares e lhes come-
rão os frutos. Plantá-los-ei na sua própria terra, e não serão mais 
arrancados da terra que lhes dei, diz o Senhor teu Deus”.
Hoje. Podemos vê-los sendo cumpridos bem diante dos nossos 
olhos. Para mim, morar em Israel e ler as profecias bíblicas, é como 
estar lendo o jornal do dia. Isaías escreveu: “O deserto e os lugares 
secos se alegrarão; o ermo exultará e florescerá como a rosa” (Is 
35:1). Ele escreveu esses versículos para expressar quão empolgan-
tes seria quando o povo judeu retornasse para a terra prometida, 
Israel. Até mesmo a terra se regozijaria de alegria. Você deve estar 
perguntando, voltar de onde? Muitos profetas do Antigo Testamento 
falaram que haveria um dia em que os judeus sairiam de Israel. Isso 
ocorreu logo depois de Jesus. Mas não pretendia deixá-los no exílio, 
e os profetas profetizaram o seu retorno das nações um dia. Hoje 
é o dia do qual as profecias falaram. Estamos vivendo em dias em 
que as profecias bíblicas estão se cumprindo bem diante dos nossos 
olhos. Enquanto nos preparamos para a vinda do Senhor, a Bíblia 
nos dá sinais para que os observemos. Um desses sinais é os deser-
tos de Israel e os lugares desolados florescendo. E como eles estão 
101
Sarah Elzeny Zayit
florescendo!
O deserto da Judéia é normalmente seco e desolado. No entan-
to, toda primavera, depois das chuvas de inverno, o deserto floresce 
por si mesmo. Flores delicadas como a orquídea, ciclâmen, íris, aça-
frão da primavera e até tulipas florescem transformando o deserto 
em um tapete colorido ao longo da grama macia. Papoulas de todas 
as cores podem ser encontradas por toda a parte. Portanto, até as 
flores em Israel estão falando conosco, como sinal de que Deus está 
cumprindo Sua Palavra, exatamente como os profetas disseram...
Mas, não foi sempre assim! Em 1860, o autor americano, 
Mark Twain, veio visitar a região que na época era o Império Turco, 
chamado Palestina. Veja como ele descreveu a terra: “Em nenhum 
lugar podia ser encontrado um metro de sombra sequer. Era uma 
terra nua, totalmente deserta”.
Sobre a Galiléia, onde hoje é uma área de lindas florestas e 
pomares, ele disse: “São sete horas da manhã e à medida que anda-
mos nos campos vejo que, a grama deveria estar cintilando com o 
orvalho, as flores perfumando o ar com sua fragrância e os pássaros 
deveriam estar cantando nas árvores. Mas, que paisagem! Não há 
orvalho aqui, nem flores, nem pássaros, nem árvores.
“Há apenas um lago claro e sem nenhuma sombra e em volta 
algumas montanhas nuas“. “O resumo de Mark Twain sobre a Pa-
lestina: Das piores terras existentes, a palestina deve ser a número 
um. As colinas são áridas, descoloridas, sem nenhum atrativo. É 
uma terra sem esperança monótona, desolada”. (Ezequiel 36).
A descrição de Mark Twain sobre a palestina é a cópia dos sete 
primeiros versículos de Ezequiel 36. Esse capítulo é uma promessa 
fiel de Deus a Israel, no que se refere à restauração da terra e do povo 
de Israel por Deus, que aconteceria pouco antes da Segunda vinda 
do Senhor. “Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo ga-
fanhoto, a lagusta e o pulgão e a aruga, o meu grande exército que 
enviei contra vos. E as eiras se encherão de trigo...” (Joel 2: 24-25).
 Lendo Ezequiel 36 vemos claramente a descrição do quetem 
102
Israel - Cumprindo Profecias
acontecido em Israel nos últimos anos. É interessante notar que as 
flores silvestres nas montanhas têm muito a ver com essas promes-
sas e testificam a fidelidade de Deus. Essa passagem começa Deus 
falando às montanhas de Israel, lamentando sua desolação e aban-
dono. Esse fato foi causado pelos inimigos de Israel que invadiram a 
terra para conquistarem os “altos lugares antigos”, e depois de fazê-
-lo se orgulharam com o fato. Deus não planejou que essa terra, 
Israel, fosse habitada e prosperasse nas mãos de outro povo, senão 
do povo judeu, por isso ela esteve desolada por tantas gerações. As 
observações de Mark Twain são perfeitamente adequadas ao que 
ele contemplou.
No versículo 8 Deus tem boas notícias para a terra: “Mas vós, 
ó montes de Israel, vós produzireis os vossos ramos, e dareis o vosso 
fruto para o meu povo de Israel, pois já estão prestes a vir”. Ele con-
tinua dizendo que Ele multiplicaria o povo da casa de Israel, eles re-
construiriam as cidades arruinadas e aumentariam seus rebanhos 
e os produtos da terra.
Quando isso acontecer disse Ele: “Então saberão que eu sou 
o Senhor” (vs. 11). Há uma conexão entre os anos frutíferos e os 
anos inabitados de Israel. Conhecemos o que diz em Levítico 25:23 
onde Deus diz que Ele é o dono dessa terra, e Ele escolheu dá-la ao 
Seu povo de aliança - o povo judeu, os descendentes de Abraão, Isa-
que e Jacó. Somente quando a terra e o povo da aliança, escolhido 
para estar nessa terra estivessem juntos, ambos poderiam florescer, 
de acordo com o plano divino de Deus. Ezequiel confirma que é o 
retorno do povo judeu para a terra de Israel que desencadeia a res-
tauração da terra por si mesma para a sua glória anterior e ainda 
maior do que a primeira.
O retorno do povo judeu e a restauração da terra também são 
importantes para demonstrar a integridade de Deus. Deus espalhou 
seu povo de aliança por um tempo. Enquanto estavam em outras 
nações, Ezequiel (36:20) diz que o povo de Israel profanou o nome 
de Deus e as suas promessas, quando o povo disse abusivamente: “É
103
Sarah Elzeny Zayit
este o povo do Senhor que saiu da sua terra?”.
Veja que, na antigüidade, os pagãos julgavam a eficácia dos 
seus deuses pela proteção que eles davam as suas terras e pela segu-
rança contra a invasão de exércitos pela provisão de chuva e comi-
da; e Astarte, o deus da fertilidade, pela descendência. No entanto, 
quando o povo judeu exilou para outros países e a terra de Israel 
ficou desolada, as nações pagãs ridicularizaram o Deus de Israel 
como incapaz de proteger e prover o Seu povo.
Por essa razão em Ezequiel 36:23-28, Deus fala de um grande 
momento, do retorno do povo judeu para sua terra de aliança, o 
qual Ele orquestraria, para a integridade do Seu nome. Isso acon-
teceria para mostrar às nações da Terra que Ele é o Deus vivo que 
cumpre suas promessas. Para completar, o verso 24 diz: “Pois eu vos 
tirarei dentre as nações e vos congregarei de todos os países, e vos 
trarei para a vossa terra”.
Mais do que tudo isso, Deus deseja restaurar a comunhão es-
piritual com Seu povo em Sua terra, quando Ele diz nos versos 27 e 
28: “Porei dentro em vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus 
estatutos, e guardareis os meus juízos, e os observeis. Habitareis na 
terra que dei aos vossos pais; vós Me sereis por povo, e Eu vos sereis 
por Deus”.
Esse processo dos últimos dias, esse mover profético, como está 
descrito em Ezequiel, é o que eu chamo de os três “erres” das profe-
cias bíblicas dos últimos dias, no que diz respeito a Israel:
O RETORNO do exílio. Para a terra de seus antepassados. 
A RESTAURAÇÃO da terra.
A REDENÇÃO e renovação espiritual do povo judeu. 
Sim, esse dia, é hoje! Rabinos têm se referido aos dias pre-
sentes como “Dias Messiânicos”. Sem sombra de dúvida estamos 
vendo a terra sendo restaurada e o povo retornando durante mais 
de 100 anos. E muitos dos imigrantes são de países comunistas onde 
a adoração a Deus e a leitura da Bíblia era proibida. Agora eles es-
tão aprendendo sobre o Senhor Deus de Israel e sobre a sua antiga 
104
Israel - Cumprindo Profecias
terra, e um verdadeiro renovo espiritual está acontecendo. Não tem 
acontecido de uma só vez, mas com certeza está em Adonai (através)
de Ezequiel) dar uma última palavra para as nações pagãs do mundo 
que tentaram ocupar Sua terra e não permitiu que Seu povo voltasse. 
“A terra assolada se lavrará, em vez de estar desolada, todos 
os que passam, dirão: Esta terra desolada ficou como o jardim do 
Éden; as cidades solitárias, desoladas e destruídas, estão fortifica-
das e habitadas. Então saberão as nações, que ficarem de resto em 
redor de vós, que Eu, o Senhor, reedifiquei as cidades destruídas 
e plantei o que estava devastado. Eu, o Senhor, o disse e o farei”. 
Bendito seja o Nome do Senhor! Baruch HaHsem Adonai!”. *(www.
bibliabytes.com.br)
VALE DE AJALON – EMAÚS
Há alguns dias passávamos por Emaús; que fica próximo ao 
Vale de Ayalon (Ajalon). Era final de inverno e começo da primave-
ra. As amendoeiras haviam perdido as folhas e estavam cobertas de 
flores. Os pássaros cantavam e as flores, as mais diversas brotavam 
pelos prados, dando um colorido maravilhoso à paisagem. Meu es-
poso e eu paramos estáticos, admirando o que só O Criador pode 
fazer, enquanto nos lembrávamos da grande vitória que Adonai 
deu a Seu povo, naquele vale, quando Josué ordenou que parasse 
o sol e a lua (Josué 10:12 a 14), e do pedido dos discípulos quando 
descobriram que era Yeshuah (Jesus) ressuscitado que estava com 
eles, naquele lugar e disseram: “Fica conosco Senhor, porque o dia já 
declinou!”. (Lucas 24:29).
Quando a solidão faz com que sintamos como se estivés-
semos na numa terra desolada e mil pensamentos veem a nossa 
cabeça; angustia, medo invadem a alma; é nesse momento que 
Ele diz: (filho...) “não tenhas medo porque Eu Sou contigo; não te 
assombres porque Eu Sou teu Deus: Eu te esforço, Eu te ajudo e te 
sustento com a destra da minha justiça” (Isaias 41:10). 
Andar em Israel é como passear pela Bíblia. Cada caminho, 
cada montanha, cada cidade, cada lugar nos leva a um fato bíblico.
105
A NAÇÃO E O RENASCIMENTO DO ESTADO DE ISRAEL
LUGAR ESCOLHIDO PELO ETERNO
“Congregarei os filhos de Israel e os levarei a sua Terra e deles 
farei uma nação na terra, nos montes de Israel”. (Ezequiel 37:21- 22). 
2ª PARTE - A NAÇÃO DE ISRAEL
106
Israel - Cumprindo Profecias
Quando se cogitou a formação do Estado de Israel, houve 
autoridades de alguns Países que sugeriram a Israel que tomasse 
para sua nação, outros lugares no mundo. O movimento sionista 
enfrentou resistência em seus esforços de se estabelecer em “Eretz 
Israel” (terra de Israel). Havia uma variedade de opiniões sobre 
em que terra a nação judaica deveria ser estabelecida. Foi cogita-
do de estabelecer o Estado judeu em Madagascar, em Uganda em 
Chipre, no Congo e outros lugares.
Porém se isso ocorresse, Israel continuaria na diáspora (dis-
perso). E as promessas de Adonai, que os traria de volta a Sua 
terra, não se cumpririam. Porque essa não seria a pátria bíblica 
dos judeus. Porém, graças a providência Do Eterno, esses planos 
não resultaram em nada.
A palavra de Adonai se cumpre: “E farei Meu povo de Israel 
voltar... e reconstruirão as cidades assoladas e as habitarão... Eu os 
plantarei em seu próprio solo, e não serão mais arrancados da Terra 
que Eu lhes dei, diz O Eterno, Seu Deus”. (Amós 9:14-15). Assim, 
contrariando a muitos opositores, o Estado de Israel, foi estabeleci-
do nas terras bíblicas segundo as promessas divinas; novas aldeias 
e vilas e cidades foram construídas em cima de ruínas de lugares 
bíblicos, e com os mesmos nomes dos tempos bíblicos, cumprindo 
profecias como de Ezequiel (36:10, 33,35-36): “Farei levantar suas 
ruínas e edificarão como antigamente”. (Amos 9:11 e 15). “As cida-
des de Israel serão habitadas e edificadas”. “As nações ao redor sabe-
rão que Eu, O Eterno, edifiquei... assim determineie o farei cumprir”. 
 
O POVO JUDEU NUNCA SE DESLIGOU DE ISRAEL
Mesmo estando distante. Em qualquer lugar do mundo 
onde existem judeus, eles oram (em direção a Jerusalém) pedindo 
chuva para Israel; e isso acontece na época em que os campos da 
Judéia, Samaría e Galiléia precisam da chuva. Sim porque depen-
demos de Adonai para termos chuvas, consequentemente, água 
107
Sarah Elzeny Zayit
suficiente para a vida. Como está escrito: “Beberas água das chu-
vas dos céus” (Deuteronômio 11:12). Quando o judeu se rejubila 
nas festas de ação de graças, ele o faz na época em que se colhem 
os primeiros frutos em Israel. 
A saudade por Sião (Tzion) e o desejo do retorno a ela têm 
traços messiânicos, anseio pelo Salvador, o Messias (Mashiach). 
E é por isso, que todo fiel judeu ora a Deus muitas vezes ao dia 
dizendo: “Que nossos olhos vejam quando voltares a Sião!” 
MAPA DA DIVISÃO BÍBLICA DAS TRIBOS DE ISRAEL
 
Essa era a divisão (nos tempos bíblicos), da terra de Israel às doze 
tribos dos filhos de Jacó (Yacov- Israel), conforme Adonai ordenou 
a Josué. 
108
Israel - Cumprindo Profecias
O Eterno disse pelo profeta Ezequiel (36:8, 10 3e 24): “Mas 
vós ó Montes de Israel, produzireis os vossos ramos e dareis frutos 
para o Meu povo de Israel; porque está prestes a vir. E as cidades 
serão habitadas e os lugares devastados serão edificados... E vos to-
marei de todos os países e vos trarei a vossa terra”. “E vos reunirei 
e vos trarei a vossa própria terra” (Ezequiel 39:28). 
Esse pequeno ponto escuro no mapa abaixo é Israel hoje, 
cercado de todos os lados (exceto o mar) por extensos países mu-
çulmanos.
 
*Nota: Apesar da Diáspora (Dispersão), algumas comunidades 
judaicas conseguiram permanecer residindo continuamente em cidades 
como Jerusalém, Safed (Sfat), Tiberíades, Siquém e Hebrom (Hevron).
OS JUDEUS SEMPRE SE EMPENHARAM PELA TERRA 
DE ISRAEL
Crendo fielmente nas profecias bíblicas, os judeus sempre 
tiveram vinculo, indestrutível, com a Terra de Israel.
Tivemos batalhas e as temos (como nos tempos bíblicos). 
Temos ciência de que satanás lutou e luta para que as promessas 
de Adonai não se cumpram em Israel. 
109
Como exemplo disso, na ocasião do renascimento do Estado 
de Israel, estávamos sob o domínio inglês e o último alto comissá-
rio do mandato britânico, não se empenhou para fazer a transfe-
rência justa da autoridade para Israel, como deveria; não houve da 
parte deles nenhuma cooperação para o estabelecimento do Estado 
Judeu. Ao contrario, os arquivos oficiais foram queimados por eles. 
Os bens do Estado foram transferidos para a Inglaterra, uma parte 
colocada em leilão, e outra parte doada para os árabes. Os trens pa-
raram. O correio deixou de funcionar. Muito embora houvesse um 
saldo até substancial, nenhum centavo foi deixado no Tesouro para 
Israel. Porém mais uma vez, Adonai não abandonou o Seu povo. 
“A HISTÓRIA DO NAVIO ÊXODOS 1947 É UMA MOSTRA 
DA PAIXÃO DO POVO JUDEU POR ERETZ ISRAEL” 
Após o final da 2ª guerra Mundial, a organização American 
Friends of the Haganah comprou por 40 mil dólares, um navio para 
ser usado pela Aliá Beit - a organização de imigração judaica. Seu 
nome original, "President Warfield", foi trocado pela tripulação 
para "Êxodus 1947". Adotou o nome do segundo livro da Torah 
(Bíblia), Êxodo, que relata a libertação do Povo Judeu do Egito e o 
início de sua jornada à Terra Prometida. 
O navio partiu de Baltimore, Estados Unidos, em direção à 
Europa. Depois de aportar na Itália, foi conduzido à França, de 
onde partiria para Eretz Israel, o tão sonhado destino final. 
Em 18 de julho, 1947: o navio Exodus se aproximava de Eretz 
Israel (Terra de Israel) em seu mastro tremulava a bandeira sio-
nista. A bordo estavam 4.554 judeus sobreviventes do holocausto, 
(terrível genocídio nazista), todos determinados a recomeçar a vida 
em Eretz Israel, o único lugar no mundo que aceitavam chamar 
de “lar”. Em cada passageiro havia um sonho acalentado por seus 
antepassados, e acreditavam ser esse o momento de voltar pra casa.
110
Israel - Cumprindo Profecias
A terrível recepção dos ingleses. 
Mas como de outras vezes, os britânicos, estavam à espera 
do navio como “inimigo”, Ainda em águas internacionais, onde a 
Marinha Real inglesa não tinha jurisdição, os soldados britânicos 
abordaram o navio abriram fogo contra ele, mataram algumas pes-
soas e feriram a 120 delas. 
Os ingleses haviam fechado o porto, ao qual somente tinham 
acesso, militares ingleses e alguns jornalistas da mídia internacio-
nal. No cais se viam tanques, policiais, militares e 500 homens da 
artilharia britânica. Ao lado do cais, aguardavam (pelos judeus), 
três navios-prisão: “Ocean Vigour”, “Runnymede Park” e “Empi-
re Rival”. Porém, milhares de judeus que viviam em Eretz Israel 
também aguardavam a chegada do Navio Exodus. Mas, o exército 
britânico os impediu de se aproximar, então foram até a barreira 
militar inglesa até onde podiam chegar e, a plenos pulmões, canta-
vam o Hativka, o Hino da Esperança (hoje o hino nacional de Isra-
el), a voz deles ressoava por todo o porto (queriam ser ouvidos pelos 
tripulantes do navio. Queriam que eles soubessem que não estavam 
sozinhos, mas que havia um povo em Eretz Israel, que mesmo que 
reprimido, os esperava ansioso). 
E quando o “Exodus 1947” atracou no porto de Haifa, os bri-
tânicos removeram seus passageiros, à força, confiscando seus bens, 
e separando as famílias, provocando pânico entre os refugiados, que 
ainda tinham abertas as feridas causadas em sua alma pelas “sepa-
rações” impostas pelos nazistas. Em seguida, foram colocados nos 
três navios de deportação, na realidade eram, prisões flutuantes. 
A exemplo desse, muitos outros casos aconteceram (de 63 navios 
que traziam judeus, 58 deles foram interceptados pelos britânicos). 
O diabo tentando impedir que o plano de Adonai fosse executado.
Eles foram mandados de volta pra Franca e depois para a 
Alemanha. Durante um mês, os ingleses tentaram registrar e obter 
informações sobre os passageiros do “Exodus1947”. Mas a todas 
as perguntas os judeus respondiam com uma única resposta: “Eretz 
111
Sarah Elzeny Zayit
Israel!” “De onde você vem?”, perguntavam os ingleses. “Eretz Isra-
el”, respondiam os judeus. “Qual o seu nome?” “Eretz Israel”. “Tem 
cidadania de que país?” “Eretz Israel”, e assim por diante. 
Logo depois da chegada do “Exodus 1947” nos campos bri-
tânicos de detenção, os judeus de Israel já estavam prontos para 
tirá-los da Europa. Liderados por membros do Palmach, em Haifa. 
Poucos meses depois, a maioria deles já havia fugido da zona de 
ocupação inglesa, na Alemanha, e estavam a caminho da Terra de 
Israel. *(Revista Morasha no.57)
Felizmente a despeito de toda a ação contraria do inimigo, 
Adonai os trouxe de volta, por graça e misericórdia Dele. E com 
a fundação do Estado de Israel, puderam sentir-se a salvo em solo 
judeu; finalmente em casa! Glorias Ao Eterno Bendito Seja Ele! 
É sabido que juntamente com os judeus, milhões de evangé-
licos, em todo o mundo oravam crendo que: o que O Eterno falou 
sobre o Seu povo não era apenas uma figura, mas era literal, real, 
por isso aguardavam com ansiedade pelo cumprimento das profe-
cias sobre Israel. As portas foram abertas, e judeus de mais de 100 
países voltaram pra casa, a sua Pátria Israel. As profecias têm se 
cumprido dia a dia na Terra de Deus!
113
Pela primeira vez, depois de quase 2000 anos da destruição 
do Estado Judeu, 197 representantes de 17 países, reuniram-se às 
margens do Reno na Suíça, para discutir sobre a recriação do Es-
tado de Israel, de 29 a 31 de agosto do ano de 1897. Foi o primeiro 
Congresso Sionista, em nosso tempo. 
O jornalista judeu, de nome Theodor Herzl (cujo nome ju-
deu era Binyamin Ze’ev), que promoveu o congresso, falou mui 
emocionado aos congressistas:
Congresso Sionista da Basiléia
Jornalista Theodor Herzl
114
Israel - Cumprindo Profecias
“Somos um povo. Todos os povos têm uma pátria. Precisamosde uma pátria nacional para nosso povo. Por isso queremos lançar 
a pedra fundamental para a casa que um dia vai abrigar a nação 
judaica”.
Quando terminou seu discurso, Herzl foi entusiasticamente 
aplaudido. Muitos viam nele um “predestinado por Deus” e ou-
tros o novo “rei dos judeus”. Muitos chegaram a pensar que ele era 
o Messias.
Ao final do Primeiro Congresso Sionista publicou-se um 
manifesto intitulado “O Programa da Basiléia”, onde se lê, entre 
outras coisas, que: “O sionismo almeja para o povo judeu a criação 
de uma pátria na Palestina com garantias públicas e legais” (na-
quela época, a terra de Israel, era chamada de Palestina).
*Nota: o nome “Palestina” foi colocado no país de Israel pelo pagão 
imperador romano Adriano, no ano de 135 d.C. quando também mudou 
o nome de Jerusalém para Aélia Capitolina, em honra a si próprio e Ae-
lius era seu nome de família e do principal deus romano, Júpiter.Também 
profanou os lugares santos ordenou a construção de um templo a Jupter 
no local do Templo de Adonai. Proibiu a circuncisão o que culminou na 
revolta liderada pelo judeu Simon bar Kochba.
Theodor Herzl profetizou!
Três dias após a primeira reunião do congresso de Basileia, 
em 3 de setembro de 1897, Theodor Herzl escreveu em seu diário 
essas Palavras proféticas: “Se eu resumir o Congresso da Basiléia 
em uma única frase – que evitarei falar publicamente – ela seria: na 
Basiléia fundei o Estado judeu. Se hoje eu fosse falar isso em voz 
alta, uma zombaria universal viria como resposta. Asseguro que, 
talvez em cinco anos, mais certamente em 50 anos, cada um o verá”. 
Essas palavras, que parecia verdadeira utopia na época, po-
rém, Herzl estava sendo usado por Adonai para profetizar. Ele foi 
um profeta de Israel. Não sei se consciente ou inconscientemente 
115
Sarah Elzeny Zayit
ele preparou o caminho para o cumprimento de grandiosas pro-
messas bíblico-proféticas.
Em 1904 Herzl faleceu porém o ideal sionista não morreu, 
nem desapareceu com ele a idéia de estabelecer outra vez, em ter-
ras bíblicas de Israel, um Estado judeu. 
Herzl cursou o ensino fundamental em colégio evangélico, 
por ter sido descriminado no colégio publico de seu País, por ele 
ser judeu. Acredito que ele teve influencia evangélica bíblica, o 
que ajudou levá-lo a ser, talvez, o maior sionista que já existiu, 
com tremenda fé e convicção de que era o tempo de Adonai para 
o ressurgimento de Israel como Nação.
A partir daí o movimento tomou como seu foco definitivo 
e se fortificou em 1917 sobre o estabelecimento de um Estado 
Judeu na Palestina, no lugar do antigo Reino de Israel. 
117
Cinquenta anos depois da palavra profética de Herzl (exata-
mente como ele havia predito), numa histórica sessão da Assem-
bleia Geral da ONU (das Nações Unidas), em 29 de novembro de 
1947, presidida pelo então Chanceler brasileiro, Oswaldo Aranha 
(cabendo a ele o voto decisivo), decidiu-se o estabelecimento do 
Estado de Israel em sua Terra Biblica.
Com isso, a fundação ‘de direito’ do Estado de Israel era um 
fato consumado dentro do direito internacional. Alguns meses 
mais tarde, em 14 de maio de 1948 (5 de Yiar de 5708 segundo o 
calendário judaico), foi proclamado em Tel Aviv o novo Estado de 
Israel como continuação do Israel bíblico. Foi a concretização de 
um sonho de quase dois mil anos do povo judeu. Cumprindo as 
palavras proféticas de Isaias, que afirmam que Israel voltaria a ser 
criado num só dia (Isaias 66:87 a 9).
Meu avô contava que não deixava que ninguém falasse ou 
fizesse qualquer ruído, porque estava atento as noticias do radio. 
Era difícil a transmissão, o radio era cheio de chiado, e qualquer 
ruído exterior não permitiria que se ouvissem as noticias (para 
ele) as mais importantes de toda a vida. Foi um momento alto 
para o povo judeu, bem como para as Nações Unidas, que não 
haviam conhecido uma ocasião de exaltação semelhante.
O Dia em que Israel Renasceu
118
Israel - Cumprindo Profecias
 O judaísmo na Palestina passou da noite para o dia, da con-
dição de menosprezado e perseguido, para uma Nação, para um 
Estado reconhecido internacionalmente. Lembro-me de que meu 
avô cantava todos os dias: “Jerusalém, Jerusalém! Levanta-te do 
pó, pois já a ti teus filhos vêm, os filhos de Jacó”. Ele, a exemplo de 
judeus de todo o mundo, orava e ansiava por Israel e por Jerusa-
lém e estava nessa expectativa. Nosso povo esteve disperso e sem 
pátria por quase 2000 anos.
 
O RENASCIMENTO DE ISRAEL FOI VERDADEIRO 
MILAGRE!
Depoimento de Zevi Ghivelder: 
“O dia do milagre. A par do extraordinário triunfo do movi-
mento sionista, a fundação do Estado de Israel, 60 anos atrás, con-
tém intrigantes elementos que inclusive podem ser apontados como 
sobrenaturais. Do ponto de vista político, jamais uma nação foi 
criada por votos de outros países. Sob a ótica histórica, a jornada 
percorrida pelo povo judeu corresponde a uma sucessão de mila-
gres. Depois de dois mil anos de injustiças, perseguições, massacres 
e assassinatos em massa, este povo sobrevive forte, vibrante e, há 
seis décadas, soberano em sua pátria”. *(Morasha abril de 2008)
Depoimento de Moacyr Scliar
“A lembrança, vaga agora, remete-me à noite de 14 maio de 
1948. Vejo-me caminhando pelas ruas do Bom Fim. Vejo fisiono-
mias radiantes, ouço gritos de júbilo... O Estado de Israel acabava 
de ser proclamado. Eu não podia me dar conta do que aquilo exa-
tamente significava, mas a emoção me invadia irresistivelmente. O 
Estado judeu era uma realidade.”
“Se para um garoto de onze anos a data revestiu-se de tal sig-
nificado, imagine-se o que ela representou para os adultos, muitos 
deles emigrantes da Europa Oriental, vários sobreviventes do Holo-
causto. Imagine-se o que significou para as comunidades judaicas 
119
Sarah Elzeny Zayit
de todo o mundo. A sensação era de que um sonho enfim estava 
se realizando. Aliás, não era só sensação: era aquilo mesmo. Um 
sonho se realizava”. (Moacyr Scliar).* (http://www.espacoacademico.com.
br/011/11pol01.htm)
121
Em 14 de Maio de 1948, quando o último alto comissário 
inglês e seus auxiliares deixaram o solo de Israel, de um cruzador 
fora das águas territoriais, sinalizou o fim da era mandatária in-
glesa. Numa breve cerimônia no Museu de Tel Aviv, às 16 horas 
(Bem Gurion lendo a declaração de Independência do Estado de Israel em Tel Aviv)
Independência do Estado de Israel
122
Israel - Cumprindo Profecias
daquele dia (poucas horas antes do Shabat) Renasceu o Estado 
de Israel. Duzentas e quarenta pessoas testemunharam uma nova 
pagina na historia judaica, ao ler Bem Gurion, emocionado, a 
Proclamação da Independência. 
A Declaração do Estabelecimento do Estado de Israel, 
pelos membros do Conselho Nacional representante da co-
munidade judaica no País e do movimento sionista mundial, 
constitui o credo da nação. Ela inclui referências aos impera-
tivos históricos do renascimento de Israel; as diretrizes de um 
Estado Judeu democrático baseado em liberdade, justiça e paz, 
conforme a visão dos profetas bíblicos; e um apelo por rela-
ções pacíficas com os vizinhos Estados árabes, para o benefício 
de toda a região. 
A DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DE ISRAEL 
(parte dela)
 
123
Sarah Elzeny Zayit
“ERETZ-ISRAEL (a terra de Israel) foi a terra natal do povo 
judeu. Aqui tomou forma a sua identidade espiritual, religiosa e 
política. Foi aqui que, pela primeira vez , os judeus se constituíram 
em um Estado, criaram valores culturais de significação nacional e 
universal, e deram ao mundo o eterno Livro dos livros.
Depois de forçado a exilar-se de sua terra, o povo judeu per-
maneceu-lhe fiel em todos os países da sua dispersão, nunca dei-
xando de orar por ela, na esperança de ali regressar e restabelecer 
sua liberdade política.
Impelidos por esse apego histórico e tradicional, os judeus se 
empenharam, de geração em geração, no ideal de se reinstalarem 
em sua antiga pátria, e em décadas recentes voltaram em massa. 
Pioneiros, ma’apilim(imigrantes para Israel em desafio as restrições 
legais) fizeram florir os desertos, reviveram a língua hebraica, cons-
truíram cidades e povoados, e criaram uma comunidade próspera, 
controlando sua própria economia e cultura, amando a paz, mas 
sabendo como se defender, trazendo as bênçãos do progresso a todos 
os habitantes do País, e aspirando por uma Nação Soberana...
Sobreviventes do holocausto nazista na Europa, bem como 
judeus de outras partes do mundo, continuaram a migrar para 
Eretz-Israel, sem temer dificuldades, restrições e perigos, não ces-
sando nunca de afirmar seu direito de uma vida digna, livre e de 
trabalho honesto em seu lar nacional...
...Nós os membros do Conselho do povo, representantes da 
Comunidade Judaica de Eretz-Israel e do Movimento Sionista, es-
tamos aqui reunidos no dia do termino do mandato britânico sobre 
Eretz-Israel e, em virtude do nosso direito natural e histórico e por 
força da resolução da Assembleia das Nações Unidas, pela presente 
declaramos o estabelecimento de um ESTADO JUDEU DE ISRA-
EL...
O ESTADO DE ISRAEL estará aberto a imigrações judaicas e 
para o Retorno dos Exilados;... Basear-se-á nos princípios de liber-
dade, justiça e paz, conforme concebidos pelos profetas de Israel...
124
Apelamos ao povo judeu em toda Diáspora para que cerre 
fileiras em torno dos judeus de Eretz-Israel, nas tarefas de imigra-
ção e reconstrução e para que esteja ao seu lado na grande luta pela 
realização do sonho secular: REDENÇÃO DE ISRAEL.
CONFIANDO NO TODO-PODEROSO, apomos nossas as-
sinaturas a esta Proclamação Nesta Sessão do Conselho de Estado 
Provisório. No SOLO PÁTRIO, na cidade de Tel-Aviv, nesta véspera 
de sábado, 5 de Iar de 5708 (14 de Maio de 1948)”. 
* David Bem Gurion 
DAVID BEM GURION 
Era um apaixonado Sionista que cria nas profecias bíblicas, e 
ardentemente lutou, com todas as forças de sua alma para que cada 
Palavra De Adonai se cumprisse. Em sua mesa de escritório e em 
sua parede estava constantemente a profecia sobre a restauração de 
Israel como nação, e a visão do profeta Ezequiel (37) sobre o vale de 
ossos secos de onde se levantaria um grande e poderoso exército.
Ao findar a leitura da proclamação do Renascimento do Es-
tado de Israel, escrita em pergaminho (um rolo como a Torah) que 
segundo o Instituto de Padrões deveria durar ao menos dois mil 
anos, seus signatários foram à mesa para dar-lhe sanção e juntos 
com o venerável rabino Yehudah Leib Há-Cohen Fishman, numa 
só voz, em tom emocionado, com lágrimas de alegria, oraram pro-
ferindo uma benção em hebraico: “Bendito és Tu, Adonai nosso 
Deus, Rei do Universo, que nos mantiveste vivos, que nos preservas-
te, nos conduziste e nos permitiste ver este tão esperado dia”. 
A partir daquele momento era real a soberania e a continui-
dade do povo judeu na Pátria de seus ancestrais e isso era irrever-
sível, conforme as profecias bíblicas. 
Um dos signatários por nome de Chaim Shapira disse: 
“Quando completei a minha assinatura, tive a nítida sensação de 
que estava acontecendo um milagre”!
125
Sarah Elzeny Zayit
Desde essa data, quando Israel conquistou sua indepen-
dência, o Estado tem evoluído e alcançado notáveis feitos. Hoje 
soma mais de oito milhões de habitantes. Tivemos a imigração de 
judeus provenientes de mais de 100 países. Israel conseguiu de-
senvolver uma extraordinária economia e ciência, especialmente 
nos campos da alta tecnologia, da medicina, agricultura, biotec-
nologia e nanotecnologia. Ao mesmo tempo, a rica vida cultural 
criada em Israel e o renascimento da língua antiga hebraica.
“Assim, Israel surgiu como nação, num só dia, inaugurando 
dessa forma, a tão esperada “Era Messiânica”” 
*(palavras de Ben Gurion, por ocasião da fundação do Estado de 
Israel em 1948) 
ISRAEL É A ÚNICA NAÇÃO CRIADA PELA 
SOBERANIA DE ADONAI!
A profecia diz que a nação nasceria em um só dia! “Poder-
-se-ia fazer nascer uma terra num só dia?”. Nasceria uma nação 
de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu a luz a seus fi-
lhos. Abriria Eu a madre e não geraria? Diz Adonai; Geraria Eu e 
126
Israel - Cumprindo Profecias
fecharia a madre? Diz O teu Deus. Regozijai-vos com Jerusalém e 
alegrai-vos por ela, e todos vós que a amais: enchei-vos de alegria, 
todos os que por ela pranteastes... Deleitai-vos com o resplendor 
de sua gloria. E em Jerusalém sereis consolados. “E isso vereis e 
alegrar-se-á o vosso coração” (Is. 66:8 a 14).
Bem Gurion disse: “Em Israel, para ser realista, você tem 
que acreditar em milagres”. Ele gostava de repetir: “Só é realista 
o judeu que acredita em milagres”. O milagre aconteceu e a pro-
messa de Adonai estava se cumprindo, e continua dia a dia,em 
Israel. Deus é Fiel e Sua Palavra se cumpre na integra! “Fiel é O 
que vos chama e O que também o fará” (I Tessalonicenses 5:24) 
“Cheguemo-nos a Ele com verdadeiro coração, em inteira certeza 
de fé... retenhamos firme a confissão da nossa herança; porque Fiel 
é O que prometeu”. (Hebreus 10:22 e 23)
Enquanto David Ben-Gurion lia o texto da Declaração de 
Independência do Estado de Israel, no Museu de Arte de Tel Aviv, 
a multidão feliz festejava a realização do sonho há muito acalen-
tado, dançando e cantando nas ruas de Tel Aviv, Jerusalém, Haifa, 
e por todo Israel, cumprindo a profecia que diz: “oh virgem de Is-
rael! Ainda serás adornada e sairás com o coro dos que dançam!” 
Jeremias (31:4).
127
Sarah Elzeny Zayit
Os judeus esperaram, ansiando e orando durante quase 
dois milênios. Assim como no tempo em que caminhavam pelo 
Deserto de Sinai, procuravam pela proteção Divina, como uma 
nuvem que os protegia do sol, figurando uma proteção espiritual 
sobre suas cabeças, enquanto vagavam pelo deserto, na esperan-
ça da Terra Prometida; agora não mais no Sinai, mas no deserto 
da diáspora espalhados por todo o mundo. Eles esperavam uma 
promessa feita por Adonai de que Seu acordo, Sua aliança, Seu 
pacto com os patriarcas ainda estavam em vigor. Necessitavam 
do cumprimento do pacto, e não apenas uma proteção provisó-
ria contra as perseguições. Somente a própria Terra Prometida 
seria, de fato, a resposta de Adonai, de que Seu pacto estava em 
pé. A criação do Estado de Israel foi considerada o inicio da 
redenção, cumprimento da promessa no pacto de Adonai com 
Seu povo. 
Agora éramos reconhecidos como Nação, e Estado sobera-
no de Israel; cuja constituição (as Leis que o regeriam) haveria de 
ser a Bíblia Sagrada. 
Israel é para os judeus o seu lar, País de origem e lugar 
de refugio, mas acima de tudo a Terra Santa é o cumprimento 
do pacto, é a promessa da tão longamente esperada redenção, 
que começou a ser realizada por Adonai nestes dias e que se 
concretizará com a chegada Do Rei Mashiach (O Messias de 
Israel).
O Ex-Premiê de Israel, Ariel Sharon disse em um discurso 
por ocasião da comemoração da Independência de Israel: “Hoje 
os judeus são independentes e livres. Tudo graças ao Exército de 
Defesa de Israel, a Tsahal, a persistência do povo judeu em sobre-
viver e principalmente a “Kadosh Mi Israel Baruch Hu” (O Santo 
de Israel, O Eterno Bendito Seja Ele), se não fosse por Ele não es-
taríamos hoje em Israel”. 
128
Israel - Cumprindo Profecias
Binyamin Netanyahu falando sobre o 65 º aniversário da 
libertação do campo de concentração nazi de Auschwitz, na Po-
lônia, o premiê israelense, proclamou o cumprimento da visão 
do profeta Ezequiel sobre o vale de ossos secos e disse: “O povo 
judeu passou de cinzas e destruição, de uma dor terrível, que nun-
ca pode ser curada, armados com o espírito judaico, a justiça do 
homem, e a visão dos profetas, que brotou e cresceu novos ramos 
e raízes profundas. Ossos secos ficaram cobertos com a carne, e 
cheios do espírito, eles viveram e se puseram em seus próprios 
pés, como Ezequiel profetizou”. Adonai disse: Eu Sou O Senhor 
vosso Santo, o Criador de Israel!”. (Isaías 43:6 e 15).
Por crer fielmente nas profecias bíblicas, Sião sempre foi e 
continua sendo a expressão da esperança danação judaica, que 
aguarda o Messias (Mashiach) nestes finais dos tempos e que an-
seia pelo Seu reinado de paz. Por isso O hino Nacional de Israel 
expressa a esperança de ver a profecia totalmente cumprida, de 
que todo judeu volte a sua terra, a Jerusalém. 
129
Israel foi restabelecido para que O Nome De Adonai seja 
conhecido em toda a terra; para que o mundo todo entenda 
que O Eterno cumpre o que diz e que Sua Palavra é a verdade. 
A prova disso está em cada profecia, que dia a dia, se cumpre 
na terra de Israel. Por isso seus símbolos são espirituais e sua 
constituição a Bíblia Sagrada. “De Sião sairá a Lei e de Jeru-
salém a Palavra de Deus” (Miquéias 4:2); até que se cumpra, 
na integra, essa profecia: “E toda terra se enchera do conhe-
cimento da glória De Adonai, como as águas cobrem o mar” 
(Zacarias 14:8).
HINO NACIONAL DE ISRAEL “Hatikva” (Esperança):
“Enquanto no fundo do coração, Palpitar uma alma judaica”,
E em direção ao Oriente, O olhar voltar-se a Tsion (Sião). 
Nossa esperança ainda não estará perdida.
Esperança de dois mil anos
De ser um povo livre, em nossa terra:
“A terra de Tsion (Sião) Yerushalaim (Jerusalém)”. 
Simbolos de Israel
130
Israel - Cumprindo Profecias
Inspirado na profecia de Ezequiel. Naftali Herz Imber, um 
jovem poeta, de 22 anos, por volta de 1878 escreveu um poema 
“Hatikva” - a esperança, comovido com a fundação do primeiro 
assentamento judaico em Eretz Israel, (Depois da dispersão) “Pe-
tach Tikva” (em hebraico, Portal da Esperança).
Profundamente emocionado e, influenciado pela profecia 
de Ezequiel, escreveu as palavras que refletem a lembrança, a dor 
e, principalmente, da esperança imortal do povo judeu ao longo 
dos anos de exílio; do acalentado sonho de um dia retornar, sobe-
rano e independente, à sua terra ancestral. 
Durante o 8º Congresso Sionista (que lutava por sua Pá-
tria em Israel), em 1907, o hino foi cantado pelos participantes 
em uma manifestação espontânea a “Hatikva” e foi depois oficial-
mente adotado como hino do Movimento Sionista, juntamente 
com a bandeira azul e branca com a estrela de David, usada e ado-
tada durante o 18º Congresso Sionista, em 1933. O hino passou 
a ser cantado em todas as comemorações que envolviam o povo 
judeu, e que após renascimento do Estado Judeu passou a ser seu 
hino oficial de Israel.
Brasão. Esse é brasão de Israel, o 
Símbolo do Estado de Israel. Ele contém 
a Menoráh (candelabro) e dois ramos de 
oliveira, conforme a visão do profeta Za-
carias (4:2-3 e 12): “... eis um castiçal de 
ouro... com sete lâmpadas... dois ramos 
de oliveira, um a direita e outro a esquer-
da”. A Menoráh representa a presença De 
Adonai e os ramos da oliveira represen-
tam os filhos do azeite, ou seja, filhos da unção. 
131
Sarah Elzeny Zayit
Candelabro – Menoráh
Candelabro (Menoráh) significa a 
Shechinah, a gloria da presença de Ado-
nai no Tabernáculo no deserto e depois 
no Templo. Ou seja, “Deus está no meio 
do Seu povo”. Adonai ordenou a Moises 
e disse: “Tu, pois ordenarás aos filhos de 
Israel que tragam azeite puro de olivei-
ras, batido para o candelabro para fazer 
arder suas lâmpadas continuamente”. 
(Êxodo 27:20).
Já no período Hasmoneu, séc. I a.C, a Moeda usada conti-
nha a Menoráh. Através dos tempos, a menoráh sempre foi um 
símbolo da herança e tradição judaica, em inúmeros lugares e 
com grande variedade de formas. Há pouco foi descoberta uma 
sinagoga em Magdala do tempo de Yeshuah uma menoráh escul-
pida em pedra.
A Menoráh também representa O Espírito De Deus (Za-
carias 4:1-6). É também a figura de Yeshuah (Jesus) que é a Luz 
do mundo. A menoráh de ouro foi desenhada Pelo Próprio Deus 
e passada para Moises (Moshê) foi um dos principais objetos de 
culto no Tabernáculo Santo e no Templo (Beit HaMikdash) em 
Jerusalém. Representa o nosso conhecimento De Adonai, quan-
do somos iluminados e recebemos a revelação da Palavra Dele. 
Seria muito mais bíblico que a Menorah (o candelabro de 
sete pontas) fosse também usado hoje como o símbolo nas igrejas 
cristãs, porque ela representa a SHECHINAH DE DEUS (a gloria 
da presença do Todo Poderoso no meio do povo) em lugar da 
cruz, pois esta representa maldição. Bendito é O que foi pendura-
do na cruz, mas a cruz é maldita, Ele se fez maldição por nós (em 
nosso lugar, levando o peso de nosso pecado) naquele momen-
to que estava sobre a cruz. Porque estava escrito que era maldito 
132
Israel - Cumprindo Profecias
todo o que fosse pendurado em uma cruz.(Gálatas 3:13). 
Pense comigo: se alguém que você muito ama (Deus nos 
livre) fosse morto com um punhal, você guardaria aquele punhal 
como relíquia e o desenharia para por nas paredes de sua casa? 
Tenho certeza que desprezaria aquele maldito objeto usado para 
morte da pessoa amada. A cruz seria esse punhal; ela é maldita, O 
Senhor é Bendito. (Baruch Hu). 
Nota: A cruz não foi usada pela igreja primitiva, e só foi anexada 
a Igreja crista, no ano 312 d.C., pelo pagão imperador Constantino que 
dizia-se protegido pelo deus Hercules; adorador do “deus sol invicto” a 
quem instituiu culto e para submeter pacificamente os cristãos, disse ter 
sonhado que o símbolo da cruz que o faria vencer as batalhas. Sendo Im-
perador, ordenou o uso da cruz nas igrejas, contudo sem abandonar o 
“deus sol” que o manteve como símbolo principal em suas moedas. Em 
326 d.C. ele ofereceu culto ao “deus Jupter”. A enciclopédia Hidria observa 
que um dia anterior a sua morte Constantino ofereceu sacrifício a “deus 
Zeus”. Esse homem instituiu o uso da cruz cristã.
Nada melhor para representar Yeshuah (Jesus) do que o 
Candelabro. “O Cordeiro é a sua lâmpada” (Apocalipse 21;23). 
Yeshuah (Jesus) Disse: “Estejam acesas as vossas lâmpadas” (Lu-
cas 12:35), “Eu sou a luz do mundo”. Está na hora da Igreja acen-
der sua candeia e receber a iluminação e a revelação da Palavra de 
Adonai, para romper com as tradições romanas e pagãs e voltar à 
Igreja primitiva, ou seja, à verdade da Palavra de Deus. Não im-
porta se a tradição ja tem quinhentos ou tem mil anos; se não é 
bíblica temos de deixá-la. 
Ramos de Oliveira. Na profecia de Oséias (14:6) O Eterno 
fala: “Serei como orvalho para Israel, que há de florescer”...“Estender-
-se-ão seus ramos e sua beleza será como da oliveira”. Salmos 128:3 
que diz: “Seus filhos são como ramos de oliveira”. A Oliveira signi-
fica o povo de Israel, a família de Abraão. Ela foi mencionada pelo 
133
Apostolo Paulo (Rabino Shaul) em Romanos 11:24 “porque se tu 
foste cortado do natural zambujeiro e contra a natureza, foste en-
xertado na boa Oliveira, quanto mais esses (os filhos de Israel) 
que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira”.
Na visão do profeta Zacarias (4:2, 3 e 12), Adonai levou-o a 
Jerusalém e mostrou-lhe um candelabro (menoráh) de ouro, com 
dois ramos de oliveiras ao seu lado, um a sua direita e outro a sua 
esquerda. O profeta perguntou o significado da visão e o anjo que o 
acompanhava disse-lhe que os ramos de oliveira eram dois ungidos 
que estavam diante do Eterno Rei de toda a Terra. Por isso, os ramos 
de oliveira dos dois lados representam o anseio de Israel por paz, pela 
chegado do Mashiach (Messias) e pela reconstrução do 3º templo.
Da Oliveira a unção e o incenso. Do fruto da oliveira é ex-
traído o azeite e este era usado para unção dos sacerdotes e uten-
sílios do templo e para acender o candelabro diante Do Eterno. O 
azeite da oliveira era também um dos componentes aromáticos 
usados no altar de incenso, o altar de ouro, ordenado por Adonai 
a Moshê (Moises). O texto bíblico fala: “E nunca falte azeite sobre 
tua cabeça”.(Eclesiastes 9:8). Com esse azeite somos ungidos; a san-
ta unção que representa O Espírito santo. (Êxodo 30:25).
A moeda tem o mesmo nome dos tempos bíblicos.
 
(à direita moeda atual e a esquerda Moeda do tempo do 2º.Templo encontrada em 
atuais escavações).
Há quase 4.000 anos, o “shekel” (traduzido em português 
como “siclo”) foi a moeda usada por Abraão, quando comprou a 
134Israel - Cumprindo Profecias
caverna de Macpela com 400 siclos de prata (Gênesis 23). O siclo 
(shekel) era a moeda usada para se ofertar no Templo em Jerusa-
lém e para pagar o tributo. Agora Israel volta a usar essa moeda 
bíblica e como sua moeda corrente.
A Estrela de David. 
Significado. A estrela de David tem 
seis pontas externas e mais seis pontas 
internas (seis pontas azuis e seis brancas) 
perfazendo o total de doze pontas, que é 
o número das doze tribos de Israel, sob 
o cuidado de Adonai.
A estrela é uma figura divergente, 
pois todos os pontos saem de dentro para 
fora, isso representa que O Deus de Israel 
será levado a todas as nações e conhecido em todas as direções. O 
Seu Santo Nome será levado a todos os lados da terra, porque Ado-
nai escolheu a Israel, para através dele, fazer Seu Grande Nome ser 
conhecido em toda a terra. (jamais os deuses da terra serão levados 
a Israel, por isso a figura é divergente e não convergente).
No meio da bandeira de Israel existe uma ESTRELA DE 
DAVID (Maguen David) (literalmente “escudo” de Davi,) é um 
dos símbolos judaicos muito importante. Segundo a tradição ju-
daica a estrela simboliza um selo ou um escudo de armas criado 
pelo Rei Davi para dizer que “Adonai é O nosso Escudo”. O sím-
bolo recebeu o nome de David, que sempre confiou que o Reino 
de Adonai se estendia a todos os cantos do mundo e, por esta 
razão, não temia reis humanos. (I Reis 3:15).
O Maguen David (estrela de David) é usado em sinagogas 
e cemitérios, ornamenta os livros da Toráh e o cortinado da Arca 
Sagrada. Simboliza que Adonai reina acima, embaixo e nos qua-
135
Sarah Elzeny Zayit
tro pontos cardeais. 
Por esse motivo a bandeira do povo judeu, tem no centro 
dela um dos mais antigos símbolos nacionais judaico. Dessa for-
ma, expressamos nossa crença de que confiamos não apenas no 
nosso exército, mas, principalmente, na Fortaleza do Senhor dos 
Exércitos de Israel. “Israel, confia no Eterno, Ele é seu socorro e seu 
escudo” (Salmos, 115:9).
Davi foi o Rei mais importante de Israel, porque foi esco-
lhido por Adonai e era segundo o Seu coração. Hoje O Eterno 
procura homens segundo o Seu coração, com quem possa contar. 
Homem que ignore as vozes estranhas, e que escute somente a 
Adonai, como Davi em frente ao gigante Golias. Todos diziam 
para que não enfrentasse aquele filisteu, mas Davi ouvia somente 
a voz do Espírito de Deus. Acredito que em seu coração podia 
ouvir Deus dizer: “vai Davi e Eu serei contigo”. A promessa de 
Adonai sobre o Mashiach (Messias) de Israel é que viria de Davi. 
Por isso é chamado “Filho de Davi”.
Existe a estrela David esculpida em pedra nas ruínas da an-
tiga cidade de Kfar Nachum (Cafarnaum), pertencia a sinagoga 
daquela cidade na Galiléia, o que confirma que o símbolo já era 
usado pelo povo judeu por volta do primeiro século d.C. (Foto: 
estrela de David,do 1º sec., em Cafarnaum)
136
Israel - Cumprindo Profecias
Bandeira de Israel. 
Os idealizadores da ban-
deira sionista a criaram o mais 
espiritual possível! Obedecendo 
ao que disse O Eterno: “Neste 
mundo fiz convosco estandartes, 
como foi dito, cada homem com 
seu estandarte (sua bandeira), 
com emblemas da tribo de seus 
pais” (Números 2:2). 
A bandeira de Israel teria que ser algo com representação, 
não apenas cívico, mas espiritual, porque Adonai ordenou que 
se levantasse estandarte e disse: “E farei deles estandartes para 
O Meu Nome. Porque são meus filhos, como é dito, ‘sois filhos de 
Adonai, e Ele vosso Deus’. E são meus exércitos”.
A escolha da bandeira israelense. David Wolffsohn, que 
participou do Primeiro Congresso Sionista, em 1897, detalhou a 
história do nascimento da bandeira israelense: 
“A convite de nosso líder, Herzl, vim para a Basiléia para os 
preparativos do Congresso. Entre muitos outros problemas que me 
ocupavam, havia um que continha algo da essência do problema 
judaico: Que bandeira seria pendurada no Salão do Congresso?”.
“Então tive uma idéia. Temos uma bandeira, e é azul e bran-
ca. O talit (manto de orações), com o qual nos cobrimos quando 
oramos: este é nosso símbolo!. Vamos tirar o talit de sua sacola e 
vamos desenrolá-lo perante os olhos de Israel e os de todas as na-
ções. Então encomendei uma bandeira azul e branca com a Estrela 
de David pintada.
“Foi assim que a bandeira nacional de Israel, que esteve no 
Salão do Congresso, e novamente surgiu”.
137
Sarah Elzeny Zayit
 Adonai ordenou que se fizesse estandarte (bandeira). 
“Os que armarem as suas tendas do lado do oriente, para o 
nascente, serão os da bandeira do exército de Judá, segundo os seus 
esquadrões.” (Números 2:3)
Moisés (Moshê) instituiu estandartes (bandeiras) para cada 
uma das tribos. “Cada um sobre o seu estandarte, com as insígnias 
da casa de seus pais, acamparam os filhos de Israel” (Números 2:2). 
“Cada estandarte terá o seu símbolo e nele um mapa. E a cor do 
estandarte de um será diferente da cor do estandarte do outro”. 
Moisés não foi o primeiro a atribuir importância aos estandar-
tes. Jacó (Yacov) já ordenara isso a seus filhos e foi ele quem estabe-
leceu estandartes para as tribos. A outorga de estandartes é sinal do 
carinho especial de Adonai pelo Povo Judeu na identificação deles.
Brasileiros vestidos com estandartes representando as tribos de Israel, 
na Festa de Sucot em Jerusalém.
A bandeira, (o estandarte) de Moises expressava também o 
fato do povo judeu ser o povo eleito de Adonai, e seu compromisso 
para com Seus mandamentos, preceitos, concertos e alianças, e sua 
aspiração de aderir à Shechináh (A gloria de Sua presença no meio 
do povo). Com seus estandartes, o povo de Israel era forte e pode-
roso e todas as nações os observavam e surpreendiam-se. E os filhos 
de Israel lhes diziam: “Porventura podeis nos conferir a grandeza 
que nos deu nosso Deus no deserto com seus estandartes? Podeis 
138
Israel - Cumprindo Profecias
fazer o mesmo?” Os estandartes eram 
sinal de glória, de vitória e de honra. 
A existência de uma bandeira para o 
povo de Israel é uma questão religiosa 
muito mais significativa do que para 
outros povos. Como dissemos, é um 
símbolo não somente cívico, mas tam-
bém espiritual. 
As faixas azuis (como o Talit) e 
com a estrela (Maguen) de David no 
centro, figuram a abertura do Mar ver-
melho pelo Eterno e os filhos de Israel 
(representados pela estrela: dose pontas, dose tribos) passando pelo 
Mar a pés enxutos, levados por Adonai em direção a Terra Prome-
tida. Quando vemos a bandeira de Israel, nos lembramos da fé e das 
orações de muitas gerações de judeus que esperaram o retorno ao 
seu Lar.
O Shofar. No hebraico “שופר”.“Tocai o shofar na terra” (Je-
remias 4:5)
 *Nota: o texto original diz: “Tikiu shofar baeretz” “Tocai shofâr na 
terra”.
Shofar, instrumento natural (feito de chifre de carneiro). É um 
dos instrumentos de sopro mais antigos usados pelo homem. So-
mente a flauta do pastor - chamada Ugav na Torá, o iguala em idade. 
(O shofar e musicas são tocados nas ruas de Jerusalém, 
por ocasião da Festa dos Tabernáculos) 
139
Sarah Elzeny Zayit
O shofar é o mesmo instrumento usado há milhares de 
anos. Ele é mais conhecido como a trombeta bíblica (por causa da 
tradução atual da bíblia). Muito usado em Israel desde os tempos 
bíblicos para santa convocação (Levítico 23:24 e Êxodo 19:13 a 
17); usado nas guerras, para intimidar o inimigo, ou convocação 
para guerra. Foi usado por Gideão com seus 300 homens quando 
venceram os midianitas (juízes 7:19). Por Josué quando conquis-
tou Jerico e foram derribados os seus muros (Josué 6:4 a 20).
O shofar, para os judeus, não é um instrumento não é usado 
para lazer ou divertimento, mas, é considerado sagrado, e por isso 
é usado apenas nos momentos importantes e sagrados. O shofar 
lembra o carneiro sacrificado por Avraham (Abraão) no lugar de 
Ytzak (Isaque) através da história da Akedá (sacrifício de Ytzak), 
lida no segundo dia de “Rosh Hashaná” (passagem do ano judaico).
O mandamento bíblico diz: “Anunciaiem Judá e fazei ouvir 
em Jerusalém: Tocai o shofar na terra” (Jeremias 4:5). O shofar 
tem sido usado como instrumento musical para louvor e adora-
ção a Adonai (salmo 98:6); usado para assinalar o inicio do ano 
jubileu e também para anunciar o começo de cada mês (a lua 
nova), (toques curtos; e apenas no 7º mês são toques longos) (Le-
vítico 23:14) período de Santa Convocação, como no dia em que 
Moises convocou o povo no Sinai para o encontro com Adonai 
(Êxodo 19:16). Portanto o toque do shofar nos lembra da entrega 
da Torah (Pentateuco).
O toque do shofar fazia parte, originalmente, do ritual de culto 
do Tabernáculo, e depois no Templo. Mais tarde passou a ser usado 
nas sinagogas. Ate hoje é tocado no mês de Elul, porque foi quando 
Moises subiu ao Monte Sinai para receber a “Lei”, pela segunda vez.
Há uma tradição rabínica que diz que quando o SHOFAR 
soava em Israel, ADONAI se levantava de seu trono de juízo e se 
assentava em seu trono de misericórdia, por causa do texto de 
Salmo (47.5): “Eleva-se Adonai ao som da Teruah, O Eterno na 
voz do shofar, com júbilo, ao som do shofar”. (Teruah é o toque do 
140
Israel - Cumprindo Profecias
shofar de convite ao arrependimento e retorno a Deus).
Hoje ele é tocado nas festas bíblicas, nas comemorações im-
portantes como ocorreu na reconquista de Jerusalém, que o Rabi-
no Shlomo Goren, tocou o shofar louvando e agradecendo a Ado-
nai pelo cumprimento de suas promessas. Isto nos mostra quão 
importante foi e tem sido, o som do SHOFAR para o povo Israel.
Há promessas para quem conhece o som do shofar Do 
Eterno.
“Bem-aventurado o povo que conhece o “Teruah” (toque do 
shofar) de Adonai.”. 
*nota: nas traduções bíblicas atuais lemos; “que conhece o som festi-
vo”, porém, no original hebraico diz: “יוֹדְעֵי תְרוּעָה יהוה” “Iodei Teruah Adonai” 
“Conhece o som do shofar de Adonai”. O texto continua mencionando as 
promessas: “...sob a Tua luz hão de caminhar. “Por Teu Nome regozijar-se-
-ão cada dia; por Tua justiça serão exaltados”. (Salmo 89:15-18)
 O toque do shofar nas comemorações e nas festas bíblicas. 
 
141
Sarah Elzeny Zayit
No Ano Novo (Rosh Hashanah) Há um total de 100 toques. 
O primeiro toque é o “TEKIÁH”, toque direto e longo (compri-
do, corrido, sem interrupção)   nos traz uma mensagem e ensino 
bíblico sobre a separação que houve entre o homem e seu Cria-
dor. Lembra-nos o dia que o homem pecou contra ELOHIM no 
Éden, onde ocorreu a grande separação. Por isso é um tom longo, 
tão longo quanto a separação entre os homens e ELOHIM. O Ta-
nach diz:”Assim como os céus são mais altos do que a terra, assim 
são os Meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e 
os Meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos”. 
Toque longo anunciará O Mashiach e a ressurreição! Hoje 
o Tekiah, toque longo lembra nossa separação de Adonai, mas 
quando O Messias (Mashiach) chegar haverá um toque anuncia-
dor, e os mortos ressuscitarão. O TEKIAH anunciará a Majestade 
do Senhor e Rei de Israel. Esse toque longo anunciará a chegada 
Do Mashiach (Messias) de Israel e a ressurreição dos mortos e 
o inicio do Reino de Adonai sobre toda a terra. Paulo (rabino 
Shaul) fala aos Tessalonicenses (4:16) que o grande shofar soará 
e os mortos ressuscitarão. (Coríntios 15:52), na chegada do Mes-
sias. Fala ainda (em I Tessalonicenses 4:16): “Porque O mesmo Se-
nhor descerá dos céus, com alarido e com voz de arcanjo e com o 
shofar de Deus (trombeta de Deus) e os que morreram em Cristo, 
ressuscitarão primeiro”.
O segundo toque é o SHEVARIM (Três sopros médios, 
nem curto nem longo), é um convite à santificação e à adoração. 
O SHEVARIM é para lembrar que O Mashiach (Messias) virá. É 
uma série de três toques que, expressam o gozo interior em meio 
às aflições do mundo, confiados que finalmente o Reino dos céus 
será implantando em toda a terra. Quando SHEVARIM é toca-
do, reafirmamos nossa fé na volta do Messias. Este toque tam-
bém manifesta o ensino bíblico, da convocação de ADONAI para 
adorá-Lo.
O terceiro toque “TERUAH” (mencionado no Salmo 89, é 
142
Israel - Cumprindo Profecias
uma combinação de nove sopros curtos, seguidos um do outro), 
que convoca-nos a despertar do sono e leva-nos a uma reflexão 
profunda sobre nossas vidas diante do Criador. “TERUÁH é um 
convite de retorno a Adonai, um auto-exame espiritual, arrepen-
dimento e volta a Adonai; é como uma voz que nos convida a 
analisarmo-nos introspectivamente e ver como estamos em nossa 
relação com Adonai”. É um convite pessoal que O Eterno “Ben-
dito seja Ele” faz a todos nós, a que voltemos à Sua herança, Sua 
provisão, Sua comunhão e ao Messias de Israel.
Maimônides disse sobre o que representa o toque do shofar:
“Acordem de seu sonho... e meditem sobre seus atos”. “Lem-
brem-se de seu Criador e voltem a Ele, penitentes. Não pertençam 
aos que ignoram os valores reais, enquanto perseguem sombras e 
desperdiçam seus anos em busca de coisas vãs, que não trazem be-
nefícios e nem salvação. Que cada um abandone seus caminhos er-
rados e pensamentos indignos e volte Ao Eterno, para que Ele tenha 
piedade de vocês”. *(Hilkhot Teshuvah III,4)
A ordem dos toques em Rosh Hashanah. Tocam-se três 
séries: 1- Um toque longo, um médio, um curto e outro longo. 
2- Um toque longo, um médio e um curto. 3- Um toque curto, 
um médio, e um curto.(repetindo-se por três vezes). (Os ashque-
nezim costumam tocar um longo no final). 
O toque do shofar é o grito do atalaia!. “Pus atalaias so-
bre vos dizendo: Estai atentos a voz do shofar”. (Jeremias 6:17) O 
profeta Joel (2.15-17) disse: “Tocai shofar em Sião, santificai um 
jejum, proclamai um dia de assembleia solene. Congregai o povo, 
santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os filhinhos, 
e os que mamam”. 
O texto original hebraico de Joel 2:15 diz: “Tocai shofar!”. É 
um imperativo: ”Tocai!” É Também uma referência à festa de Yom 
Kipur (Dia da Expiação, dia do perdão), quando o toque do shofar 
conclama ao povo. Os judeus do mundo inteiro jejuam nesse dia.
143
Shofar anuncia Tempos Proféticos. Nestes dias proféticos 
que estamos vivendo, O Eterno tem levantado atalaias em todo o 
mundo. Quando ouvimos o toque do shofar somos despertados 
ao conclamar do Eterno dizendo: “Tocai shofar!” Proclamai um 
jejum!, voltem-se para Mim!
“Erguei canções de júbilo a Deus, que é a nossa fortaleza; 
fazei soar alegres vozes ao Deus de Jacó... Soprai o Shofar na lua 
nova, no tempo fixado como dia da nossa festa. Pois esse é um es-
tatuto para Israel”. (Salmo 81: 1 a 5). “Com trombetas e ao som do 
shofar, aclamai ao Rei Eterno” (Salmo 98:6). O Shofar é um dos 
instrumentos que Adonai está restaurando nestes tempos profé-
ticos. 
Há o toque de chamado para guerra e também o toque de 
vitória. A profecia de Zacarias (9:14) diz que O próprio Deus 
fará ouvir o som do Shofar anunciando vitória, no dia em que O 
Eterno resgatar o Seu povo, tornando-os como joias de uma co-
roa, resplandecendo sobre Sua Terra. Ansiamos por ouvir o toque 
desse grande shofar! “Adonai fará soar Seu Shofar”.
A importância do shofar para os judeus. Ao longo da his-
tória, houve vezes em que os judeus colocavam em risco a vida 
para tocar o shofar, em Yom Kipur, junto ao Kotel. Assim foi du-
rante o mandato britânico na então palestina, como relata em 
suas memórias o rabi Moshê Segal:
“Os ingleses haviam baixado os seguintes decretos, destinados 
a humilhar os judeus, justamente no local mais sagrado de sua fé: “é 
proibido orar em voz alta para evitar que se perturbem os moradores 
árabes; é proibido ler de um rolo da Toráh...; é proibido tocar o sho-
far em Rosh Hashaná e Yom Kipur”. O Governo britânico colocou 
mesmo um intenso policiamento no Kotel para garantir a aplicação 
das medidas. No Yom Kipur daquele ano de 1930, eu me encontrava 
no Muro, orando. Durante o breve intervalo entre a oração de Mus-
saf e a de Minchá, ouvi de passagem umas pessoas cochichando com 
outras: “Onde teremos que ir para ouvir o shofar”? Aqui, seráimpos-
144
Israel - Cumprindo Profecias
sível tocá-lo. Há tantos policiais quanto há fiéis, orando... O próprio 
comandante da polícia estava lá, para se assegurar de que os judeus 
não iriam fazer soar o toque longo e solitário que encerra o jejum. 
Fiquei atento aos sussurros e pensei, com meus botões: Será 
possível privar-nos do som do shofar que acompanha a nossa pro-
clamação da Soberania Divina? Será possível privar-nos do toque 
do shofar, símbolo da redenção de Israel? ... Aproximei-me do Rabi 
Yitzchak Horenstein, que fazia às vezes de rabino de nossa “congre-
gação”, e lhe disse:
“Dê-me um shofar”.
- “Para quê?”
- “Vou tocá-lo”. 
- “O que você está dizendo? Não está vendo os policiais?” 
- “Pois eu vou fazê-lo soar”. 
O Rabino se afastou de mim, abruptamente, não sem antes 
lançar um olhar para o pequeno púlpito do lado esquerdo, bem no 
fundo da ruela. Logo entendi que o shofar estava lá dentro. Quando 
chegou a hora do toque do shofar, fui até a pequena armação de 
madeira e me inclinei sobre a mesma.
Abri a gaveta e fiz o shofar escorregar pra dentro da manga do 
paletó, escondendo-o. Pronto; estava já em minha posse, mas, e se eles 
me vissem antes de eu ter a chance de soprá-lo? Na época, eu ainda 
era solteiro e, pelo costume ashquenazita, não podia usar o talit.
Voltei-me para a pessoa que orava ao meu lado e lhe pedi 
emprestado o dele. Meu pedido deve ter-lhe parecido estranho, mas, 
como os judeus são um povo bondoso, ainda mais nos momentos 
mais sagrados do mais sagrado dos dias, ele me entregou o seu xale 
de orações, sem dizer palavra.
Envolvi-me com o seu talit. Naquele momento, então, sen-
ti que havia criado um domínio privado, só meu. Em meu redor, 
prevalecia um governo estrangeiro que governava o povo de Israel 
até mesmo em seu dia mais santificado. E, apesar de estarmos no 
local mais santificado para a nossa fé, não tínhamos a liberdade de 
145
Sarah Elzeny Zayit
servir a nosso D’us. Só que, sob esse talit, o domínio era outro, por 
completo; era outra realidade. Aqui não estava sob o domínio de 
nenhum outro, a não ser o meu Pai Celestial. Aqui eu faria o que ele 
me ordenava - e não havia força na Terra que me impedisse de fazê-
-lo. Quando foram proclamados os versos finais da oração de Neilá 
- “Escuta, ó Israel”, “Abençoado o Seu Nome” e “o Eterno é D’us 
Único” - agarrei o shofar e fiz soar um toque longo, nítido, triunfal. 
Tudo aconteceu muito rapidamente. Muitas mãos me agarravam. 
Tirei o talit que me cobria a cabeça e deparei-me com o comandante 
da polícia, que ordenou a minha prisão.
Levaram-me à kishla, a prisão da Cidade Velha, e um poli-
cial árabe foi destacado para fazer a minha guarda. Muitas horas 
se passaram. Ninguém me deu comida nem água para quebrar o 
jejum. À meia-noite, o policial recebeu ordens de me libertar - e o 
fez sem dizer palavra.
Foi então que eu soube que o Rabino-chefe da Terra Santa, 
Rabi Avraham Yitzchak Kook, informado da minha prisão, conta-
tara imediatamente o secretário do Alto Comissariado sobre a Pa-
lestina, pedindo a minha soltura. 
Ao ver recusado o seu pedido, afirmou que ele continuaria 
jejuando e não quebraria o jejum do Dia Santo até que eu fosse li-
bertado. O Alto Comissário resistiu durante várias horas, mas, por 
respeito ao Grã-rabino, sem outra opção acabou cedendo.
Nos dezoito anos que se seguiram até a conquista árabe da Cidade 
Velha, em 1948, o shofar soaria no Kotel, a cada Yom Kipur, tocado por 
homens que sabiam que seriam presos por sua parcela de responsabilidade 
em reivindicar o nosso direito à mais sagrada de todas as nossas posses.
Os ingleses logo entenderam o significado daquele toque im-
ponente; sabiam que era o que derrubaria, definitivamente, o seu 
mandato sobre a nossa terra, da mesma forma como as muralhas 
de Jericó tinham ruído ante o som do shofar de Josué. E fizeram 
tudo que estava em seu poder para evitá-lo”. 
146
Israel - Cumprindo Profecias
*(Tradução e adaptação: Lilia Wachsmann. Este texto é um trecho 
das memórias do Rabi Moshê Segal (1904-1985), Chassid do movimento 
Lubavitch, muito atuante na luta pela libertação da Terra Santa do domí-
nio britânico. publicado no site www.chabad.org 
A LÍNGUA HEBRAICA 
A profecia diz: “Farei que voltem a conhecer um idioma 
puro, escolhido, com o qual todos possam invocar o Nome de Ado-
nai”. (Sofanias 3:9).
*Nota: Há algumas traduções bíblicas do texto de Sofanias 3:9 di-
zem: “darei lábios puros”. Porém o texto original do hebraico diz: “שפה 
 ,Safah Bruchah” que quer dizer idioma puro, selecionado, claro“ ”ברורה
evidente e escolhido. O texto continua: “Com o qual (idioma) todos pos-
sam invocar O Meu Nome”.
Hebraico é o idioma mais antigo conhecido pela humanida-
de. Foi a comunicação de Adonai com o homem. A terminologia na 
qual o universo foi criado. O idioma da Toráh, dos profetas, e dos 
salmos. O vernáculo dos Patriarcas. A língua mãe do povo judeu.
Após a diáspora, por séculos o hebraico foi usado somente 
na liturgia, orações e leitura da Torah, mas com o renascimento 
do Estado de Israel renasce também a língua hebraica. Em 1922 
ela volta a ser usada, não apenas em liturgia. Hoje podemos jun-
tos invocar O Nome Do Eterno, na mesma língua, cumprindo 
assim a profecia de Sofanias.
O hebraico bíblico é a língua 
oficial de Israel. Sabe o que Isso de-
nota? Que ainda hoje seria possível 
nos comunicar, em hebraico, com 
os profetas, com o salmista David 
e com outros personagens bíblicos. 
Uma língua que nunca se deixou de 
ser usada, pelos judeus, (dispersos e 
147
Sarah Elzeny Zayit
sem Pátria), nas liturgias, nas orações, leituras bíblicas, nas festas, 
e nas canções, nos quase dois mil anos de diáspora (fora de Israel) 
em qualquer lugar do mundo onde existisse um judeu. É curio-
so que até as canções e comidas são as mesmas em todo o mun-
do onde há judeu. E através da língua hebraica Deus preservou a 
existência de Seu povo.
A língua hebraica manteve em seu estado original e não se 
modificou com o passar do tempo como aconteceu com as outras 
línguas, mas se conservou igual ao hebraico bíblico. No Hebraico 
atual, Eliezer Ben-Yehuda apenas acrescentou palavras que antes 
não existiam, como por exemplo: avião, antibiótico, etc., preser-
vando a integridade da língua.
Seria impossível hoje conferir os textos sagrados, escritos 
há 2000 anos (encontrados há pouco tempo) se O Próprio Deus 
não tivesse feito com que os judeus dispersos, vivendo em muitos 
países com idiomas diversos, ainda soubessem e usassem o he-
braico. A língua com a qual a Palavra Dele foi escrita. Isso é um 
verdadeiro milagre!
Sabemos que não há registro na historia da humanidade, de 
nenhum outro povo antigo, como aconteceu a Israel, que tenha 
estado espalhado por toda a terra e por tanto tempo e voltando 
a sua terra, possui uma linguagem nacional. Isso é um milagre! 
Providência de Adonai!
Em Babel Adonai confundiu as línguas e espalhou os po-
vos. Em Israel Adonai volta a unir os povos e a língua (uniu ju-
deus de mais de uma centena de países e dezenas de idiomas), Ele 
nos reuniu novamente, com uma só língua, o hebraico, e como 
um só povo que deve ser receptor, portador e transmissor de sua 
glória para toda a terra, como testemunha viva de que Adonai 
falou e cumpriu cada uma de suas promessas.
148
A CONSTITUIÇÃO DE ISRAEL É A BÍBLIA
A Bíblia (Tanach) é a 
Constituição, a instância máxi-
ma para a legislação do Estado 
de Israel, que é um Estado de-
mocrático e moderno, contu-
do sua legislação se baseia em 
fundamento bíblico, honrando 
e respeitando a Teocracia. Seus 
juízes são rabinos fiéis estudio-
sos da Bíblia (chamados sábios). 
Israel não faz escritura definitiva de posse de uma propriedade, 
porque está escrito: “a terra não será vendida em perpetuidade, 
porque Minha é a Terra e vos sois moradores para Mim”. (Levítico 
25:1, 2 e 23). 
Em Israel não existe casamento civil, só existe a cerimônia 
religiosa rabínica. Os cohanim (descendentes de Arão) não po-
dem se casar com pessoasdivorciadas, segundo o que Adonai or-
denou a Moises.
O sábado e as festas bíblicas são respeitados. Nas festas bí-
blicas as maiores autoridades do País vêm ao publico para ler a 
Bíblia, e proferir bênçãos sobre a nação; e nesses dias não se faz 
nenhum trabalho (a não ser os de emergência) em todo o Pais. 
Soldados israelenses prestam juramento com a Bíblia sobre 
o peito e com a arma na mão.
No Muro das Lamentações (Kotel) o soldado do Exército 
de Defesa de Israel faz seu juramento de fidelidade a Adonai e a 
Israel, ocasião em que recebe uma arma e uma Bíblia (Tanach) e 
não deve separar-se dessas duas coisas momento algum.
Israel é um dos países mais modernos do mundo. Contu-
do não abandona as tradições dos antepassados, mas, se conser-
va o antigo, valorizando a historia e os mandamentos bíblicos. A 
exemplo disso, na Pessach (Páscoa) é proibida venda de qualquer 
149
alimento fermentado ou pão que não seja o ázimo (pão sem fer-
mento) conforme o texto bíblico. 
Oremos para que Israel continue sua volta à antiga Bíblia, e 
para que vá se tornando mais e mais um recipiente com formato 
do programa Divino, afim de que cada profecia venha se cumprir 
151
 “Israel é a vara de Sua herança; Adonai dos Exércitos esse é 
o Seu Nome” (Jeremias 10:16).
3ª PARTE - O POVO DE ISRAEL
152
Israel - Cumprindo Profecias
O NOME ISRAEL
Os termos: Hebreu, Israel, e judeu, historicamente são usa-
dos como sinônimos. A Bíblia (O Tanach) se refere a Abraham 
(Abraão) como hebreu (Ivri, que significa: do outro lado); talvez 
por ter imigrado do outro lado do Rio Eufrates. Israel foi o nome 
dado pelo anjo, no vale de Jaboc, a Yacov (Jacó neto de Abraão) 
quando lutou com Ele e prevaleceu. Seus descendentes foram 
chamados de “Bnei Israel” Filhos de Israel, que depois de consti-
tuída uma Nação foi chamada de “Israel”, já nos tempos bíblicos.
em sua integra e em breve.
O termo judeu deriva de Judá filho de Israel de quem veio a 
mais proeminente das doze tribos de Israel. Foram denominados 
judeus, quando os habitantes da Judéia sobreviveram à queda do 
reino Setentrional em 722 a.C.
O nome de Israel é mencionado mais de 2000 vezes na 
Bíblia: Como pessoa (Gênesis 32,29); como povo (Êxodo 3:10; 
Deuteronômio 26,15; II Samuel 7:7ss.); como comunidade reli-
giosa (Ex 12:3; Levítico 16,5; Números 15:25.; Isaias 8:35; 1Reis 
 (Meninas da força de defesa de Israel)
153
Sarah Elzeny Zayit
8:5.; II Crônicas 30:1); como País (2Rs 6:23; Ezequiel 11:17; 20:38. 
42; 37:17); como nome de Estado para o Reino do Norte e, mais 
tarde, para o reino do sul de Judá (I Samuel 17:52; 18,16).
 
Hoje, o povo é chamado Judeu, sua fé Judaica, sua língua 
hebraica e sua Terra e Pátria Israel, sua Capital Jerusalém. Fala-
remos neste capitulo sobre “Israel Povo”. 
A ESCOLHA DE ADONAI
Israel é escolhido por Deus 
como povo da aliança, segundo as 
afirmações do Antigo e do Novo 
Testamento. Essa escolha é decisão 
livre Do Deus Soberano e Eterno, 
A Quem tudo pertence (Deutero-
nômio 7:7.), pela qual (escolha) Se 
ligou em aliança eterna a Abraão 
e aos seus descendentes (Gênesis 
17:7; Romanos 11:25 a 32). 
Essa escolha não significa 
 (Soldado israelita orando no Muro das Lamentações)
154
Israel - Cumprindo Profecias
preferência, mas sim uma incumbência especial. Israel e os seus 
descendentes são, como “servos de Adonai”, ao mesmo tempo 
testemunhas de Deus neste mundo (Isaias 41,8-9; 44,1). Escolhi-
dos por Adonai para servi-Lo e para fazer conhecido Seu Grande 
Nome em toda a terra e a com sua perpetua existência (apesar de 
quase dois mil anos de exílio), e no cumprimento de Suas pro-
messas para com esse povo, provar a veracidade de Sua Palavra, e 
de Sua fidelidade para com Abraão Seu servo. 
O povo da Promessa. O Texto sagrado diz: “O Senhor teu 
Deus te escolheu, para que Lhe fosses o Seu povo próprio, dentre 
todos os povos que há sobre a terra... O Senhor não os escolheu pela 
multidão, porque éreis menos em número do que todos os povos; 
mas porque vos amava e para guardar o juramento que jurara a 
vossos pais. O Senhor vos tirou com mão forte e vos resgatou da ser-
vidão do Egito. O Senhor é Fiel e guarda o concerto” (Deuteronômio 
7:6 a 9). 
A Torah diz: “Eu Sou o Senhor vosso Deus, que vos separei 
dos povos. Ser-me-eis santos; porque Eu, O Senhor, Sou Santo, e 
separei-vos dos povos, para serdes Meus” (Levítico 20.24,26).
A Palavra de Adonai declara repetidas vezes e com clareza 
que Israel é Seu povo peculiar, especialmente escolhido e que ja-
mais perderá essa condição singular. O destino de Israel, ordena-
do pelo Eterno para cumprir Sua vontade no mundo, é o tema das 
profecias bíblicas. As profecias sobre o Messias estão inseparavel-
mente ligadas ao Seu povo Israel. Foi em Israel, e através dele que 
o Messias judeu (Mashiach), se revelou.
PROVA CIENTÍFICA DA LINHAGEM SACERDOTAL 
Prova incontestável da escolha sacerdotal. 
A ciência prova a cada dia a veracidade das Escrituras 
Sagradas. Uma das provas é a linhagem sacerdotal, a descendência 
do Sacerdote Aaron (Arão).
155
Sarah Elzeny Zayit
O professor Karl Skorecki é um kohen (descendente da fa-
mília sacerdotal), é também nefrologista sênior (especialista do 
sangue) no hospital de Rambam em Haifa; é “o cabeça” da medi-
cina molecular na escola médica de Technion de Israel. Um jornal 
de Jerusalém datado três de janeiro de 1997 e a revista britânica 
Natureza (2 de janeiro de 1997) publicaram que o Dr. Skorecki 
e seus colegas, juntamente com o Professor Michael Hammer, 
da Universidade do Arizona, encontraram um cromossomo ge-
nético que liga originalmente os judeus da linhagem sacerdotal 
descendentes de Aaron (Arão), os Kohanim (família sacerdotal). 
Um marcador particular (YAP-) foi identificado em 98,5 % dos 
Cohanim. Marcador conhecido como: “Cohen Modal Hapoltype 
(CMH)”, comentado na “Discover The Magazine of Science”. 28 
de setembro de 2009.
Os investigadores encontraram entre os judeus Kohanim 
Ashkenazi (europeu) e também Sefaradi (espanhol e meio orien-
te) uma variação do cromossomo Y. Os cientistas obtiveram 
amostras genéticas de homens Judeus que vivem em três nações 
diferentes que eram Kohanim (família sacerdotal). 
Os fenótipos genéticos de 188 judeus descendentes dos Ko-
hanim eram diferentes geneticamente daqueles Judeus que não 
eram kohanim. Os investigadores encontraram um tipo prepon-
derante somente nos kohanim. Esta é uma evidência muito forte 
que estes indivíduos são descendentes de um só homem, Arão o 
sacerdote, que viveu há 3.500 anos. O professor Skorecki não es-
colheu os kohanim baseado em seus nomes (Cohen, Rappaport, 
ou Shapiro, etc.). Rather, perguntou se sua tradição da família os 
reivindicava como kohanim. 
O Eterno os separou a família de Arão (irmão de Moises) 
dos demais quando mandou que os ungisse para o sacerdócio e 
disse que seriam sacerdotes perpetuamente (Êxodo 29:9). Essa é 
mais uma prova de que A Bíblia é a verdade; é a Palavra de Adonai 
e de que Ele escolheu esse povo. 
156
Israel - Cumprindo Profecias
O CHAMADO DO ETERNO 
A história do povo judeu tem sua origem há 3800 anos. 
Quando Adonai chamou Abraão e lhe fez promessas. Ele saiu de 
sua terra natal, Ur dos caldeus, terra cheia de idolatria, de muitos 
deuses e divindades guerreiras. Adonai lhe deu uma nova visão 
sobre o homem e sua natureza e principalmente sobre Ele Próprio 
como “Deus Único” O qual transformou Abraão. Sua partida de 
sua terra natal representa total rompimento com todas as ideias 
pagãs e idólatras, lá existentes. Ali começou o Judaísmo, com a 
visão de UM ÚNICO DEUS, que age com propósito moral e cujo 
atributo principal é o amor. Isso criou em seus descendentes uma 
unidade impar.
A UNIDADE DO POVO
Mesmo dispersos, os judeus sobreviveram como um povo, 
uma família. (Citarei um pequeno exemplo dessa unidade e soli-
dariedade). O depoimento a seguir exemplifica a maneira judaica 
de ser e viver.
Depoimento do escritor e jornalista Zevi Ghivelder para a 
Revista“Morashah”:
“Quando fui ao norte do país, até o Golan, paramos no kibutz 
Gadot que uma semana antes e durante os três primeiros dias da 
guerra tinha sofrido intenso bombardeio da artilharia Síria. Mais 
de dois terços das construções do kibutz estavam destruídas e no pá-
tio das crianças não havia uma só gangorra de pé. Ali conheci um 
marceneiro que trabalhava no conserto de portas e janelas. Ele de-
via ter uns cinqüenta e poucos anos, vestia calção e camiseta, falava 
e gesticulava com o bom humor espontâneo dos gordos. Pediu-nos 
uma carona até Tel Aviv, o que nos surpreendeu, porque pensáva-
mos que ele fosse habitante do kibutz. Não! Ele estava ali trabalhan-
do como voluntário, conforme nos relatou: “Quando eu soube o que 
157
Sarah Elzeny Zayit
tinha acontecido aqui em Gadot, imaginei que o pessoal ia precisar 
de portas e janelas; Peguei minhas ferramentas e vim para cá”. 
Enfatizei este episódio, porque ele sintetiza todo o sentimen-
to de solidariedade que perpassava a população de Israel ao cabo 
da Guerra dos Seis Dias. Poucas vezes na história uma sociedade 
humana encarou o perigo com tamanho espírito de união. Cada 
israelense se considerava dono da vitória militar alcançada em três 
frentes de combates. ... Da Galiléia ao Mar Morto, todos os israelen-
ses se referiam à guerra na primeira pessoa do plural. Jamais ouvi 
alguém dizer, por exemplo, “quando o exército ocupou tal cidade...” 
O que se escutava, de forma invariável, era o seguinte: “Nós con-
quistamos Jerusalém depois de muita luta; mas entramos em Belém 
sem disparar um só tiro”. Ou então: “Nós traçamos uma estratégia 
perfeita”. Quem assim me falou foi um motorista de táxi que, sem 
qualquer cerimônia, incluía nesse “nós” o general Dayan, o briga-
deiro Hod, comandante da força aérea, o primeiro-ministro Levi 
Eshkol e a si próprio”.
A unidade do povo judeu tem sido mantida através dos 
tempos por uma visão de descendência de um único antepassado: 
Abraão, que obedecendo à ordem Divina, dirigiu-se à Canaã. A 
história de Abraão é impregnada de uma sensação do destino di-
vino, a um homem escolhido. 
Abraão a caminho de Canaã desce ao Egito, mais tarde seu 
neto Jacó teve que descer com sua família ao Egito, por causa da 
fome na terra, pois Adonai tinha constituído Seu servo Jose, como 
governador do Egito. Depois de alguns séculos, com a morte de 
faraós e substituição deles, os egípcios fizeram os hebreus escra-
vos. Então Adonai chamou Moises. Revelou-se como O grande 
“EU SEREI O QUE SEREI” “אהיה אשר אהיה” (ehie acher ehie) man-
dou que tirasse seus filhos do Egito. E Adonai operou com poder 
e com sinais e mão forte os tirou do Egito, abrindo o Mar Verme-
lho e os fazendo passar a pés enxutos; os conduziu pelo deserto 
durante quarenta anos. Os sustentou com manáh dos céus e tirou 
158
Israel - Cumprindo Profecias
água da rocha, conservou seus sapatos e suas roupas para que não 
envelhecessem. Prosseguiu com Josué através de vários milagres, 
muitas pelejas, em que Adonai lhes deu vitória e os colocou na 
terra que jurou que daria a eles por herança. Mais tarde, consti-
tuiu David como rei para Seu povo e seu descendente, o rei Salo-
mão, em Jerusalém construiu um Templo para Adonai que lhe fez 
promessas de colocar ali Seu coração e Seus olhos todos os dias.
O povo esteve exilado na Babilônia, mas retornou pela pri-
meira vez e reconstruiu o Templo do Eterno. Após vários domí-
nios foram dispersos por toda a terra, por quase 2000 anos. Mas 
Adonai havia feito um pacto eterno com Abraão e falou pela boca 
de Seus profetas, que os traria de volta a sua terra e os levantaria 
como Nação e o fez, porque “Adonai não e homem para mentir”.
Aliança com O Eterno. 
A aliança que O Eterno fez com Abraão, Isaque e Jacó (Is-
rael), distingue seus descendentes, de todos os outros povos da 
terra. O Eterno lhes promete que o Messias viria ao mundo por 
Israel; Promete a terra de Israel como possessão eterna, herança 
para sempre; lhes da a lei por Moisés. Seus subsequentes pactos e 
promessas determinaram um relacionamento especial entre Deus 
e Israel; a manifestação visível da presença do Eterno entre eles; 
e o reinado prometido do Messias (Mashiach), no trono de Davi 
em Jerusalém, sobre toda a terra.
“E fez O Eterno, aliança com Abraão dizendo: `A tua semen-
te tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufra-
tes” (Gênesis 15:18). 
“Falou O Eterno a Moises e disse: Eu Sou O Senhor e Eu apa-
reci a Abraão, Isaque e Jacó… também estabeleci a minha aliança 
com eles, pra dar-lhes a terra de Canaã” (Êxodo 6:2 a 4).
“E para vós olharei e vos farei frutificar, e vos multiplicarei, e 
confirmarei a Minha aliança convosco” (Levítico 26:9).
Depois de 2.000 anos os judeus voltam para casa. 
 “No ano 70 de nossa era, os romanos destruíram o Templo 
159
Sarah Elzeny Zayit
e arrasaram a cidade de Jerusalém. A independência dos judeus 
chegou ao fim e, nas décadas que se seguiram, a maioria dos ju-
deus que viviam na Judéia, (que os judeus passaram a chamar de 
Eretz Israel, Terra de Israel) foram exilados. Eles nunca perderam, 
no entanto, a esperança de voltar para casa e expressaram este de-
sejo ardente em suas orações, em suas tradições e em sua literatura. 
Ao final do jantar anual de Pessach (Páscoa), no Seder, os judeus 
dizem uns aos outros: “No próximo ano em Jerusalém”; nos casa-
mentos judaicos o noivo recita “Se eu me esquecer de Ti, Jerusalém, 
no dia da minha maior alegria,que minha destra perca sua destre-
za e minha língua se apegue ao paladar” (Salmo 137); nas orações 
diárias se evoca a volta a Sião e a centralidade de Sião para o povo 
judeu (os judeus oram sempre voltados para Sião)”.
A ligação dos judeus com Eretz Israel não se manifesta exclu-
sivamente em orações. De fato, através da história, sempre tem ha-
vido uma presença judaica em Eretz Israel. No final do século XIX, 
quando movimentos nacionalistas tomaram forma na Europa, e 
enquanto o antissemitismo crescia naquele continente, um jorna-
lista judeu austríaco de origem húngara, Theodor Herzl, começou 
a organizar o movimento nacional do povo judeu – o movimento 
sionista. O objetivo desse movimento foi traduzir numa solução po-
lítica, na linguagem moderna de reconhecimento dos direitos dos 
homens e dos povos, o ideal de Retorno alimentado durante séculos 
pelos judeus, que se expressaria num Estado independente para o 
povo judeu. “O único lugar adequado a este Estado só poderia ser o 
centro do sonho do retorno, Sião, ou Eretz Israel, a Terra Prometi-
da”. *.http://www.museujudaico.org.br (© Museu judaico).
 
161
“O Eterno pela segunda vez estenderá Sua mão para recu-
perar o remanescente de Seu povo. Erguerá um Estandarte para 
as nações e congregará os dispersos de Israel e ajuntará aqueles 
de Judá que estiverem espalhados pelos quatro cantos da terra”. 
(Isaias 11:11-12).
O texto diz que O Eterno faria isso pela segunda vez, sendo 
que a primeira foi quando Ele os trouxe de volta da Babilônia no 
ano 516 a.C, na época de Ciro Rei da Pérsia, quando Zorobabel 
reconstruiu o Templo. (Algumas traduções dizem “outra vez”, mas 
o texto Original hebraico diz: "שנית ידו" “Segunda vez”).
Nestes dias de cumprimentos proféticos, depois de dois mi-
lênios de exilo, Adonai traz Seu povo de volta, e sem que muitos 
Aliyah Física – Promessa
O termo “ALIYAH”, no hebraico “עלייה” significa subir `a 
Terra da Promessa e subir a Adonai.”
162
Israel - Cumprindo Profecias
deles percebessem, Ele mostra a Terra e diz: “Eis aqui a Terra, 
vejam! Eu vos entreguei; entrai e possuí o que jurei a vossos pais 
Abrão, Isaque e Jacó, que a daria a eles e a sua semente depois 
deles” (Deuteronômio 1:8). O Eterno conduziu o Seu povo de vol-
ta à Sua terra para que a possuam na íntegra. 
A Promessa diz: “Trarei meus filhos de longe” “Teus filhos 
voltarão para os teus termos” (Jeremias 31:17). “Congregarei os 
filhos de Israel e os levarei a sua Terra e deles farei uma nação na 
terra, nos montes de Israel”. (Ezequiel37:21e 22).
“Mas agora diz o Senhor que te criou ó Jacó e que te formou 
ó Israel... trarei a tua semente desde o oriente e te ajuntarei desde 
o ocidente e direi ao norte: dá, e ao sul: não retenhas, trazei meus 
filhos de longe e minhas filhas das extremidades da terra... Eu Sou 
O Senhor vosso Santo, o Criador de Israel...” (Isaías 43:6 e 15)
Chamamos “Aliah” a volta de um judeu a Terra de Israel. Ele 
está subindo a Israel, porque está cumprindo profecias bíblicas. Há 
também o lado espiritual, que é a sua volta para Deus, o que chama-
mos “Aliyáh espiritual”, o concerto com Adonai. *(disso falaremos 
mais adiante).
O Salmo (107:3) profeticamente diz: “Ele os trouxe de terras 
distantes: do oriente e do ocidente; do norte e do sul”.
O Eterno disse ao profeta Ezequiel (20:40-42): “Quando Eu 
congregar a Casa de Israel dentre os povos entre os quais estão 
espalhados, e Eu Me santificar entre eles, perante os olhos das Na-
ções, então habitarão na sua terra que foi dada por Mim a vossos 
pais)”.
VISÃO DO PROFETA EZEQUIEL: “O VALE DOS OSSOS SECOS”. 
Deus mostrou ao profeta Ezequiel, uma visão de um vale de 
ossos secos que representa o povo de Israel, e o manda profetizar 
sobre eles para que vivam. Assim diz o Texto profético:
 “E veio sobre mim a mão do Senhor; e o Senhor me levou em 
espírito, e me pôs no meio de um vale de ossos secos... e disse-me: 
filho do homem: poderão reviver esses ossos? E eu disse: Adonai Tu o 
163
Sarah Elzeny Zayit
sabes. Então me disse: profetiza sobre esses ossos... Então profetizei... 
e os ossos se juntaram cada osso ao seu osso... e havia tendões sobre 
eles, e cresceu a carne e estendeu-se a pele sobre eles...Mas não havia 
neles espírito. E disse-me profetiza ao Espírito: Vem dos quatro ven-
tos, o espírito e assopra sobre esses mortos para que vivam... E profe-
tizei... Então o espírito entrou neles e viveram e puseram-se em pé, 
e era um exército grande em extremo. “E disse-me: Filho do homem, 
esses ossos são toda a casa de Israel”. (Ezequiel 37:1 a 11). 
Notem a sequencia da visão: Primeiro os judeus retornam à 
sua terra como monte de “ossos secos” voltando da dispersão para 
Sião. “Cada osso juntando-se a seu osso” de volta à terra de seus 
pais, “havia tendões sobre eles, e cresceram as carnes, e se estendeu 
a pele sobre eles”, isto é, os que voltaram para casa se tornaram 
um corpo nacional, o que começou a acontecer em 1948 com a 
fundação do Estado judeu, o Estado de Israel. Isso é aliáh física, 
ou seja, PROMESSA Do Eterno que se realiza.
Disse o profeta: “... E o navio trará os teus filhos de longe, 
e sua prata e o seu ouro com eles, na santificação do Nome Do 
Senhor teu Deus e do Santo de Israel, porquanto te glorificou”.
(Isaias 60:8 e 9).
Adonai falou pelo profeta Jeremias, que quando Ele trou-
xesse de volta o Seu povo que estava disperso entre as nações, Ele 
não seria mais conhecido por ter tirado Seu povo do Egito, mas 
sim por tê-los trazido 
novamente da disper-
são. 
“Eis que vêm 
dias, diz O Senhor, que 
dirão: Vive O Senhor 
que fez subir os filhos de 
Israel da terra do norte, 
e de todas as terras para 
onde os tinha lançado; 
164
Israel - Cumprindo Profecias
porque Eu os farei voltar à terra que dei a seus pais”. (Jeremias 
23:8; 16:14 e 15; 24:6; Is. 60:4 a 9).
“Ouvi a Palavra do Senhor, oh nações, e anunciai-a nas ilhas 
de longe, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guar-
dará como pastor a seu rebanho”. (Jeremias 31: 10). “Porque eis que 
vêm dias, diz o SENHOR, em que farei voltar do cativeiro o meu 
povo Israel, e Judá, diz o SENHOR; e tornarei a trazê-los à terra 
que dei a seus pais, e a possuirão”. (Jeremias 30:3). 
“E vos tomarei dentre as nações e vos congregarei de todos os 
países e vos trarei para vossa terra... e habitareis na terra que Eu 
dei a vossos pais”. (Ezequiel 36: 24 e 28) . “Os tirarei dos povos e vos 
farei vir dos diversos países  e os trarei à sua terra e os apascentarei 
nos montes de Israel”.(Ezequiel 34: 13). “Assim diz o Senhor dos 
exércitos: eis que salvarei o meu povo da terra do oriente e da terra 
do ocidente; e tra-los-ei e habitarão 
no meio de Jerusalém...” (Zacarias 
8:7 ).
“... O Senhor tornará a esten-
der a sua mão para o seu povo... e 
ajuntará os desterrados de Israel e 
os dispersos de Judá congregará des-
de os quatro confins da terra”.(Isaías 
11:12).”Ainda que os vossos rejeitados 
estejam no cabo do céu, de lá os ajun-
tarei e os trarei ao lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar 
o Meu Nome” (Neemias 1:9). Profecia de Ezequiel (11:17 a 19): 
“Hei de ajuntá-los do meio 
dos povos, e os recolherei 
das terras para onde foram 
lançados, e lhes darei a terra 
de Israel”.
Há dezenas de outras 
profecias bíblicas afirmando 
165
Sarah Elzeny Zayit
que O Eterno traria Seu povo de volta à Sua terra.
Os judeus sempre creram e esperaram confiando na promes-
sa de Adonai, de seu retorno a terra de Israel. Por acreditar nas pro-
fecias bíblicas, um grande número de judeus deixaram seus Países de 
origem e vieram a Eretz Israel (chamada na época de Palestina). E 
começaram a formar de vários “Kibutzim” (Fazendas comunitárias). 
“Teus filhos virão voando” diz a profecia! “Teus filhos virão de lon-
ge... Quem são estes que 
vêm voando como nuvens 
e como pássaros em suas 
janelas?” (Isaias 60:4- 8). 
É emocionante 
pensarmos que há mais 
de 2700 anos atrás (740 
a.C.), o profeta Isaias já 
podia em uma visão, ver os filhos de Israel voltando em aviões. 
Claro, não havia aviões e o profeta não podia entender sua visão, 
então ele se referia a eles como pássaros com janelas. Contudo 
Adonai mostrava ao profeta Isaias Seu povo voltando em aviões. 
Isso não é realmente maravilhoso? “(40:31), dizendo que Deus os 
levaria voando: “com asas como de águias”.
A PROFECIA DIZ: “DIREI AO SUL: NÃO RETENHAS 
OS MEUS FILHOS”.
No século VII um rabino do Iêmen profetizou que nos fins 
dos tempos, perto da vinda do Messias, eles retornariam a Israel. 
Disse ele: “Haverá um dia quando o Deus de Israel, o Deus de 
Abraão, Isaque e Jacó nos levará de volta à terra prometida aos 
nossos pais”. E quando chegar o tempo, este será o sinal: “Ele nos 
levará de volta nas asas de um grande pássaro prateado”.
Depois da fundação do estado de Israel, em 1949 a 1950, a 
Agência Judaica promoveu o regresso dos judeus do Iêmen em 
uma frota de aviões DAKOTA, de cor prateada, transportou-os a 
Israel, na operação denominada “TAPETE MÁGICO”.
166
Israel - Cumprindo Profecias
Quando a frota de avião chegou ao Iêmen, o povo que não 
conhecia avião sentiu medo. Porém os rabinos os lembraram da 
profecia do Rabino e da profecia de Isaias, então não tiveram mais 
medo, e com grande alegria, voltaram em aviões a Sião, cumprin-
do as profecias. 
Já em 1930 uma comunidade de 43.000 judeus iemenitas atra-
vessou a Península da Arábia e chegou à Colônia Britânica de Áden, 
rumo à terra dos seus pais dizendo ter chegado a hora de partir.
Depoimento de Batya Segal, uma judia, cuja família voltou 
a Sião em 1930:
“No inicio do século vinte circularam boatos de que um Es-
tado Judeu estava preste a renascer na terra de seus antepassados. 
Uma certa comoção cresceu em toda a comunidade judaica de todo 
o mundo e particularmente do Iêmen onde residíamos, ao pressen-
tirem que os dias Do Messias estavam próximos. Muitos judeus co-
meçaram a preparar-se para voltar para Sião, deixando para traz 
tudo que possuíam, exceto seus pertences pessoais mais necessários. 
Eles se lançaram numa longa e perigosa viagem pelo deserto, alguns 
carregando seus filhos nas costas. Tinham pouco alimento e pouca 
água para beber. Muitos sofreram de exaustão e muitos morreram; 
mas morreram cheios de esperança e de fé sabendo que estavam 
retornando para a terra de seus antepassados”.
Nos últimos anos da década de 1930 meu pai deixou o Iêmen 
para ir a Israel (Então referida como Palestina), viajando por barco 
do Iêmen ao Egito, e dali em diante por trem. A maior parte da famí-lia morrera, ou no Iêmen ou na jornada para Israel. Com a chegada 
em Israel, meu pai ficou junto com um único irmão sobrevivente.
Depois do renascimento do Estado de Israel, o novo gover-
no encarregou-se de trazer de volta os judeus de todas as partes 
do mundo. Em 1950 o governo israelense promoveu uma pon-
te aérea que trouxe a Israel uma das mais antigas comunidades 
judaicas da diaspora, levou para casa uma grande parte da co-
munidade judaica iemenite, num breve espaço de tempo. Muitos 
167
Sarah Elzeny Zayit
deles nunca tinham visto um avião antes. O Rabino explicou-lhes 
com base em Isaias (40:31), que Deus os levaria: “com asas como 
águias”, o que acabou com quaisquer temores que podiam ter tido 
por voar. Pois eles sabiam que profeticamente, estavam sendo le-
vados para casa, para se prepararem para os dias da redenção “”.
*(Eles pensaram por si mesmos).
DA ETIÓPIA
A profecia diz: “Da Etiópia os meus zelosos adoradores, que 
constituem a filha dos meus dispersos, me trarão sacrifícios (So-
fanias 3:10)”.
Judeus vindos da Etiópia. Em 1960, missionários evangéli-
cos britânicos que viajavam pela Etiópia encontraram a tribo dos 
falashas, Judeus etíopes. Apesar de isolados e de desconhecerem 
o resto do mundo judeu, os membros dessa comunidade obser-
vavam o Shabat, (sábado) mantinham rígidas leis rituais da forma 
como estão descritas na Toráh, cumprindo a profecia que diz: 
“Meus zelosos adoradores”. 
Pouco tempo depois, o estudioso Joseph Halevy decidiu 
conhecê-los pessoalmente. Foi recebido com curiosidade e des-
confiança pelos nativos, que lhe perguntavam: “O senhor, judeu? 
Como pode ser judeu? O senhor é branco!” Mas quando Halevy 
mencionou a palavra Jerusalém, todos se convenceram. Os falashas 
haviam sido separados de outros judeus por milhares de anos.
Cumprindo a profecia. No iní-
cio da década de 1980, muitos judeus 
etíopes começaram a abandonar suas 
aldeias nas regiões rurais, dirigindo-
-se para o sul do Sudão, de onde ti-
nham a esperança de conseguir che-
gar ao Quênia e, desse país, a Israel. 
A segunda etapa de sua jornada era 
168
Israel - Cumprindo Profecias
feita desde o Sudão a bordo de navios da marinha israelense, que 
os aguardavam no Mar Vermelho para trazê-los a Israel.
No dia 21 de Novembro de 1984 começou uma operação de 
salvamento em massa, denominada “Operação Moisés” (Mivtzá 
Moshê); para tirá-los secretamente, via aérea, da África e levá-los 
ao Estado de Israel. Em um dado momento, havia 28 aviões no ar. 
Um dos jumbos, que normalmente poderia levar 500 passageiros, 
transportou de uma só vez 1.087 pessoas, num feito anotado no 
livro de recordes Guinness. Crianças nasceram durante a viagem. 
Num período de poucos meses, 8.000 ju-
deus foram levados por via aérea de Car-
tum (Sudão) à Europa, e de lá para Israel. 
Em novembro de 1985, a impren-
sa estrangeira começou a transmitir 
notícias a respeito da operação de salva-
mento; em consequência, o Presidente 
Numeiri do Sudão suspendeu a opera-
ção, temeroso da reação hostil dos esta-
dos árabes.
Após mediação americana, Numeiri permitiu que seis avi-
ões Hércules americanos trouxessem os judeus etíopes que ha-
viam restado no Sudão.
Quinze anos após a ruptura das relações diplomáticas entre 
a Etiópia e Israel (em dezembro de 1989) foi reaberta a Embaixa-
da de Israel em Adis Abeba. Reatando as relações diplomáticas, 
entre os Países, tornou-se possível o contato entre os olim (emi-
grantes) em Israel e seus familiares que tinham ficado na Etiópia. 
Eles foram orientados a viajar a Adis Abeba e dirigir-se à Embai-
xada, para serem trazidos a Israel. No final de 1990, entre 16.000 
e 17.000 judeus etíopes chegaram a Adis. Com a fuga do ditador 
etíope Mengistu, o novo regime consentiu que Israel organizasse 
uma operação contínua de transporte aéreo, trazendo os judeus 
que viviam na Etiópia, para Israel. Assim, em 24 de maio de 1991, 
169
Sarah Elzeny Zayit
na época da festa de Shavuot, 14.000 pessoas foram trazidas du-
rante a noite para Israel. 
GRÁVIDAS E DE PARTO
Diz a profecia: “Eis que os trarei das extremidades da terra; e 
com eles... as mulheres grávidas e de parto” (Jeremias 31:8)
Essa operação se tornou conhecida como “Mivtzá Shlomo” 
(Operação Salomão), que se prolongou por 48 horas e durante a 
qual nasceram sete bebês nos aviões durante os vôos. (cumprin-
do a profecia, que diz que O Eterno traria não somente grávidas, 
mas as de parto). Após este salvamento em massa, mais 6.000 
judeus da Etiópia fizeram aliá (vieram a Israel), trazendo o fim à 
saga de 3.000 anos da comunidade judaica etíope, segundo sua 
tradição. 
No total, cerca de 35.000 judeus da 
Etiópia vieram para Israel. Programas espe-
ciais para as crianças etíopes foram lança-
dos nas escolas; as instituições de educação 
superior desenvolveram cursos preparató-
rios para os estudantes etíopes. As Forças de 
Defesa de Israel também se dedicaram à ab-
sorção da aliáh da Etiópia, com uma varie-
dade de programas educacionais especiais 
aos judeus etíopes.
(Em 2004 tive a oportunidade de conhecê-los de perto, convi-
vendo com eles por dois meses, no Centro de Absorção em Ashkelon. 
São amáveis, alegres e festivos). 
“Trarei do oriente” diz a profecia. (Is. 60:8).
Judeus de todo Oriente. Afeganistão, Malásia, Iraque (antiga 
Babilônia) etc., retornam a Israel. Só do Iraque uma comunidade 
inteira, 113.000 judeus regressaram a Israel em 1959, na operação 
170
Israel - Cumprindo Profecias
aérea “Ali Babá”.
OLINS DE BAGDÁ. 
Depoimento de Aharon Erlich arquiteto israelense: “Ficamos 
comovidos com uma notícia fora do comum. A chegada de seis 
“olim” (judeus que voltam a Israel) vindos do Iraque, num vôo dire-
to de Bagdá a Tel Aviv”.
“Imediatamente depois da queda do regime de Saddam Hus-
sein, os representantes da Sochnut e da Organização Hyas, trata-
ram de rastrear no Iraque os poucos judeus que ainda viviam ali. O 
resultado foi que se conseguiram localizar ao redor, de 35 membros 
da comunidade, quase todos anciãos e vivendo em condições suma-
mente indigentes, somente seis daquelas pessoas estavam dispostas 
a viajar a Israel.
Mais que uma Operação de Aliá, este fato tem todas as carac-
terísticas de uma ação humanitária.
Ezra Levi, de 82 anos de idade, surpreendeu a todos, ao falar 
um hebraico perfeito. Suas primeiras palavras foram recitar os ver-
sos de Bialik, “El Hatzpor” (uma antiga poesia hebraica), que ainda 
recordava dos tempos de sua infância. Ao ser trasladado para hotel 
nas imediações do Aeroporto Ben Gurion em Israel, se reencontrou 
com sua irmã Dália, a quem não via fazia mais de 50 anos.
Sasson Salaj Abu-Naby de 90 anos de idade trabalhou até os 
anos 50 nas vias férreas do Iraque até que foi despedido por ser 
judeu. Sua prima Elan veio visitá-lo e não a via fazia 60 anos”. 
*(www.visao judaica.com.br)
Imagine a grande emoção que esses imigrantes sentem, depois 
de dezenas de anos sonhando com o retorno a terra de Israel, despe-
dindo-se do ano velho em cada comemoração de “Rosh Rashanáh” 
(Ano Novo), dizendo: Se Adonai permitir, o ano que vem comemo-
raremos em Jerusalém! O povo Judeu que há 3.000 anos (desde o rei 
Davi) mantém uma conexão vital com sua Cidade Santa. Agora po-
dem pisar na terra prometida e reencontrar seus familiares! Quantos 
171
Sarah Elzeny Zayit
louvores e glorias a Deus! E Quanta ação de graça! 
ENCONTRADA A TRIBO DE MANASSES 
(UMA DAS DEZ TRIBOS PERDIDAS DE ISRAEL) 
 
No nordeste da Índia perto de Bagladesh os “Bnei manashe” 
(Filhos de Manasses) esperavam por 2700 anos, voltar a Terra de 
Israel. Agora, reencontrados eles retornam.
Michael Freund,fundador da “Shavei Israel” que trabalha ar-
duamente para trazer de volta os filhos dispersos de Israel, relata:
“Por mais de 27 séculos seus ancestrais perambularam no exí-
lio sonhando com o dia que poderiam voltar”.
‘Quem disse que nós não vivemos em uma época de milagres.?
Os “Bnei Manashe” são descendentes de uma das dez tribos 
perdidas de Israel,que foram exiladas pelo império Assírio em 722 
a.C.... apesar de estar separados do povo judeu por muitos séculos...
permaneceram fieis a sua herança... na verdade, eles nunca esque-
ceram quem eram, e seus sonhos de retornar’. Ele continua:
“Eu tive varias experiências emocionantes e inspiradoras ao 
longo dos anos, mas poucas podem ser comparadas com aquelas 
que eu experimentei estes últimos dias que passei com os “Benei 
Manash” na Índia enquanto se preparavam pra fazer aliah (retorno 
172
Israel - Cumprindo Profecias
a Israel). Embora eles geralmente não sejam muito desinibidos em 
publico, era difícil controlar sua emoção...Na Sinagoga...oravam e 
cantavam com extraordinária intensidade...” 
“Este é nosso último Shabat no exílio” disse um deles, com 
voz cheia de emoção....”E um sonho se tornando em realidade”. “Em 
seguida, no ônibus a caminho do 
aeroporto, os Bnei Menashe co-
meçaram a cantar as palavras 
do Profeta Jeremias (31:17): ‘E 
os filhos vão voltar para os seus 
termos’” 
Finalmente,... em Tel Aviv...
saímos do avião e o grupo parou, 
olhou para o céu e recitou a ben-
ção “Shehecheyanu” (“Bendito és 
Tu Adonai, nosso Deus, Rei do universo, que nos permitiu chegar ate 
este dia”) agradecendo a Adonai por lhes permitir alcançar este dia 
feliz.
Depois de serem recebidos pelo Ministério de Absorção de Isra-
el, pessoas caíram sobre eles, banhando-os de lágrimas, em uns gran-
des “Bem vindos ̀ a casa!”. E então em extraordinária cena, todos nós 
nos levantamos e cantamos “Hatikva” (A esperança- hino oficial de 
Israel)... Pare um momento! para considerar essa maravilha!: “Uma 
tribo de Israel que em uma época parecia perdida pra sempre, já não 
esta mais perdida”! ... “O retorno de 
uma tribo perdida de Israel depois de 
27 séculos de exílio é um cumprimen-
to da profecia bíblica diante de nossos 
olhos”. *(www.shavei.org/other). 
De volta pra casa, cumprindo 
mais uma promessa profética: “As-
sim diz Adonai teu Deus: ’Eis que 
Eu tomarei os filhos de Israel dentre 
173
Sarah Elzeny Zayit
os gentios, para onde eles foram, e os congregarei de todas as par-
tes, e os levarei ‘a sua terra’” (Ezequiel 37:21)
 
DIREI AO NORTE: “ENTREGA MEUS FILHOS!” (ISAIAS 43:6)
“Eis que os trarei da terra do Norte e os congregarei... em 
grande congregação voltarão para aqui”. (Jeremias 31:8)
A profecia diz: “Mas: Vive o SENHOR, que fez subir (Aliyah) 
os filhos de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde 
os tinha lançado; porque eu os farei voltar à sua terra a qual dei a 
seus pais”. (Jeremias 16:15). 
Judeus vindos da Ex-União Soviética. Havia cerca de Três 
milhões de judeus na União Soviética. Por uma ordem divina, eles 
saíram. Em 1990, milhares regressaram a Israel.  Desde então, 
mais de 1,5 milhões de judeus deixaram a CEI (Comunidade dos 
Estados Independentes, antiga URSS) com destino a Israel. 
Ativistas sionistas chegaram a Israel entre 1968 e 1973, ou 
individualmente - após serem libertados das prisões soviéticas 
(1979 - 1986).
“AJUNTAREI DESDE O OCIDENTE” (ISAIAS 43:5).
Milhares de judeus da Hungria, Polônia e dezenas de outros 
países do ocidente têm voltado a Israel desde sua fundação, cum-
prindo profecias. Hoje (em 2006 quando escrevo este capitulo, 
em plena guerra contra os terroristas do Hisbolah no Líbano), 
Israel esta recebendo centenas de judeus imigrantes, de uma só 
vez, vindos do Canadá, Estados Unidos, França e Inglaterra. 
Uma grande quantidade de judeus do ocidente regressou, 
enquanto outros permanecem lá apoiando Israel com suas finan-
ças, principalmente nos USA. Nestes últimos anos milhares de 
judeus tem vindo de países da América do Norte e do Sul e de 
outros continentes. 
174
Israel - Cumprindo Profecias
“SEFARADITAS POSSUIRÃO O SUL”, DIZ A PROFECIA.
Milhares de judeus sefaraditas de toda a America do sul e 
do sul da Europa,tem vindo para viver em Israel.
“Os cativos de Jerusalém que habitavam em Sefarad, possui-
rão as cidades do sul” (Obadias 1:20). 
“Sefarad” é nome hebraico que designa a Península Ibérica. 
Sefaradita é o nome dado ao judeu oriundo da Espanha (Tzefa-
rad) e França (Tzerfat) e Judeus de língua espanhola. 
Cumprindo essa profecia de Obadias, milhares de sefaradi-
tas estão habitando nas cidades do sul: Ashdod, Ashkelon, Beer 
Sheva e outras no Deserto do Negev. E nos últimos anos milhares 
de judeus que habitavam a França, Espanha e de toda America do 
Sul têm feito aliáh (vindo de volta a Israel) e maioria deles estão 
habitando as cidades do sul conforme a profecia.
A PROFECIA DIZ: “TRAREI OS CEGOS E OS ALEIJADOS
Juntamente com meu povo do norte” (Jeremias 31:8)
O Deus de Israel é Fiel; Quando Ele traz o cego e o pa-
ralítico de volta para sua terra, Ele também cuida deles. (Je-
remias 31:8); Muitos judeus cegos, aleijados, descapacitados 
(por causa do holocausto) foram trazidos em macas e têm sido 
cuidados pelo Estado de Israel que tem equipes especializa-
das, e todo um aparato para cuidar dos filhos que retornam à 
casa (A Terra de Israel). Quando os imigrantes chegam a Israel 
são imediatamente atendidos por hospitais, socorros médicos, 
tratamentos médicos, psicológicos e tudo que necessitam. Pes-
soas que chegaram em cadeira de rodas e hoje estão andando; 
crianças que por deficiência física não falavam e hoje falam 
dois ou três idiomas.
“Medicina de Israel – Cura extraordinária de emigrante etíope”
175
Sarah Elzeny Zayit
Ayala Mandria de 20 anos não podia ficar de pé nem andar 
por toda a sua vida. Mandria nasceu na Etiópia e teve poliomielite e 
ALS (esclerose amiotrófica lateral, ou doença de Lou Gherig) desde 
a infância. Para se mover ela tinha que usar muletas e se apoiar nos 
móveis. “Tratamento médico ou uma cadeira de rodas estavam fora 
de questão. “Não tínhamos dinheiro” disse ela. “Eu tinha inveja dos 
meus amigos que iam para a escola, enquanto eu ficava sempre em 
casa”. Senti que estava sozinha no mundo”.
Há cerca de cinco meses atrás (junho de 2001) Mandria imi-
grou para Israel com sua família. “Meus pais sempre me disseram 
que em Israel eu poderia ficar de pé” ela contou. E ela ainda não 
sabia como eles estavam realmente certos.
Após a sua chegada a Israel Mandria foi tratada no Centro 
de Reabilitação Beit Levinstein e apenas três meses após o início do 
tratamento ela já podia ser vista correndo pela grama.
“É uma rara história de sucesso incrível”, disse Hannah Sch-
neider que é a psicoterapeuta chefe da ortopedia da instituição. 
Alexander Friedman, um médico sênior explica como o “milagre” 
aconteceu: “Começamos do zero, como se tratássemos um bebê”.
E como é a sensação de um adulto de poder ficar de pé pela 
primeira vez? “De repente, o chão parecia estar muito longe. Foi as-
sustador” disse Mandria. “Agora eu sinto que posso fazer qualquer 
coisa que quiser”. *(Rua Judaica 21-11-2011) “
Esse é um dos muitos casos que acontecem diariamente em 
Israel.
“Deles fugirá a tristeza”. “Uma equipe de enfermeiras da Em-
baixada Cristã de Jerusalém oferece serviços básicos e apoio ao bem 
estar pessoal, social e emocional de imigrantes idosos ou doentes. 
Lena (uma emigrante russa) que vive numa casa para imigrantes.
Para ela, desde morte de sua irmã, essas enfermeiras têm se torna-
do suas melhores amigas e fazem visitas semanais a ela. Recente-
176
Israel - Cumprindo Profecias
mente, as enfermeiras lhes falaram das Profecias Bíblicas que falam 
da Restauração de Israel, especialmente as encontradas em Isaías 
35. Quando Lena leu a respeito do deserto em flor imediatamente 
entendeu que é o que está acontecendo em Israel nos dias de hoje. 
Quando leu sobre “Sobre os remidos do Senhor voltando para Sião 
com júbilo, alegria, e deles fugirá a tristeza e o gemido”. Ela parou 
de repente e disse: “Sou eu! E esses, somos nós!”“. *(revista Embai-
xada Cristã de Jerusalém).
“Porque o que escapou da casa de Judá, e restou, tornará a 
lançarem raízes para baixo, e dará fruto para cima”. (II Reis 19:30). 
CINQUENTA ANOS DE ALIYAH 
(retorno do judeua Israel). 
 No momento em que escrevo esse capitulo estamos come-
morando 50 anos de aliáh. 
Veja a noticia: 
“Hoje em Israel está sendo comemorado o cinqüentenário da 
Aliyah - imigração para Israel, informou a Radio KOL ISRAEL. 
Entre os eventos, está agendada a chegada a Israel de oito vôos que 
trarão cerca de 900 olim (imigrantes) de 13 países, incluindo um 
grupo de 140 olim (emigrantes) dos EUA, 150 da Uzbequistão, 90 
da Romênia e 45 da Grã-Bretanha”. 
“O ministro de Imi-
gração, Yuli Edelstein (Is-
rael Be’aliya) e outras per-
sonalidades realizarão uma 
cerimônia no Aeroporto 
Internacional Ben-Gurion 
para recepcionar os olim 
(judeus imigrantes). Este 
ano, já chegaram a Israel 
aproximadamente 35 mil 
177
Sarah Elzeny Zayit
“olim” (judeus imigrantes). Nos 50 anos do Estado, imigraram 
para Israel, com a ajuda da Agencia Judaica, cerca de 2,8 milhões de 
judeus. O maior grupo de “olim” veio da Europa oriental (do norte 
conforme a profecia). O ano recorde de Aliyah (retorno do judeu 
a Israel) foi 1949, com uma imigração de 240 mil pessoas. “Uma 
grande parte dos imigrantes da ex-União Soviética veio morar nos 
assentamentos da Judéia e Samaria, assim como nos assentamentos 
da região central do País”.
Tudo confirma que o renascimento do Estado de Israel fazia 
parte do plano divino que começa a culminar em nossos dias, dias 
estes, predito e tão esperado pelos santos profetas e pelos judeus 
do mundo todo que agora voltam para casa “Israel”.
ALIYAH ESPIRITUAL – CONSERTO COM ADONAI 
REDENÇÃO e renovação espiritual do povo judeu. “Os fi-
lhos de Israel tornarão e buscarão a Adonai seu Deus e O teme-
rão... no fim dos dias”. (Oseías 3:5)
Sua volta para Deus é o sopro que lhes da o espírito, a vida. 
Isso é aliyáh espiritual, ou seja, CONSERTO com O Eterno. “Po-
rei em vós o Meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei, na vos-
sa própria terra. Então sabereis que Eu, O Senhor disse isto, e o 
fiz, diz Adonai”. (Ezequiel 37:4) “E voluntariamente os amarei” 
(Oséias 14:4) “Pois Adonai por causa do Seu grande Nome não de-
samparará o Seu povo; porque aprouve a Adonai fazer-vos o Seu 
povo”. (1 Samuel 12:22) 
Dezenas de profecias bíbli-
cas mencionam esses fatos: Adonai 
cura a Terra (que estava assolada 
e desértica); traz Seu povo de vol-
ta (da dispersão); e então lhes dá a 
efusão Do Seu Espírito (Joel 2:18, 
28-29),que é a “Aliyah espiritual”
178
Israel - Cumprindo Profecias
Imagine um casal que há muitos anos fez um pacto de amor 
e fidelidade. Com o passar do tempo um deles esfriou e ficou um 
tanto afastado do cônjuge, porém um dia o que permaneceu fiel 
traz o outro de volta à casa e quando isso acontece, o seu amor é re-
aquecido, então ele quer renovar seus pactos e sua aliança de amor.
Essa é a figura de Adonai que jamais deixou de amar o Seu 
povo; embora muitas vezes o povo tivesse se distanciado Dele; 
tendo até assimilado culturas, costumes e superstições de outros 
povos; com isso, uma parte do povo esteve afastada da comunhão 
com Adonai. Mas agora Adonai traz Seu povo de volta à casa (a 
Terra que jurou a seus pais). 
O livro de Cantares de Salomão (8:7) figura o amor de Ado-
nai por Seu povo e diz: “As muitas águas não poderiam apagar 
esse amor e nem os rios afogá-lo”. Alguém seria capaz de avaliar a 
dimensão desse amor? Ha uma canção que expressa da seguinte 
maneira: “Se o mar se tornasse tinta e o céu se tornasse papel, 
mesmo assim seria insuficiente para descrever o amor de Deus. 
No descrever tal amor, ao mar daria o fim, e a descrição do amor 
não chegaria a seu fim”.
Nos dias do profeta Oséias, Israel se afastou do Eterno, indo 
após os ídolos dos povos. E Adonai chamou a Oséias filho de Bee-
ri e ordenou que falasse com os filhos de Israel sobre o pecado de-
les e sobre o Seu grande amor por eles. Creio que o profeta Oséias 
temia falar com eles. Então Adonai mandou que o profeta se ca-
sasse com uma prostituta; E que ele amasse aquela mulher que era 
adultera, e assim ele pudesse entender O grande amor de Deus 
por Seu povo que estava indo após falsos deuses, se prostituindo 
espiritualmente com os balains. Eu penso que Adonai disse para 
o profeta: “você esta sofrendo, não é? Você ama essa mulher e ela 
o trai. Mas você continua a amando e a quer de volta. É isso que 
Eu sinto pelo Meu povo”.
E Adonai disse: “Eu sobre ela (ela figura do Seu povo) visita-
rei os dias de baal, nos quais queimou incenso... e andou atrás de 
179
seus namorados, mas de mim se esqueceu, diz Adonai. Portanto eis 
que Eu a atrairei e a levarei para o deserto e lhe falarei ao coração. 
E lhe darei as suas vinhas dali, e o Vale de Açor por porta de espe-
rança; e ali cantará, como nos dias da sua mocidade e como no dia 
em que subiu da terra do Egito. E acontecerá, diz O Senhor, que Me 
chamaras: Meu Marido” (Oséias 2:13-16). “E desposar-te-ei comi-
go para sempre. Desposar-te-ei comigo em justiça, em juízo, em be-
nignidade e em misericórdia. E desposar-te-ei comigo em fidelidade, 
e conhecerás Ao Eterno... e EU direi: tu és meu povo; e ele dirá: TU 
ÉS MEU DEUS”. (Oseías capítulos 1 e 2). “Quando Israel era menino 
Eu o amei... Atrai-os com cordas de amor...” (Oséias 11:1 e 4).
Adonai fala pelo profeta Isaias (54:5-10) para a nação de 
Israel: “O teu Criador é O teu Marido..O santo de Israel é O teu 
Redentor...Por um breve momento te deixei, mas com grandes mise-
ricórdias te recolherei;...com benignidade eterna me compadecerei 
de ti...A minha benignidade não se apartará de ti e a aliança da 
minha paz não mudará, diz O Eterno que se compadece de ti”.
Dessa forma Adonai continuará amando e trabalhando o 
coração de Seu povo até que diga: “Nossas vinhas estão em flor! Eu 
sou Do meu Amado e O meu Amado é meu! , Sua bandeira sobre 
mim é o amor”. (Cantares 6:3
Israel começa a florescer, findando o inverno espiritual e co-
meçando a primavera Do Eterno. Aliyah espiritual é a volta de 
Israel a Seu Deus. É a volta dos filhos Ao Pai Celestial. A verdadeira 
subida. A renovação dos pactos, concertos e alianças com Ado-
nai. Aqueles pactos que foram quebrados por causa da associação 
e mistura com outros povos idólatras, que trouxe o pecado e dis-
tanciamento para com Adonai. (Isaias 59:1 e 2) “Eis que a mão do 
Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; e nem os seus 
ouvidos agravados para não ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem 
divisão entre vós e O vosso Deus”. Então, mais do que nunca é hora 
dos filhos de Israel reconhecerem o grande amor de Adonai por 
eles, e refazerem seus pactos de amor e sua aliança eterna com Ele, 
180
Israel - Cumprindo Profecias
reaquecerem seu amor pelo Eterno. Fazer aliah espiritual.
Na visão de Ezequiel (37) Deus mandou que o profeta profe-
tizasse ao espírito para que soprasse sobre eles para que vivessem, 
“Então O Espírito entrou neles e viveram” (37:9-10). ”E porei sobre 
vos O Meu Espírito e vivereis, diz Adonai” (37:.14) Essa é a “Aliah 
espiritual”, o sopro do Espírito que o faz retornar Ao seu Deus e viver.
A vontade de Adonai para com Seu povo é expressa de ma-
neira clara através dos Seus profetas: “Porque derramarei água 
pura sobre vos e ficareis purificados... e vos darei um coração novo; 
porei dentro de vos um Espírito novo... e vos darei um coração de 
carne. E porei dentro de vos o Meu Espírito e farei que andeis em 
Meus estatutos, e habitareis na terra que Eu dei a vossos pais; e 
vós Me sereis por povo e Eu vos Serei por Deus” (Ezequiel 36:24 a 
26). Diz O Eterno pelo profeta Isaias (44:1-6): “Ouve oh Jacó ser-
vo Meu e tu oh Israel a quem escolhi... Derramarei do Meu Espírito 
sobre a tua posteridade e a benção sobre os teus descendentes”. 
PARA QUE ISRAEL DEIXE DE EXISTIR SERIA 
NECESSÁRIO TIRAR O ETERNO DE SEU TRONO 
Ninguém pode anular o pacto de Adonai para com Seu 
povo, “Assim diz O Eterno que proporciona a luz do sol para o dia 
e a lua e a constelação das estrelas para a noite; se tudo isso que Eu 
estabeleci deixar de existir sem Minha ordem, então asemente de 
Israel deixará de ser uma nação, diz o Senhor, cujo Nome é Adonai 
dos Exércitos” (Jeremias 31:35-37). “Assim diz Adonai: “Se puderem 
ser medidos os céus lá em cima, e sondar os fundamentos da terra 
cá em baixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, 
por tudo quanto fizeram, diz Adonai”. (Jeremias 31:37)
Quando O Eterno fez promessas a Abraão (Avraham) sobre 
sua semente, ele mostrou as estrelas do céu, e as tomou como um 
sinal de Seu pacto. Por isso Ele diz que é necessário que tudo isso 
deixe de existir para que Ele não cumpra Sua gloriosa promessa 
a Seu povo. A despeito do próprio inferno que se levanta contra, 
181
Sarah Elzeny Zayit
Adonai cumprirá fielmente Sua promessa a Israel. Haleluia!
Alguém pode dizer: “no futuro talvez seja possível medir os 
céus e sondar os fundamentos da terra”, porém, Adonai diz nos 
versos anteriores (Jeremias 31:34 a 36) que Ele é quem ordena o 
sol, a lua e as estrelas do firmamento e se alguém conseguir tomar 
Dele esse governo, então Ele rejeitará Israel. Para que Israel deixe 
de existir é necessário tirar Adonai de Seu trono e que homem 
fará isso?. O Eterno diz ainda “Porque, como os novos céus e a 
nova terra que hei de fazer, estarão eternamente diante de mim, 
assim também durará a vossa posteridade (Israel, conforme versos 
anteriores) e o vosso nome”. (Isaias 66.22): E Trarei de volta Meu 
povo Israel e Eu os plantarei em sua própria terra “E não serão 
mais arrancados de sua terra porque Eu lhes dei, diz O Eterno, 
Seu Deus”. (Amos 9:11 e 15)
Os judeus, como qualquer outra nação, têm pago o preço 
pelo seu pecado contra Deus, mas Ele não os esqueceu. E os trou-
xe de volta a Sião. Os que se opuserem a isso se opõem A Adonai 
e entram em conflito com O próprio Deus. Em toda a história há 
marcas de ruínas das nações que quando dominadoras, e fortes, 
procuraram destruir os judeus e desarraigá-los de seu legado Di-
vino. Nações visinhas se atrevem a dizer que lançarão Israel ao 
mar e ele não mais existirá. Porém, a Palavra de Adonai que fez 
os céus e a terra, afirma que Israel existirá para sempre. Hoje, em 
toda a mídia ouvimos vozes semelhantes como um grande tumul-
to, reivindicando a remoção dos judeus da sua pátria e capital. 
Seus argumentos são arrojados, prepotentes e às vezes até conse-
guem convencer multidões, mas eles fracassarão porque a ultima 
palavra será sempre Do Deus de Israel.
HÁ PROMESSA PARA TODO ISRAEL
“Serei O Deus de todas as gerações de Israel e elas serão o 
meu povo”. (Jeremias 31:1).
O Rabino Shaul (apóstolo Paulo) diz: (Romanos 11:26) 
“TODO ISRAEL SERÁ SALVO” citando a profecia de Isaias 59 
que diz: “Então temerão o Nome do Senhor... E vira um Redentor a 
182
Israel - Cumprindo Profecias
Sião... este é o Meu concerto com eles, diz O Senhor”.
Todo cristão que acredita na integridade da Bíblia Sagra-
da deve crer que Deus cumprirá cabalmente as Suas promessas, 
dadas ao Seu povo escolhido. A restauração de Israel não é um 
acontecimento qualquer histórico, mas sim o cumprimento da 
Palavra Do Eterno (Ezequiel 36:24-26); (Lucas 21:24). A reden-
ção está diante de Israel mesmo que dias turbulentos precedam 
esse tempo. A visão profética se cumprirá, a Lei do Senhor sairá 
de Jerusalém (Isaías 2:1-4). Yeshuah disse que a “Salvação virá dos 
Judeus” (João 4:22) e o Apóstolo Paulo afirma que tudo que é im-
portante para os Cristãos veio através do Povo Judeu (Romanos 
3:1; Romanos 9:1-5 e Romanos 15:27). Agora mais do que nunca, 
Israel precisa do apoio, orações de conforto. Os que obedecerem 
serão abençoados. (Salmo 122:6; Isaías 62:6-7).
Uma parte da Igreja tem participado do grande propósito 
de Deus em trazer os Judeus de volta para Israel. “Assim diz o 
Senhor Deus: Eis que levantarei a minha mão para os gentios, e 
ante os povos arvorarei a minha bandeira; então trarão os teus 
filhos nos braços, e as tuas filhas serão levadas sobre os ombros”. 
(Isaías 49:22)
Eleição divina. Uma constante ação sobrenatural de Deus 
fez com que o povo judeu continuasse sendo um só povo; que 
guardassem em 2000 anos de diáspora (dispersão), a religião, a 
língua (nos textos sagrados e orações), as festas ordenadas pelo 
Eterno, e os costumes bíblicos judaicos. Não uma religião pela 
qual cada um se decide individualmente, mas um povo pelo qual 
Deus se decidiu por eles. Pois como descendentes de Abraão, Isa-
que e Jacó foram escolhidos por Deus, sendo, portanto, um só 
povo por descendência, para que o mundo saiba que existe Um 
só Deus! Tudo é apenas uma consequência dessa eleição divina. 
Os escolhidos devem adorar somente o Deus que os es-
colheu, O “EU SEREI O QUE SEREI” que se revelou a Mosheh 
(Moises). Na diáspora, vivendo entre todos os povos, os judeus 
183
Sarah Elzeny Zayit
continuaram isolados como um povo e sobreviveram a todas as 
ondas de perseguição. Assim Deus preservou os judeus como um 
povo, até aos dias de hoje. O Estado de Israel é, portanto, a conti-
nuação do povo bíblico. 
“E será naquele dia que se tocará o grande shofar” (convite 
ao retorno) “e os que andavam perdidos pela terra da Assíria e 
os que foram desterrados para a terra do Egito tornarão a vir, e 
adorarão ao Eterno no Monte Santo de Jerusalém”. (Isaias 27:13) 
“... E santificarão Ao Santo de Jacó e temerão Ao Deus de Israel”. 
(Isaias 29:23).
O Eterno fala sobre Seu povo dizendo: “tra-los-ei,... e eles 
serão Meu povo e Eu serei O seu Deus em verdade e em justiça”. 
(Zacarias 8:3-8) “Os filhos de Israel virão, eles e os filhos de Judá 
juntamente; andando e chorando virão, e buscarão ao Senhor seu 
Deus”... “dizendo: Vinde e uni-vos ao Senhor num pacto eterno 
que nunca será esquecido” (Jeremias 50.4-5)”. “E dar-lhes-ei co-
ração para que me conheçam, porque EU SOU O SENHOR; e ser-
-me-ão por povo, e Eu lhes serei por Deus; porque (eles) se conver-
terão a mim de todo o coração” (Jeremias 24:7)”. “... Sereis a minha 
propriedade peculiar dentre todos os povos. E vós sereis um reino 
sacerdotal e o povo santo”. (Êxodo 19:5 e 6) “Farei com eles aliança 
de paz... E porei o Meu santuário no meio deles para sempre” (Eze-
quiel 37:13 e 14)... “Deles farei uma nação na terra, nos montes de 
Israel... e Eu os livrarei... e os purificarei; e assim eles serão o Meu 
povo e Eu serei O seu Deus”. (Ezequiel 37:21 a 23). “E sobre a casa 
de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito 
de graça e de súplicas; olharão para Mim a quem traspassaram; 
prantea-lo-ão como quem pranteia por um unigênito...”. (Zacarias 
12.10) “E saberão que Eu Sou O Senhor!”.
185
Desde os tempos bíblicos até hoje, o povo judeu conserva 
os mesmos costumes e comemora as mesmas festas bíblicas, em 
qualquer lugar do mundo onde esteja. E agora com a recriação do 
Estado de Israel, passou a serem festas e costumes do País. 
As festas judaicas são comemoradas de acordo com o Calen-
dário bíblico judaico, que é baseado nos ciclos da lua, composto 
alternadamente por 12 ou 13 meses no ano. Como nos tempos bí-
blicos, o primeiro dia de cada mês é sempre o primeiro dia de lua 
nova. Os meses do calendário judaico variam entre 29 e 30 dias. 
Meses do ano Judaico: Tishrei, Cheshvan, Kislev, Tevet, 
Shvat, Adar, Nissan, Iyar, Sivan, Tamuz, Av, Elul. Dias da semana: 
Yom Rishon, Yom sheni, Yom shilishi, Yom revii, Yom ramishi, 
Yom sheshi, Yom shabat. 
PRINCIPAIS FESTAS BÍBLICAS COMEMORADAS 
EM ISRAEL (E pelos judeus em todo o mundo; como nos tempos 
bíblicos.)
Adonai ordenou que Israel celebrasse Suas festas, chamadas 
festas solenes do Senhor e se alegrassem diante Dele. Tratava-se 
de festas memoriais de Seus grandes feitos entre os israelitas, para 
Costumes e Festas Judaicas
186
Israel - Cumprindo Profecias
que eles não se esquecessem das maravilhas e dos milagres que 
Deus havia realizado pelo povo. Mesmo na dispersão em qual-
quer lugar da terra, os judeus comemoram as festas bíblicas.
TRÊS MAIORES FESTAS: PESSACH (PÁSCOA), SHAVOUT 
(PENTECOSTES) E SUCOT (TABERNÁCULOS)
Nas três maioresfestas, conhecidas como “Shalosh Regalim”, 
quando o povo de Israel peregrinava para o Templo de Jerusalém. 
Nos tempos bíblicos todo judeu deveria subir ao Templo em Jeru-
salém pra adorar Ao Eterno, nessas festas. Diz o texto sagrado: “Três 
vezes no ano me celebrareis festa. A festa dos pães ázimos E a festa 
da sega dos primeiros frutos do teu trabalho, e a festa da colheita, Três 
vezes no ano todos os teus homens aparecerão diante do Eterno Teu 
Deus”. (Êxodo 23:14 a 17)
Em obediência a esse mandamento, pelo menos três vezes 
ao ano, todo judeu subia a Jerusalém. Os peregrinos vinham de 
longe de todos os lados, trazendo suas ofertas das primícias de 
sua fazenda, gado, ovelhas, frutos e cereais. Muitos deles viajavam 
dias e dias até chegar a Jerusalém. Com certeza ficavam exaustos, 
pois traziam tanto alimento para a viagem como as ofertas para o 
templo; passavam por vales, montanhas e deserto. Mas ao avistar 
a Cidade Santa, esqueciam-se do cansaço e começavam a cantar, 
dançar e tocar harpa e outros instrumentos musicais e com gran-
de júbilo, louvando Ao Eterno, adentravam ao Templo onde fa-
ziam a entrega de suas primícias ao sacerdote.
Cânticos dos degraus na entrada do Templo. Na entrada 
do Templo havia grandes escadarias, uma central e também late-
ral com paradas espaçadas a cada certa quantia de degraus onde 
os peregrinos paravam e cantavam alegremente glorificando Ao 
Eterno enquanto subiam os degraus do Templo. Eles cantavam os 
Salmos, chamados de “Cânticos dos degraus”, (do Salmo 120 até o 
134). Essa era a adoração da subida:
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Sarah Elzeny Zayit
1º. Degrau eles cantavam 
que O Eterno atendeu suas su-
plicas; e como os montes (que 
se podia ver) ao redor de Jeru-
salém, assim O Eterno esta em 
volta do Seu povo eternamente.
2º. Degrau: que O Eterno 
é O Guarda de Israel;
3º. Cantavam a alegria 
de poder ter vindo à Casa Do 
Eterno;
4º. Degrau: que seus olhos estavam fixos No Eterno;
5º. Cantavam que o socorro deles estava No Nome de Adonai;
6º. A confiança inabalável No Eterno;
7º. Cantavam os grandes feitos de Adonai em seu retorno a Sião;
8º. Os filhos são herança Do Eterno;
9º. A bênção para os que temem Ao Eterno;
10º. Cantavam que Adonai guerreia por seu povo;
11º. O perdão do Eterno e o anseio da alma por Ele;
12º. Cantavam que Israel espera em Adonai e sossega Nele;
13º. Degrau (já podiam contemplar o lugar santo e canta-
vam): “Entraremos em teu santuário e prostrar-nos-emos ante 
Teus pés”;
14º. Cantavam a bênção do Eterno sobre a unidade do povo Dele;
15º. E finalmente no último degrau, levantavam as mãos 
para o santuário e cantavam bendizendo Ao Eterno que fez os 
céus e a terra e que os abençoa desde Sião.
Festas comemoradas com alegria. Com regozijo e profunda 
gratidão o povo de Israel adentrava a Casa Do Eterno. Cada festa 
era comemorada com muita alegria, como hoje ainda continua 
sendo. Mesmo na diáspora, em grandes perseguições o povo ju-
deu sempre festejou alegremente os feitos Do Eterno.
188
Israel - Cumprindo Profecias
Porque a alegria vem de Adonai. Desde os tempos bíblicos 
até hoje em Israel, o povo judeu comemora todas as festas bíbli-
cas, com júbilo, cânticos, danças e alegria! 
Este é o dia da minha alegria! Em 1945 quando terminou 
a segunda guerra, judeus sobreviventes do terrível holocausto, 
os quais (muitos deles) em vão haviam procurado pela famí-
lia, agora solitários voltaram a Vilna e em “Simchah Tora” (Dia 
da Alegria da Toráh) entraram na grande Sinagoga, que havia 
sido palco de uma época vibrante. Apesar da dura realidade e do 
terrível sofrimento pela perda dos seus e em número muito re-
duzido, eles cantavam dançando com verdadeiro júbilo naquela 
celebração.
Um soldado judeu da Russia viu Avrahan, um menino que 
sobreviveu escondido por sua baba, ele começou a chorar e disse: 
“Durante anos terríveis, viajei milhares de quilômetros e esta é a 
primeira vez que encontro uma criança judia” (pois todas haviam 
sido assassinadas) Então colocou o menino sobre os ombros e co-
meçou a dançar, com lágrimas rolando pela face e com o coração 
cheio de alegria e gratidão Ao Eterno pela criança que sobreviveu, 
ele exclamou: “Este é o meu Rolo da Torah!” (Este é o dia da mi-
nha alegria!)
Essa é a vontade de Adonai que diz: “E na tua festa te ale-
grarás, tu e teus filhos e todos que estiverem dentro de tuas por-
tas” (Deuteronômio 16:14). “E alegravam-se porque ADONAI OS 
ALEGRARA com grande alegria... até os meninos se alegravam, 
de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu de longe”. (Nee-
mias 12:43). “Por sete dias, vos alegrareis perante O Eterno, vosso 
Deus”. (Levitico 23,40).
“Canta alegremente, rejubila-te oh Israel, exulta de todo co-
ração oh filha de Jerusalém... O Rei de Israel está no meio de ti... Ele 
se deleitará em ti com alegria, por Seu amor regozijar-se-á em ti 
com júbilo! (Sofanias 3:14-17)”. “E vos alegrareis perante o Senhor 
vosso Deus”.(Levítico, 23:40, Êxodo 12:14 e 13:6 “E te alegrarás 
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Sarah Elzeny Zayit
por todo o bem que te tem feito O Senhor vosso Deus” (Deutero-
nômio 26:11). “E o povo alegrava-se com grande alegria, de ma-
neira que o seu barulho, a terra retiniu”. (I Reis 1:40). “Alegrem-se 
os céus e a terra, e regozijem-se, e diga-se entre as nações:” O Se-
nhor reina! (I Crônicas 16:31). “Os preceitos do Senhor alegram 
o coração”. – Salmo 9;8. “Alegrai-vos no Senhor e regozijai-vos, 
vós os justos, e cantai alegremente, todos vós que sois retos de 
coração”. (Salmo 32; 11). “Exultai, oh céus, e alegra-te terra, e vós 
montes estalem de júbilo, 
porque O Senhor consolou a 
Seu povo”.(Isaias 49:13). “E 
levantavam suas vozes com 
júbilo e alegria“...porque o 
povo jubilava de maneira 
que as vozes se ouviam de 
mui longe”.(Esdras 4:13) 
O rabino Shaul de Tarso (Paulo) disse: “Alegrai-vos sempre 
no Senhor, outra vez vos digo, alegrai-vos!”. (Filipenses 4:4).
No texto citado o verbo “alegrai-vos!” É imperativo, é uma 
ordem! 
“ALEGRAI-VOS!” (e enfatiza), “outra vez vos digo: ALE-
GRAI-VOS”!. Essa palavra é mencionada dezenas de vezes em 
toda a Bíblia. 
Alegria é gratidão! 
As festas são para Adonai, 
portanto devem ser come-
moradas com muito júbilo 
conforme os textos bíblicos 
referindo-se à alegria daque-
le que crê e por isso pode e 
deve viver, com satisfação, 
usufruindo as promessas de 
Adonai. E acima de tudo sa-
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bendo ser grato, regozijando-se Nele.
Infelizmente, por centenas de anos a igreja ensinou que o 
cristão tinha que ser triste e melancólico e viver se penitenciando. 
Porém aquele que faz isso está anulando o sacrifício Daquele que 
já sofreu em nosso lugar para nos fazer felizes “o castigo que nos 
trás a paz estava sobre Ele” (Isaias 53:5). Paulo escreveu aos Tes-
salonicenses, “não quero que sejais como os demais que não tem 
esperança...”. Pois Deus nos chamou para vida abundante, plena e 
feliz. Todo nosso sentimento de tristeza e culpa Yeshuah já levou 
na cruz e pagou o preço para nossa alegria. Ademais, é impossível 
conhecer o amor de um Deus tão Grande e não ser feliz! A von-
tade Dele é que sejamos felizes! 
Por isso eu quero convidá-lo a alegrar-se em Adonai. Como 
disse Maria mãe de Yeshuah; “a minha alma engrandece ao Se-
nhor e o meu espírito se alegra em Deus O meu Salvador!”. Por-
tanto, Cante! Louve! Dance! Alegre-se! E Exalte! Ao Deus da sua 
Salvação. “Em Ti me alegrarei e saltarei de prazer. Cantarei louvo-
res ao teu nome oh Altíssimo!”. (Salmo 9:2).
“A alegria Do Senhor é a nossa força”! (Neemias 8:10). Se 
não tem alegria, não tem força.
Festejamos com comidas típicas. A Pessach (Páscoa) é na 
primavera, quando tudo esta florido. A festa de Shavuot é no co-
meço da colheita do trigo. A festa de Sucot quando os celeiros 
estão cheios de trigo e há abundância de frutos.
Nossas festas são celebradas com comidas típicas que nos 
fazem lembrar os acontecimentos e os grandes feitos de Adonai 
na época e ensiná-los a nossos filhos. Isso também nos leva ao 
cumprimento do texto sagrado: “E comereis e ficareissatisfeitos e 
bendireis Ao Eterno teu Deus”.
Cada uma de nossas festas têm um sentido simbólico-pro-
fético da salvação divina e redenção futura.
Assim oramos após cada refeição festiva dizendo:
191
Sarah Elzeny Zayit
“Bendito és Tu Adonai nosso Deus, em cuja morada há ale-
gria, que da Tua bondade nós nos alimentamos, e de Tua generosi-
dade vivemos. Bendito és Tu Adonai nosso Deus, Rei do Universo, 
que alimenta o mundo inteiro com Tua bondade, com graça, be-
nevolência e misericórdia... pois és um Deus bondoso que nutre e 
sustenta a todos... como está escrito: Tu abres a Tua mão e satisfa-
zes a todos com favor, Bendito és Tu Adonai que provê alimento”.
FESTA DOS TABERNÁCULOS, “SUCOT” CABANAS. 
Sucot (cabanas) é uma festa que se inicia apenas cinco dias 
após Yom Kipur (dia do perdão); é a terceira festa do mês he-
breu de Tishrei (dia 15) e uma das três festas de peregrinação. 
Sucot é mencionada na Torah sendo uma das três maiores festas, 
(Shalosh Regalim). Nos tempos bíblicos todo povo judeu subia a 
Jerusalém para adorar ao Eterno, trazendo sua oferta de cereais. 
(Êxodo 23; 14-17, 34:22),
Sucot também conhecida como Festa dos Tabernáculos ou 
Festa das Cabanas, festa das colheitas e ainda, festa de nossa ale-
gria, visto que coincide com a estação das colheitas em Israel, no 
começo do Outono, após a colheita do verão e antes da plantação 
da safra do inverno.
“É a festa da sega dos primeiros frutos do teu trabalho, que hou-
veres semeado no campo, e a festa da colheita, à saída do ano, quando 
tiveres colhido do campo o teu trabalho”. (Êxodo 23:16). “Aos quinze 
dias deste sétimo mês será a festa dos Tabernáculos ao Senhor, por 
sete dias. No primeiro dia haverá santa convocação... tomareis para 
vós frutos de árvores formosas, folhas de palmeiras, e ramos de árvo-
res cheias de folhas e durante sete dias vos alegrareis perante o Senhor 
vosso Deus. Celebrareis esta festa ao Senhor. Levítico (23:34-43):
Nesse período do ano, a colheita já foi realizada e os celeiros 
e armazéns estão abarrotados. O povo está feliz e imensamente 
grato a Adonai por Sua bondade e generosidade. É momento de 
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Israel - Cumprindo Profecias
regozijo e grande alegria, profundo agradecimento ao Eterno pela 
colheita, pois o Povo de Israel sente-se abençoado e recompen-
sado depois do trabalho e esforço de todo um ano. Por esse mo-
tivo, Sucot é chamada de “Zeman Simchatenu” “época de nossa 
alegria”. Nas sinagogas (em todo o mundo) lemos a obra do Rei 
Salomão, o Kohelet (Eclesiastes) descrição dos verdadeiros valores 
da vida e o Cântico dos Cânticos, em hebraico Shir Hashirim, é 
uma canção do noivo à sua noiva. O Rei Salomão escreve sobre 
a juventude. É uma época da vida repleta de otimismo. O Shir 
Hashirim o Cântico dos Cânticos, de acordo com os nossos sá-
bios, é a alegoria da relação existente entre Adonai - o noivo - e o 
povo de Israel - a noiva.
 
Esse é um dos momentos mais felizes da liturgia judaica, 
quando toda Jerusalém é adornada com frutos, palmeiras, etc. O 
Escritor judeu, do primeiro século d.C., Flávio Josefo descreve 
essa festa nos tempos bíblicos: “Multidões de peregrinos vinham 
de todas as partes de Israel e do mundo, e chegavam a Jerusalém em 
caravanas coloridas e festivas”. Uma vez em Jerusalém, eles prepa-
ravam e habitavam em tendas de ramos ao longo das ruas, no pátio 
do templo, sobre os telhados das casas, nos montes e vales ao redor 
193
Sarah Elzeny Zayit
da cidade. A cidade de Jerusalém estava toda decorada com ramos 
de oliveira, palmas, salgueiros, frutas frescas e flores. 
Os peregrinos levavam sempre consigo ramos de palma e 
murta que agitavam com alegria enquanto participavam dos 
serviços religiosos no templo, das orações e do cântico do Halel, a 
coleção de salmos de louvor”* (Livro de Antiguidades judaicas)
Os Salmos cantados são os 113 e 118; um convite ao louvor 
ao Eterno porque a Sua benignidade dura para sempre.
SIMCHAT BEIT HASHOAVÁ. A LIBAÇÃO DA ÁGUA. 
“O Regozijo na fonte de Água”. A parte mais importante da 
festa de Sucot era assim intitulada.
Durante o ano, a cada dia, após o sacrifício ter sido queima-
do, uma oferta de vinho, chamada libação, era derramada sobre 
o altar. Porém, durante os dias de Sucot, além da libação de vi-
nho, era derramado água também.  Assim cada manhã da festa, 
ao soar as trombetas dos sacerdotes (toque longo e penetrante) ao 
raiar do sol, o povo se despertava para mais um dia de regozijo, 
de alegria e júbilo Diante do Eterno.  Levando consigo um jarro 
de ouro para enchê-lo com água, os sa-
cerdotes desciam até a piscina de Siloé, e 
após encher os jarros eles retornavam ao 
templo em forma de cadencia, de manei-
ra pausada, ao som das trombetas.
Quando chegavam à porta da água, 
Eram tocados os três sons do shofar: 
tekia, shevarim e teruah. Após o sacri-
fício e o Halel (cântico dos Salmos), os 
sacerdotes, levando nas mãos ramos e 
frutos da terra (Levítico 23), rodeavam o 
altar de bronze, o qual estava adornado 
com ramos frescos de salgueiro, e recita-
194
Israel - Cumprindo Profecias
vam as palavras do Salmo 118:25: “Oh!  Salva-nos, Senhor, nós Te 
pedimos!” 
O sacerdote responsável pelo serviço do dia subia a rampa 
do altar de bronze e derramava a água do jarro de ouro sobre uma 
bacia de prata, e vinho sobre uma segunda bacia.  Na sequencia, 
de forma simultânea, o conteúdo de ambas as bacias era derrama-
do sobre o altar e todos os presentes irrompiam em júbilo exclaman-
do: “Eis que o Senhor Deus é a minha força e o meu cântico... Vós 
com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Isaías 12:2-3).  
Na tradição judaica, essa cerimônia comemorava a “Rocha” da 
qual brotou “água viva” no deserto, e era símbolo do Messias de 
Israel. (Êxodo 17:1-7; Números 20:2-13; 21:16-18
CERIMÔNIA DA LUZ (parte da festa de Sucot). 
A noite, o candelabro de sete braços, contendo no topo de 
cada braço um recipiente de azeite com vários litros de azeite e 
pavios feitos de vestes sacerdotais desgastadas, iluminava toda a 
área do templo refletindo por toda a cidade de Jerusalém. Não 
havia nenhum pátio em Jerusalém que não estivesse iluminado, 
e uma grande multidão de peregrinos portando tochas acesas, 
dançavam com grande regozijo, recitavam canções de louvor. O 
coral de Levitas, posicionado nas escadarias internas do templo, 
entoava os “Salmos de Ascensão”, “Salmos dos degraus” (Salmos 
120-134); Os levitas com harpas, liras, símbolos, trombetas e ou-
tros númerosos instrumentos musicais estavam nos quinze de-
graus que dava acesso ao átrio de Israel, e ao átrio das mulheres; 
os levitas costumam estar de pé sobre eles com instrumentos mu-
sicais. Dois sacerdotes estavam junto da porta superior que des-
ce do átrio de Israel ao átrio das mulheres tendo duas trombetas 
nas mãos. Quando apareciam os primeiros raios do sol tocavam o 
shofar. Quando chegavam ao décimo degrau tocavam novamente 
o shofar. Diziam: “Nós temos nossos olhos dirigidos para Adonai”
195
Rabi Yehudá disse, e todos costumavam repetir “somos do 
Eterno e em direção do Eterno estão nossos olhos”. 
Na última frase, a Mishná mostrava importância da Presen-
ça do Eterno no Templo, a “Shechinah”. Eles não tinham necessi-
dade de voltar-se para o sol porque a luz e o esplendor pertencem 
a Shechinah (a gloria da presença do Eterno) que está no Templo. 
Eram momentos sublimes, de alegria intensa, que marcavam pro-
fundamente o espírito da festa.
HABITANDO EM TENDAS. 
“Sete dias habitareis em tendas, todo Israel, para que as ge-
rações saibam que dentro de Sucot (de tendas) Eu fiz habitar os 
filhos de Israel quando eu os fiz sair do Egito” (Levitico 23:42-43).
A principal característica de Sucot é o mandamento bíblico 
de habitar durante sete dias em uma cabana (em hebraico: sucáh. 
No plural: Sucot). Nessa festa deixamos o conforto da nossa re-
sidência e passamos a morar em cabanas, frágeis e temporárias. 
Elas servem para nos lembrar dos 40 anos do êxodo de nosso 
povo no deserto após a saídado Egito, quando era nômade e vivia 
em pequenas tendas ou cabanas frágeis e temporárias, dependen-
196
Israel - Cumprindo Profecias
do completamente de Adonai para proteção e subsistência. 
A Shechinah era vista na Sucah. O teto da Sucáh (cabana), 
feito de folhas de palmeiras, não pode ser totalmente fechado, mas 
deve ter frestas suficientes para permitir que se vejam as estrelas 
a noite e durante o dia, os raios da luz do sol. As cabanas, sucot, 
lembram-nos a coluna de fogo e a Nuvem de Glória que rodeava 
nosso povo que durante os anos em que vagou no deserto. Imagi-
ne poder, através das frestas das folhas das palmeiras que cobriam 
a tenda, ver a gloria da presença Do Eterno, Sua Shechinah ma-
nifestada pela nuvem e pelo fogo. Quem não se sentiria seguro? 
Não havia nenhuma necessidade de portas de bronze e ferrolhos 
de ferro. O Guarda de Israel Todo Poderoso estava ali.
Durante essa festa, nós, judeus, comemos, bebemos, estu-
damos, oramos e nos alegramos na sucáh (cabana), hoje como 
naqueles dias no deserto, somos completamente dependentes da 
proteção e segurança de Adonai.
AS QUATRO ESPÉCIES DE SUCOT. ARBAAT HA-MINIM. 
Outro costume da festa Sucot é de que os participantes te-
nham na mão um buquê de ramos e um fruto. Esta prática se 
fundamenta em Levítico (23:40) que diz: “No primeiro dia, toma-
reis para vós outros frutos de árvores formosas, ramos de palmeiras, 
ramos de árvores frondosas e salgueiros de ribeiras; e, por sete dias, 
vos alegrareis perante o SENHOR, vosso Deus”. 
Quatro Espécies: o etrog (fruta cítrica), o lulav (palmas de 
tamareira), hadassim (ramos de mirta) e aravot (ramos de sal-
gueiro). 
As quatro espécies de Sucot são semelhantes a quatro tipos 
de pessoas: 
Etrog – é um fruto cítrico que tem sabor e aroma - simboliza 
197
Sarah Elzeny Zayit
os conhecedores e praticantes da Torá e das mitzvot, praticantes 
da Palavra de Deus. Sua forma representa o coração humano.
Lulav – é uma folha de tamareira ainda fechada, em forma 
de espada, com todas as folhas muito unidas. Ela tem sabor, mas 
não tem aroma - simboliza os que são conhecedores, mas que 
não praticam a Palavra de Deus; suas folhas unidas representam 
a união do povo de Israel (todos são um) e sua forma de espada 
liberdade e vitória. Elas foram usadas pela multidão para saudar 
Yeshuah (Jesus) quando entrou em Jerusalém montado em um 
burrinho.
Hadassim são arbustos aromáticos, (usados na cerimônia 
do final do shabat), o perfume (bessamim) pelo qual agrademos 
a Adonai. Possui aroma, mas não tem sabor; Mas por sua beleza 
representa a perfeição da obra de Deus.
Arava – são ramos de salgueiro que não possuem sabor nem 
aroma - simboliza os que não conhecem nem praticam a Palavra 
de Deus
Sucot também simboliza todos os judeus que moram na di-
áspora, ou seja, fora de Israel, porque estão fora de sua casa (Isra-
el) em moradas provisórias, até que O Eterno os traga de volta a 
sua Pátria a sua “Casa Israel”.
“Sucot” é uma celebração de unidade, alegria, restauração 
O significado mais importante é que O Deus Eterno, Todo Pode-
roso, quis tabernacular com os homens. Mandou que se constru-
ísse um tabernáculo para Ele habitar entre os filhos de Israel. 
ORAÇÃO POR CHUVA. 
Tradicionalmente, celebra-se a chegada das chuvas, festa de 
gratidão a Deus pela água que nunca lhes falta, por causa da pro-
teção e a providência Do Eterno. A celebração das águas derrama-
das no altar é também símbolo das orações pelas chuvas, segundo 
a promessa: “O Eterno Abrirá para ti Seu bom tesouro, os céus, 
198
Israel - Cumprindo Profecias
para dar chuva a tua terra no seu 
tempo, e para abençoar a toda a 
obra de tua mão”.
Israel não possui grandes 
rios e sua sobrevivência depende 
das chuvas, ou seja, totalmente 
de Deus, como está escrito: “Na 
Terra que Eu vos dou, beberas 
água das chuvas dos céus” (Deu-
teronômio 11:12). Por isso no 
último dia de Sucot oramos por 
chuva.
Porque no último dia da festa é que oramos por chuva? Por-
que durante a festa dos Tabernácu-
los habitamos em tendas que no teto 
há frestas para que vejamos o céu, e 
por isso a chuva deve começar logo 
após a festa, pois se cremos que O 
Eterno nos ouve e em seguida nos 
atenderá, oramos no último dia da 
festa.
Um  motivo que faz também 
de Sucot um período muito espe-
cial na vida de Israel é o fato de Salomão ter escolhido esta festa 
para a dedicação do Templo (IReis 8).  De acordo com a tradi-
ção ordenada em Deuteronômio 
(31,10-11) a cada sete anos a Lei 
era lida a todo o povo reunido 
nesta ocasião, “ No fim de cada 
sete anos, precisamente no ano 
da remissão, durante a festa das 
Cabanas, quando todo Israel vier 
apresentar-se diante de Adonai 
Sucot em um KIibutz
199
Sarah Elzeny Zayit
teu Deus no lugar que Ele tiver escolhido, tu proclamaras esta Lei 
aos ouvidos de todo Israel” .
SHEMINI ATZERET. É a festa da conexão do Oitavo Dia 
de Sucot; é dia de Assembleia Solene, de acordo com o costume 
judaico. Depois de completar os sete dias de Sucot, o oitavo dia 
significa que o judeu quer permanecer mais um dia na Sucah sob 
a Shechinah (sob a presença Divina). “É melhor um dia na Tua 
presença do que noutra parte mil”. 
SIMCHAT TORÁ. é o “Regozijo da Toráh” esse é o nome 
da festividade, “O Júbilo da Torah”. Acontece no oitavo dia após 
Sucot. Nesse dia encerra-se e reinicia a leitura anual da Torah, 
como lembrança da sua eternidade. 
Os serviços religiosos são especialmente festivos, e todos os 
presentes, jovens e adultos, tomam parte na celebração. Um dos 
costumes mais populares é a retirada dos rolos da Toráh da Arca 
Sagrada, e dançar com eles na sinagoga. Depois sair para as ruas 
levando a Torah, dançando e cantado pela cidade. A alegria desse 
dia é relevante para todos os judeus. 
FESTA DE SUCOT (Tabernáculos) para os cristãos. No 
Brit Hadashá (“Novo Testamento”) fala de Sucot, que no último 
dia da Festa, Yeshuah que também estava participando da festa, 
onde parte da cerimônia incluía o despejar da água perante O 
Eterno, Yeshuah levantou-se no Templo e disse: “Se alguém tem 
sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz as Escri-
turas, do seu ventre fluirão rios de água viva” (João 7:37-38). Ele 
queria dizer que assim como a água mata a nossa sede, e nos da 
vida, Ele é a água que mata a nossa sede de Deus,e nos da vida 
Nele, fazendo referência à cerimônia matutina da água, Simchat 
Beit haShoavá. No mesmo dia, Ele também declarou ser a “luz do 
mundo” (João 8:12), numa referência à cerimônia noturna, da luz.
200
Israel - Cumprindo Profecias
Ele curou um cego de nascença como demonstração de ser 
Ele a luz do mundo (João 9:5).  Yeshuah lhe aplicou lama aos 
olhos e depois lhe ordenou que os lavasse no tanque de Siloé, jus-
tamente no local de onde era retirada a “água viva” a cada manhã 
da festa, para ser derramada no altar. Ele fala ainda do Bom Pas-
tor  e se apresenta como o “Bom Pastor” e como a “Porta” da sal-
vação (João 10:7-9) referindo-se ao Salmo 118:20: “esta é a porta 
do Senhor, por ela entrarão os justos”, o principal salmo que era 
cantado nessa festa.
FESTA DA PÁSCOA (PESSACH) 
Cumprindo fielmente a ordenança Bíblica, os judeus do 
mundo inteiro comemoram a Páscoa 
por sete dias. Seu “Seder” (programa: 
Hagadah de Pessach), comemoração, 
comidas etc., são exatamente como a 
descrição bíblica. 
A festa de Pessach ocorre na 
primavera, quando as árvores come-
çam a florescer. 
Pessach (pronunciamos pes-
sarr) é em 14 do mês de Nisssan 
segundo o calendário judaico, a Fes-
ta dos Pães Ázimos. Comemoramos e recordamos a libertação do 
povo de Israel do Egito, conforme narrado no livro de Êxodo. O 
Eterno disse: “Eu passarei pela terra do Egito  esta noite, e ferirei  
todo primogênito na terra do Egito, desde homens até animais e 
sobre todos os deuses do Egito farei juízos: Eu o Senhor”. 
“A congregação de Israel (que estava escrava no Egito) sacrifi-
cará à tarde, e tomará do sangue, e po-lo-á em ambas as ombreiras, 
e na vergada porta... E aquele sangue vos será por sinal nas casas 
em que estiverdes; vendo Eu o sangue, passarei por cima de vós, e 
201
Sarah Elzeny Zayit
não haverá entre vós praga de mortandade, quando Eu ferir a terra 
do Egito”. “E este dia vos será por memória e celebrá-lo-eis por 
festa Ao Eterno”. (Êxodo 12:12 a 14). 
“Essa é a noite Do Eterno” (Êxodo 12:42). Pessach (no he-
braico “פסח”, ou seja, passagem). Tanto a passagem do anjo da 
morte, como a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho a pés 
enxutos. A primeira celebração ocorreu há mais de 3200 anos, na 
saída do Egito.
Como recordação desta liberação, de Adonai a Seu povo, 
Ele próprio instituiu para todas as gerações o sacrifício de Pessach. 
E uma das três festas de peregrinação ao Templo de Jerusalém. 
Tudo era preparado em Jerusalém para garantir o conforto dos 
peregrinos. Um mês antes da festividade, Jerusalém tinha suas es-
tradas reformadas e poços restabelecidos. 
Pessach é hoje uma festa central do judaísmo e serve como 
uma conexão entre o povo judeu e sua história. Antes do inicio da 
festa, os judeus removem todos os alimentos fermentados (cha-
mados chametz) de seus lares e os queimam. Não é permitido 
permanecer com fermento durante a Pessach em cumprimento 
ao mandamento contido em Êxodo 12:10-20 “Por sete dias não se 
ache fermento em vossas casas”
A festa de Pessach é antes de tudo uma festa familiar, onde 
uma refeição festiva é servida e cada componente faz lembrar 
um episodio bíblico. Nessa comemoração a história do Êxodo 
do Egito é narrada, e se faz as leituras das bênçãos, das histórias 
da Hagadah, de parábolas e canções judaicas com a participação, 
principalmente, das crianças. Durante a refeição, come-se pão 
ázimo e ervas amargas, para lembrar-se do “sair apressado da ter-
ra do Egito”. Também se come uma pasta com cor dos tijolos que 
faziam no Egito ‘charosset’ seu sabor é doce, lembrando que O 
Eterno fez nossa vida doce. E mais alguns outros alimentos, sim-
bólicos. O Seder (cerimônia) dura algumas horas entre comida 
orações e canções alusivas a data. Com muita alegria!
202
Israel - Cumprindo Profecias
“A cada geração cada ser humano deve se ver como se ele 
pessoalmente tivesse saído do Egito. Pois está escrito:” Você deverá 
contar aos seus filhos, neste dia, “Deus fez estes milagres para nós, 
quando saímos do Egito...”.
A PÁSCOA DOS CRISTÃOS. 
A festa da Páscoa dos cristãos tem o mesmo significado ju-
daico, adicionando a memória da morte e ressurreição de Cristo. 
O cordeiro pascal e seu sangue era figura Daquele Cordeiro que 
viria. Hoje se comemora a memória Daquele que já veio.
Os pães ázimos  (sem fermento), porque tinham pressa e 
não podiam esperar até que a massa levedasse, figurava o Pão da 
Vida (Disse Yeshuah: “Eu Sou o Pão da Vida, quem comer des-
te Pão viverá para sempre”); o cordeiro tinha que ser imolado e 
seu sangue passado na verga da porta, esse  sangue que Moisés, 
instruído por Adonai, ordenou que se passasse nos umbrais das 
portas pra livrar da morte, nada mais era do que a figura do Cor-
deiro de Deus que exatamente na Páscoa, 1300 anos depois, se 
entregou para ser morto e como o Cordeiro Pascal, derramou o 
seu sangue para livrar da morte todos os que através Dele viessem 
Ao Eterno. 
Moshêh (Moises) iniciou e Yeshuah também a fez com seus 
discípulos. Conforme narram os Evangelhos de Lucas, Marcos e 
Mateus, que em Jerusalém se comemorava a Páscoa, segundo a 
tradição judaica, desde Moisés, cumprindo a ordem Do Eterno: 
“celebrá-lo-eis por festa Ao Eterno como estatuto perpétuo”. 
Yeshuah convidou seus discípulos para aquela  comemoração.
Ele sabia que aquela era a  mais importante de todas  as 
comemorações da Páscoa, sendo aquela  determinada por Deus, 
para que Ele fosse entregue como Cordeiro Pascal. Ele disse: “... 
daqui a dois dias é a Páscoa e o Filho do Homem será entregue 
para ser crucificado”.(Mateus 26: 2). Os discípulos perguntaram: 
203
onde queres que façamos os preparativos, para a Páscoa? E ele  
então chamando a Pedro e João, os mandou  dizendo: olha, vocês 
irão à cidade  (Jerusalém) e lá encontrarão  um homem, na en-
trada da cidade, (próximo a um dos portões) levando um cântaro 
de água, esse era o sinal de identificação (pois não era costume 
homens carregar cântaros e, sim, as mulheres); vocês vão seguir 
aquele homem, por onde ele for e na casa que ele entrar, vocês 
também entrarão  e então dirão ao dono da casa: “O Mestre man-
dou dizer que o tempo Dele está próximo e Ele quer celebrar em 
sua casa, a Páscoa com os seus discípulos. O meu Senhor precisa 
de um lugar para passar a Páscoa”. E chegada à tarde, Yeshuah 
assentou-se à mesa com seus discípulos e    então Ele disse: “Eu 
desejei muito celebrar esta Páscoa convosco”. 
Se pudéssemos adentrar o coração Dele naquele momen-
to, para entendermos o verdadeiro significado daquelas palavras. 
Aquele era o momento! E aquela era a Páscoa esperada por mais 
de 3000 anos, desde a queda do homem no jardim do Éden. Era 
o momento da redenção! O momento de reabrir ao homem pe-
cador, o caminho a Deus. Era o reencontro do homem com o 
seu Criador! E Ele  tomando o cálice disse: “Esse é o Meu san-
gue que é  derramado por vós”. E tomando o pão disse: “esse  é o 
Meu corpo que eu dou por vós”.(Lucas 22:7 a 20). Yeshuah disse 
ainda, para continuarmos a fazer o Seder de Páscoa em memória 
Dele. Ele estava se referindo àquela ceia, “a ceia da páscoa”. 
Logo em seguida, saindo dali foi traído por Judas, entregue 
aos soldados romanos, julgado por Pilatos, que era também uma 
autoridade romana  e em seguida morto pelos soldados romanos, 
cumprindo a profecia de Isaías 53, que diz que: “Como um cor-
deiro mudo foi levado... Ele estava ali em nosso lugar, Ele estava 
morrendo a nossa morte, pois nós pecamos  e o preço do pecado 
é a morte”. Todos nós andávamos desgarrados, mas o Senhor fez 
cair sobre Ele, a iniquidade de nós todos”. 
Yeshuah queria naquele momento dizer que, Ele era o Cor-
204
Israel - Cumprindo Profecias
deiro Pascal representado por todos aqueles anos, no  taberná-
culo do deserto, e no Templo em Jerusalém. Em Pessach Adonai 
convergiu em Yeshuah todas as coisas. 
Abraão, Isaque, Jacó, Moisés e outros foram salvos pela fé 
Naquele  que haveria de vir: “O Cordeiro Pascal”.
O Deus Eterno tirou parte de Si; Seu Filho que tabernaculou 
entre os homens. (João 1:14) 
Na plenitude dos tempos O Eterno enviou Yeshuah (Jesus) 
(Efésios 1:10) cumprindo Seu propósito, de nos fazer abundar em 
toda a sabedoria, nos revelando Seu mistério de convergir em 
Yeshuah todas as coisas, as que estão nos céus e na Terra, as que 
foram antes e as que viriam depois. 
Adonai nos congregou No Mashiach (Messias). E nos selou 
com Seu Espírito que é O penhor (a garantia) da nossa herança 
em Deus.
Essa foi a promessa do Eterno de restauração por Aquele 
que nasceria da semente da mulher e que esmagaria a serpente. 
Essa páscoa foi esperada por todos os anjos de Adonai, pelos que-
rubins e serafins do Eterno. Naquele momento todo o céu estava 
voltado para terra na maior expectativa, do retorno da criatura 
humana Ao seu Criador; da reconciliação do homem com Deus, 
e remissão pelo sangue Do Cordeiro.
“Temos sido santificados  pela oblação do corpo de Yeshuah 
O Messias, feita uma vez (Hebreus. 9:10), nos dando ousadia para 
entrarmos no santuário, pelo novo e vivo caminho que Ele  nos 
consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne” (Hebreus 10:19 e 20). 
205
Sarah Elzeny Zayit
A exemplo do pai judeu que no luto rasga sua veste, O Pai 
rasgou o véu que separava o lugar santíssimo, onde só o sumo 
sacerdote podia entrar uma vez por ano, o rasgou de alto a baixo 
e Ele nos deu acesso ao lugar santíssimo. Céus e terra  esperavam 
por esse momento.  A terra tremeu, houve trevas sobre a 
terra, as pedras se fenderam, os sepulcros se abriram e mortos 
ressuscitaram (Mateus 27: 52 e 53).
Na Páscoa, Yeshuah ressuscitou dos mortos, Ele venceu a 
morte! Ele não ficou na sepultura,mas saiu dela trazendo as cha-
ves do inferno e da morte.  “Pela morte Ele aniquilou o que tinha 
o império da morte, isto é, (aniquilou) o diabo” (Hebreus 2:14) Ele 
entrou na sepultura como Cordeiro Pascal e saiu como O Vitorio-
so Leão da Tribo de Judá! Haleluia! 
Yeshuah, que é a nossa páscoa, Ele foi sacrificado por nós. 
Paulo disse: ”Pelo que façamos festa,... com os pães ázimos da sin-
ceridade e da verdade“. (I Coríntios: 5:7). Quando Yeshuah Partiu 
o pão e disse: “Esse é o Meu corpo” era o pão ázimo da Pessach 
(Páscoa). Portanto a “ceia do Senhor” nada mais é do que um “Se-
der de Pessach”. A páscoa é a festa mais importante para os cris-
tãos. Porque na Páscoa recebemos nossa vitória! Como filhos Do 
Eterno. (Êxodo 12:42)
*Nota: Após a festa de Pessach (Páscoa) (saída do Egito) começa a conta-
gem de Omer (sete semanas) para a recebida dos Dez Mandamentos que é a Festa 
das Semanas, ou seja, Shavuot ou Pentecostes.
LÁ BA’OMER. (בעומר literalmente “33 do Omer”) é o ,ל"ג 
33º dia da contagem do Omer ל"ג. Ha celebrações com fogueiras e 
brincadeiras com arcos e flechas para as crianças. Em Israel, nos 
dias anteriores à festa, os jovens costumam reunir materiais para 
fazer grandes fogueiras ao ar livre. 
*Nota: Em todas as festas é importante a participação das crianças. “En-
sinarás a teus filhos...”(Deuteronômio 6:7). Nada melhor que festas pra ensinar 
os filhos.
206
Israel - Cumprindo Profecias
SEFIRAT- HAOMER - CONTAGEM DO OMER. (ספירת 
־Sefirat Ha’Omer) . Omer é o período de 49 dias ("sete semas ,העומר
nas") entre Pessach e Shavuot; é definido pela Toráh como o perí-
odo durante o qual ofertas especiais deveriam ser levadas ao Tem-
plo de Jerusalém. O Judaísmo ensina que isto torna física a ligação 
espiritual entre Pessach e Shavuot.
A Contagem de Omer começava no segundo dia da Pessach 
(Páscoa), quando era separado a cada dia uma porção de cereal, 
o melhor, as primícias que no final das 7 semanas eram levadas 
ao templo.
FESTA DE SHAVUOT – COLHEITA – PRIMÍCIAS E 
PENTECOSTES
Shavuot (no hebraico “semanas”) é o nome da festa judaica 
também conhecida como Festa das Primícias da colheita do tri-
go, celebrada no quinquagésimo dia do Sefirat Haômer (contagem 
de Omer). Devido a esta contagem a festa é também chamada de 
Pentecostes. No mês de Sivan (no calendário judaico) terminava 
a colheita de Trigo e outros cereais que, graças à proteção divina, 
puderam ser extraídos do solo eram separadas as primícias para 
ofertas no Templo.
Da mesma forma que em Pessach e Sucot, também em Sha-
vuot, grandes grupos de agricultores afluíam de todas as provín-
cias e como pe-
regrinos subiam 
a Jerusalém, 
acompanhados 
no trajeto pelo 
alegre som de 
flautas e pan-
deiros. Traziam 
consigo cestos 
207
Sarah Elzeny Zayit
adornados com fitas e flores, com trigo, cevada, figos, azeitonas, 
uvas e outros produtos da terra, para entregar como primícias no 
Templo, onde eram recebidos com cânticos dos levitas.
Entrega da Lei a Moisés. O mais importante de Shavuot é 
a celebração da revelação da Torah ao povo judeu por volta de 
1300 a.C. Logo após a libertação do povo judeu do Egito, estando 
no Sinai, Adonai entregou a Moises os “Dez Mandamentos”. Se-
gundo a tradição judaica, a entrega da Torah a Moshê (Moises), 
a revelação da vontade Do Eterno ao Seu povo, foi em Shavuot, 
quando o povo respondeu em uma só voz: “Tudo que O Eterno 
tem falado obedeceremos e entenderemos” “Na’asse Ve’Nishmah 
(Êxodo 19:8) (primeiro obedecer e depois entender). Assim a 
cada Festa de Shavuot sentimos que estamos novamente receben-
do Do Eterno a dádiva da Torah e reafirmamos nossos votos de 
obediência.
Os judeus fazem além da festa religiosa na Sinagoga, tam-
bém em casa, com grande fartura de alimentos, com o intuito de 
comemorar uma boa colheita. Nessa festa se come todo tipo de 
produto derivado do leite, por causa da promessa de Adonai que 
nos daria uma terra que mana Leite e mel. Também se come mui-
tas frutas.
Festa de Shavuot ou Pentecostes dos cristãos. Na festa de 
Shavuot, ou seja, pentecostes aconteceu a descida Do Espírito 
Santo conforme narra o livro de Atos (cap.2).
No mesmo lugar onde Yeshuah tinha comemorado o “Se-
der de Pessach” com Seus discípulos. E exatamente sete semanas 
depois, conforme a promessa de Yeshuah, reunidos para a come-
moração do Shavuot, receberam a revelação e a iluminação dessa 
Palavra através Do Espírito Santo que lhes foi dado.
Note que na Pessach o povo judeu foi liberto do Egito e em 
Shavuot = Pentecostes recebeu a Torah. Na Pessach Yeshuah foi 
208
Israel - Cumprindo Profecias
entregue como Cordeiro, morto e ressuscitado e em Shavuot= 
Pentecostes O Espírito Santo é derramado cumprindo a profecia 
de Joel 2. (Atos 2). Encanta-me a matemática Do Eterno! Ele tem 
um programa cronometrado e de magnífica sincronia, cujo pro-
jeto, feito antes da fundação do mundo, constava você e eu! Con-
forme disse o salmista (salmo 119:16). Isso não é maravilhoso?!
FESTA DE PURIM 
A festa de Purim recorda a providência e o socorro Divino 
na milagrosa salvação dos judeus da Pérsia, e é celebrada no déci-
mo quarto dia de Adar (final de fevereiro ou março). Em Purim 
temos uma refeição festiva e abundante; enviamos presentes com 
dois ou mais alimentos prontos para os amigos; doamos dinheiro 
aos pobres, para que eles, também, possam desfrutar da festa; e 
estamos presentes na sinagoga para ouvir a leitura da Meguilat 
Esther. Ouvimos atentamente essa história que nos fascina. Tudo 
isso é permeado de júbilo. 
O principal tema de  Purim é a alegria, assim, além dos far-
tos alimentos, realizam-se desfiles e celebrações, e as crianças se 
fantasiam. 
O nome da festa advém da palavra persa “pur”, que significa 
“sorte”. Os judeus foram exilados após a destruição do Primeiro 
Templo (586ª.C.). 
Em Purim Deus muda a sorte!. Ester o livro que relata com 
detalhes a história de Purim explica: Naquele tempo, dominava 
sobre os povos (127 províncias; da Índia à Etiópia), o Rei Assuero, 
rei dos medos e dos persas; tinha sob seu domínio, também, os ju-
deus que vieram cativos à Babilônia. Entre estes existia a órfã Es-
ter, (Hadassah seu nome judeu) que vivia com seu tio Mardoqueu 
(Mordechai) o qual salvou o rei de uma traição e o livrou da mor-
te. Mardoqueu adotou Ester como filha; e ambos eram tementes 
Ao Eterno e nunca se prostravam diante de homens e ídolos.
No Palácio o Rei oferecia uma grande festa. Quando já estava 
embriagado com vinho, ordenou que a Rainha Vasti (sua esposa) vies-
209
Sarah Elzeny Zayit
se a sua presença para que todos pudessem ver sua beleza. Essa, porém 
se recusou, e isso levou o Rei Assuero a destroná-la e buscar outra jo-
vem que a substituísse. Dentre todas as donzelas do reino, o rei esco-
lheu a órfã Ester (Hadassah), que passou a reinar em lugar de Vasti.
O homem de confiança do rei, chamado Haman, ordenou 
que quando ele passasse todos se prostrassem diante dele, porém, 
o judeu Mardoqueu, jamais se prostrou e isso ascendeu à ira de 
Haman, que em seu coração intentou matá-lo, juntamente com 
todos de seu povo, e roubar suas posses e para isso fez uma trama. 
Astuciosamente conseguiu que o rei selasse com seu anel. Mardo-
queu comunicou a rainha Ester sobre a má sorte lançada sobre os 
judeus e esta pediu que por três dias todos de seu povo jejuasse.
Haman levantou uma grande forca na praça para o judeu 
Mardoqueu, Mas nessa noite Adonai (que cuida dos seus e muda 
a sorte), incomodou o rei, tirando-lhe o sono, e o rei ordenou que 
se lessem suas crônicas; entre elas estava escrito sobre o livramento 
que teve através de Mardoqueu. Então o rei perguntou a Haman 
que se faria a uma pessoa a quem o rei tem grande estima. Haman 
pensando que se tratava de si, disse que se colocasse sobre essa pes-
soa, as vestes e a coroa do rei e que se gritasse por toda cidade: essa 
é a pessoa a quem o rei tem apreço. Então o rei ordenou a Haman 
que fizesse todas essas honras ao judeu Mardoqueu. Nesse ínterim, 
a rainhaEster (na força do jejum e oração de todo o povo Do Eter-
no), foi á presença do rei, pedir pela salvação de seu povo da mor-
te. Este ao saber que Éster era judia e que Haman queria matá-la, 
muito se indignou e ordenou a morte de Haman, Ele foi enforcado 
na própria forca que construiu. E assim, o povo judeu foi salvo. O 
Rei engrandeceu a Mardoqueu e o colocou em lugar de honra no 
reino, dando-lhe grandes privilégios e os bens. Mandou ainda que 
se enviassem cartas por todo o seu reino a favor do povo judeu.
“Então Mardoqueu (Mordechai) escreveu: comemorem o 
dia quatorze e quinze do mês de Adar, todos os anos, como os dias 
e o mês em que O Eterno nosso Deus nos mudou a sorte: Por isso, 
àqueles dias chamam Purim (sortes) Pois “O Senhor Nosso Deus 
mudou a nossa sorte”. “E tivemos repouso de nossos inimigos, mu-
210
Israel - Cumprindo Profecias
dou a tristeza em alegria e o luto em folguedo, para que se fizessem 
dias de banquete e de alegria”!”. (Ester 9: 20 a 26)”. 
 
O Eterno é o mesmo! Assim como Ele mudou a sorte de Seu 
povo, em Purim, Ele quer e pode mudar hoje, a sorte dos Seus. 
Adonai quer transformar a tristeza em alegria, o choro em riso; 
Ele quer e pode transformar toda maldição em bênção! “O Se-
nhor teu Deus trocou em benção a maldição, porquanto O Senhor 
teu Deus te amava”. (Deuteronômio 2:6) (Zacarias 8:13) 
Quando Balaão foi trazido (pelos inimigos do povo hebreu; 
(Neemias:2) para amaldiçoá-lo, Deus converteu a maldição em 
benção. O Eterno é capaz disso!. Haleluia! 
 
CHANUCÁH- 
FESTA DAS LUZES
Chanucah co-
memoramos a restau-
ração, reconsagração 
do Templo Sagrado de 
Jerusalém.
Crianças vestidas de rainha Ester, Rei Assuero, Mardoqueu, etc., 
comemorando a Festa de Purim em Ashkelon
211
Sarah Elzeny Zayit
 Após a vitória concedida por Adonai através dos maca-
beus cerca de 164 a.C.. Um grupo de corajosos judeus liderados 
por Yehudah Macab conseguiu livrar a região da Judéia do do-
mínio dos Selêucidas-Sírios os quais apoiavam e difundiam a 
religião idolatra e cultura grega. Jerusalém foi recapturada pelo 
grupo de Yehudah Macab, que ficou conhecido como os “ma-
cabeus”, e o Templo foi reconsagrado e restabelecido o culto a 
Adonai. 
O Eterno multiplicou o azeite. O Talmud (Shabat 21b) diz 
que após as forças de ocupação terem sido retiradas do Templo, 
os Macabeus entraram para derrubar as estátuas pagãs e restaurar 
o Templo. Eles descobriram que a maioria dos itens necessários 
para o culto judeu havia sido profanada. Eles buscaram azeite de 
oliva purificado segundo o mandamento bíblico para acender a 
menoráh (o candelabro de sete pontas) que deveria permanecer 
acesa todo o tempo; para reconsagrar o Templo. Contudo, eles en-
contraram apenas azeite suficiente para um único dia. Eles acen-
deram com esse azeite, e foram fazer novo azeite especial para o 
Templo; com isso demoravam oito dias para que o obtivesse. E foi 
aí que Adonai agiu! Milagrosamente, com aquela pequena quan-
tidade de azeite (suficiente só para um dia) a Menoráh (candela-
bro) permaneceu aceso ao longo dos oito dias até que chegou o 
novo azeite feito de maneira santificada para estar diante de Ado-
nai. Assim a luz não se apagou. Por isso essa festa é celebrada du-
rante oito dias através do acendimento da chanukiah (Candelabro 
de nove pontas) que lembra o milagre da multiplicação do azeite.
Essa festa é a lembrança do retorno da liberdade religiosa que 
foi para os judeus como um retorno da morte para a vida, e para 
agradecer a Adonai por tal fato, é comemorado no vigésimo quinto 
dia de Kislev o festival de Chanukah, lembrando o milagre do azei-
te, o milagre da vitória militar e a restauração do Templo e do culto.
212
Israel - Cumprindo Profecias
No Novo Testamento, este festival é mencionado em João 
(10:22), como “Festa da dedicação”, quando Yeshuah se declara 
ser o Mashiach (Messias) mencionando as obras que realizava em 
Nome Do Pai, as quais testificava Dele.
FESTA DE ROSH HASHANAH FESTA DAS TROMBETAS
Rosh Hashanah (em he-
braico, literalmente “cabeça do 
ano”) é o nome dado ao ano-
-novo judaico. Também chama-
da de Festa das trombetas - Yom 
Teruah (dia do toque do shofar). 
Dentro da tradição rabínica, o 
Rosh Hashaná ocorre no primeiro dia do mês de Tisrei, primeiro 
ano do calendário judaico e sétimo mês do calendário bíblico.:
 … “No sétimo mês, no primeiro dia do mês, haverá uma san-
ta convocação com toques do shofar”. –(Levítico 16:24). 
*nota: Come-se maçã com mel, para desejar a todos que o ano novo seja 
doce como o mel. 
O primeiro dia de Tishrei foi o sexto dia da Criação,segundo 
a tradição judaica, quando O Eterno criou Adão o primeiro ho-
mem, e Eva a primeira mulher. Rosh Hashaná é celebrado em 
todo o mundo, inclusive em Israel, nos primeiros dois dias do 
mês de Tishrei. 
Na tradição judaica se crê que em Rosh Hashaná, O Eterno 
decreta o destino de todos os seres vivos para o ano que acaba de 
se iniciar. Portanto, na primeira noite de Rosh Hashaná, deseja-
mos uns aos outros, “L’Shaná Tová - Ketivá ve-Chatimá Tová”. Isto 
quer dizer: “Para um bom ano – que você seja escrito e selado no 
213
Sarah Elzeny Zayit
Livro da Vida”.
A celebração começa ao anoitecer na véspera com o toque 
do Shofar. A Torah refere-se a este dia como o Dia da Aclamação 
Yom Teruah (Levi tico 23:24 e 25), dia da criação do homem, por 
isto considera-se como Dia de Julgamento (Yom ha-Din) e Dia 
de Lembrança (Yom ha-Zikkaron), o início de um período de in-
trospecção e meditação de dez dias que culminará no Yom Kipur, 
“Dia do Perdão”.
Em Rosh Hashaná oramos: “Bendito és Tu nosso Deus e 
Deus de nossos pais, seja aceita diante de ti a nossa recordação, a 
lembrança de nossos pais, a lembrança do Mashiach (Messias), O 
Filho de David Teu Servo, a lembrança de Jerusalém tua cidade e 
de todo o Teu povo de Israel. Este dia deste a Seu povo com amor e 
sinal de pacto. Bendito és Tu Nosso Deus, Rei do Universo que da 
a Seu povo Israel, dias de festas pra alegria e regozijo...”
A festa de Rosh Hashaná é também referida no judaísmo 
como “Yom Teruah”, ou o Dia do Shofar, ou o Dia do Despertar 
do som da trombeta. Em Yom Teruah, o Dia da exultação a D’us 
com júbilo com o toque do Shofar, é imperativo e para que todos 
que ouçam entendam.
Para os cristãos o toque do shofar neste período faz lem-
brar do toque da última trombeta de Deus e a volta de Yeshuah 
HaMashiach (I Coríntios 15:51,52 – I Tess. 4:16 – Apocalipse 
11:15).
Aseret Yemei Teshuva — Dez Dias de Arrependimento. 
Os primeiros dez dias do ano judaico (desde o começo de Rosh 
Hashaná até ao fim de Yom Kippur) são conhecidos como “os 
dez dias de arrependimento”. Durante esse período é conclama-
do através do som do shofar, que todos se voltem para Adonai. 
Pratiquem Teshuvá (arrependimento, literalmente ‘retorno a 
Adonai’).
214
Israel - Cumprindo Profecias
YOM KIPPUR 
O Yom Kippur é um dos dias mais importantes para os ju-
deus. No calendário hebreu, o Yom Kippur começa no crepúsculo 
que inicia o décimo dia do mês hebreu de Tshrei (Setembro ou 
Outubro), continuando até ao seguinte pôr do sol, marca o início 
do processo da Tshuvah (arrependimento, retorno ao Criador). 
São dez dias entre Rosh Hashaná (1º dia do ano judaico) e Yom 
Kipur, para chegar mais perto do Criador. A tradição judia coloca 
o mês de EluI (o mês anterior), último do ano, como prefácio para 
ir preparando o homem para a reflexão profunda, até o grande ca-
minho interior. Cedo, nas manhãs de Elul se ouve, em todo Israel, 
o som do shofar: “Desperta povo! Vote-se para Adonai!”
Oséias 14:12 “Retorna ó Israel !”. “Haftará TShuvá Ysrael”. É 
o dia do perdão, o dia no qual, uma vez por ano, o Sumo sacerdote 
entrava no Santo dos santos e aspergia o sangue no propiciatório, 
pra perdão de todo Israel. É dia de jejum, nem água se toma.
A palavra “Retorno” traduzida como “Tshuvah”, é o mais profun-
do desejo de voltar-se inteiramente (espírito, alma e corpo) para Adonai.
Rabi Saadia Gaon (grande sábio) disseque cada dia nosso, 
deve ser um dia de retorno a Adonai. Ele disse: “Quanto mais nos 
aproximamos do Eterno, mais compreendemos a Sua grandeza e 
mais arrependidos devemos nos tornar pelo nosso comportamen-
to pelo dia de ontem, que O conhecíamos menos que hoje. Cada 
dia eu aprendo mais sobre Adonai, por isso, cada dia sinto-me 
envergonhado, porque ontem, quando eu o conhecia menos que 
hoje, meu amor e minha devoção por 
Ele, não eram tão forte quanto hoje; 
e amanhã certamente sentir-me-ei da 
mesma maneira com relação ao dia 
de hoje”.
Após o Yom Kippur, espera-se 
que haja festa e muita alegria, pois é um 
dia santo de muito júbilo e regozijo.
215
OUTRAS COMEMORAÇÕES JUDAICAS
Dez de Tevet. Jejum que lembra o começo do cerco de Jeru-
salém, tal como é descrito no Livro dos Reis (25:1).
Quinze de Shevat - Tu Bishvat (ט"ו בשבט) - Novo Ano das 
Árvores. De acordo com o calendário judaico, marca o dia em 
que as ofertas de frutas são contadas em cada ano. Nos tempos 
modernos, é celebrado comendo vários frutos e nozes associadas 
à Terra de Israel. Também é costume organizar atividades de plan-
tação de árvores, em especial com as crianças.
Primeiro de Elul, Ano Novo para as ofertas dos animais, 
Primeiro de Tishrei (Rosh Hashaná), o Ano Novo do calen-
dário e para as ofertas dos vegetais.
FESTAS NACIONAIS ISRAELITAS/JUDAICAS
 Desde a criação do Estado de Israel em 1948, o Rabinato 
Chefe de Israel estabeleceu quatro novas festividades judaicas.
• Yom Yerushalayim - Dia de Jerusalém 28 de Iyar
• Yom HaShoah - Dia da Memória do Holocausto 27 de 
Nissan
• Yom Hazikaron - Dia da Memória pelos Soldados 4 de 
Iyar
• Yom HaAtzmaut - Dia da Independência de Israel 5 de Iyar
217
A FÉ EM UM SÓ DEUS - “ADONAI EHAD”
A fé monoteísta que Abraão professava, com inabalável 
convicção e sua aliança com Adonai, que foi reafirmada por seus 
descendentes, Isaque e Jacó, tem sido até os dias de hoje, pois o 
judeu crê de maneira plena, absoluta e incondicional, na existên-
cia de UM SÓ DEUS, Eterno, Todo Poderoso, Criador de todas 
as coisas.
Fundamentos da Fé Judaica
218
Israel - Cumprindo Profecias
O judaísmo chama a Deus de ‘Adonai’ “Meu Senhor”, ou 
ainda “HaShem”, “O Nome” Do Deus Único e Criador, Deus de 
Abraão, Isaque e Jacó.
Crê na eleição de Israel como povo escolhido para receber 
a revelação da Toráh, os mandamentos do Eterno, com a incum-
bência de cumpri-los, para que O Único Deus seja conhecido na 
terra. Crê que o judeu é aquele que pertence a uma linhagem com 
um pacto eterno com Adonai. 
DECLARAÇÃO DE FÉ JUDAICA 
“SHEMÁ ISRAEL” “OUVE OH ISRAEL”. 
“O Eterno nosso Deus é Único”. “Ensinarás a teus filhos, 
andando pelo caminho”. 
 שְׁמַע יִשְׂרָאֵל יְהוָה אֱלֹהֵינוּ יְהוָה אֶחָד
“Shemah Israel, Adonai Eloheinú, Adonai Echad”. 
“Ouve Israel, o Eterno é nosso Deus, o Eterno é Um”. Ama-
rás, pois, ao Eterno teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua 
alma, e de todas as tuas forças. E estas palavras, que hoje te ordeno, 
estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás 
219
Sarah Elzeny Zayit
assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e 
levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão 
por frontais entre os teus olhos. “E as escreverás nos umbrais de 
tua casa, e nas tuas portas”. (Deuteronômio 6:4-9)
Esse texto é de fundamental importância, usado como o 
próprio mandamento, cada judeu em sua casa o faz. Essa é a ora-
ção diária de todo judeu, também escrito no Mezuzah colocado 
em suas portas e nos Tfilim usados no braço e na testa conforme 
o mandamento. É a primeira coisa que se diz quando se acorda; é 
escrito nas proteções dos berços dos bebes, e a mãe judia fala aos 
filhos todas as noites antes de dormir.
A fé Num Único Deus mantém a união e a sobrevivência 
dos judeus como povo em milhares de anos de dispersão. Na 
ocasião do holocausto, pais judeus, na ânsia por salvar seus filhos 
das câmaras de gás, levaram-nos aos orfanatos. Ao findar a guerra 
e o horrível extermínio nazista, muitas associações judias trata-
ram de procurar os sobreviventes e tentar reunir as famílias. Infe-
lizmente poucas pessoas encontradas e milhões de desaparecidos.
Nessa busca tiveram notícias das crianças deixadas nos or-
fanatos e jamais procuradas (seus pais não mais existiam). Então 
dos USA e da Gran Bretania foi enviada uma comissão compos-
ta pelos rabinos Silver e Gurfinkel, para tratar de procurar essas 
crianças e devolvê-las a famílias judias.
Esses rabinos se dirigiram ao convento e pediram audiência 
com a autoridade máxima. Nesse encontro tiveram a seguinte res-
posta: “Claro que não nos opomos a que vocês levem as crianças 
judias para serem criadas pelo seu povo; mas como saberão quem 
são eles dentre tantas crianças, sem nenhum registro de linhagem 
ou religião? Sabemos que os meninos judeus estão circuncidados, 
mas as meninas, como as encontrarão?”.
“Uma lista de nomes, quem sabe isso poderá ajudar? Revi-
saremos a lista e veremos aqueles que têm nome de origem judai-
ca”. Disse o rabino.
220
Israel - Cumprindo Profecias
 - “Não!” retrucou o sacerdote irritado. “Isso não é suficien-
te. Há muitos nomes comuns na Alemanha e Polônia, e isso não 
é prova de que todos são judeus. Temos que ser muito criteriosos. 
Temos que ter provas cem por cento confiáveis, para evitar que 
vocês levem qualquer criança que não seja judia”. 
Os rabinos tentaram, inutilmente, convencê-los com mui-
tos argumentos de que os deixasse levar. Porém eles responderam: 
“Só permitiremos que retirem as crianças que conseguirem pro-
var, sem nenhuma sombra de duvida, que são judias”.
Que fazer agora? Pensaram os rabinos. A maioria das crianças 
foi separada das famílias quando ainda eram tão pequenas, muitos 
bebes ainda, e não podem se lembrar de suas origens. É impossível 
encontrar documento depois de semelhante destruição. 
Os rabinos tentaram novamente convencer ao sacerdote e 
este perdeu a paciência e disse? “Sinto muito, já lhes dei tempo 
demasiado. Dou-lhes três minutos. Decidam o que fazer!”
Parecia que todos os esforços eram inúteis e o coração dos 
rabinos estava partido de dor, pois tinham informações de que 
dezenas de crianças judias estavam lá naquele convento e eles não 
podiam fazer nada. E agora só contavam com três minutos... Os 
rabinos começaram a orar silenciosamente, pedindo Ao Eterno 
uma solução, uma idéia, que somente Ele teria condições de dis-
cernir entre centenas de crianças, quais eram as judias. 
Naquele momento, Adonai respondeu as orações deles e 
lhes deu uma brilhante idéia. Então um deles perguntou ao sa-
cerdote: “Poderemos usar esses três minutos quando quisermos?”
“Sim!”, foi a resposta. 
“Então voltaremos quando as crianças se acomodarem para 
dormir”. Disse o rabino.
“As sete em ponto” foi a resposta do sacerdote com muito 
desdém, pela insistência dos rabinos que mal esperavam a hora 
marcada para saber quem deveriam tomar e voltar para seu povo.
221
Sarah Elzeny Zayit
Quando o relógio marcou sete horas, todos estavam num 
grande salão onde as crianças se acomodavam para dormir, em 
camas ordenadas uma ao lado da outra.
Os rabinos caminharam salão adentro, acompanhados pelo 
sacerdote. Um dos rabinos parou em frente a um dos pequeni-
nos, fitou-o e esperou. Um silencio profundo se fez em todo o 
salão (providência Divina). Todos os olhinhos fitavam o rabino. 
E Assim com voz calma, penetrando de um lado a outro do salão, 
o rabino pronunciou seis palavras: “Shemah Yisrael: Adonai Elo-
heinu, Adonai Echad”. “Ouve Oh Israel: O Senhor Nosso Deus é 
O Único”
Num instante, como um verdadeiro milagre, se ouviram 
murmúrios de todos os extremos do grande salão: “Mame” “Male” 
“mama”! Cada um na sua língua buscava a sua mãe. Ao ouvir essa 
frase mencionada pelo rabino, cada um lembrou-se de sua mãe 
que todas as noites antes de dar-lhes um beijo de boa noite, lhes 
sussurravam essas palavras que são a base da fé judia. Palavras 
hebraicas que todas as criançasjudia conhecem: “Shemah Yisrael: 
Adonai Eloheinu, Adonai Echad” As crianças um pouco maiores 
colocavam as mãos sobre os olhos e recitavam o “Shemah” junto 
com o rabino.
O sacerdote, vencido e convicto, baixou os olhos. E sem 
questionamento, liberou as crianças judias para que fossem leva-
das, pelos rabinos, aos lares que os criariam na mesma fé e temor 
Ao Único Deus! 
Motivo que os mantém unidos, em milhares de anos de exí-
lio e de dispersão. Adonai disse a Moisés Seu nome: “Serei O que 
serei”. “Hehie asher Hehie”. Ele é o Ser Auto-existente cuja existên-
cia não depende de nenhum outro, e É de Quem a existência de 
tudo depende. *(CIBRA- Sociedade Israelita-Brasieira de Cultura)
222
Israel - Cumprindo Profecias
CRENÇA NA AUTORIA DIVINA DA TORÁH E 
INSPIRAÇÃO DIVINA DO TANACH (BÍBLIA). 
O povo judeu crê de maneira plena e incondicional de que 
O Tanach (Bíblia) é a Palavra de Adonai e observa os mandamen-
tos, preceitos, concertos e alianças eternas de Adonai.
O Tanach* (Bíblia Hebraica), a primeira e única revelação 
da vontade de Deus a Seu povo, e é valida por toda eternidade. 
Nada absolutamente pode sobrepor-se a ela, nem tampouco ex-
tingui-la. A Bíblia é a verdade absoluta, que compreende o Antigo 
Testamento: a Torah* (o Pentateuco), os cinco primeiros livros da 
Bíblia, escritos por Moshê (Moises) e ditado pelo próprio Deus; 
os livros históricos, os proféticos, e os poéticos. 
Centenas de profecias já cumpridas e se cumprindo hoje e 
milhares de achados arqueológicos em Israel comprovam a cada dia 
a veracidade da Bíblia. Constantemente em Israel há noticias de mais 
achados arqueológicos, os quais vem confirmar o que está escrito. 
A fé judaica é fruto da história e da vida do povo de Abraão. 
O judaísmo é a primeira experiência de fé num único Deus. Para 
os judeus, Deus é o criador, que Se revelou sucessivamente aos 
patriarcas Abraão, Isaac e Jacó; a Moisés e aos profetas. (e que 
libertou os judeus da escravidão do Egito).
*nota: (.*Echad” pronuncia-se “errrad”, *Tanach”, lê-se Tanarr)
Os judeus creem, sem contestação, que a Toráh foi ditada 
pelo próprio Deus a Moshê (Moises), é tida em grande reverência. 
Muitos creem que O próprio Deus a escreveu. No Mishnah está 
escrito: “Nem mesmo um profeta ou uma voz celestial ou aparen-
tes milagres tem autoridade para mudar a Toráh... Ela nos foi en-
tregue em sagrada confiança para transmitir a sua mensagem in-
tacta, em sua forma original, `a geração seguinte”. (Mishnah 1:14)
Yeshuah disse que era mais fácil passar o céu e a terra do 
que cair sequer “um til” da Lei. (Lucas 16:17).
223
Sarah Elzeny Zayit
O Talmud diz que questionar a origem Divina de sequer 
uma única letra da Toráh equivale a negar a Toráh em sua totali-
dade (Sanhedrin, 99ª)
CÓDIGO DA BÍBLIA.
A descoberta sobre o código da Bíblia veio afirmar cien-
tificamente que só Um Ser Supremo seria capaz de colocar em 
código dentro de um livro, coisas que se confirmariam milhares 
de anos depois.
“E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao 
fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e o co-
nhecimento se multiplicará”. (Daniel 12:4) .
Seria o livro selado para o tempo do desfecho do cumpri-
mento das palavras proféticas descoberto hoje pelo Código da 
Bíblia?
A descoberta do código da Bíblia é a evidência de que a 
Torá, o Pentateuco (cinco primeiros Livros da Bíblia Sagrada para 
Judeus e Cristãos), não poderia ser de autoria humana.
O Rabino Avraham Stenmtz escreveu um exemplo do que 
foi desvendado pelo Doutor Rips:
No Livro Gêneses (2:9), está escrito: “Do solo O Eterno fez 
brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimen-
to; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do 
conhecimento do bem e do mal”. 
Os nomes das árvores não são mencionados explicitamente 
nesse capitulo da Torá. O Dr. Eliyahu Rips sugeriu que talvez es-
tivessem codificados no mesmo capitulo, em intervalos regulares 
de letras. Então tomou os nomes de 25 árvores mencionadas na 
Toráh (segundo referência no trabalho “A fauna e a flora na Torá”, 
de Yehudah Feliks), programando em seu computador para de-
cifrar se os mesmos haviam sido codificados na Torah. Fazendo 
isso, encontrou os nomes das 25 árvores. Elas haviam realmente 
224
Israel - Cumprindo Profecias
sido codificadas nesse capítulo da Toráh! Seria mera coincidência 
o fato de que esse fenômeno das árvores tenha sido encontrado na 
passagem da Toráh que narra a criação das árvores por Adonai?. 
“Outro exemplo interessante encontrado no capítulo 38 de 
Gênesis. O texto relata a história de Yehudah e Tamar, que deu à 
luz a Peretz e Zêrach, através do Livro de Ruth sabemos, que Boaz 
é da descendência de Peretz, esposo Ruth. Eles tiveram um filho 
a quem deram o nome de Oved e este, por sua vez, teve um filho, 
Yishai, o pai do rei David. Os matemáticos examinaram se as infor-
mações sobre a linhagem do rei David estão codificadas nesse capí-
tulo da Torá que fala de seus ancestrais. Incrível! Os nomes Boaz, 
Ruth, Oved, Yishai e David soletrados de trás para frente em um 
intervalo de 49 letras. E ainda foram encontrados tais nomes em or-
dem cronológica! E porque os ancestrais de David teriam sido codi-
ficados em intervalos de 49 letras? Sabemos que Shavuot - o dia em 
que Adonai deu ao povo de Israel os Dez Mandamentos - ocorreu 
49 dias após o Êxodo. Shavuot foi a data de nascimento e morte do 
rei David. E também é a festividade em que estudamos o Livro de 
Ruth. Seria tudo coincidência?
Outros códigos foram encontrados na Toráh, e as experiên-
cias estatísticas indicam que a possibilidade de serem os mesmos, 
por pura coincidência, é infinitamente reduzida. Os pesquisadores 
concluíram que tais códigos foram deliberadamente inseridos na 
Torá. Relatam também que a maioria dos códigos são tão incrivel-
mente complexos que os modernos computadores levam horas para 
descriptografar um único padrão de palavra. será que um homem 
antigo hebreu que teria escrito a Toráh teria implantado tais códi-
gos na mesma? Ele poderia também ter previsto o futuro?” *(www.
chabad.com)
Em 1986 o Dr. Eliyahu Rips, Doron Witztum e Yoav Rosen-
berg realizaram uma extensa experiência: desvendar se os nomes 
de 64 rabinos famosos estavam codificados em intervalos de le-
tras iguais no primeiro livro da Toráh. Descobriram o seguinte: 
225
Sarah Elzeny Zayit
os nomes dos 64 grandes rabinos estavam de fato codificados em 
Bereshit (Gênesis), e as datas de nascimento e morte dos mesmos 
estavam codificadas bem próximas a cada um de seus respectivos 
nomes. Este resultado é altamente significativo e indica que todas 
estas informações haviam sido deliberadamente codificadas na 
Torá milhares de anos antes de tais rabinos terem nascido. O rei 
Salomão diz (Eclesiastes 3:2) que há tempo de nascer e tempo de 
morrer, e Davi diz que tudo já está escrito no livro de Deus; assim 
como o nascimento e morte desses rabinos.
A experiência dos Rabinos e seus resultados foram levados 
ao mundialmente renomado Instituto de Estatísticas Matemáti-
cas, em Harward. De modo a avaliar sua validade, foram rigo-
rosamente revistos e analisados durante seis anos. Tal estudo foi 
posteriormente publicado em uma conceituada revista de mate-
mática, “Statistical Science”, em agosto de 1994.
Poderíamos argumentar que o fenômeno dos códigos é pe-
culiar à língua hebraica. Para contra-argumentar, Eliyahu Rips, 
Doron Witztum e Yoav Rosenberg tentaram duplicar a experiên-
cia em outros textos hebraicos. Não encontraram tais códigos em 
nenhuma outra publicação em hebraico. Nos últimos anos vários 
outros matemáticos tentaram encontrar a “falha fatal” nessa expe-
riência. Nenhum teve sucesso.
Para corroborar a veracidade dos códigos dos Rabinos 
Famosos, o Dr. Harold Gans, matemático criptólogo sênior da 
Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, realizou ex-
perimento similar. O Dr. Gans tem praticamente três décadas de 
experiência em desvendar códigos para o governodos Estados 
Unidos, que mantém os métodos e especialistas mais avançados 
no mundo em descriptografia de documentos codificados.
A princípio, o Dr. Gans estava muito cético quanto à exis-
tência de códigos legítimos da Toráh. No entanto, quando reali-
zou a experiência, além de validar seus resultados, fez uma des-
coberta adicional: além dos nomes e datas em que nasceram e 
226
Israel - Cumprindo Profecias
morreram cada um dos rabinos haviam sido codificadas também 
suas respectivas cidades. Que conclusão, então, tiraram Eliyahu 
Rips, Doron Witztum, Yoav Rosenberg e Harold Gans da experi-
ência com os Rabinos Famosos? Apenas uma: que as informações 
haviam sido deliberadamente colocadas na Toráh. E, no entanto, 
a Torá existe há milhares de anos. Como o seu autor poderia ter 
tido conhecimento sobre a existência futura, bem como detalhes 
da vida deles?
Como diz o próprio Drosnin, “o Código da Bíblia não deve 
ser visto como uma ‘bola de cristal’ (para ver o futuro) mas deve ser 
considerado como uma espécie de ‘último aviso’ para a humanidade 
que a cada dia está mais materialista e menos espiritual”.* (http://
br.geocities.com). 
Estaria todo esse conhecimento selado e guardado como 
um mistério para os tempos do fim? Com o aumento da ciência 
do conhecimento (conforme a profecia), e a invenção do compu-
tador, esse mistério estaria sendo revelado? Teria O Eterno codi-
ficado Suas próprias palavras para serem reveladas neste tempo? 
Estaríamos vivendo os tempos finais do desfecho profético? Esta-
ria sendo aberta a profecia selada para o tempo do fim?
Ninguém nos tempos antigos poderia ter tido acesso a esses 
conhecimentos, que incluem detalhes da historia mundial, como os 
citados. A única conclusão lógica é a de que o autor não pode ter 
sido um ser humano - pois quem colocou todos os dados lá, não es-
tava limitado pelo tempo nem pelo espaço. Isso vem a ser mais uma 
constatação incrível de que a Toráh é de autoria Divina!” *(www.
chabad.com)
TORÁH “MATRIZ DO UNIVERSO E A ESSÊNCIA 
DE TODA A CRIAÇÃO”.
O Rei Davi escreveu (Salmos 119:16): “No Teu Livro estas 
coisas foram escritas, as quais foram sendo, a cada dia, criadas e 
227
Sarah Elzeny Zayit
quando ainda nenhuma delas existia”. A crença na Toráh como 
“Matriz do universo” e a essência de toda a criação, tem seu fun-
damento nesse texto. 
O Talmude (Shabat, 88b) diz: “O Eterno criou o mundo a 
partir de um plano e um propósito. Seu plano estava na Toráh, 
que precede o mundo”. 
O rabino Shaul (apostolo Paulo) que estudou cuidadosa-
mente o talmude aos pés de Gamaliel (um dos maiores sábios da-
quela época), enfatiza esse texto quando escreve aos Efésios (1:4) 
e fala que O Eterno nos elegeu antes da fundação do mundo 
mostrando que havia um projeto de Adonai, escrito em Seu Li-
vro, antes que o mundo existisse e que nos já fazíamos parte desse 
projeto e nossa missão estava escrita nele. Tudo já estava progra-
mado e escrito Pelo Próprio Deus. E essa escrita foi concedida a 
Moshê (Moisés).
O Zohar (um tratado escrito pelo Rabino Shimon bar Yo-
chai, que durante o tempo da perseguição romana esteve escon-
dido em uma caverna por 13 anos, estudando a Toráh com seu 
filho, Eleazar) diz que O Eterno “Bendito Seja Ele” criou tudo foi 
pela Palavra. O Evangelho de João (1:1-2) também diz que tudo 
foi criado pela Palavra.
A PRECISÃO DO TEXTO SAGRADO. 
O CUIDADO COM A TRANSCRIÇÃO DA TORÁH
O Rabi Yishmael alertou ao Rabi Meir (que era Sofer, ou 
seja, transcritor de textos da Toráh) dizendo: “Meu filho, seja 
muito cuidadoso em seu trabalho, pois ele é celestial. Se subtrair ou 
agregar uma única letra poderá destruir o mundo inteiro”.
Maimonides o Rambam (uma das maiores autoridades da 
Lei Judaica) diz que cada palavra e cada letra da Toráh foi escrita 
pelo Eterno (em Seu Livro) e no Sinai Ele ditou a Mosheh (Moises) 
que o transcreveu. O grande sucesso da tradição judaica é a trans-
228
Israel - Cumprindo Profecias
missão meticulosa e precisa do texto da Toráh (Pentateuco). E do 
Tanach (Bíblia). Os judeus são tão zelosos na transcrição dos textos 
sagrados, que por um minúsculo erro de escrita a obra é anulada.
É fantástico podermos ler hoje, textos bíblicos escritos há 
mais de 2000 anos atrás, como os que foram encontrados em 1947 
nas cavernas de Qunran, perto do Mar Morto, e o mais importan-
te é que conferidos (pelos rabinos eruditos em textos sagrados) 
com os textos atuais, eles são idênticos. Isso mostra o cuidado de 
Adonai, usando o zelo “radical” dos judeus, para preservar pura 
a Sua Palavra. 
Talvez você conheça uma Bíblia moderna (considero uma 
interpretação pessoal e tendenciosa da Bíblia e não Bíblia). Ima-
gine uma segunda transcrição com interpretação pessoal a partir 
dela e uma terceira, etc. versão de bíblias em linguagem explica-
tivas baseadas em interpretações pessoais como essa “linguagem 
de hoje” daqui a alguns anos o que restaria do Texto Sagrado 
original? Já pensaram se os rabinos tivessem feito isso, como 
saberíamos hoje, o que realmente, originalmente foi escrito? 
A exemplo disso temos o texto do salmo 116 verso15 no 
original diz: "יקר בעיני יהוה המותה לחסידין" “Custosa à vista de Adonai, 
a morte do justo” As traduções de hoje está: “Preciosa é aos olhos 
do Senhor, a morte....”. Se a mesma Bíblia diz que a morte é o pre-
ço do pecado e o último inimigo a ser vencido, como pode ser 
preciosa? Deus teve que virar as costas para Seu Filho, para que 
Ele morresse, tão custoso foi para Ele. Por isso Yeshua (Jesus) cla-
mou: “Deus Meu! Porque me desamparaste?”.
Deuteronômio 4:2 está escrito: “Não acrescentareis à pala-
vra que vos mando, nem diminuireis dela”. 
Está na hora de revermos muitas modernidades, que impli-
cam no desvio da essência da verdade e outras que chegam mes-
mo a adulterar a verdade da Palavra Do Eterno. O que Adonai 
disse, não pode ser alterado ou mudado.
229
Sarah Elzeny Zayit
OS TEXTOS DE QUMRAN
Os pergaminhos do Mar morto foram encontrados exata-
mente na época da criação do Estado de Israel. Seria isso coinci-
dência ou providencia? 
A existência Do Estado de Israel é prova de que estamos 
no tempo do desfecho do cumprimento dessas profecias bíblicas. 
Adonai disse ao profeta Daniel (12:4): “sela este livro para o tem-
po do fim”. 
Algo que me impressiona é que esses manuscritos estavam 
escondidos por dois mil anos e exatamente quando a ONU votou 
pela existência do Estado de Israel, em 1947, Eles foram encontra-
dos e o rolo do profeta Isaias (com 7,34 metros, de 125 a.C) estava 
completo; justamente o livro que fala do Messias Sofredor. Não 
creio que seja coincidência. 
(Cavernas de Qunran, 0nde foram encontrados os manuscritos bíblicos, 
próximo ao Mar Morto) 
 
 Em novembro de 1947, Eliezer Sukenik, professor e arque-
ólogo, teve noticias dos fragmentos dos rolos encontrados nas 
cavernas de Qumran. Imediatamente, ele se deu conta da impor-
tância deles. Foi exatamente quando o mandato britânico havia 
dividido Jerusalém em duas áreas: a árabe e a judaica. Os perga-
230
Israel - Cumprindo Profecias
minhos estavam em Bethlehem (Belém), com um árabe que os 
queria vender. Era um momento de grande tensão entre a popula-
ção árabe e a judaica, pois a ONU debatia a Partilha da Palestina. 
Mesmo assim, Eliezer Sukenik, no dia 29 de novembro, dirigiu-se 
à parte árabe de Jerusalém, onde tomou um ônibus para Beth-
lehem. Era o único judeu a bordo. No final do dia, voltou exultan-
te com três pergaminhos enrolados num papel, debaixo do braço. 
Quando chegou em Jerusalém, soube que a ONU havia aprovado 
a criação do Estado de Israel, o Estado Judeu na Palestina.
No mesmo dia em que a ONU votava pela existência do 
Estado de Israel, esses pergaminhos de 2000 anos chegaram as 
mãos dos judeus! 
Yadin Sukenik, Doutor em arqueologia (filho do professor 
Eliezer) conta:
“Não pude evitar 
a sensação de que havia 
algo de simbólico na des-
coberta dos pergaminhos 
e em sua aquisição, no 
momento exato da cria-
ção do Estadode Israel. 
Parecia que os manus-
critos ficaram esperando em cavernas, por dois mil anos, desde a 
destruição de Jerusalém, até a independência de Israel, até que Am 
Israel (o povo de Israel) retornasse a seu lar ancestral e recuperas-
se a sua liberdade. O simbolismo fica ainda mais forte pelo fato 
de que os três primeiros pergaminhos foram comprados por meu 
pai, em nome de Israel, no dia 29 de novembro de 1947, no exato 
dia em que a ONU votou pela recriação de um Estado judaico na 
Terra de Israel, após dois mil anos... Foi uma experiência tremen-
damente empolgante, difícil mesmo de ser traduzida em palavras, 
ver os pergaminhos originais e estudá-los, sabendo que alguns dos 
231
Sarah Elzeny Zayit
manuscritos bíblicos foram copiados apenas alguns anos após sua 
composição, e que esses mesmos manuscritos foram lidos e estuda-
dos por nossos antepassados no período do Segundo Templo... Eles 
constituem um elo vital - perdido, há muito, e agora, recuperado - 
entre aquela época ancestral, tão rica em raciocínio civilizado, e o 
momento atual...”.. 
No entanto, Eliezer Sukenik obtivera apenas três dos sete 
principais pergaminhos encontrados. Os outros quatro fizeram seu 
caminho em direção aos Estados Unidos, onde Athanasius Yeshue 
Samuel, o Metropolita da Igreja Siríaca Ortodoxa de São Marco, 
em Jerusalém, tentou vendê-los... Colocando um anúncio nos clas-
sificados do Wall Street Journal: “Vendem-se quatro manuscritos 
bíblicos do Mar Morto, que remontam, no mínimo a 200 a.C.”. Era 
o ano de 1953 e o Dr.Yadin (filho do professor Eliezer) estava nos 
Estados Unidos para proferir umas palestras. Alguém chamou sua 
atenção sobre o anúncio e, através de intermediários, ele conseguiu 
comprar os pergaminhos para o Estado de Israel, completando, as-
sim, a tarefa iniciada por seu pai.. Hoje, os sete rolos estão abrigados 
no Santuário do Livro, no Museu Israel, em Jerusalém. * (Revista 
Morasha no.73, outubro de 2011).
Não seria uma simples coincidência que seis anos depois 
(quando ninguém sabia onde se encontrava os quatro pergami-
nhos restantes), justamente quando o filho do Professor Eliezer 
estava nos USA, saiu o anúncio de venda dos pergaminhos no 
jornal. Novamente a previdência Do Eterno!
Para o Doutor Yadim, as ruínas do passado revelavam a 
grande conexão do Povo Judeu com a Terra de Israel. Por isso, 
com a Torá nas mãos, ano após ano ele e suas equipes escavam 
camada sobre camada de civilizações antigas. Onde em cada uma 
delas prova a veracidade da Bíblia. 
No Midrash (interpretação homilética, judaica das Escritu-
ras Sagradas) está escrito: “Antes de sua morte, Moshêh (Moises) 
escreveu treze rolos da Toráh, e doze deles foram distribuídos a 
232
Israel - Cumprindo Profecias
cada uma das Doze Tribos. E o 13º foi colocado na Arca da Alian-
ça juntamente com as tábuas”. Um autêntico “texto de prova” era 
sempre mantido no Templo Sagrado em Jerusalém, e os outros 
rolos podiam ser conferidos baseando-se nele. Após a destruição 
do Segundo Templo no ano 70 d.C., os sábios continuam fazen-
do conferências comparando os textos, com os mais antigos, para 
que não haja falha.
*Curiosidade: O Tanach (Bíblia), com o Brit Hadashah (Novo testamen-
to), contem 1188 capítulos, e o verso central é Salmo 118:8. Que diz: “É melhor 
buscar refugio No Eterno do que confiar no homem”. Agora note a sequencia: O 
menor capitulo é o salmo 117, o central é o Salmo 118 e o maior é o salmo 119.
O JUDAÍSMO DESDE OS TEMPOS BÍBLICOS. 
É impossível desconectar Israel e o povo judeu da Bíblia. 
Sempre que mencionamos Israel e o povo judeu, imediatamente 
nos vem a mente textos bíblicos relacionados a eles. Porque é a 
prova viva da veracidade da Palavra Do Eterno. Quando o meni-
no judeu vai a escola (com 4 ou 5 anos de idade) ele vai estudar 
a geografia bíblica (que é a geografia de Israel), a historia bíblica 
(que é a nossa historia) e arqueologia bíblica, na língua em que 
a Bíblia foi escrita. A Bíblia é livro texto nas escolas. Quando ele 
inicia seu estudo da Torah, o professor coloca mel sobre as letras; 
e a cada uma que o aluno descobre ele lambe o mel; o profes-
sor lhe diz: “Os mandamentos do Eterno são mais doces do que 
o mel”. As festas, costumes, cultura e até comida, tudo é bíblico. 
Nossos feriados são as Festas Bíblicas. Até nossa agricultura foi 
baseada nas descrições bíblicas. Desde os tempos bíblicos até os 
dias de hoje, o povo de Israel, em qualquer lugar do mundo onde 
viva, conserva fielmente as ordenanças bíblicas em seus costumes 
e tradições. 
O judaísmo não se modificou; não fez reformas e contra-
233
Sarah Elzeny Zayit
reformas; não fez adaptações para se identificar com cada época; 
não assimilou, não se misturou com outras culturas e religiões; 
não aderiu ao ecumenismo. O judaísmo, embora respeitando a 
todos, sempre se ateve cuidadosamente aos preceitos conside-
rados bíblicos. Nem o hebraico bíblico pode ser revisado, para 
se ter a garantia de que as normas e mandamentos oriundos da 
Bíblia, as orações, festas e cultos se mantivessem inalterados. O 
sábado (shabat) não se trocou por outro dia, os dias continuam 
a começar pelo anoitecer, a direção para se orar continua sendo 
Jerusalém. A circuncisão, o talit gadol (o xale de oração), o shofar 
(trombeta de chifres tocada nas festas) e os rolos da Torá  (o Pen-
tateuco) escritos à mão, continuam sendo os mesmos. Tudo como 
nos tempos bíblicos.
Os Mandamentos bíblicos são Dádivas de Adonai para 
Seu povo. Os judeus não veem os mandamentos bíblicos como 
uma carga obrigatória (como acontece em algumas religiões), 
mas veem como um verdadeiro presente, uma herança de Ado-
nai para Seu povo. O cumprimento deles “Mitzvot” é motivo de 
alegria, regozijo e gozo diante Do Eterno que nos escolheu para 
isso. Se alguém lhe der uma pedra qualquer sem valor, você não 
vai querer carregá-la, mas se lhe derem uma barra de ouro, com 
alegria a levarás. Os mandamentos Do Eterno são mais preciosos 
do que o ouro.
Maimônides, o maior filósofo e codificador da história ju-
daica, escreveu: “O júbilo com o qual o homem deve alegrar-se no 
cumprimento dos preceitos e no amor a D’us, Aquele que os orde-
nou, é um ato de suprema devoção Divina” (Hilchot Lulav, 8:15).
O Rabino Yacov Bande escreveu: “ninguém pode descrever 
o calor de um verdadeiro Shabat (sábado), e imaginar a alegria de 
um verdadeiro “Simchat Toráh” (alegria da Toráh) e o significado 
de uma devoção sincera. A valorização dos mandamentos Bíblicos e 
o cumprimento deles é uma realização pessoal; é o verdadeiro signi-
234
Israel - Cumprindo Profecias
ficado de uma vida judaica, que se torna “um”, com seu povo Israel, 
com a Toráh e com O Deus de Israel”.
Para exemplificar: se alguém tem uma tarefa de subir uma 
colina com um saco de pedras, a subida é considerada um ver-
dadeiro sacrifício, e ha uma grande tendência de esvaziar o saco 
quando não houver ninguém a espreita. Porém, se esse saco con-
tem diamantes, não será uma carga, mas um tesouro; e a subida 
não será uma horrível e obrigação, mas sim uma tarefa de grande 
valor e significado. E essa pessoa, não só levará com esmero esse 
tesouro, mas também cuidará para que nada se perca. Essa é a di-
ferença se vemos os mandamentos Do Eterno como tesouro; não 
queremos deixar para trás um só deles por menor que pareça. O 
profeta Isaias (33:6) diz que haveria abundância de salvação, sabe-
doria e ciência, e o temor Do Senhor, é o nosso tesouro!
235
SHABAT (sábado) é um presente Do Eterno a Seu povo. 
Assim, como todos os mandamentos bíblicos são dádivas 
Do Eterno a Seu povo, também o shabat o é. Por isso a cada Sha-
bat (Sábado) oramos dizendo: “Bendito És Tu Adonai, Rei do Uni-
verso, que nos santificaste com os Teus Mandamentos e nos deste 
como herança o Teu Santo Shabat”. E assim é com todas as de-
mais ordenanças bíblicas. Sim, porque Adonai é Santo e tudo que 
é Dele e que vem Dele é santo, e nos dá prazer e regozijo Nele.
Promessa a quem honra o shabat. “Se chamares aosába-
do deleitoso, o santo dia de Adonai digno de honra, e o honrares... 
então te deleitarás no Eterno e te farei cavalgar sobre as alturas da 
terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca 
de Adonai o disse”. (Isaias 58:13-14)
Sábado (no hebraico שבת Shabat), “descanso”; é esperado 
com alegria pelas famílias judias, que vestem as melhores roupas 
comem comidas especiais; vão à sinagoga, se congratulam com a 
família, passeiam com as crianças. É um dia festivo para todos os 
judeus. Há uma musica que as crianças cantam dizendo: “Porque 
domingo não é shabat? Porque segunda, terça, etc., não é shabat? 
Porque todos os dias não são shabat?”
Preceitos Bíblicos Judaicos
236
Israel - Cumprindo Profecias
O descanso é ordenado diretamente por Adonai no Tanach 
(Bíblia) após os seis dias de criação. “E havendo O Eterno acabado 
no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda 
a sua obra, que tinha feito. E abençoou O Eterno o dia sétimo, e o 
santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que criara e 
fizera”. (Gênesis 2:1 a 3). O quarto mandamento diz: “Lembra-te 
do dia do Shabat, para santificá-lo. Seis dias trabalharás, e farás 
toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o Shabat do Senhor teu Deus; 
não farás nenhuma obra.... portanto abençoou o Senhor o dia do 
Shabat, e o santificou”.(Êxodo 20:8 a 11).
Shabat (Sábado) é um Sinal da aliança entre Adonai e Seu 
povo. O Eterno disse: “Dei-lhes os Meus sábados (os sábados são 
de Deus) para descanso, para que fossem por sinal (da aliança eter-
na) entre Eu e eles (o povo de Israel) e soubessem que Eu Sou O 
Eterno que os santifica”. (Ezequiel 20:12 e 20)”. Os judeus têm 
o shabat em grande respeito, por se tratar de um sinal de alian-
ça eterna com Adonai. Em Israel o comercio não abre e não há 
ônibus, tudo para no sábado, em cumprimento ao mandamento 
Divino. Observado desde o pôr-do-sol de sexta feira ao pôr-do-
sol no sábado. 
O Rabino Abraham Stenmtz escreveu:
“Procurem, em seu livro de orações (Sidur), a página do ki-
dush, a oração em agradecimento pelo vinho, feita nas noites de 
sexta-feira, o Shabat. O primeiro parágrafo desta bênção - que se 
inicia com as palavras: “Yom Hashishi”- é retirado do primeiro livro 
da Torá,(Genesis) e fala do sétimo dia da Criação. Apontem so-
bre a última letra da palavra “Hashishi”. Trata-se da letra hebraica 
“yud”. E agora, ignorando os espaços entre as palavras dessa prece, 
contem seis letras. A sétima letra é um “shin”. Contem outras seis 
letras e verão que a sétima letra é um “resh”. Sete outras letras e en-
contrarão um “alef ”. Contem outra vez e a sétima letra cairá num 
“lamed”.
O que encontramos? As letras “yud, shin, resh, alef e lamed” 
237
Sarah Elzeny Zayit
- que compõem a palavra “Israel” são encontradas em intervalos de 
sete letras no primeiro parágrafo da bênção do kidush das sextas-
-feiras à noite (Que é o inicio do shabat, pois o dia judaico e bíblico 
inicia ao por do sol). Lembramo-nos de que o Sacerdote do Altís-
simo, Melquizedeque, trouxe pão e vinho para junto com Avrahan 
(Abraão) fazer o primeiro Kidush (a oração com o pão e vinho feita 
no inicio do sábado) (Genesis 14:18).
Sabemos quão significativo é o número sete na Bíblia e conse-
quentemente para o judaísmo. O Shabat é o sétimo dia da semana, 
e guardá-lo é uma mitsvá ordenada ao povo de Israel em homena-
gem ao sétimo dia da Criação. Será que desvendamos um código - a 
palavra “Israel” codificada em intervalos de sete letras - precisa-
mente na passagem da Toráh (de Genesis) referente ao sétimo dia 
da Criação? Ou seria apenas mera coincidência?”
*Nota: O sábado foi observado pela igreja dos dias apostólicos e só foi 
trocado pelo domingo no ano 325 d.C., pelo pagão Imperador Constantino.
BRIT MILÁ. Pacto do Eterno com Abrão e sua descendência
Brit milá (ברית מילה), literalmente aliança é o nome dado à 
cerimônia religiosa na qual o prepúcio dos recém-nascidos é 
cortado ao oitavo dia como símbolo da aliança eterna entre Ado-
nai e o povo de Israel. Também é nessa cerimônia que o menino 
recebe seu nome. Costuma-se realizar o brit em um café da ma-
nhã festivo.
A origem bíblica está em Gênesis (17:1-14), onde O Eterno 
ordenou a Abraão que ele e todos os seus descendentes se circun-
cidassem como sinal do pacto eterno com Ele. 
*Nota: Quanto aos gentios, o apostolo Paulo fala que sua circuncisão é 
apenas no coração, porém, é bom lembrar que em nenhum momento Paulo se 
refere a judeus (pois com eles é pacto eterno de Adonai com Abraão e sua des-
cendência), tanto que, quando Timóteo aceitou a fé, o mesmo Paulo fez com que 
ele se circuncidasse porque era filho de mãe judia, embora seu pai fosse grego. 
238
Israel - Cumprindo Profecias
Yeshuah foi levado ao Templo em Jerusalém no oitavo dia para ser circuncidado 
conforme a lei de Moises (lucas2: 21).
*curiosidade: Em pesquisa medico-cientifica foi observado que é muito 
raro nas mulheres judias o câncer de colo de útero, devido a circuncisão do marido. 
ZEVED HABAT OU SIMCHAT BAT
São os termos que designam a cerimônia de recebimento 
do nome das meninas judias. É quando o rabino abençoa os pais 
da menina, que recebe o seu nome hebraico.
PIDYON HABEN (redenção do primogênito). 
É a cerimônia onde cada judeu (exceto Cohen ou Levi) deve 
resgatar seu filho primogênito. “Todo primogênito homem entre 
teus filhos resgatarás”. Como lembrança de que todo primogênito é 
santificado à Adonai, resgata-se esse filho pagando com objeto de 
valor, entregue ao Cohen durante a cerimônia. “Santifica-me todo o 
primogênito... o que abrir a madre dos filhos de Israel é Meu” (Êxodo 
13:2), Os primogênitos dos filhos de Israel foram escolhidos para o 
sacerdócio para com o Criador devido ao fato de terem sido pou-
pados da última das dez pragas do Egito. Os cohanim (descendên-
cia sacerdotal) assumiram o dever do sacerdócio e os de Levi o lou-
vor e o serviço do templo. Por isso não fazem o Pidyon haben,nos 
cohanim e Levi, porque devem estar a serviço do Eterno. 
BAR MITZV B’NAI 
MITZVÁ (filhos do manda-
mento) é o nome dado à ce-
rimônia que insere o jovem 
judeu como um membro ma-
duro na comunidade judaica. 
Quando uma criança ju-
239
Sarah Elzeny Zayit
dia atinge a sua maturidade (aos 12 anos de idade, mais um dia 
para as meninas; e aos 13 anos e um dia para os meninos), passa 
a tornar-se responsável pelos seus atos, de acordo com da lei ju-
daica. Nessa altura, diz-se que o menino passa a ser Bar Mitzvá 
(“filho do mandamento”); e a menina passa a ser Bat Mitzvá (“fi-
lha do mandamento”). 
Ao completar 13 anos, o jovem judeu é chamado pela pri-
meira vez para a leitura pública da Torah (Pentateuco). A partir 
daí, ele pode integrar o miniam (quorum mínimo de 10 homens 
adultos para realização de cerimônias judaicas). 
O Bar Mitzvá não é só uma comemoração comum de 
aniversario, porém, após a cerimônia religiosa há uma linda festa 
com cerimônia de “mazal-tov” como “boa sorte” ou “parabéns”
Antes dessa idade, são os pais os responsáveis pelos atos dos 
filhos. Depois desta idade, os rapazes e moças podem finalmente 
participar em todas as áreas da vida da comunidade e assumir a 
sua responsabilidade na lei, no culto e tradição judaica. 
Yeshuah foi levado a Jerusalém para o seu Bar Mitzva quan-
do ele discutiu com os doutores da lei.
Mitzvá (plural mitzvot), esta palavra se refere ao cumpri-
mento dos 613 mandamentos da Torah. O termo Mitzva expressa 
a obediência a Adonai nas ações morais e positivas que marcam 
a conduta de pessoas de honra, de boa índole. De acordo com os 
ensinamentos do Judaísmo todas as leis morais são derivadas dos 
mandamentos divinos.
Tzeniut "modéstia” é um termo usado para descrever o 
conjunto de mandamentos relacionados à conduta em geral. A 
tzeniut costuma se relacionar ao modo de vestir de cada judeu, 
roupas próprias para cada sexo, de maneira que não marque o 
corpo, é um dos fatores muito importantes nas regras de Tzeniut. 
Tambéma maneira de se portar e de falar, a discreção. Todo o 
comportamento digno e sensato. 
240
Israel - Cumprindo Profecias
TALIT E TZITZIT (תציצ). É o 
nome dado às franjas do Talit (xale de 
orações) que servem para lembrar os 
mandamentos de Adonai:
“Que façam para eles tzitzit (fran-
jas) sobre as bordas das suas vestes, pe-
las suas gerações e porão sobre os tzitzit 
da borda um cordão azul celeste. E será 
para vós por tzitzit e vereis e lembrareis 
todos os mandamentos de Deus e os 
cumprireis e não errareis indo atrás do 
vosso coração e atrás dos vossos olhos,... 
para que vos lembreis e cumprais todos os Meus mandamentos e 
sejais santos para com vosso Deus.” (Números, 15:37 a 39 e 5:38-
41). 
O valor numérico das letras em hebraico, da palavra tsitsit, 
acrescentando os oito fios e cinco nós de uma franja, somam 613, 
representando o número total dos mandamentos e preceitos da 
Toráh (Pentateuco) sendo 248 preceitos positivos: “assim farás”; e 
365 (como os 365 dias do ano) proibitivos: “não farás”. Isso inclui 
todas as Leis, mandamentos, preceitos, concertos, alianças, pac-
tos, estatutos, juízos e testemunhos.
Há um talit denominado “talit katan” (talit pequeno) co-
nhecido também pelo nome de “tzitzit”, que é utilizado durante 
o dia inteiro por baixo da roupa no qual se está vestido, a fim de 
cumprir esse mandamento durante todo o dia. 
Talit Gadol figura a “tenda de Adonai, o abrigo Do Eterno” 
é usado pelos homens no momento da oração na sinagoga e em 
casa, no momento da oração do Shacharit (primeiras orações fei-
tas pela manhã).
O talit envolve a quem está orando e o isola do mundo a sua 
volta aumenta sua concentração durante a oração. Sob o talit se cria 
um ambiente de igualdade entre os que estão orando, tendo então 
concordância com uma cobertura homogênea, a tenda de Adonai. 
“Franjas farás para ti e as porás nos quatro cantos de tua 
241
Sarah Elzeny Zayit
vestimenta com que te cobrires”. (Deuteronômio 22:12)
O talit é usado a partir da idade de treze anos, quando o 
menino faz o Bar Mitzva ele passa a usá-lo, como uma cobertura 
na hora das orações, 
Disse Rabi Shimon bar Yochai: “Quando o homem levan-
ta de manhã e coloca os tefilin e tzitzit, a Shechináh (a gloria da 
presença de Adonai) paira sobre ele e proclama: ‘Tu és Meu servo, 
Israel, através do qual Serei Glorificado. ’” 
Yeshuah (Jesus que era judeu e Rabino) usava esse xale Ta-
lit Gadol, e as pessoas tocavam nas franjas desse xale para serem 
curadas, como o caso da mulher, que por doze anos sofria de he-
morragia e foi curada ao tocar nessa franja (Mateus 9:20, Marcos 
5:27), a noticia se espalhou e a multidão O cercava e lhe pedia 
que deixassem que os enfermos lhe tocassem as franjas do Talit, 
porque todos que a tocavam saravam.(Marcos 6:56).
O talit, é como uma farda do Exército de Adonai e nos faz 
lembrar que somos povo santo e como tal, devemos procurar vi-
ver em santidade. O exército de cada soberano traja-se com seu 
uniforme distinto; é o símbolo da lealdade que o soldado deve 
a seu rei. O povo de Israel também possui suas insígnias espe-
ciais que o identificam como pertencentes ao Exercito de Adonai. 
Conforme o Pacto de Adonai com Seu povo. “Ser-me-eis santos; 
porque Eu O Senhor, Sou Santo”. (Levítico 20:24). 
Significa a Tenda Do Eterno. Estando debaixo do talit, só 
temos uma autoridade: só O Eterno é nosso Rei e Senhor. Quan-
do o Talit é colocado sobre a cabeça, figura o abrigo de Adonai, 
então se recita o Salmo 36:8-11: “Como é preciosa Tua bondade, ó 
Adonai; os filhos dos homens se refugiam na sombra de Tuas asas. 
Eles se saciarão com a delícia de Tua Casa e Tu lhes darás de beber 
do rio da Tua bem-aventurança. Pois Contigo está a Fonte da Vida, 
na Tua Luz veremos luz. Concede Tua Bondade para Teus conhece-
dores e Tua Justiça para os de coração reto”. 
Rabi Moshê Segal disse:
242
Israel - Cumprindo Profecias
Envolvi-me com o meu talit. Naquele momento, então, senti 
que havia criado um domínio privado, só meu com O Eterno. Sob 
esse talit, o domínio era por completo de Adonai;... não estava sob o 
domínio de nenhum outro, a não ser o meu Pai Celestial. “Aqui eu 
faria o que Ele me ordenava - e não havia força na Terra que me 
impedisse de fazê-lo”.
A TINTA AZUL CELESTE 
E O TECHELET. 
Conforme os textos citados, 
o azul celeste foi escolhido pelo 
próprio Deus (como se fosse uma 
espécie de vestimenta dos céus), 
e Do Eterno. A Arca da Aliança 
foi coberta com um pano dessa 
mesma cor (Números, 4:6): “Quando os filhos Israel olham para 
aquele tzitzit azul celeste, lhes parece que a Shechináh (a gloria de 
Adonai) paira sobre eles”.
Essa tinta azul celeste só era conseguida através de uns ca-
racóis de nome “Techelet” encontrados no Mar Mediterrâneo. No 
período da dominação romana, os governadores requisitaram to-
dos os caracóis desse tipo para confeccionar tinta para suas vestes, 
proibindo assim os judeus de a utilizarem para o talit. Em conse-
quência disso os caracóis desapareceram. Mas o que é incrível que 
após o restabelecimento do Estado de Israel (depois de quase dois 
mil anos), esses caracóis voltaram a aparecer. 
KIPÁH
É um pequeno chapéu em forma de circunferência, utili-
zado como símbolo do judaísmo, símbolo de “temor a Adonai”, 
cumprindo o mandamento de (Êxodo 28:39): “Farás uma mitra” 
e Ezequiel 44:18: “Coifas de linho estarão sobre suas cabeças”. O 
243
Sarah Elzeny Zayit
Talmud fala da necessidade de se ter 
sempre o temor a Adonai sobre nos-
sas cabeças. O uso do Kipáh enfatiza 
a condição de servo de Adonai, é um 
lembrete constante da presença de 
Adonai, onde quer que vá. Ele nos 
identifica como judeus aos olhos de 
todos transmitindo a mensagem de 
que “pertencemos” a Alguém: Deus! 
E que não deve haver nenhum tempo 
na vida do judeu em que ele não esteja na presença Divina, nem 
qualquer parte de sua vida que esteja livre do serviço Do Eterno. 
TEFILIN
(Em hebraico tem a mesma raiz da palavra Tefila, signifi-
ca “prece”) é o nome dado a duas caixinhas de couro, cada qual 
preso a uma tira de couro de animal kasher, dentro das quais está 
contido um pergaminho com quatro textos da Torah os quais são 
a ordenança do uso dos filactérios:
Deuteronômio 6:4-9 e 11:18: “Ouve, Israel, o Senhor nosso 
Deus é o único Senhor. ...E estas pala-
vras, que hoje te ordeno, ... as atarás 
por sinal na tua mão, e te serão por 
frontais entre os teus olhos. 
Esse mandamento é repetido 
três vezes na Toráh e mencionado 
mais de quinhentas vezes no Talmud. 
A tradição judaica diz que Moshê 
também recebeu através da Toráh oral 
os procedimentos de como confec-
cionar o Tefilin; ensinamentos estes 
que teriam sido transmitidos de gera-
ção em geração até serem escritos na 
Mishnáh e no Talmud. Os tefilin são 
244
Israel - Cumprindo Profecias
colocados diariamente pelas manhãs com a oração matinal ou 
pelo menos até o pôr-do-sol , momento em que é feita a citação 
do texto bíblico acima. 
 
PEIOT 
É o plural da palavra hebraica pe’ah, 
isto é “borda”. Peiot designa os cachos de ca-
belos laterais característicos dos judeus orto-
doxos, que cumprem a ordenança de Levítico 
(19:27)  : “Não cortareis os cabelos no canto 
de tua cabeça em redondo e nem tirarás a tua 
barba”.
MEZUZÁH 
(no hebraico “umbral”) é um pequeno 
rolo de pergaminho que contém as passagens 
bíblicas (Deuteronômio 6:4-9 e 11:13-21). é o 
cumprimento de um mandamento da Torah 
que ordena que seja afixado no umbral das 
portas “Shemah” e “Vehaia” “Escreve-as nos 
umbrais de tuas portas”. Os judeus costumam 
beijar a Mezuzáh toda a vez que se passa pela 
porta, para lembrar os textos que estão conti-
dos ali dentro e os princípios do judaísmo que 
eles carregam. É no conteúdo, guardado em 
seu interior, que reside o verdadeiro valor da 
Mezuzáh, e não em seu invólucro. Para ser casher deve ser escrita 
à mão, sobre pergaminho, e por um sofer (escriba).
245
Sarah Elzeny Zayit
MIKVE 
É um recipiente de água 
(não estagnada) no qual se é feitoum banho de purificação semanal-
mente antes da leitura dos textos 
sagrados na sinagoga ou transcri-
ção dos textos da Torah. Também 
a mulher judia se purifica mensal-
mente após seu ciclo menstrual, e 
após o nascimento dos filhos. Os 
noivos também se purificam na mikve antes da cerimônia do ca-
samento. Essa purificação é feita antes das cerimônias. É também 
requerido do convertido ao judaísmo. Na Mikve o judeu é sub-
merso por três vezes (o que deu origem ao batismo pregado por 
João Batista e usado até os dias de hoje pelo cristianismo). 
A Mikve era usada nos tempos bíblicos, já Moises, por ordenan-
ça Divina, fez com que o sacerdote Arão e seus filhos imergissem num 
banho de purificação antes do serviço sagrado (Levítico 8:6); O texto 
fala que foram imersos e não apenas da lavagem das mãos e dos pés 
que se fazia na pia de bronze que ficava na entrada do tabernáculo. 
*nota: O raciocínio espiritual judaico diz que quando os judeus foram ex-
pulsos de sua Terra - quando Roma antiga irrompeu com selvageria sobre Jerusa-
lém, arrasando o Templo Sagrado – O Eterno acompanhou Seu povo ao Exílio. 
(Paulo, formado aos pés do rabino Gamaliel repete essa visão e diz: “Vós sois o 
templo De Adonai; Ele habita em vós”). 
CASAMENTO JUDAICO 
No judaísmo o casamento é chamado de “santificação 
do casal” “Kidushim” e se crê que um homem só é completo ao 
casar-se porque O Eterno tirou sua costela pra fazer Eva, por-
tanto lhe falta a costela ate o casamento. Também em Genesis 
1:27 diz que O Eterno criou a Sua imagem “homem e mulher”, 
246
Israel - Cumprindo Profecias
portanto o casal é a imagem Do Criador. 
Bênçãos pós-núpcias, ministrada pelo Pr. Morelli a um casal brasileiro André e 
Andréa. Estão portando um “talit Gadol”, (xale de orações) como dossel, em Caná 
da Galiléia, onde Jesus realizou Seu primeiro milagre, numa festa de casamento, 
transformando água em vinho, onde hoje muitos cristãos fazem a confirmação das 
bênçãos do casamento.
Ambos, noivo e noiva devem ser judeus. Eles não podem 
ver-se durante as 24 horas que antecedem a cerimônia, e jejuam 
no dia do casamento. São sub-
mergidos, no míkve, que é um 
símbolo de purificação. A ce-
rimônia judaica pode ser feita 
numa sinagoga ou em qualquer 
outro lugar, até mesmo ao ar li-
vre, mas será sempre realizada 
pelo rabino que lhes impetra 
as sete bênçãos, sob um Docel 
“Chuppah” (uma tenda rica-
mente decorada com flores), 
representando um lar judaico 
segundo os preceitos bíblicos. 
Os noivos costumam orar pelos 
convidados.
247
Sarah Elzeny Zayit
KETUBAH 
É a certidão de casamento judaico. 
A noiva deve ter o rosto coberto por um 
véu. O noivo, ao dirigir-se a ela, deve le-
vantar o véu. Diante das testemunhas que 
assinam a “Ketubah” documento religio-
so de casamento judaico. O noivo coloca 
a aliança no dedo indicador direito da 
noiva. Compartilham da mesma taça de 
vinho, e no final da cerimônia o noivo 
quebra o copo fazendo menção de Jerusalém: “Que se cole a mi-
nha língua ao palato, se eu não me lembrar sempre de ti Jerusalém 
e não mantiver a tua lembrança acima de minha maior alegria!” 
(Salmo 137:6). Todos cantam “Mazal Tov” desejando bênçãos e 
felicidades aos noivos. 
ALIMENTAÇÃO BÍBLICA “CASHER”. 
Todo judeu religioso come apenas o que foi determina-
do por Adonai. A comida denominada “casher”, (em hebraico) 
e kosher (em iídiche, dialeto judaico): um produto apto, apro-
priado ao consumo, isto é, que preenche todos os requisitos da 
dieta bíblica judaica. Cashrut é o conjunto das leis alimentares 
outorgadas pelo Eterno ao povo judeu através do recebimento 
da Toráh.
Comida Casher é Saudável. A opção pelo alimento e esti-
lo de vida pode nos capacitar a seguir os preceitos da Toráh de 
preservação da vida com saúde. O Judaísmo envolve todos os as-
pectos da vida. Nossas atividades cotidianas mais comuns tornam-
-se imbuídas de santidade quando seguimos a diretiva da Torah. 
(Provérbios 3:6). Na outorga da Toráh, O Eterno nos deu 613 pre-
ceitos, entre os quais as leis concernentes à Cashrut (alimentação 
casher). Cada uma das mitzvot (cumprimento das Leis), faz bem 
248
Israel - Cumprindo Profecias
à alma, e faz bem ao corpo. A Toráh, através da cashrut, nos ensi-
na como comer para que o corpo seja um receptáculo apropriado 
para o espírito, e não meramente um instrumento para satisfazer 
as necessidades físicas, como os animais. As leis do cashrut, com 
certeza, ajudam à saúde e o bom viver.
Preceitos alimentares judaicos estão descritos na Toráh 
(Pentateuco). Em Levíticos 11 e Deuteronômio 14, O Eterno nos 
da uma lista dos animais puros que é bom para se comer e dos 
impuros, os quais nos são proibidos comê-los. 
Antes da ciência. A intenção de Deus através de Seu legado 
sempre foi a de assumirmos nosso compromisso firmado desde 
o Monte Sinai: “Nós faremos e (então) compreenderemos” ou 
“obedeceremos e entenderemos” Primeiro obedecer e depois en-
tender. Assim por mais de três mil anos o povo judeu obedece as 
leis do casherut mesmo sem ter entendido o que hoje a ciência 
explica. A cada dia que passa, novas descobertas médicas revelam 
a sabedoria dos conceitos que têm sido parte de nossa herança 
por milhares de anos. A moderna ciência nutricional reconhece 
agora o que o Judaísmo sempre ensinou
Nada que O Eterno proibiu foi por acaso ou só por capricho. 
Ele que nos criou sabe o que é bom para o homem. Por exemplo: A 
ingestão da carne de porco pode trazer ao organismo a Cisticercose 
Taenia solium (verme platielminte) É determinada pela localiza-
ção da larva, chamada cisticerco, no organismo humano. No tecido 
subcutâneo e na musculatura, produz dores e fraqueza muscular; 
nos olhos acarreta cegueira e no cérebro causa epilepsia e até lou-
cura. Além disso, a carne de porco é a mais próxima da carne hu-
mana. Quando se ingere a carne de porco o organismo sente como 
se tivesse ingerido carne humana, e se ocupa de expeli-la, o que 
demora em media quatro dias para ser totalmente eliminada e com 
isso o organismo deixa de lutar contra qualquer doença ou infecção 
que porventura haja e essa por sua vez prolifera.
O camarão e os peixes de couro (sem escamas) foram cria-
249
Sarah Elzeny Zayit
dos para comer toda coisa podre e suja e assim limpar os rios e 
mares, para que os demais peixes sejam saudáveis e bons para se 
comer. O camarão se ingerido por certas pessoas alérgicas pode 
levar a morte.
Peixes casher são aqueles que possuem barbatanas e as es-
camas. As barbatanas e as escamas são barreiras à absorção de 
toxinas, como o mercúrio, que poderiam contaminar a carne.
Os judeus não comem carne juntamente com leite, obser-
vando o mandamento bíblico (Êxodo 23:19). E é provado cienti-
ficamente que o leite ingerido juntamente com a carne prejudica a 
absorção do ferro proveniente dos alimentos, provocando anemia.
Adonai proibiu se comer o sangue. A ciência comprova que 
vírus e bactérias são transportados pelo sangue.
A forma de abate dos animais também se deve seguir algu-
mas regras: eles não podem estar agitados e nem sofrer. No abate, 
o sangue deve ser completamente drenado, e após o abate o ani-
mal é criteriosamente examinado por um rabino veterinário; são 
examinados órgãos vitais, a fim de verificar se há qualquer sinal 
de doença. Depois é lavado e salgado para que se extraia todo o 
sangue.
Frutas, verduras e legumes fazem parte da categoria parve 
e não há restrições para o consumo. Entretanto, devem ser exami-
nados e limpos cuidadosamente as folhas de verduras para extrair 
vermes e insetos, considerados impuros. Deve se lavar adequada-
mente as frutas, e averiguar a existência de qualquer tipo de larva 
ou verme.
Cada alimento proibido na bíblia tem sua razão. O Eterno 
determinou a comida de Seu povo porque queria que fosse saudá-
vel e inteligente, de maneira que outros povos vissem que Ele era 
com Seu povo. A exemplo do profeta Daniel e seus companheiros 
que quando levados cativos para a Babilônia eles não se contami-
naram com o manjar dorei, e o Tanach fala que seus semblantes 
eram melhores do que dos outros e que tinham inteligência mais 
250
Israel - Cumprindo Profecias
que todos do reino. (Daniel cap.1) 
Mesa é um altar. Nossos sábios ensinam que o lar de cada 
judeu é como um “pequeno Santuário”, um local de morada da 
Presença Divina; e a mesa de refeições é comparada ao altar do 
Templo Sagrado. O maior cuidado deveria ser tomado para que 
somente o que estivesse de acordo com a lei bíblica fosse oferta-
do sobre o altar do Templo. Da mesma maneira, devemos cuidar 
para que somente o absolutamente o correto seja trazido à nossa 
mesa - o altar em miniatura. O profeta Zacarias (10:21) disse: 
“Todas as panelas de Jerusalém e de Judá serão consagradas A 
Adonai dos Exércitos” serão santas como as bacias diante do al-
tar. “E comereis perante O Eterno e vos alegrareis” (Deuteronô-
mio 12:7). Não se pode, na mesa de um judeu, conversar coisas 
que não são santas, porque comemos diante do Eterno para dar-
-Lhe graças. “Comereis e ficareis satisfeitos e bendireis Adonai teu 
Deus” (Joel 2:26).
A história demonstra que quando a observância de cashrut 
é forte, a identidade judaica permanece forte. O cashrut (assim 
como a língua hebraica) tem efeito de profunda ligação entre os 
judeus de todas as nacionalidades, reafirmando ser um só povo. A 
comida casher sempre contribuiu para a conservação do judaís-
mo na diáspora (dispersão). A dieta casher é a dieta prescrita pelo 
Próprio Criador do Mundo.
*NOTA: As leis alimentares não dizem respeito a perdão de pecados ou 
salvação. Elas constituem um manual de saúde e bom viver. Mas, obedecer sem-
pre é melhor; evita muitos males. Toda desobediência é pecado e trás consequ-
ências.
251
O Judeu crê na vinda Do Mashiach (Messias), Salvador e 
Redentor de Israel, que virá e se assentará no trono de David em 
Jerusalém e será Rei sobre toda terra. 
Estaria Israel esperando O mesmo Messias que esperam os 
cristãos?
Todo judeu religioso ora dezenas de vezes por dia Ao Eter-
no, pedindo que venha O Mashiach (Messias) e a tão sonhada 
era messiânica, quando Adonai exercerá Seu glorioso Reino sobre 
toda a terra. A cada dia se espera ansiosamente o Messias. 
Todo cristão evangélico e uma facção católica, também ora 
diariamente pedindo pelo retorno Do Messias e espera ansiosa-
mente Sua vinda e a implantação do Reino de Adonai sobre toda 
a terra, baseados na profecia do profeta Daniel diz (7:13 e 14) “Eu 
estava olhando em minhas visões da noite e eis que vinha nas nu-
vens dos céus , um semelhante O Filho do Homem, ... e foi lhe dado 
domínio, gloria, realeza e poder sobre todos os povos e nações e lín-
guas pra que O servissem. E o Seu reino jamais será destruído”.
Qual a diferença da crença judia e da crença cristã sobre O 
Messias? Os judeus esperam a primeira vinda Do Mashiach (Mes-
sias). Enquanto que os cristãos acreditam que Ele já veio uma pri-
meira vez como O Messias sofredor predito pelo profeta Isaias e 
que voltará pela segunda vez como Rei, quando será implantado 
A Fé Judaica no Mashiach (Messias)
252
Israel - Cumprindo Profecias
o Reino de Adonai sobre toda a terra, e O Messias reinará desde 
Jerusalém, conforme disseram os profetas.
PORQUE OS CRISTÃOS O CHAMAM DE FILHO DE DEUS? 
Isaias (7:14) profetizou sobre o Messias dizendo: “Eis O Eter-
no vos dará um sinal: que uma virgem dará luz a um Filho e cha-
mará o Seu Nome, Emanuel que quer dizer Deus conosco”. “Porque 
um menino nos nasceu, um Filho se Nos deu; e o principado estava 
sobre os seus ombros; e o Seu Nome será: Maravilhoso, Conselheiro, 
Deus Forte, Pai da eternidade e Príncipe da paz..., Desse principado 
haverá paz e Seu reino não terá fim”.(Isaias 9:6 e 7).
No livro de Provérbios (30:4) diz: “Quem subiu ao céu e des-
ceu? Quem estabeleceu os limites da terra? Qual O Seu Nome e qual 
O Nome de Seu Filho? Diz-me se o sabes”.
“ Tu És Meu Filho, hoje Te gerei”. “O Ungido Do Eterno é Seu 
Filho” (Salmo 2:2 a 7)
“O Eterno disse a David: Levantarei Um de tua descendência 
e Eu lhe serei por Pai e Ele será O Meu Filho e Seu trono será firme 
e para sempre” (I Crônicas 17:11 a 14). Profeticamente, referindo-
-se Ao Mashiach (Messias) David respondeu: “Falaste da casa de 
Teu servo para tempos longínquos”. (verso 17). 
Yeshuah é parte do Pai. Como Adonai fez com Adão, tirando 
uma de suas costelas fez a Eva; Isso é um exemplo do que Adonai fez 
Consigo Mesmo: Tirou parte de Si para que se tornasse um homem, 
para tabernacular com os homens; para que pudesse além de se comu-
nicar e se fazer entender, também como homem, levar sobre Si os pe-
cados de todos os homens (Isaias 53). O texto de João 1:1 diz que “No 
princípio era O Verbo e o Verbo estava em Deus porque Ele era Deus”.
NOTA: Infelizmente as bíblias atuais têm um desvio de tradução desde o IV sec., 
para apoiar a “doutrina da trindade”, que na verdade é Triunidade, porque Deus é Um 
e não há três deuses. Está traduzido como: “Ele estava com Deus”, quando na verdade o 
texto original grego diz: Ele estava EM DEUS porque Ele era Deus!”. Texto grego: “Ἐν 
ἀρχῇ ἦν ὁ λόγος, καὶ ὁ λόγος ἦν πρὸς τὸν θεόν, καὶ θεὸς ἦν ὁ λόγος. Οὗτος ἦν ἐν ἀρχῇ πρὸς 
τὸν θεόν“. A preposição “πρὸς” no texto quer dizer “EM”. Adonai é Um, “Adonai Echad”.
253
Sarah Elzeny Zayit
Os pergaminhos de Qumran confirmam. Os pergaminhos 
de Isaias encontrado em 1947 em Qumran, próximo ao Mar Mor-
to, que foram escritos há mais de dois mil anos, confirmam o tex -
to hebraico que temos hoje que diz no primeiro capitulo, verso 
quatro de Isaias: “Condenaram O Santo de Israel” “נאצו את-קדוש 
?Que Santo de Israel foi condenado .”ישראל
O Brit Chadashah diz:
“Mas, vindo Yeshuah o Sumo Sacerdote dos bens futuros da 
ordem de “Melquisedeque” (“Melech Tazdik” = “Rei Justo”), por um 
maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não des-
ta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio 
sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna 
redenção” (Hebreus 9:11 e 12). “Assim também Yeshuah, oferecendo-
-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, 
sem pecado, aos que o esperam para salvação”.(Versículo 28).
O profeta Daniel disse (9:24 a 26) que O Messias viria antes 
da destruição do segundo Templo, depois seria tirado e o sacrifí-
cio cessaria.
Na oração Amidah, que todo judeu ora diariamente diz: 
“Quem é como Tu oh Eterno, de poderosos atos? Ou quem pode 
ser comparado a Ti Oh Rei, que tiras a vida e fazes reviver e flo-
rescer a Yeshuah?”
Para Abel, filho de Adão, Deus proveu expiação pelo san-
gue de um animal. Na Pessach (Páscoa) vemos Adonai provendo 
salvação pelo sangue para toda a nação. E O Messias sofredor de 
Isaias, veio trazer expiação para todo o mundo.
O SANGUE PARA REMISSÃO 
“Sem derramamento de sangue não há remissão”. (Heb 9:22). 
No livro de Gênesis está escrito que Deus instituiu um plano de 
redenção pelo sangue. Quando Adão e Eva pecaram, Adonai ma-
tou um animal para cobri-los da nudez, da vergonha de seus pe-
cados (Genesis 3:21). E Adonai institui o sacrifício para perdão: 
“E Abel trouxe os primogênitos de suas ovelhas para oferecer Ao 
254
Israel - Cumprindo Profecias
Senhor”, (Gênesis 4:4). Ve-
mos o sangue como expia-
ção pelos pecados em todo 
o Antigo Testamento; du-
rante a celebração da Pás-
coa, na saída do Povo de 
Israel do Egito, haviam mi-
lhares de cordeiros sacrifi-
cados por todos os lados, e 
o sangue deles passado no 
umbral da porta de cada casa de todo hebreu no Egito. Aquele 
sangue livrou da morte os primogênitos hebreus. 
Em Êxodo (30:10), Adonai fez concerto com Seu povo atra-
vés do sangue “... portanto é o sangue que fará expiação pela alma”. 
(Levítico 17:11). O animal oferecido em sacrifício em lugar das 
pessoas, representando-as. “Sem derramamento de sangue não há 
remissão de pecados”. (Hebreus 9:22). Deus nos amou tanto, e 
por Sua misericórdia providenciou para nós O substituto levaria 
sobre Si, “suportaria” o juízo que pertenciaa nós como pecadores; 
um meio pelo qual a sua justiça seria satisfeita plenamente, e não 
seria executada em nós. 
Desde a destruição do templo não ha mais sacrifícios de 
cordeiros. O sacrifício cessou. Como podemos ser perdoados 
hoje? Adonai proveu o sangue da expiação para hoje, por meio de 
um único sacrifício perfeito e completo. 
O “MESSIAS SOFREDOR” ENTREGANDO-SE 
NUM ETERNO SACRIFÍCIO. 
O profeta Isaias disse que Ele viria como Messias sofredor 
(Isaias 53:1 a 12) 
“Mas Ele foi transpassado pelas nossas transgressões e moído 
pelas nossas iniquidades; o castigo (a nossa punição) que nos traz 
255
Sarah Elzeny Zayit
a paz estava sobre Ele e pelas Suas pisaduras fomos sarados. Todos 
nos andávamos desgarrados como ovelha, cada um se desviava pelo 
seu caminho, mas O SENHOR fez cair sobre Ele (o Messias sofre-
dor) a iniquidade de nos todos”.
Ele levou nossa iniquidade; foi o meu substituto “Temurati. 
“Como Cordeiro foi levado ao matadouro”.Minha expiação 
“Caparati”
 “Foi cortado da terra dos viventes (morto) pela transgressão 
do Seu povo”. Minha permuta “Chalifati”
“E puseram a sua sepultura com os ímpios e com o rico na 
Sua morte... O Senhor agradou moê-lo pondo Sua alma por expia-
ção do pecado... portanto derramou Sua alma na morte (morreu), 
e foi contado com os transgressores; mas Ele levou sobre si o pecado 
de muitos e pelos transgressores intercede”. “O Meu Servo O Jus-
to, justificará a muitos porque a iniquidade deles levará sobre Si” 
(Isaias 53:11) 
“Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para 
que nele fôssemos feitos justiça de Deus”.(II Coríntios 5:21) “Porque 
assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição 
dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem 
em Adão, assim também todos serão vivificados No Mashiach”.(I 
Coríntios 15:21-22). 
É magnífico saber que Adonai, através do sacrifício de Seu 
Filho, O “Messias Sofredor”, não apenas nos perdoa, mas apaga 
nossos pecados. 
Lembro-me de um grande amigo nosso, Gilson Breder que 
sempre diz: “No computador de Deus existe a tecla “Delet”. De-
pois de tocar essa tecla, nunca mais se encontra o que foi excluído 
por ela. Nós nos lembramos de nossos erros e nos acusamos, mas 
O Eterno os apaga. E quando vamos a Ele dizendo: “Pai, pequei 
outra vez, Ele diz:” não filho, em meus arquivos não consta peca-
do anterior”. Não aceite nenhuma acusação do diabo, pois ele é 
inimigo vencido pelo sangue Do Cordeiro. “O Sangue de Yeshuah 
256
Israel - Cumprindo Profecias
HaMasahiach nos purifica de todo pecado” (I João 1:7).
O profeta Zacarias profetizou sobre O Messias (Mashiach): 
“E sobre a casa de David e sobre os habitantes de Jerusalém, 
derramarei o Espírito de graça e de suplicas; e olharão para Mim, a 
quem a transpassaram; e o prantearão como quem pranteia por um 
unigênito; e chorarão amargamente por Ele, como se chora amarga-
mente pelo primogênito...(13:9) e invocarão O Meu Nome e Eu ou-
virei e direi: É Meu povo e dirão: O Senhor é meu Deus...(14:9) E O 
Senhor será Rei sobre toda a terra. Naquele dia, Um será O Senhor 
e Um será O Seu Nome”. “Olharão para Mim a quem transpassa-
ram”. (Zacarias 12:1-10) .Quem é O Senhor que foi transpassado?
E em Isaias (52:6 a 8) fala de Seu retorno como Rei sobre 
toda a terra: “Naquele dia, o Meu povo saberá O Meu Nome...
Quão suaves são os pés sobre os montes, daqueles que anunciam e 
faz ouvir a salvação e dizem a Sião O teu Deus Reina. Eis a voz dos 
atalaias! Eles alçam sua voz juntamente exultam porque olho a olho 
verão, quando O SENHOR voltar a Sião” (volta quem já esteve).
O profeta Oséias (6:2 e 5:15) diz: “Irei e voltarei. Depois de 
dois dias nos dará a vida e ao terceiro nos ressuscitará” Ele ressus-
citou ao 3º.dia.
Interpretação do texto de Isaías 53, por grandes Rabinos.
“O Rabino Moses Alschech (1508-1600): “Nossos sábios Ra-
binos com uma só voz aceitam e afirmam em comum opinião que 
o profeta discursa sobre o Messias, e nós devemos aderir ao mesmo 
ponto de vista”.
Abravanel (1437-1508): “Esta é também a opinião de nossos 
próprios homens instruídos na maioria de seus “Midrashim.”” (dis-
cursos rabínicos)
Rabino Yafet Ben Ali (segunda metade do 10º. século): 
“Quanto a mim, eu vou considerá-lo como aludindo ao Messias”.
Abraham Farissol (1451 – 1526): “Neste capítulo parece ha-
ver umas semelhanças e umas alusões consideráveis ao ministério 
257
Sarah Elzeny Zayit
do Messias “cristão” e aos eventos que são aplicados para ter aconte-
cido com ele, de modo que nenhuma outra profecia deva ser encon-
trada ou aplicada tão bem e o assunto de que pode assim imediata-
mente lhe ser conferido”.
Targum Yonathan (4º. século) “dá a introdução em Isaias. 
52:13: “Eis, meu servo o Messias…”
Gersonides (1288-1344) em Deuteronômio. 18:18: “De fato o 
Messias é tal profeta, pois se indica no Midrash no verso, “Eis, meu 
Servo…” (Isaias. 52:13).”
Midrash Tanchuma: “Foi exaltado acima de Abraham, exal-
tado acima de Moshe, e ainda mais exaltado do que os Arcanjos” 
(Isaias. 52: 13).
Yalkut Schimeon (atribuído ao Rabbi Simeon Kara, ao 12o 
século): “(O rei Messias) é maior que os patriarcas, porque é dito, 
“Eis que o meu servo procederá com prudência; será exaltado, e 
elevado, e mui sublime.(Isaias 52:13).”
Maimônides (1135-12O4) escreveu ao Rabbi Jacob Alfajumi: 
“Do mesmo modo está em Isaías que (O Messias) apareceria sem re-
conhecer um pai ou uma mãe”: Pois foi crescendo como renovo pe-
rante ele, e como raiz que sai duma terra seca;... (Isaias.53: 2).”
Tanchuma: O Rabino Nachman: “A Palavra HOMEM na 
passagem, um homem que seja cabeça da casa de seu pai”. (Num.1, 
4), alude ao Messias, o filho de David, porque está escrito, “Eis o 
homem cujo nome é Tzemach (renovo)”.
Onde no Targun Yonathan interpreta: “Eis o homem o Mes-
sias” (Zacarias. 6:12); e assim é dito: homem de dores, e experimen-
tado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o 
rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum (“Isaias”.53: 3).” 
Talmud Sanhedrin (98b): “Messias… qual é seu nome? Os 
Rabinos dizem, “leproso”; aquele da casa de estudo. (Rabino Yehu-
da Hanassi,o autor do Mishná, 135-200): seus alunos disseram o 
nome do Messias é “Cholacha” (o enfermo), porque diz; “certamente 
258
Israel - Cumprindo Profecias
carregou nossas enfermidades...” (Isa.53,4).”
Pesiqta Rabbati (ca.845) sobre Isaias 61:10: “O mundo dos 
Patriarcas”, um dia no mês de Nisan, levantarão e dirão (ao Mes-
sias): ‘Efraim, nosso Justo Ungido, embora nós sejamos seus avós, 
contudo você é maior do que nós, porque você carregou os pecados 
de nossos filhos, porque diz: ‘Verdadeiramente ele tomou sobre si 
as nossas enfermidades, e carregou com as nossas dores; e nós o 
reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido’ ‘Mas ele foi fe-
rido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das 
nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e 
pelas suas pisaduras fomos sarados’ (Isa.53, 4-5)”.
Rabino Shmeon Ben Yochai . (2° Século, Zohar. parte II pági-
na 212a e III página 218a, Amsterdã Ed.):
“Há no jardim do Éden um palácio chamado: ‘O palácio dos 
filhos da enfermidade, esse é o palácio que o Messias entra, e chama 
sobre si cada doença, cada dor, e cada castigo de Israel: então todos 
vêm e caem sobre Ele”.
E assim tirou o peso de Israel, e os levou sobre si mesmo. Não 
havia nenhum homem capaz de carregar a punição de Israel por 
causa da transgressão da lei; este é Aquele de quem está escrito, 
Verdadeiramente ele tomou sobre si (Isaias 53:4). - Enquanto lhe 
dizem (o Messias) da miséria de Israel em seu cativeiro, e daqueles 
infiéis entre eles que não atenderam em conhecer seu Senhor, Ele (o 
Senhor deles o Messias) levanta sua voz e chora pelas iniquidades 
e infidelidades deles; e assim escreve-se, “ele foi ferido por causa de 
nossas transgressões” (Isaias 53,5). 
Midrash (em Ruth 2.14): “É discurso do rei Messias – ‘venha 
em direção’, isto é próximo ao trono; “coma do pão”, istoé o pão 
do Reino”. ‘Isto alude a (pão da) aflição, enquanto é dito, “mas foi 
ferido por causa de nossas transgressões, afligido por causa nossos 
iniquidades” (Isaias 53:5).
Disse o Rabino Elias de Vidas (Século 16): “O significado de 
‘foi ferido por causa de nossas transgressões, afligido por causa de 
259
Sarah Elzeny Zayit
nossas iniquidades’ é, desde que o Messias carrega nossas iniquida-
des que produzem suas aflições, consequentemente aqueles que não 
admitem que o Messias sofra por nossas iniquidades, então devem 
eles mesmos sofrer pelas deles.”
Siphre: O Rabino Jose Galileu disse: ”Vem aprender os mé-
ritos do Rei Messias e a recompensa do justo - Considere quantas 
mortes levou sobre si, de sua própria geração, e sobre daquelas que 
os seguiram, até o fim de todas as gerações. Qual atributo é maior, 
o atributo da bondade, ou o atributo da vingança? ‘- Respondeu, 
‘o atributo da bondade é maior, e o atributo da vingança é menor 
- quanto mais então, o Rei Messias, que resiste as aflições e as do-
res por causa de nossas transgressões (pois se escreve, ‘foi ferido...), 
justifica todas as gerações. 
Este é o significado da palavra, mas o Adonai fez cair sobre ele 
a iniquidade de todos nós. (Isaias 53:6). “
O Rabino Eleazer Kalir (Século 9) escreveu a seguinte oração 
de Musaf (do sidur): “Nosso Messias o justo partiu de nós. O Horror 
apreendeu-nos e nós não temos ninguém para justificar-nos. 
Carregou nossas transgressões e a culpa de nossas iniquida-
des, e foi ferido por causa de nossas transgressões. Suportou nossos 
pecados em cima de seus ombros para que nós possamos encontrar 
o perdão para nossas iniquidades. “Nós seremos curados por suas 
feridas, quando o ETERNO o recriar em uma nova criatura,e tra-
zê-lo ao círculo da terra, levantá-lo de Seir, para que nós possamos 
o ouvir pela segunda vez”.
(Musaf - sãos as orações de acréscimos no sidur, o livro de 
orações e louvores judaicos usados nas sinagogas.)
(Seir - se refere ao lugar para onde Esaú foi. (Esaú é chamado 
também de Edom) na literatura Talmúdica alude ao cristianismo).
Rabino Moshé, “o Pregador” (século 11) escreveu em seu co-
mentário sobre Genesis (página 660): “No princípio Deus fez uma 
aliança com o Messias e disse ao Messias: ‘meu Messias o Justo, 
aqueles que confiarem em você, seus pecados trarão sobre você um 
260
Israel - Cumprindo Profecias
fardo muito pesado pra você suportar, e Ele (o messias) respondeu: 
‘eu aceito contente todas estas agonias em ordem que nenhum só 
de Israel seja perdido. ‘Imediatamente, o Messias aceitou todas as 
agonias com amor, como se escreve: ‘foi oprimido e aflito’”.
Pesiqta (sobre Isaias.61:10): “Grandes opressões foram co-
locadas em cima de você, como diz: Pela opressão e pelo juízo foi 
levado e quem dentre os da sua geração considerou que ele fora 
cortado da terra dos viventes, ferido por causa da transgressão do 
seu povo? (Isaias 53: 8 ), como ele diz: mas Adonai fez cair sobre ele 
a iniquidade de todos nós.’(Isaias 53: 6)”.
Hinei Tzemach Shmô Eis que se chamará Renovo Zechariah 
6:11-12
Talmud Brachot Cap. 2 Halachá 4 No Midrash Mishlei, o 
Rabino Huna fala dos “sete” nomes do Messias, tirado também de 
Isaias 9:5-7
Midrash Mishlei:”Rabino Huna disse: “O Messias é chama-
do por sete nomes e eles são Yinnon, Tzadikeinu [‘nossa justiça’], 
tzemach [‘rebento’], Menachem [‘Consolador’], filho de David, Shi-
loh (enviado)”. 
Elijah.’”3 . “O Messias é chamado por oito nomes tam-
bem: Yinon, Tzemach, Pele [‘Maravilhoso’], Yo’etz [‘Conselheiro 
-advogado’],Mashiach [‘Ungido’], El [‘D-us’], Gibbor [‘Forte’],e Avi 
’Ad Shalom [‘Pai da Eternidade’].”
Midrash Mishle (“Midrash sobre Provérbios”) ed. Solomon 
Buber (Vilna: 1893) “Preciso lhes dizer que a verdadeira e perfeita 
Redenção depende inteiramente de nós; pois se nós, judeus, voltar-
mos a D’us com um sincero arrependimento, seremos imediatamen-
te redimidos pelo nosso justo Mashiach (Messias)”. Rabi Menachem 
Mendel Schne”
*(http://torahlagoym.forumais.com/midrashim-estudos-f3/) 
261
Sarah Elzeny Zayit
YESHUAH NO TALMUD E NO MIDRASH 
“O Talmude cita repetidas vezes Isaías 53 como fazendo refe-
rencia ao Mashiach e comenta como se daria o seu aparecimento na 
terra de Israel.(‘Sanhedrin’ 97b, Yalkut volume II P. 53.o C e tam-
bém Shemoth R, 15-19.). 
O Talmude de Jerusalém que é datado um pouco mais de qua-
renta anos antes da destruição do Templo (que foi em 70 dC), relata 
que o Mashiach será perfurado, fato este ocorrido nos anos 30 a 32 
d.C. (Talmude de Jerusalém, ‘Sanhedrin’ Volume 24, e Talmude da 
Babilônia, ‘Sanhedrin’ capítulo 4 Fascículo 37). 
O Talmude (Yalkut Volume II p. 79d e tambem Nazir 32b) 
afirma que o Mashiach seria morto antes da destruição do Templo 
que aconteceu em 70 dC, segundo a profecia de Daniel (9:24-27). 
O Servo sofredor de Isaias. O Filho de Deus seria crucifica-
do. Salmo 2 diz: “Tu és meu Filho...” . 
No Midrash diz: “Quando conectamos o Salmo 110 com II 
Samuel 16:1 e Isaías 53, diz: “Se eu encontrar o Filho do Rei, vou 
crucificá-lo com uma morte cruel”. (p. 5a da Edição de Varsóvia; 
e Yalkut (SP) Volume II p. 90a.). O Talmude realmente diz que o 
Mashiach seria crucificado “Litzlov Oto”, “é exatamente o que diz, 
‘crucificarei’”. 
E Zacarias (12.10): “Derramarei o espírito de graça e de 
súplicas; olharão para Mim a quem traspassaram; pranteá-lo-ão 
como quem pranteia por um unigênito”.
O Midrash diz que O Mashiach já veio. O Midrash sobre o 
texto de Jeremias (31:8), o mesmo que Isaías 53. “Todos os limites 
de tempo no que se refere a chegada do Mashiach são passados”. – 
(‘Sanhedrin’ 96-99).
O Talmude afirma claramente que o Mashiach já tinha che-
gado. Midrash Bresheit, sobre Genesis (Rabbah, p. 24b da Edição 
de Varsóvia). “Seu próprio sistema diz que o Mashiach teve que vir 
em 33 dC.”
Um novo pacto. Midrash sobre Salmo 7, (p. 5a edição da Var-
262
Israel - Cumprindo Profecias
sóvia), diz: “Deus vai falar através do Mashiach para fazer um 
novo pacto”. *(Extraido de: http://www.comunidadedeisrael.com.br/estu-
dos.html)
A pedra rejeitada. No Talmude existe a afirmação de que 
a pedra cortada sem mãos, em Daniel (2:44,-45) é o Mashiach. 
“Então ele vos será por santuário; mas servirá de pedra de tropeço, 
e rocha de escândalo, às duas casas de Israel; por armadilha e laço 
aos moradores de Jerusalém.”. (Isaias 8:14). “A pedra [Yeshuah] que 
os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina.” ( Salmos 
118:21-22). 
Hillel Rabbah e Rambam Moshe Maimonides, um dos 
maiores rabinos, confirmou a aparição de Yeshuah o Mashiach 
em 30 dC.
DOCUMENTOS, EXTRA BÍBLICO, ESCRITOS POR 
AUTORIDADES DA ÉPOCA DE YESHUAH (JESUS) SO-
BRE A PESSOA DELE.
• Flavio Josefo, grande e mui conhecido historiador judeu do 
primeiro século, escreveu em “Antiguidades dos Judeus”:
“Agora havia nesse tempo Yeshuah (Jesus), um homem sábio, 
se for legal chamá-lo um homem; porque ele era um feitor de obras 
maravilhosas, mestre de tais homens que recebem a verdade com 
prazer. Ele atraiu para si ambos, muitos judeus e muitos gentios. Ele 
era o Messias. E quando Pilatos, à sugestão dos principais homens 
entre nós, o tinha condenado à cruz, esses que o amaram primeira-
mente não o abandonaram; pois ele lhes apareceu vivo novamente 
no terceiro dia, como os profetas divinos tinham predito estas e dez 
mil outras coisas maravilhosas relativas a Ele. E a tribo de cristãos, 
assim denominada, não está extinta neste dia”. 
* (“Antiguidades dos Judeus”. Flavio Josefo -livro 18º,. capitulo 4:772). 
263
Sarah Elzeny Zayit
Entre várias personalidades da Roma antiga estão Públius 
Lêntulllus, Pôncio Pilatos e Cornélio Tácito que deixaram escri-
tos sobre a presença De Yeshuah na Galiléia. O historiador Titus 
Livius viveu no tempo de Lêntullus e de Pilatos e deixou registros 
sobre seus atos. 
• A Epístola de Publius Lentullus (Públio Lêntulo) ao Senado.
Esta descrição foi retirada de um manuscrito da biblioteca 
de Lord Kelly, anteriormente copiadade uma carta original de 
Públio Lêntulo em Roma. Era costume dos governadores roma-
nos relatar ao Senado e ao povo coisas que ocorriam em suas res-
pectivas províncias no tempo do imperador Tibério César. Públio 
Lêntulo, que governou a Judéia antes de Pôncio Pilatos, escre-
veu a seguinte epístola ao Senado relativo ao Nazareno chamado 
Yeshuah (Jesus), no princípio das pregações:
“Apareceu nestes nossos dias um homem, da nação Judia, de 
grande virtude, chamado Yeshuah, que ainda vive entre nós, que 
pelos gentios é aceito como um profeta de verdade, mas os seus 
próprios discípulos chamam-lhe o Filho de Deus - Ele ressuscita o 
morto e cura toda a sorte de doenças. Um homem de estatura um 
pouco alta, e gracioso, com semblante muito reverente, e os que o 
vêem podem amá-lo e temê-lo; seu cabelo é castanho, cheio, liso até 
as orelhas, ondulado até os ombros onde é mais claro. No meio da 
cabeça os cabelos são divididos, conforme o costume dos Nazarenos. 
A testa é lisa e delicada; a face sem manchas ou rugas, e avermelha-
da; o nariz e a boca não podem ser repreendidos; a barba é espessa, 
da cor dos cabelos, não muito longa, mas bifurcada; a aparência é 
inocente e madura; seus olhos são acinzentados, claros, e espertos - 
reprovando a hipocrisia, ele é terrível; admoestando, é cortês e justo; 
conversando é agradável, com seriedade. Não se pode lembrar de 
alguém tê-lo visto rir, mas muitos o viram lamentar. A proporção 
do corpo é mais que excelente; suas mãos e braços são delicados 
ao ver. Falando, é muito temperado, modesto, e sábio. Um homem, 
264
Israel - Cumprindo Profecias
pela sua beleza singular, ultrapassa os filhos dos homens”. 
*(http://www.ihaystack.com e http://www.dominiopublico.gov.br.)
• A carta de Pontius Pilate (Pôncio Pilatos) para Tiberius 
César (Tibério César)
Esse é um reimpresso de uma carta de Pôncio Pilatos para 
Tibério César que descreve a aparência física de Yeshuah. (As cópias 
estão na Biblioteca Congressional em Washington. É bem provável 
que tenha sido escrita nos dias que antecederam a crucificação). 
Para Tibério César: “Um jovem homem apareceu na Galiléia 
que prega com humilde unção, uma nova lei no nome do Deus que 
o teria enviado. No princípio estava temendo que seu desígnio fosse 
incitar as pessoas contra os romanos, mas meus temores foram logo 
dispersados. Yeshuah de Nazaré falava mais como um amigo dos ro-
manos do que dos judeus. Um dia observava no meio de um grupo 
um homem jovem que estava encostado numa árvore, para onde cal-
mamente se dirigia a multidão. Falaram-me que era Yeshuah. Este eu 
pude facilmente ter identificado tão grande era a diferença entre ele e 
os que estavam lhe escutando. Os seus cabelos e barba de cor dourada 
davam a sua aparência um aspecto celestial. Ele aparentava aproxima-
damente 30 anos de idade. Nunca havia visto um semblante mais doce 
ou mais sereno. Que contraste entre ele e seus portadores com as barbas 
pretas e cútis morenas! Pouco disposto a lhe interromper com a minha 
presença, continuei meu passeio mas fiz sinal ao meu secretário para se 
juntar ao grupo e escutar. Depois, meu secretário informou nunca ter 
visto nos trabalhos de todos os filósofos qualquer coisa comparada aos 
ensinos de Yeshuah. Ele me contou que Yeshuah não era nem sedicioso 
nem rebelde, assim nós lhe estendemos a nossa proteção. Ele era livre 
para agir, falar, ajuntar e enviar as pessoas. Essa liberdade ilimitada 
irritou os judeus, não o pobre mas o rico e poderoso. 
Depois, escrevi a Yeshuah lhe pedindo uma entrevista no Pre-
torium. Ele veio. Quando o Nazareno apareceu, eu estava em meu 
passeio matutino e ao deparar com ele meus pés pareciam estar pre-
265
Sarah Elzeny Zayit
sos por uma mão de ferro no pavimento de mármore e tremi em 
cada membro como um réu culpado, entretanto ele estava tranqui-
lo. Durante algum tempo permaneci admirando este homem extra-
ordinário. Não havia nada nele que fosse rejeitável, nem no seu 
caráter, contudo eu sentia temor na sua presença. Eu lhe falei que 
havia uma simplicidade magnética sobre si e que a sua personali-
dade o elevava bem acima dos filósofos e professores dos seus dias.
Agora, ó nobre soberano, estes são os fatos relativos a Yeshuah 
de Nazaré e eu levei tempo para lhe escrever em detalhes estes as-
suntos. Eu digo que tal homem que podia converter água em vi-
nho, transformar morte em vida, doença em saúde; tranquilizar os 
mares tempestuosos, não é culpado de qualquer ofensa criminal e 
como outros têm dito, nós temos que concordar - verdadeiramente 
este é o Filho de Deus. Seu criado mais obediente, Pôncio Pilatos”. 
*(http://www.ihaystack.com e http://www.dominiopublico.gov.br.)
• O Volume Archko”
Outra descrição de Yeshuah foi encontrada em “O Volume 
Archko” que contém documentos de tribunais oficiais dos dias de 
Yeshuah . Esta informação confirma que Ele veio de segmentos 
raciais que tiveram olhos azuis (acinzentados) e cabelos dourados 
(castanhos claros). No capítulo intitulado “A Entrevista de Gama-
liel” está declarado relativo ao aparecimento de Yeshuah:
“Eu lhe pedi que descrevesse essa pessoa para mim, de forma 
que pudesse reconhecê-lo caso o encontrasse. Ele disse: ‘Se você o en-
contrar [Yeshuah] você o reconhecerá. Enquanto ele for nada mais 
que um homem, há algo sobre ele que o distingue de qualquer outro 
homem. Ele é a ”cara da sua mãe”, só não tem a face lisa e redonda. 
O seu cabelo é um pouco mais dourado que o seu, entretanto é mais 
queimado de sol do que qualquer outra coisa. Ele é alto, e os ombros 
são um pouco inclinados; o semblante é magro e de uma aparência 
morena, por causa da exposição ao sol. Os olhos são grandes e suave-
mente azuis, e bastante lerdos e concentrados...’. Este judeu [Nazare-
266
Israel - Cumprindo Profecias
no] está convencido ser o messias do mundo. [...] esta é a mesma pes-
soa que nasceu da virgem em Belém há uns vinte e seis anos atrás...” 
* (O Volume de Archko, traduzido pelos Drs. McIntosh e Twyman do An-
tiquário Lodge, em Genoa, Itália, a partir dos manuscritos em Constantinopla e 
dos registros do Sumário do Senado levado do Vaticano em Roma (1896) 92-93). 
*(http://www.ihaystack.com e http://www.dominiopublico.gov.br.)
• Cornélio Tácito. Foi um historiador romano que viveu en-
tre aproximadamente 56 e 120 DC. Christus: Anais 15.44.2-8
“Nero fixou a culpa, e infligiu as torturas mais primorosas 
em uma classe odiada para as suas abominações, chamados pela 
plebe de cristãos. Cristo, de quem o nome teve sua origem, sofreu 
a máxima penalidade durante o reinado de Tibério às mãos de um 
de nossos procuradores, Pôncio Pilatos, e uma superstição mais 
danosa, assim conferidas para o momento, novamente falida não 
só na Judéia, a primeira fonte do mal, mas até mesmo em Roma” 
*(http://www.ihaystack.com e http://www.dominiopublico.gov.br.)
A FÉ CRISTÃ NO MASHIACH
Os cristãos acreditam que Yeshuah já veio como Messias 
Sofredor, (Isaias 53) e voltará como Rei Vencedor e sentará no 
trono de David. E “olho a olho verão quando o Senhor voltar a 
Sião” (Isaias 52:8). Em João 20:7 - diz que quando Yeshuah res-
suscitou, aquele lenço que foi colocado sobre a face Dele, não foi 
apenas deixado de lado com os lençóis no túmulo, mas foi cuida-
dosamente enrolado e colocado em um lugar a parte.
Na tradição Hebraica daquela época, o lenço dobrado tinha 
um significado: A mesa de refeição era colocada para o Amo. Se o 
Amo tivesse terminado a refeição, ele se levantaria, limparia seus de-
dos, sua boca e limparia sua barba e deixaria seu lenço de qualquer 
maneira amassado sobre a mesa, pois o lenço amassado queria dizer: 
“Eu terminei”. Todavia, se o Amo se levantasse e deixasse o lenço 
dobrado ou enrolado ao lado do prato, queria dizer: “Eu voltarei!”
267
Sarah Elzeny Zayit
RECENTE REVELAÇÃO SOBRE O NOME DO 
MASHIACH (MESSIAS)
O Rebe de Lubavitch, Menachem Mendel Schneerson, funda-
dor do movimento Beit Chabad, famoso em todo o mundo, Profe-
tizou sobre situações mundiais; as quemais repercutiram foram a 
abertura da Cortina de Ferro, com a emigração maciça de judeus 
soviéticos para Israel, ao alertar o governo israelense para a cons-
trução de casas e condições de emprego para estes judeus. E isto 
aconteceu numa época em que tal possibilidade era impensável.
Outra previsão fantástica: durante a Guerra do Golfo, em 
1991, o Rebe foi o único a dizer que aquela guerra não atingiria o 
povo judeu, declarando que as máscaras de gás não seriam neces-
sárias. Ele declarava isso enfaticamente mesmo durante o contínuo 
bombardeio de scuds sobre Israel, ele afirmava: “Israel é o lugar 
mais seguro do mundo.” Também profetizou a fantástica vitória 
dada por Adonai a Israel na guerra dos seis dias. Ele disse: “Israel 
não está em grande perigo. Está no limiar de uma grande vitória. 
Com a ajuda do Todo Poderoso, este mês será uma época de grandes 
milagres para a nação judaica”. Conscientizou sobre a iminente 
vinda do Mashiach (Messias) e da importância de “recepcioná-lo” 
apropriadamente, principalmente através de um estudo intensivo 
dos assuntos relativos à era messiânica, contidos na Torá, Talmud, e 
outras fontes judaicas, como no código de leis de Maimônides.
Profetizou que O Rabino Ytzchak Kaduri, seu amigo e com-
panheiro, não morreria sem ter se encontrado com O Mashiach 
(messias) de Israel.
O Rabino Ytzchak Kaduri, famoso Tzadik (Justo) considerado 
por todo o mundo judaico, como um dos maiores sábios da Torah e 
do Talmude de nossa época, numa entrevista exclusiva ao noticiário 
israelense NFC (News First Class) no princípio de novembro de 2005, 
disse que após anos de estudo dos textos sagrados, em jejum e oração, 
buscando saber sobre a natureza, função e caráter do Messias, ele 
havia se encontrado com o Mashiach Ben David (Messias filho de 
268
Israel - Cumprindo Profecias
David), cumprindo assim a profecia do Rebe de Lubavitch, Kaduri 
declarou que tinha tido um “encontro cara a cara” com o Messias, e 
que este lhe havia dito que viria logo e lhe revelou Seu Nome.
Kaduri, o rabino cabalista mais antigo de Israel, faleceu em 
28/1/2006 aos 105 anos de idade. Cerca de 300 mil pessoas foram ao 
seu funeral. Quando estava próximo de sua morte, Kaduri deixou por 
escrito uma nota que revelava O Nome do Mashiach (Messias) e que (a 
seu pedido) esta só foi aberta um ano após sua morte. Kaduri disse que 
muitos já conheciam O Nome do Messias, mas não acreditavam Nele.
Em fevereiro de 2007, após um ano de sua morte, foi revelado 
o conteúdo do tão esperado bilhete. 
Esse bilhete diz: “Ele levantará Seu povo e confirmará que 
Sua Palavra e Sua Lei prevalecem”. Reishei-Tivot é o termo que 
os judeus cabalistas utilizam para declarar o nome de alguém de 
maneira “codificada” e consiste em tomar a primeira letra de cada 
palavra em uma oração. Neste caso o rabino Kaduri usou a frase 
acima, que em língua hebraica forma a palavra “Yeshuah”. Isso de-
clarava que O Nome Do Messias é Yeshuah. Esse Rabino além de 
sua invejável sabedoria a respeito dos textos sagrados, ele também 
foi conhecido por vários milagres que aconteceram por suas orações 
e por suas profecias que se cumpriram. Dentre elas ele profetizou 
sobre o Tsunami em 2005, e sobre a luta (em 2007) entre o Hamas e 
o Fatah (a qual se cumpriu um ano após a sua morte).
*(www.kaduri.net)
Por tudo isso entendemos que, tanto judeus como cristãos 
esperam o mesmo Mashiach (Messias)! 
*Nota: O nome Dele é Yeshuah. “ישוע” Lembrando-nos de que Ele é judeu 
hebreu e Seu Nome é hebreu. Jesus é apenas uma tradução em português de Seu 
verdadeiro Nome. 
269
O termo “sionismo” que vem da palavra “Sion” “Sião”, foi 
usado pela primeira vez, pelo escritor judeu Nathan Birnbaum 
em uma revista hebraica, em 1890. Sionismo (Tsiyonut) é um mo-
vimento que defende o direito da existência do Estado nacional 
judaico independente e soberano, no território do antigo reino 
de Israel: Eretz Israel (terra de Israel). Defende a manutenção da 
identidade judaica e o retorno de todos os judeus a Israel.
Sionismo é tudo que envolve o retorno do povo judeu a Sião 
cumprindo o propósito Divino. O Profeta Oséias (3:4-5) escreveu 
que os filhos de Israel estariam muito tempo sem rei, sem sacrifí-
cio, mas que no fim dos dias eles voltariam e temeriam O Eterno.
Sionismo faz parte do plano divino no final dos tempos. É 
o cumprimento das profecias e o desfecho de toda a história da 
salvação. Adonai é quem move o sionismo, pois Seu grande pro-
pósito é muito claro em relação a terra e ao povo: “Assim diz o 
Senhor Deus, que congrega os dispersos de Israel: Ainda con-
gregarei outros aos que já se acham reunidos” (Isaias 56.8). Isso 
significa que os judeus que ainda se encontram espalhados pelos 
países do mundo voltarão a seu lar, Israel.
Por crer firmemente nas promessas de Adonai, nas profe-
cias bíblicas, é que a saudade por Sião é imensa, e o anelo por 
Sionismo
270
Israel - Cumprindo Profecias
ela. No início de cada novo dia, todo judeu ora a Deus e pede 
misericórdia para com Jerusalém, Sião, a morada de Sua glória, 
e, que todos os judeus possam voltar para sua terra. O Próprio 
Deus coloca no coração de Seu povo essa paixão por Jerusalém, 
por Sião, uma saudade profunda e um anseio pelo Eterno, pelo 
Messias e pela salvação de Israel.
O cristão deve ser sionista. A Bíblia diz: “Tzion (Sião) será 
edificada em cima de seus escombros, em seu próprio lugar” (Je-
remias 30:18 a 22). “Os resgatados do Senhor voltarão e virão a 
Sião com cânticos de júbilo; alegria eterna coroará sua cabeça; 
gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido 
“(Isaias 35.10)...”.E habitarão na sua terra” . (Jeremias 23.8). 
Interessante nota da revista “Noticias de Israel”:
“Sionistas cristãos são pessoas que:
- Crêem no Judeu, Yeshuah HaMashiach (Jesus O Messias).
Têm raízes espirituais inseparavelmente ligadas com o povo de Israel. 
- Promovem e incentivam a volta do povo judeu a Sião com 
todos os meios disponíveis (oração, recursos, diálogo).
- Amam e visitam Jerusalém e a terra de Israel (Sião), para 
aprofundarem a sua fé e sua relação com Israel. 
- Empenham-se pelo direito à existência do povo e da terra de 
Israel entre o Mediterrâneo e o Jordão e demonstram amor e solida-
riedade para com pessoas judias (Isaias 62.1-4). 
- Usam a estrela de Davi como sinal de reconhecimento e so-
lidariedade para com Israel. 
 Somos desafiados hoje a nos posicionarmos de maneira 
inequívoca ao lado da vontade de Deus e de Seu plano, e de sermos 
fiéis a Israel, Seu povo escolhido – até que, de Sião, venha o Messias 
e Salvador: Yeshuah HaMashiach (Jesus O Messias).! Então “... o 
Senhor ainda consolará a Sião!” (Zacarias 1.17).
* (Revista Notícias de Israel, janeiro de 1998)
271
Sarah Elzeny Zayit
TEOLOGIA DA SUBSTITUIÇÃO
DEUS SOMA E NÃO SUBSTITUI. “De ambos os povos Ele 
fez UM”!. (Efésios 2:11 a 19). Ele não exclui nenhum, mas os uniu. 
Existe uma errônea doutrina chamada “Teologia da substituição”, 
que muitos males tem causado ao povo judeu, e a própria Igreja 
que ao longo dos séculos, tem se desviado da verdadeira Igreja 
primitiva e dos princípios bíblicos. 
No IV século quando Constantino, que se dizia protegido 
do deus Hercules, do deus Sol-invcto, e que no dia anterior a sua 
morte ainda ofereceu sacrifício a Zeus, esse pagão com capa de 
cristão, uniu o Estado a Igreja, e trouxe muitos lideres pagãos 
(como ele) trazendo paganismo e o sincretismo religioso para 
dentro da Igreja. Esses líderes pagãos decidiam o credo dos con-
cílios. 
O concílio de Nicéia em 325 d.C.,ditou um credo, que den-
tre outros pontos, criou a teologia da substituição de Israel pela 
igreja, e Roma, a mãe das prostituições abomináveis, que está 
sentada sobre sete montes e embriagada com sangue dos santos 
(Apocalipse 17:1 a 9), passou a ser o centro da igreja, se desvincu-
lando de uma vez por todas de Jerusalém, a cidade escolhida de 
Deus(I Reis 11:36). A teologia da substituição não foi nada mais 
que uma substituição

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