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Marlla Héllen do Nascimento Araújo, Cícera Kaline Gomes Barreto, João Pedro Pereira da Silva, Maria Esilene Valença Batista, Ticiane Costa Farias, Maria Zilda Melo Regis, Rayllane Santos Nunes, Brida Magalhães Teixeira Macêdo, André Barroso do Nascimento de Sousa Reis, Júlia Milena Fernandes Dantas, Rebeca Karollyne Rolim Ribeiro, Antônio Wellington Grandeiro Batista, Emmanuelle Lira Cariry UFCG - Universidade Federal de Campina Grande - Campus Cajazeiras-PB OBJETIVOS Este trabalho tem como objetivo destacar as formas de prevenção da toxoplasmose em gestantes; evidenciar os benefícios do diagnóstico precoce durante a gestação; ser meio de informação às mulheres e profissionais da saúde. A toxoplasmose é uma zoonose causada pelo parasita Toxoplasma gondii que tem distribuição mundial e é bastante prevalente. A transmissão da doença pode se dar pela ingestão dos cistos encontrados nas fezes de animais, como os gatos, que por sua vez podem estar presentes na água ou alimentos sujos ou carnes cruas que não receberam o devido tratamento para eliminação dos cistos. Na maioria dos indivíduos, a doença costuma ser branda semelhante a um quadro gripal ou conjuntivite ou assintomática, por isso é muitas vezes subdiagnosticada. No entanto, a infecção pelo protozoário em mulheres grávidas é preocupante, pois o parasita é capaz de atravessar a barreira transplacentária e infectar o feto. Esta transmissão vertical geralmente provoca complicações de diversos graus, que são dependentes de fatores do próprio protozoário, como a virulência de sua cepa, e de fatores relacionados à mãe, como sua resposta imune e o trimestre no qual foi infectada. Vale salientar que o risco de transmissão na gestação é inversamente proporcional à idade gestacional, no entanto, é diretamente proporcional às complicações no bebê, que podem resultar em malformações e até mesmo morte fetal. INTRODUÇÃO Desse modo, conclui-se que as gestantes devem iniciar o pré-natal nas primeiras semanas de gestação, mas, para isso, a disponibilidade e acessibilidade são fatores preponderantes. Rodas de conversa, extensões universitárias e abordagens em meios públicos podem ser meios disseminadores de informações CONSIDERAÇÕES FINAIS Os principais meios de transmissão são Fecal-oral e Transplacentária. O diagnóstico da toxoplasmose é complexo e examinador-dependente, pois são utilizadas técnicas diretas e indiretas, as quais são indispensáveis para o acompanhamento e manejo das gestantes e seus fetos. A descoberta precoce pode diminuir risco de transmissão vertical a medida em que o tratamento é iniciado adiantadamente. O risco de complicações fetais é maior em gestantes que nunca foram anteriormente contaminadas, o que destaca a relevância de rastreios durante o pré-natal, por meio da dosagem de anticorpos IgG e IgM para toxoplasmose. Não existe um consenso sobre os benefícios para o feto se a mãe for tratada, algumas pesquisas mostram que a gravidade das lesões podem ser minimizadas ou não progredirem, no mais, indica-se, após o diagnóstico de infecção fetal, o tratamento imediato com sulfadiazina e pirimetamina em conjunto com ácido folínico até a 36ª semana. Após isso, o primeiro esquema é substituído pela espiramicina. Os trabalhos mostram que a profilaxia em gestantes, principalmente as com sorologias IgG e IgM negativos, deve ser bastante rigorosa e alguns meios para isso são: Orientações sobre os fatores de risco, meios de transmissão e medidas de prevenção; acompanhamento sorológico frequente; lavar as mãos com água corrente e detergente antes e após manipular alimentos; lavar bem frutas, legumes e verduras antes de ingeri-las; evitar a ingestão e manuseio de carnes cruas ou mal cozidas, se fizer lavar bem as mãos e utensílios utilizados; não consumir leite e seus derivados crus; lavar bem as mãos com água em abundância e sabão após o contato com animais. No Brasil, as pesquisas são mais amplas em regiões atípicas para a infecção do T. gondii – sudeste e sul-, o que pode contribuir na falta de informação nas regiões, como a norte e nordeste. Pois, sabe-se que a toxoplasmose depende de fatores sociais, econômicos, climáticos e até mesmo culturais, e nesses lugares existe uma escassez de boas condições sanitárias e a baixa escolaridade é também frequente. Algumas pesquisas demostraram que a educação em saúde e políticas públicas podem ser alternativas de combate à toxoplasmose fetal. RESULTADOS E DISCUSSÃO REFERÊNCIAS Barreto, J. A. A., Oliveira, L. A. R. D., Oliveira, M. F. B. D., Santos, R. C. S., Abud, A. C. F., Inagaki, A. D. D. M., & Araújo, R. M. Prevalência de anticorpos anti-toxoplasma-gondii em mulheres grávidas. Rev. enferm. UERJ, 2009. BÁRTHOLO, B. B. R.; MONTEIRO, D. L..; TRAJANO, A. J.; JESÚS, N. R. Toxoplasmose na gestação. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, v. 14, n. 2, 2015. MARGONATO, F. B., SILVA, A. M. R., SOARES, D. A., AMARAL, D. A., & PETRIS, A. J.Toxoplasmose gestação diagnóstico, tratamento e importância de protocolo clínico. Paraná: Londrina, 2018. SILVA, V. L. M.; CAMARGO JÚNIOR, K. R. Em busca do feto saudável: ideias, marcas e coisas na reconstrução do diagnóstico da toxoplasmose. História, Ciências, Saúde- Manguinhos, v. 20, n. 2, 2013. TOXOPLASMOSE CONGÊNITA: A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO E DO DIAGNÓSTICO PRECOCE EM GESTANTES METODOLOGIA O presente trabalho é uma revisão de literatura de caráter qualitativo. Foram selecionados 57 artigos, sendo a eles aplicados os critérios de inclusão: pesquisas disponíveis de forma gratuita, em português ou inglês, publicados entre 2008 e 2018, que abordassem as formas de transmissão ou prevenção ou diagnóstico precoce da toxoplasmose em gestantes; os critérios de exclusão foram: artigos duplicados ou pagos, pesquisas que não estivessem direcionadas ao tema. Os dados foram buscados em bases de dados como MEDLINE (National Library of Medicine, EUA), Scielo (Scientific Eletronic Library On Line), LILACS (Latin American Literature on Health Sciences), Google Acadêmico, sites de instituições renomadas e cadernos de saúde. Os descritores utilizados estão indexados ao DECs, a saber: Toxoplasmose, Toxoplasmose congênita, Toxoplasmose fetal. Assim, restaram 30 trabalhos. Contatos: marllahellen@gmail.com (083) 9 96264603