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O papel utilizado neste livro é biodegradável e renovável. Provém de florestas plantadas que dão emprego a milhares de brasileiros e combatem o efeito estufa, pois absorvem gás carbônico durante o seu crescimento! A tinta utilizada na impressão das páginas é à base de soja, cujo componente é renovável e atóxico que não degrada o meio ambiente. 1ª Edição Campo Grande - MS - Brasil 2016 Coordenação Editorial Valter Jeronymo Assistente de coordenação Sheila Radich - CRB1 2208 Projeto Gráfico Diagramação e Capa Life Editora Revisão Sarah Elzeny Zayit Impressão e Acabamento Life Digital Direitos Autorais reservados de acordo com a Lei 9.610/98 Copyright © by Sarah Elzeny Zayit Proibida a reprodução total ou parcial, sejam quais forem os meios ou sistemas, sem prévia autorização da autora. Israel - Cumprindo Profecias / Sarah Elzeny Zayit – Campo Grande, MS: Life Editora, 2016. 352p. : 21 cm ISBN 978-85-8150-297-7 1. Israel 2. Profecias I. Título CDD - 230 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Zayit, Sarah Elzeny Life Editora Rua Gen. Lima de Figueiredo, 131 - Santo Antonio CEP: 79.100-280 - Campo Grande - MS Fones: (67) 3028-5548 - Cel.: (67) 9297-4890 life.editora@gmail.com • www.lifeeditora.com.br Adonai escolheu uma terra (Israel) e um povo (hebreu) e a eles fez promessas, para provar, após milênios, a veracidade de Sua Palavra. Embora uma grande parte das profecias bíblicas sobre Israel seja referente ao tempo do “Reino universal do Mashiach (Messias)”, muitas delas já estão começando a se cumprir, como um palco de preparação para os dias da redenção. E outras são para este tempo de transição, para que entendamos que Adonai age hoje com Seu povo como nos tempos bíblicos e o que Ele falou sobre a Terra e o povo de Israel é literal e neles mostra ao mundo que Ele é O Único Deus. Agradecimentos Agradeço Ao Eterno Nosso Deus: Pela honra de conhecê-Lo, e pela Sua Palavra, a nós outor- gada no Sinai. Por conceder-me vida e saúde e dar-me o privilegio de viver na Terra da Bíblia e assim proporcionar-me condições de fazer esta obra; Por ter me dado um esposo que me apóia e que me incenti- vou e me apoiou nesta obra; Por ter-me concedido: filhos, netos, genro, nora e irmãos e toda minha família que ama e teme ao Eterno e que é verdadeira bênção em minha vida; Pela bênção dos pais e avós que tive, porque foram exem- plos de fé e vida dedicada Ao Eterno. Por ter levantado um grupo de intercessores, que está a nos- sa retaguarda, nos cobrindo de orações todos os dias. Pelos amigos que Ele nos deu em Eretz Israel Exaltado e santificado seja O Seu grande Nome “Yitgadal veyitcadash Shem rabá”. Sumário Nota da Autora .................................................................................... 11 Introdução........................................................................................... 13 1ª PARTE - A TERRA DE ISRAEL ..................................................... 17 Adonai elegeu Jerusalem........................................................................26 Visão Profética sobre Israel - Promessas que se cumprem hoje na terra que emana leite e mel................................................................................... 51 Israel é a Terra da Bíblia.......................................................................87 Povo e a Terra no Contexto Profético ................................................... 99 2ª PARTE - A NAÇÃO DE ISRAEL....................................................105 Congresso Sionista da Basiléia ........................................................... 113 O Dia em que Israel Renasceu ............................................................ 117 Independência do Estado de Israel...................................................... 121 Símbolos de Israel.............................................................................. 129 3ª PARTE - O POVO DE ISRAEL......................................................151 Aliyah Física – Promessa......................................................................161 Aliah espiritual – Conserto com Adonai..............................................177 Costumes e Festas Judaicas..................................................................185 Fundamentos da Fé Judaica.................................................................217 Preceitos Bíblicos Judaicos..................................................................235 A Fé Judaica no Mashiach (Messias).....................................................251 Sionismo ........................................................................................... 269 Porque Amar o Povo Judeu................................................................. 281 Abençoe Israel!.................................................................................. 287 4ª PARTE - O DEUS DE ISRAEL.......................................................291 Epílogo .............................................................................................. 331 Glossário ........................................................................................... 337 Obras Consultadas............................................................................. 341 Álbum de Fotos.................................................................................. 343 Nota da Autora Esta obra nasceu a partir do desejo de que todo aquele que acredita na veracidade Bíblica (Tanach) pudesse, de alguma for- ma, passar pela Terra Santa e entender melhor como, em que cir- cunstancia e lugar, foram escritos os textos sagrados. Vivenciar e alegrar-se no cumprimento das profecias Bíblicas, entendendo melhor o povo judeu em seu contexto, seus símbolos e sua fé; bem como a escolha do povo e da terra, por Adonai. Ilustrando com dezenas de fotos e com documentários, pre- tende enfatizar a verdade da Palavra de Adonai sobre o povo e a terra de Israel. E dizer sobre a cultura e costumes judaicos; a formação do Estado de Israel (um Estado Judeu); do chamado de Adonai para esse povo, agora, como nos tempos bíblicos e das festas bíblicas comemoradas em Israel. Enfocar o antigo e o moderno Israel, à luz das Escrituras Sagradas. Meu desejo é, com ajuda Do Eterno, que esta obra possa tornar mais claro e vívido os milagres que ainda hoje acontecem com o povo judeu na Terra Santa, e o propósito e cuidado especi- fico de Adonai para com o povo que escolheu com um propósito também especifico, hoje, como nos tempos antigos, em perfeita sintonia com as Sagradas Escrituras. E que assim, sirva de benção e de crescimento espiritual a todos que a lerem. Agradecendo e pedindo a benção Do Todo Poderoso: Ao Eterno, toda a gloria! “Kol haKavod le Baruch Hu” 13 Era uma tarde fria de inverno, o sol se escondia atrás da “Ci- dade de Ouro”. Jamais poderei esquecer-me! Estávamos dentro de um ônibus de turismo e ouvíamos uma musica que diz: “Dormindo em meu leito... em sonho encantador, eu vi Jeru- salém e o templo Do Senhor, ouvi cantar crianças, e entre seu cantar, rompeu a voz dos anjos, do céu a proclamar: Jerusalém! Jerusalém! O dia está a raiar, Hosanas! nas alturas, Hosanas! Ao Nosso Deus!” Quanto mais nos aproximávamos da cidade dourada, o som se intensificava misturando-se com vozes de glorificação, louvor, exaltação e adoração Ao Eterno; entre lágrimas, dos que como eu, agradecia a Adonai por poder entrar pela primeira vez em Jerusalém. Chegamos ao Monte das Oliveiras, para brindar a entrada na cidade. Fomos a um mirante, e ali estava diante de nossos olhos, a cidade Do Grande Rei; Do Rei dos Reis e Senhor dos senhores, onde Ele colocará Seu trono e de onde reinará sobre toda a terra. Podíamos contemplar Jerusalém rodeada pelos Montes; suas mu- ralhas iluminadas dando aspecto dourado; os portõesda Cidade Antiga; o Portão Dourado por onde Jesus (Yeshuah) entrava com seus discípulos para ir ao Templo. Sentíamos um aroma especial Introdução 14 Israel - Cumprindo Profecias que só existe em Jerusalém o qual transportamos dentro de nos- sas malas, em nossas roupas, quando retornamos a nosso lugar de origem. Por muito tempo sentimos esse aroma. Os últimos raios de sol misturavam-se com as luzes da cida- de que cintilava e a deixava ainda mais deslumbrante. Não exis- tem palavras para descrever tal era o sentimento de emoção e de gratidão Ao Eterno. Era impossível ver aquele quadro de olhos enxutos. Jerusalém é impar. Nenhuma outra cidade no mundo possui as características dela. Quando entramos na cidade pela primeira vez, temos a impressão de que somos de lá. E quando saímos sentimos saudade tamanha, com se fosse o lugar em que nascemos. É indescritível o amor e a paz que sentimos naquele lugar. Só então entendemos o significado de seu nome Jerusalém (em hebraico: Yerushalayim) “cidade da paz” Cumprindo a profecia de Isaias (66:12). Adonai diz: “Porei sobre ela (Jerusalém) a paz como um rio e a glória das nações como um ribeiro que transbor- da”. “É possível sentir mui perto a presença Daquele que disse: Escolhi e santifiquei este lugar, e (aqui) colocarei o Meu Nome, os Meus olhos e o Meu coração todos os dias (II Crônicas 7:16). Como isso é verdade! Temos ouvido constantemente turistas de muitos lugares do mundo dizerem: “Que indescritível paz possui este lugar”. Lembrávamo-nos daqueles nossos irmãos hebreus que foram tirados a força de Jerusalém e levados cativos por muito tempo, e não conseguiam mais cantar, tal era a tristeza de seus corações, por estar distante de Jerusalém. Mas Adonai os trouxe de volta e quando chegaram, e puseram seus pés no lugar onde agora estávamos, e puderam contemplar Jerusalém, como agora contemplávamos, eles diziam: “Estamos como que sonhando! En- tão suas bocas se encheram de risos e suas línguas de cânticos e catavam: grandes coisas O Eterno fez por nós e por isso estamos alegres!” (Salmos 126). Exatamente assim nos sentíamos; era uma 15 Sarah Elzeny Zayit mistura de risos e lágrimas enquanto nos abraçávamos. Essa foi à primeira de muitas vezes. Pois a partir daí, Uma vez por ano vínhamos a Israel e subíamos a Jerusalém. Agora, já há vários anos, vivemos aqui há poucos quilômetros de Jerusa- lém, e pela graça de Adonai podemos subir quase toda semana para adorá-Lo na cidade dourada. “Regozijai-vos com Jerusalém, e Alegrai-vos com ela vós to- dos que a amais. Encham-vos por ela de alegria, todos os que por ela pranteastes... vos farteis nos seios de suas consolações e vos deleiteis com o resplendor de sua glória” (Isaias 66:10 e 11) 17 Tiberíades - Galiléia Qual a importância da Terra de Israel? O Mundo inteiro está olhando para a Terra de Israel tam- bém chamada de Canaã. Milhares de pessoas arriscam palpites sobre: “De quem é a Terra”. Pregadores e conferencistas dizem constantemente, que Israel é o relógio de Adonai. Qualquer noti- cia sobre Israel move o mundo. 1ª PARTE - A TERRA DE ISRAEL 18 Israel - Cumprindo Profecias Porque todo esse interesse por uma terra tão pequenina, cujos nomes de suas cidades estão escritos no mar, por falta de espaço dentro do mapa pra escrever o nome delas, por ser tão diminuto o espaço que Israel ocupa no Mapa Mundi. Que há de tão especial nessa Terra? Apesar de pequeno, Israel é um País com tanta diversificação. Tem ao oeste o Mar Mediterrâneo, ao sul tem O mar Vermelho, ao leste Mar Morto, e ao Norte o Mar Galiléia. Possui o deposito sedimentar mais rico do mundo. Tem desertos, Montes e vales férteis; montanhas de cloreto de sódio; sítios arqueológicos de cidades de mais de qua- tro mil anos e cidades modernas. É uma maravilhosa mescla do antigo com o novo. Há em Eretz Israel (Terra de Israel) todo o tipo de água, terra, flora, fauna que há em todo o mundo. É como um protótipo do mundo. Está localizado no ponto de encontro do norte e do sul; do oriente e do ocidente; no encontro da Europa, Ásia e África. Mas não é tudo isso que torna Eretz Israel (Terra de Israel) tão especial. O que a distingue de qualquer outro lugar no mun- do é a escolha Do Eterno. Adonai a escolheu e disse que essa pequenina Terra é a glo- ria de todas as terras (Ezequiel 20:6): “Eu O Eterno vosso Deus, levantei minha mão (jurei) a eles (ao povo de Israel), para tirá-los do Egito e levá-los a uma Terra que Eu escolhi para eles; Terra que emana leite e mel e que é a gloria de todas as terras”. 19 Sarah Elzeny Zayit DE QUEM É A TERRA? O Tanach, (a Bíblia), responde de quem é a terra: “E falou o Eterno a Moshê (Moisés): fala aos filhos de Israel... quando vierdes ‘a terra que Eu vos dou,... a terra não será vendida em perpetuidade, porque Minha é a Terra e vos sois moradores para Mim”. (Levítico 25:1, 2 e 23). Cumprindo essa Palavra, hoje em Israel não se passa escritura definitiva de uma propriedade, somente autorização de uso, porque a terra é de Adonai. Nesse texto e muitos outros, Adonai fala enfaticamente: “Minha é a Terra”. E Ele continua dizendo que nós somos mora- dores na terra Dele e que moramos pra Ele! Pense: Que privilegio! Morar para Adonai, na Terra de Adonai, por causa Dele! E Para servi-Lo! Adonai adverte: “Falei contra o resto das nações... Que se apropriaram da “Minha Terra””. (Ezequiel 36.5) “Veio um povo poderoso contra a “Minha Terra”!...”(Joel 1.6). “O Senhor Deus terá zelo de “Sua Terra” e se compadecerá de Seu Povo” (Joel 2:18). “Congregarei todas as nações no vale de Josafá e ali entrarei em juízo contra as nações por causa do Meu povo, a minha herança Israel a quem eles espalharam entre as nações, repartindo a “Minha Terra” entre si”. (Joel 3:2). E O salmista disse: “Tu oh Eterno, te compadeceste da “Tua Terra” e fizeste retornar os cativos de Yacov (Jacó) (Salmo 95:1)”. A terra é única e exclusivamente de Adonai que a criou, escolheu e a sustenta. O Eterno Criador em Sua soberania, a dá a quem quer dar, segundo Seu santo propósito, e para fazer cum- prir os Seus desígnios. Ele é Deus e não necessita do conselho dos homens para decidir o que fazer. 20 Israel - Cumprindo Profecias A QUEM ADONAI PROMETEU A TERRA? Disse O Eterno: “Esta terra Eu darei a ti, e à tua descendên- cia para sempre”. Adonai chamou a Avraham (Abraão), para sair de uma terra idólatra, para servir e adorar somente a Ele, como único Deus verdadeiro; e em premio por isso lhe prometeu como herança, a ele e a sua descendência, uma terra que emana leite e mel. O Eterno colocou a Avraham como pai de uma grande na- ção e a partir daí ele passou ser conhecido como “O Patriarca Avraham”. Na aliança Patriarcal com Avraham (Abraão), Deus se com- prometeu dar aos descendentes Ytzaque (Isaque) e Yacov (Jacó), a terra de Canaã, como herança eterna. E essa eterna aliança divina, foi selada com uma promessa de ADONAI, sobre a Terra. A terra é, portanto, o selo de uma aliança eterna, de Adonai com Seu povo Israel. Promessa essa, (da terra a Israel como posse eterna), que Adonai repetiu muitas vezes aos patriarcas: Abraão (Avraham) e a seu filho Isaque (Ytzaque) e depois a seu neto Jacó (Yacov) ao qual Adonai lhe mudara o nome para Israel (Gênesis 35:10). Adonai disse a Moshê (Moises): “Eu Me fiz ver por Avraham (Abraão), por Ytzaque (Isaque) por Yacov (Jacó) como Deus Todo- -Poderoso...” “e também estabeleci a Minha Aliança com eles para dar-lhes a terra de Canaã” (não outra). (Êxodo 6:4). ”A terra de suas peregrinações, na qual foram peregrinos. E eu vos levarei a terra, acerca da qual levantei a Minha mão (jurei) para dá-la a Abraão, a Isaque e a Jacó, e dá-la-ei a vós por herança, Eu O Se- nhor” (Êxodo 6: 8). Adonai fala de aliança, de pacto inviolável e eterno, como Ele é Eterno! Promessa a Avraham (Abraão). Quando Abraão (Avraham)saiu de Ur dos Caldeus, em direção a Canaã, estando em Harã, Adonai lhe disse: “Sai do meio da tua paren- 21 Sarah Elzeny Zayit tela e vai para o lugar que eu te mostrarei. Farei de ti uma grande nação e te abençoarei” (Gênesis 12:1 e 2). Estando Ele já em Siquém, O Eterno torna a dizer-lhe “Darei à tua descendência esta terra”. (Gênesis 12.7). (Siquém situa-se na região montanhosa herdada posteriormente pela tribo de Efraim, em Samaría região central de Israel). Novamente em Beit El (Betel situa-se há poucos quilôme- tros ao norte de Jerusalém) O Eterno confirma Sua promessa so- bre a terra. Ali Abraão erigiu um altar Ao Eterno. Em Canaã Adonai disse: “Ergue os olhos desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente, porque toda esta terra, Eu darei a ti e à tua descendência para sempre”. (Gênesis 13.14). E em Hebron (ao sul de Israel): “Naquele dia fez O Senhor Deus aliança com Abraão, dizendo: à tua descendência dei esta ter- ra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates” (Gênesis 15.18). Esse é o verdadeiro limite da Terra de Israel, marcado por Adonai. Promessa a Ytzaque (Isaque) (filho de Abraão) Adonai disse a Abraão: “... ouve o que Sarah te diz, porque em Isaque será chamada a tua semente”. (Gênesis 12:12 b;) O Apostolo Paulo (Rabino Shaul) diz: “Nem por serem filhos são to- dos descendência de Abraão; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência” (Romanos 9:7a 9). Deus repete a Isaque a promessa feita a Abraão, a respeito da terra, usando as mesmas palavras que usou a Abraão, confir- mando, em Isaque, a geração da promessa. Isaque foi a Guerar (sul de Israel, região da Judéia) e Adonai apareceu a ele e disse: “Peregrina nesta terra e Eu serei contigo e te abençoarei; porque a ti e a tua semente darei todas estas terras, e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão teu pai”: “E multiplicarei a tua semente como as estrelas do céu e darei à tua se- mente todas estas terras; e em tua semente serão benditas todas as nações da terra, portanto Abraão obedeceu a minha voz e guardou os 22 Israel - Cumprindo Profecias meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis”. (Gênesis 26:2-5) Em Beer Sheva (Berseba), Adonai visita Isaque e reafirma Seu pacto com ele: “E O Eterno apareceu a Isaque e disse: Eu sou o Deus de Abrão teu pai. Não temas, pois Eu estou contigo, e Eu te abençoa- rei, e farei multiplicar a tua descendência por causa de Abraão Meu servo”. (Gênesis 26:23 a 25). Isaque faz ali um altar Ao Eterno. Promessa a Jacó-Israel (neto de Abraão). A Jacó (Yacov- Israel) disse ADONAI: “A terra que dei a Abraão e a Isaque, dar-te-ei a ti...”, (Gênesis 35.12). E O Eter- no disse a Jacó em Beit El (Betel) “EU SOU O Eterno, Deus de Avraham (Abraão) teu pai, e Deus de Ytzaque (Isaque); a terra em que tu estás deitado sobre ela, a ti darei e a tua semente. (Gênesis 28:13). E disse mais: “E será a tua semente como o pó da terra, e te fortalecerás ao oeste e ao leste, ao norte e ao sul, e em ti e na tua posteridade, serão benditas todas as famílias da terra; Eis que Eu estou contigo e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra; porque não te abandonarei e Eu farei por ti, tudo o que tenho falado”. (Gênesis 28:13 a 15). EM BEIT EL, O ETERNO SELA O LUGAR DE SUA PROMESSA. Em Betel (Beit El – Casa de Deus) ADONAI reafirma sua promessa a Yacov (Jacó). (Betel foi o mesmo lugar onde Adonai já havia falado com Abraão). Esse é o lugar onde Yacov (Jacó) deitado sobre uma pedra, quando fugia de Esaú, teve a visão de uma escada que subia até os céus, e os anjos de Adonai subiam e desciam por ela. (Gênesis 28:12 a 18). A escada que Jacó sonhou, representa nossa subida ao Eter- no. A cada degrau que subimos em direção ao Todo Poderoso, vamos crucificando nossa carne. Então, vamos perdendo as for- ças humanas e ganhando forças espirituais. Quando chegamos ao 23 Sarah Elzeny Zayit topo da escada, nossa força natural já se esvaiu, e prevalece a nos- sa força espiritual. Quanto mais anulamos o desejo de nossa car- ne, mais o espírito prevalece, isto é, estamos subindo, e chegando mais perto de Adonai, e podemos ouví-Lo, sentí-Lo, conhecê-lo mais e consequentemente tomar posse de suas promessas. E nessa escalada do sonho de Jacó, O Eterno prometeu a ele e para suas gerações, aquela terra onde ele estava deitado. Jacó adorou Ao Eterno e tomou a pedra em que estava deitado, a ungiu com azeite para santificação e a colocou naquele lugar como altar Ao Eterno Nosso Deus, (gênesis 28:18 a 22) como anteriormente havia feito seu avô Abraão, quando no mesmo lugar Adonai já havia lhe falado e ele havia também edificado ali um altar ao Se- nhor (Gênesis 12:8). ‘No mesmo lugar’, (observe como O Eterno é especifico e detalhista em escolher). A construção de um altar não é apenas um lugar para o sa- crifício, mas é uma demarcação de um lugar, um território esco- lhido pelo Eterno e separado para Ele. *Nota: (O Altar era construído com pedra sobre pedra, sem ade- sivos; e essas pedras teriam que ser virgens, não talhadas, porque não se poderia bater sobre elas com bigorna ou outro instrumento qualquer: Adonai disse: “E quando fizeres pra Mim o altar de pedras, não o edificarás com pedras lavradas, para que não levantes tua ferramenta sobre ele e assim o profane. Em Mateus 24:2 Yeshuah (Jesus) fala a seus discípulos que olhassem para o templo e disse que não ficaria ali pedra sobre pedra que não fosse derribada. Porém, Yeshuah (Jesus) estava falando a respeito do altar: “Pedra sobre pedra”. Com a destruição do templo, cessou o sacrifício: não ficou “pe- dra sobre pedra”, ou seja, o altar não mais existe)”. Jacó (Yacov) após lutar com o anjo no Vale do Jaboc, e pre- valecer, Adonai lhe mudou o nome para ISRAEL. 24 Israel - Cumprindo Profecias O Eterno desvendou a Abraão, Isaque e Jacó, não apenas seus destinos individuais, mas de seus descendentes, pois segundo a pro- messa, eles fazem parte da aliança eterna. Adonai prometeu a eles que jamais se esqueceria, ou anularia Sua aliança, Seu pacto com eles. Josué, o sucessor de Moshê (Moises) que conduziu o povo de Israel a Terra Prometida, disse: “E o Eterno deu a Israel toda a terra que jurara dar aos seus pais. Nada falhou de todas as boas palavras que O Eterno havia falado à casa de Israel” (Josué 21:41 a 43). O Eterno cumpriu tudo o que disse. E O Anjo Do Eterno veio a Josué e disse as palavras Do Eterno: “Eu vos trouxe à terra que jurei a teus pais, e nunca invalidarei meu concerto convosco” (Juízes 2:1-2) Como Deus Único e Soberano, O Eterno escolheu o povo de Israel para fazer habitar (para Ele) na Terra Dele. Em Josué (22.19) diz: “Passai para a terra da possessão do Senhor, onde ha- bita o tabernáculo do Eterno”. Deus não escolheu como Sua exclusiva propriedade uma terra de grandes extensões, mas uma terra pequena (ela é menor, que o menor Estado brasileiro). E nem escolheu um povo pelo seu tamanho, Ele fala pelo profeta Isaías (41.14) do “vermezinho e do povozinho de Jacó a quem escolheu”. Deus deu a terra ao povo de Israel, não como dono, porque Ele é O Dono, mas como posse eterna, herança como selo de um pacto eterno. Essa pequenina terra de Israel, onde ideais eternos foram concebidos, e que há mais de 4000 anos, foi prometida Abraão, a Isaque e a Jacó, Ela é de DEUS! E só Ele tem o direito de dar a quem Ele quiser. O salmo 135:12 diz: “E deu a SUA TERRA, em heran- ça, a Israel Seu povo”. Diz ainda: “O pacto que O Eterno fez com Abraão, Seu juramento a Isaque, o qual confirmou a Jacó como Lei imutável e a Israel como aliança eterna, proclamando: A ti darei a terra de Canaã, quinhão de tua eterna herança” (Salmo 105:8-10). O Deus Eterno, Criador de todas as coisas, segundo Sua Santa vontade, escolheu dar a Sua Terra aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Ele não perguntou a ninguém. Ele fez; Ele estabeleceu; Porque Ele é Soberano; e ninguém, e nenhum go-verno humano, e nem o inferno, pode mudar isso que O Eterno 25 Sarah Elzeny Zayit determinou, Pois Ele é Deus! Ele é Dono e faz como lhe aprouver. Kadosh Baruch Hu! Santo e Bendito é Ele! O NOME DE ADONAI ESCRITO NA TERRA Pode alguém questionar uma prova maior que essa? Adonai disse que colocaria Seu Nome nessa terra, e o fez lite- ralmente. “O Lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar o Meu Nome” (Neêmias 1:9 b); (I Reis 11:36 e 8:29). (Isaias 18:7) Há alguns anos atrás, em uma fotografia feita pela NASA descobriu-se que entre Jerusalém e Betel (Beit El - em Hebraico “Casa de Deus”), está escrito literalmente o Nome de Deus. Rele- vos, vales e montanhas formam perfeitamente o Nome Dele em hebraico, com letras do mesmo tamanho e na mesma direção e na mesma dimensão. Beit El situa-se numa região de serras ao norte de Jerusalém. O Nome de Adonai foi localizado entre Beit El e Jerusalém. Entre o Beit Hamikdash (Templo em Jerusalém) e o Mishkan Hamikdash (O Tabernáculo Santo em Shiló). Em Beit El Jacó (Yakov) teve o sonho da escada que ligava aos céus e ele disse: Na verdade O Eterno está neste lugar e eu não sabia. Quão es- pantoso é este lugar. “Este não é outro lugar senão a Casa de Deus e esta é a porta dos céus”. E sobre o Templo, Adonai disse a Salomão: “Porque Eu escolhi esta casa para que Meu Nome es- teja nela perpetuamente” (II Crônicas 7:16) e também ao profeta Ezequiel (43:7) O Eterno falou: “Este é o lugar do Meu trono e o lugar da planta dos Meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre”. Confira as fotos, tiradas pela NASA, que mostram as letras hebraicas que formam o NOME de ADONAI, ao qual conhece- mos como tetragrama, (nome dado às quatro letras que formam o nome Divino). 26 Israel - Cumprindo Profecias Este é o Nome em hebraico: “ יהוה” (Yod, Hei, Vav, Hei). O Eterno falou pelo profeta Jeremias (7:12 a): “Mas ide ago- ra ao Meu lugar... onde no princípio, fiz habitar o Meu Nome!” Que princípio seria esse, senão quando Adonai criou a terra e fez habitar naquele lugar o Seu Maravilhoso Nome! Essa descoberta, do Nome de Adonai escrito na terra, fez com que alguns integrantes da NASA se convertessem ao Deus Vivo e cressem que Bíblia é a Palavra Dele, e o que Ele diz sobre a Terra e o povo de Israel, é literal! Essa é mais uma prova da veracidade dos textos sagrados do Tanach (Bíblia) que foram escritos há mais de 2500 anos. E agora, graças à evolução científica, profetizada por Isaias (33:6), com equi- pamentos sofisticados, podem provar que a Bíblia não é um livro co- mum, mas um livro que tem o dedo Do Criador dos céus e da terra. É também uma confirmação de que realmente Adonai esco- lheu essa terra, como um lugar especial para Si e que fala literalmente sobre ela. Prova também que O Eterno se comunica com os homens. ADONAI ELEGEU JERUSALÉM. “Eu elegi Jerusalém” (I Reis 11:36). O Eterno decidiu isso. “Haverá livramento no Monte Sião (Jerusalém) e a Casa de Jacó (Israel) possuirá as suas herdades”. (Obadias 1:17). 27 Sarah Elzeny Zayit “O Eterno fundou a Sião para que Seu povo, nela encontre abrigo” (Isaias 14.32). “Desde en- tão, Seu povo Israel habita ali” (Isaias 10.24; 18.7). Adonai elegeu a Sião ou Jerusalém: “As- sim, diz Adonai, O Re- dentor de Israel, O seu Santo, que te escolheu... darei por concerto ao Meu povo, para restaurar a terra e lhe dar em herança as herdades assoladas”. O texto, a seguir, diz que Sião pergunta se O Eterno se esque- ceu dela, então Ele responde: “Pode uma mulher esquecer-se de seu filho que cria que se não compadeça dele, do filho de seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, Eu, todavia, não me esquecerei de Ti. Eis que nas palmas de minhas, mãos te tenho gravado: os teus mu- ros estão continuamente perante mim... teus filhos virão a ti... vivo Eu, diz o Senhor...”. (Isaias 49:7 a 18). Quando O Eterno pediu a Avraham (Abraão) seu filho Ytza- que (Isaque) em sacrifício, Avraham residia em Beer Sheva (Berseba), que dista de Jerusalém 84 quilômetros (hoje com estradas modernas, porém, no tempo de Abraham, andando a pé ou em burrinhos, cos- teando montanhas e vales, chegaria perto de uns 100 quilômetros); O Eterno ordenou que ele subisse a Jerusalém pra fazer o sacrifício lá. Porque aquele era o lugar que Ele escolhera. O rei David, Já há três mil anos, chegou a Jerusalém com o tabernáculo santo “Mishkan Hamikdash” e a transformou em centro espiritual do reino de Israel. Ele fez de Jerusalém a capital de seu reino, e desde então ela tem sido a capital de todas as enti- dades judaicas estabelecidas em Eretz Israel (terra de Israel). Salomão, filho de David, construiu o majestoso Templo, que maravilhou a todos os habitantes do mundo antigo. Inspirado e en- 28 Israel - Cumprindo Profecias volvido pela inigualável beleza de Jerusalém e o esplendor do tem- plo, o poeta do livro de Salmos nos conta com incontida admiração, sobre a cidade naqueles dias (Salmo 48): “Percorrei a Sião, rodeia-a toda, contai-lhe as Tôrres. Notai bem suas muralhas para que conteis às seguintes gerações; Deus é conhecido nos seus palácios” “Grande é o Eterno, e digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus (Jerusalém), Seu Santo Monte (Sião), formoso lugar, é a alegria de toda a terra”. Quando Salomão edificou em Jerusalém, a casa para Ado- nai “Beit HaMikdash”, Adonai lhe disse: “Ouvi tua oração e san- tifiquei a casa que edificaste, a fim de por ali O Meu Nome para sempre; e os meus olhos e o Meu coração todos os dias”. Adonai não disse colocarei ali Meu Nome em teus dias, mas, “para sempre!”. O Tanach (Bíblia) diz repetidas vezes: “em Jerusalém no seu próprio lugar” (não outro), esse é o lugar que Adonai elegeu, e es- tabeleceu. Ele disse: “Eu elegi Jerusalém” (I Reis 11:36). “Lugar que elegi para a morada do Meu Nome” (Neêmias 1:9). “Escolhi este lugar” (II Crônicas 7:14) . Quem pode ir contra a determinação Do Todo Poderoso? As Nações Unidas? Os governos humanos? Ou o próprio inferno? NINGUÉM pode mudar o que Adonai determi- nou. Ele é O Senhor absoluto! E faz como lhe apraz! Ele, O Criador, Dono e Sustentador de todas as coisas elegeu Jerusalém! Adonai habita no Monte Sião em Jerusalém (Isaias 8:18): “Eis-me aqui, com os filhos que me deu Adonai, com sinais e ma- ravilhas em Israel da parte do Senhor dos Exércitos que habita no Monte Sião”. Jerusalém celestial que paira sobre a Jerusalém terrena. Ouvi contar que um membro do Knesset, (Parlamento de Israel) em visita a África, pediu à telefonista do hotel instruções de como fazer uma chamada telefônica para Jerusalém. Após um momen- to de silêncio, a telefonista respondeu que era impossível fazer tal ligação, pois Jerusalém não era um lugar físico - mas um local espiritual, nos Céus. Essa jovem tinha ouvido sobre o que diz no livro de Apocalipse, de uma Jerusalém celeste que descerá sobre 29 Sarah Elzeny Zayit a terrestre. O Talmud nos conta de uma Jerusalém celestial que paira sobre a Jerusalém terrena; e como tudo o que é espiritual no mundo, a etérea Jerusalém influencia sua contraparte física. Abraham (Abraão) foi visitado por Melquisedeque, (em he- braico "מַלְכִי־צָדֶק" “Malkiy-Tzadeq”, “meu rei é justiça”) (Gênesis 14:18); este é descrito como Sacerdote Do Deus Altissimo “Elion”, e rei de Salém (da Paz). O escritor de Hebreus citando o Salmos 110:4 se refere a uma ordem de sacerdocio eterno, e diz que ele nao teve pai, mae, era sem geneologia, sem princípio e nem fim, semelhante Ao Filho de Deus (Hebreus 7:3). E no capitulo 11:10 comenta que Avrahan buscava a cidade, da qual O artifice e cons- trutor é Deus! Nao seria essa Jerusalem “Yerushalaym” literalmete “Cidade da Paz”, a “Jerusalem etérea”? EM JERUSALÉM PAIRA UMA NUVEM DE ADORAÇÃO A ADONAI É impossível estar em Jerusalém e não adorar Ao Rei dos Reis. Em 2004, acompanhei um grande grupo (de mais de 200 pes- soas) do Brasil e países da América do Sul, vindos a Israel para a Fes- tados Tabernáculos “Sucot”, numa Tour por todo o Estado de Israel. Todos os lugares que chegávamos havia uma grande euforia por parte dos visitantes, que sorriam, gritavam (expressão comum do povo latino-americano) filmavam e tiravam fotos, cantavam e aplaudiam. Porém quando chegamos ao Monte das Oliveiras e de um mirante podíamos ver toda Jerusalém, a expressão mudou, e tanto idosos como adolescentes se prostravam no chão, e em lágrimas adoravam Ao Rei Eterno Nosso Deus por tê-los trazido aquele lugar. Em meio a uma emoção impar, oramos abençoando a cidade; brindamos a chegada e participamos de uma inesque- cível “Ceia”. Não havia nenhum barulho; só lágrimas e adoração Ao Eterno. O Eterno tem me abençoado com a honra de acompanhar 30 Israel - Cumprindo Profecias muitos grupos que veem do Brasil, de Portugal e da Angola, para visitar a Terra santa. Dentre eles, em 1998, o que muito me emo- cionou quando entravamos em Jerusalém. Dentro do ônibus es- cutávamos uma canção sobre a Jerusalém de ouro. Vários pas- tores compunham esse grupo e um deles (ainda me lembro do nome), Pastora Amélia (de Goiânia) que portava uma filmadora em seu ombro e chorava como um rio e dizia: “Jerusalém! Cidade Do meu Rei!” (Não sei como ficou seu filme, porque a emoção era tanta, que havia mais soluços do que fala). De repente aquele choro com soluços que entremeavam a glorificação e adoração tomou conta de todos que estavam naquele lugar. Era impossí- vel alguém permanecer com olhos enxutos, contemplando aquela cena na entrada da Cidade Do Grande Rei, e não adorá-Lo. Cenas como essa, têm se repetido, dia a dia em Jerusalém, a “Cidade de Ouro”, cumprindo a profecia de Zacarias (8:22) que diz: “Povos e nações virão à Jerusalém buscar Adonai dos Exércitos”. É incontestável que a promessa de Adonai a Israel não se refere a outro lugar da terra, mas a terra de Israel “E habitarão na terra que dei a Meu servo Jacó (Yacov), na qual habitaram vossos pais; e habitarão nela, eles e seus filhos, e os filhos de seus filhos, para sempre”. (Ezequiel 37:25). “E Jerusalém será habitada outra vez no seu próprio lugar mesmo, em Jerusalém”. (Zacarias 13:6 b). “Jerusalém, mesmo não tendo tão grande importância financei- ra de outras grandes metrópoles do mundo, ela mobiliza e toca a alma do homem como lugar algum na face da Terra. Se Israel está no centro do mundo; Jerusalém é o ponto central desse cen- tro”. Um antigo ditado talmúdico diz que “o mundo é como um olho: o branco do olho é o oceano que o circunda; o pig- mento é o próprio mundo, a pupila é Jerusalém e a face nela refletida é o Templo Sagrado”. (*Derech Eretz Zuta). Jerusalém, também chamada de Sião (Tzion). A Bíblia 31 Sarah Elzeny Zayit menciona em muitos textos a palavra Sião como sinônimo de Je- rusalém e de Israel. Há também um monte em Jerusalém chama- do: Monte Sião (Tzion), onde Deus habita: “O Senhor dos Exér- citos que habita no Monte Sião”. (Isaias 8.18; 18.7). Sião é o áxis Mundi’, considerado pelos judeus e cristãos o centro mais impor- tante do mundo. Há dezenas de textos bíblicos que a menciona: “Saberás que Eu Sou O Eterno vosso Deus que habita em Sião (Tzion), Meu Santo Monte e Jerusalém” (Joel 3:17). “... Sião, a cidade das nossas solenidades” (Isaias 33.20a). Jerusalém é tam- bém a cidade do culto ao Deus de Israel. Nos tempos finais, os exércitos das poderosas nações mun- diais irão lutar contra Sião (Isaias 29.8). Mas o Messias (Mashiach) de Deus será o vitorioso e estabelecerá Seu trono em Sião. Quando O Eterno estabelecer Seu reino na terra, com O Mashiach (O Messias), Ele o fará em Jerusalém. O profeta Isaias diz: “Quando O Senhor dos Exércitos... (Adonai Tzevaot) reinar, será no Monte Sião em Jerusalém” (Isaias 24.23). De Sião sairá à paz, a sabedoria, a justiça e a Luz que são os ensinamentos divinos para a humanidade toda: E virão muitos povos e dirão: “Vamos, subamos ao Monte Do Senhor, à Casa Do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos Seus cami- nhos, e andemos nas Suas veredas; porque de Sião sairá a Lei e de Jerusalém a Palavra Do Senhor” (Isaias 2.3). Orar em direção a Jerusalém. Todo judeu ora em direção ao templo em Jerusalém. Esse costume judaico vem desde o tempo que Salomão construiu o “Beit Hamikdash” (Templo Santo); isso permaneceu durante o exílio na Babilônia (586 a.C.), e após a dispersão no ano 70 d.C., que durou quase 2000 anos (diáspora) e até os dias de hoje, quando um judeu ora em qualquer lugar do mundo, ele o faz em direção a Jerusalém. Já o Profeta Daniel, quando levado cativo a Babilônia, exer- 32 Israel - Cumprindo Profecias cendo um importante cargo lá, mesmo tendo conhecimento de que Jerusalém estava destruída, ele orava três vezes ao dia com sua janela aberta em direção a Jerusalém. Quando Salomão terminou a construção do Templo “Beit HaMikdash” em Jerusalém, ele orou pedindo Ao Eterno que se o povo Dele estivesse em qualquer parte do mundo, e que orasse em direção ao templo, que Adonai os ouvisse, os perdoasse e os sa- rasse. Ao que Adonai respondeu afirmativamente dizendo: “Meus olhos estarão abertos e Meu ouvido atento à oração deste lugar... Porque Eu escolhi e santifiquei esta casa, para que O Meu Nome esteja nela perpetuamente (pra sempre), e nela estarão fixos os Meus olhos e o Meu coração todos os dias” (II Crônicas 7:15 e 16) O profeta Ezequiel viu a “Shechináh” a gloria da presença Do Eterno entrar no Templo; (Ezequiel 43:1-7) E a Shechináh do Deus de Israel vinha pelo caminho do Oriente e entrou no Templo e en- cheu o Templo e sendo ele levado em espírito ao átrio do Templo, Deus lhe disse: “Este é o lugar do Meu trono, e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre”! Desde então, o povo de Israel de qualquer lugar do mundo, ora em direção a Jerusalém. E estando em Jerusalém ora em dire- ção ao local do Templo. Jamais um judeu se esqueceu de Jerusa- lém e do Templo. *Nota: “Shechináh” é a gloria da presença de Adonai no meio do Seu povo e pronuncia-se “Sherrinah”; pois na transliteração hebraica o “CH” e o “CK” tem som de RR. Cumprindo a profecia que diz que buscariam a Adonai com suas faces voltadas para Sião. (Jeremias 50:5) Depois da reunificação de Jerusalém os judeus oram no Muro das Lamentações (Kotel) que é o lugar mais próximo ao 33 Sarah Elzeny Zayit Santo dos Santos. Há vários anos atrás perguntei a um guia de turismo de Is- rael se ele acreditava que Adonai nos ouvia em qualquer lugar da terra. Ele respondeu que sim. Então perguntei: “Qual a diferença de orar aqui ou em outro lugar?”. Ele respondeu: “Aqui a ligação é local e não internacional”. *Nota: Quando os judeus oram, eles fazem um gesto em sincronia se inclinando pra frente e pra traz. Fazendo isso todo o seu corpo se move: ossos, músculos, nervos, tendões, pele, enfim tudo. Isso eles o fazem, para adorar Ao Eterno com todo seu ser, por causa do Texto bíblico: “Tudo que há em mim bendiga Teu Santo Nome”. (Salmo 103:1). “Seja Teu santo Nome bendito por todo o meu ser”. A RECONQUISTA E REUNIFICAÇÃO DE JERUSALÉM É UM DOS MAIORES ACONTECIMENTOS PROFÉTI- COS EM NOSSOS DIAS. No ano de 63 a.C. quando o império romano conquistou o oriente médio, incluindo a terra de Israel, Jerusalém já era (há quase mil anos) sua capital, cidade religiosa e o centro do juda- ísmo. A mando de Herodes, o Segundo Templo foi totalmente reformado antes do nascimento de Yeshuah (Jesus). E esse mesmo Templo foi incendiado e destruído no ano 70 d.C., sob as ordens do Imperador romano Tito. Jerusalém passou por várias domi- nações: romanos, bizantinos, califado muçulmano, turcos otoma- nos, cruzados, e os ingleses. Mas após alguns anos depois da con- solidação do Estado de Israel, na Guerra dos Seis dias em 1967, o exército de Israel numa ação miraculosa de Adonai dos Exércitos, reconquistou a parte antiga de Jerusalém, unificando-a, declaran- do-a como sua capital eterna e indivisível; foium dos maiores acontecimentos proféticos dos últimos dias. “Naquele dia se dirá a Jerusalém: não temas oh Sião, não se enfraqueçam as tuas mãos. 34 Israel - Cumprindo Profecias O Senhor teu Deus está no meio de ti, Poderoso para te salvar; Ele se deleita em ti com alegria; calar-se-á por Seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo”. (Sofanias 3:17 a 20). O Eterno Adonai dos Exércitos nos devolveu a cidade anti- ga de Jerusalém na Guerra dos Seis dias, chamada de “Guerra dos Milagres”. Vitória milagrosa de Israel, frente à diferença da esma- gadora força dos inimigos. Isso nada mais é do que a intervenção do Próprio Deus a favor de Seu povo, como nos tempos bíblicos, Adonai surpreendeu os inimigos de Seu povo. A guerra terminou em uma segunda-feira, de Junho 1967. Com a benção de Adonai a cidade Antiga de Jerusalém foi recon- quistada pelas Forças de Defesa de Israel. Quando a guerra termi- nou, os soldados estouraram numa canção “Jerusalém do ouro”. Elevaram-se em grande voz no Muro Ocidental. Até repórteres esqueceram-se de que estavam a serviço da imprensa e começa- ram a cantar junto com os soldados. Jerusalém, finalmente unificada, ninguém, jamais, esque- cer-se-á as cenas jubilantes dos israelitas, maravilhados no Muro Ocidental e lotando a Cidade Velha agora reunificada. O Rabino Shlomo Goren tocou o shofar (trombeta de chifre de carneiro) e orou agradecendo a Adonai pelo cumprimento de suas promes- sas. A alegria tomou conta da multidão e na euforia que se se- guiu à libertação de Jerusalém, milhares de pessoas foram ao Ko- tel (Muro das Lamentações), para ver tocar o shofar e agradecer Adonai, junto ao Muro, que se tornou centro nacional, cultural e religioso do Estado de Israel e do povo judeu por todo o mundo. Adonai restaurou para Israel, a Antiga cidade do Rei David, Jeru- salém. Deus é Fiel! 35 Sarah Elzeny Zayit Jerusalém é a Capital eterna do povo judeu e do Estado de Israel. É a sua Capital histórica, religiosa e política. “A Cidade Santa tem importância tão vital que se tornou um conceito e um símbolo que em muito transcendem seus próprios li- mites geográficos”. Jerusalém significa Israel como um todo: contém dentro de si a essência da Terra Santa. Durante os vários séculos em que praticamente todo o nosso povo viveu na Diáspora, um judeu que viesse de qualquer parte da Terra de Israel era chamado de Yerushalmi (Jerusalemita). De modo semelhante, o Talmud compilado ao longo de anos em várias partes da Terra de Israel e ordenado em Tiberíades e Cesárea foi intitulado “Talmud Yerushalmi”, o “Talmud de Jerusalém”.* (Re- vistaMorasha Edição 49) “A independência judaica foi restaurada em 1948 e Jerusa- lém foi declarada mais uma vez a capital de Israel. Essa decisão, incluída numa Lei Básica (1980), tem implicações práticas. Jerusa- lém, além de ícone da existência nacional e do conteúdo religioso do povo judeu, é a sede de todos os símbolos da soberania de Israel: o presidente do Estado, a Knesset (Parlamento), o Governo e a Supre- ma Corte. Para o Estado de Israel e para o povo judeu, Jerusalém é 36 Israel - Cumprindo Profecias a capital inquestionável, o centro de suas decisões e de sua visão de si mesmos” *(http://www.museujudaico.org.br). Nossos sábios descreveram a reconquista de Jerusalém e o fim do exílio como: “O despertar de um pesadelo”. E, de fato, foi apenas após o Holocausto (que foi muito mais terrível do que qualquer pesadelo jamais poderia ter sido) que milhões de judeus começaram seu re- torno ao Lar. Como se sabe, um grande milagre Divino, perpetrado pelas mãos de todos os heróis judeus que deram a vida pelo nosso povo, ocorreu no ano de 1948; alguns anos mais tarde, em 1967, ocorreria outro milagre, talvez ainda mais significativo. Elie Wie- sel, testemunha ocular do mesmo, descreve-o da seguinte forma: “O combate ainda perdurava em várias frentes... mas isso não impediu que as pessoas, num êxtase espiritual, acorressem em direção à Cidade Velha, que estivera inacessível a todos os judeus durante o domínio jordaniano... sobreviventes de todo tipo de so- frimento, rostos de todo tipo de destino - vi-os correndo, ofegantes, voando quase... correndo para tocar o Muro. E lá chegando, incré- dulos e estupefatos, como crianças que temem o despertar por não querer o fim do sonho, detêm-se, de súbito. Eis que se ouve um choro convulsivo, preces sendo entoadas, enquanto outros dançam, dando vazão à emoção. O país inteiro dançou. A história judaica dançou. Explodindo de júbilo e gratidão Ao Eterno pelo privilégio de tes- temunhar aquele momento, pensei: “É isto, Jerusalém, o lugar que atrai e irmana todos os judeus, a verdadeira cidade da saudade e promessas Eternas”. Jerusalém, tantas vezes conquistada; dividida em 1948; e finalmente reunificada em 1967. E unificada permanecerá para sempre, pois se há algo que congregue todos os judeus, este algo é o seu amor por Jerusalém. Nos debates sobre a Cidade Santa, não se faz necessário citar nossos líderes religiosos, nem tampouco os parti- dos israelenses de centro ou de direita. Basta ouvir as vozes dos mais pacifistas, em suas opiniões políticas, e liberais, em sua observância 37 Sarah Elzeny Zayit da religião, pois as mesmas revelam o consenso de que Israel não pode existir sem a Cidade Santa. O Primeiro Ministro Shimon Peres declarou, certa vez, que “não há lugar nem lógica em capitais divididas. Tal divisão seria um convite ao terrível fantasma do conflito renovado. E Jerusalém foi destruída mais vezes do que reconstruída. E agora, por fim, foi reunificada e reconstruída”. Eric Yoffie, rabino e presidente do mo- vimento reformista judaico norte-americano, disse, em um artigo, que “os laços que vinculam o povo judeu a Jerusalém constituem a pedra de toque da civilização judaica. Na ausência de Jerusalém, desaparecem a fé judaica e o futuro do judaísmo”. E não são apenas os judeus os que entendem o milagre - e as implicações espirituais - do retorno do povo judeu à Terra de Israel. Em todo o mundo, mi- lhões de cristãos apoiam ardentemente Israel, por entenderem que esse país é a chave para a redenção da humanidade toda. O Arcebispo de Viena, Cardeal Christoph Schönborn, decla- rou recentemente: “Uma única vez na história humana D’us esco- lheu um País como legado e o ofertou a Seu povo escolhido”. O Car- deal declarou, também, que no que dizia respeito ao recém-falecido João Paulo II e ao Vaticano, a obrigação que recaía sobre os judeus de viverem na Terra de Israel continuava válida até os dias de hoje. Tal apoio ao direito do povo judeu sobre a Terra Santa e sobre a Cidade Santa é expresso de maneira ainda mais contundente pelos evangélicos - especialmente no Brasil e nos Estados Unidos. O fun- dador da Coalizão Cristã, Doutor Pat Robertson, um dos líderes religiosos mais influentes dos Estados Unidos, assim se manifestou: “Foi apenas após 1967 e a Guerra dos Seis Dias que o Estado de Israel voltou a se apossar de Jerusalém Oriental. Para os evangéli- cos, tal momento teve grande significado. E, em nossa opinião, abrir mão dessa parte da cidade de Jerusalém seria uma profanação ini- maginável, em outras palavras, seria a ruptura de uma profecia so- lene que só iria ocorrer em nossos dias”. *(Revista Morashah N.51/ dezembro 2005). 38 Israel - Cumprindo Profecias Depoimento do escritor e jornalista Zevi Ghivelder para a Revista “Morashah”: “Precisamente no quarto dia depois da Guerra dos Seis Dias, fui pela primeira vez à Cidade Velha de Jerusalém, ávido para che- gar ao Muro,... Percorri as vielas do antigo bazar entre israelenses emocionados, turistas deslumbrados e centenas de moças e rapa- zes vestindo uniformes... Numa loja de tapetes, conversei com um palestino que tinha morado no Brasil e falava português. Estava contente. Em uma semana, tinha vendido mais tapetes do que no ano inteiro. Por quantos anos eu viver, jamais me esquecerei os por- menores do que aconteceu na minha chegada ao Muro. Com asca- beças cobertas por chapéus, kipot e capacetes de aço, velhos ortodo- xos e jovens soldados ali se revelavam igualmente impregnados pelo mistério de Jerusalém. Esse mistério, difícil de ser explicado ou se- quer apreendido, contém uma série de referências. Se, por um lado, Jerusalém enfeixou através dos séculos um acentuado sentido de ideal espiritual, por outro, sua presença física jamais esteve ausente. A Jerusalém dos sonhos e das orações nunca deixou de ser uma cidade viva e palpável. Por isso, os soldados israelenses junto ao Muro Ocidental me davam a impressão de que ali se encontra- vam há séculos, e não apenas há uma semana. Comecei, então, a assistir a uma cena transbordante de emo- ção. Jovens dos dezoito, aos quarenta e tantos anos, faziam suas orações, em altas vozes, ao pé do Muro. Ao lado deles, os ortodoxos entoavam orações com fervor milenar. O sol ficava cada vez mais forte e o muro branco adquiria tons dourados, irradiando uma luminosidade que muito deve ter contribuído para emoldurar o mistério de Jerusalém. Um velho judeu religioso, com uma bengala na mão direita e um shofar, na esquerda, aproximou-se do Muro e beijou-o com devoção. Come- çou um inflamado discurso sobre as gloriosas vitórias que Adonai concedera ao povo de Israel. Tudo se passou em poucos segundos. Os soldados o rodearam e passaram a bater palmas. De súbito, vi o 39 Sarah Elzeny Zayit velho sentado nos ombros dos rapazes que dançavam, aplaudiam e cantavam a tradicional canção hebraica David, Rei de Israel, Vive para Sempre. Sob o céu de Jerusalém, tanto a bengala do velho como as armas dos soldados se confundiam com lanças. Em meio à canção entoada, ouvimos todos o som do shofar soprado pelo velho. Era uma cena de arrepiar. Realmente, aquele nunca mais seria o “Muro das Lamentações”. Depois de dois mil anos, os judeus não mais lamentariam os esplendores perdidos do passado. “Passariam a celebrar as conquistas do presente” Eis o depoimento de Segal, uma judia, cujos irmãos e pai, participaram da guerra dos seis dias: “Quando eu terminava meu curso primário e me preparava para as férias de junho de 1967, Israel repentinamente achou-se en- volvida no que veio a ser conhecida como a “Guerra dos seis dias”. Os israelitas recordam dela como tendo sido a “Guerra Miraculo- sa”. Fiquei surpresa a ver que meu pai e meus dois irmãos foram convocados para servirem na reserva. Por sete dias nossa família ficou em um porão vizinho, ansiosamente esperando por ouvir noti- cias. Nosso único contato com o mundo exterior era o radio. A cada hora quando ouvíamos o som característico, corríamos para ouvir os últimos boletins”. O segundo dia da guerra, todos os adultos no salão come- çaram a pular de alegria, abraçando-se um ao outro, e gritando. Quando eu perguntei o que era, disseram-me que Jerusalém se jun- tara a Israel, e que a nossa Bandeira israelense havia sido hasteada no Monte do Templo. Mesmo sendo criança, percebi que aquilo era um milagre que somente Deus poderia ter realizado. Depois de dois mil anos de domínio estrangeiro, Israel expandia suas fronteiras ao coração de seu antigo território! “Comecei a compreender a palavra profética de Deus para o povo judeu”. (*Eles pensaram por si mes- mos). 40 Israel - Cumprindo Profecias O autor do Livro “A Mitzva de morar em Eretz Israel” faz a se- guinte citação das palavras do Rabino chefe da Yeshiva de Jerusalem. O Dia em que o Cotel (Muro das Lamentações) foi recon- quistado. “É impossível esquecer aquele dia! (28 de Iyar, 5727). Já durante vários dias a situação da cidade estava tensa... a guerra tinha começado e a Legião Árabe ostentava que conquistaria Jerusalém inteira... um amigo me telefonou em nome do Rabino Goren, Rabino-chefe das Forcas de Defesa de Israel, relatando que estas estavam se aproximando cada vez mais da Cidade Velha de Jerusalém... a cada hora a expectativa aumentava... Um estudante da Yeshivah (estudos da Torah), que estava no exército, anunciou que: ‘com a ajuda Do Todo Poderoso, nossos paraquedistas alcan- çariam o Cotel (muro das Lamentações)’. Todos nos esperávamos ansiosos. No quarto dia da semana, um oficial bateu a minha por- ta, ele vinha com uma mensagem do Rabino Goren: ‘Rabino, você esta convidado pelo Rabino-chefe do exército a vir ao Kotel’, anun- ciou ele, ‘um carro brindado está aguardando aqui em baixo’... O carro do exército avançava lentamente por entre a mul- tidão alegre que enchia as ruas da cidade – milhares de pessoas cantavam e dançavam. Muitos tinham lágrimas de felicidade nos olhos pela liberação de Jerusalém. (Povo dançando e exaltando a Adonai, nas ruas de Jerusalém). 41 Sarah Elzeny Zayit Cumprindo a Profecia que diz: Exultarão em Tsion (Sião) com danças, mancebos e anciões... E sairá deles o louvor e a voz de júbilo!” (Jeremias 31:8 a 13 e 19) “No caminho, o oficial me falou que no momento em que os paraquedistas alcançaram o perímetro do Kotel, um soldado, que era estudante de nossa Yeshivah, escalou o topo do Muro e desfral- dou a bandeira de Israel... O oficial também me contou que o Rabino Shlomo Goren estivera entre os primeiros que alcançaram o Kotel, sob o fogo de franco-atiradores árabes, que continuaram atirando de seus esconderijos. Ele (o rabino) apertava um rolo da Torah em uma das mãos, e um shofar na outra. Soldados que tinham sobre- vivido às violentas batalhas choravam como crianças ao ouvirem o som do shofar sendo tocado pelo rabino-chefe. Eles admiravam sua coragem de permanecer o tempo todo a frente da batalha junto com os paraquedistas que saltaram do monte das Oliveiras para o Kotel. Muitos de nossos meninos foram feridos na batalha... um sol- dado de nossa Yeshivah disse: ‘Baruch HaShem, (Bendito O Nome Do Eterno) todos os portões (da cidade) estao abertos! Outro ra- bino correu ate o lugar do Kotel (lugar mais próximo ao Santo dos Santos) onde eu estava e me falou que havia recebido permissão do comando do Exército para liderar a Oração de Mincha (da tarde) junto ao Muro (das Lamentações). Era a primeira prece da na- ção (de Israel) no Kotel, após uma separação de cento e dezenove anos! Uma oração de total gratidão a Adonai. Os olhos de todos 42 Israel - Cumprindo Profecias estavam cheios de lágrimas. Soldados se prostravam no chão em frente ao Kotel. Outros pressionavam seus dedos entre as frestas do Muro. Todo mundo entoou junto o Tehilim (Salmo) 126, uma can- ção de Ascensão: “Quando Adonai trouxe de volta os exilados de Sião, estávamos como os sonhadores” Entao nossa boca se encheu de riso e nossa língua de cânticos”. ...Fui entrevistado pela televisão... E eu disse: “Vejam! Nós anunciamos a todo Israel, e a todo mundo, que por um comando Divino nós voltamos para a nossa casa, para a nossa Cidade Santa. De hoje em diante, nós nunca mais sairemos daqui! Nós voltamos pra casa!” *(“A Mitzva de morar em Etertz Israel” pags.110-111). O apego dos hebreus por Jerusalém desde os tempos bíblicos. Foto: Judeus no kotel “Muro das Lamentações”- 1864. Neemias, no tempo do cativeiro babilônico, ouviu que os muros de Jerusalém haviam sido derrubados e seus por- tões queimados pelo fogo; ele não pode suportar estas notí- cias. Neemias sentou-se, chorou e lamentou durante muitos dias, jejuando e orando perante Deus por Jerusalém. Até que Judeus no kotel “Muro das Lamentações”- 1864. 43 Sarah Elzeny Zayit recebeu um impacto de Adonai e foi reconstruir os muros da cidade. (Neemias 1). Israel cativo na Babilônia, seus corações estavam amargurados, e eles pediam ao Senhor que se lem- brasse deles e os levasse de volta a Sião. Então O Eterno os trouxe de volta. Imagino os filhos de Israel chegando e contemplando sua amada Jerusalém, O Templo Sagrado, onde antes do exílio eles subiam em todas as festas para adorar O Eterno; eles vi- nham trazendo as primícias para Adonai no Lugar em que Ele próprio escolheu e designou para abençoá-los. Acredito que eles choravam e riam ao mesmo tempo, deemoção e felici- dade. Agora podiam perceber as grandes coisas que O Todo Poderoso tinha feito por eles, trazendo-os de volta a Sião. Foi referindo-se a esse contexto que o salmista escreveu o Salmo 126 dizendo: “Quando O Senhor trouxe do cativeiro, os que voltaram a Sião, nós estávamos como os que sonham. Então a nossa boca se encheu de risos e nossa língua de cânticos; porque se dizia entre as nações: que extraordinário é o que fez o Eterno a este povo. Imenso é o nosso regozijo, pelas maravilhas que nos fez O Eterno.”. Ao chegar a Terra e vendo tudo devastado, mantinham a esperança de plantar e colher e cantavam: “Os que a chorar vem trazendo as sementes, em júbilo retornarão carregando os frutos da colheita tão esperada”. Eles pedem que O Eter- no faça retornar a todos cativos como as correntes do Negev (como os rios de inverno que com força gigantesca, vindo de todos os lados, sem que nada os detenha, cortam o deserto do Negev). 44 Israel - Cumprindo Profecias JERUSALÉM NA EXPRESSÃO JUDAICA, DE ESPERANÇA DA REDENÇÃO. Jerusalém dezenas de vezes mencionada na Bíblia como o centro da vida espiritual judaico. Mesmo na dispersão, Jerusalém e o monte Sião, sempre foram referência central da unidade do povo judeu durante quase 2.000 anos de diáspora (dispersão). Toda vez que um judeu fala em esperança da redenção cita Jerusalém. Os textos religiosos, as saudações, a visão messiânica, o sonho do retorno, a literatura e a arte dos judeus durante todo o exílio, têm Jerusalém como inspiração. Desde os Salmos até o dia de hoje. O salmista dizia no Salmo 137, que junto aos Rios de Babi- lônia (quando o povo de Israel estava cativo lá) eles se assentavam e choravam por Sião, penduraram suas harpas nos salgueiros e não podiam cantar e diziam: “como entoaremos cântico ao Senhor em terra estranha? Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, que perca a minha destra a sua destreza! Que se cole a minha língua ao palato, se não me lembrar sempre de ti e não mantiver a tua lembrança acima de minha maior alegria!”. Esse texto de Salmos é recitado por todo judeu em todo mundo em todos os seus momentos ale- 45 Sarah Elzeny Zayit gres e importantes, inclusive no dia de seu casamento. Em um casamento judeu, o noivo esmigalha uma taça com os pés, sim- bolizando que nenhuma alegria sobre a terra pode ser perfeita enquanto Sião não tiver ressurgido. Toda vez que um judeu tem uma festa ou um momento de grande alegria, ele ora proferin- do esses versículos, isso vem se repetindo através dos séculos no exílio e até hoje, nunca deixaram de anelar por Jerusalém. Ado- nai ordenou através do profeta Jeremias (51:50): “Lembrai-vos Do Eteno onde estiverdes e mantende Jerusalém em vossos corações”. Durante dois milênios os judeus expressaram, em cada ora- ção, o desejo de voltar à sua terra ancestral: nas orações diárias, na bênção após as refeições; na cerimônia do Yom Kipur (Dia do Perdão); sob o dossel durante a celebração do casamento; no Tisha B’Av (o dia do luto nacional); e no ato de colocar um pouco da terra de Israel no túmulo de seus mortos; no Sêder (cerimônia) da Páscoa, o ponto culminante de cada festa de Pêssach (páscoa) é a oração repetida ano após ano: “No próximo ano em Jerusalém!”. As grandezas de Jerusalém. Flavio Josefo, erudito escritor judeu que viveu no primeiro século, logo após Yeshuah, escreveu sobre as grandezas de Jerusalém e do templo: “Se os alicerces eram maravilhosos, o que eles sustentavam não era menos digno de admiração. Os ornamentos eram tão belos, tão bem justapostos e tão polidos, que não havia necessi- dades de escultura e pintura para encantar os olhos... todo espa- ço livre era coberto de toda sorte de pedras... nove portas eram cobertas com laminas de ouro e prata e a décima era de cobre de Corinto, mais precioso que o ouro... O Templo, lugar santo, con- sagrado a Deus, estava no meio... tudo o que se via no templo, era dourado, de sorte que os olhos mal podiam suportar o bri- lho... Viam-se nos altos ramos de videira, cachos de uvas; tudo era de ouro... Nada havia na face exterior do templo, que não arrebatasse os olhos de admiração e a alma de espanto. Estava 46 Israel - Cumprindo Profecias todo recoberto de laminas de ouro, tão espessas, que quando des- pontava o dia, tornava-se tão arrebatador, pela sua beleza, como pelos dourados raios do sol... todo o telhado do templo estava semeado e eriçado de pontas de ouro” * (Flavio Josefo- Livro 5º, Capitulo 14:394 e 395). Jerusalém considerada capital religiosa para judeus e cristãos “Quando Israel assumiu o controle de Jerusalém ocidental e a uni- ficou no ano de 1967, em vez de proibir a religião muçulmana ou fechar as mesquitas (como eles vinham fazendo com Israel, fechando e destruin- do as sinagogas), ao contrario, Israel permitiu que o Waqf muçulmano (autoridade religiosa) administrasse e controlasse o Monte do Templo e mantivesse seus lugares religiosos: Omar a mesquita de Al-Aqsa. Na reunificação de Jerusalém em 1967, o Monte do Templo e o Muro Ocidental retornaram à soberania judaica. Ao mesmo tem- po, a reunificação trouxe consigo a mais ampla e irrestrita liberdade de religião, expressão de culto e locomoção aos lugares sagrados. Pela primeira vez em 19 anos (depois da criação do Estado de Isra- el), os lugares santos foram abertos a visitantes de todos as religiões. Assim tem sido até hoje. Quando o controle da região era da Jordânia, os judeus fo- ram proibidos de orar no Muro Ocidental (Muro das Lamentações). Além disso, o cemitério do Monte das Oliveiras e 58 sinagogas fo- ram destruídos. Quando Israel transferiu o controle militar de Jeri- có e Belém para a Autoridade Palestina, multidões de muçulmanos enfurecidas queimaram e destruíram lugares sagrados e artefatos religiosos dos judeus. Em 2002, trinta monges católicos da Igreja da Natividade, em Belém, ficaram reféns de terroristas palestinos. Depois que os reféns foram libertos, os investigadores encontraram a igreja profanada, pelos palestinos. 47 Sarah Elzeny Zayit Porém no governo de Israel, os lugares sagrados dos cristãos, judeus e muçulmanos estão preservados, cuidados e abertos a todos os fiéis. O documento fundador da Organização para a Libertação da Palestina, o chamado Pacto Nacional Palestino, que data de 1964, não menciona Jerusalém uma vez sequer. Enquanto a Ci- dade Velha de Jerusalém esteve sob o controle da Jordânia entre 1948 e 1967, os muçulmanos pouco se lembraram dela. Não era de Al-Aqsa (Jerusalém), que as estações de rádio jordanianas transmi- tiam as orações das sextas-feiras, mas de uma mesquita de Amã. Jerusalém nem sequer é citada, nem uma só vez no Alcorão (livro sagrado dos mulçumanos). Quando Jerusalém foi conquistada pela Jordânia, em 1949, nenhuma autoridade ou líder muçulmano visitou a cidade em ca- ráter oficial, publico e religioso. Já em fontes judaicas tradicionais, a palavra “Jerusalém” é mencionada mais de 600 vezes, e pelo menos 140 vezes no Novo Testamento, mas nenhuma vez no Alcorão. O interesse muçulmano pela cidade de Jerusalém só apareceu após a conquista de Jerusalém por Israel em 1967. As cidades sagradas para os muçulmanos sempre foram, até então, Meca e Medina. Embora Jerusalém tenha importância para muitas religiões, porém para os judeus e para os cristãos evangélicos ela é como sua capital e cidade mais sagrada, mais importante do mundo. Jerusalém é central para o judaísmo desde os tempos bíbli- cos, quando foi estabelecida como eterna capital espiritual do povo judeu. Os judeus são maioria em Jerusalém desde 1840, e grupos de judeus sempre habitaram a cidade, interruptamente, mesmo após a destruição do Templo, no ano 70 de nossa era, Jerusalém é uma só cidade.” (*revista Noticias de Israel, set.2004) 48 Israel - Cumprindo Profecias Visão do Profeta Ezequiel: Homens que oravam de costas para o santuário. “E levou-me ao átrio exterior da Casa de Adonai e eis que estavam à entradado Templo de Adonai, entre o pórtico e o altar... homens de costas para o Templo de Adonai, e com os rostos voltados para o Oriente”. (Ezequiel 8:16), Esse lugar hoje (a esplanada do Templo) está sob o con- trole e sendo usado pelos muçulmanos, onde diariamente eles oram de costas para o lugar do Santuário Do Eterno, virados para o oriente, para Meca, (você pode conferir na foto) cum- prindo a visão profética de Ezequiel. Exatamente como se pode constatar nessa foto em que os muçulmanos estão no Monte do Templo, no lugar onde era o átrio, entre o pórtico e o altar da Casa de Adonai, e eles estão orando virados pra o oriente (para Meca) e estão de costas para o santuário, conforme a visão do profeta. Ao contrário do muçulmano, todo judeu, em qualquer lu- gar do mundo em que ele esteja ele ora com sua face voltada para o lugar do Santuário, também cumprindo a palavra profética de Jeremias (50:5), que diz: “Buscarão a Adonai com suas faces vol- tadas para Sião”. 49 PROFECIAS sobre Jerusalém “Tornarão a vir, e adorarão a Adonai no Monte Santo de Jerusalém”. (Isaias 27:13). “Porque o povo habitará em Sião, em Jerusalém...” (Isaias 30:19) Assim diz Adonai: “Voltarei a Sião e habitarei no meio de Jerusalém... No Monte do Senhor dos exér- citos, no Monte da Santidade... No meio das praças de Jerusalém habitarão velhos e velhas, levando cada um em sua mão um bordão por causa de sua muita idade. As ruas da cidade se encherão de me- ninos e meninas, que nelas brincarão... Será maravilhoso aos meus olhos, diz Adonai dos Exércitos... Eis que salvarei o Meu povo, da terra do oriente e da terra do ocidente. E os trarei, e habitarão em Jerusalém e serão o Meu povo e Eu serei O seu Deus em verdade e em justiça”. (Zacarias 8:3 a 8). “Então os gentios temerão o nome do SENHOR, e todos os reis da terra a Sua glória. Quando o SENHOR edificar a Sião” (Salmo 102:13-16). 51 Embora uma grande parte das profecias bíblicas seja re- ferente ao tempo do Reino universal do Mashiach (Messias); muitas delas já estão começando a se cumprir, como um palco de preparação para os dias da Redenção. E outras são para este tempo de transição. Visão Profética sobre Israel - Promessas que se cumprem hoje na terra que emana leite e mel Representantes de muitas nações, os quais, todos os anos veem a Jerusalém para adorar O Rei Eterno, na Festa dos Tabernáculos. 52 Israel - Cumprindo Profecias A Profecia diz: “De todas as nações subirão a Jerusalém para adorar O Rei, Adonai dos Exércitos, celebrarem a Festa das cabanas (Tabernáculos)”. (Zacarias 14:16 e 17). “FRUTO EXCELENTE E FORMOSO” (Isaias 4:2) Nota: Uma Romã pode pesar até um quilo e meio. Sete frutos da Terra. Em Deuteronômio (8:8) diz: “O Se- nhor teu Deus te coloca numa boa terra; de trigo e cevada, e de videiras, e figueiras, e romeiras; terra de oliveiras, abundante de azeite e mel”. “Hei de mandar-vos trigo, mosto e azeite; e deles vos fartareis” (Joel 2:19). O trigo e a cevada representam a força; as videiras a alegria; figueiras e romeiras a beleza; oliveiras a unção; e o mel a doçura das bênçãos da Terra de Israel. “Seus lábios são como um fio de escarlate” exaltou Salomão em sua celebração do amor entre o Noivo Divino e Sua noiva Isra- el: “Sua boca é graciosa: sua têmpora é como um pedaço de romã em seus cachos”. (Shir HaShirim, Cântico dos Cantos 4:3). Apesar de a Terra de Israel ser abençoada com uma enorme diversificação de frutas, as sete espécies descritas no verso bíblico, podemos vê-las em todo Israel. Cada uma dessas espécies tinha um caráter especial, pois foram as “primícias” – ou os frutos da primeira colheita levadas ao Templo Sagrado, em Shavuot, e en- tregues como oferta a Adonai. Como tal, simbolizam Eretz Israel e a intensa ligação do Povo de Israel à sua terra: “... Pois Adonai teu Deus, te coloca em uma terra boa.” 53 Sarah Elzeny Zayit “MULTIPLICAREI O FRUTO DAS ARVORES E A NOVIDADE DO CAMPO”. Assim canta o Salmista: “O tsadic (pessoa justa) vicejará como a tamareira” (Salmos 92:13, Ezequiel 36:30) Tamareiras nas ruas das cidades. Seus galhos não suportam o peso da imensidade de tâmaras, também chamadas de “o mel da terra”, porque são doces como mel. Em cumprimento a essa profecia, Flores e frutos disputam o espaço. É realmente lindo ver tantos frutos em uma só arvore como acontece em Israel. Por exemplo: Em outros lugares, uma tamareira produz em media 20 quilos de tâmaras por ano, em Israel cada tamareira produz mais de 100 quilos de tâmaras por ano. Existem as mais diferentes espécies de frutas que há em todo o mundo e pesquisas revelam que um hectare de terreno plantado em Israel, pode chegar a produzir até 30 vezes mais que o mesmo espaço plantado em outro lugar. “Seu fruto é doce”. (Cantares 2:3). Perguntei a um feirante se os frutos eram doces, ao que ele respondeu: “Com certeza! Não por causa de mim, mas por causa Do Santo de Israel, Bendito seja Ele!”. Fiquei impressionada com a resposta e imediatamente me lembrei do texto bíblico que diz que nós comeríamos e ficaríamos satisfeitos e bendiríamos ao Eterno. Pensei que O Eterno, Bendito 54 Israel - Cumprindo Profecias seja Ele, quando disse que ficaríamos satisfeitos, não era apenas em quantidade, mas em qualidade e sabor. Que carinho Do Eter- no! Quando Moshêh (Moises) mandou espiar a Terra, eles toma- ram dos frutos da terra em suas mãos e disseram: Boa é a terra! (Deuteronômio 1:25) “PLANTARÃO VINHAS... E GOZARÃO DOS SEUS FRUTOS” (Jeremias 31:5) Plantação de uvas em Kiriat Malaachi; há cachos que chegam a medir 60 cm. Isaias profetizou que filhos de estrangeiros, seriam os seus vinhateiros. “Restaurarão os lugares destruídos... e haverá estrangeiros que apascentarão os vossos rebanhos e serão vossos lavradores e vossos vinhateiros”.(Isaias 61:4-5) Yonatan Behar, o porta- Har Bracha Yeshivah disse: “Nossos sábios nos ensinaram que, durante os tempos da redenção final, que estamos agora, que de outras nações virão para ajudar a construir a terra de Israel, para ajudar a nação judaica, a cumprir todas as profecias”. 55 Sarah Elzeny Zayit Em Samaria Tommy Waller, um cristão de os EUA, trabalha nas vinhas, nos últimos seis anos. Ele começou como um tempo de projeto da família e cresceu em Ha Yovel, hoje trabalha com mais de 150 voluntários norte-americanos. Isso também acontece em dezenas de Kibutz em todo Israel, onde centenas de voluntá- rios de todo o mundo, cumprindo profecias, ajudam no plantio e colheita dos frutos e apascentar rebanhos. AZEITE DA ROCHA A palavra profética do Cântico de Moshê (Moises) em Deuteronômio (32:13), diz que Adonai faz tirar “Azeite da dura pederneira”. Também Jó (29:6) lembrando-se de seus bens disse: “Da rocha me corriam ribeiros de azeite”. Na foto vemos as raízes de uma oliveira que nasceu no meio de uma rocha. Essa oliveira está carregada de frutos. Podemos ver hoje imensidade de oliveiras que nascem em meio às pedras e produzem frutos em abun- dância e deles produzimos o azeite, cumprindo essa Palavra: “Azeite da dura pederneira” Nota: O 15º dia do mês hebraico de Shevat é o dia designado pelo ca- lendário judaico como o “Ano Novo das Árvores”. Nesse dia, celebramos tudo que O Eterno nos dá através das arvores e bendizemos Seu Santo Nome. A Profecia diz: “Exultarão nas alturas de Sião e correrão aos bens de Adonai, ao trigo, ao mosto, ao azeite...”. (Jeremias 31:12) A profecia diz: “Suas eiras se encherão de Trigo!” (Joel 2:23.). Viajando por todo Israel, inclusive no deserto, poderemos testificar o cumprimento dessa profecia, pois há campos imensos cheios de trigo, com uma imensidade de grãos em cada pé de tri- 56 Israel - Cumprindo Profecias go. Ontem viajando de Beer Sheva a Ashkelon, pude glorificar Ao Eterno, vendo imensos campos de trigo e lembrando-me do que Ele disse e que literalmente, minuciosamente, o tem cumprido! O profeta Joel continua dizendo: “Suas eiras se encherão de trigo, seuslagares de vinho e de azeite e comereis abundantemente e ficareis satisfeitos e louvareis O Nome de Adonai vosso Deus que procedeu para convosco maravilhosamente! E vós sabereis que Eu estou no meio de Israel e que Eu Sou O Senhor vosso Deus”. Esse texto profético fala também de um acontecimento espiri- tual. O trigo representa o alimento espiritual, a Palavra Do Eterno sa- ciando Seu povo. O vinho representa a alegria, o gozo, o regozijo pela gloriosa presença de Adonai “a Shechinah” no meio de Seu povo. E o azeite a unção De Adonai para santificação, separação para ser luz entre as nações e fazer Seu Santo nome conhecido em toda a terra. (Campos de trigo, prontos para a ceifa, na Galiléia) “Plantei onde só havia deserto; Eu O Eterno assim determi- nei e o farei cumprir”. (Ezequiel 36:36). (tomates especiais do deserto do Negev) 57 Sarah Elzeny Zayit Israel é um País semiárido com grande parte de deserto; apesar disso, hoje podemos contemplar grandes plantações de flores, frutos, legumes e oliveiras no deserto. A terra árida e a necessidade de economizar ao máximo a pouca água existente, levou Israel a uma verdadeira revolução na tecnologia de métodos agrícolas que contribuiu para o desenvol- vimento de um avançado sistema de irrigação controlado por computador. É um método de gotejamento, que dirige o fluxo de água diretamente à raiz da planta, e somente quantidade neces- sária. A dessalinização da água do mar, e ainda, outro meio usa- do é de um enorme reservatório subterrâneo de água salobra no Deserto do Negev, para o cultivo de safras tais como uma grande variedade de tomates e frutas, de primeira qualidade, e de flores as mais diversas. Nós semeamos, Adonai faz produzir em abun- dância. A PROFECIA DIZ QUE ISRAEL ENCHERIA A TERRA COM SEUS FRUTOS. (ISAIAS 27:6) Exportação é cumprimento dessa profecia. Uma grande quantidade de frutos produzidos até no deserto, é destinado à exportação aos mercados europeus e americanos, durante o in- verno. A pesquisa no campo do tratamento eletro-magnética da água, para melhorar a saúde dos animais e a qualidade das colhei- tas também vem produzindo resultados promissores. Computa- dores projetados e construídos em Israel são amplamente utiliza- dos na área agrícola. Foi desenvolvida, pelo instituto de pesquisa israelense, uma grande variedade de sementes resistentes a pragas, duráveis no ar- mazenamento e adaptáveis a uma grande variedade de condições climáticas, que são exportadas para Europa, Centro-America e África do Sul. 58 Israel - Cumprindo Profecias Israel desenvolveu uma grande variedade de tomate cereja, também as frutas cítricas Or, resistentes a doenças e sem caroços, bem como uma variedade de uvas que produzem colheitas abun- dantes, os melões Galia e outras tantas frutas. Tecnologias agríco- las foram vendidas para toda Europa. Israel desenvolveu também espécies de frutas que crescem fora das estações, como morango, Caqui e framboesa, etc.. Israel exporta flores, frutos, legumes, sementes e tecnolo- gia agrícola para dezenas de Países. A PROFECIA DIZ: “DE SUAS COLINAS EMANARÃO LEITE” O profeta Joel (3:18) diz: “E acontecerá naquele dia, que das montanhas brotará vinho doce e as colinas emanarão leite”. “Levá- -los-Ei a uma Terra que emana leite e mel (Ezequiel 20:6). Disse O Eterno: “Em herança possuireis a sua terra, e eu vo-la darei para a possuirdes, terra que emana leite e mel: Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos separei de entre os povos”. (Levítico 20:24). As vacas leiteiras de Israel são as campeãs mundiais de pro- dução de leite. Sua produção média por cabeça é de 60 litros di- ários. Hoje em dia, graças à criação científica, Israel eleva o nível de seu rebanho, assim como compartilha suas conquistas neste campo com outros países. Crendo nessas profecias do profeta Joel e Ezequiel, um grupo de jovens em 1957, membros do movimento Nahal, criou o kibutz Yotvata, no Deserto do Aravah, para criação de gado leiteiro e que hoje cobre 60% de todo consumo de leite de Israel e também uma grande plantação e produção de tâmaras (o mel da terra). O nome Yotvat (em português “Jotba”) é mencionado na Bíblia, em Deuteronômio, capítulo 10:7, foi uma das estações do povo de Israel no deserto, em sua peregrinação do Egito para Canaã. 59 Sarah Elzeny Zayit “O DESERTO FLORESCERÁ!” ADONAI FALOU PELO PROFETA: “O deserto e os lugares secos se alegrarão disto; e o ermo flo- rescerá como a rosa” “Abundantemente florescerá”. (Isaias 35:1 e 2). (flores em meio às pedras) “Te farei florescer”. (Ezequiel 36:8). Todos os anos na primavera, após as chuvas do inverno, o deserto florece por si mesmo. Flores delicadas como a orquídea, ciclâmen, íris, açafrão da primavera, tulipas e papoulas florescem transformando o deserto em um jardim ao longo de uma fina e delicada grama. Além do florescimento natural da primavera há hoje grandes plantações no deserto. (flores como um rio, no Deserto de Negev) 60 David Ben-Gurion, Primeiro Ministro sendo um dos funda- dores do Estado de Israel, acreditava nas profecias e por isso creu que o deserto do Negev representava o futuro de Israel. Ele tinha um sonho e costumava dizer: “É no Negev que serão testados a criatividade e o vigor pioneiro de Israel”. “O Velho” - como era ca- rinhosamente chamado por seus seguidores, sempre acreditou que com determinação e trabalho, crendo na profecia, o deserto flores- ceria. Assim, em 1947 e 1948, quando nos fóruns internacionais as fronteiras dos futuros Estados - um judeu e um árabe - estavam sendo discutidas pelos diplomatas, Ben-Gurion insistiu para que o Negev fosse parte da nova nação judaica. Nunca quis abrir mão dessa faixa desértica de terra, pois sabia que a área seria importante para o desenvolvimento do recém- formado Estado de Israel. Ele tinha visão profética e cria que o deserto poderia ser cultivado e transformado em um lugar onde os judeus poderiam se estabelecer e prosperar. Mais de 50 anos depois, sua visão se realizou. Ele pas- sou seus últimos anos no deserto do Negev, vendo-o florecer. “Semeá-la-eis para mim na Terra” (Oséias 2:22-23). Seme- amos para O Eterno, na terra Dele. Israel é hoje o terceiro maior exportador de flores do mun- do e a maior parte é cultivada no deserto. A tecnologia de estufas buscando o aperfeiçoamento da produção agrícola tornou possível o Cultivo de mais de três milhões de rosas por hectare por estação. O Deserto de Negev, no ao sul de Israel, estende-se uma região semi-árida onde, apesar da escassez de recursos hídricos e solos férteis, surgem modernos centros urbanos e se desenvol- ve uma das mais avançadas agriculturas do mundo. Nesse lugar, segundo Ben Gurion, a criatividade israelense encontraria seu maior desafio. Assim, o Deserto de Negev está se tornando um dos celeiros agrícolas de Israel e berço de inúmeras inovações nessa área. Adonai cumprindo o que disse pelos Seus profetas: “Plan- tarei no Deserto o cedro, a arvore de sita, e a murta, e a oliveira; 61 Sarah Elzeny Zayit conjuntamente porei no ermo a faia, o olmeiro e o álamo. Para que todos vejam e saibam e considerem, e juntamente entendam que a mão de Adonai fez isto e O Santo de Israel o criou”. (Isaias 41:19 e 20) Temos prova real e concreta de como Deus cumpre lite- ralmente o que diz. Há bem poucos anos atrás, não se podia ver nada senão areia e pedra nesse deserto. Cumprindo a profecia, hoje vemos quilômetros e quilômetros do deserto de Negev com imensas plantações de trigo, frutas, flores, tomates, melões, aba- cates, tâmaras, oliveiras, etc. PRIMAVERA EM ISRAEL. Além das flores que nascem naturalmente depois da esta- ção das chuvas, há também, muita plantação de flores e frutos. No momento em que estou escrevendo este capitulo, é primavera aqui, o inverno terminou com muita chuva e neve, e agora o sol brilha com tal intensidade, que é quase impossível não usar ócu- los de sol. Tudo aqui está coberto de flores: os campos, os quintais,as dunas da praia, entre as pedras, nas frestas de calçadas, nos can- teiros das avenidas, nos terrenos baldios, nos montes, nos bos- ques; não existe lugar que não tenha flor, em todo Estado de Is- rael. Existem em Israel, as mais variadas espécies de flores. Creio que só no Éden, seria possível existir mais flores. Enquanto escrevo posso ver uma imensidade de flores; vo- zes de pássaros cantando; figueiras já com seus figuinhos, e videi- ras em flor, exalando seu delicioso aroma. Acredito estar vendo o quadro exatamente do contexto de Cantares de Salomão (2:10 a 13) que diz: “O meu Amado (O Eterno) fala e me diz: Levanta-te, amiga minha, formosa minha, e vem! Porque eis que passou o in- verno; a chuva cessou e se foi. Aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega, (também alusivo a Jerusalém que estava deserta e assolada, porém volta a florir e o tempo de dançar e cantar chegou) e a voz da rola ouve-se em nossa terra. A figueira já deu seus figui- 62 Israel - Cumprindo Profecias nhos, e as vides em flor, exalam seu perfume. Levanta-te, amiga minha, formosa minha, e vem!”. Já o inverno tão bem figurado nesse texto e tão bem compre- endido aqui. Fala de nosso momento de luta e de provação. Mo- mento de solidão, mas que nos leva a estar a sós com O Eterno e Nele somos edificados. Então de repente Ele nos chama a sair com Ele porque passou o inverno, passou o momento de prova; e sol brilha, é chegada a primavera; é momento de desfrutar das delicias da vitória com O Eterno Amado de nossa Alma. O Inverno foi só um momento, agora é tempo de cantar! Porque as promessas De Adonai são cumpridas e as vemos, as sentimos, as tocamos; e ja- mais falharão, tudo se cumprirá porque a voz Do Eterno disse: “Eu velo pela minha Palavra em cumprir”. (Jeremias 1: 12). “O tempo de cantar chegou” (Cantares 2:12) “Então a virgem se alegrará na dança e também os man- cebos e velhos; e tornarei seu pranto em alegria e sua tristeza em regozijo” A profecia diz: “oh virgem de Israel”! Ainda serás adornada e sairás com o coro dos que dançam! (Jeremias 31:4 e 13) “Irrompe em altos cânticos de gozo, oh habitante de Sião; porque imensa é a grandeza Do Santíssimo de Israel no meio de ti”. (Isaias 12:6) 63 Sarah Elzeny Zayit A cada festa bíblica, o povo de Israel, juntamente com mi- lhares de judeus e cristãos do mundo inteiro, continuam cantan- do, dançando e se alegrando em Deus, nas ruas de Jerusalém, cumprindo a Palavra profética: “E será a casa de Judá gozo, ale- gria e festividades solenes” (Zacarias 8:19) TERRA COMO O ÉDEN A profecia diz: “O deserto será como o Édem”. “O Senhor consolará a Sião; consolará a todos os seus lugares assolados, e fará o seu deserto como o Edem...” (Isaias 51:3). Jardim do Tumulo de Yeshuah onde cristãos evangélicos, do mundo todo, realizam cultos e celebram Santa Ceia. Entrar nesse tumulo e vê-lo vazio, nos da uma tre- menda sensação de vitória. Em Janeiro de 1996, havia uma quantidade enorme de tu- ristas em Israel e eu estava em Jerusalém, no Jardim da Tumba de Yeshuah (Jesus). É um jardim lindíssimo, muito florido. (Para re- frescar a memória) era o jardim particular de um homem rico, Jose de Arimatéia. Participávamos de uma ceia e ouvíamos de todos os lados, sons de musicas e de adoração a Adonai em muitos idiomas, pois ali ha sempre grupos de vários países. Havia negros da África do Sul, amarelos da Coréia do Sul, brancos do Canadá, Filipi- nas, USA, pardos e outros do Brasil. Havia gente das Américas, da Ásia, da África, gente do Ocidente e do Oriente; cumprindo a 64 Israel - Cumprindo Profecias profecia de Zacarias (8:22) que diz: “Muitos povos virão a Jeru- salém, buscar O Senhor dos exércitos”. Estávamos embebidos de uma visão pré-celestial. Lembrávamos-nos da visão do Apocalipse, onde de todas as tribos, línguas e nações estarão diante do trono de Deus, em ado- ração. Nesse clima delicioso, nossos amigos diziam: “temos a im- pressão de estar no paraíso, no Jardim do Édem!”. Nesse momento eu me lembrei dessa profecia: “E dirão: esta terra (antes) assolada ficou como o Jardim do Édem”. (Ezequiel. 36:34). Então meus olhos se encheram de lágrimas e minha boca de louvor, minha alma de adoração a Aquele que fala e cumpre! Realmente a Bíblia, a Palavra de Adonai é verdade! E isso é só o preâmbulo do que realmente será no Reino Universal de Deus com O Mashiach (Messias) Hale- luia! Jeremias 31:12 diz; “E serás como um jardim regado”. “OS CÉUS DARÃO ORVALHO...” DIZ A PROFECIA! “A semente prosperará, e a vide dará o seu fruto, e a terra dará a sua novidade, e os céus darão orvalho; e farei que o resto deste Povo herde tudo isto”. (Zacarias 8:12) Em Israel não chove por aproximadamente oito meses, nem sequer uma gota de chuva. Mas como no princípio quando Deus 65 Sarah Elzeny Zayit criou o mundo havia um grosso orvalho que cobria a terra, Ado- nai faz isso hoje com Israel, cumprindo essa promessa. Todas as manhãs de estio, um grosso orvalho cobre a terra. Como Ele fazia em volta do arraial dos hebreus no deserto (Êxodo 16:13). Encanta-me o texto bíblico de Oséias (14:5-6) que Diz que O Eterno Bendito seja Ele, será como orvalho para Israel, que florescerá como o lírio, e fará crescer o trigo e florescer a oliveira. Adonai é o nosso orvalho!. A profecia de Jeremias (31:12) diz; “E correrão aos bens de Adonai: ao trigo, ao mosto, ao azeite, aos cordeiros, e aos bezerros e sua alma será como um jardim regado”. Ezequiel (36:8 e 9) “ó montes de Israel... sereis lavrados e semeados”. “Vós ó montanhas de Israel, vos farei florescer vossos ramos e produzireis frutos para o Meu povo”. (Ezequiel 36:8). CIDADES NO DESERTO: A profecia diz (Isaias 49:19) Há hoje em Israel muitas cidades no meio do deserto, entre elas, Beer Shevah que é o lugar onde Abraão (Avraham) ordenha- 66 Israel - Cumprindo Profecias va suas cabras. Onde ele plantou um jardim de arvores frutíferas e adorou Ao Eterno. Lugar onde habitava quando Adonai lhe pe- diu o seu filho Ytzaque em sacrifício. (Gênesis 21 e 22). Foi onde Abraão (Avraham) em um concerto com Abimeleque separou sete cordeiras e cavou mais um poço, daí o nome: “Beer” (poço); “sheva” (sete) (Gênesis 21:29 a 31). Foi também o local onde O Eterno reafirmou a Isaque a promessa feita a Abraão seu pai, e ali ele edificou um altar A Ado- nai (Gênesis 26:23 a 25). Hoje é uma linda e moderna cidade no coração do deserto de Neguev, com importantes Universidades. Uma das mais importantes do País ostenta o nome do Ex-Primei- ro Ministro “Ben-Gurion do Neguev”, além de importantes insti- tuições de pesquisa agrícola: Como o Centro de Pesquisas Guilat, que desenvolve importante tecnologia para suprir às necessidades dos agricultores da região. O Deserto de Neguev representa mais de 60% do território israelense e abriga 10% da população do país. A região possui grandes centros urbanos como Arad, Beer Sheva, Eilat e outros. Possui cerca de 13 mil quilômetros quadrados. Essa região tem a forma de um triângulo invertido, cuja fronteira ocidental é contí- 67 Sarah Elzeny Zayit gua à desértica Península do Sinai, e, a oriental, ao Wadi Aravah, que faz fronteira com a Jordânia. Deserto onde Moises construiu o Tabernáculo e onde estavam as minas de cobre do Rei Salomão. Durante séculos a área foi habitada apenas por beduínos (nôma- des, filhos do deserto) muitos deles, foram trocando seu estilo de vida nômade pelo assentamento em vilarejos. Ao final do deserto do Neguev, no extremo sul de Israel, está a cidade de Eilat que é um moderníssimo Balneário, um dos principais do país, com um aquário e um observatório submarino no Mar Vermelho, com uma imensa diversidade de corais e peixes, visitados e admirados por turistas de todo o mundo Nos tempos bíblicos, Eilat foi o Porto, por onde a rainha de Sabá chegou para visitar Salomão, e por onde eram trazidos obje- tos para a construção do Templo, inclusive o ouro de OfirHoje uma belíssima cidade que recebe milhares de turistas de todo o mundo. Mesclando a singularidade do deserto e a beleza do Mar vermelho, Eilat atrai turistas, principalmente do hemisfério norte, quando as baixas temperaturas, a neve leva especialmente os eu- ropeus a buscarem opções mais quentes. (Eilat - Mar vermelho) 68 Israel - Cumprindo Profecias NOTA: O nome “Mar Vermelho” é por causa das sombras refleti- das em suas águas, causadas pelas montanhas de calcário que mudam de cor conforme a claridade e o por do sol, que se torna avermelhada ao entardecer, em uma determinada época. RIOS NO DESERTO. (Isaias 41:18) Por ocasião do inverno duran- te alguns dias por ano, há chuva no deserto, e uma grande quantidade de águas correm por ele, montanhas abaixo, como se fossem grandes rios. Por isso a profecia diz “no inverno e no estio se fará isso”. Porque quan- do se implantar O Reino de Adonai na terra, esses rios existirão sempre, não apenas no inverno. “O Senhor teu Deus te coloca numa boa terra, terra de ribeiros de águas, de fontes e de abismos que saem dos vales e das montanhas”. (Deuteronômio 8:8). “Fontes de águas em lugares se cos e rios no deserto”. Adonai falou pelo profeta Isaias acerca disso: “Abrirei rios em lugares altos..., e tornarei o deserto em tangues de águas, e a terra seca em mananciais. (Isaias 41:18)”. Quem nunca andou por um deserto não é capaz de imagi- nar o verdadeiro valor dessa promessa de rios no deserto. Imagine como se sente uma pessoa, andando o dia todo sob um sol causti- cante e vendo só areia ou pedra, num calor esbaforido, sem nem uma gota de água ou um arbusto pra uma pequena sombra. Pri- meiro sente a boca secar, depois a língua, depois a garganta e depois seu corpo todo sente tamanha sequidão, dando a impressão de que até os ossos estão secos. A pessoa sente febre, por causa do calor intenso e exposição constante ao sol e por causa da febre ele tem va- Rio de inverno no deserto da Judéia 69 riações em sua mente e vê oásis (fonte de água no deserto) então ele junta todas as forças que lhe restam e chega até lá, porém é apenas fruto da imaginação, porque só existe areia ou pedra e nada mais. Nesse momento não lhe resta mais esperança e só lhe resta a morte. Foi conhecendo extremamente esse contexto, vivendo na região desértica do oriente, que o salmista escreveu: “... minha alma tem sede de Ti oh Deus!”. Não é apenas sede, mas é desespero por viver. Em outras palavras diria: “Dá-me Tua presença ou morro!”. Há alguns anos atrás estávamos fazendo um curso turismo em Israel e, como alunos, tivemos que subir montanhas e cami- nhar no deserto por varias horas; a água que eu levara não foi suficiente e acabou no meio do percurso, então pude entender, em partes, o que realmente esse texto bíblico quer dizer; É muito mais que sede, é angustia de alma, e desespero pela necessidade de viver! “Como o cervo que anseia pela fonte das águas, assim minha alma suspira por Ti oh Deus!”. (Salmo 42:1). “Como o cer- vo angustia-se pela fonte de águas, assim minha alma desespera- damente anseia por Ti Oh Deus”. Em Israel Adonai tem transformado o deserto em terra fértil! Ele é Deus!. Muitas vezes nos sentimos como uma pessoa no deser- to, embora em meio uma multidão de pessoas, nossa alma se acha solitária e nos temos sede de Deus. Já buscamos em tantos lugares, já batemos em tantas portas, e a sede de nossa alma só aumentou. Porém a Palavra de Deus é que “Ele coloca fontes de águas no de- serto e rios em lugares secos!” Ele esta fazendo isso com a Terra de Israel e quer fazer isso também na terra de nosso coração. “E vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação”. (Isaias 12:3 e 4). “DEPENDERÁS DA ÁGUA DAS CHUVAS PARA VIVER” (Deuteronômio 11:11-12). Esta terra não tem grandes rios e abundantes como no Bra- sil. Dependemos das chuvas e da neve para termos água. Aqui se 70 Israel - Cumprindo Profecias aprende a depender de Adonai para viver. Somos como um barco à deriva, mas sentimos que o vento que nos leva e impulsiona é o vento do Espírito de Deus. Vivemos na pratica o que ouvimos durante anos. “Aquele que é guiado pelo Espírito”. Em todos os sentidos. O povo de Deus, na saída do Egito, quando estava no De- serto de Tzin e não havia água para eles; e apareceu a gloria do Eterno a eles e Adonai falou a Moises: “... tirareis águas da rocha e dareis de beber ‘a congregação e aos animais” e Moises feriu a ro- cha e jorrou água no deserto. E O Eterno diz: “Os aflitos e neces- sitados buscam águas e não as encontram, e sua língua se seca de sede; mas Eu O Senhor os ouvirei e tornarei o deserto em tanques de águas e a terra seca em mananciais... para que todos saibam que a mão De Adonai fez isso” (Isaias 41:17 e 20). “Então os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará: porque águas arrebentarão no deserto e ribeiros no ermo” (Isaias 35:6). Rio Do Eterno. Há algum tempo atrás estivemos em Jeru- salém, por duas semanas, em um seminário ministrado por um conferencista de oitenta e quatro anos de idade, B.H.Clendennem. Sentíamos que o rio de Adonai passava por nós. Foi um mover tão grande de Deus, que era como uma cachoeira do Espírito que nos inundava. Não podíamos nos conter diante do transbordar Do Eterno em nossas vidas. O Espírito Santo nos envolveu com Sua presença a tal ponto que não queríamos falar de outra coisa, não queríamos pensar em outra coisa, “não queríamos querer outra coisa”. É a unção, a comunhão, tão doce e ao mesmo tempo tão forte e tão profunda, que nos impulsiona, nos move e nos domi- na. Só conseguimos dizer: Te quero, Adonai, mais que tudo! E nos prostramos em adoração no mais profundo e inigualável amor! Creio que haverá um grande mover Do Espírito nos últimos dias. Esse mover começará em Jerusalém como no dia de Pente- costes e se espalhará e inundará toda terra. “E toda a terra se en- chera do conhecimento da gloria Do Eterno, como as águas cobrem 71 Sarah Elzeny Zayit o mar”. “Naquele dia acontecerá que correrão de Jerusalém águas vivas... Adonai será Rei sobre toda a terra; naquele dia um será O Senhor e um será O Seu Nome”. (Zacarias 14:8). Não nos satisfa- çamos com gotas apenas, quando Adonai tem rios do Seu Espírito para nós. Podemos entender o que diz a Palavra do Eterno: “Rios de águas correm do seu interior”. (João 7:38). Primeiro O rio de Deus passa por nos e nos lava e nos limpa e nos santifica e depois nos enche, inunda nosso espírito alma e corpo de tal modo que se unifica, a tal ponto de que não existe mais o desejo da carne ou sentimentos da alma, mas apenas o es- pírito vence e se torna um como, O Pai e O Filho são Um. E então brota de nosso interior uma fonte, “rios correm do seu interior” Rios de comunhão, de exaltação, de adoração. É o transbordar de Deus. “O que o olho não viu, o ouvido não ouviu e nem subiu ao coração do homem, são as coisas que Deus preparou para os que o amam” Aleluia! Na visão do profeta Ezequiel (47:1) saíam águas debaixo do altar. E subiam pelos artelhos, pelos joelhos e pelos lombos, até que se formou um ribeiro de águas profundas. Nunca podemos pensar que já alcançamos tudo, porque Adonai é infinito. Ele sempre tem mais, e quanto mais O alcan- çamos, mais essa fonte jorra; mais Ele tem pra dar. É uma fonte inesgotável. O Rei Davi disse no Salmo 65:9, que O Eterno nos enriquece grandemente com Seu Rio e o Rio de Deus está cheio de água. Sempre tem pra dar! Caminhemos com O Nosso Amado pela chuva Do Espirito! Haleluia! “Quando mais... mais!”. “Le- vanta-te e resplandece, porque já vem a tua luz e a gloria do Senhor vai nascendo sobre ti” (Isaías 60:1). Deus quer tornar nossa vida em um manancial de águas, e essa é Sua promessa: “E Adonai te guiara continuamente, e farta- rá a tua alma em lugares secos e fortificará os teus ossos, e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nun- ca faltam... então te deleitaras No Eterno!” (Isaias58:11 e 14). Adonai quer fazer de nossa vida também, uma fonte, cujas 72 Israel - Cumprindo Profecias águas nunca faltem; e sendo uma fonte que jorra poderá abençoar a vida de todos que nos cercam! E o Rio de Adonai passará por toda a terra. O ponteiro do relógio Do Eterno está se aproximan- do da meia noite. “E O Espírito e a esposa dizem: VEM!”. A PROFECIA DIZ: “Os peixes serão em grandes varieda- des”. (Ezequiel 47:10). (EILAT, observatório submarino no Mar Vermelho) Além da grande variedade natural de peixes no Mar Medi- terrâneo, Mar da Galiléia, e Rio Jordão, há também piscicultura em Israel feita em mar aberto com gaiolas submersas, assim como também em reservatórios e lagos artificiais. Devido à carência de água potável, os piscicultores usam um sistema fechado de águas para criação intensiva. Alguns projetos também usam reservató- rios de água para irrigação. Existe uma grande variedade de peixes ornamentais, in- cluindo peixes de águas frias, peixes tropicais e cultivo de plantas marinhas e lírios aquáticos, que são exportados para o mundo todo, especialmente para a Europa. A PROMESSA É: “TERRA CUJAS PEDRAS SÃO DE FERRO E DOS MONTES CAVARÁS O COBRE”. (Deute- ronômio 8:9). 73 Sarah Elzeny Zayit Colunas de Salomão em Timna e minas de cobre do Rei Salomão. A Palavra do Eterno é que nos daria uma terra que dos montes tiraríamos o cobre. No Deserto do Negev a poucos quilô- metros de Eilat onde eram as Minas do rei Salomão, de onde ele tirou cobre para a construção do Templo e dos objetos sagrados, até hoje há extração de cobre nesse lugar. A PROFECIA DIZ: CIDADES REEDIFICADAS EM SEUS PRÓPRIOS LUGARES. “Regressa ó virgem de Israel a estas tuas cidades”, diz a pro- fecia. (Jeremias 32:21) “Ainda te edificarei, diz Adonai” “E as cidades (de Israel) serão habitadas e nos seus próprios lugares”. (Jeremias 31:24)“ O Eterno falou através do profeta Jeremias (31:4-7): “Ainda te edificarei e serás edificada, oh virgem de Israel!.... Ainda planta- rás vinha sobre os Montes de Samaria”.(Zacarias14:20- 21). “Farei com que as cidades voltem a ser habitadas e se edifiquem novamente nos lugares que ficaram desertos”. “Edificarei os lugares as- solados; Eu O Senhor determinei e farei cumprir”. (Ezequiel36: 33,35-36): Conforme as profecias, as cidades em Israel foram recons- truídas em seus próprios lugares. As cidades vão reerguendo-se e estabelecendo-se no lugar bíblico. 74 Israel - Cumprindo Profecias APENAS ALGUNS EXEMPLOS DAS DEZENAS DE CIDADES RECONSTRUÍDAS: Jope (Yafo); Cidade bíblica. Porto marítimo onde Jonas tomou o navio para Tarsis; e por onde chegaram as madeiras do Líbano, para cons- trução do Templo de Salomão. Também viveu Dorcas (mulher rica em caridade, que foi ressuscitada por Pedro o apostolo); casa de Simão curtidor, onde se hospedou Pedro, quando teve a visão do lençol cheio de répteis, que figurava os gentios, porque até então Pedro não aceitava que o evangelho fosse além dos judeus. Tiberíades. 75 Sarah Elzeny Zayit Onde o antigo se mescla com o moderno. Cidade constru- ída por Herodes Antipas (João 6:1 a 23). Seu nome era em honra ao imperador Tibério. Situada as margens das águas azuis e crista- linas do (Kineret), Mar da Galiléia, sendo uma das quatro cidades sagradas do judaísmo. (Tiberíades, Jerusalém, Hebron e Safed que é um dos principais locais de peregrinação judaica, chamados de “Ir hacodesh” cidade santa). Tiberíades é a Capital da Galiléia – centro espiritual importan- te desde a queda de Jerusalém e a destruição do Segundo Templo. Sfad. (Sfat) Cidade referida por Yeshuah (Jesus) quando disse que não se pode esconder uma cidade edificada sobre o monte. Ela fica no topo de uma das mais altas colinas na região da Galiléia e pode ser avistada do Mar da Galiléia. Lugar onde sempre (desde os tempos bíblicos até hoje) houve estudo minucioso e interruptivel da To- rah. Escolas bíblicas “Yeshivah”. Nazaré 76 Israel - Cumprindo Profecias Cidade onde o anjo anunciou a Maria o nascimento de Yeshuah e onde Ele foi criado. Também ai estava a carpintaria de Jose. Ashkelon. Situada às margens do Mar Mediterrâneo é uma das cidades onde viveram os filisteus. Sansão derrubou as colunas do templo de Dagon. (Juízes 16).Os filisteus roubaram a Arca da Aliança Do Deus de Israel e levaram-na diante de seu deus Dagon. Na manhã seguinte o deus Dagon amanheceu no chão, com o rosto em terra diante da Arca de Adonai. Eles levantaram o ídolo no seu lugar; e na manhã se- guinte encontraram-no novamente estendido no chão com a cabeça e mãos desprendidas do corpo, sobrando apenas o tronco. (Juízes 1:1, 5). Ashkelon hoje é uma cidade moderna turística e que con- serva as marcas da historia bíblica. Beit Shean. 77 Sarah Elzeny Zayit Cidade de Issacar e Manasses, reconstruída pelos romanos, nos tempos de Yeshuah. Hoje existe a moderna cidade de Beit Shean ao lado das ruínas da antiga cidade romana. Milhares de achados arqueológicos vêm confirmar a veracidade dos fatos des- critos na Bíblia. Haifa Cidade junto ao Monte Carmelo, onde o profeta Elias, des- fiando os falsos profetas de Baal, fez descer fogo dos céus e con- sumir o holocausto. Haifa hoje é uma linda e próspera cidade Possui várias Uni- versidades e Centros de pesquisa Cientifica. “EU OS MULTIPLICAREI, DIZ ADONAI” (Ezequiel 37:26). “Vos multiplicarei para que cresçam, e farei com que sejais habitadas como antes, e que prosperem mais que no passado, e as- sim sabereis que Eu Sou O Eterno”. (Ezequiel 36:10 e 11). “Assim diz Adonai dos Exércitos: as minhas cidades ainda aumentarão e prosperarão” (Zacarias 1:17). 78 Israel - Cumprindo Profecias Tel Aviv. Conhecida como a ‘Cidade Branca’, é um rico exemplar de arquitetura moderna. Tem a maior concentração do mundo de prédios no estilo “moderno internacional”, mais conhecido como “Bauhaus”. A famosa faculdade alemã que praticava a racionali- dade e o funcionalismo na arquitetura encontrou em Tel Aviv seu lugar adequado. Israel hoje possui as cidades e as edificações mais modernas do mundo. (Como Tókio e New York). “Apertada de moradores” “Porque nos desertos, e nos teus lugares solitários, e na tua terra destruída, te verás agora aperta- da de moradores...” (Isaias 49:19). “... e as cidades antes destruí- das, estão fortalecidas e habitadas”. Jerusalém 79 Sarah Elzeny Zayit Jerusalém e outras tantas cidades foram abandonadas e as- soladas por muitos anos, ficaram como deserto; hoje grandes e lindas cidades, floridas e apertadas de moradores, cumprindo as profecias bíblicas. E como já mencionamos, elas foram construí- das em seus próprios lugares, dos tempos bíblicos. “Judá habitará em todas as suas cidades” (Jeremias 31:24). “E as ruas da cidade se encherão de meninos e meninas e nelas brincarão” diz o profeta.” (Zacarias 8:5). “Como o rebanho santificado, como o rebanho de Jerusalém nas suas solenidades, assim as cidades desertas e encherão de famí- lias; e saberão que Eu Sou O Senhor!”. Aleluia! *nota: É impressionante, a quantidade de gêmeos que nascem em Israel, principalmente em Jerusalém, e entre judeus ortodoxos, (os mais zelosos das Leis de Adonai). VOZ DO NOIVO E VOZ DA NOIVA A profecia diz: “Se ouvirá a voz do noivo e a voz da noiva”. “Assim diz O Senhor: Neste lugar de que vós dizeis que está deserto... Nas ruas de Jerusalém... ainda se ouvirá a voz do gozo, a voz da alegria, a voz do noivo, a voz da noiva e a voz dos que dizem: Louvai ao Senhor dos Exércitos, porque bom é O Senhor, porque a sua benignidade é para sempre”. (Jeremias 33:10 e 110). 80 Israel - Cumprindo Profecias Hoje podemos ver nas ruas de Jerusalém, noivos passeando, pois esse é um costume no oriente; os noivos saem passear pelas ruas e praças da cidade. Mas essa também é uma figura do Messias de Israel e Seu povo, quando Ele se assentar no trono de David para reinar sobre toda a terra, como Profetizou Isaias: “Quando Adonai reinarno Monte Sião em Jerusalém” (Isaias 24:23). En- tão se ouvira a voz do noivo (O Messias) A voz da noiva (O Seu povo); e gozo, e júbilo! É comum nos sentirmos angustiados por que ainda não rece- bemos o que nos foi prometido por Deus, porém temos a confiança de que Ele não tarda e não falha, Ele faz tudo no tempo exato. Nós é que não entendemos que ainda não estamos prontos para rece- ber a resposta. Somos para Deus como crianças para seus pais. Se seu filho de dois anos de idade lhe pedir uma tesoura, com certeza não lhe dará; porém se seu filho de quinze anos lhe pedir a mesma tesoura, com certeza lhe dará. Por quê? Será que você ama mais o que tem quinze anos? Claro que não. Assim como pai ou mãe co- nhecem as limitações dos filhos, O Eterno dar-nos-á aquilo que nos for benéfico, no momento certo que nos fará bem. Adonai, com incondicional amor e imenso carinho, nos toma no colo quando não estamos em condições de caminhar so- zinhos, e nos segura pela mão, quando precisamos de direção. Ele não está alheio a nossa situação. O Salmo 113 diz que Ele habita nas alturas e que se curva para ver o que está acontecendo nos céus e na terra e faz com que a mulher estéril habite em família e seja alegre mãe de filhos. Ele é O Deus dos impossíveis, e cumpri- rá tudo o que prometeu. O Eterno disse que em Jerusalém, que dantes estava assolada, nela voltaríamos a ouvir a voz do noivo e da noiva, nisso constata- mos que Ele cumpre literalmente o que diz. Portanto, se O Eterno falou, segure a Palavra Dele, mesmo que as circunstancias pareçam adversas; Firme-se nas promessas do Todo Poderoso Deus, e não nas aparentes circunstancias. Tome posse pela fé do que Ele disse e 81 Sarah Elzeny Zayit seja mais que vencedor, porque, fiel é Deus. Usufruamos, portanto, de tudo que Ele preparou para nossa alegria, antes da fundação do mundo, porque já fazíamos parte do projeto Do Criador. O apostolo Paulo (Rabino Shaul) escreveu aos Efésios, no capitulo primeiro, que Adonai nos elegeu antes da fundação do mundo e nos predestinou para filhos de adoção por Yeshuah Há Mashiach (Jesus O Messias), para o louvor e gloria de Sua graça, pela qual nos fez agradáveis a Si mesmo. Nele, em quem temos a redenção (fomos comprados) e a remissão dos pecados (foi pago o preço de nossa culpa). Não devemos mais nada, e por isso o inimigo não tem poder sobre nossa vida e não nos pode acusar. Somos vencedores! A PORTA FECHADA. A profecia diz: “Esta porta estará fechada e ninguém entrará por ela porque O Senhor Deus de Israel entrou por ela” (Ezequiel 44:2) A Porta Dourada por onde deve entrar O Messias “Mashiach de Israel”, no muro oriental da cidade velha de Jerusalém é vista 82 do Jardim Getsêmani, no Monte das Oliveiras, quando olhamos em direção ao Monte do Templo. O Messias, quando voltar, des- cerá no Monte das Oliveiras (Zacarias 14:4) e atravessará o Vale do Cedrom (kedron) e entrará na Porta Dourada ao Monte do Templo, exatamente como fazia Yeshuah há dois mil anos atrás. Essa porta dava entrada ao Santuário Do Eterno. Jerusalém possui oito portas. Essa porta que está em frente ao Monte das Oliveiras (somente essa) está fechada com pedras. Segundo a tradição judaica O Messias (HáMachiach) entrará por ela, para cumprir a profecia de Ezequiel que diz que a gloria Do Eterno entrará no templo pela porta oriental (Ezequiel 43:1-5). Quando os turcos otomanos tomaram o poder em Jeru- salém, no ano de 1517, sabendo dessa tradição judaica, e tendo ciência dessa profecia bíblica, quanto à vinda do Messias judeu à Jerusalém, de onde Ele reinará sobre as nações, temendo o cum- primento dessa profecia, eles fecharam a porta e a lacraram com grandes pedras; não sabendo que estavam justamente cumprindo outra profecia, de Ezequiel (44:2) que diz: “Esta porta estará fe- chada... porque O Senhor Deus de Israel entrou por ela”. No Brit Hadashah (Novo Testamento) está escrito: “Trouxe- ram a jumenta e fizerem-no (Yeshuah) assentar em cima e a multi- dão clamava dizendo: Bendito é Aquele que vem em Nome Do Se- nhor”. “Baruch Rabá Shem Adonai” Hozanas Ao Filho de David! E entrando Ele (Yeshuah) em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, dizendo: Quem é este?”(Mateus 21:1 a 11) Isso aconteceu para que se cumprisse a profecia de Isaias 62:11 e Zacarias 14:4: “Eis que O teu Rei ai te vem, manso e assentado sobre uma jumenta“. Do Monte das Oliveiras Yeshuah ascendeu aos céus, e o anjo disse: “assim como o viste subir Ele voltara”. Segundo profetizou Zacarias (14:4), Ele voltará no mesmo lugar: “E naquele dia es- tarão Seus pés sobre o Monte das Oliveiras, que está de fronte a Jerusalém, para o oriente, e o Monte das oliveiras será fendido pelo meio...”. 83 Sarah Elzeny Zayit E essa Porta Oriental seria fechada, preservando-a para a gloriosa e triunfal entrada Do Mashiach (Messias) Yeshuah, que retornará pelo mesmo lugar onde passou outrora, pela Porta Dourada. Os muçulmanos fizeram um cemitério em frente à Porta Oriental, pois eles sabem da “mitzvah” (mandamento judaico) que um sacerdote não pode passar por cima de um lugar onde esteja enterrado algum morto, pois de acordo com a Toráh (Nú- meros 19:16) tal atitude o tornaria impuro. E como O Messias atravessaria? O que eles não sabiam é que quando o Messias che- gar, os mortos vão ressuscitar. Haleluia! A Bíblia diz também, que uma fenda se abrirá no Vale do kedron (Cedrom) entre os Montes do Templo e das Oliveiras, quando o Messias por ali regressar (Zacarias 14:4). Os túmulos se removerão e a Porta Dourada será aberta; e entrará O Rei da Glo- ria! Então se dirá: “Levantai oh portas as vossas cabeças; levantai- -vos oh portais eternos e entrará O Rei da Gloria... O Senhor Po- deroso na Guerra; O Senhor dos Exércitos, Ele é O Rei da Gloria!” Haleluia! Estamos vivendo a tarde do último dia antes da vinda do Mashiach (Messias) e haverá em breve uma revelação do Messias ao povo judeu e um avivamento como nunca houve. 84 Israel - Cumprindo Profecias EXPLOSÃO DE CONHECIMENTO. A profecia diz: “A ciência se multiplicará” (Daniel :12:4).. “Haverá sabedoria e conhecimento” (Isaias 33:6) A criatividade israelense é conhecida no mundo. A genia- lidade industrial dos profissionais e pesquisadores de Israel está presente em inúmeros segmentos necessários ao cotidiano de muitos países. Eis alguns exemplos: A Msystems foi pioneira no desenvolvimento da memória- -flash DiskOnKey e DiskOnChip, transformando gerenciamento e armazenamento de informações. A GE Healthcare Israel lançou o primeiro equipamento ta- manho miniatura de ultra-som cardíaco portátil, do mundo. O scanner de tomografia computadorizada Philips Brillian- ce faz um diagnóstico abrangente do paciente, em poucos segun- dos, nas salas de emergência, onde cada segundo é vital. A tecnologia de compressão ZIP foi desenvolvida por dois professores do Instituto Tecnológico - Technion de Haifa. A pílula endoscópica com micro câmera foi lançada pela Given Imaging, em Israel. A ferramenta ICQ do AOL Instant Messenger foi desenvol- vida, em 1996, por quatro jovens israelenses. A telefonia pioneira através do protocolo IP foi lançada pela Vocaltec de Israel. Os microprocessadores Centrino e Pentium-4 Dotan foram desenvolvidos pela Intel Israel. Dois professores Israelenses do Technion ganharam o Prê- mio Nobel de Química, em 2004. Seu trabalho de identificação da proteína Ubiquitin é uma inovação nas pesquisas do câncer, doenças degenerativas do cérebro e muitas outras. A empresa israelense Lumus Optical criou os vídeos-óculo PD-20, para assistir a TV e vídeos em qualquer lugar. As imagens 85 Sarah Elzeny Zayit são refletidas diretamente no globo ocular pelo aparelho, preso na armação dos óculos que podem ser usados até mesmo com telefones celulares. Cientistas israelenses têm feito importantes descobertas na área de ciências medicas. A contribuição de Israel à revolução biotecnológica ao mundo é relevante; a infra-estrutura de pes-quisa médica e paramédica é altamente desenvolvida, o mesmo ocorrendo com suas instalações de pesquisa no campo da bio- -engenharia. A medicina clínica e a pesquisa científica biomédica cons- tituem os assuntos de mais da metade das publicações científicas do país. O setor industrial do país vem ampliando sua atividade neste campo, para aproveitar o vasto conhecimento existente em Israel. Pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciências de Israel identificaram vários genes que intervêm no processo que impede a divisão das células, o que pode prevenir o câncer, caracterizado pela reprodução celular sem limite. (Fonte:EFE) Cientistas Israelenses do Technion criaram um tecido do coração que funciona através de pilhas, enquanto os cientistas do Instituto Weizmann encontraram uma enzima capaz de impedir os danos de cérebro. Dr. Shulamit Levenberg de Technion e o Professor Lior Gepstein usaram com sucesso pilhas de haste embriã para criar vasos de sangue dentro do tecido, que deve permitir sua incorpo- ração no sistema vascular do coração. Um dispositivo Israelita sem fios, controlado por compu- tador, desenvolvido e fabricado em Israel que habilita um cami- nhar seguro para pessoas com perna paralisada devido a der- rame, dano cerebral, paralisia cerebral, dano na espinha dorsal ou esclerose múltipla recebeu aprovação da US Food and Drug Administration. (Good News From Israel). Grupo de cientistas locais tem desenvolvido métodos para a produção de um grupo 86 Israel - Cumprindo Profecias de proteínas eficaz contra infecções viróticas, além de produzir um hormônio de crescimento humano. Entre as conquistas de engenharia genética, citam-se vários estojos de diagnósticos ba- seados em anticorpos monoclonais, assim como outros produ- tos microbiológicos. Equipamentos médicos altamente sofisticados foram desen- volvidos, e comercializados em todo o mundo. Incluindo scan- ners para tomografia computadorizada (CT), sistema de imagens por ressonância magnética. Scanner de ultra-som, câmeras medi- cas nucleares, lasers cirúrgicos e muitos outros. Dois acadêmicos da Universidade de Tel Aviv, conduzidos pelo professor Eshel Bem Jacob e o Doutor Itay Baruchi, rea- lizaram uma revolucionaria descoberta cientifica no campo de inteligência artificial relacionada ao tratamento do mal de Pa- rkinson. Eles desenvolveram uma espécie de chip orgânico de memória. Uma outra invenção medica israelita de um robô, menor do mundo; é utilizado para cirurgias na coluna vertebral. Empresa israelense cria injeção indolor. O sistema ViaDerm Drug Delivery é um aplicador indolor que não erra o alvo. Em vez de injetar o medicamento diretamente na corrente sanguínea ou através da camada externa da pele (epiderme), o sistema cria mi- cro canais na epiderme que difundem o medicamento até a der- me. E entram no sistema sanguíneo. O aparelho é muito importante para tratamento médicos, como da diabete que obriga o uso de aplicações diárias de inje- ções. (Noticias de Israel 2006). No campo de Energia. Em Israel, é notório o grande desen- volvimento de fontes alternativas de energia, tais como a solar, térmica e eólica, Israel é líder no campo da energia solar em todos os níveis. Foi desenvolvido um novo receptor de alta eficiência que recolhe a luz solar concentrada, vai ampliando o uso da ener- gia solar também para fins industriais. 87 Sarah Elzeny Zayit *NOTA: Depois que escrevi este capitulo (em 2007), descobertas científicas continuam acontecendo em Israel todo tempo, pois é um dos maiores exportadores de Tecnologia na área cientifica medica e informá- tica e na área de produção agrícola da qual falaremos mais tarde. ISRAEL É A TERRA DA BÍBLIA. É impossível desassociar Israel da Bíblia e do espiritual; eles estão de tal forma interligados, que Israel não existe sem a Palavra Do Eterno. Quanto mais conhecemos Israel, mais podemos en- tender a Bíblia em seu contexto. Os lugares são os mesmos e com os mesmos nomes citados na Bíblia, cumprindo a profecia que diz: “E saberão as nações que Eu O Senhor tenho edificado as ci- dades destruídas, e plantado o que estava devastado, Eu O Senhor disse e farei”. (Ezequiel 36:36). A cada palmo que pisamos é como se estivéssemos andando com os reis e profetas bíblicos, vendo profecias já cumpridas e se cumprindo hoje. O escritor de “Bibliabaytes” disse que ler as profecias bí- blicas, é o mesmo que ler um jornal de notícias diárias de Israel “Pode passar os céus e a terra, mas as Minhas palavras não passa- 88 Israel - Cumprindo Profecias rão, diz O Eterno”. Ao chegar a Israel pelo Aeroporto Bem Gurion de Tel Aviv, você vai deparar com o texto bíblico numa parede com uma expo- sição arqueológica, dizendo: “Bendito serás ao entrares e bendito serás ao saíres” (Deuteronômio 28:6). Você já entra com a bênção da Palavra De Adonai. Ao levantar-se pela manhã, a primeira coisa que vai ouvir de alguém é: “Shalom” “Paz” e todo o dia vai se ouvir palavras como: “com a ajuda Do Eterno”, “se O Eterno permitir”, “Bendito seja O Eterno nosso Deus”. Em Israel o povo em geral se cumprimenta dizendo “Sha- lom!”, “Paz!”; em seguida dizem: “Ma Neshimah?” “Como está sua alma?” ou “Ma shalomchah”? (lê-se ma shalomrrah) “Como está sua paz”?”. Ao que se responde: “Baruch HaShem” “Bendito O Nome (Do Eterno) Ao Eterno Santo e Bendito”. Quando ques- tionado sobre fazer algo, se responde: “Se O Eterno quiser” ou “Com a ajuda Do Eterno, farei...” (assim diz o povo em geral e não apenas os mais religiosos). Em cada porta que entramos há no portal a “Mesusah” com o Texto de Deuteronomio 6:4 “Ouve oh Israel Adonai nosso Deus é Único Deus” As músicas folclóricas de Israel falam da terra santa, e de tudo que faz Adonai por Sua terra e por Seu povo e dá a Ele glória!. Os feriados e festas comemoradas em Israel são festas bíbli- cas. E nos feriados cívicos as autoridades veem ao publico para ler textos das profecias bíblicas e orar agradecendo a Adonai pelo cumprimento delas. A história, a geografia e a arqueologia de Israel são as bíblicas. Todo Estado de Israel nos fala de Adonai e de Yeshuah (Je- sus). É impossível andar por qualquer parte de Israel, sem fazer associações Bíblicas. É impossível desvencilhar Israel e o povo ju- deu da Bíblia. 89 Sarah Elzeny Zayit *Nota: Mencionarei apenas alguns lugares, pois necessitaríamos de muitos livros pra falamos de cada lugar bíblico de Israel. MAR DA GALILÉIA Também chamado de Lago de Genezaré, Lago de Tibería- des. Em Israel se chama Kineret (que quer dizer o que toca Harpa ou violinista, porque ele tem o formato de uma Harpa). Esse Lago ou Mar doce foi palco de grandes acontecimen- tos e da maior parte do ministério de Yeshuah (Jesus). É região de muitas fontes de águas quentes, que possuem uma riqueza enorme de minerais curativos; E desde os tempos de Yeshuah até hoje, essas águas são usadas medicinalmente. Por isso, nos tem- pos Dele, milhares de pessoas vinham de todas as partes para Galiléia, para se tratar de enfermidades; razão pela qual Yeshuah encontrou ali tantos enfermos como pobres e necessitados para os quais Ele veio, por isso operou uma imensidade de milagres ao redor desse lago. Foi onde chamou a Pedro, Tiago e João para serem seus discípulos, serem pescadores de homens; Ele andou por sobre as águas; retirou a dracma de um peixe; efetuou a pesca milagrosa, a multiplicação de pães e peixes e acalmou a tempesta- de e muitos outros milagres. Um lugar impar! Estar no Mar da Galiléia, e poder contem- plar as maravilhas da criação de Adonai, é sempre uma emoção: De um lado Montanhas, de um verde carregado do bosque, e uma imensidade de flores vivas e as mais variadas margeiam o grande lago. O sol brilha intensamente, refletido nas pedras brancas. Do outro lado do Lago as Colinas do Golan são Montanhas de calcário que mudam de cor conforme a claridade (desde rosa, cinza azulada, até branca). Essas contrastam com o lindo azul das águasque refletem a cor do céu, como um verdadeiro paraíso! 90 Quando estive na Galiléia pela primeira vez, lembro-me como se fora hoje, fiquei impressionada com tanta beleza. Fiquei hospedada em um hotel bem em frente o Mar da Galiléia. À noite, da minha cama eu podia ver o mar. A paisagem noturna não era menos impressionante que a diurna. Aos fundos as brancas coli- nas do Golan refletiam a luz da lua sobre as águas; na margem do mar havia lindas tamareiras que revolviam com o vento, que batia nas águas levantando ondas fortes. Eu estava tão emocionada, que não podia dormir, pensan- do que Meu Senhor andou por cima daquelas águas. Era uma noite de luar, e a luz muito clara da lua, refletia sobre as águas do mar, dando a elas um brilho prateado, um aspecto inigualável. Eu pensava que quando Yeshuah (Jesus) andava por cima daquelas águas, elas deveriam brilhar muito, muito mais que aquilo, por- que era Aquele que disse: “EU SOU a LUZ do mundo!” que anda- va sobre as águas. Meu coração foi tomado por tamanha emoção e meu espírito se encheu de louvor e adoração Ao Eterno, de tal forma que eu não pude me conter na cama e tive que me levantar para adorar meu Senhor ali naquele quarto de hotel. Eu só queria Adorar Ao Rei meu Senhor! Seis anos antes eu tinha sofrido um acidente. Por causa disso eu não podia me ajo- elhar nem em cima de uma almofada, pois sentia muita dor. Mas naquela noite, meu coração não podia conter-se. Eu disse: “Ado- nai, quero prostrar-me e adorar-te, nem que seja por dois minu- tos, eu suportarei a dor”. Então me ajoelhei e comecei adorá-lo. O Espírito de Adonai encheu aquele quarto em que eu me encon- trava. Sua presença era tão real, que aquele local foi transformado num Mishkan Hamikdash (Tabernáculo Santo), assim eu sentia. Minha alma foi inundada pelo Espírito de Adonai, e a ado- ração e o louvor tomaram conta de todo o meu ser. Não senti passar o tempo. De repente ouvi o telefone tocar. 91 Sarah Elzeny Zayit Réplica do barco do tempo Bíblico Despertei-me daquele êxtase espiritual e atendi ao telefone. Era da recepção do hotel, alguém me chamando para o café, pois já eram sete e meia da manhã. Na presença Do Eterno, o tempo não existe. Eu estive ajoe- lhada desde aproximadamente dez horas e trinta minutos da noi- te, até às sete e trinta da manhã do outro dia. Nove horas haviam se passado e eu pensava que se passaram apenas alguns minutos. Eu estava curada. Então desci para o café e já no elevador é que eu me lembrei de que há seis anos não podia ajoelhar-me e pensei: Estou curada! (Porque eu não pedi por cura, eu não pensei em cura! Eu só quis adorar Ao Eterno nosso Deus). Hale- luia. Mais um milagre, como os milhares, operados por Yeshuah HáMashiach (Jesus O Messias) na Galiléia Nos tempos bíblicos. Os discípulos de Yeshuah (Jesus) es- tavam pescando a noite no Mar da Galiléia, e o barco deles es- tava no meio do mar e era açoitado pelas fortes ondas, porque o vento era contrário (Com a mudança de temperatura à noite, por causa do vento frio que vem do Hermon e o contraste com águas de muitas fontes quentes, levantam-se ondas muito altas ali). Yeshuah foi ter com os discípulos, os quais estavam em apuro quando viram o Mestre andando por sobre as águas do Mar e logo foram acalmados pela doce voz do Mestre que disse: “Sou Eu, não tenhais medo, tende bom ânimo!”. Se o vento nos parece contrário, é nesse momento que O Mes- 92 Israel - Cumprindo Profecias tre aparece andando por cima das águas (dos nossos problemas) e nos diz carinhosamente: “Sou Eu, não tenhais medo, tende bom ânimo!”. Não importa a altura das ondas. O Mestre nos convida a andar com Ele. Tenhamos coragem de Pedro de abandonar o barco, descer sobre águas e andar apenas por fé, caminhar em vitória. O MAR MORTO É muitas vezes maior em salinidade que outros mares, por isso as pessoas deitadas ou sentadas em suas águas, não afun- dam. Seus cristais são lindíssimos. Não há vida nessas águas, mas a profecia de Ezequiel (47) diz que quando brotarem as águas debaixo do santuário, elas correrão metade para o Mar Grande e outra metade para o Mar oriental (mar Morto), e essas águas sararão e terão grande quantidade de peixes como no Mar Grande. A profecia diz ainda, que quando essa torrente, esse rio, che- gar até ao Mar pequeno, (Mar Morto), ele terá em suas margens arvores frutíferas, de toda espécie e cujos frutos não cessarão; to- dos os meses terão frutos novos; e suas folhas jamais murcharão e servirão de remédio para cura; porque essas árvores serão rega- das com as águas que saem do Santuário! (Ezequiel 47:1, 8-12) (Zacarias14: 8). O profeta Joel (3:18) diz: “E acontecerá naquele dia, que to- dos os rios de Judá transbordarão de águas; e sairá um manancial Da Casa Do Eterno, que regará o vale de Shitim”. Foto da caverna descoberta há pouco tempo em Jerusalém. 93 Sarah Elzeny Zayit O jornal “Haaretz” de Jerusalém no dia 27.11.2011 (Kislev 1, 5772 do calendário judaico) publicou que quando a Empresa Rai- lways cavava, no centro de Jerusalém, para a construção de uma nova estação subterrânea de trens de alta velocidade para atuar de Jerusalém a Tel aviv, descobriu uma caverna com as maiores fon- tes de água subterrânea já descoberta em Israel, cujos desfiladei- ros profundos e cachoeiras é um dos mais impressionantes acha- dos para os cientistas. A Empresa construtora chamou a equipe de os geólogos da Unidade de pesquisa da Universidade Hebraica. “Nós encontramos um rio bonito” disse o Professor Amos Fru- mkin, chefe da Unidade de Pesquisa geográfica do Departamento da Universidade Hebraica de Jerusalém. “Em termos de Israel, é a maior corrente subterrânea que já vi. É uma espécie de canyon que foi cortado pelo córrego da água durante um longo período de tempo, talvez milhões de anos”. “Essa descoberta, coloca Israel no mapa de regiões tropicais e temperadas, onde córregos subterrâneos são comuns”. Disse Frumkin. Charco do Mar Morto 94 Israel - Cumprindo Profecias “Porém, seus charcos serão preservados”. Hoje, desses char- cos é extraído uma grande quantidade e variedade de minérios que servem de cura para muitas enfermidades da pele. Usados em cremes que são exportados para todo o mundo. Monte Hermon Hermon é uma das fontes de água do Rio Jordão. Toda neve que derrete desce para o Rio Jordão, enchendo o Mar da Galiléia, que é a “caixa d’água” de Israel, Jordânia e Cisjordânia. Segundo dados de pesquisas cientificas, há tantas propriedades naturais nessas águas, que as tornam melhores a saúde do que qualquer água mineral. O cume do monte sempre cheio de neve, de gran- de beleza, pode ser avistado do Mar da Galiléia. Hoje é uma das grandes atrações de Israel, por causa da neve. Há uma grande es- tação de esquiar, que atrai milhares de turistas todos os anos. Água é vida. O Monte Hermon é realmente uma fonte de vida de Israel, conforme é mencionado no Salmo 133, que o orva- lho do Hermon desce sobre os Montes de Sião, (a neve derrete e vai para o Rio Jordão que leva vida a Sião) onde Adonai ordena e benção e vida para sempre O Monte Hermon é mencionado na poesia hebraica no Sal- mo (89:13-13): “Os montes Hermon e o Tabor cantam de júbilo Ao Teu Nome!”. 95 Sarah Elzeny Zayit Colinas do Golan. A ligação entre o povo judeu e as Colinas do Golan remonta aos tempos bíblicos. Foram dadas pelo Eterno como posse aos filhos de Israel (Deuteronômio 4:47-49). Era a região de Basã que foi entregue a meia tribo oriental de Manasses (Josué 20:8). Diz a tradição judaica que foi no Monte Havtarim, na região do Monte Hermon,(a 1.296m acima do nível do mar) nos decli- ves de Katef Sion, que Adonai prometeu a Abrão que lhe daria a terra para seus descendentes. Lá estão também nascentes do Rio Jordão, as quais, há alguns anos atrás, os sírios tentaram desviá- -las e isso traria uma calamitosa falta de água potável para Israel, Jordânia e Cisjordânia; esse é um dos motivospelo qual Israel guarda com tanto carinho aquele lugar. Jericó. Foi cidade cercada e derribada por Josué. Lugar onde Yeshuah curou um cego de nascença e encontrou-se com Zaqueu, o qual subiu em uma figueira para vê-Lo. A caminho de Jericó (Lucas 19:1 a 10) que Yeshuah se revela como Mashiach, quan- do encontrou à margem do caminho, um cego de nascença, que costumava sentar-se para pedir esmolas aos transeuntes. Ao ouvir que Yeshuah passava, o cego gritou: “Yeshuah Filho de David, tem misericórdia de mim”. Os judeus esperavam naquela época o sinal do verdadeiro Messias, segundo as profecias, Ele teria poder pra dar vista aos cegos e ressuscitar mortos. Quando o cego disse “Senhor eu quero ver”. Nessa resposta ele estava confessando diante de todos, que cria que Yeshuah era O Messias de Israel, porque só Ele teria po- der para dar vista a cegos de nascença e para ressuscitar mortos. Em Nazaré Yeshuah ao ler o Texto de Isaias (61:1-2) disse: “Adonai me ungiu para dar vista a cegos” (não apenas retornar a visão a quem já teve, mas dar vista a quem nunca teve) (Lucas 4:18-19). Por esse mesmo motivo, depois quando questionado 96 Israel - Cumprindo Profecias pelos enviados de João Batista, se Ele era o Messias de Israel, Ele respondeu: “Os cegos veem!...”. (Lucas 4:19).Yeshuah estava se re- velando como O Messias de Israel. Cafarnaum. Nome em hebraico “Kfar Nahum” Kfar (al- deia) Naum (o profeta). Situada ao noroeste do Mar da Galiléia, foi o centro do ministério de Yeshuah e onde Ele operou o maior número de milagres. Foi sua habitação (casa de Pedro) quando não foi aceito em Nazaré Ele mudou-se para Cafarnaum. Era uma grande cidade de Herodes Felipe. Possuía alfândega onde Yeshuah chamou a Mateus para ser Seu discípulo. Ruínas de uma sinagoga em Cafarnaum, lugar onde Yeshuah pregou, ensinou e operou muitos milagres. Monte Tabor. Monte da transfiguração onde Yeshuah transfigurou-se, (Marcos 9:2-8) e apareceram Moises e Elias com Ele. Moises figu- rando a Lei e Elias a Profecia e Yeshuah o cumprimento da lei e da 97 Sarah Elzeny Zayit profecia. Desse Monte é possível ver todo o Vale do Armagedom; Vale de Jesreel. Também nesse monte Adonai se manifesta como O Deus dos Exércitos de Israel, na batalha de Barac e a profetiza Débora (Devorah) vencendo o exército de Sicera (Sisrah), com seus 900 carros de ferro. Adonai enviou Seu anjo para lutar por Israel e até as estrelas dos céus lutaram contra Sicera naquele dia. E Adonai os derrotou. (Juízes 4:14 e Juízes 5:20). Rio Jordão. Esse rio foi palco de muitos milagres; foi aberto varias vezes por Adonai. A primeira com Josué conduzindo o povo à Terra prometida, quando os sacerdotes (que carregavam a arca de Deus) tocaram seus pés na água, o rio se abriu; a água que vinha de cima parou num montão (e o Rio estava transbordante em suas bordas) e ficou seco até o Mar Morto, (mais de cinco quilômetros), para que o povo de Israel passasse, a pés enxutos, a exemplo do que ocorreu no Mar Vermelho (Josué 3:11 a 17). Anos depois Elias tocou sua capa, e outra vez o Rio se abriu e ele e Elizeu passaram e Elias foi arrebatado num carro de fogo e ao retornar sozinho Rio Jordão 98 Israel - Cumprindo Profecias Elizeu, tocou novamente com a capa de Elias (que lhe ficara) e pela terceira vez o rio se abriu. Não há portas fechadas para O Nosso Deus! 99 O PLANO DO ETERNO PARA ISRAEL Excelente documentário do “Bibliabytes” a seguir: “O eterno plano redentor de Deus é claro na Bíblia. O homem pecou e se separou de Deus. Mesmo assim, Deus quer ter comu- nhão conosco, por isso Ele criou um plano que envolveria o homem, Abraão e a Terra de Israel, para trazer salvação ao mundo” Oasis no Deserto da Judéia Povo e a Terra no Contexto Profético 100 Israel - Cumprindo Profecias Portanto, esse plano não está terminado e o cumprimento das profecias de Deus está acontecendo e estão relacionadas a Israel e ao povo judeu hoje. Não há dúvida de que havia e ainda há um futuro que tem moldado a história do mundo. O povo de Israel foi esco- lhido para testemunhar sobre Deus. Eles não tinham livros, grava- dores, rádio e televisão como nós temos hoje. Suas vidas eram uma mensagem viva do amor de Deus o qual Ele usou para expandir Sua Palavra para o mundo. Nos tempos bíblicos, a terra e o povo de Israel eram essenciais para levarem a mensagem de Deus às nações. Hoje eles não são me- nos importantes nos planos finais de Deus, o que mostra ao mundo que O Eterno é fiel à Sua Palavra. Em Amós 9:14-15 Deus diz: “Trarei de volta do exílio o meu povo Israel, reedificarão as cidades assoladas, e nelas habitarão. Plantarão vinhas e beberão o seu vinho; farão pomares e lhes come- rão os frutos. Plantá-los-ei na sua própria terra, e não serão mais arrancados da terra que lhes dei, diz o Senhor teu Deus”. Hoje. Podemos vê-los sendo cumpridos bem diante dos nossos olhos. Para mim, morar em Israel e ler as profecias bíblicas, é como estar lendo o jornal do dia. Isaías escreveu: “O deserto e os lugares secos se alegrarão; o ermo exultará e florescerá como a rosa” (Is 35:1). Ele escreveu esses versículos para expressar quão empolgan- tes seria quando o povo judeu retornasse para a terra prometida, Israel. Até mesmo a terra se regozijaria de alegria. Você deve estar perguntando, voltar de onde? Muitos profetas do Antigo Testamento falaram que haveria um dia em que os judeus sairiam de Israel. Isso ocorreu logo depois de Jesus. Mas não pretendia deixá-los no exílio, e os profetas profetizaram o seu retorno das nações um dia. Hoje é o dia do qual as profecias falaram. Estamos vivendo em dias em que as profecias bíblicas estão se cumprindo bem diante dos nossos olhos. Enquanto nos preparamos para a vinda do Senhor, a Bíblia nos dá sinais para que os observemos. Um desses sinais é os deser- tos de Israel e os lugares desolados florescendo. E como eles estão 101 Sarah Elzeny Zayit florescendo! O deserto da Judéia é normalmente seco e desolado. No entan- to, toda primavera, depois das chuvas de inverno, o deserto floresce por si mesmo. Flores delicadas como a orquídea, ciclâmen, íris, aça- frão da primavera e até tulipas florescem transformando o deserto em um tapete colorido ao longo da grama macia. Papoulas de todas as cores podem ser encontradas por toda a parte. Portanto, até as flores em Israel estão falando conosco, como sinal de que Deus está cumprindo Sua Palavra, exatamente como os profetas disseram... Mas, não foi sempre assim! Em 1860, o autor americano, Mark Twain, veio visitar a região que na época era o Império Turco, chamado Palestina. Veja como ele descreveu a terra: “Em nenhum lugar podia ser encontrado um metro de sombra sequer. Era uma terra nua, totalmente deserta”. Sobre a Galiléia, onde hoje é uma área de lindas florestas e pomares, ele disse: “São sete horas da manhã e à medida que anda- mos nos campos vejo que, a grama deveria estar cintilando com o orvalho, as flores perfumando o ar com sua fragrância e os pássaros deveriam estar cantando nas árvores. Mas, que paisagem! Não há orvalho aqui, nem flores, nem pássaros, nem árvores. “Há apenas um lago claro e sem nenhuma sombra e em volta algumas montanhas nuas“. “O resumo de Mark Twain sobre a Pa- lestina: Das piores terras existentes, a palestina deve ser a número um. As colinas são áridas, descoloridas, sem nenhum atrativo. É uma terra sem esperança monótona, desolada”. (Ezequiel 36). A descrição de Mark Twain sobre a palestina é a cópia dos sete primeiros versículos de Ezequiel 36. Esse capítulo é uma promessa fiel de Deus a Israel, no que se refere à restauração da terra e do povo de Israel por Deus, que aconteceria pouco antes da Segunda vinda do Senhor. “Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo ga- fanhoto, a lagusta e o pulgão e a aruga, o meu grande exército que enviei contra vos. E as eiras se encherão de trigo...” (Joel 2: 24-25). Lendo Ezequiel 36 vemos claramente a descrição do quetem 102 Israel - Cumprindo Profecias acontecido em Israel nos últimos anos. É interessante notar que as flores silvestres nas montanhas têm muito a ver com essas promes- sas e testificam a fidelidade de Deus. Essa passagem começa Deus falando às montanhas de Israel, lamentando sua desolação e aban- dono. Esse fato foi causado pelos inimigos de Israel que invadiram a terra para conquistarem os “altos lugares antigos”, e depois de fazê- -lo se orgulharam com o fato. Deus não planejou que essa terra, Israel, fosse habitada e prosperasse nas mãos de outro povo, senão do povo judeu, por isso ela esteve desolada por tantas gerações. As observações de Mark Twain são perfeitamente adequadas ao que ele contemplou. No versículo 8 Deus tem boas notícias para a terra: “Mas vós, ó montes de Israel, vós produzireis os vossos ramos, e dareis o vosso fruto para o meu povo de Israel, pois já estão prestes a vir”. Ele con- tinua dizendo que Ele multiplicaria o povo da casa de Israel, eles re- construiriam as cidades arruinadas e aumentariam seus rebanhos e os produtos da terra. Quando isso acontecer disse Ele: “Então saberão que eu sou o Senhor” (vs. 11). Há uma conexão entre os anos frutíferos e os anos inabitados de Israel. Conhecemos o que diz em Levítico 25:23 onde Deus diz que Ele é o dono dessa terra, e Ele escolheu dá-la ao Seu povo de aliança - o povo judeu, os descendentes de Abraão, Isa- que e Jacó. Somente quando a terra e o povo da aliança, escolhido para estar nessa terra estivessem juntos, ambos poderiam florescer, de acordo com o plano divino de Deus. Ezequiel confirma que é o retorno do povo judeu para a terra de Israel que desencadeia a res- tauração da terra por si mesma para a sua glória anterior e ainda maior do que a primeira. O retorno do povo judeu e a restauração da terra também são importantes para demonstrar a integridade de Deus. Deus espalhou seu povo de aliança por um tempo. Enquanto estavam em outras nações, Ezequiel (36:20) diz que o povo de Israel profanou o nome de Deus e as suas promessas, quando o povo disse abusivamente: “É 103 Sarah Elzeny Zayit este o povo do Senhor que saiu da sua terra?”. Veja que, na antigüidade, os pagãos julgavam a eficácia dos seus deuses pela proteção que eles davam as suas terras e pela segu- rança contra a invasão de exércitos pela provisão de chuva e comi- da; e Astarte, o deus da fertilidade, pela descendência. No entanto, quando o povo judeu exilou para outros países e a terra de Israel ficou desolada, as nações pagãs ridicularizaram o Deus de Israel como incapaz de proteger e prover o Seu povo. Por essa razão em Ezequiel 36:23-28, Deus fala de um grande momento, do retorno do povo judeu para sua terra de aliança, o qual Ele orquestraria, para a integridade do Seu nome. Isso acon- teceria para mostrar às nações da Terra que Ele é o Deus vivo que cumpre suas promessas. Para completar, o verso 24 diz: “Pois eu vos tirarei dentre as nações e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra”. Mais do que tudo isso, Deus deseja restaurar a comunhão es- piritual com Seu povo em Sua terra, quando Ele diz nos versos 27 e 28: “Porei dentro em vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardareis os meus juízos, e os observeis. Habitareis na terra que dei aos vossos pais; vós Me sereis por povo, e Eu vos sereis por Deus”. Esse processo dos últimos dias, esse mover profético, como está descrito em Ezequiel, é o que eu chamo de os três “erres” das profe- cias bíblicas dos últimos dias, no que diz respeito a Israel: O RETORNO do exílio. Para a terra de seus antepassados. A RESTAURAÇÃO da terra. A REDENÇÃO e renovação espiritual do povo judeu. Sim, esse dia, é hoje! Rabinos têm se referido aos dias pre- sentes como “Dias Messiânicos”. Sem sombra de dúvida estamos vendo a terra sendo restaurada e o povo retornando durante mais de 100 anos. E muitos dos imigrantes são de países comunistas onde a adoração a Deus e a leitura da Bíblia era proibida. Agora eles es- tão aprendendo sobre o Senhor Deus de Israel e sobre a sua antiga 104 Israel - Cumprindo Profecias terra, e um verdadeiro renovo espiritual está acontecendo. Não tem acontecido de uma só vez, mas com certeza está em Adonai (através) de Ezequiel) dar uma última palavra para as nações pagãs do mundo que tentaram ocupar Sua terra e não permitiu que Seu povo voltasse. “A terra assolada se lavrará, em vez de estar desolada, todos os que passam, dirão: Esta terra desolada ficou como o jardim do Éden; as cidades solitárias, desoladas e destruídas, estão fortifica- das e habitadas. Então saberão as nações, que ficarem de resto em redor de vós, que Eu, o Senhor, reedifiquei as cidades destruídas e plantei o que estava devastado. Eu, o Senhor, o disse e o farei”. Bendito seja o Nome do Senhor! Baruch HaHsem Adonai!”. *(www. bibliabytes.com.br) VALE DE AJALON – EMAÚS Há alguns dias passávamos por Emaús; que fica próximo ao Vale de Ayalon (Ajalon). Era final de inverno e começo da primave- ra. As amendoeiras haviam perdido as folhas e estavam cobertas de flores. Os pássaros cantavam e as flores, as mais diversas brotavam pelos prados, dando um colorido maravilhoso à paisagem. Meu es- poso e eu paramos estáticos, admirando o que só O Criador pode fazer, enquanto nos lembrávamos da grande vitória que Adonai deu a Seu povo, naquele vale, quando Josué ordenou que parasse o sol e a lua (Josué 10:12 a 14), e do pedido dos discípulos quando descobriram que era Yeshuah (Jesus) ressuscitado que estava com eles, naquele lugar e disseram: “Fica conosco Senhor, porque o dia já declinou!”. (Lucas 24:29). Quando a solidão faz com que sintamos como se estivés- semos na numa terra desolada e mil pensamentos veem a nossa cabeça; angustia, medo invadem a alma; é nesse momento que Ele diz: (filho...) “não tenhas medo porque Eu Sou contigo; não te assombres porque Eu Sou teu Deus: Eu te esforço, Eu te ajudo e te sustento com a destra da minha justiça” (Isaias 41:10). Andar em Israel é como passear pela Bíblia. Cada caminho, cada montanha, cada cidade, cada lugar nos leva a um fato bíblico. 105 A NAÇÃO E O RENASCIMENTO DO ESTADO DE ISRAEL LUGAR ESCOLHIDO PELO ETERNO “Congregarei os filhos de Israel e os levarei a sua Terra e deles farei uma nação na terra, nos montes de Israel”. (Ezequiel 37:21- 22). 2ª PARTE - A NAÇÃO DE ISRAEL 106 Israel - Cumprindo Profecias Quando se cogitou a formação do Estado de Israel, houve autoridades de alguns Países que sugeriram a Israel que tomasse para sua nação, outros lugares no mundo. O movimento sionista enfrentou resistência em seus esforços de se estabelecer em “Eretz Israel” (terra de Israel). Havia uma variedade de opiniões sobre em que terra a nação judaica deveria ser estabelecida. Foi cogita- do de estabelecer o Estado judeu em Madagascar, em Uganda em Chipre, no Congo e outros lugares. Porém se isso ocorresse, Israel continuaria na diáspora (dis- perso). E as promessas de Adonai, que os traria de volta a Sua terra, não se cumpririam. Porque essa não seria a pátria bíblica dos judeus. Porém, graças a providência Do Eterno, esses planos não resultaram em nada. A palavra de Adonai se cumpre: “E farei Meu povo de Israel voltar... e reconstruirão as cidades assoladas e as habitarão... Eu os plantarei em seu próprio solo, e não serão mais arrancados da Terra que Eu lhes dei, diz O Eterno, Seu Deus”. (Amós 9:14-15). Assim, contrariando a muitos opositores, o Estado de Israel, foi estabeleci- do nas terras bíblicas segundo as promessas divinas; novas aldeias e vilas e cidades foram construídas em cima de ruínas de lugares bíblicos, e com os mesmos nomes dos tempos bíblicos, cumprindo profecias como de Ezequiel (36:10, 33,35-36): “Farei levantar suas ruínas e edificarão como antigamente”. (Amos 9:11 e 15). “As cida- des de Israel serão habitadas e edificadas”. “As nações ao redor sabe- rão que Eu, O Eterno, edifiquei... assim determineie o farei cumprir”. O POVO JUDEU NUNCA SE DESLIGOU DE ISRAEL Mesmo estando distante. Em qualquer lugar do mundo onde existem judeus, eles oram (em direção a Jerusalém) pedindo chuva para Israel; e isso acontece na época em que os campos da Judéia, Samaría e Galiléia precisam da chuva. Sim porque depen- demos de Adonai para termos chuvas, consequentemente, água 107 Sarah Elzeny Zayit suficiente para a vida. Como está escrito: “Beberas água das chu- vas dos céus” (Deuteronômio 11:12). Quando o judeu se rejubila nas festas de ação de graças, ele o faz na época em que se colhem os primeiros frutos em Israel. A saudade por Sião (Tzion) e o desejo do retorno a ela têm traços messiânicos, anseio pelo Salvador, o Messias (Mashiach). E é por isso, que todo fiel judeu ora a Deus muitas vezes ao dia dizendo: “Que nossos olhos vejam quando voltares a Sião!” MAPA DA DIVISÃO BÍBLICA DAS TRIBOS DE ISRAEL Essa era a divisão (nos tempos bíblicos), da terra de Israel às doze tribos dos filhos de Jacó (Yacov- Israel), conforme Adonai ordenou a Josué. 108 Israel - Cumprindo Profecias O Eterno disse pelo profeta Ezequiel (36:8, 10 3e 24): “Mas vós ó Montes de Israel, produzireis os vossos ramos e dareis frutos para o Meu povo de Israel; porque está prestes a vir. E as cidades serão habitadas e os lugares devastados serão edificados... E vos to- marei de todos os países e vos trarei a vossa terra”. “E vos reunirei e vos trarei a vossa própria terra” (Ezequiel 39:28). Esse pequeno ponto escuro no mapa abaixo é Israel hoje, cercado de todos os lados (exceto o mar) por extensos países mu- çulmanos. *Nota: Apesar da Diáspora (Dispersão), algumas comunidades judaicas conseguiram permanecer residindo continuamente em cidades como Jerusalém, Safed (Sfat), Tiberíades, Siquém e Hebrom (Hevron). OS JUDEUS SEMPRE SE EMPENHARAM PELA TERRA DE ISRAEL Crendo fielmente nas profecias bíblicas, os judeus sempre tiveram vinculo, indestrutível, com a Terra de Israel. Tivemos batalhas e as temos (como nos tempos bíblicos). Temos ciência de que satanás lutou e luta para que as promessas de Adonai não se cumpram em Israel. 109 Como exemplo disso, na ocasião do renascimento do Estado de Israel, estávamos sob o domínio inglês e o último alto comissá- rio do mandato britânico, não se empenhou para fazer a transfe- rência justa da autoridade para Israel, como deveria; não houve da parte deles nenhuma cooperação para o estabelecimento do Estado Judeu. Ao contrario, os arquivos oficiais foram queimados por eles. Os bens do Estado foram transferidos para a Inglaterra, uma parte colocada em leilão, e outra parte doada para os árabes. Os trens pa- raram. O correio deixou de funcionar. Muito embora houvesse um saldo até substancial, nenhum centavo foi deixado no Tesouro para Israel. Porém mais uma vez, Adonai não abandonou o Seu povo. “A HISTÓRIA DO NAVIO ÊXODOS 1947 É UMA MOSTRA DA PAIXÃO DO POVO JUDEU POR ERETZ ISRAEL” Após o final da 2ª guerra Mundial, a organização American Friends of the Haganah comprou por 40 mil dólares, um navio para ser usado pela Aliá Beit - a organização de imigração judaica. Seu nome original, "President Warfield", foi trocado pela tripulação para "Êxodus 1947". Adotou o nome do segundo livro da Torah (Bíblia), Êxodo, que relata a libertação do Povo Judeu do Egito e o início de sua jornada à Terra Prometida. O navio partiu de Baltimore, Estados Unidos, em direção à Europa. Depois de aportar na Itália, foi conduzido à França, de onde partiria para Eretz Israel, o tão sonhado destino final. Em 18 de julho, 1947: o navio Exodus se aproximava de Eretz Israel (Terra de Israel) em seu mastro tremulava a bandeira sio- nista. A bordo estavam 4.554 judeus sobreviventes do holocausto, (terrível genocídio nazista), todos determinados a recomeçar a vida em Eretz Israel, o único lugar no mundo que aceitavam chamar de “lar”. Em cada passageiro havia um sonho acalentado por seus antepassados, e acreditavam ser esse o momento de voltar pra casa. 110 Israel - Cumprindo Profecias A terrível recepção dos ingleses. Mas como de outras vezes, os britânicos, estavam à espera do navio como “inimigo”, Ainda em águas internacionais, onde a Marinha Real inglesa não tinha jurisdição, os soldados britânicos abordaram o navio abriram fogo contra ele, mataram algumas pes- soas e feriram a 120 delas. Os ingleses haviam fechado o porto, ao qual somente tinham acesso, militares ingleses e alguns jornalistas da mídia internacio- nal. No cais se viam tanques, policiais, militares e 500 homens da artilharia britânica. Ao lado do cais, aguardavam (pelos judeus), três navios-prisão: “Ocean Vigour”, “Runnymede Park” e “Empi- re Rival”. Porém, milhares de judeus que viviam em Eretz Israel também aguardavam a chegada do Navio Exodus. Mas, o exército britânico os impediu de se aproximar, então foram até a barreira militar inglesa até onde podiam chegar e, a plenos pulmões, canta- vam o Hativka, o Hino da Esperança (hoje o hino nacional de Isra- el), a voz deles ressoava por todo o porto (queriam ser ouvidos pelos tripulantes do navio. Queriam que eles soubessem que não estavam sozinhos, mas que havia um povo em Eretz Israel, que mesmo que reprimido, os esperava ansioso). E quando o “Exodus 1947” atracou no porto de Haifa, os bri- tânicos removeram seus passageiros, à força, confiscando seus bens, e separando as famílias, provocando pânico entre os refugiados, que ainda tinham abertas as feridas causadas em sua alma pelas “sepa- rações” impostas pelos nazistas. Em seguida, foram colocados nos três navios de deportação, na realidade eram, prisões flutuantes. A exemplo desse, muitos outros casos aconteceram (de 63 navios que traziam judeus, 58 deles foram interceptados pelos britânicos). O diabo tentando impedir que o plano de Adonai fosse executado. Eles foram mandados de volta pra Franca e depois para a Alemanha. Durante um mês, os ingleses tentaram registrar e obter informações sobre os passageiros do “Exodus1947”. Mas a todas as perguntas os judeus respondiam com uma única resposta: “Eretz 111 Sarah Elzeny Zayit Israel!” “De onde você vem?”, perguntavam os ingleses. “Eretz Isra- el”, respondiam os judeus. “Qual o seu nome?” “Eretz Israel”. “Tem cidadania de que país?” “Eretz Israel”, e assim por diante. Logo depois da chegada do “Exodus 1947” nos campos bri- tânicos de detenção, os judeus de Israel já estavam prontos para tirá-los da Europa. Liderados por membros do Palmach, em Haifa. Poucos meses depois, a maioria deles já havia fugido da zona de ocupação inglesa, na Alemanha, e estavam a caminho da Terra de Israel. *(Revista Morasha no.57) Felizmente a despeito de toda a ação contraria do inimigo, Adonai os trouxe de volta, por graça e misericórdia Dele. E com a fundação do Estado de Israel, puderam sentir-se a salvo em solo judeu; finalmente em casa! Glorias Ao Eterno Bendito Seja Ele! É sabido que juntamente com os judeus, milhões de evangé- licos, em todo o mundo oravam crendo que: o que O Eterno falou sobre o Seu povo não era apenas uma figura, mas era literal, real, por isso aguardavam com ansiedade pelo cumprimento das profe- cias sobre Israel. As portas foram abertas, e judeus de mais de 100 países voltaram pra casa, a sua Pátria Israel. As profecias têm se cumprido dia a dia na Terra de Deus! 113 Pela primeira vez, depois de quase 2000 anos da destruição do Estado Judeu, 197 representantes de 17 países, reuniram-se às margens do Reno na Suíça, para discutir sobre a recriação do Es- tado de Israel, de 29 a 31 de agosto do ano de 1897. Foi o primeiro Congresso Sionista, em nosso tempo. O jornalista judeu, de nome Theodor Herzl (cujo nome ju- deu era Binyamin Ze’ev), que promoveu o congresso, falou mui emocionado aos congressistas: Congresso Sionista da Basiléia Jornalista Theodor Herzl 114 Israel - Cumprindo Profecias “Somos um povo. Todos os povos têm uma pátria. Precisamosde uma pátria nacional para nosso povo. Por isso queremos lançar a pedra fundamental para a casa que um dia vai abrigar a nação judaica”. Quando terminou seu discurso, Herzl foi entusiasticamente aplaudido. Muitos viam nele um “predestinado por Deus” e ou- tros o novo “rei dos judeus”. Muitos chegaram a pensar que ele era o Messias. Ao final do Primeiro Congresso Sionista publicou-se um manifesto intitulado “O Programa da Basiléia”, onde se lê, entre outras coisas, que: “O sionismo almeja para o povo judeu a criação de uma pátria na Palestina com garantias públicas e legais” (na- quela época, a terra de Israel, era chamada de Palestina). *Nota: o nome “Palestina” foi colocado no país de Israel pelo pagão imperador romano Adriano, no ano de 135 d.C. quando também mudou o nome de Jerusalém para Aélia Capitolina, em honra a si próprio e Ae- lius era seu nome de família e do principal deus romano, Júpiter.Também profanou os lugares santos ordenou a construção de um templo a Jupter no local do Templo de Adonai. Proibiu a circuncisão o que culminou na revolta liderada pelo judeu Simon bar Kochba. Theodor Herzl profetizou! Três dias após a primeira reunião do congresso de Basileia, em 3 de setembro de 1897, Theodor Herzl escreveu em seu diário essas Palavras proféticas: “Se eu resumir o Congresso da Basiléia em uma única frase – que evitarei falar publicamente – ela seria: na Basiléia fundei o Estado judeu. Se hoje eu fosse falar isso em voz alta, uma zombaria universal viria como resposta. Asseguro que, talvez em cinco anos, mais certamente em 50 anos, cada um o verá”. Essas palavras, que parecia verdadeira utopia na época, po- rém, Herzl estava sendo usado por Adonai para profetizar. Ele foi um profeta de Israel. Não sei se consciente ou inconscientemente 115 Sarah Elzeny Zayit ele preparou o caminho para o cumprimento de grandiosas pro- messas bíblico-proféticas. Em 1904 Herzl faleceu porém o ideal sionista não morreu, nem desapareceu com ele a idéia de estabelecer outra vez, em ter- ras bíblicas de Israel, um Estado judeu. Herzl cursou o ensino fundamental em colégio evangélico, por ter sido descriminado no colégio publico de seu País, por ele ser judeu. Acredito que ele teve influencia evangélica bíblica, o que ajudou levá-lo a ser, talvez, o maior sionista que já existiu, com tremenda fé e convicção de que era o tempo de Adonai para o ressurgimento de Israel como Nação. A partir daí o movimento tomou como seu foco definitivo e se fortificou em 1917 sobre o estabelecimento de um Estado Judeu na Palestina, no lugar do antigo Reino de Israel. 117 Cinquenta anos depois da palavra profética de Herzl (exata- mente como ele havia predito), numa histórica sessão da Assem- bleia Geral da ONU (das Nações Unidas), em 29 de novembro de 1947, presidida pelo então Chanceler brasileiro, Oswaldo Aranha (cabendo a ele o voto decisivo), decidiu-se o estabelecimento do Estado de Israel em sua Terra Biblica. Com isso, a fundação ‘de direito’ do Estado de Israel era um fato consumado dentro do direito internacional. Alguns meses mais tarde, em 14 de maio de 1948 (5 de Yiar de 5708 segundo o calendário judaico), foi proclamado em Tel Aviv o novo Estado de Israel como continuação do Israel bíblico. Foi a concretização de um sonho de quase dois mil anos do povo judeu. Cumprindo as palavras proféticas de Isaias, que afirmam que Israel voltaria a ser criado num só dia (Isaias 66:87 a 9). Meu avô contava que não deixava que ninguém falasse ou fizesse qualquer ruído, porque estava atento as noticias do radio. Era difícil a transmissão, o radio era cheio de chiado, e qualquer ruído exterior não permitiria que se ouvissem as noticias (para ele) as mais importantes de toda a vida. Foi um momento alto para o povo judeu, bem como para as Nações Unidas, que não haviam conhecido uma ocasião de exaltação semelhante. O Dia em que Israel Renasceu 118 Israel - Cumprindo Profecias O judaísmo na Palestina passou da noite para o dia, da con- dição de menosprezado e perseguido, para uma Nação, para um Estado reconhecido internacionalmente. Lembro-me de que meu avô cantava todos os dias: “Jerusalém, Jerusalém! Levanta-te do pó, pois já a ti teus filhos vêm, os filhos de Jacó”. Ele, a exemplo de judeus de todo o mundo, orava e ansiava por Israel e por Jerusa- lém e estava nessa expectativa. Nosso povo esteve disperso e sem pátria por quase 2000 anos. O RENASCIMENTO DE ISRAEL FOI VERDADEIRO MILAGRE! Depoimento de Zevi Ghivelder: “O dia do milagre. A par do extraordinário triunfo do movi- mento sionista, a fundação do Estado de Israel, 60 anos atrás, con- tém intrigantes elementos que inclusive podem ser apontados como sobrenaturais. Do ponto de vista político, jamais uma nação foi criada por votos de outros países. Sob a ótica histórica, a jornada percorrida pelo povo judeu corresponde a uma sucessão de mila- gres. Depois de dois mil anos de injustiças, perseguições, massacres e assassinatos em massa, este povo sobrevive forte, vibrante e, há seis décadas, soberano em sua pátria”. *(Morasha abril de 2008) Depoimento de Moacyr Scliar “A lembrança, vaga agora, remete-me à noite de 14 maio de 1948. Vejo-me caminhando pelas ruas do Bom Fim. Vejo fisiono- mias radiantes, ouço gritos de júbilo... O Estado de Israel acabava de ser proclamado. Eu não podia me dar conta do que aquilo exa- tamente significava, mas a emoção me invadia irresistivelmente. O Estado judeu era uma realidade.” “Se para um garoto de onze anos a data revestiu-se de tal sig- nificado, imagine-se o que ela representou para os adultos, muitos deles emigrantes da Europa Oriental, vários sobreviventes do Holo- causto. Imagine-se o que significou para as comunidades judaicas 119 Sarah Elzeny Zayit de todo o mundo. A sensação era de que um sonho enfim estava se realizando. Aliás, não era só sensação: era aquilo mesmo. Um sonho se realizava”. (Moacyr Scliar).* (http://www.espacoacademico.com. br/011/11pol01.htm) 121 Em 14 de Maio de 1948, quando o último alto comissário inglês e seus auxiliares deixaram o solo de Israel, de um cruzador fora das águas territoriais, sinalizou o fim da era mandatária in- glesa. Numa breve cerimônia no Museu de Tel Aviv, às 16 horas (Bem Gurion lendo a declaração de Independência do Estado de Israel em Tel Aviv) Independência do Estado de Israel 122 Israel - Cumprindo Profecias daquele dia (poucas horas antes do Shabat) Renasceu o Estado de Israel. Duzentas e quarenta pessoas testemunharam uma nova pagina na historia judaica, ao ler Bem Gurion, emocionado, a Proclamação da Independência. A Declaração do Estabelecimento do Estado de Israel, pelos membros do Conselho Nacional representante da co- munidade judaica no País e do movimento sionista mundial, constitui o credo da nação. Ela inclui referências aos impera- tivos históricos do renascimento de Israel; as diretrizes de um Estado Judeu democrático baseado em liberdade, justiça e paz, conforme a visão dos profetas bíblicos; e um apelo por rela- ções pacíficas com os vizinhos Estados árabes, para o benefício de toda a região. A DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DE ISRAEL (parte dela) 123 Sarah Elzeny Zayit “ERETZ-ISRAEL (a terra de Israel) foi a terra natal do povo judeu. Aqui tomou forma a sua identidade espiritual, religiosa e política. Foi aqui que, pela primeira vez , os judeus se constituíram em um Estado, criaram valores culturais de significação nacional e universal, e deram ao mundo o eterno Livro dos livros. Depois de forçado a exilar-se de sua terra, o povo judeu per- maneceu-lhe fiel em todos os países da sua dispersão, nunca dei- xando de orar por ela, na esperança de ali regressar e restabelecer sua liberdade política. Impelidos por esse apego histórico e tradicional, os judeus se empenharam, de geração em geração, no ideal de se reinstalarem em sua antiga pátria, e em décadas recentes voltaram em massa. Pioneiros, ma’apilim(imigrantes para Israel em desafio as restrições legais) fizeram florir os desertos, reviveram a língua hebraica, cons- truíram cidades e povoados, e criaram uma comunidade próspera, controlando sua própria economia e cultura, amando a paz, mas sabendo como se defender, trazendo as bênçãos do progresso a todos os habitantes do País, e aspirando por uma Nação Soberana... Sobreviventes do holocausto nazista na Europa, bem como judeus de outras partes do mundo, continuaram a migrar para Eretz-Israel, sem temer dificuldades, restrições e perigos, não ces- sando nunca de afirmar seu direito de uma vida digna, livre e de trabalho honesto em seu lar nacional... ...Nós os membros do Conselho do povo, representantes da Comunidade Judaica de Eretz-Israel e do Movimento Sionista, es- tamos aqui reunidos no dia do termino do mandato britânico sobre Eretz-Israel e, em virtude do nosso direito natural e histórico e por força da resolução da Assembleia das Nações Unidas, pela presente declaramos o estabelecimento de um ESTADO JUDEU DE ISRA- EL... O ESTADO DE ISRAEL estará aberto a imigrações judaicas e para o Retorno dos Exilados;... Basear-se-á nos princípios de liber- dade, justiça e paz, conforme concebidos pelos profetas de Israel... 124 Apelamos ao povo judeu em toda Diáspora para que cerre fileiras em torno dos judeus de Eretz-Israel, nas tarefas de imigra- ção e reconstrução e para que esteja ao seu lado na grande luta pela realização do sonho secular: REDENÇÃO DE ISRAEL. CONFIANDO NO TODO-PODEROSO, apomos nossas as- sinaturas a esta Proclamação Nesta Sessão do Conselho de Estado Provisório. No SOLO PÁTRIO, na cidade de Tel-Aviv, nesta véspera de sábado, 5 de Iar de 5708 (14 de Maio de 1948)”. * David Bem Gurion DAVID BEM GURION Era um apaixonado Sionista que cria nas profecias bíblicas, e ardentemente lutou, com todas as forças de sua alma para que cada Palavra De Adonai se cumprisse. Em sua mesa de escritório e em sua parede estava constantemente a profecia sobre a restauração de Israel como nação, e a visão do profeta Ezequiel (37) sobre o vale de ossos secos de onde se levantaria um grande e poderoso exército. Ao findar a leitura da proclamação do Renascimento do Es- tado de Israel, escrita em pergaminho (um rolo como a Torah) que segundo o Instituto de Padrões deveria durar ao menos dois mil anos, seus signatários foram à mesa para dar-lhe sanção e juntos com o venerável rabino Yehudah Leib Há-Cohen Fishman, numa só voz, em tom emocionado, com lágrimas de alegria, oraram pro- ferindo uma benção em hebraico: “Bendito és Tu, Adonai nosso Deus, Rei do Universo, que nos mantiveste vivos, que nos preservas- te, nos conduziste e nos permitiste ver este tão esperado dia”. A partir daquele momento era real a soberania e a continui- dade do povo judeu na Pátria de seus ancestrais e isso era irrever- sível, conforme as profecias bíblicas. Um dos signatários por nome de Chaim Shapira disse: “Quando completei a minha assinatura, tive a nítida sensação de que estava acontecendo um milagre”! 125 Sarah Elzeny Zayit Desde essa data, quando Israel conquistou sua indepen- dência, o Estado tem evoluído e alcançado notáveis feitos. Hoje soma mais de oito milhões de habitantes. Tivemos a imigração de judeus provenientes de mais de 100 países. Israel conseguiu de- senvolver uma extraordinária economia e ciência, especialmente nos campos da alta tecnologia, da medicina, agricultura, biotec- nologia e nanotecnologia. Ao mesmo tempo, a rica vida cultural criada em Israel e o renascimento da língua antiga hebraica. “Assim, Israel surgiu como nação, num só dia, inaugurando dessa forma, a tão esperada “Era Messiânica”” *(palavras de Ben Gurion, por ocasião da fundação do Estado de Israel em 1948) ISRAEL É A ÚNICA NAÇÃO CRIADA PELA SOBERANIA DE ADONAI! A profecia diz que a nação nasceria em um só dia! “Poder- -se-ia fazer nascer uma terra num só dia?”. Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu a luz a seus fi- lhos. Abriria Eu a madre e não geraria? Diz Adonai; Geraria Eu e 126 Israel - Cumprindo Profecias fecharia a madre? Diz O teu Deus. Regozijai-vos com Jerusalém e alegrai-vos por ela, e todos vós que a amais: enchei-vos de alegria, todos os que por ela pranteastes... Deleitai-vos com o resplendor de sua gloria. E em Jerusalém sereis consolados. “E isso vereis e alegrar-se-á o vosso coração” (Is. 66:8 a 14). Bem Gurion disse: “Em Israel, para ser realista, você tem que acreditar em milagres”. Ele gostava de repetir: “Só é realista o judeu que acredita em milagres”. O milagre aconteceu e a pro- messa de Adonai estava se cumprindo, e continua dia a dia,em Israel. Deus é Fiel e Sua Palavra se cumpre na integra! “Fiel é O que vos chama e O que também o fará” (I Tessalonicenses 5:24) “Cheguemo-nos a Ele com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé... retenhamos firme a confissão da nossa herança; porque Fiel é O que prometeu”. (Hebreus 10:22 e 23) Enquanto David Ben-Gurion lia o texto da Declaração de Independência do Estado de Israel, no Museu de Arte de Tel Aviv, a multidão feliz festejava a realização do sonho há muito acalen- tado, dançando e cantando nas ruas de Tel Aviv, Jerusalém, Haifa, e por todo Israel, cumprindo a profecia que diz: “oh virgem de Is- rael! Ainda serás adornada e sairás com o coro dos que dançam!” Jeremias (31:4). 127 Sarah Elzeny Zayit Os judeus esperaram, ansiando e orando durante quase dois milênios. Assim como no tempo em que caminhavam pelo Deserto de Sinai, procuravam pela proteção Divina, como uma nuvem que os protegia do sol, figurando uma proteção espiritual sobre suas cabeças, enquanto vagavam pelo deserto, na esperan- ça da Terra Prometida; agora não mais no Sinai, mas no deserto da diáspora espalhados por todo o mundo. Eles esperavam uma promessa feita por Adonai de que Seu acordo, Sua aliança, Seu pacto com os patriarcas ainda estavam em vigor. Necessitavam do cumprimento do pacto, e não apenas uma proteção provisó- ria contra as perseguições. Somente a própria Terra Prometida seria, de fato, a resposta de Adonai, de que Seu pacto estava em pé. A criação do Estado de Israel foi considerada o inicio da redenção, cumprimento da promessa no pacto de Adonai com Seu povo. Agora éramos reconhecidos como Nação, e Estado sobera- no de Israel; cuja constituição (as Leis que o regeriam) haveria de ser a Bíblia Sagrada. Israel é para os judeus o seu lar, País de origem e lugar de refugio, mas acima de tudo a Terra Santa é o cumprimento do pacto, é a promessa da tão longamente esperada redenção, que começou a ser realizada por Adonai nestes dias e que se concretizará com a chegada Do Rei Mashiach (O Messias de Israel). O Ex-Premiê de Israel, Ariel Sharon disse em um discurso por ocasião da comemoração da Independência de Israel: “Hoje os judeus são independentes e livres. Tudo graças ao Exército de Defesa de Israel, a Tsahal, a persistência do povo judeu em sobre- viver e principalmente a “Kadosh Mi Israel Baruch Hu” (O Santo de Israel, O Eterno Bendito Seja Ele), se não fosse por Ele não es- taríamos hoje em Israel”. 128 Israel - Cumprindo Profecias Binyamin Netanyahu falando sobre o 65 º aniversário da libertação do campo de concentração nazi de Auschwitz, na Po- lônia, o premiê israelense, proclamou o cumprimento da visão do profeta Ezequiel sobre o vale de ossos secos e disse: “O povo judeu passou de cinzas e destruição, de uma dor terrível, que nun- ca pode ser curada, armados com o espírito judaico, a justiça do homem, e a visão dos profetas, que brotou e cresceu novos ramos e raízes profundas. Ossos secos ficaram cobertos com a carne, e cheios do espírito, eles viveram e se puseram em seus próprios pés, como Ezequiel profetizou”. Adonai disse: Eu Sou O Senhor vosso Santo, o Criador de Israel!”. (Isaías 43:6 e 15). Por crer fielmente nas profecias bíblicas, Sião sempre foi e continua sendo a expressão da esperança danação judaica, que aguarda o Messias (Mashiach) nestes finais dos tempos e que an- seia pelo Seu reinado de paz. Por isso O hino Nacional de Israel expressa a esperança de ver a profecia totalmente cumprida, de que todo judeu volte a sua terra, a Jerusalém. 129 Israel foi restabelecido para que O Nome De Adonai seja conhecido em toda a terra; para que o mundo todo entenda que O Eterno cumpre o que diz e que Sua Palavra é a verdade. A prova disso está em cada profecia, que dia a dia, se cumpre na terra de Israel. Por isso seus símbolos são espirituais e sua constituição a Bíblia Sagrada. “De Sião sairá a Lei e de Jeru- salém a Palavra de Deus” (Miquéias 4:2); até que se cumpra, na integra, essa profecia: “E toda terra se enchera do conhe- cimento da glória De Adonai, como as águas cobrem o mar” (Zacarias 14:8). HINO NACIONAL DE ISRAEL “Hatikva” (Esperança): “Enquanto no fundo do coração, Palpitar uma alma judaica”, E em direção ao Oriente, O olhar voltar-se a Tsion (Sião). Nossa esperança ainda não estará perdida. Esperança de dois mil anos De ser um povo livre, em nossa terra: “A terra de Tsion (Sião) Yerushalaim (Jerusalém)”. Simbolos de Israel 130 Israel - Cumprindo Profecias Inspirado na profecia de Ezequiel. Naftali Herz Imber, um jovem poeta, de 22 anos, por volta de 1878 escreveu um poema “Hatikva” - a esperança, comovido com a fundação do primeiro assentamento judaico em Eretz Israel, (Depois da dispersão) “Pe- tach Tikva” (em hebraico, Portal da Esperança). Profundamente emocionado e, influenciado pela profecia de Ezequiel, escreveu as palavras que refletem a lembrança, a dor e, principalmente, da esperança imortal do povo judeu ao longo dos anos de exílio; do acalentado sonho de um dia retornar, sobe- rano e independente, à sua terra ancestral. Durante o 8º Congresso Sionista (que lutava por sua Pá- tria em Israel), em 1907, o hino foi cantado pelos participantes em uma manifestação espontânea a “Hatikva” e foi depois oficial- mente adotado como hino do Movimento Sionista, juntamente com a bandeira azul e branca com a estrela de David, usada e ado- tada durante o 18º Congresso Sionista, em 1933. O hino passou a ser cantado em todas as comemorações que envolviam o povo judeu, e que após renascimento do Estado Judeu passou a ser seu hino oficial de Israel. Brasão. Esse é brasão de Israel, o Símbolo do Estado de Israel. Ele contém a Menoráh (candelabro) e dois ramos de oliveira, conforme a visão do profeta Za- carias (4:2-3 e 12): “... eis um castiçal de ouro... com sete lâmpadas... dois ramos de oliveira, um a direita e outro a esquer- da”. A Menoráh representa a presença De Adonai e os ramos da oliveira represen- tam os filhos do azeite, ou seja, filhos da unção. 131 Sarah Elzeny Zayit Candelabro – Menoráh Candelabro (Menoráh) significa a Shechinah, a gloria da presença de Ado- nai no Tabernáculo no deserto e depois no Templo. Ou seja, “Deus está no meio do Seu povo”. Adonai ordenou a Moises e disse: “Tu, pois ordenarás aos filhos de Israel que tragam azeite puro de olivei- ras, batido para o candelabro para fazer arder suas lâmpadas continuamente”. (Êxodo 27:20). Já no período Hasmoneu, séc. I a.C, a Moeda usada conti- nha a Menoráh. Através dos tempos, a menoráh sempre foi um símbolo da herança e tradição judaica, em inúmeros lugares e com grande variedade de formas. Há pouco foi descoberta uma sinagoga em Magdala do tempo de Yeshuah uma menoráh escul- pida em pedra. A Menoráh também representa O Espírito De Deus (Za- carias 4:1-6). É também a figura de Yeshuah (Jesus) que é a Luz do mundo. A menoráh de ouro foi desenhada Pelo Próprio Deus e passada para Moises (Moshê) foi um dos principais objetos de culto no Tabernáculo Santo e no Templo (Beit HaMikdash) em Jerusalém. Representa o nosso conhecimento De Adonai, quan- do somos iluminados e recebemos a revelação da Palavra Dele. Seria muito mais bíblico que a Menorah (o candelabro de sete pontas) fosse também usado hoje como o símbolo nas igrejas cristãs, porque ela representa a SHECHINAH DE DEUS (a gloria da presença do Todo Poderoso no meio do povo) em lugar da cruz, pois esta representa maldição. Bendito é O que foi pendura- do na cruz, mas a cruz é maldita, Ele se fez maldição por nós (em nosso lugar, levando o peso de nosso pecado) naquele momen- to que estava sobre a cruz. Porque estava escrito que era maldito 132 Israel - Cumprindo Profecias todo o que fosse pendurado em uma cruz.(Gálatas 3:13). Pense comigo: se alguém que você muito ama (Deus nos livre) fosse morto com um punhal, você guardaria aquele punhal como relíquia e o desenharia para por nas paredes de sua casa? Tenho certeza que desprezaria aquele maldito objeto usado para morte da pessoa amada. A cruz seria esse punhal; ela é maldita, O Senhor é Bendito. (Baruch Hu). Nota: A cruz não foi usada pela igreja primitiva, e só foi anexada a Igreja crista, no ano 312 d.C., pelo pagão imperador Constantino que dizia-se protegido pelo deus Hercules; adorador do “deus sol invicto” a quem instituiu culto e para submeter pacificamente os cristãos, disse ter sonhado que o símbolo da cruz que o faria vencer as batalhas. Sendo Im- perador, ordenou o uso da cruz nas igrejas, contudo sem abandonar o “deus sol” que o manteve como símbolo principal em suas moedas. Em 326 d.C. ele ofereceu culto ao “deus Jupter”. A enciclopédia Hidria observa que um dia anterior a sua morte Constantino ofereceu sacrifício a “deus Zeus”. Esse homem instituiu o uso da cruz cristã. Nada melhor para representar Yeshuah (Jesus) do que o Candelabro. “O Cordeiro é a sua lâmpada” (Apocalipse 21;23). Yeshuah (Jesus) Disse: “Estejam acesas as vossas lâmpadas” (Lu- cas 12:35), “Eu sou a luz do mundo”. Está na hora da Igreja acen- der sua candeia e receber a iluminação e a revelação da Palavra de Adonai, para romper com as tradições romanas e pagãs e voltar à Igreja primitiva, ou seja, à verdade da Palavra de Deus. Não im- porta se a tradição ja tem quinhentos ou tem mil anos; se não é bíblica temos de deixá-la. Ramos de Oliveira. Na profecia de Oséias (14:6) O Eterno fala: “Serei como orvalho para Israel, que há de florescer”...“Estender- -se-ão seus ramos e sua beleza será como da oliveira”. Salmos 128:3 que diz: “Seus filhos são como ramos de oliveira”. A Oliveira signi- fica o povo de Israel, a família de Abraão. Ela foi mencionada pelo 133 Apostolo Paulo (Rabino Shaul) em Romanos 11:24 “porque se tu foste cortado do natural zambujeiro e contra a natureza, foste en- xertado na boa Oliveira, quanto mais esses (os filhos de Israel) que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira”. Na visão do profeta Zacarias (4:2, 3 e 12), Adonai levou-o a Jerusalém e mostrou-lhe um candelabro (menoráh) de ouro, com dois ramos de oliveiras ao seu lado, um a sua direita e outro a sua esquerda. O profeta perguntou o significado da visão e o anjo que o acompanhava disse-lhe que os ramos de oliveira eram dois ungidos que estavam diante do Eterno Rei de toda a Terra. Por isso, os ramos de oliveira dos dois lados representam o anseio de Israel por paz, pela chegado do Mashiach (Messias) e pela reconstrução do 3º templo. Da Oliveira a unção e o incenso. Do fruto da oliveira é ex- traído o azeite e este era usado para unção dos sacerdotes e uten- sílios do templo e para acender o candelabro diante Do Eterno. O azeite da oliveira era também um dos componentes aromáticos usados no altar de incenso, o altar de ouro, ordenado por Adonai a Moshê (Moises). O texto bíblico fala: “E nunca falte azeite sobre tua cabeça”.(Eclesiastes 9:8). Com esse azeite somos ungidos; a san- ta unção que representa O Espírito santo. (Êxodo 30:25). A moeda tem o mesmo nome dos tempos bíblicos. (à direita moeda atual e a esquerda Moeda do tempo do 2º.Templo encontrada em atuais escavações). Há quase 4.000 anos, o “shekel” (traduzido em português como “siclo”) foi a moeda usada por Abraão, quando comprou a 134Israel - Cumprindo Profecias caverna de Macpela com 400 siclos de prata (Gênesis 23). O siclo (shekel) era a moeda usada para se ofertar no Templo em Jerusa- lém e para pagar o tributo. Agora Israel volta a usar essa moeda bíblica e como sua moeda corrente. A Estrela de David. Significado. A estrela de David tem seis pontas externas e mais seis pontas internas (seis pontas azuis e seis brancas) perfazendo o total de doze pontas, que é o número das doze tribos de Israel, sob o cuidado de Adonai. A estrela é uma figura divergente, pois todos os pontos saem de dentro para fora, isso representa que O Deus de Israel será levado a todas as nações e conhecido em todas as direções. O Seu Santo Nome será levado a todos os lados da terra, porque Ado- nai escolheu a Israel, para através dele, fazer Seu Grande Nome ser conhecido em toda a terra. (jamais os deuses da terra serão levados a Israel, por isso a figura é divergente e não convergente). No meio da bandeira de Israel existe uma ESTRELA DE DAVID (Maguen David) (literalmente “escudo” de Davi,) é um dos símbolos judaicos muito importante. Segundo a tradição ju- daica a estrela simboliza um selo ou um escudo de armas criado pelo Rei Davi para dizer que “Adonai é O nosso Escudo”. O sím- bolo recebeu o nome de David, que sempre confiou que o Reino de Adonai se estendia a todos os cantos do mundo e, por esta razão, não temia reis humanos. (I Reis 3:15). O Maguen David (estrela de David) é usado em sinagogas e cemitérios, ornamenta os livros da Toráh e o cortinado da Arca Sagrada. Simboliza que Adonai reina acima, embaixo e nos qua- 135 Sarah Elzeny Zayit tro pontos cardeais. Por esse motivo a bandeira do povo judeu, tem no centro dela um dos mais antigos símbolos nacionais judaico. Dessa for- ma, expressamos nossa crença de que confiamos não apenas no nosso exército, mas, principalmente, na Fortaleza do Senhor dos Exércitos de Israel. “Israel, confia no Eterno, Ele é seu socorro e seu escudo” (Salmos, 115:9). Davi foi o Rei mais importante de Israel, porque foi esco- lhido por Adonai e era segundo o Seu coração. Hoje O Eterno procura homens segundo o Seu coração, com quem possa contar. Homem que ignore as vozes estranhas, e que escute somente a Adonai, como Davi em frente ao gigante Golias. Todos diziam para que não enfrentasse aquele filisteu, mas Davi ouvia somente a voz do Espírito de Deus. Acredito que em seu coração podia ouvir Deus dizer: “vai Davi e Eu serei contigo”. A promessa de Adonai sobre o Mashiach (Messias) de Israel é que viria de Davi. Por isso é chamado “Filho de Davi”. Existe a estrela David esculpida em pedra nas ruínas da an- tiga cidade de Kfar Nachum (Cafarnaum), pertencia a sinagoga daquela cidade na Galiléia, o que confirma que o símbolo já era usado pelo povo judeu por volta do primeiro século d.C. (Foto: estrela de David,do 1º sec., em Cafarnaum) 136 Israel - Cumprindo Profecias Bandeira de Israel. Os idealizadores da ban- deira sionista a criaram o mais espiritual possível! Obedecendo ao que disse O Eterno: “Neste mundo fiz convosco estandartes, como foi dito, cada homem com seu estandarte (sua bandeira), com emblemas da tribo de seus pais” (Números 2:2). A bandeira de Israel teria que ser algo com representação, não apenas cívico, mas espiritual, porque Adonai ordenou que se levantasse estandarte e disse: “E farei deles estandartes para O Meu Nome. Porque são meus filhos, como é dito, ‘sois filhos de Adonai, e Ele vosso Deus’. E são meus exércitos”. A escolha da bandeira israelense. David Wolffsohn, que participou do Primeiro Congresso Sionista, em 1897, detalhou a história do nascimento da bandeira israelense: “A convite de nosso líder, Herzl, vim para a Basiléia para os preparativos do Congresso. Entre muitos outros problemas que me ocupavam, havia um que continha algo da essência do problema judaico: Que bandeira seria pendurada no Salão do Congresso?”. “Então tive uma idéia. Temos uma bandeira, e é azul e bran- ca. O talit (manto de orações), com o qual nos cobrimos quando oramos: este é nosso símbolo!. Vamos tirar o talit de sua sacola e vamos desenrolá-lo perante os olhos de Israel e os de todas as na- ções. Então encomendei uma bandeira azul e branca com a Estrela de David pintada. “Foi assim que a bandeira nacional de Israel, que esteve no Salão do Congresso, e novamente surgiu”. 137 Sarah Elzeny Zayit Adonai ordenou que se fizesse estandarte (bandeira). “Os que armarem as suas tendas do lado do oriente, para o nascente, serão os da bandeira do exército de Judá, segundo os seus esquadrões.” (Números 2:3) Moisés (Moshê) instituiu estandartes (bandeiras) para cada uma das tribos. “Cada um sobre o seu estandarte, com as insígnias da casa de seus pais, acamparam os filhos de Israel” (Números 2:2). “Cada estandarte terá o seu símbolo e nele um mapa. E a cor do estandarte de um será diferente da cor do estandarte do outro”. Moisés não foi o primeiro a atribuir importância aos estandar- tes. Jacó (Yacov) já ordenara isso a seus filhos e foi ele quem estabe- leceu estandartes para as tribos. A outorga de estandartes é sinal do carinho especial de Adonai pelo Povo Judeu na identificação deles. Brasileiros vestidos com estandartes representando as tribos de Israel, na Festa de Sucot em Jerusalém. A bandeira, (o estandarte) de Moises expressava também o fato do povo judeu ser o povo eleito de Adonai, e seu compromisso para com Seus mandamentos, preceitos, concertos e alianças, e sua aspiração de aderir à Shechináh (A gloria de Sua presença no meio do povo). Com seus estandartes, o povo de Israel era forte e pode- roso e todas as nações os observavam e surpreendiam-se. E os filhos de Israel lhes diziam: “Porventura podeis nos conferir a grandeza que nos deu nosso Deus no deserto com seus estandartes? Podeis 138 Israel - Cumprindo Profecias fazer o mesmo?” Os estandartes eram sinal de glória, de vitória e de honra. A existência de uma bandeira para o povo de Israel é uma questão religiosa muito mais significativa do que para outros povos. Como dissemos, é um símbolo não somente cívico, mas tam- bém espiritual. As faixas azuis (como o Talit) e com a estrela (Maguen) de David no centro, figuram a abertura do Mar ver- melho pelo Eterno e os filhos de Israel (representados pela estrela: dose pontas, dose tribos) passando pelo Mar a pés enxutos, levados por Adonai em direção a Terra Prome- tida. Quando vemos a bandeira de Israel, nos lembramos da fé e das orações de muitas gerações de judeus que esperaram o retorno ao seu Lar. O Shofar. No hebraico “שופר”.“Tocai o shofar na terra” (Je- remias 4:5) *Nota: o texto original diz: “Tikiu shofar baeretz” “Tocai shofâr na terra”. Shofar, instrumento natural (feito de chifre de carneiro). É um dos instrumentos de sopro mais antigos usados pelo homem. So- mente a flauta do pastor - chamada Ugav na Torá, o iguala em idade. (O shofar e musicas são tocados nas ruas de Jerusalém, por ocasião da Festa dos Tabernáculos) 139 Sarah Elzeny Zayit O shofar é o mesmo instrumento usado há milhares de anos. Ele é mais conhecido como a trombeta bíblica (por causa da tradução atual da bíblia). Muito usado em Israel desde os tempos bíblicos para santa convocação (Levítico 23:24 e Êxodo 19:13 a 17); usado nas guerras, para intimidar o inimigo, ou convocação para guerra. Foi usado por Gideão com seus 300 homens quando venceram os midianitas (juízes 7:19). Por Josué quando conquis- tou Jerico e foram derribados os seus muros (Josué 6:4 a 20). O shofar, para os judeus, não é um instrumento não é usado para lazer ou divertimento, mas, é considerado sagrado, e por isso é usado apenas nos momentos importantes e sagrados. O shofar lembra o carneiro sacrificado por Avraham (Abraão) no lugar de Ytzak (Isaque) através da história da Akedá (sacrifício de Ytzak), lida no segundo dia de “Rosh Hashaná” (passagem do ano judaico). O mandamento bíblico diz: “Anunciaiem Judá e fazei ouvir em Jerusalém: Tocai o shofar na terra” (Jeremias 4:5). O shofar tem sido usado como instrumento musical para louvor e adora- ção a Adonai (salmo 98:6); usado para assinalar o inicio do ano jubileu e também para anunciar o começo de cada mês (a lua nova), (toques curtos; e apenas no 7º mês são toques longos) (Le- vítico 23:14) período de Santa Convocação, como no dia em que Moises convocou o povo no Sinai para o encontro com Adonai (Êxodo 19:16). Portanto o toque do shofar nos lembra da entrega da Torah (Pentateuco). O toque do shofar fazia parte, originalmente, do ritual de culto do Tabernáculo, e depois no Templo. Mais tarde passou a ser usado nas sinagogas. Ate hoje é tocado no mês de Elul, porque foi quando Moises subiu ao Monte Sinai para receber a “Lei”, pela segunda vez. Há uma tradição rabínica que diz que quando o SHOFAR soava em Israel, ADONAI se levantava de seu trono de juízo e se assentava em seu trono de misericórdia, por causa do texto de Salmo (47.5): “Eleva-se Adonai ao som da Teruah, O Eterno na voz do shofar, com júbilo, ao som do shofar”. (Teruah é o toque do 140 Israel - Cumprindo Profecias shofar de convite ao arrependimento e retorno a Deus). Hoje ele é tocado nas festas bíblicas, nas comemorações im- portantes como ocorreu na reconquista de Jerusalém, que o Rabi- no Shlomo Goren, tocou o shofar louvando e agradecendo a Ado- nai pelo cumprimento de suas promessas. Isto nos mostra quão importante foi e tem sido, o som do SHOFAR para o povo Israel. Há promessas para quem conhece o som do shofar Do Eterno. “Bem-aventurado o povo que conhece o “Teruah” (toque do shofar) de Adonai.”. *nota: nas traduções bíblicas atuais lemos; “que conhece o som festi- vo”, porém, no original hebraico diz: “יוֹדְעֵי תְרוּעָה יהוה” “Iodei Teruah Adonai” “Conhece o som do shofar de Adonai”. O texto continua mencionando as promessas: “...sob a Tua luz hão de caminhar. “Por Teu Nome regozijar-se- -ão cada dia; por Tua justiça serão exaltados”. (Salmo 89:15-18) O toque do shofar nas comemorações e nas festas bíblicas. 141 Sarah Elzeny Zayit No Ano Novo (Rosh Hashanah) Há um total de 100 toques. O primeiro toque é o “TEKIÁH”, toque direto e longo (compri- do, corrido, sem interrupção) nos traz uma mensagem e ensino bíblico sobre a separação que houve entre o homem e seu Cria- dor. Lembra-nos o dia que o homem pecou contra ELOHIM no Éden, onde ocorreu a grande separação. Por isso é um tom longo, tão longo quanto a separação entre os homens e ELOHIM. O Ta- nach diz:”Assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os Meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os Meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos”. Toque longo anunciará O Mashiach e a ressurreição! Hoje o Tekiah, toque longo lembra nossa separação de Adonai, mas quando O Messias (Mashiach) chegar haverá um toque anuncia- dor, e os mortos ressuscitarão. O TEKIAH anunciará a Majestade do Senhor e Rei de Israel. Esse toque longo anunciará a chegada Do Mashiach (Messias) de Israel e a ressurreição dos mortos e o inicio do Reino de Adonai sobre toda a terra. Paulo (rabino Shaul) fala aos Tessalonicenses (4:16) que o grande shofar soará e os mortos ressuscitarão. (Coríntios 15:52), na chegada do Mes- sias. Fala ainda (em I Tessalonicenses 4:16): “Porque O mesmo Se- nhor descerá dos céus, com alarido e com voz de arcanjo e com o shofar de Deus (trombeta de Deus) e os que morreram em Cristo, ressuscitarão primeiro”. O segundo toque é o SHEVARIM (Três sopros médios, nem curto nem longo), é um convite à santificação e à adoração. O SHEVARIM é para lembrar que O Mashiach (Messias) virá. É uma série de três toques que, expressam o gozo interior em meio às aflições do mundo, confiados que finalmente o Reino dos céus será implantando em toda a terra. Quando SHEVARIM é toca- do, reafirmamos nossa fé na volta do Messias. Este toque tam- bém manifesta o ensino bíblico, da convocação de ADONAI para adorá-Lo. O terceiro toque “TERUAH” (mencionado no Salmo 89, é 142 Israel - Cumprindo Profecias uma combinação de nove sopros curtos, seguidos um do outro), que convoca-nos a despertar do sono e leva-nos a uma reflexão profunda sobre nossas vidas diante do Criador. “TERUÁH é um convite de retorno a Adonai, um auto-exame espiritual, arrepen- dimento e volta a Adonai; é como uma voz que nos convida a analisarmo-nos introspectivamente e ver como estamos em nossa relação com Adonai”. É um convite pessoal que O Eterno “Ben- dito seja Ele” faz a todos nós, a que voltemos à Sua herança, Sua provisão, Sua comunhão e ao Messias de Israel. Maimônides disse sobre o que representa o toque do shofar: “Acordem de seu sonho... e meditem sobre seus atos”. “Lem- brem-se de seu Criador e voltem a Ele, penitentes. Não pertençam aos que ignoram os valores reais, enquanto perseguem sombras e desperdiçam seus anos em busca de coisas vãs, que não trazem be- nefícios e nem salvação. Que cada um abandone seus caminhos er- rados e pensamentos indignos e volte Ao Eterno, para que Ele tenha piedade de vocês”. *(Hilkhot Teshuvah III,4) A ordem dos toques em Rosh Hashanah. Tocam-se três séries: 1- Um toque longo, um médio, um curto e outro longo. 2- Um toque longo, um médio e um curto. 3- Um toque curto, um médio, e um curto.(repetindo-se por três vezes). (Os ashque- nezim costumam tocar um longo no final). O toque do shofar é o grito do atalaia!. “Pus atalaias so- bre vos dizendo: Estai atentos a voz do shofar”. (Jeremias 6:17) O profeta Joel (2.15-17) disse: “Tocai shofar em Sião, santificai um jejum, proclamai um dia de assembleia solene. Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os filhinhos, e os que mamam”. O texto original hebraico de Joel 2:15 diz: “Tocai shofar!”. É um imperativo: ”Tocai!” É Também uma referência à festa de Yom Kipur (Dia da Expiação, dia do perdão), quando o toque do shofar conclama ao povo. Os judeus do mundo inteiro jejuam nesse dia. 143 Shofar anuncia Tempos Proféticos. Nestes dias proféticos que estamos vivendo, O Eterno tem levantado atalaias em todo o mundo. Quando ouvimos o toque do shofar somos despertados ao conclamar do Eterno dizendo: “Tocai shofar!” Proclamai um jejum!, voltem-se para Mim! “Erguei canções de júbilo a Deus, que é a nossa fortaleza; fazei soar alegres vozes ao Deus de Jacó... Soprai o Shofar na lua nova, no tempo fixado como dia da nossa festa. Pois esse é um es- tatuto para Israel”. (Salmo 81: 1 a 5). “Com trombetas e ao som do shofar, aclamai ao Rei Eterno” (Salmo 98:6). O Shofar é um dos instrumentos que Adonai está restaurando nestes tempos profé- ticos. Há o toque de chamado para guerra e também o toque de vitória. A profecia de Zacarias (9:14) diz que O próprio Deus fará ouvir o som do Shofar anunciando vitória, no dia em que O Eterno resgatar o Seu povo, tornando-os como joias de uma co- roa, resplandecendo sobre Sua Terra. Ansiamos por ouvir o toque desse grande shofar! “Adonai fará soar Seu Shofar”. A importância do shofar para os judeus. Ao longo da his- tória, houve vezes em que os judeus colocavam em risco a vida para tocar o shofar, em Yom Kipur, junto ao Kotel. Assim foi du- rante o mandato britânico na então palestina, como relata em suas memórias o rabi Moshê Segal: “Os ingleses haviam baixado os seguintes decretos, destinados a humilhar os judeus, justamente no local mais sagrado de sua fé: “é proibido orar em voz alta para evitar que se perturbem os moradores árabes; é proibido ler de um rolo da Toráh...; é proibido tocar o sho- far em Rosh Hashaná e Yom Kipur”. O Governo britânico colocou mesmo um intenso policiamento no Kotel para garantir a aplicação das medidas. No Yom Kipur daquele ano de 1930, eu me encontrava no Muro, orando. Durante o breve intervalo entre a oração de Mus- saf e a de Minchá, ouvi de passagem umas pessoas cochichando com outras: “Onde teremos que ir para ouvir o shofar”? Aqui, seráimpos- 144 Israel - Cumprindo Profecias sível tocá-lo. Há tantos policiais quanto há fiéis, orando... O próprio comandante da polícia estava lá, para se assegurar de que os judeus não iriam fazer soar o toque longo e solitário que encerra o jejum. Fiquei atento aos sussurros e pensei, com meus botões: Será possível privar-nos do som do shofar que acompanha a nossa pro- clamação da Soberania Divina? Será possível privar-nos do toque do shofar, símbolo da redenção de Israel? ... Aproximei-me do Rabi Yitzchak Horenstein, que fazia às vezes de rabino de nossa “congre- gação”, e lhe disse: “Dê-me um shofar”. - “Para quê?” - “Vou tocá-lo”. - “O que você está dizendo? Não está vendo os policiais?” - “Pois eu vou fazê-lo soar”. O Rabino se afastou de mim, abruptamente, não sem antes lançar um olhar para o pequeno púlpito do lado esquerdo, bem no fundo da ruela. Logo entendi que o shofar estava lá dentro. Quando chegou a hora do toque do shofar, fui até a pequena armação de madeira e me inclinei sobre a mesma. Abri a gaveta e fiz o shofar escorregar pra dentro da manga do paletó, escondendo-o. Pronto; estava já em minha posse, mas, e se eles me vissem antes de eu ter a chance de soprá-lo? Na época, eu ainda era solteiro e, pelo costume ashquenazita, não podia usar o talit. Voltei-me para a pessoa que orava ao meu lado e lhe pedi emprestado o dele. Meu pedido deve ter-lhe parecido estranho, mas, como os judeus são um povo bondoso, ainda mais nos momentos mais sagrados do mais sagrado dos dias, ele me entregou o seu xale de orações, sem dizer palavra. Envolvi-me com o seu talit. Naquele momento, então, sen- ti que havia criado um domínio privado, só meu. Em meu redor, prevalecia um governo estrangeiro que governava o povo de Israel até mesmo em seu dia mais santificado. E, apesar de estarmos no local mais santificado para a nossa fé, não tínhamos a liberdade de 145 Sarah Elzeny Zayit servir a nosso D’us. Só que, sob esse talit, o domínio era outro, por completo; era outra realidade. Aqui não estava sob o domínio de nenhum outro, a não ser o meu Pai Celestial. Aqui eu faria o que ele me ordenava - e não havia força na Terra que me impedisse de fazê- -lo. Quando foram proclamados os versos finais da oração de Neilá - “Escuta, ó Israel”, “Abençoado o Seu Nome” e “o Eterno é D’us Único” - agarrei o shofar e fiz soar um toque longo, nítido, triunfal. Tudo aconteceu muito rapidamente. Muitas mãos me agarravam. Tirei o talit que me cobria a cabeça e deparei-me com o comandante da polícia, que ordenou a minha prisão. Levaram-me à kishla, a prisão da Cidade Velha, e um poli- cial árabe foi destacado para fazer a minha guarda. Muitas horas se passaram. Ninguém me deu comida nem água para quebrar o jejum. À meia-noite, o policial recebeu ordens de me libertar - e o fez sem dizer palavra. Foi então que eu soube que o Rabino-chefe da Terra Santa, Rabi Avraham Yitzchak Kook, informado da minha prisão, conta- tara imediatamente o secretário do Alto Comissariado sobre a Pa- lestina, pedindo a minha soltura. Ao ver recusado o seu pedido, afirmou que ele continuaria jejuando e não quebraria o jejum do Dia Santo até que eu fosse li- bertado. O Alto Comissário resistiu durante várias horas, mas, por respeito ao Grã-rabino, sem outra opção acabou cedendo. Nos dezoito anos que se seguiram até a conquista árabe da Cidade Velha, em 1948, o shofar soaria no Kotel, a cada Yom Kipur, tocado por homens que sabiam que seriam presos por sua parcela de responsabilidade em reivindicar o nosso direito à mais sagrada de todas as nossas posses. Os ingleses logo entenderam o significado daquele toque im- ponente; sabiam que era o que derrubaria, definitivamente, o seu mandato sobre a nossa terra, da mesma forma como as muralhas de Jericó tinham ruído ante o som do shofar de Josué. E fizeram tudo que estava em seu poder para evitá-lo”. 146 Israel - Cumprindo Profecias *(Tradução e adaptação: Lilia Wachsmann. Este texto é um trecho das memórias do Rabi Moshê Segal (1904-1985), Chassid do movimento Lubavitch, muito atuante na luta pela libertação da Terra Santa do domí- nio britânico. publicado no site www.chabad.org A LÍNGUA HEBRAICA A profecia diz: “Farei que voltem a conhecer um idioma puro, escolhido, com o qual todos possam invocar o Nome de Ado- nai”. (Sofanias 3:9). *Nota: Há algumas traduções bíblicas do texto de Sofanias 3:9 di- zem: “darei lábios puros”. Porém o texto original do hebraico diz: “שפה ,Safah Bruchah” que quer dizer idioma puro, selecionado, claro“ ”ברורה evidente e escolhido. O texto continua: “Com o qual (idioma) todos pos- sam invocar O Meu Nome”. Hebraico é o idioma mais antigo conhecido pela humanida- de. Foi a comunicação de Adonai com o homem. A terminologia na qual o universo foi criado. O idioma da Toráh, dos profetas, e dos salmos. O vernáculo dos Patriarcas. A língua mãe do povo judeu. Após a diáspora, por séculos o hebraico foi usado somente na liturgia, orações e leitura da Torah, mas com o renascimento do Estado de Israel renasce também a língua hebraica. Em 1922 ela volta a ser usada, não apenas em liturgia. Hoje podemos jun- tos invocar O Nome Do Eterno, na mesma língua, cumprindo assim a profecia de Sofanias. O hebraico bíblico é a língua oficial de Israel. Sabe o que Isso de- nota? Que ainda hoje seria possível nos comunicar, em hebraico, com os profetas, com o salmista David e com outros personagens bíblicos. Uma língua que nunca se deixou de ser usada, pelos judeus, (dispersos e 147 Sarah Elzeny Zayit sem Pátria), nas liturgias, nas orações, leituras bíblicas, nas festas, e nas canções, nos quase dois mil anos de diáspora (fora de Israel) em qualquer lugar do mundo onde existisse um judeu. É curio- so que até as canções e comidas são as mesmas em todo o mun- do onde há judeu. E através da língua hebraica Deus preservou a existência de Seu povo. A língua hebraica manteve em seu estado original e não se modificou com o passar do tempo como aconteceu com as outras línguas, mas se conservou igual ao hebraico bíblico. No Hebraico atual, Eliezer Ben-Yehuda apenas acrescentou palavras que antes não existiam, como por exemplo: avião, antibiótico, etc., preser- vando a integridade da língua. Seria impossível hoje conferir os textos sagrados, escritos há 2000 anos (encontrados há pouco tempo) se O Próprio Deus não tivesse feito com que os judeus dispersos, vivendo em muitos países com idiomas diversos, ainda soubessem e usassem o he- braico. A língua com a qual a Palavra Dele foi escrita. Isso é um verdadeiro milagre! Sabemos que não há registro na historia da humanidade, de nenhum outro povo antigo, como aconteceu a Israel, que tenha estado espalhado por toda a terra e por tanto tempo e voltando a sua terra, possui uma linguagem nacional. Isso é um milagre! Providência de Adonai! Em Babel Adonai confundiu as línguas e espalhou os po- vos. Em Israel Adonai volta a unir os povos e a língua (uniu ju- deus de mais de uma centena de países e dezenas de idiomas), Ele nos reuniu novamente, com uma só língua, o hebraico, e como um só povo que deve ser receptor, portador e transmissor de sua glória para toda a terra, como testemunha viva de que Adonai falou e cumpriu cada uma de suas promessas. 148 A CONSTITUIÇÃO DE ISRAEL É A BÍBLIA A Bíblia (Tanach) é a Constituição, a instância máxi- ma para a legislação do Estado de Israel, que é um Estado de- mocrático e moderno, contu- do sua legislação se baseia em fundamento bíblico, honrando e respeitando a Teocracia. Seus juízes são rabinos fiéis estudio- sos da Bíblia (chamados sábios). Israel não faz escritura definitiva de posse de uma propriedade, porque está escrito: “a terra não será vendida em perpetuidade, porque Minha é a Terra e vos sois moradores para Mim”. (Levítico 25:1, 2 e 23). Em Israel não existe casamento civil, só existe a cerimônia religiosa rabínica. Os cohanim (descendentes de Arão) não po- dem se casar com pessoasdivorciadas, segundo o que Adonai or- denou a Moises. O sábado e as festas bíblicas são respeitados. Nas festas bí- blicas as maiores autoridades do País vêm ao publico para ler a Bíblia, e proferir bênçãos sobre a nação; e nesses dias não se faz nenhum trabalho (a não ser os de emergência) em todo o Pais. Soldados israelenses prestam juramento com a Bíblia sobre o peito e com a arma na mão. No Muro das Lamentações (Kotel) o soldado do Exército de Defesa de Israel faz seu juramento de fidelidade a Adonai e a Israel, ocasião em que recebe uma arma e uma Bíblia (Tanach) e não deve separar-se dessas duas coisas momento algum. Israel é um dos países mais modernos do mundo. Contu- do não abandona as tradições dos antepassados, mas, se conser- va o antigo, valorizando a historia e os mandamentos bíblicos. A exemplo disso, na Pessach (Páscoa) é proibida venda de qualquer 149 alimento fermentado ou pão que não seja o ázimo (pão sem fer- mento) conforme o texto bíblico. Oremos para que Israel continue sua volta à antiga Bíblia, e para que vá se tornando mais e mais um recipiente com formato do programa Divino, afim de que cada profecia venha se cumprir 151 “Israel é a vara de Sua herança; Adonai dos Exércitos esse é o Seu Nome” (Jeremias 10:16). 3ª PARTE - O POVO DE ISRAEL 152 Israel - Cumprindo Profecias O NOME ISRAEL Os termos: Hebreu, Israel, e judeu, historicamente são usa- dos como sinônimos. A Bíblia (O Tanach) se refere a Abraham (Abraão) como hebreu (Ivri, que significa: do outro lado); talvez por ter imigrado do outro lado do Rio Eufrates. Israel foi o nome dado pelo anjo, no vale de Jaboc, a Yacov (Jacó neto de Abraão) quando lutou com Ele e prevaleceu. Seus descendentes foram chamados de “Bnei Israel” Filhos de Israel, que depois de consti- tuída uma Nação foi chamada de “Israel”, já nos tempos bíblicos. em sua integra e em breve. O termo judeu deriva de Judá filho de Israel de quem veio a mais proeminente das doze tribos de Israel. Foram denominados judeus, quando os habitantes da Judéia sobreviveram à queda do reino Setentrional em 722 a.C. O nome de Israel é mencionado mais de 2000 vezes na Bíblia: Como pessoa (Gênesis 32,29); como povo (Êxodo 3:10; Deuteronômio 26,15; II Samuel 7:7ss.); como comunidade reli- giosa (Ex 12:3; Levítico 16,5; Números 15:25.; Isaias 8:35; 1Reis (Meninas da força de defesa de Israel) 153 Sarah Elzeny Zayit 8:5.; II Crônicas 30:1); como País (2Rs 6:23; Ezequiel 11:17; 20:38. 42; 37:17); como nome de Estado para o Reino do Norte e, mais tarde, para o reino do sul de Judá (I Samuel 17:52; 18,16). Hoje, o povo é chamado Judeu, sua fé Judaica, sua língua hebraica e sua Terra e Pátria Israel, sua Capital Jerusalém. Fala- remos neste capitulo sobre “Israel Povo”. A ESCOLHA DE ADONAI Israel é escolhido por Deus como povo da aliança, segundo as afirmações do Antigo e do Novo Testamento. Essa escolha é decisão livre Do Deus Soberano e Eterno, A Quem tudo pertence (Deutero- nômio 7:7.), pela qual (escolha) Se ligou em aliança eterna a Abraão e aos seus descendentes (Gênesis 17:7; Romanos 11:25 a 32). Essa escolha não significa (Soldado israelita orando no Muro das Lamentações) 154 Israel - Cumprindo Profecias preferência, mas sim uma incumbência especial. Israel e os seus descendentes são, como “servos de Adonai”, ao mesmo tempo testemunhas de Deus neste mundo (Isaias 41,8-9; 44,1). Escolhi- dos por Adonai para servi-Lo e para fazer conhecido Seu Grande Nome em toda a terra e a com sua perpetua existência (apesar de quase dois mil anos de exílio), e no cumprimento de Suas pro- messas para com esse povo, provar a veracidade de Sua Palavra, e de Sua fidelidade para com Abraão Seu servo. O povo da Promessa. O Texto sagrado diz: “O Senhor teu Deus te escolheu, para que Lhe fosses o Seu povo próprio, dentre todos os povos que há sobre a terra... O Senhor não os escolheu pela multidão, porque éreis menos em número do que todos os povos; mas porque vos amava e para guardar o juramento que jurara a vossos pais. O Senhor vos tirou com mão forte e vos resgatou da ser- vidão do Egito. O Senhor é Fiel e guarda o concerto” (Deuteronômio 7:6 a 9). A Torah diz: “Eu Sou o Senhor vosso Deus, que vos separei dos povos. Ser-me-eis santos; porque Eu, O Senhor, Sou Santo, e separei-vos dos povos, para serdes Meus” (Levítico 20.24,26). A Palavra de Adonai declara repetidas vezes e com clareza que Israel é Seu povo peculiar, especialmente escolhido e que ja- mais perderá essa condição singular. O destino de Israel, ordena- do pelo Eterno para cumprir Sua vontade no mundo, é o tema das profecias bíblicas. As profecias sobre o Messias estão inseparavel- mente ligadas ao Seu povo Israel. Foi em Israel, e através dele que o Messias judeu (Mashiach), se revelou. PROVA CIENTÍFICA DA LINHAGEM SACERDOTAL Prova incontestável da escolha sacerdotal. A ciência prova a cada dia a veracidade das Escrituras Sagradas. Uma das provas é a linhagem sacerdotal, a descendência do Sacerdote Aaron (Arão). 155 Sarah Elzeny Zayit O professor Karl Skorecki é um kohen (descendente da fa- mília sacerdotal), é também nefrologista sênior (especialista do sangue) no hospital de Rambam em Haifa; é “o cabeça” da medi- cina molecular na escola médica de Technion de Israel. Um jornal de Jerusalém datado três de janeiro de 1997 e a revista britânica Natureza (2 de janeiro de 1997) publicaram que o Dr. Skorecki e seus colegas, juntamente com o Professor Michael Hammer, da Universidade do Arizona, encontraram um cromossomo ge- nético que liga originalmente os judeus da linhagem sacerdotal descendentes de Aaron (Arão), os Kohanim (família sacerdotal). Um marcador particular (YAP-) foi identificado em 98,5 % dos Cohanim. Marcador conhecido como: “Cohen Modal Hapoltype (CMH)”, comentado na “Discover The Magazine of Science”. 28 de setembro de 2009. Os investigadores encontraram entre os judeus Kohanim Ashkenazi (europeu) e também Sefaradi (espanhol e meio orien- te) uma variação do cromossomo Y. Os cientistas obtiveram amostras genéticas de homens Judeus que vivem em três nações diferentes que eram Kohanim (família sacerdotal). Os fenótipos genéticos de 188 judeus descendentes dos Ko- hanim eram diferentes geneticamente daqueles Judeus que não eram kohanim. Os investigadores encontraram um tipo prepon- derante somente nos kohanim. Esta é uma evidência muito forte que estes indivíduos são descendentes de um só homem, Arão o sacerdote, que viveu há 3.500 anos. O professor Skorecki não es- colheu os kohanim baseado em seus nomes (Cohen, Rappaport, ou Shapiro, etc.). Rather, perguntou se sua tradição da família os reivindicava como kohanim. O Eterno os separou a família de Arão (irmão de Moises) dos demais quando mandou que os ungisse para o sacerdócio e disse que seriam sacerdotes perpetuamente (Êxodo 29:9). Essa é mais uma prova de que A Bíblia é a verdade; é a Palavra de Adonai e de que Ele escolheu esse povo. 156 Israel - Cumprindo Profecias O CHAMADO DO ETERNO A história do povo judeu tem sua origem há 3800 anos. Quando Adonai chamou Abraão e lhe fez promessas. Ele saiu de sua terra natal, Ur dos caldeus, terra cheia de idolatria, de muitos deuses e divindades guerreiras. Adonai lhe deu uma nova visão sobre o homem e sua natureza e principalmente sobre Ele Próprio como “Deus Único” O qual transformou Abraão. Sua partida de sua terra natal representa total rompimento com todas as ideias pagãs e idólatras, lá existentes. Ali começou o Judaísmo, com a visão de UM ÚNICO DEUS, que age com propósito moral e cujo atributo principal é o amor. Isso criou em seus descendentes uma unidade impar. A UNIDADE DO POVO Mesmo dispersos, os judeus sobreviveram como um povo, uma família. (Citarei um pequeno exemplo dessa unidade e soli- dariedade). O depoimento a seguir exemplifica a maneira judaica de ser e viver. Depoimento do escritor e jornalista Zevi Ghivelder para a Revista“Morashah”: “Quando fui ao norte do país, até o Golan, paramos no kibutz Gadot que uma semana antes e durante os três primeiros dias da guerra tinha sofrido intenso bombardeio da artilharia Síria. Mais de dois terços das construções do kibutz estavam destruídas e no pá- tio das crianças não havia uma só gangorra de pé. Ali conheci um marceneiro que trabalhava no conserto de portas e janelas. Ele de- via ter uns cinqüenta e poucos anos, vestia calção e camiseta, falava e gesticulava com o bom humor espontâneo dos gordos. Pediu-nos uma carona até Tel Aviv, o que nos surpreendeu, porque pensáva- mos que ele fosse habitante do kibutz. Não! Ele estava ali trabalhan- do como voluntário, conforme nos relatou: “Quando eu soube o que 157 Sarah Elzeny Zayit tinha acontecido aqui em Gadot, imaginei que o pessoal ia precisar de portas e janelas; Peguei minhas ferramentas e vim para cá”. Enfatizei este episódio, porque ele sintetiza todo o sentimen- to de solidariedade que perpassava a população de Israel ao cabo da Guerra dos Seis Dias. Poucas vezes na história uma sociedade humana encarou o perigo com tamanho espírito de união. Cada israelense se considerava dono da vitória militar alcançada em três frentes de combates. ... Da Galiléia ao Mar Morto, todos os israelen- ses se referiam à guerra na primeira pessoa do plural. Jamais ouvi alguém dizer, por exemplo, “quando o exército ocupou tal cidade...” O que se escutava, de forma invariável, era o seguinte: “Nós con- quistamos Jerusalém depois de muita luta; mas entramos em Belém sem disparar um só tiro”. Ou então: “Nós traçamos uma estratégia perfeita”. Quem assim me falou foi um motorista de táxi que, sem qualquer cerimônia, incluía nesse “nós” o general Dayan, o briga- deiro Hod, comandante da força aérea, o primeiro-ministro Levi Eshkol e a si próprio”. A unidade do povo judeu tem sido mantida através dos tempos por uma visão de descendência de um único antepassado: Abraão, que obedecendo à ordem Divina, dirigiu-se à Canaã. A história de Abraão é impregnada de uma sensação do destino di- vino, a um homem escolhido. Abraão a caminho de Canaã desce ao Egito, mais tarde seu neto Jacó teve que descer com sua família ao Egito, por causa da fome na terra, pois Adonai tinha constituído Seu servo Jose, como governador do Egito. Depois de alguns séculos, com a morte de faraós e substituição deles, os egípcios fizeram os hebreus escra- vos. Então Adonai chamou Moises. Revelou-se como O grande “EU SEREI O QUE SEREI” “אהיה אשר אהיה” (ehie acher ehie) man- dou que tirasse seus filhos do Egito. E Adonai operou com poder e com sinais e mão forte os tirou do Egito, abrindo o Mar Verme- lho e os fazendo passar a pés enxutos; os conduziu pelo deserto durante quarenta anos. Os sustentou com manáh dos céus e tirou 158 Israel - Cumprindo Profecias água da rocha, conservou seus sapatos e suas roupas para que não envelhecessem. Prosseguiu com Josué através de vários milagres, muitas pelejas, em que Adonai lhes deu vitória e os colocou na terra que jurou que daria a eles por herança. Mais tarde, consti- tuiu David como rei para Seu povo e seu descendente, o rei Salo- mão, em Jerusalém construiu um Templo para Adonai que lhe fez promessas de colocar ali Seu coração e Seus olhos todos os dias. O povo esteve exilado na Babilônia, mas retornou pela pri- meira vez e reconstruiu o Templo do Eterno. Após vários domí- nios foram dispersos por toda a terra, por quase 2000 anos. Mas Adonai havia feito um pacto eterno com Abraão e falou pela boca de Seus profetas, que os traria de volta a sua terra e os levantaria como Nação e o fez, porque “Adonai não e homem para mentir”. Aliança com O Eterno. A aliança que O Eterno fez com Abraão, Isaque e Jacó (Is- rael), distingue seus descendentes, de todos os outros povos da terra. O Eterno lhes promete que o Messias viria ao mundo por Israel; Promete a terra de Israel como possessão eterna, herança para sempre; lhes da a lei por Moisés. Seus subsequentes pactos e promessas determinaram um relacionamento especial entre Deus e Israel; a manifestação visível da presença do Eterno entre eles; e o reinado prometido do Messias (Mashiach), no trono de Davi em Jerusalém, sobre toda a terra. “E fez O Eterno, aliança com Abraão dizendo: `A tua semen- te tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufra- tes” (Gênesis 15:18). “Falou O Eterno a Moises e disse: Eu Sou O Senhor e Eu apa- reci a Abraão, Isaque e Jacó… também estabeleci a minha aliança com eles, pra dar-lhes a terra de Canaã” (Êxodo 6:2 a 4). “E para vós olharei e vos farei frutificar, e vos multiplicarei, e confirmarei a Minha aliança convosco” (Levítico 26:9). Depois de 2.000 anos os judeus voltam para casa. “No ano 70 de nossa era, os romanos destruíram o Templo 159 Sarah Elzeny Zayit e arrasaram a cidade de Jerusalém. A independência dos judeus chegou ao fim e, nas décadas que se seguiram, a maioria dos ju- deus que viviam na Judéia, (que os judeus passaram a chamar de Eretz Israel, Terra de Israel) foram exilados. Eles nunca perderam, no entanto, a esperança de voltar para casa e expressaram este de- sejo ardente em suas orações, em suas tradições e em sua literatura. Ao final do jantar anual de Pessach (Páscoa), no Seder, os judeus dizem uns aos outros: “No próximo ano em Jerusalém”; nos casa- mentos judaicos o noivo recita “Se eu me esquecer de Ti, Jerusalém, no dia da minha maior alegria,que minha destra perca sua destre- za e minha língua se apegue ao paladar” (Salmo 137); nas orações diárias se evoca a volta a Sião e a centralidade de Sião para o povo judeu (os judeus oram sempre voltados para Sião)”. A ligação dos judeus com Eretz Israel não se manifesta exclu- sivamente em orações. De fato, através da história, sempre tem ha- vido uma presença judaica em Eretz Israel. No final do século XIX, quando movimentos nacionalistas tomaram forma na Europa, e enquanto o antissemitismo crescia naquele continente, um jorna- lista judeu austríaco de origem húngara, Theodor Herzl, começou a organizar o movimento nacional do povo judeu – o movimento sionista. O objetivo desse movimento foi traduzir numa solução po- lítica, na linguagem moderna de reconhecimento dos direitos dos homens e dos povos, o ideal de Retorno alimentado durante séculos pelos judeus, que se expressaria num Estado independente para o povo judeu. “O único lugar adequado a este Estado só poderia ser o centro do sonho do retorno, Sião, ou Eretz Israel, a Terra Prometi- da”. *.http://www.museujudaico.org.br (© Museu judaico). 161 “O Eterno pela segunda vez estenderá Sua mão para recu- perar o remanescente de Seu povo. Erguerá um Estandarte para as nações e congregará os dispersos de Israel e ajuntará aqueles de Judá que estiverem espalhados pelos quatro cantos da terra”. (Isaias 11:11-12). O texto diz que O Eterno faria isso pela segunda vez, sendo que a primeira foi quando Ele os trouxe de volta da Babilônia no ano 516 a.C, na época de Ciro Rei da Pérsia, quando Zorobabel reconstruiu o Templo. (Algumas traduções dizem “outra vez”, mas o texto Original hebraico diz: "שנית ידו" “Segunda vez”). Nestes dias de cumprimentos proféticos, depois de dois mi- lênios de exilo, Adonai traz Seu povo de volta, e sem que muitos Aliyah Física – Promessa O termo “ALIYAH”, no hebraico “עלייה” significa subir `a Terra da Promessa e subir a Adonai.” 162 Israel - Cumprindo Profecias deles percebessem, Ele mostra a Terra e diz: “Eis aqui a Terra, vejam! Eu vos entreguei; entrai e possuí o que jurei a vossos pais Abrão, Isaque e Jacó, que a daria a eles e a sua semente depois deles” (Deuteronômio 1:8). O Eterno conduziu o Seu povo de vol- ta à Sua terra para que a possuam na íntegra. A Promessa diz: “Trarei meus filhos de longe” “Teus filhos voltarão para os teus termos” (Jeremias 31:17). “Congregarei os filhos de Israel e os levarei a sua Terra e deles farei uma nação na terra, nos montes de Israel”. (Ezequiel37:21e 22). “Mas agora diz o Senhor que te criou ó Jacó e que te formou ó Israel... trarei a tua semente desde o oriente e te ajuntarei desde o ocidente e direi ao norte: dá, e ao sul: não retenhas, trazei meus filhos de longe e minhas filhas das extremidades da terra... Eu Sou O Senhor vosso Santo, o Criador de Israel...” (Isaías 43:6 e 15) Chamamos “Aliah” a volta de um judeu a Terra de Israel. Ele está subindo a Israel, porque está cumprindo profecias bíblicas. Há também o lado espiritual, que é a sua volta para Deus, o que chama- mos “Aliyáh espiritual”, o concerto com Adonai. *(disso falaremos mais adiante). O Salmo (107:3) profeticamente diz: “Ele os trouxe de terras distantes: do oriente e do ocidente; do norte e do sul”. O Eterno disse ao profeta Ezequiel (20:40-42): “Quando Eu congregar a Casa de Israel dentre os povos entre os quais estão espalhados, e Eu Me santificar entre eles, perante os olhos das Na- ções, então habitarão na sua terra que foi dada por Mim a vossos pais)”. VISÃO DO PROFETA EZEQUIEL: “O VALE DOS OSSOS SECOS”. Deus mostrou ao profeta Ezequiel, uma visão de um vale de ossos secos que representa o povo de Israel, e o manda profetizar sobre eles para que vivam. Assim diz o Texto profético: “E veio sobre mim a mão do Senhor; e o Senhor me levou em espírito, e me pôs no meio de um vale de ossos secos... e disse-me: filho do homem: poderão reviver esses ossos? E eu disse: Adonai Tu o 163 Sarah Elzeny Zayit sabes. Então me disse: profetiza sobre esses ossos... Então profetizei... e os ossos se juntaram cada osso ao seu osso... e havia tendões sobre eles, e cresceu a carne e estendeu-se a pele sobre eles...Mas não havia neles espírito. E disse-me profetiza ao Espírito: Vem dos quatro ven- tos, o espírito e assopra sobre esses mortos para que vivam... E profe- tizei... Então o espírito entrou neles e viveram e puseram-se em pé, e era um exército grande em extremo. “E disse-me: Filho do homem, esses ossos são toda a casa de Israel”. (Ezequiel 37:1 a 11). Notem a sequencia da visão: Primeiro os judeus retornam à sua terra como monte de “ossos secos” voltando da dispersão para Sião. “Cada osso juntando-se a seu osso” de volta à terra de seus pais, “havia tendões sobre eles, e cresceram as carnes, e se estendeu a pele sobre eles”, isto é, os que voltaram para casa se tornaram um corpo nacional, o que começou a acontecer em 1948 com a fundação do Estado judeu, o Estado de Israel. Isso é aliáh física, ou seja, PROMESSA Do Eterno que se realiza. Disse o profeta: “... E o navio trará os teus filhos de longe, e sua prata e o seu ouro com eles, na santificação do Nome Do Senhor teu Deus e do Santo de Israel, porquanto te glorificou”. (Isaias 60:8 e 9). Adonai falou pelo profeta Jeremias, que quando Ele trou- xesse de volta o Seu povo que estava disperso entre as nações, Ele não seria mais conhecido por ter tirado Seu povo do Egito, mas sim por tê-los trazido novamente da disper- são. “Eis que vêm dias, diz O Senhor, que dirão: Vive O Senhor que fez subir os filhos de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde os tinha lançado; 164 Israel - Cumprindo Profecias porque Eu os farei voltar à terra que dei a seus pais”. (Jeremias 23:8; 16:14 e 15; 24:6; Is. 60:4 a 9). “Ouvi a Palavra do Senhor, oh nações, e anunciai-a nas ilhas de longe, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guar- dará como pastor a seu rebanho”. (Jeremias 31: 10). “Porque eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que farei voltar do cativeiro o meu povo Israel, e Judá, diz o SENHOR; e tornarei a trazê-los à terra que dei a seus pais, e a possuirão”. (Jeremias 30:3). “E vos tomarei dentre as nações e vos congregarei de todos os países e vos trarei para vossa terra... e habitareis na terra que Eu dei a vossos pais”. (Ezequiel 36: 24 e 28) . “Os tirarei dos povos e vos farei vir dos diversos países e os trarei à sua terra e os apascentarei nos montes de Israel”.(Ezequiel 34: 13). “Assim diz o Senhor dos exércitos: eis que salvarei o meu povo da terra do oriente e da terra do ocidente; e tra-los-ei e habitarão no meio de Jerusalém...” (Zacarias 8:7 ). “... O Senhor tornará a esten- der a sua mão para o seu povo... e ajuntará os desterrados de Israel e os dispersos de Judá congregará des- de os quatro confins da terra”.(Isaías 11:12).”Ainda que os vossos rejeitados estejam no cabo do céu, de lá os ajun- tarei e os trarei ao lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar o Meu Nome” (Neemias 1:9). Profecia de Ezequiel (11:17 a 19): “Hei de ajuntá-los do meio dos povos, e os recolherei das terras para onde foram lançados, e lhes darei a terra de Israel”. Há dezenas de outras profecias bíblicas afirmando 165 Sarah Elzeny Zayit que O Eterno traria Seu povo de volta à Sua terra. Os judeus sempre creram e esperaram confiando na promes- sa de Adonai, de seu retorno a terra de Israel. Por acreditar nas pro- fecias bíblicas, um grande número de judeus deixaram seus Países de origem e vieram a Eretz Israel (chamada na época de Palestina). E começaram a formar de vários “Kibutzim” (Fazendas comunitárias). “Teus filhos virão voando” diz a profecia! “Teus filhos virão de lon- ge... Quem são estes que vêm voando como nuvens e como pássaros em suas janelas?” (Isaias 60:4- 8). É emocionante pensarmos que há mais de 2700 anos atrás (740 a.C.), o profeta Isaias já podia em uma visão, ver os filhos de Israel voltando em aviões. Claro, não havia aviões e o profeta não podia entender sua visão, então ele se referia a eles como pássaros com janelas. Contudo Adonai mostrava ao profeta Isaias Seu povo voltando em aviões. Isso não é realmente maravilhoso? “(40:31), dizendo que Deus os levaria voando: “com asas como de águias”. A PROFECIA DIZ: “DIREI AO SUL: NÃO RETENHAS OS MEUS FILHOS”. No século VII um rabino do Iêmen profetizou que nos fins dos tempos, perto da vinda do Messias, eles retornariam a Israel. Disse ele: “Haverá um dia quando o Deus de Israel, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó nos levará de volta à terra prometida aos nossos pais”. E quando chegar o tempo, este será o sinal: “Ele nos levará de volta nas asas de um grande pássaro prateado”. Depois da fundação do estado de Israel, em 1949 a 1950, a Agência Judaica promoveu o regresso dos judeus do Iêmen em uma frota de aviões DAKOTA, de cor prateada, transportou-os a Israel, na operação denominada “TAPETE MÁGICO”. 166 Israel - Cumprindo Profecias Quando a frota de avião chegou ao Iêmen, o povo que não conhecia avião sentiu medo. Porém os rabinos os lembraram da profecia do Rabino e da profecia de Isaias, então não tiveram mais medo, e com grande alegria, voltaram em aviões a Sião, cumprin- do as profecias. Já em 1930 uma comunidade de 43.000 judeus iemenitas atra- vessou a Península da Arábia e chegou à Colônia Britânica de Áden, rumo à terra dos seus pais dizendo ter chegado a hora de partir. Depoimento de Batya Segal, uma judia, cuja família voltou a Sião em 1930: “No inicio do século vinte circularam boatos de que um Es- tado Judeu estava preste a renascer na terra de seus antepassados. Uma certa comoção cresceu em toda a comunidade judaica de todo o mundo e particularmente do Iêmen onde residíamos, ao pressen- tirem que os dias Do Messias estavam próximos. Muitos judeus co- meçaram a preparar-se para voltar para Sião, deixando para traz tudo que possuíam, exceto seus pertences pessoais mais necessários. Eles se lançaram numa longa e perigosa viagem pelo deserto, alguns carregando seus filhos nas costas. Tinham pouco alimento e pouca água para beber. Muitos sofreram de exaustão e muitos morreram; mas morreram cheios de esperança e de fé sabendo que estavam retornando para a terra de seus antepassados”. Nos últimos anos da década de 1930 meu pai deixou o Iêmen para ir a Israel (Então referida como Palestina), viajando por barco do Iêmen ao Egito, e dali em diante por trem. A maior parte da famí-lia morrera, ou no Iêmen ou na jornada para Israel. Com a chegada em Israel, meu pai ficou junto com um único irmão sobrevivente. Depois do renascimento do Estado de Israel, o novo gover- no encarregou-se de trazer de volta os judeus de todas as partes do mundo. Em 1950 o governo israelense promoveu uma pon- te aérea que trouxe a Israel uma das mais antigas comunidades judaicas da diaspora, levou para casa uma grande parte da co- munidade judaica iemenite, num breve espaço de tempo. Muitos 167 Sarah Elzeny Zayit deles nunca tinham visto um avião antes. O Rabino explicou-lhes com base em Isaias (40:31), que Deus os levaria: “com asas como águias”, o que acabou com quaisquer temores que podiam ter tido por voar. Pois eles sabiam que profeticamente, estavam sendo le- vados para casa, para se prepararem para os dias da redenção “”. *(Eles pensaram por si mesmos). DA ETIÓPIA A profecia diz: “Da Etiópia os meus zelosos adoradores, que constituem a filha dos meus dispersos, me trarão sacrifícios (So- fanias 3:10)”. Judeus vindos da Etiópia. Em 1960, missionários evangéli- cos britânicos que viajavam pela Etiópia encontraram a tribo dos falashas, Judeus etíopes. Apesar de isolados e de desconhecerem o resto do mundo judeu, os membros dessa comunidade obser- vavam o Shabat, (sábado) mantinham rígidas leis rituais da forma como estão descritas na Toráh, cumprindo a profecia que diz: “Meus zelosos adoradores”. Pouco tempo depois, o estudioso Joseph Halevy decidiu conhecê-los pessoalmente. Foi recebido com curiosidade e des- confiança pelos nativos, que lhe perguntavam: “O senhor, judeu? Como pode ser judeu? O senhor é branco!” Mas quando Halevy mencionou a palavra Jerusalém, todos se convenceram. Os falashas haviam sido separados de outros judeus por milhares de anos. Cumprindo a profecia. No iní- cio da década de 1980, muitos judeus etíopes começaram a abandonar suas aldeias nas regiões rurais, dirigindo- -se para o sul do Sudão, de onde ti- nham a esperança de conseguir che- gar ao Quênia e, desse país, a Israel. A segunda etapa de sua jornada era 168 Israel - Cumprindo Profecias feita desde o Sudão a bordo de navios da marinha israelense, que os aguardavam no Mar Vermelho para trazê-los a Israel. No dia 21 de Novembro de 1984 começou uma operação de salvamento em massa, denominada “Operação Moisés” (Mivtzá Moshê); para tirá-los secretamente, via aérea, da África e levá-los ao Estado de Israel. Em um dado momento, havia 28 aviões no ar. Um dos jumbos, que normalmente poderia levar 500 passageiros, transportou de uma só vez 1.087 pessoas, num feito anotado no livro de recordes Guinness. Crianças nasceram durante a viagem. Num período de poucos meses, 8.000 ju- deus foram levados por via aérea de Car- tum (Sudão) à Europa, e de lá para Israel. Em novembro de 1985, a impren- sa estrangeira começou a transmitir notícias a respeito da operação de salva- mento; em consequência, o Presidente Numeiri do Sudão suspendeu a opera- ção, temeroso da reação hostil dos esta- dos árabes. Após mediação americana, Numeiri permitiu que seis avi- ões Hércules americanos trouxessem os judeus etíopes que ha- viam restado no Sudão. Quinze anos após a ruptura das relações diplomáticas entre a Etiópia e Israel (em dezembro de 1989) foi reaberta a Embaixa- da de Israel em Adis Abeba. Reatando as relações diplomáticas, entre os Países, tornou-se possível o contato entre os olim (emi- grantes) em Israel e seus familiares que tinham ficado na Etiópia. Eles foram orientados a viajar a Adis Abeba e dirigir-se à Embai- xada, para serem trazidos a Israel. No final de 1990, entre 16.000 e 17.000 judeus etíopes chegaram a Adis. Com a fuga do ditador etíope Mengistu, o novo regime consentiu que Israel organizasse uma operação contínua de transporte aéreo, trazendo os judeus que viviam na Etiópia, para Israel. Assim, em 24 de maio de 1991, 169 Sarah Elzeny Zayit na época da festa de Shavuot, 14.000 pessoas foram trazidas du- rante a noite para Israel. GRÁVIDAS E DE PARTO Diz a profecia: “Eis que os trarei das extremidades da terra; e com eles... as mulheres grávidas e de parto” (Jeremias 31:8) Essa operação se tornou conhecida como “Mivtzá Shlomo” (Operação Salomão), que se prolongou por 48 horas e durante a qual nasceram sete bebês nos aviões durante os vôos. (cumprin- do a profecia, que diz que O Eterno traria não somente grávidas, mas as de parto). Após este salvamento em massa, mais 6.000 judeus da Etiópia fizeram aliá (vieram a Israel), trazendo o fim à saga de 3.000 anos da comunidade judaica etíope, segundo sua tradição. No total, cerca de 35.000 judeus da Etiópia vieram para Israel. Programas espe- ciais para as crianças etíopes foram lança- dos nas escolas; as instituições de educação superior desenvolveram cursos preparató- rios para os estudantes etíopes. As Forças de Defesa de Israel também se dedicaram à ab- sorção da aliáh da Etiópia, com uma varie- dade de programas educacionais especiais aos judeus etíopes. (Em 2004 tive a oportunidade de conhecê-los de perto, convi- vendo com eles por dois meses, no Centro de Absorção em Ashkelon. São amáveis, alegres e festivos). “Trarei do oriente” diz a profecia. (Is. 60:8). Judeus de todo Oriente. Afeganistão, Malásia, Iraque (antiga Babilônia) etc., retornam a Israel. Só do Iraque uma comunidade inteira, 113.000 judeus regressaram a Israel em 1959, na operação 170 Israel - Cumprindo Profecias aérea “Ali Babá”. OLINS DE BAGDÁ. Depoimento de Aharon Erlich arquiteto israelense: “Ficamos comovidos com uma notícia fora do comum. A chegada de seis “olim” (judeus que voltam a Israel) vindos do Iraque, num vôo dire- to de Bagdá a Tel Aviv”. “Imediatamente depois da queda do regime de Saddam Hus- sein, os representantes da Sochnut e da Organização Hyas, trata- ram de rastrear no Iraque os poucos judeus que ainda viviam ali. O resultado foi que se conseguiram localizar ao redor, de 35 membros da comunidade, quase todos anciãos e vivendo em condições suma- mente indigentes, somente seis daquelas pessoas estavam dispostas a viajar a Israel. Mais que uma Operação de Aliá, este fato tem todas as carac- terísticas de uma ação humanitária. Ezra Levi, de 82 anos de idade, surpreendeu a todos, ao falar um hebraico perfeito. Suas primeiras palavras foram recitar os ver- sos de Bialik, “El Hatzpor” (uma antiga poesia hebraica), que ainda recordava dos tempos de sua infância. Ao ser trasladado para hotel nas imediações do Aeroporto Ben Gurion em Israel, se reencontrou com sua irmã Dália, a quem não via fazia mais de 50 anos. Sasson Salaj Abu-Naby de 90 anos de idade trabalhou até os anos 50 nas vias férreas do Iraque até que foi despedido por ser judeu. Sua prima Elan veio visitá-lo e não a via fazia 60 anos”. *(www.visao judaica.com.br) Imagine a grande emoção que esses imigrantes sentem, depois de dezenas de anos sonhando com o retorno a terra de Israel, despe- dindo-se do ano velho em cada comemoração de “Rosh Rashanáh” (Ano Novo), dizendo: Se Adonai permitir, o ano que vem comemo- raremos em Jerusalém! O povo Judeu que há 3.000 anos (desde o rei Davi) mantém uma conexão vital com sua Cidade Santa. Agora po- dem pisar na terra prometida e reencontrar seus familiares! Quantos 171 Sarah Elzeny Zayit louvores e glorias a Deus! E Quanta ação de graça! ENCONTRADA A TRIBO DE MANASSES (UMA DAS DEZ TRIBOS PERDIDAS DE ISRAEL) No nordeste da Índia perto de Bagladesh os “Bnei manashe” (Filhos de Manasses) esperavam por 2700 anos, voltar a Terra de Israel. Agora, reencontrados eles retornam. Michael Freund,fundador da “Shavei Israel” que trabalha ar- duamente para trazer de volta os filhos dispersos de Israel, relata: “Por mais de 27 séculos seus ancestrais perambularam no exí- lio sonhando com o dia que poderiam voltar”. ‘Quem disse que nós não vivemos em uma época de milagres.? Os “Bnei Manashe” são descendentes de uma das dez tribos perdidas de Israel,que foram exiladas pelo império Assírio em 722 a.C.... apesar de estar separados do povo judeu por muitos séculos... permaneceram fieis a sua herança... na verdade, eles nunca esque- ceram quem eram, e seus sonhos de retornar’. Ele continua: “Eu tive varias experiências emocionantes e inspiradoras ao longo dos anos, mas poucas podem ser comparadas com aquelas que eu experimentei estes últimos dias que passei com os “Benei Manash” na Índia enquanto se preparavam pra fazer aliah (retorno 172 Israel - Cumprindo Profecias a Israel). Embora eles geralmente não sejam muito desinibidos em publico, era difícil controlar sua emoção...Na Sinagoga...oravam e cantavam com extraordinária intensidade...” “Este é nosso último Shabat no exílio” disse um deles, com voz cheia de emoção....”E um sonho se tornando em realidade”. “Em seguida, no ônibus a caminho do aeroporto, os Bnei Menashe co- meçaram a cantar as palavras do Profeta Jeremias (31:17): ‘E os filhos vão voltar para os seus termos’” Finalmente,... em Tel Aviv... saímos do avião e o grupo parou, olhou para o céu e recitou a ben- ção “Shehecheyanu” (“Bendito és Tu Adonai, nosso Deus, Rei do universo, que nos permitiu chegar ate este dia”) agradecendo a Adonai por lhes permitir alcançar este dia feliz. Depois de serem recebidos pelo Ministério de Absorção de Isra- el, pessoas caíram sobre eles, banhando-os de lágrimas, em uns gran- des “Bem vindos ̀ a casa!”. E então em extraordinária cena, todos nós nos levantamos e cantamos “Hatikva” (A esperança- hino oficial de Israel)... Pare um momento! para considerar essa maravilha!: “Uma tribo de Israel que em uma época parecia perdida pra sempre, já não esta mais perdida”! ... “O retorno de uma tribo perdida de Israel depois de 27 séculos de exílio é um cumprimen- to da profecia bíblica diante de nossos olhos”. *(www.shavei.org/other). De volta pra casa, cumprindo mais uma promessa profética: “As- sim diz Adonai teu Deus: ’Eis que Eu tomarei os filhos de Israel dentre 173 Sarah Elzeny Zayit os gentios, para onde eles foram, e os congregarei de todas as par- tes, e os levarei ‘a sua terra’” (Ezequiel 37:21) DIREI AO NORTE: “ENTREGA MEUS FILHOS!” (ISAIAS 43:6) “Eis que os trarei da terra do Norte e os congregarei... em grande congregação voltarão para aqui”. (Jeremias 31:8) A profecia diz: “Mas: Vive o SENHOR, que fez subir (Aliyah) os filhos de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde os tinha lançado; porque eu os farei voltar à sua terra a qual dei a seus pais”. (Jeremias 16:15). Judeus vindos da Ex-União Soviética. Havia cerca de Três milhões de judeus na União Soviética. Por uma ordem divina, eles saíram. Em 1990, milhares regressaram a Israel. Desde então, mais de 1,5 milhões de judeus deixaram a CEI (Comunidade dos Estados Independentes, antiga URSS) com destino a Israel. Ativistas sionistas chegaram a Israel entre 1968 e 1973, ou individualmente - após serem libertados das prisões soviéticas (1979 - 1986). “AJUNTAREI DESDE O OCIDENTE” (ISAIAS 43:5). Milhares de judeus da Hungria, Polônia e dezenas de outros países do ocidente têm voltado a Israel desde sua fundação, cum- prindo profecias. Hoje (em 2006 quando escrevo este capitulo, em plena guerra contra os terroristas do Hisbolah no Líbano), Israel esta recebendo centenas de judeus imigrantes, de uma só vez, vindos do Canadá, Estados Unidos, França e Inglaterra. Uma grande quantidade de judeus do ocidente regressou, enquanto outros permanecem lá apoiando Israel com suas finan- ças, principalmente nos USA. Nestes últimos anos milhares de judeus tem vindo de países da América do Norte e do Sul e de outros continentes. 174 Israel - Cumprindo Profecias “SEFARADITAS POSSUIRÃO O SUL”, DIZ A PROFECIA. Milhares de judeus sefaraditas de toda a America do sul e do sul da Europa,tem vindo para viver em Israel. “Os cativos de Jerusalém que habitavam em Sefarad, possui- rão as cidades do sul” (Obadias 1:20). “Sefarad” é nome hebraico que designa a Península Ibérica. Sefaradita é o nome dado ao judeu oriundo da Espanha (Tzefa- rad) e França (Tzerfat) e Judeus de língua espanhola. Cumprindo essa profecia de Obadias, milhares de sefaradi- tas estão habitando nas cidades do sul: Ashdod, Ashkelon, Beer Sheva e outras no Deserto do Negev. E nos últimos anos milhares de judeus que habitavam a França, Espanha e de toda America do Sul têm feito aliáh (vindo de volta a Israel) e maioria deles estão habitando as cidades do sul conforme a profecia. A PROFECIA DIZ: “TRAREI OS CEGOS E OS ALEIJADOS Juntamente com meu povo do norte” (Jeremias 31:8) O Deus de Israel é Fiel; Quando Ele traz o cego e o pa- ralítico de volta para sua terra, Ele também cuida deles. (Je- remias 31:8); Muitos judeus cegos, aleijados, descapacitados (por causa do holocausto) foram trazidos em macas e têm sido cuidados pelo Estado de Israel que tem equipes especializa- das, e todo um aparato para cuidar dos filhos que retornam à casa (A Terra de Israel). Quando os imigrantes chegam a Israel são imediatamente atendidos por hospitais, socorros médicos, tratamentos médicos, psicológicos e tudo que necessitam. Pes- soas que chegaram em cadeira de rodas e hoje estão andando; crianças que por deficiência física não falavam e hoje falam dois ou três idiomas. “Medicina de Israel – Cura extraordinária de emigrante etíope” 175 Sarah Elzeny Zayit Ayala Mandria de 20 anos não podia ficar de pé nem andar por toda a sua vida. Mandria nasceu na Etiópia e teve poliomielite e ALS (esclerose amiotrófica lateral, ou doença de Lou Gherig) desde a infância. Para se mover ela tinha que usar muletas e se apoiar nos móveis. “Tratamento médico ou uma cadeira de rodas estavam fora de questão. “Não tínhamos dinheiro” disse ela. “Eu tinha inveja dos meus amigos que iam para a escola, enquanto eu ficava sempre em casa”. Senti que estava sozinha no mundo”. Há cerca de cinco meses atrás (junho de 2001) Mandria imi- grou para Israel com sua família. “Meus pais sempre me disseram que em Israel eu poderia ficar de pé” ela contou. E ela ainda não sabia como eles estavam realmente certos. Após a sua chegada a Israel Mandria foi tratada no Centro de Reabilitação Beit Levinstein e apenas três meses após o início do tratamento ela já podia ser vista correndo pela grama. “É uma rara história de sucesso incrível”, disse Hannah Sch- neider que é a psicoterapeuta chefe da ortopedia da instituição. Alexander Friedman, um médico sênior explica como o “milagre” aconteceu: “Começamos do zero, como se tratássemos um bebê”. E como é a sensação de um adulto de poder ficar de pé pela primeira vez? “De repente, o chão parecia estar muito longe. Foi as- sustador” disse Mandria. “Agora eu sinto que posso fazer qualquer coisa que quiser”. *(Rua Judaica 21-11-2011) “ Esse é um dos muitos casos que acontecem diariamente em Israel. “Deles fugirá a tristeza”. “Uma equipe de enfermeiras da Em- baixada Cristã de Jerusalém oferece serviços básicos e apoio ao bem estar pessoal, social e emocional de imigrantes idosos ou doentes. Lena (uma emigrante russa) que vive numa casa para imigrantes. Para ela, desde morte de sua irmã, essas enfermeiras têm se torna- do suas melhores amigas e fazem visitas semanais a ela. Recente- 176 Israel - Cumprindo Profecias mente, as enfermeiras lhes falaram das Profecias Bíblicas que falam da Restauração de Israel, especialmente as encontradas em Isaías 35. Quando Lena leu a respeito do deserto em flor imediatamente entendeu que é o que está acontecendo em Israel nos dias de hoje. Quando leu sobre “Sobre os remidos do Senhor voltando para Sião com júbilo, alegria, e deles fugirá a tristeza e o gemido”. Ela parou de repente e disse: “Sou eu! E esses, somos nós!”“. *(revista Embai- xada Cristã de Jerusalém). “Porque o que escapou da casa de Judá, e restou, tornará a lançarem raízes para baixo, e dará fruto para cima”. (II Reis 19:30). CINQUENTA ANOS DE ALIYAH (retorno do judeua Israel). No momento em que escrevo esse capitulo estamos come- morando 50 anos de aliáh. Veja a noticia: “Hoje em Israel está sendo comemorado o cinqüentenário da Aliyah - imigração para Israel, informou a Radio KOL ISRAEL. Entre os eventos, está agendada a chegada a Israel de oito vôos que trarão cerca de 900 olim (imigrantes) de 13 países, incluindo um grupo de 140 olim (emigrantes) dos EUA, 150 da Uzbequistão, 90 da Romênia e 45 da Grã-Bretanha”. “O ministro de Imi- gração, Yuli Edelstein (Is- rael Be’aliya) e outras per- sonalidades realizarão uma cerimônia no Aeroporto Internacional Ben-Gurion para recepcionar os olim (judeus imigrantes). Este ano, já chegaram a Israel aproximadamente 35 mil 177 Sarah Elzeny Zayit “olim” (judeus imigrantes). Nos 50 anos do Estado, imigraram para Israel, com a ajuda da Agencia Judaica, cerca de 2,8 milhões de judeus. O maior grupo de “olim” veio da Europa oriental (do norte conforme a profecia). O ano recorde de Aliyah (retorno do judeu a Israel) foi 1949, com uma imigração de 240 mil pessoas. “Uma grande parte dos imigrantes da ex-União Soviética veio morar nos assentamentos da Judéia e Samaria, assim como nos assentamentos da região central do País”. Tudo confirma que o renascimento do Estado de Israel fazia parte do plano divino que começa a culminar em nossos dias, dias estes, predito e tão esperado pelos santos profetas e pelos judeus do mundo todo que agora voltam para casa “Israel”. ALIYAH ESPIRITUAL – CONSERTO COM ADONAI REDENÇÃO e renovação espiritual do povo judeu. “Os fi- lhos de Israel tornarão e buscarão a Adonai seu Deus e O teme- rão... no fim dos dias”. (Oseías 3:5) Sua volta para Deus é o sopro que lhes da o espírito, a vida. Isso é aliyáh espiritual, ou seja, CONSERTO com O Eterno. “Po- rei em vós o Meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei, na vos- sa própria terra. Então sabereis que Eu, O Senhor disse isto, e o fiz, diz Adonai”. (Ezequiel 37:4) “E voluntariamente os amarei” (Oséias 14:4) “Pois Adonai por causa do Seu grande Nome não de- samparará o Seu povo; porque aprouve a Adonai fazer-vos o Seu povo”. (1 Samuel 12:22) Dezenas de profecias bíbli- cas mencionam esses fatos: Adonai cura a Terra (que estava assolada e desértica); traz Seu povo de vol- ta (da dispersão); e então lhes dá a efusão Do Seu Espírito (Joel 2:18, 28-29),que é a “Aliyah espiritual” 178 Israel - Cumprindo Profecias Imagine um casal que há muitos anos fez um pacto de amor e fidelidade. Com o passar do tempo um deles esfriou e ficou um tanto afastado do cônjuge, porém um dia o que permaneceu fiel traz o outro de volta à casa e quando isso acontece, o seu amor é re- aquecido, então ele quer renovar seus pactos e sua aliança de amor. Essa é a figura de Adonai que jamais deixou de amar o Seu povo; embora muitas vezes o povo tivesse se distanciado Dele; tendo até assimilado culturas, costumes e superstições de outros povos; com isso, uma parte do povo esteve afastada da comunhão com Adonai. Mas agora Adonai traz Seu povo de volta à casa (a Terra que jurou a seus pais). O livro de Cantares de Salomão (8:7) figura o amor de Ado- nai por Seu povo e diz: “As muitas águas não poderiam apagar esse amor e nem os rios afogá-lo”. Alguém seria capaz de avaliar a dimensão desse amor? Ha uma canção que expressa da seguinte maneira: “Se o mar se tornasse tinta e o céu se tornasse papel, mesmo assim seria insuficiente para descrever o amor de Deus. No descrever tal amor, ao mar daria o fim, e a descrição do amor não chegaria a seu fim”. Nos dias do profeta Oséias, Israel se afastou do Eterno, indo após os ídolos dos povos. E Adonai chamou a Oséias filho de Bee- ri e ordenou que falasse com os filhos de Israel sobre o pecado de- les e sobre o Seu grande amor por eles. Creio que o profeta Oséias temia falar com eles. Então Adonai mandou que o profeta se ca- sasse com uma prostituta; E que ele amasse aquela mulher que era adultera, e assim ele pudesse entender O grande amor de Deus por Seu povo que estava indo após falsos deuses, se prostituindo espiritualmente com os balains. Eu penso que Adonai disse para o profeta: “você esta sofrendo, não é? Você ama essa mulher e ela o trai. Mas você continua a amando e a quer de volta. É isso que Eu sinto pelo Meu povo”. E Adonai disse: “Eu sobre ela (ela figura do Seu povo) visita- rei os dias de baal, nos quais queimou incenso... e andou atrás de 179 seus namorados, mas de mim se esqueceu, diz Adonai. Portanto eis que Eu a atrairei e a levarei para o deserto e lhe falarei ao coração. E lhe darei as suas vinhas dali, e o Vale de Açor por porta de espe- rança; e ali cantará, como nos dias da sua mocidade e como no dia em que subiu da terra do Egito. E acontecerá, diz O Senhor, que Me chamaras: Meu Marido” (Oséias 2:13-16). “E desposar-te-ei comi- go para sempre. Desposar-te-ei comigo em justiça, em juízo, em be- nignidade e em misericórdia. E desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás Ao Eterno... e EU direi: tu és meu povo; e ele dirá: TU ÉS MEU DEUS”. (Oseías capítulos 1 e 2). “Quando Israel era menino Eu o amei... Atrai-os com cordas de amor...” (Oséias 11:1 e 4). Adonai fala pelo profeta Isaias (54:5-10) para a nação de Israel: “O teu Criador é O teu Marido..O santo de Israel é O teu Redentor...Por um breve momento te deixei, mas com grandes mise- ricórdias te recolherei;...com benignidade eterna me compadecerei de ti...A minha benignidade não se apartará de ti e a aliança da minha paz não mudará, diz O Eterno que se compadece de ti”. Dessa forma Adonai continuará amando e trabalhando o coração de Seu povo até que diga: “Nossas vinhas estão em flor! Eu sou Do meu Amado e O meu Amado é meu! , Sua bandeira sobre mim é o amor”. (Cantares 6:3 Israel começa a florescer, findando o inverno espiritual e co- meçando a primavera Do Eterno. Aliyah espiritual é a volta de Israel a Seu Deus. É a volta dos filhos Ao Pai Celestial. A verdadeira subida. A renovação dos pactos, concertos e alianças com Ado- nai. Aqueles pactos que foram quebrados por causa da associação e mistura com outros povos idólatras, que trouxe o pecado e dis- tanciamento para com Adonai. (Isaias 59:1 e 2) “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; e nem os seus ouvidos agravados para não ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e O vosso Deus”. Então, mais do que nunca é hora dos filhos de Israel reconhecerem o grande amor de Adonai por eles, e refazerem seus pactos de amor e sua aliança eterna com Ele, 180 Israel - Cumprindo Profecias reaquecerem seu amor pelo Eterno. Fazer aliah espiritual. Na visão de Ezequiel (37) Deus mandou que o profeta profe- tizasse ao espírito para que soprasse sobre eles para que vivessem, “Então O Espírito entrou neles e viveram” (37:9-10). ”E porei sobre vos O Meu Espírito e vivereis, diz Adonai” (37:.14) Essa é a “Aliah espiritual”, o sopro do Espírito que o faz retornar Ao seu Deus e viver. A vontade de Adonai para com Seu povo é expressa de ma- neira clara através dos Seus profetas: “Porque derramarei água pura sobre vos e ficareis purificados... e vos darei um coração novo; porei dentro de vos um Espírito novo... e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vos o Meu Espírito e farei que andeis em Meus estatutos, e habitareis na terra que Eu dei a vossos pais; e vós Me sereis por povo e Eu vos Serei por Deus” (Ezequiel 36:24 a 26). Diz O Eterno pelo profeta Isaias (44:1-6): “Ouve oh Jacó ser- vo Meu e tu oh Israel a quem escolhi... Derramarei do Meu Espírito sobre a tua posteridade e a benção sobre os teus descendentes”. PARA QUE ISRAEL DEIXE DE EXISTIR SERIA NECESSÁRIO TIRAR O ETERNO DE SEU TRONO Ninguém pode anular o pacto de Adonai para com Seu povo, “Assim diz O Eterno que proporciona a luz do sol para o dia e a lua e a constelação das estrelas para a noite; se tudo isso que Eu estabeleci deixar de existir sem Minha ordem, então asemente de Israel deixará de ser uma nação, diz o Senhor, cujo Nome é Adonai dos Exércitos” (Jeremias 31:35-37). “Assim diz Adonai: “Se puderem ser medidos os céus lá em cima, e sondar os fundamentos da terra cá em baixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz Adonai”. (Jeremias 31:37) Quando O Eterno fez promessas a Abraão (Avraham) sobre sua semente, ele mostrou as estrelas do céu, e as tomou como um sinal de Seu pacto. Por isso Ele diz que é necessário que tudo isso deixe de existir para que Ele não cumpra Sua gloriosa promessa a Seu povo. A despeito do próprio inferno que se levanta contra, 181 Sarah Elzeny Zayit Adonai cumprirá fielmente Sua promessa a Israel. Haleluia! Alguém pode dizer: “no futuro talvez seja possível medir os céus e sondar os fundamentos da terra”, porém, Adonai diz nos versos anteriores (Jeremias 31:34 a 36) que Ele é quem ordena o sol, a lua e as estrelas do firmamento e se alguém conseguir tomar Dele esse governo, então Ele rejeitará Israel. Para que Israel deixe de existir é necessário tirar Adonai de Seu trono e que homem fará isso?. O Eterno diz ainda “Porque, como os novos céus e a nova terra que hei de fazer, estarão eternamente diante de mim, assim também durará a vossa posteridade (Israel, conforme versos anteriores) e o vosso nome”. (Isaias 66.22): E Trarei de volta Meu povo Israel e Eu os plantarei em sua própria terra “E não serão mais arrancados de sua terra porque Eu lhes dei, diz O Eterno, Seu Deus”. (Amos 9:11 e 15) Os judeus, como qualquer outra nação, têm pago o preço pelo seu pecado contra Deus, mas Ele não os esqueceu. E os trou- xe de volta a Sião. Os que se opuserem a isso se opõem A Adonai e entram em conflito com O próprio Deus. Em toda a história há marcas de ruínas das nações que quando dominadoras, e fortes, procuraram destruir os judeus e desarraigá-los de seu legado Di- vino. Nações visinhas se atrevem a dizer que lançarão Israel ao mar e ele não mais existirá. Porém, a Palavra de Adonai que fez os céus e a terra, afirma que Israel existirá para sempre. Hoje, em toda a mídia ouvimos vozes semelhantes como um grande tumul- to, reivindicando a remoção dos judeus da sua pátria e capital. Seus argumentos são arrojados, prepotentes e às vezes até conse- guem convencer multidões, mas eles fracassarão porque a ultima palavra será sempre Do Deus de Israel. HÁ PROMESSA PARA TODO ISRAEL “Serei O Deus de todas as gerações de Israel e elas serão o meu povo”. (Jeremias 31:1). O Rabino Shaul (apóstolo Paulo) diz: (Romanos 11:26) “TODO ISRAEL SERÁ SALVO” citando a profecia de Isaias 59 que diz: “Então temerão o Nome do Senhor... E vira um Redentor a 182 Israel - Cumprindo Profecias Sião... este é o Meu concerto com eles, diz O Senhor”. Todo cristão que acredita na integridade da Bíblia Sagra- da deve crer que Deus cumprirá cabalmente as Suas promessas, dadas ao Seu povo escolhido. A restauração de Israel não é um acontecimento qualquer histórico, mas sim o cumprimento da Palavra Do Eterno (Ezequiel 36:24-26); (Lucas 21:24). A reden- ção está diante de Israel mesmo que dias turbulentos precedam esse tempo. A visão profética se cumprirá, a Lei do Senhor sairá de Jerusalém (Isaías 2:1-4). Yeshuah disse que a “Salvação virá dos Judeus” (João 4:22) e o Apóstolo Paulo afirma que tudo que é im- portante para os Cristãos veio através do Povo Judeu (Romanos 3:1; Romanos 9:1-5 e Romanos 15:27). Agora mais do que nunca, Israel precisa do apoio, orações de conforto. Os que obedecerem serão abençoados. (Salmo 122:6; Isaías 62:6-7). Uma parte da Igreja tem participado do grande propósito de Deus em trazer os Judeus de volta para Israel. “Assim diz o Senhor Deus: Eis que levantarei a minha mão para os gentios, e ante os povos arvorarei a minha bandeira; então trarão os teus filhos nos braços, e as tuas filhas serão levadas sobre os ombros”. (Isaías 49:22) Eleição divina. Uma constante ação sobrenatural de Deus fez com que o povo judeu continuasse sendo um só povo; que guardassem em 2000 anos de diáspora (dispersão), a religião, a língua (nos textos sagrados e orações), as festas ordenadas pelo Eterno, e os costumes bíblicos judaicos. Não uma religião pela qual cada um se decide individualmente, mas um povo pelo qual Deus se decidiu por eles. Pois como descendentes de Abraão, Isa- que e Jacó foram escolhidos por Deus, sendo, portanto, um só povo por descendência, para que o mundo saiba que existe Um só Deus! Tudo é apenas uma consequência dessa eleição divina. Os escolhidos devem adorar somente o Deus que os es- colheu, O “EU SEREI O QUE SEREI” que se revelou a Mosheh (Moises). Na diáspora, vivendo entre todos os povos, os judeus 183 Sarah Elzeny Zayit continuaram isolados como um povo e sobreviveram a todas as ondas de perseguição. Assim Deus preservou os judeus como um povo, até aos dias de hoje. O Estado de Israel é, portanto, a conti- nuação do povo bíblico. “E será naquele dia que se tocará o grande shofar” (convite ao retorno) “e os que andavam perdidos pela terra da Assíria e os que foram desterrados para a terra do Egito tornarão a vir, e adorarão ao Eterno no Monte Santo de Jerusalém”. (Isaias 27:13) “... E santificarão Ao Santo de Jacó e temerão Ao Deus de Israel”. (Isaias 29:23). O Eterno fala sobre Seu povo dizendo: “tra-los-ei,... e eles serão Meu povo e Eu serei O seu Deus em verdade e em justiça”. (Zacarias 8:3-8) “Os filhos de Israel virão, eles e os filhos de Judá juntamente; andando e chorando virão, e buscarão ao Senhor seu Deus”... “dizendo: Vinde e uni-vos ao Senhor num pacto eterno que nunca será esquecido” (Jeremias 50.4-5)”. “E dar-lhes-ei co- ração para que me conheçam, porque EU SOU O SENHOR; e ser- -me-ão por povo, e Eu lhes serei por Deus; porque (eles) se conver- terão a mim de todo o coração” (Jeremias 24:7)”. “... Sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos. E vós sereis um reino sacerdotal e o povo santo”. (Êxodo 19:5 e 6) “Farei com eles aliança de paz... E porei o Meu santuário no meio deles para sempre” (Eze- quiel 37:13 e 14)... “Deles farei uma nação na terra, nos montes de Israel... e Eu os livrarei... e os purificarei; e assim eles serão o Meu povo e Eu serei O seu Deus”. (Ezequiel 37:21 a 23). “E sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito de graça e de súplicas; olharão para Mim a quem traspassaram; prantea-lo-ão como quem pranteia por um unigênito...”. (Zacarias 12.10) “E saberão que Eu Sou O Senhor!”. 185 Desde os tempos bíblicos até hoje, o povo judeu conserva os mesmos costumes e comemora as mesmas festas bíblicas, em qualquer lugar do mundo onde esteja. E agora com a recriação do Estado de Israel, passou a serem festas e costumes do País. As festas judaicas são comemoradas de acordo com o Calen- dário bíblico judaico, que é baseado nos ciclos da lua, composto alternadamente por 12 ou 13 meses no ano. Como nos tempos bí- blicos, o primeiro dia de cada mês é sempre o primeiro dia de lua nova. Os meses do calendário judaico variam entre 29 e 30 dias. Meses do ano Judaico: Tishrei, Cheshvan, Kislev, Tevet, Shvat, Adar, Nissan, Iyar, Sivan, Tamuz, Av, Elul. Dias da semana: Yom Rishon, Yom sheni, Yom shilishi, Yom revii, Yom ramishi, Yom sheshi, Yom shabat. PRINCIPAIS FESTAS BÍBLICAS COMEMORADAS EM ISRAEL (E pelos judeus em todo o mundo; como nos tempos bíblicos.) Adonai ordenou que Israel celebrasse Suas festas, chamadas festas solenes do Senhor e se alegrassem diante Dele. Tratava-se de festas memoriais de Seus grandes feitos entre os israelitas, para Costumes e Festas Judaicas 186 Israel - Cumprindo Profecias que eles não se esquecessem das maravilhas e dos milagres que Deus havia realizado pelo povo. Mesmo na dispersão em qual- quer lugar da terra, os judeus comemoram as festas bíblicas. TRÊS MAIORES FESTAS: PESSACH (PÁSCOA), SHAVOUT (PENTECOSTES) E SUCOT (TABERNÁCULOS) Nas três maioresfestas, conhecidas como “Shalosh Regalim”, quando o povo de Israel peregrinava para o Templo de Jerusalém. Nos tempos bíblicos todo judeu deveria subir ao Templo em Jeru- salém pra adorar Ao Eterno, nessas festas. Diz o texto sagrado: “Três vezes no ano me celebrareis festa. A festa dos pães ázimos E a festa da sega dos primeiros frutos do teu trabalho, e a festa da colheita, Três vezes no ano todos os teus homens aparecerão diante do Eterno Teu Deus”. (Êxodo 23:14 a 17) Em obediência a esse mandamento, pelo menos três vezes ao ano, todo judeu subia a Jerusalém. Os peregrinos vinham de longe de todos os lados, trazendo suas ofertas das primícias de sua fazenda, gado, ovelhas, frutos e cereais. Muitos deles viajavam dias e dias até chegar a Jerusalém. Com certeza ficavam exaustos, pois traziam tanto alimento para a viagem como as ofertas para o templo; passavam por vales, montanhas e deserto. Mas ao avistar a Cidade Santa, esqueciam-se do cansaço e começavam a cantar, dançar e tocar harpa e outros instrumentos musicais e com gran- de júbilo, louvando Ao Eterno, adentravam ao Templo onde fa- ziam a entrega de suas primícias ao sacerdote. Cânticos dos degraus na entrada do Templo. Na entrada do Templo havia grandes escadarias, uma central e também late- ral com paradas espaçadas a cada certa quantia de degraus onde os peregrinos paravam e cantavam alegremente glorificando Ao Eterno enquanto subiam os degraus do Templo. Eles cantavam os Salmos, chamados de “Cânticos dos degraus”, (do Salmo 120 até o 134). Essa era a adoração da subida: 187 Sarah Elzeny Zayit 1º. Degrau eles cantavam que O Eterno atendeu suas su- plicas; e como os montes (que se podia ver) ao redor de Jeru- salém, assim O Eterno esta em volta do Seu povo eternamente. 2º. Degrau: que O Eterno é O Guarda de Israel; 3º. Cantavam a alegria de poder ter vindo à Casa Do Eterno; 4º. Degrau: que seus olhos estavam fixos No Eterno; 5º. Cantavam que o socorro deles estava No Nome de Adonai; 6º. A confiança inabalável No Eterno; 7º. Cantavam os grandes feitos de Adonai em seu retorno a Sião; 8º. Os filhos são herança Do Eterno; 9º. A bênção para os que temem Ao Eterno; 10º. Cantavam que Adonai guerreia por seu povo; 11º. O perdão do Eterno e o anseio da alma por Ele; 12º. Cantavam que Israel espera em Adonai e sossega Nele; 13º. Degrau (já podiam contemplar o lugar santo e canta- vam): “Entraremos em teu santuário e prostrar-nos-emos ante Teus pés”; 14º. Cantavam a bênção do Eterno sobre a unidade do povo Dele; 15º. E finalmente no último degrau, levantavam as mãos para o santuário e cantavam bendizendo Ao Eterno que fez os céus e a terra e que os abençoa desde Sião. Festas comemoradas com alegria. Com regozijo e profunda gratidão o povo de Israel adentrava a Casa Do Eterno. Cada festa era comemorada com muita alegria, como hoje ainda continua sendo. Mesmo na diáspora, em grandes perseguições o povo ju- deu sempre festejou alegremente os feitos Do Eterno. 188 Israel - Cumprindo Profecias Porque a alegria vem de Adonai. Desde os tempos bíblicos até hoje em Israel, o povo judeu comemora todas as festas bíbli- cas, com júbilo, cânticos, danças e alegria! Este é o dia da minha alegria! Em 1945 quando terminou a segunda guerra, judeus sobreviventes do terrível holocausto, os quais (muitos deles) em vão haviam procurado pela famí- lia, agora solitários voltaram a Vilna e em “Simchah Tora” (Dia da Alegria da Toráh) entraram na grande Sinagoga, que havia sido palco de uma época vibrante. Apesar da dura realidade e do terrível sofrimento pela perda dos seus e em número muito re- duzido, eles cantavam dançando com verdadeiro júbilo naquela celebração. Um soldado judeu da Russia viu Avrahan, um menino que sobreviveu escondido por sua baba, ele começou a chorar e disse: “Durante anos terríveis, viajei milhares de quilômetros e esta é a primeira vez que encontro uma criança judia” (pois todas haviam sido assassinadas) Então colocou o menino sobre os ombros e co- meçou a dançar, com lágrimas rolando pela face e com o coração cheio de alegria e gratidão Ao Eterno pela criança que sobreviveu, ele exclamou: “Este é o meu Rolo da Torah!” (Este é o dia da mi- nha alegria!) Essa é a vontade de Adonai que diz: “E na tua festa te ale- grarás, tu e teus filhos e todos que estiverem dentro de tuas por- tas” (Deuteronômio 16:14). “E alegravam-se porque ADONAI OS ALEGRARA com grande alegria... até os meninos se alegravam, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu de longe”. (Nee- mias 12:43). “Por sete dias, vos alegrareis perante O Eterno, vosso Deus”. (Levitico 23,40). “Canta alegremente, rejubila-te oh Israel, exulta de todo co- ração oh filha de Jerusalém... O Rei de Israel está no meio de ti... Ele se deleitará em ti com alegria, por Seu amor regozijar-se-á em ti com júbilo! (Sofanias 3:14-17)”. “E vos alegrareis perante o Senhor vosso Deus”.(Levítico, 23:40, Êxodo 12:14 e 13:6 “E te alegrarás 189 Sarah Elzeny Zayit por todo o bem que te tem feito O Senhor vosso Deus” (Deutero- nômio 26:11). “E o povo alegrava-se com grande alegria, de ma- neira que o seu barulho, a terra retiniu”. (I Reis 1:40). “Alegrem-se os céus e a terra, e regozijem-se, e diga-se entre as nações:” O Se- nhor reina! (I Crônicas 16:31). “Os preceitos do Senhor alegram o coração”. – Salmo 9;8. “Alegrai-vos no Senhor e regozijai-vos, vós os justos, e cantai alegremente, todos vós que sois retos de coração”. (Salmo 32; 11). “Exultai, oh céus, e alegra-te terra, e vós montes estalem de júbilo, porque O Senhor consolou a Seu povo”.(Isaias 49:13). “E levantavam suas vozes com júbilo e alegria“...porque o povo jubilava de maneira que as vozes se ouviam de mui longe”.(Esdras 4:13) O rabino Shaul de Tarso (Paulo) disse: “Alegrai-vos sempre no Senhor, outra vez vos digo, alegrai-vos!”. (Filipenses 4:4). No texto citado o verbo “alegrai-vos!” É imperativo, é uma ordem! “ALEGRAI-VOS!” (e enfatiza), “outra vez vos digo: ALE- GRAI-VOS”!. Essa palavra é mencionada dezenas de vezes em toda a Bíblia. Alegria é gratidão! As festas são para Adonai, portanto devem ser come- moradas com muito júbilo conforme os textos bíblicos referindo-se à alegria daque- le que crê e por isso pode e deve viver, com satisfação, usufruindo as promessas de Adonai. E acima de tudo sa- 190 bendo ser grato, regozijando-se Nele. Infelizmente, por centenas de anos a igreja ensinou que o cristão tinha que ser triste e melancólico e viver se penitenciando. Porém aquele que faz isso está anulando o sacrifício Daquele que já sofreu em nosso lugar para nos fazer felizes “o castigo que nos trás a paz estava sobre Ele” (Isaias 53:5). Paulo escreveu aos Tes- salonicenses, “não quero que sejais como os demais que não tem esperança...”. Pois Deus nos chamou para vida abundante, plena e feliz. Todo nosso sentimento de tristeza e culpa Yeshuah já levou na cruz e pagou o preço para nossa alegria. Ademais, é impossível conhecer o amor de um Deus tão Grande e não ser feliz! A von- tade Dele é que sejamos felizes! Por isso eu quero convidá-lo a alegrar-se em Adonai. Como disse Maria mãe de Yeshuah; “a minha alma engrandece ao Se- nhor e o meu espírito se alegra em Deus O meu Salvador!”. Por- tanto, Cante! Louve! Dance! Alegre-se! E Exalte! Ao Deus da sua Salvação. “Em Ti me alegrarei e saltarei de prazer. Cantarei louvo- res ao teu nome oh Altíssimo!”. (Salmo 9:2). “A alegria Do Senhor é a nossa força”! (Neemias 8:10). Se não tem alegria, não tem força. Festejamos com comidas típicas. A Pessach (Páscoa) é na primavera, quando tudo esta florido. A festa de Shavuot é no co- meço da colheita do trigo. A festa de Sucot quando os celeiros estão cheios de trigo e há abundância de frutos. Nossas festas são celebradas com comidas típicas que nos fazem lembrar os acontecimentos e os grandes feitos de Adonai na época e ensiná-los a nossos filhos. Isso também nos leva ao cumprimento do texto sagrado: “E comereis e ficareissatisfeitos e bendireis Ao Eterno teu Deus”. Cada uma de nossas festas têm um sentido simbólico-pro- fético da salvação divina e redenção futura. Assim oramos após cada refeição festiva dizendo: 191 Sarah Elzeny Zayit “Bendito és Tu Adonai nosso Deus, em cuja morada há ale- gria, que da Tua bondade nós nos alimentamos, e de Tua generosi- dade vivemos. Bendito és Tu Adonai nosso Deus, Rei do Universo, que alimenta o mundo inteiro com Tua bondade, com graça, be- nevolência e misericórdia... pois és um Deus bondoso que nutre e sustenta a todos... como está escrito: Tu abres a Tua mão e satisfa- zes a todos com favor, Bendito és Tu Adonai que provê alimento”. FESTA DOS TABERNÁCULOS, “SUCOT” CABANAS. Sucot (cabanas) é uma festa que se inicia apenas cinco dias após Yom Kipur (dia do perdão); é a terceira festa do mês he- breu de Tishrei (dia 15) e uma das três festas de peregrinação. Sucot é mencionada na Torah sendo uma das três maiores festas, (Shalosh Regalim). Nos tempos bíblicos todo povo judeu subia a Jerusalém para adorar ao Eterno, trazendo sua oferta de cereais. (Êxodo 23; 14-17, 34:22), Sucot também conhecida como Festa dos Tabernáculos ou Festa das Cabanas, festa das colheitas e ainda, festa de nossa ale- gria, visto que coincide com a estação das colheitas em Israel, no começo do Outono, após a colheita do verão e antes da plantação da safra do inverno. “É a festa da sega dos primeiros frutos do teu trabalho, que hou- veres semeado no campo, e a festa da colheita, à saída do ano, quando tiveres colhido do campo o teu trabalho”. (Êxodo 23:16). “Aos quinze dias deste sétimo mês será a festa dos Tabernáculos ao Senhor, por sete dias. No primeiro dia haverá santa convocação... tomareis para vós frutos de árvores formosas, folhas de palmeiras, e ramos de árvo- res cheias de folhas e durante sete dias vos alegrareis perante o Senhor vosso Deus. Celebrareis esta festa ao Senhor. Levítico (23:34-43): Nesse período do ano, a colheita já foi realizada e os celeiros e armazéns estão abarrotados. O povo está feliz e imensamente grato a Adonai por Sua bondade e generosidade. É momento de 192 Israel - Cumprindo Profecias regozijo e grande alegria, profundo agradecimento ao Eterno pela colheita, pois o Povo de Israel sente-se abençoado e recompen- sado depois do trabalho e esforço de todo um ano. Por esse mo- tivo, Sucot é chamada de “Zeman Simchatenu” “época de nossa alegria”. Nas sinagogas (em todo o mundo) lemos a obra do Rei Salomão, o Kohelet (Eclesiastes) descrição dos verdadeiros valores da vida e o Cântico dos Cânticos, em hebraico Shir Hashirim, é uma canção do noivo à sua noiva. O Rei Salomão escreve sobre a juventude. É uma época da vida repleta de otimismo. O Shir Hashirim o Cântico dos Cânticos, de acordo com os nossos sá- bios, é a alegoria da relação existente entre Adonai - o noivo - e o povo de Israel - a noiva. Esse é um dos momentos mais felizes da liturgia judaica, quando toda Jerusalém é adornada com frutos, palmeiras, etc. O Escritor judeu, do primeiro século d.C., Flávio Josefo descreve essa festa nos tempos bíblicos: “Multidões de peregrinos vinham de todas as partes de Israel e do mundo, e chegavam a Jerusalém em caravanas coloridas e festivas”. Uma vez em Jerusalém, eles prepa- ravam e habitavam em tendas de ramos ao longo das ruas, no pátio do templo, sobre os telhados das casas, nos montes e vales ao redor 193 Sarah Elzeny Zayit da cidade. A cidade de Jerusalém estava toda decorada com ramos de oliveira, palmas, salgueiros, frutas frescas e flores. Os peregrinos levavam sempre consigo ramos de palma e murta que agitavam com alegria enquanto participavam dos serviços religiosos no templo, das orações e do cântico do Halel, a coleção de salmos de louvor”* (Livro de Antiguidades judaicas) Os Salmos cantados são os 113 e 118; um convite ao louvor ao Eterno porque a Sua benignidade dura para sempre. SIMCHAT BEIT HASHOAVÁ. A LIBAÇÃO DA ÁGUA. “O Regozijo na fonte de Água”. A parte mais importante da festa de Sucot era assim intitulada. Durante o ano, a cada dia, após o sacrifício ter sido queima- do, uma oferta de vinho, chamada libação, era derramada sobre o altar. Porém, durante os dias de Sucot, além da libação de vi- nho, era derramado água também. Assim cada manhã da festa, ao soar as trombetas dos sacerdotes (toque longo e penetrante) ao raiar do sol, o povo se despertava para mais um dia de regozijo, de alegria e júbilo Diante do Eterno. Levando consigo um jarro de ouro para enchê-lo com água, os sa- cerdotes desciam até a piscina de Siloé, e após encher os jarros eles retornavam ao templo em forma de cadencia, de manei- ra pausada, ao som das trombetas. Quando chegavam à porta da água, Eram tocados os três sons do shofar: tekia, shevarim e teruah. Após o sacri- fício e o Halel (cântico dos Salmos), os sacerdotes, levando nas mãos ramos e frutos da terra (Levítico 23), rodeavam o altar de bronze, o qual estava adornado com ramos frescos de salgueiro, e recita- 194 Israel - Cumprindo Profecias vam as palavras do Salmo 118:25: “Oh! Salva-nos, Senhor, nós Te pedimos!” O sacerdote responsável pelo serviço do dia subia a rampa do altar de bronze e derramava a água do jarro de ouro sobre uma bacia de prata, e vinho sobre uma segunda bacia. Na sequencia, de forma simultânea, o conteúdo de ambas as bacias era derrama- do sobre o altar e todos os presentes irrompiam em júbilo exclaman- do: “Eis que o Senhor Deus é a minha força e o meu cântico... Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Isaías 12:2-3). Na tradição judaica, essa cerimônia comemorava a “Rocha” da qual brotou “água viva” no deserto, e era símbolo do Messias de Israel. (Êxodo 17:1-7; Números 20:2-13; 21:16-18 CERIMÔNIA DA LUZ (parte da festa de Sucot). A noite, o candelabro de sete braços, contendo no topo de cada braço um recipiente de azeite com vários litros de azeite e pavios feitos de vestes sacerdotais desgastadas, iluminava toda a área do templo refletindo por toda a cidade de Jerusalém. Não havia nenhum pátio em Jerusalém que não estivesse iluminado, e uma grande multidão de peregrinos portando tochas acesas, dançavam com grande regozijo, recitavam canções de louvor. O coral de Levitas, posicionado nas escadarias internas do templo, entoava os “Salmos de Ascensão”, “Salmos dos degraus” (Salmos 120-134); Os levitas com harpas, liras, símbolos, trombetas e ou- tros númerosos instrumentos musicais estavam nos quinze de- graus que dava acesso ao átrio de Israel, e ao átrio das mulheres; os levitas costumam estar de pé sobre eles com instrumentos mu- sicais. Dois sacerdotes estavam junto da porta superior que des- ce do átrio de Israel ao átrio das mulheres tendo duas trombetas nas mãos. Quando apareciam os primeiros raios do sol tocavam o shofar. Quando chegavam ao décimo degrau tocavam novamente o shofar. Diziam: “Nós temos nossos olhos dirigidos para Adonai” 195 Rabi Yehudá disse, e todos costumavam repetir “somos do Eterno e em direção do Eterno estão nossos olhos”. Na última frase, a Mishná mostrava importância da Presen- ça do Eterno no Templo, a “Shechinah”. Eles não tinham necessi- dade de voltar-se para o sol porque a luz e o esplendor pertencem a Shechinah (a gloria da presença do Eterno) que está no Templo. Eram momentos sublimes, de alegria intensa, que marcavam pro- fundamente o espírito da festa. HABITANDO EM TENDAS. “Sete dias habitareis em tendas, todo Israel, para que as ge- rações saibam que dentro de Sucot (de tendas) Eu fiz habitar os filhos de Israel quando eu os fiz sair do Egito” (Levitico 23:42-43). A principal característica de Sucot é o mandamento bíblico de habitar durante sete dias em uma cabana (em hebraico: sucáh. No plural: Sucot). Nessa festa deixamos o conforto da nossa re- sidência e passamos a morar em cabanas, frágeis e temporárias. Elas servem para nos lembrar dos 40 anos do êxodo de nosso povo no deserto após a saídado Egito, quando era nômade e vivia em pequenas tendas ou cabanas frágeis e temporárias, dependen- 196 Israel - Cumprindo Profecias do completamente de Adonai para proteção e subsistência. A Shechinah era vista na Sucah. O teto da Sucáh (cabana), feito de folhas de palmeiras, não pode ser totalmente fechado, mas deve ter frestas suficientes para permitir que se vejam as estrelas a noite e durante o dia, os raios da luz do sol. As cabanas, sucot, lembram-nos a coluna de fogo e a Nuvem de Glória que rodeava nosso povo que durante os anos em que vagou no deserto. Imagi- ne poder, através das frestas das folhas das palmeiras que cobriam a tenda, ver a gloria da presença Do Eterno, Sua Shechinah ma- nifestada pela nuvem e pelo fogo. Quem não se sentiria seguro? Não havia nenhuma necessidade de portas de bronze e ferrolhos de ferro. O Guarda de Israel Todo Poderoso estava ali. Durante essa festa, nós, judeus, comemos, bebemos, estu- damos, oramos e nos alegramos na sucáh (cabana), hoje como naqueles dias no deserto, somos completamente dependentes da proteção e segurança de Adonai. AS QUATRO ESPÉCIES DE SUCOT. ARBAAT HA-MINIM. Outro costume da festa Sucot é de que os participantes te- nham na mão um buquê de ramos e um fruto. Esta prática se fundamenta em Levítico (23:40) que diz: “No primeiro dia, toma- reis para vós outros frutos de árvores formosas, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas e salgueiros de ribeiras; e, por sete dias, vos alegrareis perante o SENHOR, vosso Deus”. Quatro Espécies: o etrog (fruta cítrica), o lulav (palmas de tamareira), hadassim (ramos de mirta) e aravot (ramos de sal- gueiro). As quatro espécies de Sucot são semelhantes a quatro tipos de pessoas: Etrog – é um fruto cítrico que tem sabor e aroma - simboliza 197 Sarah Elzeny Zayit os conhecedores e praticantes da Torá e das mitzvot, praticantes da Palavra de Deus. Sua forma representa o coração humano. Lulav – é uma folha de tamareira ainda fechada, em forma de espada, com todas as folhas muito unidas. Ela tem sabor, mas não tem aroma - simboliza os que são conhecedores, mas que não praticam a Palavra de Deus; suas folhas unidas representam a união do povo de Israel (todos são um) e sua forma de espada liberdade e vitória. Elas foram usadas pela multidão para saudar Yeshuah (Jesus) quando entrou em Jerusalém montado em um burrinho. Hadassim são arbustos aromáticos, (usados na cerimônia do final do shabat), o perfume (bessamim) pelo qual agrademos a Adonai. Possui aroma, mas não tem sabor; Mas por sua beleza representa a perfeição da obra de Deus. Arava – são ramos de salgueiro que não possuem sabor nem aroma - simboliza os que não conhecem nem praticam a Palavra de Deus Sucot também simboliza todos os judeus que moram na di- áspora, ou seja, fora de Israel, porque estão fora de sua casa (Isra- el) em moradas provisórias, até que O Eterno os traga de volta a sua Pátria a sua “Casa Israel”. “Sucot” é uma celebração de unidade, alegria, restauração O significado mais importante é que O Deus Eterno, Todo Pode- roso, quis tabernacular com os homens. Mandou que se constru- ísse um tabernáculo para Ele habitar entre os filhos de Israel. ORAÇÃO POR CHUVA. Tradicionalmente, celebra-se a chegada das chuvas, festa de gratidão a Deus pela água que nunca lhes falta, por causa da pro- teção e a providência Do Eterno. A celebração das águas derrama- das no altar é também símbolo das orações pelas chuvas, segundo a promessa: “O Eterno Abrirá para ti Seu bom tesouro, os céus, 198 Israel - Cumprindo Profecias para dar chuva a tua terra no seu tempo, e para abençoar a toda a obra de tua mão”. Israel não possui grandes rios e sua sobrevivência depende das chuvas, ou seja, totalmente de Deus, como está escrito: “Na Terra que Eu vos dou, beberas água das chuvas dos céus” (Deu- teronômio 11:12). Por isso no último dia de Sucot oramos por chuva. Porque no último dia da festa é que oramos por chuva? Por- que durante a festa dos Tabernácu- los habitamos em tendas que no teto há frestas para que vejamos o céu, e por isso a chuva deve começar logo após a festa, pois se cremos que O Eterno nos ouve e em seguida nos atenderá, oramos no último dia da festa. Um motivo que faz também de Sucot um período muito espe- cial na vida de Israel é o fato de Salomão ter escolhido esta festa para a dedicação do Templo (IReis 8). De acordo com a tradi- ção ordenada em Deuteronômio (31,10-11) a cada sete anos a Lei era lida a todo o povo reunido nesta ocasião, “ No fim de cada sete anos, precisamente no ano da remissão, durante a festa das Cabanas, quando todo Israel vier apresentar-se diante de Adonai Sucot em um KIibutz 199 Sarah Elzeny Zayit teu Deus no lugar que Ele tiver escolhido, tu proclamaras esta Lei aos ouvidos de todo Israel” . SHEMINI ATZERET. É a festa da conexão do Oitavo Dia de Sucot; é dia de Assembleia Solene, de acordo com o costume judaico. Depois de completar os sete dias de Sucot, o oitavo dia significa que o judeu quer permanecer mais um dia na Sucah sob a Shechinah (sob a presença Divina). “É melhor um dia na Tua presença do que noutra parte mil”. SIMCHAT TORÁ. é o “Regozijo da Toráh” esse é o nome da festividade, “O Júbilo da Torah”. Acontece no oitavo dia após Sucot. Nesse dia encerra-se e reinicia a leitura anual da Torah, como lembrança da sua eternidade. Os serviços religiosos são especialmente festivos, e todos os presentes, jovens e adultos, tomam parte na celebração. Um dos costumes mais populares é a retirada dos rolos da Toráh da Arca Sagrada, e dançar com eles na sinagoga. Depois sair para as ruas levando a Torah, dançando e cantado pela cidade. A alegria desse dia é relevante para todos os judeus. FESTA DE SUCOT (Tabernáculos) para os cristãos. No Brit Hadashá (“Novo Testamento”) fala de Sucot, que no último dia da Festa, Yeshuah que também estava participando da festa, onde parte da cerimônia incluía o despejar da água perante O Eterno, Yeshuah levantou-se no Templo e disse: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz as Escri- turas, do seu ventre fluirão rios de água viva” (João 7:37-38). Ele queria dizer que assim como a água mata a nossa sede, e nos da vida, Ele é a água que mata a nossa sede de Deus,e nos da vida Nele, fazendo referência à cerimônia matutina da água, Simchat Beit haShoavá. No mesmo dia, Ele também declarou ser a “luz do mundo” (João 8:12), numa referência à cerimônia noturna, da luz. 200 Israel - Cumprindo Profecias Ele curou um cego de nascença como demonstração de ser Ele a luz do mundo (João 9:5). Yeshuah lhe aplicou lama aos olhos e depois lhe ordenou que os lavasse no tanque de Siloé, jus- tamente no local de onde era retirada a “água viva” a cada manhã da festa, para ser derramada no altar. Ele fala ainda do Bom Pas- tor e se apresenta como o “Bom Pastor” e como a “Porta” da sal- vação (João 10:7-9) referindo-se ao Salmo 118:20: “esta é a porta do Senhor, por ela entrarão os justos”, o principal salmo que era cantado nessa festa. FESTA DA PÁSCOA (PESSACH) Cumprindo fielmente a ordenança Bíblica, os judeus do mundo inteiro comemoram a Páscoa por sete dias. Seu “Seder” (programa: Hagadah de Pessach), comemoração, comidas etc., são exatamente como a descrição bíblica. A festa de Pessach ocorre na primavera, quando as árvores come- çam a florescer. Pessach (pronunciamos pes- sarr) é em 14 do mês de Nisssan segundo o calendário judaico, a Fes- ta dos Pães Ázimos. Comemoramos e recordamos a libertação do povo de Israel do Egito, conforme narrado no livro de Êxodo. O Eterno disse: “Eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo primogênito na terra do Egito, desde homens até animais e sobre todos os deuses do Egito farei juízos: Eu o Senhor”. “A congregação de Israel (que estava escrava no Egito) sacrifi- cará à tarde, e tomará do sangue, e po-lo-á em ambas as ombreiras, e na vergada porta... E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo Eu o sangue, passarei por cima de vós, e 201 Sarah Elzeny Zayit não haverá entre vós praga de mortandade, quando Eu ferir a terra do Egito”. “E este dia vos será por memória e celebrá-lo-eis por festa Ao Eterno”. (Êxodo 12:12 a 14). “Essa é a noite Do Eterno” (Êxodo 12:42). Pessach (no he- braico “פסח”, ou seja, passagem). Tanto a passagem do anjo da morte, como a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho a pés enxutos. A primeira celebração ocorreu há mais de 3200 anos, na saída do Egito. Como recordação desta liberação, de Adonai a Seu povo, Ele próprio instituiu para todas as gerações o sacrifício de Pessach. E uma das três festas de peregrinação ao Templo de Jerusalém. Tudo era preparado em Jerusalém para garantir o conforto dos peregrinos. Um mês antes da festividade, Jerusalém tinha suas es- tradas reformadas e poços restabelecidos. Pessach é hoje uma festa central do judaísmo e serve como uma conexão entre o povo judeu e sua história. Antes do inicio da festa, os judeus removem todos os alimentos fermentados (cha- mados chametz) de seus lares e os queimam. Não é permitido permanecer com fermento durante a Pessach em cumprimento ao mandamento contido em Êxodo 12:10-20 “Por sete dias não se ache fermento em vossas casas” A festa de Pessach é antes de tudo uma festa familiar, onde uma refeição festiva é servida e cada componente faz lembrar um episodio bíblico. Nessa comemoração a história do Êxodo do Egito é narrada, e se faz as leituras das bênçãos, das histórias da Hagadah, de parábolas e canções judaicas com a participação, principalmente, das crianças. Durante a refeição, come-se pão ázimo e ervas amargas, para lembrar-se do “sair apressado da ter- ra do Egito”. Também se come uma pasta com cor dos tijolos que faziam no Egito ‘charosset’ seu sabor é doce, lembrando que O Eterno fez nossa vida doce. E mais alguns outros alimentos, sim- bólicos. O Seder (cerimônia) dura algumas horas entre comida orações e canções alusivas a data. Com muita alegria! 202 Israel - Cumprindo Profecias “A cada geração cada ser humano deve se ver como se ele pessoalmente tivesse saído do Egito. Pois está escrito:” Você deverá contar aos seus filhos, neste dia, “Deus fez estes milagres para nós, quando saímos do Egito...”. A PÁSCOA DOS CRISTÃOS. A festa da Páscoa dos cristãos tem o mesmo significado ju- daico, adicionando a memória da morte e ressurreição de Cristo. O cordeiro pascal e seu sangue era figura Daquele Cordeiro que viria. Hoje se comemora a memória Daquele que já veio. Os pães ázimos (sem fermento), porque tinham pressa e não podiam esperar até que a massa levedasse, figurava o Pão da Vida (Disse Yeshuah: “Eu Sou o Pão da Vida, quem comer des- te Pão viverá para sempre”); o cordeiro tinha que ser imolado e seu sangue passado na verga da porta, esse sangue que Moisés, instruído por Adonai, ordenou que se passasse nos umbrais das portas pra livrar da morte, nada mais era do que a figura do Cor- deiro de Deus que exatamente na Páscoa, 1300 anos depois, se entregou para ser morto e como o Cordeiro Pascal, derramou o seu sangue para livrar da morte todos os que através Dele viessem Ao Eterno. Moshêh (Moises) iniciou e Yeshuah também a fez com seus discípulos. Conforme narram os Evangelhos de Lucas, Marcos e Mateus, que em Jerusalém se comemorava a Páscoa, segundo a tradição judaica, desde Moisés, cumprindo a ordem Do Eterno: “celebrá-lo-eis por festa Ao Eterno como estatuto perpétuo”. Yeshuah convidou seus discípulos para aquela comemoração. Ele sabia que aquela era a mais importante de todas as comemorações da Páscoa, sendo aquela determinada por Deus, para que Ele fosse entregue como Cordeiro Pascal. Ele disse: “... daqui a dois dias é a Páscoa e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado”.(Mateus 26: 2). Os discípulos perguntaram: 203 onde queres que façamos os preparativos, para a Páscoa? E ele então chamando a Pedro e João, os mandou dizendo: olha, vocês irão à cidade (Jerusalém) e lá encontrarão um homem, na en- trada da cidade, (próximo a um dos portões) levando um cântaro de água, esse era o sinal de identificação (pois não era costume homens carregar cântaros e, sim, as mulheres); vocês vão seguir aquele homem, por onde ele for e na casa que ele entrar, vocês também entrarão e então dirão ao dono da casa: “O Mestre man- dou dizer que o tempo Dele está próximo e Ele quer celebrar em sua casa, a Páscoa com os seus discípulos. O meu Senhor precisa de um lugar para passar a Páscoa”. E chegada à tarde, Yeshuah assentou-se à mesa com seus discípulos e então Ele disse: “Eu desejei muito celebrar esta Páscoa convosco”. Se pudéssemos adentrar o coração Dele naquele momen- to, para entendermos o verdadeiro significado daquelas palavras. Aquele era o momento! E aquela era a Páscoa esperada por mais de 3000 anos, desde a queda do homem no jardim do Éden. Era o momento da redenção! O momento de reabrir ao homem pe- cador, o caminho a Deus. Era o reencontro do homem com o seu Criador! E Ele tomando o cálice disse: “Esse é o Meu san- gue que é derramado por vós”. E tomando o pão disse: “esse é o Meu corpo que eu dou por vós”.(Lucas 22:7 a 20). Yeshuah disse ainda, para continuarmos a fazer o Seder de Páscoa em memória Dele. Ele estava se referindo àquela ceia, “a ceia da páscoa”. Logo em seguida, saindo dali foi traído por Judas, entregue aos soldados romanos, julgado por Pilatos, que era também uma autoridade romana e em seguida morto pelos soldados romanos, cumprindo a profecia de Isaías 53, que diz que: “Como um cor- deiro mudo foi levado... Ele estava ali em nosso lugar, Ele estava morrendo a nossa morte, pois nós pecamos e o preço do pecado é a morte”. Todos nós andávamos desgarrados, mas o Senhor fez cair sobre Ele, a iniquidade de nós todos”. Yeshuah queria naquele momento dizer que, Ele era o Cor- 204 Israel - Cumprindo Profecias deiro Pascal representado por todos aqueles anos, no taberná- culo do deserto, e no Templo em Jerusalém. Em Pessach Adonai convergiu em Yeshuah todas as coisas. Abraão, Isaque, Jacó, Moisés e outros foram salvos pela fé Naquele que haveria de vir: “O Cordeiro Pascal”. O Deus Eterno tirou parte de Si; Seu Filho que tabernaculou entre os homens. (João 1:14) Na plenitude dos tempos O Eterno enviou Yeshuah (Jesus) (Efésios 1:10) cumprindo Seu propósito, de nos fazer abundar em toda a sabedoria, nos revelando Seu mistério de convergir em Yeshuah todas as coisas, as que estão nos céus e na Terra, as que foram antes e as que viriam depois. Adonai nos congregou No Mashiach (Messias). E nos selou com Seu Espírito que é O penhor (a garantia) da nossa herança em Deus. Essa foi a promessa do Eterno de restauração por Aquele que nasceria da semente da mulher e que esmagaria a serpente. Essa páscoa foi esperada por todos os anjos de Adonai, pelos que- rubins e serafins do Eterno. Naquele momento todo o céu estava voltado para terra na maior expectativa, do retorno da criatura humana Ao seu Criador; da reconciliação do homem com Deus, e remissão pelo sangue Do Cordeiro. “Temos sido santificados pela oblação do corpo de Yeshuah O Messias, feita uma vez (Hebreus. 9:10), nos dando ousadia para entrarmos no santuário, pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne” (Hebreus 10:19 e 20). 205 Sarah Elzeny Zayit A exemplo do pai judeu que no luto rasga sua veste, O Pai rasgou o véu que separava o lugar santíssimo, onde só o sumo sacerdote podia entrar uma vez por ano, o rasgou de alto a baixo e Ele nos deu acesso ao lugar santíssimo. Céus e terra esperavam por esse momento. A terra tremeu, houve trevas sobre a terra, as pedras se fenderam, os sepulcros se abriram e mortos ressuscitaram (Mateus 27: 52 e 53). Na Páscoa, Yeshuah ressuscitou dos mortos, Ele venceu a morte! Ele não ficou na sepultura,mas saiu dela trazendo as cha- ves do inferno e da morte. “Pela morte Ele aniquilou o que tinha o império da morte, isto é, (aniquilou) o diabo” (Hebreus 2:14) Ele entrou na sepultura como Cordeiro Pascal e saiu como O Vitorio- so Leão da Tribo de Judá! Haleluia! Yeshuah, que é a nossa páscoa, Ele foi sacrificado por nós. Paulo disse: ”Pelo que façamos festa,... com os pães ázimos da sin- ceridade e da verdade“. (I Coríntios: 5:7). Quando Yeshuah Partiu o pão e disse: “Esse é o Meu corpo” era o pão ázimo da Pessach (Páscoa). Portanto a “ceia do Senhor” nada mais é do que um “Se- der de Pessach”. A páscoa é a festa mais importante para os cris- tãos. Porque na Páscoa recebemos nossa vitória! Como filhos Do Eterno. (Êxodo 12:42) *Nota: Após a festa de Pessach (Páscoa) (saída do Egito) começa a conta- gem de Omer (sete semanas) para a recebida dos Dez Mandamentos que é a Festa das Semanas, ou seja, Shavuot ou Pentecostes. LÁ BA’OMER. (בעומר literalmente “33 do Omer”) é o ,ל"ג 33º dia da contagem do Omer ל"ג. Ha celebrações com fogueiras e brincadeiras com arcos e flechas para as crianças. Em Israel, nos dias anteriores à festa, os jovens costumam reunir materiais para fazer grandes fogueiras ao ar livre. *Nota: Em todas as festas é importante a participação das crianças. “En- sinarás a teus filhos...”(Deuteronômio 6:7). Nada melhor que festas pra ensinar os filhos. 206 Israel - Cumprindo Profecias SEFIRAT- HAOMER - CONTAGEM DO OMER. (ספירת ־Sefirat Ha’Omer) . Omer é o período de 49 dias ("sete semas ,העומר nas") entre Pessach e Shavuot; é definido pela Toráh como o perí- odo durante o qual ofertas especiais deveriam ser levadas ao Tem- plo de Jerusalém. O Judaísmo ensina que isto torna física a ligação espiritual entre Pessach e Shavuot. A Contagem de Omer começava no segundo dia da Pessach (Páscoa), quando era separado a cada dia uma porção de cereal, o melhor, as primícias que no final das 7 semanas eram levadas ao templo. FESTA DE SHAVUOT – COLHEITA – PRIMÍCIAS E PENTECOSTES Shavuot (no hebraico “semanas”) é o nome da festa judaica também conhecida como Festa das Primícias da colheita do tri- go, celebrada no quinquagésimo dia do Sefirat Haômer (contagem de Omer). Devido a esta contagem a festa é também chamada de Pentecostes. No mês de Sivan (no calendário judaico) terminava a colheita de Trigo e outros cereais que, graças à proteção divina, puderam ser extraídos do solo eram separadas as primícias para ofertas no Templo. Da mesma forma que em Pessach e Sucot, também em Sha- vuot, grandes grupos de agricultores afluíam de todas as provín- cias e como pe- regrinos subiam a Jerusalém, acompanhados no trajeto pelo alegre som de flautas e pan- deiros. Traziam consigo cestos 207 Sarah Elzeny Zayit adornados com fitas e flores, com trigo, cevada, figos, azeitonas, uvas e outros produtos da terra, para entregar como primícias no Templo, onde eram recebidos com cânticos dos levitas. Entrega da Lei a Moisés. O mais importante de Shavuot é a celebração da revelação da Torah ao povo judeu por volta de 1300 a.C. Logo após a libertação do povo judeu do Egito, estando no Sinai, Adonai entregou a Moises os “Dez Mandamentos”. Se- gundo a tradição judaica, a entrega da Torah a Moshê (Moises), a revelação da vontade Do Eterno ao Seu povo, foi em Shavuot, quando o povo respondeu em uma só voz: “Tudo que O Eterno tem falado obedeceremos e entenderemos” “Na’asse Ve’Nishmah (Êxodo 19:8) (primeiro obedecer e depois entender). Assim a cada Festa de Shavuot sentimos que estamos novamente receben- do Do Eterno a dádiva da Torah e reafirmamos nossos votos de obediência. Os judeus fazem além da festa religiosa na Sinagoga, tam- bém em casa, com grande fartura de alimentos, com o intuito de comemorar uma boa colheita. Nessa festa se come todo tipo de produto derivado do leite, por causa da promessa de Adonai que nos daria uma terra que mana Leite e mel. Também se come mui- tas frutas. Festa de Shavuot ou Pentecostes dos cristãos. Na festa de Shavuot, ou seja, pentecostes aconteceu a descida Do Espírito Santo conforme narra o livro de Atos (cap.2). No mesmo lugar onde Yeshuah tinha comemorado o “Se- der de Pessach” com Seus discípulos. E exatamente sete semanas depois, conforme a promessa de Yeshuah, reunidos para a come- moração do Shavuot, receberam a revelação e a iluminação dessa Palavra através Do Espírito Santo que lhes foi dado. Note que na Pessach o povo judeu foi liberto do Egito e em Shavuot = Pentecostes recebeu a Torah. Na Pessach Yeshuah foi 208 Israel - Cumprindo Profecias entregue como Cordeiro, morto e ressuscitado e em Shavuot= Pentecostes O Espírito Santo é derramado cumprindo a profecia de Joel 2. (Atos 2). Encanta-me a matemática Do Eterno! Ele tem um programa cronometrado e de magnífica sincronia, cujo pro- jeto, feito antes da fundação do mundo, constava você e eu! Con- forme disse o salmista (salmo 119:16). Isso não é maravilhoso?! FESTA DE PURIM A festa de Purim recorda a providência e o socorro Divino na milagrosa salvação dos judeus da Pérsia, e é celebrada no déci- mo quarto dia de Adar (final de fevereiro ou março). Em Purim temos uma refeição festiva e abundante; enviamos presentes com dois ou mais alimentos prontos para os amigos; doamos dinheiro aos pobres, para que eles, também, possam desfrutar da festa; e estamos presentes na sinagoga para ouvir a leitura da Meguilat Esther. Ouvimos atentamente essa história que nos fascina. Tudo isso é permeado de júbilo. O principal tema de Purim é a alegria, assim, além dos far- tos alimentos, realizam-se desfiles e celebrações, e as crianças se fantasiam. O nome da festa advém da palavra persa “pur”, que significa “sorte”. Os judeus foram exilados após a destruição do Primeiro Templo (586ª.C.). Em Purim Deus muda a sorte!. Ester o livro que relata com detalhes a história de Purim explica: Naquele tempo, dominava sobre os povos (127 províncias; da Índia à Etiópia), o Rei Assuero, rei dos medos e dos persas; tinha sob seu domínio, também, os ju- deus que vieram cativos à Babilônia. Entre estes existia a órfã Es- ter, (Hadassah seu nome judeu) que vivia com seu tio Mardoqueu (Mordechai) o qual salvou o rei de uma traição e o livrou da mor- te. Mardoqueu adotou Ester como filha; e ambos eram tementes Ao Eterno e nunca se prostravam diante de homens e ídolos. No Palácio o Rei oferecia uma grande festa. Quando já estava embriagado com vinho, ordenou que a Rainha Vasti (sua esposa) vies- 209 Sarah Elzeny Zayit se a sua presença para que todos pudessem ver sua beleza. Essa, porém se recusou, e isso levou o Rei Assuero a destroná-la e buscar outra jo- vem que a substituísse. Dentre todas as donzelas do reino, o rei esco- lheu a órfã Ester (Hadassah), que passou a reinar em lugar de Vasti. O homem de confiança do rei, chamado Haman, ordenou que quando ele passasse todos se prostrassem diante dele, porém, o judeu Mardoqueu, jamais se prostrou e isso ascendeu à ira de Haman, que em seu coração intentou matá-lo, juntamente com todos de seu povo, e roubar suas posses e para isso fez uma trama. Astuciosamente conseguiu que o rei selasse com seu anel. Mardo- queu comunicou a rainha Ester sobre a má sorte lançada sobre os judeus e esta pediu que por três dias todos de seu povo jejuasse. Haman levantou uma grande forca na praça para o judeu Mardoqueu, Mas nessa noite Adonai (que cuida dos seus e muda a sorte), incomodou o rei, tirando-lhe o sono, e o rei ordenou que se lessem suas crônicas; entre elas estava escrito sobre o livramento que teve através de Mardoqueu. Então o rei perguntou a Haman que se faria a uma pessoa a quem o rei tem grande estima. Haman pensando que se tratava de si, disse que se colocasse sobre essa pes- soa, as vestes e a coroa do rei e que se gritasse por toda cidade: essa é a pessoa a quem o rei tem apreço. Então o rei ordenou a Haman que fizesse todas essas honras ao judeu Mardoqueu. Nesse ínterim, a rainhaEster (na força do jejum e oração de todo o povo Do Eter- no), foi á presença do rei, pedir pela salvação de seu povo da mor- te. Este ao saber que Éster era judia e que Haman queria matá-la, muito se indignou e ordenou a morte de Haman, Ele foi enforcado na própria forca que construiu. E assim, o povo judeu foi salvo. O Rei engrandeceu a Mardoqueu e o colocou em lugar de honra no reino, dando-lhe grandes privilégios e os bens. Mandou ainda que se enviassem cartas por todo o seu reino a favor do povo judeu. “Então Mardoqueu (Mordechai) escreveu: comemorem o dia quatorze e quinze do mês de Adar, todos os anos, como os dias e o mês em que O Eterno nosso Deus nos mudou a sorte: Por isso, àqueles dias chamam Purim (sortes) Pois “O Senhor Nosso Deus mudou a nossa sorte”. “E tivemos repouso de nossos inimigos, mu- 210 Israel - Cumprindo Profecias dou a tristeza em alegria e o luto em folguedo, para que se fizessem dias de banquete e de alegria”!”. (Ester 9: 20 a 26)”. O Eterno é o mesmo! Assim como Ele mudou a sorte de Seu povo, em Purim, Ele quer e pode mudar hoje, a sorte dos Seus. Adonai quer transformar a tristeza em alegria, o choro em riso; Ele quer e pode transformar toda maldição em bênção! “O Se- nhor teu Deus trocou em benção a maldição, porquanto O Senhor teu Deus te amava”. (Deuteronômio 2:6) (Zacarias 8:13) Quando Balaão foi trazido (pelos inimigos do povo hebreu; (Neemias:2) para amaldiçoá-lo, Deus converteu a maldição em benção. O Eterno é capaz disso!. Haleluia! CHANUCÁH- FESTA DAS LUZES Chanucah co- memoramos a restau- ração, reconsagração do Templo Sagrado de Jerusalém. Crianças vestidas de rainha Ester, Rei Assuero, Mardoqueu, etc., comemorando a Festa de Purim em Ashkelon 211 Sarah Elzeny Zayit Após a vitória concedida por Adonai através dos maca- beus cerca de 164 a.C.. Um grupo de corajosos judeus liderados por Yehudah Macab conseguiu livrar a região da Judéia do do- mínio dos Selêucidas-Sírios os quais apoiavam e difundiam a religião idolatra e cultura grega. Jerusalém foi recapturada pelo grupo de Yehudah Macab, que ficou conhecido como os “ma- cabeus”, e o Templo foi reconsagrado e restabelecido o culto a Adonai. O Eterno multiplicou o azeite. O Talmud (Shabat 21b) diz que após as forças de ocupação terem sido retiradas do Templo, os Macabeus entraram para derrubar as estátuas pagãs e restaurar o Templo. Eles descobriram que a maioria dos itens necessários para o culto judeu havia sido profanada. Eles buscaram azeite de oliva purificado segundo o mandamento bíblico para acender a menoráh (o candelabro de sete pontas) que deveria permanecer acesa todo o tempo; para reconsagrar o Templo. Contudo, eles en- contraram apenas azeite suficiente para um único dia. Eles acen- deram com esse azeite, e foram fazer novo azeite especial para o Templo; com isso demoravam oito dias para que o obtivesse. E foi aí que Adonai agiu! Milagrosamente, com aquela pequena quan- tidade de azeite (suficiente só para um dia) a Menoráh (candela- bro) permaneceu aceso ao longo dos oito dias até que chegou o novo azeite feito de maneira santificada para estar diante de Ado- nai. Assim a luz não se apagou. Por isso essa festa é celebrada du- rante oito dias através do acendimento da chanukiah (Candelabro de nove pontas) que lembra o milagre da multiplicação do azeite. Essa festa é a lembrança do retorno da liberdade religiosa que foi para os judeus como um retorno da morte para a vida, e para agradecer a Adonai por tal fato, é comemorado no vigésimo quinto dia de Kislev o festival de Chanukah, lembrando o milagre do azei- te, o milagre da vitória militar e a restauração do Templo e do culto. 212 Israel - Cumprindo Profecias No Novo Testamento, este festival é mencionado em João (10:22), como “Festa da dedicação”, quando Yeshuah se declara ser o Mashiach (Messias) mencionando as obras que realizava em Nome Do Pai, as quais testificava Dele. FESTA DE ROSH HASHANAH FESTA DAS TROMBETAS Rosh Hashanah (em he- braico, literalmente “cabeça do ano”) é o nome dado ao ano- -novo judaico. Também chama- da de Festa das trombetas - Yom Teruah (dia do toque do shofar). Dentro da tradição rabínica, o Rosh Hashaná ocorre no primeiro dia do mês de Tisrei, primeiro ano do calendário judaico e sétimo mês do calendário bíblico.: … “No sétimo mês, no primeiro dia do mês, haverá uma san- ta convocação com toques do shofar”. –(Levítico 16:24). *nota: Come-se maçã com mel, para desejar a todos que o ano novo seja doce como o mel. O primeiro dia de Tishrei foi o sexto dia da Criação,segundo a tradição judaica, quando O Eterno criou Adão o primeiro ho- mem, e Eva a primeira mulher. Rosh Hashaná é celebrado em todo o mundo, inclusive em Israel, nos primeiros dois dias do mês de Tishrei. Na tradição judaica se crê que em Rosh Hashaná, O Eterno decreta o destino de todos os seres vivos para o ano que acaba de se iniciar. Portanto, na primeira noite de Rosh Hashaná, deseja- mos uns aos outros, “L’Shaná Tová - Ketivá ve-Chatimá Tová”. Isto quer dizer: “Para um bom ano – que você seja escrito e selado no 213 Sarah Elzeny Zayit Livro da Vida”. A celebração começa ao anoitecer na véspera com o toque do Shofar. A Torah refere-se a este dia como o Dia da Aclamação Yom Teruah (Levi tico 23:24 e 25), dia da criação do homem, por isto considera-se como Dia de Julgamento (Yom ha-Din) e Dia de Lembrança (Yom ha-Zikkaron), o início de um período de in- trospecção e meditação de dez dias que culminará no Yom Kipur, “Dia do Perdão”. Em Rosh Hashaná oramos: “Bendito és Tu nosso Deus e Deus de nossos pais, seja aceita diante de ti a nossa recordação, a lembrança de nossos pais, a lembrança do Mashiach (Messias), O Filho de David Teu Servo, a lembrança de Jerusalém tua cidade e de todo o Teu povo de Israel. Este dia deste a Seu povo com amor e sinal de pacto. Bendito és Tu Nosso Deus, Rei do Universo que da a Seu povo Israel, dias de festas pra alegria e regozijo...” A festa de Rosh Hashaná é também referida no judaísmo como “Yom Teruah”, ou o Dia do Shofar, ou o Dia do Despertar do som da trombeta. Em Yom Teruah, o Dia da exultação a D’us com júbilo com o toque do Shofar, é imperativo e para que todos que ouçam entendam. Para os cristãos o toque do shofar neste período faz lem- brar do toque da última trombeta de Deus e a volta de Yeshuah HaMashiach (I Coríntios 15:51,52 – I Tess. 4:16 – Apocalipse 11:15). Aseret Yemei Teshuva — Dez Dias de Arrependimento. Os primeiros dez dias do ano judaico (desde o começo de Rosh Hashaná até ao fim de Yom Kippur) são conhecidos como “os dez dias de arrependimento”. Durante esse período é conclama- do através do som do shofar, que todos se voltem para Adonai. Pratiquem Teshuvá (arrependimento, literalmente ‘retorno a Adonai’). 214 Israel - Cumprindo Profecias YOM KIPPUR O Yom Kippur é um dos dias mais importantes para os ju- deus. No calendário hebreu, o Yom Kippur começa no crepúsculo que inicia o décimo dia do mês hebreu de Tshrei (Setembro ou Outubro), continuando até ao seguinte pôr do sol, marca o início do processo da Tshuvah (arrependimento, retorno ao Criador). São dez dias entre Rosh Hashaná (1º dia do ano judaico) e Yom Kipur, para chegar mais perto do Criador. A tradição judia coloca o mês de EluI (o mês anterior), último do ano, como prefácio para ir preparando o homem para a reflexão profunda, até o grande ca- minho interior. Cedo, nas manhãs de Elul se ouve, em todo Israel, o som do shofar: “Desperta povo! Vote-se para Adonai!” Oséias 14:12 “Retorna ó Israel !”. “Haftará TShuvá Ysrael”. É o dia do perdão, o dia no qual, uma vez por ano, o Sumo sacerdote entrava no Santo dos santos e aspergia o sangue no propiciatório, pra perdão de todo Israel. É dia de jejum, nem água se toma. A palavra “Retorno” traduzida como “Tshuvah”, é o mais profun- do desejo de voltar-se inteiramente (espírito, alma e corpo) para Adonai. Rabi Saadia Gaon (grande sábio) disseque cada dia nosso, deve ser um dia de retorno a Adonai. Ele disse: “Quanto mais nos aproximamos do Eterno, mais compreendemos a Sua grandeza e mais arrependidos devemos nos tornar pelo nosso comportamen- to pelo dia de ontem, que O conhecíamos menos que hoje. Cada dia eu aprendo mais sobre Adonai, por isso, cada dia sinto-me envergonhado, porque ontem, quando eu o conhecia menos que hoje, meu amor e minha devoção por Ele, não eram tão forte quanto hoje; e amanhã certamente sentir-me-ei da mesma maneira com relação ao dia de hoje”. Após o Yom Kippur, espera-se que haja festa e muita alegria, pois é um dia santo de muito júbilo e regozijo. 215 OUTRAS COMEMORAÇÕES JUDAICAS Dez de Tevet. Jejum que lembra o começo do cerco de Jeru- salém, tal como é descrito no Livro dos Reis (25:1). Quinze de Shevat - Tu Bishvat (ט"ו בשבט) - Novo Ano das Árvores. De acordo com o calendário judaico, marca o dia em que as ofertas de frutas são contadas em cada ano. Nos tempos modernos, é celebrado comendo vários frutos e nozes associadas à Terra de Israel. Também é costume organizar atividades de plan- tação de árvores, em especial com as crianças. Primeiro de Elul, Ano Novo para as ofertas dos animais, Primeiro de Tishrei (Rosh Hashaná), o Ano Novo do calen- dário e para as ofertas dos vegetais. FESTAS NACIONAIS ISRAELITAS/JUDAICAS Desde a criação do Estado de Israel em 1948, o Rabinato Chefe de Israel estabeleceu quatro novas festividades judaicas. • Yom Yerushalayim - Dia de Jerusalém 28 de Iyar • Yom HaShoah - Dia da Memória do Holocausto 27 de Nissan • Yom Hazikaron - Dia da Memória pelos Soldados 4 de Iyar • Yom HaAtzmaut - Dia da Independência de Israel 5 de Iyar 217 A FÉ EM UM SÓ DEUS - “ADONAI EHAD” A fé monoteísta que Abraão professava, com inabalável convicção e sua aliança com Adonai, que foi reafirmada por seus descendentes, Isaque e Jacó, tem sido até os dias de hoje, pois o judeu crê de maneira plena, absoluta e incondicional, na existên- cia de UM SÓ DEUS, Eterno, Todo Poderoso, Criador de todas as coisas. Fundamentos da Fé Judaica 218 Israel - Cumprindo Profecias O judaísmo chama a Deus de ‘Adonai’ “Meu Senhor”, ou ainda “HaShem”, “O Nome” Do Deus Único e Criador, Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Crê na eleição de Israel como povo escolhido para receber a revelação da Toráh, os mandamentos do Eterno, com a incum- bência de cumpri-los, para que O Único Deus seja conhecido na terra. Crê que o judeu é aquele que pertence a uma linhagem com um pacto eterno com Adonai. DECLARAÇÃO DE FÉ JUDAICA “SHEMÁ ISRAEL” “OUVE OH ISRAEL”. “O Eterno nosso Deus é Único”. “Ensinarás a teus filhos, andando pelo caminho”. שְׁמַע יִשְׂרָאֵל יְהוָה אֱלֹהֵינוּ יְהוָה אֶחָד “Shemah Israel, Adonai Eloheinú, Adonai Echad”. “Ouve Israel, o Eterno é nosso Deus, o Eterno é Um”. Ama- rás, pois, ao Eterno teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás 219 Sarah Elzeny Zayit assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. “E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas”. (Deuteronômio 6:4-9) Esse texto é de fundamental importância, usado como o próprio mandamento, cada judeu em sua casa o faz. Essa é a ora- ção diária de todo judeu, também escrito no Mezuzah colocado em suas portas e nos Tfilim usados no braço e na testa conforme o mandamento. É a primeira coisa que se diz quando se acorda; é escrito nas proteções dos berços dos bebes, e a mãe judia fala aos filhos todas as noites antes de dormir. A fé Num Único Deus mantém a união e a sobrevivência dos judeus como povo em milhares de anos de dispersão. Na ocasião do holocausto, pais judeus, na ânsia por salvar seus filhos das câmaras de gás, levaram-nos aos orfanatos. Ao findar a guerra e o horrível extermínio nazista, muitas associações judias trata- ram de procurar os sobreviventes e tentar reunir as famílias. Infe- lizmente poucas pessoas encontradas e milhões de desaparecidos. Nessa busca tiveram notícias das crianças deixadas nos or- fanatos e jamais procuradas (seus pais não mais existiam). Então dos USA e da Gran Bretania foi enviada uma comissão compos- ta pelos rabinos Silver e Gurfinkel, para tratar de procurar essas crianças e devolvê-las a famílias judias. Esses rabinos se dirigiram ao convento e pediram audiência com a autoridade máxima. Nesse encontro tiveram a seguinte res- posta: “Claro que não nos opomos a que vocês levem as crianças judias para serem criadas pelo seu povo; mas como saberão quem são eles dentre tantas crianças, sem nenhum registro de linhagem ou religião? Sabemos que os meninos judeus estão circuncidados, mas as meninas, como as encontrarão?”. “Uma lista de nomes, quem sabe isso poderá ajudar? Revi- saremos a lista e veremos aqueles que têm nome de origem judai- ca”. Disse o rabino. 220 Israel - Cumprindo Profecias - “Não!” retrucou o sacerdote irritado. “Isso não é suficien- te. Há muitos nomes comuns na Alemanha e Polônia, e isso não é prova de que todos são judeus. Temos que ser muito criteriosos. Temos que ter provas cem por cento confiáveis, para evitar que vocês levem qualquer criança que não seja judia”. Os rabinos tentaram, inutilmente, convencê-los com mui- tos argumentos de que os deixasse levar. Porém eles responderam: “Só permitiremos que retirem as crianças que conseguirem pro- var, sem nenhuma sombra de duvida, que são judias”. Que fazer agora? Pensaram os rabinos. A maioria das crianças foi separada das famílias quando ainda eram tão pequenas, muitos bebes ainda, e não podem se lembrar de suas origens. É impossível encontrar documento depois de semelhante destruição. Os rabinos tentaram novamente convencer ao sacerdote e este perdeu a paciência e disse? “Sinto muito, já lhes dei tempo demasiado. Dou-lhes três minutos. Decidam o que fazer!” Parecia que todos os esforços eram inúteis e o coração dos rabinos estava partido de dor, pois tinham informações de que dezenas de crianças judias estavam lá naquele convento e eles não podiam fazer nada. E agora só contavam com três minutos... Os rabinos começaram a orar silenciosamente, pedindo Ao Eterno uma solução, uma idéia, que somente Ele teria condições de dis- cernir entre centenas de crianças, quais eram as judias. Naquele momento, Adonai respondeu as orações deles e lhes deu uma brilhante idéia. Então um deles perguntou ao sa- cerdote: “Poderemos usar esses três minutos quando quisermos?” “Sim!”, foi a resposta. “Então voltaremos quando as crianças se acomodarem para dormir”. Disse o rabino. “As sete em ponto” foi a resposta do sacerdote com muito desdém, pela insistência dos rabinos que mal esperavam a hora marcada para saber quem deveriam tomar e voltar para seu povo. 221 Sarah Elzeny Zayit Quando o relógio marcou sete horas, todos estavam num grande salão onde as crianças se acomodavam para dormir, em camas ordenadas uma ao lado da outra. Os rabinos caminharam salão adentro, acompanhados pelo sacerdote. Um dos rabinos parou em frente a um dos pequeni- nos, fitou-o e esperou. Um silencio profundo se fez em todo o salão (providência Divina). Todos os olhinhos fitavam o rabino. E Assim com voz calma, penetrando de um lado a outro do salão, o rabino pronunciou seis palavras: “Shemah Yisrael: Adonai Elo- heinu, Adonai Echad”. “Ouve Oh Israel: O Senhor Nosso Deus é O Único” Num instante, como um verdadeiro milagre, se ouviram murmúrios de todos os extremos do grande salão: “Mame” “Male” “mama”! Cada um na sua língua buscava a sua mãe. Ao ouvir essa frase mencionada pelo rabino, cada um lembrou-se de sua mãe que todas as noites antes de dar-lhes um beijo de boa noite, lhes sussurravam essas palavras que são a base da fé judia. Palavras hebraicas que todas as criançasjudia conhecem: “Shemah Yisrael: Adonai Eloheinu, Adonai Echad” As crianças um pouco maiores colocavam as mãos sobre os olhos e recitavam o “Shemah” junto com o rabino. O sacerdote, vencido e convicto, baixou os olhos. E sem questionamento, liberou as crianças judias para que fossem leva- das, pelos rabinos, aos lares que os criariam na mesma fé e temor Ao Único Deus! Motivo que os mantém unidos, em milhares de anos de exí- lio e de dispersão. Adonai disse a Moisés Seu nome: “Serei O que serei”. “Hehie asher Hehie”. Ele é o Ser Auto-existente cuja existên- cia não depende de nenhum outro, e É de Quem a existência de tudo depende. *(CIBRA- Sociedade Israelita-Brasieira de Cultura) 222 Israel - Cumprindo Profecias CRENÇA NA AUTORIA DIVINA DA TORÁH E INSPIRAÇÃO DIVINA DO TANACH (BÍBLIA). O povo judeu crê de maneira plena e incondicional de que O Tanach (Bíblia) é a Palavra de Adonai e observa os mandamen- tos, preceitos, concertos e alianças eternas de Adonai. O Tanach* (Bíblia Hebraica), a primeira e única revelação da vontade de Deus a Seu povo, e é valida por toda eternidade. Nada absolutamente pode sobrepor-se a ela, nem tampouco ex- tingui-la. A Bíblia é a verdade absoluta, que compreende o Antigo Testamento: a Torah* (o Pentateuco), os cinco primeiros livros da Bíblia, escritos por Moshê (Moises) e ditado pelo próprio Deus; os livros históricos, os proféticos, e os poéticos. Centenas de profecias já cumpridas e se cumprindo hoje e milhares de achados arqueológicos em Israel comprovam a cada dia a veracidade da Bíblia. Constantemente em Israel há noticias de mais achados arqueológicos, os quais vem confirmar o que está escrito. A fé judaica é fruto da história e da vida do povo de Abraão. O judaísmo é a primeira experiência de fé num único Deus. Para os judeus, Deus é o criador, que Se revelou sucessivamente aos patriarcas Abraão, Isaac e Jacó; a Moisés e aos profetas. (e que libertou os judeus da escravidão do Egito). *nota: (.*Echad” pronuncia-se “errrad”, *Tanach”, lê-se Tanarr) Os judeus creem, sem contestação, que a Toráh foi ditada pelo próprio Deus a Moshê (Moises), é tida em grande reverência. Muitos creem que O próprio Deus a escreveu. No Mishnah está escrito: “Nem mesmo um profeta ou uma voz celestial ou aparen- tes milagres tem autoridade para mudar a Toráh... Ela nos foi en- tregue em sagrada confiança para transmitir a sua mensagem in- tacta, em sua forma original, `a geração seguinte”. (Mishnah 1:14) Yeshuah disse que era mais fácil passar o céu e a terra do que cair sequer “um til” da Lei. (Lucas 16:17). 223 Sarah Elzeny Zayit O Talmud diz que questionar a origem Divina de sequer uma única letra da Toráh equivale a negar a Toráh em sua totali- dade (Sanhedrin, 99ª) CÓDIGO DA BÍBLIA. A descoberta sobre o código da Bíblia veio afirmar cien- tificamente que só Um Ser Supremo seria capaz de colocar em código dentro de um livro, coisas que se confirmariam milhares de anos depois. “E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e o co- nhecimento se multiplicará”. (Daniel 12:4) . Seria o livro selado para o tempo do desfecho do cumpri- mento das palavras proféticas descoberto hoje pelo Código da Bíblia? A descoberta do código da Bíblia é a evidência de que a Torá, o Pentateuco (cinco primeiros Livros da Bíblia Sagrada para Judeus e Cristãos), não poderia ser de autoria humana. O Rabino Avraham Stenmtz escreveu um exemplo do que foi desvendado pelo Doutor Rips: No Livro Gêneses (2:9), está escrito: “Do solo O Eterno fez brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimen- to; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal”. Os nomes das árvores não são mencionados explicitamente nesse capitulo da Torá. O Dr. Eliyahu Rips sugeriu que talvez es- tivessem codificados no mesmo capitulo, em intervalos regulares de letras. Então tomou os nomes de 25 árvores mencionadas na Toráh (segundo referência no trabalho “A fauna e a flora na Torá”, de Yehudah Feliks), programando em seu computador para de- cifrar se os mesmos haviam sido codificados na Torah. Fazendo isso, encontrou os nomes das 25 árvores. Elas haviam realmente 224 Israel - Cumprindo Profecias sido codificadas nesse capítulo da Toráh! Seria mera coincidência o fato de que esse fenômeno das árvores tenha sido encontrado na passagem da Toráh que narra a criação das árvores por Adonai?. “Outro exemplo interessante encontrado no capítulo 38 de Gênesis. O texto relata a história de Yehudah e Tamar, que deu à luz a Peretz e Zêrach, através do Livro de Ruth sabemos, que Boaz é da descendência de Peretz, esposo Ruth. Eles tiveram um filho a quem deram o nome de Oved e este, por sua vez, teve um filho, Yishai, o pai do rei David. Os matemáticos examinaram se as infor- mações sobre a linhagem do rei David estão codificadas nesse capí- tulo da Torá que fala de seus ancestrais. Incrível! Os nomes Boaz, Ruth, Oved, Yishai e David soletrados de trás para frente em um intervalo de 49 letras. E ainda foram encontrados tais nomes em or- dem cronológica! E porque os ancestrais de David teriam sido codi- ficados em intervalos de 49 letras? Sabemos que Shavuot - o dia em que Adonai deu ao povo de Israel os Dez Mandamentos - ocorreu 49 dias após o Êxodo. Shavuot foi a data de nascimento e morte do rei David. E também é a festividade em que estudamos o Livro de Ruth. Seria tudo coincidência? Outros códigos foram encontrados na Toráh, e as experiên- cias estatísticas indicam que a possibilidade de serem os mesmos, por pura coincidência, é infinitamente reduzida. Os pesquisadores concluíram que tais códigos foram deliberadamente inseridos na Torá. Relatam também que a maioria dos códigos são tão incrivel- mente complexos que os modernos computadores levam horas para descriptografar um único padrão de palavra. será que um homem antigo hebreu que teria escrito a Toráh teria implantado tais códi- gos na mesma? Ele poderia também ter previsto o futuro?” *(www. chabad.com) Em 1986 o Dr. Eliyahu Rips, Doron Witztum e Yoav Rosen- berg realizaram uma extensa experiência: desvendar se os nomes de 64 rabinos famosos estavam codificados em intervalos de le- tras iguais no primeiro livro da Toráh. Descobriram o seguinte: 225 Sarah Elzeny Zayit os nomes dos 64 grandes rabinos estavam de fato codificados em Bereshit (Gênesis), e as datas de nascimento e morte dos mesmos estavam codificadas bem próximas a cada um de seus respectivos nomes. Este resultado é altamente significativo e indica que todas estas informações haviam sido deliberadamente codificadas na Torá milhares de anos antes de tais rabinos terem nascido. O rei Salomão diz (Eclesiastes 3:2) que há tempo de nascer e tempo de morrer, e Davi diz que tudo já está escrito no livro de Deus; assim como o nascimento e morte desses rabinos. A experiência dos Rabinos e seus resultados foram levados ao mundialmente renomado Instituto de Estatísticas Matemáti- cas, em Harward. De modo a avaliar sua validade, foram rigo- rosamente revistos e analisados durante seis anos. Tal estudo foi posteriormente publicado em uma conceituada revista de mate- mática, “Statistical Science”, em agosto de 1994. Poderíamos argumentar que o fenômeno dos códigos é pe- culiar à língua hebraica. Para contra-argumentar, Eliyahu Rips, Doron Witztum e Yoav Rosenberg tentaram duplicar a experiên- cia em outros textos hebraicos. Não encontraram tais códigos em nenhuma outra publicação em hebraico. Nos últimos anos vários outros matemáticos tentaram encontrar a “falha fatal” nessa expe- riência. Nenhum teve sucesso. Para corroborar a veracidade dos códigos dos Rabinos Famosos, o Dr. Harold Gans, matemático criptólogo sênior da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, realizou ex- perimento similar. O Dr. Gans tem praticamente três décadas de experiência em desvendar códigos para o governodos Estados Unidos, que mantém os métodos e especialistas mais avançados no mundo em descriptografia de documentos codificados. A princípio, o Dr. Gans estava muito cético quanto à exis- tência de códigos legítimos da Toráh. No entanto, quando reali- zou a experiência, além de validar seus resultados, fez uma des- coberta adicional: além dos nomes e datas em que nasceram e 226 Israel - Cumprindo Profecias morreram cada um dos rabinos haviam sido codificadas também suas respectivas cidades. Que conclusão, então, tiraram Eliyahu Rips, Doron Witztum, Yoav Rosenberg e Harold Gans da experi- ência com os Rabinos Famosos? Apenas uma: que as informações haviam sido deliberadamente colocadas na Toráh. E, no entanto, a Torá existe há milhares de anos. Como o seu autor poderia ter tido conhecimento sobre a existência futura, bem como detalhes da vida deles? Como diz o próprio Drosnin, “o Código da Bíblia não deve ser visto como uma ‘bola de cristal’ (para ver o futuro) mas deve ser considerado como uma espécie de ‘último aviso’ para a humanidade que a cada dia está mais materialista e menos espiritual”.* (http:// br.geocities.com). Estaria todo esse conhecimento selado e guardado como um mistério para os tempos do fim? Com o aumento da ciência do conhecimento (conforme a profecia), e a invenção do compu- tador, esse mistério estaria sendo revelado? Teria O Eterno codi- ficado Suas próprias palavras para serem reveladas neste tempo? Estaríamos vivendo os tempos finais do desfecho profético? Esta- ria sendo aberta a profecia selada para o tempo do fim? Ninguém nos tempos antigos poderia ter tido acesso a esses conhecimentos, que incluem detalhes da historia mundial, como os citados. A única conclusão lógica é a de que o autor não pode ter sido um ser humano - pois quem colocou todos os dados lá, não es- tava limitado pelo tempo nem pelo espaço. Isso vem a ser mais uma constatação incrível de que a Toráh é de autoria Divina!” *(www. chabad.com) TORÁH “MATRIZ DO UNIVERSO E A ESSÊNCIA DE TODA A CRIAÇÃO”. O Rei Davi escreveu (Salmos 119:16): “No Teu Livro estas coisas foram escritas, as quais foram sendo, a cada dia, criadas e 227 Sarah Elzeny Zayit quando ainda nenhuma delas existia”. A crença na Toráh como “Matriz do universo” e a essência de toda a criação, tem seu fun- damento nesse texto. O Talmude (Shabat, 88b) diz: “O Eterno criou o mundo a partir de um plano e um propósito. Seu plano estava na Toráh, que precede o mundo”. O rabino Shaul (apostolo Paulo) que estudou cuidadosa- mente o talmude aos pés de Gamaliel (um dos maiores sábios da- quela época), enfatiza esse texto quando escreve aos Efésios (1:4) e fala que O Eterno nos elegeu antes da fundação do mundo mostrando que havia um projeto de Adonai, escrito em Seu Li- vro, antes que o mundo existisse e que nos já fazíamos parte desse projeto e nossa missão estava escrita nele. Tudo já estava progra- mado e escrito Pelo Próprio Deus. E essa escrita foi concedida a Moshê (Moisés). O Zohar (um tratado escrito pelo Rabino Shimon bar Yo- chai, que durante o tempo da perseguição romana esteve escon- dido em uma caverna por 13 anos, estudando a Toráh com seu filho, Eleazar) diz que O Eterno “Bendito Seja Ele” criou tudo foi pela Palavra. O Evangelho de João (1:1-2) também diz que tudo foi criado pela Palavra. A PRECISÃO DO TEXTO SAGRADO. O CUIDADO COM A TRANSCRIÇÃO DA TORÁH O Rabi Yishmael alertou ao Rabi Meir (que era Sofer, ou seja, transcritor de textos da Toráh) dizendo: “Meu filho, seja muito cuidadoso em seu trabalho, pois ele é celestial. Se subtrair ou agregar uma única letra poderá destruir o mundo inteiro”. Maimonides o Rambam (uma das maiores autoridades da Lei Judaica) diz que cada palavra e cada letra da Toráh foi escrita pelo Eterno (em Seu Livro) e no Sinai Ele ditou a Mosheh (Moises) que o transcreveu. O grande sucesso da tradição judaica é a trans- 228 Israel - Cumprindo Profecias missão meticulosa e precisa do texto da Toráh (Pentateuco). E do Tanach (Bíblia). Os judeus são tão zelosos na transcrição dos textos sagrados, que por um minúsculo erro de escrita a obra é anulada. É fantástico podermos ler hoje, textos bíblicos escritos há mais de 2000 anos atrás, como os que foram encontrados em 1947 nas cavernas de Qunran, perto do Mar Morto, e o mais importan- te é que conferidos (pelos rabinos eruditos em textos sagrados) com os textos atuais, eles são idênticos. Isso mostra o cuidado de Adonai, usando o zelo “radical” dos judeus, para preservar pura a Sua Palavra. Talvez você conheça uma Bíblia moderna (considero uma interpretação pessoal e tendenciosa da Bíblia e não Bíblia). Ima- gine uma segunda transcrição com interpretação pessoal a partir dela e uma terceira, etc. versão de bíblias em linguagem explica- tivas baseadas em interpretações pessoais como essa “linguagem de hoje” daqui a alguns anos o que restaria do Texto Sagrado original? Já pensaram se os rabinos tivessem feito isso, como saberíamos hoje, o que realmente, originalmente foi escrito? A exemplo disso temos o texto do salmo 116 verso15 no original diz: "יקר בעיני יהוה המותה לחסידין" “Custosa à vista de Adonai, a morte do justo” As traduções de hoje está: “Preciosa é aos olhos do Senhor, a morte....”. Se a mesma Bíblia diz que a morte é o pre- ço do pecado e o último inimigo a ser vencido, como pode ser preciosa? Deus teve que virar as costas para Seu Filho, para que Ele morresse, tão custoso foi para Ele. Por isso Yeshua (Jesus) cla- mou: “Deus Meu! Porque me desamparaste?”. Deuteronômio 4:2 está escrito: “Não acrescentareis à pala- vra que vos mando, nem diminuireis dela”. Está na hora de revermos muitas modernidades, que impli- cam no desvio da essência da verdade e outras que chegam mes- mo a adulterar a verdade da Palavra Do Eterno. O que Adonai disse, não pode ser alterado ou mudado. 229 Sarah Elzeny Zayit OS TEXTOS DE QUMRAN Os pergaminhos do Mar morto foram encontrados exata- mente na época da criação do Estado de Israel. Seria isso coinci- dência ou providencia? A existência Do Estado de Israel é prova de que estamos no tempo do desfecho do cumprimento dessas profecias bíblicas. Adonai disse ao profeta Daniel (12:4): “sela este livro para o tem- po do fim”. Algo que me impressiona é que esses manuscritos estavam escondidos por dois mil anos e exatamente quando a ONU votou pela existência do Estado de Israel, em 1947, Eles foram encontra- dos e o rolo do profeta Isaias (com 7,34 metros, de 125 a.C) estava completo; justamente o livro que fala do Messias Sofredor. Não creio que seja coincidência. (Cavernas de Qunran, 0nde foram encontrados os manuscritos bíblicos, próximo ao Mar Morto) Em novembro de 1947, Eliezer Sukenik, professor e arque- ólogo, teve noticias dos fragmentos dos rolos encontrados nas cavernas de Qumran. Imediatamente, ele se deu conta da impor- tância deles. Foi exatamente quando o mandato britânico havia dividido Jerusalém em duas áreas: a árabe e a judaica. Os perga- 230 Israel - Cumprindo Profecias minhos estavam em Bethlehem (Belém), com um árabe que os queria vender. Era um momento de grande tensão entre a popula- ção árabe e a judaica, pois a ONU debatia a Partilha da Palestina. Mesmo assim, Eliezer Sukenik, no dia 29 de novembro, dirigiu-se à parte árabe de Jerusalém, onde tomou um ônibus para Beth- lehem. Era o único judeu a bordo. No final do dia, voltou exultan- te com três pergaminhos enrolados num papel, debaixo do braço. Quando chegou em Jerusalém, soube que a ONU havia aprovado a criação do Estado de Israel, o Estado Judeu na Palestina. No mesmo dia em que a ONU votava pela existência do Estado de Israel, esses pergaminhos de 2000 anos chegaram as mãos dos judeus! Yadin Sukenik, Doutor em arqueologia (filho do professor Eliezer) conta: “Não pude evitar a sensação de que havia algo de simbólico na des- coberta dos pergaminhos e em sua aquisição, no momento exato da cria- ção do Estadode Israel. Parecia que os manus- critos ficaram esperando em cavernas, por dois mil anos, desde a destruição de Jerusalém, até a independência de Israel, até que Am Israel (o povo de Israel) retornasse a seu lar ancestral e recuperas- se a sua liberdade. O simbolismo fica ainda mais forte pelo fato de que os três primeiros pergaminhos foram comprados por meu pai, em nome de Israel, no dia 29 de novembro de 1947, no exato dia em que a ONU votou pela recriação de um Estado judaico na Terra de Israel, após dois mil anos... Foi uma experiência tremen- damente empolgante, difícil mesmo de ser traduzida em palavras, ver os pergaminhos originais e estudá-los, sabendo que alguns dos 231 Sarah Elzeny Zayit manuscritos bíblicos foram copiados apenas alguns anos após sua composição, e que esses mesmos manuscritos foram lidos e estuda- dos por nossos antepassados no período do Segundo Templo... Eles constituem um elo vital - perdido, há muito, e agora, recuperado - entre aquela época ancestral, tão rica em raciocínio civilizado, e o momento atual...”.. No entanto, Eliezer Sukenik obtivera apenas três dos sete principais pergaminhos encontrados. Os outros quatro fizeram seu caminho em direção aos Estados Unidos, onde Athanasius Yeshue Samuel, o Metropolita da Igreja Siríaca Ortodoxa de São Marco, em Jerusalém, tentou vendê-los... Colocando um anúncio nos clas- sificados do Wall Street Journal: “Vendem-se quatro manuscritos bíblicos do Mar Morto, que remontam, no mínimo a 200 a.C.”. Era o ano de 1953 e o Dr.Yadin (filho do professor Eliezer) estava nos Estados Unidos para proferir umas palestras. Alguém chamou sua atenção sobre o anúncio e, através de intermediários, ele conseguiu comprar os pergaminhos para o Estado de Israel, completando, as- sim, a tarefa iniciada por seu pai.. Hoje, os sete rolos estão abrigados no Santuário do Livro, no Museu Israel, em Jerusalém. * (Revista Morasha no.73, outubro de 2011). Não seria uma simples coincidência que seis anos depois (quando ninguém sabia onde se encontrava os quatro pergami- nhos restantes), justamente quando o filho do Professor Eliezer estava nos USA, saiu o anúncio de venda dos pergaminhos no jornal. Novamente a previdência Do Eterno! Para o Doutor Yadim, as ruínas do passado revelavam a grande conexão do Povo Judeu com a Terra de Israel. Por isso, com a Torá nas mãos, ano após ano ele e suas equipes escavam camada sobre camada de civilizações antigas. Onde em cada uma delas prova a veracidade da Bíblia. No Midrash (interpretação homilética, judaica das Escritu- ras Sagradas) está escrito: “Antes de sua morte, Moshêh (Moises) escreveu treze rolos da Toráh, e doze deles foram distribuídos a 232 Israel - Cumprindo Profecias cada uma das Doze Tribos. E o 13º foi colocado na Arca da Alian- ça juntamente com as tábuas”. Um autêntico “texto de prova” era sempre mantido no Templo Sagrado em Jerusalém, e os outros rolos podiam ser conferidos baseando-se nele. Após a destruição do Segundo Templo no ano 70 d.C., os sábios continuam fazen- do conferências comparando os textos, com os mais antigos, para que não haja falha. *Curiosidade: O Tanach (Bíblia), com o Brit Hadashah (Novo testamen- to), contem 1188 capítulos, e o verso central é Salmo 118:8. Que diz: “É melhor buscar refugio No Eterno do que confiar no homem”. Agora note a sequencia: O menor capitulo é o salmo 117, o central é o Salmo 118 e o maior é o salmo 119. O JUDAÍSMO DESDE OS TEMPOS BÍBLICOS. É impossível desconectar Israel e o povo judeu da Bíblia. Sempre que mencionamos Israel e o povo judeu, imediatamente nos vem a mente textos bíblicos relacionados a eles. Porque é a prova viva da veracidade da Palavra Do Eterno. Quando o meni- no judeu vai a escola (com 4 ou 5 anos de idade) ele vai estudar a geografia bíblica (que é a geografia de Israel), a historia bíblica (que é a nossa historia) e arqueologia bíblica, na língua em que a Bíblia foi escrita. A Bíblia é livro texto nas escolas. Quando ele inicia seu estudo da Torah, o professor coloca mel sobre as letras; e a cada uma que o aluno descobre ele lambe o mel; o profes- sor lhe diz: “Os mandamentos do Eterno são mais doces do que o mel”. As festas, costumes, cultura e até comida, tudo é bíblico. Nossos feriados são as Festas Bíblicas. Até nossa agricultura foi baseada nas descrições bíblicas. Desde os tempos bíblicos até os dias de hoje, o povo de Israel, em qualquer lugar do mundo onde viva, conserva fielmente as ordenanças bíblicas em seus costumes e tradições. O judaísmo não se modificou; não fez reformas e contra- 233 Sarah Elzeny Zayit reformas; não fez adaptações para se identificar com cada época; não assimilou, não se misturou com outras culturas e religiões; não aderiu ao ecumenismo. O judaísmo, embora respeitando a todos, sempre se ateve cuidadosamente aos preceitos conside- rados bíblicos. Nem o hebraico bíblico pode ser revisado, para se ter a garantia de que as normas e mandamentos oriundos da Bíblia, as orações, festas e cultos se mantivessem inalterados. O sábado (shabat) não se trocou por outro dia, os dias continuam a começar pelo anoitecer, a direção para se orar continua sendo Jerusalém. A circuncisão, o talit gadol (o xale de oração), o shofar (trombeta de chifres tocada nas festas) e os rolos da Torá (o Pen- tateuco) escritos à mão, continuam sendo os mesmos. Tudo como nos tempos bíblicos. Os Mandamentos bíblicos são Dádivas de Adonai para Seu povo. Os judeus não veem os mandamentos bíblicos como uma carga obrigatória (como acontece em algumas religiões), mas veem como um verdadeiro presente, uma herança de Ado- nai para Seu povo. O cumprimento deles “Mitzvot” é motivo de alegria, regozijo e gozo diante Do Eterno que nos escolheu para isso. Se alguém lhe der uma pedra qualquer sem valor, você não vai querer carregá-la, mas se lhe derem uma barra de ouro, com alegria a levarás. Os mandamentos Do Eterno são mais preciosos do que o ouro. Maimônides, o maior filósofo e codificador da história ju- daica, escreveu: “O júbilo com o qual o homem deve alegrar-se no cumprimento dos preceitos e no amor a D’us, Aquele que os orde- nou, é um ato de suprema devoção Divina” (Hilchot Lulav, 8:15). O Rabino Yacov Bande escreveu: “ninguém pode descrever o calor de um verdadeiro Shabat (sábado), e imaginar a alegria de um verdadeiro “Simchat Toráh” (alegria da Toráh) e o significado de uma devoção sincera. A valorização dos mandamentos Bíblicos e o cumprimento deles é uma realização pessoal; é o verdadeiro signi- 234 Israel - Cumprindo Profecias ficado de uma vida judaica, que se torna “um”, com seu povo Israel, com a Toráh e com O Deus de Israel”. Para exemplificar: se alguém tem uma tarefa de subir uma colina com um saco de pedras, a subida é considerada um ver- dadeiro sacrifício, e ha uma grande tendência de esvaziar o saco quando não houver ninguém a espreita. Porém, se esse saco con- tem diamantes, não será uma carga, mas um tesouro; e a subida não será uma horrível e obrigação, mas sim uma tarefa de grande valor e significado. E essa pessoa, não só levará com esmero esse tesouro, mas também cuidará para que nada se perca. Essa é a di- ferença se vemos os mandamentos Do Eterno como tesouro; não queremos deixar para trás um só deles por menor que pareça. O profeta Isaias (33:6) diz que haveria abundância de salvação, sabe- doria e ciência, e o temor Do Senhor, é o nosso tesouro! 235 SHABAT (sábado) é um presente Do Eterno a Seu povo. Assim, como todos os mandamentos bíblicos são dádivas Do Eterno a Seu povo, também o shabat o é. Por isso a cada Sha- bat (Sábado) oramos dizendo: “Bendito És Tu Adonai, Rei do Uni- verso, que nos santificaste com os Teus Mandamentos e nos deste como herança o Teu Santo Shabat”. E assim é com todas as de- mais ordenanças bíblicas. Sim, porque Adonai é Santo e tudo que é Dele e que vem Dele é santo, e nos dá prazer e regozijo Nele. Promessa a quem honra o shabat. “Se chamares aosába- do deleitoso, o santo dia de Adonai digno de honra, e o honrares... então te deleitarás no Eterno e te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca de Adonai o disse”. (Isaias 58:13-14) Sábado (no hebraico שבת Shabat), “descanso”; é esperado com alegria pelas famílias judias, que vestem as melhores roupas comem comidas especiais; vão à sinagoga, se congratulam com a família, passeiam com as crianças. É um dia festivo para todos os judeus. Há uma musica que as crianças cantam dizendo: “Porque domingo não é shabat? Porque segunda, terça, etc., não é shabat? Porque todos os dias não são shabat?” Preceitos Bíblicos Judaicos 236 Israel - Cumprindo Profecias O descanso é ordenado diretamente por Adonai no Tanach (Bíblia) após os seis dias de criação. “E havendo O Eterno acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou O Eterno o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera”. (Gênesis 2:1 a 3). O quarto mandamento diz: “Lembra-te do dia do Shabat, para santificá-lo. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o Shabat do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra.... portanto abençoou o Senhor o dia do Shabat, e o santificou”.(Êxodo 20:8 a 11). Shabat (Sábado) é um Sinal da aliança entre Adonai e Seu povo. O Eterno disse: “Dei-lhes os Meus sábados (os sábados são de Deus) para descanso, para que fossem por sinal (da aliança eter- na) entre Eu e eles (o povo de Israel) e soubessem que Eu Sou O Eterno que os santifica”. (Ezequiel 20:12 e 20)”. Os judeus têm o shabat em grande respeito, por se tratar de um sinal de alian- ça eterna com Adonai. Em Israel o comercio não abre e não há ônibus, tudo para no sábado, em cumprimento ao mandamento Divino. Observado desde o pôr-do-sol de sexta feira ao pôr-do- sol no sábado. O Rabino Abraham Stenmtz escreveu: “Procurem, em seu livro de orações (Sidur), a página do ki- dush, a oração em agradecimento pelo vinho, feita nas noites de sexta-feira, o Shabat. O primeiro parágrafo desta bênção - que se inicia com as palavras: “Yom Hashishi”- é retirado do primeiro livro da Torá,(Genesis) e fala do sétimo dia da Criação. Apontem so- bre a última letra da palavra “Hashishi”. Trata-se da letra hebraica “yud”. E agora, ignorando os espaços entre as palavras dessa prece, contem seis letras. A sétima letra é um “shin”. Contem outras seis letras e verão que a sétima letra é um “resh”. Sete outras letras e en- contrarão um “alef ”. Contem outra vez e a sétima letra cairá num “lamed”. O que encontramos? As letras “yud, shin, resh, alef e lamed” 237 Sarah Elzeny Zayit - que compõem a palavra “Israel” são encontradas em intervalos de sete letras no primeiro parágrafo da bênção do kidush das sextas- -feiras à noite (Que é o inicio do shabat, pois o dia judaico e bíblico inicia ao por do sol). Lembramo-nos de que o Sacerdote do Altís- simo, Melquizedeque, trouxe pão e vinho para junto com Avrahan (Abraão) fazer o primeiro Kidush (a oração com o pão e vinho feita no inicio do sábado) (Genesis 14:18). Sabemos quão significativo é o número sete na Bíblia e conse- quentemente para o judaísmo. O Shabat é o sétimo dia da semana, e guardá-lo é uma mitsvá ordenada ao povo de Israel em homena- gem ao sétimo dia da Criação. Será que desvendamos um código - a palavra “Israel” codificada em intervalos de sete letras - precisa- mente na passagem da Toráh (de Genesis) referente ao sétimo dia da Criação? Ou seria apenas mera coincidência?” *Nota: O sábado foi observado pela igreja dos dias apostólicos e só foi trocado pelo domingo no ano 325 d.C., pelo pagão Imperador Constantino. BRIT MILÁ. Pacto do Eterno com Abrão e sua descendência Brit milá (ברית מילה), literalmente aliança é o nome dado à cerimônia religiosa na qual o prepúcio dos recém-nascidos é cortado ao oitavo dia como símbolo da aliança eterna entre Ado- nai e o povo de Israel. Também é nessa cerimônia que o menino recebe seu nome. Costuma-se realizar o brit em um café da ma- nhã festivo. A origem bíblica está em Gênesis (17:1-14), onde O Eterno ordenou a Abraão que ele e todos os seus descendentes se circun- cidassem como sinal do pacto eterno com Ele. *Nota: Quanto aos gentios, o apostolo Paulo fala que sua circuncisão é apenas no coração, porém, é bom lembrar que em nenhum momento Paulo se refere a judeus (pois com eles é pacto eterno de Adonai com Abraão e sua des- cendência), tanto que, quando Timóteo aceitou a fé, o mesmo Paulo fez com que ele se circuncidasse porque era filho de mãe judia, embora seu pai fosse grego. 238 Israel - Cumprindo Profecias Yeshuah foi levado ao Templo em Jerusalém no oitavo dia para ser circuncidado conforme a lei de Moises (lucas2: 21). *curiosidade: Em pesquisa medico-cientifica foi observado que é muito raro nas mulheres judias o câncer de colo de útero, devido a circuncisão do marido. ZEVED HABAT OU SIMCHAT BAT São os termos que designam a cerimônia de recebimento do nome das meninas judias. É quando o rabino abençoa os pais da menina, que recebe o seu nome hebraico. PIDYON HABEN (redenção do primogênito). É a cerimônia onde cada judeu (exceto Cohen ou Levi) deve resgatar seu filho primogênito. “Todo primogênito homem entre teus filhos resgatarás”. Como lembrança de que todo primogênito é santificado à Adonai, resgata-se esse filho pagando com objeto de valor, entregue ao Cohen durante a cerimônia. “Santifica-me todo o primogênito... o que abrir a madre dos filhos de Israel é Meu” (Êxodo 13:2), Os primogênitos dos filhos de Israel foram escolhidos para o sacerdócio para com o Criador devido ao fato de terem sido pou- pados da última das dez pragas do Egito. Os cohanim (descendên- cia sacerdotal) assumiram o dever do sacerdócio e os de Levi o lou- vor e o serviço do templo. Por isso não fazem o Pidyon haben,nos cohanim e Levi, porque devem estar a serviço do Eterno. BAR MITZV B’NAI MITZVÁ (filhos do manda- mento) é o nome dado à ce- rimônia que insere o jovem judeu como um membro ma- duro na comunidade judaica. Quando uma criança ju- 239 Sarah Elzeny Zayit dia atinge a sua maturidade (aos 12 anos de idade, mais um dia para as meninas; e aos 13 anos e um dia para os meninos), passa a tornar-se responsável pelos seus atos, de acordo com da lei ju- daica. Nessa altura, diz-se que o menino passa a ser Bar Mitzvá (“filho do mandamento”); e a menina passa a ser Bat Mitzvá (“fi- lha do mandamento”). Ao completar 13 anos, o jovem judeu é chamado pela pri- meira vez para a leitura pública da Torah (Pentateuco). A partir daí, ele pode integrar o miniam (quorum mínimo de 10 homens adultos para realização de cerimônias judaicas). O Bar Mitzvá não é só uma comemoração comum de aniversario, porém, após a cerimônia religiosa há uma linda festa com cerimônia de “mazal-tov” como “boa sorte” ou “parabéns” Antes dessa idade, são os pais os responsáveis pelos atos dos filhos. Depois desta idade, os rapazes e moças podem finalmente participar em todas as áreas da vida da comunidade e assumir a sua responsabilidade na lei, no culto e tradição judaica. Yeshuah foi levado a Jerusalém para o seu Bar Mitzva quan- do ele discutiu com os doutores da lei. Mitzvá (plural mitzvot), esta palavra se refere ao cumpri- mento dos 613 mandamentos da Torah. O termo Mitzva expressa a obediência a Adonai nas ações morais e positivas que marcam a conduta de pessoas de honra, de boa índole. De acordo com os ensinamentos do Judaísmo todas as leis morais são derivadas dos mandamentos divinos. Tzeniut "modéstia” é um termo usado para descrever o conjunto de mandamentos relacionados à conduta em geral. A tzeniut costuma se relacionar ao modo de vestir de cada judeu, roupas próprias para cada sexo, de maneira que não marque o corpo, é um dos fatores muito importantes nas regras de Tzeniut. Tambéma maneira de se portar e de falar, a discreção. Todo o comportamento digno e sensato. 240 Israel - Cumprindo Profecias TALIT E TZITZIT (תציצ). É o nome dado às franjas do Talit (xale de orações) que servem para lembrar os mandamentos de Adonai: “Que façam para eles tzitzit (fran- jas) sobre as bordas das suas vestes, pe- las suas gerações e porão sobre os tzitzit da borda um cordão azul celeste. E será para vós por tzitzit e vereis e lembrareis todos os mandamentos de Deus e os cumprireis e não errareis indo atrás do vosso coração e atrás dos vossos olhos,... para que vos lembreis e cumprais todos os Meus mandamentos e sejais santos para com vosso Deus.” (Números, 15:37 a 39 e 5:38- 41). O valor numérico das letras em hebraico, da palavra tsitsit, acrescentando os oito fios e cinco nós de uma franja, somam 613, representando o número total dos mandamentos e preceitos da Toráh (Pentateuco) sendo 248 preceitos positivos: “assim farás”; e 365 (como os 365 dias do ano) proibitivos: “não farás”. Isso inclui todas as Leis, mandamentos, preceitos, concertos, alianças, pac- tos, estatutos, juízos e testemunhos. Há um talit denominado “talit katan” (talit pequeno) co- nhecido também pelo nome de “tzitzit”, que é utilizado durante o dia inteiro por baixo da roupa no qual se está vestido, a fim de cumprir esse mandamento durante todo o dia. Talit Gadol figura a “tenda de Adonai, o abrigo Do Eterno” é usado pelos homens no momento da oração na sinagoga e em casa, no momento da oração do Shacharit (primeiras orações fei- tas pela manhã). O talit envolve a quem está orando e o isola do mundo a sua volta aumenta sua concentração durante a oração. Sob o talit se cria um ambiente de igualdade entre os que estão orando, tendo então concordância com uma cobertura homogênea, a tenda de Adonai. “Franjas farás para ti e as porás nos quatro cantos de tua 241 Sarah Elzeny Zayit vestimenta com que te cobrires”. (Deuteronômio 22:12) O talit é usado a partir da idade de treze anos, quando o menino faz o Bar Mitzva ele passa a usá-lo, como uma cobertura na hora das orações, Disse Rabi Shimon bar Yochai: “Quando o homem levan- ta de manhã e coloca os tefilin e tzitzit, a Shechináh (a gloria da presença de Adonai) paira sobre ele e proclama: ‘Tu és Meu servo, Israel, através do qual Serei Glorificado. ’” Yeshuah (Jesus que era judeu e Rabino) usava esse xale Ta- lit Gadol, e as pessoas tocavam nas franjas desse xale para serem curadas, como o caso da mulher, que por doze anos sofria de he- morragia e foi curada ao tocar nessa franja (Mateus 9:20, Marcos 5:27), a noticia se espalhou e a multidão O cercava e lhe pedia que deixassem que os enfermos lhe tocassem as franjas do Talit, porque todos que a tocavam saravam.(Marcos 6:56). O talit, é como uma farda do Exército de Adonai e nos faz lembrar que somos povo santo e como tal, devemos procurar vi- ver em santidade. O exército de cada soberano traja-se com seu uniforme distinto; é o símbolo da lealdade que o soldado deve a seu rei. O povo de Israel também possui suas insígnias espe- ciais que o identificam como pertencentes ao Exercito de Adonai. Conforme o Pacto de Adonai com Seu povo. “Ser-me-eis santos; porque Eu O Senhor, Sou Santo”. (Levítico 20:24). Significa a Tenda Do Eterno. Estando debaixo do talit, só temos uma autoridade: só O Eterno é nosso Rei e Senhor. Quan- do o Talit é colocado sobre a cabeça, figura o abrigo de Adonai, então se recita o Salmo 36:8-11: “Como é preciosa Tua bondade, ó Adonai; os filhos dos homens se refugiam na sombra de Tuas asas. Eles se saciarão com a delícia de Tua Casa e Tu lhes darás de beber do rio da Tua bem-aventurança. Pois Contigo está a Fonte da Vida, na Tua Luz veremos luz. Concede Tua Bondade para Teus conhece- dores e Tua Justiça para os de coração reto”. Rabi Moshê Segal disse: 242 Israel - Cumprindo Profecias Envolvi-me com o meu talit. Naquele momento, então, senti que havia criado um domínio privado, só meu com O Eterno. Sob esse talit, o domínio era por completo de Adonai;... não estava sob o domínio de nenhum outro, a não ser o meu Pai Celestial. “Aqui eu faria o que Ele me ordenava - e não havia força na Terra que me impedisse de fazê-lo”. A TINTA AZUL CELESTE E O TECHELET. Conforme os textos citados, o azul celeste foi escolhido pelo próprio Deus (como se fosse uma espécie de vestimenta dos céus), e Do Eterno. A Arca da Aliança foi coberta com um pano dessa mesma cor (Números, 4:6): “Quando os filhos Israel olham para aquele tzitzit azul celeste, lhes parece que a Shechináh (a gloria de Adonai) paira sobre eles”. Essa tinta azul celeste só era conseguida através de uns ca- racóis de nome “Techelet” encontrados no Mar Mediterrâneo. No período da dominação romana, os governadores requisitaram to- dos os caracóis desse tipo para confeccionar tinta para suas vestes, proibindo assim os judeus de a utilizarem para o talit. Em conse- quência disso os caracóis desapareceram. Mas o que é incrível que após o restabelecimento do Estado de Israel (depois de quase dois mil anos), esses caracóis voltaram a aparecer. KIPÁH É um pequeno chapéu em forma de circunferência, utili- zado como símbolo do judaísmo, símbolo de “temor a Adonai”, cumprindo o mandamento de (Êxodo 28:39): “Farás uma mitra” e Ezequiel 44:18: “Coifas de linho estarão sobre suas cabeças”. O 243 Sarah Elzeny Zayit Talmud fala da necessidade de se ter sempre o temor a Adonai sobre nos- sas cabeças. O uso do Kipáh enfatiza a condição de servo de Adonai, é um lembrete constante da presença de Adonai, onde quer que vá. Ele nos identifica como judeus aos olhos de todos transmitindo a mensagem de que “pertencemos” a Alguém: Deus! E que não deve haver nenhum tempo na vida do judeu em que ele não esteja na presença Divina, nem qualquer parte de sua vida que esteja livre do serviço Do Eterno. TEFILIN (Em hebraico tem a mesma raiz da palavra Tefila, signifi- ca “prece”) é o nome dado a duas caixinhas de couro, cada qual preso a uma tira de couro de animal kasher, dentro das quais está contido um pergaminho com quatro textos da Torah os quais são a ordenança do uso dos filactérios: Deuteronômio 6:4-9 e 11:18: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. ...E estas pala- vras, que hoje te ordeno, ... as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. Esse mandamento é repetido três vezes na Toráh e mencionado mais de quinhentas vezes no Talmud. A tradição judaica diz que Moshê também recebeu através da Toráh oral os procedimentos de como confec- cionar o Tefilin; ensinamentos estes que teriam sido transmitidos de gera- ção em geração até serem escritos na Mishnáh e no Talmud. Os tefilin são 244 Israel - Cumprindo Profecias colocados diariamente pelas manhãs com a oração matinal ou pelo menos até o pôr-do-sol , momento em que é feita a citação do texto bíblico acima. PEIOT É o plural da palavra hebraica pe’ah, isto é “borda”. Peiot designa os cachos de ca- belos laterais característicos dos judeus orto- doxos, que cumprem a ordenança de Levítico (19:27) : “Não cortareis os cabelos no canto de tua cabeça em redondo e nem tirarás a tua barba”. MEZUZÁH (no hebraico “umbral”) é um pequeno rolo de pergaminho que contém as passagens bíblicas (Deuteronômio 6:4-9 e 11:13-21). é o cumprimento de um mandamento da Torah que ordena que seja afixado no umbral das portas “Shemah” e “Vehaia” “Escreve-as nos umbrais de tuas portas”. Os judeus costumam beijar a Mezuzáh toda a vez que se passa pela porta, para lembrar os textos que estão conti- dos ali dentro e os princípios do judaísmo que eles carregam. É no conteúdo, guardado em seu interior, que reside o verdadeiro valor da Mezuzáh, e não em seu invólucro. Para ser casher deve ser escrita à mão, sobre pergaminho, e por um sofer (escriba). 245 Sarah Elzeny Zayit MIKVE É um recipiente de água (não estagnada) no qual se é feitoum banho de purificação semanal- mente antes da leitura dos textos sagrados na sinagoga ou transcri- ção dos textos da Torah. Também a mulher judia se purifica mensal- mente após seu ciclo menstrual, e após o nascimento dos filhos. Os noivos também se purificam na mikve antes da cerimônia do ca- samento. Essa purificação é feita antes das cerimônias. É também requerido do convertido ao judaísmo. Na Mikve o judeu é sub- merso por três vezes (o que deu origem ao batismo pregado por João Batista e usado até os dias de hoje pelo cristianismo). A Mikve era usada nos tempos bíblicos, já Moises, por ordenan- ça Divina, fez com que o sacerdote Arão e seus filhos imergissem num banho de purificação antes do serviço sagrado (Levítico 8:6); O texto fala que foram imersos e não apenas da lavagem das mãos e dos pés que se fazia na pia de bronze que ficava na entrada do tabernáculo. *nota: O raciocínio espiritual judaico diz que quando os judeus foram ex- pulsos de sua Terra - quando Roma antiga irrompeu com selvageria sobre Jerusa- lém, arrasando o Templo Sagrado – O Eterno acompanhou Seu povo ao Exílio. (Paulo, formado aos pés do rabino Gamaliel repete essa visão e diz: “Vós sois o templo De Adonai; Ele habita em vós”). CASAMENTO JUDAICO No judaísmo o casamento é chamado de “santificação do casal” “Kidushim” e se crê que um homem só é completo ao casar-se porque O Eterno tirou sua costela pra fazer Eva, por- tanto lhe falta a costela ate o casamento. Também em Genesis 1:27 diz que O Eterno criou a Sua imagem “homem e mulher”, 246 Israel - Cumprindo Profecias portanto o casal é a imagem Do Criador. Bênçãos pós-núpcias, ministrada pelo Pr. Morelli a um casal brasileiro André e Andréa. Estão portando um “talit Gadol”, (xale de orações) como dossel, em Caná da Galiléia, onde Jesus realizou Seu primeiro milagre, numa festa de casamento, transformando água em vinho, onde hoje muitos cristãos fazem a confirmação das bênçãos do casamento. Ambos, noivo e noiva devem ser judeus. Eles não podem ver-se durante as 24 horas que antecedem a cerimônia, e jejuam no dia do casamento. São sub- mergidos, no míkve, que é um símbolo de purificação. A ce- rimônia judaica pode ser feita numa sinagoga ou em qualquer outro lugar, até mesmo ao ar li- vre, mas será sempre realizada pelo rabino que lhes impetra as sete bênçãos, sob um Docel “Chuppah” (uma tenda rica- mente decorada com flores), representando um lar judaico segundo os preceitos bíblicos. Os noivos costumam orar pelos convidados. 247 Sarah Elzeny Zayit KETUBAH É a certidão de casamento judaico. A noiva deve ter o rosto coberto por um véu. O noivo, ao dirigir-se a ela, deve le- vantar o véu. Diante das testemunhas que assinam a “Ketubah” documento religio- so de casamento judaico. O noivo coloca a aliança no dedo indicador direito da noiva. Compartilham da mesma taça de vinho, e no final da cerimônia o noivo quebra o copo fazendo menção de Jerusalém: “Que se cole a mi- nha língua ao palato, se eu não me lembrar sempre de ti Jerusalém e não mantiver a tua lembrança acima de minha maior alegria!” (Salmo 137:6). Todos cantam “Mazal Tov” desejando bênçãos e felicidades aos noivos. ALIMENTAÇÃO BÍBLICA “CASHER”. Todo judeu religioso come apenas o que foi determina- do por Adonai. A comida denominada “casher”, (em hebraico) e kosher (em iídiche, dialeto judaico): um produto apto, apro- priado ao consumo, isto é, que preenche todos os requisitos da dieta bíblica judaica. Cashrut é o conjunto das leis alimentares outorgadas pelo Eterno ao povo judeu através do recebimento da Toráh. Comida Casher é Saudável. A opção pelo alimento e esti- lo de vida pode nos capacitar a seguir os preceitos da Toráh de preservação da vida com saúde. O Judaísmo envolve todos os as- pectos da vida. Nossas atividades cotidianas mais comuns tornam- -se imbuídas de santidade quando seguimos a diretiva da Torah. (Provérbios 3:6). Na outorga da Toráh, O Eterno nos deu 613 pre- ceitos, entre os quais as leis concernentes à Cashrut (alimentação casher). Cada uma das mitzvot (cumprimento das Leis), faz bem 248 Israel - Cumprindo Profecias à alma, e faz bem ao corpo. A Toráh, através da cashrut, nos ensi- na como comer para que o corpo seja um receptáculo apropriado para o espírito, e não meramente um instrumento para satisfazer as necessidades físicas, como os animais. As leis do cashrut, com certeza, ajudam à saúde e o bom viver. Preceitos alimentares judaicos estão descritos na Toráh (Pentateuco). Em Levíticos 11 e Deuteronômio 14, O Eterno nos da uma lista dos animais puros que é bom para se comer e dos impuros, os quais nos são proibidos comê-los. Antes da ciência. A intenção de Deus através de Seu legado sempre foi a de assumirmos nosso compromisso firmado desde o Monte Sinai: “Nós faremos e (então) compreenderemos” ou “obedeceremos e entenderemos” Primeiro obedecer e depois en- tender. Assim por mais de três mil anos o povo judeu obedece as leis do casherut mesmo sem ter entendido o que hoje a ciência explica. A cada dia que passa, novas descobertas médicas revelam a sabedoria dos conceitos que têm sido parte de nossa herança por milhares de anos. A moderna ciência nutricional reconhece agora o que o Judaísmo sempre ensinou Nada que O Eterno proibiu foi por acaso ou só por capricho. Ele que nos criou sabe o que é bom para o homem. Por exemplo: A ingestão da carne de porco pode trazer ao organismo a Cisticercose Taenia solium (verme platielminte) É determinada pela localiza- ção da larva, chamada cisticerco, no organismo humano. No tecido subcutâneo e na musculatura, produz dores e fraqueza muscular; nos olhos acarreta cegueira e no cérebro causa epilepsia e até lou- cura. Além disso, a carne de porco é a mais próxima da carne hu- mana. Quando se ingere a carne de porco o organismo sente como se tivesse ingerido carne humana, e se ocupa de expeli-la, o que demora em media quatro dias para ser totalmente eliminada e com isso o organismo deixa de lutar contra qualquer doença ou infecção que porventura haja e essa por sua vez prolifera. O camarão e os peixes de couro (sem escamas) foram cria- 249 Sarah Elzeny Zayit dos para comer toda coisa podre e suja e assim limpar os rios e mares, para que os demais peixes sejam saudáveis e bons para se comer. O camarão se ingerido por certas pessoas alérgicas pode levar a morte. Peixes casher são aqueles que possuem barbatanas e as es- camas. As barbatanas e as escamas são barreiras à absorção de toxinas, como o mercúrio, que poderiam contaminar a carne. Os judeus não comem carne juntamente com leite, obser- vando o mandamento bíblico (Êxodo 23:19). E é provado cienti- ficamente que o leite ingerido juntamente com a carne prejudica a absorção do ferro proveniente dos alimentos, provocando anemia. Adonai proibiu se comer o sangue. A ciência comprova que vírus e bactérias são transportados pelo sangue. A forma de abate dos animais também se deve seguir algu- mas regras: eles não podem estar agitados e nem sofrer. No abate, o sangue deve ser completamente drenado, e após o abate o ani- mal é criteriosamente examinado por um rabino veterinário; são examinados órgãos vitais, a fim de verificar se há qualquer sinal de doença. Depois é lavado e salgado para que se extraia todo o sangue. Frutas, verduras e legumes fazem parte da categoria parve e não há restrições para o consumo. Entretanto, devem ser exami- nados e limpos cuidadosamente as folhas de verduras para extrair vermes e insetos, considerados impuros. Deve se lavar adequada- mente as frutas, e averiguar a existência de qualquer tipo de larva ou verme. Cada alimento proibido na bíblia tem sua razão. O Eterno determinou a comida de Seu povo porque queria que fosse saudá- vel e inteligente, de maneira que outros povos vissem que Ele era com Seu povo. A exemplo do profeta Daniel e seus companheiros que quando levados cativos para a Babilônia eles não se contami- naram com o manjar dorei, e o Tanach fala que seus semblantes eram melhores do que dos outros e que tinham inteligência mais 250 Israel - Cumprindo Profecias que todos do reino. (Daniel cap.1) Mesa é um altar. Nossos sábios ensinam que o lar de cada judeu é como um “pequeno Santuário”, um local de morada da Presença Divina; e a mesa de refeições é comparada ao altar do Templo Sagrado. O maior cuidado deveria ser tomado para que somente o que estivesse de acordo com a lei bíblica fosse oferta- do sobre o altar do Templo. Da mesma maneira, devemos cuidar para que somente o absolutamente o correto seja trazido à nossa mesa - o altar em miniatura. O profeta Zacarias (10:21) disse: “Todas as panelas de Jerusalém e de Judá serão consagradas A Adonai dos Exércitos” serão santas como as bacias diante do al- tar. “E comereis perante O Eterno e vos alegrareis” (Deuteronô- mio 12:7). Não se pode, na mesa de um judeu, conversar coisas que não são santas, porque comemos diante do Eterno para dar- -Lhe graças. “Comereis e ficareis satisfeitos e bendireis Adonai teu Deus” (Joel 2:26). A história demonstra que quando a observância de cashrut é forte, a identidade judaica permanece forte. O cashrut (assim como a língua hebraica) tem efeito de profunda ligação entre os judeus de todas as nacionalidades, reafirmando ser um só povo. A comida casher sempre contribuiu para a conservação do judaís- mo na diáspora (dispersão). A dieta casher é a dieta prescrita pelo Próprio Criador do Mundo. *NOTA: As leis alimentares não dizem respeito a perdão de pecados ou salvação. Elas constituem um manual de saúde e bom viver. Mas, obedecer sem- pre é melhor; evita muitos males. Toda desobediência é pecado e trás consequ- ências. 251 O Judeu crê na vinda Do Mashiach (Messias), Salvador e Redentor de Israel, que virá e se assentará no trono de David em Jerusalém e será Rei sobre toda terra. Estaria Israel esperando O mesmo Messias que esperam os cristãos? Todo judeu religioso ora dezenas de vezes por dia Ao Eter- no, pedindo que venha O Mashiach (Messias) e a tão sonhada era messiânica, quando Adonai exercerá Seu glorioso Reino sobre toda a terra. A cada dia se espera ansiosamente o Messias. Todo cristão evangélico e uma facção católica, também ora diariamente pedindo pelo retorno Do Messias e espera ansiosa- mente Sua vinda e a implantação do Reino de Adonai sobre toda a terra, baseados na profecia do profeta Daniel diz (7:13 e 14) “Eu estava olhando em minhas visões da noite e eis que vinha nas nu- vens dos céus , um semelhante O Filho do Homem, ... e foi lhe dado domínio, gloria, realeza e poder sobre todos os povos e nações e lín- guas pra que O servissem. E o Seu reino jamais será destruído”. Qual a diferença da crença judia e da crença cristã sobre O Messias? Os judeus esperam a primeira vinda Do Mashiach (Mes- sias). Enquanto que os cristãos acreditam que Ele já veio uma pri- meira vez como O Messias sofredor predito pelo profeta Isaias e que voltará pela segunda vez como Rei, quando será implantado A Fé Judaica no Mashiach (Messias) 252 Israel - Cumprindo Profecias o Reino de Adonai sobre toda a terra, e O Messias reinará desde Jerusalém, conforme disseram os profetas. PORQUE OS CRISTÃOS O CHAMAM DE FILHO DE DEUS? Isaias (7:14) profetizou sobre o Messias dizendo: “Eis O Eter- no vos dará um sinal: que uma virgem dará luz a um Filho e cha- mará o Seu Nome, Emanuel que quer dizer Deus conosco”. “Porque um menino nos nasceu, um Filho se Nos deu; e o principado estava sobre os seus ombros; e o Seu Nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da eternidade e Príncipe da paz..., Desse principado haverá paz e Seu reino não terá fim”.(Isaias 9:6 e 7). No livro de Provérbios (30:4) diz: “Quem subiu ao céu e des- ceu? Quem estabeleceu os limites da terra? Qual O Seu Nome e qual O Nome de Seu Filho? Diz-me se o sabes”. “ Tu És Meu Filho, hoje Te gerei”. “O Ungido Do Eterno é Seu Filho” (Salmo 2:2 a 7) “O Eterno disse a David: Levantarei Um de tua descendência e Eu lhe serei por Pai e Ele será O Meu Filho e Seu trono será firme e para sempre” (I Crônicas 17:11 a 14). Profeticamente, referindo- -se Ao Mashiach (Messias) David respondeu: “Falaste da casa de Teu servo para tempos longínquos”. (verso 17). Yeshuah é parte do Pai. Como Adonai fez com Adão, tirando uma de suas costelas fez a Eva; Isso é um exemplo do que Adonai fez Consigo Mesmo: Tirou parte de Si para que se tornasse um homem, para tabernacular com os homens; para que pudesse além de se comu- nicar e se fazer entender, também como homem, levar sobre Si os pe- cados de todos os homens (Isaias 53). O texto de João 1:1 diz que “No princípio era O Verbo e o Verbo estava em Deus porque Ele era Deus”. NOTA: Infelizmente as bíblias atuais têm um desvio de tradução desde o IV sec., para apoiar a “doutrina da trindade”, que na verdade é Triunidade, porque Deus é Um e não há três deuses. Está traduzido como: “Ele estava com Deus”, quando na verdade o texto original grego diz: Ele estava EM DEUS porque Ele era Deus!”. Texto grego: “Ἐν ἀρχῇ ἦν ὁ λόγος, καὶ ὁ λόγος ἦν πρὸς τὸν θεόν, καὶ θεὸς ἦν ὁ λόγος. Οὗτος ἦν ἐν ἀρχῇ πρὸς τὸν θεόν“. A preposição “πρὸς” no texto quer dizer “EM”. Adonai é Um, “Adonai Echad”. 253 Sarah Elzeny Zayit Os pergaminhos de Qumran confirmam. Os pergaminhos de Isaias encontrado em 1947 em Qumran, próximo ao Mar Mor- to, que foram escritos há mais de dois mil anos, confirmam o tex - to hebraico que temos hoje que diz no primeiro capitulo, verso quatro de Isaias: “Condenaram O Santo de Israel” “נאצו את-קדוש ?Que Santo de Israel foi condenado .”ישראל O Brit Chadashah diz: “Mas, vindo Yeshuah o Sumo Sacerdote dos bens futuros da ordem de “Melquisedeque” (“Melech Tazdik” = “Rei Justo”), por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não des- ta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção” (Hebreus 9:11 e 12). “Assim também Yeshuah, oferecendo- -se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação”.(Versículo 28). O profeta Daniel disse (9:24 a 26) que O Messias viria antes da destruição do segundo Templo, depois seria tirado e o sacrifí- cio cessaria. Na oração Amidah, que todo judeu ora diariamente diz: “Quem é como Tu oh Eterno, de poderosos atos? Ou quem pode ser comparado a Ti Oh Rei, que tiras a vida e fazes reviver e flo- rescer a Yeshuah?” Para Abel, filho de Adão, Deus proveu expiação pelo san- gue de um animal. Na Pessach (Páscoa) vemos Adonai provendo salvação pelo sangue para toda a nação. E O Messias sofredor de Isaias, veio trazer expiação para todo o mundo. O SANGUE PARA REMISSÃO “Sem derramamento de sangue não há remissão”. (Heb 9:22). No livro de Gênesis está escrito que Deus instituiu um plano de redenção pelo sangue. Quando Adão e Eva pecaram, Adonai ma- tou um animal para cobri-los da nudez, da vergonha de seus pe- cados (Genesis 3:21). E Adonai institui o sacrifício para perdão: “E Abel trouxe os primogênitos de suas ovelhas para oferecer Ao 254 Israel - Cumprindo Profecias Senhor”, (Gênesis 4:4). Ve- mos o sangue como expia- ção pelos pecados em todo o Antigo Testamento; du- rante a celebração da Pás- coa, na saída do Povo de Israel do Egito, haviam mi- lhares de cordeiros sacrifi- cados por todos os lados, e o sangue deles passado no umbral da porta de cada casa de todo hebreu no Egito. Aquele sangue livrou da morte os primogênitos hebreus. Em Êxodo (30:10), Adonai fez concerto com Seu povo atra- vés do sangue “... portanto é o sangue que fará expiação pela alma”. (Levítico 17:11). O animal oferecido em sacrifício em lugar das pessoas, representando-as. “Sem derramamento de sangue não há remissão de pecados”. (Hebreus 9:22). Deus nos amou tanto, e por Sua misericórdia providenciou para nós O substituto levaria sobre Si, “suportaria” o juízo que pertenciaa nós como pecadores; um meio pelo qual a sua justiça seria satisfeita plenamente, e não seria executada em nós. Desde a destruição do templo não ha mais sacrifícios de cordeiros. O sacrifício cessou. Como podemos ser perdoados hoje? Adonai proveu o sangue da expiação para hoje, por meio de um único sacrifício perfeito e completo. O “MESSIAS SOFREDOR” ENTREGANDO-SE NUM ETERNO SACRIFÍCIO. O profeta Isaias disse que Ele viria como Messias sofredor (Isaias 53:1 a 12) “Mas Ele foi transpassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo (a nossa punição) que nos traz 255 Sarah Elzeny Zayit a paz estava sobre Ele e pelas Suas pisaduras fomos sarados. Todos nos andávamos desgarrados como ovelha, cada um se desviava pelo seu caminho, mas O SENHOR fez cair sobre Ele (o Messias sofre- dor) a iniquidade de nos todos”. Ele levou nossa iniquidade; foi o meu substituto “Temurati. “Como Cordeiro foi levado ao matadouro”.Minha expiação “Caparati” “Foi cortado da terra dos viventes (morto) pela transgressão do Seu povo”. Minha permuta “Chalifati” “E puseram a sua sepultura com os ímpios e com o rico na Sua morte... O Senhor agradou moê-lo pondo Sua alma por expia- ção do pecado... portanto derramou Sua alma na morte (morreu), e foi contado com os transgressores; mas Ele levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercede”. “O Meu Servo O Jus- to, justificará a muitos porque a iniquidade deles levará sobre Si” (Isaias 53:11) “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus”.(II Coríntios 5:21) “Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados No Mashiach”.(I Coríntios 15:21-22). É magnífico saber que Adonai, através do sacrifício de Seu Filho, O “Messias Sofredor”, não apenas nos perdoa, mas apaga nossos pecados. Lembro-me de um grande amigo nosso, Gilson Breder que sempre diz: “No computador de Deus existe a tecla “Delet”. De- pois de tocar essa tecla, nunca mais se encontra o que foi excluído por ela. Nós nos lembramos de nossos erros e nos acusamos, mas O Eterno os apaga. E quando vamos a Ele dizendo: “Pai, pequei outra vez, Ele diz:” não filho, em meus arquivos não consta peca- do anterior”. Não aceite nenhuma acusação do diabo, pois ele é inimigo vencido pelo sangue Do Cordeiro. “O Sangue de Yeshuah 256 Israel - Cumprindo Profecias HaMasahiach nos purifica de todo pecado” (I João 1:7). O profeta Zacarias profetizou sobre O Messias (Mashiach): “E sobre a casa de David e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de suplicas; e olharão para Mim, a quem a transpassaram; e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por Ele, como se chora amarga- mente pelo primogênito...(13:9) e invocarão O Meu Nome e Eu ou- virei e direi: É Meu povo e dirão: O Senhor é meu Deus...(14:9) E O Senhor será Rei sobre toda a terra. Naquele dia, Um será O Senhor e Um será O Seu Nome”. “Olharão para Mim a quem transpassa- ram”. (Zacarias 12:1-10) .Quem é O Senhor que foi transpassado? E em Isaias (52:6 a 8) fala de Seu retorno como Rei sobre toda a terra: “Naquele dia, o Meu povo saberá O Meu Nome... Quão suaves são os pés sobre os montes, daqueles que anunciam e faz ouvir a salvação e dizem a Sião O teu Deus Reina. Eis a voz dos atalaias! Eles alçam sua voz juntamente exultam porque olho a olho verão, quando O SENHOR voltar a Sião” (volta quem já esteve). O profeta Oséias (6:2 e 5:15) diz: “Irei e voltarei. Depois de dois dias nos dará a vida e ao terceiro nos ressuscitará” Ele ressus- citou ao 3º.dia. Interpretação do texto de Isaías 53, por grandes Rabinos. “O Rabino Moses Alschech (1508-1600): “Nossos sábios Ra- binos com uma só voz aceitam e afirmam em comum opinião que o profeta discursa sobre o Messias, e nós devemos aderir ao mesmo ponto de vista”. Abravanel (1437-1508): “Esta é também a opinião de nossos próprios homens instruídos na maioria de seus “Midrashim.”” (dis- cursos rabínicos) Rabino Yafet Ben Ali (segunda metade do 10º. século): “Quanto a mim, eu vou considerá-lo como aludindo ao Messias”. Abraham Farissol (1451 – 1526): “Neste capítulo parece ha- ver umas semelhanças e umas alusões consideráveis ao ministério 257 Sarah Elzeny Zayit do Messias “cristão” e aos eventos que são aplicados para ter aconte- cido com ele, de modo que nenhuma outra profecia deva ser encon- trada ou aplicada tão bem e o assunto de que pode assim imediata- mente lhe ser conferido”. Targum Yonathan (4º. século) “dá a introdução em Isaias. 52:13: “Eis, meu servo o Messias…” Gersonides (1288-1344) em Deuteronômio. 18:18: “De fato o Messias é tal profeta, pois se indica no Midrash no verso, “Eis, meu Servo…” (Isaias. 52:13).” Midrash Tanchuma: “Foi exaltado acima de Abraham, exal- tado acima de Moshe, e ainda mais exaltado do que os Arcanjos” (Isaias. 52: 13). Yalkut Schimeon (atribuído ao Rabbi Simeon Kara, ao 12o século): “(O rei Messias) é maior que os patriarcas, porque é dito, “Eis que o meu servo procederá com prudência; será exaltado, e elevado, e mui sublime.(Isaias 52:13).” Maimônides (1135-12O4) escreveu ao Rabbi Jacob Alfajumi: “Do mesmo modo está em Isaías que (O Messias) apareceria sem re- conhecer um pai ou uma mãe”: Pois foi crescendo como renovo pe- rante ele, e como raiz que sai duma terra seca;... (Isaias.53: 2).” Tanchuma: O Rabino Nachman: “A Palavra HOMEM na passagem, um homem que seja cabeça da casa de seu pai”. (Num.1, 4), alude ao Messias, o filho de David, porque está escrito, “Eis o homem cujo nome é Tzemach (renovo)”. Onde no Targun Yonathan interpreta: “Eis o homem o Mes- sias” (Zacarias. 6:12); e assim é dito: homem de dores, e experimen- tado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum (“Isaias”.53: 3).” Talmud Sanhedrin (98b): “Messias… qual é seu nome? Os Rabinos dizem, “leproso”; aquele da casa de estudo. (Rabino Yehu- da Hanassi,o autor do Mishná, 135-200): seus alunos disseram o nome do Messias é “Cholacha” (o enfermo), porque diz; “certamente 258 Israel - Cumprindo Profecias carregou nossas enfermidades...” (Isa.53,4).” Pesiqta Rabbati (ca.845) sobre Isaias 61:10: “O mundo dos Patriarcas”, um dia no mês de Nisan, levantarão e dirão (ao Mes- sias): ‘Efraim, nosso Justo Ungido, embora nós sejamos seus avós, contudo você é maior do que nós, porque você carregou os pecados de nossos filhos, porque diz: ‘Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e carregou com as nossas dores; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido’ ‘Mas ele foi fe- rido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados’ (Isa.53, 4-5)”. Rabino Shmeon Ben Yochai . (2° Século, Zohar. parte II pági- na 212a e III página 218a, Amsterdã Ed.): “Há no jardim do Éden um palácio chamado: ‘O palácio dos filhos da enfermidade, esse é o palácio que o Messias entra, e chama sobre si cada doença, cada dor, e cada castigo de Israel: então todos vêm e caem sobre Ele”. E assim tirou o peso de Israel, e os levou sobre si mesmo. Não havia nenhum homem capaz de carregar a punição de Israel por causa da transgressão da lei; este é Aquele de quem está escrito, Verdadeiramente ele tomou sobre si (Isaias 53:4). - Enquanto lhe dizem (o Messias) da miséria de Israel em seu cativeiro, e daqueles infiéis entre eles que não atenderam em conhecer seu Senhor, Ele (o Senhor deles o Messias) levanta sua voz e chora pelas iniquidades e infidelidades deles; e assim escreve-se, “ele foi ferido por causa de nossas transgressões” (Isaias 53,5). Midrash (em Ruth 2.14): “É discurso do rei Messias – ‘venha em direção’, isto é próximo ao trono; “coma do pão”, istoé o pão do Reino”. ‘Isto alude a (pão da) aflição, enquanto é dito, “mas foi ferido por causa de nossas transgressões, afligido por causa nossos iniquidades” (Isaias 53:5). Disse o Rabino Elias de Vidas (Século 16): “O significado de ‘foi ferido por causa de nossas transgressões, afligido por causa de 259 Sarah Elzeny Zayit nossas iniquidades’ é, desde que o Messias carrega nossas iniquida- des que produzem suas aflições, consequentemente aqueles que não admitem que o Messias sofra por nossas iniquidades, então devem eles mesmos sofrer pelas deles.” Siphre: O Rabino Jose Galileu disse: ”Vem aprender os mé- ritos do Rei Messias e a recompensa do justo - Considere quantas mortes levou sobre si, de sua própria geração, e sobre daquelas que os seguiram, até o fim de todas as gerações. Qual atributo é maior, o atributo da bondade, ou o atributo da vingança? ‘- Respondeu, ‘o atributo da bondade é maior, e o atributo da vingança é menor - quanto mais então, o Rei Messias, que resiste as aflições e as do- res por causa de nossas transgressões (pois se escreve, ‘foi ferido...), justifica todas as gerações. Este é o significado da palavra, mas o Adonai fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. (Isaias 53:6). “ O Rabino Eleazer Kalir (Século 9) escreveu a seguinte oração de Musaf (do sidur): “Nosso Messias o justo partiu de nós. O Horror apreendeu-nos e nós não temos ninguém para justificar-nos. Carregou nossas transgressões e a culpa de nossas iniquida- des, e foi ferido por causa de nossas transgressões. Suportou nossos pecados em cima de seus ombros para que nós possamos encontrar o perdão para nossas iniquidades. “Nós seremos curados por suas feridas, quando o ETERNO o recriar em uma nova criatura,e tra- zê-lo ao círculo da terra, levantá-lo de Seir, para que nós possamos o ouvir pela segunda vez”. (Musaf - sãos as orações de acréscimos no sidur, o livro de orações e louvores judaicos usados nas sinagogas.) (Seir - se refere ao lugar para onde Esaú foi. (Esaú é chamado também de Edom) na literatura Talmúdica alude ao cristianismo). Rabino Moshé, “o Pregador” (século 11) escreveu em seu co- mentário sobre Genesis (página 660): “No princípio Deus fez uma aliança com o Messias e disse ao Messias: ‘meu Messias o Justo, aqueles que confiarem em você, seus pecados trarão sobre você um 260 Israel - Cumprindo Profecias fardo muito pesado pra você suportar, e Ele (o messias) respondeu: ‘eu aceito contente todas estas agonias em ordem que nenhum só de Israel seja perdido. ‘Imediatamente, o Messias aceitou todas as agonias com amor, como se escreve: ‘foi oprimido e aflito’”. Pesiqta (sobre Isaias.61:10): “Grandes opressões foram co- locadas em cima de você, como diz: Pela opressão e pelo juízo foi levado e quem dentre os da sua geração considerou que ele fora cortado da terra dos viventes, ferido por causa da transgressão do seu povo? (Isaias 53: 8 ), como ele diz: mas Adonai fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós.’(Isaias 53: 6)”. Hinei Tzemach Shmô Eis que se chamará Renovo Zechariah 6:11-12 Talmud Brachot Cap. 2 Halachá 4 No Midrash Mishlei, o Rabino Huna fala dos “sete” nomes do Messias, tirado também de Isaias 9:5-7 Midrash Mishlei:”Rabino Huna disse: “O Messias é chama- do por sete nomes e eles são Yinnon, Tzadikeinu [‘nossa justiça’], tzemach [‘rebento’], Menachem [‘Consolador’], filho de David, Shi- loh (enviado)”. Elijah.’”3 . “O Messias é chamado por oito nomes tam- bem: Yinon, Tzemach, Pele [‘Maravilhoso’], Yo’etz [‘Conselheiro -advogado’],Mashiach [‘Ungido’], El [‘D-us’], Gibbor [‘Forte’],e Avi ’Ad Shalom [‘Pai da Eternidade’].” Midrash Mishle (“Midrash sobre Provérbios”) ed. Solomon Buber (Vilna: 1893) “Preciso lhes dizer que a verdadeira e perfeita Redenção depende inteiramente de nós; pois se nós, judeus, voltar- mos a D’us com um sincero arrependimento, seremos imediatamen- te redimidos pelo nosso justo Mashiach (Messias)”. Rabi Menachem Mendel Schne” *(http://torahlagoym.forumais.com/midrashim-estudos-f3/) 261 Sarah Elzeny Zayit YESHUAH NO TALMUD E NO MIDRASH “O Talmude cita repetidas vezes Isaías 53 como fazendo refe- rencia ao Mashiach e comenta como se daria o seu aparecimento na terra de Israel.(‘Sanhedrin’ 97b, Yalkut volume II P. 53.o C e tam- bém Shemoth R, 15-19.). O Talmude de Jerusalém que é datado um pouco mais de qua- renta anos antes da destruição do Templo (que foi em 70 dC), relata que o Mashiach será perfurado, fato este ocorrido nos anos 30 a 32 d.C. (Talmude de Jerusalém, ‘Sanhedrin’ Volume 24, e Talmude da Babilônia, ‘Sanhedrin’ capítulo 4 Fascículo 37). O Talmude (Yalkut Volume II p. 79d e tambem Nazir 32b) afirma que o Mashiach seria morto antes da destruição do Templo que aconteceu em 70 dC, segundo a profecia de Daniel (9:24-27). O Servo sofredor de Isaias. O Filho de Deus seria crucifica- do. Salmo 2 diz: “Tu és meu Filho...” . No Midrash diz: “Quando conectamos o Salmo 110 com II Samuel 16:1 e Isaías 53, diz: “Se eu encontrar o Filho do Rei, vou crucificá-lo com uma morte cruel”. (p. 5a da Edição de Varsóvia; e Yalkut (SP) Volume II p. 90a.). O Talmude realmente diz que o Mashiach seria crucificado “Litzlov Oto”, “é exatamente o que diz, ‘crucificarei’”. E Zacarias (12.10): “Derramarei o espírito de graça e de súplicas; olharão para Mim a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito”. O Midrash diz que O Mashiach já veio. O Midrash sobre o texto de Jeremias (31:8), o mesmo que Isaías 53. “Todos os limites de tempo no que se refere a chegada do Mashiach são passados”. – (‘Sanhedrin’ 96-99). O Talmude afirma claramente que o Mashiach já tinha che- gado. Midrash Bresheit, sobre Genesis (Rabbah, p. 24b da Edição de Varsóvia). “Seu próprio sistema diz que o Mashiach teve que vir em 33 dC.” Um novo pacto. Midrash sobre Salmo 7, (p. 5a edição da Var- 262 Israel - Cumprindo Profecias sóvia), diz: “Deus vai falar através do Mashiach para fazer um novo pacto”. *(Extraido de: http://www.comunidadedeisrael.com.br/estu- dos.html) A pedra rejeitada. No Talmude existe a afirmação de que a pedra cortada sem mãos, em Daniel (2:44,-45) é o Mashiach. “Então ele vos será por santuário; mas servirá de pedra de tropeço, e rocha de escândalo, às duas casas de Israel; por armadilha e laço aos moradores de Jerusalém.”. (Isaias 8:14). “A pedra [Yeshuah] que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina.” ( Salmos 118:21-22). Hillel Rabbah e Rambam Moshe Maimonides, um dos maiores rabinos, confirmou a aparição de Yeshuah o Mashiach em 30 dC. DOCUMENTOS, EXTRA BÍBLICO, ESCRITOS POR AUTORIDADES DA ÉPOCA DE YESHUAH (JESUS) SO- BRE A PESSOA DELE. • Flavio Josefo, grande e mui conhecido historiador judeu do primeiro século, escreveu em “Antiguidades dos Judeus”: “Agora havia nesse tempo Yeshuah (Jesus), um homem sábio, se for legal chamá-lo um homem; porque ele era um feitor de obras maravilhosas, mestre de tais homens que recebem a verdade com prazer. Ele atraiu para si ambos, muitos judeus e muitos gentios. Ele era o Messias. E quando Pilatos, à sugestão dos principais homens entre nós, o tinha condenado à cruz, esses que o amaram primeira- mente não o abandonaram; pois ele lhes apareceu vivo novamente no terceiro dia, como os profetas divinos tinham predito estas e dez mil outras coisas maravilhosas relativas a Ele. E a tribo de cristãos, assim denominada, não está extinta neste dia”. * (“Antiguidades dos Judeus”. Flavio Josefo -livro 18º,. capitulo 4:772). 263 Sarah Elzeny Zayit Entre várias personalidades da Roma antiga estão Públius Lêntulllus, Pôncio Pilatos e Cornélio Tácito que deixaram escri- tos sobre a presença De Yeshuah na Galiléia. O historiador Titus Livius viveu no tempo de Lêntullus e de Pilatos e deixou registros sobre seus atos. • A Epístola de Publius Lentullus (Públio Lêntulo) ao Senado. Esta descrição foi retirada de um manuscrito da biblioteca de Lord Kelly, anteriormente copiadade uma carta original de Públio Lêntulo em Roma. Era costume dos governadores roma- nos relatar ao Senado e ao povo coisas que ocorriam em suas res- pectivas províncias no tempo do imperador Tibério César. Públio Lêntulo, que governou a Judéia antes de Pôncio Pilatos, escre- veu a seguinte epístola ao Senado relativo ao Nazareno chamado Yeshuah (Jesus), no princípio das pregações: “Apareceu nestes nossos dias um homem, da nação Judia, de grande virtude, chamado Yeshuah, que ainda vive entre nós, que pelos gentios é aceito como um profeta de verdade, mas os seus próprios discípulos chamam-lhe o Filho de Deus - Ele ressuscita o morto e cura toda a sorte de doenças. Um homem de estatura um pouco alta, e gracioso, com semblante muito reverente, e os que o vêem podem amá-lo e temê-lo; seu cabelo é castanho, cheio, liso até as orelhas, ondulado até os ombros onde é mais claro. No meio da cabeça os cabelos são divididos, conforme o costume dos Nazarenos. A testa é lisa e delicada; a face sem manchas ou rugas, e avermelha- da; o nariz e a boca não podem ser repreendidos; a barba é espessa, da cor dos cabelos, não muito longa, mas bifurcada; a aparência é inocente e madura; seus olhos são acinzentados, claros, e espertos - reprovando a hipocrisia, ele é terrível; admoestando, é cortês e justo; conversando é agradável, com seriedade. Não se pode lembrar de alguém tê-lo visto rir, mas muitos o viram lamentar. A proporção do corpo é mais que excelente; suas mãos e braços são delicados ao ver. Falando, é muito temperado, modesto, e sábio. Um homem, 264 Israel - Cumprindo Profecias pela sua beleza singular, ultrapassa os filhos dos homens”. *(http://www.ihaystack.com e http://www.dominiopublico.gov.br.) • A carta de Pontius Pilate (Pôncio Pilatos) para Tiberius César (Tibério César) Esse é um reimpresso de uma carta de Pôncio Pilatos para Tibério César que descreve a aparência física de Yeshuah. (As cópias estão na Biblioteca Congressional em Washington. É bem provável que tenha sido escrita nos dias que antecederam a crucificação). Para Tibério César: “Um jovem homem apareceu na Galiléia que prega com humilde unção, uma nova lei no nome do Deus que o teria enviado. No princípio estava temendo que seu desígnio fosse incitar as pessoas contra os romanos, mas meus temores foram logo dispersados. Yeshuah de Nazaré falava mais como um amigo dos ro- manos do que dos judeus. Um dia observava no meio de um grupo um homem jovem que estava encostado numa árvore, para onde cal- mamente se dirigia a multidão. Falaram-me que era Yeshuah. Este eu pude facilmente ter identificado tão grande era a diferença entre ele e os que estavam lhe escutando. Os seus cabelos e barba de cor dourada davam a sua aparência um aspecto celestial. Ele aparentava aproxima- damente 30 anos de idade. Nunca havia visto um semblante mais doce ou mais sereno. Que contraste entre ele e seus portadores com as barbas pretas e cútis morenas! Pouco disposto a lhe interromper com a minha presença, continuei meu passeio mas fiz sinal ao meu secretário para se juntar ao grupo e escutar. Depois, meu secretário informou nunca ter visto nos trabalhos de todos os filósofos qualquer coisa comparada aos ensinos de Yeshuah. Ele me contou que Yeshuah não era nem sedicioso nem rebelde, assim nós lhe estendemos a nossa proteção. Ele era livre para agir, falar, ajuntar e enviar as pessoas. Essa liberdade ilimitada irritou os judeus, não o pobre mas o rico e poderoso. Depois, escrevi a Yeshuah lhe pedindo uma entrevista no Pre- torium. Ele veio. Quando o Nazareno apareceu, eu estava em meu passeio matutino e ao deparar com ele meus pés pareciam estar pre- 265 Sarah Elzeny Zayit sos por uma mão de ferro no pavimento de mármore e tremi em cada membro como um réu culpado, entretanto ele estava tranqui- lo. Durante algum tempo permaneci admirando este homem extra- ordinário. Não havia nada nele que fosse rejeitável, nem no seu caráter, contudo eu sentia temor na sua presença. Eu lhe falei que havia uma simplicidade magnética sobre si e que a sua personali- dade o elevava bem acima dos filósofos e professores dos seus dias. Agora, ó nobre soberano, estes são os fatos relativos a Yeshuah de Nazaré e eu levei tempo para lhe escrever em detalhes estes as- suntos. Eu digo que tal homem que podia converter água em vi- nho, transformar morte em vida, doença em saúde; tranquilizar os mares tempestuosos, não é culpado de qualquer ofensa criminal e como outros têm dito, nós temos que concordar - verdadeiramente este é o Filho de Deus. Seu criado mais obediente, Pôncio Pilatos”. *(http://www.ihaystack.com e http://www.dominiopublico.gov.br.) • O Volume Archko” Outra descrição de Yeshuah foi encontrada em “O Volume Archko” que contém documentos de tribunais oficiais dos dias de Yeshuah . Esta informação confirma que Ele veio de segmentos raciais que tiveram olhos azuis (acinzentados) e cabelos dourados (castanhos claros). No capítulo intitulado “A Entrevista de Gama- liel” está declarado relativo ao aparecimento de Yeshuah: “Eu lhe pedi que descrevesse essa pessoa para mim, de forma que pudesse reconhecê-lo caso o encontrasse. Ele disse: ‘Se você o en- contrar [Yeshuah] você o reconhecerá. Enquanto ele for nada mais que um homem, há algo sobre ele que o distingue de qualquer outro homem. Ele é a ”cara da sua mãe”, só não tem a face lisa e redonda. O seu cabelo é um pouco mais dourado que o seu, entretanto é mais queimado de sol do que qualquer outra coisa. Ele é alto, e os ombros são um pouco inclinados; o semblante é magro e de uma aparência morena, por causa da exposição ao sol. Os olhos são grandes e suave- mente azuis, e bastante lerdos e concentrados...’. Este judeu [Nazare- 266 Israel - Cumprindo Profecias no] está convencido ser o messias do mundo. [...] esta é a mesma pes- soa que nasceu da virgem em Belém há uns vinte e seis anos atrás...” * (O Volume de Archko, traduzido pelos Drs. McIntosh e Twyman do An- tiquário Lodge, em Genoa, Itália, a partir dos manuscritos em Constantinopla e dos registros do Sumário do Senado levado do Vaticano em Roma (1896) 92-93). *(http://www.ihaystack.com e http://www.dominiopublico.gov.br.) • Cornélio Tácito. Foi um historiador romano que viveu en- tre aproximadamente 56 e 120 DC. Christus: Anais 15.44.2-8 “Nero fixou a culpa, e infligiu as torturas mais primorosas em uma classe odiada para as suas abominações, chamados pela plebe de cristãos. Cristo, de quem o nome teve sua origem, sofreu a máxima penalidade durante o reinado de Tibério às mãos de um de nossos procuradores, Pôncio Pilatos, e uma superstição mais danosa, assim conferidas para o momento, novamente falida não só na Judéia, a primeira fonte do mal, mas até mesmo em Roma” *(http://www.ihaystack.com e http://www.dominiopublico.gov.br.) A FÉ CRISTÃ NO MASHIACH Os cristãos acreditam que Yeshuah já veio como Messias Sofredor, (Isaias 53) e voltará como Rei Vencedor e sentará no trono de David. E “olho a olho verão quando o Senhor voltar a Sião” (Isaias 52:8). Em João 20:7 - diz que quando Yeshuah res- suscitou, aquele lenço que foi colocado sobre a face Dele, não foi apenas deixado de lado com os lençóis no túmulo, mas foi cuida- dosamente enrolado e colocado em um lugar a parte. Na tradição Hebraica daquela época, o lenço dobrado tinha um significado: A mesa de refeição era colocada para o Amo. Se o Amo tivesse terminado a refeição, ele se levantaria, limparia seus de- dos, sua boca e limparia sua barba e deixaria seu lenço de qualquer maneira amassado sobre a mesa, pois o lenço amassado queria dizer: “Eu terminei”. Todavia, se o Amo se levantasse e deixasse o lenço dobrado ou enrolado ao lado do prato, queria dizer: “Eu voltarei!” 267 Sarah Elzeny Zayit RECENTE REVELAÇÃO SOBRE O NOME DO MASHIACH (MESSIAS) O Rebe de Lubavitch, Menachem Mendel Schneerson, funda- dor do movimento Beit Chabad, famoso em todo o mundo, Profe- tizou sobre situações mundiais; as quemais repercutiram foram a abertura da Cortina de Ferro, com a emigração maciça de judeus soviéticos para Israel, ao alertar o governo israelense para a cons- trução de casas e condições de emprego para estes judeus. E isto aconteceu numa época em que tal possibilidade era impensável. Outra previsão fantástica: durante a Guerra do Golfo, em 1991, o Rebe foi o único a dizer que aquela guerra não atingiria o povo judeu, declarando que as máscaras de gás não seriam neces- sárias. Ele declarava isso enfaticamente mesmo durante o contínuo bombardeio de scuds sobre Israel, ele afirmava: “Israel é o lugar mais seguro do mundo.” Também profetizou a fantástica vitória dada por Adonai a Israel na guerra dos seis dias. Ele disse: “Israel não está em grande perigo. Está no limiar de uma grande vitória. Com a ajuda do Todo Poderoso, este mês será uma época de grandes milagres para a nação judaica”. Conscientizou sobre a iminente vinda do Mashiach (Messias) e da importância de “recepcioná-lo” apropriadamente, principalmente através de um estudo intensivo dos assuntos relativos à era messiânica, contidos na Torá, Talmud, e outras fontes judaicas, como no código de leis de Maimônides. Profetizou que O Rabino Ytzchak Kaduri, seu amigo e com- panheiro, não morreria sem ter se encontrado com O Mashiach (messias) de Israel. O Rabino Ytzchak Kaduri, famoso Tzadik (Justo) considerado por todo o mundo judaico, como um dos maiores sábios da Torah e do Talmude de nossa época, numa entrevista exclusiva ao noticiário israelense NFC (News First Class) no princípio de novembro de 2005, disse que após anos de estudo dos textos sagrados, em jejum e oração, buscando saber sobre a natureza, função e caráter do Messias, ele havia se encontrado com o Mashiach Ben David (Messias filho de 268 Israel - Cumprindo Profecias David), cumprindo assim a profecia do Rebe de Lubavitch, Kaduri declarou que tinha tido um “encontro cara a cara” com o Messias, e que este lhe havia dito que viria logo e lhe revelou Seu Nome. Kaduri, o rabino cabalista mais antigo de Israel, faleceu em 28/1/2006 aos 105 anos de idade. Cerca de 300 mil pessoas foram ao seu funeral. Quando estava próximo de sua morte, Kaduri deixou por escrito uma nota que revelava O Nome do Mashiach (Messias) e que (a seu pedido) esta só foi aberta um ano após sua morte. Kaduri disse que muitos já conheciam O Nome do Messias, mas não acreditavam Nele. Em fevereiro de 2007, após um ano de sua morte, foi revelado o conteúdo do tão esperado bilhete. Esse bilhete diz: “Ele levantará Seu povo e confirmará que Sua Palavra e Sua Lei prevalecem”. Reishei-Tivot é o termo que os judeus cabalistas utilizam para declarar o nome de alguém de maneira “codificada” e consiste em tomar a primeira letra de cada palavra em uma oração. Neste caso o rabino Kaduri usou a frase acima, que em língua hebraica forma a palavra “Yeshuah”. Isso de- clarava que O Nome Do Messias é Yeshuah. Esse Rabino além de sua invejável sabedoria a respeito dos textos sagrados, ele também foi conhecido por vários milagres que aconteceram por suas orações e por suas profecias que se cumpriram. Dentre elas ele profetizou sobre o Tsunami em 2005, e sobre a luta (em 2007) entre o Hamas e o Fatah (a qual se cumpriu um ano após a sua morte). *(www.kaduri.net) Por tudo isso entendemos que, tanto judeus como cristãos esperam o mesmo Mashiach (Messias)! *Nota: O nome Dele é Yeshuah. “ישוע” Lembrando-nos de que Ele é judeu hebreu e Seu Nome é hebreu. Jesus é apenas uma tradução em português de Seu verdadeiro Nome. 269 O termo “sionismo” que vem da palavra “Sion” “Sião”, foi usado pela primeira vez, pelo escritor judeu Nathan Birnbaum em uma revista hebraica, em 1890. Sionismo (Tsiyonut) é um mo- vimento que defende o direito da existência do Estado nacional judaico independente e soberano, no território do antigo reino de Israel: Eretz Israel (terra de Israel). Defende a manutenção da identidade judaica e o retorno de todos os judeus a Israel. Sionismo é tudo que envolve o retorno do povo judeu a Sião cumprindo o propósito Divino. O Profeta Oséias (3:4-5) escreveu que os filhos de Israel estariam muito tempo sem rei, sem sacrifí- cio, mas que no fim dos dias eles voltariam e temeriam O Eterno. Sionismo faz parte do plano divino no final dos tempos. É o cumprimento das profecias e o desfecho de toda a história da salvação. Adonai é quem move o sionismo, pois Seu grande pro- pósito é muito claro em relação a terra e ao povo: “Assim diz o Senhor Deus, que congrega os dispersos de Israel: Ainda con- gregarei outros aos que já se acham reunidos” (Isaias 56.8). Isso significa que os judeus que ainda se encontram espalhados pelos países do mundo voltarão a seu lar, Israel. Por crer firmemente nas promessas de Adonai, nas profe- cias bíblicas, é que a saudade por Sião é imensa, e o anelo por Sionismo 270 Israel - Cumprindo Profecias ela. No início de cada novo dia, todo judeu ora a Deus e pede misericórdia para com Jerusalém, Sião, a morada de Sua glória, e, que todos os judeus possam voltar para sua terra. O Próprio Deus coloca no coração de Seu povo essa paixão por Jerusalém, por Sião, uma saudade profunda e um anseio pelo Eterno, pelo Messias e pela salvação de Israel. O cristão deve ser sionista. A Bíblia diz: “Tzion (Sião) será edificada em cima de seus escombros, em seu próprio lugar” (Je- remias 30:18 a 22). “Os resgatados do Senhor voltarão e virão a Sião com cânticos de júbilo; alegria eterna coroará sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido “(Isaias 35.10)...”.E habitarão na sua terra” . (Jeremias 23.8). Interessante nota da revista “Noticias de Israel”: “Sionistas cristãos são pessoas que: - Crêem no Judeu, Yeshuah HaMashiach (Jesus O Messias). Têm raízes espirituais inseparavelmente ligadas com o povo de Israel. - Promovem e incentivam a volta do povo judeu a Sião com todos os meios disponíveis (oração, recursos, diálogo). - Amam e visitam Jerusalém e a terra de Israel (Sião), para aprofundarem a sua fé e sua relação com Israel. - Empenham-se pelo direito à existência do povo e da terra de Israel entre o Mediterrâneo e o Jordão e demonstram amor e solida- riedade para com pessoas judias (Isaias 62.1-4). - Usam a estrela de Davi como sinal de reconhecimento e so- lidariedade para com Israel. Somos desafiados hoje a nos posicionarmos de maneira inequívoca ao lado da vontade de Deus e de Seu plano, e de sermos fiéis a Israel, Seu povo escolhido – até que, de Sião, venha o Messias e Salvador: Yeshuah HaMashiach (Jesus O Messias).! Então “... o Senhor ainda consolará a Sião!” (Zacarias 1.17). * (Revista Notícias de Israel, janeiro de 1998) 271 Sarah Elzeny Zayit TEOLOGIA DA SUBSTITUIÇÃO DEUS SOMA E NÃO SUBSTITUI. “De ambos os povos Ele fez UM”!. (Efésios 2:11 a 19). Ele não exclui nenhum, mas os uniu. Existe uma errônea doutrina chamada “Teologia da substituição”, que muitos males tem causado ao povo judeu, e a própria Igreja que ao longo dos séculos, tem se desviado da verdadeira Igreja primitiva e dos princípios bíblicos. No IV século quando Constantino, que se dizia protegido do deus Hercules, do deus Sol-invcto, e que no dia anterior a sua morte ainda ofereceu sacrifício a Zeus, esse pagão com capa de cristão, uniu o Estado a Igreja, e trouxe muitos lideres pagãos (como ele) trazendo paganismo e o sincretismo religioso para dentro da Igreja. Esses líderes pagãos decidiam o credo dos con- cílios. O concílio de Nicéia em 325 d.C.,ditou um credo, que den- tre outros pontos, criou a teologia da substituição de Israel pela igreja, e Roma, a mãe das prostituições abomináveis, que está sentada sobre sete montes e embriagada com sangue dos santos (Apocalipse 17:1 a 9), passou a ser o centro da igreja, se desvincu- lando de uma vez por todas de Jerusalém, a cidade escolhida de Deus(I Reis 11:36). A teologia da substituição não foi nada mais que uma substituição