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A Gênese da Alma Humana e seu
Desenvolvimento
na Terra
Copyright © 2016 Editora dos Frades
Todos os direitos reservados.
Título original: A Gênese da Alma Humana e seu Desenvolvimento na Terra
Diretora editorial: Renata Gracioso
Preparação de texto: Bianca Gracioso Moreira
Revisora Geral: Bianca Gracioso Moreira
Revisão de conteúdo: Isabela Do Amaral Quintilio
Diagramação: HiDesign Estúdio
Design de capa: HiDesign Estúdio
Foto de capa: Alex Staroseltsev/Dollar Photo Club
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
Gracioso, Renata. Poggetto, Luiz Roberto Dal.
A gênese da alma humana e seu desenvolvimento na terra / Renata Gracioso e Luiz Roberto
Dal Poggetto. - São Paulo: Editora dos Frades, 2016.
238p.
Título original: A Gênese da Alma Humana e seu Desenvolvimento na Terra
ISBN: 978-85-92551-00-1
 
 CDD 130
2016
Todos os direitos desta edição reservados a
EDITORA DOS FRADES.
Av do Anastácio, 1240-21
05119-000 - City América - São Paulo - SP - Brasil
www.editoradosfrades.com
 
 
 
Nossos Agradecimentos
Eternos
Ao Nosso Criador, em primeiro lugar.
Nessa caminhada e, principalmente, durante a escrita desta
Obra contamos com a inestimável orientação e sabedoria dos
Nossos Amados Mestres Guido, Ubaldo, Humberto, Camillo,
Aldo, Cirillo, Giancarlo e Giuseppe. Revestidos da mais
absoluta e pura paciência, Eles foram fundamentais na
revelação dos mistérios que envolvem a trajetória humana na
Terra e sua interação com o Universo.
Não podemos deixar também de agradecer a todas as pessoas
e, em especial, as nossas famílias que ao conviverem conosco
possibilitaram situações nas quais pudemos crescer e
aperfeiçoar a difícil tarefa de Ser Humano .
São Paulo, fevereiro de 2015.
Renata Gracioso
Luiz Roberto Dal Poggetto
 
 
 
 
Sumário
CAPÍTULO 01
Introdução 07
CAPÍTULO 2
Um Cenário Inimaginável 10
CAPÍTULO 3
Os Visitantes 13
CAPÍTULO 4
A Missão.................................................................................17
CAPÍTULO 5
O Resgate dos meus Carmas 21
CAPÍTULO 6
A Evolução nos Mundos Espirituais 25
CAPÍTULO 7
A Engenharia Divina 29
CAPÍTULO 8
A Saga Humana 32
CAPÍTULO 9
Diferentes Mundos 38
CAPÍTULO 10
Processo de Reencarnação 41
CAPÍTULO 11
Espíritos Iluminados............................................................45
CAPÍTULO 12
Religiões, Doutrinas, Seitas 48
CAPÍTULO 13
O Outro Lado da Espiritualidade.....................................53
CAPÍTULO 14
O Demônio..............................................................................56
CAPÍTULO 15
A Mobilização Contra as Trevas.....................................61
CAPÍTULO 16
A Fé e a Capacidade Mental...........................................66
CAPÍTULO 17
A propósito... Eram os Deuses Astronautas? 71
CAPÍTULO 18
A Primeira Visão...............................................................75
CAPÍTULO 19
A Nova Fronteira..............................................................78
CAPÍTULO 20
O Cérebro e a Mente Humana 82
CAPÍTULO 21
A Gênese do Homem 87
CAPÍTULO 22
O Fim dos Conflitos 91
CAPÍTULO 23
Os Recursos da Mente - A Projeção Mental ...............95
CAPÍTULO 24
O Carma - Lei da Ação e Reação.....................................100
CAPÍTULO 25
O Renascimento...................................................................104
BIBLIOGRAFIA 106
 
 
 
 
CAPÍTULO 01
Introdução
 
 
“Se fosse dado o poder de ler as mentes uns dos outros, o primeiro efeito
seria sem dúvida o fim de todas as amizades.”
Bertrand Russell
A presente Obra caracteriza-se por trazer
naturalmente uma Inovação à Literatura
Contemporânea Criacionista[1] ou TDI, ou seja,
Teoria do Design Inteligente. Seu conteúdo foi
gerado a partir da leitura, audição e interpretação
de mais de 200 horas de gravação em áudio e
vídeo.
Os Conhecimentos que serão revelados neste trabalho buscaram,
também, respaldo em várias literaturas, entre elas, a Ciência Moderna. No
final desta edição podem ser encontradas as bibliografias das literaturas que
foram utilizadas para ajudar a compor esta Obra.
Por meio de um médium do tipo inconsciente (que sede o corpo para a
manifestação totalmente desacordado) documentamos centenas de horas de
manifestações de um Grupo de entidades que se identificaram como
FRADES CAPUCHINHOS. Segundo os próprios, a maioria deles havia
desencarnado em países da Europa. No entanto, havia um que desencarnara
no Brasil.
Na medida em que registrávamos as informações, também
aprendíamos. Isso fez com que nossas vidas encontrassem um sentido maior
para as nossas existências e, por consequência, uma expansão dos nossos
objetivos individuais e coletivos.
Para que esta Obra possa ser devidamente interpretada é necessário
fazermos algumas explicações acerca de como obtivemos as informações
que revelaremos ao longo deste trabalho.
Em primeiro lugar, estas páginas não foram escritas para
autopromoção ou engrandecimento do acervo literário brasileiro espírita ou
de qualquer outra doutrina que tenha a pretensão de explicar “Quem
somos”, “De onde viemos” e Para onde Vamos”. Ao contrário, este trabalho
propõe-se a relatar e esclarecer assuntos polêmicos e controversos sobre a
vida humana com base em fatos devidamente colhidos, analisados e
validados na melhor forma das normas vigentes para a produção de
pesquisa científica.
Como o leitor deve ter observado nas “orelhas” situadas na capa e
contracapa do livro, sou advogada e tinha, por base, a doutrina espírita. No
entanto, fatos que comentarei mais adiante criaram o ambiente mais
propício ao aprendizado humano me proporcionando a vivência do
conhecimento necessário à Nossa Evolução Nesse Mundo. Como resultado,
o leitor poderá constatar no transcorrer da Obra que, hoje, me desvinculei
de qualquer credo ou referência “espiritual” que tenha sido “lapidada” ou
criada pelo meu semelhante.
É importante dizer que esse Conhecimento, ao qual me refiro, sempre
esteve ao alcance da humanidade, entretanto, aqueles que conseguiram
acessá-lo o fizeram apenas em partes. O problema, aqui, é que acessar o
fragmento de uma determinada informação é dar margem ao preenchimento
das lacunas que ficaram com a imensa e criativa imaginação do Homem.
Prova disso são os dogmas, doutrinas, religiões, livros “sagrados”, seitas,
entre outros. Ou seja, o Conhecimento sobre o Divino fragmentado é
transformado em ferramenta de dominação. Ex.: o Cristianismo no período
medieval.
Até aqui fiz menção ao que chamei de Conhecimento sobre o Divino,
mas acredito que para o leitor isso o remeterá a uma interpretação diferente
da nossa. Para não correr esse risco, defino que o Conhecimento sobre o
Divino, do qual trataremos nesta Obra, encerra a revelação sobre “Como
fomos criados?”, “Por que estamos aqui?” e “Como é a nossa interação com
o Universo?”.
Aproveito a oportunidade para agregar algo que tem sido muito
discutido, que contém a mais íntima relação com nosso trabalho.
Recentemente, o Brasil passou a discutir também o Criacionismo. Tal
corrente, também chamada de TDI – Teoria do Design Inteligente ganha
força por aliar a metodologia científica aos relatos bíblicos sobre a Criação
do Universo e do Homem. A tese é a de que os elementos essenciais que
formaram a nós e ao Universo teriam sido “projetados” por uma ou mais
Energias Inteligentes. Aqui, Ciência e Religião têm se aproximado de modo
que cada uma destas vertentes tem aberto mão do seu ceticismo original,
pela busca da resposta mais importante da existência humana – Quem é
Deus? 
Dentro disso, encontraremos subtemas amplamente debatidos e
explorados, como temas de filmes, livros e novelas; e também comentado
por nós em ocasiões formais ou casuais, a saber: O que é alma?; Existe vida
após a morte?; O carma é um fato entre os seres viventes?; Nossos pais e
filhos são a nossaprimeira linha cármica?; Existe vida em outros mundos?;
É possível a comunicação com os “mortos”?, entre outros.
Garantimos, ao amigo leitor, que ao menos suas referências serão
alteradas ao ler esta Obra.
Nesse processo, meu Amor tornou-se um emblema em relação ao
papel que viria a ter nesta Obra. Cientista, cético, tornou-se o meio de
comunicação entre nós e nossa fonte de informações. Ele submeteu-se ao
rigor da metodologia científica para que pudéssemos descartar a hipótese de
manifestação de ordem psíquica, transe produzido por meio desconhecido,
entre outros. Por fim, constatou-se que ele permanecia totalmente
inconsciente enquanto suas faculdades eram usadas por “outro” alguém a
quem observávamos e registrávamos em áudio e vídeo.
A percepção de que, de fato, “alguém” assumira o controle do corpo
do meu Amado acabava por nos certificar de que nunca estivemos sozinhos.
Era uma comunicação legítima com os habitantes de outros Mundos
Criados por Deus, como explicarei mais adiante.
Durante a elaboração do livro, nos vimos envolvidos em vários
processos com o claro objetivo de compreendermos a complexidade dos
fatos que nos eram apresentados. O mais surpreendente foi o de termos não
só entendido, mas, principalmente, passarmos a sentir que Nosso Criador é,
na verdade, algo muito mais presente do que imaginávamos. Trata-se de um
Ser fluídico incomensurável que vibra em tudo que existe e por Ele é
mantido, ou seja, o Universo. Nessa altura, até a Ciência está no limiar de
provar essa afirmação (ler sobre a partícula Deus/ Bóson de Higgs).
Podemos comparar a Intervenção Divina com um rio que flui
naturalmente. No entanto, nos é facultado o direito de escolher como nos
colocarmos nesse imenso fluxo que é a vida. Para isso, fomos
“aparelhados” com a conhecida capacidade de arbitrar sobre nossos atos, o
famoso Livre Arbítrio. Esse é só o começo desse assunto...
É nosso objetivo também levar ao nosso leitor, em primeira mão, a
desmistificação relativa a personagens santos em várias culturas em nosso
mundo. Assim, mais uma vez revelando a Verdadeira condição em que estes
vivem e participam nas nossas vidas.
É importante frisar que tais conhecimentos eram, até então, um tratado
sigiloso de várias organizações e seitas espalhadas pelo Mundo e que nunca
haviam sido reveladas ao público. Com efeito, o objetivo desta Obra é
trazer esse Conhecimento de forma didática e acessível a todos.
Nós, os autores, continuamos a Aprender para poder Compartilhar e,
por isso, haverá a sequência deste trabalho na forma de futuras publicações
com o mesmo objetivo.
Lembro, ao distinto leitor, que os fatos narrados aqui são verídicos e as
gravações em áudio e vídeo das manifestações das entidades, bem como
suas transcrições, estão registradas na Biblioteca Nacional do Brasil no Rio
de Janeiro.
 
 
 
 
CAPÍTULO 02
Um Cenário
Inimaginável
 
 
“É capaz quem pensa que é capaz.”
Buda
Enfim, deixemos de preâmbulos para entrarmos nos
fatos. Porém, antes é necessário que contemos um
trecho da nossa história...
São Paulo, Outubro de 1981...
Estava com 16 anos de idade e decidi estudar a noite, já pensando na
possibilidade de trabalhar durante o dia. A necessidade de ter meu próprio
dinheiro, motivada pela oportunidade de estar frequentando um curso
técnico para aprender uma das profissões em ascensão na época, Técnico
em Administração de Empresas, me levou a estar no local certo e na hora
certa...
No início das aulas do curso, no bairro da Lapa, notei que parecia não
haver muitas pessoas interessadas em outros cursos oferecidos por essa
escola. Talvez por isso seus dirigentes tenham decidido juntar as classes
para minimizar custos e otimizar o aproveitamento dos docentes
disponíveis. Nessa junção de salas, os alunos do 2º ano passaram a ocupar o
mesmo espaço.
Em sala de aula, sentada na cadeira e abrindo meu caderno, ouvi
algumas gargalhadas... Por reflexo, olhei para a direção da qual vinham...
Na porta de entrada avistei aquela figura humana adentrando à sala
acompanhado de duas outras alunas.
Na minha cabeça, meu interesse naquele instante era o de tornar
visível a minha desaprovação pelo comportamento “imaturo” e a aparente
falta de “respeito” por parte daquelas pessoas que entraram em sala de aula.
Mas, como veremos adiante, nada é à toa!
Pois bem, ao focar bem o rapaz tive a sensação de já tê-lo conhecido...
17 anos, cabelos castanhos, robusto, lábios vermelhos e sorriso largo. Seu
olhar cruzou com o meu... Meu coração batia tão forte que sentia que iria
“sair pela boca”... Ele, então, sentou duas fileiras atrás de onde eu estava. O
sentimento que me permeava naquele momento era de um
verdadeiro dejavu .
A partir daí, comecei a me perguntar: “Que sensação é esta?”; “De
onde conheço este moço?”; “Será que eu o vi pelo bairro?”; “Será que
estudamos no maternal?”. Na verdade, a sensação era bem mais forte do
que esta, pois não era simplesmente a sensação de tê-lo visto, de já
conhecê-lo, mas era também de uma imensa afinidade que se estabeleceu
em apenas uma troca de olhar. Seria possível?
Com o passar dos dias, as trocas de olhares começaram a se
intensificar. Alguns dias depois, aconteceu o primeiro beijo e durante oito
meses vivi o grande e único amor da minha vida.
Ao final do oitavo mês, depois de uma discussão boba terminamos o
namoro.
Alguns anos depois, eu e meu Amor nos reencontramos por duas
vezes, em ambas, predominavam as indiferenças, não porque não sentíamos
aquela mesma atração de antes, mas, sim, pelo medo que tínhamos de nos
machucar mais uma vez. Assim, em um dos encontros, sem que tivéssemos
conversado sobre nossos sentimentos, saí da casa dele sem dar maiores
explicações decidida sobre o rumo que daria em minha vida. Nosso
reencontro só se daria quase trinta anos depois...
Meu Amado vivia dos trabalhos de consultoria que realizava na área
Ambiental no Nordeste do Brasil. Ávido por desafios, nessa região do nosso
país, ele encontrou um vasto campo de trabalho no que tangia a recuperação
de ambientes degradados. Eu, enquanto isso, vivia em São Paulo e
trabalhava na área de consultoria jurídica.
Depois que decidimos viver juntos o que nos restava da vida, meu
amado mudou-se para São Paulo e, além de nossas escovas de dente,
decidimos juntar nossas consultorias também. A ideia pareceu muito boa,
para ser verdade. Mesmo assim nos esforçamos para que o projeto tivesse
êxito.
No entanto, em São Paulo a concorrência na área ambiental sempre foi
muito acirrada, o que tornou a busca por um espaço no mercado bastante
complicada.
Apesar disso, graças a algumas indicações, pequenos trabalhos fora da
Capital começaram a surgir. Mesmo com orçamentos apertados, bancamos
todas as despesas operacionais sem termos recebido ao menos um sinal.
Afinal, essa era uma exigência do mercado que, como disse, estava sendo
disputado de forma muito agressiva.
Aos poucos, víamos que a questão não era apenas excesso de
consultorias disputando um mesmo mercado. Algo na economia do país
estava comprometendo os lucros até de grandes empresas que nos
contratavam e não conseguiam nos pagar.
Vale a pena lembrar que estávamos no ano de 2012 e agora, em 2015,
podemos entender que, naquela ocasião, presenciávamos o início da
conturbada administração do Partido dos Trabalhadores (PT).
Com efeito, passamos a amargar um calote atrás do outro e, naquela
altura, o que conseguíamos receber subsidiávamos novos projetos em
andamento, o que sempre deixava nosso caixa com poucos recursos.
Os meses passavam e os calotes tornavam-se mais e mais frequentes e
hoje compreendemos que o nosso “sinal de alerta” demorou a soar... Em
pouco mais de dez meses estávamos sem dinheiro e, o pior, sem perspectiva
de recebermos de quem nos devia.
Não demorou muito para que sentíssemos na “carne” os problemas
com as contas pessoais em atraso e a pressão psicológica gerada pela auto
cobrança e a cobrança por terceiros, assim levando nossas mentes a beira de
um surto psíquico. Nessa altura, já havia se passado mais de doze meses
nessasituação...
Mesmo durante a crise, nunca deixamos de ir e dar a nossa
contribuição a uma instituição espírita próxima a nossa casa e, como
explicarei mais adiante, esse fato foi primordial para que vivêssemos O
Conhecimento Sobre O Divino. Sempre quando procurávamos entender o
porquê disso, esbarrávamos numa questão bastante conflitante: Se não
temos nem condições de nos manter material e “espiritualmente”, por que
não abrimos mão de ajudarmos a pessoas que mal conhecemos?
Porém, por incrível que possa parecer, foi nessa época que sentimos
aflorar o nosso lado humanitário. A explicação para isso talvez seja a de
que, por “instinto”, somos levados inconscientemente a uma revisão
“automática” de nossos atos imediatamente anteriores àquela situação. Por
isso, acabamos por nos penitenciar começando por nos apiedarmos dos
nossos semelhantes. Acho que essa questão nem Freud explica!
De qualquer modo, atribuímos a essa época o início
do que chamaremos provisoriamente de “Despertar”.
 
 
 
 
CAPÍTULO 03
Os Visitantes
 
 
“Cada manhã nós nascemos de novo. O que fazemos hoje é o que mais
importa.”
Buda
Recordo-me que a partir de certo momento, em
meio ao tormento que assolava as nossas vidas
pessoal e profissional, meu Amado sugeriu que logo
após o café da manhã fizéssemos uma Prece,
trancados em nosso escritório, antes de começar
qualquer atividade. É bem verdade que muitas vezes
nossas Orações começavam no dia anterior, pedindo
que tivéssemos ao menos o dinheiro para comprar o
pão. E assim acontecia...
Fazíamos as Preces há semanas... Elas pareciam estar completamente
fora do alcance de Deus ou de qualquer um que pudesse nos ajudar. Foi,
então, no início de uma dessas Preces que senti meu Amor apertar a minha
mão com força. Quando olhei para ele notei sua cabeça baixa e percebi que
ele não me acompanhava oralmente na Oração. Em questão de segundos,
surge bem ali, em meio a expressões de dor, o rosto transfigurado e um tom
de voz que lembrara a um idoso, me acompanhando nas últimas frases do
Pai Nosso. Ao final da Prece, ele me cumprimentou dizendo:
“Bom dia, filha querida (...)”.
Acreditando se tratar de uma “incorporação” dessas em que se vê em
centros espíritas, disse a ele:
“Bom dia, com quem estou falando?”.
Ele responde: “(...) Pode me chamar de Padre, filha (...)”.
“Mas, qual é seu nome?” - Perguntei .
“(...) Nós não utilizamos nomes, minha querida (...). Sou apenas um
humilde cervo de Deus que veio para ajudá-los!”.
Ainda naquele momento, para mim, se tratava de uma manifestação de
uma entidade, como já havia visto acontecer outras tantas vezes na casa
espírita. A comunicação se deu por mais 40 minutos. Ao final, o Padre se
despediu dizendo que suas aparições ocorreriam por um tempo
determinado, apenas por conta de uma permissão concedida pelo “Plano
Espiritual[2] ”.
Pois é, caro leitor... Estávamos diante de algo aterrador e maravilhoso
ao mesmo tempo, porém muito diferente de tudo que já havia visto, meu
Amado fora tomado de forma inconsciente por uma entidade. O curioso é
que nenhum de nós tinha ideia sobre a mediunidade do meu Amado. De
fato, mais tarde entendemos que não há necessidade de “desenvolvimento”
da chamada faculdade mediúnica para que se possa ser um “interlocutor”
entre o Mundo que conhecemos e o desconhecido Universo.
Para se ter uma ideia, as expressões de dor e a voz que lembrara a um
idoso, ao final da comunicação, deram lugar a uma inspiração profunda e
desesperada que lembrava alguém chegando à “superfície para respirar”.
Na minha memória ficou registrado não só o susto que tomamos, mas,
principalmente, o estado de total confusão mental que meu Amado
manifestou ao retornar.
Para ser muito honesta, esta primeira manifestação do “Padre” se deu,
de fato, num dos momentos mais difíceis de nossas vidas.
Depois de refeitos, paramos para pensar e logo nos colocamos a
questionar sobre o que de fato havia acontecido ali. Sim, porque diante de
tais circunstâncias meu Amado poderia ter tido uma espécie de ataque ou
convulsão... Enfim, deveria haver uma explicação que justificasse aquele
nível de transfiguração física e que também pudesse explicar a coerência e a
paz perceptíveis no discurso daquele que, até então, julgávamos ser uma
personagem.
Levamos essa dúvida em nossas mentes por longos dias até que
tomamos a decisão de investigar, com a ajuda de profissionais da área de
psiquiatria, o que havia acontecido.
Poucos dias depois daquela primeira manifestação, esta volta a ocorrer
no início de uma manhã de domingo. Não estávamos rezando como
ocorrera na primeira vez, mas eu acabara de me levantar por conta de um
mal estar sentido pelo meu Amado. Estava buscando com a ponta do pé
meus chinelos sob a cama quando, bem atrás de mim, ouço novamente
aquela voz me dizendo bom dia!
Nos dias que se seguiram, as manifestações tornaram-se pontuais e
naquela altura dos acontecimentos nenhum tipo de perturbação, patologia
ou nível de stress que fora pesquisado pelos profissionais que consultamos
podia explicá-las.
Por coincidência, ou não, numa das aparições o “Padre” nos pediu
para que fizéssemos registros em áudio e vídeo de suas visitas, pois
segundo ele haveriam revelações importantes não só para nós, como
também para nossos semelhantes.
Decidimos, então, iniciar os registros, ainda que não entendêssemos
em sua totalidade tudo o que estava acontecendo.
Lamentavelmente, por razões óbvias não poderemos publicar na
íntegra as transcrições das manifestações do “Padre”, pois nelas estão
contidos nomes e datas cuja divulgação poderia desencadear reações de
desagrado por parte dos envolvidos presentes nesta minha existência.
Mesmo assim, para que o amigo leitor possa começar a juntar as peças
desse complexo quebra-cabeça, exibiremos de forma editada as primeiras
informações de como e quando nosso amigo “Padre” nos conheceu...
Transcrito da 5ª manifestação do padre em
meados de Julho/2014
Em meados da década dos anos 30 e 40, num momento bastante
conturbado na história do Velho Mundo, deu-se numa remota aldeia
italiana um encontro que jamais poderia imaginar (...). Na condição de
Mentor religioso daquele rebanho, vimo-nos invadidos por uma unidade
armada do exército alemão. A frente dessa unidade uma figura austera,
endurecida pelo rigor do Regime Nazista, enriquecido pelos devaneios do
seu líder, comandava a invasão. Sem pestanejar, ordenou a desocupação
das casas sob pena de execução sumária daqueles que desobedecessem.
Eu observava segurando meu terço envolto em minha cintura enquanto
tudo acontecia (...), quando percebi aquela figura se aproximando de mim
me olhando atentamente como se estivesse procurando reações de
desespero em minha fisionomia. Parado bem diante de mim, misturando os
dialetos, me perguntou: “Parece que não está preocupado, Padre?”. No
que respondi: “Preocupado? Sim, estou, mas não com o fato em si, mas
com o que irá acontecer com a vossa Alma”.
Os desígnios de Deus são, por vezes, incompreendidos pelos Homens (...).
Qual não foi a minha surpresa (...), quase um século depois reencontrei
com esta figura humana novamente (...) mas estou estranhando o fato de eu
estar como espírito, e você na condição de encarnada (...).
Transcrito da narrativa do Frei em
comunicação dada em meados de Setembro
de 2014
(...) filha, lembra-se quando lhe contei de como o (...) desencarnou durante
a batalha, na qual ele e outros homens tentavam preservar a hegemonia de
vossas raças em meio à violenta tentativa de retomada do domínio das
terras inglesas pelos nativos?! (...) Em verdade, digo a você que vosso
primeiro contato (...) se deu por volta dos anos 1000, e o conhecestes
justamente no dia em que fostes com sua filha ao logradouro, onde as
partes esquartejadas do corpo do (...) estavam sendo exibidas (...).
Naquele momento, um grupo de homens ria das expressões de horror em
razão daquela cena na face da sua filha, da sua e dos outros colonos (...).
De fato, aqueles homens eram os responsáveis por derramar o sangue e
criar o pânico por entre vocês. Entreesses homens, havia um em especial
que se deleitava ao vê-la profundamente abalada e horrorizada diante
daquilo. Este homem, filha, em seguida a procurou interessado em dar-lhe
guarida e proteção em troca de seus favores (...). Apesar de negar
incessantemente, você nunca lhe saiu do pensamento (...). Sua filha,
quando estava ao seu lado no momento em que vocês olhavam para o
corpo despedaçado do (...), também percebeu o prazer que aquele homem
sentia ao ver a vossa dor. A pequena, em pensamento, jurou a Deus que um
dia seria maior do que àquele homem e o faria sofrer, tal qual ela e você
estavam sofrendo naquele momento (...). Ainda dentro da pluralidade das
nossas existências, filha, lembro que você conviveu com aquele homem
novamente na Alemanha Nazista (...). Vocês eram oficiais, porém você era
superior a ele e pertencente à SS[3].
Não poderia deixar para comentar depois algo
que salta aos olhos ao lermos essa transcrição. No
trecho, no qual o “Padre” se refere aos pensamentos e
reações da minha filha naquela existência, me remeto
de imediato a algumas situações que estamos vivendo
atualmente, nas quais vejo claramente que o tal
“desejo de vingança”, manifestado por ela naquele
momento, foi transformado em Missão de Resgate
nesta Encarnação, como entenderemos melhor mais
adiante.
Tudo quanto ouvíamos nos parecia fazer cada vez mais sentido. No
entanto, finalizávamos o pensamento ao redor de uma pergunta... Por que
estamos tendo este privilégio?
A resposta parecia ser óbvia... Estávamos precisando de ajuda... À
essas dúvidas, as respostas viriam mais tarde durante outra comunicação.
Em todas as comunicações recebidas através do “Padre”, nos saltava aos
olhos a sua disposição em responder as nossas dúvidas. Dúvidas estas que,
durante um bom tempo, foram concentradas no entorno dos nossos
problemas pessoais e profissionais.
No entanto, era notória a preocupação do “Padre” também com o que
acontecia dentro da casa espírita. Mais adiante, não me contive e perguntei
se o Frei tinha alguma relação com a casa. De pronto, respondeu:
(...) Sim, filha querida, sou um humilde servo de Deus, mas faço parte do Conjunto
de Mentores que Guardam a casa espírita que frequentam (...). Assim que percebi
que a filha passou a frequentar a casa, pedi a outro Irmão que me cedesse sua
colocação junto aos demais Guardiões para que pudesse continuar o meu trabalho
junto a você e a casa (...).
Passei a entender, então, que havia uma estreita
ligação entre nós e o Mundo invisível preconizado
pela doutrina espírita. De qualquer modo, havia ainda
muitas perguntas a serem respondidas...
As manifestações do “Padre” tornaram-se diárias e duravam entre 40
minutos à 1hora e meia. Meu Amado cedia, literalmente, sua energia
psíquica e todo aparato sensorial do qual nosso corpo é dotado afim de que
o “Padre” tivesse condições plenas de manifestação. Apesar de certo
desgaste físico e psicológico, esses níveis foram sendo reduzidos
sistematicamente ao longo das manifestações que ocorriam em lugar das
nossas orações matinais.
No transcurso da nossa convivência com o “Padre” fomos notando que
em determinados momentos ocorriam mudanças peculiares na forma de
falar e movimentar-se por parte do meu Amado. Aos poucos fomos
percebendo que não era apenas uma personalidade a se manifestar, mas sim
um grupo de oito.
Intrigados com essa questão, numa determinada comunicação
indagamos insistentemente sobre essas diferentes manifestações de
personalidades, mas não obtivemos respostas... Tentei, então, saber o
porquê meu Amado fora o escolhido para ser o interlocutor deles. O
“Padre” finalmente nos esclarece que para haver a condição perfeita, ou o
mais próximo disso, no que diz respeito a uma manifestação verdadeira, ou
completa, uma série de qualidades devem ser observadas no “espírito” do
corpo do candidato à interlocutor. Essas condições devem encontrar a
paridade vibracional que só é obtida segundo a Evolução da Condição
Mental (moral e intelectual).
O “Padre”, desde a primeira manifestação, tratava meu Amado pelo
nome de “Valoroso”. Segundo ele, esse tratamento se dava justamente pela
reunião das qualidades necessárias à manifestação conforme já havíamos
comentado.
Numa dessas comunicações, o “Padre” deixa escapar durante uma
explicação que, na realidade, ele e as outras personalidades que se
apresentam são, na verdade, um grupo de Frades Franciscanos
desencarnados em épocas e locais diferentes. Nessa mesma fala, o então
Frei declarou que meu Valoroso teria sido um membro da mesma ordem a
qual ele pertencera um dia, ou seja, um Frei Capuchinho cujas encarnações
consecutivas teriam preservado essa identidade, além de ter sido um
reconhecido Exorcista em todas elas. Acredito que esses elementos
favoreceram as manifestações através do meu Amado.
As referências sobre quem teria sido o meu Amado Valoroso não
pararam por aí. Em outras comunicações, o Frei teria dito que ele
descendera diretamente do Arcanjo Hahael cujas características lembram a
de um Guerreiro Arraigado em seus princípios e crenças na raça humana. O
Frei ainda fez uma analogia utilizando a etimologia do nome do Valoroso
com a sua descendência angelical.
“(...) O Valoroso, filha, tem o nome de Luiz que vem do latim e significa
Guerreiro Famoso. Mas o Roberto, que vem do teutônico, significa
Brilhante na Glória (...)”.
Como o amigo leitor pode perceber, apesar de
termos escrito esse início sobre o nosso contato com
o Frei da forma mais organizada e inteligível
possível, as informações prestadas por ele formam
aquilo que chamamos de Engenharia Divina. Durante
a leitura, ficará evidenciada a trama que se forma a
cada decisão que tomamos ou ação que realizamos.
Mostraremos nas próximas páginas o quanto o
Mundo Espiritual participa em nossas vidas.
Sabemos que o objetivo do Frade era o de nos
orientar em meio à tempestade de acontecimentos
que nos cercavam, mas, mesmo assim, ainda nos
perguntávamos: “Por que nós?”.
 
 
 
 
CAPÍTULO 04
A Missão
 
 
“Perguntaram ao Buda: O que você ganhou com a meditação? Ele disse:
Nada. Mas deixe-me dizer o que perdi com ela: ansiedade, raiva,
depressão, insegurança, medo da velhice e da morte.”
Buda
Custávamos a acreditar que aquilo estivesse
acontecendo conosco, refiro-me de certo às
manifestações constantes e diárias do Frei sempre no
início de cada dia do nosso trabalho. Talvez esse
pensamento tenha sido responsável pela demora em
acreditarmos, de fato, que aquele acontecimento
estava ocorrendo. Por isso, de forma displicente,
deixamos acontecer durante um tempo até que
percebêssemos a sua real função e começássemos a
registrar em gravação cada comunicação dada pelo
Frei.
Havia decorrido várias manifestações até que, finalmente, passamos a
perceber que as predições do Frei ocorriam de fato. Cá pra nós, foi desse
modo que, com muita paciência, ele, o Frei, aguardou até que nós
pudéssemos romper as barreiras da incredulidade para perceber que uma
Entidade de Luz nos visitava todo dia.
Enquanto escrevo estas páginas, contabilizamos em nosso arquivo de
áudio mais de 57 manifestações gravadas, além de outras ocorridas em
caráter emergencial, na qual não houve tempo hábil para preparar o
equipamento de gravação. Ao todo, imagino que o Frei tenha nos visitado
por, pelo menos, 77 vezes até aqui.
A gravação de cada manifestação do Frei se fez importante dada à
quantidade de informações cedidas por ele com permissão do “Plano”
Superior. Exemplo: na maior parte das comunicações, o nosso Amigo Frei
se utilizava, principalmente, da valiosa ajuda de 2 Irmãos, cujas
especialidades eram Economia e Saúde.
Isso mesmo! O nosso Frei possui uma assessoria em assuntos ligados
às nossas práticas financeiras atuais e questões ligadas à nossa saúde. A
verdade é que muitas vezes deixamos de tomar remédios, substituindo-os
por apenas água e Oração para curarmos enfermidades mais comuns, como
inflamação de gargantas, gripes, pequenas pneumonias, etc. Além disso,
também resolvemos as decisões ligadas à nossa sobrevivência e
manutençãodurante a crise que, não só foram orientadas pelos Frades,
como também tivemos a intervenção deles propriamente ditos.
Isso me faz lembrar que no início disso tudo, em meio à tempestade a
qual atravessávamos, meu Amado, o Valoroso, teve diagnosticado câncer na
tireoide. Como logo em seguida começaram as comunicações, uma das
primeiras participações do Frade da Saúde foi no sentido de nos tranquilizar
quanto ao estado de saúde de meu Amado.
Voltamos à pergunta do início: “Por que nós?”. Vamos, finalmente,
entender o porquê desta Intervenção Divina em nossas vidas. O amigo leitor
deve se lembrar de quando narramos, no início desta Obra, a nossa chegada
e a participação em trabalhos de uma determinada casa espírita. Pois bem,
qual não foi a nossa surpresa durante uma comunicação, quando o Frei nos
revela que ele próprio faz parte do Grupo que guarda aquela casa em
especial. O fato em si revelado nos remete imediatamente a percepção de
que aquela intervenção teria motivação por conta de algum aspecto ligado a
casa. O problema era que o Frei manteve isso em segredo enquanto
continuávamos passando pelo inconformismo diante de situações em nossas
vidas, e que, de modo concomitante, éramos esclarecidos diariamente sobre
isso.
Num dia, lembro-me que estava muito emotiva durante a comunicação
com o Frei e foi exatamente nesse dia em que ele começa a revelar o
verdadeiro motivo de tudo. Quero lembrar a você, meu amigo leitor, que
logo no começo desta Obra transcrevemos uma narrativa do Frei na qual
fora mencionado o momento no qual eu o conheci na encarnação anterior a
esta. Você deve lembrar também do aspecto moral que envolvia minha
encarnação anterior, e quão pesada foi minha atuação junto às pessoas que
viviam ao meu lado, naquela ocasião. Pois é, isso parecia ser o suficiente
para que pensássemos que o Frei teria vindo para me ajudar a evoluir
espiritualmente, para que ainda, nesta existência, eu pudesse realizar
resgates vitais à minha continuação como “espírito”. Mas não, a questão é
um pouco mais complicada do que parecia. No próximo trecho que
transcreveremos, nosso Amigo Frei irá narrar quando os meus problemas
começaram realmente a acontecer.
(...) filha querida, era meados do Século V da era Cristã, quando você e o
Valoroso reencarnam, ainda separados geograficamente, em aldeias dos
povos Anglo-Saxões. Ainda nessa época, vocês não teriam contato (...).
Alguns anos mais tarde, após terem desencarnado em Ilhas da Grã
Bretanha, reencarnam próximo ao fechamento do primeiro milênio numa
mesma aldeia (...). Apaixonam-se de forma visceral quando se faz o
primeiro presente dado pelo Criador a vocês (...). Um Amor considerado
por nós como Divino e que perdurará para sempre, cujo motivo você
também logo entenderá. Apesar de alguns anos juntos e tendo nascido
desse Amor uma criança – uma menina – a situação política na região da
atual Inglaterra mudara drasticamente (...).
Os descendentes de origem Anglo-Saxão passaram a ser perseguidos
ferozmente pelos nativos daquela terra que reclamavam a volta ao domínio
e ao controle daqueles países. Como consequência, filha querida, numa
dessas batalhas o seu Amado, o Valoroso, partiu em defesa de sua aldeia e
de vocês, sua família (...). Tendo sido ele, o último em resistir ao inimigo,
sucumbiu aos ferimentos e desencarnou ao final da batalha (...). Os nativos
decidiram decapitar e esquartejar o Valoroso, por ele ser uma figura
expressiva em sua aldeia, para que ele servisse de exemplo a outros que
ventilassem, por ventura, qualquer ideia de rebeldia contra os
“verdadeiros” donos daquelas terras. Quando da exposição do corpo, ou
das partes do corpo do Valoroso, você e sua filha foram até o local público
onde ele estava sendo exibido e, tomada por um imenso ódio, jurou que
jamais amaria, professando verdadeira indignação e descrença no Criador
(...).
(...) Nos anos que se seguiram, entregue a uma profunda depressão,
esperou que a vida se esvaísse do seu corpo na esperança de reencontrar
o seu Divino Amor. Desnecessário dizer que a filha que vocês tiveram,
apesar dos esforços dela, não conseguiu evitar o pior. Você, aos poucos,
foi tirando a sua própria vida. Como consequência disso, fostes enviada
a uma região que chamam de “Umbral”, da qual fostes removida apenas
para um momento que antecedeu à sua reencarnação em meados dos
anos 1900, na futura Alemanha Nazista. A filha deve ter percebido que
permaneceste nesta condição de desencarnada naquela zona por longos
900 anos (...). Mesmo assim, não fostes demovida da descrença em Nosso
Criador e, tão pouco, se sensibilizava pelos ensinamentos deixados pelo
Nosso Mestre acessível a todos os desencarnados naquele lugar (...).
Assim, filha querida, voltastes à esse orbe com ódio mortal no coração e
um resgate praticamente impossível para àquela sua existência (...). No
entanto, filha, verás a partir destas revelações como funciona a
Engenharia Divina na vida de vocês (...).
É fato, caro leitor, que essa narrativa nos deixou
boquiabertos em razão da quantidade de detalhes e
sensações que já havíamos sentido ( dejavu ) em
relação ao que foi narrado pelo Frei. No entanto,
cercados mais uma vez pelo ceticismo frequente em
nossas vidas, na comunicação seguinte resolvemos
questionar o Frei quanto a sua permissão em falar
sobre nossas existências anteriores. Pois, se nem o
nome dele pudemos saber, porque então estaríamos
acessando informações relativas às nossas
existências, e para quê?
Assim foi dito, assim foi feito... No dia seguinte indagamos o Frei
acerca da permissão que ele teria para nos revelar tudo aquilo. Ele nos
respondeu:
(...) filha querida, é claro que tenho a permissão do “Plano” Superior para
revelar essas coisas a vocês, apesar de ter exagerado em alguns
detalhamentos, o que me custou a devida repreensão por parte dos meus
Superiores Imediatos. Aproveitei, sim, para solicitar a Eles a permissão
para comentar de forma mais abrangente sobre suas vidas anteriores,
usando como argumento o verdadeiro motivo da nossa comunicação junto
a vocês (...).
Essas palavras fizeram-me sentir que, quando ele nos explicasse o
principal motivo de estarmos em comunicação, entenderíamos finalmente
tudo aquilo. Mais um dia, mais uma comunicação e desta vez o nosso
Amigo Frei vem municiado de argumentos para justificar todas aquelas
manifestações até aquele momento.
(...) a humanidade, filha querida, encontra-se doente. A Moral e o
“Desenvolvimento Espiritual” de vossos semelhantes estagnaram ante o
progresso material e a inversão dos valores morais, de tal sorte que O
Criador, através dos diversos “Planos” que circulam o vosso Mundo,
decidiu mais uma vez intervir na Conduta Humana (...).
(...) Desta vez, aproveitando do início dado por espíritos como o de
Kardec, o Pai decidiu atuar, através das Casas de Oração e Centros
Espíritas (...).
(...) Por isso da necessidade de pessoas valorosas como vocês que,
dispostas a laborar, não temeriam iniciar uma verdadeira reforma
baseada, única e exclusivamente, no Amor Incondicional ao próximo.
Dentro de uma casa espírita, por exemplo, são desenvolvidos trabalhos
cujo objetivo é sempre ajudar àqueles que a procuram, mesmo sendo
motivados por problemas de saúde ou de outra natureza. É lá que cada
vez mais encarnados vão buscar o auxílio. Por isso, filha, o Pai utilizará
todos os lugares e todos àqueles que, em nome Dele, estiverem reunidos e
desejarem profundamente ajudar o semelhante. O tempo, filha querida, é
curto para que a humanidade consiga progredir suficientemente para
colocar o Planeta em estado de Regeneração. A tarefa é difícil, mas não
impossível. Precisamos de vocês atuando e mudando a forma de pensar e
de sentir de cada membro daquela casa espírita, a fim de que ela se
torne uma célula eficiente na transformação de cada irmão que por ela
passar. E assim, filha querida, atingiremos a humanidade em tempo de
mudá-la pelo Amor e pelo Bem de todos (...).
A cada diálogo, as coisas ficavam mais claras para mim. No entanto,
algo ainda me incomodava, pois, tomando ao pé da letraas palavras do
Frei, ficava difícil de não imaginar pessoas de caráter angelical empenhadas
nessa missão... E, sinceramente, eu não me sentia assim. Ao contrário,
lembro-me de ter surtado num café da manhã depois de ter pensado numa
noite inteira sobre os pré-requisitos que seriam necessários a que um
encarnado devesse ter para se encarregar dessa tarefa... Mais uma vez, eu
não me encaixava nesse perfil. Como explicar isso?
Pois então, meu caro leitor... É agora que tudo começa a fazer sentido
e, por isso, peço desculpas se a minha narrativa a partir de agora não for
muito rebuscada, pois de certa forma será uma confissão por escrito.
Ocorre que, dadas às circunstâncias do meu último desencarne, ao
reencarnar nessa existência vim predestinada a resgatar vários assuntos. Um
deles será o de trazer à Luz da Razão e do Conhecimento sobre Deus e
todas as coisas criadas por Ele; os meus antigos irmãos muito próximos que
viveram e sofreram pelas minhas mãos durante o Regime Nazista e que,
hoje, mais uma vez fazem parte do meu círculo social.
O outro Resgate é inerente a todos nós, (e no meu caso, já está em
curso), refere-se a viver segundo a “lei” do amor no que tange ao meu
semelhante. Saindo um pouco das frases feitas, quero dizer que a partir
desse instante vejo o meu semelhante como alguém que precisa de
compreensão, mais do que precisa de dinheiro; que precisa de perdão, mais
do que precisa de ar pra respirar... Enfim, como alguém que precisa, antes
de tudo, de respeito e de ser ouvido antes que eu ouse a julgá-lo pelo que
for.
Posso afirmar também que a felicidade tão buscada por nós pode estar
no sentimento incontrolável de bem querer alguém a ponto de o querer ao
seu lado pelo resto da sua vida, como é o caso do meu Amor Divino pelo
meu Amado Valoroso. Ou ainda, esse mesmo sentimento por filho
biológico, ou por outros tantos que acabamos por “adotar” ao longo do
nosso caminho...
Voltando ao raciocínio cármico, começamos a entender que eu partira
da minha última existência com o coração e a consciência carregados de
arrependimento e um desejo ancestral de corrigir tudo aquilo, para obter a
condição evolutiva ideal para a contínua caminhada até que atinjamos a
condição almejada pelo Criador.
Sobre aquela nossa pergunta do “porque nós?”, vou querendo acreditar
que a Engenharia Divina trata de buscar, dentre nós, àqueles cuja própria
história de suas reencarnações gerasse a motivação necessária para a busca
pela evolução individual e coletiva do ser humano.
 
 
 
 
CAPÍTULO 05
O Resgate dos
meus Carmas
 
 
“Não são teus amigos ou inimigos que te levam a praticar o mal. É a tua
própria mente.”
Buda
No capítulo anterior falamos da trama através da
qual a Engenharia Divina vai construindo os nossos
caminhos. Em certa comunicação o Frei me
respondeu sobre meus parentes ancestrais em relação
às pessoas que fazem parte do meu círculo social
nessa existência. Já não mais me surpreendia com as
revelações, e como você, amigo leitor, pode imaginar,
meus parentes na Alemanha Nazista são amigos e
parentes próximos a mim no presente.
Na transcrição a seguir o Frei nos revela os envolvimentos emocionais
e morais atribuídos a cada uma das pessoas com as quais estabeleci uma
relação cármica aos quais ficou evidenciado que eu deveria resgatar.
(...) veja, filha, tens uma pendência com (...) em razão da forma como as
coisas aconteceram durante o período em que você ocupava aquela
posição, como comandante da SS (...). Sua (...) foi, naquela sua existência,
sua cunhada com quem tivestes um relacionamento secreto sob o mesmo
teto que abrigava sua cônjuge, irmã da sua amante e suas irmãs. Diga-se
de passagem que suas cunhadas são, a rigor, hoje (...). Já sua (...) era o
fruto daquela relação proibida que também habitava aquela casa durante
os anos no qual se seguiram o Regime (...).
É evidente que a cada declaração do Frei, não só
minha razão, mas meu coração dizia que àquelas
informações retravam de fato a outra vida que vivi.
Os fatos, ainda que comentados de forma suave e
carinhosa pelo Frei, me deixavam estarrecida e
perplexa ante a trama elaborada pelo mecanismo da
reencarnação. Cabia a mim, a partir daquele instante,
saber o que fazer com aquilo. Mesmo que fosse óbvio
em uma comunicação posterior àquela, ainda sobre o
efeito das notícias, perguntei ao Frei o que de fato a
espiritualidade esperava que eu fizesse com aquela
situação. Ele respondeu:
(...) A permissão que foi dada para revelar essas informações a você tem,
em seu bojo, o objetivo de sensibilizá-la frente aos resgates que você
deverá realizar em relação a essas pessoas. Mas veja, filha, ao se dispor
em resgatá-las você deverá estar preparada com seu coração, pois, ao
contrário do que possa ter pensado um dia, dito, ou feito, essas pessoas
precisam encontrar em você o Amor Verdadeiro. Assim, devem ser trazidas
para a espiritualização por conta disso, e não por conta de quaisquer
benefícios materiais que você possa prover (...). Por isso, filha, a
Engenharia Divina neste momento lhe proporciona uma condição pessoal
ligada à sua condição material precária. Com isso, é preciso que você
busque, dentro do seu coração, a sua verdadeira essência revelada a ti
durante o curto período em que estivestes em tratamento num “Plano”
muito próximo ao da Terra, após seu último desencarne.
Portanto, filha, nada é aleatório nesta vida, tudo está interligado (...). Para
que fique claro, o “Plano” Espiritual, neste momento, está permitindo que
certos acontecimentos ligados à vossa vida emocional e material ocorram de
modo a lhe impelir na busca do entendimento e ajuda através da lapidação
do seu espírito (...). É certo também, filha, que esta progressão também será
benéfica em seu trabalho junto à casa espírita, pois, como já comentamos, há
urgência em tocarmos os corações de todas as pessoas para que o Planeta
possa também progredir para uma outra condição (...).
Apesar da comunicação bastante esclarecedora
do Frei, eu continuava com aquele “nó na garganta”
por ter descoberto que na minha existência anterior
eu teria sido o carrasco de tantas vidas. De modo
curioso, nos dias em que seguiram busquei através
de documentários e da internet saber mais sobre a
participação de oficiais da SS dentro da história do
Regime Nazista. Não preciso dizer o quanto fiquei
impressionada com as coisas que vi e li a respeito.
Sinceramente, aquilo foi um genocídio sem
qualquer motivação passível de condenação brutal
àqueles que foram os executores de ordens tão
absurdas. Mesmo assim, depois de um tempo
consegui digerir aquele sentimento e decidi
concentrar toda minha energia na minha mudança
interior. Desse modo, me comprometi comigo
mesma em trazer à tona, de forma definitiva, a
minha verdadeira essência tão necessária ao resgate
das pessoas que tanto amo nesta vida.
Enquanto me preparava para essa batalha interior,
foi inevitável solicitar ao Amigo Frei mais detalhes
que me dessem uma real noção de quanto mau
aquelas pessoas teriam sofrido por minha culpa. Foi
então que fatos ainda mais aterradores foram
revelados por Ele.
(...) a filha me pergunta por que sua (...) jurou vingar-se de você antes de
desencarnar em vossas existências passadas (...). Explico a você, filha, que
com a queda repentina do Regime Nazista, Hitler, sua esposa e todos seus
comandantes fogem de Berlim para escaparem do levante popular incitado
pelas forças aliadas presentes na cidade. Imagine você, filha, que aqueles
que tinham filiação de parentesco com qualquer soldado ou comandante de
qualquer uma das divisões do exército alemão seriam perseguidos tanto
quanto os executores foram (...). De forma que num determinado momento
a sua família foi arrancada de dentro da luxuosa casa onde vocês
moravam, postos de joelhos na calçada em frente a casa e executados,
sumariamente, com tiro na nuca, tal como os executores nazistas fizeram
tantas vezes junto aos irmãos de outras etnias (...). Pouco antes de isso
acontecer, aquela que é (...) nesta vida jurou vingar-se de você, pois ela
aindateve tempo de assistir ao desencarne da filha de vocês, com apenas 8
anos de idade, do mesmo modo cruel e sórdido que ocorreria com ela em
seguida. Será que agora, filha, pode imaginar o porquê desta relação de
ódio e amor separado por uma linha tão tênue na relação de vocês hoje?
Daquela situação escapou apenas uma de suas cunhadas, que nesta vida,
como já disse, é sua (...). Apesar de ter escapado com vida, esta Alma
trouxe para esta existência resquícios traumáticos das coisas que vivera
naquela ocasião (...).
Era difícil lhe dar com tantos fatos, tantas
revelações... Por isso que a doutrina espírita nos
ensina que ao reencarnarmos todos os fatos da nossa
vida pregressa são ocultados; as razões são óbvias.
Depois de ter ouvido tudo aquilo, procurei forças dentro de mim
para tentar reagir de forma a poder fazer o resgate daquelas pessoas.
Pensando nos momentos que tive junto à elas nesta vida, pude me
lembrar de situações que poderiam, sim, ser explicadas por traumas e
situações vividas de tal maneira dramáticas, conforme fora narrado pelo
Frei.
Precisei de alguns dias... Mas logo depois, em
uma manhã, pouco antes de me comunicar
novamente com o Frei, fui tomada por um estranho
ânimo, sem motivo aparente. Estava ansiosa para
contatá-lo, pois desconfiara que aquela sensação
tivesse algo a ver com tudo que fora revelado a mim
e àquela condição de resgate da minha essência.
“(...) Como está, minha filha?”.
“Bem, me sentindo um pouco diferente (...)”. - Respondi .
(...) pois bem, minha filha, essa sensação é fruto do afloramento da sua
verdadeira essência (...). Ao revelarmos a você o seu passado, ora
esquecido por ocasião da sua reencarnação, trouxemos à tona a mesma
força que você obteve durante o seu exílio em zonas mais próximas à
Terra, nas quais você se preparou para resgatar tudo isso. É importante
lembrá-la que todas as coisas, pelas quais você e o Valoroso estão
passando, foram premeditadas por você. Dessa forma, a nossa presença e
revelação que fizemos tiveram um único propósito, o de acelerar o
processo de recuperação da sua consciência em prol daqueles que lhes são
caros. Dito isso, haverá tempo para resgatar também aqueles que, através
da sua autoridade, foram sequestrados de suas vidas de maneira tão cruel
e prematura. Assim, filha querida, inicia-se o seu retorno ao Pai e o
caminho que a levará a uma Vida de Progressos, principalmente no que
tange a preparação da sua vida futura no outro “Plano” que lhe aguarda,
após esta encarnação. Lembre-se, o que puder ser feito nesta vida terá
efeito, não só nas suas próximas existências, como também na
continuidade deste orbe, numa condição mais evoluída (...).
E, mais uma vez, as palavras do Frei fizeram
minha cabeça girar. Então, toda a responsabilidade
pela evolução terrestre estaria apenas em minhas
mãos?! Quem sou eu, afinal de contas... Algum tipo
de Madre Tereza?! Tenho consciência total de que
não sou perfeita e é de perfeição de que o “Plano”
está precisando para colocar este projeto em
andamento... Os Frades estão completamente
enganados!
Menos de 24 horas depois, o Frei volta a se
comunicar e, com muita paciência, me esclarece:
(...) a perfeição não é algo que se espera dos habitantes do vosso Mundo,
filha. Porém, o que precisamos realmente são indivíduos que consigam
usar com equilíbrio e destreza o coração e a razão, pois a longevidade da
raça dependerá da difusão desse conceito (...). Uma vez existindo em maior
número, esses indivíduos preservarão a Terra e recuperarão o que foi
perdido (...). O contrário promoverá a extinção do Planeta (...). Mas,
tranquilize-se, pois, assim como vocês, outros em outras partes estão
recebendo comunicações como estas, afim de que se preparem para
atuação junto aos seus iguais, visando exatamente o mesmo objetivo que
estamos passando a vocês (...).
Honestamente, isso me tranquilizou muito...
Percebo agora que, mais do que a Engenharia Divina,
a Providência Divina criara uma “força tarefa” para
dar um “empurrãozinho” à raça humana no que tange
à sua Evolução. Afinal, lembro-me bem dos
ensinamentos da doutrina quando falamos sobre a
subtração daqueles que não tivessem conseguido
evoluir de maneira mínima neste Planeta para um
mundo em estágio inferior ao nosso. Refiro-me ao que
em muitas casas espíritas é chamado de “Planeta
Chupão”.
Nessa altura, alguns conceitos exaustivamente trabalhados pelo Frei,
em mim, começavam a encontrar uma condição apropriada para enraizar...
Percebi, então, que teria que desenvolver multi tarefas para dar conta de
tudo o que havia aprendido.
A partir daí, nossos encontros com os Freis
passaram a ser semelhantes a reuniões de trabalho.
Assim, além dos aconselhamentos relativos aos meus
Carmas, evoluíamos em verdadeiras aulas sobre o
Homem e a nossa verdadeira missão nesta Terra,
conforme trataremos a seguir.
 
 
 
 
CAPÍTULO 06
A Evolução
nos Mundos
Espirituais
 
 
“Não é o conteúdo de uma palavra que é importante, mas a vibração da
palavra que é anunciada.”
Sri Aurobindo
Numa reunião, os Freis criaram algo que poderia ser
chamado de “ponte”, onde foi possível enviar à
minha avó e meu pai, ambos desencarnados,
pensamentos e mensagens de carinho, saudades e
afeto.
No primeiro momento, apesar de sempre ter desejado muito esse
contato com eles, não havia entendido o que havia por trás desse benefício.
Mais tarde, numa outra comunicação, o Frade me traz notícias de meu pai e
de minha avó, dando conta de que ambos haviam ascendido de posição ou,
se preferirem, mudado de Mundo.
A explicação está ligada na melhora do entendimento de ambos sobre
a importância da Reencarnação no Processo Evolutivo Individual.
Explicando, meu pai desencarnou por força de uma doença pulmonar
que o acometeu muito provavelmente por ter sido fumante durante muitos
anos. Porém, como já sabemos, doenças são somatizações de nossos
pensamentos em nosso Corpo Físico, o que nos faz pensar que fatores
emocionais podem ter contribuído para esse fim também. Prova disso é o
local onde ele estava quando foi localizado pelos Frades... Uma “colônia de
trabalhadores[4] ”, em campo aberto, onde estes podiam, através do seu
“esforço físico”, descarregar mágoas e desafetos durante o trabalho. À
noite, ou depois do ofício, esses trabalhadores são recolhidos e reunidos
num local onde recebem instruções com base no Amor. Assim, eles iniciam
a compreensão em relação aos fatos ocorridos durante o período em que
estavam encarnados.
Assim, foi nessas condições em que tive meu primeiro contato com
meu pai. Acreditem, com a ajuda dos Frades, meu pai pode “ouvir” um
pedaço de uma palavra oriunda do meu pensamento a qual ele prontamente
reconheceu como sendo a voz da sua filha...
A reação dele, narrada pelos Frades, me comoveu profundamente e,
pelo que soube, a ele também. Segundo Eles, meu pai estava há muito
tempo naquela “Colônia” e, até aquele momento, não havia perspectivas de
Evolução ou mudança para outro lugar.
Ainda segundo o Frade, o único sentimento que habitava o coração de
meu pai era de uma mágoa muito profunda e a total descrença em Deus e na
Lei Divina do Amor. Para nossa surpresa, aquela pequena nota sonora, que
o fez lembrar-se da minha voz, foi suficiente para demovê-lo da total
descrença para a mais ampla e renovada Fé em Nosso Criador. Como
recompensa, em poucos dias ele pôde ser transferido para outro local no
qual são recepcionados e tratados, num primeiro momento, os recém-
desencarnados do nosso Planeta. Alguns meses depois, o Frade nos traz a
notícia que meu pai, assumira para si a responsabilidade por recepcionar os
desencarnados. Destaco ainda que ele exercia esta função sozinho face à
desistência de um companheiro de posto, ora abatido pela forte pressão
emocional inerente ao trabalho deles naquele “Plano”. Isso, sem dúvida
nenhuma, me trouxe um orgulho muito grande e a esperança de que meu pai
pudesse evoluir o máximo que fosse possível, antes que ele pudesse
encarnar novamente.
A título de comentário, devo lembrar ao leitor as fases que envolvem o
Pós Desencarne.Digo isso por conta da rica descrição dada pelo Frade em
relação ao local em que meu pai fora encontrado. Por perceber que esse
ambiente era bastante semelhante a uma fazenda em nosso Mundo,
perguntei ao Frade como se explicava isso. O Frei me respondeu que para
muitos espíritos às vezes é necessário que se reconstitua algum cenário cuja
lembrança auxilie o desencarnado a recuperar a sua estabilidade emocional.
No entanto, continuou ele, este cenário só existe no Mental do
desencarnado, se preferirem podemos dizer que muitas dessas “reproduções
cenográficas” são oriundas dos guardados na memória do próprio
desencarnado.
Sobre esse assunto discorreremos um pouco mais ao longo do livro.
Posso dizer que sou privilegiada, pois, através dos Frades, não só pude
fazer algo para meu pai, mesmo este estando “do outro lado”, como também
para minha avó, Irene, que, como já sabem, também desencarnou.
No caso dela, numa data muito próxima do momento em que meu pai
“pôde me ouvir”, minha avó captou o eco dessa comunicação e, de pronto,
identificou-me. De uma forma bastante persuasiva, e uma vez que ela
estava num “Plano” muito próximo ao dos Frades, ela pede a eles que
favoreça a comunicação entre nós de modo mais claro e inteligível. Assim,
e como não poderia deixar de ser, nossos Frades atenderam aos insistentes
pedidos de minha avó, e foi marcado um dia para que eles fizessem a
transcomunicação do nosso diálogo.
Dias depois, devidamente preparados, um dos Frades se colocou junto
à minha avó e explicou a ela como se daria a comunicação. O Frei faria a
leitura dos pensamentos dela e os transmitiria verbalmente para mim. Do
mesmo modo, eu diria a ele o que eu gostaria que ela soubesse e, assim, ele
faria a transmissão de modo mental diretamente a ela.
Transcorreram pelo menos 30 minutos de uma conversa cercada de
muita emoção e de frases características ditas por minha avó e
transmitidas pelo Amigo Frade. Satisfeita à curiosidade de ambas as
partes sobre o estado e a condição daqueles que ainda permanecem
encarnados na família, ficou ainda na minha Mente o espanto que minha
avó sentiu ao saber que meu pai havia desencarnado pouco tempo depois
dela.
As consequências do contato com minha avó foram positivas e, tão
logo soube que ela resistia ao avanço do seu desenvolvimento espiritual,
descobri que ela estava acomodada num “Centro de Tratamento e
Reabilitação aos Desencarnados” (lembrando que estas “estruturas” são
necessárias a certo nível de desencarnados e cujo objetivo é dar condições
para que estes compreendam melhor seu novo estado existencial. Reforço
que quanto aos cenários, estes existem apenas na memória ou na
imaginação dos próprios “internos”) no Mundo a qual habitava.
Foi-me dito pelos Irmãos Frades que, ao refletir sobre nossa conversa,
minha avó teria se dado conta da grandiosidade da Engenharia Divina em
relação à Evolução da Alma Humana na Terra. Assim, engajou-se em
ampliar o seu conhecimento buscando o conselho de seu Mentor e demais
Monitores disponíveis em sua “Colônia” para compensar o tempo perdido. O
efeito prático disso foi que, poucos meses depois, minha avó entra em
Processo de Preparação no qual o Perispírito é remodelado e todas suas
informações ancestrais são reorganizadas numa unidade de Arquétipo para
que ela possa, em breve, estar renascendo entre os Humanos.
Ainda dentro deste tema, num certo momento, outro parente meu foi
agraciado pela intervenção dos nossos Irmãos fraternos. Um primo
desencarnado a algum tempo do qual não se tinha notícias, nem através
de sonhos, psicografias, ou até lembranças por parte de suas filhas, um
dia foi contatado por um dos Freis. É importante destacar que ele fora ao
encontro de meu primo a meu pedido para apenas obter notícias sobre o
estado dele. Ele encontrava-se, segundo descrito pelo Frei, num lugar
ermo, semelhante a um trecho de mata, sem, no entanto, haver qualquer
outro tipo de criatura viva de sangue quente ou frio (como sabemos, esta
visão cenográfica é a partir do ponto de vista do meu primo
desencarnado). Em sua missão de buscar apenas informações por meio da
observação, o Frei decide estabelecer contato verbal com ele. Ao se
aproximar, meu primo “enxerga” com espanto uma figura humana que
ele logo identifica pelas vestes como sendo um Frade.
Os Freis nos narram esse encontro com muita irreverência pelo fato de
que meu primo teria se espantado com a presença de um Frade ali. Na
conversa que tiveram, um dos Freis esclarece a ele o real motivo de sua
visita e diz, também, de quem foi o pedido para que o fizesse. Ao saber que
fui eu, ele, numa atitude bastante curiosa, fica em pé e tenta limpar-se das
folhas das árvores aderidas a seu corpo, como se por um instante ele
imaginasse que eu estava por ali também. Vale lembrar que ao acordar em
sua nova vida como desencarnado, meu primo encontrava-se seminu, além
de isolado do contato com qualquer criatura.
Querendo entender o motivo pelo qual eu queria ter notícias dele, o
Frei o enreda em um discurso que acaba por resgatar um resquício de Fé
contido no fundo daquela alma perdida. Como efeito disso, o Frei o
convence a segui-lo a outro “local”, onde este poderá aprender mais sobre
O Criador e o seu papel como Criaturas nestes Mundos.
Dias depois, soube que os espíritos encarregados de tratá-lo “lavaram”
e “alimentaram”, tal qual ele se lembrava da época de quando estava
encarnado. Ensinaram-no a meditar e, aos poucos, conectar-se com o
Conhecimento existente no Cosmos. Passado mais algum tempo, ele
evoluíra consideravelmente e, até hoje, se dedica ao Aprendizado enquanto
não chega o momento do seu reencarne.
Numa outra ocasião, fomos surpreendidos com a notícia do desencarne
de um amigo que convivera conosco, até certa altura, numa casa espírita.
Um câncer extremamente agressivo, agravado por um edema pulmonar, o
afastou das atividades da casa, mas nos colocou ainda mais próximos.
Dessa forma, buscamos estar com este nosso amigo em várias
ocasiões, mesmo ele estando internado, por diversas vezes, para o
tratamento do câncer.
Em muitas de nossas visitas tivemos a oportunidade de tratar da
questão relativa ao comportamento dele e a somatização de seus Conflitos e
angústias daquele câncer que o consumia. Muitas vezes, fomos obrigados a
dar verdadeiros “puxões de orelha” nele, o que, de pronto, aceitava sem
contestar.
Quando ocorreu seu desencarne, no mesmo dia fomos avisados de que
ele seria cremado. Nesse momento, nos ocorreu a preocupação numa
suposta situação de que o espírito sofreria as dores do corpo se o
desligamento entre ambos não tivesse ocorrido plenamente. Com base nessa
preocupação, decidimos por evocar os Freis.
Ao recebê-lo, o Frei nos informa que nosso amigo estava ali no
mesmo ambiente que nós e desejava fortemente se comunicar. Apesar da
cautela mantida pelo Frei, em relação ao uso do corpo do Valoroso para
comunicações com outras entidades, este acaba por ceder e permite um
breve contato, por meio do meu Valoroso, conosco.
Com imensa dificuldade para pronunciar as palavras, nosso amigo
consegue expressar àquilo que ele tão desesperadamente tinha para nos
dizer: “Obrigado!!!” . Depois de sua partida, meu Amado é retomado pelo
Frei que vem para fazer alguns comentários sobre a situação que
presenciamos.
Nosso amigo teve melhor chance de se expressar com o Frade e, por
isso, as explicações complementares vieram através dele. O Frei nos explica
que, apesar de nosso amigo ter desencarnado entre outros motivos – pelo
suicídio lento e silencioso causado pela inalação de tabaco, ele haveria
ainda de ir “para um lugar melhor” por conta da chance que teve em rever
seu comportamento junto a familiares e de avaliar, de modo bastante crítico,
a sua vida até aquele momento. Pois, segundo ele, nossas conversas, bem
como os “puxões de orelha” dados, teriam lhe proporcionado isto.
Assim, nosso amigo, então, teria vindo, a despeito de estar ocorrendo
concomitantemente o seu velório, à nossa casa para simplesmente nos
agradecer.
É inevitável que pensemos que a possibilidadede comunicação com o
outro lado também é uma forma de Aprendizado para nós. Mais uma vez,
com a ajuda dos nossos Frades, vivemos mais um momento inesquecível
em nossas vidas.
Que nosso Irmão esteja sempre em Paz!!!
 
 
 
 
CAPÍTULO 07
A Engenharia
Divina
 
 
“Não se pode criar experiência. É preciso passar por ela.”
Albert Cams
Como diria meu Amado: “Se fosse fácil todo mundo
faria”, isso se aplica muito bem a este capítulo
quando me proponho audaciosamente em explicar, ao
amigo leitor, o que acabamos por entender sobre a
Engenharia Divina. Como não me vejo como uma
hábil escritora, vou me valer das transcrições dos
diálogos com o Frei para que ele próprio faça o
clareamento deste tão complexo tema.
Diálogo com o Frei recebido nos últimos
dias de Julho/2014
(...) Nasce um novo ser que surge para servir através da sua transformação interior,
filha (...). Aproxima-se uma bifurcação e diante dela você terá que escolher um
caminho. Cada caminho a levará a uma condição. No entanto, qual será a direção
certa, filha?(...). Você entende que o seu Livre Arbítrio , com sua renovação
interior, serão seus norteadores para a escolha deste caminho?(...). E, com efeito,
você vai escolher o destino que a levará a servir ao seu próximo no qual buscará,
através de obras e suas ações, transformá-los em tempo da nova fase da qual se
aproxima o vosso Planeta (...). - (Grifo nosso) .
Neste pequeno trecho transcrito de nosso diálogo é possível notar que
o Frei e sua equipe nos visitavam a fim de me advertir sobre o momento no
qual eu deveria escolher entre duas situações distintas...
E, como se isso não bastasse, ele deixou claro que se eu não estivesse
devidamente preparada, ou totalmente reformada internamente, poderia
fazer a opção errada. Portanto, as visitas do Frei naquele início tinham um
caráter instrutivo, ao mesmo tempo em que eles próprios monitoravam os
resultados em relação à minha transformação.
Juntando tudo o que comentamos até aqui, podemos perceber que há
de fato uma Inteligência Superior conduzindo a tudo, tanto do lado Deles,
quanto do nosso. Tal qual em uma orquestra, o maestro desta sinfonia atua
por meio de uma Assistência Divina em caráter de emergência dada à
aproximação de um possível limite criado por Ele. Assim, o homem
consegue atingir a uma condição mínima para merecer, estar e viver num
Mundo com menos Sofrimentos, Provas e Expiações.
Portanto, percebemos que estávamos diante
do verdadeiro “vestibular” para o curso
preparatório da vida cuja formatura e glória só
serão alcançadas quando passarmos para o Mundo
Espiritual. Tal “vestibular” foi devido à nossa Missão
junto à casa espírita (na qual trabalhamos como
voluntários) e dos revezes pelos quais passamos em
nossa vida pessoal.
Transcrito de um trecho do diálogo com o
Frei ocorrido no início de Agosto/2014
(...) O Valoroso, filha, redescobriu a Luz quando redescobriu você. Meus
outros Irmãos Capuchinhos já falavam disso, pois andavam com ele (...). É
um Amor Impenetrável, Infinito (...). Deus deu um presente para vocês,
filha, ao mesmo tempo deu Provas para fortalecer esse Amor, o vosso
caráter e espírito. Assim, através dessa ENGENHARIA toda é que vocês se
tornaram o que vocês são, Instrumentos Verdadeiros, eficazes aos nossos
objetivos. Estou aqui novamente, filha, porque você mudou e me foi
permitido te dar suporte, ajuda, auxílio para que não perdesse a Confiança
e a Fé. Não deve duvidar, mas deve, sim, acreditar nisso, filha, vocês são
nossos Filhos Amados e Queridos pela disposição que tiveram de se
entregar de Corpo e Alma à essa Missão (...). O Valoroso, filha, disse certa
vez que você e ele assumiram um compromisso com a “Espiritualidade” e,
a partir disso, a vida de vocês mudou (...). No primeiro momento, parecia
que tudo tinha piorado (...). É que vocês acabaram por ingressar em uma
ordem diferenciada de seres encarnados que foram selecionados para que
trabalhássemos juntos, filha (...).
O objetivo é o de atendermos ao Projeto Maior do Nosso Pai em relação
aos seres humanos (...). Para isso, é importante que aprendam através da
dor, pois não há, neste momento, outra alternativa para que vossos
corações possam se fortalecer e vossas verdadeiras essências possam
aflorar (...).
O Valoroso passou a ser um canal de comunicação, mas sempre com sua
ajuda, filha, pois só confia em você (...). Ele tem a capacidade de chamar o
mal para si e, ao mesmo tempo, encaminhá-lo para o seu devido lugar (...).
Vossas vidas estarão transformadas em breve, filha, e ao longo desse
caminho estaremos sempre com vocês (...). - (Grifo nosso) .
Na transcrição deste trecho é importante que o
amigo leitor saiba que já havia ocorrido a tal
bifurcação dos caminhos que o Frei mencionara em
comunicações anteriores. De fato, eu havia mudado
de modo significativo, de tal sorte que o que saltava
mais aos olhos daqueles que me conheciam era o
aumento no meu alto controle e a maior duração na
minha estabilidade emocional, em outras palavras, eu
surtava com menos frequência. A partir daí, concluí
que não precisava atingir a perfeição para me tornar,
de fato, o tão sonhado instrumento difundido pelo
nosso Frei – segundo as necessidades do Nosso
Criador – mas, sim, apenas o redirecionamento dos
nossos pensamentos e ações, objetivando a nossa
autoajuda para que pudéssemos estar aptos a ajudar
ao nosso semelhante.
Falando ainda dessa transcrição, é a partir dela que o Frei começa a
dar pistas de quem era, de fato, o meu Amor... Falou-se muito pouco no
início, apesar daquela contundente informação sobre a origem do seu
espírito no nível dos Arcanjos. Começava a desconfiar de uma relação mais
antiga entre o Frei, os outros Capuchinhos e meu Amado Valoroso, o que
mais tarde foi confirmado com uma imensa gama de detalhes.
Para encerrar este capítulo no qual tentei escrever um pouco do que
seria a Engenharia Divina, gostaria de lembrar, caso nosso amigo leitor não
tenha percebido, que há um fio condutor que interliga todas as nossas
existências... No meu caso, acredito que este fio tenha um nome... Meu
Amado Valoroso.
Assim, a filosofia dessa complexa Engenharia parece utilizar sempre
um elemento que, de uma forma ou de outra, nos serve como uma baliza
com nítido objetivo de nos mostrar os caminhos e as opções que temos ao
longo de nossas existências. Com isso, quero dizer que esse “elemento” é,
provavelmente, sempre escolhido pelo Criador com muito critério, pois
dependendo do caso, Ele pode vir a executar o nosso destino através dos
caminhos do Amor ou, até mesmo, da Dor.
Cito, além do meu exemplo, aquelas pessoas que nos são tão
próximas, queridas e amadas que de um momento para outro deixam esta
vida de forma tão repentina. Quero dizer, muitas vezes sem aviso, de forma
violenta e que, sistematicamente, através desse acontecimento, nos faz
sofrer. Assim, por meio desse sofrimento, nos faz crescer, superar limites e
dores que jamais imaginaríamos poder ultrapassar e suportar.
Hoje, entendo que se for pela Dor, estaremos aprendendo para
chegarmos ao nível do Amor. Nesse grau de desenvolvimento espiritual
será proporcionado um aprendizado mais suave. De qualquer modo, todos
nós temos aquele “elemento”, ou se preferirem, aquele “fio condutor” que
nos levará a vivenciar todas as Provas, Expiações e Experiências diversas,
por meio dos quais os seres humanos chegam um pouco mais perto de Deus
Pai, O Criador.
 
 
 
 
CAPÍTULO 08
A Saga
Humana
 
 
“Os homens pensam que possuem uma mente, mas é a mente que os possui.
Há pessoas que amam o poder, e outras que tem o poder de amar.”
Bob Marley
Se existe algo de reconfortante na obra escrita de
Allan Kardec e de Chico Xavier é, sem dúvida, o fato
de encontrarmos nessa leitura os motivos que
justificam a necessidade da Saga Humana aqui na
Terra.
Se analisarmos, caro leitor, a história do mundo, das pessoas e a nossa
própria ficaríamos totalmente sem respostas diante de um número infinito
de ações e decisões que tomamos ao longo de nossas vidas. É certo que tais
ações não sejam porinstinto ou por qualquer outro meio de orientação que
possam nos dizer para onde vamos, o que queremos e de onde viemos.
Assim, temos que o espiritismo veio a preencher uma série de lacunas
obscuras sobre a Existência Humana na Terra.
A Lapidação da Alma através dos seus mecanismos – o Crescimento
Moral, o Intelectual e o da Caridade – parece, em princípio, explicar bem a
necessidade que temos de sermos testados em duras Provas (expiações) ao
longo de nossas vidas. Falta ainda entendermos qual será de fato a missão
reservada ao Homem quando este atingir a Maturidade Espiritual e Mental.
Deste modo, foi nesse ponto que resolvi me apegar para compreender
um pouco mais além das fronteiras conhecidas e reveladas por nosso Amigo
Frei em relação à Nossa Verdadeira Missão aqui na Terra.
Se meu amigo leitor fizer uma autoavaliação da sua vida, encontrará
pontos bastantes em comum com a história narrada sobre a minha vida até
aqui. Dessa forma, assim como nós, não estão claros os Propósitos Divinos
que, para complicar, nem sempre seguem uma lógica ou estão à mostra para
serem entendidos ou discutidos.
Assim, por muitas vezes, ou aceitamos calados os fatos impostos pela
vida, ou então escolhemos uma ou mais entre as diferentes dissidências que
ocorrem entre os Homens. É interessante notarmos que essas dissidências
devem ocorrer porque aquele grupo entende que a direção que a maioria
segue é equivocada. Ao mesmo tempo, eles não têm clara qual direção
seguir e, com isso, se rebelam e passam viver à margem da sociedade
comum, ou de forma alternativa e diferenciada da maioria. Isso reforça a
nossa desconfiança sobre a Verdadeira Missão do Homem na Terra!
Apesar da possibilidade gerada com a convivência diária com os Freis
nos permitir questioná-los sobre esse assunto, eles nos conduziram de modo
muito didático por entre o conhecimento sobre o funcionamento do Mundo
Espiritual e os motivos para interação entre o nosso Mundo e o Deles.
Porém, a nossa preocupação é recorrente: A raça humana já não teria
atingido o ponto no qual seria difícil recuperar-se para retomar o caminho
ensejado pelo Criador? E qual seria esse caminho?
Sem saber qual é o caminho ou qual é o Projeto Divino, chegamos a
imaginar que alguns fatos ocorridos e narrados pelos Livros Sagrados e
Apócrifos[5] (Bíblia, Livro de Enoque e etc.) possam ter sido, na verdade,
uma espécie de reinicialização da raça humana ou, simplesmente, uma
limpeza étnica. Os Frades não desmentiram isso, mas nos fizeram entender
que de algum modo a própria evolução do Planeta teria se incumbido de
proporcionar situações que, na ausência da Evolução Mental do Homem,
culminasse com o seu desaparecimento (ou quase isso).
Porém, aos poucos, então, fomos sendo esclarecidos de que a
assistência espiritual, concedida a encarnados, se traduz num esforço
para que possa iniciar uma mudança íntima que culminará com a
descoberta das respostas que tanto ansiamos.
Em comunicações subsequentes do nosso Frei, mais informações
foram agregadas a esse tema. A seguir, comentaremos outros aspectos
relevantes.
É interessante notarmos que sempre quando começamos a buscar
determinadas respostas sobre Aquele que nos criou, fatalmente ficamos
prostrados ante as várias perguntas que o Homem se faz desde quando teve
inteligência para isso: Por que existimos?, Qual o verdadeiro propósito por
detrás disso?, O que Deus ganha em desenvolver um número incontável de
espíritos fazendo com que estes cheguem a “forma do início”?, Início de
que? E sobre o tipo de desenvolvimento dos quais milhares de culturas ao
redor do globo professam... Qual a que está certa?, A que diz que a Alma
deve ser desenvolvida? Ou a que defende o crescimento do
Intelecto/Mente?
Diante de tantas perguntas ainda sem respostas, o nosso Frei foi
progressivamente nos conduzindo ao entendimento de tudo. Porém, antes
foi necessário nos fazer entender como os Mundos elaborados pelo
Criador se organizam e funcionam.
Procuramos saber do Frei sobre os meandros por trás dessa “estrutura
engenhosa” desenvolvida pelo Nosso Criador, mas ele nunca se atreveu, a
se quer, palpitar sobre qual seria o objetivo final Dele.
No entanto, foi ficando claro que o Desenvolvimento da Alma é
apenas um dos aspectos que, por enquanto, chamaremos de Conhecimento
Total. Por isso, ficamos apenas com a ideia de que, por algum motivo, nós –
os espíritos encarnados e os desencarnados em todos os Planetas e “Planos”
– temos também como meta o Desenvolvimento dentro do espectro do
Intelecto, da Moral e da Bondade.
Num dia, durante uma manifestação, perguntei ao Frei se ele já havia
visto Deus. De pronto, respondeu:
“(...) Deus não, filha (...). Nunca vimos Nosso Criador (...). Em
compensação, encontramos com frequência Maria, a mãe de Jesus (...)”.
A resposta me deixou intrigada, mas de algum modo já imaginava que
eles nunca haviam visto o Nosso Criador... A pergunta seguinte foi
inevitável:
“(...) E Nossa Senhora?! Como Ela é?”.
(...) filha, Nossa Senhora é, sempre foi e sempre será uma referência entre
as Almas Bondosas (...). Você acredita, filha, que Ela costuma recepcionar
muitos recém-desencarnados (...)? Sim, Ela os recepciona utilizando uma
forma humana, tal qual era quando deu à luz a Jesus sem qualquer tipo de
adorno, manto ou coroa (...). Quem a vê acha que é uma das trabalhadoras
do “Plano”. No entanto, filha, algumas pessoas, cuja espiritualidade e o
mérito permitem, de pronto a reconhecem como sendo a Mãe de Todos os
Homens. Frequentemente Ela vem a nosso “Plano” observar nosso
trabalho e, em todas as vezes, sem que precisássemos dizer qualquer coisa,
Ela se aproxima dos nossos Assistidos e os abençoa com todo Amor que só
Ela, Nossa Mãe, pode dar (...).
Com essa declaração do Frei comecei, de fato, a
visualizar, ao menos em partes, a rotina e o ambiente
no qual nossos Irmãos invisíveis vivem e trabalham.
Ainda nessa comunicação, Ele nos revela
informações impressionantes sobre Jesus.
(...) não, minha filha, Nosso Mestre e Irmão Maior não utiliza qualquer forma
semelhante a nossa. É bem verdade que há uma distância bastante grande,
podemos senti-lo antever Sua chegada (...). O percebemos graças a um
sentimento que nos invade, cuja palavra mais próxima para descrevê-lo seria o
Amor (...). Na medida em que se aproxima, aquele sentimento de Amor nos toma
por completo afetando aos nossos sentidos e reações, nos colocando
completamente à mercê Daquele que se aproxima (...). Naquele momento, é
impossível pensar em outra coisa que não seja o desejo mais profundo de querer
bem a toda e qualquer Criatura a qual tenhamos tido a oportunidade de conhecer
(...). Bem mais perto é praticamente impossível olhá-lo de frente, pois Sua Luz
viaja imensas distâncias dadas a Sua intensidade e brilho, tais quais as estrelas
que são vistas por vocês da superfície do vosso Planeta (...). Sua fala é mansa e
Sua voz chega aos nossos pensamentos de maneira gentil, lógica e,
principalmente, carregada de benfeitorias aos que receberão às Vossas ações (...).
E assim, filha, são os nossos encontros com Nosso Mestre e Irmão Jesus (...). É
importante dizer a você, filha, que a frequência com a qual O vemos é proporcional
à quantidade de assuntos que Ele, como Governador Deste Sistema, tem para
resolver (...). Não pense que estou me expressando metaforicamente, acredite,
Nosso Mestre tem muito a fazer junto aos Mundos Criados por Deus e que servem
ao Seu Projeto Maior (...).
A expressão “governar” nos remeteu à
lembrança da leitura que fizemos do Livro escrito
por Edgard Armond, “Os Exilados de Capela”.
Apesar de o autor afirmar que trata de um ensaio,
ele descreve em detalhes a participação do Nosso
Mestre na migração de espíritos de outro Planeta
para habitação futura na Terra, orquestrada do
começo ao fim por Ele.
Para resumir, já temos como certo de que não sabemos o que Deus
fará com tantos espíritos após esses terem atingido a Plenitude. O que
sabemos, realmente, é que Planetas Físicos e “Planos” Espirituais formam
uma estrutura extremamente organizadacuja relação com os espíritos em
evolução se dá ao nível da densidade dos corpos que cada Planeta ou
“Plano” requer para dar suporte à vida. Assim, é inerente a tipologia de
cada um à canalização de determinados conhecimentos por meio de
experiências primitivas a avançadas quanto a emoções e percepções.
Com relação à coexistência entre esses Mundos, podemos afirmar que
as diferentes Frequências de Vibração das moléculas inerentes à formação e
dimensão a cada um, propicia a existência de vários Mundos com a mesma
base ou centro no espaço físico.
Quanto aos nossos velhos ícones sobre Deus, Jesus e até Maria, temos
agora uma visão que, honestamente, me parece mais palpável e confiável.
Nessa tal visão percebemos que a Mãe de Jesus continua num árduo esforço
em confortar os Homens, enquanto Seu Filho se ocupa com as providências
nos Mundos que são governados por Ele. Sendo assim, em nenhum
momento, seja Jesus, ou Maria, ou até mesmo o nosso querido Frei atreve-
se a descrever ou, principalmente, entender quem é Deus.
Na concepção, organização e manutenção desses Mundos, quem são
(ou seriam) os Anjos e Arcanjos de Deus nesse cenário?
Nessa ocasião, o Frei nos revelou que os Anjos, de modo geral, são
Espíritos muito antigos e que remontariam à época da Criação dos Mundos.
Assim como em todo processo de estruturação, Deus teria utilizado esses
Espíritos de acordo com suas vocações para as mais variadas tarefas durante
o período de Criação do Universo. Porém, no que se refere ao nosso
Planeta, existem várias passagens que merecem destaque, pois ilustra a saga
desses Anjos.
O Livro Apócrifo de Enoque, Capítulo VII, narra algo que pode ser
comparado a um “motim” ou “deserção” por parte de um grupo de Anjos.
Esses seriam os comunicantes entre O Criador e os descendentes da
primeira Raça Adâmica na Terra. Apesar da posição que ocupavam em
relação à Criação, esses se descuidaram e acabaram por desencadear uma
série de acontecimentos cuja Ciência e a Religião, hoje, começam a
entender. Transcreveremos a seguir trecho do livro de Enoque sobre este
assunto:
(Capítulo VII) (...) e aconteceu depois que os filhos dos Homens se
multiplicaram naqueles dias, nasceram-lhes filhas, elegantes e belas. E quando
aos Anjos, os filhos dos Céus viram-nas, enamoraram-se delas, dizendo uns
para os outros: Vinde, selecionemos para nós mesmos esposas da progênie dos
Homens, e geremos filhos. Então seu líder Samyaza, disse-lhes: Eu temo que
talvez possais indispor-vos na realização deste empreendimento; e que só eu
sofrerei por tão grave crime. Mas eles responderam-lhe e disseram: Nós todos
juramos; que nós não mudaremos nossa intenção, mas executamos nosso
empreendimento projetado. Então eles juraram todos junto, e todos se uniram
por mútuo juramento. Todo seu número era 200, os quais descendiam de Ardis,
o qual é o topo do Monte Armon (...). Estes são os nomes de seus chefes:
Samyaza, que era seu líder, Urakaba-rameel, Akibell, Tamiel, Ramuel, Danel,
Azkeel, Sarakinyal, Asael, Armers, Batraal, Anane, Zavebe, Samsavel, Ertael,
Turel, Yomyael, Arazyal. Estes eram os perfeitos dos 200 Anjos, e os restantes
estavam todos com eles. Então, eles tomaram esposas, cada um escolhendo por
si mesmo as quais eles começaram a abordar, e com as quais eles coabitaram,
ensinam-lhes sortilégios, encantamentos, e a divisão de raízes e árvores (...). E
as mulheres conceberam e geraram gigantes (...).
Figura 1 - Momento narrado por Enoque no qual o líder Samyaza fala com o grupo
Disponível em: https://sabedoriasubversiva.wordpress.com/2013/05/03/a-segunda-queda-dos-anjos/
Alguns autores entenderam que essa situação teria maculado, mais uma
vez, a vida do Homem sobre a Terra e, a partir daí, o mal tenha se instalado
definitivamente no “Paraíso”. Como mencionamos anteriormente, é possível
que o tal Dilúvio tenha ocorrido para fazer mais uma limpeza étnica para
que o Homem tivesse a chance de recomeçar outra vez.
Isto posto, fica uma pergunta: Será que, hoje, a atuação deste Grupo de
Frades Capuchinhos em nossas vidas não seria um modo, ainda que mais
sutil, de tentar-nos “selecionar” em vista de um possível “Dilúvio[6]” ?
Os achados ligados aos nossos antepassados, como a Arca de Noé e os
Gigantes descritos por Enoque, não seriam uma “trilha de migalhas”
deixadas pelo Criador para serem descobertas por nós, hoje, no afã de
entendermos o nosso passado e, assim, corrigirmos o curso para o nosso
futuro?
Figura 2 - A invasão dos Anjos Caídos
Disponível em: ceticismo.net/religiao/os-anjos-para-que-servem/
Figura 3 - Ossos femorais encontrados em escavações arqueológicas, expostos no Museu do Texas
(EUA)
Disponível em: mtblanco.com/2013/04/giants-against-evolution-book/
 
 
 
 
CAPÍTULO 09
Diferentes
Mundos
 
 
“Quanto maior o conhecimento, menor é o ego. Quanto maior o ego,
menor o conhecimento.”
Albert Einstein
No capítulo anterior trouxemos ao leitor uma visão
macro de nossas conclusões baseadas nas narrativas
do Frei ao longo desta convivência com eles. Nesses
relatos abordamos os posicionamentos e funções de
figuras que compõe o cenário conhecido por nós, ou
seja, Jesus, Maria, Anjos, Arcanjos e nós mesmos,
dentro de uma estrutura organizada conforme
destacamos antes.
Assim, passamos também a compreender que, para orquestrar as
dinâmicas da vida de todas as Criaturas que habitam todos os “Planos” e
Planetas, tem de haver uma subestrutura capaz de acompanhar de perto
os acontecimentos no Mundo Físico e que fosse, também, capaz de
interagir sempre que fosse necessário. Soubemos, então, que com a
expansão dos Mundos Físicos, Espíritos mais evoluídos foram
distribuídos em Mundos Concêntricos ao Nosso. Normalmente, os
espíritas costumam chamar estes Mundos de “Planos”. No entanto, é
importante que façamos a diferenciação de modo a explicar como, de
fato, estes Mundos interagem com o nosso a despeito de outras
explicações doutrinárias.
Mundos Concêntricos, de forma mais clara, seriam Mundos
Paralelos ao Nosso, no entanto, não há comunicação direta entre Eles.
Isso ocorre devido ao fato de que a matéria, da qual estes Mundos são
feitos, vibram molecularmente em Frequências Diferentes. Essa situação
permite que estes ambientes coexistam num mesmo espaço. A
comunicação entre Eles, ou até mesmo a visualização de qualquer um
destes Mundos, só seria possível se os seres que os habitam (e que, por
sua vez, vibram na mesma Frequência do Mundo que vivem) tivessem a
facilidade em alterar suas Frequências. Com isso, podem “sintonizar” o
Mundo e seus respectivos habitantes com os quais se deseja comunicar.
Por isso, a prerrogativa de transitar por esses Mundos é apenas dos
Espíritos Evoluídos aos quais nos referimos há pouco. Esses, portanto,
teriam o conhecimento e a prática de “ajustar” suas Frequências
Vibratórias às dos Mundos aos quais necessitariam estar temporariamente
ou definitivamente.
A questão dimensional inerente a este assunto não foi explorada por
nós nas comunicações com os Frades. Porém, acreditamos que se a
multiplicidade das Frequências é o que separa um Mundo do outro,
devemos acreditar que a questão tridimensional não deverá ser um
impeditivo para sua existência.
Quanto a sua função, estes Mundos servem de base para a
acomodação de entidades desencarnadas durante seus processos de
retomada de consciência, planejamento e retorno ao Mundo Físico e
Primitivo, ou seja, a Terra. Os Espíritos Iluminados seriam os
responsáveis pela organização em cada um desses Mundos.
O Frei seguiu por várias comunicações explicando sobre a
Organização da Espiritualidade. Os Mundos “espirituais”, como já
dissemos, estão posicionados ao redor do Nosso e muito próximos à
superfície terrestre. Este fato é relevante, pois, segundo o Frei, há
necessidade muitas vezes de deslocamento rápido na intervenção ou
comunicação premente com o encarnado que está sendo assistido por Eles.
Neste ponto, nos lembramos do que aprendemos na doutrina espírita
sobre nossos Mentores. Segundo ela, estes estariam sempre ao nosso lado
na velocidade deum pensamento desde que assim quiséssemos, porém, não
ocorre bem desse jeito. Entendemos, todavia, que a proximidade física entre
os Mundos Concêntricos deve ser a menor possível para que as entidades
encarregadas da comunicação conosco possam atuar de forma eficiente.
Não podemos deixar de comentar, também, com que clareza o Frei nos
fala da participação dos nossos Mentores nessa Organização. Segundo ele,
nossos Mentores permanecem diuturnamente ao nosso lado e no mesmo
“Plano” que nós, encarnados, diferente daqueles que habitam os outros
Mundos ao redor do nosso, ainda que seja mais próximo da superfície
terrestre.
Os nossos Mentores também são espíritos em Processo de
Aprendizado, mas com certo grau de pureza. Dentre suas atribuições
podemos citar a tentativa de nos envolver diante de situações decisivas ou
de forte emoção, e a Preparação para o Desligamento do Corpo Físico ou
Desencarne.
Os desencarnes, ao contrário do que pensamos, é uma ação após o
devido desligamento do Corpo Físico automático no que tange ao
encaminhamento do novo desencarnado. Isso se prova na medida em que,
ao nos livrarmos do corpo denso e de acordo com nossa Evolução
Intelectual, passaremos a vibrar numa Frequência apropriada ao nosso
estado naquele momento. Com efeito, ao recuperarmos nossa consciência
perceberemos o Mundo ao qual nossa evolução nos remeteu.
Em outras palavras, nossa morada temporária entre nossas existências
será determinada de acordo com nosso Estado de Evolução no momento
em que desencarnarmos. Lembrando, ainda, que essa mudança não está
unicamente atribuída a boas ações e mudanças de caráter no final da nossa
vida útil aqui na Terra, mas sim o que conseguirmos tornar efetivo dentro
de nós no que tange ao que muitos chamam hoje de Princípios ou
Conceitos de Vida . Tais mudanças efetivarão alterações na vibração de
nosso Estado Mental/Energético e isso nos “atrairá” para nosso respectivo
Mundo durante o intervalo entre nossas existências.
Concluímos esse capítulo objetivando passar com segurança a você,
nosso leitor, que mudar é preciso , mas devemos tomar cuidado ao nos
esforçarmos nesse sentido. É imperativo que tenhamos claro em nossas
Mentes que as mudanças necessárias devem ocorrer de dentro para fora e
que isso só se tornará factível a partir do momento que o indivíduo aceitar e
entender as reais necessidades desse Mundo e das interações entre os
Humanos.
Portanto, fazer apenas a caridade da forma como muitos propagam não
é, afinal, o caminho para o tipo de Evolução da qual falamos, mas sim
buscar dentro de si (e essa busca acontecerá por necessidade) sentimentos
que impelirão ações que, de fato, poderão atingir positivamente pessoas,
grupos, cidades, países e o Mundo.
Enfim, saberás que estará no caminho do desenvolvimento quando suas
melhores ações ocorrerem espontaneamente e, dentre elas, você notar a tal
caridade, bondade, entre outras que são destacadas comumente pelas
organizações religiosas, doutrinas, etc.
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 10
Processo de
Reencarnação
 
 
“A paz vem de dentro de você mesmo. Não a procure à sua volta.”
Buda
Uma vez que entendemos que nosso estado de
Evolução ao final da nossa vida como encarnados
determina o Mundo ou o “Plano” ao qual nos
destinaremos, resta compreendermos como é a
chegada e a estada até que a próxima oportunidade de
Reencarnação possa surgir.
Pudemos absorver de nossas comunicações com os Freis alguns
exemplos característicos do que podemos chamar de O Despertar no Novo
Mundo. Obviamente me refiro ao instante após o desencarne. Segundo Eles,
tudo ocorre com muita simplicidade e isso pode ser explicado (como mais
adiante aprofundaremos) pelo simples fato de que somos seres resumidos
ao nosso Intelecto e Consciência. Sendo assim, O Despertar acontece tal
como o Acordar de um sono pesado. Porém, a diferença é a imediata
percepção da ausência total do nosso sistema sensorial corpóreo.
Podemos afirmar que a falta de visão, não no sentido figurado, mas
orgânico, nos traz antes de tudo a agonia sentida daqueles que, literalmente,
não enxergam nada. No estado desencarnado, nossa “visão” depende
exclusivamente da ação mental, ou seja, em qualquer ambiente que
estejamos recebemos as vibrações emanadas no lugar e, imediatamente, a
Mente deve saber interpretá-las para poder compor e reproduzir o cenário
em volta. Isso quer dizer que nesse estado “enxergaremos” e “ouviremos”
com o esforço da nossa Mente, pois não haverão os ditos sensores do corpo
humano para traduzir tudo que há a nossa volta.
E, por falar nisso, o que será que há para se ver nesses “Planos” ou
Mundos no qual acordaremos um dia? Segundo nossos Freis não há nada
para ser visto nesses ambientes, em compensação há muito que sentir. É
bom lembrarmos que nesses lugares fazemos a reflexão e a preparação para
a Reencarnação. Esse processo é divido em duas fases, a
saber: Conscientização e o Processo de Preparação para Reencarnação .
Na fase de Conscientização o recém-chegado é interpelado por
outros que já se encontravam lá e, aos poucos, ao seu modo vai especulando
e entendendo onde está e por quê? Na segunda fase, presumivelmente, esta
mesma entidade, de acordo com sua evolução naquele “Plano”, poderá
acessar às suas memórias antepassadas, para, a partir daí, organizar e
delinear os pontos chaves do seu macro plano de vida em sua próxima
existência.
Em certa comunicação o Frei e sua equipe oportunamente nos revela a
dinâmica do Processo de Preparação para Reencarnação . Essa
comunicação está transcrita a seguir:
Outubro de 2014...
(...) Em relação ao retrabalho do Perispírito, a preparação para
Reencarnação se dá no “Plano” no qual o espírito migrou no momento em
que desencarnou. Ao despertar, o recém-chegado será entregue às mãos de
uma equipe que se encarregará de posicioná-lo quanto à sua nova
situação[7]. É necessário a todos os recém-desencarnados um período de
“adaptação”. Esse período poderá variar de espírito para espírito, mas,
como já dissemos, estes estarão sob o monitoramento de uma equipe que
observará o momento em que eles estiverem prontos para a próxima fase.
É importante lembrar que, durante esse período, estes novos espíritos
conservarão suas formas perispirituais, identidades e outras
características de sua última existência.
Essa nova fase é, certamente, a mais importante de todas, pois é um
momento no qual todos nós voltamos à nossa forma original, ou seja, pura
e simplesmente Energia Inteligente, na qual não há qualquer tipo de
identidade, gênero, forma corpórea, etc . Tal situação se caracteriza por
se tratar da revelação de toda nossa existência diante de nossos olhos. Isto
é possível porque carregamos, aonde quer que reencarnemos, um
dispositivo ao qual chamaremos de Arquétipo .
Esse dispositivo funciona como uma espécie de “chip” que desde a nossa
criação vem registrando todas as nossas existências, experiências e
vivências, não só individuais, mas muitas coletivas. O acesso ao Arquétipo
só poderá ser proporcionado depois que o espírito estiver consciente de
onde está e, principalmente, se tornar lúcido quanto à sua existência e a
sua filiação Divina.
O Arquétipo, uma vez acessado, preconiza-se a fase relativa à preparação
daquele indivíduo para sua Reencarnação. Nessa fase, com a ajuda de
seres esclarecidos, o futuro encarnado “programa” o proporcional a 50%
das características principais, Caminhos, Desafios e Provas pelas quais
ele deverá passar. Nesse breve período de planejamento, será possível
também visualizar as relações humanas que deverão ocorrer para que se
formem as situações escolhidas para indicação de bifurcações e caminhos
alternativos.
Desta maneira, uma vez que a “programação” esteja pronta, o futuro
encarnado passará pelo processo reverso em relação ao seu Corpo
Energético, ou seja, na condição de Energia Inteligente, esta será
gradativamente compactada para que possa habitar um corpo fetal e,
assim, seu Arquétipo será novamente “blindado”.
Deste modo, certos conceitos e informações necessárias à sua próxima
existência poderãoser acessados por meio de intuições.
É importante salientar que, após nos tornarmos novamente Energia
Inteligente, não possuiremos mais um Gênero Específico. E, assim, por um
“instante”, faremos parte da eterna discussão entre os encarnados sobre:
“Qual será o sexo dos anjos?” (risos) .
Ainda sobre o Arquétipo, uma forma de percebermos como a informação é
levada de uma geração para outra é quando dizemos que uma determinada
geração de crianças parece ter vindo mais inteligente do que a de seus pais
(...). Em outras palavras, avanços tecnológicos, informações importantes à
raça humana são disseminadas também através do Arquétipo.
Uma vez encarnado, no momento certo o Arquétipo deixará “vazar” para a
consciência informações que sejam úteis diante de uma determinada
situação. No entanto, devo esclarecer que esta informação figurará como
uma intuição, a qual o indivíduo poderá aceitá-la ou desprezá-la de acordo
com sua livre escolha ( Livre Arbítrio ), e/ou a influência de seu Mentor ou
espíritos acompanhantes no ambiente em que se encontra.
Cito, como exemplo, uma criança encarnada cuja sua existência anterior
fora marcada pelo total repúdio a animais de qualquer espécie (...). Agora
reencarnada, ainda na tenra idade, se depara com um animal doméstico e,
naquele instante, recebe a intuição de que deve repudiá-lo e maltratá-lo
por conta disso. Seu Mentor sugere que o animal não pode lhe fazer mal
algum e ainda pode lhe ser um companheiro em suas brincadeiras (...). O
pequeno espírito o ouve e ao invés de repudiar o animal ou maltratá-lo,
afaga-o, mudando, assim, sua atitude em relação a algo muito
característico em sua vida anterior (...).
Outro exemplo é quando temos um espírito encarnado, também na tenra
idade, mas habitando um lar totalmente desequilibrado, desestruturado, no
qual certamente habitam espíritos desencarnados de baixa vibração e,
quem sabe, até espíritos da terra (sedentos por realizar os desejos ruins de
encarnados em troca de regalias materiais) - abordaremos esse tema mais
adiante. Essa criança, diante da mesma situação como o exemplo anterior,
teria condição de ouvir o seu Mentor a aconselhá-lo positivamente em
relação ao animal? Afirmo a você que não, pois a influência e
envolvimento, promovidos pelos outros espíritos mencionados naquele
local, impediriam a livre escolha pela opção mais adequada e esperada
para um espírito em Evolução.
Cito ainda o que pode acontecer em ambientes desequilibrados: o espírito
de um assassino renasce para uma nova vida carregando em seu Arquétipo
aquela informação de que tem prazer em tirar uma vida. Quando pequeno,
dentro de um ambiente como este, ele não terá grandes chances de poder
escolher outra forma de viver, pois em volta dele terão espíritos sofredores.
Talvez, esses espíritos possam ter tirado a vida dele em encarnação
anterior que o perturbarão e o obsediarão naquele lugar. O Mentor, muitas
vezes, depois de grande e prolongado esforço de gritar ao pensamento, aos
ouvidos daquela criança, pede para que ela saia daquele ambiente,
daquele lugar. Isso é o que acontece com alguns, Graças a Deus, que
acabam encontrando um ambiente mais propício e acabam por, finalmente,
ouvindo seus Mentores e tomando outros caminhos na vida (...). - Grifo
nosso .
Outra informação de grande importância revelada pelos Frades e, no
mínimo, motivo de polêmica entre nós, encarnados, é a questão
do Homossexualismo .
Dentre as muitas escolhas que temos ao elaborarmos a trama
parcial do nosso destino para a futura reencarnação, uma das Provas
mais desafiadoras é a da Troca de Gêneros . Em outras palavras,
espíritos totalmente configurados num determinado gênero são
enviados para reencarnar em corpos de gêneros opostos.
Pois bem, os Frades, ao nos revelarem a sistemática do processo de
preparação para a reencarnação de minha avó[8], aproveitaram para
elucidar como se dava o que chamaram de Homossexualismo Natural , ou
seja, previsto para acontecer dentro dos preceitos da busca pela Evolução.
Segundo eles, durante o processo para a reencarnação, é possível
“programar” uma vida com os gêneros trocados, ou seja, Alma feminina
num corpo masculino e vice-versa. O propósito disso seria o de
proporcionar ao espírito um dos maiores desconfortos que ele e a Mente
Humana poderiam suportar – viver constantemente sob forte Conflito em
troca da percepção das verdadeiras razões que deveriam promover o
Crescimento Humano aqui na Terra.
Como veremos mais tarde, chegado o momento do reencarne, uma
equipe fará a preparação do espírito no que tange a sua “remoldagem”
perisspiritual e também a compactação das informações contidas no
Arquétipo. Isto é, seus dispositivos de segurança (véus) que evitam o acesso
direto da Mente consciente do novo encarnado às suas memórias
pregressas.
Esta fase é elaborada com ajuda intelectual de Espíritos Iluminados –
Mentores. A Programação responde apenas por 50% dos eventos pelos
quais este novo encarnado deverá passar em busca do resgate do seu
Crescimento. Faço questão de lembrar aqui que os outros 50%, relativos aos
caminhos que ele percorrerá, sempre estarão sujeitos à influência do Livre
Arbítrio e, por isso, não poderão ser pré-determinados.
Como resultado, aqui na Terra vemos comumente adultos e crianças
que se comportam de acordo com o gênero oposto ao que vieram. É bem
certo que esse tipo deve ser compreendido como alguém que escolheu viver
nesta condição, assim como aquele que nasce portador de uma deficiência
física, moradores de rua, escravos, nos quais eles estarão à mercê do
Preconceito, da Marginalização, entre outras Doenças Sociais.
Existem outros tipos de Homossexuais que aqui trataremos como Não
Naturais, isto é, aqueles que por motivos ligados ao prazer físico mudam de
gênero. Talvez, nestes casos, a Psiquiatria Moderna possa ter mais respostas
para explicar tal mudança.
Os Frades nos alertaram quanto à opção desta mudança ser motivada
por conta das necessidades físicas relacionadas ao prazer que estas pessoas
perdem com o tempo pela banalização do relacionamento íntimo dentro do
seu gênero original.
A erotização, por vezes, lhe proporciona o prazer físico, estando na
condição do gênero oposto. Nessa busca, este acaba por encontrar, no
Proibido, uma forma alternativa que o impele a uma via compulsiva
naquela condição. Outro conceito sobre a motivação desta mudança de
gênero talvez se explique também pelas atitudes da própria sociedade.
Através de séculos de regras e decretação de comportamentos ideais,
corrompeu Mentes muito fracas e totalmente dependentes exclusivamente
dos prazeres proporcionados pelos seus corpos. Por isso da busca frenética
pelo prazer através do sexo muitas vezes com o mesmo gênero. Do ponto
de vista Evolucionista, esta vivência deverá determinar um novo
comportamento e uma nova existência mais desprendida das necessidades
físicas e fisiológicas do corpo humano. O ganho nisso será de uma
existência voltada com mais rigor ao Desenvolvimento da Mente e do
Espírito.
O que tratamos neste capítulo é, na verdade, a
essência dos componentes do processo que envolve a
reencarnação de todos os seres em quaisquer Mundos
criados por Ele. No entanto, este processo é mais
complexo no sentido das várias alternativas que são
utilizadas como forma de Autoaprendizado . Por
isso vamos discorrer sobre este assunto na
continuação desta Obra num próximo livro.
 
 
 
CAPÍTULO 11
Espíritos
Iluminados
 
 
“Humildade, Simplicidade e Justiça.”
Ordem dos Freis Capuchinhos
Juntamos várias narrativas dadas pelo nosso Amigo
Frei, a quem chamaremos a partir de agora de Frei
Guido. Sua identificação nos foi possível depois de
percebermos, durante algumas manifestações,
detalhes ligados às suas existências anteriores.
Assim, em um determinado momento, possibilitou o
questionamento direto sem oferecer qualquer chance
a ele de “fuga” em relação à resposta.
Frei Guido tornou-se Frei aos 33 anos de idade, o que ocorreu por
volta do ano 1211. Sua ordenação foi concedida por Francisco de Assis
(São Francisco), na regiãode Córtona – Itália – mais precisamente na
localidade conhecida hoje como Eremo “Le Celle”. Vale a pena destacar
que o chamamos de Guido por causa dessa existência que, além do
privilégio da convivência com São Francisco, se destaca também pelo ato
semelhante ao do seu Mestre, quando Guido Vagnottelli abre mão de todos
seus bens para segui-lo.
Suas existências subsequentes foram, também, na condição de
Sacerdote, o que agregou a seu espírito um enorme sentimento de
Fraternidade e Amor Verdadeiro pelo próximo, motivo pelo qual, hoje, está
à frente deste Grupo de Frades que visita encarnados.
Aproveitei, ainda dentro dessa comunicação, para saber do Frei Guido
sobre qual teria sido o nome do meu Amado como Capuchinho.
“(...) O nome do Valoroso, como Capuchinho, sempre foi Roberto
(...)”.
Ainda não contente, já que estávamos
descortinando o momento em que as identidades e
nomes utilizados em outras encarnações estavam
sendo revelados, decidi acrescentar mais uma
pergunta – Quais eram os nomes dos Capuchinhos
que integram à equipe?
(...) Aqui conosco, filha, temos eu, como Guido; à minha esquerda, o
suporte da medicina, Humberto; Cirillo e Aldo, que trabalham com vocês
no tratamento da saúde na casa espírita que frequentam; do meu lado
direito temos o suporte da economia através do Ubaldo (economista);
Camillo, o mais velho; Giancarlo, desencarnado aos 23 anos; e Giuseppe,
desencarnado aos 19 anos (...).
Ainda sobre os Frades, lembro-me que no dia
dessa comunicação voltava da cozinha para o
escritório, em minha casa, quando, ao passar pelo
quarto do meu filho, tive a sensação de ter “visto” um
dos Irmãos Capuchinhos sentado aos pés da cama em
aparente Oração. Era certo que naqueles dias
vivíamos alguns problemas junto ao meu filho, e
pedimos muita ajuda em pensamentos e Orações para
sabermos lhe dar com tudo àquilo. Mas o fato em si,
o da aparição, instigou demais minha curiosidade.
Em uma comunicação com o nosso querido Frade,
aproveitei e lhe fiz a pergunta em relação àquela
visão. De pronto, ele disse:
“(...) Filha, como era o Irmão que você sentiu ter visto no quarto do
seu filho?” .
“ (...) Não vi o rosto dele. Ele estava sentado com o capuz cobrindo
totalmente sua cabeça, com o olhar voltado para baixo, com a postura
arqueada (...)” . - Respondi.
“(...) Você diria, filha, que ele era novo ou velho? (...)”. - Neste
momento, Frei Guido olha para seu lado direito, como se estivesse
esperando a manifestação de um dos seus Irmãos.
“(...) Como estava com a postura arqueada, diria que era um idoso
(...)”. - Naquele momento, ele já dava sinais de que sabia de quem era.
“(...) Era Camillo, filha! (...)”.
“(...) E o que ele fazia lá, Frade? (...)”.
(...) Camillo buscava estar em contato com os objetos do seu filho para
sintonizar sua frequência. Dessa forma, filha, podemos acessar as Mentes e
Corações de quem quer que seja sem sairmos de perto de vocês. Foi isto o
que aconteceu (...). Sabíamos que você nos perguntaria sobre seu filho, por
isso Camillo foi até lá para buscar, ouvir e senti-lo (...).
Aqui cabe uma explicação: apesar de não
enxergarmos com os olhos do corpo os que estão do
outro lado, naquele momento em que “vi” Frei
Camillo, houve uma “coincidência” na paridade de
nossas vibrações e, por isso, foi possível eu
vislumbrar, ainda que de forma sutil, suas formas
repousando sobre a cama do meu filho. Lembrando
que eu o vi não com os olhos do meu corpo físico,
mas sim com os da Mente.
 
Figura 4 - Francisco e seus companheiros diante de Inocêncio III, 1297-1299. Basílica de São
Francisco de Assis, Assis
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_de_Assis
Outra faceta conferida aos nossos Amigos Frades é, sem dúvida, os
Encontros que temos até hoje num determinado dia da semana sempre no
mesmo horário. A respeito desses Encontros, para que o amigo leitor possa
entender, estes equivaleriam às famosas “reuniões de mesa branca”. Tais
Reuniões, por meio de um grupo de médiuns, entidades “são recebidas” para
darem comunicação na forma de mensagens ou, até mesmo, discursar sobre
questões cármicas ligadas às pessoas do grupo ou fora dele.
No entanto, com os nossos Frades é diferente. Em nossa sala, ao redor
de uma mesa retangular que temos, posicionam-se 8 Frades, minha filha, eu
e meu Amado Valoroso. Depois de ocorrer a incorporação, Frei Guido
assume a condução da reunião. Além de nós e dos Frades, frequentemente
participam mais de uma dezena de Espíritos Assistidos e seus respectivos
Mentores. Apesar de ser uma das prerrogativas desse encontro permitir a
livre comunicação entre os dois lados, comumente estas reuniões acabam
por se tornarem verdadeiras aulas sobre O Criador e a Criação.
Vi muitas vezes, Frei Guido, tomado pelo calor de suas explicações, se
emocionar diante de tão seleto público. A respeito desses, posso adiantar que
ao contrário do que muitos imaginam, os espíritos que frequentam as
reuniões buscam explicações complementares sobre os Verdadeiros rumos
que a Raça Humana deve tomar . Por isso, invariavelmente, recebemos em
nossa casa uma casta de espíritos em certo grau já de Evolução oriundos de
diversos Mundos.
Certa vez, Frei Guido nos explicou que locais como o nosso, que
promovem este tipo de encontro, são vistos e localizados por espíritos tal
qual é a chama de uma vela em meio à escuridão total. Curioso comentar
que, ainda que esteja em um Mundo paralelo ao Nosso, sua condução até
aqui é promovida pela habilidade de seus Mentores em criarem os ajustes
necessários às suas Frequências Vibracionais.
Um dia perguntei ao Frei se, nesse deslocamento, estes Assistidos não
acabam por ter contato com a “massa de espíritos desorientados” que
preencham os espaços por entre o nosso “Plano” Material. Minha
preocupação era em saber se, por serem nossos Visitantes – entidades mais
esclarecidas, eles sofriam algum tipo de assédio ao chegarem aqui e,
também, por conta da proximidade com a “massa”. O Frei me explica que
não, o padrão vibracional dos nossos Visitantes semanais e a curta distância,
do ponto de vista físico entre a face que tangencia o Mundo deles e o
Nosso, permite uma travessia segura totalmente a despeito do que há fora
da nossa casa.
Lembro-me bem, numa dessas reuniões, Frei Guido empolgado em
suas explanações quando, de repente, tudo foi interrompido pela chegada
de um acidentado de moto que acabara de desencarnar próximo dali. De
modo pouco comum, o recém-desencarnado fora levado pelo seu Mentor
até as portas da reunião, face ao desespero deste em comunicar-se com
sua filha pequena. O recém-desencarnado tinha, por visceral necessidade,
que fosse dito à filhinha que o “papai não havia conseguido (...)” .
Entendemos, depois, que o pai era um entregador que utilizava uma
motocicleta em meio expediente para reforçar o orçamento doméstico.
Pelo que soubemos, a busca pelo reforço no orçamento seria no afã de
poder comprar-lhe um presente para o Natal, daí o seu desespero.
No entanto, fiquei desesperada ao ver que Frei Guido, logo na chegada
do recém-desencarnado, pediu ao Frei Aldo sair em busca de alguém...
Continuava sem entender, quem e por quê... Minutos depois, Frei Aldo
retorna acompanhado de um Espírito Socorrista. Ao narrar esta cena para
mim, Frei Guido se emociona ao me dizer que o Socorrista era o meu pai!
Totalmente concentrado em sua Missão, meu pai mal percebeu aonde
veio resgatar o recém-desencarnado. Sua primeira atitude foi acalmar o
motoqueiro e depois, olhando para seu lado direito, notou a mesa e a nossa
presença ali. Nessa altura, dada à riqueza de detalhes narradas pelo Frei
Guido, foi impossível segurar a minha emoção, “desmoronei”... Meu pai,
logo que caiu em si, veio em minha direção e me deu um beijo no alto da
minha cabeça, abriu um sorriso para minha filha e, mais do que depressa,
retornou ao seu resgatado para levá-lo ao Mundo no qual ele seria tratado.
Numa outra reunião, Frei Guido nos presenteia com a notícia de que,
entre os desencarnados ali na nossa frente, havia um que se escondia atrás
de seu Mentor.Era minha vozinha, aparentando anos mais nova e que fora
colocada bem próxima a mim para que pudéssemos sentir uma a outra.
Acredito não precisar descrever o tamanho da minha emoção ao senti-la e
poder “ouvi-la”, por intermédio do Frei.
Afirmo a vocês, mais uma vez, que a experiência
vivida ao lado dos Freis transcende a qualquer outro
acontecimento que tenha envolvido, de forma
semelhante, entidades e seres encarnados. Assim,
atribuímos a estes a justa denominação de Espíritos
Iluminados, aos quais seremos Eternamente Gratos.
 
 
 
 
CAPÍTULO 12
Religiões,
Doutrinas,
Seitas...
 
 
“Buda não era budista... Cristo não era cristão... Maomé não era
muçulmano... Eles eram mestres que ensinavam amor. O amor era a sua
religião.”
Autor Desconhecido
Segundo o hipnólogo Fábio Puentes, em seu livro
“O Marketing das Religiões”, ao longo de toda a
história da humanidade sempre houve aqueles que
por meio da religião tentaram manobrar imensos
Contingentes Humanos. Os motivos seriam muitos,
mas todos eles certamente ligados a sede ancestral do
Homem de ter o poder sobre o Destino ou a Vida do
seu semelhante. A cobiça vem como o
acompanhamento ideal para estes que, obviamente,
têm a real capacidade de identificar os laços frágeis
que unem as pessoas e os pontos fracos de cada um
de nós. Perceba que esse tipo de visão é um dom,
mas certamente é empregado por estas pessoas para
fins nada dignos.
Ainda segundo esse autor, historicamente, o “manipulador” utiliza-se
sempre de figuras de importância real, como Jesus, Buda, Maomé, Krishina,
Padre Donizete, Madre Teresa, Allan Kardec, Chico Xavier, João Paulo II,
entre outros, que deixaram um incontestável legado de Conhecimento, além
de verdadeiras Provas de Amor para com a humanidade.
Porém, a questão é: Se sabemos a motivação e os meios utilizados,
então, como o Ser Humano se deixa enganar por estes indivíduos ? A
resposta é bem simples. A procura incessante do ser humano pela cura de
suas dores, sejam elas originadas pela falta do material ou relacionadas ao
físico/emocional a despeito do que as provoca, nos leva a necessidade
extrema na crença da solução através do Divino.
Como já dissemos, a crença que as Divindades podem interceder a
nosso favor é o “combustível” utilizado pelos tais “manipuladores” citados
por Puentes em seu livro. O efeito disso, ao longo da história da
humanidade, tem sido a Involução do Homem por colocá-lo no caminho
oposto ao que este deveria estar seguindo. A promoção da Falsa Esperança
cria a dependência e a crença, muitas vezes, obstinada naqueles que de fato
nada podem fazer por nós.
O verdadeiro papel, não só das casas espíritas, como também de todas
as outras Instituições Religiosas ou Doutrinárias é, a rigor, a transmissão de
uma ideia através da qual se pretende manipular certa massa. Assim, esta
pode subsidiar as vaidades pessoais e também materiais de um grupo de
pessoas. Não queremos, com estas palavras, generalizar este
comportamento, ao contrário, pretendemos fazer justiça àqueles que,
de fato, doam suas vidas para ajudar aos outros sem que tenham,
necessariamente, uma estrutura física, jurídica ou até mesmo recursos
financeiros para fazê-lo.
Com o que disse há pouco, já deixo a dica de que para ajudar ao
próximo, não são Instituições Organizadas de cunho religioso ou
doutrinário que, necessariamente, o farão, mas sim os seus integrantes,
caso estejam devidamente conectados com a Força Criadora são quem,
de fato, farão muito pelo seu semelhante .
Entretanto, escolhemos falar mais sobre as casas espíritas, centros de
umbanda e candomblé devido ao fato de que os conhecemos de um modo
talvez mais profundo... As experiências acumuladas com essa vivência nos
evidenciaram a precariedade das essências humanas em relação àqueles que
também fazem a gestão dessas Instituições. É óbvio que existem exceções
à regra !!! Esse fato, portanto, não isenta da mesma responsabilidade as
igrejas católicas, ortodoxas, evangélicas, entre outras, das suas
responsabilidades quanto ao que comentaremos a seguir.
Alguém, um dia, disse:
“(...) Dirigentes de casas espíritas são, na verdade, um bando de
espíritos atormentados no qual o ‘melhorzinho’ dá palestras aos visitantes
(...)”. - Autor desconhecido.
É obvio que concordamos com essa afirmação, pois vimos de perto que
aqueles que estão à frente da instituição e, até mesmo, à frente da organização e
administração de cursos sobre o assunto, são de fato os mais necessitados de
ajuda.
Notamos também que, com o passar dos anos, a capacidade que
algumas pessoas tinham de “se comunicarem” eficientemente com os
espíritos vai se tornando cada vez mais falsa. Tal fato se dá certamente pela
dinâmica imposta pela vida nas grandes cidades onde a tensão contínua,
violência e desafios profissionais acabam levando o ser humano a um
comportamento mais “reagente” ou “bético” (no qual o regime de ondas
cerebrais fica estagnado na condição BETA). Talvez seja por isso que os
melhores centros (ou pelo menos os mais confiáveis) estejam localizados
em áreas mais interiores ou rurais.
O regime de sono, ou pré-sono, é identificado pela emissão de ondas
ALFA pelo cérebro humano. Este estado, segundo pesquisadores, propicia
um “desligamento” do ambiente ao redor da pessoa, o que para alguns
acaba por gerar as condições ideais para o transe.
Acredito que o leitor esteja se perguntando: Como se explicariam os
tratamentos realizados com sucesso ligados à Saúde Mental e Física de
pessoas que procuram casas espíritas, centros de umbanda, entre outros? A
resposta é simples... A nossa necessidade/carência é tão grande que o poder
da sugestão impetrada por aquele que pretensamente “cura”, acaba por
gerar o que podemos chamar de uma “pseudo fé”. Isso explicaria a maior
parte das curas em centros ou locais cuja qualidade de seus trabalhadores
seja duvidosa.
Porém, há também situações as quais nos remete a uma série de
mudanças vindas de dentro para fora, normalmente decorrentes de uma
situação de grande dificuldade e que, na ausência de um “representante da
Fé”, faz com que busquemos dentro de nós aquela “Força” misteriosa que
nos leva à superação daquele momento.
A isso chamamos de Verdadeira Fé !!!
Jesus, numa determinada ocasião, foi interpelado por um deficiente
visual que lhe pedia insistentemente para que o curasse... Jesus tocou-lhe os
olhos e disse:
“(...) Abra teus olhos (...)”.
E o cego passou a enxergar... Agradecido, disse a Jesus:
“(...) Obrigado, Meu Senhor, Tu me curastes! (...)”.
Ao que Jesus responde:
“(...) A tua Fé te curou (...)”.
É, portanto, nesse contexto que muitas vezes pessoas se curam, os
males são afastados e, ao final, acaba sendo sempre pelo mérito do lugar ou
de determinado médium que atua naquele local.
Observamos que os colaboradores, se preferirem trabalhadores
voluntários, muitas vezes, para não dizer sempre, camuflam sua verdadeira
identidade com um determinado credo. Quero dizer que é comum
encontrarmos, principalmente em casas espíritas, trabalhadores voluntários
que se descobrem mais como Espiritualistas do que Espíritas. Por isso, eles
acabam sendo tolhido por conselho doutrinário formado dentro da
instituição, tal qual um dia foi criada a “Santa” Inquisição para perseguir
aqueles que divergiam da Fé Cristã. Como resultado direto disso, esses
trabalhadores vivem à face permitida ou autorizada da doutrina nesses
lugares e, fora de lá, vivem a sua verdadeira Fé e Crença de modo mais
privativo.
Pergunto a você, leitor, quais religiões são estas que, ao invés de
libertar, continuam a escravizar o Homem, a sua Alma e seu Intelecto a uma
versão da verdade conveniente ao interesse manipuladores de alguns?
De qualquer modo, nossa tese é a de que se não existem mais, ou estão
rareando pessoas com a capacidade de aprender através dos ensinamentos
dos espíritos, o que devemos esperar dos locais conduzidos por estes?
Ainda que seja um comentário de menor importância, frente a isto que
acabo de explicar, muitos dirigentes realizam seus egos primitivos e
exercitam suavaidade reprimida. Assim, ao invés de procurarem depurar
seus pensamentos e buscar dentro de si o verdadeiro apelo através do
quais estes deveriam Servir ao Próximo , eles disputam cargos e funções
em casas ou centros religiosos como se fosse uma instituição comercial, na
qual altos salários seriam pagos aos eleitos... Acreditem..., isto é verdade!
Ao invés de tecermos críticas a respeito de centros ou terreiros,
acredito ser mais produtivo focarmos no qualitativo a respeito dos seres
humanos que trabalham nesses locais.
Comentamos a pouco que para ajudar ao próximo de maneira
Verdadeira e Eficiente não há necessidade de se ter uma entidade jurídica,
um canal de TV, um prédio bonito ou, até mesmo, um sistema de
arrecadação de dízimos para a “sustentação” da dita instituição. A Ajuda
Verdadeira deve partir de forma absolutamente imparcial e, de preferência,
isenta de emoção por parte de quem a aconselha, pois uma vez traído pelos
sentimentos que a visão pelo outro sofrimento gera, pode-se, de forma
equivocada, indicar soluções ou até mesmo “tratamentos” que não trariam
nenhum tipo de resultado real e positivo.
Muito nos preocupa, portanto, a verdadeira condição dos chamados
“médiuns” que atuam nessa ordem doutrinária ou religiosa que, apesar de
atuar sob a bandeira da ajuda ao próximo, tem, na verdade, trazido
dependência, frustração e uma profunda incompreensão dos verdadeiros
elementos que compõem o desafiante Aprendizado nesse Mundo.
Isso fica muito pior quando essa “ajuda”, além de ser dada por alguém
não preparado, vem travestida de uma personagem do folclore ou do
imaginário popular. Não devemos confundir o que de fato acontece com
algumas pessoas que, por estarem um pouco mais propensas ao estado de
transe, “acessam” o Arquétipo coletivo do qual passam a sentir as
influências de personagens folclóricos, cuja sabedoria simples às vezes se
encaixa em alguns casos cujas pessoas procuram ajuda. É por isso, por
exemplo, que se formos à dez terreiros e mais dez centros espíritas
encontraremos em todos eles e, ao mesmo tempo, baianas, caboclos, pretos
velhos, padres, frades, etc.
Nosso objetivo, neste capítulo, não é o de generalizar ou de denegrir
qualquer corrente, terreiro ou centro espírita, mas sim fazer um alerta aos
que compõem esse tipo de ambiente a pretexto de ajudar o próximo para
que se conscientizem e busquem a verdadeira inspiração para que se possa
doar a Verdadeira Ajuda aos que à eles procuram.
Como comentaremos mais adiante, o mal existe e seus representantes
caminham entre nós com a mesma facilidade que o vento nos toca. A outra
face que poderá ser um problema, e mais uma vez ligada também ao ser
humano que dirige e atua nesses centros e/ou terreiros, é que a invocação do
Mal é tão fácil de ser ativada (isso graças aos nossos conflitos originais
surgidos desde o nosso nascimento, medos, entre outros traumas) que basta
que haja a “incorporação” e o desejo profundo do assistido para que algo de
ruim seja materializado para outra pessoa e em outro lugar. Como já disse, o
Mal existe, mas este precisa de um “orientador” e este poderá se servir de
outros elementos físicos (tais como trabalhos com velas, oferendas,
sacrifícios de animais, etc.) para que o assistido possa dar “força” ao seu
desejo até que esse se realize. É mais fácil fazer o Mal para alguém do que
o Bem. Nossa Mente, como veremos mais adiante, ao longo de nossa
existência assimila muito mais nossas experiências negativas do que as
positivas, o que, portanto, gera uma crença de que se algo de ruim pode
acontecer, acontecerá. Isso facilita tudo.
Talvez seja por isso que esse tipo de crença encontra mais adeptos do
que o próprio positivismo. Para ser mais claro, o espiritismo não evoluiu
mais, ou se expandiu, por conta da falsidade praticada de algumas décadas
para cá, face à perda de contato com a Espiritualidade, como já
comentamos.
As casas de umbanda, terreiros de candomblé, entre outras, foram
costumes trazidos pelos nossos irmãos escravos de suas regiões de origem e
que tanto acrescentaram à nossa cultura geral. No entanto, hoje, muitos
frequentadores desses locais usam a força nessa crença para a obtenção de
vinganças pessoais, fazer “amarrações amorosas” e de alcançar bens
materiais a despeito do que um dia já foram essas culturas.
Esperamos que a leitura deste capítulo tenha alertado os que tiveram a
curiosidade em adquirir este livro para o fato de que não serão Igrejas,
Templos, Casas ou qualquer outra estrutura semelhante que responderá às
vossas dúvidas mais íntimas, mas sim para o fato de que, se procurar com
olhar certo, eventualmente poderá encontrar pessoas cujo maior patrimônio
se mostrará através da Humildade e da Simplicidade de Pensamentos .
Esta Criatura também será provida de um Amor muito próximo ao
Incondicional em relação ao seu semelhante e poderá, oportunamente, ser
o seu Mentor Encarnado que o levará a uma viagem através da qual você se
conhecerá plenamente. O Autoconhecimento acarretará o recebimento do
maior presente que um ser humano encarnado poderá receber, ou seja, o
de Saber Quem É, De Onde Veio e Para Onde Vai , como trataremos nos
capítulos a seguir.
 
 
 
CAPÍTULO 13
O Outro Lado da Espiritualidade
 
 
“Os seres humanos que se apegam demasiado aos valores materiais são
obrigados a reencarnar incessantemente, até compreenderem que Ser é
mais importante do que Ter.”
Buda
Neste capítulo, caro leitor, tentaremos discorrer
sobre a orientação que tivemos através do Frei Guido
sobre A Outra Face da Espiritualidade. Gostaríamos,
aqui, de fazer uma distinção e um breve
esclarecimento sobre a Organização dos Espíritos.
Essa distinção, é claro, passará pela discussão
religiosa, ou seja, teremos de correlacionar certos
comentários do Frei com o que conhecemos na
condição de encarnados neste Planeta, em face de
religiões, dogmas e doutrinas existentes aqui.
Acredito ser mais didático iniciar esta discussão citando um caso
ocorrido dentro da casa espírita que envolveu a mim e outra colega
trabalhadora. A explicação para o ocorrido vem com a transcrição do
diálogo com o Frei como segue, mas antes disso faço a seguinte pergunta:
(...) Frei, não entendo, até hoje, porque algumas pessoas hesitam em se
aproximar de mim, ou até mesmo da sala de trabalho da saúde, em
especial aquela minha colega (...). O Senhor se lembra? Aquela que
também trabalha num centro de umbanda e, ao mesmo tempo, lá na casa
espírita (...).
De pronto, o Frade responde:
(...) Sim, filha, claro que lembro (...). Não foi ela que um dia disse que a
“baiana” que recebe sente sono lá dentro da casa?! Então, filha, o que
ocorre de fato é que aquela entidade não suporta estar ou ficar em nossa
presença (...). Afirmo a você que da nossa parte não há o menor
preconceito (...), pois, afinal, somos todos espíritos oriundos do mesmo
Criador, ainda que estejamos em estágios evolutivos diferenciados (...).
Entenda, filha, que este tipo de entidade ocupa o solo terrestre da mesma
maneira de quando eram encarnados, seus gostos e necessidades são,
muitas vezes, exatamente iguais aos que tinham durante sua estada na
Terra. O que eu quero dizer é que esse tipo de entidade, muitas vezes,
necessita sentir o sabor de algum alimento ou de um cigarro ou, até
mesmo, de alguma bebida para saciar uma vontade aterradora, um vício
adquirido durante a sua última existência. Na medida em que passa algum
tempo após o desencarne, o Corpo Etéreo reclama a falta daquele
elemento. Daí surge a crença nos trabalhos realizados nos terreiros que,
utilizando estas necessidades dos espíritos como moeda de troca, ocorre
uma escancarada negociação entre encarnados e espíritos. Quero dizer,
minha filha, que muitas vezes essas entidades se prestam ao trabalho de
fazer o mal se aproveitando da capacidade que têm de tanger objetos e
obsediar pessoas em troca dos prazeres terrenos (...).
Logo em seguida, perguntei ao Frei:
“(...) Quer dizer, então, que é por isso que esse tipo de entidade tem
repulsa a presença de Vocês?”.
(...) Sim, filha, existemexceções, mas são raras, pois o que lhes falta é a
compreensão dos mecanismos elaborados pelo Criador para o nosso
Desenvolvimento em cada etapa e Mundo criados para isso. Essas
entidades, por vezes, reencarnam, mas totalmente ligados aos prazeres e
questões materiais do mundo terrestre. Raramente elas conseguem dar um
passo adiante em sua Evolução.
Nessa narrativa do Nosso Frei pudemos perceber,
então, que há de fato uma divisão entre os espíritos.
Tal separação é feita pelos que atuam diretamente em
nossas vidas e outra por aqueles que, apesar de terem
a capacidade de interferirem, o fazem de acordo com
retribuições e que, por vezes, não fazem distinção se
o que vão fazer é certo ou errado, segundo as Leis da
Progressão e do Crescimento do Espírito. Talvez seja
por isso que há sempre uma referência aos Espíritos
do Bem como sendo Espíritos de Luz, ainda que estes
não tenham atingido a Iluminação Total.
Se pararmos para analisar quando um católico, por exemplo, reza para
as Almas Benditas com uma vela acesa e um pedido na Mente, será que ele
de fato evoca os Espíritos do Bem? Ou qualquer um que naquele momento
necessite da Luz daquela vela, ou do cafezinho colocado no copinho bem
abaixo da imagem, ou, ainda, esteja precisando saborear a oferenda
colocada na promessa feita por ele, caso o desejo pedido se concretize? A
resposta, meu caro leitor, depois de indagarmos incansavelmente o nosso
Frei, é de que não se negocia com a Espiritualidade de Luz. Tal fato pode
ser comprovado exaustivamente pelos exemplos de vida que tivemos ao
longo desta existência. No decorrer desta vida é que revelam que a única
coisa que devemos pedir para Eles é Força, Coragem e incremento na nossa
Fé para podermos superar os Desafios, Carmas, Provas e Expiações que nós
mesmos programamos para nossa passagem por este “Plano”.
Concluímos, assim, que se não há nada de material que possamos
pedir a Eles, todo e qualquer pedido feito, ainda que em Oração em pleno
sofrimento, poderá ser aceito por uma dessas entidades que necessitam de
algo que o pedinte tem para oferecer. Isso não garante em absoluto a
realização daquilo que foi pedido, a não ser que seja o Mal ou, no mínimo,
a obsessão sobre outro ser encarnado.
Você já esteve em algum terreiro, ou até mesmo criou um “altarzinho”
com seus santos prediletos sob os quais você coloca cafezinho, colares,
imagens e outros itens religiosos? Então pode ter a certeza de que,
provavelmente, você está aliciando entidades que pouco, ou nada, poderão
ajudar, podendo inclusive fazer muito mal dependendo de algumas
circunstâncias.
Na continuação do entendimento sobre este assunto, em ocasiões
diversas, nosso Amigo Frei certa vez nos esclareceu sobre um fato ocorrido
conosco em relação a um acidente que sofremos andando de bicicleta. Para
não cansar você, amigo leitor, vou apenas dizer que nosso acidente foi
comparado à colisão de dois ou mais veículos em razão dos estragos e
lesões que adquirimos nele. O Frei nos explicou que o que teria bloqueado a
bicicleta, na qual estávamos, poderia ser comparado a um muro de
concreto. Longe de qualquer exagero, a nossa bicicleta continua ali na
garagem para que possa ser vista de modo a comprovar o mencionado pelo
Frei em relação ao tal “muro” contra o qual colidimos. A “parede”, segundo
ele, foi, na verdade, algo criado instantaneamente pela entidade residente e
dominadora da esquina pela qual passávamos. A atitude da entidade em nos
atingir se deu pela percepção da mesma de que havia uma “demanda”
contra o Valoroso. Essa “demanda” deve ser entendida como a síntese de
fortes pensamentos e um desejo intenso de destruição ou de algum prejuízo
físico que foi emanado de uma pessoa encarnada. Para resumir, a tal
entidade, sabendo que existia este pedido de execução, ao nos
aproximarmos se preparou e executou a intenção do encarnado. Assim,
fomos atingidos. O Frei ainda afirmou que, em razão da violência do
impacto, o desfecho desse acidente teria sido fatal para um de nós. No
entanto, como já estávamos sob a observação atenta dos nossos Frades, o
pior não aconteceu.
Dessa forma, podem variar os casos e as razões, mas os “agentes
executores” dessas vinganças são, exatamente, estes que descrevemos ao
longo deste capítulo. Não quero dizer com isso que as pessoas que
frequentam terreiros, ou servem mediunicamente a estas entidades, sejam
más. No entanto, como tudo na vida, o mesmo assunto pode ter diversas
interpretações em diferentes perspectivas dependendo unicamente do
conhecimento e das intenções por trás de cada indivíduo.
Para fecharmos este assunto, gostaria de destacar que
nos seis últimos capítulos me dedico a tentar retratar
pelo menos parte dos mecanismos elaborados pelo
Criador. Assim, podemos encontrar,
independentemente de qual seja o nosso Estado
Evolutivo, os elementos necessários para perfeita
condição de Livre Escolha diante de cada decisão e
de cada acontecimento em nossas vidas, ao qual
chamamos de Livre Arbítrio . Para aplicação do
Livre Arbítrio é necessário que possamos ter ao
nosso alcance os elementos para fazermos o Bem ou
o Mal, de acordo com nosso julgamento e Evolução,
tal qual descrevemos em outros parágrafos ao longo
destes capítulos.
 
 
 
 
CAPÍTULO 14
O Demônio
 
 
“Persistir na raiva é como apanhar um pedaço de carvão quente com a
intenção de o atirar em alguém. É sempre quem levanta a pedra que se
queima.”
Buda
Existem muitos tratados, textos e histórias que
atravessam gerações e tentam dar, não apenas uma
aparência, mas também justificar, ou não, a
existência de uma entidade cuja capacidade de
realizar o Mal seja tão soberana quanto à de Deus de
realizar o Bem às suas Criaturas.
No entanto, sobre esse assunto também tivemos a
oportunidade de discorrer com nosso Frei Guido.
Através da transcrição de uma de suas comunicações,
vamos conseguir compreender como tudo de fato
começou.
(...) O surgimento do demônio original remonta o tempo no qual Nosso
Criador se dedicava à criação dos Mundos e deste Universo (...). Como já
disse anteriormente, Deus precisou da ajuda de Anjos e Arcanjos, espíritos
ancestrais à existência de qualquer ser humano, para colocar em
movimento a criação dos Mundos. Em verdade, digo a você, filha, que tudo
andava bem e que, na medida em que os Mundos eram criados, já existia
há muito o Livre Arbítrio (...). Ocorre que na primeira tentativa de
colonização da Terra (fase Adão e Eva), os Sentinelas de Deus,
encarregados da comunicação do Divino com os seres aqui encarnados,
interagiam com esses habitantes.
Na mesma situação narrada por Enoque, quando esses Sentinelas ou Anjos
de Deus enamoram-se pelas filhas de Adão, certo Arcanjo de uma dessas
legiões, percebendo que o Homem caíra em desgraça, resolveu liderá-los
para satisfazer o seu ego de inveja em relação ao Criador (...). Naquele
momento, o mais fiel dos ajudantes do Criador sentia necessidade de
conduzir, a seu modo, aquela população e, por também acreditar que
poderia e deveria estar e procriar entre eles, decidiu abdicar de sua
posição, Fé e Fidelidade, para criar seu próprio reino (...). Estamos
falando, filha, de Lúcifer (...).
A população da Terra, naquele momento, era pequena, se resumia a
algumas tribos com um punhado de encarnados num estágio muito
primitivo ainda (...). Porém, Lúcifer via nisso um futuro promissor no qual
ele acreditava poder fazer mais e melhor do que O Próprio Criador. O
tempo passou, filha, e Lúcifer por causa do seu orgulho foi condenado a
viver no exílio como espírito a vagar sobre a superfície terrestre (...). Para
dar continuidade ao seu projeto e por não ter outra alternativa, ao invés
de se resignar ao exílio imposto pelos Céus, decidiu aliciar àquelas Almas
primitivas e violentas para a formação de um exército de oposição direta
ao Criador.
Geração após geração, aqueles Homens primitivos continuavam
desencarnando sempre de modo violento, o que acabava por contribuir
diretamente com o projeto de Lúcifer (...). Aos poucos, na medida em que
crescia exponencialmente o número de Almas atreladasaos princípios de
Lúcifer, o Mal passou a ser difundido e eternizado em outras partes do
Mundo. Para isso, Lúcifer contou com a ajuda das primeiras Almas a unir-
se a ele logo após o início do seu exílio. Na difusão do Mal, os aliados de
Lúcifer usavam sua antiga imagem – “Anjo das Trevas” – e ofereciam aos
interessados uma vida repleta de prazeres mundanos em troca do
alistamento da própria Alma no exército liderado por ele.
Podemos entender assim, filha, que foi desta forma que começaram a
circular pelo Mundo inteiro as histórias ligadas a pactos celebrados entre
Lúcifer e encarnados. Este vive, até hoje, num ritmo um pouco mais
modesto do que antes, visto que a alimentação de Almas para suas legiões
já não tem mais tantos adeptos assim. Ao contrário, Lúcifer encara hoje
uma feroz “concorrência” por conta da Involução de muitos encarnados
que fazem frente à Providência Divina na obtenção de bens materiais,
pessoas e quaisquer outros itens de interesse mundano. Filha, em outras
palavras, outrora tinha apenas um opositor ao Criador, agora temos
muitos outros cujo grau e escala em termos de maldade se encontra entre
as mais variadas camadas e sob as mais variadas identidades.
Aproveito para lembrá-la que esta não foi a única vez que os Anjos fizeram
o uso do seu Livre Arbítrio em desfavor do Criador. Como já mencionamos,
o Livro de Enoque narra a Invasão dos Caídos que acabaram por se
misturar e reproduzirem-se entre os Humanos iniciando uma geração de
Criaturas Humanoides Gigantes[9].
Figura 5 – Momento da Expulsão de Lúcifer
Fonte: http://colinadodragao.blogspot.com.br/2009/12/lucifer-o-dragao-i-expulsao-do-ceu.html
Figura 6 – Representação da figura Demoníaca
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/misterio-sobre-autor-da-biblia-do-diabo-gera-
polemica,f63d353774275f2363de8a163a8c78b6x3irRCRD.html
Confesso, amigo leitor, que toda vez que volto a
este assunto ainda me sinto perplexa ante as
revelações do Frei. Porém, não para por aí... Numa
outra comunicação o nosso Frei nos surpreende com
mais revelações. Nesta próxima transcrição ele
explicará como funciona e, efetivamente, se dá a
prática do Exorcismo num Mundo com tantos
demônios.
(...) Filha, o Exorcismo foi criado a partir da necessidade de romper com o
Processo de Possessão gerado a partir da interferência de um demônio junto
ao ser encarnado (...). Para explicar melhor você deve lembrar que para
ocorrer a ligação entre uma entidade desencarnada e um encarnado deverá
haver, ainda que remotamente, a mesma sintonia. Em outras palavras,
sabemos que cada um de nós vibra numa determinada Frequência e quando
estamos no Estado Etérico nos identificamos, muitas vezes, por conta destes
Padrões Vibracionais (...).
Pense numa Mente perturbada (...). Pode ser uma jovem entrando na adolescência,
período no qual os hormônios tendem a alterar fortemente o comportamento e, por
sua vez, o seu Padrão Vibracional. São comuns relatos de possessão demoníaca
ocorrer em jovens nesta faixa etária. Por vezes, esse Padrão Vibratório chega a se
igualar a estes espíritos de baixíssimo padrão. Desse modo, passa haver uma disputa
pela apreciação dos prazeres do Mundo por todos os meios sensoriais disponíveis
naquele jovem (...). É isto mesmo, ocorre uma disputa para a ocupação daquele
corpo através do qual o espírito malévolo pretende ter acesso novamente aos
prazeres da carne e do Mundo Material (...).
Costumo analisar isto, filha, como uma forma banalizada da versão
original do primeiro demônio. Este tinha como objetivo criar um reino à
sua moda, ao seu jeito, oferecendo aos interessados intensos prazeres ao
longo de sua existência para, posteriormente, engrossarem as filas de seus
exércitos para fazerem frente ao Criador.
Portanto, filha, as possessões demoníacas que conhecemos são produzidas por
entidades inferiores e de baixíssima resistência. Prova disto é o fato de que o Ritual
Exorcista baseia-se apenas na leitura fervorosa de uma Literatura, ou seja, a
Bíblia. Ainda que tenha sido criada pelos Homens, ela inspira aos Sacerdotes, a
serviço do Criador, na expulsão daquelas influências malignas em seus
semelhantes (...). Pois, se fosse o “demônio original”, apenas O Próprio Criador
poderia lhe dar com ele (...).
Com isso, filha, trago a você uma pequena visão da campanha demoníaca
que se instalou contra O Criador com a qual Ele próprio consentiu. Isso
mesmo, filha, a máxima tão ouvida e difundida entre vocês de que “Não
Haveria Luz, Se Não Houvesse Escuridão” é um dos fatos mais evidentes
para o Desenvolvimento da Alma em todos os Mundos criados por Ele. -
(Grifo nosso).
Ainda que seja estarrecedor o fato de sabermos que entre nós,
encarnados, caminham um número incontável de espíritos aliciados por
demônios, é que todos aqueles que desencarnam, dependendo de sua
Evolução, deverão encontrar em primeiro “Plano” esse tipo de entidade.
Daí, compreendemos que mesmo na condição de desencarnados
deveremos fazer escolhas que poderão contribuir de imediato para nossa
Evolução ou, até mesmo, para nossa salvação daquele ambiente.
Perguntei ao Frei, então, o que deveríamos fazer diante de uma situação
como essa:
(...) Só há uma maneira, filha (...) pedir Socorro ao Pai da maneira mais
sincera e profunda, acompanhado do mais honesto pedido de desculpas e
arrependimentos pelos males causados enquanto encarnados (...). A partir
daí, um Socorrista deve ser enviado para encaminhá-lo ao “Plano” mais
próximo onde será tratado e poderá aprender enquanto defina sua próxima
encarnação (...).
Em comunicações mais extensas pudemos fazer mais perguntas sobre
esse assunto, mas o que de fato nos esclareceu melhor sobre esse tema foi
algo que vivenciamos na pele.
Acredito que o leitor deva se lembrar da situação penuriosa em relação
às finanças que vivíamos quando as comunicações começaram a ocorrer...
Numa manhã, Frei Guido nos recebe nos
alertando sobre o que ocorreu conosco durante a fase
mais crítica daquela nossa situação. Segundo ele,
somos rodeados por incontável número de entidades
cujo padrão vibracional é muito próximo ao tipo de
vibração que emanamos enquanto estamos
encarnados. Desse modo, somos assediados
constantemente por essas entidades que podem variar
de acordo com seu tempo de existência, estado atual e
outros elementos que podem contribuir para que o tal
assédio ocorra no nível físico ou psíquico do
encarnado. O Frei continua a explicar e nos define
que as entidades que nos cercavam naquele momento
eram constituídas por entidades demoníacas . Ora, o
que devíamos entender por “entidades demoníacas”?
Frei Guido nos esclarece que essa “categoria”, em
especial, compõe-se por aqueles que “trabalham” no
aliciamento de outros indivíduos que coabitam o
mesmo “Plano”, lembrando que este “Plano” é o
mesmo que nosso. Pergunto, então, ao Frade como ou
quem teria organizado esse “levante” e para que?
Assim, ele nos responde:
(...) Situações de Conflito Emocional ou Material fazem com que qualquer
que seja a situação haja dois lados. Vamos imaginar que vocês estejam em
um dos lados e, do outro, os seus desafetos naquele momento. Estes, por
sua vez, dependendo do seu credo e da sua condição evolucionária, pode
até mesmo inconscientemente desejar a vossa derrocada. Querem um
exemplo? Algumas pessoas, cujo credo se apoia nos ensinamentos da
igreja católica, ao realizarem determinados ritos podem, na verdade, estar
evocando e se comunicando com as trevas. Ascender velas, ofertar objetos
ou alimentos ao determinado “santo” pode, muitas vezes, ser o início de
um processo de evocação tão eficaz quanto àqueles ditos “trabalhos
encomendados” por “maus médiuns” em terreiros, centros de
incorporação, cartomantes, “videntes”, “benzedeiras”, etc.
O revés vivido por vocês, naquela época, teve sua eficácia porque vosso
padrão vibracional naquele momento era baixo, o que permitiu que a
intenção implícita naquele “ataque” fosse a termo.
Na época lembro que, por iniciativa dos Frades, uma Corrente de
Ajuda com a participação dos próprios e mais alguns desencarnados foiorganizada para nos ajudar a superar aquele momento. Vale a pena frisar
que, do mesmo modo que os nossos “desafetos” evocavam ainda que sem
saber tudo que havia de ruim para nós, a tal Corrente do Bem tinha por
objetivo agir no sentido contrário daquelas intenções ou pensamentos nos
proporcionando, ao menos, a oportunidade de uma batalha mais justa e
equilibrada sem a interferência, portanto, do Mal.
Para resumirmos e finalizarmos este capítulo, deixo
claro que onde quer que estejamos estaremos sempre
em companhia daqueles que promovem o Mal como
forma de auto sustentação. Porém, só faremos parte
disso se deixarmos nossa vibração cair e, assim, a
mantivermos pelo tempo necessário para que nossos
pensamentos e ações se materializem denotando
nosso pior lado.
 
 
 
 
CAPÍTULO 15
A Mobilização
Contra as Trevas
 
 
“O amor é a força mais abstrata e também a mais potente que há no
mundo.”
Mahatma Gandhi
Neste capítulo aproveitaremos o assunto tratado
anteriormente para aprofundarmos mais sobre alguns
aspectos inerentes à empreitada dos demônios em
relação ao desenvolvimento de nós, encarnados.
Primeiramente, acho importante retomar o assunto sobre aquela
Corrente de Pensamentos destinada a equilibrar o nosso embate durante
aquela nossa crise ante a “massa” demoníaca que assolava à nossa porta...
Pessoas queridas e muito importantes participaram dessa aliança ao longo
de 24 horas.
Uma delas foi o meu primo do qual já havia comentado no capítulo 11.
Retomo a história a partir do ponto no qual Frei Guido encarregou Frei
Aldo para visitá-lo e trazer notícias a mim. Conforme foi narrado pelo Frei
Guido, Frei Aldo aproximando-se do meu primo, observou que o mesmo
estava de cócoras, seminu, encostado em alguns troncos podres e se
posicionava de costas à trajetória de aproximação de Aldo.
Curiosamente, num lampejo, Frei Aldo é tomado por uma vontade
incontrolável de conversar com meu primo. Ao se aproximar, meu primo,
percebendo a presença de outro ser, depois de uma longa temporada de
isolamento e solidão, se assusta com aquela figura a quem reconheceu de
imediato como sendo um Frade. Acreditando estar diante do seu confessor,
meu primo toma-lhe as mãos e começa a contar e perguntar sobre tudo.
Ainda sem saber como agir, Frei Aldo escuta todas as angústias e dúvidas
dele e, logo em seguida, se pronuncia:
(...) Meu irmão, estou aqui, na verdade, à pedido de uma pessoa que,
certamente, quando encarnado lhe foi muita cara (...) Essa pessoa, através
de permissões especiais dado o seu compromisso conosco – a
Espiritualidade – pergunta de você constantemente e, hoje, me pediu para
que levasse notícias suas à ela (...).
“(...) Mas quem é ela? (...) Acho que não tinha
outra pessoa que gostava de mim e se preocupava
comigo (...). Tinha? (...)”.
(...) Irmão, ainda que seja duro, afirmo a você que estais ainda na Terra,
mas numa condição diferente da anterior (...). Sua saúde debilitada, por
tão grave doença, o levou ao desencarne (...). Isto mesmo, você veio para
cá, pois ainda não há condições que consideramos mínimas para que
ingresse nas “Colônias” de Atendimento e Ajuda que dispomos ao redor
para desencarnados (...).
“(...) ‘Colônias’? (...) Acho que li isso certa vez
(...)”.
(...) Poderia dizer a você que se trata de uma grande coincidência, mas
com o tempo você verá que coincidências não existem (...). A pessoa que
lhe deu este livro, no qual você leu algo sobre o espiritismo, é a mesma
pessoa que se preocupa com você por saber das suas condições de
desencarne e de permanência aqui (...).
Segue a narração do Frei Guido com comentário
de que, ao desconfiar de quem seria essa pessoa, meu
primo mudara de postura e ajeitara aquele “trapo”
que utilizava para cobrir parte do seu corpo. Nos
momentos seguintes, meu primo dispara a dizer para
Frei Aldo:
“(...) Quem é, Frei? (...) É quem estou pensando? Ela está por aqui?
(...).”
“(...) Não, irmão, ela continua encarnada e, como disse, mantém
contato conosco face ao seu trabalho e colaboração junto à Espiritualidade
(...). Mas, sim, é sua prima Renata (...).”
“(...) E ela, está bem? Como se lembrou de mim? O que está
acontecendo com ela? (...).”
(...) Interessante você me perguntar isso (...). Como disse, ela se preocupa
com você e pergunta constantemente sobre suas condições (...). Mas, sim,
ela está bem, exceção apenas a uma situação que está prestes a ser
solucionada, ligada à recuperação de alguns valores que ela e o esposo
perderam, temporariamente, por conta de falcatruas realizadas entre
banqueiros (...). Um desses bancos era o qual você também trabalhava
(...).
Logo em seguida, meu primo pergunta:
(...) Poxa, não é possível, o sistema é tão seguro (...). Será que podemos fazer
alguma coisa? (...). Com sua ajuda eu poderia acessar pessoas que talvez
possam ajudá-los! (...) Você disse esposo? Ela continua casada? (...) Pelo que
me lembro, o relacionamento dela estava por acabar, ou já havia acabado (...).
Ou, então, se casou com aquele namorado de quando ela era adolescente? (...).
Pacientemente, Frei Aldo passou todas as
informações para o meu primo que, na medida em
que ia entendendo, se mostrava cada vez mais
indignado com a minha situação. Perto do final da
explicação, Frei Aldo aproveita e esclarece ao meu
primo que a única coisa que pode ser feita é uma
Corrente, na qual encarnados e desencarnados vão se
unir para pedir a intervenção de Deus Pai na orda
demoníaca que ameaça manter congelada a situação
vivida por nós. Mal terminou a frase e Frei Aldo se
depara com a seguinte declaração do meu primo:
“(...) Como posso ajudar, então? (...).”
“(...) Você acredita em Deus?”. - Essa pergunta foi feita pelo Frei
Aldo que portava um sorriso... Como poderei dizer... Maroto?!
“(...) Bem, meu Amigo Frade (...). Se depois de tanto tempo aqui, sem ver
viva Alma, você me aparece e me fala de uma pessoa que se preocupa com
meu bem estar e que precisa de ajuda (...). Deus só pode existir! (...).”
De pronto, Frei Aldo disse a ele:
“(...) Gostaria, então, de ajudá-la? Pois, basta segurar em minha mão
que vou levá-lo a outro lugar onde poderá ser ajudado e, logo, estará em
condições de ajudá-la (...).”
Foi assim, então, que, num gesto de compaixão e caridade, meu primo
se desvinculava da expiação daquele lugar enquanto era levado pelo Frei
Aldo até a “Colônia” mais próxima. Ao chegar lá, foi recepcionado por
vários cuidadores que logo trataram-no de “alimentá-lo” e “higienizá-lo”,
além de prepará-lo para um período de recuperação, visto sua determinação
em se juntar aos demais para formação da minha Corrente de Ajuda.
Soube, depois, que ele dormiu cerca de 12 horas e, nos primeiros raios
da manhã do novo dia, se juntou aos demais da Corrente. Assim,
devidamente instruído, emanou seus melhores pensamentos envoltos em
uma Aura de Gratidão em direção a Deus Pai pela nossa intervenção.
Outra figura querida que se juntou à Corrente foi minha avó, aquela
que já algum tempo estava em Processo de Preparação para reencarnar.
Comentado pelo Frei Guido o fato de que ainda que a mesma estivesse
revertendo e remoldando seu Perispírito para reencarnação, por vezes
relutava no sentido de ficar por aquele “Plano”, pois se sentia mais útil no
que se referia à ajuda da qual estávamos precisando naquele momento.
O Mentor de minha avó, ainda segundo Frei Guido, tinha verdadeiro
trabalho para demovê-la de suas intenções. Por isso, aproveitei o contato que
tive com ela em nosso segundo domingo de Evangelho no Lar na presença
dos Irmãos Capuchinhos para convencê-la a não se preocupar tanto comigo
e seguir em frente na sua Missão de Reencarnar. Usei ainda como argumento
uma informação privilegiada cedida pelo Frei no qual, um pouco mais
adiante, eu a encontraria, ainda nesta existência, ambas encarnadas. E não
seria só isso, segundo ele, ela virá ao meu encontro de forma espontânea e
natural, pois estará ainda nos primeiros anos da infância. Esse nosso
encontro futuro marcará uma situação a qual minha avó estará ligada e
servirá como um Signo Sinal. Em outraspalavras, esse encontro indicará
uma determinada situação na qual eu e meu Valoroso deveremos intervir
como auxiliadores. Isso, sem dúvida, teve um peso considerável na decisão
de minha avó, pois aos poucos se entregou à regressão da idade e da
remodelagem de seu Perispírito para fins de sua reencarnação.
É importante comentar que durante esta comunicação minha avó
possuía a aparência que tinha aos 15 anos de idade e, 24 horas após, Frei
Guido comentou, durante uma nova manifestação, que ela já teria alcançado
12 anos de idade.
Ainda sobre minha avó, na minha cabeça, uma data não poderia ser
esquecida – 25/12/2014... Segundo Frei Guido, até essa data minha avó me
reconheceria e ainda poderíamos nos comunicar. Após isto, ela já estará em
curso novamente para a Terra.
A ajuda continuou vinda de familiares desencarnados. Para que o
amigo leitor tenha uma ideia, por sugestão do Frei Guido, Frei Humberto
saiu em busca de outros familiares meus que pudessem se juntar à Corrente.
Não sei bem como os Frades se orientam entre os diversos “Planos”
Criados por Deus, mas o fato é que alguns “Planos acima” (citação Frei
Guido) foi encontrado um tio meu que também era tio-avô daquele meu
primo, no qual falávamos há pouco. Em outro “Plano”, os Frades
encontraram meu tio Isidro.
Transcrito do diálogo entre o Frei Humberto
e Isidro, por Frei Guido
“(...) Você é Isidro? (...).”
“(...) Sim, fui um dia chamado de Isidro (...). O que deseja, meu bom
Frade? (...).”
(...) Tem alguém que precisa da sua ajuda, (...) sua sobrinha, filha de seu
cunhado Renato (...). Ainda encarnada, passa por uma situação complicada
pelas mãos de uma orda de demônios (...). Estamos formando uma Corrente
para pedir a intervenção de Deus Pai para que Ele envie suas Tropas de
Arcanjos para debelar este Mal (...). Sua sobrinha é escolhida do “Plano”
Espiritual para realizar partes do Projeto do Criador junto aos seus
semelhantes (...). Por isso, rogaremos a Ele para que interceda (...).
Segundo Frei Guido, meu tio não hesitou e imediatamente convocou a
outros, cerca de mais 20 Orientadores, para se juntarem a ele na Corrente de
Preces. Fiquei surpresa ao ver que mesmo depois de tanto tempo eu
habitava a memória e o coração de meu tio... Horas depois, já haviam
muitos desencarnados nessa ação e, tão logo meu primo se colocou em
Prece, a Corrente foi fechada e as Orações começaram.
Devo esclarecer que quando os Frades mencionavam que os
pensamentos e orações de ajuda deveriam ser direcionados a Deus Pai,
devemos, na realidade, interpretar como tendo sido uma Corrente de
Pensamentos Positivos com Alto nível de Vibração alcançada pela
Prece e que tinha como real objetivo equilibrar as forças advindas
contra nós . As expressões usadas pelos Freis quando da abordagem
dessas entidades, meus antigos parentes, seguiam a rigor travestidas de
uma linguagem mais bíblica que se fazia necessário face ao nível de
Evolução dos que foram convocados para a Corrente.
Nos dias que se seguiam, percebemos novamente que, apesar dos
nossos problemas terem sido encaminhados bem, algo reestabelecia a
letargia em relação às definições mais importantes. De fato, aquilo que
estava tão fácil de ser resolvido de forma inexplicável reaparecia com
algum tipo de entrave e que nos remetia à busca mais profunda da nossa
paciência e compreensão da situação.
A participação dos Frades, em especial neste episódio da nossa vida,
foi o que garantiu que não perdêssemos a razão e o juízo frente a tantas
situações adversas. Tal como uma pessoa guiando a um cego, os Freis nos
faziam saber, com alguma antecipação, o que aconteceria e quais eram os
passos a serem dados para se evitar um mal maior.
A explicação dada por eles, no que se referia à continuação daqueles
entraves, ainda que houvessem ocorrido alguns progressos na solução de
nossos problemas, era a reincidência de pensamentos negativos lançados ao
Mundo invisível por parte de pessoas a quem chamamos a pouco de
“nossos desafetos naquele momento”.
Lembro-me, inclusive, enquanto conversava com minha filha no
escritório no final de um desses dias, um quadro fixado acima de minha
mesa, literalmente despencou sobre as coisas, nos fazendo assustar.
Segundo Frei Guido, era obviamente uma manifestação demoníaca para nos
aterrorizar, pois estas “criaturas”, além das necessidades terrenas, se
alimentam também do medo e do caos. Por recomendação dos Frades, fui
preparada e devidamente motivada a manter a Fé, pedir ajuda contínua ao
Criador e ter a certeza de que Eles estariam nos guardando e atuando em
tudo aquilo que fosse necessário e fundamental ao nosso bem estar até que
essa fase se encerrasse.
Até o momento em que escrevo estas linhas, garanto a você, leitor, que
já passamos por inúmeras situações de alta complexidade e de forte teor
emocional e, por isso, talvez seja o momento de encerrar este capítulo
descrevendo a atuação dos Frades junto a mim. A rigor, após vivenciar
alguma situação ruim ou de saber que algo do gênero iria acontecer,
imediatamente, a pedido do Frei Guido eu era envolvida pelos demais
Frades, na maioria das vezes, pela equipe de Frei Humberto. Este passava a
transferir para mim fluidos benéficos ao meu restabelecimento emocional,
físico e mental, enquanto ouvia as palavras tranquilizadoras do Frei Guido.
Apesar de parecer redundante o que vou dizer, faz muito sentido se o
caro leitor fizer uma profunda reflexão sobre o seguinte. Ao analisar essa
mobilização em prol dos nossos problemas, voltou à minha cabeça a
pergunta: Já que o que nos acontece é, de certa forma, injusto e vai à contra
mão dos interesses do Criador, porque seria, então, vital a interferência dos
Frades e de todas as pessoas que nos querem bem para que o Mal fosse
neutralizado?
A resposta a essa pergunta viria logo depois da minha escrita do
parágrafo anterior... Em uma comunicação, o nosso Amigo Frade nos
recomenda, de forma enfática, que tivéssemos Fé. Ora, nós temos Fé, mas
será que esta crença exigida neste caso não seria a verdadeira, plena e, por
vezes, Cega? Será que o Nosso Criador quer ter, de forma incondicional, a
nossa crença Nele? Talvez, não fosse apenas este o fator que faria toda a
diferença entre tudo dar certo ou ser subjulgado por Forças do Mal?
O fato é que, certa vez, meu Amado Valoroso me contou uma história
sobre o avô de um amigo que ele tivera quando era mais novo. Tal história
versava sobre a Fé invejável deste homem que, ao levar seus 14 netos para
nadar num rio caudaloso na cidade de Itajubá, Minas Gerais, colocava uma
cadeira de costas para o rio e, com um terço nas mãos, enquanto a molecada
brincava totalmente a vontade, aquele avô apenas rezava e dizia para quem
quisesse ouvir que a Fé dele no Pai era Inabalável . Prova era a forma de
como ele se posicionava, sem se quer olhar para os netos, enquanto estes
desafiavam o caudaloso rio daquela cidade.
Ainda que esse não tenha sido o melhor dos exemplos, não poderia
deixar de dar importância a algo como isso. Acredito que você, leitor, já
tenha entendido o que tentei, aqui, explicar. Dizer que Temos Fé é Fácil,
Mas o Difícil é Ser, de Fato, Fiel Ao Criador !
 
 
 
 
CAPÍTULO 16
A Fé e a
Capacidade
Mental
 
 
“Com o poder da sua mente, instinto e experiência você poderá voar muito
alto.”
Ayrton Senna
Neste capítulo, caro leitor, pedimos sua máxima
atenção, pois durante este faremos a “conexão” entre
o que passamos, o que aprendemos e como nós nos
encaixamos no Projeto Do Criador.
Muito se discutiu e ainda se discute sobre quais seriam os verdadeiros
desígnios Do Nosso Criador em relação à nossa caminhada sobre a Terra.
Se estamos discutindo isso é porque ninguém se convenceu em relação a
alguma teoria dita ou proferida por indivíduos, grupos religiosos, ou seitas.
A verdade é que no transcorrer desse capítulo forneceremos as mesmas
“pistas” que nos foram dadas pelos nossos Irmãos Freis Capuchinhos.
Devemos começar desmistificando a maior afirmativa inerente a
praticamente todas as religiões de que Deus é Uma Criatura de formaHumana, mas que tem, entre outros poderes, o de conduzir, produzir e
alterar o destino de todas as Criaturas. A busca pelo Nosso Deus não tem se
dado apenas por nós, pessoas comuns, a Ciência vem buscando provar, ou
não, a existência Dessa Divindade. De concreto até agora, a Ciência
conseguiu descobrir aquilo que carinhosamente passou a chamar
de Partícula Deus . Nos meios científicos, a Partícula Deus recebeu o
nome de seu pesquisador Peter Higgs. Segundo Higgs, essa diminuta
partícula invisível (o bóson = partícula subatômica) aos nossos olhos seria a
grande responsável pela configuração e sustentação das outras moléculas
existentes no Universo. Resumindo, sem a Partícula Deus todas as
partículas de todos os elementos químicos que conhecemos não teriam
massa e, portanto, nada de tridimensional e orgânico existiria no Universo.
Portanto, vai ficando mais fácil de aceitar que a figura de Deus seja
toda a Energia representada por essa Partícula que envolve a todos nós e a
todo o Universo. Talvez daí tenha vindo intuitivamente para antigos
profetas o conceito da Onipresença Divina. Dessa forma, devemos observar
que a Energia Criadora está entre nós, bem como o seu Intelecto. Não é o
momento, mas ainda sobre Deus temos muito a dizer...
Afirmo a você, leitor, de que as “ditas” intuições são, na verdade,
tentativas de comunicação Do Divino para conosco. Quantos casos
conhecemos de pessoas que escaparam de fatalidades ou tiveram uma
conduta mais assertiva frente a um determinado problema por terem
“ouvido” a intuição? Pois sim, é fato que, por nos envolvermos
literalmente, O Criador possa sugerir ideias que venham a influenciar, de
modo contundente, os nossos destinos. Acreditamos que quando isso ocorre
trata-se de uma “correção” de rumos e, provavelmente, essa necessidade se
dê pelo complexo ajuste que ocorre entre nós de acordo com a manifestação
dos Livres Arbítrios envolvidos.
Algumas pessoas, ao perceberem que foram bem orientadas, após
seguirem suas intuições, costumam relatar outros fatos que ocorreram
concomitantemente ao pensamento intuído ao seu redor. Alguns chegam
a afirmar que seriam “sinais” apontando para a mesma situação que fora
intuída. Nós mesmos vivenciamos isso a todo instante. É fato também
que esses “sinais” e pensamentos não são exclusivos de pessoas
“especiais” ou paranormais, médiuns, etc. Isso é inerente a todo Ser
Humano, no entanto, alguns “escutam” e outros não. O elemento que
facilita essa comunicação é, sem dúvida, a Ausência de Conflito e a
Crença de que Algo Maior permeia à nossa existência.
Na realidade, como já comentamos anteriormente, 50% do caminho que
desejamos seguir em uma determinada existência é escolhido por nós,
enquanto estamos em nossa forma mais pura e essencial, ou seja, quando
estamos desencarnados, desprovidos de gênero, identidade e de qualquer tipo
de pretensão que não seja àquela de retornar para buscar a Evolução.
Daí, deduzimos, então, que Nosso Deus, pelo menos nesses 50%,
pouco pode interferir, afinal já fizemos previamente nossas escolhas. Mas
acredito que venha agora a Melhor “Invenção” do Nosso Pai que, ao criar
todos os indivíduos para habitar o Universo, deu a eles, além da sua mesma
estrutura, a possibilidade de escolher livremente seus caminhos.
Convencionou-se chamar isso de LIVRE ARBÍTRIO.
Apesar de termos sido criados à Sua Semelhança, nosso Intelecto
Mental, que é nossa base primordial, necessitaria de um ambiente no qual
pudéssemos alcançar ao mais alto grau do nosso Intelecto. Assim, o
Universo foi constituído por estrelas e planetas para os quais pequenas
populações foram enviadas Por Ele para iniciar o processo de
colonização/desenvolvimento. Por outro lado, sendo estes Mundos
estruturas tridimensionais e recém-criadas, faltaria apenas desenvolver os
mecanismos que pudessem permitir o que chamaremos por ora de
Lapidação do Ser.
Ocorre que, de maneira genial, Nosso Criador nos proporciona um
corpo denso “equipado” com uma rede neural que possibilita a percepção
de ambientes, coisas e outros seres por meio do contato físico. Este contato
físico, por sua vez, funciona através de sensores e órgãos, tais como visão,
olfato, audição, etc. Essa ideia nos coloca frente a um incontável número de
possibilidades em relação às situações que podemos viver. Dessa forma, em
relação a elas podemos reagir ou, simplesmente, interagir de acordo com
nosso Livre Arbítrio.
Os 50% do caminho que havíamos planejado invariavelmente sofre
alterações, e estas nos levam a outras tantas possibilidades em que todas
exigem nossa capacidade de decidir, sob pena de que uma decisão mal
tomada nos levará a caminhos mais longos ou, pior ainda, às consequências
mais desastrosas.
Até aqui entendemos que somos a componente principal deste Mundo
Tridimensional que Ele Criou. Mas, qual seria o real objetivo por trás disso?
Aos poucos com nossa própria vivência e com a inestimável ajuda dos Freis
vamos associando os Desafios que temos à capacidade de enfrentá-los. Em
outras palavras, os Problemas e Desafios que surgem de acordo com nossas
escolhas são matéria prima para aprimorarmos a Nossa Capacidade de
Desenvolver Soluções. Mais do que isso, apropriados do Livre Arbítrio e do
Intelecto Mental realizamos a nossa Auto Programação visando nosso
Crescimento e, com isto, concluímos que Deus não interfere em nossos
caminhos ou, tão pouco, decidi por nós. Essa capacidade e esse direito são
totalmente nossos .
Onde encaixamos a Fé nisso tudo? Concluímos que a Fé tem sido mal
interpretada pela Humanidade, pois muitos professam que Ela é o único
caminho que leva Deus, quando, na verdade, é um instrumento de
reprogramação mental para indivíduos com seu processo evolutivo iniciado.
Explicando melhor... A existência humana, aqui na Terra, passa pelo processo
de adaptação ao meio em relação ao organismo, e Evolução em relação à
Mente. Essa definição pode parecer pouco ortodoxa, mas é, na realidade, a
resposta para o que entendemos por Evolução Humana. Comentamos de forma
delicada em parágrafos anteriores sobre A Nossa Criação, deixando você,
leitor, raciocinar para chegar sozinho ao que diremos agora: Somos um
“punhado” de Energia dotados de Inteligência. Temos, como estrutura
primordial, a Capacidade de pensar, raciocinar, imaginar e criar.
Assim, quando voltamos ao ponto quanto ao que devemos realmente
desenvolver aqui na Terra percebemos que o Intelecto é a grande razão de
tudo isso, pois dependemos dele, não só para sobreviver à este ambiente,
mas, principalmente, para superar todas as questões emocionais que
envolvem os eternos dilemas da Raça Humana. O mais conhecido deles é
sem dúvida: Quem Somos?, De Onde Viemos e Para Onde Vamos?
Se pesquisarmos sobre o significado em épocas mais ancestrais da palavra
“religião”, veremos que ela era utilizada para determinar a religação entre duas
coisas. Em outras palavras, “religião” vem da expressão “religare” que significa
“religar”. Nesse caso, podemos imaginar que a religação esperada e definida
por essa palavra seja da Criatura em relação ao seu Criador . Desta
maneira, Religião deveria ser um processo através do qual nós nos
reprogramaríamos para voltarmos Intelectualmente desenvolvidos e integrados a
todas às coisas Criadas por Deus. Porém, como já vimos em capítulos anteriores,
a Religião e a falsa Fé tem sido utilizada por nós mesmos como instrumento de
“manobra” das massas e, em quase todos os casos, tem, como verdadeiro
objetivo, o autobenefício e a arrecadação financeira.
Deixemos por ora essa nossa constatação para voltarmos ao cerne da
questão... Se o Intelecto é aquilo que devemos desenvolver, pois somos
apenas Energia represada num corpo denso, como deveríamos proceder
para atingir essa “excelência intelectual”?
Nessa longa jornada (quando digo isso me refiro às inúmeras vezes que
reencarnamos para às vezes progredir muito pouco) encontramos, através de
nossas escolhas, Desafios que podem se tornar, por vezes, Problemas sem
solução ou, até mesmo, verdadeiros Carmas (falaremos disso mais adiante). Ofato é que diante do tal Problema reagimos praticamente da mesma forma, ou
seja, primeiro nos lamentamos, depois ficamos indignados e, quando isso é
muito forte, culpamos até O Próprio Deus para depois começar a raciocinar
em busca de uma solução. O engraçado é que, por estarmos sempre
envolvidos emocionalmente com os problemas, nunca os “enxergamos” da
forma como eles realmente são. E, assim, nossa próxima atitude é fazer as
“pazes” com Deus e pedir a Ele ajuda para resolver a questão.
Fica evidente que muitas vezes nossas vidas, a despeito de nosso
“sofrimento”, vira uma verdadeira piada na qual o palhaço no picadeiro
somos nós mesmos. Afinal, a vida que Deus nos deu é bastante simples de
ser vivida, mas a nossa prepotência e orgulho, pautados por nossa imensa
ignorância sobre as coisas do Cosmos, não nos permite enxergar isso.
Até aqui descortinamos as revelações dos Freis acerca da Gênese da
Alma Humana apenas no campo das ideias. Entretanto, acredito que seja
vital para que este livro possa alcançar o objetivo que imaginamos, no
tocante a ser uma pequena contribuição ao Desenvolvimento da Raça
Humana, que continuemos a examinar este tema a partir de fatos que são de
conhecimento da maior parte das pessoas.
Muitas vezes, flagrada por câmeras e testemunhas, situações extremas
levam determinados seres humanos a praticarem atos somente imaginados
para super heróis. Refiro-me, por exemplo, às pessoas que em determinados
rituais ou manifestações religiosas caminham sobre brasas sem sentir dor
ou, até mesmo, se ferirem. O mesmo ocorre com os hindus e outros
seguidores dessa filosofia que demonstram o seu Controle Mental sobre a
dor de seus corpos deitando sobre camas com pregos afiadíssimos por horas
e até dias.
Podemos atribuir estes feitos ao controle de nossas Mentes. No
entanto, afirmo a você, caro leitor, que isso é apenas uma centésima
milésima parte do que a Mente Humana é capaz de realizar. Porém, antes de
prosseguirmos, não gostaria que o leitor interpretasse meus comentários
entusiasmados sobre a Mente Humana como alguém que fica admirado com
o efeito especial num filme de cinema. Na realidade, apesar de estudar
bastante tempo este assunto, não paro de me surpreender com as
descobertas do Ser Mental Humano.
Figura 7 - Homem deitado numa cama de pregos bem afiados
Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-o-faquir-nao-se-machuca
Figura 8 - Homem andando sobre brasas
Fonte: http://revistagalileu.globo.com/blogs/olhar-cetico/noticia/2014/10/como-qualquer-um-pode-
caminhar-sobre-brasas.html
Outro caso que podemos citar é a situação de uma mãe que ao ver seu
filho debaixo da roda de um carro encontra forças para levantar o veículo e
permitir, assim, a liberação da criança. Essa situação já fora observada e
testemunhada por muitas pessoas em diversos pontos do Mundo.
A explicação para isso parte do princípio que o elo entre mãe e
filho transcende o entendimento humano. A única coisa que se pode
afirmar é que mães perdem a cabeça quando veem suas crias correndo
risco de morte. Para nós, a interpretação disso é que seja por essa forte
ligação ou outra razão que nos foge agora. Isso é suficiente para que o
Cérebro da mãe, citada no exemplo, ignore completamente qualquer
obstáculo que se interponha à ação se resgatar seu filho debaixo do
carro. O efeito direto disso é uma mulher, sem qualquer preparo físico,
levantar um objeto 200 vezes mais pesado do que ela mesma. 
Essas situações representam a expressão máxima dos desprendimentos
de Conflitos que adquirimos desde o nosso nascimento e que nos cerceia
em todos os instantes. Acreditem, desde o dia em que nascemos, ouvimos
coisas e presenciamos situações junto a nossos pais que, de vários modos,
impregna nossas Mentes com negativismo, medo, desconfiança e
inverdades que “engordam” absurdamente nossa área do Cérebro
responsável pela censura. A partir de agora, assumiremos que esta também
encerrará tudo o que conceitualmente entendermos como CONFLITO.
Aí está, sem dúvida, o maior inimigo do homem no que tange ao Seu
Desenvolvimento Mental. Podemos reforçar ainda mais esta ideia ao
olharmos para os nossos filhos que, mesmo com poucos anos de vida,
conseguem entender e usar equipamentos eletrônicos (celulares, iPod,
computadores, tablets, etc.) que nós, adultos, até hoje não conseguimos ou
temos dificuldade para aprender.
Mais uma vez a explicação reside no fato de que, por causa da
pouca idade das crianças, elas não possuem ainda a carga de conflitos a
qual insistimos em carregar a vida toda. São cada vez mais frequentes
programas de TV que na forma de um reality mostram crianças que
mais parecem gênios, se comparadas a nós, adultos, realizando
determinadas tarefas (como cozinhar) com extrema destreza, confiança
e bom humor. Totalmente contrário de quando somos nós a realizar as
mesmas tarefas quando demonstramos todos os nossos medos, receios,
carências, culpas e atitudes covardes ante o simples desafio de cozinhar.
Vale a pena ressaltar que algumas doutrinas vêm difundindo (e porque
não dizer confundindo) a ideia de que a facilidade observada nos
“pequenos”, quando o assunto é tecnologia e outras modernices, trata-
se na verdade de uma “edição de almas especiais” chamadas de crianças
índigo, cristal, entre outras. Acredito que fica claro, ainda mais com a
ajuda da Ciência, que o que diferencia os recém-nascidos e crianças de
hoje é, simplesmente, o fato de não possuírem a mesma “carga” de
Conflitos como nós, adultos, na hora de desempenhar tarefas mais
complexas, ou que envolvam o uso de novas tecnologias.
Assim, uma vez identificada o Verdadeiro inimigo que nos impede de
desenvolvermos, resta, então, encontrar uma forma de nos despojarmos de
todos os Conflitos aos quais aderimos ao longo de nossa existência. Daí a
necessidade da Fé.
A Fé, como já dissemos, é na verdade um instrumento que deve ser
utilizado em nossa Reprogramação Mental. Deve se entender que para se
iniciar um processo de Reprogramação da nossa Mente é vital que
façamos algumas concessões em troca desse Bem Maior. Em outras
palavras, pelo esforço da Fé vamos ignorar algumas dúvidas básicas que
temos sobre nossa existência para acreditarmos eficientemente que existe
Alguém que nos ama, nos tem como Seus filhos e que muito pode fazer
por nós. Assim, ingressamos num delicado processo de reprogramar
nossos pontos de vista a respeito de tudo, com esperança de que nossa
Vida em decorrência disso possa mudar.
É certo que para algumas pessoas basta apenas agarrar-se à Fé para
que algumas coisas já comecem a mudar. Por isso, podemos dizer também
que, como instrumento de autoprogramação mental, a prática da Fé é
também o exercício da Autossugestão. Com esse termo mais científico
podemos vislumbrar mais possibilidades em relação à Evolução de nossas
Mentes.
No que tange ao nosso dia a dia neste “Plano”, a Fé pode nos prover
da capacidade necessária para acreditarmos que é possível mudar ou dar
rumos à nossa vida, incluindo nisso os mais variados tipos de êxito, tanto no
âmbito profissional, como também em nossas relações pessoais e
familiares.
Quero, mais uma vez, chamar a atenção do amigo leitor para o fato
de que nossos problemas deveriam ser tratados apenas como Desafios e
que, portanto, esses obstáculos poderão ser maiores ou menores de
acordo com, apenas e tão somente, nosso ponto de vista. Em outras
palavras, somos nós, através da nossa Mente deturpada e emoldurada
pelos conceitos e regras aprendidas desde a infância, que nos induz não
só a enxergar as coisas da pior maneira possível, mas como também a
não perceber quão fácil seria transpor o obstáculo.
Na passagem em que Jesus se referia que a Fé “ do tamanho de um
grão de mostarda ” era capaz de mover uma montanha, Ele estava se
referindo, obviamente, ao Potencial Humano de realizar feitos utilizando
plenamente a Capacidade Mental dada a cada um de nós.
A propósito, consideramos que Jesus é O Nosso Melhor Exemplo de
Quem usou Plenamente esse Potencial aqui na Terra. Assim, o que Ele
realizou nãoforam exatamente milagres. A rigor, a Fé que as pessoas
tinham na figura de Jesus era o que efetivamente tornava o improvável
possível. Posso explicar diferente afirmando que a crença no dito Filho de
Deus era suficiente para que as pessoas tirassem, de dentro do seu Ser, a
força necessária a se curarem de forma aparentemente milagrosa. É claro
que em outros casos a força do próprio Jesus certamente realizou feitos
notáveis, podemos citar, por exemplo, a Ressurreição de Lázaro.
Portanto, como fomos feitos à Semelhança Potencial
do Nosso Criador, é certo pensarmos que, uma vez
destituídos de conflitos, poderemos realizar tantas
coisas quanto o Próprio Mestre Jesus realizou
enquanto estava encarnado.
 
 
 
 
CAPÍTULO 17
A Propósito...
Eram os Deuses
Astronautas?
 
 
“Tudo o que a mente pode conceber e acreditar, a mente pode conquistar
independentemente do número de vezes que você falhou no passado, ou de
quão grandes são os seus objetivos e expectativas.”
Napoleon Hill
Após 13 anos de intensa pesquisa, Erich Von
Däniken publica o seu maior best-seller, em meados
de 1968, intitulado “Eram os Deuses Astronautas?”.
Esta obra trouxe, na forma de um documento escrito,
provas contundentes da visita de outros seres ao
nosso Planeta desde o surgimento do Homem na
Terra. Tendo vendido mais de 60 milhões de cópias,
este livro despertou em vários continentes a
discussão sobre quem e o porquê estas Criaturas
teriam nos visitado. Não obstante a isso, nos dias
atuais, a TV paga, aqui no Brasil, mantém há vários
anos um programa cujo título e a inspiração de seu
conteúdo remonta ao legado deixado por Von
Däniken – Alienígenas do Passado/History. Ao
lermos a obra, não fica explícita a ideia de que estes
teriam sido nossos “mentores pregressos” e, por isso,
levamos este assunto para a discussão com nossos
Frades. Com eles, obtivemos a seguinte transcrição:
(...) Meus amados, o Mundo de vocês é visitado por outros seres
encarnados desde 3,8 bilhões de anos na qual a atmosfera do Planeta se
tornou menos inóspita aos “visitantes” (...). O motivo das visitas eram
os mais diversos, porém, todos os “viajantes” buscavam avaliar os
recursos que afloravam neste novo Planeta (...). Mais adiante, cerca de
1,8 milhões de anos depois do surgimento do Homem, os interesses se
diversificaram um pouco (...). A partir de então, não só os recursos
minerais e vegetais do Planeta atraíam a atenção de outros moradores
da galáxia, como também a curiosa espécie que habitava o Planeta.
Devo dizer, filha, que um pouco mais à frente, os “visitantes”, tal qual
colonizadores modernos, praticavam o escambo com as “divindades
locais” (...). Posso dar-te como exemplo a Civilização Egípcia que em seu
apogeu recebeu das “visitas” um pouco de tecnologia em troca de recursos
minerais existentes abundantemente naquela região (...). O escambo era
praticado de forma não consentida, ou seja, enquanto os “visitantes”
distraíam a atenção dos faraós auxiliando na construção de imensas
pirâmides sob as quais “estes poderiam obter a vida eterna”, sutilmente os
“estrangeiros” extraíam o que necessitavam do solo, até que não
precisasse mais de nada (...). O legado deixado pelos “visitantes” a estas
civilizações, hoje, de nada acrescenta à raça humana, a não ser uma
imensa curiosidade cercada de perguntas sem respostas (...).
Nossos Frades revelam, então, que de “deuses”
esses antigos “visitantes” não tinham absolutamente
nada. Em outras comunicações, Frei Guido ressalta a
crueldade através da qual agem até hoje esses
“viajantes”.
(...) Outras espécies vindas de outros pontos do Cosmos passaram a se
interessar pelo Comportamento Humano, bem como a Evolução de seus
corpos e a forma de organização enquanto coletividade (...). Tais estudos
ainda são realizados com base na extração impiedosa de espécimes
humanos muitas vezes acompanhados por seus veículos ou equipamentos. A
avaliação da tecnologia empregada é utilizada por eles como balizamento
para a Evolução da Mente Humana (...). Assim, filha, em alguns locais
isolados em oceano aberto como o Triângulo das Bermudas na Costa Norte
Americana e regiões mais interioranas, como é o caso do Lago de
Michigan também nos EUA, se estabeleceram verdadeiras armadilhas para
captura dessas “amostras” (...). É curioso que alguns ditos estudiosos do
assunto dedicam uma vida a encontrá-los sem se quer imaginar que sua
abdução seria o caminho mais curto para o desencarne (...).
O Frei ainda fez referências aos primeiros
achados arqueológicos alusivos à presença dos
“visitantes” por entre os povos primitivos, acerca de
10 mil anos atrás. Deste ponto, ele aproveitou para
nos dar uma noção de quão era avançada a tecnologia
destes seres. Tal fato se deu pela simples observação
de entalhes em pedra encontrados em diversas
civilizações que descreviam perfeitamente máquinas
conduzidas por estes seres pairando no céu.
Num outro momento indagamos o Frei sobre o legado deixado ao
antigo povo do México, onde foram encontradas as ruínas dos povos Maia e
Asteca, entre outros, para os quais importantes conhecimentos astronômicos
(Calendário Maia) foram deixados... Segundo o Frei, também nesta ocasião
teria ocorrido o escambo não consentido, visto que de nada adiantou o
conhecimento astronômico ou os conhecimentos relativos à agricultura para
que estas civilizações se mantivessem. Ao contrário, desapareceram.
Outro aspecto muito importante a ser considerado em relação a este
assunto é o de que, devido ao fato de alguns “visitantes” terem a
estrutura física e fisiológica semelhante à humana em épocas mais
remotas, teria havido a miscigenação de algumas raças externas com a
nossa. Apesar da prática do escambo, acredito que a miscigenação,
ocorrida de forma aleatória, teria sido providencial para que algumas
raças sobre a Terra ganhassem um “Impulso” Evolutivo em relação às
Ciências e Tecnologias.
Talvez seja essa a única e real vantagem de no passado termos sido
visitados por estes seres. Mas ainda me pergunto... Teria sido essa uma ação
prevista no Projeto do Nosso Criador? Ou teria sido algo resultante da
decisão por parte do Livre Arbítrio dos nossos “vizinhos”?
Uma coisa é certa, se estamos tratando nesta Obra sobre descobrir
quem de fato somos, devemos levar isto em consideração. Afinal, o
Desenvolvimento da Mente Humana ocorre também pelo estímulo que
este recebe. Desta forma, o cruzamento de raças pode ter sido
importante para a Evolução da raça humana tal qual foi a vinda de
Arcanjos dissidentes para a Terra.
O Frei ainda nos conta que, com o passar dos séculos e a Evolução dos
meios de comunicação, as aparições em pessoa dos “visitantes” foi sendo
gradativamente reduzida, para desespero dos ufólogos. No entanto, ele nos
revela que novas tecnologias, ainda inimagináveis para nós, são empregadas
pelos “visitantes” para o nosso monitoramento, uma delas é a da
Mimetização Humana, ou seja, a adaptação de seus corpos ao formato
Humano. Dessa forma, estes podem simplesmente se misturarem ao
contingente humano. Outra forma, baseada apenas na telecinese, implicaria
na influência de uma Energia Inteligente, no caso o “visitante” sobre um
Humano numa determinada posição ou situação. Isso se assemelharia ao
envolvimento “espiritual” do qual trata as religiões e doutrinas ligadas ao
espiritismo.
Esta revelação nos aterroriza só de imaginarmos que pessoas que
talvez conheçamos possam ser, na verdade, entidades vindas de outros
Mundos. Ainda dentro deste assunto, num certo momento focamos mais
perguntas ligadas à evolução tecnológica nos “Planos” e também no
nosso Planeta, quando o Frei nos interpela com outra revelação
bombástica:
“(...) Sabem aquele homem (...) que desenvolveu um sistema
operacional para popularização dos computadores pessoais?! (...).”
“(...) Sim, Bill Gates?! (...) Ele é um extraterrestre? (...).”
“Não, filha, mas recebeu ajuda de um (...).”
“Como assim? (...)”. - Perguntei.
(...) Vamos chamar os “visitantes” agora de “infiltrados” (...). Pois bem,
na forma humana, e bem familiarizados coma forma de ser e agir do
Homem, se aproximam de pessoas com algum intelecto e visão. Eles têm,
principalmente, “sede” de tecnologia para, a partir de uma ideia simples,
estimulá-los a criar tecnologias incríveis de forma incessante, o que
evidentemente aos olhos do Criador não agrada (...).
“(...) Por quê?”. - Perguntei.
(...) O Pai, filha, inicialmente imaginou o Mundo como se fosse uma
grande “Colônia”, sem fronteiras, demarcações, ou ainda a diversidade de
idiomas que muitas vezes limita a integração de povos até mesmo dentro
do mesmo Continente Geográfico. Assim, o excesso de tecnologia leva o
Homem a criar necessidades absolutamente supérfluas e que alimentam o
consumo desenfreado e aceleram de modo vertiginoso as dinâmicas
econômicas em todo o Planeta (...).
Desse modo, o Mundo ganha velocidade e as pessoas passam a viver em
função da aquisição desses bens de consumo, fazendo-as distanciarem-se
dos Propósitos Divinos, quais sejam o Amor Incondicional , a Fé e
o Reconhecimento Verdadeiro de suas Origens e Missão. Além disso, essa
busca estimula uma disputa cruel e, muitas vezes, ilegal através da
especulação financeira acarretando a destruição sistemática de todo o
Planeta, seus recursos naturais e até mesmo da sua atmosfera (...).
Para o Nosso Criador, bastaria apenas que o Homem tivesse a tecnologia
chamada de básica para seu conforto e acalentamento. Por exemplo, a
energia elétrica seria importante para gerar o calor necessário nos
ambientes onde o frio se faz intolerável e o contrário, aonde o calor chega
a ser insalubre (...). Os veículos poderiam ser unicamente coletivos; a
visita a outros continentes poderia se dar exclusivamente pela travessia
dos mares e oceanos com embarcações movidas pelo vento e que não
afligiriam o meio líquido, além de proporcionar uma agradável estada
durante o seu deslocamento (...). E assim, recheado de coisas simples seria
a vida de vocês se não houvesse essa busca desnecessária e impiedosa pela
tecnologia.
Outro exemplo, contrário ao do Bill Gates, é a tecnologia que foi criada
por Mark Zuckerberg. Como disse antes, este rapaz, através de seus canais
de ligação com o Cosmos, retirou deste último a tecnologia já existente e a
transformou em algo que pudesse de fato ser útil às pessoas neste Mundo.
O Facebook, para muitos, foi e é uma grande ferramenta de procura entre
as pessoas (...). Parentes distantes puderam se reencontrar ou, até mesmo,
se reconhecer graças a essa tecnologia (...). - (Grifo nosso).
“(...) Mas, Frei, ele também não teria feito isto
por dinheiro? (...)”.
(...) Até poderia, filha (...). Porém, você talvez não saiba (...). Ele doa mais
da metade do que ganha para a Caridade (...). Estamos falando de várias
dezenas de milhões de dólares (...). Concluo este meu pensamento, filha, com
uma pergunta para você: Por que o homem tem que visitar outros Planetas?
Não está feliz? Ou não tem o suficiente aqui para o que precisa? (...).
Acredito que o amigo leitor tenha ficado tão
perplexo quanto nós anti a sabedoria das palavras do
Frei. E por que não dizer diante também da
arquitetura simples e eficaz imaginada por esse
Grande Arquiteto que é Nosso Criador?!
 
 
 
 
CAPÍTULO 18
A Primeira
Visão
 
 
“A guerra é uma invenção da mente humana; e a mente humana também
pode inventar a paz.”
Winston Churchill
É fato que ao chegarmos até aqui absorvemos uma
série de informações que se confundem com nossa
própria história de vida. Afinal, o que o amigo leitor
deve esperar em relação à leitura desta Obra? De
nossa parte, gostaríamos que o leitor pudesse, através
dos fatos ocorridos em nossa vida e das revelações
claras e dadas pelos nossos Frades, obter informações
que pudessem auxiliar a cada um. Tal auxílio será na
busca do seu Autoconhecimento e sobre o lugar que a
raça humana ocupa em meio a este cenário
Planetário.
Por isso, nos parágrafos que se seguirão tentaremos unificar algumas
ideias tal qual um resumo sobre tudo que descobrimos até aqui. Assim,
certamente, a organização destes em nossa Mente possibilitará a facilidade
na interpretação das informações que serão tratadas nos próximos capítulos.
Começamos o resumo desta visão exatamente pelo primeiro fato que
nos coloca nessa jornada na qual tivemos o privilégio de conhecer o Grupo
de Frades desencarnados... O nosso trabalho voluntário na casa espírita, que
é o primeiro fato, permitiu que dedicássemos parte do nosso tempo, não só
para ajudar as pessoas, mas como também para nos colocarmos à
disposição de forças maiores para o que fosse necessário à nossa raça. Em
outras palavras, ao assumirmos este compromisso, fomos submetidos a uma
sequência intensa e pré-selecionada de acontecimentos que culminaram
com nossa mudança íntima. Tal mudança foi tão necessária à nossa
compreensão que outros fatos viriam a acontecer.
Ao mesmo tempo em que desviávamos de outros tantos problemas, nos
era revelada uma série de informações que nos levava à crença profunda na
Engenhosidade empregada pelo Nosso Criador. Devíamos acreditar em tudo
o que havia no Universo e também na singularidade do Desenvolvimento
das “Almas” colocadas em todos os Mundos que Ele criou.
Desse modo, passamos a enxergar nossas vidas... E porque não dizer
também, nossos problemas de outra forma! Na realidade, escapamos várias
vezes da loucura graças às explicações e bênçãos em cada uma das aparições
dos Frades.
A nova interpretação do Mundo, segundo o que nos foi passado por
eles, nos descortina um Mundo de possibilidades cuja justificativa só
poderia se dar pela revelação mais importante e óbvia para todos nós...
Somos, de fato, uma Partícula Daquele que nos criou, e o nosso
objetivo está dividido em Duas Etapas. Para cada uma dessas fases,
cada um de nós utiliza mais, ou menos reencarnações para encontrar a
sua Plenitude.
Sobre essas Etapas podemos dizer que a Primeira nos prepara para a
Segunda, da mesma forma quando colocamos nossos filhos no pré-primário
para que sejam preparados para a alfabetização. Nesse caso, a nossa
“alfabetização” é, na verdade, a Remodelação dos nossos Princípios
(Ético e Moral)[10] através da conversão de informações ancestrais
acumuladas em nosso Arquétipo. Tais conhecimentos são acessíveis
somente por meio da intuição e que fica também sob o julgo do Livre
Arbítrio. Dessa forma, mudamos, ou não, de acordo com o que tenhamos
vivido até ali, ou de acordo com nosso Planejamento Pregresso. Ainda
assim, nos é facultado o direito de mudar o que foi pré-estabelecido.
Na Segunda Etapa, com novas bases, nos é revelado “Quem somos?”,
“De onde viemos?” e “Para onde vamos?” . É aí que descobrimos que
fazemos parte da Energia Criadora e, como tal, nos é facultado, ou não, o
direito de escolher, usar de todo esse potencial inerente a cada um de nós
em detrimento dos nossos semelhantes. Assim, no futuro, essas capacidades
poderão ser utilizadas por nós quando estivermos desencarnados para
transmiti-las em outros Mundos, tal quais nossos Amigos Frades fazem
conosco.
Saber que nosso Mundo já recebeu e recebe “visitas” constantes de
nossos semelhantes e vizinhos estelares, nos proporcionou o entendimento
de que, a despeito da mais avançada das tecnologias, a verdadeira riqueza
esperada por Aquele que nos criou é apenas o Desenvolvimento das nossas
Faculdades Mentais. Assim, tais recursos serão incorporados ao Corpo
Energético para serem utilizados em Mundos cuja necessidade de corpos
mais densos não seja requerida.
Portanto, a produção desenfreada de tecnologia não endossa a
grandeza dos espíritos que as descobre e produz. Ao contrário, a tecnologia
em excesso é, aonde quer que esteja, uma moeda de troca nos Mundos
criados e, principalmente, o elemento corrosivo que destrói e exaure
completamente os recursos dos Mundos tridimensionais .
Porém, de tudo o que aprendemos através dos ensinamentos dos
Frades, o que ainda chama demais a nossa atenção é a intrincada “teia” que
conecta todos os seres encarnados e desencarnados.
Por mais que recebamos explicações detalhadas de como isso
acontece, quandosão determinados os Carmas, entre outros tipos de laços, é
impossível não ficar extasiados com o poder que organiza tudo isso se
imaginarmos que a população de encarnados passa, hoje, de 4 bilhões
apenas no Planeta Terra. Se somarmos as Almas desencarnadas vivendo nos
“Planos” ao redor do Planeta, esse número, sem dúvida, nos seria
impactante.
Pelo que percebemos, saber sobre a “Inteligência” que manipula esse
sistema de integração, nem mesmo nossos Frades conseguiam, ao menos,
nos dar pistas de por onde começar. Conforta-nos o fato de sabermos de que
as figuras de Jesus Cristo e Maria de Nazaré perambulam pelos “Planos”
ao redor do nosso Mundo. Eles administram a chegada e a partida de tantos
irmãos em circulação entre os Mundos Material e “Espiritual”.
Falando em Jesus, nos foi dito que Ele está
desprovido das formas humanas, mas que “veste-se”
com uma imensa quantidade de Energia Amorosa que
pode ser sentida de muito longe. Tal Energia confere
a esse nosso Irmão Maior o visual de uma Luz
Intensa e Radiante também percebida a grandes
distâncias. A sua Mãe, Maria, aqui na Terra conserva
a aparência de mulher certamente para facilitar a
aceitação dos recém-desencarnados pela ajuda que
presta a eles. Quem sabe algum dia seremos
recepcionados por Ela, na alternância entre uma
jornada e outra aqui na Terra...
 
 
 
 
CAPÍTULO 19
A Nova
Fronteira
 
 
“O poder para mudar o mundo está na mente subconsciente.”
Willian James
A partir deste capítulo focaremos de maneira mais
estratificada os ensinamentos dados pelos Frades
acerca da Verdadeira Missão de nossas “Almas”
neste Planeta. É bom que não percamos de vista as
ideias contidas no capítulo anterior que, somadas, nos
remetem ao novo entendimento sobre a Saga da
Alma Humana aqui na Terra.
Ainda de maneira discreta e com manifestações de conteúdos mais
técnicos, nossos Frades iniciaram a explicação sobre a verdadeira relação
entre os Corpos Densos e as “Almas” contidas neles . Segundo os Freis,
além de “vasos”, os corpos humanos não só transportam a “Alma”, mas
também, quando conectados, expressam um dos mais complexos Sistemas
Orgânicos já criados.
O assunto, de fato, é tão complexo que vamos estudá-lo utilizando a
mesma metodologia que nossos Frades utilizaram conosco, ou seja, faremos
tudo ponto a ponto. Sendo assim, é importante redefinirmos definitivamente
o conceito de Alma ou, se preferirem, de Espírito.
Depurando as informações obtidas pelos Freis, entendemos que a
Alma seria certa quantidade de Energia onde está contido o Arquétipo.
Assim, através deste elemento seria possível armazenar uma quantidade
infinita de experiências, informações diversas e percepções adquiridas ao
longo de todas as existências percorridas por aquela Alma.
Uma vez que o Corpo Denso é provido de certa quantidade de
Energia a qual transporta o Arquétipo, se estabelece um acoplamento
entre a Energia e o Corpo Humano. A resultante dessa união é o
preenchimento com Fluido Vital de cada órgão e cada sistema do Corpo
Denso. Nesse ponto, chegamos ao Cérebro que do mesmo modo que os
demais órgãos do corpo também estabelece uma interface com essa
Energia. Dessa ligação, origina-se a Ativação do Cérebro e a
transferência das informações contidas no Arquétipo para subdivisões
do mesmo.
Resulta disso o estado de “ animus ” do Corpo Denso e, a partir daí, este
passa a viver e se comportar tais quais os estímulos que recebe do ambiente e
as intuições transbordadas do Arquétipo para as regiões subconscientes do
Cérebro Humano.
Focamos bastante o ajuste do Cérebro à parte Imaterial, ou seja, a
“Alma”, por se tratar sem dúvida do grande divisor de águas que nos
separa das outras Criações de Deus. Quero, com isso, chegar
respeitosamente aos fatos que nos foram revelados acerca da importância
deste órgão do Corpo Humano em relação à nossa verdadeira Missão na
Terra.
Gostaria, portanto, que o amigo leitor deixasse de lado, até a leitura
final desta Obra, todos os conceitos, dogmas e outras referências que, por
ventura, tenham relacionados ao papel do Homem aqui na Terra. O que
iremos revelar a seguir, assim como foi para nós, descortinará um
Mundo Novo muito mais autêntico e factível em relação a tudo o que
o amigo tenha ouvido, lido ou vivenciado ao longo de suas
existências .
A complexidade do Cérebro Humano vem sendo desvendada com
sucesso graças à evolução de equipamentos que “enxergam” o seu
comportamento na medida em que este é estimulado. Dessa forma,
estimulados com perguntas, partes do Cérebro Humano vão respondendo e
revelando suas interações dentro dos Processos Cognitivos Sensoriais e
Potenciais ainda adormecidos.
Os resultados são interessantíssimos de tal forma que podemos dizer
que a Ciência, com estas descobertas, consegue embasar quase a totalidade
dos conceitos relativos ao Poder da Meditação e de outros mecanismos
difundidos pelas culturas orientais.
Como nem eu e tão pouco os Frades temos graduação em
Neurociência, discorreremos sobre as Faculdades do Cérebro Humano
de modo bastante didático sem a preocupação de utilizarmos termos
técnicos ou de determinarmos a origem exata de cada efeito criado por
ele. Nosso objetivo, portanto, é o de introduzir ao amigo leitor no
entendimento da real importância deste órgão na vida do Homem aqui
na Terra.
Para início de conversa, lembro a você, leitor, que utilizamos em
alguns casos pouco mais de 10% da Capacidade Real do Cérebro
Humano[11]. Também não é difícil encontrarmos especialistas neste campo
afirmando e disseminando Técnicas para o Desenvolvimento de ambos os
Hemisférios do Cérebro. No entanto, dificilmente encontramos alguém
discorrendo sobre a possibilidade de acesso total aos 100% do Potencial do
Cérebro Humano. Isso nos leva a pensar que, ou ainda não descobriram
como fazê-lo, ou mais uma vez tem gente querendo levar vantagem ao
omitir essa possibilidade.
O Cérebro Humano pode ser tido como uma das Maiores Criações
Divinas. No entanto, aos olhos do próprio Homem, o Cérebro pode vir a ser
uma “arma” extremamente eficaz contra o próprio semelhante, além de
criar situações e condições extremamente propícias à obtenção de bens
materiais e reversão de situações pouco favoráveis aos que detivessem esse
poder. Em outras palavras, vamos discutir aqui se o não compartilhamento
desse conhecimento com o resto da humanidade é lícito ou não.
Partimos do princípio de que se o Cérebro Humano possui capacidade
ilimitada no que se refere ao alcance de objetivos materiais, ele também
deve ser eficaz na dissolução de problemas relacionados aos destinos das
pessoas. Será que o Cérebro Humano não precisa de pré-requisitos, sejam
eles Físicos ou Morais, para alcançar o máximo de seu Potencial? A
reposta, meus amigos, está na própria pergunta...
Afirmo a vocês que para chegarmos a este
estágio, no qual poderemos utilizar toda a nossa
capacidade cerebral, é preciso que estejamos
preparados para as potencialidades e realizações que
se tornarão comuns a partir da nossa vontade.
Alguém um dia disse:
“Com Grandes Poderes Vêm Grandes
Responsabilidades”
(LEE; STAN, 1962, grifo nosso)
Aos poucos vamos percebendo, então, que não
será apenas uma discussão científica ou até mesmo
filosófica sobre como utilizarmos nossa capacidade
cerebral, mas, sim, em quais condições e situações
podemos acessá-la e utilizá-la .
A propósito, como citei no início deste capítulo, as técnicas utilizadas
na Meditação são de fato ferramentas para a Remodelagem da Mente.
Observem que eu disse “Mente”, e não “Cérebro”. A razão disso é a de que
o Cérebro é a “máquina” que gera o ambiente virtual, ao qual chamaremos
de Mente . É exatamente nela que os pensamentos ocorrem, bem como os
raciocínios, intuições e sonhos. Na Mente , muitas vezes, recebemos
mensagens codificadas sobre situações que vamos viver, ou como devemos
nos comportar frente a determinados Desafios. Portanto, será a ela que
iremos nos referir enquanto estivermos discorrendo sobre a Capacidade do
Cérebro.
Falando novamente sobre a Meditação, esta acaba por ter a funçãode conduzir o Cérebro a uma condição propícia à alternância na geração
de ondas de pensamento, cujo objetivo é trazer com mais facilidade a
sensação de Equilíbrio e Harmonia para o corpo. Vocês devem se
lembrar de quando descrevi a pouco sobre o ajuste que ocorre entre o
Corpo Denso e aquilo que chamei de Imaterial, ou seja, a Alma, certo?!
A conexão entre os dois corpos (Energético + Físico) gera também o
surgimento de Centros de Captação para retroalimentação da Energia
Vital. Esses Centros são conhecidos pelo nome de “Chakras” que
coletam e transferem para os plexos nervosos do corpo físico a Energia
necessária para a manutenção do Fluido Vital . Essa Energia Vital é
transmutada pelo corpo físico que é transferida para os órgãos internos.
 Éimportante não confundirmos o conceito que permeia o
entendimento sobre as Energias das quais falamos. Por isso, antes de
continuarmos na questão do Cérebro Humano, faremos agora uma pequena
explanação sobre o que é cada uma delas.
O Ser Humano é composto por uma quantidade de Energia que
comporta seu Intelecto e seu Arquétipo. Em outras palavras, o Indivíduo
Humano em sua essência é certa quantidade de Energia Viva (Vital) que dá
vida ao organismo vivo. Essa Energia é absorvida por todos os organismos
viventes através de seus Centros de Energia localizados no organismo vivo
e se transforma naquilo que chamamos de Fluido Vital . Assim, esse Fluído
é imprescindível à manutenção dos órgãos que, por sua vez, são reativos à
sua presença.
O Cérebro possui, não apenas um, mas dois pontos de entrada de
Energia (ou “Chakras”). São eles: o Coronário, situado no topo do Crânio; e
o Frontal, localizado entre os olhos. O motivo disso é, sem dúvida, a
necessidade maior de Energia que esse órgão necessita para sustentar toda a
Atividade Cerebral.
 
Figura 9 - Pontos dos Chakras
Fonte: https://hercolesjaci.wordpress.com/2010/04/01/chakras-numa-linguagem-pessoal/
Se o leitor prestou atenção deve estar se perguntando... Se utilizamos
apenas 10% da nossa Capacidade Cerebral, o que aconteceria se
utilizássemos percentuais maiores? Como e de onde retiraríamos, não só
Energia, mas também o conhecimento necessário para exercermos
plenamente esta capacidade?
Havia pouco tempo em que eu iniciara o exercício de Projeção
Mental seguindo as orientações do Frei. Em certo momento, notei uma
série de alterações através das minhas percepções. Questionei o Frade
sobre isso e tão logo ele respondeu:
(...) Filha, a experiência de ter expandido seus Horizontes Sensoriais a
partir da compreensão e da descoberta do seu potencial como ser humano,
propicia o surgimento de novos Canais de Comunicação com todo o
Conhecimento e Sabedoria existentes no Cosmos (...). Lembra-se de
quando citei o caso do rapaz que criou o Facebook? (...). Afirmo a você,
filha, que a “Alma” se tornará merecedora do acesso ao Potencial
Humano Pleno a partir do momento em que esta estiver profundamente
modificada e arraigada nos princípios norteadores do bem (...). Dou-te,
por exemplo, o próprio Cristo que, sendo Ele um encarnado com
conhecimentos claros sobre os Potenciais Humanos, os utilizou durante
sua estada na Terra para realizar feitos que os Homens escreveram em
seus testamentos chamando-os de “Milagre”, quando, na verdade, eram
realizações oriundas apenas, e tão somente, da vontade profunda do Cristo
(...). Ele, portanto, deve ser para vocês O Melhor exemplo de Alguém que
utilizou todo o Potencial existente na Mente Humana. - Grifo nosso.
Com isso, o amigo leitor começa a entender a
sistemática por conta de tudo que O Criador produz...
Novos canais, então, surgem a partir do alto de
nossas cabeças tal como antenas para captar tudo o
que está contido no Universo para que possa ser
utilizado como matéria prima na realização de feitos
notáveis por nós, “simples mortais”.
 
 
 
 
CAPÍTULO 20
O Cérebro e a
Mente Humana
 
 
“A lei da vida é a lei da crença. Uma crença é um pensamento em sua
mente. Não acredite em coisas que o prejudicam ou o machucam. Acredite
no poder da sua mente subconsciente para curar, inspirar, expandir e
prosperar. De acordo com sua crença que assim seja feito com você.”
John Joseph Murphy
Há muito tempo a Ciência vasculha o Cérebro
Humano em busca de respostas. No entanto, apesar
de todo avanço tecnológico em relação a
equipamentos capazes de “enxergar” o
comportamento de cada órgão ao mesmo tempo em
que estes funcionam – no caso do Cérebro – a
evolução das descobertas foi incipiente.
Na realidade, o Cérebro Humano foi totalmente mapeado de modo que
os cientistas conseguiram apenas ligar suas áreas a determinadas funções
cognitivas. No entanto, outro ramo da Ciência buscou explicar, de modo
mais científico, as relações entre a Emoção, os Sentimentos e as Anomalias
comportamentais nos seres humanos. A Neurociência avançou um pouco
mais do que os cientistas que prospectaram as áreas do Cérebro, pois para
eles era muito mais do que um simples órgão do corpo humano.
Diferentemente dos outros, o Cérebro seria capaz de feitos mais abstratos,
por exemplo, gerar Energia Cinética.
(...) Filha, há uma diferença, ainda não bem compreendida pela Ciência,
entre o Cérebro e a Mente. Ficará mais fácil de você entender se eu disser
que o Cérebro é a usina geradora do campo virtual a que chamamos de
Mente. No campo mental, é onde desenvolvemos nossa criatividade,
pensamentos, raciocínios, etc. Para ficar ainda mais claro, o Cérebro não
só atua como usina geradora, mas como também uma gigantesca memória
física de tudo o que nos acontece em uma existência. Ao desencarnarmos,
todo material guardado na memória física, ou seja, no Cérebro, passa para
o Arquétipo dentro do nosso Mental e este, que está integrado à energia
viva, forma um indivíduo humano. Pra ficar ainda mais claro, o indivíduo
humano, sem um corpo, é composto de energia + intelecto (mental). É isso
o que somos: Energia Inteligente (...).
Rick Hanson e Richard Mendius, cientistas do
Instituto de Neurociências e Saber Contemplativo nos
EUA, concordam com o fato de que ainda ninguém
descobriu como essa relação entre esses elementos se
dá. Entretanto, com base nessas informações é
consenso nosso de que a Mente Humana é o foco do
desenvolvimento dos Seres Humanos neste
Planeta .
Prova disso é a afirmação desses especialistas de que “A Memória
Humana é como um ‘velcro’ para experiências ruins e como ‘teflon’ para
as boas, ainda que a maior parte das experiências seja neutra ou
positiva”. - Grifo nosso.
Para que o leitor possa sentir-se mais confortável durante a leitura das
informações contidas neste capítulo, vamos utilizar algumas nomenclaturas
da obra de Fabio Puentes (“O Marketing das Religiões”) para uma síntese
sobre o Funcionamento do Cérebro Humano.
O Cérebro e a Mente Humana funcionam por meio da interação de
duas áreas distintas: a Percepção Não Consciente (PNC) e a Percepção
Consciente ou pré-motora (PC)[12].
Dividindo o Cérebro em Zonas Físicas, descreveremos a seguir as suas
interações com a Função Mental:
Zona A:
Pertence a PC e está localizada na região occipital do Cérebro,
respondendo pela captação de imagens e sensações que nos chegam através
dos cinco sentidos.
Zona B:
Pertence a PNC e localiza-se entre o Tálamo e Hipotálamo, sendo
estes pequenas glândulas de onde originam e retornam ramificações
nervosas que se comunicam com outras áreas do Cérebro. Entre essas
duas glândulas e no meio da rede nervosa situa-se o centro da memória
física.
Podemos dizer que juntos, as glândulas, a memória física e a rede
neural formam um “armazém” no qual absolutamente tudo fica registrado
por quanto é vivido e aprendido.
Abaixo dela acredita-se estar fixada a área que responde pelos
instintos primários, ou seja, medos, sobrevivência, reprodução, etc., a qual
chamaremos de B1.
É claro que enquanto estamos encarnados, essas regiões (B e B1) do
nosso Cérebro atuam na retenção das informações. Porém, pouco antes do
nosso desencarne o conteúdo registrado passa para o Arquétipo[13].
Zona C:
Pertence ao PC esitua-se na área frontal do Cérebro e é englobada
pelo córtex e o subcórtex. Sua função é a de gerenciar as informações
recebidas, analisando, conectando-as com experiências registradas na
memória e outras sensações advindas da área PNC do Cérebro.
Zona D:
Chamada de pré-motora, é, como já dissemos, parte do PC. Essa área,
em especial, é responsável pela ativação dos diversos grupos musculares
para que uma determinada ordem, gerada no PC, seja executada
imediatamente.
Figura 10 - Partes do Cérebro Humano
Fonte: http://www.grupopsicopedagogiando.com.br/p/neuropsicopedagogia.html
A Mente Humana é o resultado da combinação de dois elementos
necessários ao funcionamento do Cérebro físico, ou seja, os pulsos elétricos
e as reações químicas provenientes destas.
O Cérebro Humano é composto por mais de 10 bilhões de neurônios
que são considerados as células responsáveis pelo seu funcionamento. Estas
existem em duas áreas do Cérebro, no córtex e no subcórtex, e se
“comunicam” por meio de sinapses.
A sinapse, propriamente dita, é a produção de substâncias químicas
chamadas de neurotransmissores. Tais substâncias, ao serem enviadas para
outros neurônios, produzem o pulso elétrico que, por sua vez, gera uma
onda eletromagnética. Tal onda possui diferentes comprimentos e
ondulações. Através dessas variações (ciclos) é possível indicar o estado
funcional da Mente/Cérebro em um determinado instante.
Figura 11 - Neurônio em sinapse
Fonte: http://www.decom.ufop.br/imobilis/?p=579
Uma pessoa totalmente consciente, em condições normais, encontra-se
na condição BETA, no qual os ciclos medidos variam entre 13 e 23 por
segundo. Ao ultrapassar os 23 ciclos por segundo, considera-se que o
indivíduo está entrando no estado GAMMA, quando externamente o
percebemos agitado e em hiperatividade.
Próximo aos 7 ciclos por segundo, encontramos o estado de
tranquilidade que beira o sono, identificado pelos especialistas como sendo
o estado ALPHA. Na casa dos 2/5 ciclos por segundo, estamos adormecidos
e é quando, livres das “amarras” da consciência e dos Conflitos Morais,
surgem os lampejos criativos. Esse estado é chamado de THETA. Abaixo
desse ciclo, chegando aos 0,5 ciclos por segundo, temos uma atividade
cerebral típica de sono absolutamente profundo que se compara ao coma.
Ainda segundo os pesquisadores do Instituto de Neurociências e Saber
Contemplativo nos EUA, a Mente Humana reconstrói memórias implícitas
e explícitas, com base nas suas características chave, contando com a sua
capacidade de simulação para preencher os detalhes faltantes. Todos
concordam que a memória humana não faz distinção entre ficção e
realidade, ao contrário, Toda Memória É Ficcional . No entanto,
concluímos que a Memória Ficcional não é permanente, ao contrário.
Sabemos que esta é Ficcional durante o período em que a Mente está em
desenvolvimento, em outras palavras, quanto menos a Mente Humana for
submetida ao uso da sua Capacidade, mais ela poderá ser Ficcional. A
Memória Física está perfeitamente configurada para absorver até os
mínimos detalhes de um infinito número de informações, só depende da
Capacidade da Mente de observar e reter linearmente todos esses “dados”.
Para entendermos melhor o que foi dito no parágrafo anterior, vamos
imaginar duas pessoas discutindo sobre um determinado assunto em relação
às quais ambas divergem sobre o fato que está sendo lembrado. Segundo os
pesquisadores, a Memória Ficcional é como um disco de memória
fragmentado no qual os espaços em branco são preenchidos com
informações extraídas de experiências diferentes, absorvida de forma
aleatória e diferenciada por cada indivíduo. Assim, para um mesmo fato
pode haver duas ou mais narrativas ficcionais por conta do que explicamos.
De outro modo, Mentes mais preparadas ou estimuladas desde a
infância (o que pode significar que o indivíduo foi submetido a mais
experiências sensoriais do que outro) podem ter uma facilidade maior
quanto ao imput de informações advindas do ambiente através dos seus
sentidos. Lembro aqui que a Ausência de Conflito deverá ser vista como
uma forma também de facilidade na absorção de informações. Exemplo
disso é quando alguém nos pede para decorar alguns parágrafos e nos vem à
cabeça uma informação pré-concebida de que não conseguimos memorizar
mais do que um parágrafo. O Conflito gerado em torno disso torna-se o
obstáculo do nosso acesso à Memória, bloqueando-a totalmente.
Obviamente, para acessarmos livremente nossa Memória e permitirmos um
livre trânsito de dados a ela basta que tenhamos a mais absoluta certeza de
que nosso Cérebro está apto a retê-las e qualquer outra disposição contrária
à isso deverá ser imediatamente descartada.
Alguns parágrafos atrás mencionei algo sobre a facilidade que o
Cérebro Humano tem de absorver e reter experiências negativas ao longo de
sua existência, agindo de modo contrário no que se refere às positivas. Isso é
fato comprovado pela Ciência, mas questionamos se o funcionamento
original pretendido, quando da elaboração do projeto humano, seria este.
Dada à imensa capacidade que o Cérebro Humano tem de aprender,
adaptar-se e encontrar soluções, nossos Frades confirmaram que este órgão
é uma poderosa ferramenta de realizações tanto positivas como também
negativas.
Acredito que seja mais fácil de entender quando realmente acabamos
com o tempo reagindo a tudo a nossa volta com receio, precaução e outras
posturas. Tais atitudes poderiam ser entendidas como sendo traumas de grau
leve.
Em outras palavras, hoje, o que fazemos é apenas sobreviver a tudo
que criamos ao nosso redor. Cito, por exemplo, o trânsito de veículos de
uma cidade... Ao sairmos de nossas casas, por mais equilibrados e
harmoniosos que estejamos, ao cruzarmos a primeira esquina, ao levarmos
uma fechada, uma buzinada, “sairemos completamente do eixo”. Em nossas
Mentes, imaginaremos que a qualquer instante poderemos atingir ou sermos
atingidos por outro veículo. Afinal de contas, é isso que absorvemos todos
os dias através dos noticiários, redes sociais e outros meios de
comunicação.
Isso prova que, de fato, Mente e Cérebro assimila
melhor e retém as nossas experiências negativas.
Numa análise mais ousada, as Opressões, Provas e
até as ditas Expiações, seriam, na verdade, obstáculos
a serem transpostos pela nossa Capacidade Mental.
Assim, devemos nos tornar superiores a toda sorte de
dificuldades que surgem à nossa frente.
 
 
 
 
CAPÍTULO 21
A Gênese
do Homem
 
 
“O medo do poder invisível, fingindo pela mente, ou imaginado a partir de
contos publicamente permitidos, é religião, senão permitidos, é
superstição. E quando o poder é verdadeiramente imaginado, como nós
imaginamos, é a verdadeira religião.”
Thomas Hobbes
Acredito que tenha que começar este capítulo
fazendo a distinção da palavra “gênese”. Quando
busquei no dicionário descobri que, apesar de haver
duas formas de escrevê-la, o sentido que é dado em
cada uma se difere apenas por conta de como
aplicamos. Fica mais claro se eu disser que quando
escrevemos “genesis” estamos nos referindo ao
primeiro livro da Bíblia no qual se retrata a Criação
de tudo. Escrita do modo como explicitamos no título
do livro e deste capítulo, seu significado torna-se
específico, pois a “gênese” indica a forma como algo
surgiu.
Partindo deste raciocínio, convido ao amigo leitor a fazermos uma
pequena recapitulação ao mesmo tempo em que viajamos ao passado.
Vamos resgatar as informações contidas nos livros ditos sagrados e também
nos apócrifos quanto a “gênese” do Homem.
Do ponto de vista geológico, nosso Planeta ao longo dos últimos 4
bilhões de anos vem passando por ciclos de profunda modificação, seja no
clima, na superfície terrestre, ou até mesmo nos mares. Isto significa que
desde sua criação a Terra vem resfriando e criando condições que em
determinado momento permitiram o surgimento do primeiro Ser vivo sobre o
Planeta. E é óbvio que não estamos falando do Homem ainda, mas sim de
uma simples célula a partir da qual toda a vida orgânica na Terra se originou.
O estudoda Evolução do Homem segue paralelo à Evolução do
nosso Mundo, no entanto, talvez em virtude dos cataclismos ocorridos
durante o resfriamento, muitas evidências de nossos ancestrais teriam se
perdido. Graças a essa lacuna, alguns autores como Edgard Armond
encontrou subsídios para basear sua tese evolucionista em sua obra
intitulada “Os Exilados da Capela”. Nossa trajetória até aqui nos trouxe
ao ponto de concluirmos que nos primórdios da Evolução do Planeta, a
mais ou menos 65 milhões de anos em meio ao surgimento de mamíferos
primitivos, primatas e outros, iniciou-se também a adaptação física do
ancestral homo erectus. Apesar de parecer óbvio, essa etapa foi, sem
dúvida, a precursora da fase mais importante e compreendida por nós
como sendo a atual. Digo isso porque, como já mencionamos em outros
capítulos, a Evolução alvo no Projeto Divino é, sem qualquer dúvida, a
do Indivíduo Humano. Só para não haver engano, lembro aqui que o
indivíduo a qual nos referimos é o também conhecido Ser Humano que
de fato compreende a um “punhado” de Energia dotada de Intelecto. Por
isso, as discussões sobre a Evolução do Homem a partir do seu
surgimento na Terra, para efeito da verdadeira Evolução, são incipientes,
pois quando se fala nas gerações ancestrais do Homem primitivo, nos
referimos apenas a Evolução da “casca” e não da Essência.
Definitivamente, para que as ideias contidas nesta Obra possam
conectar-se, é imperativo que compreendamos a Verdadeira e Única Forma
de Evolução do Homem.
Os que de nós cresceram ouvindo os ensinamentos da Bíblia Cristã
devem ter sentido falta de comentários acerca de Adão e Eva. Digo isto
porque em certa altura falamos sobre a Gênese do Homem citando,
primordialmente, os episódios ligados à Derrocada dos Anjos, sua
Influência na Humanidade e as Providências do Criador para consertar os
rumos tomados pelo Homem.
Frei Guido nos explica:
(...) Inevitavelmente, filha, temos que citar o papel de Adão e Eva na
colonização desse Mundo. Como já dissemos, o distinto casal foi plantado
neste orbe na mais perfeita harmonia e condição de comunicação com o
Nosso Criador. No entanto, sabemos que Adão e Eva, que antes eram apenas
energia e intelecto, ao serem providos de um corpo físico e plantados na
Terra, passaram a desenvolver outros gostos e necessidades. Nosso Pai,
filha, sabia exatamente o que estava fazendo (...). Deu a Adão e Eva o
equipamento biológico que os faria desejar profundamente que se
integrassem a esse lindo e Novo Mundo tridimensional (...). Foi depois disso
que ambos, tentados em fazer as coisas ao seu modo, ignoraram as benesses
do contato direto com o Divino para viverem as suas próprias expensas. Sem
a conexão com o Pai, as gerações que se sucederam a Adão e Eva assumiram
caminhos tortuosos e, como já dissemos, absolutamente cheios de Conflitos.
Além disso, dissemos também como foi a dura
Missão de Noé em selecionar os inocentes para que
com estes pudessem reiniciar a colonização terrestre
após o Dilúvio. Porém, obviamente Adão e Eva
tiveram um papel fundamental no início da vida neste
Mundo. A rigor, não vamos defender a tese de que,
de fato, a vida para o Homem começou neste Planeta
pelas mãos apenas de um casal. Talvez Adão e Eva
tenham sido representantes de uma espécie escolhida
pelo Criador para iniciar um Mundo com um grau
mais elevado de Desenvolvimento. Entretanto, o que
nos cabe agora conjecturar com o amigo leitor é
a Engenhosidade por trás do Livre Arbítrio que,
ao longo dos capítulos desta Obra, provamos ser um
dos Atos Divinos de maior significância para todos
os Seres Criados por Ele .
Temos motivo para acreditar que Adão e Eva representavam uma raça
superior, mas que, dotados de um corpo denso extrapolado em sua
Capacidade Sensorial num Mundo tridimensional e absolutamente
exuberante e provocativo, teriam feito uma escolha oposta ao do
Crescimento ou, simplesmente, da vida baseada em Luz. Por conta disso,
seus descendentes teriam absorvido estas novas características e seguido
inicialmente o rumo da Involução.
Gerações depois, estando a humanidade notadamente deteriorada,
seguindo a Lei de Causa e Consequência, o Planeta entrou em um severo
Desequilíbrio Ambiental que o teria levado a condição extrema da
intempérie, ou seja, a chuva torrencial que acabaria por ceifar a presença
humana na terra. No entanto, uma “missão espiritual” foi dada a um
Humano, Noé, que ao interpretá-la acreditou que apenas os puros deveriam
restar para repovoar o Planeta. Assim, ele estaria realizando o que
chamamos de “seleção étnica humana”.
Podemos acreditar, assim, que sejamos descendentes daqueles que
foram selecionados na ocasião do Dilúvio. Consequentemente, de lá
para cá vivemos conforme nossas escolhas segundo o que nosso
Arquétipo nos permite “recordar”.
Exploramos nos capítulos anteriores muito a respeito do
Cérebro/Mente Humana e fizemos isso com o intuito de preparar o
entendimento do leitor para absorção das informações relativas a essa nova
forma de ver e de entender Quem Somos.
A Mente Humana e o respectivo Cérebro passam a ser os elementos de
significativa importância quando pensamos na nossa Evolução. Nessa
altura, nosso leitor já sabe que não estamos atribuindo à Mente e ao Cérebro
a sua função mais mundana, que seria a de subjulgar o meu semelhante
através do acúmulo de cultura muitas vezes inútil. O que devemos valorizar,
em primeiro lugar, é a percepção das nossas Verdadeiras Origens, ou seja,
Somos oriundos de uma Energia Maior formada por um Imenso Intelecto
que nos assiste de maneira muita próxima e permite que evoluamos
segundo nossas escolhas. Desta maneira, a vivência aqui na Terra e as
consequências sentidas por nós, cristalizam nosso Aprendizado e nos
remetem a uma recondução de nossos atos futuros de modo mais
harmonioso em relação ao nosso semelhante.
A descoberta individual dessa nova fase nos remete a uma estrada
conhecida por poucos homens como sendo o caminho para a Iluminação .
Em nosso caso, chamaremos esse “despertar”, ou se preferirem
“encontro com a Iluminação”, de “A Nova Fronteira” . O nome pode
mudar, mas o objetivo sempre será o de religar a Criatura ao Criador.
Fazemos questão de criar este paralelo entre as expressões mais
utilizadas mundo afora para designar esse “estado de espírito”. Assim, com
esta nova nomenclatura o amigo leitor pode eventualmente importar
conhecimentos semelhantes que, por ventura, possa ter acessado em outros
tempos. Isto significa que em algumas doutrinas e religiões talvez seja
possível encontrar fragmentos deste entendimento.
A despeito dos esforços que muitos grupos têm de manterem as
informações contidas neste livro “trancadas às sete chaves” e acessíveis
somente a um grupo seleto de seguidores, nós, por entendermos que tal
conhecimento é vital para o Crescimento e Desenvolvimento do Ser
Humano, tentamos reunir todas essas informações aqui.
Nos esforçamos para que esteja disponível da forma mais didática
possível e acessível a todo àquele que, de alguma forma, sente que a vida
não se resume apenas a praticar o Bem .
Aproveitando os conhecimentos divulgados no capítulo anterior, cabe-
nos, aqui, reforçar certos conceitos sobre o Funcionamento do Cérebro
Humano e sua correlação com a chamada Mente Humana. Por definição,
o Cérebro é a “usina geradora” do Campo Virtual chamado de Mente
através do qual realizamos todas as funções que nos são natas (ainda que não
tenhamos descoberto ou evidenciado mais do que 10% delas). Decidimos
chamar nosso Cérebro de “usina” dado a capacidade que este tem, não só a
de ajustar funções e operações do corpo humano como um todo, mas como
também de Gerar a Energia necessária (e aqui podemos citar a Energia
Magnética, como sendo uma delas) para a realização de feitos notáveis.
Posso tentar elencar alguns desses acontecimentos: a capacidade de
armazenamento infinito de informações; capacidade de mover sólidos;
alterar situações; obter resultados improváveis; comunicar-se sem uso da
palavra expressa ou dita; entre outros. Entretanto, temos que reconhecerque
talvez o maior dos feitos possibilitados, através do uso expandido da Mente
Humana , é o de suplantar as emoções primitivas através da compreensão
do nosso verdadeiro papel como Seres Humanos.
Outra faceta da condição humana em relação ao Criador é o de estar
conectado a Ele através, justamente, do Mental. Essa condição permitirá
a qualquer Ser, ainda que encarnado, o acesso ao Conhecimento
Universal. Este conhecimento é a resultante de tudo o que conhecemos e
de coisas que ainda iremos descobrir, pois, afinal, tudo já foi inventado,
tudo está na Mente Universal, tudo está na Mente do Nosso Criador!
Agora, uma vez conectados, é fato que acessaremos áreas do
conhecimento extremamente importantes e vitais ao nosso Desenvolvimento
e, assim, a aplicação desse Saber será visto pelo nosso semelhante como
SABEDORIA. Desta forma, reforço mais uma vez a ideia de que nossa
relação com o nosso semelhante deve sempre ser permeada pelo mais alto
grau de Sabedoria extraída do Universo, ou porque não dizer da Mente Maior
do Nosso Próprio Criador?!
O efeito direto disso será a implacável mudança do comportamento
humano para melhor, onde poderemos destacar as mais intensas
manifestações de Justiça, Bondade e Amor! Ao alcançarmos isso,
estaremos diante também de um Mundo totalmente Novo e muito
próximo do Imaginado Por Ele, quando plantou os dois primeiros Seres
Humanos por aqui...
Ao observarmos os outros povos irmãos espalhados pelo Planeta,
notamos que há certa discrepância entre a Evolução do Indivíduo como
um todo. Para se ter uma ideia do que estou dizendo, as ilhas situadas ao
sul do Pacífico mantinham tribos que ainda não haviam tido contato com
outros seres humanos até meados dos anos 30. Fato histórico
comprovado e narrado no documentário produzido com base na obra de
Erich Von Däniken, estas tribos, com início da Segunda Guerra Mundial,
recebeu a visita do exército americano que buscavam locais para
servirem de base de operações durante a guerra. Para alcançá-los,
chegaram pelo ar causando um impacto violento naquela sociedade
primitiva. Os nativos passaram a adorar os militares que, graças à
dificuldade de comunicação em razão da língua, não conseguiram
explicar o que faziam ali. Por conseguinte, ao final da guerra os militares
deixaram as ilhas e até hoje os nativos aguardam ansiosos o retorno dos
“novos deuses” que vieram do ar.
Esses nativos construíram um modelo semelhante ao de um avião
militar da época e o posicionam, até hoje, na parte extensa e plana da ilha
como se este fosse decolar. O fato em si é o de que todos os dias as tribos
que tiveram contatos com os militares se prostram ao longo da “pista”
entoando frases e orações para atraírem os “deuses” de volta.
Com esse exemplo percebemos que a interferência de outros seres em
determinadas culturas no passado pode ter criado um diferencial entre
alguns povos do Planeta. Admitamos, por um instante, que o Velho Mundo
possa ter sido mais “visitado” do que os Continentes situados no Hemisfério
Sul de tal sorte que a cultura daqueles povos, que historicamente
dominaram o Mundo durante muitos séculos antes do presente, pudesse ter
sido realmente influenciada por agentes externos.
Não quero me referir simplesmente ao que comentamos capítulos atrás
sobre a presença de encarnados vindos de outros Planetas como já fora
provado. Abro este raciocínio à possibilidade de que mitos e lendas que
povoaram estas terras possam ter um fundo de verdade no que se refere à
presença de “divindades” entre os Humanos.
Seres extraterrestres poderiam ter sido confundidos com divindades,
mas a probabilidade maior vem dos relatos encontrados no livro de Enoque.
Tal livro já foi citado nesta Obra no qual tratava de dissertar sobre a
presença de “Anjos Caídos” (por opção, é claro) entre os Humanos.
O contato ocorrido pela integração de Humanos e Anjos teria, em
favor dos Humanos, originado a transferência de certos conhecimentos
técnicos e filosóficos que acabariam por tornarem-se parte da cultura
daqueles povos e também daqueles indivíduos. Com a multiplicação das
raças não podemos esquecer que nossos “espíritos” transportam as
informações ligadas às nossas vidas e relações ancestrais através do
Arquétipo. Os conhecimentos adquiridos ao longo das nossas existências,
além da “genética” oriunda de entes mais desenvolvidos que outrora teriam
se misturado aos Humanos, também fariam parte da informação
transportada por nossos “espíritos”.
 
 
 
 
CAPÍTULO 22
O Fim dos
Conflitos
 
 
“Nem teus piores inimigos podem fazer tanto dano como teus próprios
pensamentos.”
Buda
Não somos, nem de longe, as pessoas mais
indicadas para discorrer sobre este assunto, por isso
vamos nos limitar a explicá-lo segundo nossas
experiências e referências dadas pelo Frei Guido. Ele
as utilizou para nos explicar como eliminar ou, ao
menos, reduzir a incidência de Conflitos Mentais que
agem como bloqueadores da nossa Capacidade
Mental.
Para começarmos este assunto é importante lembrarmos de pessoas
que certamente você, leitor, assim como nós, conhecemos... Refiro-me às
pessoas cheias da “famosa” Autoconfiança. Tal adjetivo diferencia muito
mais as pessoas, não pela sua forma de se manifestar, mas em relação aos
resultados que estas alcançam nos mais variados campos de nossa vida.
Esmiuçando um pouco mais, podemos dizer que as pessoas
autoconfiantes, do ponto de vista intelectual, têm em suas Mentes um
coeficiente baixo em relação à geração de Conflitos através do raciocínio, o
que as possibilita inicialmente a manterem o foco em seus objetivos. Este
foco, por si só, já é algo que caminha na direção do que pretendemos
explicar a você, amigo leitor. Porém, o que nos coloca realmente em
condições de extrairmos o máximo de nossa Capacidade Mental é, e sempre
será, a proeza de raciocinarmos de forma a focar um determinado objetivo
sem Conflito algum.
Frei Guido nos explica:
(...) Filha, podemos entender como Conflitos tudo aquilo que fica retido em
nossa memória e que se apresenta quando estamos vivendo uma
determinada situação. Desde a infância somos bombardeados por
colocações feitas pelos nossos pais sobre o que podemos ou não fazer e,
muitas vezes, essas colocações são reflexos dos Conflitos adquiridos pelos
nossos próprios pais. Assim, temos uma verdadeira bola de neve quanto a
transmissão e ampliação dessa situação aumentando de geração para
geração.
Um dos Conflitos mais comuns e talvez mais pernicioso de todos eles seja
o da CULPA . Estamos habituados a ouvir muitas pessoas manifestarem
este sentimento por erros que talvez nem tenham cometido. Algumas
crenças trabalham esta questão fazendo com que os lados envolvidos
possam se perdoar independentemente de estarem em contato. Isso tem seu
efeito prático. Mas acredito que a situação conflitiva de culpa tem seu
maior efeito junto aos nossos familiares do primeiro círculo (isso será
discutido no próximo capítulo) , ou seja, nossos pais e irmãos. Pois uma
coisa é certa: se viemos juntos para conviver na condição de família, é
porque, certamente, há muito que perdoar e acertar entre todos (...). -
Grifo nosso.
Repetimos, aqui, por várias vezes que somos, por
definição, Partículas do Nosso Próprio Criador e,
como tal, conservamos de forma oculta o potencial
modificador a partir da aplicação de nosso Intelecto
na condução de nossas vidas.
Ora, todos concordamos de que a existência Humana aqui na Terra é
cercada desde o primeiro minuto de vida de situações em que, muitas vezes,
julgamos ser com problema. Para provar isso, peço a você, nosso leitor, que
por um instante tente se lembrar de alguma visita que tenha feito a algum
casal que acabara de ter seu primeiro rebento. Lá está você, prestigiando a
chegada de um novo Ser quando este embarca num choro desesperado, sem
motivo aparente. Como o dito casal tem pouca experiência, leva um certo
tempo até que eles percebam que a criaturinha está apenas com fome. Se
observarmos esta cena sob a ótica do bebê, podemos dizer que eis aí o seu
primeiro problema sobre a Terra; saciarsua fome. Sem poder se comunicar
eficientemente com seus pais, ele encara verdadeiros momentos de tensão até
que finalmente o alimento chega até ele.
Já os pais, sem saber qual a motivação do choro, por incrível que
possa parecer, eliminam os motivos começando por embalá-lo, depois
trocá-lo, passá-lo para o colo da avó, para só depois alguém intuir que pode
ser fome. E, assim, começam nossos problemas por aqui...
Dei-me ao trabalho de escrever toda esta cena para que o leitor tivesse
a mesma convicção que nós, quanto ao surgimento inesgotável de
problemas durante nossa existência.
Mas, e se eu dissesse que os problemas são situações ou simulacros
que proporcionam os Desafios necessários para o Despertar da nossa
Consciência?! Encaramos as Dificuldades como questões que nos
aborrecem, exigem sacrifícios, tiram nosso sono sem prestar atenção na
verdadeira contribuição que elas nos trazem. O Problema ou Desafio, por
pior que possa parecer, tem mais de um lado e a proporção quem dá a ele
somos nós mesmos. Se é assim, posso afirmar que se pegar qualquer
problema para resolver, o estabelecimento do grau de dificuldade será
definido por mim e pelos elementos que julgar importante e que me cercam
naquele momento.
Vou dar um exemplo... Suponha que eu tenha uma conta para pagar e
que esta vença hoje, mas hoje eu não tenho dinheiro para pagá-la, pois só
receberei daqui a 5 dias. Ora, normalmente as pessoas costumam surtar
diante de uma situação como esta... Mas faço uma pergunta: O que adianta
surtar se isso não muda o fato de que terei dinheiro só mais tarde? Isso
mesmo... Não muda nada, e se não muda nada, por que insistimos em nos
desesperar, chorar, ficar nervoso, etc.? Porque vivemos cercados por
“condições comportamentais” ditadas, primeiro, pela família e depois pela
sociedade em que vivemos.
De acordo com o exemplo que mencionei, diante da falta de
dinheiro para pagar a conta, bastaria que eu contatasse o meu credor e
realinhasse com ele um novo dia de pagamento mais ajustado com a
minha real condição. Se fosse feito deste modo, além de ter economizado
energia, teria também conseguido manter o foco nas coisas realmente
importantes, como o meu trabalho, família, etc.
Portanto, os Problemas sempre existirão, mas o que pode nos ajudar é
a forma de entendermos e de resolvê-los. Nesse caso, devemos usar
exclusivamente nossa Inteligência Racional ao invés da Emocional .
No nosso caso, a supressão dos Conflitos foi progressivamente obtida
através de um incessante trabalho de Reprogramação das crenças em nós
mesmos. Além disso, também foi conquistada na total incorporação da ideia
de que não temos Problemas, mas, sim, Desafios a serem superados, e como
tais, as soluções seriam encontradas se conseguíssemos limpar nossas
Mentes dos Conflitos.
Num determinado momento, após começarmos a vislumbrar A Nova
Fronteira, na ausência total de Conflitos, meu Amado consegue uma proeza
em relação a um Desafio financeiro nosso ainda recorrente daquela época...
Passei ao Valoroso as informações que obtive com o Frade. Em seguida, ele
passou a desenvolver o que poderíamos chamar de “Tela Mental”. Nessa
“Tela” foi projetada toda a situação que se queria solucionar. Depois de 24
horas descobrimos que a situação, espontaneamente, havia encontrado uma
saída.
Depois do êxito do meu Amado, chegou a minha vez. Eu estava
totalmente sem Conflitos. Naqueles dias, soube que o filho de um amigo
estava envolvido com drogas. Ele estava hospitalizado havia vários meses...
Como este amigo nos auxiliava em problemas nossos particulares, eu tentava
à distância intervir na Conduta Mental do menino afim de que ele pudesse
eliminar os Conflitos que o levava à dependência química. Seguindo também
orientações do Frei, me trancava no quarto e, usando fones de ouvido através
dos quais ouvia música suave, me conduzia mentalmente até o quarto do
menino no hospital. Para isso, tinha que “pedir” para que minha Mente me
conduzisse até onde estava o garoto. Assim acontecia... Em tempo real, ouvia
e via tudo que se passava no quarto e quando achava conveniente me dirigia
ao menino com palavras de orientação, encorajamento e esclarecimento. Esse
nosso “diálogo”, segundo explicações do Frei, era, na realidade, entre eu e a
parte inconsciente do Cérebro do menino.
Para minha surpresa, depois de algumas sessões de Mentalização,
o menino liga para o pai e pede enfaticamente para ser levado para casa.
Ao encontrá-lo no hospital, nosso amigo se surpreende ao vê-lo
saltitando pelo quarto pedindo aos berros para que o pai convencesse o
médico para conceder-lhe a alta.
Em seguida, meu Amado novamente nos surpreende. Eu havia sido
notificada pela Receita Federal por conta de um acerto financeiro ocorrido
em meu divórcio. Aos olhos deste órgão, eu estava devendo o imposto
relativo ao valor que recebera naquela ocasião. Esta dívida equivalia ao de
um carro popular... Durante a última reunião ocorrida na Sede da Receita
Federal, antes da lavratura do auto de infração, meu Amado, completamente
imbuído e envolvido pela Força Mental, assumiu o controle da situação e
das mentes que estavam ali na nossa frente com o propósito único (ausência
total de Conflitos) de definir favoravelmente a situação. Naquela mesma
tarde, recebemos um telefonema de uma das pessoas envolvida no caso nos
informando que por “orientação superior” o nosso caso seria arquivado e
eu, assim, estaria desobrigada de pagar qualquer valor à Receita.
E, assim, seguiram-se outros casos de sucesso através da nossa Nova
Postura Mental de acreditar, de forma irrestrita, em nossas Capacidades
Inatas. É bem verdade que tínhamos sempre como Desafio a supressão dos
benditos Conflitos, mas, com o passar do tempo e com o número crescente
de soluções e definições acontecendo em nossas vidas, deixar de nos
influenciar por eles passou a ser algo cada dia mais fácil. Crer em
nossas Capacidades é acreditar que temos algo de Divino em nós.
Assim, este é o Primeiro Passo para se chegar àquilo que chamamos
nos capítulos passados de A Nova Fronteira.
Faço um novo paralelo, agora, com um fumante que, apesar de saber
que o “bendito” cigarro rouba-lhe seus dias de vida, continua fazendo uso
do mesmo em detrimento de um “controle” maior sobre uma tal de
“ansiedade”. Da mesma forma, agimos muitas vezes ao ficar em órbita de
um “problema”, pois desde que ele aparece, sabemos qual é a solução a
tomar, mas não a aceitamos em razão de alguma outra conveniência nossa
ou de outros, ou porque simplesmente não queremos daquele modo. Assim,
estaremos exibindo um comportamento extremamente egocêntrico.
Alguns antigos costumavam dizer: “A vida é simples e bela, nós é que
a tornamos difícil” - grifo nosso. Concordamos com isso, assim como o
amigo leitor também nesta altura da leitura...
Vale a pena, agora, explicarmos melhor outro aspecto do Intelecto
Mental. Tal aspecto é responsável pelo ajuste quanto à ética na aplicação
desse potencial em favor sempre dos nossos semelhantes e de nós mesmos.
Me refiro a popular Sabedoria !
Chamamos de Sábio àquele que por atos ou palavras nos surpreende
fazendo algo que foge ao convencional e proporciona efeitos “óbvios”.
Através das experiências que vivemos conseguimos extrair sua
verdadeira mensagem. Normalmente, é nesse caminho que iniciamos o
exercício da Indulgência, Caridade, Ética e Moral. No início, essas ações se
caracterizam como algo que fazemos a partir de um raciocínio lógico
caracterizando uma ação mais pertinente à Inteligência Racional do que a
Emocional, por mais óbvio que esta última possa ser. No entanto, depois de
um tempo, através do qual percebemos física e mentalmente os benefícios
gerados por estas ações, nosso comportamento passará a ser automático
para estas questões, e aí passará a se orientar pela Inteligência Emocional.
Um Ser Humano pode utilizar seu potencial mental na ausência de um
comportamento Sábio? A ausência de Sabedoria, a rigor, proporcionará o
uso desmedido dessa Capacidade. Dessa forma, devemos lembrar que o
Universo e todas as coisasnele seguem o princípio da causa e efeito. Em
outras palavras, o uso indevido dessa capacidade acarretará consequências
e, por isso, é de vital importância à incorporação da Sabedoria como
regulador da aplicação da Virtude Mental.
Quando houve o nosso primeiro contato com este assunto, Frei Guido
cuidadosamente elaborou uma espécie de “equação” para nos ajudar e
ativar a Verdadeira Função de nossa Mente. Lembre-se disso: “Pensamento
gera Imagem que, na Ausência de Conflito = Materialização” - grifo
nosso. É importante destacar que esta frase, uma vez imputada, gerará uma
mudança na frequência que emana dos nossos pensamentos, podendo
produzir efeitos muito interessantes. Por isso, daqui por diante é bom que o
amigo leitor tome cuidado com o que pensa!
 
 
 
 
CAPÍTULO 23
Os Recursos da Mente
A Projeção Mental
 
 
“Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos.
Com nossos pensamentos fazemos o nosso mundo.”
Buda
Antes de entrarmos no âmago do título deste
capítulo, é importante que façamos uma breve
recapitulação do que aprendemos até aqui.
Começamos pelo entendimento de que não somos Criaturas
convencionais. Ao contrário, de todos os seres viventes sobre este Mundo,
Nosso Criador nos proveu com um órgão de extrema Capacidade e Força -
O Cérebro Humano .
Sobre este órgão entendemos que não há limites para as coisas que ele
pode fazer. Cito, por exemplo, a capacidade de mover objetos; modificar
situações; promover a comunicação entre semelhantes; gerar Energia capaz
de alterar Fluídos, entre outras funções. Esta capacidade inerente a
Divindades nos foi atribuída pela justa causa de sermos oriundos diretos
Daquele que nos criou. Portanto, dotados de um corpo, contraímos a
capacidade de gerarmos, através do Cérebro, a Energia transformadora que é
direcionada pela mentalização de ideias na ausência total de Conflitos. Estes
são os verdadeiros inimigos dos seres humanos, pois representam os
grilhões que escravizam e submetem à raça humana a uma existência
medíocre, se comparada ao Imenso Potencial existente em cada um de nós.
A melhor forma de nos destituirmos desses Conflitos, passa pela
aceitação de quem realmente somos e de um melhor entendimento dos
nossos objetivos enquanto encarnados neste Mundo.
O nosso objetivo como Filhos do Criador, ainda que sua total
compreensão transcenda o nosso conhecimento, nos remete, por instinto,
a necessidade de nos Desenvolvermos Mentalmente ao invés de
Espiritualmente . A rigor, para chegarmos ao ponto de focarmos nossas
Faculdades Intelectuais e desejarmos expandi-las, passaremos
obrigatoriamente pela reforma de nossas bases conceituais que muitos
chamam de Reforma Íntima.
Sobre esse assunto, o Frei nos explica:
(...) Filha, a mudança íntima e necessária para que o indivíduo alcance o
estado ideal para o entendimento ou reconhecimento do Novo Mundo (ou da
Nova Fronteira) é, sem dúvida, uma das etapas mais difíceis até chegar à
Iluminação. Tomar nas mãos antigos conceitos extremamente enraizados na
essência do indivíduo e ceifa-los num único golpe é, praticamente,
impossível. No entanto, a Fé como já dissemos anteriormente poderá ser um
instrumento que proporcionará a motivação e a metodologia correta para a
extirpação dos velhos hábitos em detrimento de uma nova visão (...). Quando
citei a Fé como instrumento motivador e metodológico, quero dizer que ela,
por si só, proporcionará àquele que quer conhecer o seu verdadeiro Ser a
disciplina necessária a que pensamentos com novas estruturas possam vir a
povoar a Mente do indivíduo. Assim, a Fé expulsará gradativamente os
pensamentos, ideias e comportamentos impuros e involutivos daquele
indivíduo.
Assim, de maneira um pouco equivocada, quando
nos esforçamos para buscar dentro de nós o que de
fato precisamos para nos desenvolver acreditamos
que nos falta melhorar nossa Condição Espiritual.
Porém, deveremos alcançar aquilo que as filosofias
orientais chamam de Iluminação e, aqui,
denominamos simplesmente como Nova Fronteira ,
que virá através da ativação do Intelecto .
No tocante à Projeção Mental , esta faculdade do nosso Intelecto se
resume a capacidade de focar um determinado objetivo para o qual se
deseja canalizar parte ou toda Energia possível. Como vimos anteriormente,
na condição de encarnados, os elementos que formam o SER e,
especificamente, o INTELECTO HUMANO são compostos por Cérebro e
Mente. Como vimos, a Mente é o campo virtual gerado pelo Cérebro, de
onde comandamos o nosso Ser, produzimos pensamentos, concedemos
ideias, etc. No caso da Projeção Mental , a Mente determina o foco e envia
para o órgão físico “as coordenadas” relativas ao “alvo” e a quantidade de
energia necessária para alcançar esse objetivo. Imediatamente, o Cérebro
passa a atuar como uma usina gerando energia eletromagnética que deverá
alcançar o “alvo” sugerido produzindo os efeitos esperados.
Porém, é importante observarmos alguns pré-requisitos para que isso
possa ser realizado de modo adequado com nossa condição. Em outras
palavras, apenas para lembrar você, caro leitor, esta Capacidade que é
inerente a todos os seres humanos deverá ser utilizada com critério extremo.
O Poder da Mente é ilimitado e está, de certa forma, atrelada apenas ao nosso
Livre Arbítrio, de modo que nossa responsabilidade, em relação aos atos
realizados a partir desse recurso, são de nossa inteira responsabilidade. E,
assim sendo, em caso de mau uso responderemos carmicamente por isso.
Assim, o que realizaremos através da utilização plena da nossa
Capacidade de Projetar nossos pensamentos deverá ser condizente não só com
os valores Éticos e Morais citados anteriormente, mas sim norteados pelo
princípio da Causa (ação) e Efeito (reação). Uma vez não observado este
princípio, bem como os demais, sofreremos a Ação do Carma que envolverá a
nós mesmos e aqueles para os quais projetamos de forma errada. Desse modo,
devemos avaliar com muito critério e observar possíveis “sinais” que nos
ajudarão na tomada de decisão quanto ao “alvo” e as razões que o elegeram.
O uso da Projeção Mental poderá ser alvo de contestação da nossa
conduta pelo nosso próprio julgamento quando acessarmos o
Arquétipo, no qual constam as nossas vidas pregressas. Por isso,
sejamos justos e sábios ao utilizá-la!
Uma forma de buscarmos a confirmação no momento de traçar a
“rota” para chegarmos ao objetivo pretendido por meio da Projeção Mental
será o de perguntarmos a nós mesmos se aquilo que faremos se caracteriza,
de fato, por ser a Ajuda Verdadeira à outra pessoa .
Esta Ajuda é um conceito que deve crescer juntamente com nossa
Capacidade de executar mudanças, tanto nos nossos caminhos e destinos,
quantos nos de outros irmãos. Cito, como exemplo, a educação que os pais
tentam dar a seus filhos, muitas vezes conflitiva, pois diante de uma situação
doméstica muitas vezes o pai ou a mãe não sabe se repreende ou afaga o filho.
Falando ainda mais claro, os pais tem a tendência de não agir, ou não dizer as
coisas na hora certa, ficam cheios de receios temendo serem preteridos, ou até
mesmo perderem o amor do filho. Porém, a grande realidade é que, movidos
pelo verdadeiro amor entre pais e filhos, estes devem ser capaz de repreender
na hora certa e aconselhar nas horas mais oportunas, independentemente da
preocupação de terem sua autoimagem prejudicada por isso.
Outro exemplo é quando ouvimos a queixa de um amigo sobre
uma situação pessoal, na qual fica claro para nós que ele poderia ter
agido diferente, mas para não magoá-lo concordamos com suas
convicções, ou seja, “passamos a mão na cabeça”, ao invés de fazê-lo
ver onde ele realmente errou. Portanto, a Ajuda Verdadeira nem
sempre reverterá a você o reconhecimento ou a gratidão daquele que a
recebeu, pelo menos não no momento em que isso acontecer...
A Ajuda Verdadeira é algo cujos beneficiários costumam assimilar
certo tempo depois que acontece. De qualquer modo, quero reforçar que em
nossa preparação para iniciarmos uma Projeção Mental, com a clara
intenção de ajudar verdadeiramente alguém,devemos fazer algumas
simulações sobre as possíveis Causas e Consequências que poderão ocorrer
com esta pessoa face nossa interferência mental em seu comportamento.
Verificadas, então, todas as possíveis variáveis relacionadas aos efeitos
da nossa interferência Mental na conduta de uma outra pessoa, podemos
nos concentrar nas técnicas que poderão auxiliar e potencializar a utilização
da Projeção Mental.
O conceito base para uma Projeção Mental tem como objeto central
imagens. Nosso Cérebro, que é o responsável pela geração do campo de
energia que interagirá com o do nosso “assistido”, funciona melhor quando
é abastecido por imagens que o sugestione acerca do que queremos que
aconteça. Assim, se objetivamos a mudança do comportamento de uma
pessoa (exemplos: alguém parar de fumar, ou ter maior concentração para
decidir, etc.) devemos imaginá-la atuando da maneira como projetamos. É
importante que a forma de visualização desta cena seja da forma mais
completa possível em relação a detalhes, para que você consiga atingir a um
maior grau de realidade possível. Este grau determinará a força com que a
imagem será fixada na “usina” Cérebro. A partir daí podemos afirmar que
quanto mais realista tenha sido a visão da cena, mais energia e mais clareza
haverá na Projeção e, com efeito, melhores resultados serão alcançados.
Inicialmente, as Projeções devem ser geradas uma de cada vez. Com
o tempo, nosso Cérebro estará habilitado e apto a desenvolver
simultaneamente várias Projeções. Outra característica inerente ao estado
mais adiantado do Cérebro no modo Projeção é o fato de que, a olhos
vistos, estas ações poderão ser simultâneas enquanto você faz ou realiza
outras tarefas ao longo do seu dia. De fato, é a regularidade e a
intensidade com que se realizam as Projeções que mantêm o fluxo
constante da Energia de Modificação na direção daquilo que precisa
ser realizado.
Para que o amigo leitor possa experimentar iniciar suas Projeções, é
importante que as faça inicialmente em um lugar calmo no qual algumas
instruções possam ser seguidas. Antes, porém, é importante lembrarmos de
que temos que nos condicionar de modo que nem Conflitos e nem qualquer
outra interferência possa influir neste processo.
Assim, além do local apropriado, sugerimos que o leitor esteja
preparado com algum tipo de aparelho sonoro que possa reproduzir, em
loopping, uma determinada trilha sonora. Tal som deve ser
impreterivelmente do gosto do leitor a despeito de sua tipologia.
Posicionado relaxadamente sobre uma cama, sofá, ou até mesmo no
chão, fones de ouvido levarão o leitor a um estado mais profundo de
relaxamento. Este estado proporcionará a mudança na frequência das ondas
cerebrais da condição BETA para a ALFA. Este novo estado colocará o seu
Cérebro na posição de gerar um campo virtual, através do qual poderá
projetar o seu objetivo com clareza.
 
Figura 12 - Fluxograma
Elaborado por Bianca Gracioso Moreira
Desta maneira, se formarmos com riqueza de detalhes a imagem
daquilo que queremos, repetindo-a por infinitas vezes na condição de
Isenção Total de Conflitos, poderemos aguardar certamente a realização do
que projetamos. Como já disse anteriormente, este processo é apenas uma
forma de começar o exercício das Projeções. Porém, este pode e deve ser
adaptado de maneira a proporcionar ao seu executor a mais plena condição
de visualização e realismo nas suas Projeções.
Algumas pessoas, depois de certo tempo, utilizam este processo
para obtenção de algo mais simples. Isso também minimiza a quantidade
de Energia necessária à realização do intento e, obviamente, nesses casos
não há grandes preocupações com as implicações éticas e filosóficas
deste recurso. Cito, como exemplo de algo simples que se poderia fazer
com as Projeções, a obtenção de uma vaga para estacionar o seu veículo
numa rua movimentada. Você, ao se dirigir ao local, faria a Projeção
visualizando o ponto exato de onde necessitaria ter a vaga. Para isso,
usaria os recursos mais adequados a você para gerar a imagem realista do
fato e, muito provavelmente, ao chegar lá encontraria a sua vaga no local.
Uma forma um pouco mais complexa de Projeção seria a de encontrar
o caminho livre em meio ao trânsito em uma grande cidade, pois é fato que
a necessidade de Energia para criar o “corredor” no qual você trafegaria
com tranquilidade seria muito grande. Porém, chamo aqui sua atenção para
o fato de que é importante que saibamos Projetar, ou seja, o que pedir na
Projeção. Em outras palavras, utilizando ainda o exemplo do tráfego, nossa
Projeção poderá, ao invés de criar o “corredor” livre, desencadear uma
sequência de pequenas situações. Tal modificação pode nos levar a sairmos
para a rua num determinado momento no qual o tão temido tráfego esteja
mais atenuado, atendendo, assim, ao pedido projetado.
Com isso, acredito ter proporcionado uma visão um pouco mais ampla
sobre as infinitas possibilidades de utilização das Projeções Mentais. Friso,
para finalizar, que a aplicação delas no campo do combate interpessoal
também é possível, mas acarretará consequências que poderão ser mais bem
entendidas no próximo capítulo desta Obra na qual discorreremos sobre o
Carma e as Leis da Ação e Reação que regem o nosso Universo.
 
 
 
 
CAPÍTULO 24
O Carma
Lei da Ação e Reação
 
 
“Três coisas não podem ser escondidas por muito tempo: o Sol, a Lua e a
Verdade.”
Buda
Em vários capítulos ao longo desta Obra, citamos a
palavra “carma”. A definição de “carma”, segundo
dicionário Aurélio, é:
Termo extraído das doutrinas bramânicas, com o
qual se procura interpretar a lei de ação e reação
no domínio bioquímico.
Nas religiões da Índia, sujeição ao encadeamento
das causas.
A definição pelo dicionário abranda um pouco aquilo que
normalmente pensamos sobre as relações cármicas. Na maioria das vezes
tendemos a pensar que Carmas são, a rigor, relações pesadas, desagradáveis
e que efetivamente são levadas por toda uma existência sem fim. Como
veremos adiante, o Carma representa uma faceta do complexo sistema de
desenvolvimento dos Seres Humanos.
Em nossos estudos, a partir das revelações dos Freis, pudemos
constatar que existem de fato duas situações possíveis em relação ao
Carma; uma Positiva e outra Negativa.
(...) Filha, o Carma é, como já dissemos, um mecanismo que serve ao
complexo sistema de evolução dos Seres Criados por Deus. No entanto, é
importante que façamos algumas distinções sobre a forma de contraí-los e
as competências quanto a ser positivo ou negativo. As pessoas sempre
acreditam que um Carma só pode ser adquirido entre uma existência e
outra. Na verdade, podemos estar numa determinada existência e já
estarmos em plena relação com as pessoas do nosso Carma do ciclo
familiar e acontecer, no decorrer disso, de encontrarmos uma pessoa (que
não estava programada e que nem faz parte dos círculos obrigatórios do
relacionamento cármico) que, em razão de uma ação que desferimos na
direção dela, acabemos por estabelecer uma situação cármica. Antes de
dar um exemplo, lembro apenas que este “acerto cármico” só se dará na
existência seguinte de ambos os envolvidos. Agora, como exemplo, imagine
que, após ter discutido seriamente com seus pais, você saia pelas ruas com
seu carro com as emoções à flor da pele quando, de repente, uma pessoa
atravessa a rua e você a atropela. Nem precisamos imaginar que tenha
sido um atropelamento fatal, basta que aquela ação tenha causado uma
interferência na vida daquela pessoa e, a partir dali, haja, ainda que de
forma fugaz, uma relação entre vocês de ódio, amizade ou qualquer outra
coisa para que ambos acabem por estabelecer laços cármicos para uma
próxima vida.
Aproveito esse mesmo exemplo para ajudá-la a entender como atribuir o
fator positivo e negativo a uma situação de Carma contraída. Veja, filha,
no exemplo do atropelamento podemos dizer que dessa situação entre o
atropelador e o atropelado nasça uma amizade, ainda que o mesmo tivesse
se machucado bastante, ainda assim teríamos um Carma, mas
provavelmente com característicaspositivas (...). O Carma negativo
poderia se estabelecer se, ao invés de amizade, houvesse rinchas por conta
do ocorrido ou até o desencarne do atropelado, assim, trazendo para o
atropelador o ônus da justiça dos homens e suas consequências no
trabalho, na família, entre outros. De qualquer modo, em ambos os casos
esses Carmas só se resolverão numa próxima existência. - Grifo nosso.
Após a explicação do Frei, compreendemos
melhor como contraímos os Carmas.
A partir da nossa primeira aparição como seres encarnados,
provavelmente na condição de homem primitivo, estávamos cercados pelos
nossos semelhantes e com os quais nos relacionamos de forma positiva ou
negativa. Entretanto, o conceito de positivo ou negativo contém variações, e
para avaliarmos que tipo de Carma teria ocorrido desde a nossa primeira
encarnação devemos retomar o conceito, também bastante discutido aqui,
relativo ao desenvolvimento do Intelecto/Ser Humano.
Ora, se o Projeto Divino previa nosso desenvolvimento como Ser a
partir do nosso Intelecto, nossa primeira atuação sobre a Terra deve ter sido
baseada em fortes confrontos e situações de adaptação, cuja compreensão
era pouca. Pressupomos que nossas relações, também nessa passagem pela
Terra, deva ter desencadeado mais situações de injustiças e de
descompensação do que em outras vidas que se seguiram. Portanto,
imaginamos que nessa primeira vinda à Terra ganhamos as primeiras
relações cármicas negativas em relação ao nosso semelhante.
Nas existências seguintes, fomos nos encontrando com aqueles mesmos
irmãos com os quais estabelecemos nossos primeiros laços cármicos, tendo
aí a oportunidade de reparar ou remoldar os Carmas para uma condição
positiva.
A reparação de um Carma, com base no nosso desenvolvimento como
Seres Humanos, passa invariavelmente pela necessidade do perdão
sincero e esse ato só é possível com a Evolução do Ser. Apesar de
presenciarmos muitas vezes pessoas dizerem, em seu leito de morte, que
perdoam “fulano” ou “beltrano”, isso não resolve!
O Perdão não pode ser concedido por arrependimento por parte de
quem concede na condição de moribundo, por exemplo. Ao Perdoar aquele
que o concede, deverá fazê-lo mediante a completa consciência do
entendimento de que se foi ofendido, ou teve sua vida afetada por aquele
irmão. Este o fez pela força dos mecanismos intrínsecos ao sistema de
desenvolvimento de nós, Seres Humanos, nesse Mundo.
Dessa forma, o laço cármico rompe-se ou se torna positivo para que
numa outra existência, de forma menos exigente, ambos possam estar
juntos novamente na qual haverá uma situação de auxílio mútuo diante dos
Desafios que cercam o Desenvolvimento dos Seres.
Frei Guido explica:
(...) Filha, é importante que façamos aqui uma rápida explicação para
obtermos a distinção na aplicação da palavra AMOR (...). Esta palavra surgiu
para dar significado em grau máximo a um sentimento que, a priori, poderia
ser conferido a qualquer ser vivo, incluindo os Seres Humanos. Entretanto,
falando das relações humanas e, principalmente, das afetivas, temos que
homens e mulheres (me refiro ao Ser masculino e ao Ser feminino a despeito
dos corpos que ocupam) buscam freneticamente suas almas gêmeas tendo como
parâmetro um sentimento complexo de descrever e muitos terminam suas vidas
frustrados por não encontrarem. Faço questão de mencionar isto para
justamente clarearmos o entendimento de que o Amor Verdadeiro entre Seres
masculinos e femininos acontecerá de acordo com a Vontade Divina. Pode
parecer um pouco decepcionante, mas se lembrarmos da Engenhosidade
sempre presente nas ações do Nosso Criador, vamos compreender que até
mesmo a união de dois Seres pelo verdadeiro sentimento de Amor
desencadeará uma série de processos importantes naquela família e totalmente
em consonância com o Projeto Divino. Portanto, o verdadeiro Amor entre dois
seres deverá ser sempre tratado e pronunciado como AMOR DIVINO .
Observo vocês muitas vezes sentimentais em relação a animais domésticos,
por exemplo, dando nome e tratando-o como uma pessoa. Quando o
bichinho desencarna, vocês choram a perda como se fosse um ente da
família e em todas essas ocasiões dizem que ele era “amado”. Dei este
exemplo, filha, para ajudar a distinguir e aplicarmos da melhor forma um
conceito tão amplo como é o de Amar. Assim, Amar uma outra pessoa com
toda a intensidade do verdadeiro Amor é estar na presença do Amor
Divino . As outras formas desse sentimento são também aceitas quando nos
referimos a animais, seres e outros que pertençam a Criação de Deus. Você
pode me perguntar agora sobre o Amor que os Seres devem ter em relação
ao Nosso Criador e a resposta para isso é a seguinte: quando vocês
estiverem no caminho para encontrar o Vosso Pai, descobrirão mais essa
faceta do Amor de Deus e este será, também, indescritível! - Grifo nosso.
O Amor Verdadeiro entre os Seres é também uma
concessão do Criador a um grupo relativamente
pequeno de “almas” que atravessam suas existências,
sob o julgo das separações e dos reencontros através
das encarnações. Curiosamente, alguns renascem
depois da perda com a sensação que lhes falta algo e,
ainda que busquem desesperadamente aquele outro
Ser que vem a preencher este vazio, muitas vezes
tomam decisões e fazem escolhas sem imaginar que
estas os remetem a uma distância cada vez maior de
suas “almas gêmeas”.
Ao iniciarmos este capítulo, mencionamos propositadamente que os
laços cármicos poderiam se dar com quaisquer pessoas. De fato, isso é
possível, mas nesse caso não se configura como uma regra. Digo isso
porque temos a livre escolha para estabelecer racionalmente, ou não, com
quem e quando nos envolvermos ao nível de carma.
Isso nos remete a uma questão bastante interessante... Com quem,
então, teremos obrigatoriamente uma relação cármica positiva ou negativa
em nossa existência? A resposta é bem simples: com nossos parentes.
Falamos em algum ponto desta Obra sobre o procedimento que
precede a reencarnação de um Ser. Nesse processo fazemos algo semelhante
a uma programação na qual escolhemos preferencialmente aqueles que
serão nossos pais, irmãos e parentes próximos.
Quando nascemos, encontramos de imediato, aqueles que previamente
escolhemos para conviver bem de perto. Essas pessoas serão sempre aquelas as
quais deveremos, obrigatoriamente, resolver nossas pendências cármicas. É
claro que em todas as nossas existências, ainda que escolhamos as mesmas
pessoas, os papéis devem ser trocados para que possa haver também uma
mudança de perspectiva para cada um dos envolvidos, de tal sorte que sempre
serão membros do que chamamos de Primeiro Círculo .
Para visualizar melhor, imagine-se no centro de uma figura formada de
Círculos Concêntricos. Cada Círculo, indo do mais próximo ao mais
distante de você, irá representar:
Primeiro Círculo – pais, irmãos e filhos;
Segundo Círculo – avós e avôs;
Terceiro Círculo – tios e primos de 1º e 2º grau;
Quarto Círculo – amigos conhecidos ou não;
Quinto Círculo – relacionamentos afetivos.
A quantidade de Círculos pode variar de acordo com uma série de
circunstâncias, mas o Primeiro deverá ser sempre o mais visado para nós.
Entretanto, os parentes podem ser alternados em relação aos Círculos que
mostramos aqui, por conta de estruturas menos comuns na organização de
algumas famílias. Exemplo: alguém que foi criado pelos avós, ao invés dos
pais.
Muitos de nós passamos uma existência inteira e não conseguimos
harmonizar-se com as pessoas que compõe o Primeiro Círculo, mas
conseguimos êxito às vezes em outro. Devemos lembrar, como foi dito há
pouco, que o Primeiro Círculo tem prioridade em relação à harmonização
aos demais. Daí, deduzimos que viver uma vida e não ter êxito na reversão
dos Carmas com as pessoas contidas no Primeiro Círculo é marcar passo
sem sair do lugar em termos de Evolução.
Para concluir, cada vez que obtivermos êxito junto às relações contidas
no Primeiro Círculo, poderemos afirmar que nossa Meta Prioritária de
Carmas de Vidas Passadas foi cumprida.
Com relação ao tempo presente, podemos dizerque estas relações
estão configuradas no ambiente do Quarto e Quinto Círculos. Vamos
utilizar, como exemplo, as relações contidas no Quinto Círculo – relações
afetivas.
Podemos dizer que nos dias de hoje, apesar da facilidade com que
casais casam e separam, o fim de um casamento formal ou união estável
sempre tende a ser traumático para ambos os lados. Em muitos casos
dessas relações nascem filhos e junto com os ex-cônjuges acabam
formando um novo hall de pessoas que, provavelmente, serão escolhidos
num novo planejamento que antecederá a nova reencarnação. Assim,
adquirimos Novos Carmas, mas somente durante o nosso planejamento
pregresso definiremos em quais Círculos colocaremos cada uma destas
pessoas. 
Acredito que seja oportuno aclararmos um pouco a relação cármica
estabelecida com entes que não necessariamente reencarnaram na mesma
existência que nós. Lembramos, aqui, que, em decorrência do Livre
Arbítrio, existe a real possibilidade de que um determinado Ser das nossas
relações opte em deter-se por mais tempo ao “Plano” com o qual está
“sintonizado” e, assim, não comparece ao presente convívio, o que força o
encontro de ambos a ser postergado para uma próxima existência.
Por isso, por vezes ouvimos em algumas doutrinas a interpretação de
que um determinado Ser encarnado está sendo “obsediado por alguém do
seu passado”. Isso pode ser possível se o Ser desencarnado estiver na
condição vibratória que permita que este possa “interagir” com o
encarnado.
Do ponto de vista cármico, podemos entender que, neste caso de
obsessão, o obsessor acumulará mais um Carma para com aquele
encarnado. Resta sabermos se há de fato algo que se possa fazer nesse caso
para que, mesmo estando em Mundos diferentes, este “acerto” possa
ocorrer com o objetivo de findá-lo.
Acreditamos que, se ao longo da existência como encarnado este vier a
evoluir, dentro dos moldes que já comentamos, poderemos admitir que
através de comunicação mental e do verdadeiro sentimento de
arrependimento poderá ocorrer a desconexão entre esses dois Seres, não
havendo assim mais nenhum Carma a resgatar.
É bom lembrar que constitui Carma também ajudar ao outro de
forma egocêntrica e tendenciosa . Em outras palavras, quando
interferimos com opiniões ou determinações sobre a vida de quem quer que
seja com o claro objetivo de manipulá-lo à minha conveniência ou à de
terceiros.
Apenas a Ajuda Verdadeira , comentada no capítulo anterior, poderá
surtir o prático efeito vital para o Verdadeiro Crescimento do Ser Assistido,
do contrário o Carma recairá sobre você!
 
 
 
 
CAPÍTULO 25
O Renascimento
 
 
“Existem três classes de pessoas que são infelizes: a que não sabe e não
pergunta, a que sabe e não ensina e a que ensina e não faz.”
Buda
Adespeito da etimologia do meu nome ter a ver
com o título deste capítulo, na realidade, o que
discutiremos a seguir tem de fato mais a ver com
o Renascimento de cada um de nós quando
acessamos essa nova Condição Mental que se
reflete sobre todo nosso Ser.
Assim, vai repercutindo como uma onda modificadora de nossas
atitudes que, por sua vez, alteram nossos Caminhos e nossa Vida.
Ao longo desta Obra chamamos a atenção do leitor para o fato de
que a utilização plena da nossa Capacidade Mental, que entre outras
coisas, desde que seus objetivos fossem legítimos e inofensivos aos
nossos semelhantes, possibilitaria interferir no comportamento alheio.
Partindo desse princípio, será que nossa Capacidade Mental poderia
inferir algo relativo à longevidade dos nossos corpos?
Todos nós já ouvimos ou lemos em algum lugar que as doenças, em
sua maioria, são resultantes dos efeitos perniciosos de nossos
Pensamentos e Atitudes Mentais. Isso nos remete a ideia de que se Nossa
Mente estiver em equilíbrio, ou seja, livre de pensamentos negativos,
poderemos conservar nossa saúde e, provavelmente, aumentar a nossa
longevidade. É fato que um organismo em desarmonia não funciona bem,
o que acarretaria o mau funcionamento, no caso as doenças.
Os médicos mais conscienciosos da atualidade receitam aos seus
pacientes cada vez menos remédios e mais qualidade de vida. Nesse
quesito, devemos ler, ter mais prazer, estar próximo de quem se gosta,
tentar gozar o máximo a vida, fazer exercícios e alimentar-se bem, etc.
É certo que para boa parte da população mundial atender a todas essas
recomendações seja um pouco difícil... Mas é aí que entra a nossa
Mente. Ela é capaz de substituir os elementos de felicidade e de prazer
para que o indivíduo seja capaz de se adaptar às condições reais do
ambiente em que vive sem que este sucumba organicamente por conta
disso.
Aproveito para me referir mais uma vez ao célebre casal Adão e
Eva, pois na época em que viveram, e certamente com grau de
Conhecimento que tinham, não foram subjulgados por qualquer tipo de
doença. No entanto, ao perceberem que a escolha que fizeram os colocou
numa situação de isolamento e reclusão em relação ao Criador, seus
descendentes passaram a nascer sob o estigma do Conflito do Certo ou
Errado, do Bem e do Mal, entre outros. Isso teria sido suficiente para que
os filhos de Adão começassem a experimentar toda sorte de doenças,
pois a Atitude Mental enfraquecida e conflitiva acabariam por minar seus
corpos.
Apesar do resgate étnico promovido pelo Dilúvio, os descendentes de
Noé (que descendiam também de Adão) não puderam se livrar da
informação conflitiva existente já no Arquétipo dos seus ancestrais. Por
isso vivemos, até hoje, sob o ataque das nossas próprias Mentes.
Dessa forma, somos o que pensamos... A cada dia acumulamos
informações e emoções que, se forem mal trabalhadas em nossa Mente,
imprimirão em nosso corpo os efeitos desse mal. Por consequência disso, a
população mundial tem adoecido . A Medicina, ainda que formada por
Mentes brilhantes, desconhece/não aceita verdadeiramente o caminho para
a cura dos Males Físicos, provavelmente por estarem seduzidos pelos
ganhos advindos das indústrias farmacêuticas.
A Medicina poderia se voltar ao estudo aprofundado e definitivo sobre
a Mente Humana como forma de cura do corpo, além de tratar
automaticamente das doenças sociais que aflige a toda Humanidade.
A tecnologia de mão, ou de entretenimento, caminha no rumo
contrário da integração do Ser Humano. Essa tecnologia tem permitido
ocultar as verdadeiras personalidades e Mentes por trás dos equipamentos,
dando espaço à criação de vidas cada vez mais baseadas em ficção e
mentiras. O efeito prático disso é o fomento de gerações de jovens com
personalidade fraca e distorcida, desencadeando raças de Seres Intelectual e
Mentalmente incapazes. A gravidade disso está obviamente no
enfraquecimento do Intelecto Humano que representa a inversa ação do
pretendido pelo Criador.
Por isso, entendemos que a raça humana está cada vez mais cega e
longe desse ideal. Portanto, pequenas ações como esta Obra podem “tocar”
algumas Mentes e corações que venham a fazer a diferença promovendo a
salvaguarda de um número maior de irmãos.
Nossas Faculdades Mentais nos foram conferidas para que pudéssemos
colocá-las em desenvolvimento ante os Desafios diários. Assim, um dia
poderemos experimentar um estado tal qual foi vivido originalmente por
Adão e Eva.
Concluímos, então, que Ser Feliz é encarar Problemas como se fossem
simples Desafios, descomplicando tudo ao nosso redor, além de
transformarmos até mesmo nossas mais simples atitudes em atos de
Humildade Incondicional. Só assim conseguiremos lapidar a nossa visão
em relação ao outro e iniciar a nossa jornada até encontrarmos A Nova
Fronteira .
Compreendemos, afinal, que as religiões e doutrinas conhecidas em
nosso Mundo são, em grande parte, instituições que se utilizam do
Conhecimento Universal difundido em fragmentos para a dominação da
Raça Humana pelo próprio homem, em maior ou menor escala. Seus
objetivos são sempre os de angariar mais poder e matéria a despeito de
qualquer possibilidade de promover realmente o Desenvolvimento
Intelectual do Ser, franquear o exercício do Livre Arbítrio e sua Religação
com O Criador.No início, éramos superiores e perdemos isso quando nos
desvinculamos do Nosso Pai. Hoje, à duras penas, descobrimos fragmentos
desse nosso passado e lentamente voltamos a progredir na Evolução do
Nosso Ser para que um dia possamos estar novamente ligados a Ele.
Sendo assim, ainda que se force na crença de quem somos de fato, a
expansão do nosso Mental deve ser a meta de todo e qualquer Ser que
habita os diversos Mundos Criados por Ele. Quando atingirmos isso,
seremos uma sociedade na qual a maior tecnologia presente será a
Orgânica, no que se refere a nossa presença neste Mundo.
A Ciência Moderna já tem certeza de algumas coisas, uma delas é a do
inevitável fim do Nosso Mundo. Do espaço, os cientistas detectaram pelo
menos três condições que, sem aviso prévio, destruiriam nosso Mundo
antes que tivéssemos qualquer tipo de percepção sobre isto. A primeira
delas é a colisão de um meteoro, ou asteroide com dimensões superiores a
10 km; a outra forma é o passamento de um Planeta órfão a distância
suficiente para alterar a gravidade, atmosfera e até mesmo a forma do
Planeta; e a última é sermos atingidos por um feixe de raios gama irradiados
a partir da extinção de uma estrela massiva.
A nossa Evolução deve preconizar a superação das necessidades de
um corpo denso para que possamos vir a habitar, colonizar, ou não,
Novos Mundos Tridimensionais.
Acreditamos estar caminhando na mesma direção que nossos
ancestrais que viveram na época de Noé. Enquanto nosso Planeta se
deteriora em progressão geométrica, nossa consciência, sobre este fato,
caminha à “passos de formiga”. Por isso devemos acreditar que seguimos
rumo à nossa extinção, antes mesmo do fim do nosso Mundo. Uma
mudança visceral em nosso modo de pensar e ver o Mundo tem de
acontecer, sob pena de nos sepultarmos em meio a tudo o que de supérfluo
produzimos e construímos.
Caso a tecnologia, na ocasião, seja capaz de prever o cataclismo
eminente que colocará fim ao nosso Mundo, esta, na verdade, terá apenas
postergado o inevitável. Por isso, aceitar qual foi Nossa Origem e
Compreendermos Quem Somos, acelerará o Desenvolvimento do Intelecto
Humano e os Mecanismos que promovem diuturnamente o Processo
Reencarnatório em busca do Aperfeiçoamento do Ser. Assim, cremos que
para O Criador, na medida em que estivermos prontos, Seremos Seus
Novos “Arcanjos” na Construção e Organização de Novos Mundos.
Finalizo esta Obra lembrando, ao caro leitor, que a nossa dedicação
em vivenciarmos este Novo Mundo implicará na constante publicação de
trabalhos com novas descobertas e informações. Tais trabalhos terão
sempre o único propósito, ou seja, o de compartilhar o Conhecimento
para sobrevivermos a nós mesmos.
Fiquem na Paz, na
Harmonia e no Amor!
 
 
Bibliografia
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Origens do Mal . São Paulo: Nova Era, 2009.
HURTAK, James Joachim. O Livro do
Conhecimento e As Chaves de Enoch . Editora para
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HANSON, RICK. O cérebro de Buda . EUA: Inst.
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LANCEY, Robert. O ano 1000 . São Paulo: Campus,
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PUENTES, Fabio. Marketing das Religiões . São
Paulo: Cena Um, 1999.
ARMOND, Edgard. Os Exilados da Capela . São
Paulo: Aliança, 2012.
 
 
 
 
 
 
[1] Criacionismo: Esta teoria nos lembra da ancestral polêmica gerada pela discussão entre Ciência,
Filosofia e Religião, sobre as origens do Universo e da própria Humanidade. Ela procura dar sua
versão sobre esta questão, do ponto de vista religioso. Assim, ela sustenta que todos os seres vivos
existentes foram criados por um ou mais entes inteligentes. Esta é a hipótese de maior recepção em
todo o planeta, elaborada em oposição à teoria evolucionista, fruto de pesquisas científicas.
 
[2] Plano: termo utilizado pela doutrina espírita. Explicaremos sobre isso mais adiante. 
 
[3] SS – Organização paramilitar ligada ao Partido Nazista e à Adolf Hitler.
 
[4] Colônia ou outro local como hospital, pronto-socorro, etc. é algo criado na mente do
desencarnado para que ele possa ir tomando conta aos poucos de sua nova condição.
 
[5] Nessa altura, a Bíblia, o Livro de Enoque, entre outros, encontram na Ciência indícios
irrefutáveis desses acontecimentos. Por exemplo, os restos mortais dos “gigantes” (mencionados por
Enoque) encontrados na Turquia; ou ainda a Arca e o Dilúvio (da Bíblia e Alcorão) cujo cataclismo
já fora provado; e a existência da embarcação cujos pedaços de algo realmente semelhante a um
grande navio fora encontrado em uma montanha ao Norte do Irã, e não no Monte Ararat/Turquia
(onde teria inicialmente pousado).
 
[6] As pessoas que não se enquadram minimamente nessa caminhada no desenvolvimento da Alma
serão transferidas para outro Mundo, tal qual foi Capela para a Terra em seus primórdios.
 
[7] Só há uma exceção: quando o Espírito atingir o nível Mental e Espiritual superior àquele de
quando chegou. A equipe encarregada o levará, automaticamente, a migrar para outro Mundo.
 
[8] O diálogo que tive com Frei Guido em relação à reencarnação de minha avó se encontra mais
adiante no capítulo 11.
 
[9] Ver capítulo 6.
 
[10] Em relação a este ponto, é importante observarmos que a maioria da população mundial ainda
se encontra na Primeira Fase. Assim, podemos concluir que poucos de nós encontraram o caminho
para a Segunda Fase.
 
[11] Esta informação pode ser encontrada em inúmeros sites e publicações na internet, como
http://super.abril.com.br/ciencia/a-gente-usa-apenas-10-do-nosso-cerebro.
 
[12] Adaptamos essas abreviações para facilitar a compreensão ao longo do texto.
 
[13] Exploramos este assunto no capítulo 9.

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