Deus te ama - David Jeremias

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Índice
RECONHECIMENTOS
INTRODUÇÃO
O que o mundo precisa agora
1
Deus é amor
2
Deus te amou antes de você nascer
3
Deus gravou seu amor em pedra
4
O amor de Deus nunca desiste
5
Deus escreveu seu amor em letras vermelhas
6
Deus te ama mesmo que você não o ame
7
Deus te ama corrigindo você
8
O amor de Deus nunca vai deixar você ir
9
Deus te ama e quer você com Ele para sempre.
10
O amor de Deus muda todas as coisas
CONCLUSÃO
NOTAS
Sobre o autor
Créditos
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Contente
Reconhecimentos
Introdução
O que o mundo precisa agora
1. Deus é amor
2. Deus te amou antes de você nascer
3. Deus gravou seu amor em pedra
4. O amor de Deus nunca desiste
5. Deus escreveu seu amor em letras vermelhas
6. Deus te ama mesmo que você não o ame
7. Deus te ama corrigindo você
8. O amor de Deus nunca vai deixar você ir
9. Deus te ama e quer você com Ele para sempre.
10 . O amor de Deus muda todas as coisas
Conclusão
Notas
Sobre o autor
Créditos
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Desde que me lembro, Dr. Billy Graham
Ele disse às pessoas que Deus as ama.
Ele pregou o Evangelho em quase todos os países no mundo e diante de
mais audiências ao vivo do que qualquer outra pessoa na história.
De acordo com estimativas conservadoras, ele proclamou
as boas novas do amor de Deus
para quase 215 milhões de indivíduos e tem feito isso desde antes ao ser
ordenado ministro em 1939,
há quase três quartos de século. Obrigado, Dr.
por uma vida de dedicação fiel ao ministério e por sempre dar um local
preponderante para o que é mais importante.
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RECONHECIMENTOS
Em mais de uma ocasião fui questionado sobre o processo de escrever um
livro. Ao escrever God Loves You , descobri uma frase que é a descrição
exata desse processo:
“incrementalismo implacável”, que significa abordar seriamente cada fase
do processo e render-se a ele completamente. Em todas as fases não há nada
mais importante do que continuar a aprender e avançar, quer o produto do
dia tenha duas páginas ou apenas duas palavras.
Descobri que escrever um livro pode ser dividido em seis etapas:
inspiração, incubação, pesquisa, criação, publicação e circulação. Em cada
interseção desta jornada há pessoas que podem nos ajudar, cada uma à sua
maneira.
Não há maior fonte de inspiração do que a Palavra de Deus e a oração.
Todos os dias me inspiro nas pessoas que conheço e nos livros que leio. Em
primeiro lugar, como pastor, escrevo para divulgar a Palavra de Deus às
pessoas que Deus me confiou, a congregação da Shadow Mountain
Community Church . Mas não há ninguém que me inspire mais do que
minha esposa. Obrigado, Donna, pelas horas que você passou me
encorajando, ouvindo e aprimorando minha visão para este projeto. E
obrigado por me amar com o amor do nosso maravilhoso Deus.
Em seguida vem o período de incubação. Depois de decidir sobre um tema,
acho necessário reservar algum tempo para refletir sobre a mensagem do
livro e compreender verdadeiramente os temas importantes. Esse é um
momento de emoção, angústia e solidão.
Obrigada, Diane Sutherland e Barbara Boucher, por manterem minha
agenda sob controle e me libertarem para fazer as coisas que Deus me deu
para fazer.
Assim como as ideias e os pensamentos começam a crescer, o trabalho
árduo de pesquisa começa a florescer. Nesse período, os artigos chegam um
após o outro e os livros se acumulam, enquanto procuro ler tudo o que
consigo encontrar. Meus amigos Luke Thompson e Dr. Chuck Emert me
forneceram muitos artigos, textos, ilustrações e ideias durante a redação
deste livro.
Em seguida, prossigo com a criação do manuscrito. Nesse período trata-se
de fazer um 5
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Enorme trabalho de correção. Quero agradecer a Tom Williams e Beau
Sager pela atenção aos detalhes. E também foi um prazer trabalhar mais
uma vez com Rob Suggs e William Kruidenier. Obrigado por acomodar sua
agenda para que você pudesse adicionar seu toque criativo a este projeto.
Quando o livro chega à fase de publicação é onde entra em ação minha
agente literária Sealy Yates, coordenando o produto final com a editora.
Este é o terceiro livro que escrevo para FaithWords e gostei de trabalhar
novamente com meu editor Joey Paul.
A circulação de livros tornou-se uma prioridade muito importante para nós
da Turning Point. Como ministro, acredito que a nossa responsabilidade não
se restringe à produção de um livro, mas sim à sua promoção e a fazer com
que chegue ao maior número de leitores possível.
Meu filho David Michael supervisiona essa fase. Paul Joiner é a fonte da
incrível criatividade que impulsiona o processo e Kevin Small é o gênio por
trás do plano.
A todos vocês que fazem parte desse “incrementalismo incessante” e, mais
importante, a Deus que nos ama incessantemente, muito obrigado.
Dr. David Jeremias
San Diego, Califórnia
1º de junho de 2012
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INTRODUÇÃO
o que o mundo
preciso agora
Esses últimos anos foram alguns dos mais notáveis da minha vida. Acho
que foi o mesmo com você.
Em 2008, senti-me compelido a escrever um livro sobre acontecimentos
mundiais e o que a Bíblia tinha a dizer sobre eles. Ao terminar esse livro,
uma crise económica global começou subitamente. Eu sabia que aquele
momento era providencial.
Ao longo dos meses seguintes, à medida que os acontecimentos atuais
continuavam a tomar novos rumos, senti a necessidade de responder com
obras que oferecessem um guia para navegar pelos acontecimentos mais
confusos e desconcertantes da nossa geração. Isto envolveu falar sobre o
mundo e a direção que este tomou, por isso escrevi sobre as questões
perturbadoras que acontecem no governo, na nossa cultura e no cenário
mundial.
Senti-me honrado por Deus me usar durante um momento como este,
enquanto me esforçava para seguir o conselho de Paulo de pregar o
palavra; que você insiste na temporada e fora de temporada; repreende,
repreende, exorta com todos paciência e doutrina (2 Timóteo 4:2).
Ao terminar esses projetos e me distanciar do caos, lembrei-me de uma
verdade que aparentemente havia deixado de lado durante os dias confusos
que acabei de narrar: Deus é amor . Parei e agradeci a Deus porque, com
tudo que estávamos passando e apesar de todas as advertências e conselhos
que era minha responsabilidade dar, continuamos servindo a um Deus
maravilhoso e amoroso; porque por mais que o desespero tome conta da
humanidade, nosso Deus continua nos amando e conta conosco como seus
preciosos filhos e nada pode mudar isso.
Aí pensei: alguém percebe isso? Que Deus ainda é amor?
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Alguém já te contou isso ultimamente?
Analisei o tipo de livros que estavam sendo publicados, especialmente
aqueles sobre o tema de Deus, e fiquei surpreso ao ver que a simples
mensagem do amor de Deus era geralmente ignorada. Ele sabia o que Deus
queria que ele fizesse. Queria que ele dissesse às pessoas neste momento de
escuridão que Deus as ama; que sempre te amou e sempre te amará . O
título me veio à mente, algo que nem sempre acontece quando você está
prestes a iniciar o processo de escrita: Deus te ama, sempre amou, sempre
amará .
Eu sabia que eram as palavras certas. As pessoas precisam de novos
lembretes dessas verdades. Então, mais uma vez recorri à Palavra de Deus
para consultar este tópico, em busca da história de amor que flui através dos
milhares de anos de história que compõem a nossa Bíblia. Estudei o amor
que Deus tem por seus filhos, acompanhando do Antigo ao Novo
Testamento o copioso testemunho de sua dedicação, e repetidas vezes fui
levadoàs
lágrimas pela magnificência, pela graça, pela incrível insistência de sua
persistente afeição por cada habitante do planeta Terra.
Não é só que todas as pessoas em geral precisam desta mensagem; eu
preciso.
Enquanto estudava para montar estes capítulos, o que me veio à mente foi o
que sempre soube, mas que precisava ser lembrado novamente: o amor não
é simplesmente uma das mensagens cristãs: é a mensagem cristã. O
Evangelho – a boa notícia – é que, independentemente das nossas falhas
humanas, Deus nos ama.
Há muitos detalhes sobre o que ensinar, pregar, escrever ou falar e cada um
é importante por si só. Mas esta é a notícia do momento. Isto é o que o
mundo está desesperado por saber neste momento e temos a
responsabilidade de o dizer.
No entanto, também preciso salientar que, embora esta seja a maior e mais
emocionante notícia sobre Deus, não é a única notícia sobre Ele. Neste
livro, limitei-me ao tema do amor de Deus porque há muito a dizer. sobre
isso. Mas quero ter certeza de que ninguém conclui que, porque Deus é
amor, isso de alguma forma exclui Seus outros atributos, que todos os
Cristãos Ortodoxos reconheceram desde o início. Não se pode permitir que
o amor de Deus obscureça a sua santidade e justiça.
Uma canção popular de várias décadas atrás dizia: O que o mundo precisa
Agora é amor , e devo concordar com isso, desde que o amor dado ao
mundo seja o verdadeiro amor de Deus. Não sei de nada que o mundo
precise agora, ou em qualquer outro momento, que seja mais importante do
que o amor de Deus. Só o seu amor pode eliminar a barreira do pecado que
separa a humanidade de Deus, porque desta forma Deus amou o mundo de
tal maneira que deu seu Filho unigênito (João 3:16). E só o amor de Deus
nos dá esperança diante da decepção e do desespero: [Nada] será capaz de
separado do amor de Deus (Romanos 8:39).
Deus quer dar-nos o dom do seu amor, mas é preciso receber um dom. Se
alguém lhe dá um presente de Natal e você o deixa debaixo da árvore e
nunca o desembrulha, você realmente não o recebeu.
A questão é que dar um presente é apenas metade da transação. Isso não
completa 8
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real e não tem efeito até que o presente seja aceito, aberto, identificado e
apreciado.
Da mesma forma, não basta que Deus simplesmente ofereça o seu amor.
Aguarde que receberemos.
No sentido pessoal, este foi um dos projetos mais gratificantes em que
trabalhei, e já trabalhei em alguns. Quando transmito cada uma das
mensagens para a congregação onde sou ministro, a Comunidade Shadow
Mountain Igreja em El Cajon, Califórnia, estou ciente do poder deste tópico
à medida que as pessoas interagem com os ensinamentos. Não tem
absolutamente nada a ver com minhas habilidades de pregação e tudo a ver
com os esforços do Espírito Santo para confortar, encorajar e revitalizar o
espírito humano com a mensagem do amor eterno de Deus.
Quando reconto a história do filho pródigo, sinto que o nosso povo
experimenta o amor de Deus de maneiras novas e libertadoras. A maioria
deles já ouviu isso tantas vezes quanto eu a citei e, ainda assim, essa
história nunca perde seu poder; Nunca deixa de nos atrair, para que nos
tornemos personagens e representemos nossos próprios problemas.
Ao pregar as palavras de João 3:16, a ideia principal por trás da mensagem
do evangelho, posso sentir nossa congregação se deliciando com cada
palavra dos versículos, com cada frase, com cada implicação. Novamente,
não consigo imaginar que houvesse muitas pessoas naquela sala que não
estivessem familiarizadas com Pois Deus amou o mundo de tal maneira... ,
mas essa frase simples, elegante e atemporal, tem um poder especial.
É como cantar “Amazing Grace” ou ouvir o “Hallelujah Chorus”. Não
existe um prazo de prescrição que impeça que os cabelos fiquem em pé
atrás do pescoço. Quando nos deparamos com certos versos (embora todos
sejam inspiradores), certas peças musicais (embora muitas sejam
maravilhosas) e certas mensagens, sabemos que estamos em terreno
consagrado.
O amor de Deus é uma dessas mensagens. É um cesto de pães e peixes que
se enche continuamente. É uma festa para o coração, mente e espírito. Oro
para que esses capítulos sejam úteis para você na leitura, assim como foram
úteis para mim na pregação e na escrita.
Em louvor ao nosso Deus,
quem te ama,
isso sempre fez
e que sempre será.
DR. DAVID JEREMIAS
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1
Deus é amor
Pois a tua misericórdia é melhor que a vida;
Meus lábios te louvarão.
–SALMO 63:3
Na época em que o grande evangelista Dwight L. Moody estava pregando
em Chicago, um pobre bêbado subiu cambaleando os degraus principais da
igreja. O homem empurrou a porta, olhou ao redor da sala e não viu
ninguém lá dentro, porém, seus olhos foram atraídos para uma enorme
placa pendurada sobre o púlpito, que dizia: “Deus é Amor”. A frase o
surpreendeu, mas o irritou. Ele bateu a porta e desceu as escadas
cambaleando, murmurando:
–Deus não é amor, se Deus fosse amor, ele me amaria e não ama um
homem miserável como eu. Isso não é verdade.
Ele continuou seu caminho, mas essas palavras queimaram dentro dele.
Deus é amor.
Deuses amor. Deus é amor... não resisti, será que é verdade. .? Seria
possível? Depois de um tempo ele voltou e entrou novamente no templo,
sentindo-se confuso e desesperado.
A essa altura a congregação já estava reunida e quando Moody começou a
pregar, o homem sentou-se em um dos assentos no canto de trás. Ele chorou
durante todo o sermão, enquanto a raiva e a confusão começaram a se
transformar em alegria e esperança.
Então Moody foi até a porta para se despedir das pessoas que saíam. Mas o
homem não foi embora, ficou sentado e soluçou. Moody se aproximou dele,
sentou-se ao lado dele e perguntou:
–Meu amigo, por que você está chorando? Foi o sermão que tocou seu
coração?
"Oh, Sr. Moody, não ouvi uma palavra do que você disse esta noite",
respondeu ele.
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o homem-. Eram aquelas palavras que pairavam sobre o púlpito: “Deus é
amor”; Foi isso que partiu meu coração.
Moody sentou-se e explicou a profundidade do amor de Deus. O homem o
ouviu e entregou seu coração a Deus, compreendendo pela primeira vez que
Deus realmente o amava. 1
Em sua autobiografia, Over Mountain or Plain or Sea, Trula Cronk, que
trabalhou como missionária na Índia durante vinte e quatro anos, conta-nos
a história de uma garotinha que visitou sua casa certa tarde e ficou lá pouco
mais do que o esperado. A noite caiu e a menina ficou com medo de voltar
para casa.
Trula explicou-lhe que não deveria ter medo e disse:
–Dolan, o bom Deus te ama e cuidará de você no caminho para casa.
A menina respondeu:
–Não, memsahib , Deus não ama meninas. 2
Trula Cronk nunca poderia esquecer essa afirmação errada, e isso a levou a
dizer a todas as meninas do mundo que Deus é amor e que, de fato, Ele as
ama.
Há muitas almas no mundo que, como a menina indiana e o bêbado no
templo de Moody, acreditam que por uma razão ou outra Deus não as ama.
Talvez tenham sofrido reveses que os convenceram de que Deus não se
importa. Ou talvez eles acreditem que cometeram pecados que fizeram com
que Deus lhes virasse as costas. Ou podem estar convencidos de que Deus
simplesmente favorece certas classes sociais, raças ou géneros, e não ama
outros.
Tal como Trula Cronk, sinto-me na obrigação de esclarecer este grave erro.
Tenho a obrigação de lhes dizer que Deus é amor e insiste em amar
profunda, tenaz e eternamente todos os indivíduos da face da Terra. Não
importa quem você é ou o que você fez. Como afirma o palestrante e
escritor Max Lucado: Você não pode cair mais além do seu amor . 3 O
amor de Deus inclui até mesmo as pessoas que você tem dificuldade em
amar: aquela pessoa que te interrompeu com o carro no trânsito: Deus a
ama. Aquela mulher que foi grosseira na loja: Deus também a ama. Todo
aquele país que está do outro lado do mar e que lhe causa tantadesconfiança: Deus ama cada um dos seus cidadãos.
Na verdade, Deus ama você .
Esses são os dados mais importantes da sua vida. Deus te ama. O Ser
eterno, que tem o atributo de existir por Si mesmo e criou e sustenta tudo o
que existe, Ele te ama. Todos os seus dias devem começar e terminar com o
profundo conceito do amor de Deus. Isso deve definir todos os seus
objetivos e todas as suas ações.
E não é simplesmente porque eu amo você quando você faz as coisas certas;
Ele está pessoal e apaixonadamente comprometido em alcançar o seu bem,
mesmo que você falhe.
Deus te ama. E se essa declaração de três palavras se tornasse o tema da sua
vida, e se você permitisse que ela mudasse tudo sobre você e seu mundo?
Vamos ver se conseguimos descobrir.
onze
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A declaração do amor de Deus
A Bíblia nos diz que Deus é amor. O apóstolo João escreve: Quem não ama
não tem conhecido a Deus; porque Deus é amor (1 João 4:8). Ele reitera
esta verdade algumas frases depois: Deus é amor; e quem permanece no
amor permanece em Deus, e Deus nele (v. 16).
É importante evitarmos dois erros comuns ao considerar a afirmação de que
Deus está amor . A primeira é inverter a equação e insistir que “o amor é
Deus”. Este é um erro grave porque existem muitos amores falsos que têm
pouca ou nenhuma semelhança com o amor perfeito de Deus. É possível
que um homem “ame” a sua amante, mas isso não é o amor de Deus. Esses
falsos amores nunca deveriam ser equiparados ao amor de Deus.
Segundo, não podemos cometer o erro de subordinar todos os atributos de
Deus ao seu amor. Deus é mais que seu amor. Por exemplo, é onisciente, é
onipresente, é infinito, é eterno e é justo. E João pode até escrever: Deus é
luz (1 João 1:5).
Cada vez que analisamos o Seu amor, devemos lembrar que Deus: pode
mostrar uma atributo ou outro em um determinado momento, [mas]
nenhuma qualidade é independente ou prevalece sobre qualquer um dos
outros. Toda vez que Deus mostra sua ira, ainda é amor.
Quando demonstra o seu amor, não abandona a sua santidade . 4
Contudo, devemos reconhecer a força da afirmação do apóstolo de que
Deus é amor. Na verdade, John Stott chamou-o de o mais abrangente e
sublime de todos Declarações bíblicas sobre o ser de Deus . 5 Então, o que
o apóstolo quer dizer quando diz que Deus é amor? Ele está nos contando
sobre a natureza e a essência de Deus. Não é apenas que Deus ama, mas que
Deus é amor. Tudo o que Ele faz tem o amor como raiz e motivo. Ele criou
o mundo porque Ele é amor. Ele formou os seres humanos porque isso é
amor. E governe o universo com amor. Em outras palavras, o que João nos
lembra é que quando pensamos em Deus e no mundo que ele criou, não
devemos esquecer o seu amor.
Antes de podermos continuar com esta discussão, precisamos esclarecer
alguns outros equívocos. Assim como as pessoas tendem a ficar confusas
sobre quem é Deus, elas também ficam confusas sobre o que é o amor.
As citações familiares de Bartlett listam quase 1.300 definições, reflexões e
opiniões diversas sobre o tema do amor, do piegas ao abstrato e ao perverso.
6
Todo mundo fala sobre amor, todos nós experimentamos alguma forma dele
e todos somos movidos pela necessidade de dar e receber amor. Mas ideias
falsas sobre o amor estão destruindo o mundo, os lares, os corações e até
mesmo os países. Por que isso acontece? O
filósofo cristão Peter Kreeft salienta que quanto mais importante ser uma
coisa, mais falsificações haverá. Não existem clipes falsos, mas existem
muitos falsas religiões . 7
12
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Estamos cercados por falsas ideias sobre o amor. A bondade costuma ser
uma apresentação falsa de amor. A disciplina causa dor, o que pareceria
contrário à bondade, por isso os pais se abstêm de exercê-la em nome do
amor. Mas o amor autêntico exercitará a disciplina para alcançar o bem a
longo prazo para a criança. O sexo é frequentemente usado como um falso
sinal de amor, fazendo com que os casais não casados entrem no beco sem
saída dos
prazeres temporários, em vez de seguirem pelo caminho mais difícil mas
mais gratificante, que é o compromisso conjugal a longo prazo.
É comum que aqueles que sofreram os habituais abusos de amor sejam
céticos em relação ao amor que vem de qualquer fonte, inclusive de Deus.
Se você teve seu coração partido em um relacionamento amoroso, corre o
risco de concluir que todo amor, até mesmo o de Deus, é igualmente
instável. Se você teve um relacionamento conturbado com seu pai humano,
você pode deduzir que seu Pai celestial também não é confiável.
Tais conceitos errados sobre Deus podem ser devastadores e não são
incomuns.
Não podemos nos dar ao luxo de fazer julgamentos generalizados sobre o
amor ou Deus a partir de nossas próprias experiências pessoais limitadas,
assim como não podemos olhar para a cultura popular em busca de
qualquer tipo de autoridade: canções, seriados de televisão, novelas ou
filmes. Seria como fazer suposições sobre a praia com base na caixa de
areia de uma criança. É melhor recorrer à autoridade máxima no assunto de
Deus e do amor. A Bíblia deve ser nosso guia.
Na Bíblia, o amor de Deus é como um diamante de muitas facetas, cada
uma das quais revela alguma verdade de beleza deslumbrante sobre Deus. É
aqui que a busca do amor leva ao encontro com o próprio Deus. Para
começar a compreender o amor, devemos começar pela compreensão de
Deus; e para começar a entendê-lo, não devemos partir de nenhum outro
lugar senão da revelação de seu amor na Bíblia.
13
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A tarefa transcendental de descrever
o amor de Deus
Farei o possível para descrever o amor de Deus, mas devo avisar que,
quando terminar de dizer tudo o que posso expressar sobre o amor de Deus,
mal terei tocado no assunto. De muitas maneiras, compartilho os
sentimentos de Frederick M. Lehman, que escreveu as seguintes palavras
do conhecido hino gospel “O Amor de Deus”: O amor de Deus é muito
mais
do que a língua ou a caneta podem dizer;
Vai além da estrela distante
e chega ao inferno insondável.
Embora o oceano de tinta tenha preenchido
e cobriu os céus com pergaminhos,
criando uma pena com cada haste
e transformando a humanidade em escribas,
a narrativa do amor de Deus no céu,
Secaria completamente o oceano.
O pergaminho não poderia conter tudo
mesmo que se estendesse de um céu a outro. 8
Apesar da nossa incapacidade de compreender toda a extensão do amor de
Deus, Ele nos revelou isso de muitas maneiras que podemos compreender
claramente. Se explorarmos o que Ele nos disse e nos mostrou sobre o Seu
amor, isso nos ajudará a compreender, dentro do alcance das nossas
limitações, quão sincera e apaixonadamente Deus nos ama.
14
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O amor de Deus não tem causa
Nossas experiências comuns na vida nos ensinam que devemos conquistar o
amor.
Devemos cumprir certos padrões ou condições que farão com que outros
nos amem por causa de nossas boas ações, atributos ou atratividade. Nossa
criação não foi feita para carregarmos esse peso, um fardo que leva ao vício
e ao desespero. Henri Nouwen nos explica:
O mundo diz: Sim, eu te amo se você for bonito, inteligente e rico. Eu te
amo se você tiver boa educação, um bom trabalho e bons contatos. Eu te
amo se você produzir muito, você vende muito e compra muito . Existe uma
cadeia interminável de "se"
escondido no amor mundano. Estes “sim” escravizam-me, porque é
impossível responder adequadamente a todos. O amor mundano é e sempre
será condicional. Enquanto eu continuar a procurar o meu verdadeiro eu no
mundo do amor condicional, permanecerei ligado ao mundo: tentando,
falhando e tentando novamente. É um mundo que promove vícios porque o
que ele oferece não pode satisfazer o anseio mais profundo do meu coração.
9
Em geral, em nossos relacionamentos humanos, não amamos aqueles que
realizam atos ou atributospouco atraentes ou repulsivos. Mas o amor de
Deus por nós não é assim; É livre, espontâneo, não requer incitação nem
influência. Não há nada que possamos fazer para que Deus nos ame, e não
há nada que possamos fazer para impedi-Lo de nos amar. Deus
simplesmente nos ama porque ele é Deus, não porque fizemos algo para
causar isso. O
autor John Ortberg traz essa verdade ao fundo de nossos corações quando
escreve: Não
haverá nada que você possa fazer que irá faça com que Deus te ame mais
do que ele te ama neste exato momento; nem mais velho realização, maior
beleza ou reconhecimento mais amplo, nem níveis mais elevados altos
níveis de espiritualidade e obediência. Não há nada que você pudesse ter
feito isso fazer com que Deus te ame menos: sem pecado ou fracasso, sem
culpa ou arrependimento. 10
Escrevendo ao seu protegido Timóteo, Paulo descreveu Deus como aquele
que nos salvou e chamados com uma santa vocação, não segundo as nossas
obras, mas segundo o propósito a sua e a graça que nos foi dada dado em
Cristo Jesus antes do início dos tempos (2
Timóteo 1:9). Aos Efésios ele escreveu que o amor de Deus por nós é
segundo a pura afeição de sua vontade (Efésios 1:5).
O autor e palestrante contemplativo Brennan Manning chama esse conceito
de amor sem razão . Escreve:
Como homem, adoro Jersey Shore, o Messias de Handel , calda de
chocolate quente e minha esposa Roslyn. Adoro o que considero agradável
ou atraente. Eu amo alguém pelo que vejo nele ou nela. Mas Deus não é
assim.
O Deus e Pai de Jesus não ama os homens e as mulheres por causa do que
vê em 15
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neles, mas pelo que ele vê de si mesmo neles. Ele não ama homens e
mulheres porque são bons, nem ama apenas homens e mulheres bons. É
porque Ele é tão indescritível e inimaginavelmente bom que Ele ama
homens e mulheres com seus pecados. Não é que ele detecte o que lhe é
agradável ou atraente e nos responda concedendo-nos o seu favor. É a fonte
do amor. Aja, não reaja. É amor sem razão. onze
Porque Deus é Deus, Ele faz o que lhe agrada e lhe agrada para nos amar
sem causa. Pense nos primeiros tempos em que o primeiro homem e a
primeira mulher surgiram.
Deus criou Adão e Eva, então não poderia haver segredos ou surpresas.
Eles não podiam oferecer-lhe nada que ele já não tivesse. Ele os amava
simplesmente porque esse era o seu plano. Desde o início dos tempos, Deus
não nos amou porque nós o amávamos. Segundo o apóstolo João, é
exatamente o oposto: nós O amamos, porque Ele nos amou primeiro (1
João 4:19).
16
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O amor de Deus é irracional
Talvez a primeira coisa que me venha à mente é que sou totalmente
presunçoso ao chamar Deus de irracional. Mas não estou usando o termo da
forma ofensiva como costumamos
aplicá-lo. Na verdade, como você verá mais tarde, sou eternamente grato
pelo amor de Deus ser irracional.
Desde o dia em que Adão e Eva pecaram contra Deus, a humanidade
continuou a rebelar-se e a distanciar-se Dele e a falhar em cada um dos
mandamentos que Ele nos deu para o nosso bem. Parece que não
devolvemos nada a Deus além de decepções e tristezas. Ao longo de todo o
Antigo Testamento vemos que se Deus tivesse respondido a nós “de uma
forma razoável” e reagido como nós, ele já nos teria abandonado ou
destruído a humanidade há muito tempo.
Embora Deus tenha inúmeras razões para fechar a cortina do nosso drama,
em termos humanos ele não tinha motivos para que o seu amor perdurasse
face às persistentes fraquezas da humanidade. É por isso que digo que o
amor de Deus é irracional.
Embora do ponto de vista humano o seu amor esteja além de toda
racionalidade, só precisamos lembrar que seus pensamentos e modos de ser
estão tão distantes dos nossos quanto os céus estão da terra (Isaías 55:8-9).
Assim, embora o seu amor seja “irracional”, não é sem razão; segue a razão
divina que nossas mentes humanas finitas não podem compreender.
Em Romanos 5:6-8, Paulo coloca a realidade do “amor irracional” de Deus
num nível que todos podemos compreender. Isso levanta a questão: o que
seria necessário para qualquer um de nós morrer por outro ser humano?
Muito poucas pessoas dariam a vida, mesmo por um homem bom ou justo.
Mas Deus mostra seu amor por nós, porque Cristo morreu por nós, sendo
nós ainda pecadores (v. 8).
É possível considerar que seria razoável, embora um tanto exagerado, que
alguém estivesse disposto a morrer por uma pessoa boa. No romance A Tale
of Two Cities , de Charles Dickens , vemos a demonstração ficcional desse
tipo de nobre sacrifício quando o advogado britânico Sydney Carton se
submete voluntariamente à guilhotina no lugar de Charles Darnay. O
sacrifício de Carton parece "razoável" porque ele levou uma vida um tanto
dissipada e tem pouco pelo que viver, enquanto Darnay, contra quem foram
feitas falsas acusações, é um homem de grande honra, coragem e virtude.
Num caso extremo, em circunstâncias desesperadoras e para uma pessoa
excepcionalmente boa, é possível que você ou eu tenhamos a ideia de nos
sacrificar dessa forma. Mas pelo mais vil dos criminosos, a pessoa que não
contribui para a sociedade e parece gostar de antagonizar tudo o que é bom
e certo,
Você morreria por essa pessoa? Sua resposta provavelmente será rápida e
absoluta .
Duvido! E essa é uma resposta muito razoável.
No entanto, foi exatamente isso que Cristo fez! Ele morreu por você e por
mim, pecadores 17
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confessos e inimigos de Deus (Romanos 5:10). Foi através do sacrifício de
Cristo que Deus demonstrou quão irracional é o seu amor. Seu amor é tão
grande, de tal magnitude, tão avassalador, que Cristo Jesus, a única pessoa
completamente justa que já viveu, morreu voluntariamente no lugar de
homens e mulheres injustos como você e eu.
Nunca deveríamos parar de agradecer a Deus por seu amor ser tão
irracional.
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O amor de Deus não tem fim
Enfrentar a magnitude do amor de Deus nos força a retornar às
características básicas de quem Ele é. A natureza infinita de Seu amor está
inseparavelmente relacionada a um aspecto de Sua própria natureza, e a
Bíblia o revela em vários lugares: é o Deus eterno. .. o Alfa e o Ômega,
começo e fim... aquele que é e que foi e que será venha, o Todo-Poderoso
(Gênesis 21:33; Apocalipse 1:8). Ele é aquele que habita a eternidade
(Isaías 57:15). Ele é o Rei de todos os tempos (1 Timóteo 1:17). Sobre Ele,
o salmista diz: Desde para todo o sempre, tu és Deus (Salmos 90:2).
Todas essas passagens falam da natureza eterna de Deus. Dizem-nos que
sempre existiu e sempre existirá. Sabemos que Deus é uma pessoa, mas isso
não significa que partilhe as limitações da pessoa humana. Ao contrário de
nós, ele não está limitado pelo espaço ou pelo tempo, porque criou ambos.
Porque você criou o tempo e é superior a ele, você tem acesso imediato, do
começo ao fim, a todo o espectro do tempo. Por ter criado o espaço e ser
superior a ele, pode estar simultaneamente em qualquer lugar do universo.
Ele transcende o tique-taque do relógio e as direções de um mapa. Não
podemos nem imaginar esses conceitos alucinantes porque nenhum de nós
jamais deu um passo fora do tempo ou do espaço. Ao contrário de Deus, só
podemos ocupar um lugar específico e um momento fugaz.
O amor de Deus reflete esses absolutos eternos. O seu amor é eterno, como
Ele: é mais duradouro que o tempo, mais amplo e profundo que as
dimensões incalculáveis do cosmos.
Como Ele mesmo disse: Com amor eterno eu te amei; portanto, você
Prolonguei minha misericórdia (Jeremias 31:3).
O amor perfeito que Deus tem por você existia nas profundezas da
eternidade, mesmo antes do início dos tempos. Criou milhares de milhões
de galáxias incríveis, a maioria das quais nunca será vista com um
telescópio; criou belos mundos em nível atômico que nenhum microscópio
jamais será capaz de penetrar; Ele sabe tudo, tudotranscende e seu
esplendor vai além da imaginação humana. No entanto, o amor dele por
você é tão próximo e íntimo que ultrapassa em muito o amor dos pais
humanos amorosos que, ao verem seu filho recém-nascido pela primeira
vez, muitas vezes contam os dedos das mãos e dos pés da criança. Na
verdade, Deus monitora cada fio de cabelo da sua cabeça. Ele conhece e
ama os
mínimos detalhes da sua vida, observa você a cada momento e tem um
plano para a sua vida que está em seu coração há mais tempo do que o
mundo existe.
No clássico moderno Conhecendo Deus , JI Packer dá uma bela explicação
sobre o que significa perceber que nossas vidas estão inscritas no amor
perfeito e constante de Deus: O que é de suprema importância. . não é... que
eu conheça a Deus, mas o fato maior que está por trás disso: que Ele me
conhece. Estou gravado em 19
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as palmas das mãos. Estou sempre em sua mente. Todo o meu
conhecimento sobre Ele depende de Sua constante iniciativa em me
conhecer. Eu O conheço porque Ele me conheceu primeiro e continua a me
conhecer. Ele me conhece como um amigo que me ama e não há um
momento em que seus olhos se desviem de mim ou sua atenção se distraia
e, portanto, não há um momento em que ele desista de cuidar de mim.
É um conforto indescritível… saber que Deus adquire um conhecimento
constante de mim com amor e cuida de mim para o meu bem. É um enorme
alívio saber que o seu amor por mim é completamente realista e
invariavelmente baseado no seu conhecimento prévio do que há de pior
sobre mim, de modo que não há nada que eu possa descobrir agora que o
desiluda comigo, da forma como ele já fez. (…) Fico muitas vezes
decepcionado comigo mesmo, nem reprimo Sua determinação de me
abençoar. 12
Em outras palavras, para aqueles que estão decepcionados consigo mesmos,
há uma esperança incrível. O amor de Deus por você não depende da sua
perfeição ou das suas conquistas.
Isso não significa que eles desviem o olhar ou não se preocupem quando
você tropeça. Ele vê tudo e continua a amar você com um amor tão eterno
quanto a eternidade.
vinte
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O amor de Deus é ilimitado
Salomão, filho de Davi e o homem mais sábio de seu tempo, criou um
templo majestoso para a glória de Deus. Era um lugar para os devotos
sentirem a presença do Senhor, um lugar onde Deus havia prometido
encontrar o seu povo de uma forma especial. Embora seu templo fosse uma
das maravilhas do mundo antigo, Salomão refletiu sobre as deficiências de
quaisquer mãos construídas para conter a magnificência de Deus. Ele disse:
Eis que os céus e os céus dos céus não são eles podem conter você; Quanto
menos esta casa que construí?
(2 Crônicas 6:18).
Estamos diante de um paradoxo. Sabemos que Deus está muito além dos
confins do universo. No entanto, ao mesmo tempo, certamente não está
longe de cada um de nós. Pois nele vivemos, nos movemos e existimos
(Atos 17:27-28).
Visto que Deus está além de nós e ao nosso lado, seu amor também existe
além de nós, ao nosso lado e dentro de nós. O seu amor é para nós como o
mar é para os peixes: o mar é vasto e estende-se para além do alcance
limitado de qualquer peixe, mas é aí que o peixe vive, se move e está.
O Salmo 139 é um hino à onipresença de Deus, mas suas observações
também são válidas sobre o seu amor. Onde Deus está, há amor. Deixe-me
ilustrar esta maravilhosa verdade mudando neste poema os termos para
Deus por aqueles que designam seu amor: Para onde irei do seu amor ?
E para onde fugirei do seu amor ?
Se eu subir aos céus, aí está o seu Amor.
E se eu fizer o meu escabelo no Sheol, eis que aí está o teu Amor .
Se eu pegar as asas do amanhecer
E habitarei no fim do mar,
Mesmo lá o seu amor me guiará ,
E seu amor me abraçará.
Se eu disser: 'Certamente as trevas me cobrirão';
Até a noite brilhará ao meu redor.
Mesmo a escuridão não me cobre do seu Amor.
–SALMO 139:7-12
Este Salmo 139 nos lembra que Deus e seu amor estão sempre presentes
com seu povo.
Como pastor, tenho ouvido muitas pessoas descreverem o mesmo
sentimento do bêbado na igreja de Moody ou da garotinha indiana na
história de Trula Cronk.
Estão convencidos de que se afastaram do alcance do amor de Deus.
Dizem-me que Deus nunca poderia amá-los porque… A verdade é que não
há porquê que preencha esse espaço.
Não importa como você termine essa afirmação, você terá a resposta 21
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incorreta. Dizer que Deus nunca poderia amar é uma premissa falsa. Isso
nunca poderia acontecer com você ou com qualquer outra pessoa.
Mas temos dificuldade em compreender essa verdade, pois nas nossas
experiências com outros seres humanos podemos encontrar muitas maneiras
de terminar a frase: “Bill nunca será capaz de me amar porque” ou “Susan
nunca será capaz de me amar porque”. Quando buscamos o amor de outras
pessoas, levamos em consideração a exigência assumida de que devemos
ser perfeitos. Mas os cálculos mentais de Deus não funcionam como os
humanos.
Quando você soma todas as suas falhas e conclui que Deus nunca poderia
amá-lo, a resposta Dele é que Ele o ama de qualquer maneira.
Como encontramos tão poucas pessoas que amam sem limitações, ficamos
propensos a duvidar do amor de Deus por nós. Acho que essa é uma das
razões pelas quais o apóstolo Paulo orou para que os crentes estivessem
enraizados e alicerçado no amor, que você seja plenamente capaz de se
entender com todos os santos qual seja a largura, o comprimento, a
profundidade e a altura, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo
conhecimento (Efésios 3:17-19).
Seria viável perguntar a Paulo: Como podemos compreender tal amor?
Como podemos medir algo que não tem largura, comprimento,
profundidade ou altura? Como podemos conhecer aquilo que excede todo
conhecimento ?
A resposta é que não podemos fazer isso a menos que recebamos ajuda do
céu. E
assim é. Paulo diz novamente: o amor de Deus foi derramado em nossos
corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Romanos 5:5).
Isso não significa que o Espírito Santo nos foi dado para que pudéssemos
amar a Deus. Pelo contrário, significa que Deus derramou o Seu Espírito
Santo nos nossos corações para que possamos começar a compreender quão
grande é o amor de Deus por nós.
O seu amor é tão grande em si mesmo que tornou necessário enviar a
terceira pessoa da Trindade aos nossos corações para que possamos
compreendê-lo.
22
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O amor de Deus é imutável
Num mundo como o nosso, onde tudo se move e muda tão rapidamente, só
há uma coisa que permanece constante: o caráter de Deus. Porque eu,
Jeová, não mudança , Deus disse através do profeta Malaquias (3:6). O
autor dos Salmos escreve que o conselho de Jeová durará para sempre; os
pensamentos do seu coração para todas as gerações (Salmos 33:11); e Mas
você é o mesmo, e seus anos não sabem Eles terminarão (Salmos 102:27).
Tiago
descreve Deus como o Pai das luzes, no qual não há variação, nem sombra
de mudança (1:17).
Como é maravilhoso saber que, porque Deus é imutável, o Seu amor
também o é.
O amor de Deus é constante na sua fidelidade e contínuo na sua expressão;
Não diminui nem desaparece, independentemente das nossas circunstâncias.
Em seu livro Os Prazeres de Deus, John Piper escreve:
Às vezes brincamos sobre o casamento dizendo que “a lua de mel acabou”.
Mas isso é porque somos finitos. Não podemos manter um nível de
intensidade e carinho como o da lua de mel. Não prevemos os contratempos
que surgirão com a familiaridade constante.
Não conseguimos nos manter nas mesmas condições físicas ou com a
mesma beleza de então. Não inventamos coisas novas o suficiente para
manter o relacionamento renovado.
Mas Deus diz que a sua felicidade para o seu povo é como a de um noivo
para a sua noiva.
Fala da intensidade e do prazer, da energia e da excitação, e do entusiasmo
e da alegria da lua de mel. Eletenta transmitir aos nossos corações o que ele
quer dizer quando se alegra por nós de todo o coração .
E acrescente a isso que, com Deus, a lua de mel nunca acaba. Seu poder e
sabedoria, assim como sua criatividade e amor, são infinitos. E por isso não
tem problemas em manter o grau de intensidade de uma lua de mel; Ele
pode prever todas as peculiaridades futuras da nossa personalidade e
decidiu que manterá consigo o que é bom e mudará o que não é; Ele será
tão bonito como sempre foi e se esforçará para nos tornar cada vez mais
bonitos para sempre; Também possui criatividade infinita para pensar em
coisas novas que podemos fazer juntos, de modo que não haverá motivo
para tédio nos próximos trilhões de milênios.
13
A ideia de ser amado para sempre, tão profunda e continuamente quanto um
recém-casado, mudará quem somos. Como seria possível que tal
pensamento não nos incitasse a responder a Deus e também a amá-lo?
Basta olhar para Jesus para encontrar um modelo de amor imutável e
duradouro. Perto do final dos Seus três anos de ministério terreno, Cristo
deve ter ficado profundamente desapontado com a falta de maturidade
espiritual dos Seus discípulos.
23
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Tomé duvidou Dele. Pedro O negou três vezes. Judas o traiu e o entregou
nas mãos dos seus inimigos. Seus três discípulos mais confiáveis
adormeceram quando Ele lhes implorou que vigiassem ao seu lado e
orassem no momento mais crítico de sua vida; Enquanto Ele sofria pela
cruz e suas implicações, eles discutiam sobre qual deles teria o lugar mais
elevado no reino futuro.
Na sua última noite de liberdade, Cristo humilhou-se como servo e lavou os
pés dos seus discípulos. Ele então sentou-se para conversar calmamente
com eles uma última vez antes de sua execução. Apesar de saber que
naquele momento Judas caminhava pelas ruas para entregá-lo às
autoridades, Jesus expressou aos seus amigos o profundo amor que tinha
por eles e exortou-os a amarem-se uns aos outros: Assim como o Pai me
amou, assim também Eu tenho amado você; permaneça no meu amor (João
15:9).
Embora esses discípulos demonstrassem sua confusão característica, ele os
chamou de amigos, não de servos. Ele sabia que faltavam apenas algumas
horas para sua execução, mas estava preocupado em tranquilizar aqueles
homens imperfeitos e hesitantes. Falou-lhes sobre a preparação de um lugar
para eles no céu e sobre a chegada de outro motivo de conforto: o Espírito
Santo. Mas repetidamente ele voltou ao tema de seu amor constante por
eles.
O apóstolo João resume: Assim como amou os seus que estavam no mundo,
o Ele amou até o fim (João 13:1).
Não importava que sua alma estivesse atormentada, que logo suasse sangue
enquanto orava cheio de angústia. Ele continuou a amar, e não apenas os
onze discípulos que o rodeavam.
Ele disse: Mas eu oro não só por estes, mas também por aqueles que
acreditarão em mim.
pela palavra deles (João 17:20). Como indica sua oração, seu amor
atravessou o tempo até este momento: até você e até mim. À sombra da
cruz, o poder do seu amor não diminuiu nem por um segundo. Num mundo
que o condenou e diante da terrível dor e crueldade que enfrentou, seus
principais pensamentos giravam em torno de seu amor por nós, ajudando-
nos a compreender o amor de Deus.
Nada do que aconteceu com Jesus poderia quebrar seu vínculo tenaz
conosco. É a imagem viva do amor imutável que descrevemos. Seu amor é
perfeito e sempre foi, o que significa que nunca varia, cresce ou diminui.
Em outras palavras, o amor que Ele terá por nós no futuro nunca será maior
ou menor do que o amor que Ele tem por nós agora. E seu amor atual não é
nem menor nem maior do que o que ele tem desde o início da eternidade.
Seu amor por nós nada mais é do que constante, imutável e eterno.
O amor imutável de Deus tem um lado bom e um lado melhor. O lado bom
é que Deus não vai acordar amanhã e decidir que está cansado de nós. O
melhor lado é que se acordarmos de manhã e decidirmos que estamos fartos
Dele, Ele ainda nos amará.
Quando a Bíblia nos diz que o amor de Deus é ilimitado, acho que significa
que é como o amor da mãe nesta história que Michael Brown conta: 24
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Um amigo me contou sobre um jovem que era a coisa mais preciosa para
seus pais.
Tragicamente, no meio da adolescência, a vida do jovem tomou um rumo
tortuoso. Ele abandonou a escola e começou a sair com o pior tipo de
pessoa. Uma noite, ele entrou cambaleando em casa às três da manhã,
completamente bêbado. Sua mãe deslizou para fora da cama e saiu do
quarto. O pai a seguiu, presumindo que a esposa estivesse na cozinha,
talvez chorando. Em vez disso, ele a encontrou ao lado da cama do filho,
acariciando suavemente seus cabelos emaranhados enquanto ele desmaiava
por causa do álcool e dormia nos cobertores.
-O que faz? –perguntou o pai.
E a mãe simplesmente respondeu:
–Quando ele está acordado ele não me deixa amá-lo. 14
25
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O amor de Deus é descomplicado
A maior conquista do suíço Karl Barth, um dos teólogos mais prolíficos do
século XX, foi a sua Dogmática da Igreja , uma obra teológica de mais de
seis milhões de palavras. Foi dito que quando Barth fez a sua única viagem
aos Estados Unidos em 1962, um estudante pediu-lhe que resumisse a vasta
teologia bíblica descrita nesta vasta obra. O seu público aguardava a
resposta, presumindo que ficaria surpreso com as declarações profundas
deste homem erudito. Após uma breve pausa, ele disse : O que sei é que
Deus me ama, porque a Bíblia me disse isso . 15 O público conseguiu algo
profundo, mas também descomplicado.
Em poucas palavras, Karl Barth resume a essência de toda a teologia cristã
de uma forma que uma criança poderia entender tão facilmente quanto um
estudioso de primeira linha o faria.
O versículo 16 do capítulo 3 do apóstolo João, um dos versículos mais
amados de toda a Bíblia, capta a essência do que o amor de Deus significa
para nós: Deus amou e deu, então tudo que precisamos fazer é acreditar.
Poderíamos escrever volumes inteiros sobre o assunto e encontrar novas
áreas que ainda precisam ser examinadas. Contudo, esta vasta árvore de
conhecimento teológico deriva de uma única semente cuja simplicidade é
clara: Deus ama . Embora ele ame de uma forma profunda que nunca
poderemos compreender, ele expressou esse amor em termos que toda a
humanidade pode compreender. Não precisamos mergulhar nas profundezas
da teologia para compreender o que eu te amo significa quando dito na
linguagem do coração.
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O amor de Deus é incondicional
A maioria dos cristãos conhece a palavra ágape , que é um termo usado
para descrever o amor incondicional de Deus. Para aqueles que escreveram
o Novo Testamento, a ideia de Deus amar os seres imperfeitos de uma
forma perfeita era tão radical e nova que apenas o termo relativamente
esotérico ágape poderia capturá-la. JI Packer explica:
«O mundo greco-latino dos tempos do Novo Testamento nunca sonhou com
tal amor; Era comum eles afirmarem que seus deuses tinham desejos
lascivos por mulheres, mas nunca que amavam os pecadores, e aqueles que
escreveram o Novo Testamento tiveram que introduzir uma palavra
virtualmente nova no grego: ágape , para expressar o amor de Deus como
eles. sabia. ". 16
Esse Deus amoroso e atencioso era claramente visível no Antigo
Testamento, mas para muitos que tinham apenas uma leitura superficial
desses livros, poderia ser difícil perceber.
Contudo, no Novo Testamento, o amor de Deus é plenamente manifestado
através da revelação de Jesus Cristo. Não é nenhuma surpresa que a
mensagem tenha saído de Jerusalém e se fixado tão rapidamente na região
do Mediterrâneo. Diz que Deus ama a todos, não apenas um país, tribo ou
seita; Diz que Deus deseja salvar todos os seres humanos do emaranhado
dos seus próprios pecados e que não quer nada em troca senão aalegria da
nossa comunhão. Nunca houve uma mensagem como essa antes.
O amor incondicional desafia os impulsos mais básicos da natureza
humana.
Tendemos a amar com condições; Amamos apenas aqueles que
consideramos dignos. O
amor de Deus não é nada disso. Os cristãos veem a qualidade incondicional
do amor de Deus na cruz. É amor por quem é completamente indigno, um
amor que vem de um Deus que ama simplesmente porque é amor. Os
homens nunca poderiam ter concebido um amor assim. Só Deus poderia
ousar amar dessa maneira.
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A direção do amor de Deus
Diante disso, surge uma pergunta simples: Quem Deus ama? Claro para
todos nós. Mas
“todos nós” inclui vários grupos fáceis de identificar.
Vamos explorar esses destinatários especiais do amor de Deus e como as
Escrituras descrevem Seu amor por eles.
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Deus ama seu filho
O principal destinatário do amor de Deus é seu próprio filho, Cristo Jesus.
Em duas ocasiões
– primeiro durante o batismo de Jesus e, novamente, na sua transfiguração –
Deus Pai declarou: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo
(Mateus 3:17; 17:5).
Na sua última conversa íntima com os seus discípulos, que descrevemos
anteriormente, Jesus reconheceu o amor do seu Pai: Tu me amaste antes da
fundação do mundo (João 17:24).
Num lugar anterior do mesmo Evangelho lê-se: Porque o Pai ama o Filho,
e mostra todas as coisas que ele faz (João 5:20). Não podemos apreciar
plenamente o significado de João 3:16
e o sacrifício ao qual esse versículo alude, a menos que compreendamos o
amor profundo e permanente do Pai pelo seu Filho unigênito.
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Deus ama Israel
Um dos temas centrais do Antigo Testamento é o amor de Deus pelo seu
povo, Israel, que ele escolheu de forma especial para dar a sua bênção ao
mundo. Repetidas vezes, Deus Todo-Poderoso expressa seu amor
permanente pelo povo judeu. Por exemplo, o profeta Jeremias nos diz que
Deus será fiel a Israel enquanto o sol, a lua e as estrelas brilharem, as ondas
rugirem, os céus permanecerem imensuráveis e os fundamentos da terra
permanecerem desconhecidos (Jeremias 31:35- 37).
O profeta Isaías falou frequentemente sobre o amor especial de Deus por
Israel: Será que a mulher esquecerá o que deu à luz para parar de ter pena
do filho do seu ventre?
Mesmo que ela esqueça, eu nunca esquecerei de você.
Eis que te esculpi nas palmas das minhas mãos; diante de mim suas
paredes estão sempre lá.
–ISAÍAS 49:15-16
Uma das imagens mais surpreendentes de todas as Escrituras descreve
como Deus cuida e protege Israel. Em duas ocasiões Israel é chamado de
menina de seus olhos (Deuteronômio 32:10; Zacarias 2:8). O termo
hebraico para "menina dos olhos"
Na verdade, significa “o homenzinho com olho”, referindo-se ao minúsculo
reflexo que alguém vê de si mesmo ao olhar nos olhos de outra pessoa. Esse
“homenzinho” na pupila dos olhos de Deus é Israel. Ele está sempre
olhando para o povo de Abraão, Isaque e Jacó.
Eles estão refletidos em seus olhos, assim como Deus quer que eles o
reflitam.
O amor de Deus por Israel não significa que Ele ame menos os outros, mas
porque Ele os escolheu para realizar a tarefa especial de implementar o Seu
plano para redimir a todos nós, eles têm um lugar especial no Seu coração.
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Deus ama aqueles que crêem em Cristo
Se cremos em Jesus Cristo, então o Pai nos ama como ama seu próprio
filho. Esse é um conceito incrível. Mas na noite de sua prisão, Cristo orou
no cenáculo por essa mesma verdade (João 17:23; leia também João 16:27).
O amor do Pai pelo Filho é sagrado e insondável. Contudo, Deus prometeu
amar os crentes em Cristo com a mesma profundidade e integridade,
tornando-nos seus filhos e herdeiros plenos do seu Reino. O apóstolo Paulo
diz que aqueles que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus
(Romanos 8:14). Na sua carta aos Colossenses, Paulo fala dos seguidores de
Cristo como os escolhidos de Deus, santos e amado (3:12). E na sua
segunda carta aos Tessalonicenses, ele descreve Deus como nosso Pai, que
nos amou e nos deu consolação eterna e boa esperança para graça (2:16).
O amor de Deus pelos crentes não significa que ele não ame aqueles que
não acreditam.
Mas como crentes em Jesus Cristo, tornamo-nos filhos de Deus. Agora
Deus nos ama como sua própria família.
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Deus ama o mundo
A expressão mais profunda do amor de Deus está inscrita nesta verdade:
porque assim Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que acredite nele, não pereça, mas tenha a
vida eterna (João 3:16). Este mundo que Deus ama é um mundo que um
homem arruinou ao cair no pecado. Contudo, o fracasso do homem não
diminuiu o amor incondicional de Deus. Na verdade, como nos diz Paulo:
Mas Deus mostra seu amor por nós, quando Cristo morreu enquanto ainda
éramos pecadores para nós (Romanos 5:8).
Nas palavras de Paulo a Timóteo podemos ver também que Deus continua a
amar a todos, pecadores e santos: [Deus] quer que todos os homens sejam
salvos e chegar ao conhecimento da verdade (1 Timóteo 2:4). O apóstolo
Pedro confirma esta verdade dizendo: O Senhor não retarda a sua
promessa, como alguns consideram demora, mas é paciente conosco, não
querendo que nenhum pereça, mas Que todos cheguem ao arrependimento
(2 Pedro 3:9).
Não importa quão perverso este mundo possa ser ou quão profundo ele
possa afundar no pecado, o amor de Deus não muda. Jesus compara isso ao
amor de um pastor por uma ovelha perdida. O pastor irá ao deserto procurar
e salvar o animal perdido (Lucas 15:4).
Mas não se engane: Deus odeia o pecado, mas nunca deixa de amar os
pecadores; Ele nunca para de ir ao deserto emaranhado de seus fracassos
para resgatá-los.
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Deus te ama
Da perspectiva do amor monumental de Deus pelo mundo, podemos
duvidar que o seu amor seja também íntimo e pessoal. Mas nada poderia
estar mais longe da verdade. Em seu clássico espiritual O Conhecimento do
Santo , AW Tozer escreve: O amor de Deus é uma das grandes realidades
do Universo, um pilar sobre o qual repousa a esperança do mundo. Mas
também é pessoal e íntimo. Deus não ama as populações, ele ama as
pessoas. Ele não ama as massas, mas o homens. Ele ama a todos nós com
um amor imenso que não tem começo e não pode ter um fim 17 Com ideia
semelhante, mas mais sucinta, Santo Agostinho é conhecido por ter dito:
Deus ama você como se você fosse a única pessoa no mundo e ama a todos
como são. te ama
En su libro The Wisdom of Tenderness (La sabiduría de la ternura), Brennan
Manning cuenta la historia de Edward Farrell, un hombre que decidió viajar
desde su hogar en Detroit para visitar Irlanda durante unas vacaciones de
dos semanas, donde celebraría el octogésimo cumpleaños de seu tio.
No início da manhã daquele dia, os dois caminharam pelas margens do
Lago Killarney.
Quando o sol nasceu, seu tio virou-se e olhou diretamente para a luz do
amanhecer.
Durante vinte minutos ficaram ali em silêncio, e então o velho tio começou
a saltar pela praia, com um sorriso radiante no rosto.
Depois de alcançá-lo, Edward perguntou:
–Tio Seamus, você parece muito feliz. Você gostaria de me dizer o motivo?
“Sim, rapaz”, respondeu o velho, com lágrimas escorrendo pelo rosto.
Veja, o Pai gosta muito de mim. Oh, meu Pai me ama muito. 18
No momento em que tio Seamus sentiu o quanto seu Pai Celestial o amava,
uma enorme sensação de alegria encheu seu coração e ele começou a
dançar na praia. Você já teve um momento assim? Você já acordou e disse a
si mesmo que Ele realmente te ama?
33
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2
Deus te amou antes
que você nasceu
Oh, aquela maravilhada concepção…
Um milagre de pele e ossos, músculos e cérebro.
Você me deu a própria vida e um amor incrível.
Você observou e protegeu cada uma das minhas respirações.
–JÓ 10:10-12 ( O MENSAGEM )
Billy Bigelow é um charlatão, um personagem pitoresco e loquaz que atrai
multidões aos portões de um antigo parque de diversões. Ele é o
protagonista do clássico musical Carousel de Rodgers e Hammerstein .
Bigelow é briguento, inquieto, orgulhoso e propenso a socos e farras. Mas
no início da história algo de bom acontece com ele: ele conhece Julie
Jordan e se casa com ela. No entanto, o casamento deles é atormentado por
discussões. Bigelow perdeu o emprego e seus amigos suspeitos o convidam
para cometer um assalto. Então, enquanto ele considera a proposta, o
mundo de Billy Bigelow muda. Ele descobre que ele e Julie vão se tornar
pais.
Para demonstrar a profunda alegria e alegria de Bigelow, Rodgers e
Hammerstein dão ao seu herói uma longa canção chamada "Soliloquy". É
quase três vezes a duração de qualquer música típica da Broadway. O
homem Bigelow imagina um filho homem, seu homônimo, que estará
pronto para a ação e forte o suficiente para realizar qualquer trabalho que
empreenda: Meu filho Bill, ele será alto e forte como uma árvore, ele
também será! Conta! O
futuro pai deleita-se com as fabulosas possibilidades. Talvez ele seja um
animador de carnaval como seu velho pai, ou talvez seja eleito presidente.
Tudo é possível para esta criança.
3. 4
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E de repente Bigelow se dá conta: e se o bebê estiver uma menina? A
música para completamente, mas não por muito tempo. Ao considerar a
possibilidade de ter uma doce duplicata de sua esposa, ele aceita a ideia e
começa a cantar sobre suas preocupações em criar uma menina.
Mas no final, com os punhos cerrados em sinal de firme determinação, ele
declara em voz alta: vou tentar, vou tentar, vou tentar! Custe o que custar, é
isso que ele fará, porque uma filha precisa de um pai.
A razão pela qual conto esta história é que não importa se Bigelow tem um
filho ou uma filha, ele já está perdidamente apaixonado pelo bebê que só
chegará vários meses depois.
Sua vida encontrou um tema.
Tragicamente, Bigelow chega à conclusão de que precisará de dinheiro para
ser um bom pai e morre tentando roubá-lo. Mais tarde, seu espírito retorna
para ver que sua filha se tornou uma pessoa forte e digna, assim como ele
havia previsto. Carrossel entende errado suas idéias sobre o céu e a
salvação, mas sua representação do amor paterno por um filho ainda não
nascido acerta o alvo. Nós reconhecemos isso por nossa própria
experiência.
Quando um jovem casal anuncia que está esperando um filho, todos dizem
que isso mudará suas vidas. Mas o fato é que eles já mudaram. Desde o
primeiro momento de expectativa, eles se veem sob uma luz diferente. Eles
descobrem que é possível estar profundamente apaixonado por um pequeno
ser humano que nunca conheceram.
Eles estão cheios de sonhos sobre as coisas que farão com o filho: ir à praia,
comprar um cachorrinho, ensiná-lo sobre Deus. Até que essa criança nasça,
o pai e a mãe dificilmente pensarão em outra coisa; Depois que nascer, eles
se dedicarão completamente à sua preciosa prole.
De onde vem esse amor poderoso? A resposta é que é uma característica
hereditária.
Fomos feitos à imagem do Pai Celestial, que sentiu a mesma alegria
profunda antes de nascermos, mas Seu amor é ainda mais poderoso e
ilimitado.
A esta altura você já sabe que Deus te ama, mas já percebeu que Ele sempre
o amou, mesmo antes de você nascer? Mesmo antes de o mundo ser criado?
Ele amou você desde o início dos tempos. Vamos explorar o que a Bíblia
diz sobre o relacionamento de Deus com você antes de você nascer.
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Antes de você nascer, Deus conhecia sua identidade
Meu corpo não estava escondido de você,
Bem, eu fui formado em segredo,
E tecido nas profundezas da terra.
Teus olhos viram meu embrião, ainda sem forma.
E no seu livro todas essas coisas foram escritas,
Que foram então formados,
Sem perder nenhum deles.
–SALMO 139:15-16
O objetivo principal desta passagem é expressar uma verdade sobre Deus,
mas também aponta algo sobre a pessoa que escreveu o salmo. É evidente
que David se considerava uma pessoa antes mesmo de ter consciência de si
mesmo. Ele nos expressa: Senhor, a tua mão Cobriu-me, como pessoa, no
ventre de minha mãe. Estava escondido e tecido magistralmente nas
profundezas do corpo de minha mãe .
É importante ressaltar que o versículo 16 contém o único uso da palavra
hebraica para embrião presente nas Escrituras, que em outras versões é
traduzida por mim. substância, ainda sem forma . Enquanto Deus te
formou, ele cuidou de você com amor. Sabemos que isso é verdade porque
a Bíblia diz que Deus é amor (1 João 4:8, 16). Tudo o que Deus faz,
incluindo supervisionar o desenvolvimento do feto, é feito com amor.
Henri Nouwen explica:
Desde toda a eternidade estivemos escondidos sob a sombra da mão de
Deus e ele nos esculpiu na palma da sua mão . Antes que qualquer ser
humano nos toque, Deus nos forma em segredo e nos texturiza nas
profundezas da terra, e antes que qualquer ser humano decida sobre nós,
Deus nos dá tece no ventre de nossa mãe . Deus nos ama antes que qualquer
pessoa humana possa nos mostrar amor. Ele nos ama com o primeiro amor,
com um amor ilimitado e incondicional, Ele quer que sejamos Seus filhos
amados e nos diz para sermos tão amorosos quanto Ele 1 .
Pense no bebê que nasce numa situação estressante, talvez dentro de um
carro a caminho do hospital. Os pais passaram nove meses planejando
deixar tudo perfeito para a chegada de seus filhos a este mundo. E então
acontece algo inesperado: eles saem atrasados para o hospital, há um
engarrafamento, a mãe entra rapidamente em trabalho de parto. Mas o bebê
nasce saudável e, assim que mãe e filho estão acomodados no hospital, ela
arrulha e demonstra seu amor pelo bebê e pede desculpas pelo parto difícil.
Se aquele recém-nascido pudesse falar, abriria os olhinhos e diria: Está tudo
bem. Mamãe, estou bem. Deus me amou desde o momento em que você me
concebeu.
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Há nove meses estou coberto de seu amor e também sei que você e meu pai
eles amam Pelo que eu sei, os recém-nascidos não conseguem nem pensar
esse tipo de pensamento, muito menos dizê-los. Contudo, as palavras que
coloquei na boca do bebê são verdadeiras: Deus vê e ama os bebês no útero
desde o momento da concepção. Isso significa que você já lhes deu uma
identidade humana.
Na passagem acima, David escreve com eloquência poética incomparável
sobre este amoroso e atencioso Pai Celestial que habilmente nos une no
útero e zela pelo nosso desenvolvimento. Aprendemos também que, na sua
infinita sabedoria e poder, Deus nos criou para as nossas vidas, assim como
criou as nossas vidas para nós, escrevendo o nosso futuro no seu Livro
antes que acontecesse. É evidente que Deus nos conhecia e nos amou como
seres humanos com uma identidade específica antes de nascermos!
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Antes de você nascer,
Deus conhecia sua complexidade
Porque você formou minhas entranhas;
Você me fez na barriga da minha mãe.
eu te louvarei; porque formidáveis, maravilhosas são as tuas obras; Estou
impressionado, E minha alma sabe disso muito bem.
–SALMO 139:13-14
A tecnologia moderna nos permite ver com nossos próprios olhos a incrível
complexidade de uma criança em desenvolvimento. Em sua apresentação
no TED de 2010 , Da Concepção ao Nascimento: Visualização , Alexander
Tsiaras, matemático e Diretor de Visualização Científica da Universidade de
Yale, apresentou uma série de imagens incríveis do desenvolvimento de
uma criança na barriga. Em sua produção você poderá presenciar vídeos e
imagens inéditas da primeira divisão celular, do desenvolvimento do
coraçãocom apenas vinte e um dias, do desenvolvimento dos braços e
pernas aos vinte e dois dias e do desenvolvimento do retinas, nariz e olhos
aos cinquenta e dois dias de gestação.
Com evidente espanto pelo que testemunhou nas suas próprias imagens,
Tsiaras concluiu a sua palestra com estas palavras: A complexidade destas
coisas, o modelo matemático de Como essas coisas são realmente feitas
está além da compreensão humana.
Embora eu seja um matemático, olho para isto e fico maravilhado com a
forma como estes conjuntos de instruções formaram quem somos. É um
mistério, é mágico, é divino. 2
E o estudioso bíblico John Phillips descreve a magnífica complexidade do
nosso corpo no nível celular:
Sabemos que todo ser vivo é composto de células microscópicas tão
pequenas que a letra O
nesta página conteria de trinta a quarenta mil delas. Cada célula
microscópica é um mundo em si, abrangendo quase dois bilhões de
minúsculas moléculas atômicas. Em outras palavras, cada célula é um
microuniverso de incrível complexidade. Juntas, todas essas células formam
uma criatura viva. Cada célula tem sua própria função especializada e
funciona de acordo com um programa complexo que lhe diz quando
crescer, quando se dividir, quando produzir hormônios e quando morrer.
A cada minuto de cada dia, cerca de três mil milhões de células do nosso
corpo morrem e o mesmo número é criado para ocupar o seu lugar. Durante
qualquer momento da vida de uma dessas células, ocorrem milhares de
eventos que são precisamente coordenados em nível molecular através de
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de inúmeros mecanismos de ativação. O corpo humano possui mais de um
milhão de milhões deles; um milhão para cada centímetro quadrado de pele,
trinta bilhões no cérebro, bilhões de glóbulos vermelhos nas veias.
Obviamente, não é possível que um desenvolvimento tão complexo e
infalível das células seja resultado do acaso. 3
David, que escreveu os Salmos, nada sabia sobre os fenómenos fisiológicos
que o Sr. Tsiaras ou o Dr. Phillips apresentam sobre estruturas moleculares,
células que se dividem ou multiplicam, ou mesmo sobre números de
magnitude suficiente para descrever a enorme quantidade de células no
corpo humano. No entanto, no que diz respeito à essência, David sabia o
mesmo que esses homens. Ele entendeu que a obra de Deus para criá-lo era
maravilhosa, e de fato é.
Nosso Criador é um artista de maestria infinita; um artesão que consegue
uma quantidade surpreendente de detalhes. Tudo o que ele faz é movido e
guiado por seu amor infinito por você e por mim.
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Antes de você nascer,
Deus conhecia sua individualidade
Seus olhos viram meu embrião,
E no seu livro todas essas coisas foram escritas
Que foram então formados,
Sem perder nenhum deles.
–SALMO 139:16
Aqui David nos conta sobre a individualidade única que teve desde os
primeiros momentos no útero. Desde o início, Deus conhecia Davi e
ordenou como seria sua vida. David não foi o primeiro a contemplar o papel
de Deus na criação pré-natal da sua vida. Considere a seguinte passagem
que tirei do livro de Jó:
Oh, aquela maravilha da concepção em que você combinou
sêmen e ovo
Um milagre de pele e osso,
músculo e cérebro!
Você me deu a própria vida e um amor incrível.
Você observou e protegeu cada uma das minhas respirações.
–JÓ 10:10-12 ( O MENSAGEM )
Alguns capítulos depois, Jó afirma que Deus começa toda a vida humana
dentro do ventre: Aquele que me fez no ventre, não o fez? E nós não você se
organizou na matriz ? (Jó 31:15).
O profeta Zacarias, escrevendo várias gerações depois de Davi, ecoa o
mesmo tema, comparando a formação do espírito dentro do homem com a
criação do universo: Jeová, que estende os céus e funda a terra, e forma o
espírito do homem dentro dele (Zacarias 12:1b). O autor do Salmo 119
também escreveu sobre a obra criativa de Deus dentro do ventre: Tuas mãos
me fizeram e me formaram (v. 73).
É evidente que estes autores bíblicos compreenderam que Deus inicia a
criação do ser humano no útero e não no momento do nascimento; não no
momento em que o bebê respira pela primeira vez. Afirmam
inequivocamente que a vida humana não começa no nascimento, mas no
momento em que Deus começa a formar e moldar a nova pessoa para criar
o indivíduo único que ele ou ela deve se tornar: o momento que
conhecemos como concepção.
Ao descrever a visita de Maria à prima, também grávida, o médico Lucas
dá-nos um exemplo fascinante que valida a plena humanidade da vida no
útero: 40
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Naqueles dias, Maria levantou-se e correu para a montanha, para um
cidade de Judá; E ele entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. E
aconteceu que quando Elisabet ouviu a saudação de Mary, a criatura
saltou sobre ela barriga; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo, e clamou
em alta voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do
teu ventre.
Porque sou eu concede-me isto, que a mãe do meu Senhor venha até mim?
Porque tão cedo Quando a voz da sua saudação chegou aos meus ouvidos,
a criatura pulou de alegria minha barriga.
–LUCAS 1:39-44
Toda mãe experimentou atividades semelhantes dentro de seu útero – às
vezes de forma bastante perturbadora – que a convencem de que uma
pessoa vive dentro dela. A vida no ventre de Isabel já mostrava a
individualidade que Deus lhe havia infundido. O salto de alegria do bebê
refletiu o único futuro que Deus planejou para esta criança ainda não
nascida. Ele seria conhecido como João Batista, cuja missão e alegria seria
abrir o caminho para Cristo.
Da mesma forma, a ciência apoia a convicção de que uma criança é um ser
humano tão completo antes do nascimento como o será mais tarde. Os fatos
são simplesmente nítidos.
O Dr. Watson A. Bowes, da Faculdade de Medicina da Universidade do
Colorado, declarou: O início de uma única vida humana é, do ponto de
vista biológico, uma pergunta simples e direta: seu princípio é a concepção
. 4 Em 1981, após ouvir depoimentos de especialistas sobre quando a vida
humana começa, um subcomitê do Judiciário do Senado dos EUA concluiu:
Médicos, Biólogos e outros cientistas concordam que a concepção sinaliza
o início da vida. vida de um ser humano; um ser que está vivo e que é
membro da espécie humana.
Há uma coincidência decisiva sobre este assunto em inúmeros escritos
médicos, biológico e científico . 5
Em seu livro A Case for Life , Scott Klussendorf resume essas afirmações
com as seguintes palavras: Em suma, você não vem de um embrião. Você já
foi um embrião. Em nenhum momento do seu desenvolvimento pré-natal
você passou por uma modificação ou mudança substancial em sua
natureza. você começou como ser humano e você continuará assim até a
sua morte. É verdade, na primeira fase da sua vida Faltou maturidade
(assim como outros recém-nascidos), mas você ainda você era humano
(negrito adicionado). 6
Tanto a convicção das mães como as evidências científicas são
convincentes. Mas uma vez considerado o lugar que Deus representa na
formação pré-natal, o argumento fica resolvido. Deus conheceu você e o
amou como uma pessoa plenamente humana antes mesmo de criá-lo. Ele
amou você ao prepará-lo para este mundo na beleza da gravidez humana. E
o tempo todo ele tinha 41 preparados
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uma vida e um propósito para você, adequados à sua individualidade única.
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Antes de você nascer, Deus conhecia sua dignidade
Porque nele foram criadas todas as coisas, as que estão nos céus e as que
estão no que estão na terra, visíveis e invisíveis; sejam tronos, sejam
domínios, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado através dele
e para ele.
–COLOSSENSES 1:16
Eu não gostaria de ser presidente dos Estados Unidos em 3 de fevereiro de
1994. OU
vice-presidente. Ou senador ou deputadoou qualquer outro membro de alto
escalão do governo. Esses trabalhos são desafiantes em qualquer dia, mas
nesta ocasião, uma pequena mulher da Índia fez com que os líderes do
regime mais poderoso da Terra se sentissem muito mais pequenos. Eu não
queria fazer isso. Eu não queria repreendê-los ou criticá-los.
Na verdade, ele falou com muita ternura, simplesmente falando sobre como
a vida humana é valiosa para Deus.
A falecida Madre Teresa de Calcutá, fundadora das Missionárias da
Caridade, foi convidada para falar no Café da Manhã Anual de Oração em
Washington, DC. Embora ela estivesse em uma plataforma, a cabecinha da
freira mal era visível acima do pódio. Mas a sala estava tão silenciosa que
não havia ninguém que não ouvisse claramente a sua mensagem.
Madre Teresa falou sobre a dignidade e o valor de toda a vida, o direito de
cada vida humana de receber amor, algo que todos aqueles que se reuniram
no café da manhã de oração concordaram. Mas a meio do seu discurso ele
disse: Sinto que o maior destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma
guerra contra a criança, uma matança directa de inocentes que morrem às
mãos da sua própria mãe. E se aceitarmos que uma mãe pode matar o seu
próprio filho, como poderemos dizer às outras pessoas para não se
matarem?
E então, falando diretamente para um público que incluía as pessoas mais
poderosas do planeta, ele implorou:
Por favor, não mate as crianças. Eu amo essas crianças. Por favor, me dê as
crianças. Estou disposto a aceitar qualquer criança que queira ser abortada e
entregá-la a um casal que a ame e receba o amor dessa criança.
Só no nosso orfanato em Calcutá, salvamos mais de 3.000 crianças do
aborto. Estas crianças deram muito amor e alegria aos seus pais adotivos e
também cresceram cheias de amor e alegria.
Se nos lembrarmos que Deus nos ama e que podemos amar os outros como
Ele nos ama, então a América poderá tornar-se um sinal de paz para o
mundo. Daqui [em Washington, DC], um 43
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sinal de interesse pelos mais fracos entre os fracos: as crianças que ainda
não nasceram. Se você se tornar um farol ardente de justiça e paz no
mundo, então será verdadeiramente fiel ao que os fundadores deste país
defenderam. Que Deus te abençoe !7
Naquele dia, Madre Teresa falou com ousadia diante de um público de elite
e eles ouviram porque ela conquistou o direito de ser ousada. Todos sabiam
que as ações de Madre Teresa e das suas irmãs correspondiam às suas
palavras, cuidando daqueles que o mundo tinha esquecido ou escolhido não
amar. O conceito que tanto as suas palavras como a sua vida transmitiram
foi que toda a vida tem dignidade e valor aos olhos de Deus. O mendigo
infestado de vermes numa rua indiana tem coragem. A jovem mãe que
carrega um bebê indesejado no ventre tem coragem. E a criança que é
Nascer tem valor.
Em Colossenses 1:16, o apóstolo Paulo nos dá uma razão pela qual Deus
valoriza toda a vida, uma razão que nem sempre consideramos: Porque em
[Cristo]
Todas as coisas foram criadas, as que estão no céu e as que estão na terra,
visível e invisível; sejam tronos, sejam domínios, sejam principados, sejam
potestades.
Tudo foi criado através dele e para ele .
Marquei a última frase em negrito porque ela enfatiza Cristo como a fonte
de toda a vida na criação. Tudo existe através de Jesus Cristo e para Jesus
Cristo. Ele abençoou-o como algo bom (Gênesis 1:31), o que significa que
era extremamente valioso para Ele.
Agora, é aqui que você e eu entramos em cena: Cristo nos concedeu a
grande honra e responsabilidade de sermos administradores de tudo que Ele
criou na terra (Gênesis 1:28).
Isso significa que o que é valioso para Ele também deve ser valioso para
nós.
Consequentemente, temos o dever, como tutores, de perguntar: estou
vivendo de acordo com a dignidade que vocês incutiram na vida humana?
Você agrada as decisões que tomo sobre a vida que você criou?
Você pode imaginar alguma possibilidade de que Jesus Cristo responderia:
Sim, estou satisfeito com o seu decisão de acabar com a vida de milhões de
crianças em gestação, crianças que criado através de mim e para mim?
Não! Isso nunca poderia agradar a Cristo.
Estou convencido de que você fica profundamente ofendido toda vez que
tiramos voluntariamente uma vida inocente que foi criada à imagem de
Deus.
Embora tenha certeza de que a resposta ao aborto é simples, entendo que
seja um tema difícil de discutir no atual clima social. Assim como muitos
representantes do governo em Washington ficaram desconfortáveis com as
palavras de Madre Teresa em 1994, alguns de vocês que estão lendo estas
páginas também ficarão desconfortáveis com as minhas palavras.
Você pode viver com arrependimento e remorso por uma decisão que tomou
no passado.
Nesse caso, oro para que você não ouça que o Pai, Jesus, a mãe 44
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Teresa ou eu estamos condenando você por essa decisão. O aborto não é um
pecado imperdoável e a misericórdia está aos pés da cruz de Cristo para
todos os que escolheram o oposto do melhor de Deus. Imploro-lhe que se
dê a vantagem de ver quaisquer decisões erradas que tenha tomado na vida
– incluindo um aborto.
como Deus vê quando uma culpa é confessada: como uma opção que é
perdoada pelo sangue de Cristo.
Aqui está outra palavra de esperança e encorajamento para aqueles que
tomaram essa decisão: se você aceitar a oferta de perdão e vida eterna de
Cristo, acredito de todo o coração que você verá seu filho ainda não nascido
novamente e se alegrará com ele em uma reunião de amor que está além da
imaginação. Com base numa vida inteira de procura para compreender o
amor e a misericórdia de Deus – especialmente no que se refere às crianças
– acredito que as crianças cujas vidas terminaram antes de nascerem
alegram-se na presença de Deus agora e assim o farão durante o resto do
mundo.
Quatro cinco
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Antes de você nascer, Deus conhecia seu destino
Antes de te formar no ventre eu te conheci, e antes de você nascer Eu te
santifiquei, fiz de você profeta para as nações.
–JEREMIAS 1:5
Nesta passagem, Deus diz quatro coisas específicas a Jeremias:
• Eu formei você.
• Te conheci.
• Eu santifiquei você.
• Eu dei.
Quando o Senhor disse a Jeremias que o havia dado como profeta às
nações, este último deve ter se perguntado se Deus realmente havia pensado
nisso! Ele começou a apresentar razões pelas quais não estava qualificado
para cumprir o destino que Deus tinha para ele: Ah! Ah, Senhor Jeová! Eis
que não sei falar, porque sou criança (Jeremias 1:6).
Mas Deus sabia exatamente o que estava fazendo. Como o próprio chamado
indica, ele havia pensado nas coisas com bastante cuidado: Jeremias, isto
não é um Decisão espontânea da minha parte. Você não percebe que eu
sabia tudo sobre você quando você mãe ainda carregava você no ventre?
Você percebe que eu já havia determinado isso destino para você para
sempre?
Deus havia planejado esse momento e aguardava com alegria a profunda
satisfação de ver seu filho usar os dons que ele havia reservado com tanto
amor para ele. Quando Jeremias citou sua inexperiência juvenil, Deus o
tranquilizou dizendo que estou com você para livrá-lo (v. 8). Ele colocou a
mão nos lábios de Jeremias e declarou: Eis que ponho as minhas palavras
na tua boca (v. 9).
Assim como fez com Jeremias, Deus valoriza os momentos em que nos vê
nos tornarmos o que ele nos projetou para sermos e avançarmos em direção
ao destino que ele planejou para nós. John Ortberg explica: Se eu amo
alguém, isso significa que tenho certas esperanças, intenções e desejos
para essa pessoa. Estou no seu lado. Anseio por ti florescer e prosperar.
Quero que você alcance todo o seu potencial. Eu quero que seja cheio de
virtude e beleza moral. 8
A diferença é que com o amor de Deus esses tesouros existem diante de
nós.
Ele os reservou para nós desde o início. Paulo fala deste conhecimento e
amoreterno de Deus ao escrever aos Gálatas sobre a sua própria vocação.
Explique que Deus Ele separou-se desde o ventre de minha mãe e me
chamou por sua graça para revelar seu Filho em mim, para que eu pudesse
pregar a ele entre os gentios (Gálatas 1:15-16a).
Assim como Deus tinha um destino para Jeremias e Paulo, Ele também tem
um destino que escolheu para cada um de nós antes de nascermos.
46
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Antes de você nascer,
Deus conhecia suas possibilidades
Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, segundo nossa
semelhança; e tenha domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu,
nos animais, em toda a terra e em todo réptil que rasteja pela terra. terra.
E Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou;
masculino e a fêmea os criou.
–GÊNESIS 1:26-27
Warren Wiersbe destacou que existe um diálogo divino entre os membros do
divindade antes do homem ser criado, algo não visto em nenhuma outra
fase da Criação. 9 Deste diálogo nasceu a determinação de Deus de criar o
homem à sua imagem. Ser feitos à imagem de
Deus não significa que somos semelhantes a Deus em todos os sentidos.
Nossa semelhança consiste em sermos portadores de seu caráter e natureza,
embora esses atributos tenham sido reduzidos pela Queda do Homem.
Fomos criados para ser um reflexo especial da natureza de Deus. Em tudo o
que fazemos, revelamos uma imagem de Deus numa tela menor. Nossas
obras refletem as obras de Deus.
Nosso amor dá uma indicação da maneira como Ele ama. Ele nos deu
domínio sobre esta terra (Gênesis 1:26), assim como Ele tem domínio sobre
toda a criação. Tal pai, tal filho (e filha).
Embora sejamos seres físicos, temos uma natureza espiritual, assim como
Deus. É por isso que sentimos culpa, amor e outras emoções complexas.
Apesar dos nossos defeitos, preservamos a imagem e a glória do Pai.
Para ilustrar esse conceito, pense em um novo pai orgulhoso esperando para
segurar seu filho nos braços pela primeira vez. Quando a enfermeira
sorridente traz para ele aquele pequeno embrulho cujo rosto está vermelho e
os olhos semicerrados, o pai fica mais feliz do que nunca. Sua alegria
transborda e ele não pode deixar de orar e agradecer. Este é o seu filho que
vive e respira: sangue do seu sangue, carne da sua carne. Esta criança é uma
criação especial de si mesmo e da pessoa que ele ama mais do que
ninguém: sua esposa.
O pai já percebe, com uma onda de excitação, que o bebê terá os olhos, o
queixo adorável da esposa. O menino é sua cara!
A experiência extática de um novo pai reflete como Deus se sente, olhando
através da janela do tempo, sobre você e eu. Toda a sua criação é boa; não
há exceções. O apreço dele por você vai além da imaginação humana e
você tem possibilidades além dos seus sonhos mais loucos.
Temos testemunhos de inúmeras vidas em que essas possibilidades quase se
extinguiram antes de nascermos. Uma dessas pessoas é Tim Tebow. Esta é a
história dele, que resumo do anúncio Celebrate Life : 47
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Você já deve ter visto o anúncio Celebre a Família, Celebre a Vida! que foi
ao ar durante o Super Bowl XLIV e contou com Tim Tebow e sua mãe,
Pam. Semanas antes de ser exibido, esse anúncio já havia despertado uma
ampla gama de emoções intensas. Aqueles que Eles “se opuseram”,
consideraram-no ofensivo e denegridor. Os “a favor” regozijaram-se com o
facto de a sua mensagem ter promovido o valor da vida e da família no
maior palco mediático do mundo. O que causou tanta agitação? A simples
história de uma mãe que optou por ficar com o bebê em vez de abortá-lo.
Durante a década de 1980, Bob e Pam Tebow mudaram-se para as Filipinas
com sua jovem família. Meses depois, Pam foi infectada por uma perigosa
ameba patogênica e entrou em
coma. O uso de medicamentos fortes reverteu seu quadro, mas durante
aquele extenso tratamento Pam engravidou. Os seus médicos, que sabiam
que as drogas poderosas já poderiam ter matado o embrião, recomendaram
um aborto.
Em vez disso, Pam optou por interromper o tratamento na esperança de
salvar seu bebê.
Ela e Bob pediram ajuda a Deus. O momento difícil que viveram que se
seguiu culminou com a indicação de repouso no leito durante os dois
últimos meses de gestação. Então, em 14 de agosto de 1987, Pam deu à luz
um menino saudável (embora ligeiramente desnutrido) a quem deram o
nome de Timothy Richard Tebow.
Se você já assistiu o homem de 1,80 metro e 100 quilos que Tim Tebow se
tornou jogar futebol, sabe que é difícil imaginar que ele tenha sido produto
de uma gravidez difícil.
Mas mesmo que Tim nunca tivesse jogado um único jogo de futebol, a sua
história precisa de ser contada nos nossos tempos, em que a vida tem pouco
valor e a gravidez é descartável. 10
Há uma geração, quando alguém falava de um feto, referia-se a ele como
um bebê. E as grávidas não tinham dúvidas de que carregavam no ventre
um bebê, uma pessoa humana. É
difícil alguém pensar positivamente sobre matar um bebê. Então, para virar
de cabeça para baixo o desagrado da ideia, a palavra bebê foi substituída
por termos como "feto",
“embrião” ou mesmo “monte de tecidos”. São termos impessoais e clínicos
facilmente associados a excrescências ou tumores. Estas palavras,
completamente desprovidas das ternas emoções associadas a um bebé ,
permitiram que as pessoas tratassem a gravidez como algo semelhante a
uma doença indesejável, em vez do privilégio elevado que é: o privilégio de
criar entes queridos que tenham possibilidades eternas, concedidas por
Deus.
Para piorar a situação, surgiram novos 48 na batalha pela vida humana.
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termo: "aborto pós-parto". Este tipo de aborto, anteriormente conhecido
como infanticídio, permite que os bebés sejam mortos depois de nascerem.
De acordo com o artigo de Marvin Olasky publicado na revista World:
A essência do argumento não é nova em universidades como Princeton,
onde o professor de ética Peter Singer há muito que aprova o assassinato de
crianças de um ano de idade com deficiências físicas ou mentais. Mas os
autores Alberto Giubilini e Francesca Minerva levam esta tese mais longe
ao defenderem a morte de qualquer ser humano incapaz de
“atribuir qualquer valor à própria existência. . O simples fato de ser humano
não é, por si só, motivo para atribuir a alguém o direito à vida”. onze
A possibilidade de esta atitude se tornar aceitável representa um perigo de
importância quase sem paralelo. Um escritor explica: A chamada “ética da
qualidade do A “vida” é
essencialmente mais perigosa que a guerra nuclear, porque destrói a
própria vida. alma da nossa civilização, não apenas os corpos. Afirma que
o valor de uma pessoa o ser humano não é infinito e calculável, varia de
acordo com a saúde, inteligência e utilidade social. Isso é exatamente o que
Hitler acreditava. 12
No meio desta realidade assustadora, talvez tenha chegado o momento de
reavaliar as nossas estratégias, reorientar a nossa mensagem e realocar os
nossos recursos para onde as verdadeiras batalhas são vencidas e perdidas.
Por exemplo, e se começássemos a pensar no debate sobre o aborto em
termos de amor? Um autor explica: E se considerarmos cada gravidez como
uma nova oportunidade de amor, um presente insubstituível que nos desafia
a amar novamente?.. De uma perspectiva geral, o amor é uma forma muito
mais poderosa de ver o mundo. O amor muda todas as coisas. As pessoas
morrem por amor; Eles levam suas energias e recursos ao limite por amor.
Eles vão até os confins da terra por esse motivo. Eles assumem os maiores
desafios para ele. Eles jejuam e apertam os cintos, procuram empregos
extras e perdem o sono por causa do amor. O amor nos leva a encontrar um
caminho. É a dimensão mais profundamente humana da nossa vida porque,
ao mesmo tempo, é aquela que tem as raízes mais profundas no divino.
Cada criança deve ser especial para nós, porque cada uma é especial para
Deus. 13
E se as nossasestratégias revelassem melhor o amor altruísta de Deus?
O que aconteceria se mais cristãos começassem a fazer sacrifícios – grandes
e pequenos –
para espalhar o amor de Deus, seja apoiando ou participando em ministérios
em nome dos nascituros?
Com os nossos recursos limitados, tentámos fazer isto apoiando centros de
cuidados de gravidez em crise na nossa cidade. Na área ao redor de 49
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Shadow Mountain Community Church em El Cajon, Califórnia, existem
dois centros de cuidados que ajudam mulheres jovens em crise a tomar as
decisões corretas em relação aos seus filhos ainda não nascidos. Na mesma
área, existem doze centros de planeamento familiar que ajudam as mulheres
jovens a tomar decisões erradas sobre os seus filhos ainda não nascidos.
No início de 2012, decidimos estabelecer uma parceria inovadora com
outros dois centros de gravidez em crise, ajudando-os a angariar dinheiro
para os seus ministérios. Como muitos outros ministérios nos Estados
Unidos, eles obtêm quase todos os seus recursos de doações arrecadadas
num banquete anual.
Estes centros heróicos salvam as vidas de centenas de crianças inocentes em
gestação, bem como as vidas espirituais das suas mães confusas e cheias de
culpa. Mas, ao contrário da organização de planeamento familiar, que
dispõe de amplos recursos e apoio do governo, não existe uma rede
nacional que lhes forneça ajuda. A maioria foi iniciada por templos
locais ou grupos de cristãos preocupados dentro da comunidade. Não são
organizações complexas, simplesmente ajudam as jovens mulheres grávidas
a tomar a decisão certa sobre os seus filhos ainda não nascidos, prestam
bons cuidados pré-natais e, em alguns casos, ajudam as raparigas a colocar
os seus filhos em lares cristãos.
Os centros de atendimento a gestantes em crise também contam com
aparelhos de ultrassom. Esses dispositivos podem ser responsáveis por
salvar a vida de mais bebês do que qualquer outra coisa feita hoje. Estudos
indicam que quando uma mãe consegue realmente ver a criança no seu
ventre, a probabilidade de fazer um aborto é reduzida em sessenta por
cento. 14 Em muitos aspectos, o aparelho de ultrassom é o equivalente
moderno do Salmo 139:13-16.
Permite que as mães vejam exatamente o que David escreveu de forma tão
vívida e com tanta admiração sobre o feto.
Num esforço para apoiar os nossos dois centros de crise, a nossa
congregação lançou uma campanha de angariação de fundos com a duração
de quatro meses. Compramos mais de cinco mil garrafas e distribuímos
para toda a nossa congregação, desde crianças até adultos.
Desafiamos nosso povo a encher essas garrafas com o troco que ainda
restava e devolvê-las ao nosso templo no Dia das Mães.
Não me lembro de nada que tenha capturado o entusiasmo e o amor do
nosso povo como esta campanha. Toda semana, nossos membros devolviam
centenas de mamadeiras cheias de moedas e, sem exceção, os doadores
queriam os recipientes de volta para que pudessem reabastecê-los. No ritmo
em que estamos no momento em que escrevemos este capítulo,
arrecadaremos uma quantia que ultrapassará em muito os cem mil dólares,
que será dividida entre nossos dois centros.
A nossa oração é que a vida de muitas crianças seja salva para que possam
cumprir as gloriosas possibilidades que Deus tem reservadas para elas.
cinquenta
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Antes de você nascer, Deus conhecia seu legado
Pois eu bem sei o que penso de vocês, diz o Senhor, pensamentos de paz, e
não de mal, para lhe dar o fim que você espera.
–JEREMIAS 29:11
O profeta Jeremias escreveu este versículo aos judeus exilados na Babilônia
para assegurar ao povo de Deus que Ele não os havia esquecido durante os
setenta anos de cativeiro. Mas o
versículo aplica-se certamente aos nossos tempos: assegura-nos que
também temos um futuro e uma esperança.
Apesar disso, esta passagem levanta questões sobre o amor de Deus: se
antes de nascermos, Deus sabia tudo sobre nós (o que é verdade), será que
Ele conhecia as dificuldades e tristezas que passaríamos? Se ele os conhecia
e não os impediu, o que isso nos diz sobre o amor de Deus? Que fim
podemos esperar das deformidades físicas, dos defeitos mentais e
congênitos e de outros distúrbios com os quais as crianças nascem?
Embora numa cultura que julga o valor pela “qualidade de vida” seja difícil
imaginar essa possibilidade, mesmo aqueles que sofrem de defeitos graves
conseguem o fim que desejam.
Muitos deles vivem num estado de felicidade que surpreende a todos nós.
Uma dessas pessoas é Gianna Jessen, que serviu de inspiração para o filme
de sucesso October Baby .
A mãe de Gianna, que tinha dezessete anos na época, decidiu fazer um
aborto com injeção de solução salina quando estava grávida de sete meses e
meio. Neste método de aborto, solução salina é injetada no útero e nas
próximas vinte e quatro horas a mãe dá à luz um bebê natimorto. Porém,
por um milagre, Gianna sobreviveu dezoito horas na solução salina antes de
nascer viva. No momento do parto, os serviços de urgência levaram a bebé
de quase um quilo para o hospital, onde, após três meses entre a vida e a
morte, conseguiu sobreviver. Aos dezessete meses, Gianna foi
diagnosticada com paralisia cerebral devido à falta de oxigênio causada
pela tentativa de aborto. O prognóstico era sombrio: ela nunca conseguiria
levantar a cabeça, sentar-se direito ou andar.
Muitos daqueles que são influenciados pelo entendimento comum da
cultura de hoje pensariam que Gianna teria ficado melhor se o aborto
tivesse sido bem-sucedido, em vez de deixá-la com uma existência tão
limitada. Certamente ela não teria o fim que poderia esperar.
Mas o amor e o cuidado diligente de sua mãe substituta provaram que essas
previsões estavam erradas. Depois de quatro cirurgias, aparelhos
ortopédicos e fisioterapia cansativa, Gianna não apenas caminha, mas
também correu várias maratonas. Ela escreveu e gravou diversas músicas e
se tornou uma efetiva defensora da vida, dando palestras antiaborto diante
de legislaturas estaduais, parlamentos de outros países, até mesmo antes do
Congresso dos 51º Estados.
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Ingressou. quinze
Mesmo antes de Gianna Jessen ser concebida, Deus tinha um legado
planejado para ela: um propósito e uma esperança! Ele pegou o mal que
outros cometeram e usou-o para o bem. A vida de Gianna não é um
acidente, nem o seu trabalho.
Infelizmente, centenas de milhões de indivíduos não serão capazes de
cumprir o seu legado deste lado do céu. Considere o seguinte:
Os primeiros bebés abortados em 1973, quando o aborto se tornou legal nos
Estados Unidos, teriam completado trinta e nove anos em 2012 e estariam
no auge da vida. Nunca saberemos o que os 52 teriam se tornado
milhões de bebês americanos que foram abortados desde então. Como diz a
jornalista Sally Jenkins: O aborto não envolve apenas questões sérias
relacionado à vida, também tem a ver com vidas potenciais: Vencedores do
Troféu Heisman, cientistas, médicos, artistas, inventores.
Jogadores da liga infantil que nunca existiriam se suas mães agentes
biológicos não teriam considerado os riscos e não teriam escolhido
transportar suas gestações a termo . 16
No caso dos 52 milhões de bebés abortados, as possibilidades maravilhosas
que Deus reservou para eles nunca serão alcançadas.
Se Deus vê desde o início até o fim dos tempos – e ele vê – então ele vê o
que não podemos ver; ver além de nossas dificuldades e limitações, o
impacto eterno que teremos sobre os outros. Embora a nossa visão do futuro
seja mais do que nebulosa, podemos agarrar-nos à ilusão de que
descobrimos o que é a vida. Tendemos a pensar que será igual ao passado e
ao presente, mas nunca é.
Vários acontecimentos nos últimos anos apanharam o mundo de surpresa,
desde os ataques ao World Trade Center e ao furacão Katrina, ao colapso
económico e ao tsunami do Japão.
Considere sua própria vida. Não é verdade que muitacoisa aconteceu
enquanto você fazia outros planos? Nunca antecipamos as voltas e
reviravoltas da estrada que temos pela frente. Mas Deus antecipa todas as
coisas e vê a vida inteira das pessoas que ainda não nasceram. Ele pode ver
seus filhos, seus netos e todas as gerações que virão. Seu amor infinito por
você inclui preencher sua vida com um significado eterno.
Deus sabe as coisas que ainda precisa alcançar através de você: o legado
que você deixará através das vidas que você toca e das vidas que são
mudadas pela sua influência.
A linguagem do Salmo 139, que descreve a vida dentro do útero, é poderosa
e irrefutável. O
termo entrelaçado significa literalmente entrelaçado . Deus nos entrelaçou.
Somos parte de uma tapeçaria intrincadamente desenhada onde ele tece
todas as coisas para o bem daqueles que o amam e a quem ele chamou
segundo o seu propósito (Romanos 8:28). É o projeto segundo o qual suas
intenções são cumpridas lenta mas seguramente.
52
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Você tem um lugar nesse projeto e ele é muito maior do que você poderia
imaginar. Como um único encadeamento nesse gráfico, você pode ver os
encadeamentos que você cruza.
Mas Deus pode ver toda a extensão de cada fio. Ele sabe exatamente o que
realizará através da sua vida, exatamente quais boas obras Ele preparou
para você (Efésios 2:10). Todo o espectro do legado que você deixa está
além da sua vista. Você simplesmente deve acreditar, com base nas
Escrituras, que o fio da sua vida se estenderá através do tempo,
influenciando aqueles que você nunca viu.
Comecei este capítulo com a história de um charlatão fictício e quero
terminá-lo com uma personagem real: uma mulher chamada Norma
McCorvey. Norma tinha 21 anos em 1969, era solteira e mãe de dois filhos;
um que estava sob a guarda da avó da criança e outro que ela entregou para
adoção. Enquanto trabalhava em qualquer emprego que pudesse encontrar –
até mesmo como locutora em uma feira itinerante – ela descobriu que
estava grávida novamente. Ao tentar fazer um aborto, descobriu que o
procedimento era ilegal no Texas, exceto em casos de estupro ou incesto.
Então ela mentiu e alegou que havia sido estuprada, mas a acusação foi
retirada por falta de provas.
Dois advogados usaram os desejos de aborto de Norma para processar o
estado do Texas.
Para proteger o anonimato de Norma, ela recebeu o nome fictício de “Jane
Roe”, que entrou para a história no agora famoso caso da Suprema Corte,
Roe v. Wade ("Wade" era o promotor local no condado de Dallas, Texas).
Em 1973, o Supremo Tribunal decidiu a favor de Norma McCorvey e,
desde essa data, os abortos eletivos têm sido legais nos Estados Unidos (o
terceiro filho de Norma nasceu antes de o caso ser decidido).
Mas Norma McCorvey mudou de ideia. No início da década de 1990, ele
professou sua fé em Cristo e escreveu dois livros afirmando sua posição
pró-vida. No seu segundo livro, Won by Love (1998), ela descreve a sua
súbita consciência de que a vida no útero é um bebé, uma criança que Deus
ama: Quando a minha conversão [a Cristo] se tornou pública, falei
abertamente com os repórteres sobre a minha contínua apoio ao aborto legal
no primeiro trimestre. A mídia aproveitou-se disso para minimizar a
seriedade da minha conversão, dizendo que a minha atitude era típica da
“ambivalência geral” da nossa cultura em relação ao aborto. Mas algumas
semanas depois da minha conversão, eu estava sentado nos escritórios da
[Operação Resgate] quando notei um pôster sobre o desenvolvimento fetal.
O
progresso era tão óbvio e os olhos tão suaves. Meu coração doeu só de olhar
para eles.
Eu corri e finalmente percebi isso. Norma , eu disse a mim mesmo, eles
estão certos .
Durante anos trabalhei com mulheres grávidas. Eu mesma passei por três
gestações e três partos. Eu deveria saber. No entanto, algo naquele sinal me
deixou sem fôlego. Continuei vendo a imagem 53
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daquele embrião minúsculo de 10 semanas e eu disse para mim mesmo:
isso é um bebê!
Foi como se uma venda tivesse caído dos meus olhos e de repente eu
entendi a verdade: isso é um bebê! 17
Este capítulo não se refere ao aborto. O aborto é apenas o sintoma mais
visível de uma doença mais profunda: a perda de consciência de que Deus
ama a vida, incluindo a vida dentro do útero. A essência deste capítulo é
que Deus amou você como uma verdadeira pessoa humana antes de você
nascer. Nada além do amor pode explicar o fato de que Deus nos vê e cuida
de nós, mesmo antes de sermos concebidos, nascermos ou cometermos
qualquer pecado.
É importante estar ciente do panorama geral. Aqueles que não acreditam
que Deus os criou e os amou de maneira temível e maravilhosa desde o
início dos tempos terão dificuldade em confiar que o amor de Deus os
envolve enquanto enfrentam os desafios da vida.
Mas se você acredita que antes de você nascer Deus entrelaçou todos os
dias da sua vida desde a concepção até a eternidade, então você tem o
contexto para acreditar que a sua vida segue uma ordem, a ponto de usar a
adversidade para que você alcance a recompensa eterna. E esse contexto é o
amor.
Deus te amou antes de você nascer. Ele te ama hoje. E o seu legado é que
Ele te amará para sempre.
54
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3
Deus esculpiu seu amor
em pedra
Jeová veio do Sinai…
Com a lei do fogo à sua direita.
Ele ainda amava seu povo.
–DEUTERONÔMIO 33:2-3
Talvez tenha sido Ted Turner quem melhor captou a atitude de que os Dez
Mandamentos foram dados com o único propósito de tirar a diversão da
vida.
Há alguns anos, o fundador da CNN e de outras redes de televisão a cabo
disse ao Dallas Morning News que o cristianismo era “uma religião para
perdedores”. 1
Ele comentou que sua vida pendia um pouco para o lado selvagem, e se ele
foi condenado ao inferno, que assim fosse.
Pouco depois dessas declarações, Turner compareceu perante a Associação
Humanista Americana e proclamou que havia chegado a hora de atualizar
os Dez Mandamentos. Ele disse que elas estavam extremamente
desatualizadas e que era hora das suas “Dez Iniciativas Voluntárias”, que
estavam indo numa direção muito mais politicamente correta.
Estas iniciativas incluíam padrões verdes, um juramento de não-violência,
um esforço para ser mais amigável e uma promessa de não ter mais do que
dois filhos (embora, mais uma vez, Turner tivesse começado com o pé
esquerdo; ela já tinha cinco filhos). 2
Alguns zombaram da “Boca do Sul”, como era conhecida. Mas em certos
círculos humanistas, a lista dos Dez Princípios de Turner continua a ser uma
fonte de admiração e estudo. Certamente estes padrões dizem a muitas
pessoas o que elas querem ouvir, 55
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sem fazer qualquer exigência de moralidade pessoal ou, em qualquer caso,
qualquer menção a Deus.
Ao longo dos anos, ouvi ecos da perspectiva de Turner vindos da boca de
muitas pessoas comuns. Lembro-me de um jovem que me procurou em
meio a vários problemas em sua vida. Falei com ele sobre Cristo, sobre o
pecado e a necessidade de perdão. Ele suspirou, revirou os olhos para o céu
e disse: “O cristianismo nada mais é do que uma lista de regras estúpidas
que tiram a felicidade da vida. Preciso te contar, Dr.
Jeremias, não consigo pensar em nenhum bom motivo para me tornar
cristão.
Há algo dentro de nós que faz com que realmente não gostemos de regras.
Quando você está atrasado para um compromisso e pisa no acelerador para
atravessar a cidade o mais rápido possível, aquele sinal de pare parece um
verdadeiro incômodo. E se você não vir nenhum outro carro por perto,
parece mais uma “regra estúpida”.
Por outro lado, se você chegar a esse cruzamento e vir outro carro
acelerando em sua direção e ignorando a placa, as regras parecerão muito
melhores. Nesse momento você aprecia as placas de trânsito e entende que
elas foram colocadas para te proteger.
Os Dez Mandamentos sãosinais de parada nos principais cruzamentos da
vida.
Eles nos foram dados por aquele Deus que nos ama e quer o melhor para
nós.
Em seu livro A Mensagem Perdida de Jesus, Steve Chalke discute o erro
comum de ver essas regras como simples obstáculos restritivos que Deus
espera que ultrapassemos. Ele explica que as pessoas têm a ideia de que os
mandamentos são requisitos para obter a aprovação de um Deus exigente.
Mas a Bíblia não diz nada disso. Os Dez Mandamentos foram dados a
Moisés e aos israelitas no deserto, onde Deus já havia demonstrado seu
amor e aceitação.
Essas pessoas foram escravas no Egito e receberam tratamento cruel. Deus
os libertou e então cuidou de suas necessidades durante a fuga. Depois de
fazer isso, ele os levou ao Monte Sinai para fazerem uma declaração: Agora
que vocês confiam em mim, quero ajudá-los com sua vida. Faça o que eu
lhe digo e você encontrará a felicidade; e o mundo Você verá e saberá que
eles são meu povo . 3
O falecido pastor e escritor Ron Mehl disse que estes mandamentos são, na
verdade, expressões do amor do Pai pelos seus filhos: uma mensagem terna
e emocionante que vem de a própria mão de Deus… Tudo está incluído.
Não deixa nada de fora. Esses dez As afirmações são abrangentes e afetam
quase todas as áreas de nossas vidas. São os parâmetros que regem como
viver: as verdades que Ele conhece proporcionarão bênçãos e força, um
futuro e uma esperança . 4
Ao voltar na história, descobri outras pessoas que viam o Decálogo como
uma expressão do amor de Deus. Num dos seus sermões, o pregador
britânico Charles Haddon Spurgeon disse: A lei dos Dez Mandamentos é
uma dádiva de enorme bondade para com os filhos dos homens, porque
eles nos dizem a maneira mais sábia e feliz de ao vivo. Não proíbem nada
além daquilo que nos seria prejudicial e não impedem nada que seja um
verdadeiro prazer para nós... Deus não faz leis que nos neguem 56
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nada que seja realmente para o nosso bem... Devemos considerar o
presente do lei como um sinal do amor de Deus . 5
No passado nem sempre considerei as leis do Antigo Testamento como uma
expressão de amor. Perguntei-me como foi possível ao povo judeu suportar
o fardo de todas aquelas regras e regulamentos que pareciam obrigá-los em
todos os sentidos. Mas meu entendimento estava incompleto. O filósofo
cristão Peter Kreeft me ajudou a focar na verdade:
A lei expressa amor e está ao seu serviço. Em geral não entendemos isso. É
por isso que comumente não entendemos as frequentes exclamações de
amor e alegria nos Salmos quando o autor contempla a lei de Deus. Seu
prazer está na lei do Senhor, e na sua lei ele medita dia e noite. noite
(Salmos 1:2). E novamente: Os julgamentos de Jeová são verdadeiros,
todos justo. São mais desejáveis do que o ouro e mais do que muito ouro
refinado; e doces mais do que o mel, e o que escorre do favo (Salmos 19:9-
10).
Não entendemos isso porque pensamos na lei como algo morto e
ameaçador. Mas o salmista considera a lei como algo vivo e amoroso.
Reconhece-o como a expressão da vontade do Deus vivo e a sua vontade
para conosco é o amor. 6
Já que discutimos os equívocos comuns, o que dizer daqueles que sugerem
que Jesus de alguma forma fez com que os mandamentos se tornassem
obsoletos?
Pois, visto que agora vivemos sob a graça, não é necessário que nos
preocupemos com os mandamentos e a lei divina?
Jesus deixou claro que honrava o Decálogo e o considerava uma
representação da autoridade eterna. Ele também disse: Mas se queres entrar
na vida, guarda os mandamentos (Mateus 19:17). Quando solicitado a
especificar, Jesus mencionou vários deles. E
Longe de aboli-los, ele os expandiu para incluir emoções, mostrando que o
ódio é comparável ao assassinato e a luxúria é como o adultério aos olhos
de Deus, e assim por diante (Mateus 5:21-30).
Jesus disse: Não penseis que vim abolir a lei ou os profetas; eu não vim
abolir, mas cumprir (Mateus 5:17). Consequentemente, Jesus não
representa uma ruptura com a lei do Antigo Testamento, mas antes a
expressão perfeita da lei.
O velho e sábio Salomão, rei de Israel, passou seus dias examinando o
significado da vida.
Ele resumiu sua sabedoria acumulada na seguinte fórmula: O fim de todo o
discurso ouvimos isto: Temei a Deus e guardai os seus mandamentos;
porque isso é tudo homem (Eclesiastes 12:13).
Neste capítulo quero rever estas dez directivas imortais com um novo olhar.
Precisamos descobrir o que eles significavam naquela época e o que
representam agora.
Posso assegurar-lhe que encontrarei repetidas vezes a demonstração do
amor de Deus no 57
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palavras de um Pai disposto a proteger seus filhos. Concluiremos que
quando Deus deu a Lei a Moisés no Monte Sinai, ele estava gravando seu
amor em pedra.
58
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O primeiro mandamento:
a regra fundamental
E Deus falou todas estas palavras, dizendo: Eu sou o Senhor teu Deus, que
Eu tirei da terra do Egito, da casa da servidão. você não terá deuses
estranhos na minha frente.
–ÊXODO 20:1-3
O primeiro mandamento é como o centro de uma roda da qual partem todos
os outros, como raios. Este não é apenas mais um mandamento, é aquele
que reúne todos os outros.
Ao ler a narrativa que antecedeu o momento em que os mandamentos foram
dados, o amor de Deus fica evidente do começo ao fim. Por exemplo,
quando Moisés chega ao topo do Monte Sinai para cumprimentá-los, Deus
lhe diz para lembrar ao povo seu grande amor por eles no passado e seu
monitoramento cuidadoso de suas vidas durante sua emancipação do Egito:
E Moisés subiu, tchau tchau; e o Senhor o chamou desde o monte, dizendo:
Assim direis à casa de Jacó, e anunciareis aos filhos de Israel: Você viu o
que eu fiz aos egípcios, e como eu te peguei nas asas de águias, e te trouxe
para mim (Êxodo 19:3-4).
Mais tarde, quando Moisés voltou ao monte para receber o segundo par de
tábuas de pedra, Deus novamente passou diante de seu servo e falou de si
mesmo como Jeová! Jeová!
forte, misericordioso e piedoso; lento para se irar e abundante em
misericórdia e verdade; que guarda misericórdia para milhares, que perdoa
a iniquidade, a rebelião e o pecado (Êxodo 34:6-7).
Israel encontra-se numa encruzilhada na sua história: no seu passado estão
os deuses pagãos dos egípcios; no futuro, os deuses pagãos dos cananeus.
Os israelitas estavam e continuariam a estar presos entre culturas de falsos
deuses. Portanto, o verdadeiro Deus quer agora que o seu povo saiba que
ele insiste num relacionamento exclusivo com eles.
Não há outro como Ele e o povo de Israel não deve permitir que o seu
espírito vagueie atrás das falsas esperanças da idolatria.
Deus diz: Até que você tenha outros deuses, você pode me ter . Não há meio
termo; Jeová Deus não será uma opção entre muitas.
Isso ainda é verdade. A idolatria não é um pecado do passado, continua a
ser a mesma ameaça que sempre foi e sempre será. É claro que os deuses
mudaram de nome, não são mais chamados de Baal e Astorete, agora se
autodenominam riqueza ou poder ou conforto ou apetites; ou o que quer
que controle seu coração atualmente.
Os deuses ilusórios nunca morrerão, apenas reaparecerão com uma nova
roupagem e continuarão tentando nos distanciar do único Deus que oferece
uma relação de amor e carinho.
Martinho Lutero escreveu: Aquele em quem seu coração depende e em
quem você confia...
isso está em verdade, seu Deus . 7
59
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Li recentemente sobre uma série de serviços religiosos anunciados em
jornais escoceses. A parte inicial do anúncio aparecia na primeira página e
simplesmente encaminhava o leitor para a última página do jornal, onde em
letras grandes estava a pergunta: É aqui que você está colocando Deus? 8
Muitos cristãos hoje estão enviando Deus para a última página. Eles
permitiram que outros
“deuses” enchessem suas vidas de obstáculos.Deus não pede um lugar de
destaque entre todos os seus outros deuses; Ele insiste que você não tem
outros deuses, ponto final. Um Deus meio esquecido não é Deus de forma
alguma. Ele exige a primeira página de nossas vidas.
Muitas pessoas na cultura secular de hoje criticam este mandamento como
uma arrogância excludente, narcisista e intolerante. Por que esta lista
começa com um ultimato restrito?
Deus começa a lista desta forma pela mesma razão que fazemos um voto
diante de Deus e de nossas testemunhas de amar e cuidar de apenas um dos
cônjuges. Poucos de nós nos casaríamos com alguém cujos votos
incluíssem: "Para os mais ricos e para os mais pobres, na doença e na saúde,
a partir de hoje até que a próxima pessoa bonita chame minha atenção."
Deus quer ter um relacionamento de amor exclusivo com você. Isto não é
arrogância, mas uma correta compreensão da realidade: a vida não funciona
de outra maneira. Uma roda só pode ter um eixo. Tente girá-lo em qualquer
outro ponto e você irá travar.
Da mesma forma, Deus é o eixo do universo, o ponto fixo de um mundo em
rotação , como disse TS Eliot. 9 Ninguém mais pode estar no centro.
Foi o amor de Deus que o levou a limitar a adoração de seu povo somente a
si mesmo.
Tolerar a adoração de outros deuses teria feito com que os israelitas se
perdessem na exploração de um panteão de ídolos inertes, totalmente
incapazes de satisfazer as suas necessidades e lhes dar felicidade. "Idolatrar
qualquer deus de sua escolha"
Teria sido a coisa menos amorosa que Deus poderia ter dito à jovem nação
de Israel, ou a nós hoje. É o amor de Deus por nós, e não o amor egoísta,
que está por trás do seu desejo ciumento de que o adoremos.
60
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O segundo mandamento:
a regra focal
Não farás para ti imagem ou semelhança de alguma coisa que há em cima
nos céus, nem na terra abaixo, nem nas águas debaixo da terra. Você não
vai se curvar eles, nem você os honrará; porque eu sou o Senhor teu Deus,
forte, zeloso, Visito a maldade dos pais sobre os filhos até o terceiro e
quarto geração daqueles que me odeiam, e tenho misericórdia de milhares,
daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.
ÊXODO 20:4-6
Se o primeiro mandamento tem a ver com quem adoramos, o segundo tem a
ver com como .
Devemos adorar o Deus certo e fazê-lo corretamente. Isso se refere mais à
audição do que à visão.
A adoração vinda do coração é elusiva e exigente. As pessoas exigem
deuses que possam ver e tocar. Os israelitas nunca deixaram de lutar contra
este conceito.
No momento em que Moisés recebia esse mandamento no Sinai, seu povo
estava no vale derretendo seus anéis de ouro para criar um ídolo em forma
de bezerro. Então fizeram uma grande festa e, apontando para o bezerro,
disseram: Israel, estes são os teus deuses, que tirado da terra do Egito
(Êxodo 32:4).
Que momento terrível na história daquela cidade! O povo mal podia esperar
pela volta de Moisés e decidiu pegar um atalho. Mas Deus nos diz que não
deve haver nada que atraia os olhos e distraia a alma de atendê-Lo. O pastor
e autor Jerry Vines explica esta proibição: Uma imagem de Deus é limitada.
Deus é ilimitado.
Uma imagem de Deus é local, enquanto Deus é universal. Uma imagem de
Deus é temporário, mas Deus é eterno. Uma imagem de Deus é material.
Deus é espiritual.
Quando você faz uma imagem, é uma distorção de Deus . 10
Isto explica por que Deus não fornece uma imagem de si mesmo. Nunca
fomos convidados a contemplar Deus, mas a ouvir a sua voz. Ele falou. Foi
revelado através de palavras. Ele é ouvido, mas não visto. Por outro lado, os
ídolos são vistos, mas nunca ouvidos. O profeta Isaías zombou daqueles que
adoravam ídolos impotentes:
O escultor então mede um bloco de madeira
e desenhe um desenho nele.
Trabalhe com o cinzel e a plaina
e esculpe formando uma figura humana.
Dá beleza humana
e o coloca em um pequeno santuário.
Corta cedros;
61
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escolha ciprestes e carvalhos;
plantar pinheiros na floresta
para que a chuva os alimente.
Em seguida, use um pouco da lenha para fazer uma fogueira e com isso ele
aquece e assa seu pão.
Então, por incrível que pareça, pegue o que sobrou
e ele se torna um deus para adorá-lo;
faz um ídolo
e se curva diante dele.
Queime parte da árvore para assar a carne
e para se manter aquecido.
Ele diz: “Ah, como se sente bem com este fogo!”
Então pegue o que sobrou
e faz o seu deus: um ídolo esculpido!
Caia de joelhos diante do ídolo,
Ele o adora e ora para ele.
« Salva-me! -Ele conta-,
Você é meu Deus!".
Quanta estupidez e quanta ignorância!
Seus olhos estão fechados e eles não conseguem ver;
Eles têm uma mente fechada e não conseguem pensar.
Quem fez o ídolo não para para refletir:
“Uau, é só um pedaço de madeira!
Queimei metade para ficar aquecido
e usei-o para assar pão e assar carne.
Como é possível que o que resta seja um deus?
Devo me curvar para adorar um pedaço
de madeira?".
O pobre tolo se alimenta de cinzas;
você confia em algo que não pode ajudá-lo em nada.
No entanto, ele não consegue se perguntar:
« Este ídolo que tenho na mão não é mentira? ».
–ISAÍAS 44:13-20 (NLT)
O segundo mandamento vem com uma advertência: a desobediência
confrontará Deus que visita a maldade dos pais sobre os filhos até o
terceiro e quarto geração daqueles que me odeiam (Êxodo 20:5).
É injusto que as crianças sejam punidas pelo que os seus pais fizeram? O
significado na verdade é que os filhos (gerações) recebem como punição
pelo pecado de seus pais. Nossos erros deixam um legado. As crianças
alcoólatras muitas vezes vêm dos 62
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pais alcoólatras. Os pais materialistas nutrem os mesmos valores nos filhos,
intencionalmente ou não. O pecado é contagioso nas famílias. Ron Mehl
acrescenta: Deus nos diz: A razão pela qual peço que você não coloque
nenhum objeto, empresa ou imagem na minha frente é porque não quero
que você acorde um dia com o coração devastado, enquanto você vê seus
entes queridos cometendo os mesmos erros que você, Eles tropeçam nas
mesmas pedras em que você tropeçou e lutam com o eles mesmos atitudes
cínicas que o afligiram .
onze
A boa notícia é que também deixamos um legado positivo. Ao pregar,
muitas vezes peço que levantem a mão daqueles cujos pais os levaram a
Cristo.
Cada vez, mais de cinquenta por cento do nosso povo indica que está a
caminho do céu graças ao testemunho dos seus amorosos pais.
Este mandamento deriva do amor perfeito de Deus. Pois eu sou Jeová, seu
Deus, forte, ciumento , ele nos diz (Êxodo 20:5). Ciúme é uma palavra que
os amantes usam e Deus é o amante perfeito. Ele nos criou para ter um
relacionamento com Ele e sabe que qualquer outra coisa destruirá nossas
vidas; a vida daqueles que nos rodeiam e a vida dos nossos filhos e netos.
Sou grato por Ele ser um Deus zeloso.
63
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O terceiro mandamento:
a regra da "frivolidade"
Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque não vai dar
inocente Jeová que tomará o seu nome em vão.
–ÊXODO 20:7
As pessoas muitas vezes lêem este mandamento como uma regra contra a
blasfêmia.
Isto faz parte da intenção, mas o terceiro mandamento vai além da
linguagem vulgar.
Ele nos diz que seu nome deve ser dito com franca sinceridade e reverência.
Nunca devemos usar o nome de Deus levianamente.
Quando usamos o nome de Deus levianamente, depreciamos uma palavra e
uma associação que deveria induzir nossos corações à veneração. O nome
de Deus é o único meio pelo qual podemos conhecer e adorar nosso Senhor
e Criador. Os nomes carregam significados para nós e nos levam a pensar
de determinadas maneiras.
A palavra para Deus transmitiu ao povo de Israel o significado de EU SOU .
Invocou o conhecimento de que era eterno e transcendente. Quando as
pessoas começam a pensar na palavra Deus ou na frase Meu Deus comouma expressão informal, o que acontece com o significado do nome em
seus corações?
Jesus ensinou seus discípulos a orar dizendo: Santificado seja o teu nome
(Mateus 6:9).
Jesus estava dizendo que a oração deve começar pela santificação do
precioso nome de Deus, porque o que a boca diz, a mente raciocina.
A nossa geração atual reduziu o nome de Deus a uma palavra com pouco
significado e isso não é coincidência. Palavras e pensamentos têm uma
relação inextricável.
Talvez o paralelo mais próximo ao propósito do Terceiro Mandamento seja
encontrado nos tribunais modernos dos Estados Unidos. Uma testemunha
coloca a mão sobre a Bíblia e jura dizer a verdade pela graça de Deus .
Portanto, se a testemunha cometer perjúrio, ela usou o nome de Deus em
vão. Em outras palavras, seu juramento é vazio, sem sentido e frívolo.
Portanto, a advertência de Deus no terceiro mandamento é: Não me use
como você faz.
garantia, como a sua garantia sob juramento, se você não tiver intenção de
cumprir sua palavra. Não me envolva em uma mentira que difama quem eu
sou .
O terceiro mandamento também proíbe o uso do nome de Deus em um
juramento que se destina a ser manipulado em nosso favor. Não devemos
apenas pedir a Deus que lute ao nosso lado, devemos procurar como
podemos lutar ao seu lado.
Deus nos ama e sabe que não podemos experimentar o seu amor quando
desvalorizamos o nome pelo qual o conhecemos intimamente. Os nomes do
seu cônjuge, dos seus pais e dos seus filhos são especiais para você e você
não gostaria que eles fossem abusados. De uma forma ainda maior, o nome
de Deus deve permanecer sagrado e nutritivo.
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o amor que compartilhamos.
65
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O quarto mandamento:
a regra da fragilidade
Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias você trabalhará e
fará todo o seu trabalho; mas o sétimo dia é descanso para o Senhor teu
Deus; não faça em ele não faz nenhum trabalho, nem você, nem seu filho,
nem sua filha, nem seu servo, nem sua serva, nem seu besta, nem o
estrangeiro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias O Senhor
fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e Ele descansou no
sétimo dia; Portanto, Jeová abençoou o dia de sábado e santificado
ÊXODO 20:8-11
Minha esposa Donna e eu começamos nosso ministério juntos na Igreja
Batista de Nova Jersey. Tínhamos acabado de voltar de quatro anos de
seminário em Dallas e éramos fãs ávidos do time de futebol americano
Cowboys. Infelizmente para nós, quando chegamos à nossa primeira
designação, fomos informados de que era proibido assistir televisão aos
domingos e que ler o jornal de domingo era algo que as pessoas rejeitariam.
Não tenho certeza se devo confessar isso, mas lembro-me de fechar as
persianas do nosso
apartamento para que ninguém percebesse que estávamos assistindo ao jogo
do Dallas Cowboys.
Isso parece um pouco legalista para você? Talvez, mas você deveria
conhecer os fariseus da época de Jesus. Na verdade, o legalismo deles
chegou ao ponto dos cálculos matemáticos e encontraram 1.521 coisas que
não poderiam ser feitas no sábado. Parece o título de um livro que ninguém
gostaria de ler.
Entre essas 1.521 coisas estavam: não resgatar afogados; não usar dentes
postiços (trocá-los caso caíssem era considerado trabalho); Não se olhe no
espelho (remover cabelos grisalhos também funciona). Se seu amigo
estivesse doente, você poderia fazer certas coisas para prevenir a doença,
mas tentar curá-la era muito trabalhoso. No início de uma famosa revolta,
muitos judeus pararam e deixaram-se matar, em vez de arriscarem que as
suas tentativas de se defenderem fossem consideradas trabalho (1 Macabeus
2:29-38).
Os homens transformaram a obediência ao sábado num pesadelo, mas esse
não era o desejo de Deus. Este mandamento mostra profundo afeto por nós.
A palavra sabbat significa descanso . Deus sabe que o ciclo de trabalho nos
desgasta, por isso Ele estabeleceu um dia para nos desconectarmos
regularmente de nossos esforços e descansar. Deus se preocupa com nosso
trabalho e nosso lazer.
O sábado também deveria ser um dia para deixar de lado o material e passar
para o espiritual, para nos conectarmos mais profundamente com Deus.
Antes de Cristo, as pessoas trabalhavam até o sábado e descansavam no
último dia da semana. Desde a Ressurreição, trabalhamos desde o sábado,
vivendo sob a autoridade de Cristo 66
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ressuscitado
Os primeiros cristãos começaram a realizar os seus serviços religiosos no
primeiro dia da semana porque era o dia em que Jesus ressuscitou dos
mortos (Marcos 16:9). Quando chegamos a Atos 20:7, vemos que os
discípulos estavam se reunindo no primeiro dia da semana para orar, partir
o pão e ouvir os ensinamentos da palavra de Deus. No início do século II,
os cristãos entendiam universalmente que o Dia do Senhor teria que ser o
domingo, o dia seguinte ao sábado judaico. E no ano 321 DC. C. O
Imperador Constantino proclamou, por decreto real, que o domingo era um
dia especial de adoração em todo o mundo romano. É notável perceber que
todos os domingos, desde o dia da ressurreição de Cristo até aos nossos
dias, em algum lugar do mundo, a igreja de Jesus Cristo se reúne para
adorar.
Quando eu era criança, domingo era um dia especial. Fomos ao templo em
família, tanto de manhã como à tarde. Nossos grupos de jovens se reuniam
às seis da tarde, pouco antes dos cultos noturnos. Naquela época, mesmo
quem optava por não frequentar os cultos ainda reservava um certo respeito
ao domingo e à forma como esse dia deveria ser tratado.
Precisamos aceitar o maravilhoso presente do dia de Deus. Podemos fazer
isso reconhecendo o seu propósito especial: honrá-lo através do nosso
descanso e refletindo sobre a sua bondade. Ao fazermos isso, teremos o
desejo de encontrar maneiras de retribuir esse presente com a nossa
gratidão: através do ministério, através da adoração e evitando
completamente qualquer coisa que torne o domingo apenas mais um dia.
Os dois mandamentos neste caso são lembrá-lo e preservá-lo como algo
sagrado .
Reza a história que quando foram feitas as primeiras explorações em
África, existiam guias nativos que levavam os seus visitantes por toda a
região. Depois de seis dias de luta para atravessar a selva, os nativos
recusaram-se a continuar a caminhada e explicaram: Precisamos de um dia
para deixar a nossa alma alcançar o nosso corpo. 12
Deus lhe deu o dom de devolver sua alma ao seu lugar. Você aceitará isso?
67
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O quinto mandamento:
a regra da família
Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra
que Jeová, seu Deus, lhe dá.
–ÊXODO 20:12
Na lista de Deus para a vida há duas seções. O primeiro é formado pelos
quatro mandamentos relacionados a como amar a Deus. Jesus resumiu a
primeira seção como E
amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de
todo o teu mente e com todas as suas forças (Marcos 12:30).
A segunda seção inclui seis mandamentos sobre amar os outros. Jesus
resumiu esta seção como Ame o seu próximo como a si mesmo (Marcos
12:31).
Portanto, o quinto é um mandamento transitório. Como os quatro primeiros,
tem a ver com autoridade e respeito. Como os últimos cinco, trata-se de
relações humanas.
Conseqüentemente, este mandamento está no lugar perfeito.
Os relacionamentos entre pais e filhos são importantes no Novo
Testamento.
Vamos pensar em Jesus quando ele estava na cruz e pediu a João que
cuidasse de sua mãe (João 19:26-27). Paulo inclui a desobediência aos pais
como um pecado que provoca a Deus (Romanos 1:30).
No entanto, a passagem mais conhecida sobre o assunto encontra-se em
Efésios 6:1-3: Filhos, obedecei aos vossos pais no Senhor, porque isto é
justo , aconselha Paulo, e depois cita o quinto mandamento, juntamente
com a sua promessa de ansiar . vidana Terra .
O mandamento é muito simples, mas como os outros, tem um nível mais
profundo.
Dizemos isto às crianças pequenas, o que é apropriado, mas a aplicação
mais importante é para crianças adultas que cuidam de pais idosos que já
não são capazes de cuidar de si próprios. Desta forma, enquadra-se na
promessa que a acompanha: se cuidarmos dos nossos pais idosos, eles terão
vidas mais longas e melhores, e nós também teremos quando os nossos
filhos seguirem o nosso exemplo.
É o único mandamento que inclui uma promessa, embora à primeira vista
seja uma promessa estranha. Devemos acreditar que a longevidade está
diretamente relacionada ao tratamento benevolente dispensado aos nossos
pais? Não totalmente. Este é um princípio geral que funciona na vida.
Pessoas respeitosas vivem mais. São mais sábios, mais obedientes a Deus e
tendem a receber maior respeito dos outros. Pessoas que escolhem um
caminho melhor têm uma jornada mais longa. Porém, distanciar-nos
daqueles que nos criaram é o principal indicador de falta de sabedoria.
Por que este é um mandamento de amor? Porque, antes de tudo, Deus nos
diz que quer que tenhamos uma vida longa e feliz antes de nos levar para o
seu lado. Mas também, este mandamento nos liberta da dor que causamos a
nós mesmos por qualquer motivo de amargura que possamos ter pela forma
como somos tratados.
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criança.
Muitas pessoas têm questões não resolvidas sobre a forma como foram
criadas. Na verdade, todos nós temos a sensação de que nossos pais
falharam conosco de uma forma ou de outra. Mas, ao ceder à amargura,
duplicamos a dor. A reconciliação e o amor incondicional dizem o seguinte:
Mãe, pai, tivemos dificuldades, mas por que eles deveriam continuar?
Deixemos o passado para trás e lembremos que Deus nos deu uns aos
outros, e vamos aproveitar os anos que ainda nos restam junto.
Deus nos ama e quer nos libertar de todos os tipos de escravidão, inclusive
aquela que vem de emoções não resolvidas. O Senhor está dizendo: Você
amará seus pais Como posso te amar, sem exigências ou condições? Se
você fizer isso, isso aumentará a quantidade e a qualidade dos seus anos de
vida.
Esta regra familiar está mais do que bem ilustrada na história “O Velho e
Seu Neto”, da coletânea de Contos de Fadas dos Irmãos Grimm:
Era uma vez um homem muito velho que tinha os olhos turvos, os ouvidos
surdos, os joelhos tremiam e quando se sentava à mesa mal conseguia
segurar a colher e derramava a sopa na toalha ou ela escorreria pela boca. O
filho e a esposa não gostaram da situação, então finalmente o avô teve que
se sentar num canto atrás do fogão e eles o alimentaram com uma tigela de
barro e nem lhe deram o suficiente. O velho costumava olhar para a mesa
com os olhos cheios de lágrimas.
Certa vez, suas mãos trêmulas não conseguiram segurar a tigela, que caiu
no chão e quebrou. A jovem esposa o repreendeu, mas o avô não disse nada
e simplesmente suspirou.
Então eles compraram para ele uma tigela de madeira que custou algumas
moedas e era onde ele tinha que comer.
Certa vez, marido e mulher estavam sentados quando o filho pequeno de
quatro anos começou a recolher alguns pedaços de madeira do chão.
-O que você está fazendo? –perguntou o pai.
“Estou fazendo um baldinho”, respondeu a criança, “para que mamãe e
papai possam comer quando crescerem”.
O homem e sua esposa se entreolharam por um momento e imediatamente
começaram a chorar. Aí levaram o vovô para a mesa e a partir daí sempre
deixaram ele comer com eles e, da mesma forma, pararam de falar qualquer
coisa se ele derramasse alguma coisa. 13
Os pais do conto de fadas dos Irmãos Grimm reconheceram o seu próprio
futuro quando viram o filho preparando-se para tratá-los da mesma forma
que trataram o avô, e isso os surpreendeu a tal ponto que fizeram uma
mudança. Amar e honrar nossos pais nos permitiria cuidar deles sem a
necessidade de tal choque emocional. Deus nos ama e quer que cuidemos
uns dos outros, o que sublinha 69
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um dos principais propósitos da família: garantir saúde e estabilidade de
uma geração para outra.
No quinto mandamento, Deus fez do cuidado parental uma prioridade para
o seu povo escolhido: Israel. Como demonstra o Novo Testamento, este
princípio ainda se aplica. Os adultos que cuidam de seus pais idosos dão um
exemplo a ser seguido pelos filhos. Deus é amoroso e bom, e este
mandamento, talvez mais do que qualquer outro, reflete o seu terno cuidado
pelas pessoas quando estas atingem um momento vulnerável na vida.
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O sexto mandamento:
a regra sobre o crime
Não matarás.
–ÊXODO 20:13
Homicídio é uma palavra comum e faz parte de outro mandamento simples
e direto. Em hebraico requer apenas duas palavras.
Vivemos sob a ilusão de que nos tornamos mais “civilizados”, mas apenas
conseguimos reduzir a categoria de homicídio para excluir o aborto, o
suicídio e a eutanásia.
Mas a Bíblia coloca cada um deles dentro da definição de assassinato. As
estatísticas mais recentes contam uma história sangrenta. Nos Estados
Unidos, ocorrem cerca de 1.210.000
abortos, 35.000 suicídios e 15.000 assassinatos todos os anos. 14
Como cristãos, reconhecemos que somente Deus cria a vida. Nada é mais
precioso ou sagrado, porque fomos feitos à Sua imagem, então matar
alguém é como matar a representação física de Deus. Não é simplesmente
um ato contra a humanidade, mas contra os céus. Conseqüentemente,
preservamos a vida de todas as maneiras possíveis e tomá-la sem
justificativa bíblica representa desafiar a corte celestial.
Com este mandamento podemos cair numa armadilha clássica. Nós
pensamos: está tudo bem Quanto a isso, não matei ninguém e não pretendo
fazê-lo. Mas Jesus nos ensinou quão profundo é esse mandamento. O ódio é
um crime do coração e matar alguém de forma imaginária é assassinato do
ponto de vista de Deus. Quando a raiva aumenta, corremos o risco de
sermos expostos ao fogo do inferno (Mateus 5:21-22).
Além de todos os danos que o assassinato físico causou neste mundo,
quanto o ódio puro causou? Quantas vidas foram destruídas, seja por
pessoas que desprezam ou por quem sofreu desprezo? Quantas
congregações?
Quantos bairros, comunidades, famílias?
Deus nos ama o suficiente para procurar nos proteger de nós mesmos e das
faíscas emocionais que podem desencadear incêndios violentos que, embora
não causem a morte, podem ferir em um nível profundo e igualmente grave.
João fala sobre este assunto quando diz: Todo aquele que odeia seu irmão é
assassino; e você sabe disso nenhum assassino tem a vida eterna habitando
nele (1 João 3:15).
Deus é amor e Deus criou você. Então, como você poderia colher ódio?
Como você poderia dar refúgio à amargura? Se você tem a vida eterna
habitando em você, ela deve fluir como esperança, encorajamento e
gentileza para com todos ao seu redor.
71
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O sétimo mandamento:
a regra da fidelidade
Não cometerás adultério.
–ÊXODO 20:14
É surpreendente, mas é verdade: na edição de 1631 da versão King James
da Bíblia, a palavra não foi omitida do sétimo mandamento . A omissão fez
com que o mandamento fosse lido: “Cometerás adultério”. Essa edição
ficou conhecida como “a Bíblia do mal”.
Vamos dar uma salva de palmas aos redatores!
Hoje, um número impressionante de americanos comporta-se como se esta
interpretação não estivesse errada. Estatísticas fiáveis sobre quantas pessoas
casadas cometem adultério são notoriamente ilusórias, mas a maioria das
pesquisas mostra uma taxa de 30 a 60 por cento. O adultério, conforme
definido pelo Antigo Testamento, é o ato sexual consensual entre uma
mulher casada e um homem que não é seu marido ou entre um homem
casado e uma mulher que não é sua esposa. Conseqüentemente, é um crime
contra o casamento.
Novamente, Jesus amplia instrutivamente este mandamento. Ensina quea
luxúria é adultério do coração (Mateus 5:27-28). Tal como acontece com o
mandamento anterior relativo ao assassinato, somos avisados. É mais difícil
evitar a culpa do que pensávamos.
A Bíblia distingue entre desejo sexual e luxúria. O primeiro não é pecado,
mas faz parte do plano de Deus para a humanidade; Por outro lado, a
luxúria é um desejo distorcido ou equivocado. Existe por causa da
depravação humana. O sétimo mandamento reconhece que a luxúria e o
adultério destroem as pessoas, as suas relações umas com as outras e a sua
comunhão com Deus.
O sexo recreativo, por impulso, é considerado a norma na nossa cultura
perturbada.
A defesa do sétimo mandamento no mundo moderno marca-nos como
puritanos piedosos que ficaram presos num século perdido. Porém, quando
despojamos a sexualidade dos vínculos que Deus colocou sobre ela,
criamos um caos que rasga a própria estrutura da sociedade e colocamos um
obstáculo que bloqueia a comunhão que Deus deseja ter conosco.
Deus nos deu este mandamento por amor. Com isso ele nos diz: Meu filho,
a sexualidade é o presente que te dei. Quero que saiba que usá-lo
corretamente pode lhe trazer alegria e intimidade com o cônjuge que lhe dei
e criar um legado de filhos para povoar a Terra.
Mas quando usado incorretamente, pode criar um caos absoluto. Isso irá
destruí-lo por dentro e machucar as pessoas que você ama. Amo seus filhos
e não quero que sofram por causa do fracasso de seu casamento. Eu não
quero seus amigos e 72
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colegas perdem o respeito por você. Não quero que você passe o resto da
vida lamentando profundamente o dano e a dor que resultou do impulso de
um instante.
Eu te amo e sei o que vai te fazer feliz. A “libertação” sexual é na verdade
outra forma de escravidão. Vende ilusões, mas entrega tristezas. Um
casamento longo e fiel com seu cônjuge lhe trará paz e alegria além de
qualquer preço, e você e eu nos tornaremos ainda mais próximos.
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O oitavo mandamento:
a regra sobre fraude
Não roubarás.
–ÊXODO 20:15
Li recentemente uma história sobre um operário soviético que tentava
roubar itens de seu trabalho. Todos os dias ele enchia um carrinho de mão
com cilindros, minério de ferro e ferramentas, e todos os dias quando saía
do trabalho o descobriam e levavam suas coisas.
Finalmente o despediram e no último dia o comissário esperou que ele
saísse com o contrabando. Ao chegar à porta, o comissário retirou a tampa
do caminhão e encontrou a mesma coisa de sempre. Ele confiscou tudo e
disse ao ladrão:
-Você é um tolo! Nós pegamos você todos os dias. Você nunca pegou nada!
"Sr. Comissário", respondeu ele, "você é o tolo." O que tenho roubado são
os carrinhos de mão.
Quando você é vítima de roubo, não é tão divertido. Minha esposa e eu
estávamos no aeroporto de San Diego, prontos para viajar para o exterior,
quando um homem atrás de nós derramou perfume na bolsa de Donna. Ele
se desculpou profusamente enquanto limpava a bagunça; Ao mesmo tempo,
ele vasculhava a bolsa com a outra mão.
Quando Donna percebeu que havia coisas faltando, o homem já havia
partido. Tivemos a sorte de ter nossos passaportes em mãos e alguns amigos
nos trouxeram dinheiro para nos ajudar. Continuamos nossa viagem pela
Europa, mas achamos difícil concentrar nossa atenção. Sentimo-nos
violados e começamos a ver todos os outros viajantes com desconfiança.
Nos Estados Unidos hoje, alguma forma de roubo ocorre a cada três
segundos. 15 Não estamos sozinhos.
Existe algo chamado roubo, porque existe algo chamado propriedade. Deus
nos dignifica como seus filhos, dando-nos trabalho para fazer, propriedades
para manter e direitos para proteger. Esses princípios são apresentados em
Gênesis 1 e 2, que descrevem a criação de Deus e suas intenções para
conosco como seus filhos.
Deus é o verdadeiro dono de todas as coisas. Diz: Porque toda a terra é
minha (Êxodo 19:5).
David escreve: A terra e a sua plenitude pertencem ao Senhor; o mundo e
aqueles que eles habitam nele (Salmos 24:1). Somos responsáveis pelo que
Ele nos confiou; Esta é a Sua maneira de nos ajudar a crescer, testando a
nossa sabedoria quando fazemos com que esses recursos dêem frutos.
Vamos imaginar um mundo onde as pessoas obedecessem a este
mandamento. Como a vida seria simples. Em vez disso, apenas
encontramos novas maneiras de roubar através da tecnologia. Hoje, o roubo
de identidade representa uma crise multibilionária. As indústrias da música
e do cinema sofrem com as atividades de 74
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Pirataria na Internet, que é o roubo generalizado de propriedade intelectual.
Existem apenas três maneiras de adquirir propriedade: trabalhar para ganhá-
la, recebê-la de presente ou roubá-la. Na carta do Apóstolo Paulo aos
Efésios, ele aborda esses três elementos em um versículo: Aquele que
roubou, não furte mais, mas trabalhe, fazendo com as mãos o que o que é
bom, para que ele tenha algo para compartilhar com aquele que está
necessitado (4:28).
Roubar mostra desprezo pelos outros e desprezo por Deus. Mas o trabalho
honesto consegue exatamente o oposto. Mostre respeito pelos outros e
gratidão a Deus pela oportunidade de usar nossos dons e habilidades. Dar
vai ainda mais longe. Mostre amor pelos outros e fé no amor de Deus, pois
Ele proverá.
Neste mandamento, Deus nos pergunta: Você pode confiar em mim para
prover para você?
Atenderei todas as suas necessidades e lhe darei uma maneira de crescer e
encontrar maior satisfação ao adquirir seu imóvel através de um trabalho
honesto. Como te sentiria sobre si mesmo se você fosse pego no ciclo
vicioso de tomar o que não é seu? Não quero isso para você e por isso lhe
disse: você não roubará.
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O nono mandamento:
a regra do falso testemunho
Você não deve prestar falso testemunho contra.
–ÊXODO 20:16
Não pode haver troca significativa na vida sem honestidade. Quando
alguém mente, seja pregando, prometendo ou fingindo, rouba a confiança e
a honra da pessoa para quem mentiu. E quando a mentira é descoberta, você
perde qualquer honra que possa ter tido e qualquer estima que outros
possam ter dado a você.
A verdade é a moeda de troca no reino de Deus. Se você espera realizar
negócios espirituais importantes nesse reino, só poderá fazê-lo por meio da
troca da verdade. Quem mente torna-se, naquele momento, um agente das
trevas, fazendo a obra de Satanás. O diabo é o pai da mentira (João 8:44
NLT).
Porque Deus ama você, Ele não quer que você sofra as consequências de
ser enganado por uma mentira ou de defraudar outros mentindo para eles.
Ele ama você tão profundamente que enviou a encarnação da verdade a este
mundo para morrer por você, para que você fosse salvo, e para orar por
você, para que você fosse santificado pela sua palavra, que é a verdade
(João 17). :17).
Deus nos deu um mandamento que proíbe a mentira porque ele quer que
você se santifique e se conforme à imagem do Deus da verdade. E isso não
pode acontecer se a sua vida for baseada em mentiras.
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O décimo mandamento:
a regra final
Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu
próximo, nem nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu
jumento, nem coisa alguma do seu próximo.
–ÊXODO 20:17
Quando Tim Keller estava pregando um sermão sobre os sete pecados
capitais, sua esposa fez uma previsão interessante. Ele disse que na semana
que trata do tema da ganância, o serviço teria o menor comparecimento.
Sua esposa estava certa. Os membros da congregação encheram o auditório
enquanto os temas da luxúria, da raiva e até do orgulho eram discutidos.
Mas não havia interesse na ganância. Keller ressalta que as pessoas vêm até
ele para confessar quase todos os pecados imagináveis, mas ninguém jamais
veio lhe contar sobre minhaluxúria gananciosa. Por causa do dinheiro está
prejudicando minha família, minha alma e as pessoas ao meu redor .
Ele conclui que a ganância está no ponto cego da alma, escondida da nossa
própria detecção. 16
A ganância e a avareza são pecados quase impossíveis de distinguir.
Surgem da falta de satisfação com o que Deus nos deu e com o que
conquistamos com o trabalho.
Conseqüentemente, este mandamento está intimamente relacionado com
aquele que fala contra o roubo; Em essência, é o “pecado introdutório” que
leva ao roubo.
Da mesma forma que o quinto mandamento é uma transição entre o amor a
Deus e o amor aos outros, este décimo mandamento representa a transição
entre a obediência externa e a interna; isto é, a diferença entre Moisés e
Jesus. Enquanto os outros mandamentos deste grupo tratam do
comportamento, este diz respeito ao coração. Já vimos que Jesus encontrou
esta relação no Sermão da Montanha.
Deus vê dentro de nós, por isso, mesmo que não roubemos, podemos
desagradá-Lo com a nossa própria aversão pelo que Ele nos deu.
Na realidade, a ganância é mais que desejo; É uma forma de luxúria que
consiste em permitir que o coração fantasie em se apropriar de algo que não
nos pertence.
Você deve notar que este mandamento oferece sete exemplos de objetos
cobiçados: a casa do seu próximo, sua esposa, seu servo, sua empregada,
seu boi, seu burro ou qualquer outro bem.
É evidente que a intenção é generalizar, demonstrar que qualquer coisa
imaginável pode desviar a nossa atenção de Deus.
A Bíblia está cheia de histórias sobre vidas destruídas pela ganância. O
mesmo pode ser dito da história. Jesus imediatamente formou uma opinião
sobre o jovem rico e foi direto ao cerne de sua situação: Preste atenção e
tome cuidado com toda cobiça; pois a vida de um homem não consiste na
abundância dos bens que possui (Lucas 12:15).
A situação se resume a isto: Jesus veio para nos dar uma vida de
abundância. Não 77
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isso é suficiente? Como disse ao jovem, não encontramos a felicidade na
abundância das coisas, mas na plenitude da bondade de Deus. Mas grande
ganho é a piedade acompanhada de contentamento (1 Timóteo 6:6).
Embora seja o último capítulo do livro de Hebreus que nos dá a razão mais
clara deste mandamento contra a cobiça: Seja seu. costumes sem ganância,
contente com o que você tem agora; porque ele disse: Não Eu te
abandonarei e não te deixarei (13:5)
O segredo para não cobiçar é estar contente com a presença de Deus e com
o que Ele provê.
Como disse CS Lewis: Aquele que tem Deus e tudo o mais não tem nada
além de aquele que só tem Deus. 17 Deus nos vê e diz: Não sou suficiente
para você? Você vai passar sua vida em busca de bugigangas e ninharias,
quando você é herdeiro do reino de Deus?
As coisas que o seu coração busca são migalhas em comparação com o
banquete que lhe dei.
preparado. A ganância é outro caminho que leva à destruição, então eu te
pergunto Que você procure contentamento em mim.
78
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As leis do amor
A escritora de romances de mistério Dorothy Sayers era uma seguidora de
Cristo. Ele ressaltou que existem dois tipos de leis: a lei dos sinais de
parada e a lei dos incêndios.
A lei dos sinais de stop é imposta pela comunidade e aplicada com multas.
A multa pode aumentar se muitas pessoas continuarem sem parar. O
semáforo também pode ser removido. Isso depende simplesmente do
governo da cidade. Você pode passar por uma parada sem se preocupar,
desde que ninguém te veja.
A lei do fogo é uma coisa diferente. Ele diz: se você me tocar, você vai
queimar . Cada conselho municipal, cada legislatura estadual e congresso
nacional, e as próprias Nações Unidas responderiam aos perigos do
incêndio reunindo-se para aprovar uma nova lei que proibisse mais o fogo
de ser aceso. Todos no mundo votariam a favor dessa lei.
E o primeiro homem ou mulher que colocasse a mão no fogo depois disso
continuaria a queimar.
As leis morais de Deus são como a lei do fogo. Não importa se você votou a
favor ou contra.
Não importa quem está te observando. Você não descumpre as leis de Deus,
porque se o fizer, você mesmo falhará. Da mesma forma, as penas também
não são negociáveis, porque estão implícitas na própria lei. 18
Como um adesivo que vi no para-choque de um carro dizia de forma
sucinta:
"A gravidade não é apenas uma boa ideia, é a lei."
Os mandamentos de Deus não são arbitrários ou flexíveis, eles estão
entrelaçados na própria estrutura da criação para que durem para sempre.
Deus não diz: Aqui está uma lista de regras. Se eu pegar você violando
algum deles, terei que puni-lo . Em vez disso, ele diz: Deixe-me contar
como meu mundo funciona, porque eu o projetei. Eu fiz isso por ser lindo e
te dar alegria, te dar fraternidade com as pessoas. mas eles existem perigos
que você deve evitar.
Se você ignorar o projeto que criei para sua vida, terá atraído o punição
para você .
O escritor e pastor John Killinger explica o propósito de Deus ao dar os Dez
Mandamentos com uma ilustração maravilhosa da literatura:
Em seu primeiro romance sobre o Maine, The Country of the Pointed Firs ,
Sara Orne Jewett descreve a escalada de um escritor por uma ponte que leva
à casa de um capitão do mar
aposentado chamado Elijah Tilley. No caminho, a mulher percebe diversas
estacas de madeira que estão distribuídas aleatoriamente pela propriedade,
sem nenhuma ordem discernível. Cada estaca é pintada de branco e a borda
é amarela, como a casa do capitão A mulher fica curiosa e pergunta ao
Capitão Tilley o que significam. Ele conta a ela que quando arou o campo
pela primeira vez, seu arado ficou preso com muitas 79
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grandes pedras que estavam logo abaixo da superfície. Então ele colocou as
estacas onde estavam as pedras para evitá-las no futuro.
De certa forma, foi isso que Deus fez com os Dez Mandamentos.
Ele nos disse: Estes são os pontos problemáticos da vida. Evite eles e você
o arado não ficará preso neles . 19
Nosso Senhor não é um deus arbitrário e caprichoso que se deleita em nos
prender em algum ato errado. Em vez disso, ele nos dá instruções sobre
como funciona sua criação.
Na verdade, ele quer que saibamos como a vida funciona para que
possamos ser extremamente bem-sucedidos nela. É como se ele tivesse nos
dado as respostas de uma prova para garantir que passaríamos com a nota
mais alta. É assim que a lei de Deus revela o seu amor por nós. Mostre a
todos que confiam Nele que Ele só quer o melhor para nós.
Mais uma vez, nos Dez Mandamentos ouvimos Deus nos dizer: eu te amo;
Eu sempre fiz e sempre farei .
80
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4
O amor de Deus nunca será
desistir
Mas você, Deus, é gentil e benevolente,
Você não se irrita facilmente e seu amor é imenso,
e você nunca, jamais desiste.
–SALMO 86:15 ( O MENSAGEM )
Em seu livro Com: Reimaginando a maneira como você se relaciona com
Deus , Skye Jethani relata seus encontros com estudantes universitários na
Casa do Desespero, um “refúgio clandestino” para aqueles que lutam com
os difíceis problemas da vida e da fé.
No seu campus cristão, estes estudantes tinham a reputação de afogar a sua
dor com álcool, drogas, sexo e, o que é mais estranho, através de conversas
francas. Quando se encontraram com Jethani, ele insistiu que
reconhecessem apenas três regras: ser honesto, ser cortês e estar presente.
Sua gama de tópicos era ilimitada; Numa semana eles poderiam discutir a
doutrina do inferno, e na próxima eles poderiam discutir as pressões de
encontrar um cônjuge.
Certa noite, o tema a ser discutido eram hábitos destrutivos. Um aluno
contou a sua história, que se revelou típica de muitos: Os meus pais eram
estudantes num universidade cristã no início da década de 1990, quando
um renascimento religioso… Naquele ano, muitos graduados se tornaram
missionários e pastores. Sua paixão porDeus estava no auge. E eu me
encontro aqui, consumido todos os dias pelo pecado. Não sinto que deveria
estar aqui. Sei que não Eu sou quem Deus quer que eu seja . Outros
estudantes compartilharam histórias semelhantes, 81
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muitas vezes em lágrimas, sobre o quão decepcionado Deus deve estar com
eles.
Após ouvir suas narrações, Jethani perguntou:
–Quantos de vocês cresceram em um lar cristão?
Todos levantaram as mãos.
–Quantos cresceram dentro de uma congregação centrada na Bíblia?
As mãos estavam erguidas.
-Isto é incrível! –Jethani disse enquanto balançava a cabeça de um lado para
o outro demonstrando sua descrença. Todos passaram dezoito ou vinte anos
dentro da igreja.
Vocês receberam os ensinamentos da Bíblia desde o momento em que
começaram a engatinhar. . mas nenhum de vocês.. disse que, em meio aos
seus pecados, Deus ainda os ama.
Jethani conclui: Não culpei os alunos por esse erro. Em algum momento do
seu formação espiritual foram ensinados, explícita ou implicitamente, que o
que O que importa não é o amor de Deus por eles, mas o quanto eles
poderiam realizar por Ele naquela noite.
Finalmente entendi por que a chamavam de Casa do Desespero. 1
O título deste livro é Deus te ama, sempre amou, sempre amará.
Todos os que são a favor levantarão a mão? Vejo que todo mundo já fez
isso. Alguém é contra? Ninguém. Não é um título concebido para suscitar
controvérsia. A verdadeira questão é esta: até que ponto você acredita
nisso?
As minhas experiências de vida convenceram-me de que uma das
estratégias mais eficazes de Satanás é minar a nossa compreensão do amor
de Deus. Ele sabe que a nossa confiança nesse amor tende a ser frágil e
depende se pensamos que a nossa vida vai na direção errada ou na direção
certa; que Deus nos ama quando O agradamos e se abstém de nos amar
quando falhamos. Satanás quer manter as coisas assim porque assim que
tropeçamos ou nos deparamos com obstáculos, ele só precisa sussurrar um
pensamento negativo, uma meia verdade, e nos encontraremos reduzindo o
amor infinito de Deus a um pobre substituto baseado na suposição de que o
Senhor da Criação ama da mesma forma caprichosa que os seres humanos.
Com esta atitude, começamos a ver o nosso amoroso Pai como um capataz
impaciente que está à beira do desespero por causa dos nossos erros, pronto
para nos punir a qualquer momento. Talvez em algum momento –
possivelmente quando éramos crianças –
pensássemos que Deus poderia ser afetuoso. Mas muito tempo se passou
desde então. Isso foi antes de cometermos este ou aquele erro. Não temos
certeza do quanto esgotamos o amor de Deus, mas certamente devemos
estar chegando ao último. Precisamos encontrar alguma maneira de nos
acertarmos com Deus novamente.
É assim que o amor poderia funcionar com um amigo ou mesmo com nosso
cônjuge ou pais. Mas o amor de Deus nunca funciona assim. Antes, durante
e depois desse revés, e em cada revés subsequente, o amor deles permanece
intacto e perfeito. Se você pudesse fazer 82
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Um gráfico representando o amor de Deus mostraria uma linha reta perto
do topo que nunca se inclina, nunca desce abruptamente, mas permanece
constante com um valor até o infinito. Qualquer variação é simplesmente
imaginária, resultado da nossa ignorância ou da nossa incapacidade de
perceber o Seu amor.
No momento em que escrevi este livro, eu recebia muitos e-mails de
pessoas que estavam sofrendo, de pessoas que há muito acreditavam que
Deus tem bons motivos para excluí-las de sua lista. Muitos deles conhecem
a Bíblia por dentro e por fora, mas continuam a ignorar a mensagem central
desse livro: você não pode impedir que Deus o ame. Esta pode ser uma
verdade óbvia para a sua mente, mas você nunca a deixa penetrar no seu
coração. Embora eu acredite firmemente que o Cristianismo é racional,
também acredito que deve envolver as nossas emoções. Como disse o
matemático francês Blaise Pascal: É o coração, e não a razão, que
experimenta Deus . 2
Precisamos sentir a profundidade e o amor permanente de Deus.
Existem duas circunstâncias em que estamos propensos a duvidar do amor
de Deus: quando somos vítimas do mal e quando somos agentes do mal.
Em ambos os casos, o erro está em pensar que a presença do mal implica a
ausência do amor de Deus.
Deus nunca prometeu afastar o mal de nós. Na verdade, Ele constantemente
nos lembra de Sua presença ao nosso redor. O elemento essencial é que
Deus é sempre mais poderoso do que o pior que o diabo pode lançar sobre
nós (1 João 4:4).
Mas permanece a dúvida: visto que Deus odeia o mal, como pode ele amar-
nos quando nós mesmos praticamos o mal? Nossas más ações têm
consequências; Nós colhemos o que nós semeamos. Mas essas
consequências não incluem a perda do amor de Deus. Nem o seu amor
aumenta quando fazemos o bem. Nossas ações em qualquer direção
simplesmente não fazem parte da equação. Ele nos ama porque o amor está
em sua natureza; Nada mais, nada menos. Mesmo quando somos infiéis,
Deus permanece fiel! (2 Timóteo 2:13).
A enorme e complexa história de amor da Bíblia não apaga os erros que as
pessoas cometem nem as consequências deles. No entanto, repetidamente
temos a certeza de que Deus não tem intenção de nos abandonar. Seu amor
é para sempre. Sua promessa é: não te desampararei, nem te desampararei
(Hebreus 13:5). Qual parte disso não nos parece incompreensível?
Repetidamente, a Bíblia mostra exemplos do amor leal de Deus para com
aqueles que foram desleais a Ele:
• Deus não deixou de amar Adão e Eva, mesmo depois de terem violado a
sua única restrição no Jardim do Éden. Ele os puniu, mas nunca deixou de
amá-los.
• Deus não deixou de amar Noé, apesar de ele ter desonrado a graça que
Deus demonstrou ao salvar a sua família do Dilúvio, ao deitar-se nu e
bêbado diante dos seus filhos.
• Deus não deixou de amar Abraão, embora ele tenha procurado salvar-se
de 83
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fome no Egito em vez de confiar que Deus proveria. Embora ele tenha
tentado cumprir através de sua própria engenhosidade a promessa de um
filho que Deus lhe havia feito.
Embora, em duas ocasiões diferentes, ele tenha mentido sobre a identidade
de sua esposa.
• Deus não deixou de amar Moisés, embora ele tenha cometido assassinato
e depois violado a ordem de Deus ao perder a paciência e bater na rocha de
Horebe. Deus puniu Moisés negando-lhe a entrada na Terra Prometida.
Ele então mostrou seu amor e misericórdia ao permitir que Moisés estivesse
com Elias na presença de Jesus no Monte da Transfiguração.
• Deus não deixou de amar David, embora ele tenha cometido adultério com
Bate-Seba, ordenado que o marido dela fosse morto e depois conduzido um
censo não autorizado de Israel por causa do seu orgulho. Davi sofreu muito
por seus pecados, mas quando chorou em sincero arrependimento, Deus o
perdoou e restaurou sua amizade com ele.
• Deus não deixou de amar Jonas, mesmo quando ele se recusou a levar a
mensagem de Deus a Nínive. Após sua experiência dentro do estômago do
grande peixe, lemos que a palavra do Senhor veio pela segunda vez a Jonas
(Jonas 3:1). Deus deu-lhe outra oportunidade de obedecer e Jonas presidiu
um dos maiores reavivamentos religiosos da história.
• Deus não deixou de amar Pedro, embora ele tenha negado Jesus três
vezes, que restaurou a comunhão com Pedro e retribuiu as três vezes que o
negou com três novas comissões (João 21:15-17).
84
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Oséias: A História do Amor Inquebrável de Deus
Agora chegamos a um dos exemplos mais vívidos e diretos do amor
inabalável de Deus, que é também uma das mais belas histórias da Bíblia. É
sobre um profeta judeu do século VIII chamado Oséias e sua esposa,
Gômer. Oséias foi chamado para profetizar às dez tribos do norte de Israel
pouco antes de os assírios as escravizarem em 722.
para. c.
Como pano de fundo da profecia deOséias, precisamos lembrar que Deus
estabeleceu uma aliança com Israel que assumiu a forma de um casamento.
Êxodo 24 indica que eles trocaram votos no Monte Sinai e depois os
renovaram quando Israel entrou na Terra Prometida (Josué 8:30-35), e que o
fizeram novamente depois que Israel se estabeleceu naquela terra (Josué
24:1-28). ). O amor de Deus é como o de um marido amoroso: profundo,
íntimo, delicado, antecipatório e protetor.
Quando um homem e uma mulher se apaixonam pela primeira vez, o
sentimento é imenso e exaltado. Quando o amor leva ao casamento, o casal
vivencia o relacionamento mais próximo, íntimo e dedicado de todos os
relacionamentos humanos. Foi assim que Deus se sentiu em relação a Israel.
Deus, o noivo celestial, e Israel, a noiva terrena, juraram fidelidade três
vezes, mas a noiva não permaneceu fiel. Embora a época em que Oséias
profetizou tenha sido cheia de prosperidade, foi também uma época de
grande perversidade.
A nação de Israel falhou flagrantemente em cumprir todos os mandamentos.
Mentira, roubo, derramamento de sangue, opressão, perversão da justiça e
prostituição eram
práticas desenfreadas e públicas. O luxo excessivo existia ao lado da
pobreza abjeta. O
adultério foi até incorporado à sua religião. Em Jerusalém, até homens
dedicados à prostituição ritual viviam no templo judaico, juntamente com
mulheres que teciam tecidos para ídolos. Como resumiu um escritor sobre
esse período: Os primeiros na classificação também foram os primeiros em
excesso... sacerdote idólatra amou e compartilhou os pecados do povo...
Corrupção havia se espalhado por toda a terra… o conhecimento sobre
Deus foi rejeitado de imediato. intencionalmente e o povo odiava
repreensões . 3
Finalmente, a deslealdade de Israel atingiu o ponto de ruptura. Foi então
que Deus enviou seu profeta Oséias para ensinar uma lição àquelas pessoas.
Queria que eles percebessem que mesmo naquele momento de falta de fé,
Deus permaneceu leal e amoroso. Quando Deus diz que é para sempre , ele
está falando sério. Quando ele diz amor , ele o vive. O povo que Deus
tomou como esposa tornou-se uma prostituta. As pessoas se prostituíram,
tanto literal quanto espiritualmente, em busca de prazer. Mas Deus
continuou a procurá-lo. Seu amor nunca desistiu.
Na sua profecia, Oséias compara Israel a uma esposa adúltera: Porque o
espírito de fornicações o levaram a errar, e eles abandonaram seu Deus
para cometer fornicação (Oséias 4:12).
Existe algo mais doloroso para o cônjuge do que a deslealdade? Quando os
casais se encontram 85
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Eles se casam, vão diante de Deus e das testemunhas para jurar fidelidade e
lealdade um ao outro. Quando alguém concorda em se casar e depois
quebra essa promessa, o cônjuge enganado experimenta uma das tristezas
mais profundas que um ser humano pode sofrer.
Recentemente, uma pessoa de destaque que sofreu com a infidelidade do
marido foi Elizabeth Edwards, que morreu de câncer em dezembro de 2010.
Ela era esposa do senador John Edwards, candidato à vice-presidência dos
Estados Unidos, que enfrentou o próprio descrédito, de sua família e,
principalmente, de sua esposa por ter tido um caso e ter tido um filho com
outra mulher. Elizabeth descreve o sofrimento que sofreu ao saber das
infidelidades do marido:
Depois de chorar e gritar, fui ao banheiro e vomitei. No dia seguinte, John e
eu conversamos. Ele não foi evasivo, mas também não foi totalmente
sincero. Eu senti como se o chão tivesse sido tirado de meus pés.
Passei meses aprendendo a conviver com aquele único caso de infidelidade.
E gostaria de dizer que uma única infidelidade é fácil de superar, mas não é
o caso. Eu sou assim.
Imperfeita em mil aspectos, mas sempre achei que ela era o tipo de mulher,
o tipo de esposa, a quem o marido seria fiel. Pedi fidelidade; Na verdade,
implorei por fidelidade quando nos casamos. Nunca precisei de flores ou
joias.
Eu não me importava em tirar férias ou ter um bom carro. Mas eu precisava
que você fosse fiel. Se for preciso, deixe-me, mas se estiver comigo, você
deve ser fiel. 4
Uma infidelidade como a cometida contra Elizabeth Edwards causa muita
dor e tristeza porque atinge o âmago do relacionamento conjugal. A
lealdade é a pedra angular de todo relacionamento. Está no cerne da ideia
bíblica da aliança. Não importa se a aliança é feita entre Deus e o homem
ou entre um homem e uma mulher, a lealdade é um fundamento
indispensável.
A durabilidade, lealdade e permanência do amor de Deus são mostradas no
Antigo Testamento através da referência contínua ao seu amor
inquebrantável . A palavra hebraica é hesed e pode ser encontrada 248
vezes no Antigo Testamento. É particularmente frequente nos Salmos, onde
aparece vinte e seis vezes apenas no Salmo 136.
Israel traiu a Jeová. Assim, através do profeta Oséias, eles estão prestes a
aprender os termos do relacionamento entre eles e Deus : Você se desviou
do seu caminho e se voltou para outros deuses. Haverá consequências
graves para você, como sempre existe. Mas isso não significa que meu
amor mudou um pouco ápice. Eu te amo agora; Eu amarei você através das
lições difíceis que você aprenderá e amarei você quando você voltar para
meus braços abertos
.
Oséias tem a tarefa de transmitir esta mensagem de uma das maneiras mais
estranhas e surpreendentemente dramáticas que você possa imaginar. No
início do livro de Oséias, Deus dá ao seu profeta a seguinte ordem
surpreendente: Vá, tome uma esposa fornicadora e filhos. de fornicação;
pois a terra comete prostituição ao se afastar de Jeová (1:2).
86
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Como seria estar lá e ouvir quando Deus lhe disse:
–Osea, tenho um trabalho para você. Quero que você se case com uma
mulher que lhe é infiel.
Deixe que ele desonre seu nome e, quando isso acontecer, quero que você
permaneça firme em seus votos matrimoniais.
–Mas Senhor…
–Oséias, imagine que é uma parábola viva.
–Uma parábola?
–É como uma peça. Você fará minha parte; sua esposa representará Israel.
Preciso que você faça algo verdadeiramente dramático que reflita a
perversidade das pessoas para que elas possam perceber sua infidelidade
para comigo.
–Mas Senhor, este não é o tipo de casamento que planejei.
–Acredite Oséias, eu sei por experiência própria no que você está se
metendo. Mas confie em mim.
Quando sua esposa continuar cometendo adultério e você não a jogar fora,
quando você amar o que é impossível de amar e continuar a perdoá-la, sua
fidelidade será tão contrária ao bom senso que as pessoas terão que
enfrentar uma verdade que têm. deixado de lado sobre mim. lealdade
inabalável e amor por eles.
Em sinal de obediência a Deus, Oséias tomou a prostituta Gômer como
esposa.
Gômer era uma prostituta antes de se casar com Oséias ou ela é considerada
assim porque seria isso que ela se tornaria? O Dr. Frederick A. Tatford
pensa que a eficácia de toda a performance dependia de a esposa partir de
um lugar de amor e fidelidade. A dor de Oséias não teria sido genuína se ele
tivesse se casado com alguém que ele realmente não amava e que não o
amava em primeiro lugar. 5
Este drama humano narraria com precisão toda a história trágica de Deus e
Israel, desde o relacionamento alegre e exaltado até as cinzas amargas da
infidelidade constante.
Seria uma lição que os ouvintes nunca esqueceriam.
Mesmo assim, Deus sabia que a mensagem não seria profunda. As palavras
e a história pessoal de Oséias passariam despercebidas e as consequências
da violação da aliança teriam que seguir seu curso. Contudo, era importante
para Deus que o seu povo soubesse que o seu amor nunca poderia cessar.
Para este fim, Oséias falou de um dia futuro em que o amor de Deus traria
Israel de volta para Ele, assim como Oséias traria Gômer de volta para Ele:
Naquela hora, diz o Senhor, você me chamará de Ishi e não me chamará
mais Baali.
Naquela época... eu me casarei com você para sempre;
Desposar-te-ei comigo com justiça, julgamento, bondadee misericórdia.
E eu te desposarei comigo em fidelidade, e você conhecerá o Senhor.
–OSÉIAS 2:16, 18-20
Este é um amor que não se conforma com a natureza humana, que não
retribui o mal com 87
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mal. É um amor que só faz sentido quando percebemos que vem de Deus.
O Antigo Testamento é uma extensa crónica do seu amor, onde a história de
um povo errante e sem fé é seguida por um Deus de amor constante.
Para compreender o livro de Oséias, precisamos estar atentos ao estilo
profético. Nestes capítulos há dois narradores e uma voz. Quando Oséias
fala como profeta de Deus, suas palavras têm o rugido de um julgamento
irado contra a rebelião de Israel. Mas quando ele fala como porta-voz de
Deus, ouvimos palavras positivas de amor e compaixão. Raiva e compaixão
são componentes do caráter de Deus.
Grande parte da nossa atenção à natureza duradoura do amor de Deus se
concentrará no capítulo onze de Oséias, que mostra tanto a ira quanto a
compaixão de Deus. Neste capítulo, entendemos a dor pessoal do profeta ao
comunicar os sentimentos de Deus a Israel e a resposta daquele povo ao seu
amor. Em quatro etapas veremos:
• O compromisso do amor de Deus; seu amor leal por seu povo, Israel.
• O desprezo de Israel por Deus, apesar do amor leal que Ele professa por
ela.
• A compaixão de Deus para com o seu povo, apesar dos seus pecados.
• A consumação do amor de Deus, à medida que a tensão entre os padrões
sagrados de Deus e o Seu amor por aqueles que violam esses padrões é
resolvida.
No restante deste capítulo exploraremos esses elementos para aprender tudo
o que Oséias tinha a dizer sobre o amor inabalável de Deus.
88
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O compromisso do amor de Deus
Um dos fatos mais reveladores sobre o triste estado do amor nas culturas
modernas é a crescente omissão da frase até que a morte nos separe das
cerimônias tradicionais de casamento. Os casais protegem um ao outro
eliminando o conceito de para sempre de seu vocabulário compartilhado .
É claro que manter essa declaração na cerimônia não protege
completamente o casamento. Enfrentamos estatísticas alarmantes sobre o
divórcio, independentemente das palavras que usamos. Mas é muito triste
que a antiga e sagrada instituição do casamento se esteja a tornar algo tão
informal, tão descomprometido e tão passageiro como o arroz que é atirado
ao casal.
Em seu poema “Declaração de Intenções”, o poeta britânico Stephen Turner
resume nossa atual indiferença à lealdade no amor: Ela disse que nosso
amor era eterno, Ele conseguiu reduzir para oito meses devido ao bom
comportamento.
Ele disse que cabemos como uma mão numa luva., Mas chegou o tempo
quente e tal
Acessório não é necessário.
Disse que o futuro era nosso,
Mas a casa estava em seu nome.
Ele disse que era o único que a entendia completamente,
E então ele me deixou.
Ele disse que entenderia perfeitamente. 6
O escritor e ministro inglês Roy Clements cita este poema e acrescenta que
este tipo de infidelidade está destruindo famílias na cultura ocidental. Ele
ressalta que quando o amor humano sofre tal golpe, então o amor de Deus é
muito mais difícil de entender.7
É por isso que lamento o estado actual do casamento, não só pelo seu
próprio bem, mas também pelas implicações que tem na forma como vemos
o amor de Deus. Para sempre é um conceito que vem de Deus e somos
pessoas que pertencem a Deus e que ele criou para refletir seu caráter. Deus
nos dá o casamento para que possamos experimentar e refletir o amor
supremo que desfrutamos com Ele.
Na mitologia grega encontramos um exemplo poderoso de fidelidade
conjugal.
Odisseu, o herói da Odisséia de Homero , ficou vinte anos longe de sua
esposa, Penélope; dez anos na Guerra de Tróia e outros dez em que
enfrentou enormes obstáculos nas suas tentativas de regressar a casa. A
maioria de seus súditos perdeu a esperança e pensou que ele havia morrido
nas guerras. Então, mais de 89
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Cem pretendentes fizeram fila para se casar com Penélope, mas ela
mantinha esperanças obstinadas no retorno de seu marido, o rei de seu
coração.
Com o passar dos anos, ela foi forçada a fazer uma promessa aos
pretendentes: quando terminasse uma mortalha para o pai idoso de Odisseu,
poderia escolher um novo marido.
Mas todas as noites ele desfazia parte do sudário, sem nunca terminá-lo, até
que seu ardil fosse descoberto. Finalmente, Odisseu voltou para sua esposa,
aquela mulher de teimosa fidelidade cujo amor havia sido testado pelo
tempo.
As pessoas podem perceber a lealdade de Penélope e dizer: Sim, esse tipo
de coisa é possível.
amor. Mas isso não acontece apenas nos mitos? Existe alguém com um
amor assim em Nossos
tempos? Os exemplos atuais estão se tornando muito raros, mas estou grato
por ainda existirem.
A história de Chris Spielman contrasta diretamente com a infidelidade do
senador John Edwards e também inclui uma esposa doente com câncer.
Spielman foi um dos melhores linebackers da NFL. Ele começou uma
carreira no estado de Ohio que o levou ao Hall da Fama do Futebol
Americano Universitário. Depois de se tornar profissional, ele apareceu em
quatro times do Pro Bowl. Então, em 1998, quando estava no seu melhor,
ele ficou afastado por um ano. Ele colocou a NFL e seus fãs em segundo
plano porque sua esposa estava lutando contra o câncer de mama.
Stefanie Spielman e seus médicos lutaram intensamente contra o câncer.
Quando a quimioterapia fez com que ela perdesse o cabelo, o marido raspou
a cabeça como um gesto de solidariedade. Durante todo aquele ano ele
cuidou da casa, dos filhos e sustentou a esposa. Ele voltou ao futebol na
temporada de 1999, mas se aposentou antes mesmo de começar. Seu
coração estava em casa.
Stefanie lutou contra a doença por mais de dez anos antes de falecer em
2009.
Após seu falecimento, Chris disse: Ela era minha única namorada . 8
Quando vemos uma lealdade tão resoluta e inabalável, nossos corações se
enchem de profunda admiração. Sabemos que estamos diante de algo muito
bom, de alguém que escolhe se arriscar em vez de fugir; alguém cujo amor
tem um custo alto; alguém que diz, como o próprio Deus, não te
abandonarei, nem te abandonarei .
Cada vez que leio sobre um casal celebrando suas bodas de ouro, meu
coração brilha: cinquenta anos de provações superadas; Cinquenta anos de
promessas cumpridas. Essas histórias me dizem que ainda existem bons
modelos de amor comprometido que refletem um amor exaltado e celestial.
E adoro ouvir histórias de casais que lutaram pelo casamento, que poderiam
ter desistido, mas permaneceram firmes porque sabiam que tudo é possível
para Deus. Não deveria haver nada mais teimoso do que o amor conjugal.
Em Oséias 11, Deus apresenta a ideia de amor constante em alta definição
através da história do amor imutável de um homem por uma esposa infiel.
Nesse capítulo, Deus usa a palavra I dezesseis vezes como uma revelação
constante para mostrar que Ele é aquele que amou e providenciou para Seu
povo ao longo de cada etapa de suas vidas. Mostrar 90
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as características abrangentes do seu amor, empregando três analogias
explicativas: ele nos ama como pai, como marido e como pastor.
91
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Deus ama como um pai
Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei meu filho...
Ele mesmo ensinou Efraín a andar, pegando-o pelos braços...
–OSÉIAS 11:1, 3
Aqui Jeová lembra ao seu povo o terno cuidado que ele lhes prestou na
infância como nação. Porque ele amava Israel, ele os tirou do cativeiro no
Egito, libertou-os dos seus capatazes e ensinou-os a caminhar, a tomar as
suas próprias decisões e a determinar a sua própria direção.
À medida que aprendiam a andar, muitas vezes ele os segurava nos braços
para protegê-los de perigos que ainda não estavam preparados paraenfrentar. Por exemplo, a rota costeira mais curta do Egito a Canaã teria
seguido a costa do Mediterrâneo e depois rumado para o norte, até Berseba,
através da Filístia. Mas Israel ainda não estava pronto para se defender do
agressivo exército filisteu, então Deus cuidou do seu povo levando-o por
um caminho mais longo (Êxodo 13:17-18). A cada passo do caminho, Deus
nutriu Israel e os protegeu do mal, à medida que lentamente amadureciam e
se tornavam uma nação de Deus.
Como um pai, ele os carregou quando tropeçaram e lhes deu o maná do céu
quando tiveram fome.
No tempo de Oséias, Israel conhecia o amor paternal de Deus, mas apenas
como nação.
A ideia de que cada indivíduo poderia ter um relacionamento pessoal com
um Pai celestial ainda levaria dez anos para chegar. Você pode ficar
surpreso ao saber que o Antigo Testamento nunca se refere a Deus como o
pai pessoal dos indivíduos. Foi somente com a chegada de Jesus que
qualquer judeu em particular poderia ter considerado Deus como seu pai
pessoal; Isso foi algo que aprenderam com Jesus, que continuamente
chamava Deus de pai.
92
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Deus ama como um marido
Com cordas humanas eu os desenhei,
com cordas de amor...
–OSÉIAS 11:4A
A dimensão do amor de Deus como cônjuge é a primeira analogia do livro
de Oséias. É uma dimensão que este profeta aprendeu em primeira mão,
tornando-se um exemplo vivo do amor constante de Deus. Assim como Ele
atraiu Gômer, Sua esposa infiel, com laços humanos de amor, Deus também
implorou ao Seu povo que voltasse para Ele.
93
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Deus ama como um pastor
E eu era para eles como aqueles que levantam o jugo
em seu pescoço, e coloquei a comida diante deles.
–OSÉIAS 11:4B
O povo agrícola da época de Oséias entendia claramente o tipo de amor que
um pastor demonstrava pelo seu rebanho. Ele reconheceu a natureza
generosa e generosa do amor do pastor que se reflete no Salmo 23, e que é
um tema presente em toda a Bíblia. No entanto, é outra maneira de ver o
amor único que Deus tem por nós.
O professor Gary V. Smith, especialista no Antigo Testamento, explica a
descrição de Deus como pastor no livro de Oséias: [Este versículo]
descreve as ternas atenções e cuidados de Deus para com seu povo. Ele
"inclinou-se" com doçura para alimentá-los, dando-lhes generosamente
maná e codornas durante os quarenta anos em que vagaram pelo deserto
do Sinai (ver Êxodo 16; Números 11) .9
94
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Desprezo pelo amor de Deus
Mas quanto mais eu ligava para ele,
Quanto mais ele se afastava de mim.
Ele ofereceu sacrifícios aos seus falsos deuses
e queimou incenso nas imagens.
Fui eu quem ensinou Efraim a andar;
Fui eu quem o pegou pela mão.
Mas ele não quis reconhecer
que fui eu quem o curou.
–OSÉIAS 11:2-3 (NVI)
Embora Deus tenha chamado o seu povo rebelde através dos seus profetas,
eles não o ouviram. O coração de Israel tornou-se tão insensível que eles
perderam a memória das obras milagrosas que Jeová realizou a favor deles.
Como resultado, eles começaram a desviar seu curso:
Entretanto, o meu povo está apegado à rebelião contra mim; embora eu
Chamam o Altíssimo, absolutamente ninguém quer me exaltar.
–OSÉIAS 11:7
Apesar de tudo o que Deus tinha feito por eles, o povo de Israel era um
apóstata obstinado.
Essa justaposição discordante entre o compromisso de Deus com Israel e o
desprezo de Israel por Deus aparece ao longo do livro de Oséias. Mas
atinge o seu clímax no capítulo onze, onde os conceitos dissonantes de
compromisso e desprezo se enfrentam nos mesmos versículos; algo que
deveria ser impossível.
Como pode haver uma resposta tão rebelde a um amor tão perfeito?
Mais importante é a questão: Como Deus responde à infidelidade de Israel?
Como você responderia? A princípio, Deus considera o julgamento
imediato: Ele não retornará à terra do Egito, mas à terra assíria
Ele mesmo será o rei deles, porque eles não quiseram se converter.
A espada cairá sobre as suas cidades e consumirá as suas aldeias; Ele os
consumirá por causa de seu próprio conselho.
–OSÉIAS 11:5-6
É fácil compreender essas expressões de raiva. Parece a resposta natural de
um Deus que tem sido tão bom para uma nação inteira e só recebeu vários
insultos em resposta. O
grande pregador G. Campbell Morgan explica desta forma: 95
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O que deveria ser feito? Só existe uma coisa, para todas as leis da conduta
humana e para todas as leis que são apenas padrões de retidão, equidade e
justiça. Deixe-os de lado, abandone-os.. Declaro que quando vejo que o
Amante ensina a caminhar, nutre com ternura, cura.. e depois vejo que essas
pessoas se rebelam de forma definitiva, persistente e franca, o que eu digo é
que você só pode fazer uma coisa: abandoná-los. 10
Esta reação nos parece lógica porque seria a resposta humana típica.
Quantas vezes respondemos com alguma forma de retaliação quando
alguma injustiça é cometida contra nós ou aqueles que nos são mais
próximos nos traem? Quando as pessoas fazem algo errado com você, você
as abandona, se divorcia delas e as processa. No mínimo, você lhes dá as
costas até que paguem o preço. É como se quiséssemos aplicar as leis da
física à lei do amor: para cada ação queremos obter uma reação igual e
oposta.
Os versículos 5 e 6 mostram o tipo de resposta à infidelidade de Israel que
naturalmente esperaríamos de alguém que foi rejeitado. Mas Oséias
prossegue nos mostrando que, embora o povo adúltero deva enfrentar um
julgamento
– que é a consequência natural que conquistaram – Deus não lhes dita uma
condenação final. O amor profundo e irresistível supera qualquer
pensamento de afastar você Dele para sempre.
96
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A compaixão do amor de Deus
Como posso abandonar você, ó Efraim?
Vou entregá-lo, Israel?
Como posso fazer você gostar de Adma,
ou colocar-se como Zeboim?
Meu coração se move dentro de mim,
Toda a minha compaixão está inflamada.
Não executarei a ferocidade da minha ira,
nem voltarei para destruir Efraim;
porque eu sou Deus, e não homem,
o Santo em seu meio;
e não entrarei na cidade.
–OSÉIAS 11:8-9
Aqui Deus expressa uma comovente demonstração de amor apaixonado que
nos lembra o lamento de Jesus sobre a cidade que ele mais amava:
Jerusalém, Jerusalém, você mata! aos profetas, e apedrejais aqueles que
vos são enviados! Quantas vezes eu quis me juntar a você
filhos, como a galinha reúne os pintinhos debaixo das asas, e vocês não
queriam! (Mateus 23:37).
A devoção inabalável de Jesus à cidade que o rejeitou não nos surpreende.
É consistente com o coração de seu Pai, um coração cheio de compaixão
pela nação rebelde de Israel.
Oséias nos faz quatro perguntas que demonstram os sentimentos de pesar de
Jeová: Como posso abandonar você, ó Efraim?
Vou entregá-lo, Israel?
Como posso fazer você gostar de Adma?
Ou tornar-se como Zeboim?
O que essas perguntas significam? Antes de podermos responder,
precisamos entender o significado dos quatro nomes mencionados.
Efraim era uma tribo poderosa no norte de Israel, mas seu nome era
frequentemente usado como sinônimo de Israel. Obviamente, Israel é o
nome das dez tribos do norte que se separaram das quatro tribos do sul de
Judá e Benjamim. Adma e Zeboim eram os nomes das cidades que foram
destruídas junto com as cidades ímpias de Sodoma e Gomorra (Gênesis
10:19).
Neste caso, Deus se pergunta se deveria dar ao seu povo o que ele
realmente merece. Pense naqueles tempos em que a destruição de outros
povos perversos era a única opção e o seu amor declara em voz alta: Meu
coração está comovido dentro de mim, está inflamado 97
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toda a minha compaixão (Oséias 11:8).
O que tudo isso significa? DA Carson explica:
Em geral, a passagem significa queo julgamento iminente prometido não
será a última palavra. O exílio será seguido pelo retorno do exílio. No
contexto total, quando Deus declara que Seu coração mudou dentro Dele e
Sua compaixão foi despertada, isso não significa que Ele mudou de opinião
e que Israel será poupado do castigo que Ele decretou alguns versículos
antes. Pelo contrário, a alegação é que a ameaça a longo prazo de um
julgamento permanente deve ser posta de lado. Deus os devolverá do Egito
e da Assíria. onze
Deus se tornou fraco diante do pecado? Você está consentindo quando o que
é exigido é disciplina? Absolutamente não. Ele permitirá as consequências
da rebelião e não deterá a sua mão quando a punição for necessária, mas
não será a destruição final de Israel como foi para Sodoma e Gomorra. O
povo viverá para encontrar o caminho de volta a Deus, que esperará com
paciência e amor.
Num sermão que proferiu sobre esta passagem, Roy Clements disse:
Embora [Oséias 11]
seja pouco conhecido em comparação, considero-o uma das joias da Bíblia,
porque representa de uma forma notável e vívida o que significa o amor de
Deus. para o próprio Deus.
Nesta situação, Oséias é ousado o suficiente para expor a mente de Deus,
seus pensamentos mais profundos. E ouso dizer que expõe os sentimentos
de Deus.
O que encontramos quando olhamos através desta janela ousada?
Encontramos a firme imparcialidade de um juiz onisciente? Encontramos a
dignidade distante de um soberano onipotente? Não. Surpreendentemente,
nesta passagem o profeta nos diz que o que encontramos quando olhamos
pela janela para o coração de Deus é um coração partido, o coração partido
de um pai que foi abandonado.
Oséias insiste que existe apenas uma maneira fundamental e importante
pela qual Deus é como nós. Ele ama e faz isso de uma maneira que nós,
seres humanos, podemos compreender e experimentar. E porque ele ama,
ele sente. Você pode se sentir magoado.
Você pode sofrer. 12
Muitos documentos históricos cristãos declaram que Deus é impassível .
Em outras palavras, faltam emoções. A Confissão de Fé de Westminster
afirma o mesmo. 13 Mas será que essa afirmação é verdadeira? Depois de
ler esses versículos de Oséias, como poderíamos acreditar nisso?
Deus sente dor? Ele realmente sofre quando pecamos e demonstramos
desprezo pelo Seu amor? O versículo 8 parece indicar que este é o caso.
Alguns diriam que são apenas 98
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como Deus nos ajuda a compreender a divindade na linguagem da
humanidade; a única linguagem que entendemos. Não foi esse um dos
propósitos pelos quais Deus se tornou homem, para que pudéssemos
conhecê-lo de uma forma que pudéssemos entender?
Certamente este é o caso em algum nível e devemos reconhecer que a vida
de Jesus – uma vida cheia de emoções, dor e sofrimento – nos ajuda a
compreender quem é Deus.
Quanto mais velho fico, mais reconheço a verdade de que o homem foi
criado à imagem de Deus. Isso significa que se você ou eu nos sentimos
magoados quando alguém abusa do nosso amor, é porque fomos feitos à
imagem de Deus, que também sofre quando o seu amor é abusado. Percebo
que muitas vezes as emoções do homem são exibidas de forma pecaminosa,
enquanto as emoções de Deus nunca o fazem. Permitimos que a indignação
se transforme em raiva ou que a dor se transforme em vingança. Mas se
Deus pode experimentar a alegria do amor satisfeito, por que não deveria
também experimentar a dor do amor rejeitado?
Muitas pessoas temem o amor por medo da dor da rejeição. Então eles não
mostram isso.
Mas o amor verdadeiro, o amor incondicional, o amor leal – o amor de
Deus – não é tímido.
O que teria acontecido se Deus tivesse tomado uma atitude tímida em
relação ao seu amor por Israel? Ou em relação a David, Moisés, Abraão,
Noé ou Adão e Eva? O que teria acontecido se Deus tivesse dito: Acho que
vou me abster de criar o mundo porque se o fizesse cidade com criaturas
feitas à minha semelhança – criaturas com liberdade de escolha – é É
possível que eles optem por não me amar?
Deus tomou uma decisão incrível para incutir liberdade em seus filhos. E
certamente isso lhe causou a dor que qualquer pai que tem um filho rebelde
sofre. Mas no caso de Deus foi pior: esse castigo ocorreu repetidas vezes e
com todo tipo de variações em todos os cantos do planeta. Todos os seus
filhos humanos, exceto Um, o desonraram.
Desde o Jardim do Éden, optamos por transgredir as leis tão rapidamente
quanto Deus foi capaz de enunciá-las. Escolhemos retribuir o amor
incomparável e eterno do nosso Criador com insultos e zombarias. Ao fazer
isso, prejudicamos a nós mesmos e causamos sofrimento a Ele. E
De alguma forma, ao longo de tudo isto, o amor de Deus continua, nunca
respondendo na mesma moeda, nunca desistindo e afastando-se, nunca
reagindo, mas sempre procurando resgatar, restaurar. Quanto mais profundo
o insulto, mais profunda é a sua determinação em nos levar de volta para
casa.
Na verdade, o amor pode ser doloroso e é por isso que pode dominar o
mundo. Deus nos mostra que os milagres ocorrem quando a pessoa que ama
e recebe o mal em troca do bem, continua a oferecer o bem e a dar amor
sem recompensa. A porta entre o céu e a terra está entreaberta e o amor de
Deus brilha através da fresta.
Quando formos atingidos, podemos revidar ou podemos apenas 99
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se esconder em uma caverna. Mas somos filhos do Deus eterno e fomos
feitos para algo melhor. Fomos feitos para vivenciar e oferecer o milagre do
amor altruísta, paciente, tenaz: um amor que não desiste, que não exige
nada em troca; um amor que não evita a dor, mas é compassivo além da
medida.
100
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A consumação do amor de Deus
Não executarei a ferocidade da minha ira, nem voltarei para destruir para
Efraim; porque eu sou Deus, e não homem, o Santo
no meio de vocês; e não entrarei na cidade.
–OSÉIAS 11:9
Como pode Deus perdoar Israel quando é tão óbvio que ela merece o
castigo final? Se Ele é um Deus justo, como podemos justificar permitir que
eles se rebelem sem puni-los com a aniquilação? Ou, como disse o apóstolo
Paulo, como é possível que Deus seja justo e justificador (Romanos 3:26)?
Encontramos a resposta na metade do versículo 9: É Deus e não o homem!
Você não precisa diminuir seus elevados padrões de perfeição para
demonstrar amor compassivo por nós.
Conforme indicado na frase a seguir, é o Santo que está no meio de vocês .
A santidade de Deus não diminui quando o seu amor aumenta. Deus é Deus
e Deus é santo e pode fazer a sua vontade e amar quem Ele quiser.
Mas ainda temos um problema a resolver antes de podermos compreender
como Deus, que é santo, pode perdoar pecadores que não são santos. Na
justiça, a santidade perfeita não pode tolerar a contaminação do pecado.
Você não pode permitir que ratos, baratas e cupins infestem sua casa e ainda
assim se considere um zelador de sua propriedade. Sua casa será
contaminada e destruída. Deus não pode permitir a poluição que levaria os
pecadores ao céu e ainda assim seria um Deus santo. O céu não seria mais
um paraíso. Então, como pode Deus permitir-se amar-nos, dado o quão
corrompidos estamos pelo pecado?
Encontramos a resposta no próprio nome que os pais do profeta escolheram
para ele: Oséias . Existem dois outros indivíduos na Bíblia que levam o
mesmo nome: um antes do profeta e outro depois. O primeiro foi Josué.
Esses são os nomes dos homens que Moisés enviou para espionar a terra; e
Oséias, filho de Num, chamou-lhe Moisés o nome de Josué (Números
13:16).
A segunda aparece no seguinte texto: E ela dará à luz um filho, e você
chamará o nome dele Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus
pecados (Mateus 1:21). É interessante notar que Oséias, Josué e Jesus são
traduções do mesmo nome que significa salvação .
Como indica G. Campbell Morgan: No devido tempo veio Aquele cujo nome
era Jeová e Oséias: seu nome era Jesus... e finalmente podemos descobrircomo Deus Ele pode ser justo e justificador da alma pecadora . 14
Não tendo pecados próprios, Jesus se ofereceu para levar nossos pecados
como se fossem seus. Ele morreu na cruz para que pudesse tirar esses
pecados de nós e levá-los à morte.
Ele nos deixou legalmente livres do pecado e nos purificou lavando-nos
com seu sangue, para que pudéssemos entrar na presença da perfeita
santidade de Deus. O 101
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Dr. Morgan continua: Através de Jesus, todas as demandas por justiça são
atendidas contra minha alma. Através Dele a glória da santidade é
mantida. A redenção de alma humana não
provém de uma compaixão que concorda em ignorar o pecado, mas de uma
poder que o anula e nos liberta do seu domínio . quinze
O Salmo 85:10-11 explica profeticamente o resultado do sacrifício de Jesus
quando diz: Misericórdia e verdade se encontraram; justiça e paz Eles se
beijaram A verdade brotará da terra e a justiça olhará do céu. Nas duas
primeiras linhas, misericórdia e verdade são reconciliadas. Nos dois
últimos, o céu e a terra se unem. O expositor bíblico John Phillips explica:
Deus não pode conceder misericórdia às custas da verdade. Você não pode
defender a verdade às custas da misericórdia. Mas ambos se conheceram no
Calvário.
Justiça e paz se beijaram. Agora Deus pode ratificar tanto a sua
misericórdia como a sua verdade, tanto a sua justiça como a sua paz. Com a
chegada do seu Filho, ele encontrou o modo de nos conceder a sua paz e a
sua justiça. Conseqüentemente, não há mais contraste entre misericórdia e
verdade. 16
Compreender até que ponto Deus foi para nos reconciliar com Ele torna
fácil entender por que muitos cristãos consideram o versículo 16 do capítulo
3 de João o mais cativante da Bíblia: Porque Deus amou o mundo de tal
maneira que deu aos seus Filho unigênito, para que todo aquele que nele
crê não pereça, mas tenha vida eterno Na cruz, justiça e misericórdia, graça
e verdade, justiça e paz fluem simultaneamente do amor de Deus.
Quando Rachelle Friedman compareceu à sua despedida de solteira antes
do casamento, ela estava prestes a realizar um sonho: subir ao altar para se
casar com o namorado, Chris Chapman. Esse casamento aconteceu, mas um
ano inteiro se passaria. Porque em vez de caminhar, Rachelle caminhou
pelo corredor em uma cadeira de rodas. Um estranho acidente à beira da
piscina durante aquela festa paralisou Rachelle da cintura para baixo.
Rachelle e Chris adiaram o casamento por um ano, mas não o amor. Chris
disse que depois do acidente nunca mais pensou: O que vou fazer? , mas o
que vamos fazer?... Foi uma passo de cada vez .17 Suas vidas e seu amor
ficam mais fortes a cada dia, sem olhar para trás. Uma circunstância trágica
mudou a face do seu amor – cadeiras de rodas, uma carrinha especial, muita
fisioterapia – mas não a sua lealdade .
Este é o amor de Deus:
Não importa o que você fez. .
Não importa o quão longe você tenha caído..
Não importa o que o inimigo tenha sussurrado em seu ouvido..
Deus nunca desiste. Ela ama você. Sempre foi e sempre será.
102
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103
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5
Deus escreveu seu amor
em letras vermelhas
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
-JOÃO 3:16
Há muitos anos, na pequena cidade inglesa de Brackenthwaite, vivia um
homem taciturno e solitário chamado William Dixon. Sua esposa havia
morrido anos atrás e ele perdeu seu único filho. Dixon era frequentemente
visto sentado perto de sua janela, observando o mundo passar e sorrindo
para as famílias felizes andando pela rua.
Um dia ele olhou e viu a casa de um vizinho pegando fogo. Outros vizinhos
gritavam por socorro e procuravam água. Dixon saiu correndo e se juntou a
eles enquanto tiravam uma mulher idosa das chamas.
Além da comoção, alguém foi ouvido perguntando se havia outras pessoas
lá dentro.
–Meu netinho! –engasgou a velha que respirava com dificuldade por causa
da fumaça em seus pulmões–. Levante-se, ele está preso!
As pessoas soltaram um gemido angustiado, sabendo que era impossível
subir as escadas.
Mas William Dixon correu para a frente da casa e encontrou um cano de
ferro subindo pela parede. Ele agarrou-se a ela e subiu até a janela, onde
encontrou o menino aterrorizado. Ele o pegou nos braços e se abaixou com
dificuldade até o chão.
Poucos dias depois, a avó morreu em decorrência dos ferimentos, deixando
o menino órfão e sem teto, sem tutor. A cidade realizou 104
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uma assembleia geral para determinar o seu destino.
Quando a sessão começou, duas pessoas se ofereceram como voluntárias.
Um bom cidadão respondeu às perguntas habituais e deu todas as garantias
de que proporcionaria um bom
lar à criança. O segundo voluntário foi William Dixon, que fez o resgate.
Ele disse apenas algumas palavras, mas suas mãos falaram por ele.
Eles estavam cobertos de bandagens, ele teve queimaduras graves causadas
pelo cano fervente que foi forçado a escalar.
Quando chegou a hora de votar, o homem com as mãos cheias de feridas
levou o órfão para casa e voltou a ser pai. Todos concordaram que o amor
deles estava escrito em suas mãos.
1
O amor de Nosso Senhor também está escrito nas suas mãos: aquelas duas
mãos que foram estendidas e pregadas na cruz, das quais fluiu o sangue
com o qual ele escreveu indelevelmente o seu amor eterno por nós.
Essa é a mensagem do maior versículo de todas as Escrituras: João 3:16.
Como diz o maravilhoso hino de Charitie Lees Bancroft:
Diante do trono supremo de Deus
Tenho uma oração intensa e perfeita.
O grande sacerdote chamado amor
Viva para sempre e ore por mim.
Meu nome está gravado em suas mãos.
Meu nome está inscrito em seu coração.
O historiador Plínio disse certa vez que tinha visto toda a Ilíada de Homero
escrita em letras tão pequenas que cabiam dentro de uma noz. Em meados
do século XIV, o copista britânico Peter Bales encontrou uma maneira de
escrever a Bíblia inteira em uma única folha de papel que, quando dobrada,
caberia dentro da casca de uma noz do tamanho de um ovo. Eu poderia ler a
pequena letra. (Ainda não descobri qual é o valor prático desse projeto.) De
certa forma, o versículo 16 do capítulo 3 de João é a Bíblia inteira resumida
em poucas palavras.
Este versículo tem sido considerado a maior, mais direta e concisa
declaração do Evangelho. Com uma precisão quase milagrosa, ele coloca as
boas novas do amor de Deus nos menores pacotes. Quando você diz Juan
3:16 , até mesmo muitos indivíduos não crentes sabem o que isso significa
ou conhecem o versículo em si. É a referência mais famosa anotada por
livro, capítulo e versículo em toda a Bíblia. Você verá isso em banners de
eventos esportivos, impressos em camisetas ou rabiscados em grafites em
viadutos. É a forma abreviada de dizer: Deus Ele ama todos nós .
É do conhecimento geral que Tim Tebow escreveu a referência em seu olho
preto (a faixa que os jogadores de futebol colocam sob os olhos) antes de
um jogo do campeonato nacional universitário e isso é frequentemente
notado por emissoras esportivas.
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identifique como seu versículo favorito. Imediatamente depois, o Google
recebeu mais de noventa milhões de solicitações de pessoas que
pesquisavam João 3:16. E isso foi apenas o começo. Três anos depois,
depois de levar o Denver Broncos a uma vitória empolgante nas finais
contra o Pittsburgh Steelers, alguém percebeu que Tim havia arremessado
precisamente 316 jardas. A Associated Press informou que ele também teve
uma média de 31,6 jardas por conclusão. Aqueles que ainda não
“compreenderam” recorreram novamente à Internet e, na tarde de segunda-
feira, João 3:16 tornou-se novamente a principal pesquisa online. 2
Costuma-se dizer que o Senhortrabalha de maneiras misteriosas. Alguns
podem pensar que encontrar significado no número de jardas que um
quarterback completa beira a superstição, mas pode nos mostrar que Deus
usará quase todos os meios para nos dizer o quão profundamente Ele nos
ama. Quando foi a última vez que algum de nossos esforços teve sucesso
em fazer com que noventa milhões de pessoas corressem para a Internet em
busca dos Evangelhos?
Ao longo da história, milhões de palavras foram escritas sobre João 3:16,
mas nenhuma delas é necessária para compreender o significado do
versículo. Deus comunicou a essência dos Evangelhos – a mensagem mais
profunda e de maior alcance de todos os tempos – em apenas vinte e cinco
palavras de texto em inglês. Quando traduzido para qualquer idioma, este
versículo é extremamente fácil de entender.
Tudo o que precisamos na vida está nessas palavras. Sua Bíblia é uma
biblioteca essencial sobre a vida e cada versículo é benéfico para viver com
sabedoria. Mas, na pior das hipóteses, só poderíamos manter um dos seus
31.103
versículos, este seria aquele que não deveríamos deixar escapar de nossas
mãos.
Quando eu era criança, ouvi um sermão sobre João 3:16 que teve um
impacto real em mim.
O evangelista observou que este versículo não apenas continha a verdade
dos Evangelhos, mas o próprio termo Evangelho (evangelho) estava inscrito
no versículo em inglês.
Para Deus amou tanto o mundo
que Ele deu o Seu Ou apenas
gerado Está ligado, quem acredita Nele não deveria Perecer
mas tem E duradouro
Vida .
Lembro-me bem de pegar minha caneta e escrever aquela fórmula sob as
palavras da minha Bíblia para não esquecer quão completa e essencialmente
aquele versículo é o Evangelho. Este dispositivo simples é apenas mais uma
ajuda que nos permite ver a oração pelo que ela é: uma declaração do
Evangelho tão simples que uma criança pode compreendê-la, e tão profunda
que um estudioso nunca conseguiria decifrar a sua profundidade.
106
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Precisa estar permanentemente inscrito em todos os corações.
João 3:16 é pregado, estudado e citado com mais frequência do que
qualquer outra passagem bíblica, mas nunca fica desatualizado, nunca perde
sua majestade ou frescor, nunca perde um grama de sua energia emocional.
É tão inesgotável que, durante muitos anos, um pregador obsessivo
compilou dele mais de seiscentos resumos de sermões.
Estamos falando mais ou menos de um mês repleto de domingos! São
sermões suficientes para ter material de pregação por quase doze anos.
Uma curiosidade que os ministros compartilham é que os jovens usam João
3:16 repetidas vezes em seus sermões porque é muito simples e fácil de
pregar. Contudo, os mais velhos hesitam em falar sobre isso porque
passaram a ver a profundidade e o mistério do versículo e se sentem
incapazes de fazer justiça a ele. G. Campbell Morgan foi um dos gigantes
da pregação, embora tenha se colocado na segunda categoria. Ele afirmou:
Há uma texto que nunca tentei usar para pregar, embora tenha pensado
nele milhares de vezes: João 3:16. É tão grande. Depois de ler, não há mais
nada a dizer. Se for assim Só sabíamos lê-lo, levar aos ouvidos das pessoas
uma ideia do seu ou seja, não haveria mais nada sobre o que pregar . 3
Ele havia pregado por quinze anos antes de transmitir uma mensagem tirada
de João 3:16.
Quando pensei em fazer um sermão sobre o assunto, li novamente suas
palavras e pensei: O
que me resta dizer? É tão simples; todo mundo conhece ele de memória. O
que eu poderia adicionar?
Mas com o tempo mudei de ideia. Percebi que meu trabalho não era excluir
da minha pregação nada que Deus tivesse comunicado em Sua Palavra
Divina, especialmente quando se tratava deste versículo de importância
crucial. Não cabia a mim decidir o que as pessoas sabiam tão bem que não
precisavam ouvir.
Nem chegar ao púlpito com ideias teológicas que encantassem e
surpreendessem o público.
Eu era apenas o mensageiro e Deus me confiou a maior mensagem de todos
os tempos. Não tinha nada a ver comigo ou com o que eu poderia
contribuir, era sobre Deus e o que Ele havia feito; referia-se à mensagem
mais urgente que a humanidade alguma vez ouviria.
Como eu poderia justificar minha recusa em entregar essa mensagem?
A missão de toda a minha vida é dizer ao mundo: Deus te ama e aqui você
pode ver o quanto.
E
Agora, o que você fará a respeito? Esse também é o seu trabalho e é neste
versículo que, mais do que em qualquer outro, está exposto o que devemos
dizer.
107
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Como se originou João 3:16?
Você pode pensar que, visto que a mensagem de João 3:16 é para todos, ela
deveria ter sido transmitida em uma reunião em massa, talvez no Sermão do
Monte de Jesus ou em um de seus discursos no templo. Em vez disso, foi
dito em particular para uma única pessoa. 4
Nicodemos era o principal membro do conselho governante dos judeus, o
Sinédrio. Jesus motivou a ira e a oposição destes líderes judeus pela sua
afirmação de ser filho de Deus e pelo que eles consideravam a sua
indiferença para com algumas das suas leis.
Mas Nicodemos não tinha tanta certeza. Ele havia testemunhado os
milagres de Jesus e não poderia dispensá-lo tão facilmente quanto seus
colegas. Devemos lembrar que Nicodemos, como todos os judeus,
considerava-se membro do povo escolhido de Deus num sentido muito
exclusivo. Eles pertenciam a Deus em virtude de terem nascido numa raça
que Ele favorecia. O Messias que eles esperavam destruiria todos os
gentios, especialmente os odiados romanos que ocuparam Israel. Poderia
Jesus ser esse homem? Nicodemos queria descobrir. Assim, para evitar a
censura do Sinédrio, ele escapuliu uma noite para encontrar Jesus
pessoalmente.
Mas a conversa não saiu como Nicodemos esperava. Jesus começou
confundindo isso com uma palestra sobre nascer de novo e como o Espírito
de Deus era como o vento, soprando onde quer. Jesus estava lhe dizendo
que, em pouco tempo, o Espírito viajaria para fora da nação judaica e
entraria nos corações dos gentios por toda a terra. Então, para o caso de
Nicodemos ainda estar confuso, Jesus chegou ao cerne da mensagem em
palavras que ninguém seria capaz de entender: Por causa de Deus amou o
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todos Quem
nele crê não perecerá, mas terá a vida eterna .
–Deus ama o mundo , Nicodemos; não apenas para os judeus, mas para o
mundo inteiro! A porta de Deus está aberta para todas as pessoas. Não
depende do nascimento; Depende da fé.
A este homem aberto a encontrar a verdade, Jesus entregou a mensagem
surpreendente que resume todos os Evangelhos. Desta forma, ele
estabeleceu os fundamentos da relação da humanidade com Deus. Não é
base para julgamento ou condenação; É uma base de amor puro. Em João
3:16, Jesus disse a Nicodemos – e a todos nós também – que Deus faria
qualquer coisa para nos salvar, mesmo que ele tivesse que morrer para isso.
É assim que é grande o seu amor.
Agora que vimos um pouco do impacto e do contexto de João 3:16, vamos
dar uma breve caminhada pelo versículo e explorar sete realidades cruciais
sobre o amor de Deus.
108
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O amor de Deus é extravagante
Porque Deus tão amado…
É difícil para as pessoas modernas compreender o mundo cultural antes da
chegada de Cristo. Mesmo entre os judeus da época de Nicodemos, a ideia
de que Deus é amor era contrária à razão. Se você fizesse associação de
palavras com um cidadão daquela época, quando dissesse “Deus”, a
resposta seria “medo”. Entre os judeus, Deus era um observador estrito das
loucuras humanas e estava pronto para desaprovar e punir.
Fora da comunidade judaica, Deus era considerado um tirano absoluto.
Ainda hoje, todos os rituais das religiões pagãs visam apaziguar a ira de um
deus irado.
Xamãs e feiticeiros mudam desesperadamente de um feitiço para outro em
busca de proteção contra a morte, doenças, fome e calamidades impostaspelos deuses. Na raiz deste medo está o facto de cada indivíduo reconhecer
no seu coração que é um pecador indigno.
Ao ignorarem as boas novas que João 3:16 apresenta, a única coisa que lhes
resta é evitar os raios que virão dos céus quando perceberem que os
merecem.
E então, dentro desse contexto, Jesus deixa cair estas palavras: Porque de
tal forma amava a Deus .
Isso vira toda a religião de cabeça para baixo. Confundir os fariseus. Isso
força a ideia individual do Criador a mudar completamente. Já não era
possível que essas pessoas considerassem Deus como alguém distante, que
permanece irascível no seu trono e nos deixa apenas adivinhar alguma
forma de evitar a sua ira. Eles tiveram que mudar radicalmente o seu
conceito de Deus, do medo para o amor.
Mas se pensarmos que João 3:16 anunciou uma mudança da raiva para o
amor, perdemos o ponto mais importante. William Barclay escreveu: Os
homens às vezes se apresentam de tal maneira a mensagem cristã que
parece que Jesus fez algo que mudou perdoe a atitude condenatória de
Deus para com os homens. Mas o que isso nos diz texto é que tudo isso
começou com Deus. Foi Deus quem enviou seu Filho e o enviou porque ele
amava os homens.
Por trás de tudo isso está o amor de Deus. 5 Deus nunca foi a divindade
irada dos antigos; Ele nos amou desde o início.
João 3:16 acerta o alvo, começando não apenas com Deus, mas com a ação
que Deus realiza: Deus amou . Desculpe, Deus amou tanto . Tanta coisa é
dita em tão poucas palavras.
Nessas poucas cartas encontramos toda a agonia da Cruz, todo o sofrimento
do Filho durante o seu trânsito entre os homens, todos os esforços de um
Deus disposto a deixar o céu e tornar-se carne, não só porque o amou, mas
porque o amou. .gostei disso Maneira . As mãos que nos seguram são
amantes. Essas mãos feridas por pregos nos amam tanto .
Anos atrás, Donna e eu tivemos a oportunidade de visitar algumas das
grandes igrejas de Londres, Inglaterra. Na famosa Catedral de São Paulo,
notamos no anexo a 109
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enorme estátua de Jesus Cristo que o representava retorcido em angústia na
cruz. Você pode testemunhar a dor em seu rosto, a mistura de suor e sangue
em seu corpo. Abaixo da figura havia uma placa que dizia Foi assim que
Deus amou o mundo . Ele amou o mundo de tal maneira .
Tão amado é o que dizemos quando o amor leva alguém a agir.
Isto é o que sentimos quando vemos a mensagem da devoção de Deus em
fluidas letras vermelhas escritas com uma caneta embebida no seu sangue:
amor a alto custo, amor que se compreende claramente em qualquer língua.
Este é um amor extravagante. Não é que Deus acabou de dizer eu te amo .
Ele disse isso com a carne destruída, em agonia, enquanto tolerava o castigo
selvagem e imerecido. Avançar Deus mostra seu amor por nós, quando
Cristo morreu enquanto ainda éramos pecadores para nós (Romanos 5:8).
110
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O amor de Deus é vasto
…ao mundo…
A próxima parte de João 3:16 nos informa sobre o objeto do amor de Deus:
o mundo. Para um judeu escrever estas palavras é duplamente
surpreendente. Como indiquei ao falar sobre Nicodemos, na cultura
hebraica era de conhecimento comum que um judeu amava seus
companheiros judeus e não amava tanto os outros ou nem um pouco. Todos
os gentios eram vistos com orgulhoso desdém, sabendo que os judeus eram
o povo escolhido de Deus, o povo com quem Ele tinha um relacionamento
especial.
Leon Morris escreve: Os judeus estavam mais do que prontos para
considerar que Deus amava Israel, mas não parece haver nenhuma
passagem onde qualquer escritor judeu Ele afirmava que Deus amava o
mundo. A ideia de que o amor de Deus tem o amplitude suficiente para
abranger toda a humanidade é distintamente Cristão. Seu amor não se
limita a nenhum grupo nacional ou elite espiritual. É um amor que vem do
fato de que Ele é amor . 6
Judeus como Nicodemos ficariam horrorizados: Deus ama – de tal forma
que ele ama – o mundo? Absolutamente não! Deus ama os romanos dessa
maneira, com toda a sua cruel tirania? Será que Deus ama tanto os assírios e
os babilônios que eles escravizaram os judeus?
Claro que sim. O mundo foi avisado de que Deus ama aqueles que são
dignos de amor ( seja quem for); ame aqueles que não são dignos de amor;
Ele ama os judeus e aqueles que os odeiam. Ele ama todas as pessoas e
todos estão sob o amor de Cristo. Ninguém é muito mau ou muito distante
para o seu amor.
Precisamos entender que o termo mundo é usado de duas maneiras
diferentes. Aqui, João diz que Deus amou o mundo . Mas em outro lugar
diz: Não ameis o mundo, nem o coisas que existem no mundo. Se alguém
ama o mundo, o amor do Pai não está nele (1 João 2:15). Isto parece
contraditório: Deus ama o mundo, mas diz-nos para não amarmos o mundo
se quisermos ser como Ele. Como podemos conciliar ambos os versículos?
Não há contradição. Em 1 João, a referência é ao sistema mundial , que é o
que Deus rejeita: o mundo que Satanás invadiu com a queda do homem e
que devasta a luxúria, o orgulho e todos os outros males. Mais tarde, Juan
diz : O mundo inteiro está sob o Maligno (1 João 5:19). A palavra grega
para mundo, kosmos , tem significados diferentes nas Escrituras
dependendo do contexto. No seu Evangelho, João diz-nos que Deus ama
todas as pessoas do mundo, mesmo que sejam pecadoras. Em sua Epístola,
João diz que devemos ter cuidado para não nos apaixonarmos por um
sistema mundano perverso e ímpio , o que seria uma forma de idolatria. A
sua mensagem é que amamos as pessoas do mundo, mas não o seu
programa.
Da mesma forma que as palavras o mundo têm diferentes tonalidades de
111
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ou seja, o mesmo pode ser dito do termo amor . CS Lewis escreveu sobre
quatro tipos diferentes de amor: amizade, carinho, amor erótico e amor
sacrificial. 7 E é este conceito que causa confusão para muitos. Sabemos
que Deus nos ama e precisamos entender especificamente que tipo de amor
é esse.
Posso dizer que adoro os Estados Unidos. Estou muito grato por ter nascido
americano e posso dizer honestamente que amo meu país de todo o coração.
Mas também adoro meu novo neto chamado Levi. E meu amor por Levi
não se parece em nada com o tipo de amor que tenho pela América. Não
importa o quanto eu ame meu país, meu amor por Levi é muito mais
profundo e emocional. Eu o amo de todo o coração e ainda mais. Isso pode
não fazer sentido do ponto de vista lógico ou matemático, mas sei o que
significa.
Deus ama cada indivíduo neste mundo com a mesma devoção profunda
com que amo Levi.
A verdade é que o amor de Deus é muito mais profundo e insondável do
que o meu amor
por Levi, simplesmente porque o Seu amor é perfeito e infinito e nenhum
amor humano é assim. Ninguém te ama como Ele: nem seu cônjuge, nem
sua mãe, nem seu filho. Ninguém.
112
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O amor de Deus é caro
…que deu o seu Filho unigênito…
Unigênito significa único: um e apenas um.
James Montgomery Boice explica o que a natureza única de Cristo significa
para nós: Jesus é o único Filho de Deus; Não há outro como Ele, ninguém
que seja igual a Ele. Em Consequentemente, Jesus Cristo é a imagem viva
de Deus e, porque não há ninguém Assim como Ele, quando Deus enviou
Jesus, Ele deu o melhor presente do universo . 8
A observação do Dr. Boice é outra demonstração do nosso valor para Deus.
Ele nos deu o bem mais valioso e precioso de seus bens. Ele enviou Seu
único Filho a este mundo para mostrar o quanto significamos para Ele. Ele
fez isso porque era a única maneira de nos libertar do nosso vício fatal no
pecado, para que pudéssemos estar com Ele por toda a eternidade.
Os apóstolos João e Paulo endossam que a natureza preciosa do dom de
Deus demonstra a enorme profundidade do seu amor por nós: Nisto o amor
de Deus para conosco, na medida em que Deus enviou seu Filho unigênito
ao mundo, para que vivamos por ele (1 João4:9).
Aquele que não poupou o seu próprio Filho, mas Ele nos deu tudo, como
não nos dará também todas as coisas com Ele?
(Romanos 8:32).
Há alguns anos, antes da missa de comunhão, mostrei um pequeno trecho
de um filme para ilustrar o amor de Deus. Contava a história de um
fazendeiro e seu filho de dez anos que eram profundamente devotados um
ao outro. Trabalhavam lado a lado na fazenda, riam e brincavam e
passavam todo o tempo juntos.
O pai também tinha a responsabilidade de mudar os trilhos do trem que
passava nas proximidades. Todos os dias ele caminhava até os trilhos e
puxava a alavanca que redirecionava a locomotiva para os outros trilhos.
Certa tarde, depois de terminarem todas as tarefas da fazenda, pai e filho
foram pescar no riacho que atravessava a fazenda. Quando o pai ouviu o
apito distante do trem, deixou o filho cuidando da mudança de trilhos. Ao
se dirigir para lá, ele não percebeu que seu filho havia decidido se juntar a
ele. O menino havia pegado um atalho pela floresta e agora caminhava
pelos trilhos do trem para encontrar o pai.
A ferrovia aproximou-se do entroncamento movendo-se em alta velocidade,
confiante de que o fazendeiro mudaria os trilhos que corriam em linha reta.
De repente, o agricultor viu o seu filho na estrada num local onde não
conseguia sair a tempo. O primeiro impulso do pai foi deixar o trem seguir
seu curso. Mas aquela pista formava uma curva e a locomotiva andava a
uma velocidade tal que não conseguia fazer a curva. O pai sabia que se
trocasse a emenda, seu filho morreria. Caso contrário, o trem descarrilaria e
haveria muitas mortes.
Naquele momento, o pai viveu o sofrimento mais terrível que podemos 113
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Imagine. Ele teve que comparar a vida do filho com um trem cheio de
passageiros que ele nem conhecia. Como espectadores, ficamos na ponta da
cadeira enquanto a imagem da mão do pai segurando a alavanca persiste no
filme. Que vai fazer?
A questão permanece sem resposta. O filme termina aí, mas a mensagem é
clara: você e eu estamos viajando naquele trem e Deus Pai está com a mão
na alavanca. Sabemos a decisão que ele tomou. Ele não salvou o seu Filho
unigênito, mas o entregou para que todos pudéssemos ser salvos.
Deus também deu o seu melhor em outro sentido. Como João nos diz, Jesus
está com Deus, ele é Deus e é o Filho de Deus (João 1:1-3). Embora seja
filho, ele é coeterno com o Pai. Por que todas essas afirmações são
verdadeiras é algo que permanecerá um mistério deste lado da eternidade.
Mas isto é o que podemos saber: Jesus Cristo é a imagem de Deus, mas isso
não significa que ele seja uma criatura feita à imagem de Deus como o
homem. Ele é Deus encarnado. Embora Ele seja um homem, Ele mesmo é o
Deus eterno. Portanto, quando Jeová deu Jesus, ele se entregou.
Ele deu a própria vida: o presente mais caro neste vasto universo.
Juntamente com Paulo devemos levantar-nos e gritar: Graças a Deus pelo
seu dom inefável!
(2 Coríntios 9:15).
114
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O amor de Deus é expansivo
…para que todos…
Richard Baxter escreveu certa vez que estava feliz por Deus ter colocado
todas as palavras no texto de João 3:16. Que ele prefere essas palavras
dentro do versículo do que ver seu próprio nome. Agradeço a Deus pelas
palavras de todos. Se Deus tivesse dito que haveria misericórdia para
Richard Baxter, sou um um pecador tão vil que eu teria pensado que ele se
referia a outro Richard Baxter; mas quando digo todos, sei que isso me
inclui, o pior Richard Baxter de todos . 9
Todo mundo é o que chamamos de “grande tenda”. Pode abranger qualquer
pessoa que queira encontrar refúgio nele. São palavras maravilhosas,
amorosas e inclusivas que convidam todos os ouvintes. Deixe seu currículo
em casa; suas credenciais não importam.
Se você está vivo e respirando, se é membro desta raça humana, há um
lugar para você aqui.
Reza a história que Genaro Cano era um velho desprezível. Ele havia feito
todo tipo de coisas, exceto as boas; Ele enfrentou todos os tipos de lutas,
exceto as positivas, e tinha consciência disso. Ele não era digno da amizade
de ninguém, por isso nem fez qualquer tentativa de estabelecer contato com
ninguém. Ele não foi ao templo porque o último banco estava muito à frente
para um indivíduo como ele. Ele não estava orgulhoso de seus pecados, mas
estava dolorosamente consciente deles.
Então, numa tarde de domingo, enquanto caminhava pelo templo, ele ouviu
o canto e a alegria do povo e sentiu aquela velha pontada de solidão. Por
um momento ele parou e parou para ouvir. Ele já tinha ouvido a melodia
antes e agora ouvia a letra do hino: A graça me salvou,
Isso é tudo o que tenho a dizer.
Ele salvou Genaro Cano.
Jesus morreu por mim.
Ele ficou surpreso! Você salvou Genaro Cano? Como poderia haver um
hino que o identificasse especificamente? E por que essas pessoas cantaram
isso? Ele não resistiu a entrar sub-repticiamente no templo e deslizou
secretamente para o último banco. Ele estava com um nó na garganta. Então
ele pegou o hinário e descobriu que o que realmente tinha ouvido foi Ele
Salvou a Raça Humana .
Ou não?
Não importava: Genaro Cano sabia o que seu coração tinha ouvido e, afinal,
o a "raça humana" tinha que incluí-lo.
Procuro ajudar as pessoas a entenderem todos esses termos , que são os
mais imponentes e inéditos em toda a Bíblia e que têm implicações que
fariam tremer o Diabo. Quero que as pessoas percebam que essas palavras
admitem que 115
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Qualquer pessoa insere seu próprio nome no versículo.
Porque Deus amou Davi Jeremias de tal maneira...
Porque Deus amou Juan Pérez de tal maneira...
Porque Deus amou Margarita Robles de tal maneira...
…que se David Jeremias acredita Nele…
…que se Juan Pérez acredita Nele…
…que se Margarita Robles acredita Nele…
Este seria um bom momento para você colocar seu próprio nome nesse
versículo.
Vá em frente, experimente. Personalize o texto de João 3:16, escreva-o,
diga-o em voz alta, mantenha-o em sua mente e observe o decorrer do seu
dia. Eu desafio você a isso.
116
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O amor de Deus é exclusivo
…quem acredita Nele…
Agora chegamos ao que a palavra-chave em João 3:16 representa de forma
crucial. Não quero dizer que seja a palavra mais sagrada, que seria Jeová ,
ou a palavra mais carinhosa, que seria o seu amor , ou as palavras mais
surpreendentes, que seriam as que falam sobre como ele nos deu seu Filho.
. Mas a palavra acreditar é essencial porque nela está a porta que abre o
céu.
Para mostrar o quão importante é esta palavra devemos observar os três
versículos consecutivos (16-18). Jesus usa quatro variações de cree . Se
você dissesse três frases e incluísse um verbo quatro vezes, eu pensaria que
você estava defendendo um ponto extremamente essencial. E na verdade é
assim.
João 3:16 começa com Deus e seu amor e termina com o céu, todos
elementos imutáveis e estáveis. Mas a única variável na equação é o termo
acreditar . Vamos acreditar? Pode-se dizer que o versículo está na forma da
letra Y. Deus está na base, nos fundamentos. Seu amor e sacrifício nos
levam à bifurcação onde começam os dois braços da carta. No topo de
ambos os braços estão a vida eterna e a perda de si mesmo . Na bifurcação
do Y é onde encontramos a palavra cree . E é aí que você e eu estamos. Se
acreditamos ou não, determinaremos se escolheremos nos perder ou aceitar
a oferta da vida eterna.
O amor de Deus tem profundidade e amplitude infinitas e é derramado
sobre cada pessoa que já viveu ou que viverá. E, no entanto, nada disso
importa se você ou eu decidirmos não acreditar em Cristo. É uma tragédia
que Deus possa amar uma pessoa tão profundamente e tudo o que ela
receba é a rejeição do seu amor!
Nicodemos pensava que Deus estava dedicado a condenar. Mas nos dois
versículos seguintes, Jesus lhe disse que Deus não exclui as pessoas;São as
pessoas que se excluem: quem crê Nele não está condenado; mas quem não
crê já está condenado, porque ele não acreditou no nome do Filho
unigênito de Deus (João 3:18; negrito acrescentado). Aí está aquela palavra
de novo: três vezes. João quer que vejamos a urgência de vida ou morte da
nossa decisão.
Em termos de como nos conectamos com o amor de Deus, existem dois
tipos de pessoas no mundo: aquelas que acreditam em Jesus Cristo e
aquelas que não acreditam. Aqueles que crêem receberão a salvação de
Deus e tudo o que isso implica. Aqueles que não acreditam serão excluídos.
Como tenho salientado, Deus ama a todos, mas para receber o seu amor
devemos acreditar.
O amor de Deus nos deu Cristo, que ao morrer nos concedeu nosso único
acesso ao céu.
Conseqüentemente, a salvação não está em dúvida. Você apenas tem que
aceitar. A única coisa em dúvida é a nossa resposta. Vamos acreditar ? JC
Ryle coloca isso de forma sucinta: O 117
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salvação... não depende de responder se Cristo morreu por mim, mas sim se
eu Eu acredito em Cristo . 10
Deus fez todo o possível para nos resgatar. Se nos recusamos a saltar para a
rede, não é por causa de algo que Ele tenha deixado de fazer; É porque não
oferecemos a resposta simples e natural ao supremo ato de amor: não
acreditamos.
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O amor de Deus é excepcional
…Não perca…
Perder-se não significa necessariamente ser aniquilado, deixar de existir. A
ideia que é actualmente popular – a aniquilação da alma ou a destruição do
indivíduo – não se encontra na Bíblia. O que descobrimos é que todo ser
humano tem uma alma imortal que viverá para sempre em algum lugar.
John Phillips explica que todos nós vimos como o pecado opera
gradualmente na vida humana. As drogas, a promiscuidade sexual e uma
vida pouco saudável devastam tanto o corpo como a alma e, se não forem
controladas, levam à morte. Quando rejeitamos a Deus, permitimos que o
pecado continue a sua obra mortal. O resultado pode ser a morte do nosso
corpo, mas não a aniquilação da nossa alma. Essa parte de nós é eterna e
deve responder a Deus. O efeito final é que, se morrermos sem
arrependimento, arrastaremos
nossas paixões conosco para a vida eterna; nossos desejos, anseios, ódios e
medos. No inferno, estas paixões continuam a governar a alma. Eles nunca
nos agradaram neste mundo e também não nos agradarão lá. Phillips
conclui: A palavra perdido aponta para a condição final da alma, aquele
estado horrível daqueles que ainda são "impuros" aos olhos de Deus . onze
Phillips alude ao seguinte versículo de João: Quem é injusto, faça injustiça
ainda; e ele isso é impuro, deixe-o ficar impuro ainda; e quem é justo,
pratique ainda a justiça; e Quem é santo, seja santificado ainda
(Apocalipse 22:11). O Céu completará a nossa santificação ou o inferno
completará a nossa perdição.
Portanto, perder-se é permanecer consciente, mas separado para sempre do
Deus amoroso.
No entanto, a Bíblia promete que, uma vez que recebamos o amor de Deus,
será impossível nos separarmos Dele. Como Paulo expressou
gloriosamente: Portanto, sou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os
anjos, nem os principados, nem as potestades, nem qualquer coisa presente,
nem coisas futuras, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra
coisa criada. pode nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus,
nosso Senhor (Romanos 8:38-39).
119
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O amor de Deus é eterno
…mas tenha a vida eterna.
Lembro-me de ter lido sobre a inscrição apócrifa sobre um homem
chamado Les Moore, de Toombstone, Arizona (que, eu diria, é um bom
lugar para se ter um epitáfio).
Aparentemente, sua partida não foi muito lamentada, como diz seu epitáfio:
Aqui jaz Les Moore
Nada menos, nada mais . *
A ideia parece válida, mas a teologia é imperfeita. Em algum lugar, Les
Moore segue a regra de ser menos ou mais. Se Les encontrou o amor de
Deus no dom que é Jesus Cristo, então Les é mais. Na eternidade de Deus
ele está mais vivo, é mais ele mesmo, está mais pleno de todas as bênçãos
divinas e está mais completo na comunhão amorosa com Ele.
Se Les Moore experimentar o êxtase da eternidade, tenha certeza de que
isso começou a acontecer antes de seus restos mortais serem enterrados sob
aquela lápide. A eternidade é mais do que uma promessa futura a ser
alcançada após um funeral. A vida eterna é nossa posição real. A vida
eterna é agora , diz Kent Hughes. 12 Se isto parece confuso, considere
desta forma: quando aceitamos Cristo e começamos a viver no seu amor, as
portas do céu se abrem para nós, deixando entrar em nossas vidas uma luz
de pureza que nunca tivemos.
Recebemos vida do Espírito de Deus e experimentamos a alegria da
comunhão com Ele. Na
verdade, começamos a viver no céu antes mesmo de chegarmos lá. Este
preâmbulo do céu adoça as nossas vidas hoje, e com a vida eterna ao nosso
alcance, de repente o “agora” se torna um lugar muito agradável para se
estar. Como Paulo expressou: Porque para mim o viver é Cristo, e o Morrer
é lucro (Filipenses 1:21). Em ambos os casos, vencemos.
Alguém me contou sobre uma garota que citou erroneamente João 3:16
como
"Quem nele crê não perecerá, mas terá vida interior ." Neste caso, o
comentário engraçado é tão forte quanto o aspecto teológico. Na verdade,
temos uma nova vida interior antes mesmo de chegarmos ao céu, porque foi
isso que Cristo fez por nós. Jesus nos ofereceu mais do que uma apólice de
seguro de vida, mais do que uma passagem selada para o céu. Ele veio para
que tenhamos vida e vida em abundância (João 10:10). Deus te ama muito.
João 3:16 conta uma história de amor incrível, não acha? Começa com
Deus, que não tem começo, e termina com a vida, que não tem fim. Essa é
uma vida ilimitada e pode começar agora. Pense assim: sem limites para a
alegria, sem limites para servir o reino de Deus e sem limites para o quanto
nos tornaremos semelhantes a Seu Filho à medida que nos tornarmos mais
semelhantes a Ele a cada dia.
Na década de 1950, o grande dramaturgo Arthur Miller casou-se com
Marilyn 120
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Monroe. Em sua biografia, Miller descreve a enorme dor que foi ver a
perturbada atriz afundar nos mais profundos abismos da depressão e do
desespero. Parecia não haver nada que ele ou qualquer outra pessoa pudesse
fazer para fazê-la feliz. Ela sabia que sua própria vida estava em risco, que
a única coisa a que essa situação poderia levar seria Marilyn sucumbir aos
seus muitos demônios: solidão, paranóia, vício em barbitúricos.
Certa tarde, durante uma das muitas consultas médicas, ele convenceu
Marilyn a tomar um sedativo para fazê-la dormir. Miller parecia pensativo
enquanto observava sua esposa. Ele escreve: Eu me vi lutando para
imaginar um milagre. O que aconteceria se Ela acordava e eu dizia: “Deus
te ama, querido”, e ela conseguia acreditar!
Como eu gostaria de ainda ter minha religião e que ela também tivesse . 13
Quantas coisas poderiam ter acontecido! Se ao menos ele tivesse acreditado
, aqui está a palavra crucial; se ao menos eu tivesse a alegria de conhecer a
Cristo; Se ao menos ele tivesse sido capaz de compartilhar essa alegria com
sua esposa sofredora, uma alma que Deus amava e desejava curar.
João 3:16 pode ter sido sua resposta. É a resposta a todas as necessidades
humanas, a todas as orações. Na verdade, é mesmo a resposta ao apelo de
Paulo em Efésios 3, onde ele implora ao Pai que conceda aos crentes a
capacidade de compreender...
qual seja a largura, o comprimento, a profundidade e a altura, e conhecer o
amor de Cristo, que excede todo conhecimento (Efésios 3:18-19; negrito
acrescentado).
É um apelo refinado e Jesus oferece uma resposta refinada em João 3:16,
onde vemos:
• A amplitude do amor de Deus: Porque Deus amou o mundo de tal
maneira. De braços abertos para incluir todos.
• A extensão do amorde Deus: que ele deu ao seu Filho unigênito . Qual é
o comprimento que Deus percorreu para nos salvar.
• A profundidade do amor de Deus: Para todos que acreditam Nele . Deus
desce às profundezas máximas da humanidade.
• A altura do amor de Deus pode não ser perdida, mas que tenha vida
eterna . Viveremos no céu com Ele para sempre.
O amor de Deus é enorme em todas as dimensões. A única coisa que falta é
coerção. Temos a liberdade de escolher como responder. Ele te ama com
tanta intensidade quanto é possível ser amado; no entanto, isso nunca
acontece de uma forma que prejudique a sua liberdade de escolha. O amor
forçado não é autêntico. É um presente que aceita a possibilidade de
rejeição.
Deus oferece a você tudo o que ele tem a oferecer. Ele lhe dá a perfeição e a
pureza de seu Filho para que ele morra por você como expiação, para que
ele fale por você no julgamento final, para que ele possa viver por você no
presente e para que ele possa te amar para toda a eternidade. Não consigo
imaginar 121
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Nenhum ser humano são e informado recusaria tal presente.
Exorto você a dizer sim a esse presente. Que você abra a porta para Jesus e
a partir de hoje entre em uma vida de felicidade eterna, com delícias finais
que a mente não consegue conceber no momento presente. Responda sim, e
hoje você entrará em um novo tipo de vida que o colocará no caminho da
verdadeira grande aventura que este planeta tem a oferecer.
Nicodemos, o primeiro homem a ouvir este versículo, disse que sim. Ele
não fez isso naquela noite, mas, como João nos conta, ele foi um dos dois
homens que prepararam Cristo para seu sepultamento e o colocaram em seu
túmulo (João 19:38-42). E segundo a tradição, Nicodemos sofreu o martírio
como cristão no primeiro século.
Obviamente, responder sim ao convite de Deus não significa que os
problemas desaparecerão – ainda não – mas a presença do seu Salvador irá
sustentá-lo até que você
deixe todos os problemas para trás para sempre. Você permite que o
Espírito Santo entre, um professor amoroso, guia e companheiro. Você
permitiu um relacionamento restaurado com seus amigos e familiares. Você
permite que a paz, a segurança e o contentamento entrem.
Que motivo você teria para não abrir a porta?
Pouco depois de chegar à Shadow Mountain Community Church , a igreja
onde agora sirvo como pastor, conheci um homem cujo casamento estava
em apuros há algum tempo. A separação subsequente foi terrível. O
casamento terminou em tribunal, com ele de um lado do tribunal e a esposa
e o filho do outro. Naquele lugar estavam as duas pessoas que ele amava
como ninguém no mundo, e ele estava envolvido em uma briga legal com
elas.
Graças a Deus, durante o processo de divórcio, alguém o amou o suficiente
para lhe falar sobre o poder de Deus e ele recebeu Jesus Cristo como seu
salvador. A hostilidade que sentia pela esposa e pelo filho desapareceu
como neblina sob o sol de verão. O que antes era algo espesso e escuro,
milagrosamente se transformou em algo transparente. Ele estava cheio de
desejo de fazer as pazes com as duas pessoas que amava tão
profundamente.
“Eu tinha certeza de que era tarde demais para reconstruir os pedaços do
que era a nossa casa”, comentou. Eu simplesmente queria que eles
soubessem o quanto eu os amava e que não havia mais nenhuma raiva ou
ressentimento anterior em mim.
Então ele foi ao tribunal para a papelada final. Então ele viu que seu filho
estava perto da entrada. Com um nó na garganta, ele se aproximou do
menino. Não consegui dizer uma palavra, apenas derramei lágrimas. Ele
tentou abraçar o filho, mas o menino o empurrou com força.
Eu não daria nenhum abraço nele.
“Pastor”, ele me disse, “nunca senti uma dor assim em toda a minha vida.
Já pensei muitas vezes nessa história. Sou abençoado por desfrutar de um
casamento maravilhoso e de um relacionamento amoroso com meus filhos.
Não consigo nem imaginar o que esse homem rejeitado deve ter sentido. E
então penso em nosso Pai celestial que tenta nos abraçar. O que ele deve
sentir quando o pressionamos?
122
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Deus nos diz: Este é o meu presente. Isso é tudo que tenho para lhe dar. Eu
permiti meu filho morreu por você, para que você pudesse deixar seus
pecados para sempre. Quero te levar para minha casa para que você possa
viver como meu filho, para que você possa morar comigo para sempre.
Quero imediatamente começar a enchê-lo de múltiplas bênçãos .
Como alguém poderia dizer não?
Em 1912, o Titanic , o maior, mais luxuoso e mais avançado navio do seu
tempo, afundou durante a sua viagem inaugural, levando consigo a vida de
1.514 passageiros. Embora a tragédia tenha ocorrido há mais de cem anos,
vários filmes, documentários e livros mantiveram vivo o horror daquela
noite em nossas mentes. Todos nós já ouvimos falar dos passageiros, como
a “inafundável” Molly Brown e o empresário John Jacob Astor IV. Mas
uma das histórias mais surpreendentes do Titanic recebeu poucos
comentários.
É a história do pastor John Harper, um viúvo que viajava com sua filha de
seis anos a convite da grande Igreja Moody, em Chicago. Ele não apenas
pregaria lá, mas também pretendia aceitar a oferta para se tornar o próximo
pastor daquele templo. Ele tinha grandes esperanças e parecia ver um futuro
brilhante.
Depois que o navio bateu no iceberg e era óbvio que iria afundar, Harper
levou a filha para um dos botes salva-vidas. É provável que ele pudesse ter
subido com ela, sendo o único que poderia cuidar dela, mas optou por
permanecer a bordo do navio que afundava porque sabia que, com aquele
desastre, Deus lhe havia dado uma missão urgente.
Imediatamente, Harper começou a ir de pessoa em pessoa, falando-lhes
sobre o amor de Cristo e exortando-os a aceitá-lo. Ele gritou pedindo aos
cristãos que deixassem aqueles não-crentes ocuparem seus lugares nos
barcos, para que vivessem o suficiente para acreditar. Quando um homem
furioso rejeitou a mensagem, Harper tirou o colete salva-vidas e entregou-o
a ele, dizendo: “ Você precisa mais dele do que eu ” .
Harper ainda estava pressionando ativamente sua mensagem evangélica
urgente quando o navio começou a submergir, partiu-se ao meio e deslizou
sob as águas frias do Mar do Norte. Mesmo assim, Harper não cessou os
seus esforços. Vendo muitos passageiros lutando na água com poucas
chances de resgate, ele nadou até tantos quantos pôde para insistir que
aceitassem a amorosa oferta de Deus, até que a hipotermia finalmente o
dominou.
sobreviventes do Titanic em Ontário, um deles contou a história do seu
próprio encontro com John Harper. Enquanto ele se agarrava aos destroços
flutuantes do navio, Harper aproximou-se dele e exortou-o a acreditar no
Senhor. Jesus Cristo . O homem recusou a oferta e Harper saiu nadando.
Mas pouco depois ele voltou e, nesta ocasião, sabendo que a morte estava a
poucos minutos de distância, o homem entregou a sua vida a Cristo.
Momentos depois, ele testemunhou as águas quase geladas ceifando a vida
de Harper, no momento em que um barco salva-vidas se aproximava para
resgatá-lo. Concluindo esta história, ele disse simplesmente: Estou O último
convertido de John Harper .
O Titanic partiu da Inglaterra com três classes de passageiros a bordo. Mas
quando era 123
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Ao contar qual foi o seu destino, a empresa White Star Line publicou uma
lista que incluía apenas duas classes: CLASSIFICADO COMO SALVO e
CLASSIFICADO COMO
PERDIDO. Estas categorias representam uma analogia válida daquilo que
John Harper já sabia. Existem apenas dois tipos de pessoas neste mundo:
aquelas que escolheram aceitar a Cristo e passarão a eternidade com Deus
no céu e aquelas que não o escolheram e não estarão lá. 14
Qual classe você está?
Observação
* Brinque com as palavras entre o nome Les Moore e os termos em inglês
menos (menos) e mais (mais).
124
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Deus te ama embora
você não o ama
Mas Deus mostra o seu amor para conosco, sendo nós ainda pecadores,
Cristo morreu por nós.
–ROMANOS 5:8
Esta é a história de um filho desafiador e um pai de coração partido. De
uma jornada voluntária às profundezas da depravação. Da chegada ao lugar
onde a esperança morre e onde o filho desafiador acaba indefeso.
É também a história de uma viagem para casa. A partir de um momento de
suspense e incerteza quanto à recepção. É a narrativa de olhos que olham,
de corações que esperam e de pés velhos que começam a correr. De um
abraço que é um mar de alegria que inunda um deserto de desespero.
Não admira que tenha sido considerada a pérola mais valiosa de todas as
parábolas.
Um escritor disse: É a história mais tocante no sentido divino e comovente.
em termos humanos, o que já foi dito neste planeta . 1 Charles Dickens o
descreveu como o melhor
conto já escrito. Outros a chamaram de a mais encantadora imagem de
Deus já retratada na Terra . 2
Esta história não requer mais do que vinte e dois versos apressados, mas
contém os grandes temas da existência humana. Seu elenco de personagens
representa todos nós.
Seu enredo nos cativa, ao narrar algo que, em algum lugar e em algum
momento, todos nós já vivenciamos. E, finalmente, redefine o final feliz,
alimentando a esperança e exigindo uma resposta de todos os que o ouvem.
Embora seja geralmente conhecida como a parábola do filho pródigo, seu
caráter 125
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O principal não é o filho, mas o pai. Ele é mencionado nada menos que
vinte vezes no espaço desses versículos. Livros inteiros foram escritos sobre
os dois filhos, mas o pai, que é a figura central da narrativa, tem sido
frequentemente esquecido. É o pai que ama o filho pródigo, embora não o
ame. É o pai quem demonstra a emoção mais profunda e comovente
enquanto espera à beira da estrada solitária, desejando que o filho volte para
casa. É o pai quem inicia o processo de perdão. É ele quem se levanta e
corre para receber um filho faminto e com a vida dilacerada, que não fez
nada além de insultá-lo. E é o pai que nunca deixa de amar o filho mais
velho, implorando-lhe que experimente a alegria da vida do irmão ser
restaurada. Esta história é sobre um pai humano e seus filhos, mas conta-
nos uma história ainda mais importante sobre o amor do nosso Pai celestial
por todos os seus filhos e filhas, não importa onde estejam.
Esta parábola, que é a mais longa de todas as parábolas de Jesus, só é
encontrada no Evangelho de Lucas. Pode ser facilmente dividido de acordo
com os personagens.
O filho mais novo (o filho pródigo) é apresentado em Lucas 15:12-19; o pai
entra em cena em Lucas 15:20-24; e o filho mais velho aparece em Lucas
15:25-32.
A palavra pródigo aparece apenas uma vez na versão King James da Bíblia.
Lá somos informados de que o filho mais novo desperdiçou seus bens
vivendo de forma imprudente (Lucas 15:13). A partir deste versículo,
muitos passaram a associar a palavra pródigo à ideia de devassidão e
rebelião. Contudo, o termo não significa
"caprichoso", mas "desperdício imprudente". Significa gastar até não ter
nada.
Surpreendentemente podemos usar o mesmo termo para descrever o pai.
Ele não apenas dá ao filho que está partindo tudo o que ele pede, mas
também o enche de presentes quando ele retorna.
E ao filho mais velho ele diz: todas as minhas coisas são suas (Lucas
15:31). O tratamento dispensado pelo pai aos dois filhos é imprudente no
sentido literal. Ele não guarda nada, mas desperdiça tudo com os dois
filhos. É claro que existe uma enorme diferença entre a
prodigalidade do pai e a do filho. O filho é caprichoso e egocêntrico. O pai
é amoroso e generoso.
É útil entender o contexto da história. Em Lucas 15, Jesus conta três
parábolas que pretendem destacar um único conceito: Deus ama aqueles
que estão perdidos.
Encontramos uma ovelha perdida, uma moeda de prata perdida e,
finalmente, um filho perdido: uma trilogia em que o valor é
progressivamente apreciado. A ovelha perdida é uma em cem, a moeda
perdida é uma em dez e o filho perdido é um em dois. Na primeira história,
Jesus é o bom pastor. Na segunda, ela é a boa mulher. Na terceira, Jesus é o
pai que procura os filhos perdidos. Sim, digo crianças no plural. Embora um
deles seja o pródigo, como veremos mais adiante, ambos estão perdidos.
Um se perdeu em terras distantes e o outro está perdido em sua própria
casa.
À medida que avançamos nesses versículos e recontamos essa história
fascinante, não esqueçamos por que ela foi contada. Não ignoremos a
imagem do amor pródigo e constante de Deus, tal como se vê no coração do
pai.
126
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Deus te ama quando você machuca o coração dele
Ele também disse: Um homem tinha dois filhos; e o mais novo deles disse
ao pai: Pai, dê-me a minha parte dos bens; e ele os distribuiu Estado.
–LUCAS 15:11-12
A história que Jesus conta começa com o filho mais novo que deseja
libertar-se da autoridade paterna. Kenneth Bailey, uma autoridade em
costumes do Médio Oriente, passou vários anos a falar com pessoas de
todas as origens, de Marrocos à Índia e da Turquia ao Sudão, sobre o que
significaria para um filho pedir uma herança ao pai durante a sua vida.
Onde quer que fosse, ouvia a mesma coisa.
–Alguém já fez um pedido deste tipo na sua comunidade?
-Nunca!
–Alguém poderia ter feito esse pedido?
-Impossível!
–Se alguém tivesse feito isso, o que teria acontecido?
–O pai dele iria bater nele, claro!
-Porque?
–Porque esse pedido significaria que ele quer que seu pai morra! 3
Em essência, o que o jovem estava dizendo era: Pai, gostaria que você
estivesse morto.
Você está atrapalhando meus planos. Você é uma barreira. Eu quero minha
liberdade. Quero me satisfaz, e quero deixar esta família neste momento.
Tenho outros planos em que você não está incluído; Não incluem esta
família ou esta casa; não envolva isso cidade. Não quero nada com nenhum
de vocês. Dê-me minha herança agora e eu vou sair daqui . 4
Embora tal comportamento por parte de um filho em relação ao pai fosse
considerado flagrante em nossa cultura, era cem vezes mais ofensivo para
uma família judia. Duas vezes no relato de Lucas é mencionado o fato de
que, após a partida do filho, o pai o considerou
“morto” (15:24, 32).
As leis judaicas relativas à herança funcionavam assim: quando morria um
pai que tinha dois filhos, os bens eram divididos entre eles; O mais velho
recebeu dois terços, enquanto o mais novo recebeu um terço.
Para que o filho pródigo recebesse a sua herança, teria sido necessário
liquidar a parte dos bens e propriedades do pai que constituíam a sua parte e
convertê-los em dinheiro.
Embora fosse comum um pai judeu dividir a herança familiar perto do fim
da vida, a lei judaica não permitia que a propriedade fosse vendida antes da
morte do pai. Mas era isso que o filho pródigo queria, e ele queria agora.
Não deve ter sido fácil para o pai atender ao pedido do filho, mas ele
encontrou uma maneira de fazê-lo e atendeu ao jovem rebelde.
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o que eu havia solicitado.
Embora não esteja explicitamente declarado no texto, sabemos que este pai
era um homem rico. Tinha criados, bezerros e cabras engordados,
possibilidade de contratar músicos e dançarinos e de dar um grande
banquete sem aviso prévio. Portanto, esta é uma família de alto nível e o pai
é um homem bem relacionado e respeitado na comunidade.
Na vida da aldeia daquela época não havia segredos. Todos estavam cientes
dos assuntos de todos os outros. Com a venda do imóvel, o
desentendimento privado ocorrido na casa do pai seria tornado público. A
família inteira enfrentaria vergonha e humilhação. Não houve tempo para
fazer o controle dos danos, pois o texto diz que o filho pródigo partiu
poucos dias depois (Lucas 15:13).
Ao sair de casa, o filho corria um risco enorme. Bailey nos conta que se um
menino judeudesperdiçasse sua herança e ousasse voltar para casa, toda a
comunidade o cumprimentaria quebrando uma enorme panela e gritando
que esse jovem havia sido deserdado por seu povo . Depois disso, o menino
seria um pária, invisível para todos. Esse
foi o risco que o filho correu; Se ele perdeu o dinheiro, também perdeu o
nome. Não haveria segunda chance. 5
Certamente o filho pródigo sabia de tudo isso quando empacotou seu
dinheiro e partiu de lá. Ele estava multiplicando por dois um futuro incerto,
queimando os únicos navios que lhe restavam para se salvar. Mas ele fez
exatamente isso. Ele pegou sua parte nos bens da família e foi embora.
O pai o deixa ir; Não há sequer sombra de mendicância, vingança, gritos ou
raiva, embora fossem esperados. O pai poderia simplesmente ter recusado
aquele pedido insultuoso: vou fingir que essa conversa nunca aconteceu e
espero que caia na real . Em vez disso, o pai absorve a dor da rejeição do
filho. O coração de seu pai está partido, mas ele ama seu filho.
Sempre foi e sempre será.
A benfeitora evangélica inglesa Hannah Moore, amiga de William
Wilberforce, escreveu: O
amor nunca raciocina, mas dá profusamente; dá tudo como um gastador
tolo e então fica perturbado com a possibilidade de ter feito muito pedaço .
6
Assim como o pai do filho pródigo foi ferido pela rebelião de seu filho,
nosso Pai celestial é ferido pelos nossos pecados e rejeições a Ele. Você
pode pensar que perdeu seu lugar no coração de Deus por causa dos seus
pecados, mas isso não pode acontecer. Assim como o pai desta história, ele
nunca deixará de amar você.
128
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Deus te ama quando você se afasta Dele
Poucos dias depois, o filho mais novo, juntando tudo, foi para um província
remota…
–LUCAS 15:13
Apenas alguns dias se passaram desde o pedido ultrajante, quando o filho
pródigo arrumou suas coisas e foi embora. Lucas diz: juntar tudo (15:13).
Em outras palavras, ele pegou o que seu pai lhe deu, trocou por dinheiro e
foi embora. Vários comentaristas sugeriram que, por estar com tanta pressa
para partir, ele pode ter sido forçado a vender suas coisas por menos do que
seu valor.
Os membros da comunidade – vizinhos, trabalhadores e empregados –
provavelmente abanaram a cabeça em total descrença: Como é possível que
um pai permita que a sua filho humilhá-lo e envergonhar sua família? Ele
simplesmente deu tudo o que ele perguntou e ele simplesmente o viu sair
sem dizer nada! Eu deveria ter repreendido ele público. Em vez disso, ele
permaneceu um tolo e concedeu-lhe o que ela pediu.
Em seu livro O Retorno do Filho Pródigo , Henri Nouwen mostra que o
filho deu as costas a mais do que apenas sua casa. Arrogantemente, ele
jogou fora tudo o que havia de bom:
O ato de partir é… um ato muito mais ofensivo do que parece à primeira
vista. É uma rejeição cruel do lar onde nasceu e foi criado, e uma ruptura
com a tradição mais preciosa que sustenta cuidadosamente a comunidade da
qual fez parte. Quando Lucas escreve: Ele partiu longe, para uma província
remota , indica muito mais do que o desejo de um jovem de experimentar o
mundo. Fala de um distanciamento drástico de um modo de viver, de pensar
e de agir que foi herdado de geração em geração, como um legado sagrado.
Mais do que uma falta de respeito, constitui uma traição aos valores que a
família e a comunidade prezam. A província Isolado é o mundo em que
tudo o que é considerado sagrado em casa é ignorado. 7
Como é difícil ficar sentado quando vemos a natureza inevitável do
sofrimento que aguarda um ente querido. O pai sabe que um dia o filho se
arrependerá do seu comportamento; Ele sabe que seu filho enfrentará
decepções e fracassos, mas apesar de seu sofrimento pessoal e da rejeição
de seu amor, ele permite que o jovem vá embora.
Assim como um pai está disposto a tolerar a dor em vez de deserdar o seu
filho, às vezes o nosso Pai celestial deixa-nos livres para rejeitar o seu amor
e seguir a nossa vontade. Às vezes não haverá nada que seja tão eficaz para
nos tornar 129
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retornar do que experimentar as consequências de nossas próprias decisões
pecaminosas.
O pai poderia ter tentado descrever ao filho a dor que ele estava prestes a
sofrer, mas não o teria ouvido. O jovem estava convencido. Então seu pai o
deixou ir.
Deus não poderia nos impedir de fazer aquela jornada dolorosa que nos
afasta Dele? Ele certamente conhece o sofrimento que nos espera! Ele
poderia nos forçar a ficar em casa, mas quer que fiquemos porque o
amamos de livre e espontânea vontade, não porque ele nos forçou. Permite-
nos experimentar a província isolada para que, quando finalmente
regressarmos, estejamos totalmente preparados para apreciar e receber o
Seu amor.
130
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Deus te ama quando você está
desperdiçando sua vida
…e lá ele desperdiçou seus bens vivendo loucamente. E quando tudo estava
desperdiçado…
–LUCAS 15:13-14
Lucas nos conta que o filho pródigo juntou todas as suas coisas e foi para
uma província reserve (15:13). Isto é mais do que uma referência
geográfica; A província separada também representa a separação moral e
espiritual de Deus.
Neste texto somos informados duas vezes sobre o comportamento do
pródigo durante sua viagem selvagem. No versículo 30, o irmão mais velho
conta ao pai que o filho pródigo consumiu seus bens com meretrizes . No
versículo 13, Jesus nos conta que o filho mais novo gastou seus bens
vivendo de forma imprudente .
Este é um jovem com malas cheias de dinheiro que está determinado a viver
uma vida boa em uma cidade distante. Ao longo de algumas horas, rodeado
de “amigos” que estão mais do que dispostos a ajudá-lo a gastar sua
fortuna, ele compra bebidas e mulheres para todos.
Durante dias ele persiste nesta vida de imoralidade e embriaguez, jogando
seu dinheiro ao vento sem qualquer responsabilidade. É difícil obter uma
imagem mais gráfica do pecado irrestrito.
O filho pródigo estava desperdiçando sua vida.
E então um dia você coloca as mãos dentro daqueles bolsos generosos e
licenciosos e descobre que não sobrou nada além de fiapos; O texto diz: E
quando tudo estava desperdiçado… (Lucas 15:14). Ele veio para a cidade
com os bolsos cheios e agora estão vazios. De repente, ele não consegue
encontrar seus “amigos” em lugar nenhum. Ele está falido. A herança de
sua vida se foi e ele não tem como recuperá-la. Ele semeou para a sua carne
e colheu corrupção (Gálatas 6:8). Ou, como diria o profeta Oséias, ele
semeou o vento e colheu o redemoinho (Oséias 8:7).
Porém, seu pai, por mais longe que esteja, ama o menino mesmo tendo
desperdiçado tudo o que lhe deu.
131
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Deus ama você quando você se afunda no pecado
…uma grande fome chegou àquela província e começou a faltar. E foi e Ele
abordou um dos cidadãos daquela terra, que o enviou para sua fazenda
para pastar porcos. E ele queria encher a barriga com alfarroba que os
porcos comeram, mas ninguém lhes deu.
–LUCAS 15:14-16
Chafurdar é um termo adequado; sugere a imagem de um porco
chafurdando em seu chiqueiro. Quando perdeu o dinheiro e não conseguiu
encontrar amigos, o filho pródigo provavelmente pensou que havia atingido
o ponto mais baixo de sua existência.
Como as coisas poderiam piorar? Bem, eles pioraram; A vida tem um jeito
de fazer exatamente isso acontecer quando somos tolos.
Jesus nos conta que naquele exato momento uma fome chegou àquelas
terras. O pródigo agora se encontra sem fundos, sem amigos e sem comida.
Acho que é nesse momento que ele começa a pensar em casa. Mas ele não
pode ir para lá.
Ele desperdiçou a sua herança entre os gentios e, como vimos antes, isso foi
um pecado imperdoável para os judeus.
E então ele teve uma ideia: poderia trabalhar; o que não estava nos seus
planos originais, mas tempos de desespero exigem medidas extraordinárias.
Ele poderia trabalhare então ganharia o direito de voltar para casa. Embora
possamos abanar a cabeça em total descrença perante a sua ingenuidade –
será que ele realmente acreditava que poderia ganhar o dinheiro que perdeu
– devemos dar-lhe crédito por ter vontade de trabalhar? É
uma opção desesperada, mas considera que é a única que resta.
Jesus diz que o pródigo encontrou um cidadão (palavra que sugere riqueza)
e foi até ele (Lucas 15:15). Em outras palavras, você encontra uma pessoa
rica e você está
"trabalho". Certamente a imagem reflete desespero. Mas aparentemente o
cidadão rico não quer nada com um espécime tão arruinado da humanidade,
então, para se livrar deste jovem libertino, ele lhe dá a tarefa mais inferior
de todas: alimentar os porcos.
Jesus não deixa de fora detalhes sórdidos. O jovem está com tanta fome que
queria encheu-lhe a barriga com as alfarrobas que os porcos comeram,
mas ninguém lhe deu (Lucas 15:16).
Esse é o pior momento da história do filho pródigo. Ali estava o filho de um
rico proprietário de terras judeu que vivia entre aqueles que eram, para um
judeu, os animais mais impuros e cerimonialmente desprezados de todos os
que viviam na face da terra.
Agora ele está chafurdando, se não na lama, certamente na vergonha e na
pobreza abjeta.
Ele está com tanta fome que comeria as alfarrobas que os porcos comiam!
Só podemos imaginar o que os fariseus estavam pensando naquele
momento quando ouviram a história de Jesus.
132
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Na época em que escrevia este capítulo, vi uma entrevista com Leigh
Steinberg, o famoso agente esportivo que já foi o agente mais bem-sucedido
e procurado do futebol americano.
Ele representou quase todos os principais quarterbacks da NFL, e sua vida
foi a inspiração para o filme Jerry Maguire .
Enquanto assistia, não pude deixar de pensar na história que Jesus contou.
Steinberg falou sobre a fama, como foi levado ao alcoolismo e destruiu sua
família. Na entrevista ele disse que depois de perder tudo e abandonar
qualquer oportunidade de reabilitação, acabei no Hospital Hoag, de fralda
e sem saber onde era . 8
Não é difícil perceber as tristes semelhanças entre Steinberg e o filho
pródigo: ambos estavam perdidos, impuros, desonrados e quebrantados:
sem esperança e sem Deus no
mundo (Efésios 2:12). Mas posso assegurar-lhe que, mesmo naquela época,
Deus amou Steinberg assim como o pai amou na história do filho pródigo
contada por Jesus.
133
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Deus te ama quando você está
esforçando-se para voltar
E voltando a si, disse: Quantos empregados na casa de meu pai têm
abundância de pão, e aqui morro de fome! Vou me levantar e ir para o meu
pai, e eu lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti. Eu não sou mais
digno ser chamado de seu filho; Faça de mim um de seus empregados.
–LUCAS 15:17-19
Sempre me pareceu que este é o momento decisivo da história. Jesus diz
que no momento de maior infortúnio, quando estava quebrantado, com
fome e comendo com porcos, o filho pródigo caiu em si (Lucas 15:17). Esta
expressão significa, como diríamos comumente em nossos tempos, que ele
“caiu em si”. Estas são palavras surpreendentes e representam o pré-
requisito para retornar a Deus. Henri Nouwen escreve: Quando as pessoas
ao seu redor já não consideravam o filho mais novo como se fosse um ser
humano, ele sentiu a profundidade do seu isolamento, a intensa solidão que
se pode experimentar. Ele estava realmente perdido e foi essa situação de
perda total que o fez cair em si. O choque emocional fez com que ele
recuperasse a consciência de sua total alienação e de repente compreendeu
que caminhava para a morte. Ele ficou tão desconectado do que a vida
representa – família, amigos, comunidade, conhecidos e até comida – que
percebeu que o próximo passo natural seria a morte. Num só instante viu
claramente o caminho que havia escolhido e aonde ele o levaria; Ele
entendeu que havia escolhido a morte e sabia que mais um passo naquela
direção seria a única coisa necessária para levá-lo à autodestruição.9
Existem muitos equívocos sobre esse momento. Tenho ouvido muitas
mensagens relacionadas a esta parábola e eu mesmo usei muitas delas em
meus sermões. Na maioria das mensagens que ouvi, este momento da
história é considerado o momento em que o filho pródigo percebe o que fez
e se arrepende. Ele se ajoelha diante de Deus e confessa seu pecado.
Mas é isso que está acontecendo aqui? Existe alguma coisa no texto que nos
diga que o filho pródigo se arrepende do que fez? Será que ele reconhece
pelo menos uma vez que partiu o coração de seu pai e o humilhou diante da
comunidade? Há alguma evidência na história de que o pródigo se
arrependeu enquanto estava na província isolada? Eu não a encontrei.
O que ele expressa é a necessidade de encontrar uma saída para a confusão
em que se meteu. Pelo menos um emprego como diarista do pai lhe daria
mais comida.
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agradável e um lugar para descansar à noite. De forma bastante prática, ele
compara sua vida atual com a que poderia ter na casa de seu pai. É a sua
mente que age, não o seu coração. Tem que haver uma maneira de se
beneficiar da riqueza de seu pai sem enfrentar seus próprios fracassos. Faz
uma mudança radical, mas na maior parte é de natureza prática.
Eu me pergunto quantos de nós chegamos ao fundo do poço e tentamos
forçar nosso caminho de volta para os braços de Deus através de esforços
simples e planos astutos, em vez de enfrentar nossos pecados de frente e
trazer nossa ruína diante de Deus e pedir perdão. Este é o padrão seguido
por muitas pessoas hoje, tanto cristãs como não-cristãs.
Mas esta abordagem da relação com Deus não representa o que anunciam
os Evangelhos, que nos dizem que o amor e a aceitação de Deus dependem
da sua graça e não dos nossos esforços.
O filho pródigo decide voltar para casa e trabalhar como operário para seu
pai.
Ele acha que não pode voltar como filho, pois não seria bem recebido nem
como servo da casa. Mas ele espera que o seu pai lhe permita tornar-se um
escravo contratado ou, como diríamos hoje, um trabalhador temporário. Só
podemos nos perguntar se ele está pensando: como trabalhador contratado,
poderei continuar economizando distâncias, rebelando-me, rejeitando,
golpeando, fugindo ou reclamando da minha pagar . 10
Neste ponto da história de Jesus, o filho pródigo executa o seu próprio
plano. Por mais difícil que seja para nós compreendermos, ainda não atingiu
o seu limite. Ainda perdido.
Devemos compreender que se ele conseguisse reconquistar o favor de seu
pai como resultado de sua própria engenhosidade, o cerne da parábola seria
perdido. A ovelha não procurou o pastor, nem a moeda procurou o seu
dono. Da mesma forma, o filho pródigo não procurou o pai. Ele estava
simplesmente esperando um pagamento. Nas três parábolas de Jesus fica
claro que o pastor, a mulher e o pai são quem busca.
Mesmo as palavras do filho pródigo ao pai ao chegar à periferia da cidade
mostram pouco arrependimento. Pequei contra o céu e contra você (Lucas
15:21), geralmente entendido como uma declaração de contrição e remorso,
mas de acordo com Kenneth Bailey, a cultura judaica via isso de forma
diferente:
O público de Jesus. . é formado por fariseus que conhecem bem as
Escrituras.
Eles reconhecem a confissão como uma citação do Faraó quando ele tentou
manipular Moisés para remover as pragas. Após a [nona] praga, o Faraó
finalmente concorda em se encontrar com Moisés e quando Moisés aparece,
o Faraó lhe dá o mesmo discurso. Todo mundo sabe que o Faraó não se
arrepende.
Ele simplesmente quer submeter Moisés à sua vontade. onze
Portanto, o filho pródigo não se arrependeu mais do que Faraó. Você ainda
tem a ilusão de controle. Ele continua tentando reconquistar um lugar na
família por meio da manipulação.
As suas tentativas de melhorar as coisas na província 135 falharam.
Transferido de: http://www.descargarlibroscristianosgratisenpdf.online/isolado Talvez seu novo plano funcione e ele possa seguir em frente com
sua vida. Ele se salvará.
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Deus te ama enquanto ele te envolve
em seus braços de perdão
E ele se levantou e foi para seu pai. E estando ele ainda longe, seu pai o
viu, e Ele ficou comovido com misericórdia, e correu, e caiu em seu
pescoço, e beijou-o. E ele disse-lhe o filho: Pai, pequei contra o céu e
contra ti e já não sou digno ser chamado de seu filho.
–LUCAS 15:20-21
Sem ter para onde ir e sob a ameaça de morrer de fome, o filho pródigo
volta para casa.
Quão diferente é esta jornada em comparação com a última vez que você
percorreu esse caminho. Ele saiu de casa com a barriga cheia e a carteira.
Ele retorna com nada além dos farrapos cobrindo suas costas. Ele está
quebrado e sozinho, talvez tão magro que ninguém além de seu amoroso pai
possa reconhecê-lo. Ele perdeu sua herança, seus olhos estão fundos e seu
estômago está vazio.
A famosa pintura do artista holandês Rembrandt, intitulada O Retorno do
Filho pródigo (ca.
1669), mostra graficamente o estado lamentável do pródigo no momento de
seu retorno.
Ele está vestido com o que parecem trapos tingidos com as cores, e
provavelmente com os cheiros, do chiqueiro. Suas sandálias caem em
pedaços e seu cabelo e cabeça ficam cobertos de sujeira.
Ao se aproximar de sua cidade e da casa de seu pai, seu pai o reconhece.
Talvez seja algo na forma como ele anda, na forma como se move, que
revela a sua identidade. É importante que o pai reconheça o filho quando
ele ainda está longe (Lucas 15:20). O texto grego enfatiza as palavras
quando ainda estava longe , indicando que o pai não ficou em casa
esperando o filho. Em vez disso, ele parece estar examinando o horizonte
em busca da possibilidade de seu retorno. Em minha mente posso vê-lo
subindo em uma das torres que protegiam suas terras, colocando as mãos
como uma viseira sobre os olhos para se proteger da luz e procurando o
filho, imaginando se esse seria o dia em que ele voltaria para casa.
A Bíblia diz que quando seu pai o viu, ele ficou cheio de misericórdia, e
correu, e Ele caiu em seu pescoço e o beijou (Lucas 15:20). Ele literalmente
correu para encontrar seu filho . Bailey ressalta que isso seria um tanto
embaraçoso para um homem rico da região do Mediterrâneo; Esperava-se
que ele andasse devagar e com dignidade. Mas ele recolhe a túnica para que
os pés possam voar, expondo assim as pernas, o que também é um gesto
inapropriado. Naquele momento, orgulho e dignidade significam pouco
para este pai. A compaixão e o amor o levam a correr com pressa. sabe o
que o que seu filho enfrentará em sua comunidade. Ele assume a vergonha
e humilhação que corresponde ao filho pródigo . 12
Quando o pai corre para alcançar o filho, derrama sobre ele todo o seu amor
e o cobre de beijos. Você pode se surpreender ao descobrir que o pai não
espera um pedido de desculpas.
137
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Ele não parece interessado em tal coisa; ela apenas o abraça e beija e faz
planos para uma festa.
Ele viveu com uma tristeza que agora desapareceu graças a um estado de
pura felicidade.
Quando o filho finalmente consegue falar, num momento de
arrependimento genuíno, ele aceita o amor do pai.
Onde o pai encontra seu filho? Ela o encontra na saída da cidade.
O filho pródigo ainda estava perdido quando chegou à periferia da cidade.
Não há discrepância nas imagens das três histórias de Jesus sobre objetos
perdidos. Em todos eles você encontra o que foi perdido. Mas o objeto
perdido não se encontra; É outra pessoa que o encontra. Este pai ama tanto
o filho que está disposto a perdoar tudo o que ele fez.
Certamente esta é uma das mais belas representações bíblicas do amor
generoso do nosso Pai celestial por nós.
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Deus te ama quando ele te recebe
de volta para casa
Mas o pai disse aos seus servos: Trazei a melhor roupa e vesti-lha; e
coloque um anel na mão e sapatos nos pés. E traga o bezerro cevado e
mate-o e vamos comer e comemorar; por isso meu filho estava morto e
revivido; Ele estava perdido e foi encontrado. E eles começaram a se
alegrar.
–LUCAS 15:22-24
O pai volta-se para os seus servos que o acompanharam até aos limites da
cidade e dá-lhes instruções: Vá buscar o melhor vestido e traga-o de volta .
O melhor vestido teria sido o item de traje formal mais bem feito que
normalmente pertenceria ao patriarca da família.
Ele se volta para seus servos e diz: Tragam o anel . No estado judeu, o anel
era uma joia muito importante. Não só adornava a mão, mas servia para
realizar transações comerciais em nome da família e representava a
autoridade que a família havia concedido ao filho.
Aí o pai diz: Traga um par de sandálias . As crianças eram quem usavam
sandálias e os criados nunca. O pai quer deixar claro que este é seu filho,
não seu servo.
A túnica, o anel e as sandálias respondem ao discurso que o filho disse ao
pai: Pai, pequei contra o céu e contra ti. Eu não sou mais digno de ser
ligou para seu filho; Faça-me como um dos seus servos contratados (Lucas
15:18-19).
O vestido responde à afirmação Pai, eu pequei . A túnica do pai não é
colocada sobre roupas sujas. Não há dúvida de que antes de vestir a criança
ocorre uma purificação, que simboliza o perdão dos pecados.
O anel responde a não sou mais digno de ser chamado de seu filho . O anel
é um sinal de filiação. Ele recebe o sinal da autoridade paterna.
As sandálias respondem a Faça-me como um de seus empregados
contratados . Os diaristas não usam sapatos. Estes são reservados para as
crianças.
Com a sua túnica, o seu anel e os seus sapatos, o filho pródigo está pronto
para a celebração. Os servos são instruídos a pegar o bezerro cevado e
preparar um banquete. O
filho não é enviado para os aposentos dos empregados, mas para o salão de
banquetes. Sua mente deve estar turva. De alguma forma, ele saiu do
inferno para o limiar do céu.
A alegria volta para a casa dos pais. Aquele que estava perdido foi
encontrado. Aquele que o pai pensava estar morto está vivo! Um pecador
voltou para casa e a única resposta apropriada é dar uma festa. Como que
para ter certeza de que entendemos a mensagem essencial, Jesus também
enfatiza a alegria de recuperar o que foi perdido quando conta as histórias
da ovelha perdida e da moeda perdida: Há alegria diante anjos de Deus por
um pecador arrependido (Lucas 15:10; ver também v.
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7).
John MacArthur nos lembra da importância da recepção extravagante ao
filho pródigo: Esta é uma representação da graça generosa de Deus,
triunfando sobre todo tipo imaginável de
pecado. Deus salva os pecadores, mesmo os piores. E em Fazer isso eleva
instantaneamente o pecador recém-nascido a um lugar de privilégio e
bênçãos que excedem em excesso e abundantemente tudo o que Poderíamos
perguntar ou especular . 13
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Deus te ama quando você não O ama
E seu filho mais velho estava no campo; e quando ele chegou e chegou
perto da casa, Ele ouviu a música e as danças; e chamando um dos servos,
perguntou-lhe o que foi isso. Ele lhe disse: Seu irmão chegou; e seu pai
mandou matá-lo bezerro gordo, por tê-lo recebido bom e saudável. Então
ele ficou com raiva e Eu queria entrar. Portanto, seu pai saiu e implorou-
lhe que entrasse. Mais ele, Respondendo, disse ao pai: Eis que te sirvo há
tantos anos, não tendo nunca desobedeceu e Você nunca me deu nem uma
cabra para desfrutar meus amigos. Mas quando chegou este teu filho, que
consumiu os teus bens com meretrizes, vocês mandaram matar o bezerro
cevado para ele. Disse-lhe então: Filho, Você está sempre comigo e todas
as minhas coisas são suas. Mas foi necessário celebrem e regozijem-se,
porque este seu irmão estava morto e revivido; Ele estava perdido e foi
encontrado.–LUCAS 15:25-32
Longe, no campo, supervisionando diligentemente os assuntos de seu pai,
está o filho mais velho. Ele não testemunha o retorno de seu irmão. Mas ao
voltar para casa no final do dia, ele ouve a música vinda de casa e questiona
um dos criados.
O servo lhe informa: Seu irmão chegou; e seu pai matou o bezerro gordo,
por tê-lo recebido são e saudável (Lucas 15:27). Eles estão dando uma
festa!
Mas o irmão mais velho fica cheio de ressentimento e raiva e se recusa a
entrar (v. 28), recusando-se até mesmo a chamá-lo de irmão. Ao falar com
seu pai, ele se refere ao irmão como este seu filho (v. 30). Lembro-me de ter
lido em algum lugar que quando você conhece o irmão mais velho é fácil
entender por que o filho mais novo queria sair de casa. Apesar de todas as
suas boas obras, ele não parece alguém que gostaríamos de conhecer.
É fácil pensar que este filho mais velho recebeu um tratamento injusto. Eu
costumava pensar que o filho mais velho estava com raiva porque o filho
mais novo recebeu a herança e não a recebeu. Mas vamos voltar ao
versículo 12 e você verá que o pai dividiu a herança entre os dois filhos.
Assim, o irmão mais velho possuía dois terços dos bens paternos. Não é
nenhuma surpresa que o pai diga: Todas as minhas coisas são suas (Lucas
15:31).
Isso era totalmente verdade!
No versículo 29 o filho mais velho revela seus pensamentos mais íntimos
com estas palavras: Eis que eu te sirvo há tantos anos, nunca te
desobedecendo . Quase dá para ver o
fogo em seus olhos e ouvir a indignação em sua voz quando ele compara
seu comportamento perfeito à irresponsabilidade de seu irmão. Pai, eu
tenho sido um filho perfeito Eu fiz tudo que você me pediu . A cada palavra
carregada de amargura ele revela o homem orgulhoso e hipócrita que é.
É neste momento que percebemos que há duas crianças desaparecidas e
apenas uma foi encontrada. Durante todo esse tempo, o irmão mais velho
estava tão perdido quanto o irmão mais velho.
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menor! Quando o filho mais novo volta para casa vindo de uma província
distante de rebelião e libertinagem, o mais velho permanece na província
distante de orgulho vaidoso e ressentimento. Jesus disse que o irmão mais
velho nem queria entrar em casa para participar da celebração.
A perda do filho mais velho é muito mais difícil de identificar do que a do
mais novo.
Afinal, você fez todas as coisas certas. Ele é obediente, responsável,
cumpridor da lei e trabalhador. As pessoas respeitam, admiram, elogiam e
provavelmente considerarão você um filho modelo. Do ponto de vista
externo, o filho mais velho não tem mácula. Mas quando ele se depara com
a alegria de seu pai após o retorno de seu irmão mais novo, uma força
sombria brota dentro dele e explode na superfície. De repente surge uma
pessoa ressentida, vaidosa, egoísta e pouco caridosa. O filho mais velho
está perdido porque baseou seu relacionamento com o irmão e o pai na sua
própria obediência e não no amor do pai. Como resultado, ele se distanciou
de ambos.
É notável que o pai responda com ternura e profunda compaixão pelo filho
mais velho.
Ele o tranquiliza sobre seu amor, lembra-o dos tesouros que possui e até
implora que ele se junte à festa de seu irmão! Compreenderíamos se o pai
fizesse um gesto de desgosto e resignação. Existe algo mais frustrante do
que uma pessoa presunçosa, chorona e pudica?
Em vez disso, ele continua a amar o filho, mesmo que não o ame.
Pelo que sabemos, o filho mais velho nunca corresponde ao amor do pai.
Ao que tudo indica, seu coração permanece duro como uma pedra.
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Uma última pergunta
E aqui está a maior história já contada, uma história que as pessoas nunca se
cansam de ouvir. Certamente nunca me cansei de pregar isso.
Ele fornece tantas respostas e ainda nos deixa com uma pergunta final.
Jesus, que falava em parábolas curtas e com verdades rápidas e eletrizantes,
certamente tinha algo em mente quando contou as histórias da ovelha
perdida, da moeda perdida e do filho perdido. Que era? O que tocou a corda
mais íntima do filho de Deus para transmitir esta obra-prima?
Vale a pena dar uma outra olhada nessa passagem para descobrir.
Descobrimos que Lucas nos dá nada mais do que uma introdução em dois
versículos para contar esta história. Mas os dois versículos sugerem tudo o
que precisamos saber: Todos os publicanos e pecadores vieram a Jesus
para ouvi-lo, e os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe
pecadores e come com eles (Lucas 15:1-2).
Jesus estava rodeado de pessoas com grandes necessidades, que tinham
fome tanto física como espiritualmente, e que estavam dispostas a ouvir os
seus ensinamentos. Mas ele também podia ver aqueles que estavam no
limite da multidão e seus olhos pousariam em outro grupo. Os fariseus e
escribas olhavam impassíveis e desaprovadores, prontos para encontrar
falhas.
Eles não gostaram do que Jesus disse. Mas mais do que isso, eles não
gostaram do que Jesus fez e com quem ele fez isso. Em sua mente, Jesus
estava desperdiçando seu tempo com indivíduos perdidos , como
cobradores de impostos que enganavam seus próprios vizinhos.
Eram pessoas baixas e imorais que, de acordo com a Lei, deviam ser
evitadas.
Mas Jesus até tinha um publicano como discípulo. Esse homem chamava-se
Mateus e iria escrever um Evangelho que conta uma história semelhante à
que Lucas nos apresenta aqui, onde os fariseus perguntam: Por que o teu
Mestre come com os publicanos e pecadores?
(Mateus 9:11). Naquela ocasião, Jesus disse-lhes que eram os enfermos que
precisavam de médico e que Ele não veio chamar os justos, mas os
pecadores, para o arrependimento (v.
13). Em outras palavras, Jesus veio buscar e salvar aqueles que estão
perdidos (Lucas 19:10).
Em Lucas capítulo 18, Jesus conta outra história sobre um cobrador de
impostos e um fariseu. O fariseu, assim como o irmão mais velho, era uma
pessoa muito moral e íntegra, e também muito arrogante e orgulhoso. O
publicano era um homem desonesto, de moral repreensível. Mas tal como
na nossa história, o publicano (o filho mais novo) arrepende-se.
Jesus dá a sua avaliação final: Digo-vos que este homem desceu para sua
casa justificado diante do outro; pois quem se exalta será humilhado; e ele
Aquele que se humilha será exaltado (Lucas 18:14).
É evidente que a perspectiva de Jesus para com os perdidos era bem
diferente daquela dos fariseus. Eles sabiam tudo sobre perder e encontrar.
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Na opinião deles, eles próprios foram encontrados. Quanto aos perdidos?
Bem, não havia nada para fazer. Essas pessoas eram culpadas de sua
situação.
Contudo, em vez de culpá-los, Jesus acolheu-os e amou-os. Ele passou
algum tempo em suas casas e até comeu com eles. Isso foi escandaloso para
os fariseus.
Acredito que um dia Jesus olhou para aquelas multidões e, como sempre,
seu coração se encheu de amor. Então ele olhou um pouco mais longe e
encontrou os olhos dos fariseus.
Ele leu a desaprovação em seus rostos. E de repente ele contou as três
histórias que respondiam à pergunta: Quem está perdido?
Ele contou a história simples sobre uma ovelha. Então ele contou a outro
sobre uma moeda.
Finalmente ele contou a história do pai e dos seus dois filhos, com uma
reviravolta verdadeiramente inesperada: acontece que ambos os filhos estão
perdidos.
Os “pecadores” na multidão se viram na história; Eles ficaram sentados em
suspense enquanto aquela figura emaciada cambaleava em direção à sua
casa, e choraram quando o pai pegou o filho pródigo nos braços.
Os fariseus, imersos na narrativa, apesar de tudo, descobriram subitamente
que também eles estavam ali representados. Eles eram o filho mais velho e
Jesus sugeriu-lhes algumas propostas muito sérias:
Primeiro, que aqueles que pareciam perdidos pudessem receber perdão.
Segundo, que as pessoas “encontradas” poderiam de fato estar perdidas.
Terceiro, e maisimportante, que Deus amou a ambos. Deus perdoou ambos,
seja por terem as mãos sujas ou por terem um coração arrogante. Ele não
apenas perdoou, mas buscou.
Nesta história está Deus chorando de alegria e estendendo a mão para seu
filho… ou filhos.
Os fariseus puderam ver nos olhos de Jesus o convite para entrar na festa e
recuperar o Pai esquecido, o Pai cuja lei principal era o amor. Será que
esses professores deixariam de lado o orgulho e participariam da festa? Ou
continuariam a espreitar na periferia, encontrando erros e promovendo a
miséria?
Essa questão, meus amigos, permanece em aberto. Porque Jesus voltou a
olhar para o horizonte, mesmo para além dos fariseus, para outro grupo de
espectadores. Ele olhou através do tempo até este exato momento e seus
olhos encontraram os seus. Ele quer que você saiba que não importa qual
criança represente você na história, o resultado é o mesmo.
Deus ama você, mesmo que você não o ame.
Deus está procurando por você . Não importa o quanto você errou ou o que
você fez. Não importa se você vai ao templo todos os dias da semana e
obedece a todas as regras que
encontrar. A única coisa que importa é que Deus ama você com uma paixão
profunda e duradoura. O que importa é que no caminho da sua vida, Deus
assuma a liderança. Ele não vai parar até que você esteja cercado por seus
braços enormes e afetuosos.
Neste momento ele está convidando você para aquela festa, para uma
celebração franca da descoberta do que foi perdido, do amor que foi
restaurado. Você irá aceitar? Está aguardando sua resposta.
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7
Deus te ama corrigindo você
Pois Jeová pune quem ama, assim como um pai pune o filho que ama.
–PROVÉRBIOS 3:12
O barulho do trem podia ser ouvido ao cruzar Indiana a 40 quilômetros por
hora.
Essa não parece uma velocidade assustadora, até que você leve em conta
quanto é necessário para parar um trem de 6.200 toneladas.. e o que estava
nos trilhos à frente.
-É um bebê! – gritou Robert Mohr, o motorista diligente.
O engenheiro Rodney Lindley achou que se tratava de um cachorro
pequeno, mas os fios de cabelo loiro e as roupas coloridas deixavam mais
claro o significado da imagem.
Emily Marshall, uma menina de dezenove meses, tocava nas pistas. Ele
havia se afastado da segurança de sua mãe enquanto ela colhia flores no
jardim.
Nos controles da máquina tudo era caos e gritaria. O maquinista tentou
frear, mas não havia como o trem parar a uma distância tão curta do
desastre.
Mohr, um homem de 49 anos e veterano do Vietnã, teve de pensar rápido.
Ele abriu a porta, caminhou ao longo de uma prancha até a frente da
locomotiva e inclinou-se perigosamente para a frente, firmando-se com um
braço, enquanto Lindley tentava freneticamente pisar no freio. O trem
desacelerou para cerca de 16 quilômetros por hora, o que ainda era muito
rápido. Lindley disse que parecia que eles estavam consumindo os trilhos e
se movendo cada vez mais rápido.
À medida que a locomotiva se aproximava, Emily ouviu o barulho e sentiu
o perigo.
“Ele sentou-se e olhou para nós pelo que pareceu uma eternidade ”, disse
Lindley. Ele então começou a engatinhar e saiu dos trilhos, mas não rápido
o suficiente. No momento em que a ferrovia estava prestes a atropelá-la,
Mohr, que estava no limite, Transferido de:
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na frente da locomotiva, esticou uma perna o máximo que pôde e, como um
jogador de futebol marcando uma cesta, chutou a garota pela borda em
direção ao barranco de argila macia.
Então ele pulou da máquina, pegou a menina que chorava e a acalmou.
Emily sofreu alguns cortes na cabeça, um dente quebrado e um lábio
inchado devido à sua experiência de quase morte. 1
Sabemos o quão profunda foi a gratidão da mãe e tenho absoluta certeza de
que ela também sentiu grande remorso. Mas me pergunto se a garotinha
realmente entendeu a bênção que foi ser chutada morro abaixo por um
estranho com um pé grande. Ela estava tentando brincar, havia muito
barulho e de repente algo a assustou e a fez cair. Isso doeu!
A perspectiva faz a diferença. O que parece doloroso de um ponto de vista,
quando visto de uma perspectiva completamente diferente, acaba por ser
um ato de compaixão. É o caso da disciplina e das punições. Às vezes
precisamos machucar um pouco para não causar mais danos depois.
Algumas lições só são aprendidas através das lágrimas.
Sabemos disso como pais, mas também devemos saber disso como filhos de
Deus.
CS Lewis tinha muito a dizer sobre a dor da disciplina. Ele observou que
alguns de nós temos uma visão superficial do castigo amoroso de Deus: Na
verdade, não queremos ter um Pai no céu tanto quanto queremos ter um avô
celestial.. cujo plano para o universo é apenas isso no início. no final de
cada dia poderíamos realmente dizer: Todos se divertiram.. Eu realmente
gostaria de viver em um universo que fosse governado por tais regras. Mas
como é mais do que evidente que não é assim e que, no entanto, tenho
razões para acreditar que Deus é amor, concluo que é necessário corrigir o
meu conceito de amor.
Como as Escrituras apontam…exigimos felicidade a todo custo para
aqueles com quem não nos importamos; Com os nossos amigos, amantes e
filhos somos exigentes e preferimos vê-los sofrer do que vê-los felizes em
situações desprezíveis e alienantes . 2
Que tipo de amor impediria o motorista de resgatar uma menina que brinca
feliz porque um bom chute é rude e doloroso? Que tipo de amor impediria
seus pais de repreender você por não fazer a lição de casa, já que uma
repreensão arruinaria um bom jantar? Como Lewis indica, a disposição de
causar dor para evitar mais danos é um sinal de amor verdadeiro.
Charles Ryrie escreve: O amor consiste em afeto e correção. Os bebês são
abraça e é corrigido, e ambos são verdadeiras expressões de amor paterno.
O que é Além disso, os pais realizam ambas as ações acreditando que estão
fazendo a coisa certa. melhor do que a criança precisa naquele momento.
O amor busca o bem para o objeto amado. O que é bom?
No caso de Deus é a perfeição da santidade e tudo mais o que esse conceito
implica. 3
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Sempre gostei do seguinte poema sobre treinar para alcançar a perfeição:
Como me disseram, não devo interferir com as crianças,
Nem submeta a vontade deles à minha, nem tente moldá-los com uma ideia
pré-concebida.
Que natural, como a flor, o seu desenvolvimento deve ser.
Mas as flores são disciplinadas pela chuva e pelo vento, E embora para o
jardineiro seja motivo de sofrimento,
Eu o vi podando com sua tesoura
Para dar força e beleza a um casulo resplandecente.
E eu faria tudo o que fosse apropriado.
Não sei, mas como acredito,
A exibição natural só é vista na vegetação rasteira. 4
Ninguém quer ser erva daninha, mas resistimos à dolorosa poda necessária
para nos tornarmos flores. Não há ninguém que não tenha feito a velha
questão de por que as pessoas sofrem. Por que Deus simplesmente não faz
com que as coisas ruins desapareçam?
Ouvimos muitas respostas atenciosas, mas quando um pneu fura ou alguma
calamidade se abate sobre nós, ouvimo-nos dizer: “Deus, como você pôde?
Certamente esse não era o seu plano para mim. Você não pode consertar
isso?
Porém, quando a convicção mais profunda da nossa alma é que Deus nos
ama, as nossas dúvidas se transformarão em orações. Em vez de acusar a
Deus, começamos a orar dizendo coisas como: “Pai, ajude-me a confiar em
Ti. Senhor, o que você está me ensinando e como você quer que eu mude?
Como esta prova é uma prova do seu amor por mim?
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As razões da disciplina de Deus
Para ajudar a responder a estas perguntas, vamos começar esclarecendo
algumas das confusões que existem sobre a disciplina de Deus. Muito disso
ocorre porque não conseguimos distinguir entreas diferentes razões de
Deus para exercer sua disciplina.
Como veremos agora, nem todas as disciplinas são iguais; na verdade,
existem pelo menos três categorias. Ao examiná-los aprenderemos muito
sobre por que e como a disciplina de Deus nos alcança.
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Deus nos disciplina como punição
Se seus filhos abandonarem minha lei,
E eles não andarão nos meus julgamentos,
Se profanarem os meus estatutos,
E eles não guardarão meus mandamentos,
Então castigarei a rebelião deles com a vara,
E com listras suas iniqüidades.
–SALMO 89:30-32
A necessidade de punição é uma verdade difícil, mas necessária. Deus não é
o avô descontraído de Lewis; Ele nos ama demais para ser negligente. Ele
está determinado a nos ensinar uma lição.
Quando o rei Davi cometeu seu abominável duplo pecado, o profeta Natã o
confrontou dizendo: Por que então desprezaste a palavra do Senhor,
fazendo o que ruim aos seus olhos?
Você feriu Urias, o hitita, com a espada e tomou a esposa dele como sua
esposa. mulher, e você o matou com a espada dos filhos de Amom (2
Samuel 12:9-10).
Davi usou a espada para destruir a casa de Urias e agora a espada causaria
grande infortúnio em sua própria casa. O filho recém-nascido que ele teve
com a esposa de Urias morreu. Outro filho morreu numa guerra de rebelião
contra Davi. Outro estuprou a própria irmã e morreu nas mãos do irmão
vingativo. Outro foi assassinado como rival do filho que sucedeu a David.
Às vezes, Deus se abstém misericordiosamente de exercer punição contra
seu filho, libertando-o das consequências do seu pecado. Em outros casos,
mesmo que o crente se arrependa e Deus o perdoe, a disciplina da punição
deve ser administrada suavemente.
Causará dor, mas essa dor tem como objetivo ajudar. Na verdade, a
disciplina de Deus nunca envolve a sua ira; Isto é reservado para os não-
crentes.
O estudioso do Antigo Testamento, Theodore Laetsch, deixa esse conceito
muito claro: Seus planos para o seu povo sempre envolvem pensamentos de
bem e bênção. Embora forçado a usar a vara, não é a vara da ira, mas a
vara da punição do Pai para alcançar o bem-estar temporal e eterno. Não
há um único indício de maldade em seus planos para o seu povo, nem
naquilo que o motiva, nem na sua concepção ou revelação ou em sua
consumação . 5
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Deus nos disciplina para nos proteger
E para que a grandeza das revelações não me exaltasse além da medida,
Recebi um espinho na carne, um mensageiro de Satanás que esbofeteie-me,
para que eu não fique muito exaltado.
–2 CORÍNTIOS 12:7
Aquele que enuncia este versículo, o apóstolo Paulo, indica que ele não
sofre porque cometeu o pecado do orgulho, mas, em vez disso, o sofrimento
era para mantê-lo longe desse pecado ou de se exaltar além da medida .
Houve uma demonstração de disciplina protetora cujo objetivo era prevenir
um problema destruidor de almas.
Embora não saibamos quão doloroso foi o espinho na carne de Paulo ,
sabemos que ele sofreu muito por causa disso. Três vezes ele pediu a Deus
para remover o aguilhão e três vezes o Senhor negou seu pedido.
Em vez disso, Deus deu ao seu apóstolo a graça de tolerar a dor. A
disciplina preventiva de Deus aumentou grandemente a eficácia de Paulo.
Ele escreveu que sua fraqueza na verdade o tornou mais forte (2 Coríntios
12:8-10). Isso o forçou a depender da força de Deus em vez da sua própria.
Às vezes, Deus nos disciplina para “nos livrarmos” dos problemas, como o
maquinista fez com a garotinha. Mas se não conseguir atrair a nossa
atenção, poderá colapsar completamente as nossas vidas, forçando-nos a
reagir ao perigo.
Como escreveu CS Lewis, Deus grita em nosso cérebro: é o seu megafone
para acorde para um mundo de surdos . 6
Jack Abramoff, um lobista que esteve no centro de um escândalo político
em 2006, também reconheceu esta verdade. Depois que seu castelo de
cartas desabou, ele observou com pesar: Deus me enviou mil sinais de que
não queria que eu continuasse fazendo o que estava fazendo. estava
fazendo. Mas eu não escutei, então ele detonou uma bomba atômica . 7
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Deus nos disciplina para nos purificar
[Ele nos pune] pelo que nos é benéfico, para que possamos participar de
sua santidade.
–HEBREUS 12:10
Hebreus 12:5-11 é a passagem essencial do Novo Testamento para a
compreensão do amor corretivo de Deus. A palavra-chave nestes versículos
é disciplina , uma tradução da palavra gregapaideia , que aparece nove
vezes em diversas formas nestes sete versículos.
Paideia vem da palavra pais , que significa criança e denota a formação de
uma criança. É
um termo amplo que pode significar qualquer coisa que pais e professores
façam para treinar, corrigir, cultivar e educar as crianças. O objetivo desta
disciplina é sempre ajudar a criança a se tornar um adulto maduro.
Nascemos contaminados por uma natureza que é inerentemente
pecaminosa, ou pelo
“carne”, dependendo da tradução da Bíblia (Romanos 7:18, 25). Um dia
essa poluição será completamente erradicada. Mas enquanto isso, Deus
muitas vezes usa as ferramentas do sofrimento e da aflição para nos
santificar. Estas provas funcionam como um fogo para queimar qualquer
impureza que atrase o nosso progresso em direção à santidade.
Malcolm Muggeridge, em seu livro Jesus Redescoberto , escreveu:
Suponha que o sofrimento fosse eliminado, o mundo seria um lugar
terrível...
O mundo seria o lugar mais assustador porque tudo o que corrige
desapareceria. a tendência desta criaturinha atroz, o homem, de se sentir
muito importante e sempre satisfeito consigo mesmo. Se agora já apresenta
um mal suficiente, seria absolutamente insuportável se ele nunca sofresse. 8
Pedir a Deus para fazer menos seria como pedir-Lhe que nos ame menos:
deixar-nos infectados pelo pecado que não só profanaria as nossas vidas
terrenas, mas também nos destruiria por toda a eternidade.
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A realidade da disciplina de Deus
Pois o Senhor disciplina quem ama e açoita todo aquele que aceita como
filho.
–HEBREUS 12:6
Em vez de perguntar por que Deus nos disciplina, seria melhor perguntar
por que Ele não o faz. O autor de Hebreus deixa claro que a disciplina é
uma indicação do amor de Deus e, pelo contrário, que a falta de disciplina
representa que Deus não leva você em conta como seu. Isso deveria
extinguir completamente a nossa inveja daqueles que vivem em tola
oposição a Deus e ainda assim parecem nunca passar por problemas ou dor.
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A presença da disciplina
de Deus prova que somos seus filhos
Se vocês suportam a disciplina, Deus os trata como filhos; porque que filho
é aquele a quem o pai não disciplina?
–HEBREUS 12:7
Filhos é a tradução da palavra grega huios , que encontramos cinco vezes
em Hebreus 12:5-8. No Novo Testamento, huios nunca significa
“criancinhas”; designa sempre o filho adulto, o tipo de filho que é herdeiro.
Por que isso é importante? O uso de huios implica que a disciplina
mencionada no versículo sete não se refere apenas àquela exercida com o
cristão iniciante, mesmo os crentes maduros precisam de disciplina. Eis que
bem-aventurado é ele homem a quem Deus pune; Portanto, não subestime
a correção do Todo-Poderoso (Jó 5:17).
Embora superficialmente as crianças possam não gostar de disciplina, em
algum lugar no fundo elas apreciam a sensação de segurança que isso lhes
proporciona. O simples fato de serem disciplinados prova que são filhos de
um pai amoroso que se preocupa com seu futuro. Todos os homens estão
sujeitos ao castigo de Deus, mas apenas os seus filhos recebem a sua
disciplina.
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A ausência da disciplina de Deus
prova que não somos seus filhos
Mas se você ficar sem disciplina, da qual todos foram participantes,então
vocês são bastardos e não filhos.
–HEBREUS 12:8
Você pode pensar que adoraria navegar pela vida sem nunca suportar um
pingo de disciplina. Mas você não pensaria duas vezes se soubesse que isso
significa que você é um bastardo?
Na época em que o Novo Testamento foi escrito, não poderia haver
acusação mais séria do que questionar a própria legitimidade. Imaginemos
três meninos brincando no jardim da propriedade de um homem rico. Eles
se envolvem em alguma travessura e o pai sai de casa com o rosto vermelho
de raiva, atirando fogo nos olhos, e arrasta dois de seus filhos puxando-lhes
as orelhas. O outro menino, que também é seu filho, mas cuja mãe é
empregada, observa a situação sendo completamente ignorado. Ele também
se comportou mal, mesmo morando na mesma propriedade. Mas seu pai
não se importa com o que ele faz porque não o considera seu filho
verdadeiro.
Como isso teria doído? A criança rejeitada teria aprendido que a indiferença
dos pais é muito pior do que a dor momentânea da disciplina.
A mensagem apresentada em Hebreus capítulo 12 é que a disciplina é um
sinal do filho amado. Entristece-me saber que um número cada vez maior
de crianças de hoje cresce sem esse sinal. O velho espiritual negro “Às
vezes me sinto como uma criança sem pai” descreve uma em cada três de
nossas preciosas crianças na América. Eles vivem em lares sem seus pais
biológicos. Alguns deles vivem com um padrasto admirável que os acolheu,
amou e os tornou seus. Mas o resto simplesmente não tem nenhum tipo de
pai em casa; Outros milhões têm um homem que é uma péssima desculpa
para pai. Os resultados são trágicos.
Existem inúmeras evidências que demonstram os efeitos nocivos da
ausência do pai: altas taxas de encarceramento, gravidez na adolescência,
doenças mentais e abuso de drogas.
Precisamos de nossos pais. Quase qualquer homem pode gerar um filho;
isso é fácil. Mas é preciso amor para ser o pai daquela criança. E
Parte desse amor consiste em disciplina.
O escritor de Hebreus não tentou disfarçar a disciplina: É verdade que
ninguém A disciplina atualmente parece ser motivo de alegria, mas de
tristeza (12:11). Esta deve ser uma das declarações mais óbvias da Bíblia.
Se a disciplina fosse agradável, não seria disciplina. É
doloroso! Pena! Nunca é fácil apreciar a disciplina no ponto de impacto e
ninguém escolheria passar por isso. Nenhuma manhã levantei para ver o
nascer do sol e orar: Senhor, eu sei que as provações trazem sabedoria,
então hoje me ajude! a! Mal posso esperar para ver como isso me fará
crescer .
155
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Aqui a Bíblia admite abertamente que se você gosta do processo de
disciplina, isso significa que há algo errado com você. Por outro lado, se
você não gosta dos resultados da disciplina, algo está errado com o seu
comprometimento. Dentro de cada filho ou filha de Deus deve haver um
núcleo firme e resiliente de determinação que diz: não vou gostar, mas vou
aceitar. É para a glória de Deus e para o meu bem, ou há razão lutar
contra a chuva que faz crescer as flores?
Ao pastor John Piper foi feita a seguinte pergunta estranha: Um verdadeiro
cristão deveria orar por mais problemas em sua vida? Ele respondeu que
quando ele se ajoelha e reflete sobre as arestas de seu caráter que precisam
ser resolvidas, sua oração é Senhor, não importa o que seja necessário.
Ele admite que seu pedido não significa que queira sofrer um acidente de
carro ou sentir mais dores; Isso pareceria presunçoso . Mas prepare seu
espírito para ser submisso diante de Deus com qualquer disciplina que você
possa precisar naquele dia. 9
Devemos valorizar a disciplina que é exercida em nós porque é a maneira
de Deus nos dizer: Você me pertence e eu te amo . Sua disciplina às vezes
pode nos irritar, mas ele nos protegerá, nos ensinará e nos preparará. É por
isso que se diz que Jerônimo, um dos primeiros teólogos da Igreja, disse: O
maior perigo o mais importante é que Deus não está mais zangado conosco
.
156
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Nossa reação à disciplina de Deus
Vocês já esqueceram a exortação que lhes é dirigida quando crianças,
dizendo: Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor,
Nem desmaie quando for repreendido por ele.
–HEBREUS 12:5
A audiência do livro de Hebreus do primeiro século conhecia Provérbios
3:11-12, citado no versículo acima. O autor provavelmente a incluiu porque
pensou que ouvi-la novamente os encorajaria. Foi uma época de grandes
dificuldades para a Igreja primitiva e eles
precisavam compreender que mesmo os seguidores de Jesus Cristo devem
suportar uma disciplina dolorosa.
Os primeiros crentes talvez esperassem que a disciplina rigorosa cessaria
assim que se tornassem cristãos. É fácil para nós adotarmos uma
perspectiva semelhante. Podemos pensar que tornar-se um com Cristo
significa que Deus alcançou o seu objetivo para nós e, portanto, a sua
disciplina deve parar. Mas, como acabamos de ver, quando nos tornamos
filhos de Deus, essas lições provavelmente não se tornarão mais fáceis, mas
sim intensificadas; Depende de nós como reagimos. Estas são as quatro
possibilidades: 157
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Podemos ser indiferentes à disciplina de Deus
Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor.
–HEBREUS 12:5
A palavra grega para desprezar significa não dar importância ou não levar
em conta. Sério .
Menosprezamos a disciplina de Deus quando cerramos os dentes e a
suportamos sem permitir que a sua dura verdade penetre em nós. Passado o
momento difícil, respiramos aliviados e seguimos com nossas vidas sem
refletir sobre o motivo pelo qual vivenciamos isso. É possível que a
capacidade de parar e refletir tenha sido a razão de Deus para nos submeter
a essa prova. Ele queria que aprendêssemos algo que nos tornaria mais
sábios ou que nos salvaria de dores piores no futuro. Ou talvez tenha sido o
início de um novo rumo que abre novas possibilidades em nossas vidas.
No Antigo Testamento, Jonas aprendeu da maneira mais difícil a não
desprezar a disciplina do Senhor. Quando Deus inicialmente o enviou para
pregar a salvação aos ninivitas, Jonas ficou irado. Ele odiava Nínive porque
era a capital da Assíria, o cruel inimigo histórico do seu país: Israel. Então
ele embarcou em um navio que estava indo na direção oposta.
Quando Deus enviou um grande peixe para devorá-lo e cuspi-lo na direção
certa, Jonas desistiu e relutantemente começou a difícil jornada até Nínive.
Os ninivitas ouviram a mensagem de Deus, arrependeram-se e a sua cidade
foi salva. O
furioso Jonas saiu furioso da cidade e sentou-se, de mau humor, sob um
caramanchão no deserto. Em pouco tempo, Deus cultivou uma planta de
sombra para protegê-lo do sol.
Mas no dia seguinte ele enviou um verme para matar a planta, expondo
Jonas ao calor escaldante. Essa foi a gota d’água: Jonas queria morrer.
Agora que Jonas estava nervoso e pronto para ouvir o que precisava
aprender, Deus se concentrou em explicar-lhe a forma vergonhosa como ele
havia distorcido a ordem de suas prioridades. Ele queria que a planta de
sombra fosse salva, mas esperava a destruição de
uma cidade de 120 mil habitantes. Ele não amava as pessoas que Deus
amava, mas Deus ainda o amava.
Se formos francos, muitas vezes a nossa resposta ao chamado de Deus para
as nossas vidas é semelhante à de Jonas. Também ficamos irritados,
indiferentes e teimosos. Mas a disciplina de Deus sempre prevalecerá. Por
que não aceitamos isso, sabendo que toda provação, seja leve ou grave,
implica algo em nosso benefício? (leia Romanos 8:28).
158
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Podemos nos sentir intimidados pela disciplina de Deus
Nem desmaie quando for repreendido por ele.
–HEBREUS 12:5
Não é incomum que os cristãos se sintam oprimidos ou com medo das
repreensões e castigos de Deus, e sintam que os seus espíritos ficam
cansados até desmaiarem (Hebreus 12:3). Nesses momentosé útil
compreender que a disciplina não representa o julgamento de Deus; É a sua
correção, proteção e prevenção. Embora às vezes possa ser grave, não nos
matará. Nenhuma experiência dolorosa toca o cristão sem a vontade
permissiva e amorosa do Pai celestial.
A intimidação foi a primeira reação de Davi no Salmo 42:11, mas como
podemos ver, sua esperança em Deus dissipou seus medos:
Por que você está abatido, oh minha alma,
E por que você está perturbado dentro de mim?
Espere em Deus; porque ainda tenho que elogiá-lo,
Minha salvação e meu Deus.
Deus nos disciplina para nos ajudar; para nos tornar mais fortes e não para
nos derrubar.
Em seu livro Hope Has Its Reasons , Rebecca Manley Pippert explica esse
conceito em uma história sobre os problemas de abuso de drogas daqueles
que amamos. Descreve a frustração de ver um amigo próximo destruir sua
vida. Fiquei enojado e furioso; não porque ela odiasse a amiga, mas porque
a amava. Rebecca escreve: O amor odeia aquilo que destrói ser amado. O
verdadeiro amor confronta o engano, a mentira e o pecado que destrói
10
Pippert conclui que não quereríamos um Deus que não ficasse zangado
quando nos destruímos pelas nossas próprias mãos. Tal Deus não seria bom
nem amoroso. A raiva Não é o oposto do amor. O ódio é e a forma final de
ódio é indiferença . onze
Jesus não ficou indiferente quando viu vigaristas usando o templo para
enganar os pobres devotos que haviam caminhado muitos quilômetros para
chegar a Deus em Jerusalém.
Estava enjoado! Ele derrubou mesas, jogou dinheiro por toda parte e gritou
com os transgressores, expressando enfaticamente sua raiva contra tudo que
atrapalha o encontro entre Deus e seus filhos (João 2:13-17).
Você gostaria de ter um Jesus imperturbável, indiferente às coisas que nos
prejudicam, que simplesmente encolhe os ombros diante da desobediência
deste mundo que às vezes conserta as coisas sem se envolver pessoalmente
nisso?
Não quero ter um médico imperturbável. Eu quero alguém que ouça e que
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importa, que se relacione comigo não apenas como médico, mas como
pessoa. Por mais que meu médico se importe, ele às vezes é duro comigo
quando ignoro seus conselhos e como coisas erradas ou paro de fazer
exercícios. Desejo obter o mesmo de Deus. Me fortalece saber que ele está
zangado com o pecado em minha vida, seja ele cometido contra mim ou se
eu o cometo contra mim mesmo. Não me sinto intimidado pela raiva que
transparece na disciplina de Deus, porque estou ciente de que ela é
temperada pelo Seu amor por mim.
160
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Podemos ignorar a disciplina de Deus
A resposta mais comum à disciplina de Deus é não considerá-la como
disciplina.
O mundo nos diz que todos os eventos ocorrem aleatoriamente, sem rima
ou razão. A Bíblia nos diz o contrário; Diz que Deus é soberano e sua mão
está em todas as coisas. Portanto, nunca devemos considerar qualquer
obstáculo como “azar”.
"apenas uma sequência" ou apenas um evento casual. Servimos a um Deus
que: Faz coisas grande e incompreensível, e maravilhoso sem número (Jó
9:10).
Eugene Peterson escreve:
O sofrimento não é evidência da ausência de Deus, mas da sua presença, e
quando experimentamos a sensação de sermos destruídos, é quando Deus
realiza a sua obra de salvação mais certa e característica.
Existe uma maneira de aceitar, abraçar e lidar com o sofrimento que leva a
uma vida melhor, não pior, e a uma experiência maior de Deus. Deus realiza
sua obra salvadora em nossas vidas da maneira que sempre fez em
momentos de quebrantamento, na cruz de Jesus e quando aceitamos nossa
própria cruz. 12
Como filhos amados de Deus, devemos examinar cuidadosamente as nossas
experiências desagradáveis, procurando encontrar nelas a mão fiel de Deus.
Não permita que a ignorância o prive da bênção que vem de Deus,
desarraigando qualquer um dos obstáculos que impedem o seu
amadurecimento espiritual.
161
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Podemos derivar ensinamentos da disciplina de Deus
Antes de ser humilhado, eu me desviava;
Mas agora mantenho sua palavra...
Foi bom para mim ter sido humilhado,
Para que eu possa aprender os teus estatutos.
–SALMO 119: 67,71
Como seres humanos caídos, a nossa rebelião natural contra Deus torna
difícil aprendermos as lições de Deus da maneira mais difícil. Isto me
lembra a piada do fazendeiro que se gabava de sua mula extremamente
obediente. Seu vizinho cético insistiu que ele demonstrasse. O fazendeiro
atrelou a mula a uma carroça, pegou uma tábua e bateu na cabeça do
animal.
O vizinho ficou surpreso e perguntou:
-Porque você fez isso? Achei que sua mula fosse um modelo de obediência.
“É”, respondeu o vizinho, “mas primeiro você precisa chamar a atenção
deles.
Deus sabe que não aprenderemos os seus caminhos nem cresceremos a
menos que ele consiga atrair a nossa atenção. O crescimento requer foco e
determinação. É uma luta avançar, conquistando com dificuldade cada
centímetro de terreno. Quanto mais relaxado se tornar o nosso
relacionamento com o mundo, mais viveremos com a fantasia de que
podemos seguir a Deus por um caminho tranquilo, sem ameaças de
tempestades ou contratempos.
Malcolm Muggeridge lembrou-se do que certa vez disse a William Buckley
sobre como aprendera as lições mais importantes de sua vida: Como velho,
quando você olha para trás,
para sua própria vida, essa é uma das coisas que faz você impacta com
mais força: que a única coisa que um ensinamento lhe deixa é o
Sofrimento. Nem sucesso, nem felicidade, nem qualquer outra coisa. A
única coisa que te ensina o que é a vida – a alegria de compreender e
entrar em contato com o que a vida O que isso realmente significa é
sofrimento, aflição . 13
Deus não gosta de nos punir, mas ama o que vê no final do processo: filhos
perfeitos e completos, sem falta de nada (Tiago 1:4). Por isso, Ele
administra Seu amor com mão pesada e o faz da maneira mais gentil
possível, para nos fazer compreender as instruções vitais para o nosso
crescimento espiritual. Considere as palavras do profeta Jeremias: Em vez
disso, se aflige, também simpatiza
de acordo com a multidão de suas misericórdias;
Pois ele não aflige nem entristece voluntariamente os filhos dos homens.
–LAMENTAÇÕES 3:32-33
162
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A Bíblia está cheia de instruções que nos dizem como devemos ser. Mas
sem disciplina, tendemos a seguir essas ordenanças no nosso próprio ritmo
confortável. Somos como o nadador novato que desliza lentamente na
piscina para evitar o choque da água fria. Deus nos empurra para águas
profundas e nos força a tolerar a queda, porque Ele sabe que nunca
aprenderemos a nadar em nossos próprios termos.
O livro de Provérbios está repleto de passagens que mostram como a
disciplina é um componente necessário da educação. Muitos se dirigem aos
pais e destacam a necessidade de disciplina no ensino e no modelo dos
filhos para transformá-los em seres piedosos.
Contudo, à medida que lemos os versículos, é fácil ver que esta necessidade
de disciplina também se aplica aos crentes adultos. Estas são cinco
passagens típicas: Aquele que retém o castigo odeia o seu filho;
Mas quem o ama o disciplina prontamente.
–PROVÉRBIOS 13:24
Puna seu filho enquanto há esperança;
Mas não deixe sua alma se apressar em destruí-la.
PROVÉRBIOS 19:18
A tolice está ligada ao coração do menino;
Mas a vara da correção removerá isso dele.
PROVÉRBIOS 22:15
Não se recuse a corrigir o menino;
Porque se você puni-lo com a vara, ele não morrerá.
PROVÉRBIOS 23:13
A vara e a correção dão sabedoria;
Mas um menino mimado envergonhará a mãe.
PROVÉRBIOS 29:15
Minha geração foi educada com esses princípios. Acho que todos sabemos
que uma ou duas gerações depois eles se perderam um pouco. Os pais hoje
são instruídos a nunca repreender, desafiar ou punir os seus filhos, porque a
“correção”, comoa descrita na Bíblia, é cruel. Consequentemente, muitos
pais rejeitaram o valor da disciplina parental porque temem ofender os
filhos. A disciplina exige dor e a dor não parece um sinal de amor. Assim,
os pais adotam a atitude do avô no exemplo de Lewis e permitem que os
filhos façam quase tudo o que quiserem, desde que isso os deixe felizes. O
resultado é que cada vez mais crianças apresentam 163
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falta de respeito, egocentrismo, insolência, irresponsabilidade e
ressentimento para com a autoridade. Poucos pais hoje treinam seus filhos
para se tornarem o que deveriam ser: seres humanos amorosos e
responsáveis. Li recentemente um artigo perturbador no New York Times
intitulado “Para alguns pais, gritar é a versão moderna da surra”. A autora,
Hilary Stout, salienta que os pais querem “fazer amizade” com os filhos –
se usarmos a terminologia da geração Facebook – em vez de os orientar e
liderar. Torcemos por nossos filhos nos esportes coletivos; Nós os
parabenizamos por qualquer conquista insignificante e gritamos com eles
em vez de espancá-los. Stout cita um importante especialista em educação
infantil para mostrar como essa abordagem cria um ciclo interminável de
frustração: Trabalhei com milhares de pais e posso dizer, sem dúvida, que
os pais Gritar é a versão moderna da surra , diz Amy McCready,
fundadora da Positive Parenting Solutions, que ensina habilidades parentais
por meio de aulas, sessões de aconselhamento individuais e um curso
online. Assim são as coisas neste momento. Como os pais entenderam que
bater nos filhos crianças não é algo aceito na sociedade, elas ficam
perplexas com o que eles podem fazer Recorrem a sugestões, repreensões,
mandando as crianças para seus sala, conte de 1 a 23 e logo perceba que
essas estratégias não Eles trabalham para mudar o comportamento.
Na ausência de ferramentas que realmente funcionam, eles ficam
frustrados, irritados e gritam. Depois Eles se sentem culpados e todo o
ciclo recomeça. 14
Não faltam ferramentas na Bíblia que realmente funcionam . A disciplina
exercida com amor duradouro transforma as crianças em adultos fortes. Os
princípios de Deus são universais.
Se pudermos punir amorosamente nossos filhos para instruí-los, Deus
poderá nos punir amorosamente pelas mesmas razões.
164
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A Base para a Disciplina de Deus
Por outro lado, tivemos nossos pais terrenos que nos disciplinaram e nós os
adoramos. Por que não deveríamos obedecer muito melhor ao Pai de todas
as coisas? espíritos, e viveremos?
E esses, certamente por alguns dias Eles disciplinaram como acharam
adequado, mas pelo que é para nós, proveitoso, para que possamos
participar da sua santidade.
–HEBREUS 12:9-10
Neste exemplo, o autor de Hebreus usa uma analogia da vida cotidiana para
ilustrar como devemos responder à disciplina de Deus. Nossos pais
humanos nos disciplinaram de maneira imperfeita, mas nós os respeitamos
porque sabíamos que era para o nosso bem.
Quanto mais deveríamos ceder à disciplina perfeita de Deus e contemplá-
Lo com admiração?
Esses versículos mostram um contraste entre nossos pais humanos (que
seriam traduzidos com mais precisão como pais da nossa carne ) e nosso
Pai celestial (nomeado aqui como Pai dos espíritos ). Neste caso, o autor
aponta a razão básica para aceitar a disciplina de Deus: Deus é perfeito e os
pais humanos não.
165
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Nossos pais humanos nos disciplinaram
como lhes pareceu; nosso pai celestial
nos disciplina para o que é melhor para nós
Mesmo com a melhor das intenções, um bom pai humano comete erros.
Disciplina pouco, faz em excesso ou não faz nada; ou disciplina pelas
razões erradas, da maneira errada ou na hora errada.
A disciplina de Deus nunca falha, é perfeita no seu tempo, na sua aplicação
e na sua intensidade. Discipline sempre com justiça e firmeza para alcançar
os propósitos perfeitos de Deus. A superioridade da sua disciplina dá-nos
boas razões para nos submetermos a ela com paciência, humildade e
gratidão.
166
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Nossos pais humanos nos disciplinaram
por razões mundanas; nosso pai celestial
nos disciplina por razões celestiais
Um pai na terra disciplina para ensinar e moldar seu filho em um adulto
responsável que funcione bem na sociedade. Centra-se principalmente nas
realidades práticas que a criança enfrentará na sua vida diária. Isto, claro, é
bom e necessário.
A disciplina de Deus também nos transforma em cidadãos responsáveis,
mas, em última análise, a Sua abordagem é muito superior. Assuma uma
perspectiva mais ampla. Ele sabe que o nosso tempo na Terra é apenas uma
gota no vasto oceano da eternidade, por isso é para a eternidade que ele
dirige a sua atenção. Assim como a lagarta presa ao solo não tem ideia de
que seu destino é voar, não temos ideia de como nos enquadramos no
propósito eterno de Deus. Isso porque vemos tudo com a mente da lagarta.
Nosso Pai terreno faz o melhor que pode para nos treinar para sermos boas
lagartas, enquanto nosso Pai celestial, que conhece nosso destino eterno,
nos treina para voar alto. Deus nos projetou para o céu e para a comunhão
eterna com Ele e está determinado a nos moldar em criaturas celestiais.
É por isso que a disciplina de Deus nem sempre nos parece lógica e por que
aceitá-la requer fé e confiança quando oramos: Senhor, tu conheces o teu
plano para mim. e eu não o conheço.
Você conhece todas as minhas características que exigem trabalho. Por Por
favor, faça o que for necessário para chegar a esse estado.
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Os resultados da disciplina de Deus
Agora chegamos à melhor parte. Os resultados da obra de Deus nunca
poderão ser outra coisa senão maravilhosos e majestosos. Seus propósitos
são perfeitos. Embora nem sempre possamos saber os detalhes com
antecedência ou seguir a orientação de Sua mão, podemos confiar em Seu
coração. Deus nos dá boas razões para essa confiança, revelando o desígnio
geral do seu objetivo final para nós: 168
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Ele quer que recebamos santidade
Para que possamos participar da Sua santidade.
–HEBREUS 12:10
O objetivo final do nosso amoroso Pai é que compartilhemos a sua
santidade. Isto não se refere apenas à santidade em geral; mas para a
santidade de Deus . O Senhor deseja que tenhamos sede santo, porque eu
sou santo (1 Pedro 1:16). Como disse o apóstolo Paulo: Porque não temos
chamou Deus à impureza, mas à santificação (1 Tessalonicenses 4:7).
Ser santo representa ter sido selecionado para um propósito especial. Reza a
história que o escultor renascentista Michelangelo escolheu um bloco de
mármore para esculpir um anjo.
Seu martelo e cinzel golpearam e esculpiram até que um lindo anjo emergiu
do bruto cubo de pedra do túmulo do Papa.
“Minha tarefa”, disse ele aos seus admiradores, “é olhar para o bloco de
pedra e ver um anjo”.
Aí retiro com o cinzel tudo que não é o anjo.
É isso que Deus faz conosco. Como não somos uma pedra insensível,
martelar e cinzelar podem nos machucar. Mas estamos nas mãos do Maior
Artista e somos a sua obra-prima.
Se nos submetermos à sua escultura, veremos a santidade emergir da
monótona vida comum, à medida que somos transformados, pedaço por
pedaço, na imagem de Cristo.
Para as criaturas caídas determinadas a fazer a sua vontade, as dificuldades
e a santidade estão inextricavelmente ligadas. Não existem atalhos; É um
processo lento e doloroso. Deus gradualmente remove os pedaços até que a
atitude indigna desmorone. Esculpa incessantemente até que um mau hábito
desapareça. E durante todo esse tempo ele vê a beleza que pretende para
nós além dessas imperfeições.
Não apenas vemos os atributos antigos e lamentáveis desaparecerem, mas
também começamos a conhecer a Deus comosomente a disciplina pode
revelá-Lo. Esta escultura é um processo próximo, detalhado e íntimo
através do qual desenvolvemos uma comunhão com Deus que compensa
qualquer desconforto que possamos imaginar.
169
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Ele quer que reflitamos justiça
Então produz o fruto pacífico da justiça.
–HEBREUS 12:11
Embora nunca possamos saber todos os propósitos que Deus tem para
nossas vidas, às vezes ele nos dá a perspectiva de reexaminar o golpe que
sofremos e perceber o bem que advém dele.
Joni Eareckson Tada era uma garota de dezessete anos que estava prestes a
ir para a faculdade e tinha grandes planos para sua vida quando um
mergulho em uma piscina rasa a deixou paralisada para sempre. Incapaz de
mover braços e pernas, e com anos de reabilitação no futuro, ele caiu em
profunda depressão. Eu estava com raiva de Deus e desesperado com a
vida. Ele até queria que seus amigos o ajudassem a cometer suicídio.
No final das contas, Joni passou para o outro lado de seu desespero com
uma fé intensa em Deus e um desejo de glorificá-Lo através de sua vida.
Ela se tornou uma escritora, artista, cantora e palestrante cristã altamente
eficaz, e também fundou uma organização para ajudar outras pessoas que
enfrentam deficiências.
Olhando para trás, Joni pode ver como esta grave provação o levou da auto-
suficiência à completa dependência de Deus. Em uma entrevista recente ele
disse : Às vezes a cura não vem e você tem que conviver com isso, e quando
isso acontece, você aprende verdadeiro quem você é Deus usa o sofrimento.
Ele joga em você como uma granada de mão e destrói todos os conceitos
que temos sobre nós mesmos e sobre as pessoas ao nosso redor.
acreditamos que somos. Sopra-os em mil pedaços até ficarmos crus, nus e
temos que deixar o sofrimento fazer o seu trabalho . quinze
Assim como Joni pode olhar para trás e ver como a disciplina de Deus
permitiu que a justiça florescesse nela, podemos olhar para trás e ver como
a disciplina de Deus plantou a semente da justiça dentro de nós. Não estou
me referindo à justiça atribuída a Deus (2
Coríntios 5:21), mas a uma vida diária de justiça prática; uma bondade ativa
e visível que se torna um modelo para um mundo observador. Esta justiça é
uma forma de viver: um amplo conjunto de disciplinas desenvolvidas no
laboratório da vida à medida que aprendemos a viver e agir de forma a
refletir a glória de Deus. O Evangelho descreve simbolicamente essa justiça
como feita de linho fino, limpo e brilhante; pois o linho fino são as ações
justas do santos (Apocalipse 19:8).
170
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Ele quer que irradiemos paz
Produz frutos pacíficos de justiça.
–HEBREUS 12:11
Você pode estar se perguntando como a busca pela paz se ajusta à aceitação
da disciplina de Deus. Parece que lutar para superar a dor e a aflição da
disciplina afastaria qualquer possibilidade de paz. Perguntas muito pouco
gentis perturbariam nossas mentes: Por que Deus está fazendo isso comigo?
Quando isso vai acabar? eu serei capaz sobreviver a isso? Se eu tiver
sucesso, algum dia me recuperarei?
Aceitar a disciplina leva à paz em dois sentidos: primeiro, há uma paz que
Ultrapassa todo o entendimento (Filipenses 4:7). É uma paz que funciona
como o giroscópio de um navio, mantendo-nos de pé e estáveis durante uma
tempestade. Não importa que tipo de turbulência nos ameace, temos uma
tranquilidade interior que dissipa toda ansiedade, porque o espírito se
estabelece no conhecimento de que está nas mãos de Deus.
Em segundo lugar, a disciplina que você suporta agora lhe inspira paz em
relação ao seu futuro, assim como a cirurgia que remove um tumor liberta o
paciente da ansiedade.
Quando suportamos a disciplina que leva à justiça, consequentemente
alcançamos a paz que vem de um relacionamento mais próximo com Deus.
Em Hebreus 12:14 somos desafiados a buscar a paz . Apenas lembre-se de
que você não pode alcançar a paz buscando-a por si só. A paz surge quando
você adquire os traços de caráter que a produzem: justiça e santidade. A
busca por esses atributos divinos leva Deus ao vazio em nossos corações
que é destinado a Ele, dando-nos a paz de saber que somos um com o
Senhor.
E o efeito da justiça será a paz;
e o trabalho da justiça,
descanso e segurança para sempre.
–ISAÍAS 32:17
171
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Você permitirá que Deus faça tudo o que for necessário?
O psicólogo Jonathon Haidt sugere um exercício hipotético que ilustra
vividamente as difíceis decisões que Deus deve tomar ao administrar a
disciplina. Vamos imaginar que você vai ter um filho e recebe um roteiro
que descreve antecipadamente como será a vida dele.
Você também recebeu uma borracha e foi instruído a editar o script como
desejar.
Então você começa a ler com um olhar ansioso e começa a sentir um nó no
estômago. Seu filho terá dificuldades de aprendizagem quando estiver no
ensino fundamental, o que dificultará a leitura. No ensino médio, ele
perderá um de seus melhores amigos para o câncer. Coisas boas
acontecerão neste roteiro também. Seu filho entra na faculdade de sua
escolha, mas perderá uma perna em um acidente de carro e sofrerá de
depressão. Você conseguirá empregos e os perderá. Você vai se casar e se
separar do seu cônjuge.
Você para de ler e fica com lágrimas nos olhos. Você não imaginava nada
no futuro dele além de felicidade e triunfo: um próximo presidente, o
próximo Billy Graham, um ganhador do Prêmio Nobel.
Então, o que você excluiria?
Sua reação imediata é apagar a dor e os obstáculos. Mas existe a regra das
consequências não intencionais: se você excluir coisas ruins, o que mais
poderá estar excluindo inadvertidamente? Que lições Deus estaria
ensinando a você com as coisas ruins que acontecerão e que são essenciais
para a salvação eterna de seu filho? Que valores duradouros seriam
prejudicados pelo uso de sua borracha bem-intencionada?
Citando o cenário acima, John Ortberg pergunta: É possível que de alguma
forma As pessoas realmente precisam de adversidades, contratempos e
talvez até de algo mais. como um trauma, para atingir seu pleno nível de
desenvolvimento e crescimento ? 16
Pergunte a Abraão, que esperou décadas pelo filho que Deus lhe prometeu.
Pergunte a Jó, que teve que perder quase todos os seus bens terrenos para
ganhar a sabedoria do céu. Pergunte a Cristo, que teve que beber do cálice
que Deus lhe deu e caminhar corajosamente até a cruz. Pergunte a Paulo,
que teve que abraçar seu espinho na carne como um dom da graça.
Pergunte a si mesmo . É possível que você precise de um pouco de
adversidade? Será que isso está acontecendo com você neste exato
momento e que Deus está realizando algo maravilhoso em você, apesar da
sua oposição? Será que você deveria aceitar sua dor atual como um amigo
querido e não como um inimigo desprezado?
Uma tribo de índios norte-americanos tinha um rito de passagem especial
para treinar seus jovens guerreiros. No décimo terceiro aniversário do
jovem, ele foi vendado e levado para as profundezas da floresta, onde foi
deixado sozinho para enfrentar os terrores da noite.
O menino nunca havia sido separado de sua família até aquele momento. Eu
sabia sobre 172
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todas as criaturas perigosas e o risco de se perder para sempre no labirinto
da vegetação selvagem. Mas agora o seu papel era mostrar coragem.
Quando a venda foi removida, ele ficou sozinho sob a lua e as estrelas. A
escuridão e a solidão aumentaram os sons, infundindo cada galho quebrado
com terríveis
pressentimentos. Será que um lobo estava se aproximando sorrateiramente?
Ou talvez uma cobra venenosa enrolada nos galhos acima de sua cabeça?
Você se perguntaria se os privilégios da vida adulta valeriam tanto esforço.
Depois de uma eternidade sob o luar, os primeiros raios do sol romperam a
espessa copa verde que o cobria. Começava a ver as flores, as árvorese,
finalmente, um caminho na floresta. Olhando um pouco mais longe, ele
ficou surpreso ao encontrar um guerreiro feroz estacionado a poucos metros
de distância, com arco e flecha em punho. Foi seu pai, que o cuidou
silenciosamente a noite toda. 17
A vida pode nos levar a lugares sombrios e cheios de presságios; lugares
solitários onde nos sentimos isolados e desolados, porém, sempre há
alguém que cuida de nós. Porque não fala? Por que você não revela sua
presença para que possamos relaxar? Ele permanece em silêncio porque,
caso contrário, não aprenderíamos a ser corajosos. Não seríamos capazes de
criar confiança.
Muitas vezes as provas que nos levam à maturidade são terríveis ou
dolorosas. Mas Quem quer permanecer criança por toda a eternidade? Eu
não! Quero me tornar um discípulo adulto e maduro do Senhor. Quero ter as
características que Ele deseja incutir em mim através do Seu amor perfeito;
características que só serão evidentes se eu confiar Nele, mesmo que não
possa vê-Lo ou sentir Sua mão amorosa.
173
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8
O amor de Deus
nunca deixarei você ir
eu te dou a vida eterna; e eles nunca perecerão, nem ninguém os
arrebatará de mim mão.
–JOÃO 10:28
Há algo no homem que exige uma montanha para escalar e um desafio para
superar. E que desafio é maior do que o pico mais alto da montanha mais
alta: o Monte Everest? Mais de três mil alpinistas subiram ao seu cume,
mas vários milhares falharam e mais de 220
morreram na tentativa.
Uma área onde as falhas são comuns é na rota do cume sul até Hillary Pass.
Lá, os montanhistas se deparam com uma crista acentuada formada por
gelo, neve e ardósia fragmentada, de onde se avista de um lado o Tibete,
que fica a 3.048 metros de distância.
metros abaixo, e do outro lado o Nepal, a 2.134 metros. A crista deve ser
atravessada com passos pequenos e cautelosos e com um bom machado de
gelo na mão. Erik Weihenmayer, que chegou ao topo, conhece o som
perturbador da rocha se rompendo e caindo no vazio.
O som deve ter sido mais claro para Erik do que para qualquer outro
alpinista, porque ele foi o primeiro cego a chegar ao cume do Everest. Essa
não é a única conquista de Erik. Em 20 de agosto de 2008, ele alcançou o
topo da Pirâmide Carstensz, na Indonésia, a montanha mais alta da
Australásia. Isto cumpriu o seu objetivo de alcançar os Sete Cumes, um
grupo de picos imponentes em cada um dos sete continentes do mundo.
Erik, que é completamente cego desde os treze anos, superou um desafio
monumental após o outro. 1
174
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Tudo começou com o Monte McKinley, no Alasca. Um amigo desafiou
Erik a subir ao cume com ele. Devido à deficiência de Erik, a ideia parecia
meio maluca e como a montanha é cheia de enormes fendas que destroem o
homem, os escaladores que a escalam devem estar bem amarrados com uma
corda. Como Erik lembrou mais tarde: Mesmo quando o vento gemia e eu
não conseguia ouvir os passos à minha frente, eu sentia vontade de orientar
a direção da corda . 2
Adoro histórias como a do Erik. Na minha imaginação consigo ver-me na
montanha: o vento geme, as partículas de gelo enchem-me os pulmões e as
enormes fendas abrem-se no meu caminho, e devo confessar que os meus
joelhos tremem um pouco; naquele momento, minha cadeira aconchegante
na sala parece mais do que agradável para mim.
Mas não posso deixar de pensar na corda. Qual a importância desse
equipamento para os escaladores? É de vital importância. Representa a
diferença entre morte e glória. É a tábua de salvação que une meia dúzia de
aventureiros que devem ter total fé na sua força.
Esta corda é ainda mais importante para um cego como Erik. Todas as suas
informações vêm de seus sentidos aguçados de audição e tato. Ele e seus
amigos estão todos ligados a isso e Erik sente a tensão dos movimentos de
seus companheiros enquanto chegam ao topo. Quando alguém tropeça, suas
mãos agarram instantaneamente a linha e assim ele sabe o que está
acontecendo e se prepara para o perigo. A corda é o seu guia no meio da
perigosa jornada, a única coisa que não vai falhar quando você tiver dúvidas
sobre o próximo passo.
175
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A corda do amor de Deus
Num sentido importante, somos todos tão cegos como Erik Weihenmayer.
Não podemos ver o futuro à nossa frente, assim como ele não pode ver o
seu próximo passo. Não podemos saber o que serão cinco semanas, cinco
minutos ou cinco segundos no futuro. Às vezes pode parecer um passeio no
parque, outras vezes é uma subida íngreme por uma camada de gelo cercada
por ventos uivantes. De qualquer forma, temos uma corda. O amor de Deus
é o fio inquebrável que nos une à verdade e uns aos outros, e que nos
sustenta na nossa ascensão ao céu. Essa linha é a nossa tábua de salvação
segura e constante, quer o tempo esteja tão tempestuoso que mal
conseguimos continuar ou tão calmo que tendemos a nos afastar.
Esta é a descrição bíblica da corda inquebrável que nos liga a Deus: Quem
nos separará do amor de Cristo? Tribulação, ou angústia, ou perseguição,
ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito:
«Por sua causa somos mortos o tempo todo;
Somos contados como ovelhas para o matadouro”.
Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores através disso que
nos amou. Portanto, estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem
anjos, nem principados, nem potestades, nem coisas presentes, nem coisas
futuras, nem coisas Nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra
coisa criada poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo
Jesus, nosso Senhor.
–ROMANOS 8:35-39
Nestes versículos, o apóstolo nos dá, por assim dizer, uma apresentação de
vendas sobre o amor de Deus. É parecido com o antigo comercial de super
cola que mostrava um carro suspenso no ar, segurando um fio ao qual era
colado com uma ou duas gotas do incrível adesivo. Esses testes tinham
como objetivo convencer as pessoas de que a cola faria tudo o que fosse
necessário. Se você conseguir segurar aquele carro, certamente poderá
consertar um vaso quebrado.
Em duas ocasiões Paulo afirma enfaticamente que nada pode nos separar do
amor de Deus que encontramos em Cristo Jesus (vv. 35, 39). Certamente
poucas pessoas discordariam de que esta é a maior mensagem da Bíblia:
que nada no universo inteiro pode impedir Deus de nos amar. Isso
simplesmente não pode e não acontecerá.
Observe que Paulo não diz que devemos nos apegar ao amor de Deus; Diz
que o amor de Deus toma conta de nós. Pense novamente no montanhista
que está ligado aos seus companheiros e à montanha por uma corda
poderosa. Suas mãos 176
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Eles são livres para usar suas ferramentas, interagir com a superfície, levar
seu cantil. A corda passa pela cintura e não quebra. Você pode tropeçar, cair
ou até desmaiar, e a corda o sustentará.
O amor de Deus não depende de quão bem O amamos. Não depende de
persistirmos ou abandonarmos. Não o merecemos, não o merecemos nem o
mantivemos. Contudo, o seu amor envolve-nos e é reforçado pelas suas
promessas. Ela nos sustenta perfeitamente e para sempre. Podemos
escorregar e cair, mas não estamos perdidos.
Como Paulo escreveu a Timóteo: Se formos infiéis, Ele permanece fiel; Ele
não pode negar a si mesmo (2 Timóteo 2:13). Não importa o que aconteça,
a corda permanece amarrada. Nada pode nos separar do seu amor.
O apóstolo Paulo, que escreveu através do discernimento inspirado pelo
Espírito Santo, conhece-nos muito bem. Entenda que é difícil entendermos
o conceito da durabilidade do amor de Deus. Porque? Uma razão é que
sabemos sobre o amor o que aprendemos com outras pessoas. As pessoas
param de se amar por quase qualquer motivo egoísta ou errado que
possamos imaginar. Os votos de casamento são assinados com tinta
invisível. Briga de amigos. Até pais e filhos brigam de forma
irreconciliável. A maior parte do amor humano é condicionale limitada. Se
não cumprirmos as condições, o amor nos será retirado .
Outra razão pela qual temos dificuldade em acreditar na tenacidade do amor
de Deus é que conhecemos o nosso próprio pecado. Não podemos acreditar
plenamente que somos dignos de amor. Como Deus poderia nos amar
depois do que fizemos? Sabemos que não somos dignos do Seu amor e é
difícil acreditar que Deus não desistirá de nós.
Esses impedimentos humanos ao amor não afetam Deus de forma alguma.
Com Ele, a corda do amor é inquebrável. Ao contrário do amor humano, o
seu amor não tem condições nem limites. Contudo, pense em quanta
energia mental as pessoas desperdiçam desnecessariamente se preocupando
em ter estragado tudo e de alguma forma perdido o amor de Deus. Se
considerarmos que algum pecado em nosso passado fez com que Ele
cruzasse os braços e nos virasse as costas, o capítulo 8 de Romanos deveria
dissipar essa ideia para sempre. Devemos ouvir o que Paulo nos diz: nada
pode nos separar do amor de Deus. Que parte do nada é impossível de
entendermos?
Em Romanos 8:35-39, Paulo confronta uma última razão pela qual
podemos ser tentados a duvidar do amor de Deus: o sofrimento. Nestes
versículos, o apóstolo contrasta a firmeza do amor de Deus com os pesados
fardos da vida. Ele menciona sete deles: tribulação, angústia, perseguição,
fome, nudez, perigo e espada (ameaça de morte). Isto contraria a falsa
suposição de que se nos encontrarmos em qualquer uma destas situações
traumáticas, então deve ser porque o amor de Deus não se sustenta. Esta
suposição ignora um elemento essencial: o amor de Deus não é um remédio
fácil para se defender da dor e dos problemas; É a cola que nos mantém
unidos a Ele quando surgem dificuldades. Uma cola que segura sem 177
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não importa o que aconteça.
Você pode argumentar: “Mas Paulo, você não conhece a profundidade do
meu sofrimento.
Se você tivesse sofrido como eu, não estaria tão pronto para dizer que o
amor de Deus permaneceu intacto. Bem, vamos ver o quanto Paulo sabia
sobre o sofrimento. Ele nos oferece seu resumo dos infortúnios no capítulo
11 da segunda epístola aos Coríntios. Ele suportou tribulações, vários tipos
de necessidades extremas, cinco espancamentos com trinta e nove
chicotadas (três com varas), prisões frequentes, motins, trabalhos forçados,
insônia, jejum, desonra, mentiras, enganos, castigos, tristezas, pobreza,
apedrejamento, três naufrágios, vinte e quatro horas à deriva no mar,
perigos durante as viagens, ladrões, perseguições de judeus e gentios,
infortúnios nas cidades, infortúnios no deserto, fome, sede, frio e nudez;
tudo isso sem a tensão diária de guiar e dirigir novas congregações em todo
o Império Romano.
O sofrimento final de Paulo, que naturalmente não está incluído na lista, foi
o seu martirológio nas mãos do imperador romano por volta de 67-68 DC.
c.
Acho que podemos dizer com segurança que Paulo sabia alguma coisa
sobre o sofrimento.
E tudo o que isso fez foi aumentar a sua compreensão da firmeza tenaz do
amor de Deus.
Paulo acreditava que esta era uma fonte de múltiplas bênçãos.
O conceito que Paulo deixa claro no capítulo 8 de Romanos é que as nossas
circunstâncias difíceis ou dolorosas não são um reflexo do amor de Deus.
No versículo 36
Ele recorre a uma passagem do Antigo Testamento para enfatizar essa
noção: Mas para o seu bem Eles nos matam todos os dias; somos contados
como ovelhas para o matadouro (Salmos 44:22).
Simplesmente nos diz que coisas ruins acontecem às pessoas e isso não é
novidade. Coisas ruins aconteceram também aos antigos judeus. O pecado
trouxe o mal ao mundo e a morte está implícita.
A citação do Salmo 44 no texto de Paulo reflete o período histórico em que
os inimigos de Israel dominaram impiedosamente aquela nação e infligiram
tribulação, angústia, perseguição, perigo e morte pela espada. As pessoas
pareciam ovelhas sendo levadas ao matadouro.
Como você se sentiu em relação a Deus durante aquele período de
opressão? Podemos responder a essa pergunta consultando a parte do salmo
que Paulo não incluiu na sua citação: Despertai; por que você está
dormindo, Senhor?
Acorde, não me deixe para sempre.
Por que você esconde seu rosto,
E você se esquece da nossa aflição e da nossa opressão?
Porque nossa alma está sobrecarregada até o pó, E nosso corpo está
prostrado no chão.
Levante-se para nos ajudar,
E redime-nos por causa da sua misericórdia.
178
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–SALMO 44:23-26
Adoro a sinceridade dos Evangelhos. Aqui vemos que aqueles antigos
israelitas pensavam exatamente como nós. Os problemas que as pessoas
enfrentam podem variar em épocas diferentes, mas as pessoas nunca
mudam. Eles sempre parecem pensar que têm o direito de que sua jornada
corra bem. Quando os ventos e as ondas os atingem, eles olham para o céu e
clamam: “Deus, por que você não tira de mim esta tribulação?” Contudo,
Deus entende nossas emoções e permite que nossas reclamações e
equívocos façam parte das orações sinceras que dirigimos a Ele.
Os inimigos chegaram, os israelitas sofreram e parecia que Deus havia
abandonado o seu povo escolhido. Eles eram como Erik Weihenmayer no
Monte Everest: viajantes cegos em meio a uma tempestade horrível,
incapazes de ver o que estava por vir, mas ainda assim amarrados
firmemente à corda inquebrável.
De onde tiramos a ideia de que Deus nos prometeu que a vida seria fácil?
Isso não aparece nas Escrituras. Pais amorosos nunca prometem aos filhos
uma vida sem problemas. Em vez disso, eles lhes dizem: Estaremos sempre
aqui para apoiá-los, sempre Ofereceremos tudo o que temos para ajudá-lo
e sempre amaremos você, mesmo que decepções, mesmo que você se
distancie de nós, mesmo que não responda na mesma moeda o nosso amor .
Este é o amor de Deus.
John Stott escreve: Os cristãos não têm garantia de imunidade à tentação,
a tribulações ou tragédias, mas nos foi prometida a vitória sobre elas.
A promessa de Deus não é que nunca seremos afligidos pelo sofrimento,
mas que nunca será Isso nos afastará do seu amor . 3
179
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O que pode nos separar do amor de Deus?
Na Epístola aos Romanos, capítulo 8, versículo 35, Paulo declarou
enfaticamente que nenhuma das crises pessoais que havia experimentado
afetou a constância do amor de Deus. Contudo, Paulo não deixou a questão
aí. Ele continua com uma explicação na qual nos mostra que todos os
problemas pessoais que enfrentamos são apenas a ponta do iceberg.
Nos versículos 38-39, ele nos dá uma segunda lista que abre possibilidades
para outro nível de obstáculos, muitos dos quais são grandes poderes
cósmicos e universais, tão enormes que é fácil para os cristãos temê-los
como ameaças ao amor de Deus. .
Ao discutir esta segunda lista, Paulo expressa a sua total confiança no amor
de Deus numa das declarações de fé mais profundas e eloquentes
encontradas em toda a Bíblia: Portanto estou certo de que nem a morte,
nem a vida, nem os anjos, nem principados, nem potestades, nem coisas do
presente, nem do porvir, nem alturas, nem coisas profundo, nem qualquer
outra coisa criada será capaz de nos separar do amor de Deus, que está em
Cristo Jesus nosso Senhor.
–ROMANOS 8:38-39
Que passagem maravilhosa, poderosa, elevada e comovente! Você pode
sentir arrepios ao lê-lo. Sentimos que Paulo desafia os limites do seu
vocabulário, da sua filosofia erudita e da sua considerável capacidade de
expressão literária para nos mostrar que não há ameaça, por maior e
imponente que seja, que seja maior do que o amor de Deus.
Paulo nos dá pares contrastantes de forças que podem nos desafiar. A ideia
principal é que você pode passar de um extremo ao outro do espectro – da
vida à morte, do presente ao futuro – sem sair do alcance do amor de Deus.
Aqui Paulo usa uma figura de linguagem conhecida como merismo , que
envolve o uso de um par de termos contrastantes para representar toda a
gama do que estáincluído entre eles. Usamos um merismo quando dizemos
“Ele conhece o assunto de A a Z”. Quando o salmista declara que Deus
removeu de nós os nossos pecados, tanto quanto o oriente está do ocidente
(Salmo 103:12), ele usa um merisma para explicar que Deus removeu
completamente os nossos pecados.
Vamos explorar esses pares importantes com mais detalhes para confirmar a
resposta à pergunta retórica de Paulo: O que pode nos separar do amor de
Deus?
180
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Nem a crise da morte nem as calamidades da vida
Nem morte nem vida...
Não podemos imaginar um muro de separação maior do que a morte. Perder
um ente querido é enfrentar o difícil fato de que nunca mais encontraremos
essa pessoa nesta vida.
A morte é tão absoluta, tão inflexível, que nos obriga a lamentar e chorar,
enquanto suportamos uma terrível adaptação emocional.
Suspeito que a maioria dos cristãos tem sentimentos duvidosos sobre a sua
própria morte.
Não prevemos a separação dos nossos entes queridos e temos algum medo
natural de entrar neste reino desconhecido. A morte nos separa de tudo o
que nos é familiar; Podemos ter certeza de que isso também não nos
separará de Deus?
Ele estará lá para nos receber quando formos forçados a entrar naquele
vazio desconhecido?
É aqui que a confiança suprema de Paulo nos tranquiliza grandemente. Ele
também amava muitas pessoas neste mundo e não queria deixá-las, mas
como já vimos, a espada do carrasco não o preocupou nem um pouco. Ele
sabia que Cristo havia vencido para sempre a morte, e que em Jerusalém
um túmulo vazio atestava esse fato. Ele gritou triunfantemente: Onde está o
seu aguilhão, ó morte? Onde, ah sepultura, sua vitória? (1 Coríntios
15:55). Em sua epístola a Timóteo ele disse: Jesus Cristo…
Ele tirou a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade por meio do
evangelho (2 Timóteo 1:10). Como Paulo tinha certeza desses fatos, ele
realmente esperava a morte (Filipenses 1:21-24).
O autor de Hebreus explica como Jesus, através da sua morte, destruiu o
diabo que tinha domínio sobre a morte e libertou aqueles que estavam
cativos pelo medo dela (Hebreus 2:14-15).
Conseqüentemente, a morte não é um muro que nos separa de Deus. Dr.
James Montgomery Boice ressalta que o oposto é verdadeiro. Longe de nos
afastar de Deus, a morte conduz-nos à plena glória da sua presença. Aquilo
que separa torna-se unificador 4
Se a morte não pode nos separar, o que dizer da vida? A vida pode nos
afligir com crises tremendas que, para alguns, são mais difíceis de enfrentar
do que a própria morte. A dor profunda, o desespero, a depressão, os graves
desafios físicos, a perda de um filho: por vezes diz-se que este é um destino
pior que a morte .
Pense no pior infortúnio que você pode imaginar. Se esse evento
acontecesse, você ainda amaria a Deus? Você ainda acreditaria que ele está
no controle? O que te ama?
Inúmeras vezes vi pessoas superarem crises das piores que se possa
imaginar. Essas pessoas se tornaram conquistadoras e são pessoas comuns
que confiaram num Deus extraordinário. Esses heróis modernos da fé me
comoveram e aprofundaram minha fé ao vê-los caminhar com Deus pelo
vale das sombras da morte. Quanto mais sombrios foram seus dias, mais
claros foram os 181
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presença de Deus em suas vidas, porque chegaram a uma profunda
compreensão de que não há lugar tão terrível que o amor de Deus não possa
alcançar.
No século IV, houve um arcebispo de Constantinopla chamado João, que
era um pregador tão eloqüente que, após sua morte, a palavra grega
chrysostomos ("boca de ouro") foi adicionada ao seu nome. Desde então a
história o conhece como João Crisóstomo. Ele não hesitou em apontar
abusos de poder onde quer que os encontrasse, e sua oratória sincera o
colocou em problemas tanto com a Igreja quanto com o Império Romano.
Numa dessas ocasiões, ele foi levado perante o imperador. A tradição diz
que o imperador olhou para Crisóstomo e disse:
–Eu vou te banir se você não abandonar sua fé.
“Você não pode me banir”, respondeu Crisóstomo, “porque o mundo inteiro
é a casa de meu Pai.
–Mas posso condená-lo à morte.
-Não, Não pode. Minha vida está escondida com Cristo em Deus.
–Então tirarei todos os seus bens materiais.
–Não, você também não pode. Meu tesouro está no céu junto com meu
coração.
–Mas posso afastar você de seus colegas. Você não terá mais amigos.
–Não, você não pode me deixar sem amigos. Tenho um amigo no céu de
quem você não pode me separar. Desafio todas as suas tentativas de me
forçar ao silêncio. Não há nada que você possa fazer para me machucar. 5
Este homem corajoso e ousado tinha uma firme compreensão do poder por
trás da verdadeira bravura, do poder por trás da resolução clara, do poder
por trás da fé inabalável. Ele acreditava sem dúvida que o amor de Deus o
segurava firmemente e nunca o abandonaria, por mais grave que fosse a
adversidade que enfrentasse.
Quão diferente seria a sua vida se você encontrasse a mesma segurança no
amor de Deus?
Quanta liberdade você sentiria? Quão ousado você seria? Quanto mais paz e
alegria você teria?
O mesmo poder que motivou João Crisóstomo está ao seu alcance: o poder
de superação que vem da compreensão da tenacidade com que Deus o ama.
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Nem mesmo a intervenção dos anjos,
nem a intrusão de demônios
…nem anjos nem principados…
Nesta terra enfrentamos mais do que apenas os males que a natureza, os
acidentes ou outras pessoas podem nos causar. Paulo nos diz que temos
inimigos ainda maiores: Porque não lutamos contra carne e sangue, mas
contra principados, contra as potestades, contra os governantes das trevas
deste século, contra as hostes espirituais do mal nos lugares celestiais
(Efésios 6:12). Seres poderosos e invisíveis dentro do mundo espiritual
travam uma guerra terrível pelo nosso destino eterno. Como podemos lutar
contra esses seres sobrenaturais que possuem poderes extraordinários? É
como se defender de um míssil nuclear usando uma espingarda de chumbo.
Os estudiosos afirmaram, neste caso, que o termo anjos se refere apenas aos
anjos maus.
Dado o contexto, isso faz sentido. Por que precisaríamos da proteção de
Deus contra os anjos benignos que O servem fielmente? Porém, esta é uma
passagem de opostos em contraste, no sentido literário faz sentido pensar
que estes devem ser anjos do bem, para contrastá-los com seus opostos
demoníacos.
Embora não esteja claro como os anjos fiéis de Deus poderiam nos
prejudicar, é mais do que evidente que as tropas demoníacas de Satanás
podem. Devido ao seu ódio por Deus e pela sua criação, eles fariam
qualquer coisa para interferir conosco, seja para causar traumas graves ou
para nos destruir completamente. Sem dúvida, grande parte do mal que
sofremos vem desses seres demoníacos, mas eles não podem nos destruir ou
causar danos ao nosso espírito interior quando estamos firmemente
ancorados no amor de Deus.
Do arcanjo Gabriel ao arquidemônio Lúcifer, incluindo todas as hostes
intermediárias, não há poder suficiente para quebrar o vínculo formado pelo
amor de Deus por seus filhos. Com a sua morte e ressurreição, Jesus Cristo
despojou-se principados e potestades (Colossenses 2:15; 1 Pedro 3:21-22).
Eles não podem nos destruir porque o amor de Deus nos protege
completamente. É por isso que o diabo deve fugir quando lhe resistimos em
nome e pelo poder de Cristo (Tiago 4:7). Apesar dos seus formidáveis
poderes, Satanás está indefeso diante da sombra iminente do amor de Deus.
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Nem problemas atuais nem preocupações futuras
… nem o que está presente, nem o que está por vir…
Em todas as épocas, as pessoas enfrentaram algum tipo de ataque que
ameaçou as suas vidas no sentido físico, económico ou espiritual; se não
todos estes. Na minha infância, a
ameaça era a Segunda Guerra Mundial. Na época ele era muito jovempara
entender o que estava acontecendo, mas sabia que ninguém era capaz de
prever quem venceria a guerra.
Ameaçou tanto o nosso presente como o nosso futuro.
Depois da guerra veio a prosperidade, mas com ela também veio o início do
materialismo desenfreado, outro tipo de ameaça ao presente. A tentação da
riqueza minaria a nossa dependência de Deus? Nos nossos dias, parece que
as nossas preocupações diárias estão a aumentar à medida que o mundo
ocidental se afasta abruptamente de Deus e uma economia em declínio
provoca a perda generalizada de casas e empregos.
Também enfrentamos incertezas sobre o futuro. A economia entrará em
colapso?
Irão as áreas urbanas deprimidas tornar-se zonas de conflito que geram
desordem geral?
Os estados malignos desenvolverão uma bomba atômica? Estarão os
terroristas prestes a lançar outro ataque aos Estados Unidos? Será que as
decisões governamentais continuarão a colocar os cristãos contra a parede
quando devemos desafiar as leis ou passar à clandestinidade para evitar a
perseguição?
Em todos os momentos da história da nossa raça humana, a humanidade
enfrentou ameaças presentes e futuras, a nível pessoal e cósmico. Em todas
as épocas, os cristãos têm se perguntado: Deus ainda está ao meu lado
enquanto passo por tudo isto?
Se alguma vez um jovem tivesse todo o direito de fazer esta pergunta,
pareceria ter sido George Matheson. Nascido na Escócia do século XIX,
George tornou-se um inteligente estudante de teologia na Universidade de
Glasgow, onde obteve uma pós-graduação. Ainda na escola, ele se
apaixonou e logo ficou noivo. Enquanto isso, sua visão deteriorava-se
rapidamente. Quando ele ficou completamente cego, aos vinte anos, sua
noiva rompeu o noivado, dizendo que não foi feita para ser esposa de um
cego.
Matheson ficou arrasado. A dor de abandonar a namorada permaneceu com
ele na cegueira. Ele nunca se casou, mas tornou-se um ministro muito bem-
sucedido em uma grande igreja em Edimburgo, onde pregava para mil e
quinhentos paroquianos todos os domingos.
Muitos homens que sofreram tais golpes podem ter negligenciado a Deus,
pensando que Ele os havia abandonado. Muitos teriam pensado: Deus, eu te
dediquei minha vida, mas você permitiu que eu me apaixonasse, e então
você permitiu que minha namorada se apaixonasse Vá e deixe-me perder a
visão. Afinal, você não deve me amar de verdade.
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Mas Matheson foi mais sensato. Embora sua amada namorada o tivesse
abandonado, ele sabia que Deus não o faria. Da dor deles surgiu o hino
clássico “O Love That Will Not Let Me
Go”. O seu primeiro verso é uma afirmação retumbante do amor de Deus,
que atravessa o abismo da sua dor:
Oh amor que não me deixa ir
Em você descanso minha alma cansada;
Eu devolvo a vida que devo a você
Para que no seu mar profundo
Que seu fluxo seja abundante e pleno.
Embora George Matheson fosse fisicamente cego, espiritualmente sua visão
era perfeita.
Aqueles que confiam nos métodos e propósitos de Deus serão fortalecidos
no presente e preparados para enfrentar o que quer que o futuro traga. O
sofrimento é inevitável; Chega a todos. Mas quem vive com a certeza de
que o amor de Deus nunca o abandonará, é capaz de aceitar com confiança
e tranquilidade tanto os problemas atuais como os que poderão surgir
amanhã.
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Nem o pináculo do céu nem o abismo do inferno
…nem alto nem profundo…
Aqui Paulo usa os termos alto e profundo para descrever o alcance ilimitado
do amor de Deus. O que significa isto? Vamos imaginar que viajamos
muitos milhões de anos-luz até a parte mais profunda do espaço e chegamos
aos confins da Via Láctea. É impossível que os sóis, nebulosas ou novas
que você possa encontrar em seu caminho representem qualquer ameaça ao
amor que Deus tem por você. Nem você encontraria tal ameaça se se
virasse e cavasse em direção ao núcleo fervilhante no centro da Terra.
Embora não esteja claro se este merismo se refere ou não ao espaço físico
ou a uma realidade específica, isso não o torna menos verdadeiro. Na
verdade, pode significar que é tão verdadeiro — ou verdadeiro em muitos
aspectos — que Paulo usa os termos indefinidos alto e profundo para
permitir que essa verdade se aplique a muitas circunstâncias.
Existem alturas e profundezas na vida de qualquer pessoa que podem afetar
a sua consciência do amor de Deus. Um indivíduo que herda dez milhões de
dólares provavelmente atingirá um nível de autossuficiência que facilmente
afastará qualquer ideia de Deus. Ou você pode de repente falir e se
convencer de que Deus não o ama. Outra pessoa poderia alcançar lugares
ou conquistas que elevariam seu orgulho aos céus. Ou você pode sofrer
fracassos que o levariam às profundezas do desespero.
As proezas físicas de um atleta de sucesso podem colocá-lo no topo de sua
profissão, ou uma lesão grave pode mergulhá-lo nas profundezas da
incapacidade perpétua. Tanto nas alturas como nas profundezas
encontramos ameaças potenciais à nossa confiança no amor de Deus.
Em todos esses casos, o amor de Deus está intacto nas alturas, mesmo que a
atenção da pessoa possa se desviar Dele. E Seu amor está intacto nas
profundezas, quando a pessoa acredita que Deus deve tê-la abandonado.
O Salmo 139 nos diz que não há lugar para onde possamos ir que esteja
além do amor de Deus; ou se usarmos as palavras do campeão dos pesos
pesados Joe Louis, podemos correr, mas não podemos nos esconder. Deus
foi o criador e é o dono de tudo, e o seu amor é mais profundo e amplo que
todas as dimensões da sua criação.
186
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Nenhuma coisa poderosa nem qualquer coisa criada
…nem poderes…nem qualquer outra coisa criada…
Os gregos da época de Paulo usavam a palavra traduzida como poderes para
se referirem a atos poderosos, como milagres, ou a pessoas que ocupavam
posições de autoridade.
Autoridade é algo bom e necessário para manter a ordem, defender a lei e
controlar com eficiência atividades e organizações. Mas sempre que existe
autoridade, existe o potencial para a tirania, seja no emprego, no governo
ou, infelizmente, até na Igreja. O axioma de Lord Acton: O poder corrompe
e opera continuamente neste mundo caído.
Suspeito que quase toda a gente já sofreu estes abusos de autoridade:
gestores que assumem o crédito pelas ideias dos seus funcionários ou
impedem uma promoção para manter funcionários produtivos nas suas
próprias áreas. Pior ainda, temos conhecimento de chefes de Estado que
governam caprichosamente e internam os seus cidadãos em campos de
trabalhos forçados, determinam o tamanho das suas famílias ou infligem
punições atrozes sem julgamento. As pessoas que toleram tais aflições
podem perguntar-se se Deus as abandonou. Tenha certeza de que este não é
o caso. Não há poder neste mundo ou no universo que possa impedir o
fluxo do amor de Deus.
Paulo termina sua lista de itens que não podem impedir Deus de nos amar
com uma frase útil e abrangente: nem qualquer outra coisa criada . Isso
elimina quaisquer possíveis lacunas na lista. Aqui Paulo nos diz para não
quebrar a cabeça tentando descobrir qualquer possível obstáculo que possa
bloquear o amor de Deus. Existe e não pode existir tal coisa.
Na verdade, a lista de Paulo é tão inclusiva que abrange toda a realidade
criada por Deus.
Portanto, o ponto principal é este: não há nada em toda a criação de Deus
que possa nos separar do seu amor, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.
É fácil acreditar que o amor de Deus está intacto quando tudo vai bem, mas
se coisas ruins acontecem, às vezes até os cristãos começam a concluir: “Se
Ele realmente me amasse, não teria deixado isso acontecer”. Quando
contemplamos tal ideia, caímos no erro de pensar que o amor de Deus
significa proteção contra problemas graves.
A resposta a este antigo problema do sofrimento é bastante simples; mas
quando estamos na agonia da dor ou na profundidade das dificuldades, aemoção ultrapassa o nosso conhecimento e é fácil duvidar. Devido a esta
tendência humana, vale a pena recordar novamente o que já salientei neste
capítulo: todos devemos viajar pelos vales da dor e do desespero. Mas
mesmo que caminhemos pelo vale mais profundo, o amor de Deus
permanece intacto. Ele está conosco a cada passo. Você não está ciente de
sua presença, a menos que treine os olhos da fé. Mesmo assim você pode
não entender por que deve sofrer.
Mas se você se lembra, é 187
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promessa expressa no capítulo 8 da epístola aos Romanos, você pode ter
certeza de que Deus o ama, mesmo que você esteja em um vale profundo.
Isso irá protegê-lo de danos espirituais e ajudá-lo a superar as trevas.
Se você se encontra em uma situação que não lhe permite perceber isso, é
hora de se ajoelhar e analisar sua fé. Talvez na sua dor você tenha se
arrancado dos braços dele. Mas deixe-me dizer uma coisa: mesmo assim a
corda está intacta. O amor de Deus permanece intacto apesar da sua raiva.
A maturidade espiritual consiste em chegar ao ponto em que temos a
certeza inabalável de que Deus nunca nos falhará, nem nesta vida nem na
próxima.
É uma certeza para todas as ocasiões e permanece firme apesar das
circunstâncias.
Paulo tinha essa certeza. Martin Lloyd Jones, em seu estudo da Epístola aos
Romanos, diz que quando Paulo faz essas declarações sobre o amor de
Deus, ele não está se convencendo, adivinhando ou alimentando suspeitas
ou palpites. Ele está falando da perspectiva de uma certeza imutável e
rígida. Diz: tenho certeza , o que carrega o significado de passei por um
processo de persuasão que me leva a uma conclusão firme . Ele está
dizendo que, sem qualquer dúvida, sabe que não há nada que possa nos
separar do amor de Deus. 6
188
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Mais que conquistadores
Paulo continua com uma última coisa sobre o amor de Deus que nos ajudará
a descansar em seu amor e também a amá-lo nas piores situações
traumáticas. Diz-nos que o amor de Deus não é apenas constante e
imutável, mas também triunfante; Ele não apenas tolerará todas as
circunstâncias, mas também as superará. Antes, em todas essas coisas
somos mais
que vence por meio daquele que nos amou (Romanos, 8:37). Não somos
meros vencedores; Somos mais que vencedores. O que isso pode significar?
O termo grego para vencedor é hypernikao , palavra composta formada por
hiper (mais, acima, além) e nikao (conquistar ou prevalecer). O termo é
único porque não aparece em nenhum outro lugar da Bíblia, exceto neste
versículo específico. Não tem equivalente em inglês que use uma única
palavra. Os estudiosos tentaram frases como esmagadoramente vitorioso e
além vencedores , mas o favorito, de longe, foi mais do que vencedor .
Muitas de nossas traduções contemporâneas contêm essa frase familiar.
Mas vamos tentar outro, hipervitores . Parece moderno e sugere a ideia de
uma nova liga de super-heróis: “Os Hipervencedores!” Eu acho que gosto
disso. Vamos tentar usá-lo com o que Paulo está nos dizendo:
No meio de todas essas coisas que tentam nos derrotar (tribulação,
desgosto, perseguição e tudo o que você possa imaginar), somos
hiperconquistadores.
Ao enfrentar qualquer problema que a vida lhe apresente, você é um hiper
superador.
Ao lutar com aquele problema que te preocupa hoje, e que é
__________________ (preencha este espaço), você é um hiper superador.
O simples termo eleva o nosso espírito e parece nos dar um raio de
esperança.
Mas ser um hipervencedor implica mais do que apenas exaltação
emocional. William Hendricksen diz que se fôssemos apenas vencedores,
não teríamos do que reclamar.
Neutralizaríamos as forças que se opõem a nós. Nós dominaríamos. Mas
sendo mais do que vencedores, não importa o que nos seja apresentado, isso
acabaria por trabalhar a nosso favor. Cada dificuldade que nos desafia
serve, em última análise, para testar o amor de Deus, do qual nada pode nos
separar. 7 Quando estes males caem por terra numa pilha caótica de
escombros, o amor de Deus permanece destemido nas alturas como um
monólito imóvel.
Como isso funciona na vida real? A seguir está uma história que nos dá
uma resposta.
Durante o seu reinado de terror, o ditador italiano Benito Mussolini virou a
sua máquina de guerra contra a Etiópia e expulsou todos os missionários
cristãos. Imediatamente, os cristãos de todos os lugares começaram a orar.
A resposta veio em duas ondas: primeiro, na proteção dos missionários
expulsos; e segundo, reabrindo as portas da Etiópia ao Evangelho depois de
o orgulho militar da Itália ter caído por terra e os próprios cidadãos italianos
terem executado Mussolini.
189
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Mas durante a ausência dos missionários, a Palavra de Deus multiplicou-se
na Etiópia e, ao regressar, os missionários encontraram uma Igreja maior e
mais forte do que aquela que tinham deixado para trás. Um grupo, a Missão
Presbiteriana Unida, tinha apenas sessenta devotos quando os missionários
foram expulsos. Após seu retorno, os sessenta se tornaram trinta templos,
com uma adesão de seiscentas pessoas! Esses crentes eram mais que
vencedores. 8
Com o apoio do amor de Deus, quando o mal ataca, não apenas
conquistamos; Transformamos cada evento traumático em um evento
benéfico para nós. Nós nos alimentamos das adversidades e nos tornamos
mais fortes. Quanto maior o problema, mais sabedoria, poder espiritual e
maturidade adquirimos. Isso é o que significa ser um hipervencedor.
Ao som da enorme onda que se aproxima, o surfista iniciante a deixa passar
por medo; O
surfista avançado vê a mesma onda, ganha coragem e nada em direção a
ela. Ele conhece o poder perigoso da onda, mas aproveita esse poder a seu
favor. Ao romper habilmente a parede da onda, deixe-a impulsioná-lo para
uma aventura emocionante.
Tal como o surfista inexperiente, as pessoas que não têm fé enfrentam um
problema iminente e acabam por desistir em desespero. Da sua perspectiva
do mundo, os problemas da vida são aleatórios e sem sentido.
Simplesmente acontecem e não têm significado maior, além dos danos que
causam. O
crente enfrenta o mesmo problema, mas reúne coragem para enfrentá-lo
porque sabe que dentro de qualquer acontecimento que pareça aleatório,
Deus insere um propósito.
Mesmo que você não entenda qual é esse propósito, você surfa a onda e se
esforça para manter o equilíbrio, sabendo que quando a onda passar ela o
deixará mais forte e mais habilidoso para enfrentar ondas maiores no futuro.
No mundo dos crentes nada é sem sentido, tudo tem um propósito; e no
mundo governado por Deus amoroso, o propósito é sempre usar todos os
obstáculos para nos moldar à imagem perfeita de nosso Senhor. Toda
dificuldade estará a nosso favor e nos ajudará a nos tornarmos perfeitos e
completos, sem faltar nada (Tiago 1:4). Ou, como disse Paulo, tornem-se
mais que vencedores.
190
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Tome uma decisão vital
Paulo expressou a constância inabalável do amor de Deus através de pares
de opostos dinâmicos: vida ou morte, coisas presentes ou coisas futuras,
altura ou profundidade.
Quero concluir, da mesma forma, falando da opção que você tem de como
viver diante das dificuldades. Vou lhe contar duas histórias que indicam
extremos opostos do espectro. Você deve decidir o que representa a
verdadeira realidade.
Elie Wiesel, o pensador romeno que ganhou o Prémio Nobel da Paz em
1986, conhecia bem o sofrimento. Ele foi internado em quatro campos de
prisioneiros alemães durante a Segunda Guerra Mundial: Birkenau,
Auschwitz e Buna, antes de ser libertado de Buchenwald em 1945.
Wiesel e seu pai foram levados para Birkenau, enquanto o resto de sua
família foi enviado para a câmara de gás. Ele testemunhou a deterioração de
seu pai até que finalmente foi espancado até a morte pelos guardas do
campo. Era comum que outros prisioneiros espancassem o próprioWiesel,
simplesmente para roubar sua escassa ração de comida.
Quando foi libertado, deixou a prisão destroçado até ao âmago do seu ser e
durante dez anos não conseguiu falar sobre a sua provação. No final desse
período, escreveu um sombrio romance autobiográfico chamado Noite , no
qual oferece o seguinte relato de sua primeira noite no campo e o que isso
fez à sua alma:
Jamais esquecerei aquela noite, a primeira no campo, que transformou
minha vida em uma longa noite, sete vezes amaldiçoada e sete vezes selada.
Nunca esquecerei aquela fumaça.
Jamais esquecerei os rostinhos das crianças, cujos corpos vi transformados
em nuvens de fumaça sob um céu azul silencioso.
Jamais esquecerei aquelas chamas que consumiram minha fé para sempre.
Jamais esquecerei o silêncio noturno que me privou, por toda a eternidade,
da vontade de viver. Jamais esquecerei aqueles momentos que assassinaram
meu Deus e minha alma e que transformaram meus sonhos em pó.
Nunca devo esquecer essas coisas, mesmo que me condene a viver tanto
quanto o próprio Deus. Nunca. 9
Enquanto Elie Wiesel sofria a noite escura de sua alma, uma holandesa
chamada Corrie ten Boom também desceu ao mesmo inferno na terra. Ela e
a sua família abrigaram judeus dentro de casa, protegendo-os de serem
enviados para morrer em campos alemães. Um informante denunciou os
Booms às autoridades e logo depois os dez membros de sua família foram
enviados para os campos em um caminhão.
Corrie nunca mais viu seu amado pai, que morreu dez dias após a prisão.
Ela e a irmã foram enviadas para Ravensbruck, um acampamento feminino
na 191
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ao norte de Berlim. Todas as manhãs, a chamada era às 4h30. As
madrugadas eram geladas e as mulheres muitas vezes tinham que ficar
horas em pé sem mover um músculo. À
medida que o frio penetrava em seus ossos, eles ficavam em posição de
sentido, ouvindo apenas os ruídos do quartel de punição: o ritmo dos
punhos batendo na carne, os pedidos de misericórdia e as provocações dos
torturadores.
De alguma forma, Corrie e sua irmã Betsie conseguiram manter uma Bíblia
em seu poder.
Era sua rocha e sua força. Sempre que achavam que era seguro fazê-lo,
reuniam as mulheres, acendiam uma fogueira modesta e liam as valiosas
palavras de encorajamento em Romanos 8-35: Quem nos separará do amor
de Cristo? Depois leram a lista que descrevia tudo o que essas mulheres
estavam enfrentando: tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo
e espada. E depois disso, a citação pela qual o Antigo Testamento parecia
olhar diretamente para o século XX
e vá direto para Ravensbruck:
Por sua causa somos mortos o tempo todo;
Somos contados como ovelhas para o matadouro.
Então eles leram aquelas palavras gloriosas sobre sermos mais que
vencedores através Aquele que nos amou . A mera ideia de serem
vencedores, se não mais que vencedores, parecia incrível à luz do seu
sofrimento. Porém, o poder que veio dessas palavras os atingiu como o
calor do fogo que sentiram em seus ossos frios.
Enquanto Corrie ouvia Betsie ler, a luz da fogueira dançava nos rostos
abatidos das mulheres reunidas ao redor do fogo. Mais do que vencedores ,
pensou ele, dito não como uma esperança suspeita, mas como um fato
contundente. E era verdade; As palavras deram-lhes força para superar os
horrores que testemunhavam todos os dias.
Corrie escreveu mais tarde: A vida em Ravensbruck ocorria em dois níveis.
independentes e mutuamente impossíveis. Um, a vida externa que era
visível, era Tornou-se mais terrível a cada dia. O outro, a vida que vivíamos
com Deus, ficou melhor todos os dias, com toda verdade e glória
acumulada . 10
Neste capítulo conhecemos anteriormente dois cegos que souberam superar
os limites da visão humana. George Matheson sabia que o amor de Deus
nunca o abandonaria. Erik Weihenmayer percebeu a simples sabedoria de
confiar na corda, o que lhe permitiu subir a picos que quem tem o dom da
visão mal consegue imaginar.
A vida na terra tem abismos e armadilhas inevitáveis, com fendas e ventos
uivantes. Haverá momentos de isolamento, em que teremos de ascender
sozinhos; Vocês terão dias de confusão, em que não conseguiremos
entender a lógica do que está acontecendo.
Em todas essas ocasiões devemos escolher. Podemos acreditar que Deus
morreu, como fez Wiesel, e que a presença do mal extinguiu para sempre a
fé. Ou podemos ver, como disse certa vez Corrie ten Boom, que não existe
abismo tão profundo onde não possamos viver.
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o amor de Deus pode vir. Podemos tentar sair do poço escuro com nossos
próprios esforços e esgotar nossas escassas reservas de força. Ou podemos
depender da corda e deixá-la fazer o seu trabalho: permitir que ela nos
conduza em direção à luz.
Qual opção você escolherá?
Meu propósito aqui é lhe dizer que existe um poder maravilhoso,
surpreendente e sobrenatural que surge quando cessamos nossos esforços e
simplesmente começamos a confiar na corda, que é o amor infinito de
Deus. Você nunca precisa desistir, porque Deus nunca permitirá que seu
amor o abandone.
193
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9
Deus te ama e quer você
com ele para sempre
E se eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos levarei para mim mesmo,
para que onde eu estou, você também possa estar.
–JOÃO 14:3
Um dos conceitos mais charmosos da experiência humana é a ideia de casa.
A palavra casa evoca memórias de descanso, segurança e da presença
daqueles que mais amamos.
Ao relembrar minha vida, tenho uma imagem mental de todas as casas ou
apartamentos em que já morei. Da casa onde meus pais moravam quando
nasci, em Toledo, Ohio, até minha residência atual em El Cajon, Califórnia,
posso ver todos eles em minha mente. No total já morei em quinze lugares
diferentes e consigo me lembrar de algo especial sobre cada um deles.
Mas dois desses quinze são os que me lembro com mais clareza: minha casa
em Cedarville, Ohio, onde cresci com meus pais, irmão e duas irmãs; e
minha casa em El Cajon, onde Donna e eu criamos nossos quatro filhos.
Estas duas casas foram mais do que casas, foram centros de atividade e
interação pessoal, não só entre familiares, mas também com muitos amigos
que passaram horas connosco. As pessoas que amei e com quem quis estar
moravam naquelas casas e, por isso, esses lugares são sagrados para mim.
Quando meus irmãos e eu nos tornamos adultos e iniciamos nossa jornada
na vida, saímos da casa de nossos pais, mas nunca deixamos de querer
voltar. No Natal e nas férias de verão voltávamos sempre para casa.
194
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Em diversas ocasiões, enquanto estudávamos no Seminário de Dallas,
minha esposa e eu voltamos para casa, em Ohio, apenas para passar o fim
de semana; 1.691 quilômetros, se bem me lembro. Tínhamos algumas horas
para chegar em casa antes de voltarmos e dirigirmos para Dallas
novamente, para que eu não perdesse as aulas ou o trabalho na segunda-
feira. Na verdade, aquela casa era como um ímã para nós.
Quando meus pais decidiram se contentar com menos e se mudar para um
lugar menor, fiquei surpreso com o quão difícil foi essa mudança para mim,
embora eu já fosse uma criança adulta.
Hoje, os Estados Unidos são um país de nômades. Em média realizamos
11,7
mudanças durante o curso de nossas vidas. 1 Contudo, há algo dentro de
nós que sempre olha para o passado. Mesmo agora, quando volto para a
cidade de Cedarville, sempre tento passar pela casa onde cresci e lembrar
como aquele lugar realmente era especial. Eu amava aquela casa e ainda
amo. O amor sempre nos impele a voltar para casa.
Sinto que a nossa casa em El Cajon é igualmente importante para os nossos
quatro filhos e onze netos. Ali partilhamos muitas celebrações e, depois do
que vivi quando os meus pais fecharam a casa, não pretendo fazer o mesmo
num futuro próximo. Quero que os meus filhos e netos vivam com a
segurança de saber ondefica o seu lar nesta terra: um lugar onde a luz está
sempre acesa e o amor está pronto para ser partilhado.
Eu sei que tenho que fazer um último movimento. Não importa o quanto eu
goste de onde moro nesta terra, ou quão confortável tenha sido, esta última
mudança redefinirá minha ideia de casa. Será minha casa para sempre.
Longe de “me contentar com menos”, desta vez me contentarei com mais,
pois me mudarei para um lugar onde meu Pai celestial poderá reunir todos
os seus filhos e filhas para uma reunião celestial que nunca terá fim.
O lugar ao qual geralmente nos referimos como céu tem nomes diferentes
na Bíblia. Minha favorita é a casa de meu Pai , que foi como Jesus
descreveu o céu: Na casa de meu Pai há muitas moradas; Se não fosse
assim eu já teria contado você. Vou preparar um lugar para vocês (João
14:2 NVI). Nesta imagem reconfortante temos um encontro cara a cara com
a proximidade, a intimidade e a permanência do céu.
Comentando este versículo, Randy Alcorn, que escreveu o melhor e mais
convincente livro sobre os céus, descreve nosso futuro lar desta forma: O
lugar é singular, mas as habitações são plurais. Isto sugere que Jesus tinha
em mente para cada um de nós uma morada individual que constitui uma
pequena parte de um local maior. Este site será o nosso lar em um sentido
totalmente único.
O termo lar é aconchegante e íntimo. O termo casa ou fazenda sugere
amplitude. Isso é o paraíso: um lugar espaçoso e íntimo. Alguns de nós
gostam de conforto e de estar em um espaço privado. Para outros 195
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Eles gostam de espaços grandes e abertos. A maioria de nós desfruta de
ambos e a Nova Terra nos oferecerá ambos.
Não é provável que o céu tenha um grande número de residências idênticas.
Deus ama a diversidade e adapta tanto seus filhos quanto sua disposição
para com eles. Quando virmos o lugar específico que Ele preparou para nós
– não apenas para a humanidade em geral, mas para nós especificamente –
nos alegraremos ao ver o nosso lar ideal. 2
CS Lewis concorda: Seu lugar nos céus parecerá ter sido feito só para
você, porque você foi feito para ele: criado ponto por ponto como uma luva
é feita para uma mao. 3
No romance de Charlotte Brontë, Jane Eyre , a heroína solitária nunca
viveu em um lugar que pudesse chamar de lar. Nunca em sua vida ela teve
uma pessoa que a amasse o suficiente para saber quem ela realmente é, até
estabelecer um relacionamento com seu empregador, Edward Rochester;
um relacionamento que se transforma em amor. Quando ela tem que sair
por algumas semanas para visitar um familiar doente, ele não quer que ela
vá embora porque teme que ela nunca mais volte. Ela responde: Onde quer
que você esteja, há é minha casa .
Quando você ama alguém, você quer estar com essa pessoa. Na verdade,
você nunca quer se separar disso. Nos quarenta e nove anos que estamos
casados, Donna e eu raramente ficamos longe um do outro, e agora que
nossos filhos cresceram e têm família própria, ela e eu viajamos juntos para
todos os lugares e raramente nos separamos. Esta é a verdade: eu a amo e
quero estar com ela. Onde quer que eu esteja, ali está minha casa.
Essa é a mensagem que Jesus comunicou aos seus discípulos no capítulo 4
do Evangelho de João. Ao ler o extenso discurso do Cenáculo, não
podemos deixar de notar o tom íntimo com que Jesus se dirige aos seus
amigos mais próximos, apesar de se aproximar o seu encontro
marcado com o Calvário. Jesus nos diz que nos ama e que chegará o tempo
em que nunca mais nos separaremos. Onde quer que Ele esteja, ali está a
nossa casa.
No céu estaremos para sempre com Jesus e nunca seremos separados. À
medida que comecei a pensar sobre esse conceito, comecei a perceber
quantas vezes o Novo Testamento fala sobre a importância de estarmos com
Ele .
Por exemplo, depois de Jesus explicar aos seus discípulos sobre as moradas
no céu, ele disse: E se eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos levarei
para mim mesmo. mesmo, para
que onde eu estiver vocês também estejam (João 14:3; negrito
acrescentado).
Outro exemplo ocorreu na cruz, onde Jesus tranquilizou o ladrão ao seu
lado: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso (Lucas 23:43;
negrito acrescentado).
Paulo explicou a morte nos mesmos termos: mas nós confiamos e
preferimos estar ausente do corpo e presente ao Senhor (2 Coríntios 5:8;
negrito acrescentado). Em 196
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escrevendo aos Filipenses sobre sua própria morte, Paulo disse: Por causa
de ambos Estou angustiado, tendo o desejo de partir e estar com Cristo , o
que é muito melhor (Filipenses 1:23; negrito acrescentado).
Depois de explicar longamente os detalhes do Arrebatamento, este mesmo
apóstolo resume tudo com as seguintes palavras: Portanto, nós, os que
vivemos, Nós, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles
nas nuvens, para receba o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com
o Senhor (1 Tessalonicenses 4:17; negrito acrescentado).
Podemos dizer várias coisas sobre o céu, mas o mais importante é que Jesus
está lá e que estaremos com Ele e com o Pai. O grande pregador puritano
Richard Baxter colocou desta forma:
Meu conhecimento dessa vida é breve;
O olhar da fé está turvo:
Mas basta que Cristo saiba tudo;
E eu tenho que estar com ele. 4
Aliás, falando em céu, você deve ter notado que os cristãos não falam mais
muito sobre isso.
Costumávamos pregar e cantar sobre o céu em nossos templos. Na verdade,
quando compareço todos os anos à Convenção do Quarteto Nacional,
lembro muitas vezes aos participantes que os compositores de música
religiosa do Sul dos Estados Unidos são quase os únicos que ainda
escrevem canções sobre o céu.
Talvez hoje nos concentremos mais na vida presente porque somos
complacentes conosco mesmos e não temos visão. Ou talvez sejamos
complacentes e não tenhamos visão porque não nos concentramos o
suficiente no céu. Há uma razão pela qual a Bíblia Sagrada instrui:
Concentre-se nas coisas do alto, não nas coisas da terra (Colossenses 3:2).
A nossa nacionalidade está no céu e os nossos corações devem ansiar pela
nossa verdadeira pátria.
Algumas pessoas não falam sobre o céu porque não gostam de pensar na
morte. O filósofo e teólogo Dallas Willard conta a história de uma mulher
que se recusou a falar sobre a vida após a morte porque não queria que seus
filhos ficassem desapontados se descobrisse que não havia vida após a
morte real. Como aponta Willard, se não houver vida após a morte,
ninguém terá consciência de se sentir desapontado! Por outro lado, se existe
vida após a morte, quem chega despreparado para essa vida poderá
vivenciar algo muito pior do que uma simples decepção. 5
Num artigo no Lakeland Ledger , Cary McMullen reflete sobre a forma
como a pregação contemporânea abandonou o tema do céu. McMullen
escreve: Entre As principais igrejas protestantes pensavam que a
especulação sobre o natureza de uma vida pessoal após a morte era
contrária à racionalidade e Pertencia à esfera dos evangelistas das
pequenas cidades. E
falamos muito sobre outra vida poderia distanciá-los de seus esforços para
aliviar o sofrimento na vida 197
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presente. 6 E isto não aconteceu apenas com os principais protestantes;
Também ouvimos que os pregadores católicos ou evangélicos tratam muito
pouco da questão do céu.
Curiosamente, o tema é mais popular do que nunca entre romancistas e
cineastas.
Tenho sido abordado por crentes que questionam a questão de focar no céu
nesta vida. Eles dizem: “Temos toda a eternidade para pensar sobre isso.
Não deveríamos concentrar nossa atenção em tornar esta vida melhor? E já
ouvi pessoas dizerem: “Se sua mente estiver muito interessada no céu, você
não será muito bom na terra”. Eles imaginam que é possível ficar tão
absorvido pelas ruas douradas do céu que você deixará de notar os buracos
na avenida principal. 7
AW Tozer discordaria. Ele escreveu que oscristãos de meados do século 20
estavam tão confortáveis e bem posicionados que o céu tinha pouca atração
para eles.
Por que deveríamos viver na esperança da eternidade se agora temos tudo
exatamente como queremos ?8
Em seu livro The Wonder of It All , o presidente e escritor do seminário,
Bryan Chapell, conta a história de um jovem seminarista africano dando um
sermão durante uma aula de pregação. O tema era a alegria que os cristãos
experimentarão quando Cristo retornar e nos levar ao céu.
Ele também se perguntou se a prosperidade nos teria levado a negligenciar a
realidade do paraíso:
Há vários meses moro nos Estados Unidos. Vi a enorme riqueza daqui: as
casas chiques, os carros e as roupas. Também ouvi muitos sermões nos
templos deste país. Mas ainda não ouvi um sermão sobre o céu. Porque todo
mundo tem tanto neste país, ninguém prega sobre o céu. As pessoas
parecem não precisar disso. No meu país, a maioria das pessoas tem muito
pouco, por isso pregamos sobre o céu o tempo todo. Sabemos o quanto
precisamos disso. 9
Quanto mais somos consumidos pelo amor por este mundo, menos
estaremos interessados no amor de Deus que o céu representa. Em seu livro
clássico Mero Cristianismo , CS Lewis explicou: Se você ler a história,
descobrirá que os cristãos que mais fizeram pelo mundo atual foram
simplesmente aqueles que pensaram com mais frequência sobre o mundo
posterior...
Visto que os cristãos em geral pararam de pensar no outro mundo,
tornaram-se menos eficazes nele. Se você olhar para o céu, você verá terra
adicional ; Se você olhar para a terra, ficará sem nenhum dos dois. 10
O amor de Deus impulsiona meu coração a se preocupar profundamente
com o céu, e sim, pensar no céu me enche de energia para viver o momento
atual com profunda alegria, como alguém para quem o melhor ainda está
por vir. Este é o cerne da questão: Deus ama você e quer compartilhar a
eternidade com você. Cristo foi preparar um lugar especial e 198
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adorável onde você pode vir e viver com Ele para sempre.
199
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Um lugar de morada definitiva
Não deixe seu coração ficar perturbado; você acredita em Deus, acredite
também em mim. Em casa Existem muitas moradas de meu Pai; Se não
fosse assim, eu teria lhe contado; Então vou preparar um lugar para você.
E se eu for e preparar um lugar para você, Voltarei e levarei você para
Mim, para que onde eu estiver você você também é
–JOÃO 14:1-3
Li sobre um escritório de advocacia que enviou flores a um de seus sócios
em outra cidade para parabenizá-lo pela abertura de seu novo escritório.
Devido a alguma confusão, o cartão que acompanhava o acordo dizia
“Nossas mais profundas condolências”. Quando o florista foi informado do
erro, e percebeu que os dois cartões haviam sido trocados,
exclamou: Ah, não! Isso significa que o cartão que enviamos para o a
funerária disse :
“Parabéns pela sua nova localização!”
Podemos compreender o constrangimento para a florista, mas também
gostaríamos de pensar que o segundo cartão não é impróprio. Qualquer
pessoa que esteja no caminho de uma felicidade maior deve estar de
parabéns. No entanto, passamos muito tempo rezando para que essas
pessoas não partam. É claro que os amamos e não queremos nos separar
enquanto isso. Mas como podemos considerar o céu como uma espécie de
prêmio de consolação por ter que deixar a vida presente?
Penso que a principal razão pela qual sentimos pena daqueles que morrem –
especialmente aqueles que “morrem antes do tempo” – é que não temos um
conceito forte da realidade sólida do céu. Charles F. Ball observou que
alguns pensam no céu da mesma forma que pensam no Pólo Norte do Papai
Noel ou na Terra do Nunca de Peter Pan. Eles falam sobre o céu com uma
piscadela de conhecimento, como se dissessem "você e eu sabemos que isso
é um conto de fadas". . "Adultos racionais não acreditam nisso." onze
Além disso, há quem considere o céu algo vago, nebuloso, desumanizado e
pouco real.
Outros acreditam num céu que não tem realidade objetiva, mas é apenas um
estado de consciência.
Porém, o céu não é nenhuma dessas coisas, não é uma história infantil, nem
um estado de transe ou uma emoção. É um destino tão real que esta
realidade presente parecerá uma história infantil. É um lugar tão pessoal
que o Pai, o Filho e o Espírito Santo vivem ali. Dr.
Steven J. Lawson diz que o céu é real o suficiente para que Jesus veio ao
mundo de lá e partiu para lá quando seu corpo deixou a terra. E um dia nós
também faremos o mesmo. 12
Tanto o Antigo como o Novo Testamento tratam o céu como algo real e
importante. Na verdade, a Bíblia refere-se ao céu mais de quinhentas vezes.
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A palavra hebraica traduzida como céu – shamayim – significa literalmente
o alturas . A palavra grega para céu é ouranos , que inspirou o nome do
planeta Urano. O termo se refere àquilo que é alto ou elevado.
Como revelam as seguintes citações bíblicas, o céu é o lar do nosso Deus:
Porque Cristo não entrou no santuário feito por mãos, tipo do verdadeiro,
mas no próprio céu para agora aparecer para nós diante de Deus.
–HEBREUS 9:24
Deixe a sua luz brilhar diante dos homens, para que eles possam ver o seu
boas obras, e glorificai a vosso Pai que está nos céus.
–MATEUS 5:16
Jeová está no seu santo templo; Jeová tem seu trono no céu.
–SALMO 11:4
Como nos diz o pastor canadense Bruce Milne, o livro de Apocalipse fala
do céu como onde você encontrará O trono de Deus, o rio de Deus, a
árvore de Deus, o serviço de Deus, a face de Deus, o selo de Deus, o reino
de Deus: estes são os características da vida do povo de Deus na vindoura
Cidade Santa… É uma vida totalmente centrada em Deus. Essa é a
perspectiva mais profunda e gloriosa imaginável, já que não existe
realidade que possa ser comparada ao Deus triúno, o sempre bendito
Padre. 13
Meu principal objetivo neste capítulo é que você entenda de uma vez por
todas que o céu é real. É um lugar verdadeiro e é o futuro de todos aqueles
que conhecem e amam nosso Senhor Jesus Cristo. É um ponto de encontro
com aqueles que perdemos e é o lugar onde não veremos mais através do
vidro opaco, mas estaremos face a face com o nosso Salvador.
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O melhor lugar de alegria
Você me mostrará o caminho da vida;
Na sua presença há plenitude de alegria;
Delícias à sua direita para sempre.
–SALMO 16:11
Huckleberry Finn não pensava muito no céu. No primeiro capítulo do
clássico de Mark Twain, As Aventuras de Huckleberry Finn , Huck vive
com a solteirona Srta. Watson, uma mulher irritadiça e engomada que está
decidida a reformá-lo. Ele removerá à força a sua selvageria e incutirá nele
uma boa educação, usando a arma mortal da religião imposta. Ele espanca o
menino com versículos bíblicos, ameaça-o com o inferno e tenta persuadi-lo
com a oferta do céu. Em seu estilo astuto, petulante e absurdo, Huck nos
conta o que pensa disso tudo: Ele continuou falando comigo sobre aquela
boa lugar. Ele disse que a única coisa que você tinha que fazer ali era
andar o dia todo com uma harpa e cante, para todo o sempre.
Então não me pareceu grande coisa... perguntei se ele achava isso Tom
Sawyer iria até lá e respondeu não com um suspiro profundo. Isso me deu
prazer, porque eu quero que ele e eu fiquemos juntos . 14
É claro que Twain estava fazendo uma sátira, mas isso toca em algo muito
real.
Todos nós conhecemos pessoas que se sentem assim. Ao conversar com um
descrente, que pouco pensou no assunto, é provável que você obtenha uma
resposta fácil de prever. Ele franzirá a testa com uma expressão zombeteira
e dirá: “Que chato!”
Em uma de suas histórias em quadrinhos de Far Side , Gary Larson
capturou esse equívoco comum sobre o céu. Nesse desenho, Larson retrata
um homem com asas de anjo e uma auréola, sentado em uma nuvem sem
fazer nada e sem ninguémpor perto. Ele tem a expressão de alguém
totalmente entediado. A legenda do cartoon diz: “Gostaria de ter trazido
uma revista”.
O pastor e escritor Mark Buchanan admite temer que o céu possa ser apenas
a extensão de um serviço religioso particularmente insípido. Ele admite que
fica um pouco ansioso depois de passar uma hora no templo. Ele boceja,
suas costas doem e seu estômago ronca, e ele é o pastor!
Depois pense no céu como ele é frequentemente retratado em todos os tipos
de obras de arte: anjos rechonchudos e adoráveis zumbindo em asas
aveludadas ou pousando em nuvens fofas; gente que toca harpa e canta
músicas muito antigas. Buchanan escreve: Tudo é suave, suave, delicado,
em tons pastel e lânguido. E isso deveria ser inspirador? quinze
Essas imagens pudicas prestam um desserviço ao céu ao permitir que até o
inferno pareça um lugar mais atraente. Todos nós já ouvimos, e talvez você
até tenha dito: “Não quero ir para o céu e ficar entediado o dia todo.
"Prefiro ir para o inferno com todos os meus amigos e me divertir para todo
o sempre!" Eu estremeço quando 202
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Eu ouvi isso. Essa é outra das mentiras do diabo. O inferno não tem
amizades, nem diversão, nem relacionamentos. O homem rico no Hades
(Lucas 16) está completamente sozinho, isolado para sempre de toda a
humanidade. Pense como seria ficar trancado em uma prisão solitária por
toda a eternidade e nunca mais ter qualquer amizade ou relacionamento
com ninguém em lugar nenhum.
Isto é o que a Bíblia diz sobre aqueles que não vão para o céu: eles sofrerão
castigo da destruição eterna, longe da presença do Senhor e da majestade
do seu poder (2
Tessalonicenses 1:9 NVI). Como indica George MacDonald: A única regra
de o inferno é: devo isso a mim mesmo.16 O inferno é o único lugar onde
Deus permite que você viva de acordo com esse padrão vaidoso por toda a
eternidade, vivendo com nada além de arrependimentos e lembranças de
oportunidades perdidas.
É possível que o céu seja chato? Randy Alcorn sugere que fazer tal
afirmação implica que o próprio Deus é chato. Isso é um completo absurdo,
porque Deus colocou dentro de nós a ideia de excitação e prazer. Ele criou
nossa mente; Moldou nossos interesses, impulsos e emoções. Alcorn
escreve: Deus é o artista supremo que criou o universo, o inventor da
música, o autor e personagem principal do drama progressivo da redenção.
Chefe de
Estado? Ele é o Rei do Universo. Contudo, enquanto alguém diz: “Quero ir
para o céu para estar com Deus para sempre”, outros se perguntam: “Isso
não seria chato?”
Em que estamos pensando?
As qualidades que admiramos nos outros – qualquer uma delas – são
verdadeiras em relação a Deus. É a fonte de tudo o que achamos fascinante.
Quem criou Bach, Beethoven e Mozart? Quem lhes deu seus presentes?
Quem criou a música em si e a capacidade de executá-la? Tudo o que há de
admirável e fascinante no ser humano vem de seu criador. 17
Você pode ter certeza de que nem Deus nem o céu serão chatos; e você
também não será.
Na sua epístola aos cristãos filipenses, Paulo descreve o que nos acontecerá
antes de entrarmos no Paraíso. Cristo transformará o corpo da nossa
humilhação, para que ser semelhante ao corpo da sua glória, pelo poder
pelo qual ele também pode sujeitar todas as coisas a si mesmo (Filipenses
3:21).
Esta transformação não mudará quem você é; vocês se tornarão ainda mais
vocês mesmos do que são agora, ao eliminarem todas as suas falhas,
fraquezas e incapacidades que herdaram da Queda. Mesmo que você seja a
pessoa mais chata e chata do seu bairro hoje, no céu você será dinâmico!
Embora não tenha sido totalmente revelado o que faremos no céu, temos
algumas dicas das importantes tarefas que realizaremos. Por exemplo, foi-
nos dito que julgaremos os anjos (1
Coríntios 6:3), sentaremos em tronos (Apocalipse 3:21) e reinaremos com
Cristo (Apocalipse 20:4). Como você pode ver, nossas obrigações 203
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Eles não serão insignificantes.
Neste sentido, o pastor e autor Douglas Connelly tem uma sugestão: Por
que não deixamos que a realidade do céu nos inspire a uma alegria maior
em nossas assembleias agora? Se um culto chato na igreja faz com que
algumas pessoas presumam um paraíso chato, então o mínimo que podemos
fazer é tirar o tédio da equação. Precisamos ser mais espontâneos;
precisamos de mais risos e felicidade explícita. Você poderia iniciar uma
verdadeira revolução em seu templo ou em seu pequeno grupo ou no
próximo jantar comunitário, se você apenas sorrir ou rir alto! 18
Devemos fazer desaparecer de nossas mentes aquelas imagens insípidas do
céu que o diabo planta em nossas mentes. Em vez disso, devemos aprender
a ver o céu através de lentes bíblicas: um céu demasiado bonito para o olho
humano e mais emocionante do que o momento mais emocionante já
experimentado na vida. Como nos lembra o salmista, na presença de Deus
há plenitude de alegria e à sua direita há prazeres para sempre (Salmos
16:11).
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Um site de reconhecimento definitivo
Agora vemos através de um espelho, obscuramente; mas então veremos
face a face.
Agora eu sei em parte; mas então saberei como fui conhecido.
–1 CORÍNTIOS 13:12
Uma das perguntas mais frequentes sobre o nosso futuro lar é esta: Iremos
nos reconhecer no céu? A resposta é um sim retumbante!
Após a Sua ressurreição, os discípulos de Jesus sabiam quem Ele era;
sabiam que o Jesus que estava com eles depois da sua morte e ressurreição
era o mesmo Jesus que tinham conhecido tão intimamente no passado; Eles
sabiam disso num nível tão profundo dos seus corações que todos morreram
voluntariamente como mártires defendendo a realidade deste conceito.
Na época em que Moisés e Elias desceram do céu para estar com Cristo no
momento da transfiguração, os discípulos que estavam com Cristo
reconheceram ambos os patriarcas do Antigo Testamento, embora nunca os
tivessem visto antes! (Mateus 17).
Quando Jesus descreve o céu em Mateus 8, ele diz que é um lugar real com
a presença de pessoas reais e identificáveis. E eu vos digo que muitos virão
do oriente e do oeste, e sentar-se-á com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos
céus (Mateus 8:11).
A missionária Amy Carmichael aponta a lógica simples que esta questão
exige: Iremos nos reconhecer no céu? Vamos amar e lembrar um do outro?
Acho que ninguém precisa se perguntar ou duvidar disso nem por um
momento.. Porque se pensarmos por um minuto saberemos. Você seria você
mesmo se não se lembrasse?.. Disseram-nos que seremos como nosso
Senhor Jesus.. e não é verdade que Ele reconhece, ama e lembra?
Jesus não seria ele mesmo se não o fizesse e nós não seríamos nós mesmos
se não o fizéssemos ?
Por que Deus moldaria intencionalmente quem somos nesta vida e depois
eliminaria tudo na vida após a morte? Gosto da maneira como Tony Evans
inverteu a questão. Uma mulher da sua congregação veio com ele para
expressar a dúvida que estamos explorando. A mulher perguntou-lhe:
“Pastor”, disse a mulher, “vamos nos conhecer no céu?”
Evans sorriu e respondeu:
–Eu diria que não nos conheceremos realmente até chegarmos ao céu. vinte
Isso faz sentido, você não acha? Neste mundo só acreditamos que nos
conhecemos. O que vemos e ouvimos forma a nossa imagem mental de
outros seres humanos. Mas 205
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Esses atributos tangíveis não revelam a verdadeira complexidade de um ser
humano, assim como a ponta do iceberg não revela a sua massa total. Como
observei na seção anterior, no céu seremos plenamente aquilo que Deus
planejou que fôssemos. Todas as máscaras serão retiradas e veremos os
rostos uns dos outros, sem segredos entre nós. Nossa comunicação será
perfeita, em vez de ser obscurecida pelos subterfúgios e limitações deste
mundo imperfeito.
Verdadeiramente, o céu será o lugar do reconhecimento definitivo!
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