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A Gênese da Alma Humana e seu Desenvolvimento na Terra Copyright © 2016 Editora dos Frades Todos os direitos reservados. Título original: A Gênese da Alma Humana e seu Desenvolvimento na Terra Diretora editorial: Renata Gracioso Preparação de texto: Bianca Gracioso Moreira Revisora Geral: Bianca Gracioso Moreira Revisão de conteúdo: Isabela Do Amaral Quintilio Diagramação: HiDesign Estúdio Design de capa: HiDesign Estúdio Foto de capa: Alex Staroseltsev/Dollar Photo Club CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ Gracioso, Renata. Poggetto, Luiz Roberto Dal. A gênese da alma humana e seu desenvolvimento na terra / Renata Gracioso e Luiz Roberto Dal Poggetto. - São Paulo: Editora dos Frades, 2016. 238p. Título original: A Gênese da Alma Humana e seu Desenvolvimento na Terra ISBN: 978-85-92551-00-1 CDD 130 2016 Todos os direitos desta edição reservados a EDITORA DOS FRADES. Av do Anastácio, 1240-21 05119-000 - City América - São Paulo - SP - Brasil www.editoradosfrades.com Nossos Agradecimentos Eternos Ao Nosso Criador, em primeiro lugar. Nessa caminhada e, principalmente, durante a escrita desta Obra contamos com a inestimável orientação e sabedoria dos Nossos Amados Mestres Guido, Ubaldo, Humberto, Camillo, Aldo, Cirillo, Giancarlo e Giuseppe. Revestidos da mais absoluta e pura paciência, Eles foram fundamentais na revelação dos mistérios que envolvem a trajetória humana na Terra e sua interação com o Universo. Não podemos deixar também de agradecer a todas as pessoas e, em especial, as nossas famílias que ao conviverem conosco possibilitaram situações nas quais pudemos crescer e aperfeiçoar a difícil tarefa de Ser Humano . São Paulo, fevereiro de 2015. Renata Gracioso Luiz Roberto Dal Poggetto Sumário CAPÍTULO 01 Introdução 07 CAPÍTULO 2 Um Cenário Inimaginável 10 CAPÍTULO 3 Os Visitantes 13 CAPÍTULO 4 A Missão.................................................................................17 CAPÍTULO 5 O Resgate dos meus Carmas 21 CAPÍTULO 6 A Evolução nos Mundos Espirituais 25 CAPÍTULO 7 A Engenharia Divina 29 CAPÍTULO 8 A Saga Humana 32 CAPÍTULO 9 Diferentes Mundos 38 CAPÍTULO 10 Processo de Reencarnação 41 CAPÍTULO 11 Espíritos Iluminados............................................................45 CAPÍTULO 12 Religiões, Doutrinas, Seitas 48 CAPÍTULO 13 O Outro Lado da Espiritualidade.....................................53 CAPÍTULO 14 O Demônio..............................................................................56 CAPÍTULO 15 A Mobilização Contra as Trevas.....................................61 CAPÍTULO 16 A Fé e a Capacidade Mental...........................................66 CAPÍTULO 17 A propósito... Eram os Deuses Astronautas? 71 CAPÍTULO 18 A Primeira Visão...............................................................75 CAPÍTULO 19 A Nova Fronteira..............................................................78 CAPÍTULO 20 O Cérebro e a Mente Humana 82 CAPÍTULO 21 A Gênese do Homem 87 CAPÍTULO 22 O Fim dos Conflitos 91 CAPÍTULO 23 Os Recursos da Mente - A Projeção Mental ...............95 CAPÍTULO 24 O Carma - Lei da Ação e Reação.....................................100 CAPÍTULO 25 O Renascimento...................................................................104 BIBLIOGRAFIA 106 CAPÍTULO 01 Introdução “Se fosse dado o poder de ler as mentes uns dos outros, o primeiro efeito seria sem dúvida o fim de todas as amizades.” Bertrand Russell A presente Obra caracteriza-se por trazer naturalmente uma Inovação à Literatura Contemporânea Criacionista[1] ou TDI, ou seja, Teoria do Design Inteligente. Seu conteúdo foi gerado a partir da leitura, audição e interpretação de mais de 200 horas de gravação em áudio e vídeo. Os Conhecimentos que serão revelados neste trabalho buscaram, também, respaldo em várias literaturas, entre elas, a Ciência Moderna. No final desta edição podem ser encontradas as bibliografias das literaturas que foram utilizadas para ajudar a compor esta Obra. Por meio de um médium do tipo inconsciente (que sede o corpo para a manifestação totalmente desacordado) documentamos centenas de horas de manifestações de um Grupo de entidades que se identificaram como FRADES CAPUCHINHOS. Segundo os próprios, a maioria deles havia desencarnado em países da Europa. No entanto, havia um que desencarnara no Brasil. Na medida em que registrávamos as informações, também aprendíamos. Isso fez com que nossas vidas encontrassem um sentido maior para as nossas existências e, por consequência, uma expansão dos nossos objetivos individuais e coletivos. Para que esta Obra possa ser devidamente interpretada é necessário fazermos algumas explicações acerca de como obtivemos as informações que revelaremos ao longo deste trabalho. Em primeiro lugar, estas páginas não foram escritas para autopromoção ou engrandecimento do acervo literário brasileiro espírita ou de qualquer outra doutrina que tenha a pretensão de explicar “Quem somos”, “De onde viemos” e Para onde Vamos”. Ao contrário, este trabalho propõe-se a relatar e esclarecer assuntos polêmicos e controversos sobre a vida humana com base em fatos devidamente colhidos, analisados e validados na melhor forma das normas vigentes para a produção de pesquisa científica. Como o leitor deve ter observado nas “orelhas” situadas na capa e contracapa do livro, sou advogada e tinha, por base, a doutrina espírita. No entanto, fatos que comentarei mais adiante criaram o ambiente mais propício ao aprendizado humano me proporcionando a vivência do conhecimento necessário à Nossa Evolução Nesse Mundo. Como resultado, o leitor poderá constatar no transcorrer da Obra que, hoje, me desvinculei de qualquer credo ou referência “espiritual” que tenha sido “lapidada” ou criada pelo meu semelhante. É importante dizer que esse Conhecimento, ao qual me refiro, sempre esteve ao alcance da humanidade, entretanto, aqueles que conseguiram acessá-lo o fizeram apenas em partes. O problema, aqui, é que acessar o fragmento de uma determinada informação é dar margem ao preenchimento das lacunas que ficaram com a imensa e criativa imaginação do Homem. Prova disso são os dogmas, doutrinas, religiões, livros “sagrados”, seitas, entre outros. Ou seja, o Conhecimento sobre o Divino fragmentado é transformado em ferramenta de dominação. Ex.: o Cristianismo no período medieval. Até aqui fiz menção ao que chamei de Conhecimento sobre o Divino, mas acredito que para o leitor isso o remeterá a uma interpretação diferente da nossa. Para não correr esse risco, defino que o Conhecimento sobre o Divino, do qual trataremos nesta Obra, encerra a revelação sobre “Como fomos criados?”, “Por que estamos aqui?” e “Como é a nossa interação com o Universo?”. Aproveito a oportunidade para agregar algo que tem sido muito discutido, que contém a mais íntima relação com nosso trabalho. Recentemente, o Brasil passou a discutir também o Criacionismo. Tal corrente, também chamada de TDI – Teoria do Design Inteligente ganha força por aliar a metodologia científica aos relatos bíblicos sobre a Criação do Universo e do Homem. A tese é a de que os elementos essenciais que formaram a nós e ao Universo teriam sido “projetados” por uma ou mais Energias Inteligentes. Aqui, Ciência e Religião têm se aproximado de modo que cada uma destas vertentes tem aberto mão do seu ceticismo original, pela busca da resposta mais importante da existência humana – Quem é Deus? Dentro disso, encontraremos subtemas amplamente debatidos e explorados, como temas de filmes, livros e novelas; e também comentado por nós em ocasiões formais ou casuais, a saber: O que é alma?; Existe vida após a morte?; O carma é um fato entre os seres viventes?; Nossos pais e filhos são a nossaprimeira linha cármica?; Existe vida em outros mundos?; É possível a comunicação com os “mortos”?, entre outros. Garantimos, ao amigo leitor, que ao menos suas referências serão alteradas ao ler esta Obra. Nesse processo, meu Amor tornou-se um emblema em relação ao papel que viria a ter nesta Obra. Cientista, cético, tornou-se o meio de comunicação entre nós e nossa fonte de informações. Ele submeteu-se ao rigor da metodologia científica para que pudéssemos descartar a hipótese de manifestação de ordem psíquica, transe produzido por meio desconhecido, entre outros. Por fim, constatou-se que ele permanecia totalmente inconsciente enquanto suas faculdades eram usadas por “outro” alguém a quem observávamos e registrávamos em áudio e vídeo. A percepção de que, de fato, “alguém” assumira o controle do corpo do meu Amado acabava por nos certificar de que nunca estivemos sozinhos. Era uma comunicação legítima com os habitantes de outros Mundos Criados por Deus, como explicarei mais adiante. Durante a elaboração do livro, nos vimos envolvidos em vários processos com o claro objetivo de compreendermos a complexidade dos fatos que nos eram apresentados. O mais surpreendente foi o de termos não só entendido, mas, principalmente, passarmos a sentir que Nosso Criador é, na verdade, algo muito mais presente do que imaginávamos. Trata-se de um Ser fluídico incomensurável que vibra em tudo que existe e por Ele é mantido, ou seja, o Universo. Nessa altura, até a Ciência está no limiar de provar essa afirmação (ler sobre a partícula Deus/ Bóson de Higgs). Podemos comparar a Intervenção Divina com um rio que flui naturalmente. No entanto, nos é facultado o direito de escolher como nos colocarmos nesse imenso fluxo que é a vida. Para isso, fomos “aparelhados” com a conhecida capacidade de arbitrar sobre nossos atos, o famoso Livre Arbítrio. Esse é só o começo desse assunto... É nosso objetivo também levar ao nosso leitor, em primeira mão, a desmistificação relativa a personagens santos em várias culturas em nosso mundo. Assim, mais uma vez revelando a Verdadeira condição em que estes vivem e participam nas nossas vidas. É importante frisar que tais conhecimentos eram, até então, um tratado sigiloso de várias organizações e seitas espalhadas pelo Mundo e que nunca haviam sido reveladas ao público. Com efeito, o objetivo desta Obra é trazer esse Conhecimento de forma didática e acessível a todos. Nós, os autores, continuamos a Aprender para poder Compartilhar e, por isso, haverá a sequência deste trabalho na forma de futuras publicações com o mesmo objetivo. Lembro, ao distinto leitor, que os fatos narrados aqui são verídicos e as gravações em áudio e vídeo das manifestações das entidades, bem como suas transcrições, estão registradas na Biblioteca Nacional do Brasil no Rio de Janeiro. CAPÍTULO 02 Um Cenário Inimaginável “É capaz quem pensa que é capaz.” Buda Enfim, deixemos de preâmbulos para entrarmos nos fatos. Porém, antes é necessário que contemos um trecho da nossa história... São Paulo, Outubro de 1981... Estava com 16 anos de idade e decidi estudar a noite, já pensando na possibilidade de trabalhar durante o dia. A necessidade de ter meu próprio dinheiro, motivada pela oportunidade de estar frequentando um curso técnico para aprender uma das profissões em ascensão na época, Técnico em Administração de Empresas, me levou a estar no local certo e na hora certa... No início das aulas do curso, no bairro da Lapa, notei que parecia não haver muitas pessoas interessadas em outros cursos oferecidos por essa escola. Talvez por isso seus dirigentes tenham decidido juntar as classes para minimizar custos e otimizar o aproveitamento dos docentes disponíveis. Nessa junção de salas, os alunos do 2º ano passaram a ocupar o mesmo espaço. Em sala de aula, sentada na cadeira e abrindo meu caderno, ouvi algumas gargalhadas... Por reflexo, olhei para a direção da qual vinham... Na porta de entrada avistei aquela figura humana adentrando à sala acompanhado de duas outras alunas. Na minha cabeça, meu interesse naquele instante era o de tornar visível a minha desaprovação pelo comportamento “imaturo” e a aparente falta de “respeito” por parte daquelas pessoas que entraram em sala de aula. Mas, como veremos adiante, nada é à toa! Pois bem, ao focar bem o rapaz tive a sensação de já tê-lo conhecido... 17 anos, cabelos castanhos, robusto, lábios vermelhos e sorriso largo. Seu olhar cruzou com o meu... Meu coração batia tão forte que sentia que iria “sair pela boca”... Ele, então, sentou duas fileiras atrás de onde eu estava. O sentimento que me permeava naquele momento era de um verdadeiro dejavu . A partir daí, comecei a me perguntar: “Que sensação é esta?”; “De onde conheço este moço?”; “Será que eu o vi pelo bairro?”; “Será que estudamos no maternal?”. Na verdade, a sensação era bem mais forte do que esta, pois não era simplesmente a sensação de tê-lo visto, de já conhecê-lo, mas era também de uma imensa afinidade que se estabeleceu em apenas uma troca de olhar. Seria possível? Com o passar dos dias, as trocas de olhares começaram a se intensificar. Alguns dias depois, aconteceu o primeiro beijo e durante oito meses vivi o grande e único amor da minha vida. Ao final do oitavo mês, depois de uma discussão boba terminamos o namoro. Alguns anos depois, eu e meu Amor nos reencontramos por duas vezes, em ambas, predominavam as indiferenças, não porque não sentíamos aquela mesma atração de antes, mas, sim, pelo medo que tínhamos de nos machucar mais uma vez. Assim, em um dos encontros, sem que tivéssemos conversado sobre nossos sentimentos, saí da casa dele sem dar maiores explicações decidida sobre o rumo que daria em minha vida. Nosso reencontro só se daria quase trinta anos depois... Meu Amado vivia dos trabalhos de consultoria que realizava na área Ambiental no Nordeste do Brasil. Ávido por desafios, nessa região do nosso país, ele encontrou um vasto campo de trabalho no que tangia a recuperação de ambientes degradados. Eu, enquanto isso, vivia em São Paulo e trabalhava na área de consultoria jurídica. Depois que decidimos viver juntos o que nos restava da vida, meu amado mudou-se para São Paulo e, além de nossas escovas de dente, decidimos juntar nossas consultorias também. A ideia pareceu muito boa, para ser verdade. Mesmo assim nos esforçamos para que o projeto tivesse êxito. No entanto, em São Paulo a concorrência na área ambiental sempre foi muito acirrada, o que tornou a busca por um espaço no mercado bastante complicada. Apesar disso, graças a algumas indicações, pequenos trabalhos fora da Capital começaram a surgir. Mesmo com orçamentos apertados, bancamos todas as despesas operacionais sem termos recebido ao menos um sinal. Afinal, essa era uma exigência do mercado que, como disse, estava sendo disputado de forma muito agressiva. Aos poucos, víamos que a questão não era apenas excesso de consultorias disputando um mesmo mercado. Algo na economia do país estava comprometendo os lucros até de grandes empresas que nos contratavam e não conseguiam nos pagar. Vale a pena lembrar que estávamos no ano de 2012 e agora, em 2015, podemos entender que, naquela ocasião, presenciávamos o início da conturbada administração do Partido dos Trabalhadores (PT). Com efeito, passamos a amargar um calote atrás do outro e, naquela altura, o que conseguíamos receber subsidiávamos novos projetos em andamento, o que sempre deixava nosso caixa com poucos recursos. Os meses passavam e os calotes tornavam-se mais e mais frequentes e hoje compreendemos que o nosso “sinal de alerta” demorou a soar... Em pouco mais de dez meses estávamos sem dinheiro e, o pior, sem perspectiva de recebermos de quem nos devia. Não demorou muito para que sentíssemos na “carne” os problemas com as contas pessoais em atraso e a pressão psicológica gerada pela auto cobrança e a cobrança por terceiros, assim levando nossas mentes a beira de um surto psíquico. Nessa altura, já havia se passado mais de doze meses nessasituação... Mesmo durante a crise, nunca deixamos de ir e dar a nossa contribuição a uma instituição espírita próxima a nossa casa e, como explicarei mais adiante, esse fato foi primordial para que vivêssemos O Conhecimento Sobre O Divino. Sempre quando procurávamos entender o porquê disso, esbarrávamos numa questão bastante conflitante: Se não temos nem condições de nos manter material e “espiritualmente”, por que não abrimos mão de ajudarmos a pessoas que mal conhecemos? Porém, por incrível que possa parecer, foi nessa época que sentimos aflorar o nosso lado humanitário. A explicação para isso talvez seja a de que, por “instinto”, somos levados inconscientemente a uma revisão “automática” de nossos atos imediatamente anteriores àquela situação. Por isso, acabamos por nos penitenciar começando por nos apiedarmos dos nossos semelhantes. Acho que essa questão nem Freud explica! De qualquer modo, atribuímos a essa época o início do que chamaremos provisoriamente de “Despertar”. CAPÍTULO 03 Os Visitantes “Cada manhã nós nascemos de novo. O que fazemos hoje é o que mais importa.” Buda Recordo-me que a partir de certo momento, em meio ao tormento que assolava as nossas vidas pessoal e profissional, meu Amado sugeriu que logo após o café da manhã fizéssemos uma Prece, trancados em nosso escritório, antes de começar qualquer atividade. É bem verdade que muitas vezes nossas Orações começavam no dia anterior, pedindo que tivéssemos ao menos o dinheiro para comprar o pão. E assim acontecia... Fazíamos as Preces há semanas... Elas pareciam estar completamente fora do alcance de Deus ou de qualquer um que pudesse nos ajudar. Foi, então, no início de uma dessas Preces que senti meu Amor apertar a minha mão com força. Quando olhei para ele notei sua cabeça baixa e percebi que ele não me acompanhava oralmente na Oração. Em questão de segundos, surge bem ali, em meio a expressões de dor, o rosto transfigurado e um tom de voz que lembrara a um idoso, me acompanhando nas últimas frases do Pai Nosso. Ao final da Prece, ele me cumprimentou dizendo: “Bom dia, filha querida (...)”. Acreditando se tratar de uma “incorporação” dessas em que se vê em centros espíritas, disse a ele: “Bom dia, com quem estou falando?”. Ele responde: “(...) Pode me chamar de Padre, filha (...)”. “Mas, qual é seu nome?” - Perguntei . “(...) Nós não utilizamos nomes, minha querida (...). Sou apenas um humilde cervo de Deus que veio para ajudá-los!”. Ainda naquele momento, para mim, se tratava de uma manifestação de uma entidade, como já havia visto acontecer outras tantas vezes na casa espírita. A comunicação se deu por mais 40 minutos. Ao final, o Padre se despediu dizendo que suas aparições ocorreriam por um tempo determinado, apenas por conta de uma permissão concedida pelo “Plano Espiritual[2] ”. Pois é, caro leitor... Estávamos diante de algo aterrador e maravilhoso ao mesmo tempo, porém muito diferente de tudo que já havia visto, meu Amado fora tomado de forma inconsciente por uma entidade. O curioso é que nenhum de nós tinha ideia sobre a mediunidade do meu Amado. De fato, mais tarde entendemos que não há necessidade de “desenvolvimento” da chamada faculdade mediúnica para que se possa ser um “interlocutor” entre o Mundo que conhecemos e o desconhecido Universo. Para se ter uma ideia, as expressões de dor e a voz que lembrara a um idoso, ao final da comunicação, deram lugar a uma inspiração profunda e desesperada que lembrava alguém chegando à “superfície para respirar”. Na minha memória ficou registrado não só o susto que tomamos, mas, principalmente, o estado de total confusão mental que meu Amado manifestou ao retornar. Para ser muito honesta, esta primeira manifestação do “Padre” se deu, de fato, num dos momentos mais difíceis de nossas vidas. Depois de refeitos, paramos para pensar e logo nos colocamos a questionar sobre o que de fato havia acontecido ali. Sim, porque diante de tais circunstâncias meu Amado poderia ter tido uma espécie de ataque ou convulsão... Enfim, deveria haver uma explicação que justificasse aquele nível de transfiguração física e que também pudesse explicar a coerência e a paz perceptíveis no discurso daquele que, até então, julgávamos ser uma personagem. Levamos essa dúvida em nossas mentes por longos dias até que tomamos a decisão de investigar, com a ajuda de profissionais da área de psiquiatria, o que havia acontecido. Poucos dias depois daquela primeira manifestação, esta volta a ocorrer no início de uma manhã de domingo. Não estávamos rezando como ocorrera na primeira vez, mas eu acabara de me levantar por conta de um mal estar sentido pelo meu Amado. Estava buscando com a ponta do pé meus chinelos sob a cama quando, bem atrás de mim, ouço novamente aquela voz me dizendo bom dia! Nos dias que se seguiram, as manifestações tornaram-se pontuais e naquela altura dos acontecimentos nenhum tipo de perturbação, patologia ou nível de stress que fora pesquisado pelos profissionais que consultamos podia explicá-las. Por coincidência, ou não, numa das aparições o “Padre” nos pediu para que fizéssemos registros em áudio e vídeo de suas visitas, pois segundo ele haveriam revelações importantes não só para nós, como também para nossos semelhantes. Decidimos, então, iniciar os registros, ainda que não entendêssemos em sua totalidade tudo o que estava acontecendo. Lamentavelmente, por razões óbvias não poderemos publicar na íntegra as transcrições das manifestações do “Padre”, pois nelas estão contidos nomes e datas cuja divulgação poderia desencadear reações de desagrado por parte dos envolvidos presentes nesta minha existência. Mesmo assim, para que o amigo leitor possa começar a juntar as peças desse complexo quebra-cabeça, exibiremos de forma editada as primeiras informações de como e quando nosso amigo “Padre” nos conheceu... Transcrito da 5ª manifestação do padre em meados de Julho/2014 Em meados da década dos anos 30 e 40, num momento bastante conturbado na história do Velho Mundo, deu-se numa remota aldeia italiana um encontro que jamais poderia imaginar (...). Na condição de Mentor religioso daquele rebanho, vimo-nos invadidos por uma unidade armada do exército alemão. A frente dessa unidade uma figura austera, endurecida pelo rigor do Regime Nazista, enriquecido pelos devaneios do seu líder, comandava a invasão. Sem pestanejar, ordenou a desocupação das casas sob pena de execução sumária daqueles que desobedecessem. Eu observava segurando meu terço envolto em minha cintura enquanto tudo acontecia (...), quando percebi aquela figura se aproximando de mim me olhando atentamente como se estivesse procurando reações de desespero em minha fisionomia. Parado bem diante de mim, misturando os dialetos, me perguntou: “Parece que não está preocupado, Padre?”. No que respondi: “Preocupado? Sim, estou, mas não com o fato em si, mas com o que irá acontecer com a vossa Alma”. Os desígnios de Deus são, por vezes, incompreendidos pelos Homens (...). Qual não foi a minha surpresa (...), quase um século depois reencontrei com esta figura humana novamente (...) mas estou estranhando o fato de eu estar como espírito, e você na condição de encarnada (...). Transcrito da narrativa do Frei em comunicação dada em meados de Setembro de 2014 (...) filha, lembra-se quando lhe contei de como o (...) desencarnou durante a batalha, na qual ele e outros homens tentavam preservar a hegemonia de vossas raças em meio à violenta tentativa de retomada do domínio das terras inglesas pelos nativos?! (...) Em verdade, digo a você que vosso primeiro contato (...) se deu por volta dos anos 1000, e o conhecestes justamente no dia em que fostes com sua filha ao logradouro, onde as partes esquartejadas do corpo do (...) estavam sendo exibidas (...). Naquele momento, um grupo de homens ria das expressões de horror em razão daquela cena na face da sua filha, da sua e dos outros colonos (...). De fato, aqueles homens eram os responsáveis por derramar o sangue e criar o pânico por entre vocês. Entreesses homens, havia um em especial que se deleitava ao vê-la profundamente abalada e horrorizada diante daquilo. Este homem, filha, em seguida a procurou interessado em dar-lhe guarida e proteção em troca de seus favores (...). Apesar de negar incessantemente, você nunca lhe saiu do pensamento (...). Sua filha, quando estava ao seu lado no momento em que vocês olhavam para o corpo despedaçado do (...), também percebeu o prazer que aquele homem sentia ao ver a vossa dor. A pequena, em pensamento, jurou a Deus que um dia seria maior do que àquele homem e o faria sofrer, tal qual ela e você estavam sofrendo naquele momento (...). Ainda dentro da pluralidade das nossas existências, filha, lembro que você conviveu com aquele homem novamente na Alemanha Nazista (...). Vocês eram oficiais, porém você era superior a ele e pertencente à SS[3]. Não poderia deixar para comentar depois algo que salta aos olhos ao lermos essa transcrição. No trecho, no qual o “Padre” se refere aos pensamentos e reações da minha filha naquela existência, me remeto de imediato a algumas situações que estamos vivendo atualmente, nas quais vejo claramente que o tal “desejo de vingança”, manifestado por ela naquele momento, foi transformado em Missão de Resgate nesta Encarnação, como entenderemos melhor mais adiante. Tudo quanto ouvíamos nos parecia fazer cada vez mais sentido. No entanto, finalizávamos o pensamento ao redor de uma pergunta... Por que estamos tendo este privilégio? A resposta parecia ser óbvia... Estávamos precisando de ajuda... À essas dúvidas, as respostas viriam mais tarde durante outra comunicação. Em todas as comunicações recebidas através do “Padre”, nos saltava aos olhos a sua disposição em responder as nossas dúvidas. Dúvidas estas que, durante um bom tempo, foram concentradas no entorno dos nossos problemas pessoais e profissionais. No entanto, era notória a preocupação do “Padre” também com o que acontecia dentro da casa espírita. Mais adiante, não me contive e perguntei se o Frei tinha alguma relação com a casa. De pronto, respondeu: (...) Sim, filha querida, sou um humilde servo de Deus, mas faço parte do Conjunto de Mentores que Guardam a casa espírita que frequentam (...). Assim que percebi que a filha passou a frequentar a casa, pedi a outro Irmão que me cedesse sua colocação junto aos demais Guardiões para que pudesse continuar o meu trabalho junto a você e a casa (...). Passei a entender, então, que havia uma estreita ligação entre nós e o Mundo invisível preconizado pela doutrina espírita. De qualquer modo, havia ainda muitas perguntas a serem respondidas... As manifestações do “Padre” tornaram-se diárias e duravam entre 40 minutos à 1hora e meia. Meu Amado cedia, literalmente, sua energia psíquica e todo aparato sensorial do qual nosso corpo é dotado afim de que o “Padre” tivesse condições plenas de manifestação. Apesar de certo desgaste físico e psicológico, esses níveis foram sendo reduzidos sistematicamente ao longo das manifestações que ocorriam em lugar das nossas orações matinais. No transcurso da nossa convivência com o “Padre” fomos notando que em determinados momentos ocorriam mudanças peculiares na forma de falar e movimentar-se por parte do meu Amado. Aos poucos fomos percebendo que não era apenas uma personalidade a se manifestar, mas sim um grupo de oito. Intrigados com essa questão, numa determinada comunicação indagamos insistentemente sobre essas diferentes manifestações de personalidades, mas não obtivemos respostas... Tentei, então, saber o porquê meu Amado fora o escolhido para ser o interlocutor deles. O “Padre” finalmente nos esclarece que para haver a condição perfeita, ou o mais próximo disso, no que diz respeito a uma manifestação verdadeira, ou completa, uma série de qualidades devem ser observadas no “espírito” do corpo do candidato à interlocutor. Essas condições devem encontrar a paridade vibracional que só é obtida segundo a Evolução da Condição Mental (moral e intelectual). O “Padre”, desde a primeira manifestação, tratava meu Amado pelo nome de “Valoroso”. Segundo ele, esse tratamento se dava justamente pela reunião das qualidades necessárias à manifestação conforme já havíamos comentado. Numa dessas comunicações, o “Padre” deixa escapar durante uma explicação que, na realidade, ele e as outras personalidades que se apresentam são, na verdade, um grupo de Frades Franciscanos desencarnados em épocas e locais diferentes. Nessa mesma fala, o então Frei declarou que meu Valoroso teria sido um membro da mesma ordem a qual ele pertencera um dia, ou seja, um Frei Capuchinho cujas encarnações consecutivas teriam preservado essa identidade, além de ter sido um reconhecido Exorcista em todas elas. Acredito que esses elementos favoreceram as manifestações através do meu Amado. As referências sobre quem teria sido o meu Amado Valoroso não pararam por aí. Em outras comunicações, o Frei teria dito que ele descendera diretamente do Arcanjo Hahael cujas características lembram a de um Guerreiro Arraigado em seus princípios e crenças na raça humana. O Frei ainda fez uma analogia utilizando a etimologia do nome do Valoroso com a sua descendência angelical. “(...) O Valoroso, filha, tem o nome de Luiz que vem do latim e significa Guerreiro Famoso. Mas o Roberto, que vem do teutônico, significa Brilhante na Glória (...)”. Como o amigo leitor pode perceber, apesar de termos escrito esse início sobre o nosso contato com o Frei da forma mais organizada e inteligível possível, as informações prestadas por ele formam aquilo que chamamos de Engenharia Divina. Durante a leitura, ficará evidenciada a trama que se forma a cada decisão que tomamos ou ação que realizamos. Mostraremos nas próximas páginas o quanto o Mundo Espiritual participa em nossas vidas. Sabemos que o objetivo do Frade era o de nos orientar em meio à tempestade de acontecimentos que nos cercavam, mas, mesmo assim, ainda nos perguntávamos: “Por que nós?”. CAPÍTULO 04 A Missão “Perguntaram ao Buda: O que você ganhou com a meditação? Ele disse: Nada. Mas deixe-me dizer o que perdi com ela: ansiedade, raiva, depressão, insegurança, medo da velhice e da morte.” Buda Custávamos a acreditar que aquilo estivesse acontecendo conosco, refiro-me de certo às manifestações constantes e diárias do Frei sempre no início de cada dia do nosso trabalho. Talvez esse pensamento tenha sido responsável pela demora em acreditarmos, de fato, que aquele acontecimento estava ocorrendo. Por isso, de forma displicente, deixamos acontecer durante um tempo até que percebêssemos a sua real função e começássemos a registrar em gravação cada comunicação dada pelo Frei. Havia decorrido várias manifestações até que, finalmente, passamos a perceber que as predições do Frei ocorriam de fato. Cá pra nós, foi desse modo que, com muita paciência, ele, o Frei, aguardou até que nós pudéssemos romper as barreiras da incredulidade para perceber que uma Entidade de Luz nos visitava todo dia. Enquanto escrevo estas páginas, contabilizamos em nosso arquivo de áudio mais de 57 manifestações gravadas, além de outras ocorridas em caráter emergencial, na qual não houve tempo hábil para preparar o equipamento de gravação. Ao todo, imagino que o Frei tenha nos visitado por, pelo menos, 77 vezes até aqui. A gravação de cada manifestação do Frei se fez importante dada à quantidade de informações cedidas por ele com permissão do “Plano” Superior. Exemplo: na maior parte das comunicações, o nosso Amigo Frei se utilizava, principalmente, da valiosa ajuda de 2 Irmãos, cujas especialidades eram Economia e Saúde. Isso mesmo! O nosso Frei possui uma assessoria em assuntos ligados às nossas práticas financeiras atuais e questões ligadas à nossa saúde. A verdade é que muitas vezes deixamos de tomar remédios, substituindo-os por apenas água e Oração para curarmos enfermidades mais comuns, como inflamação de gargantas, gripes, pequenas pneumonias, etc. Além disso, também resolvemos as decisões ligadas à nossa sobrevivência e manutençãodurante a crise que, não só foram orientadas pelos Frades, como também tivemos a intervenção deles propriamente ditos. Isso me faz lembrar que no início disso tudo, em meio à tempestade a qual atravessávamos, meu Amado, o Valoroso, teve diagnosticado câncer na tireoide. Como logo em seguida começaram as comunicações, uma das primeiras participações do Frade da Saúde foi no sentido de nos tranquilizar quanto ao estado de saúde de meu Amado. Voltamos à pergunta do início: “Por que nós?”. Vamos, finalmente, entender o porquê desta Intervenção Divina em nossas vidas. O amigo leitor deve se lembrar de quando narramos, no início desta Obra, a nossa chegada e a participação em trabalhos de uma determinada casa espírita. Pois bem, qual não foi a nossa surpresa durante uma comunicação, quando o Frei nos revela que ele próprio faz parte do Grupo que guarda aquela casa em especial. O fato em si revelado nos remete imediatamente a percepção de que aquela intervenção teria motivação por conta de algum aspecto ligado a casa. O problema era que o Frei manteve isso em segredo enquanto continuávamos passando pelo inconformismo diante de situações em nossas vidas, e que, de modo concomitante, éramos esclarecidos diariamente sobre isso. Num dia, lembro-me que estava muito emotiva durante a comunicação com o Frei e foi exatamente nesse dia em que ele começa a revelar o verdadeiro motivo de tudo. Quero lembrar a você, meu amigo leitor, que logo no começo desta Obra transcrevemos uma narrativa do Frei na qual fora mencionado o momento no qual eu o conheci na encarnação anterior a esta. Você deve lembrar também do aspecto moral que envolvia minha encarnação anterior, e quão pesada foi minha atuação junto às pessoas que viviam ao meu lado, naquela ocasião. Pois é, isso parecia ser o suficiente para que pensássemos que o Frei teria vindo para me ajudar a evoluir espiritualmente, para que ainda, nesta existência, eu pudesse realizar resgates vitais à minha continuação como “espírito”. Mas não, a questão é um pouco mais complicada do que parecia. No próximo trecho que transcreveremos, nosso Amigo Frei irá narrar quando os meus problemas começaram realmente a acontecer. (...) filha querida, era meados do Século V da era Cristã, quando você e o Valoroso reencarnam, ainda separados geograficamente, em aldeias dos povos Anglo-Saxões. Ainda nessa época, vocês não teriam contato (...). Alguns anos mais tarde, após terem desencarnado em Ilhas da Grã Bretanha, reencarnam próximo ao fechamento do primeiro milênio numa mesma aldeia (...). Apaixonam-se de forma visceral quando se faz o primeiro presente dado pelo Criador a vocês (...). Um Amor considerado por nós como Divino e que perdurará para sempre, cujo motivo você também logo entenderá. Apesar de alguns anos juntos e tendo nascido desse Amor uma criança – uma menina – a situação política na região da atual Inglaterra mudara drasticamente (...). Os descendentes de origem Anglo-Saxão passaram a ser perseguidos ferozmente pelos nativos daquela terra que reclamavam a volta ao domínio e ao controle daqueles países. Como consequência, filha querida, numa dessas batalhas o seu Amado, o Valoroso, partiu em defesa de sua aldeia e de vocês, sua família (...). Tendo sido ele, o último em resistir ao inimigo, sucumbiu aos ferimentos e desencarnou ao final da batalha (...). Os nativos decidiram decapitar e esquartejar o Valoroso, por ele ser uma figura expressiva em sua aldeia, para que ele servisse de exemplo a outros que ventilassem, por ventura, qualquer ideia de rebeldia contra os “verdadeiros” donos daquelas terras. Quando da exposição do corpo, ou das partes do corpo do Valoroso, você e sua filha foram até o local público onde ele estava sendo exibido e, tomada por um imenso ódio, jurou que jamais amaria, professando verdadeira indignação e descrença no Criador (...). (...) Nos anos que se seguiram, entregue a uma profunda depressão, esperou que a vida se esvaísse do seu corpo na esperança de reencontrar o seu Divino Amor. Desnecessário dizer que a filha que vocês tiveram, apesar dos esforços dela, não conseguiu evitar o pior. Você, aos poucos, foi tirando a sua própria vida. Como consequência disso, fostes enviada a uma região que chamam de “Umbral”, da qual fostes removida apenas para um momento que antecedeu à sua reencarnação em meados dos anos 1900, na futura Alemanha Nazista. A filha deve ter percebido que permaneceste nesta condição de desencarnada naquela zona por longos 900 anos (...). Mesmo assim, não fostes demovida da descrença em Nosso Criador e, tão pouco, se sensibilizava pelos ensinamentos deixados pelo Nosso Mestre acessível a todos os desencarnados naquele lugar (...). Assim, filha querida, voltastes à esse orbe com ódio mortal no coração e um resgate praticamente impossível para àquela sua existência (...). No entanto, filha, verás a partir destas revelações como funciona a Engenharia Divina na vida de vocês (...). É fato, caro leitor, que essa narrativa nos deixou boquiabertos em razão da quantidade de detalhes e sensações que já havíamos sentido ( dejavu ) em relação ao que foi narrado pelo Frei. No entanto, cercados mais uma vez pelo ceticismo frequente em nossas vidas, na comunicação seguinte resolvemos questionar o Frei quanto a sua permissão em falar sobre nossas existências anteriores. Pois, se nem o nome dele pudemos saber, porque então estaríamos acessando informações relativas às nossas existências, e para quê? Assim foi dito, assim foi feito... No dia seguinte indagamos o Frei acerca da permissão que ele teria para nos revelar tudo aquilo. Ele nos respondeu: (...) filha querida, é claro que tenho a permissão do “Plano” Superior para revelar essas coisas a vocês, apesar de ter exagerado em alguns detalhamentos, o que me custou a devida repreensão por parte dos meus Superiores Imediatos. Aproveitei, sim, para solicitar a Eles a permissão para comentar de forma mais abrangente sobre suas vidas anteriores, usando como argumento o verdadeiro motivo da nossa comunicação junto a vocês (...). Essas palavras fizeram-me sentir que, quando ele nos explicasse o principal motivo de estarmos em comunicação, entenderíamos finalmente tudo aquilo. Mais um dia, mais uma comunicação e desta vez o nosso Amigo Frei vem municiado de argumentos para justificar todas aquelas manifestações até aquele momento. (...) a humanidade, filha querida, encontra-se doente. A Moral e o “Desenvolvimento Espiritual” de vossos semelhantes estagnaram ante o progresso material e a inversão dos valores morais, de tal sorte que O Criador, através dos diversos “Planos” que circulam o vosso Mundo, decidiu mais uma vez intervir na Conduta Humana (...). (...) Desta vez, aproveitando do início dado por espíritos como o de Kardec, o Pai decidiu atuar, através das Casas de Oração e Centros Espíritas (...). (...) Por isso da necessidade de pessoas valorosas como vocês que, dispostas a laborar, não temeriam iniciar uma verdadeira reforma baseada, única e exclusivamente, no Amor Incondicional ao próximo. Dentro de uma casa espírita, por exemplo, são desenvolvidos trabalhos cujo objetivo é sempre ajudar àqueles que a procuram, mesmo sendo motivados por problemas de saúde ou de outra natureza. É lá que cada vez mais encarnados vão buscar o auxílio. Por isso, filha, o Pai utilizará todos os lugares e todos àqueles que, em nome Dele, estiverem reunidos e desejarem profundamente ajudar o semelhante. O tempo, filha querida, é curto para que a humanidade consiga progredir suficientemente para colocar o Planeta em estado de Regeneração. A tarefa é difícil, mas não impossível. Precisamos de vocês atuando e mudando a forma de pensar e de sentir de cada membro daquela casa espírita, a fim de que ela se torne uma célula eficiente na transformação de cada irmão que por ela passar. E assim, filha querida, atingiremos a humanidade em tempo de mudá-la pelo Amor e pelo Bem de todos (...). A cada diálogo, as coisas ficavam mais claras para mim. No entanto, algo ainda me incomodava, pois, tomando ao pé da letraas palavras do Frei, ficava difícil de não imaginar pessoas de caráter angelical empenhadas nessa missão... E, sinceramente, eu não me sentia assim. Ao contrário, lembro-me de ter surtado num café da manhã depois de ter pensado numa noite inteira sobre os pré-requisitos que seriam necessários a que um encarnado devesse ter para se encarregar dessa tarefa... Mais uma vez, eu não me encaixava nesse perfil. Como explicar isso? Pois então, meu caro leitor... É agora que tudo começa a fazer sentido e, por isso, peço desculpas se a minha narrativa a partir de agora não for muito rebuscada, pois de certa forma será uma confissão por escrito. Ocorre que, dadas às circunstâncias do meu último desencarne, ao reencarnar nessa existência vim predestinada a resgatar vários assuntos. Um deles será o de trazer à Luz da Razão e do Conhecimento sobre Deus e todas as coisas criadas por Ele; os meus antigos irmãos muito próximos que viveram e sofreram pelas minhas mãos durante o Regime Nazista e que, hoje, mais uma vez fazem parte do meu círculo social. O outro Resgate é inerente a todos nós, (e no meu caso, já está em curso), refere-se a viver segundo a “lei” do amor no que tange ao meu semelhante. Saindo um pouco das frases feitas, quero dizer que a partir desse instante vejo o meu semelhante como alguém que precisa de compreensão, mais do que precisa de dinheiro; que precisa de perdão, mais do que precisa de ar pra respirar... Enfim, como alguém que precisa, antes de tudo, de respeito e de ser ouvido antes que eu ouse a julgá-lo pelo que for. Posso afirmar também que a felicidade tão buscada por nós pode estar no sentimento incontrolável de bem querer alguém a ponto de o querer ao seu lado pelo resto da sua vida, como é o caso do meu Amor Divino pelo meu Amado Valoroso. Ou ainda, esse mesmo sentimento por filho biológico, ou por outros tantos que acabamos por “adotar” ao longo do nosso caminho... Voltando ao raciocínio cármico, começamos a entender que eu partira da minha última existência com o coração e a consciência carregados de arrependimento e um desejo ancestral de corrigir tudo aquilo, para obter a condição evolutiva ideal para a contínua caminhada até que atinjamos a condição almejada pelo Criador. Sobre aquela nossa pergunta do “porque nós?”, vou querendo acreditar que a Engenharia Divina trata de buscar, dentre nós, àqueles cuja própria história de suas reencarnações gerasse a motivação necessária para a busca pela evolução individual e coletiva do ser humano. CAPÍTULO 05 O Resgate dos meus Carmas “Não são teus amigos ou inimigos que te levam a praticar o mal. É a tua própria mente.” Buda No capítulo anterior falamos da trama através da qual a Engenharia Divina vai construindo os nossos caminhos. Em certa comunicação o Frei me respondeu sobre meus parentes ancestrais em relação às pessoas que fazem parte do meu círculo social nessa existência. Já não mais me surpreendia com as revelações, e como você, amigo leitor, pode imaginar, meus parentes na Alemanha Nazista são amigos e parentes próximos a mim no presente. Na transcrição a seguir o Frei nos revela os envolvimentos emocionais e morais atribuídos a cada uma das pessoas com as quais estabeleci uma relação cármica aos quais ficou evidenciado que eu deveria resgatar. (...) veja, filha, tens uma pendência com (...) em razão da forma como as coisas aconteceram durante o período em que você ocupava aquela posição, como comandante da SS (...). Sua (...) foi, naquela sua existência, sua cunhada com quem tivestes um relacionamento secreto sob o mesmo teto que abrigava sua cônjuge, irmã da sua amante e suas irmãs. Diga-se de passagem que suas cunhadas são, a rigor, hoje (...). Já sua (...) era o fruto daquela relação proibida que também habitava aquela casa durante os anos no qual se seguiram o Regime (...). É evidente que a cada declaração do Frei, não só minha razão, mas meu coração dizia que àquelas informações retravam de fato a outra vida que vivi. Os fatos, ainda que comentados de forma suave e carinhosa pelo Frei, me deixavam estarrecida e perplexa ante a trama elaborada pelo mecanismo da reencarnação. Cabia a mim, a partir daquele instante, saber o que fazer com aquilo. Mesmo que fosse óbvio em uma comunicação posterior àquela, ainda sobre o efeito das notícias, perguntei ao Frei o que de fato a espiritualidade esperava que eu fizesse com aquela situação. Ele respondeu: (...) A permissão que foi dada para revelar essas informações a você tem, em seu bojo, o objetivo de sensibilizá-la frente aos resgates que você deverá realizar em relação a essas pessoas. Mas veja, filha, ao se dispor em resgatá-las você deverá estar preparada com seu coração, pois, ao contrário do que possa ter pensado um dia, dito, ou feito, essas pessoas precisam encontrar em você o Amor Verdadeiro. Assim, devem ser trazidas para a espiritualização por conta disso, e não por conta de quaisquer benefícios materiais que você possa prover (...). Por isso, filha, a Engenharia Divina neste momento lhe proporciona uma condição pessoal ligada à sua condição material precária. Com isso, é preciso que você busque, dentro do seu coração, a sua verdadeira essência revelada a ti durante o curto período em que estivestes em tratamento num “Plano” muito próximo ao da Terra, após seu último desencarne. Portanto, filha, nada é aleatório nesta vida, tudo está interligado (...). Para que fique claro, o “Plano” Espiritual, neste momento, está permitindo que certos acontecimentos ligados à vossa vida emocional e material ocorram de modo a lhe impelir na busca do entendimento e ajuda através da lapidação do seu espírito (...). É certo também, filha, que esta progressão também será benéfica em seu trabalho junto à casa espírita, pois, como já comentamos, há urgência em tocarmos os corações de todas as pessoas para que o Planeta possa também progredir para uma outra condição (...). Apesar da comunicação bastante esclarecedora do Frei, eu continuava com aquele “nó na garganta” por ter descoberto que na minha existência anterior eu teria sido o carrasco de tantas vidas. De modo curioso, nos dias em que seguiram busquei através de documentários e da internet saber mais sobre a participação de oficiais da SS dentro da história do Regime Nazista. Não preciso dizer o quanto fiquei impressionada com as coisas que vi e li a respeito. Sinceramente, aquilo foi um genocídio sem qualquer motivação passível de condenação brutal àqueles que foram os executores de ordens tão absurdas. Mesmo assim, depois de um tempo consegui digerir aquele sentimento e decidi concentrar toda minha energia na minha mudança interior. Desse modo, me comprometi comigo mesma em trazer à tona, de forma definitiva, a minha verdadeira essência tão necessária ao resgate das pessoas que tanto amo nesta vida. Enquanto me preparava para essa batalha interior, foi inevitável solicitar ao Amigo Frei mais detalhes que me dessem uma real noção de quanto mau aquelas pessoas teriam sofrido por minha culpa. Foi então que fatos ainda mais aterradores foram revelados por Ele. (...) a filha me pergunta por que sua (...) jurou vingar-se de você antes de desencarnar em vossas existências passadas (...). Explico a você, filha, que com a queda repentina do Regime Nazista, Hitler, sua esposa e todos seus comandantes fogem de Berlim para escaparem do levante popular incitado pelas forças aliadas presentes na cidade. Imagine você, filha, que aqueles que tinham filiação de parentesco com qualquer soldado ou comandante de qualquer uma das divisões do exército alemão seriam perseguidos tanto quanto os executores foram (...). De forma que num determinado momento a sua família foi arrancada de dentro da luxuosa casa onde vocês moravam, postos de joelhos na calçada em frente a casa e executados, sumariamente, com tiro na nuca, tal como os executores nazistas fizeram tantas vezes junto aos irmãos de outras etnias (...). Pouco antes de isso acontecer, aquela que é (...) nesta vida jurou vingar-se de você, pois ela aindateve tempo de assistir ao desencarne da filha de vocês, com apenas 8 anos de idade, do mesmo modo cruel e sórdido que ocorreria com ela em seguida. Será que agora, filha, pode imaginar o porquê desta relação de ódio e amor separado por uma linha tão tênue na relação de vocês hoje? Daquela situação escapou apenas uma de suas cunhadas, que nesta vida, como já disse, é sua (...). Apesar de ter escapado com vida, esta Alma trouxe para esta existência resquícios traumáticos das coisas que vivera naquela ocasião (...). Era difícil lhe dar com tantos fatos, tantas revelações... Por isso que a doutrina espírita nos ensina que ao reencarnarmos todos os fatos da nossa vida pregressa são ocultados; as razões são óbvias. Depois de ter ouvido tudo aquilo, procurei forças dentro de mim para tentar reagir de forma a poder fazer o resgate daquelas pessoas. Pensando nos momentos que tive junto à elas nesta vida, pude me lembrar de situações que poderiam, sim, ser explicadas por traumas e situações vividas de tal maneira dramáticas, conforme fora narrado pelo Frei. Precisei de alguns dias... Mas logo depois, em uma manhã, pouco antes de me comunicar novamente com o Frei, fui tomada por um estranho ânimo, sem motivo aparente. Estava ansiosa para contatá-lo, pois desconfiara que aquela sensação tivesse algo a ver com tudo que fora revelado a mim e àquela condição de resgate da minha essência. “(...) Como está, minha filha?”. “Bem, me sentindo um pouco diferente (...)”. - Respondi . (...) pois bem, minha filha, essa sensação é fruto do afloramento da sua verdadeira essência (...). Ao revelarmos a você o seu passado, ora esquecido por ocasião da sua reencarnação, trouxemos à tona a mesma força que você obteve durante o seu exílio em zonas mais próximas à Terra, nas quais você se preparou para resgatar tudo isso. É importante lembrá-la que todas as coisas, pelas quais você e o Valoroso estão passando, foram premeditadas por você. Dessa forma, a nossa presença e revelação que fizemos tiveram um único propósito, o de acelerar o processo de recuperação da sua consciência em prol daqueles que lhes são caros. Dito isso, haverá tempo para resgatar também aqueles que, através da sua autoridade, foram sequestrados de suas vidas de maneira tão cruel e prematura. Assim, filha querida, inicia-se o seu retorno ao Pai e o caminho que a levará a uma Vida de Progressos, principalmente no que tange a preparação da sua vida futura no outro “Plano” que lhe aguarda, após esta encarnação. Lembre-se, o que puder ser feito nesta vida terá efeito, não só nas suas próximas existências, como também na continuidade deste orbe, numa condição mais evoluída (...). E, mais uma vez, as palavras do Frei fizeram minha cabeça girar. Então, toda a responsabilidade pela evolução terrestre estaria apenas em minhas mãos?! Quem sou eu, afinal de contas... Algum tipo de Madre Tereza?! Tenho consciência total de que não sou perfeita e é de perfeição de que o “Plano” está precisando para colocar este projeto em andamento... Os Frades estão completamente enganados! Menos de 24 horas depois, o Frei volta a se comunicar e, com muita paciência, me esclarece: (...) a perfeição não é algo que se espera dos habitantes do vosso Mundo, filha. Porém, o que precisamos realmente são indivíduos que consigam usar com equilíbrio e destreza o coração e a razão, pois a longevidade da raça dependerá da difusão desse conceito (...). Uma vez existindo em maior número, esses indivíduos preservarão a Terra e recuperarão o que foi perdido (...). O contrário promoverá a extinção do Planeta (...). Mas, tranquilize-se, pois, assim como vocês, outros em outras partes estão recebendo comunicações como estas, afim de que se preparem para atuação junto aos seus iguais, visando exatamente o mesmo objetivo que estamos passando a vocês (...). Honestamente, isso me tranquilizou muito... Percebo agora que, mais do que a Engenharia Divina, a Providência Divina criara uma “força tarefa” para dar um “empurrãozinho” à raça humana no que tange à sua Evolução. Afinal, lembro-me bem dos ensinamentos da doutrina quando falamos sobre a subtração daqueles que não tivessem conseguido evoluir de maneira mínima neste Planeta para um mundo em estágio inferior ao nosso. Refiro-me ao que em muitas casas espíritas é chamado de “Planeta Chupão”. Nessa altura, alguns conceitos exaustivamente trabalhados pelo Frei, em mim, começavam a encontrar uma condição apropriada para enraizar... Percebi, então, que teria que desenvolver multi tarefas para dar conta de tudo o que havia aprendido. A partir daí, nossos encontros com os Freis passaram a ser semelhantes a reuniões de trabalho. Assim, além dos aconselhamentos relativos aos meus Carmas, evoluíamos em verdadeiras aulas sobre o Homem e a nossa verdadeira missão nesta Terra, conforme trataremos a seguir. CAPÍTULO 06 A Evolução nos Mundos Espirituais “Não é o conteúdo de uma palavra que é importante, mas a vibração da palavra que é anunciada.” Sri Aurobindo Numa reunião, os Freis criaram algo que poderia ser chamado de “ponte”, onde foi possível enviar à minha avó e meu pai, ambos desencarnados, pensamentos e mensagens de carinho, saudades e afeto. No primeiro momento, apesar de sempre ter desejado muito esse contato com eles, não havia entendido o que havia por trás desse benefício. Mais tarde, numa outra comunicação, o Frade me traz notícias de meu pai e de minha avó, dando conta de que ambos haviam ascendido de posição ou, se preferirem, mudado de Mundo. A explicação está ligada na melhora do entendimento de ambos sobre a importância da Reencarnação no Processo Evolutivo Individual. Explicando, meu pai desencarnou por força de uma doença pulmonar que o acometeu muito provavelmente por ter sido fumante durante muitos anos. Porém, como já sabemos, doenças são somatizações de nossos pensamentos em nosso Corpo Físico, o que nos faz pensar que fatores emocionais podem ter contribuído para esse fim também. Prova disso é o local onde ele estava quando foi localizado pelos Frades... Uma “colônia de trabalhadores[4] ”, em campo aberto, onde estes podiam, através do seu “esforço físico”, descarregar mágoas e desafetos durante o trabalho. À noite, ou depois do ofício, esses trabalhadores são recolhidos e reunidos num local onde recebem instruções com base no Amor. Assim, eles iniciam a compreensão em relação aos fatos ocorridos durante o período em que estavam encarnados. Assim, foi nessas condições em que tive meu primeiro contato com meu pai. Acreditem, com a ajuda dos Frades, meu pai pode “ouvir” um pedaço de uma palavra oriunda do meu pensamento a qual ele prontamente reconheceu como sendo a voz da sua filha... A reação dele, narrada pelos Frades, me comoveu profundamente e, pelo que soube, a ele também. Segundo Eles, meu pai estava há muito tempo naquela “Colônia” e, até aquele momento, não havia perspectivas de Evolução ou mudança para outro lugar. Ainda segundo o Frade, o único sentimento que habitava o coração de meu pai era de uma mágoa muito profunda e a total descrença em Deus e na Lei Divina do Amor. Para nossa surpresa, aquela pequena nota sonora, que o fez lembrar-se da minha voz, foi suficiente para demovê-lo da total descrença para a mais ampla e renovada Fé em Nosso Criador. Como recompensa, em poucos dias ele pôde ser transferido para outro local no qual são recepcionados e tratados, num primeiro momento, os recém- desencarnados do nosso Planeta. Alguns meses depois, o Frade nos traz a notícia que meu pai, assumira para si a responsabilidade por recepcionar os desencarnados. Destaco ainda que ele exercia esta função sozinho face à desistência de um companheiro de posto, ora abatido pela forte pressão emocional inerente ao trabalho deles naquele “Plano”. Isso, sem dúvida nenhuma, me trouxe um orgulho muito grande e a esperança de que meu pai pudesse evoluir o máximo que fosse possível, antes que ele pudesse encarnar novamente. A título de comentário, devo lembrar ao leitor as fases que envolvem o Pós Desencarne.Digo isso por conta da rica descrição dada pelo Frade em relação ao local em que meu pai fora encontrado. Por perceber que esse ambiente era bastante semelhante a uma fazenda em nosso Mundo, perguntei ao Frade como se explicava isso. O Frei me respondeu que para muitos espíritos às vezes é necessário que se reconstitua algum cenário cuja lembrança auxilie o desencarnado a recuperar a sua estabilidade emocional. No entanto, continuou ele, este cenário só existe no Mental do desencarnado, se preferirem podemos dizer que muitas dessas “reproduções cenográficas” são oriundas dos guardados na memória do próprio desencarnado. Sobre esse assunto discorreremos um pouco mais ao longo do livro. Posso dizer que sou privilegiada, pois, através dos Frades, não só pude fazer algo para meu pai, mesmo este estando “do outro lado”, como também para minha avó, Irene, que, como já sabem, também desencarnou. No caso dela, numa data muito próxima do momento em que meu pai “pôde me ouvir”, minha avó captou o eco dessa comunicação e, de pronto, identificou-me. De uma forma bastante persuasiva, e uma vez que ela estava num “Plano” muito próximo ao dos Frades, ela pede a eles que favoreça a comunicação entre nós de modo mais claro e inteligível. Assim, e como não poderia deixar de ser, nossos Frades atenderam aos insistentes pedidos de minha avó, e foi marcado um dia para que eles fizessem a transcomunicação do nosso diálogo. Dias depois, devidamente preparados, um dos Frades se colocou junto à minha avó e explicou a ela como se daria a comunicação. O Frei faria a leitura dos pensamentos dela e os transmitiria verbalmente para mim. Do mesmo modo, eu diria a ele o que eu gostaria que ela soubesse e, assim, ele faria a transmissão de modo mental diretamente a ela. Transcorreram pelo menos 30 minutos de uma conversa cercada de muita emoção e de frases características ditas por minha avó e transmitidas pelo Amigo Frade. Satisfeita à curiosidade de ambas as partes sobre o estado e a condição daqueles que ainda permanecem encarnados na família, ficou ainda na minha Mente o espanto que minha avó sentiu ao saber que meu pai havia desencarnado pouco tempo depois dela. As consequências do contato com minha avó foram positivas e, tão logo soube que ela resistia ao avanço do seu desenvolvimento espiritual, descobri que ela estava acomodada num “Centro de Tratamento e Reabilitação aos Desencarnados” (lembrando que estas “estruturas” são necessárias a certo nível de desencarnados e cujo objetivo é dar condições para que estes compreendam melhor seu novo estado existencial. Reforço que quanto aos cenários, estes existem apenas na memória ou na imaginação dos próprios “internos”) no Mundo a qual habitava. Foi-me dito pelos Irmãos Frades que, ao refletir sobre nossa conversa, minha avó teria se dado conta da grandiosidade da Engenharia Divina em relação à Evolução da Alma Humana na Terra. Assim, engajou-se em ampliar o seu conhecimento buscando o conselho de seu Mentor e demais Monitores disponíveis em sua “Colônia” para compensar o tempo perdido. O efeito prático disso foi que, poucos meses depois, minha avó entra em Processo de Preparação no qual o Perispírito é remodelado e todas suas informações ancestrais são reorganizadas numa unidade de Arquétipo para que ela possa, em breve, estar renascendo entre os Humanos. Ainda dentro deste tema, num certo momento, outro parente meu foi agraciado pela intervenção dos nossos Irmãos fraternos. Um primo desencarnado a algum tempo do qual não se tinha notícias, nem através de sonhos, psicografias, ou até lembranças por parte de suas filhas, um dia foi contatado por um dos Freis. É importante destacar que ele fora ao encontro de meu primo a meu pedido para apenas obter notícias sobre o estado dele. Ele encontrava-se, segundo descrito pelo Frei, num lugar ermo, semelhante a um trecho de mata, sem, no entanto, haver qualquer outro tipo de criatura viva de sangue quente ou frio (como sabemos, esta visão cenográfica é a partir do ponto de vista do meu primo desencarnado). Em sua missão de buscar apenas informações por meio da observação, o Frei decide estabelecer contato verbal com ele. Ao se aproximar, meu primo “enxerga” com espanto uma figura humana que ele logo identifica pelas vestes como sendo um Frade. Os Freis nos narram esse encontro com muita irreverência pelo fato de que meu primo teria se espantado com a presença de um Frade ali. Na conversa que tiveram, um dos Freis esclarece a ele o real motivo de sua visita e diz, também, de quem foi o pedido para que o fizesse. Ao saber que fui eu, ele, numa atitude bastante curiosa, fica em pé e tenta limpar-se das folhas das árvores aderidas a seu corpo, como se por um instante ele imaginasse que eu estava por ali também. Vale lembrar que ao acordar em sua nova vida como desencarnado, meu primo encontrava-se seminu, além de isolado do contato com qualquer criatura. Querendo entender o motivo pelo qual eu queria ter notícias dele, o Frei o enreda em um discurso que acaba por resgatar um resquício de Fé contido no fundo daquela alma perdida. Como efeito disso, o Frei o convence a segui-lo a outro “local”, onde este poderá aprender mais sobre O Criador e o seu papel como Criaturas nestes Mundos. Dias depois, soube que os espíritos encarregados de tratá-lo “lavaram” e “alimentaram”, tal qual ele se lembrava da época de quando estava encarnado. Ensinaram-no a meditar e, aos poucos, conectar-se com o Conhecimento existente no Cosmos. Passado mais algum tempo, ele evoluíra consideravelmente e, até hoje, se dedica ao Aprendizado enquanto não chega o momento do seu reencarne. Numa outra ocasião, fomos surpreendidos com a notícia do desencarne de um amigo que convivera conosco, até certa altura, numa casa espírita. Um câncer extremamente agressivo, agravado por um edema pulmonar, o afastou das atividades da casa, mas nos colocou ainda mais próximos. Dessa forma, buscamos estar com este nosso amigo em várias ocasiões, mesmo ele estando internado, por diversas vezes, para o tratamento do câncer. Em muitas de nossas visitas tivemos a oportunidade de tratar da questão relativa ao comportamento dele e a somatização de seus Conflitos e angústias daquele câncer que o consumia. Muitas vezes, fomos obrigados a dar verdadeiros “puxões de orelha” nele, o que, de pronto, aceitava sem contestar. Quando ocorreu seu desencarne, no mesmo dia fomos avisados de que ele seria cremado. Nesse momento, nos ocorreu a preocupação numa suposta situação de que o espírito sofreria as dores do corpo se o desligamento entre ambos não tivesse ocorrido plenamente. Com base nessa preocupação, decidimos por evocar os Freis. Ao recebê-lo, o Frei nos informa que nosso amigo estava ali no mesmo ambiente que nós e desejava fortemente se comunicar. Apesar da cautela mantida pelo Frei, em relação ao uso do corpo do Valoroso para comunicações com outras entidades, este acaba por ceder e permite um breve contato, por meio do meu Valoroso, conosco. Com imensa dificuldade para pronunciar as palavras, nosso amigo consegue expressar àquilo que ele tão desesperadamente tinha para nos dizer: “Obrigado!!!” . Depois de sua partida, meu Amado é retomado pelo Frei que vem para fazer alguns comentários sobre a situação que presenciamos. Nosso amigo teve melhor chance de se expressar com o Frade e, por isso, as explicações complementares vieram através dele. O Frei nos explica que, apesar de nosso amigo ter desencarnado entre outros motivos – pelo suicídio lento e silencioso causado pela inalação de tabaco, ele haveria ainda de ir “para um lugar melhor” por conta da chance que teve em rever seu comportamento junto a familiares e de avaliar, de modo bastante crítico, a sua vida até aquele momento. Pois, segundo ele, nossas conversas, bem como os “puxões de orelha” dados, teriam lhe proporcionado isto. Assim, nosso amigo, então, teria vindo, a despeito de estar ocorrendo concomitantemente o seu velório, à nossa casa para simplesmente nos agradecer. É inevitável que pensemos que a possibilidadede comunicação com o outro lado também é uma forma de Aprendizado para nós. Mais uma vez, com a ajuda dos nossos Frades, vivemos mais um momento inesquecível em nossas vidas. Que nosso Irmão esteja sempre em Paz!!! CAPÍTULO 07 A Engenharia Divina “Não se pode criar experiência. É preciso passar por ela.” Albert Cams Como diria meu Amado: “Se fosse fácil todo mundo faria”, isso se aplica muito bem a este capítulo quando me proponho audaciosamente em explicar, ao amigo leitor, o que acabamos por entender sobre a Engenharia Divina. Como não me vejo como uma hábil escritora, vou me valer das transcrições dos diálogos com o Frei para que ele próprio faça o clareamento deste tão complexo tema. Diálogo com o Frei recebido nos últimos dias de Julho/2014 (...) Nasce um novo ser que surge para servir através da sua transformação interior, filha (...). Aproxima-se uma bifurcação e diante dela você terá que escolher um caminho. Cada caminho a levará a uma condição. No entanto, qual será a direção certa, filha?(...). Você entende que o seu Livre Arbítrio , com sua renovação interior, serão seus norteadores para a escolha deste caminho?(...). E, com efeito, você vai escolher o destino que a levará a servir ao seu próximo no qual buscará, através de obras e suas ações, transformá-los em tempo da nova fase da qual se aproxima o vosso Planeta (...). - (Grifo nosso) . Neste pequeno trecho transcrito de nosso diálogo é possível notar que o Frei e sua equipe nos visitavam a fim de me advertir sobre o momento no qual eu deveria escolher entre duas situações distintas... E, como se isso não bastasse, ele deixou claro que se eu não estivesse devidamente preparada, ou totalmente reformada internamente, poderia fazer a opção errada. Portanto, as visitas do Frei naquele início tinham um caráter instrutivo, ao mesmo tempo em que eles próprios monitoravam os resultados em relação à minha transformação. Juntando tudo o que comentamos até aqui, podemos perceber que há de fato uma Inteligência Superior conduzindo a tudo, tanto do lado Deles, quanto do nosso. Tal qual em uma orquestra, o maestro desta sinfonia atua por meio de uma Assistência Divina em caráter de emergência dada à aproximação de um possível limite criado por Ele. Assim, o homem consegue atingir a uma condição mínima para merecer, estar e viver num Mundo com menos Sofrimentos, Provas e Expiações. Portanto, percebemos que estávamos diante do verdadeiro “vestibular” para o curso preparatório da vida cuja formatura e glória só serão alcançadas quando passarmos para o Mundo Espiritual. Tal “vestibular” foi devido à nossa Missão junto à casa espírita (na qual trabalhamos como voluntários) e dos revezes pelos quais passamos em nossa vida pessoal. Transcrito de um trecho do diálogo com o Frei ocorrido no início de Agosto/2014 (...) O Valoroso, filha, redescobriu a Luz quando redescobriu você. Meus outros Irmãos Capuchinhos já falavam disso, pois andavam com ele (...). É um Amor Impenetrável, Infinito (...). Deus deu um presente para vocês, filha, ao mesmo tempo deu Provas para fortalecer esse Amor, o vosso caráter e espírito. Assim, através dessa ENGENHARIA toda é que vocês se tornaram o que vocês são, Instrumentos Verdadeiros, eficazes aos nossos objetivos. Estou aqui novamente, filha, porque você mudou e me foi permitido te dar suporte, ajuda, auxílio para que não perdesse a Confiança e a Fé. Não deve duvidar, mas deve, sim, acreditar nisso, filha, vocês são nossos Filhos Amados e Queridos pela disposição que tiveram de se entregar de Corpo e Alma à essa Missão (...). O Valoroso, filha, disse certa vez que você e ele assumiram um compromisso com a “Espiritualidade” e, a partir disso, a vida de vocês mudou (...). No primeiro momento, parecia que tudo tinha piorado (...). É que vocês acabaram por ingressar em uma ordem diferenciada de seres encarnados que foram selecionados para que trabalhássemos juntos, filha (...). O objetivo é o de atendermos ao Projeto Maior do Nosso Pai em relação aos seres humanos (...). Para isso, é importante que aprendam através da dor, pois não há, neste momento, outra alternativa para que vossos corações possam se fortalecer e vossas verdadeiras essências possam aflorar (...). O Valoroso passou a ser um canal de comunicação, mas sempre com sua ajuda, filha, pois só confia em você (...). Ele tem a capacidade de chamar o mal para si e, ao mesmo tempo, encaminhá-lo para o seu devido lugar (...). Vossas vidas estarão transformadas em breve, filha, e ao longo desse caminho estaremos sempre com vocês (...). - (Grifo nosso) . Na transcrição deste trecho é importante que o amigo leitor saiba que já havia ocorrido a tal bifurcação dos caminhos que o Frei mencionara em comunicações anteriores. De fato, eu havia mudado de modo significativo, de tal sorte que o que saltava mais aos olhos daqueles que me conheciam era o aumento no meu alto controle e a maior duração na minha estabilidade emocional, em outras palavras, eu surtava com menos frequência. A partir daí, concluí que não precisava atingir a perfeição para me tornar, de fato, o tão sonhado instrumento difundido pelo nosso Frei – segundo as necessidades do Nosso Criador – mas, sim, apenas o redirecionamento dos nossos pensamentos e ações, objetivando a nossa autoajuda para que pudéssemos estar aptos a ajudar ao nosso semelhante. Falando ainda dessa transcrição, é a partir dela que o Frei começa a dar pistas de quem era, de fato, o meu Amor... Falou-se muito pouco no início, apesar daquela contundente informação sobre a origem do seu espírito no nível dos Arcanjos. Começava a desconfiar de uma relação mais antiga entre o Frei, os outros Capuchinhos e meu Amado Valoroso, o que mais tarde foi confirmado com uma imensa gama de detalhes. Para encerrar este capítulo no qual tentei escrever um pouco do que seria a Engenharia Divina, gostaria de lembrar, caso nosso amigo leitor não tenha percebido, que há um fio condutor que interliga todas as nossas existências... No meu caso, acredito que este fio tenha um nome... Meu Amado Valoroso. Assim, a filosofia dessa complexa Engenharia parece utilizar sempre um elemento que, de uma forma ou de outra, nos serve como uma baliza com nítido objetivo de nos mostrar os caminhos e as opções que temos ao longo de nossas existências. Com isso, quero dizer que esse “elemento” é, provavelmente, sempre escolhido pelo Criador com muito critério, pois dependendo do caso, Ele pode vir a executar o nosso destino através dos caminhos do Amor ou, até mesmo, da Dor. Cito, além do meu exemplo, aquelas pessoas que nos são tão próximas, queridas e amadas que de um momento para outro deixam esta vida de forma tão repentina. Quero dizer, muitas vezes sem aviso, de forma violenta e que, sistematicamente, através desse acontecimento, nos faz sofrer. Assim, por meio desse sofrimento, nos faz crescer, superar limites e dores que jamais imaginaríamos poder ultrapassar e suportar. Hoje, entendo que se for pela Dor, estaremos aprendendo para chegarmos ao nível do Amor. Nesse grau de desenvolvimento espiritual será proporcionado um aprendizado mais suave. De qualquer modo, todos nós temos aquele “elemento”, ou se preferirem, aquele “fio condutor” que nos levará a vivenciar todas as Provas, Expiações e Experiências diversas, por meio dos quais os seres humanos chegam um pouco mais perto de Deus Pai, O Criador. CAPÍTULO 08 A Saga Humana “Os homens pensam que possuem uma mente, mas é a mente que os possui. Há pessoas que amam o poder, e outras que tem o poder de amar.” Bob Marley Se existe algo de reconfortante na obra escrita de Allan Kardec e de Chico Xavier é, sem dúvida, o fato de encontrarmos nessa leitura os motivos que justificam a necessidade da Saga Humana aqui na Terra. Se analisarmos, caro leitor, a história do mundo, das pessoas e a nossa própria ficaríamos totalmente sem respostas diante de um número infinito de ações e decisões que tomamos ao longo de nossas vidas. É certo que tais ações não sejam porinstinto ou por qualquer outro meio de orientação que possam nos dizer para onde vamos, o que queremos e de onde viemos. Assim, temos que o espiritismo veio a preencher uma série de lacunas obscuras sobre a Existência Humana na Terra. A Lapidação da Alma através dos seus mecanismos – o Crescimento Moral, o Intelectual e o da Caridade – parece, em princípio, explicar bem a necessidade que temos de sermos testados em duras Provas (expiações) ao longo de nossas vidas. Falta ainda entendermos qual será de fato a missão reservada ao Homem quando este atingir a Maturidade Espiritual e Mental. Deste modo, foi nesse ponto que resolvi me apegar para compreender um pouco mais além das fronteiras conhecidas e reveladas por nosso Amigo Frei em relação à Nossa Verdadeira Missão aqui na Terra. Se meu amigo leitor fizer uma autoavaliação da sua vida, encontrará pontos bastantes em comum com a história narrada sobre a minha vida até aqui. Dessa forma, assim como nós, não estão claros os Propósitos Divinos que, para complicar, nem sempre seguem uma lógica ou estão à mostra para serem entendidos ou discutidos. Assim, por muitas vezes, ou aceitamos calados os fatos impostos pela vida, ou então escolhemos uma ou mais entre as diferentes dissidências que ocorrem entre os Homens. É interessante notarmos que essas dissidências devem ocorrer porque aquele grupo entende que a direção que a maioria segue é equivocada. Ao mesmo tempo, eles não têm clara qual direção seguir e, com isso, se rebelam e passam viver à margem da sociedade comum, ou de forma alternativa e diferenciada da maioria. Isso reforça a nossa desconfiança sobre a Verdadeira Missão do Homem na Terra! Apesar da possibilidade gerada com a convivência diária com os Freis nos permitir questioná-los sobre esse assunto, eles nos conduziram de modo muito didático por entre o conhecimento sobre o funcionamento do Mundo Espiritual e os motivos para interação entre o nosso Mundo e o Deles. Porém, a nossa preocupação é recorrente: A raça humana já não teria atingido o ponto no qual seria difícil recuperar-se para retomar o caminho ensejado pelo Criador? E qual seria esse caminho? Sem saber qual é o caminho ou qual é o Projeto Divino, chegamos a imaginar que alguns fatos ocorridos e narrados pelos Livros Sagrados e Apócrifos[5] (Bíblia, Livro de Enoque e etc.) possam ter sido, na verdade, uma espécie de reinicialização da raça humana ou, simplesmente, uma limpeza étnica. Os Frades não desmentiram isso, mas nos fizeram entender que de algum modo a própria evolução do Planeta teria se incumbido de proporcionar situações que, na ausência da Evolução Mental do Homem, culminasse com o seu desaparecimento (ou quase isso). Porém, aos poucos, então, fomos sendo esclarecidos de que a assistência espiritual, concedida a encarnados, se traduz num esforço para que possa iniciar uma mudança íntima que culminará com a descoberta das respostas que tanto ansiamos. Em comunicações subsequentes do nosso Frei, mais informações foram agregadas a esse tema. A seguir, comentaremos outros aspectos relevantes. É interessante notarmos que sempre quando começamos a buscar determinadas respostas sobre Aquele que nos criou, fatalmente ficamos prostrados ante as várias perguntas que o Homem se faz desde quando teve inteligência para isso: Por que existimos?, Qual o verdadeiro propósito por detrás disso?, O que Deus ganha em desenvolver um número incontável de espíritos fazendo com que estes cheguem a “forma do início”?, Início de que? E sobre o tipo de desenvolvimento dos quais milhares de culturas ao redor do globo professam... Qual a que está certa?, A que diz que a Alma deve ser desenvolvida? Ou a que defende o crescimento do Intelecto/Mente? Diante de tantas perguntas ainda sem respostas, o nosso Frei foi progressivamente nos conduzindo ao entendimento de tudo. Porém, antes foi necessário nos fazer entender como os Mundos elaborados pelo Criador se organizam e funcionam. Procuramos saber do Frei sobre os meandros por trás dessa “estrutura engenhosa” desenvolvida pelo Nosso Criador, mas ele nunca se atreveu, a se quer, palpitar sobre qual seria o objetivo final Dele. No entanto, foi ficando claro que o Desenvolvimento da Alma é apenas um dos aspectos que, por enquanto, chamaremos de Conhecimento Total. Por isso, ficamos apenas com a ideia de que, por algum motivo, nós – os espíritos encarnados e os desencarnados em todos os Planetas e “Planos” – temos também como meta o Desenvolvimento dentro do espectro do Intelecto, da Moral e da Bondade. Num dia, durante uma manifestação, perguntei ao Frei se ele já havia visto Deus. De pronto, respondeu: “(...) Deus não, filha (...). Nunca vimos Nosso Criador (...). Em compensação, encontramos com frequência Maria, a mãe de Jesus (...)”. A resposta me deixou intrigada, mas de algum modo já imaginava que eles nunca haviam visto o Nosso Criador... A pergunta seguinte foi inevitável: “(...) E Nossa Senhora?! Como Ela é?”. (...) filha, Nossa Senhora é, sempre foi e sempre será uma referência entre as Almas Bondosas (...). Você acredita, filha, que Ela costuma recepcionar muitos recém-desencarnados (...)? Sim, Ela os recepciona utilizando uma forma humana, tal qual era quando deu à luz a Jesus sem qualquer tipo de adorno, manto ou coroa (...). Quem a vê acha que é uma das trabalhadoras do “Plano”. No entanto, filha, algumas pessoas, cuja espiritualidade e o mérito permitem, de pronto a reconhecem como sendo a Mãe de Todos os Homens. Frequentemente Ela vem a nosso “Plano” observar nosso trabalho e, em todas as vezes, sem que precisássemos dizer qualquer coisa, Ela se aproxima dos nossos Assistidos e os abençoa com todo Amor que só Ela, Nossa Mãe, pode dar (...). Com essa declaração do Frei comecei, de fato, a visualizar, ao menos em partes, a rotina e o ambiente no qual nossos Irmãos invisíveis vivem e trabalham. Ainda nessa comunicação, Ele nos revela informações impressionantes sobre Jesus. (...) não, minha filha, Nosso Mestre e Irmão Maior não utiliza qualquer forma semelhante a nossa. É bem verdade que há uma distância bastante grande, podemos senti-lo antever Sua chegada (...). O percebemos graças a um sentimento que nos invade, cuja palavra mais próxima para descrevê-lo seria o Amor (...). Na medida em que se aproxima, aquele sentimento de Amor nos toma por completo afetando aos nossos sentidos e reações, nos colocando completamente à mercê Daquele que se aproxima (...). Naquele momento, é impossível pensar em outra coisa que não seja o desejo mais profundo de querer bem a toda e qualquer Criatura a qual tenhamos tido a oportunidade de conhecer (...). Bem mais perto é praticamente impossível olhá-lo de frente, pois Sua Luz viaja imensas distâncias dadas a Sua intensidade e brilho, tais quais as estrelas que são vistas por vocês da superfície do vosso Planeta (...). Sua fala é mansa e Sua voz chega aos nossos pensamentos de maneira gentil, lógica e, principalmente, carregada de benfeitorias aos que receberão às Vossas ações (...). E assim, filha, são os nossos encontros com Nosso Mestre e Irmão Jesus (...). É importante dizer a você, filha, que a frequência com a qual O vemos é proporcional à quantidade de assuntos que Ele, como Governador Deste Sistema, tem para resolver (...). Não pense que estou me expressando metaforicamente, acredite, Nosso Mestre tem muito a fazer junto aos Mundos Criados por Deus e que servem ao Seu Projeto Maior (...). A expressão “governar” nos remeteu à lembrança da leitura que fizemos do Livro escrito por Edgard Armond, “Os Exilados de Capela”. Apesar de o autor afirmar que trata de um ensaio, ele descreve em detalhes a participação do Nosso Mestre na migração de espíritos de outro Planeta para habitação futura na Terra, orquestrada do começo ao fim por Ele. Para resumir, já temos como certo de que não sabemos o que Deus fará com tantos espíritos após esses terem atingido a Plenitude. O que sabemos, realmente, é que Planetas Físicos e “Planos” Espirituais formam uma estrutura extremamente organizadacuja relação com os espíritos em evolução se dá ao nível da densidade dos corpos que cada Planeta ou “Plano” requer para dar suporte à vida. Assim, é inerente a tipologia de cada um à canalização de determinados conhecimentos por meio de experiências primitivas a avançadas quanto a emoções e percepções. Com relação à coexistência entre esses Mundos, podemos afirmar que as diferentes Frequências de Vibração das moléculas inerentes à formação e dimensão a cada um, propicia a existência de vários Mundos com a mesma base ou centro no espaço físico. Quanto aos nossos velhos ícones sobre Deus, Jesus e até Maria, temos agora uma visão que, honestamente, me parece mais palpável e confiável. Nessa tal visão percebemos que a Mãe de Jesus continua num árduo esforço em confortar os Homens, enquanto Seu Filho se ocupa com as providências nos Mundos que são governados por Ele. Sendo assim, em nenhum momento, seja Jesus, ou Maria, ou até mesmo o nosso querido Frei atreve- se a descrever ou, principalmente, entender quem é Deus. Na concepção, organização e manutenção desses Mundos, quem são (ou seriam) os Anjos e Arcanjos de Deus nesse cenário? Nessa ocasião, o Frei nos revelou que os Anjos, de modo geral, são Espíritos muito antigos e que remontariam à época da Criação dos Mundos. Assim como em todo processo de estruturação, Deus teria utilizado esses Espíritos de acordo com suas vocações para as mais variadas tarefas durante o período de Criação do Universo. Porém, no que se refere ao nosso Planeta, existem várias passagens que merecem destaque, pois ilustra a saga desses Anjos. O Livro Apócrifo de Enoque, Capítulo VII, narra algo que pode ser comparado a um “motim” ou “deserção” por parte de um grupo de Anjos. Esses seriam os comunicantes entre O Criador e os descendentes da primeira Raça Adâmica na Terra. Apesar da posição que ocupavam em relação à Criação, esses se descuidaram e acabaram por desencadear uma série de acontecimentos cuja Ciência e a Religião, hoje, começam a entender. Transcreveremos a seguir trecho do livro de Enoque sobre este assunto: (Capítulo VII) (...) e aconteceu depois que os filhos dos Homens se multiplicaram naqueles dias, nasceram-lhes filhas, elegantes e belas. E quando aos Anjos, os filhos dos Céus viram-nas, enamoraram-se delas, dizendo uns para os outros: Vinde, selecionemos para nós mesmos esposas da progênie dos Homens, e geremos filhos. Então seu líder Samyaza, disse-lhes: Eu temo que talvez possais indispor-vos na realização deste empreendimento; e que só eu sofrerei por tão grave crime. Mas eles responderam-lhe e disseram: Nós todos juramos; que nós não mudaremos nossa intenção, mas executamos nosso empreendimento projetado. Então eles juraram todos junto, e todos se uniram por mútuo juramento. Todo seu número era 200, os quais descendiam de Ardis, o qual é o topo do Monte Armon (...). Estes são os nomes de seus chefes: Samyaza, que era seu líder, Urakaba-rameel, Akibell, Tamiel, Ramuel, Danel, Azkeel, Sarakinyal, Asael, Armers, Batraal, Anane, Zavebe, Samsavel, Ertael, Turel, Yomyael, Arazyal. Estes eram os perfeitos dos 200 Anjos, e os restantes estavam todos com eles. Então, eles tomaram esposas, cada um escolhendo por si mesmo as quais eles começaram a abordar, e com as quais eles coabitaram, ensinam-lhes sortilégios, encantamentos, e a divisão de raízes e árvores (...). E as mulheres conceberam e geraram gigantes (...). Figura 1 - Momento narrado por Enoque no qual o líder Samyaza fala com o grupo Disponível em: https://sabedoriasubversiva.wordpress.com/2013/05/03/a-segunda-queda-dos-anjos/ Alguns autores entenderam que essa situação teria maculado, mais uma vez, a vida do Homem sobre a Terra e, a partir daí, o mal tenha se instalado definitivamente no “Paraíso”. Como mencionamos anteriormente, é possível que o tal Dilúvio tenha ocorrido para fazer mais uma limpeza étnica para que o Homem tivesse a chance de recomeçar outra vez. Isto posto, fica uma pergunta: Será que, hoje, a atuação deste Grupo de Frades Capuchinhos em nossas vidas não seria um modo, ainda que mais sutil, de tentar-nos “selecionar” em vista de um possível “Dilúvio[6]” ? Os achados ligados aos nossos antepassados, como a Arca de Noé e os Gigantes descritos por Enoque, não seriam uma “trilha de migalhas” deixadas pelo Criador para serem descobertas por nós, hoje, no afã de entendermos o nosso passado e, assim, corrigirmos o curso para o nosso futuro? Figura 2 - A invasão dos Anjos Caídos Disponível em: ceticismo.net/religiao/os-anjos-para-que-servem/ Figura 3 - Ossos femorais encontrados em escavações arqueológicas, expostos no Museu do Texas (EUA) Disponível em: mtblanco.com/2013/04/giants-against-evolution-book/ CAPÍTULO 09 Diferentes Mundos “Quanto maior o conhecimento, menor é o ego. Quanto maior o ego, menor o conhecimento.” Albert Einstein No capítulo anterior trouxemos ao leitor uma visão macro de nossas conclusões baseadas nas narrativas do Frei ao longo desta convivência com eles. Nesses relatos abordamos os posicionamentos e funções de figuras que compõe o cenário conhecido por nós, ou seja, Jesus, Maria, Anjos, Arcanjos e nós mesmos, dentro de uma estrutura organizada conforme destacamos antes. Assim, passamos também a compreender que, para orquestrar as dinâmicas da vida de todas as Criaturas que habitam todos os “Planos” e Planetas, tem de haver uma subestrutura capaz de acompanhar de perto os acontecimentos no Mundo Físico e que fosse, também, capaz de interagir sempre que fosse necessário. Soubemos, então, que com a expansão dos Mundos Físicos, Espíritos mais evoluídos foram distribuídos em Mundos Concêntricos ao Nosso. Normalmente, os espíritas costumam chamar estes Mundos de “Planos”. No entanto, é importante que façamos a diferenciação de modo a explicar como, de fato, estes Mundos interagem com o nosso a despeito de outras explicações doutrinárias. Mundos Concêntricos, de forma mais clara, seriam Mundos Paralelos ao Nosso, no entanto, não há comunicação direta entre Eles. Isso ocorre devido ao fato de que a matéria, da qual estes Mundos são feitos, vibram molecularmente em Frequências Diferentes. Essa situação permite que estes ambientes coexistam num mesmo espaço. A comunicação entre Eles, ou até mesmo a visualização de qualquer um destes Mundos, só seria possível se os seres que os habitam (e que, por sua vez, vibram na mesma Frequência do Mundo que vivem) tivessem a facilidade em alterar suas Frequências. Com isso, podem “sintonizar” o Mundo e seus respectivos habitantes com os quais se deseja comunicar. Por isso, a prerrogativa de transitar por esses Mundos é apenas dos Espíritos Evoluídos aos quais nos referimos há pouco. Esses, portanto, teriam o conhecimento e a prática de “ajustar” suas Frequências Vibratórias às dos Mundos aos quais necessitariam estar temporariamente ou definitivamente. A questão dimensional inerente a este assunto não foi explorada por nós nas comunicações com os Frades. Porém, acreditamos que se a multiplicidade das Frequências é o que separa um Mundo do outro, devemos acreditar que a questão tridimensional não deverá ser um impeditivo para sua existência. Quanto a sua função, estes Mundos servem de base para a acomodação de entidades desencarnadas durante seus processos de retomada de consciência, planejamento e retorno ao Mundo Físico e Primitivo, ou seja, a Terra. Os Espíritos Iluminados seriam os responsáveis pela organização em cada um desses Mundos. O Frei seguiu por várias comunicações explicando sobre a Organização da Espiritualidade. Os Mundos “espirituais”, como já dissemos, estão posicionados ao redor do Nosso e muito próximos à superfície terrestre. Este fato é relevante, pois, segundo o Frei, há necessidade muitas vezes de deslocamento rápido na intervenção ou comunicação premente com o encarnado que está sendo assistido por Eles. Neste ponto, nos lembramos do que aprendemos na doutrina espírita sobre nossos Mentores. Segundo ela, estes estariam sempre ao nosso lado na velocidade deum pensamento desde que assim quiséssemos, porém, não ocorre bem desse jeito. Entendemos, todavia, que a proximidade física entre os Mundos Concêntricos deve ser a menor possível para que as entidades encarregadas da comunicação conosco possam atuar de forma eficiente. Não podemos deixar de comentar, também, com que clareza o Frei nos fala da participação dos nossos Mentores nessa Organização. Segundo ele, nossos Mentores permanecem diuturnamente ao nosso lado e no mesmo “Plano” que nós, encarnados, diferente daqueles que habitam os outros Mundos ao redor do nosso, ainda que seja mais próximo da superfície terrestre. Os nossos Mentores também são espíritos em Processo de Aprendizado, mas com certo grau de pureza. Dentre suas atribuições podemos citar a tentativa de nos envolver diante de situações decisivas ou de forte emoção, e a Preparação para o Desligamento do Corpo Físico ou Desencarne. Os desencarnes, ao contrário do que pensamos, é uma ação após o devido desligamento do Corpo Físico automático no que tange ao encaminhamento do novo desencarnado. Isso se prova na medida em que, ao nos livrarmos do corpo denso e de acordo com nossa Evolução Intelectual, passaremos a vibrar numa Frequência apropriada ao nosso estado naquele momento. Com efeito, ao recuperarmos nossa consciência perceberemos o Mundo ao qual nossa evolução nos remeteu. Em outras palavras, nossa morada temporária entre nossas existências será determinada de acordo com nosso Estado de Evolução no momento em que desencarnarmos. Lembrando, ainda, que essa mudança não está unicamente atribuída a boas ações e mudanças de caráter no final da nossa vida útil aqui na Terra, mas sim o que conseguirmos tornar efetivo dentro de nós no que tange ao que muitos chamam hoje de Princípios ou Conceitos de Vida . Tais mudanças efetivarão alterações na vibração de nosso Estado Mental/Energético e isso nos “atrairá” para nosso respectivo Mundo durante o intervalo entre nossas existências. Concluímos esse capítulo objetivando passar com segurança a você, nosso leitor, que mudar é preciso , mas devemos tomar cuidado ao nos esforçarmos nesse sentido. É imperativo que tenhamos claro em nossas Mentes que as mudanças necessárias devem ocorrer de dentro para fora e que isso só se tornará factível a partir do momento que o indivíduo aceitar e entender as reais necessidades desse Mundo e das interações entre os Humanos. Portanto, fazer apenas a caridade da forma como muitos propagam não é, afinal, o caminho para o tipo de Evolução da qual falamos, mas sim buscar dentro de si (e essa busca acontecerá por necessidade) sentimentos que impelirão ações que, de fato, poderão atingir positivamente pessoas, grupos, cidades, países e o Mundo. Enfim, saberás que estará no caminho do desenvolvimento quando suas melhores ações ocorrerem espontaneamente e, dentre elas, você notar a tal caridade, bondade, entre outras que são destacadas comumente pelas organizações religiosas, doutrinas, etc. CAPÍTULO 10 Processo de Reencarnação “A paz vem de dentro de você mesmo. Não a procure à sua volta.” Buda Uma vez que entendemos que nosso estado de Evolução ao final da nossa vida como encarnados determina o Mundo ou o “Plano” ao qual nos destinaremos, resta compreendermos como é a chegada e a estada até que a próxima oportunidade de Reencarnação possa surgir. Pudemos absorver de nossas comunicações com os Freis alguns exemplos característicos do que podemos chamar de O Despertar no Novo Mundo. Obviamente me refiro ao instante após o desencarne. Segundo Eles, tudo ocorre com muita simplicidade e isso pode ser explicado (como mais adiante aprofundaremos) pelo simples fato de que somos seres resumidos ao nosso Intelecto e Consciência. Sendo assim, O Despertar acontece tal como o Acordar de um sono pesado. Porém, a diferença é a imediata percepção da ausência total do nosso sistema sensorial corpóreo. Podemos afirmar que a falta de visão, não no sentido figurado, mas orgânico, nos traz antes de tudo a agonia sentida daqueles que, literalmente, não enxergam nada. No estado desencarnado, nossa “visão” depende exclusivamente da ação mental, ou seja, em qualquer ambiente que estejamos recebemos as vibrações emanadas no lugar e, imediatamente, a Mente deve saber interpretá-las para poder compor e reproduzir o cenário em volta. Isso quer dizer que nesse estado “enxergaremos” e “ouviremos” com o esforço da nossa Mente, pois não haverão os ditos sensores do corpo humano para traduzir tudo que há a nossa volta. E, por falar nisso, o que será que há para se ver nesses “Planos” ou Mundos no qual acordaremos um dia? Segundo nossos Freis não há nada para ser visto nesses ambientes, em compensação há muito que sentir. É bom lembrarmos que nesses lugares fazemos a reflexão e a preparação para a Reencarnação. Esse processo é divido em duas fases, a saber: Conscientização e o Processo de Preparação para Reencarnação . Na fase de Conscientização o recém-chegado é interpelado por outros que já se encontravam lá e, aos poucos, ao seu modo vai especulando e entendendo onde está e por quê? Na segunda fase, presumivelmente, esta mesma entidade, de acordo com sua evolução naquele “Plano”, poderá acessar às suas memórias antepassadas, para, a partir daí, organizar e delinear os pontos chaves do seu macro plano de vida em sua próxima existência. Em certa comunicação o Frei e sua equipe oportunamente nos revela a dinâmica do Processo de Preparação para Reencarnação . Essa comunicação está transcrita a seguir: Outubro de 2014... (...) Em relação ao retrabalho do Perispírito, a preparação para Reencarnação se dá no “Plano” no qual o espírito migrou no momento em que desencarnou. Ao despertar, o recém-chegado será entregue às mãos de uma equipe que se encarregará de posicioná-lo quanto à sua nova situação[7]. É necessário a todos os recém-desencarnados um período de “adaptação”. Esse período poderá variar de espírito para espírito, mas, como já dissemos, estes estarão sob o monitoramento de uma equipe que observará o momento em que eles estiverem prontos para a próxima fase. É importante lembrar que, durante esse período, estes novos espíritos conservarão suas formas perispirituais, identidades e outras características de sua última existência. Essa nova fase é, certamente, a mais importante de todas, pois é um momento no qual todos nós voltamos à nossa forma original, ou seja, pura e simplesmente Energia Inteligente, na qual não há qualquer tipo de identidade, gênero, forma corpórea, etc . Tal situação se caracteriza por se tratar da revelação de toda nossa existência diante de nossos olhos. Isto é possível porque carregamos, aonde quer que reencarnemos, um dispositivo ao qual chamaremos de Arquétipo . Esse dispositivo funciona como uma espécie de “chip” que desde a nossa criação vem registrando todas as nossas existências, experiências e vivências, não só individuais, mas muitas coletivas. O acesso ao Arquétipo só poderá ser proporcionado depois que o espírito estiver consciente de onde está e, principalmente, se tornar lúcido quanto à sua existência e a sua filiação Divina. O Arquétipo, uma vez acessado, preconiza-se a fase relativa à preparação daquele indivíduo para sua Reencarnação. Nessa fase, com a ajuda de seres esclarecidos, o futuro encarnado “programa” o proporcional a 50% das características principais, Caminhos, Desafios e Provas pelas quais ele deverá passar. Nesse breve período de planejamento, será possível também visualizar as relações humanas que deverão ocorrer para que se formem as situações escolhidas para indicação de bifurcações e caminhos alternativos. Desta maneira, uma vez que a “programação” esteja pronta, o futuro encarnado passará pelo processo reverso em relação ao seu Corpo Energético, ou seja, na condição de Energia Inteligente, esta será gradativamente compactada para que possa habitar um corpo fetal e, assim, seu Arquétipo será novamente “blindado”. Deste modo, certos conceitos e informações necessárias à sua próxima existência poderãoser acessados por meio de intuições. É importante salientar que, após nos tornarmos novamente Energia Inteligente, não possuiremos mais um Gênero Específico. E, assim, por um “instante”, faremos parte da eterna discussão entre os encarnados sobre: “Qual será o sexo dos anjos?” (risos) . Ainda sobre o Arquétipo, uma forma de percebermos como a informação é levada de uma geração para outra é quando dizemos que uma determinada geração de crianças parece ter vindo mais inteligente do que a de seus pais (...). Em outras palavras, avanços tecnológicos, informações importantes à raça humana são disseminadas também através do Arquétipo. Uma vez encarnado, no momento certo o Arquétipo deixará “vazar” para a consciência informações que sejam úteis diante de uma determinada situação. No entanto, devo esclarecer que esta informação figurará como uma intuição, a qual o indivíduo poderá aceitá-la ou desprezá-la de acordo com sua livre escolha ( Livre Arbítrio ), e/ou a influência de seu Mentor ou espíritos acompanhantes no ambiente em que se encontra. Cito, como exemplo, uma criança encarnada cuja sua existência anterior fora marcada pelo total repúdio a animais de qualquer espécie (...). Agora reencarnada, ainda na tenra idade, se depara com um animal doméstico e, naquele instante, recebe a intuição de que deve repudiá-lo e maltratá-lo por conta disso. Seu Mentor sugere que o animal não pode lhe fazer mal algum e ainda pode lhe ser um companheiro em suas brincadeiras (...). O pequeno espírito o ouve e ao invés de repudiar o animal ou maltratá-lo, afaga-o, mudando, assim, sua atitude em relação a algo muito característico em sua vida anterior (...). Outro exemplo é quando temos um espírito encarnado, também na tenra idade, mas habitando um lar totalmente desequilibrado, desestruturado, no qual certamente habitam espíritos desencarnados de baixa vibração e, quem sabe, até espíritos da terra (sedentos por realizar os desejos ruins de encarnados em troca de regalias materiais) - abordaremos esse tema mais adiante. Essa criança, diante da mesma situação como o exemplo anterior, teria condição de ouvir o seu Mentor a aconselhá-lo positivamente em relação ao animal? Afirmo a você que não, pois a influência e envolvimento, promovidos pelos outros espíritos mencionados naquele local, impediriam a livre escolha pela opção mais adequada e esperada para um espírito em Evolução. Cito ainda o que pode acontecer em ambientes desequilibrados: o espírito de um assassino renasce para uma nova vida carregando em seu Arquétipo aquela informação de que tem prazer em tirar uma vida. Quando pequeno, dentro de um ambiente como este, ele não terá grandes chances de poder escolher outra forma de viver, pois em volta dele terão espíritos sofredores. Talvez, esses espíritos possam ter tirado a vida dele em encarnação anterior que o perturbarão e o obsediarão naquele lugar. O Mentor, muitas vezes, depois de grande e prolongado esforço de gritar ao pensamento, aos ouvidos daquela criança, pede para que ela saia daquele ambiente, daquele lugar. Isso é o que acontece com alguns, Graças a Deus, que acabam encontrando um ambiente mais propício e acabam por, finalmente, ouvindo seus Mentores e tomando outros caminhos na vida (...). - Grifo nosso . Outra informação de grande importância revelada pelos Frades e, no mínimo, motivo de polêmica entre nós, encarnados, é a questão do Homossexualismo . Dentre as muitas escolhas que temos ao elaborarmos a trama parcial do nosso destino para a futura reencarnação, uma das Provas mais desafiadoras é a da Troca de Gêneros . Em outras palavras, espíritos totalmente configurados num determinado gênero são enviados para reencarnar em corpos de gêneros opostos. Pois bem, os Frades, ao nos revelarem a sistemática do processo de preparação para a reencarnação de minha avó[8], aproveitaram para elucidar como se dava o que chamaram de Homossexualismo Natural , ou seja, previsto para acontecer dentro dos preceitos da busca pela Evolução. Segundo eles, durante o processo para a reencarnação, é possível “programar” uma vida com os gêneros trocados, ou seja, Alma feminina num corpo masculino e vice-versa. O propósito disso seria o de proporcionar ao espírito um dos maiores desconfortos que ele e a Mente Humana poderiam suportar – viver constantemente sob forte Conflito em troca da percepção das verdadeiras razões que deveriam promover o Crescimento Humano aqui na Terra. Como veremos mais tarde, chegado o momento do reencarne, uma equipe fará a preparação do espírito no que tange a sua “remoldagem” perisspiritual e também a compactação das informações contidas no Arquétipo. Isto é, seus dispositivos de segurança (véus) que evitam o acesso direto da Mente consciente do novo encarnado às suas memórias pregressas. Esta fase é elaborada com ajuda intelectual de Espíritos Iluminados – Mentores. A Programação responde apenas por 50% dos eventos pelos quais este novo encarnado deverá passar em busca do resgate do seu Crescimento. Faço questão de lembrar aqui que os outros 50%, relativos aos caminhos que ele percorrerá, sempre estarão sujeitos à influência do Livre Arbítrio e, por isso, não poderão ser pré-determinados. Como resultado, aqui na Terra vemos comumente adultos e crianças que se comportam de acordo com o gênero oposto ao que vieram. É bem certo que esse tipo deve ser compreendido como alguém que escolheu viver nesta condição, assim como aquele que nasce portador de uma deficiência física, moradores de rua, escravos, nos quais eles estarão à mercê do Preconceito, da Marginalização, entre outras Doenças Sociais. Existem outros tipos de Homossexuais que aqui trataremos como Não Naturais, isto é, aqueles que por motivos ligados ao prazer físico mudam de gênero. Talvez, nestes casos, a Psiquiatria Moderna possa ter mais respostas para explicar tal mudança. Os Frades nos alertaram quanto à opção desta mudança ser motivada por conta das necessidades físicas relacionadas ao prazer que estas pessoas perdem com o tempo pela banalização do relacionamento íntimo dentro do seu gênero original. A erotização, por vezes, lhe proporciona o prazer físico, estando na condição do gênero oposto. Nessa busca, este acaba por encontrar, no Proibido, uma forma alternativa que o impele a uma via compulsiva naquela condição. Outro conceito sobre a motivação desta mudança de gênero talvez se explique também pelas atitudes da própria sociedade. Através de séculos de regras e decretação de comportamentos ideais, corrompeu Mentes muito fracas e totalmente dependentes exclusivamente dos prazeres proporcionados pelos seus corpos. Por isso da busca frenética pelo prazer através do sexo muitas vezes com o mesmo gênero. Do ponto de vista Evolucionista, esta vivência deverá determinar um novo comportamento e uma nova existência mais desprendida das necessidades físicas e fisiológicas do corpo humano. O ganho nisso será de uma existência voltada com mais rigor ao Desenvolvimento da Mente e do Espírito. O que tratamos neste capítulo é, na verdade, a essência dos componentes do processo que envolve a reencarnação de todos os seres em quaisquer Mundos criados por Ele. No entanto, este processo é mais complexo no sentido das várias alternativas que são utilizadas como forma de Autoaprendizado . Por isso vamos discorrer sobre este assunto na continuação desta Obra num próximo livro. CAPÍTULO 11 Espíritos Iluminados “Humildade, Simplicidade e Justiça.” Ordem dos Freis Capuchinhos Juntamos várias narrativas dadas pelo nosso Amigo Frei, a quem chamaremos a partir de agora de Frei Guido. Sua identificação nos foi possível depois de percebermos, durante algumas manifestações, detalhes ligados às suas existências anteriores. Assim, em um determinado momento, possibilitou o questionamento direto sem oferecer qualquer chance a ele de “fuga” em relação à resposta. Frei Guido tornou-se Frei aos 33 anos de idade, o que ocorreu por volta do ano 1211. Sua ordenação foi concedida por Francisco de Assis (São Francisco), na regiãode Córtona – Itália – mais precisamente na localidade conhecida hoje como Eremo “Le Celle”. Vale a pena destacar que o chamamos de Guido por causa dessa existência que, além do privilégio da convivência com São Francisco, se destaca também pelo ato semelhante ao do seu Mestre, quando Guido Vagnottelli abre mão de todos seus bens para segui-lo. Suas existências subsequentes foram, também, na condição de Sacerdote, o que agregou a seu espírito um enorme sentimento de Fraternidade e Amor Verdadeiro pelo próximo, motivo pelo qual, hoje, está à frente deste Grupo de Frades que visita encarnados. Aproveitei, ainda dentro dessa comunicação, para saber do Frei Guido sobre qual teria sido o nome do meu Amado como Capuchinho. “(...) O nome do Valoroso, como Capuchinho, sempre foi Roberto (...)”. Ainda não contente, já que estávamos descortinando o momento em que as identidades e nomes utilizados em outras encarnações estavam sendo revelados, decidi acrescentar mais uma pergunta – Quais eram os nomes dos Capuchinhos que integram à equipe? (...) Aqui conosco, filha, temos eu, como Guido; à minha esquerda, o suporte da medicina, Humberto; Cirillo e Aldo, que trabalham com vocês no tratamento da saúde na casa espírita que frequentam; do meu lado direito temos o suporte da economia através do Ubaldo (economista); Camillo, o mais velho; Giancarlo, desencarnado aos 23 anos; e Giuseppe, desencarnado aos 19 anos (...). Ainda sobre os Frades, lembro-me que no dia dessa comunicação voltava da cozinha para o escritório, em minha casa, quando, ao passar pelo quarto do meu filho, tive a sensação de ter “visto” um dos Irmãos Capuchinhos sentado aos pés da cama em aparente Oração. Era certo que naqueles dias vivíamos alguns problemas junto ao meu filho, e pedimos muita ajuda em pensamentos e Orações para sabermos lhe dar com tudo àquilo. Mas o fato em si, o da aparição, instigou demais minha curiosidade. Em uma comunicação com o nosso querido Frade, aproveitei e lhe fiz a pergunta em relação àquela visão. De pronto, ele disse: “(...) Filha, como era o Irmão que você sentiu ter visto no quarto do seu filho?” . “ (...) Não vi o rosto dele. Ele estava sentado com o capuz cobrindo totalmente sua cabeça, com o olhar voltado para baixo, com a postura arqueada (...)” . - Respondi. “(...) Você diria, filha, que ele era novo ou velho? (...)”. - Neste momento, Frei Guido olha para seu lado direito, como se estivesse esperando a manifestação de um dos seus Irmãos. “(...) Como estava com a postura arqueada, diria que era um idoso (...)”. - Naquele momento, ele já dava sinais de que sabia de quem era. “(...) Era Camillo, filha! (...)”. “(...) E o que ele fazia lá, Frade? (...)”. (...) Camillo buscava estar em contato com os objetos do seu filho para sintonizar sua frequência. Dessa forma, filha, podemos acessar as Mentes e Corações de quem quer que seja sem sairmos de perto de vocês. Foi isto o que aconteceu (...). Sabíamos que você nos perguntaria sobre seu filho, por isso Camillo foi até lá para buscar, ouvir e senti-lo (...). Aqui cabe uma explicação: apesar de não enxergarmos com os olhos do corpo os que estão do outro lado, naquele momento em que “vi” Frei Camillo, houve uma “coincidência” na paridade de nossas vibrações e, por isso, foi possível eu vislumbrar, ainda que de forma sutil, suas formas repousando sobre a cama do meu filho. Lembrando que eu o vi não com os olhos do meu corpo físico, mas sim com os da Mente. Figura 4 - Francisco e seus companheiros diante de Inocêncio III, 1297-1299. Basílica de São Francisco de Assis, Assis Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_de_Assis Outra faceta conferida aos nossos Amigos Frades é, sem dúvida, os Encontros que temos até hoje num determinado dia da semana sempre no mesmo horário. A respeito desses Encontros, para que o amigo leitor possa entender, estes equivaleriam às famosas “reuniões de mesa branca”. Tais Reuniões, por meio de um grupo de médiuns, entidades “são recebidas” para darem comunicação na forma de mensagens ou, até mesmo, discursar sobre questões cármicas ligadas às pessoas do grupo ou fora dele. No entanto, com os nossos Frades é diferente. Em nossa sala, ao redor de uma mesa retangular que temos, posicionam-se 8 Frades, minha filha, eu e meu Amado Valoroso. Depois de ocorrer a incorporação, Frei Guido assume a condução da reunião. Além de nós e dos Frades, frequentemente participam mais de uma dezena de Espíritos Assistidos e seus respectivos Mentores. Apesar de ser uma das prerrogativas desse encontro permitir a livre comunicação entre os dois lados, comumente estas reuniões acabam por se tornarem verdadeiras aulas sobre O Criador e a Criação. Vi muitas vezes, Frei Guido, tomado pelo calor de suas explicações, se emocionar diante de tão seleto público. A respeito desses, posso adiantar que ao contrário do que muitos imaginam, os espíritos que frequentam as reuniões buscam explicações complementares sobre os Verdadeiros rumos que a Raça Humana deve tomar . Por isso, invariavelmente, recebemos em nossa casa uma casta de espíritos em certo grau já de Evolução oriundos de diversos Mundos. Certa vez, Frei Guido nos explicou que locais como o nosso, que promovem este tipo de encontro, são vistos e localizados por espíritos tal qual é a chama de uma vela em meio à escuridão total. Curioso comentar que, ainda que esteja em um Mundo paralelo ao Nosso, sua condução até aqui é promovida pela habilidade de seus Mentores em criarem os ajustes necessários às suas Frequências Vibracionais. Um dia perguntei ao Frei se, nesse deslocamento, estes Assistidos não acabam por ter contato com a “massa de espíritos desorientados” que preencham os espaços por entre o nosso “Plano” Material. Minha preocupação era em saber se, por serem nossos Visitantes – entidades mais esclarecidas, eles sofriam algum tipo de assédio ao chegarem aqui e, também, por conta da proximidade com a “massa”. O Frei me explica que não, o padrão vibracional dos nossos Visitantes semanais e a curta distância, do ponto de vista físico entre a face que tangencia o Mundo deles e o Nosso, permite uma travessia segura totalmente a despeito do que há fora da nossa casa. Lembro-me bem, numa dessas reuniões, Frei Guido empolgado em suas explanações quando, de repente, tudo foi interrompido pela chegada de um acidentado de moto que acabara de desencarnar próximo dali. De modo pouco comum, o recém-desencarnado fora levado pelo seu Mentor até as portas da reunião, face ao desespero deste em comunicar-se com sua filha pequena. O recém-desencarnado tinha, por visceral necessidade, que fosse dito à filhinha que o “papai não havia conseguido (...)” . Entendemos, depois, que o pai era um entregador que utilizava uma motocicleta em meio expediente para reforçar o orçamento doméstico. Pelo que soubemos, a busca pelo reforço no orçamento seria no afã de poder comprar-lhe um presente para o Natal, daí o seu desespero. No entanto, fiquei desesperada ao ver que Frei Guido, logo na chegada do recém-desencarnado, pediu ao Frei Aldo sair em busca de alguém... Continuava sem entender, quem e por quê... Minutos depois, Frei Aldo retorna acompanhado de um Espírito Socorrista. Ao narrar esta cena para mim, Frei Guido se emociona ao me dizer que o Socorrista era o meu pai! Totalmente concentrado em sua Missão, meu pai mal percebeu aonde veio resgatar o recém-desencarnado. Sua primeira atitude foi acalmar o motoqueiro e depois, olhando para seu lado direito, notou a mesa e a nossa presença ali. Nessa altura, dada à riqueza de detalhes narradas pelo Frei Guido, foi impossível segurar a minha emoção, “desmoronei”... Meu pai, logo que caiu em si, veio em minha direção e me deu um beijo no alto da minha cabeça, abriu um sorriso para minha filha e, mais do que depressa, retornou ao seu resgatado para levá-lo ao Mundo no qual ele seria tratado. Numa outra reunião, Frei Guido nos presenteia com a notícia de que, entre os desencarnados ali na nossa frente, havia um que se escondia atrás de seu Mentor.Era minha vozinha, aparentando anos mais nova e que fora colocada bem próxima a mim para que pudéssemos sentir uma a outra. Acredito não precisar descrever o tamanho da minha emoção ao senti-la e poder “ouvi-la”, por intermédio do Frei. Afirmo a vocês, mais uma vez, que a experiência vivida ao lado dos Freis transcende a qualquer outro acontecimento que tenha envolvido, de forma semelhante, entidades e seres encarnados. Assim, atribuímos a estes a justa denominação de Espíritos Iluminados, aos quais seremos Eternamente Gratos. CAPÍTULO 12 Religiões, Doutrinas, Seitas... “Buda não era budista... Cristo não era cristão... Maomé não era muçulmano... Eles eram mestres que ensinavam amor. O amor era a sua religião.” Autor Desconhecido Segundo o hipnólogo Fábio Puentes, em seu livro “O Marketing das Religiões”, ao longo de toda a história da humanidade sempre houve aqueles que por meio da religião tentaram manobrar imensos Contingentes Humanos. Os motivos seriam muitos, mas todos eles certamente ligados a sede ancestral do Homem de ter o poder sobre o Destino ou a Vida do seu semelhante. A cobiça vem como o acompanhamento ideal para estes que, obviamente, têm a real capacidade de identificar os laços frágeis que unem as pessoas e os pontos fracos de cada um de nós. Perceba que esse tipo de visão é um dom, mas certamente é empregado por estas pessoas para fins nada dignos. Ainda segundo esse autor, historicamente, o “manipulador” utiliza-se sempre de figuras de importância real, como Jesus, Buda, Maomé, Krishina, Padre Donizete, Madre Teresa, Allan Kardec, Chico Xavier, João Paulo II, entre outros, que deixaram um incontestável legado de Conhecimento, além de verdadeiras Provas de Amor para com a humanidade. Porém, a questão é: Se sabemos a motivação e os meios utilizados, então, como o Ser Humano se deixa enganar por estes indivíduos ? A resposta é bem simples. A procura incessante do ser humano pela cura de suas dores, sejam elas originadas pela falta do material ou relacionadas ao físico/emocional a despeito do que as provoca, nos leva a necessidade extrema na crença da solução através do Divino. Como já dissemos, a crença que as Divindades podem interceder a nosso favor é o “combustível” utilizado pelos tais “manipuladores” citados por Puentes em seu livro. O efeito disso, ao longo da história da humanidade, tem sido a Involução do Homem por colocá-lo no caminho oposto ao que este deveria estar seguindo. A promoção da Falsa Esperança cria a dependência e a crença, muitas vezes, obstinada naqueles que de fato nada podem fazer por nós. O verdadeiro papel, não só das casas espíritas, como também de todas as outras Instituições Religiosas ou Doutrinárias é, a rigor, a transmissão de uma ideia através da qual se pretende manipular certa massa. Assim, esta pode subsidiar as vaidades pessoais e também materiais de um grupo de pessoas. Não queremos, com estas palavras, generalizar este comportamento, ao contrário, pretendemos fazer justiça àqueles que, de fato, doam suas vidas para ajudar aos outros sem que tenham, necessariamente, uma estrutura física, jurídica ou até mesmo recursos financeiros para fazê-lo. Com o que disse há pouco, já deixo a dica de que para ajudar ao próximo, não são Instituições Organizadas de cunho religioso ou doutrinário que, necessariamente, o farão, mas sim os seus integrantes, caso estejam devidamente conectados com a Força Criadora são quem, de fato, farão muito pelo seu semelhante . Entretanto, escolhemos falar mais sobre as casas espíritas, centros de umbanda e candomblé devido ao fato de que os conhecemos de um modo talvez mais profundo... As experiências acumuladas com essa vivência nos evidenciaram a precariedade das essências humanas em relação àqueles que também fazem a gestão dessas Instituições. É óbvio que existem exceções à regra !!! Esse fato, portanto, não isenta da mesma responsabilidade as igrejas católicas, ortodoxas, evangélicas, entre outras, das suas responsabilidades quanto ao que comentaremos a seguir. Alguém, um dia, disse: “(...) Dirigentes de casas espíritas são, na verdade, um bando de espíritos atormentados no qual o ‘melhorzinho’ dá palestras aos visitantes (...)”. - Autor desconhecido. É obvio que concordamos com essa afirmação, pois vimos de perto que aqueles que estão à frente da instituição e, até mesmo, à frente da organização e administração de cursos sobre o assunto, são de fato os mais necessitados de ajuda. Notamos também que, com o passar dos anos, a capacidade que algumas pessoas tinham de “se comunicarem” eficientemente com os espíritos vai se tornando cada vez mais falsa. Tal fato se dá certamente pela dinâmica imposta pela vida nas grandes cidades onde a tensão contínua, violência e desafios profissionais acabam levando o ser humano a um comportamento mais “reagente” ou “bético” (no qual o regime de ondas cerebrais fica estagnado na condição BETA). Talvez seja por isso que os melhores centros (ou pelo menos os mais confiáveis) estejam localizados em áreas mais interiores ou rurais. O regime de sono, ou pré-sono, é identificado pela emissão de ondas ALFA pelo cérebro humano. Este estado, segundo pesquisadores, propicia um “desligamento” do ambiente ao redor da pessoa, o que para alguns acaba por gerar as condições ideais para o transe. Acredito que o leitor esteja se perguntando: Como se explicariam os tratamentos realizados com sucesso ligados à Saúde Mental e Física de pessoas que procuram casas espíritas, centros de umbanda, entre outros? A resposta é simples... A nossa necessidade/carência é tão grande que o poder da sugestão impetrada por aquele que pretensamente “cura”, acaba por gerar o que podemos chamar de uma “pseudo fé”. Isso explicaria a maior parte das curas em centros ou locais cuja qualidade de seus trabalhadores seja duvidosa. Porém, há também situações as quais nos remete a uma série de mudanças vindas de dentro para fora, normalmente decorrentes de uma situação de grande dificuldade e que, na ausência de um “representante da Fé”, faz com que busquemos dentro de nós aquela “Força” misteriosa que nos leva à superação daquele momento. A isso chamamos de Verdadeira Fé !!! Jesus, numa determinada ocasião, foi interpelado por um deficiente visual que lhe pedia insistentemente para que o curasse... Jesus tocou-lhe os olhos e disse: “(...) Abra teus olhos (...)”. E o cego passou a enxergar... Agradecido, disse a Jesus: “(...) Obrigado, Meu Senhor, Tu me curastes! (...)”. Ao que Jesus responde: “(...) A tua Fé te curou (...)”. É, portanto, nesse contexto que muitas vezes pessoas se curam, os males são afastados e, ao final, acaba sendo sempre pelo mérito do lugar ou de determinado médium que atua naquele local. Observamos que os colaboradores, se preferirem trabalhadores voluntários, muitas vezes, para não dizer sempre, camuflam sua verdadeira identidade com um determinado credo. Quero dizer que é comum encontrarmos, principalmente em casas espíritas, trabalhadores voluntários que se descobrem mais como Espiritualistas do que Espíritas. Por isso, eles acabam sendo tolhido por conselho doutrinário formado dentro da instituição, tal qual um dia foi criada a “Santa” Inquisição para perseguir aqueles que divergiam da Fé Cristã. Como resultado direto disso, esses trabalhadores vivem à face permitida ou autorizada da doutrina nesses lugares e, fora de lá, vivem a sua verdadeira Fé e Crença de modo mais privativo. Pergunto a você, leitor, quais religiões são estas que, ao invés de libertar, continuam a escravizar o Homem, a sua Alma e seu Intelecto a uma versão da verdade conveniente ao interesse manipuladores de alguns? De qualquer modo, nossa tese é a de que se não existem mais, ou estão rareando pessoas com a capacidade de aprender através dos ensinamentos dos espíritos, o que devemos esperar dos locais conduzidos por estes? Ainda que seja um comentário de menor importância, frente a isto que acabo de explicar, muitos dirigentes realizam seus egos primitivos e exercitam suavaidade reprimida. Assim, ao invés de procurarem depurar seus pensamentos e buscar dentro de si o verdadeiro apelo através do quais estes deveriam Servir ao Próximo , eles disputam cargos e funções em casas ou centros religiosos como se fosse uma instituição comercial, na qual altos salários seriam pagos aos eleitos... Acreditem..., isto é verdade! Ao invés de tecermos críticas a respeito de centros ou terreiros, acredito ser mais produtivo focarmos no qualitativo a respeito dos seres humanos que trabalham nesses locais. Comentamos a pouco que para ajudar ao próximo de maneira Verdadeira e Eficiente não há necessidade de se ter uma entidade jurídica, um canal de TV, um prédio bonito ou, até mesmo, um sistema de arrecadação de dízimos para a “sustentação” da dita instituição. A Ajuda Verdadeira deve partir de forma absolutamente imparcial e, de preferência, isenta de emoção por parte de quem a aconselha, pois uma vez traído pelos sentimentos que a visão pelo outro sofrimento gera, pode-se, de forma equivocada, indicar soluções ou até mesmo “tratamentos” que não trariam nenhum tipo de resultado real e positivo. Muito nos preocupa, portanto, a verdadeira condição dos chamados “médiuns” que atuam nessa ordem doutrinária ou religiosa que, apesar de atuar sob a bandeira da ajuda ao próximo, tem, na verdade, trazido dependência, frustração e uma profunda incompreensão dos verdadeiros elementos que compõem o desafiante Aprendizado nesse Mundo. Isso fica muito pior quando essa “ajuda”, além de ser dada por alguém não preparado, vem travestida de uma personagem do folclore ou do imaginário popular. Não devemos confundir o que de fato acontece com algumas pessoas que, por estarem um pouco mais propensas ao estado de transe, “acessam” o Arquétipo coletivo do qual passam a sentir as influências de personagens folclóricos, cuja sabedoria simples às vezes se encaixa em alguns casos cujas pessoas procuram ajuda. É por isso, por exemplo, que se formos à dez terreiros e mais dez centros espíritas encontraremos em todos eles e, ao mesmo tempo, baianas, caboclos, pretos velhos, padres, frades, etc. Nosso objetivo, neste capítulo, não é o de generalizar ou de denegrir qualquer corrente, terreiro ou centro espírita, mas sim fazer um alerta aos que compõem esse tipo de ambiente a pretexto de ajudar o próximo para que se conscientizem e busquem a verdadeira inspiração para que se possa doar a Verdadeira Ajuda aos que à eles procuram. Como comentaremos mais adiante, o mal existe e seus representantes caminham entre nós com a mesma facilidade que o vento nos toca. A outra face que poderá ser um problema, e mais uma vez ligada também ao ser humano que dirige e atua nesses centros e/ou terreiros, é que a invocação do Mal é tão fácil de ser ativada (isso graças aos nossos conflitos originais surgidos desde o nosso nascimento, medos, entre outros traumas) que basta que haja a “incorporação” e o desejo profundo do assistido para que algo de ruim seja materializado para outra pessoa e em outro lugar. Como já disse, o Mal existe, mas este precisa de um “orientador” e este poderá se servir de outros elementos físicos (tais como trabalhos com velas, oferendas, sacrifícios de animais, etc.) para que o assistido possa dar “força” ao seu desejo até que esse se realize. É mais fácil fazer o Mal para alguém do que o Bem. Nossa Mente, como veremos mais adiante, ao longo de nossa existência assimila muito mais nossas experiências negativas do que as positivas, o que, portanto, gera uma crença de que se algo de ruim pode acontecer, acontecerá. Isso facilita tudo. Talvez seja por isso que esse tipo de crença encontra mais adeptos do que o próprio positivismo. Para ser mais claro, o espiritismo não evoluiu mais, ou se expandiu, por conta da falsidade praticada de algumas décadas para cá, face à perda de contato com a Espiritualidade, como já comentamos. As casas de umbanda, terreiros de candomblé, entre outras, foram costumes trazidos pelos nossos irmãos escravos de suas regiões de origem e que tanto acrescentaram à nossa cultura geral. No entanto, hoje, muitos frequentadores desses locais usam a força nessa crença para a obtenção de vinganças pessoais, fazer “amarrações amorosas” e de alcançar bens materiais a despeito do que um dia já foram essas culturas. Esperamos que a leitura deste capítulo tenha alertado os que tiveram a curiosidade em adquirir este livro para o fato de que não serão Igrejas, Templos, Casas ou qualquer outra estrutura semelhante que responderá às vossas dúvidas mais íntimas, mas sim para o fato de que, se procurar com olhar certo, eventualmente poderá encontrar pessoas cujo maior patrimônio se mostrará através da Humildade e da Simplicidade de Pensamentos . Esta Criatura também será provida de um Amor muito próximo ao Incondicional em relação ao seu semelhante e poderá, oportunamente, ser o seu Mentor Encarnado que o levará a uma viagem através da qual você se conhecerá plenamente. O Autoconhecimento acarretará o recebimento do maior presente que um ser humano encarnado poderá receber, ou seja, o de Saber Quem É, De Onde Veio e Para Onde Vai , como trataremos nos capítulos a seguir. CAPÍTULO 13 O Outro Lado da Espiritualidade “Os seres humanos que se apegam demasiado aos valores materiais são obrigados a reencarnar incessantemente, até compreenderem que Ser é mais importante do que Ter.” Buda Neste capítulo, caro leitor, tentaremos discorrer sobre a orientação que tivemos através do Frei Guido sobre A Outra Face da Espiritualidade. Gostaríamos, aqui, de fazer uma distinção e um breve esclarecimento sobre a Organização dos Espíritos. Essa distinção, é claro, passará pela discussão religiosa, ou seja, teremos de correlacionar certos comentários do Frei com o que conhecemos na condição de encarnados neste Planeta, em face de religiões, dogmas e doutrinas existentes aqui. Acredito ser mais didático iniciar esta discussão citando um caso ocorrido dentro da casa espírita que envolveu a mim e outra colega trabalhadora. A explicação para o ocorrido vem com a transcrição do diálogo com o Frei como segue, mas antes disso faço a seguinte pergunta: (...) Frei, não entendo, até hoje, porque algumas pessoas hesitam em se aproximar de mim, ou até mesmo da sala de trabalho da saúde, em especial aquela minha colega (...). O Senhor se lembra? Aquela que também trabalha num centro de umbanda e, ao mesmo tempo, lá na casa espírita (...). De pronto, o Frade responde: (...) Sim, filha, claro que lembro (...). Não foi ela que um dia disse que a “baiana” que recebe sente sono lá dentro da casa?! Então, filha, o que ocorre de fato é que aquela entidade não suporta estar ou ficar em nossa presença (...). Afirmo a você que da nossa parte não há o menor preconceito (...), pois, afinal, somos todos espíritos oriundos do mesmo Criador, ainda que estejamos em estágios evolutivos diferenciados (...). Entenda, filha, que este tipo de entidade ocupa o solo terrestre da mesma maneira de quando eram encarnados, seus gostos e necessidades são, muitas vezes, exatamente iguais aos que tinham durante sua estada na Terra. O que eu quero dizer é que esse tipo de entidade, muitas vezes, necessita sentir o sabor de algum alimento ou de um cigarro ou, até mesmo, de alguma bebida para saciar uma vontade aterradora, um vício adquirido durante a sua última existência. Na medida em que passa algum tempo após o desencarne, o Corpo Etéreo reclama a falta daquele elemento. Daí surge a crença nos trabalhos realizados nos terreiros que, utilizando estas necessidades dos espíritos como moeda de troca, ocorre uma escancarada negociação entre encarnados e espíritos. Quero dizer, minha filha, que muitas vezes essas entidades se prestam ao trabalho de fazer o mal se aproveitando da capacidade que têm de tanger objetos e obsediar pessoas em troca dos prazeres terrenos (...). Logo em seguida, perguntei ao Frei: “(...) Quer dizer, então, que é por isso que esse tipo de entidade tem repulsa a presença de Vocês?”. (...) Sim, filha, existemexceções, mas são raras, pois o que lhes falta é a compreensão dos mecanismos elaborados pelo Criador para o nosso Desenvolvimento em cada etapa e Mundo criados para isso. Essas entidades, por vezes, reencarnam, mas totalmente ligados aos prazeres e questões materiais do mundo terrestre. Raramente elas conseguem dar um passo adiante em sua Evolução. Nessa narrativa do Nosso Frei pudemos perceber, então, que há de fato uma divisão entre os espíritos. Tal separação é feita pelos que atuam diretamente em nossas vidas e outra por aqueles que, apesar de terem a capacidade de interferirem, o fazem de acordo com retribuições e que, por vezes, não fazem distinção se o que vão fazer é certo ou errado, segundo as Leis da Progressão e do Crescimento do Espírito. Talvez seja por isso que há sempre uma referência aos Espíritos do Bem como sendo Espíritos de Luz, ainda que estes não tenham atingido a Iluminação Total. Se pararmos para analisar quando um católico, por exemplo, reza para as Almas Benditas com uma vela acesa e um pedido na Mente, será que ele de fato evoca os Espíritos do Bem? Ou qualquer um que naquele momento necessite da Luz daquela vela, ou do cafezinho colocado no copinho bem abaixo da imagem, ou, ainda, esteja precisando saborear a oferenda colocada na promessa feita por ele, caso o desejo pedido se concretize? A resposta, meu caro leitor, depois de indagarmos incansavelmente o nosso Frei, é de que não se negocia com a Espiritualidade de Luz. Tal fato pode ser comprovado exaustivamente pelos exemplos de vida que tivemos ao longo desta existência. No decorrer desta vida é que revelam que a única coisa que devemos pedir para Eles é Força, Coragem e incremento na nossa Fé para podermos superar os Desafios, Carmas, Provas e Expiações que nós mesmos programamos para nossa passagem por este “Plano”. Concluímos, assim, que se não há nada de material que possamos pedir a Eles, todo e qualquer pedido feito, ainda que em Oração em pleno sofrimento, poderá ser aceito por uma dessas entidades que necessitam de algo que o pedinte tem para oferecer. Isso não garante em absoluto a realização daquilo que foi pedido, a não ser que seja o Mal ou, no mínimo, a obsessão sobre outro ser encarnado. Você já esteve em algum terreiro, ou até mesmo criou um “altarzinho” com seus santos prediletos sob os quais você coloca cafezinho, colares, imagens e outros itens religiosos? Então pode ter a certeza de que, provavelmente, você está aliciando entidades que pouco, ou nada, poderão ajudar, podendo inclusive fazer muito mal dependendo de algumas circunstâncias. Na continuação do entendimento sobre este assunto, em ocasiões diversas, nosso Amigo Frei certa vez nos esclareceu sobre um fato ocorrido conosco em relação a um acidente que sofremos andando de bicicleta. Para não cansar você, amigo leitor, vou apenas dizer que nosso acidente foi comparado à colisão de dois ou mais veículos em razão dos estragos e lesões que adquirimos nele. O Frei nos explicou que o que teria bloqueado a bicicleta, na qual estávamos, poderia ser comparado a um muro de concreto. Longe de qualquer exagero, a nossa bicicleta continua ali na garagem para que possa ser vista de modo a comprovar o mencionado pelo Frei em relação ao tal “muro” contra o qual colidimos. A “parede”, segundo ele, foi, na verdade, algo criado instantaneamente pela entidade residente e dominadora da esquina pela qual passávamos. A atitude da entidade em nos atingir se deu pela percepção da mesma de que havia uma “demanda” contra o Valoroso. Essa “demanda” deve ser entendida como a síntese de fortes pensamentos e um desejo intenso de destruição ou de algum prejuízo físico que foi emanado de uma pessoa encarnada. Para resumir, a tal entidade, sabendo que existia este pedido de execução, ao nos aproximarmos se preparou e executou a intenção do encarnado. Assim, fomos atingidos. O Frei ainda afirmou que, em razão da violência do impacto, o desfecho desse acidente teria sido fatal para um de nós. No entanto, como já estávamos sob a observação atenta dos nossos Frades, o pior não aconteceu. Dessa forma, podem variar os casos e as razões, mas os “agentes executores” dessas vinganças são, exatamente, estes que descrevemos ao longo deste capítulo. Não quero dizer com isso que as pessoas que frequentam terreiros, ou servem mediunicamente a estas entidades, sejam más. No entanto, como tudo na vida, o mesmo assunto pode ter diversas interpretações em diferentes perspectivas dependendo unicamente do conhecimento e das intenções por trás de cada indivíduo. Para fecharmos este assunto, gostaria de destacar que nos seis últimos capítulos me dedico a tentar retratar pelo menos parte dos mecanismos elaborados pelo Criador. Assim, podemos encontrar, independentemente de qual seja o nosso Estado Evolutivo, os elementos necessários para perfeita condição de Livre Escolha diante de cada decisão e de cada acontecimento em nossas vidas, ao qual chamamos de Livre Arbítrio . Para aplicação do Livre Arbítrio é necessário que possamos ter ao nosso alcance os elementos para fazermos o Bem ou o Mal, de acordo com nosso julgamento e Evolução, tal qual descrevemos em outros parágrafos ao longo destes capítulos. CAPÍTULO 14 O Demônio “Persistir na raiva é como apanhar um pedaço de carvão quente com a intenção de o atirar em alguém. É sempre quem levanta a pedra que se queima.” Buda Existem muitos tratados, textos e histórias que atravessam gerações e tentam dar, não apenas uma aparência, mas também justificar, ou não, a existência de uma entidade cuja capacidade de realizar o Mal seja tão soberana quanto à de Deus de realizar o Bem às suas Criaturas. No entanto, sobre esse assunto também tivemos a oportunidade de discorrer com nosso Frei Guido. Através da transcrição de uma de suas comunicações, vamos conseguir compreender como tudo de fato começou. (...) O surgimento do demônio original remonta o tempo no qual Nosso Criador se dedicava à criação dos Mundos e deste Universo (...). Como já disse anteriormente, Deus precisou da ajuda de Anjos e Arcanjos, espíritos ancestrais à existência de qualquer ser humano, para colocar em movimento a criação dos Mundos. Em verdade, digo a você, filha, que tudo andava bem e que, na medida em que os Mundos eram criados, já existia há muito o Livre Arbítrio (...). Ocorre que na primeira tentativa de colonização da Terra (fase Adão e Eva), os Sentinelas de Deus, encarregados da comunicação do Divino com os seres aqui encarnados, interagiam com esses habitantes. Na mesma situação narrada por Enoque, quando esses Sentinelas ou Anjos de Deus enamoram-se pelas filhas de Adão, certo Arcanjo de uma dessas legiões, percebendo que o Homem caíra em desgraça, resolveu liderá-los para satisfazer o seu ego de inveja em relação ao Criador (...). Naquele momento, o mais fiel dos ajudantes do Criador sentia necessidade de conduzir, a seu modo, aquela população e, por também acreditar que poderia e deveria estar e procriar entre eles, decidiu abdicar de sua posição, Fé e Fidelidade, para criar seu próprio reino (...). Estamos falando, filha, de Lúcifer (...). A população da Terra, naquele momento, era pequena, se resumia a algumas tribos com um punhado de encarnados num estágio muito primitivo ainda (...). Porém, Lúcifer via nisso um futuro promissor no qual ele acreditava poder fazer mais e melhor do que O Próprio Criador. O tempo passou, filha, e Lúcifer por causa do seu orgulho foi condenado a viver no exílio como espírito a vagar sobre a superfície terrestre (...). Para dar continuidade ao seu projeto e por não ter outra alternativa, ao invés de se resignar ao exílio imposto pelos Céus, decidiu aliciar àquelas Almas primitivas e violentas para a formação de um exército de oposição direta ao Criador. Geração após geração, aqueles Homens primitivos continuavam desencarnando sempre de modo violento, o que acabava por contribuir diretamente com o projeto de Lúcifer (...). Aos poucos, na medida em que crescia exponencialmente o número de Almas atreladasaos princípios de Lúcifer, o Mal passou a ser difundido e eternizado em outras partes do Mundo. Para isso, Lúcifer contou com a ajuda das primeiras Almas a unir- se a ele logo após o início do seu exílio. Na difusão do Mal, os aliados de Lúcifer usavam sua antiga imagem – “Anjo das Trevas” – e ofereciam aos interessados uma vida repleta de prazeres mundanos em troca do alistamento da própria Alma no exército liderado por ele. Podemos entender assim, filha, que foi desta forma que começaram a circular pelo Mundo inteiro as histórias ligadas a pactos celebrados entre Lúcifer e encarnados. Este vive, até hoje, num ritmo um pouco mais modesto do que antes, visto que a alimentação de Almas para suas legiões já não tem mais tantos adeptos assim. Ao contrário, Lúcifer encara hoje uma feroz “concorrência” por conta da Involução de muitos encarnados que fazem frente à Providência Divina na obtenção de bens materiais, pessoas e quaisquer outros itens de interesse mundano. Filha, em outras palavras, outrora tinha apenas um opositor ao Criador, agora temos muitos outros cujo grau e escala em termos de maldade se encontra entre as mais variadas camadas e sob as mais variadas identidades. Aproveito para lembrá-la que esta não foi a única vez que os Anjos fizeram o uso do seu Livre Arbítrio em desfavor do Criador. Como já mencionamos, o Livro de Enoque narra a Invasão dos Caídos que acabaram por se misturar e reproduzirem-se entre os Humanos iniciando uma geração de Criaturas Humanoides Gigantes[9]. Figura 5 – Momento da Expulsão de Lúcifer Fonte: http://colinadodragao.blogspot.com.br/2009/12/lucifer-o-dragao-i-expulsao-do-ceu.html Figura 6 – Representação da figura Demoníaca Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/misterio-sobre-autor-da-biblia-do-diabo-gera- polemica,f63d353774275f2363de8a163a8c78b6x3irRCRD.html Confesso, amigo leitor, que toda vez que volto a este assunto ainda me sinto perplexa ante as revelações do Frei. Porém, não para por aí... Numa outra comunicação o nosso Frei nos surpreende com mais revelações. Nesta próxima transcrição ele explicará como funciona e, efetivamente, se dá a prática do Exorcismo num Mundo com tantos demônios. (...) Filha, o Exorcismo foi criado a partir da necessidade de romper com o Processo de Possessão gerado a partir da interferência de um demônio junto ao ser encarnado (...). Para explicar melhor você deve lembrar que para ocorrer a ligação entre uma entidade desencarnada e um encarnado deverá haver, ainda que remotamente, a mesma sintonia. Em outras palavras, sabemos que cada um de nós vibra numa determinada Frequência e quando estamos no Estado Etérico nos identificamos, muitas vezes, por conta destes Padrões Vibracionais (...). Pense numa Mente perturbada (...). Pode ser uma jovem entrando na adolescência, período no qual os hormônios tendem a alterar fortemente o comportamento e, por sua vez, o seu Padrão Vibracional. São comuns relatos de possessão demoníaca ocorrer em jovens nesta faixa etária. Por vezes, esse Padrão Vibratório chega a se igualar a estes espíritos de baixíssimo padrão. Desse modo, passa haver uma disputa pela apreciação dos prazeres do Mundo por todos os meios sensoriais disponíveis naquele jovem (...). É isto mesmo, ocorre uma disputa para a ocupação daquele corpo através do qual o espírito malévolo pretende ter acesso novamente aos prazeres da carne e do Mundo Material (...). Costumo analisar isto, filha, como uma forma banalizada da versão original do primeiro demônio. Este tinha como objetivo criar um reino à sua moda, ao seu jeito, oferecendo aos interessados intensos prazeres ao longo de sua existência para, posteriormente, engrossarem as filas de seus exércitos para fazerem frente ao Criador. Portanto, filha, as possessões demoníacas que conhecemos são produzidas por entidades inferiores e de baixíssima resistência. Prova disto é o fato de que o Ritual Exorcista baseia-se apenas na leitura fervorosa de uma Literatura, ou seja, a Bíblia. Ainda que tenha sido criada pelos Homens, ela inspira aos Sacerdotes, a serviço do Criador, na expulsão daquelas influências malignas em seus semelhantes (...). Pois, se fosse o “demônio original”, apenas O Próprio Criador poderia lhe dar com ele (...). Com isso, filha, trago a você uma pequena visão da campanha demoníaca que se instalou contra O Criador com a qual Ele próprio consentiu. Isso mesmo, filha, a máxima tão ouvida e difundida entre vocês de que “Não Haveria Luz, Se Não Houvesse Escuridão” é um dos fatos mais evidentes para o Desenvolvimento da Alma em todos os Mundos criados por Ele. - (Grifo nosso). Ainda que seja estarrecedor o fato de sabermos que entre nós, encarnados, caminham um número incontável de espíritos aliciados por demônios, é que todos aqueles que desencarnam, dependendo de sua Evolução, deverão encontrar em primeiro “Plano” esse tipo de entidade. Daí, compreendemos que mesmo na condição de desencarnados deveremos fazer escolhas que poderão contribuir de imediato para nossa Evolução ou, até mesmo, para nossa salvação daquele ambiente. Perguntei ao Frei, então, o que deveríamos fazer diante de uma situação como essa: (...) Só há uma maneira, filha (...) pedir Socorro ao Pai da maneira mais sincera e profunda, acompanhado do mais honesto pedido de desculpas e arrependimentos pelos males causados enquanto encarnados (...). A partir daí, um Socorrista deve ser enviado para encaminhá-lo ao “Plano” mais próximo onde será tratado e poderá aprender enquanto defina sua próxima encarnação (...). Em comunicações mais extensas pudemos fazer mais perguntas sobre esse assunto, mas o que de fato nos esclareceu melhor sobre esse tema foi algo que vivenciamos na pele. Acredito que o leitor deva se lembrar da situação penuriosa em relação às finanças que vivíamos quando as comunicações começaram a ocorrer... Numa manhã, Frei Guido nos recebe nos alertando sobre o que ocorreu conosco durante a fase mais crítica daquela nossa situação. Segundo ele, somos rodeados por incontável número de entidades cujo padrão vibracional é muito próximo ao tipo de vibração que emanamos enquanto estamos encarnados. Desse modo, somos assediados constantemente por essas entidades que podem variar de acordo com seu tempo de existência, estado atual e outros elementos que podem contribuir para que o tal assédio ocorra no nível físico ou psíquico do encarnado. O Frei continua a explicar e nos define que as entidades que nos cercavam naquele momento eram constituídas por entidades demoníacas . Ora, o que devíamos entender por “entidades demoníacas”? Frei Guido nos esclarece que essa “categoria”, em especial, compõe-se por aqueles que “trabalham” no aliciamento de outros indivíduos que coabitam o mesmo “Plano”, lembrando que este “Plano” é o mesmo que nosso. Pergunto, então, ao Frade como ou quem teria organizado esse “levante” e para que? Assim, ele nos responde: (...) Situações de Conflito Emocional ou Material fazem com que qualquer que seja a situação haja dois lados. Vamos imaginar que vocês estejam em um dos lados e, do outro, os seus desafetos naquele momento. Estes, por sua vez, dependendo do seu credo e da sua condição evolucionária, pode até mesmo inconscientemente desejar a vossa derrocada. Querem um exemplo? Algumas pessoas, cujo credo se apoia nos ensinamentos da igreja católica, ao realizarem determinados ritos podem, na verdade, estar evocando e se comunicando com as trevas. Ascender velas, ofertar objetos ou alimentos ao determinado “santo” pode, muitas vezes, ser o início de um processo de evocação tão eficaz quanto àqueles ditos “trabalhos encomendados” por “maus médiuns” em terreiros, centros de incorporação, cartomantes, “videntes”, “benzedeiras”, etc. O revés vivido por vocês, naquela época, teve sua eficácia porque vosso padrão vibracional naquele momento era baixo, o que permitiu que a intenção implícita naquele “ataque” fosse a termo. Na época lembro que, por iniciativa dos Frades, uma Corrente de Ajuda com a participação dos próprios e mais alguns desencarnados foiorganizada para nos ajudar a superar aquele momento. Vale a pena frisar que, do mesmo modo que os nossos “desafetos” evocavam ainda que sem saber tudo que havia de ruim para nós, a tal Corrente do Bem tinha por objetivo agir no sentido contrário daquelas intenções ou pensamentos nos proporcionando, ao menos, a oportunidade de uma batalha mais justa e equilibrada sem a interferência, portanto, do Mal. Para resumirmos e finalizarmos este capítulo, deixo claro que onde quer que estejamos estaremos sempre em companhia daqueles que promovem o Mal como forma de auto sustentação. Porém, só faremos parte disso se deixarmos nossa vibração cair e, assim, a mantivermos pelo tempo necessário para que nossos pensamentos e ações se materializem denotando nosso pior lado. CAPÍTULO 15 A Mobilização Contra as Trevas “O amor é a força mais abstrata e também a mais potente que há no mundo.” Mahatma Gandhi Neste capítulo aproveitaremos o assunto tratado anteriormente para aprofundarmos mais sobre alguns aspectos inerentes à empreitada dos demônios em relação ao desenvolvimento de nós, encarnados. Primeiramente, acho importante retomar o assunto sobre aquela Corrente de Pensamentos destinada a equilibrar o nosso embate durante aquela nossa crise ante a “massa” demoníaca que assolava à nossa porta... Pessoas queridas e muito importantes participaram dessa aliança ao longo de 24 horas. Uma delas foi o meu primo do qual já havia comentado no capítulo 11. Retomo a história a partir do ponto no qual Frei Guido encarregou Frei Aldo para visitá-lo e trazer notícias a mim. Conforme foi narrado pelo Frei Guido, Frei Aldo aproximando-se do meu primo, observou que o mesmo estava de cócoras, seminu, encostado em alguns troncos podres e se posicionava de costas à trajetória de aproximação de Aldo. Curiosamente, num lampejo, Frei Aldo é tomado por uma vontade incontrolável de conversar com meu primo. Ao se aproximar, meu primo, percebendo a presença de outro ser, depois de uma longa temporada de isolamento e solidão, se assusta com aquela figura a quem reconheceu de imediato como sendo um Frade. Acreditando estar diante do seu confessor, meu primo toma-lhe as mãos e começa a contar e perguntar sobre tudo. Ainda sem saber como agir, Frei Aldo escuta todas as angústias e dúvidas dele e, logo em seguida, se pronuncia: (...) Meu irmão, estou aqui, na verdade, à pedido de uma pessoa que, certamente, quando encarnado lhe foi muita cara (...) Essa pessoa, através de permissões especiais dado o seu compromisso conosco – a Espiritualidade – pergunta de você constantemente e, hoje, me pediu para que levasse notícias suas à ela (...). “(...) Mas quem é ela? (...) Acho que não tinha outra pessoa que gostava de mim e se preocupava comigo (...). Tinha? (...)”. (...) Irmão, ainda que seja duro, afirmo a você que estais ainda na Terra, mas numa condição diferente da anterior (...). Sua saúde debilitada, por tão grave doença, o levou ao desencarne (...). Isto mesmo, você veio para cá, pois ainda não há condições que consideramos mínimas para que ingresse nas “Colônias” de Atendimento e Ajuda que dispomos ao redor para desencarnados (...). “(...) ‘Colônias’? (...) Acho que li isso certa vez (...)”. (...) Poderia dizer a você que se trata de uma grande coincidência, mas com o tempo você verá que coincidências não existem (...). A pessoa que lhe deu este livro, no qual você leu algo sobre o espiritismo, é a mesma pessoa que se preocupa com você por saber das suas condições de desencarne e de permanência aqui (...). Segue a narração do Frei Guido com comentário de que, ao desconfiar de quem seria essa pessoa, meu primo mudara de postura e ajeitara aquele “trapo” que utilizava para cobrir parte do seu corpo. Nos momentos seguintes, meu primo dispara a dizer para Frei Aldo: “(...) Quem é, Frei? (...) É quem estou pensando? Ela está por aqui? (...).” “(...) Não, irmão, ela continua encarnada e, como disse, mantém contato conosco face ao seu trabalho e colaboração junto à Espiritualidade (...). Mas, sim, é sua prima Renata (...).” “(...) E ela, está bem? Como se lembrou de mim? O que está acontecendo com ela? (...).” (...) Interessante você me perguntar isso (...). Como disse, ela se preocupa com você e pergunta constantemente sobre suas condições (...). Mas, sim, ela está bem, exceção apenas a uma situação que está prestes a ser solucionada, ligada à recuperação de alguns valores que ela e o esposo perderam, temporariamente, por conta de falcatruas realizadas entre banqueiros (...). Um desses bancos era o qual você também trabalhava (...). Logo em seguida, meu primo pergunta: (...) Poxa, não é possível, o sistema é tão seguro (...). Será que podemos fazer alguma coisa? (...). Com sua ajuda eu poderia acessar pessoas que talvez possam ajudá-los! (...) Você disse esposo? Ela continua casada? (...) Pelo que me lembro, o relacionamento dela estava por acabar, ou já havia acabado (...). Ou, então, se casou com aquele namorado de quando ela era adolescente? (...). Pacientemente, Frei Aldo passou todas as informações para o meu primo que, na medida em que ia entendendo, se mostrava cada vez mais indignado com a minha situação. Perto do final da explicação, Frei Aldo aproveita e esclarece ao meu primo que a única coisa que pode ser feita é uma Corrente, na qual encarnados e desencarnados vão se unir para pedir a intervenção de Deus Pai na orda demoníaca que ameaça manter congelada a situação vivida por nós. Mal terminou a frase e Frei Aldo se depara com a seguinte declaração do meu primo: “(...) Como posso ajudar, então? (...).” “(...) Você acredita em Deus?”. - Essa pergunta foi feita pelo Frei Aldo que portava um sorriso... Como poderei dizer... Maroto?! “(...) Bem, meu Amigo Frade (...). Se depois de tanto tempo aqui, sem ver viva Alma, você me aparece e me fala de uma pessoa que se preocupa com meu bem estar e que precisa de ajuda (...). Deus só pode existir! (...).” De pronto, Frei Aldo disse a ele: “(...) Gostaria, então, de ajudá-la? Pois, basta segurar em minha mão que vou levá-lo a outro lugar onde poderá ser ajudado e, logo, estará em condições de ajudá-la (...).” Foi assim, então, que, num gesto de compaixão e caridade, meu primo se desvinculava da expiação daquele lugar enquanto era levado pelo Frei Aldo até a “Colônia” mais próxima. Ao chegar lá, foi recepcionado por vários cuidadores que logo trataram-no de “alimentá-lo” e “higienizá-lo”, além de prepará-lo para um período de recuperação, visto sua determinação em se juntar aos demais para formação da minha Corrente de Ajuda. Soube, depois, que ele dormiu cerca de 12 horas e, nos primeiros raios da manhã do novo dia, se juntou aos demais da Corrente. Assim, devidamente instruído, emanou seus melhores pensamentos envoltos em uma Aura de Gratidão em direção a Deus Pai pela nossa intervenção. Outra figura querida que se juntou à Corrente foi minha avó, aquela que já algum tempo estava em Processo de Preparação para reencarnar. Comentado pelo Frei Guido o fato de que ainda que a mesma estivesse revertendo e remoldando seu Perispírito para reencarnação, por vezes relutava no sentido de ficar por aquele “Plano”, pois se sentia mais útil no que se referia à ajuda da qual estávamos precisando naquele momento. O Mentor de minha avó, ainda segundo Frei Guido, tinha verdadeiro trabalho para demovê-la de suas intenções. Por isso, aproveitei o contato que tive com ela em nosso segundo domingo de Evangelho no Lar na presença dos Irmãos Capuchinhos para convencê-la a não se preocupar tanto comigo e seguir em frente na sua Missão de Reencarnar. Usei ainda como argumento uma informação privilegiada cedida pelo Frei no qual, um pouco mais adiante, eu a encontraria, ainda nesta existência, ambas encarnadas. E não seria só isso, segundo ele, ela virá ao meu encontro de forma espontânea e natural, pois estará ainda nos primeiros anos da infância. Esse nosso encontro futuro marcará uma situação a qual minha avó estará ligada e servirá como um Signo Sinal. Em outraspalavras, esse encontro indicará uma determinada situação na qual eu e meu Valoroso deveremos intervir como auxiliadores. Isso, sem dúvida, teve um peso considerável na decisão de minha avó, pois aos poucos se entregou à regressão da idade e da remodelagem de seu Perispírito para fins de sua reencarnação. É importante comentar que durante esta comunicação minha avó possuía a aparência que tinha aos 15 anos de idade e, 24 horas após, Frei Guido comentou, durante uma nova manifestação, que ela já teria alcançado 12 anos de idade. Ainda sobre minha avó, na minha cabeça, uma data não poderia ser esquecida – 25/12/2014... Segundo Frei Guido, até essa data minha avó me reconheceria e ainda poderíamos nos comunicar. Após isto, ela já estará em curso novamente para a Terra. A ajuda continuou vinda de familiares desencarnados. Para que o amigo leitor tenha uma ideia, por sugestão do Frei Guido, Frei Humberto saiu em busca de outros familiares meus que pudessem se juntar à Corrente. Não sei bem como os Frades se orientam entre os diversos “Planos” Criados por Deus, mas o fato é que alguns “Planos acima” (citação Frei Guido) foi encontrado um tio meu que também era tio-avô daquele meu primo, no qual falávamos há pouco. Em outro “Plano”, os Frades encontraram meu tio Isidro. Transcrito do diálogo entre o Frei Humberto e Isidro, por Frei Guido “(...) Você é Isidro? (...).” “(...) Sim, fui um dia chamado de Isidro (...). O que deseja, meu bom Frade? (...).” (...) Tem alguém que precisa da sua ajuda, (...) sua sobrinha, filha de seu cunhado Renato (...). Ainda encarnada, passa por uma situação complicada pelas mãos de uma orda de demônios (...). Estamos formando uma Corrente para pedir a intervenção de Deus Pai para que Ele envie suas Tropas de Arcanjos para debelar este Mal (...). Sua sobrinha é escolhida do “Plano” Espiritual para realizar partes do Projeto do Criador junto aos seus semelhantes (...). Por isso, rogaremos a Ele para que interceda (...). Segundo Frei Guido, meu tio não hesitou e imediatamente convocou a outros, cerca de mais 20 Orientadores, para se juntarem a ele na Corrente de Preces. Fiquei surpresa ao ver que mesmo depois de tanto tempo eu habitava a memória e o coração de meu tio... Horas depois, já haviam muitos desencarnados nessa ação e, tão logo meu primo se colocou em Prece, a Corrente foi fechada e as Orações começaram. Devo esclarecer que quando os Frades mencionavam que os pensamentos e orações de ajuda deveriam ser direcionados a Deus Pai, devemos, na realidade, interpretar como tendo sido uma Corrente de Pensamentos Positivos com Alto nível de Vibração alcançada pela Prece e que tinha como real objetivo equilibrar as forças advindas contra nós . As expressões usadas pelos Freis quando da abordagem dessas entidades, meus antigos parentes, seguiam a rigor travestidas de uma linguagem mais bíblica que se fazia necessário face ao nível de Evolução dos que foram convocados para a Corrente. Nos dias que se seguiam, percebemos novamente que, apesar dos nossos problemas terem sido encaminhados bem, algo reestabelecia a letargia em relação às definições mais importantes. De fato, aquilo que estava tão fácil de ser resolvido de forma inexplicável reaparecia com algum tipo de entrave e que nos remetia à busca mais profunda da nossa paciência e compreensão da situação. A participação dos Frades, em especial neste episódio da nossa vida, foi o que garantiu que não perdêssemos a razão e o juízo frente a tantas situações adversas. Tal como uma pessoa guiando a um cego, os Freis nos faziam saber, com alguma antecipação, o que aconteceria e quais eram os passos a serem dados para se evitar um mal maior. A explicação dada por eles, no que se referia à continuação daqueles entraves, ainda que houvessem ocorrido alguns progressos na solução de nossos problemas, era a reincidência de pensamentos negativos lançados ao Mundo invisível por parte de pessoas a quem chamamos a pouco de “nossos desafetos naquele momento”. Lembro-me, inclusive, enquanto conversava com minha filha no escritório no final de um desses dias, um quadro fixado acima de minha mesa, literalmente despencou sobre as coisas, nos fazendo assustar. Segundo Frei Guido, era obviamente uma manifestação demoníaca para nos aterrorizar, pois estas “criaturas”, além das necessidades terrenas, se alimentam também do medo e do caos. Por recomendação dos Frades, fui preparada e devidamente motivada a manter a Fé, pedir ajuda contínua ao Criador e ter a certeza de que Eles estariam nos guardando e atuando em tudo aquilo que fosse necessário e fundamental ao nosso bem estar até que essa fase se encerrasse. Até o momento em que escrevo estas linhas, garanto a você, leitor, que já passamos por inúmeras situações de alta complexidade e de forte teor emocional e, por isso, talvez seja o momento de encerrar este capítulo descrevendo a atuação dos Frades junto a mim. A rigor, após vivenciar alguma situação ruim ou de saber que algo do gênero iria acontecer, imediatamente, a pedido do Frei Guido eu era envolvida pelos demais Frades, na maioria das vezes, pela equipe de Frei Humberto. Este passava a transferir para mim fluidos benéficos ao meu restabelecimento emocional, físico e mental, enquanto ouvia as palavras tranquilizadoras do Frei Guido. Apesar de parecer redundante o que vou dizer, faz muito sentido se o caro leitor fizer uma profunda reflexão sobre o seguinte. Ao analisar essa mobilização em prol dos nossos problemas, voltou à minha cabeça a pergunta: Já que o que nos acontece é, de certa forma, injusto e vai à contra mão dos interesses do Criador, porque seria, então, vital a interferência dos Frades e de todas as pessoas que nos querem bem para que o Mal fosse neutralizado? A resposta a essa pergunta viria logo depois da minha escrita do parágrafo anterior... Em uma comunicação, o nosso Amigo Frade nos recomenda, de forma enfática, que tivéssemos Fé. Ora, nós temos Fé, mas será que esta crença exigida neste caso não seria a verdadeira, plena e, por vezes, Cega? Será que o Nosso Criador quer ter, de forma incondicional, a nossa crença Nele? Talvez, não fosse apenas este o fator que faria toda a diferença entre tudo dar certo ou ser subjulgado por Forças do Mal? O fato é que, certa vez, meu Amado Valoroso me contou uma história sobre o avô de um amigo que ele tivera quando era mais novo. Tal história versava sobre a Fé invejável deste homem que, ao levar seus 14 netos para nadar num rio caudaloso na cidade de Itajubá, Minas Gerais, colocava uma cadeira de costas para o rio e, com um terço nas mãos, enquanto a molecada brincava totalmente a vontade, aquele avô apenas rezava e dizia para quem quisesse ouvir que a Fé dele no Pai era Inabalável . Prova era a forma de como ele se posicionava, sem se quer olhar para os netos, enquanto estes desafiavam o caudaloso rio daquela cidade. Ainda que esse não tenha sido o melhor dos exemplos, não poderia deixar de dar importância a algo como isso. Acredito que você, leitor, já tenha entendido o que tentei, aqui, explicar. Dizer que Temos Fé é Fácil, Mas o Difícil é Ser, de Fato, Fiel Ao Criador ! CAPÍTULO 16 A Fé e a Capacidade Mental “Com o poder da sua mente, instinto e experiência você poderá voar muito alto.” Ayrton Senna Neste capítulo, caro leitor, pedimos sua máxima atenção, pois durante este faremos a “conexão” entre o que passamos, o que aprendemos e como nós nos encaixamos no Projeto Do Criador. Muito se discutiu e ainda se discute sobre quais seriam os verdadeiros desígnios Do Nosso Criador em relação à nossa caminhada sobre a Terra. Se estamos discutindo isso é porque ninguém se convenceu em relação a alguma teoria dita ou proferida por indivíduos, grupos religiosos, ou seitas. A verdade é que no transcorrer desse capítulo forneceremos as mesmas “pistas” que nos foram dadas pelos nossos Irmãos Freis Capuchinhos. Devemos começar desmistificando a maior afirmativa inerente a praticamente todas as religiões de que Deus é Uma Criatura de formaHumana, mas que tem, entre outros poderes, o de conduzir, produzir e alterar o destino de todas as Criaturas. A busca pelo Nosso Deus não tem se dado apenas por nós, pessoas comuns, a Ciência vem buscando provar, ou não, a existência Dessa Divindade. De concreto até agora, a Ciência conseguiu descobrir aquilo que carinhosamente passou a chamar de Partícula Deus . Nos meios científicos, a Partícula Deus recebeu o nome de seu pesquisador Peter Higgs. Segundo Higgs, essa diminuta partícula invisível (o bóson = partícula subatômica) aos nossos olhos seria a grande responsável pela configuração e sustentação das outras moléculas existentes no Universo. Resumindo, sem a Partícula Deus todas as partículas de todos os elementos químicos que conhecemos não teriam massa e, portanto, nada de tridimensional e orgânico existiria no Universo. Portanto, vai ficando mais fácil de aceitar que a figura de Deus seja toda a Energia representada por essa Partícula que envolve a todos nós e a todo o Universo. Talvez daí tenha vindo intuitivamente para antigos profetas o conceito da Onipresença Divina. Dessa forma, devemos observar que a Energia Criadora está entre nós, bem como o seu Intelecto. Não é o momento, mas ainda sobre Deus temos muito a dizer... Afirmo a você, leitor, de que as “ditas” intuições são, na verdade, tentativas de comunicação Do Divino para conosco. Quantos casos conhecemos de pessoas que escaparam de fatalidades ou tiveram uma conduta mais assertiva frente a um determinado problema por terem “ouvido” a intuição? Pois sim, é fato que, por nos envolvermos literalmente, O Criador possa sugerir ideias que venham a influenciar, de modo contundente, os nossos destinos. Acreditamos que quando isso ocorre trata-se de uma “correção” de rumos e, provavelmente, essa necessidade se dê pelo complexo ajuste que ocorre entre nós de acordo com a manifestação dos Livres Arbítrios envolvidos. Algumas pessoas, ao perceberem que foram bem orientadas, após seguirem suas intuições, costumam relatar outros fatos que ocorreram concomitantemente ao pensamento intuído ao seu redor. Alguns chegam a afirmar que seriam “sinais” apontando para a mesma situação que fora intuída. Nós mesmos vivenciamos isso a todo instante. É fato também que esses “sinais” e pensamentos não são exclusivos de pessoas “especiais” ou paranormais, médiuns, etc. Isso é inerente a todo Ser Humano, no entanto, alguns “escutam” e outros não. O elemento que facilita essa comunicação é, sem dúvida, a Ausência de Conflito e a Crença de que Algo Maior permeia à nossa existência. Na realidade, como já comentamos anteriormente, 50% do caminho que desejamos seguir em uma determinada existência é escolhido por nós, enquanto estamos em nossa forma mais pura e essencial, ou seja, quando estamos desencarnados, desprovidos de gênero, identidade e de qualquer tipo de pretensão que não seja àquela de retornar para buscar a Evolução. Daí, deduzimos, então, que Nosso Deus, pelo menos nesses 50%, pouco pode interferir, afinal já fizemos previamente nossas escolhas. Mas acredito que venha agora a Melhor “Invenção” do Nosso Pai que, ao criar todos os indivíduos para habitar o Universo, deu a eles, além da sua mesma estrutura, a possibilidade de escolher livremente seus caminhos. Convencionou-se chamar isso de LIVRE ARBÍTRIO. Apesar de termos sido criados à Sua Semelhança, nosso Intelecto Mental, que é nossa base primordial, necessitaria de um ambiente no qual pudéssemos alcançar ao mais alto grau do nosso Intelecto. Assim, o Universo foi constituído por estrelas e planetas para os quais pequenas populações foram enviadas Por Ele para iniciar o processo de colonização/desenvolvimento. Por outro lado, sendo estes Mundos estruturas tridimensionais e recém-criadas, faltaria apenas desenvolver os mecanismos que pudessem permitir o que chamaremos por ora de Lapidação do Ser. Ocorre que, de maneira genial, Nosso Criador nos proporciona um corpo denso “equipado” com uma rede neural que possibilita a percepção de ambientes, coisas e outros seres por meio do contato físico. Este contato físico, por sua vez, funciona através de sensores e órgãos, tais como visão, olfato, audição, etc. Essa ideia nos coloca frente a um incontável número de possibilidades em relação às situações que podemos viver. Dessa forma, em relação a elas podemos reagir ou, simplesmente, interagir de acordo com nosso Livre Arbítrio. Os 50% do caminho que havíamos planejado invariavelmente sofre alterações, e estas nos levam a outras tantas possibilidades em que todas exigem nossa capacidade de decidir, sob pena de que uma decisão mal tomada nos levará a caminhos mais longos ou, pior ainda, às consequências mais desastrosas. Até aqui entendemos que somos a componente principal deste Mundo Tridimensional que Ele Criou. Mas, qual seria o real objetivo por trás disso? Aos poucos com nossa própria vivência e com a inestimável ajuda dos Freis vamos associando os Desafios que temos à capacidade de enfrentá-los. Em outras palavras, os Problemas e Desafios que surgem de acordo com nossas escolhas são matéria prima para aprimorarmos a Nossa Capacidade de Desenvolver Soluções. Mais do que isso, apropriados do Livre Arbítrio e do Intelecto Mental realizamos a nossa Auto Programação visando nosso Crescimento e, com isto, concluímos que Deus não interfere em nossos caminhos ou, tão pouco, decidi por nós. Essa capacidade e esse direito são totalmente nossos . Onde encaixamos a Fé nisso tudo? Concluímos que a Fé tem sido mal interpretada pela Humanidade, pois muitos professam que Ela é o único caminho que leva Deus, quando, na verdade, é um instrumento de reprogramação mental para indivíduos com seu processo evolutivo iniciado. Explicando melhor... A existência humana, aqui na Terra, passa pelo processo de adaptação ao meio em relação ao organismo, e Evolução em relação à Mente. Essa definição pode parecer pouco ortodoxa, mas é, na realidade, a resposta para o que entendemos por Evolução Humana. Comentamos de forma delicada em parágrafos anteriores sobre A Nossa Criação, deixando você, leitor, raciocinar para chegar sozinho ao que diremos agora: Somos um “punhado” de Energia dotados de Inteligência. Temos, como estrutura primordial, a Capacidade de pensar, raciocinar, imaginar e criar. Assim, quando voltamos ao ponto quanto ao que devemos realmente desenvolver aqui na Terra percebemos que o Intelecto é a grande razão de tudo isso, pois dependemos dele, não só para sobreviver à este ambiente, mas, principalmente, para superar todas as questões emocionais que envolvem os eternos dilemas da Raça Humana. O mais conhecido deles é sem dúvida: Quem Somos?, De Onde Viemos e Para Onde Vamos? Se pesquisarmos sobre o significado em épocas mais ancestrais da palavra “religião”, veremos que ela era utilizada para determinar a religação entre duas coisas. Em outras palavras, “religião” vem da expressão “religare” que significa “religar”. Nesse caso, podemos imaginar que a religação esperada e definida por essa palavra seja da Criatura em relação ao seu Criador . Desta maneira, Religião deveria ser um processo através do qual nós nos reprogramaríamos para voltarmos Intelectualmente desenvolvidos e integrados a todas às coisas Criadas por Deus. Porém, como já vimos em capítulos anteriores, a Religião e a falsa Fé tem sido utilizada por nós mesmos como instrumento de “manobra” das massas e, em quase todos os casos, tem, como verdadeiro objetivo, o autobenefício e a arrecadação financeira. Deixemos por ora essa nossa constatação para voltarmos ao cerne da questão... Se o Intelecto é aquilo que devemos desenvolver, pois somos apenas Energia represada num corpo denso, como deveríamos proceder para atingir essa “excelência intelectual”? Nessa longa jornada (quando digo isso me refiro às inúmeras vezes que reencarnamos para às vezes progredir muito pouco) encontramos, através de nossas escolhas, Desafios que podem se tornar, por vezes, Problemas sem solução ou, até mesmo, verdadeiros Carmas (falaremos disso mais adiante). Ofato é que diante do tal Problema reagimos praticamente da mesma forma, ou seja, primeiro nos lamentamos, depois ficamos indignados e, quando isso é muito forte, culpamos até O Próprio Deus para depois começar a raciocinar em busca de uma solução. O engraçado é que, por estarmos sempre envolvidos emocionalmente com os problemas, nunca os “enxergamos” da forma como eles realmente são. E, assim, nossa próxima atitude é fazer as “pazes” com Deus e pedir a Ele ajuda para resolver a questão. Fica evidente que muitas vezes nossas vidas, a despeito de nosso “sofrimento”, vira uma verdadeira piada na qual o palhaço no picadeiro somos nós mesmos. Afinal, a vida que Deus nos deu é bastante simples de ser vivida, mas a nossa prepotência e orgulho, pautados por nossa imensa ignorância sobre as coisas do Cosmos, não nos permite enxergar isso. Até aqui descortinamos as revelações dos Freis acerca da Gênese da Alma Humana apenas no campo das ideias. Entretanto, acredito que seja vital para que este livro possa alcançar o objetivo que imaginamos, no tocante a ser uma pequena contribuição ao Desenvolvimento da Raça Humana, que continuemos a examinar este tema a partir de fatos que são de conhecimento da maior parte das pessoas. Muitas vezes, flagrada por câmeras e testemunhas, situações extremas levam determinados seres humanos a praticarem atos somente imaginados para super heróis. Refiro-me, por exemplo, às pessoas que em determinados rituais ou manifestações religiosas caminham sobre brasas sem sentir dor ou, até mesmo, se ferirem. O mesmo ocorre com os hindus e outros seguidores dessa filosofia que demonstram o seu Controle Mental sobre a dor de seus corpos deitando sobre camas com pregos afiadíssimos por horas e até dias. Podemos atribuir estes feitos ao controle de nossas Mentes. No entanto, afirmo a você, caro leitor, que isso é apenas uma centésima milésima parte do que a Mente Humana é capaz de realizar. Porém, antes de prosseguirmos, não gostaria que o leitor interpretasse meus comentários entusiasmados sobre a Mente Humana como alguém que fica admirado com o efeito especial num filme de cinema. Na realidade, apesar de estudar bastante tempo este assunto, não paro de me surpreender com as descobertas do Ser Mental Humano. Figura 7 - Homem deitado numa cama de pregos bem afiados Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-o-faquir-nao-se-machuca Figura 8 - Homem andando sobre brasas Fonte: http://revistagalileu.globo.com/blogs/olhar-cetico/noticia/2014/10/como-qualquer-um-pode- caminhar-sobre-brasas.html Outro caso que podemos citar é a situação de uma mãe que ao ver seu filho debaixo da roda de um carro encontra forças para levantar o veículo e permitir, assim, a liberação da criança. Essa situação já fora observada e testemunhada por muitas pessoas em diversos pontos do Mundo. A explicação para isso parte do princípio que o elo entre mãe e filho transcende o entendimento humano. A única coisa que se pode afirmar é que mães perdem a cabeça quando veem suas crias correndo risco de morte. Para nós, a interpretação disso é que seja por essa forte ligação ou outra razão que nos foge agora. Isso é suficiente para que o Cérebro da mãe, citada no exemplo, ignore completamente qualquer obstáculo que se interponha à ação se resgatar seu filho debaixo do carro. O efeito direto disso é uma mulher, sem qualquer preparo físico, levantar um objeto 200 vezes mais pesado do que ela mesma. Essas situações representam a expressão máxima dos desprendimentos de Conflitos que adquirimos desde o nosso nascimento e que nos cerceia em todos os instantes. Acreditem, desde o dia em que nascemos, ouvimos coisas e presenciamos situações junto a nossos pais que, de vários modos, impregna nossas Mentes com negativismo, medo, desconfiança e inverdades que “engordam” absurdamente nossa área do Cérebro responsável pela censura. A partir de agora, assumiremos que esta também encerrará tudo o que conceitualmente entendermos como CONFLITO. Aí está, sem dúvida, o maior inimigo do homem no que tange ao Seu Desenvolvimento Mental. Podemos reforçar ainda mais esta ideia ao olharmos para os nossos filhos que, mesmo com poucos anos de vida, conseguem entender e usar equipamentos eletrônicos (celulares, iPod, computadores, tablets, etc.) que nós, adultos, até hoje não conseguimos ou temos dificuldade para aprender. Mais uma vez a explicação reside no fato de que, por causa da pouca idade das crianças, elas não possuem ainda a carga de conflitos a qual insistimos em carregar a vida toda. São cada vez mais frequentes programas de TV que na forma de um reality mostram crianças que mais parecem gênios, se comparadas a nós, adultos, realizando determinadas tarefas (como cozinhar) com extrema destreza, confiança e bom humor. Totalmente contrário de quando somos nós a realizar as mesmas tarefas quando demonstramos todos os nossos medos, receios, carências, culpas e atitudes covardes ante o simples desafio de cozinhar. Vale a pena ressaltar que algumas doutrinas vêm difundindo (e porque não dizer confundindo) a ideia de que a facilidade observada nos “pequenos”, quando o assunto é tecnologia e outras modernices, trata- se na verdade de uma “edição de almas especiais” chamadas de crianças índigo, cristal, entre outras. Acredito que fica claro, ainda mais com a ajuda da Ciência, que o que diferencia os recém-nascidos e crianças de hoje é, simplesmente, o fato de não possuírem a mesma “carga” de Conflitos como nós, adultos, na hora de desempenhar tarefas mais complexas, ou que envolvam o uso de novas tecnologias. Assim, uma vez identificada o Verdadeiro inimigo que nos impede de desenvolvermos, resta, então, encontrar uma forma de nos despojarmos de todos os Conflitos aos quais aderimos ao longo de nossa existência. Daí a necessidade da Fé. A Fé, como já dissemos, é na verdade um instrumento que deve ser utilizado em nossa Reprogramação Mental. Deve se entender que para se iniciar um processo de Reprogramação da nossa Mente é vital que façamos algumas concessões em troca desse Bem Maior. Em outras palavras, pelo esforço da Fé vamos ignorar algumas dúvidas básicas que temos sobre nossa existência para acreditarmos eficientemente que existe Alguém que nos ama, nos tem como Seus filhos e que muito pode fazer por nós. Assim, ingressamos num delicado processo de reprogramar nossos pontos de vista a respeito de tudo, com esperança de que nossa Vida em decorrência disso possa mudar. É certo que para algumas pessoas basta apenas agarrar-se à Fé para que algumas coisas já comecem a mudar. Por isso, podemos dizer também que, como instrumento de autoprogramação mental, a prática da Fé é também o exercício da Autossugestão. Com esse termo mais científico podemos vislumbrar mais possibilidades em relação à Evolução de nossas Mentes. No que tange ao nosso dia a dia neste “Plano”, a Fé pode nos prover da capacidade necessária para acreditarmos que é possível mudar ou dar rumos à nossa vida, incluindo nisso os mais variados tipos de êxito, tanto no âmbito profissional, como também em nossas relações pessoais e familiares. Quero, mais uma vez, chamar a atenção do amigo leitor para o fato de que nossos problemas deveriam ser tratados apenas como Desafios e que, portanto, esses obstáculos poderão ser maiores ou menores de acordo com, apenas e tão somente, nosso ponto de vista. Em outras palavras, somos nós, através da nossa Mente deturpada e emoldurada pelos conceitos e regras aprendidas desde a infância, que nos induz não só a enxergar as coisas da pior maneira possível, mas como também a não perceber quão fácil seria transpor o obstáculo. Na passagem em que Jesus se referia que a Fé “ do tamanho de um grão de mostarda ” era capaz de mover uma montanha, Ele estava se referindo, obviamente, ao Potencial Humano de realizar feitos utilizando plenamente a Capacidade Mental dada a cada um de nós. A propósito, consideramos que Jesus é O Nosso Melhor Exemplo de Quem usou Plenamente esse Potencial aqui na Terra. Assim, o que Ele realizou nãoforam exatamente milagres. A rigor, a Fé que as pessoas tinham na figura de Jesus era o que efetivamente tornava o improvável possível. Posso explicar diferente afirmando que a crença no dito Filho de Deus era suficiente para que as pessoas tirassem, de dentro do seu Ser, a força necessária a se curarem de forma aparentemente milagrosa. É claro que em outros casos a força do próprio Jesus certamente realizou feitos notáveis, podemos citar, por exemplo, a Ressurreição de Lázaro. Portanto, como fomos feitos à Semelhança Potencial do Nosso Criador, é certo pensarmos que, uma vez destituídos de conflitos, poderemos realizar tantas coisas quanto o Próprio Mestre Jesus realizou enquanto estava encarnado. CAPÍTULO 17 A Propósito... Eram os Deuses Astronautas? “Tudo o que a mente pode conceber e acreditar, a mente pode conquistar independentemente do número de vezes que você falhou no passado, ou de quão grandes são os seus objetivos e expectativas.” Napoleon Hill Após 13 anos de intensa pesquisa, Erich Von Däniken publica o seu maior best-seller, em meados de 1968, intitulado “Eram os Deuses Astronautas?”. Esta obra trouxe, na forma de um documento escrito, provas contundentes da visita de outros seres ao nosso Planeta desde o surgimento do Homem na Terra. Tendo vendido mais de 60 milhões de cópias, este livro despertou em vários continentes a discussão sobre quem e o porquê estas Criaturas teriam nos visitado. Não obstante a isso, nos dias atuais, a TV paga, aqui no Brasil, mantém há vários anos um programa cujo título e a inspiração de seu conteúdo remonta ao legado deixado por Von Däniken – Alienígenas do Passado/History. Ao lermos a obra, não fica explícita a ideia de que estes teriam sido nossos “mentores pregressos” e, por isso, levamos este assunto para a discussão com nossos Frades. Com eles, obtivemos a seguinte transcrição: (...) Meus amados, o Mundo de vocês é visitado por outros seres encarnados desde 3,8 bilhões de anos na qual a atmosfera do Planeta se tornou menos inóspita aos “visitantes” (...). O motivo das visitas eram os mais diversos, porém, todos os “viajantes” buscavam avaliar os recursos que afloravam neste novo Planeta (...). Mais adiante, cerca de 1,8 milhões de anos depois do surgimento do Homem, os interesses se diversificaram um pouco (...). A partir de então, não só os recursos minerais e vegetais do Planeta atraíam a atenção de outros moradores da galáxia, como também a curiosa espécie que habitava o Planeta. Devo dizer, filha, que um pouco mais à frente, os “visitantes”, tal qual colonizadores modernos, praticavam o escambo com as “divindades locais” (...). Posso dar-te como exemplo a Civilização Egípcia que em seu apogeu recebeu das “visitas” um pouco de tecnologia em troca de recursos minerais existentes abundantemente naquela região (...). O escambo era praticado de forma não consentida, ou seja, enquanto os “visitantes” distraíam a atenção dos faraós auxiliando na construção de imensas pirâmides sob as quais “estes poderiam obter a vida eterna”, sutilmente os “estrangeiros” extraíam o que necessitavam do solo, até que não precisasse mais de nada (...). O legado deixado pelos “visitantes” a estas civilizações, hoje, de nada acrescenta à raça humana, a não ser uma imensa curiosidade cercada de perguntas sem respostas (...). Nossos Frades revelam, então, que de “deuses” esses antigos “visitantes” não tinham absolutamente nada. Em outras comunicações, Frei Guido ressalta a crueldade através da qual agem até hoje esses “viajantes”. (...) Outras espécies vindas de outros pontos do Cosmos passaram a se interessar pelo Comportamento Humano, bem como a Evolução de seus corpos e a forma de organização enquanto coletividade (...). Tais estudos ainda são realizados com base na extração impiedosa de espécimes humanos muitas vezes acompanhados por seus veículos ou equipamentos. A avaliação da tecnologia empregada é utilizada por eles como balizamento para a Evolução da Mente Humana (...). Assim, filha, em alguns locais isolados em oceano aberto como o Triângulo das Bermudas na Costa Norte Americana e regiões mais interioranas, como é o caso do Lago de Michigan também nos EUA, se estabeleceram verdadeiras armadilhas para captura dessas “amostras” (...). É curioso que alguns ditos estudiosos do assunto dedicam uma vida a encontrá-los sem se quer imaginar que sua abdução seria o caminho mais curto para o desencarne (...). O Frei ainda fez referências aos primeiros achados arqueológicos alusivos à presença dos “visitantes” por entre os povos primitivos, acerca de 10 mil anos atrás. Deste ponto, ele aproveitou para nos dar uma noção de quão era avançada a tecnologia destes seres. Tal fato se deu pela simples observação de entalhes em pedra encontrados em diversas civilizações que descreviam perfeitamente máquinas conduzidas por estes seres pairando no céu. Num outro momento indagamos o Frei sobre o legado deixado ao antigo povo do México, onde foram encontradas as ruínas dos povos Maia e Asteca, entre outros, para os quais importantes conhecimentos astronômicos (Calendário Maia) foram deixados... Segundo o Frei, também nesta ocasião teria ocorrido o escambo não consentido, visto que de nada adiantou o conhecimento astronômico ou os conhecimentos relativos à agricultura para que estas civilizações se mantivessem. Ao contrário, desapareceram. Outro aspecto muito importante a ser considerado em relação a este assunto é o de que, devido ao fato de alguns “visitantes” terem a estrutura física e fisiológica semelhante à humana em épocas mais remotas, teria havido a miscigenação de algumas raças externas com a nossa. Apesar da prática do escambo, acredito que a miscigenação, ocorrida de forma aleatória, teria sido providencial para que algumas raças sobre a Terra ganhassem um “Impulso” Evolutivo em relação às Ciências e Tecnologias. Talvez seja essa a única e real vantagem de no passado termos sido visitados por estes seres. Mas ainda me pergunto... Teria sido essa uma ação prevista no Projeto do Nosso Criador? Ou teria sido algo resultante da decisão por parte do Livre Arbítrio dos nossos “vizinhos”? Uma coisa é certa, se estamos tratando nesta Obra sobre descobrir quem de fato somos, devemos levar isto em consideração. Afinal, o Desenvolvimento da Mente Humana ocorre também pelo estímulo que este recebe. Desta forma, o cruzamento de raças pode ter sido importante para a Evolução da raça humana tal qual foi a vinda de Arcanjos dissidentes para a Terra. O Frei ainda nos conta que, com o passar dos séculos e a Evolução dos meios de comunicação, as aparições em pessoa dos “visitantes” foi sendo gradativamente reduzida, para desespero dos ufólogos. No entanto, ele nos revela que novas tecnologias, ainda inimagináveis para nós, são empregadas pelos “visitantes” para o nosso monitoramento, uma delas é a da Mimetização Humana, ou seja, a adaptação de seus corpos ao formato Humano. Dessa forma, estes podem simplesmente se misturarem ao contingente humano. Outra forma, baseada apenas na telecinese, implicaria na influência de uma Energia Inteligente, no caso o “visitante” sobre um Humano numa determinada posição ou situação. Isso se assemelharia ao envolvimento “espiritual” do qual trata as religiões e doutrinas ligadas ao espiritismo. Esta revelação nos aterroriza só de imaginarmos que pessoas que talvez conheçamos possam ser, na verdade, entidades vindas de outros Mundos. Ainda dentro deste assunto, num certo momento focamos mais perguntas ligadas à evolução tecnológica nos “Planos” e também no nosso Planeta, quando o Frei nos interpela com outra revelação bombástica: “(...) Sabem aquele homem (...) que desenvolveu um sistema operacional para popularização dos computadores pessoais?! (...).” “(...) Sim, Bill Gates?! (...) Ele é um extraterrestre? (...).” “Não, filha, mas recebeu ajuda de um (...).” “Como assim? (...)”. - Perguntei. (...) Vamos chamar os “visitantes” agora de “infiltrados” (...). Pois bem, na forma humana, e bem familiarizados coma forma de ser e agir do Homem, se aproximam de pessoas com algum intelecto e visão. Eles têm, principalmente, “sede” de tecnologia para, a partir de uma ideia simples, estimulá-los a criar tecnologias incríveis de forma incessante, o que evidentemente aos olhos do Criador não agrada (...). “(...) Por quê?”. - Perguntei. (...) O Pai, filha, inicialmente imaginou o Mundo como se fosse uma grande “Colônia”, sem fronteiras, demarcações, ou ainda a diversidade de idiomas que muitas vezes limita a integração de povos até mesmo dentro do mesmo Continente Geográfico. Assim, o excesso de tecnologia leva o Homem a criar necessidades absolutamente supérfluas e que alimentam o consumo desenfreado e aceleram de modo vertiginoso as dinâmicas econômicas em todo o Planeta (...). Desse modo, o Mundo ganha velocidade e as pessoas passam a viver em função da aquisição desses bens de consumo, fazendo-as distanciarem-se dos Propósitos Divinos, quais sejam o Amor Incondicional , a Fé e o Reconhecimento Verdadeiro de suas Origens e Missão. Além disso, essa busca estimula uma disputa cruel e, muitas vezes, ilegal através da especulação financeira acarretando a destruição sistemática de todo o Planeta, seus recursos naturais e até mesmo da sua atmosfera (...). Para o Nosso Criador, bastaria apenas que o Homem tivesse a tecnologia chamada de básica para seu conforto e acalentamento. Por exemplo, a energia elétrica seria importante para gerar o calor necessário nos ambientes onde o frio se faz intolerável e o contrário, aonde o calor chega a ser insalubre (...). Os veículos poderiam ser unicamente coletivos; a visita a outros continentes poderia se dar exclusivamente pela travessia dos mares e oceanos com embarcações movidas pelo vento e que não afligiriam o meio líquido, além de proporcionar uma agradável estada durante o seu deslocamento (...). E assim, recheado de coisas simples seria a vida de vocês se não houvesse essa busca desnecessária e impiedosa pela tecnologia. Outro exemplo, contrário ao do Bill Gates, é a tecnologia que foi criada por Mark Zuckerberg. Como disse antes, este rapaz, através de seus canais de ligação com o Cosmos, retirou deste último a tecnologia já existente e a transformou em algo que pudesse de fato ser útil às pessoas neste Mundo. O Facebook, para muitos, foi e é uma grande ferramenta de procura entre as pessoas (...). Parentes distantes puderam se reencontrar ou, até mesmo, se reconhecer graças a essa tecnologia (...). - (Grifo nosso). “(...) Mas, Frei, ele também não teria feito isto por dinheiro? (...)”. (...) Até poderia, filha (...). Porém, você talvez não saiba (...). Ele doa mais da metade do que ganha para a Caridade (...). Estamos falando de várias dezenas de milhões de dólares (...). Concluo este meu pensamento, filha, com uma pergunta para você: Por que o homem tem que visitar outros Planetas? Não está feliz? Ou não tem o suficiente aqui para o que precisa? (...). Acredito que o amigo leitor tenha ficado tão perplexo quanto nós anti a sabedoria das palavras do Frei. E por que não dizer diante também da arquitetura simples e eficaz imaginada por esse Grande Arquiteto que é Nosso Criador?! CAPÍTULO 18 A Primeira Visão “A guerra é uma invenção da mente humana; e a mente humana também pode inventar a paz.” Winston Churchill É fato que ao chegarmos até aqui absorvemos uma série de informações que se confundem com nossa própria história de vida. Afinal, o que o amigo leitor deve esperar em relação à leitura desta Obra? De nossa parte, gostaríamos que o leitor pudesse, através dos fatos ocorridos em nossa vida e das revelações claras e dadas pelos nossos Frades, obter informações que pudessem auxiliar a cada um. Tal auxílio será na busca do seu Autoconhecimento e sobre o lugar que a raça humana ocupa em meio a este cenário Planetário. Por isso, nos parágrafos que se seguirão tentaremos unificar algumas ideias tal qual um resumo sobre tudo que descobrimos até aqui. Assim, certamente, a organização destes em nossa Mente possibilitará a facilidade na interpretação das informações que serão tratadas nos próximos capítulos. Começamos o resumo desta visão exatamente pelo primeiro fato que nos coloca nessa jornada na qual tivemos o privilégio de conhecer o Grupo de Frades desencarnados... O nosso trabalho voluntário na casa espírita, que é o primeiro fato, permitiu que dedicássemos parte do nosso tempo, não só para ajudar as pessoas, mas como também para nos colocarmos à disposição de forças maiores para o que fosse necessário à nossa raça. Em outras palavras, ao assumirmos este compromisso, fomos submetidos a uma sequência intensa e pré-selecionada de acontecimentos que culminaram com nossa mudança íntima. Tal mudança foi tão necessária à nossa compreensão que outros fatos viriam a acontecer. Ao mesmo tempo em que desviávamos de outros tantos problemas, nos era revelada uma série de informações que nos levava à crença profunda na Engenhosidade empregada pelo Nosso Criador. Devíamos acreditar em tudo o que havia no Universo e também na singularidade do Desenvolvimento das “Almas” colocadas em todos os Mundos que Ele criou. Desse modo, passamos a enxergar nossas vidas... E porque não dizer também, nossos problemas de outra forma! Na realidade, escapamos várias vezes da loucura graças às explicações e bênçãos em cada uma das aparições dos Frades. A nova interpretação do Mundo, segundo o que nos foi passado por eles, nos descortina um Mundo de possibilidades cuja justificativa só poderia se dar pela revelação mais importante e óbvia para todos nós... Somos, de fato, uma Partícula Daquele que nos criou, e o nosso objetivo está dividido em Duas Etapas. Para cada uma dessas fases, cada um de nós utiliza mais, ou menos reencarnações para encontrar a sua Plenitude. Sobre essas Etapas podemos dizer que a Primeira nos prepara para a Segunda, da mesma forma quando colocamos nossos filhos no pré-primário para que sejam preparados para a alfabetização. Nesse caso, a nossa “alfabetização” é, na verdade, a Remodelação dos nossos Princípios (Ético e Moral)[10] através da conversão de informações ancestrais acumuladas em nosso Arquétipo. Tais conhecimentos são acessíveis somente por meio da intuição e que fica também sob o julgo do Livre Arbítrio. Dessa forma, mudamos, ou não, de acordo com o que tenhamos vivido até ali, ou de acordo com nosso Planejamento Pregresso. Ainda assim, nos é facultado o direito de mudar o que foi pré-estabelecido. Na Segunda Etapa, com novas bases, nos é revelado “Quem somos?”, “De onde viemos?” e “Para onde vamos?” . É aí que descobrimos que fazemos parte da Energia Criadora e, como tal, nos é facultado, ou não, o direito de escolher, usar de todo esse potencial inerente a cada um de nós em detrimento dos nossos semelhantes. Assim, no futuro, essas capacidades poderão ser utilizadas por nós quando estivermos desencarnados para transmiti-las em outros Mundos, tal quais nossos Amigos Frades fazem conosco. Saber que nosso Mundo já recebeu e recebe “visitas” constantes de nossos semelhantes e vizinhos estelares, nos proporcionou o entendimento de que, a despeito da mais avançada das tecnologias, a verdadeira riqueza esperada por Aquele que nos criou é apenas o Desenvolvimento das nossas Faculdades Mentais. Assim, tais recursos serão incorporados ao Corpo Energético para serem utilizados em Mundos cuja necessidade de corpos mais densos não seja requerida. Portanto, a produção desenfreada de tecnologia não endossa a grandeza dos espíritos que as descobre e produz. Ao contrário, a tecnologia em excesso é, aonde quer que esteja, uma moeda de troca nos Mundos criados e, principalmente, o elemento corrosivo que destrói e exaure completamente os recursos dos Mundos tridimensionais . Porém, de tudo o que aprendemos através dos ensinamentos dos Frades, o que ainda chama demais a nossa atenção é a intrincada “teia” que conecta todos os seres encarnados e desencarnados. Por mais que recebamos explicações detalhadas de como isso acontece, quandosão determinados os Carmas, entre outros tipos de laços, é impossível não ficar extasiados com o poder que organiza tudo isso se imaginarmos que a população de encarnados passa, hoje, de 4 bilhões apenas no Planeta Terra. Se somarmos as Almas desencarnadas vivendo nos “Planos” ao redor do Planeta, esse número, sem dúvida, nos seria impactante. Pelo que percebemos, saber sobre a “Inteligência” que manipula esse sistema de integração, nem mesmo nossos Frades conseguiam, ao menos, nos dar pistas de por onde começar. Conforta-nos o fato de sabermos de que as figuras de Jesus Cristo e Maria de Nazaré perambulam pelos “Planos” ao redor do nosso Mundo. Eles administram a chegada e a partida de tantos irmãos em circulação entre os Mundos Material e “Espiritual”. Falando em Jesus, nos foi dito que Ele está desprovido das formas humanas, mas que “veste-se” com uma imensa quantidade de Energia Amorosa que pode ser sentida de muito longe. Tal Energia confere a esse nosso Irmão Maior o visual de uma Luz Intensa e Radiante também percebida a grandes distâncias. A sua Mãe, Maria, aqui na Terra conserva a aparência de mulher certamente para facilitar a aceitação dos recém-desencarnados pela ajuda que presta a eles. Quem sabe algum dia seremos recepcionados por Ela, na alternância entre uma jornada e outra aqui na Terra... CAPÍTULO 19 A Nova Fronteira “O poder para mudar o mundo está na mente subconsciente.” Willian James A partir deste capítulo focaremos de maneira mais estratificada os ensinamentos dados pelos Frades acerca da Verdadeira Missão de nossas “Almas” neste Planeta. É bom que não percamos de vista as ideias contidas no capítulo anterior que, somadas, nos remetem ao novo entendimento sobre a Saga da Alma Humana aqui na Terra. Ainda de maneira discreta e com manifestações de conteúdos mais técnicos, nossos Frades iniciaram a explicação sobre a verdadeira relação entre os Corpos Densos e as “Almas” contidas neles . Segundo os Freis, além de “vasos”, os corpos humanos não só transportam a “Alma”, mas também, quando conectados, expressam um dos mais complexos Sistemas Orgânicos já criados. O assunto, de fato, é tão complexo que vamos estudá-lo utilizando a mesma metodologia que nossos Frades utilizaram conosco, ou seja, faremos tudo ponto a ponto. Sendo assim, é importante redefinirmos definitivamente o conceito de Alma ou, se preferirem, de Espírito. Depurando as informações obtidas pelos Freis, entendemos que a Alma seria certa quantidade de Energia onde está contido o Arquétipo. Assim, através deste elemento seria possível armazenar uma quantidade infinita de experiências, informações diversas e percepções adquiridas ao longo de todas as existências percorridas por aquela Alma. Uma vez que o Corpo Denso é provido de certa quantidade de Energia a qual transporta o Arquétipo, se estabelece um acoplamento entre a Energia e o Corpo Humano. A resultante dessa união é o preenchimento com Fluido Vital de cada órgão e cada sistema do Corpo Denso. Nesse ponto, chegamos ao Cérebro que do mesmo modo que os demais órgãos do corpo também estabelece uma interface com essa Energia. Dessa ligação, origina-se a Ativação do Cérebro e a transferência das informações contidas no Arquétipo para subdivisões do mesmo. Resulta disso o estado de “ animus ” do Corpo Denso e, a partir daí, este passa a viver e se comportar tais quais os estímulos que recebe do ambiente e as intuições transbordadas do Arquétipo para as regiões subconscientes do Cérebro Humano. Focamos bastante o ajuste do Cérebro à parte Imaterial, ou seja, a “Alma”, por se tratar sem dúvida do grande divisor de águas que nos separa das outras Criações de Deus. Quero, com isso, chegar respeitosamente aos fatos que nos foram revelados acerca da importância deste órgão do Corpo Humano em relação à nossa verdadeira Missão na Terra. Gostaria, portanto, que o amigo leitor deixasse de lado, até a leitura final desta Obra, todos os conceitos, dogmas e outras referências que, por ventura, tenham relacionados ao papel do Homem aqui na Terra. O que iremos revelar a seguir, assim como foi para nós, descortinará um Mundo Novo muito mais autêntico e factível em relação a tudo o que o amigo tenha ouvido, lido ou vivenciado ao longo de suas existências . A complexidade do Cérebro Humano vem sendo desvendada com sucesso graças à evolução de equipamentos que “enxergam” o seu comportamento na medida em que este é estimulado. Dessa forma, estimulados com perguntas, partes do Cérebro Humano vão respondendo e revelando suas interações dentro dos Processos Cognitivos Sensoriais e Potenciais ainda adormecidos. Os resultados são interessantíssimos de tal forma que podemos dizer que a Ciência, com estas descobertas, consegue embasar quase a totalidade dos conceitos relativos ao Poder da Meditação e de outros mecanismos difundidos pelas culturas orientais. Como nem eu e tão pouco os Frades temos graduação em Neurociência, discorreremos sobre as Faculdades do Cérebro Humano de modo bastante didático sem a preocupação de utilizarmos termos técnicos ou de determinarmos a origem exata de cada efeito criado por ele. Nosso objetivo, portanto, é o de introduzir ao amigo leitor no entendimento da real importância deste órgão na vida do Homem aqui na Terra. Para início de conversa, lembro a você, leitor, que utilizamos em alguns casos pouco mais de 10% da Capacidade Real do Cérebro Humano[11]. Também não é difícil encontrarmos especialistas neste campo afirmando e disseminando Técnicas para o Desenvolvimento de ambos os Hemisférios do Cérebro. No entanto, dificilmente encontramos alguém discorrendo sobre a possibilidade de acesso total aos 100% do Potencial do Cérebro Humano. Isso nos leva a pensar que, ou ainda não descobriram como fazê-lo, ou mais uma vez tem gente querendo levar vantagem ao omitir essa possibilidade. O Cérebro Humano pode ser tido como uma das Maiores Criações Divinas. No entanto, aos olhos do próprio Homem, o Cérebro pode vir a ser uma “arma” extremamente eficaz contra o próprio semelhante, além de criar situações e condições extremamente propícias à obtenção de bens materiais e reversão de situações pouco favoráveis aos que detivessem esse poder. Em outras palavras, vamos discutir aqui se o não compartilhamento desse conhecimento com o resto da humanidade é lícito ou não. Partimos do princípio de que se o Cérebro Humano possui capacidade ilimitada no que se refere ao alcance de objetivos materiais, ele também deve ser eficaz na dissolução de problemas relacionados aos destinos das pessoas. Será que o Cérebro Humano não precisa de pré-requisitos, sejam eles Físicos ou Morais, para alcançar o máximo de seu Potencial? A reposta, meus amigos, está na própria pergunta... Afirmo a vocês que para chegarmos a este estágio, no qual poderemos utilizar toda a nossa capacidade cerebral, é preciso que estejamos preparados para as potencialidades e realizações que se tornarão comuns a partir da nossa vontade. Alguém um dia disse: “Com Grandes Poderes Vêm Grandes Responsabilidades” (LEE; STAN, 1962, grifo nosso) Aos poucos vamos percebendo, então, que não será apenas uma discussão científica ou até mesmo filosófica sobre como utilizarmos nossa capacidade cerebral, mas, sim, em quais condições e situações podemos acessá-la e utilizá-la . A propósito, como citei no início deste capítulo, as técnicas utilizadas na Meditação são de fato ferramentas para a Remodelagem da Mente. Observem que eu disse “Mente”, e não “Cérebro”. A razão disso é a de que o Cérebro é a “máquina” que gera o ambiente virtual, ao qual chamaremos de Mente . É exatamente nela que os pensamentos ocorrem, bem como os raciocínios, intuições e sonhos. Na Mente , muitas vezes, recebemos mensagens codificadas sobre situações que vamos viver, ou como devemos nos comportar frente a determinados Desafios. Portanto, será a ela que iremos nos referir enquanto estivermos discorrendo sobre a Capacidade do Cérebro. Falando novamente sobre a Meditação, esta acaba por ter a funçãode conduzir o Cérebro a uma condição propícia à alternância na geração de ondas de pensamento, cujo objetivo é trazer com mais facilidade a sensação de Equilíbrio e Harmonia para o corpo. Vocês devem se lembrar de quando descrevi a pouco sobre o ajuste que ocorre entre o Corpo Denso e aquilo que chamei de Imaterial, ou seja, a Alma, certo?! A conexão entre os dois corpos (Energético + Físico) gera também o surgimento de Centros de Captação para retroalimentação da Energia Vital. Esses Centros são conhecidos pelo nome de “Chakras” que coletam e transferem para os plexos nervosos do corpo físico a Energia necessária para a manutenção do Fluido Vital . Essa Energia Vital é transmutada pelo corpo físico que é transferida para os órgãos internos. Éimportante não confundirmos o conceito que permeia o entendimento sobre as Energias das quais falamos. Por isso, antes de continuarmos na questão do Cérebro Humano, faremos agora uma pequena explanação sobre o que é cada uma delas. O Ser Humano é composto por uma quantidade de Energia que comporta seu Intelecto e seu Arquétipo. Em outras palavras, o Indivíduo Humano em sua essência é certa quantidade de Energia Viva (Vital) que dá vida ao organismo vivo. Essa Energia é absorvida por todos os organismos viventes através de seus Centros de Energia localizados no organismo vivo e se transforma naquilo que chamamos de Fluido Vital . Assim, esse Fluído é imprescindível à manutenção dos órgãos que, por sua vez, são reativos à sua presença. O Cérebro possui, não apenas um, mas dois pontos de entrada de Energia (ou “Chakras”). São eles: o Coronário, situado no topo do Crânio; e o Frontal, localizado entre os olhos. O motivo disso é, sem dúvida, a necessidade maior de Energia que esse órgão necessita para sustentar toda a Atividade Cerebral. Figura 9 - Pontos dos Chakras Fonte: https://hercolesjaci.wordpress.com/2010/04/01/chakras-numa-linguagem-pessoal/ Se o leitor prestou atenção deve estar se perguntando... Se utilizamos apenas 10% da nossa Capacidade Cerebral, o que aconteceria se utilizássemos percentuais maiores? Como e de onde retiraríamos, não só Energia, mas também o conhecimento necessário para exercermos plenamente esta capacidade? Havia pouco tempo em que eu iniciara o exercício de Projeção Mental seguindo as orientações do Frei. Em certo momento, notei uma série de alterações através das minhas percepções. Questionei o Frade sobre isso e tão logo ele respondeu: (...) Filha, a experiência de ter expandido seus Horizontes Sensoriais a partir da compreensão e da descoberta do seu potencial como ser humano, propicia o surgimento de novos Canais de Comunicação com todo o Conhecimento e Sabedoria existentes no Cosmos (...). Lembra-se de quando citei o caso do rapaz que criou o Facebook? (...). Afirmo a você, filha, que a “Alma” se tornará merecedora do acesso ao Potencial Humano Pleno a partir do momento em que esta estiver profundamente modificada e arraigada nos princípios norteadores do bem (...). Dou-te, por exemplo, o próprio Cristo que, sendo Ele um encarnado com conhecimentos claros sobre os Potenciais Humanos, os utilizou durante sua estada na Terra para realizar feitos que os Homens escreveram em seus testamentos chamando-os de “Milagre”, quando, na verdade, eram realizações oriundas apenas, e tão somente, da vontade profunda do Cristo (...). Ele, portanto, deve ser para vocês O Melhor exemplo de Alguém que utilizou todo o Potencial existente na Mente Humana. - Grifo nosso. Com isso, o amigo leitor começa a entender a sistemática por conta de tudo que O Criador produz... Novos canais, então, surgem a partir do alto de nossas cabeças tal como antenas para captar tudo o que está contido no Universo para que possa ser utilizado como matéria prima na realização de feitos notáveis por nós, “simples mortais”. CAPÍTULO 20 O Cérebro e a Mente Humana “A lei da vida é a lei da crença. Uma crença é um pensamento em sua mente. Não acredite em coisas que o prejudicam ou o machucam. Acredite no poder da sua mente subconsciente para curar, inspirar, expandir e prosperar. De acordo com sua crença que assim seja feito com você.” John Joseph Murphy Há muito tempo a Ciência vasculha o Cérebro Humano em busca de respostas. No entanto, apesar de todo avanço tecnológico em relação a equipamentos capazes de “enxergar” o comportamento de cada órgão ao mesmo tempo em que estes funcionam – no caso do Cérebro – a evolução das descobertas foi incipiente. Na realidade, o Cérebro Humano foi totalmente mapeado de modo que os cientistas conseguiram apenas ligar suas áreas a determinadas funções cognitivas. No entanto, outro ramo da Ciência buscou explicar, de modo mais científico, as relações entre a Emoção, os Sentimentos e as Anomalias comportamentais nos seres humanos. A Neurociência avançou um pouco mais do que os cientistas que prospectaram as áreas do Cérebro, pois para eles era muito mais do que um simples órgão do corpo humano. Diferentemente dos outros, o Cérebro seria capaz de feitos mais abstratos, por exemplo, gerar Energia Cinética. (...) Filha, há uma diferença, ainda não bem compreendida pela Ciência, entre o Cérebro e a Mente. Ficará mais fácil de você entender se eu disser que o Cérebro é a usina geradora do campo virtual a que chamamos de Mente. No campo mental, é onde desenvolvemos nossa criatividade, pensamentos, raciocínios, etc. Para ficar ainda mais claro, o Cérebro não só atua como usina geradora, mas como também uma gigantesca memória física de tudo o que nos acontece em uma existência. Ao desencarnarmos, todo material guardado na memória física, ou seja, no Cérebro, passa para o Arquétipo dentro do nosso Mental e este, que está integrado à energia viva, forma um indivíduo humano. Pra ficar ainda mais claro, o indivíduo humano, sem um corpo, é composto de energia + intelecto (mental). É isso o que somos: Energia Inteligente (...). Rick Hanson e Richard Mendius, cientistas do Instituto de Neurociências e Saber Contemplativo nos EUA, concordam com o fato de que ainda ninguém descobriu como essa relação entre esses elementos se dá. Entretanto, com base nessas informações é consenso nosso de que a Mente Humana é o foco do desenvolvimento dos Seres Humanos neste Planeta . Prova disso é a afirmação desses especialistas de que “A Memória Humana é como um ‘velcro’ para experiências ruins e como ‘teflon’ para as boas, ainda que a maior parte das experiências seja neutra ou positiva”. - Grifo nosso. Para que o leitor possa sentir-se mais confortável durante a leitura das informações contidas neste capítulo, vamos utilizar algumas nomenclaturas da obra de Fabio Puentes (“O Marketing das Religiões”) para uma síntese sobre o Funcionamento do Cérebro Humano. O Cérebro e a Mente Humana funcionam por meio da interação de duas áreas distintas: a Percepção Não Consciente (PNC) e a Percepção Consciente ou pré-motora (PC)[12]. Dividindo o Cérebro em Zonas Físicas, descreveremos a seguir as suas interações com a Função Mental: Zona A: Pertence a PC e está localizada na região occipital do Cérebro, respondendo pela captação de imagens e sensações que nos chegam através dos cinco sentidos. Zona B: Pertence a PNC e localiza-se entre o Tálamo e Hipotálamo, sendo estes pequenas glândulas de onde originam e retornam ramificações nervosas que se comunicam com outras áreas do Cérebro. Entre essas duas glândulas e no meio da rede nervosa situa-se o centro da memória física. Podemos dizer que juntos, as glândulas, a memória física e a rede neural formam um “armazém” no qual absolutamente tudo fica registrado por quanto é vivido e aprendido. Abaixo dela acredita-se estar fixada a área que responde pelos instintos primários, ou seja, medos, sobrevivência, reprodução, etc., a qual chamaremos de B1. É claro que enquanto estamos encarnados, essas regiões (B e B1) do nosso Cérebro atuam na retenção das informações. Porém, pouco antes do nosso desencarne o conteúdo registrado passa para o Arquétipo[13]. Zona C: Pertence ao PC esitua-se na área frontal do Cérebro e é englobada pelo córtex e o subcórtex. Sua função é a de gerenciar as informações recebidas, analisando, conectando-as com experiências registradas na memória e outras sensações advindas da área PNC do Cérebro. Zona D: Chamada de pré-motora, é, como já dissemos, parte do PC. Essa área, em especial, é responsável pela ativação dos diversos grupos musculares para que uma determinada ordem, gerada no PC, seja executada imediatamente. Figura 10 - Partes do Cérebro Humano Fonte: http://www.grupopsicopedagogiando.com.br/p/neuropsicopedagogia.html A Mente Humana é o resultado da combinação de dois elementos necessários ao funcionamento do Cérebro físico, ou seja, os pulsos elétricos e as reações químicas provenientes destas. O Cérebro Humano é composto por mais de 10 bilhões de neurônios que são considerados as células responsáveis pelo seu funcionamento. Estas existem em duas áreas do Cérebro, no córtex e no subcórtex, e se “comunicam” por meio de sinapses. A sinapse, propriamente dita, é a produção de substâncias químicas chamadas de neurotransmissores. Tais substâncias, ao serem enviadas para outros neurônios, produzem o pulso elétrico que, por sua vez, gera uma onda eletromagnética. Tal onda possui diferentes comprimentos e ondulações. Através dessas variações (ciclos) é possível indicar o estado funcional da Mente/Cérebro em um determinado instante. Figura 11 - Neurônio em sinapse Fonte: http://www.decom.ufop.br/imobilis/?p=579 Uma pessoa totalmente consciente, em condições normais, encontra-se na condição BETA, no qual os ciclos medidos variam entre 13 e 23 por segundo. Ao ultrapassar os 23 ciclos por segundo, considera-se que o indivíduo está entrando no estado GAMMA, quando externamente o percebemos agitado e em hiperatividade. Próximo aos 7 ciclos por segundo, encontramos o estado de tranquilidade que beira o sono, identificado pelos especialistas como sendo o estado ALPHA. Na casa dos 2/5 ciclos por segundo, estamos adormecidos e é quando, livres das “amarras” da consciência e dos Conflitos Morais, surgem os lampejos criativos. Esse estado é chamado de THETA. Abaixo desse ciclo, chegando aos 0,5 ciclos por segundo, temos uma atividade cerebral típica de sono absolutamente profundo que se compara ao coma. Ainda segundo os pesquisadores do Instituto de Neurociências e Saber Contemplativo nos EUA, a Mente Humana reconstrói memórias implícitas e explícitas, com base nas suas características chave, contando com a sua capacidade de simulação para preencher os detalhes faltantes. Todos concordam que a memória humana não faz distinção entre ficção e realidade, ao contrário, Toda Memória É Ficcional . No entanto, concluímos que a Memória Ficcional não é permanente, ao contrário. Sabemos que esta é Ficcional durante o período em que a Mente está em desenvolvimento, em outras palavras, quanto menos a Mente Humana for submetida ao uso da sua Capacidade, mais ela poderá ser Ficcional. A Memória Física está perfeitamente configurada para absorver até os mínimos detalhes de um infinito número de informações, só depende da Capacidade da Mente de observar e reter linearmente todos esses “dados”. Para entendermos melhor o que foi dito no parágrafo anterior, vamos imaginar duas pessoas discutindo sobre um determinado assunto em relação às quais ambas divergem sobre o fato que está sendo lembrado. Segundo os pesquisadores, a Memória Ficcional é como um disco de memória fragmentado no qual os espaços em branco são preenchidos com informações extraídas de experiências diferentes, absorvida de forma aleatória e diferenciada por cada indivíduo. Assim, para um mesmo fato pode haver duas ou mais narrativas ficcionais por conta do que explicamos. De outro modo, Mentes mais preparadas ou estimuladas desde a infância (o que pode significar que o indivíduo foi submetido a mais experiências sensoriais do que outro) podem ter uma facilidade maior quanto ao imput de informações advindas do ambiente através dos seus sentidos. Lembro aqui que a Ausência de Conflito deverá ser vista como uma forma também de facilidade na absorção de informações. Exemplo disso é quando alguém nos pede para decorar alguns parágrafos e nos vem à cabeça uma informação pré-concebida de que não conseguimos memorizar mais do que um parágrafo. O Conflito gerado em torno disso torna-se o obstáculo do nosso acesso à Memória, bloqueando-a totalmente. Obviamente, para acessarmos livremente nossa Memória e permitirmos um livre trânsito de dados a ela basta que tenhamos a mais absoluta certeza de que nosso Cérebro está apto a retê-las e qualquer outra disposição contrária à isso deverá ser imediatamente descartada. Alguns parágrafos atrás mencionei algo sobre a facilidade que o Cérebro Humano tem de absorver e reter experiências negativas ao longo de sua existência, agindo de modo contrário no que se refere às positivas. Isso é fato comprovado pela Ciência, mas questionamos se o funcionamento original pretendido, quando da elaboração do projeto humano, seria este. Dada à imensa capacidade que o Cérebro Humano tem de aprender, adaptar-se e encontrar soluções, nossos Frades confirmaram que este órgão é uma poderosa ferramenta de realizações tanto positivas como também negativas. Acredito que seja mais fácil de entender quando realmente acabamos com o tempo reagindo a tudo a nossa volta com receio, precaução e outras posturas. Tais atitudes poderiam ser entendidas como sendo traumas de grau leve. Em outras palavras, hoje, o que fazemos é apenas sobreviver a tudo que criamos ao nosso redor. Cito, por exemplo, o trânsito de veículos de uma cidade... Ao sairmos de nossas casas, por mais equilibrados e harmoniosos que estejamos, ao cruzarmos a primeira esquina, ao levarmos uma fechada, uma buzinada, “sairemos completamente do eixo”. Em nossas Mentes, imaginaremos que a qualquer instante poderemos atingir ou sermos atingidos por outro veículo. Afinal de contas, é isso que absorvemos todos os dias através dos noticiários, redes sociais e outros meios de comunicação. Isso prova que, de fato, Mente e Cérebro assimila melhor e retém as nossas experiências negativas. Numa análise mais ousada, as Opressões, Provas e até as ditas Expiações, seriam, na verdade, obstáculos a serem transpostos pela nossa Capacidade Mental. Assim, devemos nos tornar superiores a toda sorte de dificuldades que surgem à nossa frente. CAPÍTULO 21 A Gênese do Homem “O medo do poder invisível, fingindo pela mente, ou imaginado a partir de contos publicamente permitidos, é religião, senão permitidos, é superstição. E quando o poder é verdadeiramente imaginado, como nós imaginamos, é a verdadeira religião.” Thomas Hobbes Acredito que tenha que começar este capítulo fazendo a distinção da palavra “gênese”. Quando busquei no dicionário descobri que, apesar de haver duas formas de escrevê-la, o sentido que é dado em cada uma se difere apenas por conta de como aplicamos. Fica mais claro se eu disser que quando escrevemos “genesis” estamos nos referindo ao primeiro livro da Bíblia no qual se retrata a Criação de tudo. Escrita do modo como explicitamos no título do livro e deste capítulo, seu significado torna-se específico, pois a “gênese” indica a forma como algo surgiu. Partindo deste raciocínio, convido ao amigo leitor a fazermos uma pequena recapitulação ao mesmo tempo em que viajamos ao passado. Vamos resgatar as informações contidas nos livros ditos sagrados e também nos apócrifos quanto a “gênese” do Homem. Do ponto de vista geológico, nosso Planeta ao longo dos últimos 4 bilhões de anos vem passando por ciclos de profunda modificação, seja no clima, na superfície terrestre, ou até mesmo nos mares. Isto significa que desde sua criação a Terra vem resfriando e criando condições que em determinado momento permitiram o surgimento do primeiro Ser vivo sobre o Planeta. E é óbvio que não estamos falando do Homem ainda, mas sim de uma simples célula a partir da qual toda a vida orgânica na Terra se originou. O estudoda Evolução do Homem segue paralelo à Evolução do nosso Mundo, no entanto, talvez em virtude dos cataclismos ocorridos durante o resfriamento, muitas evidências de nossos ancestrais teriam se perdido. Graças a essa lacuna, alguns autores como Edgard Armond encontrou subsídios para basear sua tese evolucionista em sua obra intitulada “Os Exilados da Capela”. Nossa trajetória até aqui nos trouxe ao ponto de concluirmos que nos primórdios da Evolução do Planeta, a mais ou menos 65 milhões de anos em meio ao surgimento de mamíferos primitivos, primatas e outros, iniciou-se também a adaptação física do ancestral homo erectus. Apesar de parecer óbvio, essa etapa foi, sem dúvida, a precursora da fase mais importante e compreendida por nós como sendo a atual. Digo isso porque, como já mencionamos em outros capítulos, a Evolução alvo no Projeto Divino é, sem qualquer dúvida, a do Indivíduo Humano. Só para não haver engano, lembro aqui que o indivíduo a qual nos referimos é o também conhecido Ser Humano que de fato compreende a um “punhado” de Energia dotada de Intelecto. Por isso, as discussões sobre a Evolução do Homem a partir do seu surgimento na Terra, para efeito da verdadeira Evolução, são incipientes, pois quando se fala nas gerações ancestrais do Homem primitivo, nos referimos apenas a Evolução da “casca” e não da Essência. Definitivamente, para que as ideias contidas nesta Obra possam conectar-se, é imperativo que compreendamos a Verdadeira e Única Forma de Evolução do Homem. Os que de nós cresceram ouvindo os ensinamentos da Bíblia Cristã devem ter sentido falta de comentários acerca de Adão e Eva. Digo isto porque em certa altura falamos sobre a Gênese do Homem citando, primordialmente, os episódios ligados à Derrocada dos Anjos, sua Influência na Humanidade e as Providências do Criador para consertar os rumos tomados pelo Homem. Frei Guido nos explica: (...) Inevitavelmente, filha, temos que citar o papel de Adão e Eva na colonização desse Mundo. Como já dissemos, o distinto casal foi plantado neste orbe na mais perfeita harmonia e condição de comunicação com o Nosso Criador. No entanto, sabemos que Adão e Eva, que antes eram apenas energia e intelecto, ao serem providos de um corpo físico e plantados na Terra, passaram a desenvolver outros gostos e necessidades. Nosso Pai, filha, sabia exatamente o que estava fazendo (...). Deu a Adão e Eva o equipamento biológico que os faria desejar profundamente que se integrassem a esse lindo e Novo Mundo tridimensional (...). Foi depois disso que ambos, tentados em fazer as coisas ao seu modo, ignoraram as benesses do contato direto com o Divino para viverem as suas próprias expensas. Sem a conexão com o Pai, as gerações que se sucederam a Adão e Eva assumiram caminhos tortuosos e, como já dissemos, absolutamente cheios de Conflitos. Além disso, dissemos também como foi a dura Missão de Noé em selecionar os inocentes para que com estes pudessem reiniciar a colonização terrestre após o Dilúvio. Porém, obviamente Adão e Eva tiveram um papel fundamental no início da vida neste Mundo. A rigor, não vamos defender a tese de que, de fato, a vida para o Homem começou neste Planeta pelas mãos apenas de um casal. Talvez Adão e Eva tenham sido representantes de uma espécie escolhida pelo Criador para iniciar um Mundo com um grau mais elevado de Desenvolvimento. Entretanto, o que nos cabe agora conjecturar com o amigo leitor é a Engenhosidade por trás do Livre Arbítrio que, ao longo dos capítulos desta Obra, provamos ser um dos Atos Divinos de maior significância para todos os Seres Criados por Ele . Temos motivo para acreditar que Adão e Eva representavam uma raça superior, mas que, dotados de um corpo denso extrapolado em sua Capacidade Sensorial num Mundo tridimensional e absolutamente exuberante e provocativo, teriam feito uma escolha oposta ao do Crescimento ou, simplesmente, da vida baseada em Luz. Por conta disso, seus descendentes teriam absorvido estas novas características e seguido inicialmente o rumo da Involução. Gerações depois, estando a humanidade notadamente deteriorada, seguindo a Lei de Causa e Consequência, o Planeta entrou em um severo Desequilíbrio Ambiental que o teria levado a condição extrema da intempérie, ou seja, a chuva torrencial que acabaria por ceifar a presença humana na terra. No entanto, uma “missão espiritual” foi dada a um Humano, Noé, que ao interpretá-la acreditou que apenas os puros deveriam restar para repovoar o Planeta. Assim, ele estaria realizando o que chamamos de “seleção étnica humana”. Podemos acreditar, assim, que sejamos descendentes daqueles que foram selecionados na ocasião do Dilúvio. Consequentemente, de lá para cá vivemos conforme nossas escolhas segundo o que nosso Arquétipo nos permite “recordar”. Exploramos nos capítulos anteriores muito a respeito do Cérebro/Mente Humana e fizemos isso com o intuito de preparar o entendimento do leitor para absorção das informações relativas a essa nova forma de ver e de entender Quem Somos. A Mente Humana e o respectivo Cérebro passam a ser os elementos de significativa importância quando pensamos na nossa Evolução. Nessa altura, nosso leitor já sabe que não estamos atribuindo à Mente e ao Cérebro a sua função mais mundana, que seria a de subjulgar o meu semelhante através do acúmulo de cultura muitas vezes inútil. O que devemos valorizar, em primeiro lugar, é a percepção das nossas Verdadeiras Origens, ou seja, Somos oriundos de uma Energia Maior formada por um Imenso Intelecto que nos assiste de maneira muita próxima e permite que evoluamos segundo nossas escolhas. Desta maneira, a vivência aqui na Terra e as consequências sentidas por nós, cristalizam nosso Aprendizado e nos remetem a uma recondução de nossos atos futuros de modo mais harmonioso em relação ao nosso semelhante. A descoberta individual dessa nova fase nos remete a uma estrada conhecida por poucos homens como sendo o caminho para a Iluminação . Em nosso caso, chamaremos esse “despertar”, ou se preferirem “encontro com a Iluminação”, de “A Nova Fronteira” . O nome pode mudar, mas o objetivo sempre será o de religar a Criatura ao Criador. Fazemos questão de criar este paralelo entre as expressões mais utilizadas mundo afora para designar esse “estado de espírito”. Assim, com esta nova nomenclatura o amigo leitor pode eventualmente importar conhecimentos semelhantes que, por ventura, possa ter acessado em outros tempos. Isto significa que em algumas doutrinas e religiões talvez seja possível encontrar fragmentos deste entendimento. A despeito dos esforços que muitos grupos têm de manterem as informações contidas neste livro “trancadas às sete chaves” e acessíveis somente a um grupo seleto de seguidores, nós, por entendermos que tal conhecimento é vital para o Crescimento e Desenvolvimento do Ser Humano, tentamos reunir todas essas informações aqui. Nos esforçamos para que esteja disponível da forma mais didática possível e acessível a todo àquele que, de alguma forma, sente que a vida não se resume apenas a praticar o Bem . Aproveitando os conhecimentos divulgados no capítulo anterior, cabe- nos, aqui, reforçar certos conceitos sobre o Funcionamento do Cérebro Humano e sua correlação com a chamada Mente Humana. Por definição, o Cérebro é a “usina geradora” do Campo Virtual chamado de Mente através do qual realizamos todas as funções que nos são natas (ainda que não tenhamos descoberto ou evidenciado mais do que 10% delas). Decidimos chamar nosso Cérebro de “usina” dado a capacidade que este tem, não só a de ajustar funções e operações do corpo humano como um todo, mas como também de Gerar a Energia necessária (e aqui podemos citar a Energia Magnética, como sendo uma delas) para a realização de feitos notáveis. Posso tentar elencar alguns desses acontecimentos: a capacidade de armazenamento infinito de informações; capacidade de mover sólidos; alterar situações; obter resultados improváveis; comunicar-se sem uso da palavra expressa ou dita; entre outros. Entretanto, temos que reconhecerque talvez o maior dos feitos possibilitados, através do uso expandido da Mente Humana , é o de suplantar as emoções primitivas através da compreensão do nosso verdadeiro papel como Seres Humanos. Outra faceta da condição humana em relação ao Criador é o de estar conectado a Ele através, justamente, do Mental. Essa condição permitirá a qualquer Ser, ainda que encarnado, o acesso ao Conhecimento Universal. Este conhecimento é a resultante de tudo o que conhecemos e de coisas que ainda iremos descobrir, pois, afinal, tudo já foi inventado, tudo está na Mente Universal, tudo está na Mente do Nosso Criador! Agora, uma vez conectados, é fato que acessaremos áreas do conhecimento extremamente importantes e vitais ao nosso Desenvolvimento e, assim, a aplicação desse Saber será visto pelo nosso semelhante como SABEDORIA. Desta forma, reforço mais uma vez a ideia de que nossa relação com o nosso semelhante deve sempre ser permeada pelo mais alto grau de Sabedoria extraída do Universo, ou porque não dizer da Mente Maior do Nosso Próprio Criador?! O efeito direto disso será a implacável mudança do comportamento humano para melhor, onde poderemos destacar as mais intensas manifestações de Justiça, Bondade e Amor! Ao alcançarmos isso, estaremos diante também de um Mundo totalmente Novo e muito próximo do Imaginado Por Ele, quando plantou os dois primeiros Seres Humanos por aqui... Ao observarmos os outros povos irmãos espalhados pelo Planeta, notamos que há certa discrepância entre a Evolução do Indivíduo como um todo. Para se ter uma ideia do que estou dizendo, as ilhas situadas ao sul do Pacífico mantinham tribos que ainda não haviam tido contato com outros seres humanos até meados dos anos 30. Fato histórico comprovado e narrado no documentário produzido com base na obra de Erich Von Däniken, estas tribos, com início da Segunda Guerra Mundial, recebeu a visita do exército americano que buscavam locais para servirem de base de operações durante a guerra. Para alcançá-los, chegaram pelo ar causando um impacto violento naquela sociedade primitiva. Os nativos passaram a adorar os militares que, graças à dificuldade de comunicação em razão da língua, não conseguiram explicar o que faziam ali. Por conseguinte, ao final da guerra os militares deixaram as ilhas e até hoje os nativos aguardam ansiosos o retorno dos “novos deuses” que vieram do ar. Esses nativos construíram um modelo semelhante ao de um avião militar da época e o posicionam, até hoje, na parte extensa e plana da ilha como se este fosse decolar. O fato em si é o de que todos os dias as tribos que tiveram contatos com os militares se prostram ao longo da “pista” entoando frases e orações para atraírem os “deuses” de volta. Com esse exemplo percebemos que a interferência de outros seres em determinadas culturas no passado pode ter criado um diferencial entre alguns povos do Planeta. Admitamos, por um instante, que o Velho Mundo possa ter sido mais “visitado” do que os Continentes situados no Hemisfério Sul de tal sorte que a cultura daqueles povos, que historicamente dominaram o Mundo durante muitos séculos antes do presente, pudesse ter sido realmente influenciada por agentes externos. Não quero me referir simplesmente ao que comentamos capítulos atrás sobre a presença de encarnados vindos de outros Planetas como já fora provado. Abro este raciocínio à possibilidade de que mitos e lendas que povoaram estas terras possam ter um fundo de verdade no que se refere à presença de “divindades” entre os Humanos. Seres extraterrestres poderiam ter sido confundidos com divindades, mas a probabilidade maior vem dos relatos encontrados no livro de Enoque. Tal livro já foi citado nesta Obra no qual tratava de dissertar sobre a presença de “Anjos Caídos” (por opção, é claro) entre os Humanos. O contato ocorrido pela integração de Humanos e Anjos teria, em favor dos Humanos, originado a transferência de certos conhecimentos técnicos e filosóficos que acabariam por tornarem-se parte da cultura daqueles povos e também daqueles indivíduos. Com a multiplicação das raças não podemos esquecer que nossos “espíritos” transportam as informações ligadas às nossas vidas e relações ancestrais através do Arquétipo. Os conhecimentos adquiridos ao longo das nossas existências, além da “genética” oriunda de entes mais desenvolvidos que outrora teriam se misturado aos Humanos, também fariam parte da informação transportada por nossos “espíritos”. CAPÍTULO 22 O Fim dos Conflitos “Nem teus piores inimigos podem fazer tanto dano como teus próprios pensamentos.” Buda Não somos, nem de longe, as pessoas mais indicadas para discorrer sobre este assunto, por isso vamos nos limitar a explicá-lo segundo nossas experiências e referências dadas pelo Frei Guido. Ele as utilizou para nos explicar como eliminar ou, ao menos, reduzir a incidência de Conflitos Mentais que agem como bloqueadores da nossa Capacidade Mental. Para começarmos este assunto é importante lembrarmos de pessoas que certamente você, leitor, assim como nós, conhecemos... Refiro-me às pessoas cheias da “famosa” Autoconfiança. Tal adjetivo diferencia muito mais as pessoas, não pela sua forma de se manifestar, mas em relação aos resultados que estas alcançam nos mais variados campos de nossa vida. Esmiuçando um pouco mais, podemos dizer que as pessoas autoconfiantes, do ponto de vista intelectual, têm em suas Mentes um coeficiente baixo em relação à geração de Conflitos através do raciocínio, o que as possibilita inicialmente a manterem o foco em seus objetivos. Este foco, por si só, já é algo que caminha na direção do que pretendemos explicar a você, amigo leitor. Porém, o que nos coloca realmente em condições de extrairmos o máximo de nossa Capacidade Mental é, e sempre será, a proeza de raciocinarmos de forma a focar um determinado objetivo sem Conflito algum. Frei Guido nos explica: (...) Filha, podemos entender como Conflitos tudo aquilo que fica retido em nossa memória e que se apresenta quando estamos vivendo uma determinada situação. Desde a infância somos bombardeados por colocações feitas pelos nossos pais sobre o que podemos ou não fazer e, muitas vezes, essas colocações são reflexos dos Conflitos adquiridos pelos nossos próprios pais. Assim, temos uma verdadeira bola de neve quanto a transmissão e ampliação dessa situação aumentando de geração para geração. Um dos Conflitos mais comuns e talvez mais pernicioso de todos eles seja o da CULPA . Estamos habituados a ouvir muitas pessoas manifestarem este sentimento por erros que talvez nem tenham cometido. Algumas crenças trabalham esta questão fazendo com que os lados envolvidos possam se perdoar independentemente de estarem em contato. Isso tem seu efeito prático. Mas acredito que a situação conflitiva de culpa tem seu maior efeito junto aos nossos familiares do primeiro círculo (isso será discutido no próximo capítulo) , ou seja, nossos pais e irmãos. Pois uma coisa é certa: se viemos juntos para conviver na condição de família, é porque, certamente, há muito que perdoar e acertar entre todos (...). - Grifo nosso. Repetimos, aqui, por várias vezes que somos, por definição, Partículas do Nosso Próprio Criador e, como tal, conservamos de forma oculta o potencial modificador a partir da aplicação de nosso Intelecto na condução de nossas vidas. Ora, todos concordamos de que a existência Humana aqui na Terra é cercada desde o primeiro minuto de vida de situações em que, muitas vezes, julgamos ser com problema. Para provar isso, peço a você, nosso leitor, que por um instante tente se lembrar de alguma visita que tenha feito a algum casal que acabara de ter seu primeiro rebento. Lá está você, prestigiando a chegada de um novo Ser quando este embarca num choro desesperado, sem motivo aparente. Como o dito casal tem pouca experiência, leva um certo tempo até que eles percebam que a criaturinha está apenas com fome. Se observarmos esta cena sob a ótica do bebê, podemos dizer que eis aí o seu primeiro problema sobre a Terra; saciarsua fome. Sem poder se comunicar eficientemente com seus pais, ele encara verdadeiros momentos de tensão até que finalmente o alimento chega até ele. Já os pais, sem saber qual a motivação do choro, por incrível que possa parecer, eliminam os motivos começando por embalá-lo, depois trocá-lo, passá-lo para o colo da avó, para só depois alguém intuir que pode ser fome. E, assim, começam nossos problemas por aqui... Dei-me ao trabalho de escrever toda esta cena para que o leitor tivesse a mesma convicção que nós, quanto ao surgimento inesgotável de problemas durante nossa existência. Mas, e se eu dissesse que os problemas são situações ou simulacros que proporcionam os Desafios necessários para o Despertar da nossa Consciência?! Encaramos as Dificuldades como questões que nos aborrecem, exigem sacrifícios, tiram nosso sono sem prestar atenção na verdadeira contribuição que elas nos trazem. O Problema ou Desafio, por pior que possa parecer, tem mais de um lado e a proporção quem dá a ele somos nós mesmos. Se é assim, posso afirmar que se pegar qualquer problema para resolver, o estabelecimento do grau de dificuldade será definido por mim e pelos elementos que julgar importante e que me cercam naquele momento. Vou dar um exemplo... Suponha que eu tenha uma conta para pagar e que esta vença hoje, mas hoje eu não tenho dinheiro para pagá-la, pois só receberei daqui a 5 dias. Ora, normalmente as pessoas costumam surtar diante de uma situação como esta... Mas faço uma pergunta: O que adianta surtar se isso não muda o fato de que terei dinheiro só mais tarde? Isso mesmo... Não muda nada, e se não muda nada, por que insistimos em nos desesperar, chorar, ficar nervoso, etc.? Porque vivemos cercados por “condições comportamentais” ditadas, primeiro, pela família e depois pela sociedade em que vivemos. De acordo com o exemplo que mencionei, diante da falta de dinheiro para pagar a conta, bastaria que eu contatasse o meu credor e realinhasse com ele um novo dia de pagamento mais ajustado com a minha real condição. Se fosse feito deste modo, além de ter economizado energia, teria também conseguido manter o foco nas coisas realmente importantes, como o meu trabalho, família, etc. Portanto, os Problemas sempre existirão, mas o que pode nos ajudar é a forma de entendermos e de resolvê-los. Nesse caso, devemos usar exclusivamente nossa Inteligência Racional ao invés da Emocional . No nosso caso, a supressão dos Conflitos foi progressivamente obtida através de um incessante trabalho de Reprogramação das crenças em nós mesmos. Além disso, também foi conquistada na total incorporação da ideia de que não temos Problemas, mas, sim, Desafios a serem superados, e como tais, as soluções seriam encontradas se conseguíssemos limpar nossas Mentes dos Conflitos. Num determinado momento, após começarmos a vislumbrar A Nova Fronteira, na ausência total de Conflitos, meu Amado consegue uma proeza em relação a um Desafio financeiro nosso ainda recorrente daquela época... Passei ao Valoroso as informações que obtive com o Frade. Em seguida, ele passou a desenvolver o que poderíamos chamar de “Tela Mental”. Nessa “Tela” foi projetada toda a situação que se queria solucionar. Depois de 24 horas descobrimos que a situação, espontaneamente, havia encontrado uma saída. Depois do êxito do meu Amado, chegou a minha vez. Eu estava totalmente sem Conflitos. Naqueles dias, soube que o filho de um amigo estava envolvido com drogas. Ele estava hospitalizado havia vários meses... Como este amigo nos auxiliava em problemas nossos particulares, eu tentava à distância intervir na Conduta Mental do menino afim de que ele pudesse eliminar os Conflitos que o levava à dependência química. Seguindo também orientações do Frei, me trancava no quarto e, usando fones de ouvido através dos quais ouvia música suave, me conduzia mentalmente até o quarto do menino no hospital. Para isso, tinha que “pedir” para que minha Mente me conduzisse até onde estava o garoto. Assim acontecia... Em tempo real, ouvia e via tudo que se passava no quarto e quando achava conveniente me dirigia ao menino com palavras de orientação, encorajamento e esclarecimento. Esse nosso “diálogo”, segundo explicações do Frei, era, na realidade, entre eu e a parte inconsciente do Cérebro do menino. Para minha surpresa, depois de algumas sessões de Mentalização, o menino liga para o pai e pede enfaticamente para ser levado para casa. Ao encontrá-lo no hospital, nosso amigo se surpreende ao vê-lo saltitando pelo quarto pedindo aos berros para que o pai convencesse o médico para conceder-lhe a alta. Em seguida, meu Amado novamente nos surpreende. Eu havia sido notificada pela Receita Federal por conta de um acerto financeiro ocorrido em meu divórcio. Aos olhos deste órgão, eu estava devendo o imposto relativo ao valor que recebera naquela ocasião. Esta dívida equivalia ao de um carro popular... Durante a última reunião ocorrida na Sede da Receita Federal, antes da lavratura do auto de infração, meu Amado, completamente imbuído e envolvido pela Força Mental, assumiu o controle da situação e das mentes que estavam ali na nossa frente com o propósito único (ausência total de Conflitos) de definir favoravelmente a situação. Naquela mesma tarde, recebemos um telefonema de uma das pessoas envolvida no caso nos informando que por “orientação superior” o nosso caso seria arquivado e eu, assim, estaria desobrigada de pagar qualquer valor à Receita. E, assim, seguiram-se outros casos de sucesso através da nossa Nova Postura Mental de acreditar, de forma irrestrita, em nossas Capacidades Inatas. É bem verdade que tínhamos sempre como Desafio a supressão dos benditos Conflitos, mas, com o passar do tempo e com o número crescente de soluções e definições acontecendo em nossas vidas, deixar de nos influenciar por eles passou a ser algo cada dia mais fácil. Crer em nossas Capacidades é acreditar que temos algo de Divino em nós. Assim, este é o Primeiro Passo para se chegar àquilo que chamamos nos capítulos passados de A Nova Fronteira. Faço um novo paralelo, agora, com um fumante que, apesar de saber que o “bendito” cigarro rouba-lhe seus dias de vida, continua fazendo uso do mesmo em detrimento de um “controle” maior sobre uma tal de “ansiedade”. Da mesma forma, agimos muitas vezes ao ficar em órbita de um “problema”, pois desde que ele aparece, sabemos qual é a solução a tomar, mas não a aceitamos em razão de alguma outra conveniência nossa ou de outros, ou porque simplesmente não queremos daquele modo. Assim, estaremos exibindo um comportamento extremamente egocêntrico. Alguns antigos costumavam dizer: “A vida é simples e bela, nós é que a tornamos difícil” - grifo nosso. Concordamos com isso, assim como o amigo leitor também nesta altura da leitura... Vale a pena, agora, explicarmos melhor outro aspecto do Intelecto Mental. Tal aspecto é responsável pelo ajuste quanto à ética na aplicação desse potencial em favor sempre dos nossos semelhantes e de nós mesmos. Me refiro a popular Sabedoria ! Chamamos de Sábio àquele que por atos ou palavras nos surpreende fazendo algo que foge ao convencional e proporciona efeitos “óbvios”. Através das experiências que vivemos conseguimos extrair sua verdadeira mensagem. Normalmente, é nesse caminho que iniciamos o exercício da Indulgência, Caridade, Ética e Moral. No início, essas ações se caracterizam como algo que fazemos a partir de um raciocínio lógico caracterizando uma ação mais pertinente à Inteligência Racional do que a Emocional, por mais óbvio que esta última possa ser. No entanto, depois de um tempo, através do qual percebemos física e mentalmente os benefícios gerados por estas ações, nosso comportamento passará a ser automático para estas questões, e aí passará a se orientar pela Inteligência Emocional. Um Ser Humano pode utilizar seu potencial mental na ausência de um comportamento Sábio? A ausência de Sabedoria, a rigor, proporcionará o uso desmedido dessa Capacidade. Dessa forma, devemos lembrar que o Universo e todas as coisasnele seguem o princípio da causa e efeito. Em outras palavras, o uso indevido dessa capacidade acarretará consequências e, por isso, é de vital importância à incorporação da Sabedoria como regulador da aplicação da Virtude Mental. Quando houve o nosso primeiro contato com este assunto, Frei Guido cuidadosamente elaborou uma espécie de “equação” para nos ajudar e ativar a Verdadeira Função de nossa Mente. Lembre-se disso: “Pensamento gera Imagem que, na Ausência de Conflito = Materialização” - grifo nosso. É importante destacar que esta frase, uma vez imputada, gerará uma mudança na frequência que emana dos nossos pensamentos, podendo produzir efeitos muito interessantes. Por isso, daqui por diante é bom que o amigo leitor tome cuidado com o que pensa! CAPÍTULO 23 Os Recursos da Mente A Projeção Mental “Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Com nossos pensamentos fazemos o nosso mundo.” Buda Antes de entrarmos no âmago do título deste capítulo, é importante que façamos uma breve recapitulação do que aprendemos até aqui. Começamos pelo entendimento de que não somos Criaturas convencionais. Ao contrário, de todos os seres viventes sobre este Mundo, Nosso Criador nos proveu com um órgão de extrema Capacidade e Força - O Cérebro Humano . Sobre este órgão entendemos que não há limites para as coisas que ele pode fazer. Cito, por exemplo, a capacidade de mover objetos; modificar situações; promover a comunicação entre semelhantes; gerar Energia capaz de alterar Fluídos, entre outras funções. Esta capacidade inerente a Divindades nos foi atribuída pela justa causa de sermos oriundos diretos Daquele que nos criou. Portanto, dotados de um corpo, contraímos a capacidade de gerarmos, através do Cérebro, a Energia transformadora que é direcionada pela mentalização de ideias na ausência total de Conflitos. Estes são os verdadeiros inimigos dos seres humanos, pois representam os grilhões que escravizam e submetem à raça humana a uma existência medíocre, se comparada ao Imenso Potencial existente em cada um de nós. A melhor forma de nos destituirmos desses Conflitos, passa pela aceitação de quem realmente somos e de um melhor entendimento dos nossos objetivos enquanto encarnados neste Mundo. O nosso objetivo como Filhos do Criador, ainda que sua total compreensão transcenda o nosso conhecimento, nos remete, por instinto, a necessidade de nos Desenvolvermos Mentalmente ao invés de Espiritualmente . A rigor, para chegarmos ao ponto de focarmos nossas Faculdades Intelectuais e desejarmos expandi-las, passaremos obrigatoriamente pela reforma de nossas bases conceituais que muitos chamam de Reforma Íntima. Sobre esse assunto, o Frei nos explica: (...) Filha, a mudança íntima e necessária para que o indivíduo alcance o estado ideal para o entendimento ou reconhecimento do Novo Mundo (ou da Nova Fronteira) é, sem dúvida, uma das etapas mais difíceis até chegar à Iluminação. Tomar nas mãos antigos conceitos extremamente enraizados na essência do indivíduo e ceifa-los num único golpe é, praticamente, impossível. No entanto, a Fé como já dissemos anteriormente poderá ser um instrumento que proporcionará a motivação e a metodologia correta para a extirpação dos velhos hábitos em detrimento de uma nova visão (...). Quando citei a Fé como instrumento motivador e metodológico, quero dizer que ela, por si só, proporcionará àquele que quer conhecer o seu verdadeiro Ser a disciplina necessária a que pensamentos com novas estruturas possam vir a povoar a Mente do indivíduo. Assim, a Fé expulsará gradativamente os pensamentos, ideias e comportamentos impuros e involutivos daquele indivíduo. Assim, de maneira um pouco equivocada, quando nos esforçamos para buscar dentro de nós o que de fato precisamos para nos desenvolver acreditamos que nos falta melhorar nossa Condição Espiritual. Porém, deveremos alcançar aquilo que as filosofias orientais chamam de Iluminação e, aqui, denominamos simplesmente como Nova Fronteira , que virá através da ativação do Intelecto . No tocante à Projeção Mental , esta faculdade do nosso Intelecto se resume a capacidade de focar um determinado objetivo para o qual se deseja canalizar parte ou toda Energia possível. Como vimos anteriormente, na condição de encarnados, os elementos que formam o SER e, especificamente, o INTELECTO HUMANO são compostos por Cérebro e Mente. Como vimos, a Mente é o campo virtual gerado pelo Cérebro, de onde comandamos o nosso Ser, produzimos pensamentos, concedemos ideias, etc. No caso da Projeção Mental , a Mente determina o foco e envia para o órgão físico “as coordenadas” relativas ao “alvo” e a quantidade de energia necessária para alcançar esse objetivo. Imediatamente, o Cérebro passa a atuar como uma usina gerando energia eletromagnética que deverá alcançar o “alvo” sugerido produzindo os efeitos esperados. Porém, é importante observarmos alguns pré-requisitos para que isso possa ser realizado de modo adequado com nossa condição. Em outras palavras, apenas para lembrar você, caro leitor, esta Capacidade que é inerente a todos os seres humanos deverá ser utilizada com critério extremo. O Poder da Mente é ilimitado e está, de certa forma, atrelada apenas ao nosso Livre Arbítrio, de modo que nossa responsabilidade, em relação aos atos realizados a partir desse recurso, são de nossa inteira responsabilidade. E, assim sendo, em caso de mau uso responderemos carmicamente por isso. Assim, o que realizaremos através da utilização plena da nossa Capacidade de Projetar nossos pensamentos deverá ser condizente não só com os valores Éticos e Morais citados anteriormente, mas sim norteados pelo princípio da Causa (ação) e Efeito (reação). Uma vez não observado este princípio, bem como os demais, sofreremos a Ação do Carma que envolverá a nós mesmos e aqueles para os quais projetamos de forma errada. Desse modo, devemos avaliar com muito critério e observar possíveis “sinais” que nos ajudarão na tomada de decisão quanto ao “alvo” e as razões que o elegeram. O uso da Projeção Mental poderá ser alvo de contestação da nossa conduta pelo nosso próprio julgamento quando acessarmos o Arquétipo, no qual constam as nossas vidas pregressas. Por isso, sejamos justos e sábios ao utilizá-la! Uma forma de buscarmos a confirmação no momento de traçar a “rota” para chegarmos ao objetivo pretendido por meio da Projeção Mental será o de perguntarmos a nós mesmos se aquilo que faremos se caracteriza, de fato, por ser a Ajuda Verdadeira à outra pessoa . Esta Ajuda é um conceito que deve crescer juntamente com nossa Capacidade de executar mudanças, tanto nos nossos caminhos e destinos, quantos nos de outros irmãos. Cito, como exemplo, a educação que os pais tentam dar a seus filhos, muitas vezes conflitiva, pois diante de uma situação doméstica muitas vezes o pai ou a mãe não sabe se repreende ou afaga o filho. Falando ainda mais claro, os pais tem a tendência de não agir, ou não dizer as coisas na hora certa, ficam cheios de receios temendo serem preteridos, ou até mesmo perderem o amor do filho. Porém, a grande realidade é que, movidos pelo verdadeiro amor entre pais e filhos, estes devem ser capaz de repreender na hora certa e aconselhar nas horas mais oportunas, independentemente da preocupação de terem sua autoimagem prejudicada por isso. Outro exemplo é quando ouvimos a queixa de um amigo sobre uma situação pessoal, na qual fica claro para nós que ele poderia ter agido diferente, mas para não magoá-lo concordamos com suas convicções, ou seja, “passamos a mão na cabeça”, ao invés de fazê-lo ver onde ele realmente errou. Portanto, a Ajuda Verdadeira nem sempre reverterá a você o reconhecimento ou a gratidão daquele que a recebeu, pelo menos não no momento em que isso acontecer... A Ajuda Verdadeira é algo cujos beneficiários costumam assimilar certo tempo depois que acontece. De qualquer modo, quero reforçar que em nossa preparação para iniciarmos uma Projeção Mental, com a clara intenção de ajudar verdadeiramente alguém,devemos fazer algumas simulações sobre as possíveis Causas e Consequências que poderão ocorrer com esta pessoa face nossa interferência mental em seu comportamento. Verificadas, então, todas as possíveis variáveis relacionadas aos efeitos da nossa interferência Mental na conduta de uma outra pessoa, podemos nos concentrar nas técnicas que poderão auxiliar e potencializar a utilização da Projeção Mental. O conceito base para uma Projeção Mental tem como objeto central imagens. Nosso Cérebro, que é o responsável pela geração do campo de energia que interagirá com o do nosso “assistido”, funciona melhor quando é abastecido por imagens que o sugestione acerca do que queremos que aconteça. Assim, se objetivamos a mudança do comportamento de uma pessoa (exemplos: alguém parar de fumar, ou ter maior concentração para decidir, etc.) devemos imaginá-la atuando da maneira como projetamos. É importante que a forma de visualização desta cena seja da forma mais completa possível em relação a detalhes, para que você consiga atingir a um maior grau de realidade possível. Este grau determinará a força com que a imagem será fixada na “usina” Cérebro. A partir daí podemos afirmar que quanto mais realista tenha sido a visão da cena, mais energia e mais clareza haverá na Projeção e, com efeito, melhores resultados serão alcançados. Inicialmente, as Projeções devem ser geradas uma de cada vez. Com o tempo, nosso Cérebro estará habilitado e apto a desenvolver simultaneamente várias Projeções. Outra característica inerente ao estado mais adiantado do Cérebro no modo Projeção é o fato de que, a olhos vistos, estas ações poderão ser simultâneas enquanto você faz ou realiza outras tarefas ao longo do seu dia. De fato, é a regularidade e a intensidade com que se realizam as Projeções que mantêm o fluxo constante da Energia de Modificação na direção daquilo que precisa ser realizado. Para que o amigo leitor possa experimentar iniciar suas Projeções, é importante que as faça inicialmente em um lugar calmo no qual algumas instruções possam ser seguidas. Antes, porém, é importante lembrarmos de que temos que nos condicionar de modo que nem Conflitos e nem qualquer outra interferência possa influir neste processo. Assim, além do local apropriado, sugerimos que o leitor esteja preparado com algum tipo de aparelho sonoro que possa reproduzir, em loopping, uma determinada trilha sonora. Tal som deve ser impreterivelmente do gosto do leitor a despeito de sua tipologia. Posicionado relaxadamente sobre uma cama, sofá, ou até mesmo no chão, fones de ouvido levarão o leitor a um estado mais profundo de relaxamento. Este estado proporcionará a mudança na frequência das ondas cerebrais da condição BETA para a ALFA. Este novo estado colocará o seu Cérebro na posição de gerar um campo virtual, através do qual poderá projetar o seu objetivo com clareza. Figura 12 - Fluxograma Elaborado por Bianca Gracioso Moreira Desta maneira, se formarmos com riqueza de detalhes a imagem daquilo que queremos, repetindo-a por infinitas vezes na condição de Isenção Total de Conflitos, poderemos aguardar certamente a realização do que projetamos. Como já disse anteriormente, este processo é apenas uma forma de começar o exercício das Projeções. Porém, este pode e deve ser adaptado de maneira a proporcionar ao seu executor a mais plena condição de visualização e realismo nas suas Projeções. Algumas pessoas, depois de certo tempo, utilizam este processo para obtenção de algo mais simples. Isso também minimiza a quantidade de Energia necessária à realização do intento e, obviamente, nesses casos não há grandes preocupações com as implicações éticas e filosóficas deste recurso. Cito, como exemplo de algo simples que se poderia fazer com as Projeções, a obtenção de uma vaga para estacionar o seu veículo numa rua movimentada. Você, ao se dirigir ao local, faria a Projeção visualizando o ponto exato de onde necessitaria ter a vaga. Para isso, usaria os recursos mais adequados a você para gerar a imagem realista do fato e, muito provavelmente, ao chegar lá encontraria a sua vaga no local. Uma forma um pouco mais complexa de Projeção seria a de encontrar o caminho livre em meio ao trânsito em uma grande cidade, pois é fato que a necessidade de Energia para criar o “corredor” no qual você trafegaria com tranquilidade seria muito grande. Porém, chamo aqui sua atenção para o fato de que é importante que saibamos Projetar, ou seja, o que pedir na Projeção. Em outras palavras, utilizando ainda o exemplo do tráfego, nossa Projeção poderá, ao invés de criar o “corredor” livre, desencadear uma sequência de pequenas situações. Tal modificação pode nos levar a sairmos para a rua num determinado momento no qual o tão temido tráfego esteja mais atenuado, atendendo, assim, ao pedido projetado. Com isso, acredito ter proporcionado uma visão um pouco mais ampla sobre as infinitas possibilidades de utilização das Projeções Mentais. Friso, para finalizar, que a aplicação delas no campo do combate interpessoal também é possível, mas acarretará consequências que poderão ser mais bem entendidas no próximo capítulo desta Obra na qual discorreremos sobre o Carma e as Leis da Ação e Reação que regem o nosso Universo. CAPÍTULO 24 O Carma Lei da Ação e Reação “Três coisas não podem ser escondidas por muito tempo: o Sol, a Lua e a Verdade.” Buda Em vários capítulos ao longo desta Obra, citamos a palavra “carma”. A definição de “carma”, segundo dicionário Aurélio, é: Termo extraído das doutrinas bramânicas, com o qual se procura interpretar a lei de ação e reação no domínio bioquímico. Nas religiões da Índia, sujeição ao encadeamento das causas. A definição pelo dicionário abranda um pouco aquilo que normalmente pensamos sobre as relações cármicas. Na maioria das vezes tendemos a pensar que Carmas são, a rigor, relações pesadas, desagradáveis e que efetivamente são levadas por toda uma existência sem fim. Como veremos adiante, o Carma representa uma faceta do complexo sistema de desenvolvimento dos Seres Humanos. Em nossos estudos, a partir das revelações dos Freis, pudemos constatar que existem de fato duas situações possíveis em relação ao Carma; uma Positiva e outra Negativa. (...) Filha, o Carma é, como já dissemos, um mecanismo que serve ao complexo sistema de evolução dos Seres Criados por Deus. No entanto, é importante que façamos algumas distinções sobre a forma de contraí-los e as competências quanto a ser positivo ou negativo. As pessoas sempre acreditam que um Carma só pode ser adquirido entre uma existência e outra. Na verdade, podemos estar numa determinada existência e já estarmos em plena relação com as pessoas do nosso Carma do ciclo familiar e acontecer, no decorrer disso, de encontrarmos uma pessoa (que não estava programada e que nem faz parte dos círculos obrigatórios do relacionamento cármico) que, em razão de uma ação que desferimos na direção dela, acabemos por estabelecer uma situação cármica. Antes de dar um exemplo, lembro apenas que este “acerto cármico” só se dará na existência seguinte de ambos os envolvidos. Agora, como exemplo, imagine que, após ter discutido seriamente com seus pais, você saia pelas ruas com seu carro com as emoções à flor da pele quando, de repente, uma pessoa atravessa a rua e você a atropela. Nem precisamos imaginar que tenha sido um atropelamento fatal, basta que aquela ação tenha causado uma interferência na vida daquela pessoa e, a partir dali, haja, ainda que de forma fugaz, uma relação entre vocês de ódio, amizade ou qualquer outra coisa para que ambos acabem por estabelecer laços cármicos para uma próxima vida. Aproveito esse mesmo exemplo para ajudá-la a entender como atribuir o fator positivo e negativo a uma situação de Carma contraída. Veja, filha, no exemplo do atropelamento podemos dizer que dessa situação entre o atropelador e o atropelado nasça uma amizade, ainda que o mesmo tivesse se machucado bastante, ainda assim teríamos um Carma, mas provavelmente com característicaspositivas (...). O Carma negativo poderia se estabelecer se, ao invés de amizade, houvesse rinchas por conta do ocorrido ou até o desencarne do atropelado, assim, trazendo para o atropelador o ônus da justiça dos homens e suas consequências no trabalho, na família, entre outros. De qualquer modo, em ambos os casos esses Carmas só se resolverão numa próxima existência. - Grifo nosso. Após a explicação do Frei, compreendemos melhor como contraímos os Carmas. A partir da nossa primeira aparição como seres encarnados, provavelmente na condição de homem primitivo, estávamos cercados pelos nossos semelhantes e com os quais nos relacionamos de forma positiva ou negativa. Entretanto, o conceito de positivo ou negativo contém variações, e para avaliarmos que tipo de Carma teria ocorrido desde a nossa primeira encarnação devemos retomar o conceito, também bastante discutido aqui, relativo ao desenvolvimento do Intelecto/Ser Humano. Ora, se o Projeto Divino previa nosso desenvolvimento como Ser a partir do nosso Intelecto, nossa primeira atuação sobre a Terra deve ter sido baseada em fortes confrontos e situações de adaptação, cuja compreensão era pouca. Pressupomos que nossas relações, também nessa passagem pela Terra, deva ter desencadeado mais situações de injustiças e de descompensação do que em outras vidas que se seguiram. Portanto, imaginamos que nessa primeira vinda à Terra ganhamos as primeiras relações cármicas negativas em relação ao nosso semelhante. Nas existências seguintes, fomos nos encontrando com aqueles mesmos irmãos com os quais estabelecemos nossos primeiros laços cármicos, tendo aí a oportunidade de reparar ou remoldar os Carmas para uma condição positiva. A reparação de um Carma, com base no nosso desenvolvimento como Seres Humanos, passa invariavelmente pela necessidade do perdão sincero e esse ato só é possível com a Evolução do Ser. Apesar de presenciarmos muitas vezes pessoas dizerem, em seu leito de morte, que perdoam “fulano” ou “beltrano”, isso não resolve! O Perdão não pode ser concedido por arrependimento por parte de quem concede na condição de moribundo, por exemplo. Ao Perdoar aquele que o concede, deverá fazê-lo mediante a completa consciência do entendimento de que se foi ofendido, ou teve sua vida afetada por aquele irmão. Este o fez pela força dos mecanismos intrínsecos ao sistema de desenvolvimento de nós, Seres Humanos, nesse Mundo. Dessa forma, o laço cármico rompe-se ou se torna positivo para que numa outra existência, de forma menos exigente, ambos possam estar juntos novamente na qual haverá uma situação de auxílio mútuo diante dos Desafios que cercam o Desenvolvimento dos Seres. Frei Guido explica: (...) Filha, é importante que façamos aqui uma rápida explicação para obtermos a distinção na aplicação da palavra AMOR (...). Esta palavra surgiu para dar significado em grau máximo a um sentimento que, a priori, poderia ser conferido a qualquer ser vivo, incluindo os Seres Humanos. Entretanto, falando das relações humanas e, principalmente, das afetivas, temos que homens e mulheres (me refiro ao Ser masculino e ao Ser feminino a despeito dos corpos que ocupam) buscam freneticamente suas almas gêmeas tendo como parâmetro um sentimento complexo de descrever e muitos terminam suas vidas frustrados por não encontrarem. Faço questão de mencionar isto para justamente clarearmos o entendimento de que o Amor Verdadeiro entre Seres masculinos e femininos acontecerá de acordo com a Vontade Divina. Pode parecer um pouco decepcionante, mas se lembrarmos da Engenhosidade sempre presente nas ações do Nosso Criador, vamos compreender que até mesmo a união de dois Seres pelo verdadeiro sentimento de Amor desencadeará uma série de processos importantes naquela família e totalmente em consonância com o Projeto Divino. Portanto, o verdadeiro Amor entre dois seres deverá ser sempre tratado e pronunciado como AMOR DIVINO . Observo vocês muitas vezes sentimentais em relação a animais domésticos, por exemplo, dando nome e tratando-o como uma pessoa. Quando o bichinho desencarna, vocês choram a perda como se fosse um ente da família e em todas essas ocasiões dizem que ele era “amado”. Dei este exemplo, filha, para ajudar a distinguir e aplicarmos da melhor forma um conceito tão amplo como é o de Amar. Assim, Amar uma outra pessoa com toda a intensidade do verdadeiro Amor é estar na presença do Amor Divino . As outras formas desse sentimento são também aceitas quando nos referimos a animais, seres e outros que pertençam a Criação de Deus. Você pode me perguntar agora sobre o Amor que os Seres devem ter em relação ao Nosso Criador e a resposta para isso é a seguinte: quando vocês estiverem no caminho para encontrar o Vosso Pai, descobrirão mais essa faceta do Amor de Deus e este será, também, indescritível! - Grifo nosso. O Amor Verdadeiro entre os Seres é também uma concessão do Criador a um grupo relativamente pequeno de “almas” que atravessam suas existências, sob o julgo das separações e dos reencontros através das encarnações. Curiosamente, alguns renascem depois da perda com a sensação que lhes falta algo e, ainda que busquem desesperadamente aquele outro Ser que vem a preencher este vazio, muitas vezes tomam decisões e fazem escolhas sem imaginar que estas os remetem a uma distância cada vez maior de suas “almas gêmeas”. Ao iniciarmos este capítulo, mencionamos propositadamente que os laços cármicos poderiam se dar com quaisquer pessoas. De fato, isso é possível, mas nesse caso não se configura como uma regra. Digo isso porque temos a livre escolha para estabelecer racionalmente, ou não, com quem e quando nos envolvermos ao nível de carma. Isso nos remete a uma questão bastante interessante... Com quem, então, teremos obrigatoriamente uma relação cármica positiva ou negativa em nossa existência? A resposta é bem simples: com nossos parentes. Falamos em algum ponto desta Obra sobre o procedimento que precede a reencarnação de um Ser. Nesse processo fazemos algo semelhante a uma programação na qual escolhemos preferencialmente aqueles que serão nossos pais, irmãos e parentes próximos. Quando nascemos, encontramos de imediato, aqueles que previamente escolhemos para conviver bem de perto. Essas pessoas serão sempre aquelas as quais deveremos, obrigatoriamente, resolver nossas pendências cármicas. É claro que em todas as nossas existências, ainda que escolhamos as mesmas pessoas, os papéis devem ser trocados para que possa haver também uma mudança de perspectiva para cada um dos envolvidos, de tal sorte que sempre serão membros do que chamamos de Primeiro Círculo . Para visualizar melhor, imagine-se no centro de uma figura formada de Círculos Concêntricos. Cada Círculo, indo do mais próximo ao mais distante de você, irá representar: Primeiro Círculo – pais, irmãos e filhos; Segundo Círculo – avós e avôs; Terceiro Círculo – tios e primos de 1º e 2º grau; Quarto Círculo – amigos conhecidos ou não; Quinto Círculo – relacionamentos afetivos. A quantidade de Círculos pode variar de acordo com uma série de circunstâncias, mas o Primeiro deverá ser sempre o mais visado para nós. Entretanto, os parentes podem ser alternados em relação aos Círculos que mostramos aqui, por conta de estruturas menos comuns na organização de algumas famílias. Exemplo: alguém que foi criado pelos avós, ao invés dos pais. Muitos de nós passamos uma existência inteira e não conseguimos harmonizar-se com as pessoas que compõe o Primeiro Círculo, mas conseguimos êxito às vezes em outro. Devemos lembrar, como foi dito há pouco, que o Primeiro Círculo tem prioridade em relação à harmonização aos demais. Daí, deduzimos que viver uma vida e não ter êxito na reversão dos Carmas com as pessoas contidas no Primeiro Círculo é marcar passo sem sair do lugar em termos de Evolução. Para concluir, cada vez que obtivermos êxito junto às relações contidas no Primeiro Círculo, poderemos afirmar que nossa Meta Prioritária de Carmas de Vidas Passadas foi cumprida. Com relação ao tempo presente, podemos dizerque estas relações estão configuradas no ambiente do Quarto e Quinto Círculos. Vamos utilizar, como exemplo, as relações contidas no Quinto Círculo – relações afetivas. Podemos dizer que nos dias de hoje, apesar da facilidade com que casais casam e separam, o fim de um casamento formal ou união estável sempre tende a ser traumático para ambos os lados. Em muitos casos dessas relações nascem filhos e junto com os ex-cônjuges acabam formando um novo hall de pessoas que, provavelmente, serão escolhidos num novo planejamento que antecederá a nova reencarnação. Assim, adquirimos Novos Carmas, mas somente durante o nosso planejamento pregresso definiremos em quais Círculos colocaremos cada uma destas pessoas. Acredito que seja oportuno aclararmos um pouco a relação cármica estabelecida com entes que não necessariamente reencarnaram na mesma existência que nós. Lembramos, aqui, que, em decorrência do Livre Arbítrio, existe a real possibilidade de que um determinado Ser das nossas relações opte em deter-se por mais tempo ao “Plano” com o qual está “sintonizado” e, assim, não comparece ao presente convívio, o que força o encontro de ambos a ser postergado para uma próxima existência. Por isso, por vezes ouvimos em algumas doutrinas a interpretação de que um determinado Ser encarnado está sendo “obsediado por alguém do seu passado”. Isso pode ser possível se o Ser desencarnado estiver na condição vibratória que permita que este possa “interagir” com o encarnado. Do ponto de vista cármico, podemos entender que, neste caso de obsessão, o obsessor acumulará mais um Carma para com aquele encarnado. Resta sabermos se há de fato algo que se possa fazer nesse caso para que, mesmo estando em Mundos diferentes, este “acerto” possa ocorrer com o objetivo de findá-lo. Acreditamos que, se ao longo da existência como encarnado este vier a evoluir, dentro dos moldes que já comentamos, poderemos admitir que através de comunicação mental e do verdadeiro sentimento de arrependimento poderá ocorrer a desconexão entre esses dois Seres, não havendo assim mais nenhum Carma a resgatar. É bom lembrar que constitui Carma também ajudar ao outro de forma egocêntrica e tendenciosa . Em outras palavras, quando interferimos com opiniões ou determinações sobre a vida de quem quer que seja com o claro objetivo de manipulá-lo à minha conveniência ou à de terceiros. Apenas a Ajuda Verdadeira , comentada no capítulo anterior, poderá surtir o prático efeito vital para o Verdadeiro Crescimento do Ser Assistido, do contrário o Carma recairá sobre você! CAPÍTULO 25 O Renascimento “Existem três classes de pessoas que são infelizes: a que não sabe e não pergunta, a que sabe e não ensina e a que ensina e não faz.” Buda Adespeito da etimologia do meu nome ter a ver com o título deste capítulo, na realidade, o que discutiremos a seguir tem de fato mais a ver com o Renascimento de cada um de nós quando acessamos essa nova Condição Mental que se reflete sobre todo nosso Ser. Assim, vai repercutindo como uma onda modificadora de nossas atitudes que, por sua vez, alteram nossos Caminhos e nossa Vida. Ao longo desta Obra chamamos a atenção do leitor para o fato de que a utilização plena da nossa Capacidade Mental, que entre outras coisas, desde que seus objetivos fossem legítimos e inofensivos aos nossos semelhantes, possibilitaria interferir no comportamento alheio. Partindo desse princípio, será que nossa Capacidade Mental poderia inferir algo relativo à longevidade dos nossos corpos? Todos nós já ouvimos ou lemos em algum lugar que as doenças, em sua maioria, são resultantes dos efeitos perniciosos de nossos Pensamentos e Atitudes Mentais. Isso nos remete a ideia de que se Nossa Mente estiver em equilíbrio, ou seja, livre de pensamentos negativos, poderemos conservar nossa saúde e, provavelmente, aumentar a nossa longevidade. É fato que um organismo em desarmonia não funciona bem, o que acarretaria o mau funcionamento, no caso as doenças. Os médicos mais conscienciosos da atualidade receitam aos seus pacientes cada vez menos remédios e mais qualidade de vida. Nesse quesito, devemos ler, ter mais prazer, estar próximo de quem se gosta, tentar gozar o máximo a vida, fazer exercícios e alimentar-se bem, etc. É certo que para boa parte da população mundial atender a todas essas recomendações seja um pouco difícil... Mas é aí que entra a nossa Mente. Ela é capaz de substituir os elementos de felicidade e de prazer para que o indivíduo seja capaz de se adaptar às condições reais do ambiente em que vive sem que este sucumba organicamente por conta disso. Aproveito para me referir mais uma vez ao célebre casal Adão e Eva, pois na época em que viveram, e certamente com grau de Conhecimento que tinham, não foram subjulgados por qualquer tipo de doença. No entanto, ao perceberem que a escolha que fizeram os colocou numa situação de isolamento e reclusão em relação ao Criador, seus descendentes passaram a nascer sob o estigma do Conflito do Certo ou Errado, do Bem e do Mal, entre outros. Isso teria sido suficiente para que os filhos de Adão começassem a experimentar toda sorte de doenças, pois a Atitude Mental enfraquecida e conflitiva acabariam por minar seus corpos. Apesar do resgate étnico promovido pelo Dilúvio, os descendentes de Noé (que descendiam também de Adão) não puderam se livrar da informação conflitiva existente já no Arquétipo dos seus ancestrais. Por isso vivemos, até hoje, sob o ataque das nossas próprias Mentes. Dessa forma, somos o que pensamos... A cada dia acumulamos informações e emoções que, se forem mal trabalhadas em nossa Mente, imprimirão em nosso corpo os efeitos desse mal. Por consequência disso, a população mundial tem adoecido . A Medicina, ainda que formada por Mentes brilhantes, desconhece/não aceita verdadeiramente o caminho para a cura dos Males Físicos, provavelmente por estarem seduzidos pelos ganhos advindos das indústrias farmacêuticas. A Medicina poderia se voltar ao estudo aprofundado e definitivo sobre a Mente Humana como forma de cura do corpo, além de tratar automaticamente das doenças sociais que aflige a toda Humanidade. A tecnologia de mão, ou de entretenimento, caminha no rumo contrário da integração do Ser Humano. Essa tecnologia tem permitido ocultar as verdadeiras personalidades e Mentes por trás dos equipamentos, dando espaço à criação de vidas cada vez mais baseadas em ficção e mentiras. O efeito prático disso é o fomento de gerações de jovens com personalidade fraca e distorcida, desencadeando raças de Seres Intelectual e Mentalmente incapazes. A gravidade disso está obviamente no enfraquecimento do Intelecto Humano que representa a inversa ação do pretendido pelo Criador. Por isso, entendemos que a raça humana está cada vez mais cega e longe desse ideal. Portanto, pequenas ações como esta Obra podem “tocar” algumas Mentes e corações que venham a fazer a diferença promovendo a salvaguarda de um número maior de irmãos. Nossas Faculdades Mentais nos foram conferidas para que pudéssemos colocá-las em desenvolvimento ante os Desafios diários. Assim, um dia poderemos experimentar um estado tal qual foi vivido originalmente por Adão e Eva. Concluímos, então, que Ser Feliz é encarar Problemas como se fossem simples Desafios, descomplicando tudo ao nosso redor, além de transformarmos até mesmo nossas mais simples atitudes em atos de Humildade Incondicional. Só assim conseguiremos lapidar a nossa visão em relação ao outro e iniciar a nossa jornada até encontrarmos A Nova Fronteira . Compreendemos, afinal, que as religiões e doutrinas conhecidas em nosso Mundo são, em grande parte, instituições que se utilizam do Conhecimento Universal difundido em fragmentos para a dominação da Raça Humana pelo próprio homem, em maior ou menor escala. Seus objetivos são sempre os de angariar mais poder e matéria a despeito de qualquer possibilidade de promover realmente o Desenvolvimento Intelectual do Ser, franquear o exercício do Livre Arbítrio e sua Religação com O Criador.No início, éramos superiores e perdemos isso quando nos desvinculamos do Nosso Pai. Hoje, à duras penas, descobrimos fragmentos desse nosso passado e lentamente voltamos a progredir na Evolução do Nosso Ser para que um dia possamos estar novamente ligados a Ele. Sendo assim, ainda que se force na crença de quem somos de fato, a expansão do nosso Mental deve ser a meta de todo e qualquer Ser que habita os diversos Mundos Criados por Ele. Quando atingirmos isso, seremos uma sociedade na qual a maior tecnologia presente será a Orgânica, no que se refere a nossa presença neste Mundo. A Ciência Moderna já tem certeza de algumas coisas, uma delas é a do inevitável fim do Nosso Mundo. Do espaço, os cientistas detectaram pelo menos três condições que, sem aviso prévio, destruiriam nosso Mundo antes que tivéssemos qualquer tipo de percepção sobre isto. A primeira delas é a colisão de um meteoro, ou asteroide com dimensões superiores a 10 km; a outra forma é o passamento de um Planeta órfão a distância suficiente para alterar a gravidade, atmosfera e até mesmo a forma do Planeta; e a última é sermos atingidos por um feixe de raios gama irradiados a partir da extinção de uma estrela massiva. A nossa Evolução deve preconizar a superação das necessidades de um corpo denso para que possamos vir a habitar, colonizar, ou não, Novos Mundos Tridimensionais. Acreditamos estar caminhando na mesma direção que nossos ancestrais que viveram na época de Noé. Enquanto nosso Planeta se deteriora em progressão geométrica, nossa consciência, sobre este fato, caminha à “passos de formiga”. Por isso devemos acreditar que seguimos rumo à nossa extinção, antes mesmo do fim do nosso Mundo. Uma mudança visceral em nosso modo de pensar e ver o Mundo tem de acontecer, sob pena de nos sepultarmos em meio a tudo o que de supérfluo produzimos e construímos. Caso a tecnologia, na ocasião, seja capaz de prever o cataclismo eminente que colocará fim ao nosso Mundo, esta, na verdade, terá apenas postergado o inevitável. Por isso, aceitar qual foi Nossa Origem e Compreendermos Quem Somos, acelerará o Desenvolvimento do Intelecto Humano e os Mecanismos que promovem diuturnamente o Processo Reencarnatório em busca do Aperfeiçoamento do Ser. Assim, cremos que para O Criador, na medida em que estivermos prontos, Seremos Seus Novos “Arcanjos” na Construção e Organização de Novos Mundos. Finalizo esta Obra lembrando, ao caro leitor, que a nossa dedicação em vivenciarmos este Novo Mundo implicará na constante publicação de trabalhos com novas descobertas e informações. Tais trabalhos terão sempre o único propósito, ou seja, o de compartilhar o Conhecimento para sobrevivermos a nós mesmos. Fiquem na Paz, na Harmonia e no Amor! Bibliografia PROPHET, Elisabeth Clare. Anjos Caídos e As Origens do Mal . São Paulo: Nova Era, 2009. HURTAK, James Joachim. O Livro do Conhecimento e As Chaves de Enoch . Editora para Ciência Futura, 1999. HANSON, RICK. O cérebro de Buda . EUA: Inst. Wellspring de Neurociência, 2014. LANCEY, Robert. O ano 1000 . São Paulo: Campus, 1999. PUENTES, Fabio. Marketing das Religiões . São Paulo: Cena Um, 1999. ARMOND, Edgard. Os Exilados da Capela . São Paulo: Aliança, 2012. [1] Criacionismo: Esta teoria nos lembra da ancestral polêmica gerada pela discussão entre Ciência, Filosofia e Religião, sobre as origens do Universo e da própria Humanidade. Ela procura dar sua versão sobre esta questão, do ponto de vista religioso. Assim, ela sustenta que todos os seres vivos existentes foram criados por um ou mais entes inteligentes. Esta é a hipótese de maior recepção em todo o planeta, elaborada em oposição à teoria evolucionista, fruto de pesquisas científicas. [2] Plano: termo utilizado pela doutrina espírita. Explicaremos sobre isso mais adiante. [3] SS – Organização paramilitar ligada ao Partido Nazista e à Adolf Hitler. [4] Colônia ou outro local como hospital, pronto-socorro, etc. é algo criado na mente do desencarnado para que ele possa ir tomando conta aos poucos de sua nova condição. [5] Nessa altura, a Bíblia, o Livro de Enoque, entre outros, encontram na Ciência indícios irrefutáveis desses acontecimentos. Por exemplo, os restos mortais dos “gigantes” (mencionados por Enoque) encontrados na Turquia; ou ainda a Arca e o Dilúvio (da Bíblia e Alcorão) cujo cataclismo já fora provado; e a existência da embarcação cujos pedaços de algo realmente semelhante a um grande navio fora encontrado em uma montanha ao Norte do Irã, e não no Monte Ararat/Turquia (onde teria inicialmente pousado). [6] As pessoas que não se enquadram minimamente nessa caminhada no desenvolvimento da Alma serão transferidas para outro Mundo, tal qual foi Capela para a Terra em seus primórdios. [7] Só há uma exceção: quando o Espírito atingir o nível Mental e Espiritual superior àquele de quando chegou. A equipe encarregada o levará, automaticamente, a migrar para outro Mundo. [8] O diálogo que tive com Frei Guido em relação à reencarnação de minha avó se encontra mais adiante no capítulo 11. [9] Ver capítulo 6. [10] Em relação a este ponto, é importante observarmos que a maioria da população mundial ainda se encontra na Primeira Fase. Assim, podemos concluir que poucos de nós encontraram o caminho para a Segunda Fase. [11] Esta informação pode ser encontrada em inúmeros sites e publicações na internet, como http://super.abril.com.br/ciencia/a-gente-usa-apenas-10-do-nosso-cerebro. [12] Adaptamos essas abreviações para facilitar a compreensão ao longo do texto. [13] Exploramos este assunto no capítulo 9.